Federação do Comércio do Paraná
Análise Conjuntural da Economia e do
Comércio
Mensal N.º 46
Julho 2012
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Federação do Comércio do Paraná
CONJUNTURA: SITUAÇÃO E PERSPECTIVAS Os empresários do comércio do Paraná em sua maioria: 58,27%, assinalaram, na Pesquisa de
Expectativa do Desempenho, realizada pela Fecomércio-Pr, possuírem expectativa favorável em relação ao
crescimento das vendas para o 2.º sem/ 2012, comparado a igual período de 2011. Representam uma queda
em relação às pesquisas anteriores e decorre, além das já citadas incertezas nos países do Euro, nos EUA e
opção da China em reduzir o crescimento interno, também é motivado for fatores como: custo Brasil elevado,
base produtiva com hiatos na participação de produtos de maior valor agregado.
Os dados obtidos demonstram queda das expectativas positivas em relação aos semestres anteriores.
Todavia, cabe considerar as dificuldades recentes vinculadas à crise externa global, mais incisivas nas
economias desenvolvidas, que resultaram em restrições nas demais economias, inclusive o Brasil.
Existem efeitos multiplicadores ou restritivos das exportações sobre demais atividades econômicas. A
contenção dos principais mercados brasileiros no exterior: países do euro, EUA e China implica em limitações às
exportações nacionais, resultando daí efeitos restritivos na economia.
A valorização cambial do dólar no 1.º semestre poderá contribuir para elevar exportações, mas isto
dependerá do comportamento das demais economias. O dólar valorizado poderá encarecer importações, mas
dificilmente irá reduzi-las, considerando a existência de vantagens comparativas dos importados e a formatação
de uma base produtiva que depende de bens do exterior. Não se descarta a possibilidade do dólar valorizado
resultar em algum acréscimo nos preços internos, considerando que 25% da demanda interna se dá sobre
importados: insumos e bens finais. Os empresários que dependem de importados tem uma capacidade limitada
de suportar os acréscimos cambiais sem repassa-los aos preços finais; poderão até reduzir o percentual de
lucros, mas dentro de um limite que não comprometa o próprio negócio.
O governo brasileiro vem praticando desde março p.p., políticas econômicas expansivas, buscando
aquecer a economia. Incluem-se aí: queda nos juros, redução no spread bancário, ampliação de linhas de
financiamento para consumidores produção; redução tributária sobre: automotivos, linha branca, móveis e
materiais de construção.
Principais fatores positivos e negativos do 1.º semestre: FATORES POSITIVOS FATORES RESTRITIVOS
1. Salários mínimos nacional/regional corrigidos acima da inflação; 2. Ascensão das classes D e E, com elevada propensão a consumir, ampliação da classe C, permitindo elevar a demanda; 3. Mercado de trabalho aquecido para mão-de-obra qualificada e maior massa de salários;
1. Maior inadimplência; 2. Alto comprometimento da renda e endividamento de consumidores; 3. Queda na produção industrial de ramos exportadores, com reflexos no comércio; 4. Limitações climáticas na agricultura comprometendo desempenho; 5. Restrições burocráticas e tributárias que reduzem competitividade.
Pontos fortes e fracos citados como influenciadores importantes no 1.º sem/ 2012
PONTOS FORTES (OPORTUNIDADES) PONTOS FRACOS (AMEAÇAS) 1. Atendimento diferenciado e ágil 1. Inadimplência do consumidor 2. Qualidade, diversidade e inovação da lista de
produtos 2. Comprometimento do consumidor com financiamentos anteriores
3. Aumento de emprego e renda do consumidor 3. Mão de obra não qualificada 4. Pratica de preços competitivos, mais tradição
e nome da empresa 4. Concorrência desleal e/ou nova dificultando fidelização dos clientes
5. Novos pontos de venda 5. Juros elevados e dólar valorizado
Dificuldades principais mencionadas pelos empresários do comércio
1. Carga tributária e encargos sociais elevados;
2. Insuficiência de mão-de-obra qualificada
3. Falta de incentivos governamentais para regiões específicas
4. Carência de recursos próprios para capital de giro
5. Problemas de distribuição (atravessadores, marketing, produtos piratas) e de falta de segurança.
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Federação do Comércio do Paraná Alterações importantes verificadas em relação às pesquisas anteriores
Variáveis 2009
2.º Sem 2010
1.º Sem 2010 2.º Sem
2011 1.º Sem
2011 2.º Sem
2012 1. Sem
2012 2.º Sem
1. Falta de Segurança
4,44% 8,59% 8,25% 17,48% 10,0% 13,0% 17,3%
2. Carência de mão-de-obra qualificada 33,51% 45,93% 47,00% 52,00% 51,20% 3. Investimento em Recursos Humanos 33,50% 34,96% 33,00% 42,00% 32,28% 4. Investimento no Pós Venda 21,65% 24,39% 17,50% 28,00% 25,98%
5. Comercio eletrônico (e-commerce)
x Call center para venda
--------- ------- ------- 29,00%
x 24,00%
34,65% x
14,96%
6. Inadimplência ------- -------- ------- 16,00% 31,00% 7. Diversificação da lista de produtos ------ -------- ------- 34,00% 20,47% A partir das informações acima, podem ser destacados: - Falta de segurança: índice subiu comparado aos dois semestres anteriores.
- Dificuldade na obtenção de mão de obra qualificada;
- Investimentos em recursos humanos retornam à media de 2010-2011;
- Competitividade maior contribui para elevar investimento no pós-venda;
- Comércio eletrônico cresceu implicando em queda do call-center de venda;
- Inadimplência elevada: tem origem no maior comprometimento da renda disponível do consumidor,
com muitas compras financiadas;
- Diversificação da lista de produtos: a queda nesses gastos indica provável tendência a especialização,
com leque menor de produtos ofertados.
Explicações para as expectativas positivas
Existe a adoção de políticas econômicas expansivas desde final de 2011 e 1.º semestre de 2012,
voltados a incentivar a demanda interna. Podem ser citados como fatores de estímulo às expectativas positivas:
1. Redução em alíquotas tributárias de: veículos, “linha branca”, móveis e materiais de construção
específicos (e extensão após agosto/2012)
2. Juros em queda desde agosto/2011, a ser mantida ao longo de 2012;
3. Novas linhas de financiamento disponibilizadas ao sistema produtivo: comércio, serviços, etc.;
4. Manutenção do financiamento imobiliário habitacional;
5. Emprego aquecido e maior massa de salários, estimulando a demanda;
6. Commodities agrícolas com preços crescentes no exterior, estimulados pela redução na safra brasileira
no início de 2012 e queda na safra dos EUA( em especial, milho e soja);
7. Preços estáveis comparados a 2011, refletindo inflação sob controle.
Obstáculos que podem limitar atividades econômicas Tipo de ocorrência Efeitos possíveis
Acirramento da crise externa Extensa rede de impactos negativos sobre emprego, PIB, demanda agregada interna cambio, preços internos, balança comercial
Infra estrutura com carências: Rodovias, ferrovias, portos e aeroportos; logística; saúde pública; segurança pública; saneamento.
Desperdício de tempo no deslocamento de mercadorias; deficiência logística; tempo maior para exportações/importações; doenças transmissíveis em maior número; insegurança dificultando abertura de novas empresas em regiões específicas; etc.
Carga tributária elevada Repasse aos preços finais, reduzindo o poder de compra do consumidor. É uma carga agressiva para país emergente, que reduz competitividade do produto interno em relação ao de outros países;
Peso burocrático excessivo Demora nos processo logísticos, custos adicionais, e perda de competitividade
Fatores imprevistos: Econômicos, Climáticos e/ou Sanitários.
Menor produtividade agrícola e pecuária; queda na oferta do agronegócio; ocorrências sanitárias a inviabilizarem exportações
Assessoria Econômica – Julho de 2012
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Federação do Comércio do Paraná
Apresentação 03 Sumário 05 Tabelas 06 I Nível de Atividade Econômica 07 1. Produto e Renda
1.1 O PIB Total do Brasil e do Paraná 1.2 O PIB do Brasil por Setores e Sub-Setores 1.3 Demanda Agregada
07 07 08 09
2. Mercado de Trabalho 2.1 Mercado de Trabalho Brasileiro 2.2 Mercado de Trabalho Paranaense 2.3 Quadro Comparativo da Criação de Empregos 2.4 Quadro Comparativo do Saldo de Empregos 2.5 Empregos Gerados no Comercio do Paraná 2.6 Taxa de Desemprego
10 10 11 12 13 14 15
3. Nível de Salário 3.1 Salário Mínimo no Brasil 3.2 Salário Mínimo no Paraná
16 16 17
4. Nível de Preços 4.1 Introdução 4.2 Meta da Inflação 4.3 Taxa de Inflação
18 18 18 19
5. Taxa de Juros e Poupança 20 6. Mercado de Ações 21 7. Risco País 22 8. Variação do Dólar 23
II Atividade Empresarial 25 9. Comércio Varejista
9.1 Desempenho em Abril de 2012 25 25
10. Abertura de Empresas no Paraná 30 11. Falências Decretadas no Brasil 31 12. Crédito: Demanda e Inadimplência
12.1 Demanda de Crédito 12.2 Inadimplência
32 32 32
13. Utilização da Capacidade Produtiva Instalada na Indústria 33
III Setor Público 35 14. Arrecadação do Governo 35 15. Superávit Primário 36 16. O ICMS no Paraná 37 17. Dívida de Municípios no Paraná 38
IV Relações com o Exterior 39 18. Comércio Exterior Brasileiro 39 18.1 Providências de Estímulo às Exportações ou Defesa da Produção
Interna 41
19. Comércio Exterior Paranaense 42 20. Investimento Estrangeiro Direto na Economia Brasileira 46 21. Dívida Externa Brasileira
21.1 Distribuição da Dívida:Governo e Setor Privado 47 47
22. Reservas Cambiais 48
6 TABELAS
01 Produto Interno Bruto 07 02 Brasil: Produto Interno Bruto por Setor de Atividade 08 03 Brasil: Variação Percentual do Produto Interno Bruto Trimestral 08 04 Brasil: Distribuição da Demanda Agregada 09 05 Brasil: Criação de Empregos por Setor de Atividade Econômica 10 06 Paraná: Criação de Empregos por Setor de Atividade Econômica 11 07 Brasil e Paraná: Criação de Empregos – Saldo 12 08 Brasil e Paraná: Saldo do Emprego por Setores 13 09 Paraná: Empregos Gerados 14 10 Brasil e Curitiba: Taxa de Desemprego 15 11 Brasil: Salário Mínimo 16 12 Paraná: Salário Mínimo 17 13 Índice de Preços 18 14 Taxa de Inflação e Meta da Inflação 19 15 Variação da Taxa de Juros SELIC do Banco Central 20 16 Poupança 20 17 Bolsa de Valores de São Paulo 21 18 Risco País 22 19 Variação do Dólar 23 20 Variação das Vendas em Abril de 2012 26 21 Vendas em Abril – 2012 Comparadas ao Mês Anterior 28 22 Vendas em Abril – 2012 Comparadas ao Mesmo Mês do Ano Anterior 28 23 Vendas Acumuladas no ano de 2012 Comparadas ao ano de 2011 28 24 Vendas nos Pólos de Comércio Pesquisados pela Fecomércio-Pr 29 25 Abertura de Empresas no Paraná 30 26 Falências no Brasil 31 27 Indicador Serasa Experian de Demanda do Consumidor por Crédito 32 28 Indicador Serasa Experian de Inadimplência 32 29 Nível de Utilização da Capacidade Produtiva Instalada na Indústria 33 30 Evolução da Arrecadação do Governo Federal 35 31 Participação da Carga Tributária no PIB 35 32 Desempenho do Superávit Primário - Governo Federal e Banco Central 36 33 Paraná: Arrecadação de ICMS por Setor de Atividade 37 34 Paraná: Dívidas de Municípios que Sediam Sindicatos Filiados à Fecomércio-PR 38 35 Brasil: Balança Comercial 39 36 Brasil: Intercâmbio Comercial 40 37 Paraná: Balança Comercial 42 38 Paraná: Principais Destinos dos Produtos 43 39 Paraná: Principais Produtos Exportados em 2012 43 40 Paraná: Corrente de Comércio 43 41 Paraná: Principais Blocos Econômicos de Destino e Origem 44 42 Paraná: Principais Empresas Exportadoras em 2012 44 43 Paraná: Principais Empresas Importadoras em 2012 44 44 Paraná: Exportação – Totais por Fator Agregado 45 45 Paraná: Balança Comercial dos Maiores Exportadores Municipais em 2012 45 46 Investimento Estrangeiro Direto no Brasil 46 47 Dívida Externa Brasileira 47 48 Brasil: Participação da Dívida Externa 47 49 Brasil: Reservas Cambiais 48
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I. N I V E L D E A T I V I D A D E E C O N Ô M I C A
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1. PRODUTO E RENDA 1.1. O PIB Total do Brasil e do Paraná
O PIB brasileiro no 1.º tri/2012 teve menor velocidade de expansão em relação ao 1.º
tri/2011. Para o governo, foi um alerta para adotar mudanças na política econômica.
Em 2011, o PIB cresceu em relação a cada trimestre correspondente do ano anterior. Na
comparação com o trimestre imediatamente anterior, a exceção em 2011 foi o terceiro trimestre,
que esteve abaixo do desempenho no 2.º trimestre. O PIB de 2011, cresceu 2,7% sobre 2010,
sendo o desempenho no 1.º semestre superior ao do 2.º.
O desempenho em 2010 do PIB foi excelente: cresceu 7,5% sobre 2009. O 4.º trimestre
de 2010 teve crescimento de 5% em relação a igual período de 2009 e expandiu 0,7% em relação
ao trimestre anterior (julho-setembro de 2010). As contas externas destoaram do crescimento,
com a elevação de importações em 36,2% e exportações apenas 11,5%, gerando déficit
preocupante na balança comercial. O Real sobrevalorizado incentivou importações mas restringiu
exportações principalmente industriais, que ainda não reprisaram o desempenho pré-crise.
Os três principais setores da economia cresceram em 2011, na ótica da oferta agregada,
mas abaixo de 2010: Agropecuária: 3,9%; Indústria: 1,6%; Serviços: 2,7%. Os investimentos que
cresceram 21,8% em 2010, tiveram em 2011 um desempenho inferior: não chegaram a 10%
indicando que investidores- nacionais e externos- foram bastante influenciados pela crise global. A
aplicação em capital especulativo foi condicionada pelos juros altos internos.
O Comércio no Brasil em 2011, cresceu 3,4% , indicando uma redução na velocidade em
comparação com o ano anterior (2009 teve índice negativo: -1,8%), que pode ser associado ao
aumento do consumo das famílias, que em 2011 cresceu 11,1%, em especial nas classes C, D, e E.
Em 2011, a Pesquisa Mensal do Comércio Varejista no Brasil, medido pelo IBGE, cresceu no volume
de vendas anual 6,7% e na receita nominal anual cresceu 11,5% (dados do IBGE).
No Paraná, o PIB real cresceu 4,0% em 2011 e 8,3% em 2010, maiores que o desempenho
brasileiro. Em 2011, o PIB paranaense foi 6,1% do brasileiro, superior ao triênio anterior.
Fonte: Brasil: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Banco Sidra – Contas Econômicas) (Consulta em 18/07/2012)
Paraná: www.ipardes.gov.br – (Indicadores Econômicos – Produto Interno Bruto) (Consulta em 18/07/2012)
TABELA 1 – PRODUTO INTERNO BRUTO (Em R$ Milhões)
Período
Brasil Paraná Participação
PR / BR
(%)
Valor a Preços
Correntes de Mercado
Variação Nominal Sobre o Ano Anterior
(%)
Variação Real (%)
Valor a Preços
Correntes de Mercado
Variação Nominal
Sobre o Ano Anterior (%)
Variação Real (%)
1 2 3 4 5 6 7
2003 1.699.948 17,4 1,1 109.459 23,8 4,4 6,4 2004 1.941.498 14,2 5,7 122.434 11,9 5,0 6,3 2005 2.147.239 10,6 3,2 126.677 3,5 0,0 5,9 2006 2.369.484 10,4 4,0 136.615 7,8 2,0 5,8 2007 2.661.344 12,3 6,1 161.582 18,3 6,7 6,1 2008 3.032.203 13,9 5,2 179.263 10,9 4,3 5,9 2009 3.239.404 6,8 -0,3 189.992 6,0 -1,3 5,9 2010 3.770.085 16,4 7,5 226.071 19,0 8,3 6,0 2011 4.143.013 9,9 2,7 251.579 11,3 4,0 6,1
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1. PRODUTO E RENDA
1.2. O PIB do Brasil por Setores e Sub-Setores TABELA 2 – BRASIL: PRODUTO INTERNO BRUTO POR SETOR DE ATIVIDADE (1)
(A Preços Correntes - Em R$ Milhões)
Setores e Sub-Setores
2010 4º Tri
2011 1º Tri
2011 2º Tri
2011 3º Tri
2011 4º Tri
2011 Var (%)
2012 1º Tri
AGROPECUÁRIA 37.706 46.242 62.377 46.635 37.400 3,9 44.666
INDÚSTRIA 243.721 223.612 243.193 252.698 252.653 1,6 229.559 1. Extrativa mineral 28.018 29.539 35.493 37.231 41.661 3,2 35.386 2. Transformação 138.980 122.908 131.068 133.951 127.514 0,1 115.195 3. Construção civil 49.441 45.419 50.085 53.753 54.809 3,6 50.592 4. Produção e distribuição de
eletricidade, gás e água 27.282 25.746 26.547 27.762 28.668 3,8 28.386
SERVIÇOS 593.400 547.797 588.292 591.746 638.227 2,7 602.063 1. Comércio 108.625 104.815 111.126 113.786 116.879 3,4 109.653 2. Transporte,
armazenagem e correio 43.803 42.136 44.428 46.229 48.205 2,8 47.469
3. Serviços de informação 27.686 24.759 26.898 26.863 29.069 4,9 25.362 4. Intermediação financeira,
seguros, previdência complementar e serviços relativos
64.092 64.063 65.961 66.289 66.168 3,9 67.633
5. Outros serviços (2) 126.191 116.946 128.468 130.595 137.436 2,3 134.077 6. Atividades imobiliárias e
aluguel 66.189 66.477 68.820 70.264 72.841 1,4 73.242
7. Administração, saúde e educação públicas
156.815 128.601 142.592 137.720 167.629 2,3 144.626
Impostos líquidos sobre
produtos 149.153 144.421 149.665 155.628 162.428 4,3 157.062
PIB : preços de mercado 1.023.981 962.073 1.043.527 1.046.707 1.090.708 2,7 1.033.349
Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Valores a Preços Correntes) (Consulta em 18/07/2012)
Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais) (Consulta em 04/06/2012)
(1) A divulgação de resultados trimestrais não foi divulgada para o Paraná.
(2) O segmento sob denominado outros serviços inclui: Serviços auxiliares à agricultura, agentes de comércio e representação comercial, serviços auxiliares
financeiros, dos seguros de previdência complementar e limpeza urbana e esgoto.
TABELA 3 – BRASIL: VARIAÇÃO PERCENTUAL DO PIB TRIMESTRAL
Período
Sobre o
Trimestre Anterior *
Sobre
Mesmo Trimestre
do ano
Anterior *
2009 1º Tri -1,5 -2,7 2º Tri 1,5 -2,4 3º Tri 2,6 -1,5 4º Tri 2,7 5,3
2010 1º Tri 2,1 9,3 2º Tri 1,2 8,8 3º Tri 0,9 6,9 4° Tri 1,0 5,3 2011 1º Tri 0,9 4,2 2º Tri 0,5 3,3 3° Tri -0,1 2,1 4º Tri 0,2 1,4 2012 1º Tri 0,2 0,8
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1. PRODUTO E RENDA
1.3. Demanda Agregada A demanda agregada corresponde ao somatório dos componentes da demanda de uma
economia: 1) consumo de famílias; 2) consumo do governo; 3) investimento bruto interno (soma
de formação de capital fixo e variação de estoques); 4) saldo da balança comercial: exportações
(demanda do exterior de produtos da economia brasileira) menos importações (demanda brasileira
de produtos gerados em outros países). O investimento bruto interno considera investimentos do
setor público e do setor privado (inclui investimento do exterior feito na economia interna), no
entanto, no seu valor não é contabilizado o investimento de nacionais feitos em outros países.
O 1.º tri/2012 manteve o bom desempenho do consumo de famílias, componente com
maior crescimento do período comparado ao anterior e indicador mais importante da demanda
agregada que, no 2. tri/2012 superou os sete trimestres anteriores. A demanda agregada no
trimestre aponta ainda aumento no investimento bruto interno e queda no consumo do governo. O
investimento interno (público + privado) cresceu pouco em relação ao período anterior. A balança
comercial ( exportações menos importações) manteve-se negativa no 1.º tri/2012.
A demanda agregada total em 2011 superou valores nominais de 2012 e 2010 tendo como
principal componente o consumo das famílias, com 60%. A balança comercial negativa apresenta
os efeitos da crise econômica nos países do euro e a manutenção das importações de matérias
primas e bens finais A desvalorização cambial do Real-R$ no 1.º semestre, ainda não permitiu
superar limitações na balança comercial. Até meados de 2011, aproximadamente 25% da demanda
final brasileira foi sobre bens importados, que aqui chegavam com as vantagens da desvalorização
do dólar (e consequente sobrevalorização do real). No 2.º semestre, iniciou-se a inversão no
cambio: valorização do dólar e desvalorização do real, na sequencia da crise de julho/agosto de
2011, que se revelou mais aguda na União Européia e EUA. ,
Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Valores a Preços Correntes) (Consulta em 18/07/2012)
TABELA 4 – BRASIL: DISTRIBUIÇÃO DA DEMANDA AGREGADA (A Preços Correntes - Em R$ Milhões)
Tipo de
Demanda
2010 2º Tri
2010 3º Tri
2010 4°Tri
2011 1°Tri
2011 2°Tri
2011 3°Tri
2011 4°Tri
2012 1°Tri
Consumo das famílias
548.563 572.107 595.654 601.849 617.653 631.159 648.829 658.906
Consumo da administração pública (ou Governo)
186.888 189.204 250.701 179.641 210.482 201.788 264.737 203.095
Investimento Bruto Interno 197.407 214.321 184.518 192.708 220.640 217.323 186.591 189.095
Formação bruta de capital fixo
178.161 197.178 193.747 187.793 196.644 209.556 204.728 193.198
Variação de estoque
19.246 17.143 -9.229 4.915 23.996 7.767 -18.137 -4.103
Balança Comercial
-5.760 -12.193 -6.891 -12.125 -5.247 -3.563 -9.449 -17.747
Exportações 102.185 110.749 112.475 100.647 121.482 133.324 137.117 115.029 Importações (-) 107.945 122.942 119.366 112.772 126.729 136.887 146.566 132.776
Demanda Agregada Total
927.098 963.439 1.023.982 962.073 1.043.528 1.046.707 1.090.708 1.033.349
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2. MERCADO DE TRABALHO 2.1. Mercado de Trabalho Brasileiro
São quatro as categorias de mercado na economia: 1) mercado de bens e serviços, onde
ocorre a demanda e a oferta de mercadorias e serviços; 2) mercado monetário-financeiro, que
abrange: oferta e demanda de moeda e bolsa de valores; 3) mercado externo, caracterizado por
exportações e importações, sendo a taxa de câmbio importante referência; e 4) mercado de
trabalho, onde ocorre oferta e demanda de mão-de-obra na economia e utilização da força de
trabalho disponível e economicamente ativa.
De janeiro a junho de 2012 as maiores criações de empregos foram em: a) outros
serviços*; b) construção civil; c) agropecuária; d) indústria de transformação. A projeção dos
dados dos primeiros seis meses de 2012 permite uma expectativa positiva para a criação de
empregos ao longo do ano, em comparação com 2011, levando em consideração que o 2.º
semestre é, tradicionalmente, maior gerador de empregos que o 1.º semestre. Mas nada indica a
possibilidade de superação do excelente desempenho de 2010. No comércio (atacado mais varejo),
a criação de empregos em jan-jun de 2012 está lenta em comparação com igual período de 2011.
Em 2010 o emprego criado indicou superação da crise de 2008-2009 e desempenho
melhor em relação ao período pré-crise (2006-2007). Além dos sub-setores que já haviam se
destacado em 2009, cabe ressaltar a aceleração do emprego na indústria de transformação,
indicativo do aquecimento verificado na economia.
Em 2011 houve queda na criação de empregos em relação ao ano anterior- 2010- fato
que pode ser associado ao desempenho do PIB: em 2010, o PIB cresceu 7,5%; em 2011 o
crescimento caiu para 2,7%. Os maiores empregadores em 2011 foram: 1.º) outros serviços(*);
2.º) comércio; 3.º) construção civil; 4.º) indústria de transformação; 5.º) agropecuária.
Fonte:www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 23/07/2012)
(*) O segmento sob denominação de outros serviços conforme o CAGED, é formado por: a) Instituições financeiras; b) administração de imóveis e serviços técnicos
profissionais; c) transporte e comunicação; d) alojamento, alimentação reparação e manutenção; e) médicos odontológicos; f) ensino.
(1) Valores acumulados até junho de 2012.
TABELA 5 – BRASIL: CRIAÇÃO DE EMPREGOS POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA (Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)
Setor
2008
2009
2010
2011
2012 (1)
jan-jun
INDÚSTRIA 393.179 195.070 916.427 472.288 356.762
Extrativa Mineral 8.671 2.036 17.715 19.538 9.126
Transformação 178.675 10.865 544.367 218.138 134.094 Serviços Industriais de Utilidade Pública 7.965 4.984 20.034 9.467 7.635
Construção Civil 197.868 177.185 334.311 225.145 205.907
SERVIÇOS 1.040.793 815.409 1.640.369 1.410.934 555.712
Comércio 382.218 297.157 611.900 459.841 56.122
Administração Pública 10.316 18.075 10.417 16.126 29.891
Outros Serviços (*) 648.259 500.177 1.018.052 934.967 469.699
AGROPECUÁRIA 18.232 -15.369 -1.375 83.227 135.440
OUTROS 0 0 0 0 0
TOTAL 1.452.204 995.110 2.555.421 1.966.449 1.047.914
11
Federação do Comércio do Paraná 2. MERCADO DE TRABALHO
2.2. Mercado de Trabalho Paranaense O desempenho em jan-jun de 2012 foi inferior a igual período de 2011. O desempenho de
2012 não permite ainda uma projeção sobre o desempenho no restante de 2012. Cabe destacar os
ramos que mais criaram emprego no Paraná no semestre: 1.º) indústria; 2.º) outros serviços; 3.º)
comércio varejista.
Em 2011, o emprego criado no Paraná esteve abaixo do verificado em 2010, ano em que
houve expressivo crescimento do emprego no Paraná, seguindo a mesma performance da
economia brasileira, indicando uma inversão nas restrições no mercado de trabalho verificadas em
2009. Os números de 2011 abaixo de 2010 refletem, em parte, as restrições nas economias
europeias e EUA e, portanto, justificando as políticas expansivas do governo federal no final do ano,
voltadas à manutenção e geração de emprego.
Em 2011 e 2010 os destaques na criação de empregos foram: outros serviços, indústria,
e comércio varejista. Nesses dois anos, em alguns ramos, a demanda de mão-de-obra não foi
atendida, devido à qualificação insuficiente. O trabalhador escolheu o emprego em função da
remuneração e benefícios como: assistência-saúde, vale-alimentação, vale-transporte e perspectiva
de carreira; antes disso, em 2009, o trabalhador assumia a primeira e imediata oferta de trabalho.
Segmentos do comercio que atualmente estão com dificuldade em preencher vagas são:
supermercados e hipermercados, hotéis, bares e restaurantes e lojas franqueadas, nas quais
ocorrem grande giro de trabalhadores.
Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 23/07/2012)
(1) Indústria compreende os ramos: 1) extrativa mineral; 2) transformação; 3) serviços industriais de utilidade pública; 4) construção civil. (2) Compreende: administração pública, saúde e educação pública. (3) O CAGED, estabelece: a) Instituições financeiras; b) administração de imóveis e serviços técnicos profissionais; c) transporte e comunicação; d) alojamento,
alimentação reparação e manutenção; e) médicos odontológicos; f) ensino. (*) Resultados acrescidos dos ajustes; a variação relativa toma como referência os estoques do mês atual e do mês de dezembro do ano t-1, ambos com ajustes
TABELA 6 – PARANÁ: CRIAÇÃO DE EMPREGOS POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA (Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)
Período
Indústria(1)
Serviços
Agropecuária
e Outros Total Comércio
Varejista
Comércio
Atacadista
Administração
Pública(2)
Outros
Serviços(3)
2006 29.652 18.444 2.761 1.179 33.115 1.245 86.396 2007 54.535 25.146 5.356 575 30.996 5.753 122.361 2008 36.478 26.656 6.411 -408 35.686 6.080 110.903
2009 21.264 18.572 4.183 2.069 27.377 -4.381 69.084 2010 41.527 33.831 5.159 340 53.125 -2.375 131.607 2011 36.721 26.672 6.597 1.876 51.557 493 123.916
Fev 7.641 1.246 1.161 738 9.873 -858 19.801 Mar 4.024 650 650 227 5.937 2.439 13.927
Abr 8.007 3.627 49 109 6.806 2.239 20.837 Mai 8.661 2.513 381 158 3.734 1.342 16.789 Jun 2.239 1.160 268 147 2.911 52 6.777 Jul 2.204 1.527 629 167 4.174 129 8.830 Ago 6.483 2.583 741 81 4.822 -459 14.251 Set 2.878 4.093 757 356 5.011 62 13.157 Out 3.357 3.779 914 54 3.415 50 11.569 Nov -3.510 6.771 700 3 3.766 -2.067 5.663 Dez -19.112 -2.680 -835 -198 -8.116 -3.245 -34.186
2012* 34.994 8.300 3.383 1.019 35.972 5.453 89.121 Jan 7.802 -1.399 719 -78 7.811 -202 14.653 Fev 4.652 302 1.047 332 8.407 -665 14.075 Mar 5.709 2.691 720 199 4.691 841 14.851 Abr 8.182 3.074 133 316 5.249 3.969 20.923 Mai 5.650 1.625 282 -14 3.679 516 11.738 Jun 559 951 289 293 2.634 409 5.135
12
Federação do Comércio do Paraná
2. MERCADO DE TRABALHO
2.3. Quadro Comparativo da Criação de Empregos
Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 23/07/2012)
(*) O saldo corresponde ao somatório dos três setores pesquisados pelo CAGED:
1) Agropecuária e Silvicultura;
2) Indústria: extrativa mineral; transformação; serviços industriais de utilidade pública-SIUP; construção civil;
3) Terciário: formado por: a) Comércio. b) Serviços: Instituições financeiras, administração de imóveis e serviços técnicos profissionais, transporte e
comunicação, alojamento alimentação reparação e manutenção, médicos odontológicos, ensino; c) Administração pública.
TABELA 7 – BRASIL E PARANÁ: CRIAÇÃO DE EMPREGOS – SALDO (*)
(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)
Mês
Saldo Mensal
Brasil
Paraná
2011 Mai 252.067 16.789
Jun 215.393 6.777
Jul 140.563 8.830
Ago 190.446 14.251
Set 209.078 13.157
Out 126.143 11.569
Nov 42.735 5.663
Dez -408.172 -34.186
2012 Jan 118.895 14.653
Fev 150.600 14.075
Mar 111.746 14.851
Abr 216.974 20.923
Mai 139.679 11.738
Jun 120.440 5.135
13
Federação do Comércio do Paraná
2. MERCADO DE TRABALHO
2.4. Quadro Comparativo do Saldo de Empregos em 2012
Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 23/07/2012)
TABELA 8 – BRASIL E PARANÁ: SALDO DO EMPREGO POR SETORES EM 2012 (Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)
Setores Brasil Paraná
Saldo em Mai
Saldo em Junho
Saldo em Mai
Saldo em Junho
Extrativa Mineral 1.251 1.258 23 66
Ind. Transformação 20.299 9.968 3.038 1.192
Serviços de Utilidade Pública -14 2.187 173 134
Construção Civil 14.886 4.244 2.416 -833
Comércio 9.749 11.026 1.907 1.240
Serviços 44.587 30.141 3.679 2.634
Administração Pública 2.660 1.475 -14 293
Agropecuária 46.261 60.141 516 409
TOTAL 139.679 120.440 11.738 5.135
14
Federação do Comércio do Paraná
2. MERCADO DE TRABALHO
2.5. Empregos Gerados no Comércio do Paraná
Fonte: www.mte.gov.br –(Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 23/07/2012)
(*) O Saldo contempla o número de admitidos, menos o número de demitidos no comércio varejista e atacadista.
TABELA 9 – PARANÁ: EMPREGOS GERADOS (Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)
Período
Saldo do
Comércio (*)
Variação em
Relação ao
Mês Anterior
(%)
Saldo
Acumulado
no ano
2011 --- --- ---
Jan -163 1.225,76 -163
Fev 2.407 1.476,68 2.244
Mar 1.300 -45,99 3.544
Abr 3.676 182,77 7.220
Mai 2.894 -21,27 10.114
Jun 1.428 -50,66 11.542
Jul 2.156 50,98 13.698
Ago 3.324 54,17 17.022
Set 4.850 45,91 21.872
Out 4.693 -3,24 26.565
Nov 7.471 59,19 34.036
Dez -3.515 -147,05 30.521
2012 --- --- ---
Jan -680 80,65 -680
Fev 1.349 298,38 669
Mar 3.411 152,85 4.080
Abr 3.207 -5,98 7.287
Mai 1.907 -40,54 9.194
Jun 1.240 -34,98 11.683
15
Federação do Comércio do Paraná
2. MERCADO DE TRABALHO
2.6. Taxa de Desemprego
Em maio de 2012, o desemprego de 5,8% esteve abaixo do bimestre anterior. No
acumulado do ano o desemprego é inferior a igual período de 2011. Não deixa de indicar o bom
momento da economia brasileira, apesar das dificuldades da indústria de transformação em relação
às exportações. Comparado ao desemprego em países da Europa, os indicadores brasileiros são
excelentes. O desemprego em dezembro/2011: 4,7%, foi o menor índice do ano e a menor taxa
mensal desde a reformulação do cálculo da pesquisa pelo IBGE em 2002.
As políticas econômicas de aquecimento adotadas pelo governo federal, mesmo que
conjunturais, mais a disposição de evitar queda na demanda permitem expectativa positiva para o
emprego no restante do ano, o que é bom para manter a demanda e o desempenho do comércio.
Em 2011, o desemprego foi 6,0%, menor que os cinco anos anteriores. As taxas do 2.º
semestre de 2011 indicam situação de pleno emprego, na qual aqueles em busca de emprego
encontram lugar de trabalho na economia. Verifica-se para alguns ramos uma insuficiência de
qualificação profissional e carência na disponibilidade de trabalhadores. Mesmo com melhores
índices, o emprego é um tema que justifica atenção especial do governo, considerando-se a
parcela expressiva dos que chegam ao mercado a cada ano em busca do primeiro emprego.
A RM de Curitiba, apresentou 4,6% de desemprego; mostra o bom momento da economia
regional. Os dados do IPARDES em 2011, foram melhores que 2010. Há uma queda consistente
também em relação aos anos anteriores, indicativo de melhoras na economia.
Fontes: Brasil: www.ibge.gov.br – (Indicadores – Trabalho e rendimento – PME) – (Consulta em 22/06/2012)
RM Curitiba: www.ipardes.gov.br – (Indicadores Econômicos – Mercado de Trabalho) – (Consulta em 22/06/2012)
(1) O IPARDES é o órgão responsável pelos dados do desemprego na Região Metropolitana de Curitiba.
(2) Até 03/agosto, IBGE não divulgou dados de junho.
TABELA 10 – BRASIL E CURITIBA: TAXA DE DESEMPREGO
Período
Taxa de Desemprego
Variação %
Brasil RM Curitiba (1)
2006 10,0 6,9 2007 9,3 6,2 2008 7,9 5,4 2009 8,1 5,4 2010 6,8 4,5 2011 6,0 3,7 Jan 6,1 3,5 Fev 6,4 4,0 Mar 6,5 3,8 Abr 6,4 3,7 Mai 6,4 4,4 Jun 6,2 4,1 Jul 6,0 3,7 Ago 6,0 3,8 Set 6,0 3,4 Out 5,8 3,6 Nov 5,2 3,4 Dez 4,7 3,0
2012 --- --- Jan 5,5 3,8 Fev 5,7 3,7 Mar 6,2 4,5 Abr 6,0 4,3 Mai 5,8 4,6
16
Federação do Comércio do Paraná 3. NÍVEL DE SALÁRIO
3.1. Salário Mínimo no Brasil O salário mínimo, com correção anual definida pelo governo federal, tem a variação definida
pela inflação acumulada nos 12 meses anteriores e mais um percentual variável de produtividade. É
um valor de referência para a remuneração no país.
Os trabalhadores do comércio têm sua remuneração estabelecida a partir de uma correção
igual ao valor da inflação sobre o salário anterior mais os percentuais de itens negociados na data
base entre os sindicatos representativos das categorias de trabalhadores e de empresários do
comércio. O início da vigência do novo salário possibilita um adicional na massa de salários para os
trabalhadores e um correspondente aumento no poder de compra desses trabalhadores.
De 2005 a 2010, o percentual de reajuste foi superior à inflação dos doze meses anteriores,
representando um aumento real de salários e no poder aquisitivo da população que tem o salário
mínimo como referência de remuneração. Em 2011, o reajuste foi menor que a inflação.
Fonte: Brasil: www.mte.gov.br – (Emprego e Renda – Salário Mínimo) (Consulta em 10/01/2012)
O salário mínimo –SM, foi criado pelo Decreto-Lei nº 2162 de 01/05/1940, quando passou a
vigorar(*). O país foi dividido em 22 regiões (20 estados da época, mais território do Acre e Distrito
Federal); os estados foram divididos em sub-regiões, num total de 50 sub-regiões. Para cada sub-
região fixou-se um valor de SM, num total de 14 valores distintos para o Brasil. A relação entre maior e
menor valor em 1940 era de 2,67. A primeira tabela do SM teve vigência de três anos; em julho de
1943 houve o primeiro reajuste, seguido de outro em dezembro do mesmo ano.
Em maio de 1984 ocorreu a unificação do SM no país. A partir de 1990, apesar dos altos índices
de inflação, as políticas salariais buscaram garantir o poder de compra do SM, que apresentou
crescimento real de 10,6% entre 1990 e 1994, em relação à inflação medida pelo INPC.
A estabilização pós Plano Real, permitiu ao SM elevar ganhos reais em 28,3% de 1994 a 1999.
Os dados da evolução do SM desde 1940 permitem duas conclusões importantes: 1º) ao
contrário de manifestações frequentes de que o poder de compra do SM seria hoje muito menor que na
sua origem, os dados mostram não existir perda significativa; 2º) a estabilização dos preços a partir de
1994 permitiu a mais significativa recuperação do poder de compra do SM desde a década de 50.
(1) Foi utilizado como referência o valor de venda do US$-dólar no primeiro dia útil do mês da alteração salarial. (2) O valor da Inflação se refere ao valor acumulado do IPCA, em relação ao salário anterior .O valor no período pode diferir da inflação anual. (3) Divulgado em Diário Oficial da União de 26 de dezembro de 2011. (*) Fonte: “Salário mínimo no Brasil: evolução histórica e impactos sobre mercado de trabalho e as contas públicas”. (Site: Ministério da Fazenda, 22/03/2000.
Consulta em 27/10/2011).
TABELA 11 – BRASIL: SALÁRIO MÍNIMO
Período Valores
em R$ Variação
(%)
Equivalência
em US$
(1)
Cotação
do Dólar
Início da
Vigência
Inflação
no Período
(%) (2)
2005 300,00 15,38 119,33 2,514 1/5/2005 8,07
2006 350,00 16,67 162,49 2,154 1/4/2006 4,41
2007 380,00 8,57 187,56 2,026 1/5/2007 3,21
2008 415,00 9,21 246,88 1,681 1/3/2008 3,77
2009 465,00 12,05 198,13 2,347 1/2/2009 5,32
2010 510,00 9,68 295,82 1,724 1/1/2010 3,81
2011 545,00 6,86 327,52 1,664 1/3/2011 7,54
2012 622,00 (3) 14,13 333,05 1,867 1/1/2012 4,86
17
Federação do Comércio do Paraná 3. NÍVEL DE SALÁRIO
3.2. Salário Mínimo no Paraná
O Governo do Paraná estabeleceu, a partir de 2006, salário mínimo regional para categorias
de trabalhadores que não possuam: a) piso salarial estabelecido em convenção ou acordo coletivo
de trabalho; b) piso salarial estabelecido em lei federal. Como exemplo, cabe citar: empregadas
domésticas. Os valores apresentados na Tabela 12 correspondem ao teto máximo do reajuste.
As leis estaduais dos valores do salário mínimo no Paraná são: a) Lei n.º 15.118 de 2006;
b) Lei n.º 15.486 de 2007; c) Lei n.º 15.826 de 2008; d) Lei nº 16.099 de 2009; e) Lei n.º 16.470
de 2010; f) Lei 16.807 de 2011; g) Lei 17.135 de 2012. O salário no Paraná e os percentuais de
correção utilizados a cada ano, são superiores ao valores do salário mínimo definido pelo governo
federal.
Fonte: www.casacivil.pr.gov.br – (Serviços – Legislação – Leis – Leis Ordinárias) (Consulta em 24/07/2012)
______________________________________________________________________________________________________________________
(1) Foi utilizado como referência o valor de venda do US$-Dólar no primeiro dia útil do mês da alteração salarial.
(2) O valor da Inflação se refere ao valor acumulado do IPCA, em relação ao salário anterior.
(3) Valor divulgado refere-se ao teto salarial máximo, segundo os grupos da classificação brasileira de ocupações: (IPCA acumulado de Maio a Março) I) R$ 904,20 – Técnicos de nível médio (grupo 3). II) R$ 842,60 – Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais (grupos 7 e 8). III) R$ 811,80 – Trabalhadores de serviços administrativos. Trabalhadores empregados em serviços, trabalho doméstico, vendedores do
comércio em lojas e mercados, Trabalhadores de reparação e manutenção (grupo 4,5 e 9). IV) R$ 783,20 – Trabalhadores empregados nas atividades agropecuárias, florestais e da pesca (grupo 6).
TABELA 12 – PARANÁ: SALÁRIO MÍNIMO
Período
Valores
em R$
Variação (%)
Equivalência
em US$
(1)
Cotação do
Dólar
Data de
Vigência
Inflação no
Período
(%) (2)
2005 300,00 15,38 124,79 2,514 1/5/2005 8,07
2006 437,80 45,93 190,35 2,071 1/5/2006 4,63
2007 475,20 8,54 246,35 2,026 1/5/2007 3,00
2008 548,70 15,47 336,83 1,650 1/5/2008 5,04
2009 629,65 14,75 294,66 2,137 1/5/2009 5,53
2010 765,00 21,49 441,94 1,731 1/5/2010 5,22
2011 817,78 6,89 519,59 1,574 1/5/2011 5,21
2012(3) 904,20 1,57 472,34 1,914 1/5/2012 4,48
18
Federação do Comércio do Paraná 4. NÍVEL DE PREÇOS
4.1. Introdução
As oscilações e evolução dos níveis de preços constituem fatores importantes na avaliação
conjuntural de uma economia. Os órgãos encarregados dessa mensuração devem utilizar
metodologias consistentes que permitam captar adequadamente as variações nos preços. Ademais,
os itens que compõem a cesta de bens a ser pesquisada para se realizar o cálculo da inflação deve
representar os padrões de consumo das categorias de renda avaliadas.
Serão apresentados como representativos das variações de preços, dois indicadores:
1.º) IPCA: índice de preços ao consumidor ampliado, índice oficial de inflação do Brasil,
obtido pelo IBGE. Representa variações de preços de produtos e serviços consumidos por famílias
com renda até 40 salários mínimos, em diferentes regiões do País. Os índices obtidos em cada
região são agregados conforme pesos pré-determinados relacionados à importância, dimensão e
habitantes para a composição do índice nacional.
2.º) IPC: inflação da cidade de Curitiba, calculado pelo IPARDES – Instituto Paranaense de
Desenvolvimento Econômico e Social (da Secretaria de Planejamento do Estado).
4.2. Meta da Inflação
O regime de metas de inflação foi implantado em 1999. Nesse procedimento, as
autoridades monetárias: Comitê de Política Monetária-COPOM, Conselho Monetário Nacional-CMN,
Banco Central e Ministério da Fazenda – definem para o ano seguinte um valor limite para a
inflação (meta), com oscilação para cima ou para baixo de 2 (dois) pontos e, no ano de referência,
o posicionamento das autoridades visa o cumprimento da meta.
O valor da inflação definido na meta é obtido das análises do desempenho da economia no
ano anterior, das tendências do mercado externo, das oscilações da demanda agregada e das
variações de preços básicos (commodities agrícolas, petróleo, indústria extrativa mineral e
siderurgia).
(1) IPCA - Preços ao Consumidor Amplo
(2) IPC - Preços ao Consumidor
(*) Considera nove (9) regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Curitiba e Porto Alegre e mais Goiânia e o
Distrito Federal – Brasília.
TABELA 13 – ÍNDICE DE PREÇOS
Índice Entidade
Elaboradora
Período de
Coleta: dias
Base
Geográfica
Renda
Familiar
Uso
Principal
1) IPCA (1) IBGE 1 a 30
(mês civil)
11 Capitais
(*)
1 a 40 SM Inflação oficial do País
Tem ampla aplicação.
2) IPC (2) IPARDES
/Curitiba
1 a 30 Curitiba 1 a 40 SM Preços no varejo em
Curitiba
19
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4. NÍVEL DE PREÇOS
4.3. Taxa de Inflação
A inflação de junho: 0,08%, aponta queda significativa em relação ao mês anterior. No
acumulado de 2012 tem-se valor bem abaixo (2,32%) do verificado em igual período de
2011(3,87%). O índice de dezembro/2011: 0,50%, permitiu viabilizar a meta inflacionária no limite
estabelecido para aquele ano: 6,5%, superior ao ano anterior, que chegou a 5,91%. Devido os
altos índices da inflação nos primeiros quatro meses de 2011, e a queda no mesmo período de
2012, o índice anualizado deverá diminuir, aproximando-se da meta de inflação para este ano. A
crise mundial restringiu a economia global; as commodities subiram de preço no exterior devido
queda na safra americana de soja e milho, com reflexos nos preços internos e na receita de
exportações. Ainda: a queda dos juros poderá influenciar na contenção da inflação, mas aquecer a
demanda. A valorização do US$ sobre o R$ permitirá melhorar exportações de alguns segmentos
industriais, mas preços internos poderão crescer considerando importados mais caros.
P
Fonte: Brasil: www.ibge.gov.br - (Quadro variação dos indicadores – IPCA) (Consulta em 18/07/2012)
Curitiba: www.ipardes.gov.br – (Indicadores econômicos – Índice de preços) (Consulta em 18/07/2012)
TABELA 14 – TAXA DE INFLAÇÃO E META DE INFLAÇÃO
Período
Brasil Meta de Inflação ção (%)
Curitiba IPCA
(IBGE) (%)
IPC
(IPARDES) (%)
2003 9,30 4,0 6,46 2004 7,60 5,5 10,40 2005 5,69 4,5 4,05 2006 3,14 4,5 4,82 2007 4,46 4,5 4,78 2008 5,90 4,5 4,85 2009 4,31 4,5 3,88 2010 5,91 4,5 5,09
Variação mensal
Acumulado no Ano
Acumulado 12 meses
Variação mensal
Acumulado no Ano
Acumulado 12 meses
2011 6,50 4,5 5,81
Jun 0,15 3,87 6,71 -0,02 3,59 6,55 Jul 0,16 4,04 6,87 0,15 3,75 6,73 Ago 0,37 4,42 7,23 0,46 4,22 6,73 Set 0,53 4,97 7,31 0,30 4,54 6,78 Out 0,43 5,43 6,97 0,23 4,78 6,07 Nov 0,52 5,97 6,64 0,39 5,19 5,91 Dez 0,50 6,50 6,50 0,59 5,81 5,81
2012 4,5 Jan 0,56 0,56 6,22 0,55 0,55 5,44 Fev 0,45 1,01 5,85 0,06 0,62 5,41 Mar 0,21 1,22 5,24 0,58 1,20 4,71 Abr 0,64 1,87 5,10 0,84 2,06 4,48 Mai 0,36 2,24 4,99 0,50 2,57 4,74 Jun 0,08 2,32 4,92 0,07 2,63 4,83
Tabela 14.A – Maiores aumentos por grupos de despesas – Brasil (Junho)
Alimentação e Bebidas 0,68
Despesas Pessoais 0,47
Vestuário 0,39
Tabela 14.B – Menores aumentos por grupos de despesas – Brasil (Junho)
Transportes -1,18
Artigos de Residência -0,03 Comunicação -0,01
Tabela 14.C – Maiores aumentos por localidades – Brasil (Junho)
Rio de Janeiro 0,23
Belém 0,23 Salvador 0,18
Tabela 14.D – Menores aumentos por localidades – Brasil (Junho)
Fortaleza -0,26 São Paulo 0,00
Brasília 0,04
20
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5. TAXA DE JUROS E POUPANÇA
A SELIC caiu em julho para 8,00%, após iniciar 2012 em 10,50%. A política de redução da
inflação já se valeu do aumento dos juros como importante estratégia. Aumentos sucessivos
fizeram com que em julho-2011 a SELIC atingisse 12,50%. Em agosto, foi iniciada política de
expansão da demanda e anti-recessiva, com inversão em relação a jan-jul, ante os receios de
recessão global. Após agosto começa a cair a SELIC, mantida em 2012. A queda dos juros tem o
objetivo de blindar a economia e não comprometer o seu desempenho.
Até julho de 2011, dentre as variáveis para explicar a elevação, o COPOM mencionava:
conter demanda agregada, e manter inflação no limite superior da meta: 5,91% em 2010 e 6,50%
em 2011. O aumento do emprego e da massa salarial justificavam cuidados em conter preços e
limitar/adiar o consumo. Se o US$ continuar valorizado, os juros em queda e a participação dos
importados em 25% do consumo interno, haverá dificuldades para controlar a inflação.
O juro real (nominal menos inflação) próximo de 5,5% (anualizado), é elevado para país
emergente. Essa taxa alta contribuía para a entrada de dólares especulativos, que chegavam para
lucrar em aplicações financeiras. A crise externa mais intensa em março-maio/2012 apressou a
elevação do US$ sobre o R$, obrigando o BACEN e injetar dolares no mercado, visando conter a
valorização devido a grande saída no periodo. Com os juros SELIC em 8,0% haverá redução na
remuneração da poupança, tendo em vista as mudanças já anunciadas.
Fonte: www.bc.gov.br – (Sistema de metas para a inflação – Copom) (Consulta em 18/07/2012)
Fonte: www.bc.com.br (Economia e Finanças – Séries Temporais – Acesso ao Sistema de Séries
Temporais – Mercados Financeiros e de Capitais – Aplicações Financeiras – Caderneta de Poupança
– Rentabilidade no Período) (Consulta em 18/07/2012)
(*) O aumento da taxa SELIC ocorreu no dia 18/07/2012.
(**) A rentabilidade, TR+0,5% a.m., refere-se a cadernetas com aniversário no primeiro dia do mês posterior ao assinalado (maior concentração).
TABELA 15 – VARIAÇÃO DA TAXA DE JUROS SELIC DO BANCO CENTRAL
2009 2010 2011 2012
Mês Taxa Selic (%)
Mês Taxa Selic (%)
Mês Taxa Selic (%)
Mês Taxa Selic (%)
Jan 12,75 Jan 8,75 Jan 10,75 Jan 10,50
Fev 12,75 Fev 8,75 Fev 11,25 Fev 10,50
Mar 11,25 Mar 8,75 Mar 11,75 Mar 9,75
Abr 10,25 Abr 9,50 Abr 12,00 Abr 9,00
Mai 10,25 Mai 9,50 Mai 12,00 Mai 8,50
Jun 9,25 Jun 10,25 Jun 12,25 Jun 8,50
Jul 8,75 Jul 10,75 Jul 12,50 Jul 8,00
Ago 8,75 Ago 10,75 Ago 12,00 Ago
Set 8,75 Set 10,75 Set 12,00 Set
Out 8,75 Out 10,75 Out 11,50 Out
Nov 8,75 Nov 10,75 Nov 11,00 Nov
Dez 8,75 Dez 10,75 Dez 11,00 Dez
TABELA 16 – POUPANÇA (**)
Período Rentabilidade
2011 ---
Jul 0,6235
Ago 0,7086
Set 0,6008
Out 0,5623
Nov 0,5648
Dez 0,5942
2012 ---
Jan 0,5868
Fev 0,5000
Mar 0,6073
Abr 0,5228
Mai 0,5470
Jun 0,5000
Jul 0,4828
21
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5. MERCADO DE AÇÕES
O Índice Bovespa caiu ainda mais em junho: 54.692 pontos, quase 20% menos em relação
a março. Parte da queda pode ser atribuída à saída de dólares da economia e a valorização ante o
real. Estes dois fatos estão na sequência do acirramento da crise na Europa e países do Euro. As
bolsas tem funcionado na forma de espasmos que não permitem vislumbrar tendências a médio
prazo, diante das mudanças conjunturais intensas no contexto global. Dentre os fatores
importantes que influenciam as bolsas de valores mundiais, estão: incertezas na economia
americana e elevação da crise no bloco PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia, Espanha) e, mais
recente, a Holanda.
A economia brasileira dispõe de importantes fundamentos econômicos que, considerados
isoladamente, não resultariam em instabilidade na BOVESPA. Todavia, num ambiente globalizado e
interdependente, as oscilações no exterior se propagam de forma rápida e encadeada, restringindo
o desempenho das bolsas e afetando o mercado acionário interno. A elevada sensibilidade das
bolsas de valores reflete rapidamente as mudanças no contexto acionário.
Os indicadores brasileiros de conjuntura se demonstram estáveis, à exceção de alguns
ramos industriais, muito por conta das limitações nas economias desenvolvidas. Investidores
externos passaram a aplicar menos no Brasil, tendo em vista a opção pelos títulos do governo
americano e cobertura de déficits nos respectivos países. O grande fator negativo no mercado
acionário brasileiro é a queda das ações da Petrobrás.
Fonte: www.bovespa.com.br – (Mercado – Ações – Índices – Índice Bovespa – Estatísticas Históricas – Evolução diária) (Consulta em 18/07/2012)
(1) Cálculo anual com base na média de cada mês.
(2) Cálculo mensal realizado através da média diária do fechamento do pregão no mês.
TABELA 17 – BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO
Período
Índice
Bovespa
(Pontos) (1) (2)
Variação
Percentual
(%)
2007 53.213 39,74
2008 55.329 3,98 2009 52.748 -4,66 2010 67.275 27,54 2011 61.348 -8,77
Fev 66.533 -4,75 Mar 67.255 1,08 Abr 67.429 0,26
Mai 63.823 -5,35 Jun 62.408 -2,22 Jul 60.508 -3,04
Ago 53.736 -11,19 Set 55.481 3,25 Out 54.515 -1,74
Nov 57.158 4,85 Dez 57.466 0,54
2012 --- ---
Jan 60.577 5,41 Fev 65.435 8,02 Mar 66.571 1,74 Abr 62.578 -6,00
Mai 57.230 -8,55 Jun 54.692 -4,43
22
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6. RISCO PAÍS
O risco-país é um indicador que mostra o grau de confiança (ou falta de confiança) dos
investidores mundiais em relação a capacidade de pagamento das dívidas de um país. Quanto
menor a possibilidade de um país honrar suas dívidas ou menor o grau de segurança proporcionado
aos investidores, maior será o risco-país (e maior a possibilidade de não honrar débitos com
credores). Quanto maior a possibilidade de não honrar compromissos, o país terá que pagar juros
mais altos para os investidores que se dispuserem a adquirir seus títulos.
Quanto maior o índice de risco-país, maior a instabilidade econômica de países emergentes.
O maior índice de risco-país do Brasil foi 2.436 pontos em setembro de 2002; o menor foi 147
pontos em julho de 2011.
Em julho/2012 (1.º dia útil), o risco-país do Brasil caiu para 213 pontos. Os valores do 1.º
semestre de 2012, estão acima dos verificados em igual período de 2011. Apesar da intensificação
dos indicadores de crise externa nos países desenvolvidos, após agosto/2011, o Brasil dispõe
atualmente de condições de credibilidade e fundamentos econômicos comparados ao resto do
mundo, que permitem um risco país não preocupante.
Fonte: www.ipeadata.gov.br (Consulta em 18/07/2012)
(*) Os valores mensais referem-se ao primeiro dia útil do mês.
TABELA 18 – RISCO PAÍS
Período
Risco País (*)
(pontos)
Variação
(%)
2006 239 -40,03 2007 182 -23,97 2008 281 54,4 2009 306 8,89 2010 204 -33,33 2011 --- ---
Jul 147 -16,48 Ago 155 5,44 Set 201 29,68 Out 286 42,29 Nov 231 -19,23 Dez 216 -6,49
2012 --- --- Jan 223 3,24 Fev 216 -3,14 Mar 190 -12,04 Abr 177 -6,84 Mai 181 2,26 Jun 249 37,57 Jul 213 -14,46
23
Federação do Comércio do Paraná
8. VARIAÇÃO DO DÓLAR
O dólar em julho teve pequena queda: atingiu R$ 1,9887 no 1.º dia útil. A tendência é vigorar
em torno de R$ 2,00. Os valores verificados representam alta de 20% em relação à média do
período abril-setembro de 2011. Os sólidos indicadores da economia brasileira que atraíam divisas
e investimentos do exterior, em especial quando comparado ao desempenho de países da Europa,
foram contaminados pelos efeitos restritivos da crise nos países do Euro, o que resultou em
valorização do dólar, dado a maior procura. A grande saída de dólares para o exterior reduz a
disponibilidade interna e eleva a respectiva cotação. Há possibilidade de valorização do dólar nos
próximos meses, desde que a crise europeia se intensifique, o que afetará empresas brasileiras
com dívidas em US$, pois a conversão irá exigir mais moeda nacional. O Banco Central realizou
várias vendas dólares, a fim de conter a sua valorização e segurar a desvalorização do R$-real.
A cotação do US$ a partir de outubro/2011 não favoreceu tanto as importações brasileiras
como no primeiro semestre de 2011; beneficia sim os exportadores, considerando a desvalorização
do Real-R$. O dólar valorizado pressiona preços internos, dado a presença de 25%
(aproximadamente) de importados (insumos e bens finais) na demanda interna. A valorização do
dólar está ocorrendo em diversas economias.
No 1.º semestre de 2011, quando a queda do US$ prevalecia, o governo brasileiro adotou
providencias para conter a entrada de divisas e proteger exportadores. Agora, a situação é
totalmente inversa.
Fonte: www.bc.gov.br – (Câmbio e Capitais Internacionais – Taxas de câmbio – Cotações e boletins) (Consulta em 18/07/2012)
(*) Cotações com base no valor de compra do dólar no primeiro dia útil do mês, conforme Banco Central.
TABELA 19 – VARIAÇÃO DO DÓLAR (*)
Período
2009 (R$)
2010 (R$)
2011 (R$)
2012 (R$)
Jan 2,3290 1,7232 1,6502 1,8676
Fev 2,3475 1,8765 1,6604 1,7370
Mar 2,4113 1,7992 1,6640 1,7146
Abr 2,2891 1,7693 1,6186 1,8308
Mai 2,1361 1,7307 1,5739 1,9143
Jun 1,9432 1,8247 1,5870 2,0344
Jul 1,9334 1,7998 1,5591 1,9887
Ago 1,8361 1,7481 1,5543
Set 1,8821 1,7433 1,6032
Out 1,7786 1,6804 1,8804
Nov 1,7580 1,7036 1,7499
Dez 1,7285 1,7044 1,7922
25
II. A T I V I D A D E E M P R E S A R I A L
Federação do Comércio do Paraná 9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ
9.1. Desempenho em Maio de 2012
1. INTRODUÇÃO
As vendas do varejo do Paraná em maio cresceram nas comparações com: a) mês anterior;
b) mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano houve queda em janeiro-maio, comparado a
janeiro-abril. A data comemorativa dia das mães contribuiu no desempenho, mesmo considerando
que as vendas verificadas estiveram abaixo do esperado. Verifica-se também, mês a mês, queda na
velocidade de crescimento do varejo. O mês de maio teve 26 dias úteis, enquanto abril teve 23. O
número de dias úteis é uma variável que exerce influência sobre as vendas do mês, para mais ou para
menos, dado a abertura do comércio. Os maiores crescimentos percentuais podem ser identificados
da seguinte forma: a) em relação ao mês anterior: RM de Curitiba e Ponta Grossa; b) em relação ao
mesmo mês do ano anterior: Ponta Grossa e Foz do Iguaçu; c) no acumulado do ano: Região Oeste e
Foz do Iguaçu. Cabe esclarecer que a Pesquisa da FECOMERCIO-PR não avalia o desempenho de
hotéis, restaurantes, turismo e prestação de serviços.
No bimestre abril/maio houve redução nas vendas em alguns segmentos do varejo. Parcela
desse comportamento pode ser associada à combinação das variáveis: esgotamento da capacidade de
endividamento de muitos consumidores; alta do dólar sobre o real que afetou preços de importados:
insumos e produtos finais; maior rigor na concessão de créditos. O governo procurou reduzir os
efeitos das limitações externas sobre a economia local adotando: continuidade da redução dos juros;
incentivos tributários sobre: “linha branca”, móveis, e produtos específicos de material de construção,
redução do IPI dos automotivos. A preocupação em recuperar a demanda interna pode ser
identificada nas políticas econômicas de aquecimento adotadas, incluindo-se o financiamento para o
agricultor e novas linhas de crédito para a indústria. A crise econômica externa não afetou ainda de
forma sensível o comércio interno, mas reflete um menor crescimento das exportações industriais. As
recentes providências para redução do “spread” bancário e alterações na poupança, podem repercutir
em adicional de vendas.
2. CAUSAS PRINCIPAIS DO DESEMPENHO
Como referências positivas no ano na economia brasileira e paranaense podem ser mencionadas:
1) Aumento do salário mínimo nacional e regional;
2) Mercado de trabalho aquecido, em especial para mão-de-obra qualificada;
3) Elevação da média de remuneração em alguns segmentos;
4) Expansão da massa de salários, estimulando a demanda agregada;
5) Manutenção do financiamento habitacional;
6) Ascensão das classes D e E, com elevada propensão a consumir e ampliação da classe C.
Como fatores restritivos podem ser mencionados:
a) aumento da inadimplência;
b) elevado grau de comprometimento da renda e endividamento dos consumidores;
c) queda na produção industrial de ramos exportadores;
d) agricultura sofrendo limitações climáticas que afetam as receitas previstas;
e) restrições burocráticas e tributárias que reduzem competitividade.
26
Federação do Comércio do Paraná 9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ
A desvalorização do R$ em relação ao US$, poderá incrementar exportações e reduzir
importações, melhorando a balança comercial. É uma expectativa, condicionada ao desempenho
das economias do Euro e EUA. Importante para o bom desempenho do comércio foi a queda nos
juros da taxa SELIC, referência para as demais taxas de mercado, inclusive no aspecto
psicológico. Cabe destacar a possibilidade de ocorrência de farpas inflacionárias associadas à
desvalorização cambial.
3. NÚMEROS
Uma síntese das vendas de maio consta a seguir.
Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio-PR
4. DESTAQUES NO PARANÁ EM MAIO DE 2012:
4.1 Maiores crescimentos percentuais de vendas (faturamento) no Paraná:
Sobre Mês Anterior (%) Sobre mesmo mês de 2011 (%)
Acumulado Do Ano (Jan-Mai) (%)
1. Calçados 38,71 1. Calçados 12,91 1. Materiais de Construção 9,34 2. Óticas 17,28 2. Concessionárias de
Veículos 7,63 2. Móveis, Decorações e
Utilidades Domésticas 7,77
3. Vestuário 15,83 3. Móveis, Decorações e Utilidades Domésticas
7,25 3. Livrarias e Papelarias 6,25
4. Concessionárias de veículos 14,29 4. Materiais de Construção 3,84 4. Óticas 5,8 5. Tecidos 9,21 5. Supermercados 3,74 5. Farmácias 5,41
4.2 Menores crescimentos percentuais de vendas (faturamento) no Paraná:
Sobre Mês Anterior (%) Sobre mesmo mês de 2011 (%)
Acumulado Do Ano (Jan-Mai) (%)
1. Cine-foto-som -13,41 1. Cine-foto-som -12,5 1. Vestuário -2,53
2. Livrarias e papelarias -10,26 2. Livrarias e papelarias -10,27
2. Concessionárias de Veículos
-1,01
3. Combustíveis e lubrificantes -8,13 3. Combustíveis e lubrificantes
-8,24 3. Combustíveis e lubrificantes
0,1
4. Farmácias e Perfumarias -7,85 4. Autopeças e Acessórios -7,56 4. Lojas de Dep. 0,14 5. Materiais de Construção -6,49 5. Vestuário -4,8 5. Supermercados 2,19
4.3 Polos pesquisados e Ramos de maior e menor crescimento em 2012 (acumulado do ano):
TABELA 20 – VARIAÇÃO DAS VENDAS EM MAIO DE 2012
Variação das Vendas:
Maio-2012 em relação a
RM de
Curitiba
(%)
Londrina
(%)
Maringá
(%)
Oeste
(%)
Foz do
Iguaçu
(%)
Ponta
Grossa
(%)
PARANÁ
(%)
1. Mês anterior 11,06 -6,63 -10,18 -9,44 0,1 7,97 1,56
2. Mesmo mês ano anterior 1,17 0,41 -1,22 -1,01 4,33 5,00 0,76
3. Acumuladas no ano -2,08 8,77 7,94 10,47 9,59 2,41 3,31
RM de
Curitiba
(%)
Londrina
(%)
Maringá
(%)
Oeste (%) Foz do Iguaçu
(%)
Ponta Grossa
(%)
Maior
crescimento
Calçados 5,35
Livrarias e papelarias
29,91
Materiais de Construção
24,72
Materiais de Construção
27,24
Tecidos 27,36
Concessionárias de Veículos
21,45
Menor
crescimento
Vestuário -9,10
Cine-Foto-Som -5,16
Calçados -2,03
Vestuário 6,73
Concessionárias de Veículos
-6,04
Vestuário -17,48
27
Federação do Comércio do Paraná
9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ
5. ASPECTOS IMPORTANTES DO DESEMPENHO POR RAMO DO VAREJO:
5.1 Materiais de construção: na sequência da boa performance de 2011, esse ramo
mantém em 2012 o mesmo ritmo de crescimento, estimulado por queda nos juros, mais
financiamento e renda crescente
5.2 Concessionárias de veículos: tiveram queda expressiva em 2012. O financiamento
está mais restrito, com maiores exigências bancárias, fato associada ao aumento da inadimplência.
A valorização do dólar elevou preço de peças importadas. A crise externa restringiu exportações. A
redução de IPI do segmento em maio começou a impactar de forma positiva as vendas desse ramo.
Ademais, promoções de lojas e montadoras, ajudam a melhorar o desempenho desse ramo.
5.3 Supermercados e hipermercados: a continuidade do crescimento em 2012 está
relacionada à melhoria de renda das classes D e E, mais a melhoria do padrão de consumo da
classe C. As regiões Oeste (Cascavel, Toledo e Mal. Candido Rondon) e Foz do Iguaçu cresceram
mais que demais regiões.
5.4 Móveis, decorações e utilidades domésticas: desempenho positivo mantido em
2012- cresceu quase 8% em janeiro-maio, aquecido pela ocupação de imóveis novos e redução do
IPI.
5.5 Combustíveis e lubrificantes: queda na safra de cana e opção das usinas pelo
açúcar com preço melhor, impediram ao etanol competir com a gasolina, a qual reduziu a
participação do etanol na mistura: de 25% para 20%. Devido a necessidade de a Petrobras
melhorar sua receita, a expectativa é de algum aumento no preço da gasolina a partir de julho,
com reflexos na inflação. O crescimento do ramo está associado à dinâmica da economia, ao
adicional de carros em circulação e intensidade de utilização: viagens, lazer, etc. A qualidade do
transporte público nos centros urbanos não consegue inibir o uso de carros particulares. Nesse
ramo, inclui-se venda de gás veicular e gás de cozinha.
5.6 Farmácias e perfumarias: Os genéricos demonstram crescente participação nas
vendas; a guerra de preços das grandes redes estimula vendas e prejudica pequenas farmácias e
redes. Um estímulo adicional para o segmento é a mudança de estação: outono – inverno.
5.7 Autopeças e acessórios: vendas crescentes em 2012, com interior melhor que RM
de Curitiba. Peças importadas podem encarecer com o dólar valorizado. Em jan-mai cresceu quase
3,0%.
5.8 Óticas e Cine-foto-som: ramos incentivados por inovações e novos designs que
estimulam o consumidor; o dólar valorizado ainda não prejudicou vendas. Trabalham com larga
margem de importados, mas enfrentam a concorrência de produtos “piratas” ou com entrada ilegal.
5.9 Livrarias e papelarias: tem desempenho sazonal, com picos em janeiro-fevereiro e
julho, associado ao início do semestre escolar. Em jan.-mai. cresceu mais de 6% sobre igual
período de 2011. Tem venda crescente de produtos associados à informática, material de
escritório, DVDs e brinquedos.
5.10 Calçados: os lançamentos de outono-inverno ainda não se refletiram em vendas
adicionais significativas. Concorre com lojas de departamentos e supermercados, que vendem
mesmos produtos.
5.11 Vestuário: desempenho ainda não reflete a mudança de estação, mesmo com novos
modelos, designs, etc. Pode ser efeito de reordenamento de gastos dos consumidores ou
liquidação de dívidas.
5.12 Lojas de departamentos: ainda não cresceu no ano. Oferecem amplo leque de
produtos, muitos dos quais típicos de outros ramos, o que favorece vendas, pela concentração de
opções. Tem grande poder de negociação com fornecedores. Há concorrência acirrada no
segmento. Muito do que oferecem também é disponibilizado por supermercados e hipermercados.
28
Federação do Comércio do Paraná 9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ
5.13 Tecidos: as vendas têm como referências de desempenho os imóveis novos e reformas, melhoria
de renda, grande número imóveis comerciais. Vende mais no interior e menos na RM. Expandiu opções
de oferta: cortinas, carpetes, cama-mesa-banho, sofás, papéis de parede, novos padrões, etc. 6. CONCLUSÃO
O varejo do Paraná cresceu nas vendas de jan-maio, mas reduziu velocidade: 3,31%. As
liquidações em diferentes ramos e redes de lojas no começo do ano ajudaram o crescimento. O
governo federal procura incentivar o consumo interno, ao adotar políticas de aquecimento da demanda
e aumento do PIB, mais prioritárias que as políticas anti-inflacionárias, o que poderá melhorar o
varejo, no segundo semestre. Afora investimentos do PAC e Copa de 2014, também atuam como
fatores positivos: emprego estável, remuneração média crescente, maior massa de salários,
financiamento habitacional e maior consumo das famílias (classes C, D e E). Tem-se em abril-maio
redução da renda disponível de segmentos de consumidores e maior comprometimento da renda, dado
o elevado endividamento, resultando margem reduzida para novos compromissos. Essa realidade
poderá limitar efeitos das políticas de aquecimento, na intensidade esperada.
Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio-PR
Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio-PR
Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio
TABELA 21 – VENDAS EM MAIO DE 2012 COMPARADAS AO MÊS ANTERIOR ( ABRIL DE 2012)
Ramos de Atividade
Mais Representativos do Comércio
RM de
Curitiba
(%)
Londrina
(%)
Maringá
(%)
Oeste
(%)
Foz do
Iguaçu
(%)
Ponta
Grossa
(%)
1. Concessionárias de Veículos 17,82 -0,13 15,57 11,26 21,12 0,53 2. Móveis, Decorações e Utilidades
Domésticas 9,86 13,07 -18,03 -10,56 -8,25 15,42
3. Autopeças e Acessórios 1,00 -22,01 -6,33 -3,62 -6,63 17,89 4. Materiais de Construção 11,06 -13,66 -33,61 -32,97 -6,71 6,41 5. Lojas de Departamentos -4,51 12,37 -3,93 6. Supermercados 8,50 -5,33 0,10 -0,27 -3,53 -5,83
TABELA 22 – VENDAS EM MAIO DE 2012 COMPARADAS AO MESMO MÊS DO ANO ANTERIOR (MAIO DE 2011)
Ramos de Atividade
Mais Representativos do Comércio
RM de
Curitiba
(%)
Londrina
(%)
Maringá
(%)
Oeste
(%)
Foz do
Iguaçu
(%)
Ponta
Grossa
(%)
1. Concessionárias de Veículos 6,29 7,30 14,79 9,11 2,31 22,31 2. Móveis, Decorações e Utilidades
Domésticas 0,48 21,31 1,30 -1,26 20,33 -0,62
3. Autopeças e Acessórios -14,07 -17,24 -1,21 9,46 -2,26 -3,75 4. Materiais de Construção 7,47 -0,32 -5,14 -3,32 18,78 -11,68 5. Lojas de Departamentos -2,03 9,44 0,67 6. Supermercados 6,97 -3,61 0,80 4,73 5,10 -8,83
TABELA 23 – VENDAS ACUMULADAS NO ANO DE 2012 (Jan-Mai) COMPARADAS A (Jan-Mai) DE 2011
Ramos de Atividade
Mais Representativos do Comércio
RM de
Curitiba
(%)
Londrina
(%)
Maringá
(%)
Oeste
(%)
Foz do
Iguaçu
(%)
Ponta
Grossa
(%)
1. Concessionárias de Veículos -4,30 5,86 7,65 1,52 -6,04 21,45 2. Móveis, Decorações e Utilidades
Domésticas -0,36 19,89 2,76 13,54 14,98 -2,86
3. Autopeças e Acessórios -7,06 7,06 5,04 16,84 10,00 -3,82 4. Materiais de Construção 1,01 14,26 24,72 27,24 20,74 -13,46 5. Lojas de Departamentos -1,79 5,13 4,34 6. Supermercados 2,44 -3,45 0,49 15,11 12,49 -6,72
29
Federação do Comércio do Paraná 9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ
Fonte: Pesquisa Conjuntural do Comercio da Fecomércio-PR
(Consulta em 18/07/2012)
TABELA 24 – VENDAS NOS PÓLOS DE COMÉRCIO PESQUISADOS PELA FECOMÉRCIO-PR (Variação em Relação ao Mês Anterior)
Período
RM de
Curitiba
(%)
Londrina
(%)
Maringá
(%)
Oeste
(%)
Foz do
Iguaçu
(%)
Ponta
Grossa
(%)
PARANÁ
(%)
2011 Jan -22,15 -13,34 -12,22 -19,75 -15,42 -23,97 -19,00 Fev -0,05 -2,53 -4,20 -1,33 -3,87 -0,77 -1,39 Mar 6,19 5,43 3,93 10,36 6,59 6,04 6,27 Abr 0,15 5,86 -2,43 -3,11 -3,87 -1,33 -0,18 Mai 2,69 -0,50 1,48 2,81 9,79 0,59 2,33 Jun -6,36 -4,27 1,20 -1,05 -2,34 -0,68 -4,15 Jul 3,82 3,96 2,68 2,37 1,83 2,57 3,38 Ago 1,41 3,72 0,83 4,09 3,30 4,24 2,22 Set -1,61 -1,26 0,85 -1,43 -4,38 0,21 -1,34 Out -1,43 -0,39 -0,28 -0,31 2,90 0,37 -0,69 Nov 3,79 7,51 2,28 5,32 3,00 0,30 4,29 Dez 17,16 10,42 17,04 12,19 11,47 16,44 15,00
2012 Jan 23,71 -11,72 -11,01 -9,90 -11,36 -18,87 -17,62 Fev -6,14 -5,83 -2,40 -4,02 -5,42 -5,60 -5,24 Mar 13,60 8,76 4,72 6,06 7,80 11,86 10,07 Abr -7,85 -2,39 -2,49 -3,50 -4,31 -9,02 -5,39 Mai -2,08 8,77 7,94 10,47 9,59 2,41 3,31
(Variação Acumulada no Ano)
Jan – Dez/11 Sobre
Jan – Dez/10 3,37 11,07 12,70 12,73 11,91 2,58 7,22
30
Federação do Comércio do Paraná 10. ABERTURA DE EMPRESAS NO PARANÁ
De janeiro a junho de 2012 a abertura de empresas no Paraná é menor que o desempenho
em igual período do ano anterior: 26.470 frente a 28.605, ou seja, 2.135 empresas a mais em
2011. Os números apontam para uma contenção no corrente ano, indicando dificuldades
específicas de curto prazo. No entanto, não se pode tomar os dados de 2012 como indicativos do
comportamento ao longo do ano, considerando que as políticas econômicas recentes do governo
visam alterar esse desempenho no segundo semestre. Ademais, normalmente, o 2.º semestre
para o comércio é mais aquecido que o 1.º. Em 2011, foram abertas no Paraná 56.325 empresas,
número superior aos cinco anos anteriores, que demonstra a existência de expectativas positivas
dos empresários e do sistema produtivo quanto ao desempenho da economia brasileira e também
quanto a superação dos problemas associados às crises econômicas. A maior parte dessas
empresas são micros e pequenas.
Como fatores recentes de estímulo aos novos empreendimentos, cabe destacar: políticas de
aquecimento como queda nos juros; redução no IPI para diversas linhas de produção, inclusive
automotiva; linhas de financiamento novas; redução do spread; obras públicas do PAC e Copa
2014; expectativa de bom desempenho futuro e o dinamismo próprio de comércio e serviços. Muito
importante nesse contexto é a elevação do emprego e da massa de salários, associado ao
desempenho positivo da renda e do produto. A ascensão da renda das classes D e E vem
estimulando um adicional de demanda que se revela importante para o comercio varejista.
Fonte: www.jucepar.pr.gov.br – (Relatório estatístico – Novas empresas) (Consulta em 18/07/2012)
(1) Empresário corresponde a antiga firma individual (sem sócios)
(2) Sociedade Empresária relaciona-se a um grupo empresarial.
TABELA 25 – ABERTURA DE EMPRESAS NO PARANÁ (Conforme Natureza Jurídica)
Período
Empresário (1)
EIRELI Soc. Empresária (2) S/A Cooperativa Outros TOTAL
2006 16.569 0 26.459 840 148 42 44.058 2007 17.888 0 29.033 610 150 35 47.716 2008 18.904 0 33.002 956 170 55 53.087 2009 21.672 0 33.327 776 202 46 56.023 2010 20.843 0 32.988 752 280 91 54.954 2011 21.927 0 33.074 1.049 195 80 56.325 Jan 1.644 0 2.229 38 4 5 3.920 Fev 1.953 0 2.879 68 17 0 4.917 Mar 2.015 0 3.061 55 9 5 5.145 Abr 1.757 0 2.647 55 12 6 4.477 Mai 2.023 0 3.098 72 12 2 5.207 Jun 1.847 0 2.978 83 21 10 4.939 Jul 1.838 0 2.997 224 16 7 5.082 Ago 2.142 0 3.296 75 21 4 5.538 Set 1.993 0 2.748 141 23 8 4.913 Out 1.786 0 2.565 63 18 3 4.435 Nov 1.609 0 2.482 79 18 8 4.196 Dez 1.320 0 2.094 96 24 22 3.556
2012 10.184 1.043 14.633 456 100 86 26.470 Jan 1.465 32 1.978 49 18 4 3.514 Fev 1.687 164 2.476 76 18 6 4.427 Mar 1.908 234 2.761 47 13 24 4.987 Abr 1.491 193 2.329 162 17 11 4.203 Mai 1.982 212 2.660 71 15 17 4.957 Jun 1.651 208 2.429 51 19 24 4.382
31
Federação do Comércio do Paraná
11. FALÊNCIAS DECRETADAS NO BRASIL
O índice de falências de junho foi 63, o menor valor desde março p.p., mas superior aos
valores do bimestre jan-fev. Os números do 1.º semestre de 2012 apontam mais falências que
igual período de 2011. As medidas de incentivo econômico do governo: queda nos juros; redução
no IPI para diversas linhas de produção, novas linhas de financiamento incentivadas; redução do
spread; permitem a expectativa de redução das falências no ano e, importante, menor
inadimplência. A destacar nesse contexto a elevação do emprego e da massa de salários, mais o
desempenho positivo da renda, a ascensão das classes D e E e a expansão da classe C.
As falências e concordatas crescentes verificadas após março/2012 podem ser atribuídas à
maior inadimplência dos consumidores, queda na demanda externa que compromete exportações e
dificuldades em reduzir custos (existe o “custo Brasil”) e melhorar competitividade. Alguns ramos
produtivos adicionam aos preços finais a valorização do dólar. O aumento da inadimplência do
consumidor (índice SERASA) em mar-jun/2012 pode ter alguma responsabilidade na elevação de
falências em igual período desse ano.
Em 2011, o índice de falências de setembro foi o maior desse ano: 82. No 1.º semestre de
2011, houve redução do índice de empresas em processo de falência ou concordata na comparação
a igual período de 2010, fato que surge na sequência do bom desempenho da economia no 1.º
semestre. No entanto, os números de falências crescentes no 3.º tri/2011, refletem dificuldades
econômicas externas, com impactos restritivos na economia local. O último trimestre de 2011 teve
redução de falências, devido o número maior de reajustes salariais em comparação com o primeiro
semestre, entrada do 13º salário - utilizado em parte para regularizar dívidas e elevar a demanda
no final do ano, com impactos positivos sobre o faturamento empresarial, além das políticas de
aquecimento do segundo semestre.
Fonte: www.serasa.com.br – (Empresas – Índices econômicos – Falências) (Consulta em 18/07/2012)
TABELA 26 – FALÊNCIAS NO BRASIL
Período Índice
2009 76 2010 61 2011 53 Fev 64 Mar 53 Abr 50 Mai 53 Jun 53 Jul 64 Ago 65 Set 82 Out 40 Nov 38 Dez 38
2012 --- Jan 33 Fev 45 Mar 70 Abr 64 Mai 66 Jun 63
32
Federação do Comércio do Paraná 12. CRÉDITO: DEMANDA E INADIMPLÊNCIA
12.1. Demanda de Crédito
A demanda de crédito pelo consumidor caiu em junho: 120,75. No entanto, é um valor ainda alto, que pode ser associado às políticas de aquecimento da demanda, que estimularam o consumidor a assumir novos créditos, mesmo com o comprometimento das despesas anteriores mais os limites da renda. O que se verifica é o governo implementando políticas de aquecimento econômico que incentivam as compras. Por outro lado, a ascensão de renda das classes D e E mais a ampliação da classe C, permitem a uma faixa maior de consumidores assumir compromissos creditícios, que poderiam ser associados, em parte, à confiança em termos de manutenção do emprego, poder aquisitivo e capacidade de pagamento. O consumidor deve estar atento às dívidas, para evitar surpresas desagradáveis. O crédito constitui fator importante no estímulo às vendas, associado à queda nos juros.
TABELA 27 – INDICADOR SERASA EXPERIAN DE DEMANDA DO CONSUMIDOR POR CRÉDITO (MÉDIA DE 2008 = 100)
Região Renda Pessoal Mensal
Ano:
2011/2012 CO N NE S SE até R$ 500
R$ 500 a R$
1.000
R$ 1.000 a
R$ 2.000
R$ 2.000 a
R$ 5.000
R$ 5.000 a R$
10.000
mais de R$
10.000 Total
Jun/11 129,3 124,7 132,6 125,8 130,1 159,9 129,9 121,4 130,7 142,4 141,7 129,3
Jul/11 131,0 124,7 132,2 123,7 127,7 160,7 128,2 119,6 128,8 140,9 140,1 127,8
Ago/11 144,8 140,6 159,0 131,8 132,5 180,6 139,7 128,0 136,1 148,1 148,6 138,1
Set/11 126,3 117,9 125,7 121,3 123,3 157,7 123,1 115,3 124,2 136,3 137,8 123,3
Out/11 121,4 111,1 118,1 115,9 118,1 155,1 116,0 109,9 131,9 131,7 131,7 117,6
Nov/11 117,7 108,4 120,1 112,4 115,6 155,4 113,9 107,5 116,8 129,3 131,9 115,6
Dez/11 125,0 115,5 119,2 109,1 125,5 164,4 120,5 112,1 119,9 130,9 128,8 120,9
Jan/12 116,3 109,2 116,2 102,5 111,7 149,5 109,6 103,4 111,3 122,6 121,4 111,0
Fev/12 107,5 104,3 107,3 93,0 101,2 136,3 99,8 94,6 102,0 112,7 112,2 101,3
Mar/12 125,5 120,3 128,7 118,5 120,3 162,4 119,2 114,2 123,4 136,3 134,6 121,8
Abr/12 113,9 113,2 117,8 100,8 106,4 147,7 106,4 100,7 108,2 119,3 118,8 108,1
Mai/12 124,6 125,5 132,2 117,2 122,3 171,7 122,4 114,1 121,7 133,3 133,4 123,3
Jun/12 121,2 130,1 130,2 114,8 119,0 164,0 120,7 112,0 118,9 129,7 130,3 120,75
Fonte: www.serasa.com.br – (Índices Econômicos – Demanda do Consumidor por Crédito) (Consulta em 18/07/2012)
12.2. Inadimplência
A inadimplência continua elevada: atingiu 154,6 em junho, pouco inferior à de maio, que foi 155,3. Representa uma inadimplência alta, em grande parte influenciada pelo crédito concedido em veículos, produto que trás agregado uma extensa relação de custos adicionais paralelos. A inadimplência alta mostra que a expansão das dívidas pelo consumidor, num período de uso intenso dos financiamentos, não foi bem planejado e que fatos novos surgiram no período, impedindo/adiando a regularização. O alto índice de abril a junho, mostra um consumidor que assumiu muitos financiamentos simultaneamente, levando ao esgotamento da sua capacidade de pagamento, considerando os múltiplos compromissos. O que se verifica agora é resultado das imprevisões de muitos consumidores. Os números atuais levarão as empresas a adotarem cuidados adicionais nas vendas a prazo e concessão de crédito. Importante neste momento é a redução de juros bancários e renegociações das dívidas existentes.
TABELA 28 – INDICADOR SERASA EXPERIAN DE INADIMPLÊNCIA – PESSOA FÍSICA – SEM AJUSTE SAZONAL (MÉDIA DE 2009 = 100)
Ano: 2011/2012 PEFIN (1) REFIN (2) Protestos CCF (3) Geral
Jun/11 199,4 121,0 80,3 69,2 134,0
Jul/11 201,8 127,3 88,4 67,8 137,8
Ago/11 200,2 134,9 88,9 70,8 142,0
Set/11 193,6 133,7 76,5 63,5 137,7
Out/11 188,3 130,1 79,0 68,6 135,6
Nov/11 190,0 130,8 88,8 75,8 138,2
Dez/11 187,7 128,1 78,6 69,5 134,7
Jan/12 194,3 125,1 91,9 63,9 134,2
Fev/12 197,4 123,2 75,4 60,8 133,0
Mar/12 211,1 123,4 93,8 71,8 139,6
Abr/12 229,7 128,8 81,0 66,5 146,2
Mai/12 250,3 132,8 92,9 72,6 155,3
Jun/12 263,5 130,0 82,0 61,1 154,6 Fonte: www.serasa.com.br – (Índices Econômicos – Inadimplência do Consumidor) (Consulta em 18/07/2012)
(1) Fluxo mensal de anotações de dívidas em atraso junto às financeiras, cartões de crédito e empresas não financeiras. (2) Fluxo mensal de anotações de dívidas em atraso junto aos bancos. (3) Fluxo mensal de cheques devolvidos por insuficiência de fundos (2ª. devolução).
33
Federação do Comércio do Paraná
13. NÍVEL DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE PRODUTIVA INSTALADA (NUCI) NA INDÚSTRIA
O NUCI de junho foi quase igual ao de maio: 83,6% frente a 83,7%. Demonstra menor
utilização da capacidade produtiva da indústria em relação ao mês anterior e ampliação da
ociosidade no período. Os indicadores de 2012 estão abaixo do desempenho de 2011. As
providencias do governo com políticas voltadas ao aquecimento da indústria, ainda não produziram
os efeitos desejados, em parte porque a demanda externa em países desenvolvidos está retraída e
a China diminuiu o crescimento da sua economia. O governo deverá adotar novas políticas de
aquecimento para incentivar o setor no segundo semestre, visando elevar o NUCI e reduzir a
ociosidade. Um fato merece ser destacado: as manifestações de segmentos representativos da
indústria brasileira não apontam para expansão a curto prazo do NUCI. A indústria exportadora,
por conta da valorização do dólar, tem condições de elevar exportações, até o ponto em que não
seja bloqueada pela crise externa, mas desde que o governo ofereça incentivos.
Entre abril e dezembro de 2011 o NUCI acima esteve da média do 1.º trimestre do ano,
em parte pelo estímulo associado à alteração na política de contenção na economia. Em 2010
houve expressiva expansão dos investimentos internos, sinalizando a preocupação do sistema
produtivo em relação ao futuro. Ou seja, uma demanda crescente a médio e longo prazo e, nesse
sentido, ampliar a capacidade produtiva. Considere-se que de 20% a 25% da demanda interna se
dá sobre produtos importados. Há uma expectativa de que o US$ valorizado possa conter
importações, elevar o NUCI e estimular exportações.
Alguns ramos da indústria de transformação estão próximos do esgotamento do NUCI: sua
queda e maior ociosidade, representam menor demanda interna / externa e redução no emprego.
Fonte: www.ipeadata.gov.br – (Macroeconômico – Temas – Produção) (Consulta em 18/07/2012)
(*) Cálculo anual com base na média mensal do período.
TABELA 29 – NUCI NO SETOR INDUSTRIAL BRASILEIRO (*) Período NUCI (%) Ociosidade (%)
2005 83,5 16,5 2006 83,3 16,7 2007 85,1 14,9 2008 85,2 14,8 2009 80,2 19,8 2010 84,7 15,3 2011 84,0 16,0 Jun 84,1 15,9 Jul 84,0 16,0 Ago 84,0 16,0 Set 84,4 15,6 Out 84,7 15,3 Nov 84,5 15,5 Dez 84,1 15,9
2012 --- --- Jan 82,1 17,9 Fev 82,9 17,1 Mar 83,0 17,0 Abr 83,5 16,5 Mai 83,7 16,3 Jun 83,6 16,4
35
III. S E T O R P Ú B L I C O
Federação do Comércio do Paraná
14. ARRECADAÇÃO DO GOVERNO
A receita do governo federal de janeiro a junho de 2012, superou igual período de 2011,
mas em percentual abaixo do esperado, indicando esgotamento do crescimento da economia em
relação ao ano anterior, indicativo também de uma conjuntura econômica não ideal.
A arrecadação do setor público é realizada sobre pessoas físicas e pessoas jurídicas
utilizando diversas formas nos três níveis de governo: Federal, Estadual e Municipal. Essa receita é
utilizada para o financiamento e viabilização de programas e políticas governamentais e para o
custeio da máquina pública. Os itens que compõem o conjunto da arrecadação governamental
estão distribuídos na forma de: a) impostos; b) taxas; c) contribuições; d) transferências; e)
aluguéis; f) previdência social (1); g) outras receitas: multas, vendas de imóveis públicos, etc.
Permanece na economia interna a pesada carga tributária para país em desenvolvimento.
As novas políticas adotadas a partir de abril p.p. voltadas ao aquecimento poderão
compensar possíveis quedas na arrecadação em função da escala de demanda e também pela
tributação adicional (em maio) de industrializados nacionais ou importados: motos, micro-ondas e
aparelhos de ar condicionado(de 20% para 35%), que restringiam o desempenho da Zona Franca
de Manaus, bem como as novas alíquotas sobre bebidas frias: cerveja, refrigerante e águas.
Fonte:www.receita.fazenda.gov.br (Consulta em 25/07/2012)
Fonte:www.receita.fazenda.gov.br (Consulta em 25/07/2012)
Fonte: www.receita.fazenda.gov.br – (Carga Tributária no Brasil 2010) (Consulta em 25/07/2012)
(1) Contribuições à Previdência Social – CPS: É grande fonte de receita do Governo, raramente usada para financiar programas. Motivo: é considerada como contribuição para posterior devolução. É uma arrecadação do governo, com finalidade de custear aposentadorias dos que pagaram pela Previdência. Constitui, portanto, uma receita previamente comprometida. Em condições normais, a possibilidade de utilização da receita previdenciária para custear despesas diferentes da Previdência é, praticamente, zero. Em condições excepcionais, no entanto, o governo pode recorrer à receita da Previdência para custear despesas urgentes ou casos de calamidade pública, com a necessidade de posterior reposição, para não prejudicar o cidadão beneficiário da previdência social do País.
(2) A arrecadação refere-se à Receita Administrada pela RFB (impostos e contribuições) mais as Demais Receitas (taxas e contribuições controladas por outros órgãos).
TABELA 30 – EVOLUÇÃO DA ARRECADAÇÃO DO GOVERNO FEDERAL (2) (Em R$ Milhões)
Período Valor a Preços
Correntes
Valor a Preços de Jun/2012
(IPCA)
Varia ção %
2008 685.675 844.427 20,29 2009 716.802 841.179 15,32 2010 826.519 923.424 8,89 2011 969.892 1.016.714 2,24 Jun 82.726 86.793 4,83 Jul 90.247 94.532 4,66 Ago 74.607 77.862 4,28 Set 75.100 77.963 3,73 Out 88.737 91.725 3,28 Nov 78.966 81.203 2,75 Dez 96.625 98.868 2,24
2012 508.555 512.645 0,80 Jan 102.579 104.376 1,75 Fev 71.902 72.834 1,30 Mar 82.367 83.259 1,08 Abr 92.628 93.036 0,44 Mai 77.971 78.033 0,08 Jun 81.107 81.107 0,00
TABELA 30.1 – ARRECADAÇÃO FEDERAL SEGMENTADA POR TIPO DE TRIBUTO
(a preços de jun/12 – IPCA) Jan-Jun (R$ milhões)
Imposto sobre importação 14.555 IPI Total 23.763 IR Total 140.225 IR Pessoa Física 13.449 IR Pessoa Jurídica 60.176 IR Retido na Fonte 66.601 IOF 16.067 COFINS 83.088 PIS / PASEP 22.447 CSLL 31.021 Cide – Combustíveis 2.529 Contribuição para FUNDAF 259 Outras Receitas 7.137 Receita Previdenciária 141.668 Receita Administrada por Outros Órgãos 19.121
TOTAL DAS RECEITAS 512.645
TABELA 31 – PARTICIPAÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA NO PIB – 2009 e 2010 (Em R$ Bilhões)
Componentes 2009 2010 Produto Interno Bruto 3.185,13 3.674,96
Arrecadação Tributária Bruta 1.055,44 1.233,49
Carga Tributária Bruta 33,14% 33,56%
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Federação do Comércio do Paraná
15. O SUPERÁVIT PRIMÁRIO
A ocorrência do superávit primário nas contas públicas corresponde a existência, no mesmo
exercício fiscal, de receitas superiores às despesas, sem considerar os dispêndios com juros.
Significa, portanto, uma poupança do governo para, principalmente, pagar juros de sua dívida. O
desempenho do superávit primário é uma referência utilizada por investidores estrangeiros para
medir a capacidade de um país pagar sua dívida regularmente. O crescimento do superávit pode
depender, de forma diretamente proporcional, ou do tamanho do corte nos gastos públicos ou de
um aumento na arrecadação superior à despesa. O aumento na arrecadação (sem a ocorrência de
elevação nas alíquotas tributárias ou criação de novos tributos) está diretamente relacionado ao
melhor desempenho da economia.
Uma queda no superávit primário revela uma redução na arrecadação (e queda no
desempenho da economia) e/ou um aumento de gastos públicos.
Analisado sob outra perspectiva, o superávit fiscal poderá ser visto como possível carência
ou defasagem em áreas importantes sob responsabilidade do governo: investimentos, salários,
atendimento social ou outras. Ou seja, o superávit pode ser uma decorrência da contenção (ou
adiamento) de gastos nas áreas mencionadas.
Em junho de 2012, o superávit caiu ainda mais, em parte influenciado pelas reduções
tributárias de reaquecimento. Os gastos foram menores comparados ao mesmo mês de 2011. Em
2012, os resultados dos superávits do governo não acompanham igual período do ano anterior.
Fonte: www.tesouro.fazenda.gov.br (Consulta em 27/06/2012)
(1) Resultado do Governo Central origina-se do Resultado do Governo Federal mais Resultado do Banco Central.
TABELA 32 – DESEMPENHO DO SUPERÁVIT PRIMÁRIO - GOVERNO FEDERAL E BANCO CENTRAL
(Em R$ Milhões)
Período
Resultado do
Governo (1)
Variação
Percentual
(%)
2004 49.341,4 --- 2005 52.673,2 6,75 2006 48.748,2 -7,45
2007 57.650,4 18,26 2008 71.438,4 23,92
2009 39.436,4 -44,80 2010 78.772,9 99,75
2011 93.524,6 18,73 Jun 10.580,2 154,20 Jul 11.341,4 7,19 Ago 2.540,8 -77,60 Set 5.415,4 113,14 Out 11.505,3 112,46 Nov 4.710,4 -59,06 Dez 2.017,6 -57,17
2012 48.085,8 -14,19 Jan 20.816,0 931,70 Fev 5.372,6 -74,19 Mar 7.627,5 41,97 Abr 11.208,9 46,95 Mai 1.788,1 -84,05 Jun 1.272,7 -28,82
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Federação do Comércio do Paraná
16. O ICMS NO PARANÁ
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços é a principal fonte de arrecadação
dos governos estaduais. Existe uma “guerra” fiscal entre os estados da Federação, onde cada um
estabelece alíquotas de ICMS diferenciadas em relação aos demais com o objetivo de atrair
empresas ou obter outras formas de benefícios. O Conselho Nacional de Política Fazendária-
CONFAZ é encarregado de decisões relativas ao ICMS sendo, no entanto, necessário a unanimidade
para a aprovação. Isto não ocorrendo, continua a prevalecer as diferenças de alíquotas entre os
Estados.
Fonte: www.fazenda.pr.gov.br – (Gestão do Dinheiro Público – Balanço Geral) (Consulta em 24/07/2012)
TABELA 33 – PARANÁ: ARRECADAÇÃO DO ICMS POR SETOR DE ATIVIDADE (Em R$ milhares)
Ordem Setor de Atividade 2010 2011 Variação
Percentual (%)
1 Indústria 3.064.387,58 3.452.528,97 12,67 2 Comércio 2.786.197,69 3.243.952,84 16,43 3 Energia Elétrica 1.566.087,35 1.727.155,94 10,28 4 Comunicação 1.345.779,39 1.369.013,39 1,73 5 Produtos Primários 571.650,32 888.629,76 55,45 6 Transportes 180.179,22 225.368,92 25,08 7 Outros 573.335,03 644.195,27 12,36 8 Estorno a Crédito do ICMS 1.144,93 86,44 -92,45 9 Estorno a Débito do ICMS 3.996,33 12.778,76 219,76
--- Total 10.084.765,22 11.538.152,77 14,41
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Federação do Comércio do Paraná 17. DÍVIDA DE MUNICÍPIOS DO PARANÁ
A dívida a seguir mencionada se refere a “Dívida Contratual Interna Junto ao Tesouro
Nacional e ao Sistema Financeiro Nacional – Paraná” dos municípios onde estão localizados
Sindicatos do comércio filiados à Fecomércio-PR, conforme publicado pelo Banco Central.
Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Dívida Pública – Endividamento de Estados e Municípios) (Consulta em 24/07/2012)
(1) Cálculo composto pelo Tesouro Nacional, Instituições Financeiras Públicas, Instituições Financeiras Privadas. Não inclui informações para a dívida externa,
mobiliária e junto ao INSS, FGTS ou outras instituições não financeiras que não o Tesouro Nacional.
(2) Refere-se ao somatório de todos os municípios listados na tabela acima.
TABELA 34 – PARANÁ: DÍVIDA DE MUNICÍPIOS QUE SEDIAM SINDICATOS FILIADOS À FECOMÉRCIO-PR
Nº Cidades
Dívida Total (1) (R$ 1.000,00)
Variação
(%) Abril
2012 Maio 2012
1 Apucarana 163.870,53 166.334,98 1,50 2 Campo Largo 11.170,30 11.070,73 -0,89 3 Campo Mourão 3.582,45 3.460,06 -3,42 4 Cascavel 35.033,08 34.275,32 -2,16 5 Castro 3.998,90 3.851,96 -3,67 6 Cornélio Procópio 2.789,51 2.681,52 -3,87 7 Curitiba 395.888,36 398.156,60 0,57 8 Foz do Iguaçu 48.772,10 49.431,31 1,35 9 Francisco Beltrão 2.894,79 2.775,30 -4,13 10 Guarapuava 71.786,86 72.782,00 1,39 11 Irati 3.114,98 2.972,75 -4,57 12 Ivaiporã 24,01 17,78 -25,95 13 Jacarezinho 1.549,10 1.502,25 -3,02 14 Londrina 295.155,50 294.152,46 -0,34 15 Marechal Candido Rondon 4.407,27 4.298,55 -2,47 16 Maringá 447.417,72 454.230,52 1,52 17 Medianeira 4.079,14 4.024,28 -1,34 18 Paranaguá 305,87 278,83 -8,84 19 Paranavaí 11.819,33 11.736,73 -0,70 20 Pato Branco 9.673,68 10.334,84 6,83 21 Ponta Grossa 38.397,59 39.023,94 1,63 22 Prudentópolis 2.092,70 2.034,55 -2,78 23 Santo Antônio da Platina 2.914,04 2.843,86 -2,41 24 Toledo 16.400,68 16.497,17 0,59 25 Umuarama 34.885,05 35.022,84 0,39 26 União da Vitória 1.163,23 1.140,50 -1,95
39
IV. R E L A Ç Õ E S C O M O E X T E R I O R
Federação do Comércio do Paraná 18. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
Em junho, a balança comercial foi positiva mas inferior a maio: US$ 806 milhões.
Contribuiu para elevar o saldo do semestre mas começa a preocupar quanto a possibilidade de não
se conseguir superar o desempenho de 2011, que permitiu um superávit de quase US$30 bilhões.
A melhora no ano dependerá do desempenho de EUA e economias do euro, mais o crescimento dos
demais países do BRIC: Rússia, Índia, China e também das exportações para Argentina.
Em 2011, a balança comercial positiva de US$ 29,8 bilhões, contou com a grande
participação das exportações do período out-dez, com o dólar mais valorizado. As importações de
out-dez, maiores que em igual período de 2010, foram limitadas em parte pela valorização do US$
no período. O saldo da balança comercial em 2011 foi quase 50% maior que em 2010. Dólar
valorizado (maior poder de compra ao importador) poderá aquecer exportações em 2012. O IOF
maior dos carros importados poderá limitar as importações desse segmento.
As commodities exportadas passam por uma queda na cotação, influenciadas pelos efeitos
da crise externa, podendo afetar exportações e saldo comercial. Atualmente, revela-se como muito
importante e necessária a recuperação das exportações da indústria de transformação, por conta
da maior agregação de valor e empregos criados. As providencias do governo para aquecer o setor
industrial exportador devem produzir efeitos positivos a partir de maio. Podem ser insuficientes, o
que justificaria adoção de políticas adicionais complementares. Fato importante para ativar
exportações é a valorização do dólar no ano, comparado a 2011.
O saldo comercial de 2008 a 2011 - inferior que a 2005-2007, caiu entre 40% e 50% e está
associado à valorização do R$ (até junho/2011), elevação das importações- em especial bens finais
para o varejo- e restrições das exportações de bens com maior valor agregado e maior tecnologia.
Países desenvolvidos com mais limitações após crise de julho-agosto/2011, reduziram importações
Parte da desvalorização do US$ no 1.º semestre/ 2011 estava vinculada à crise Europeia e
do euro, além da não recuperação da economia dos EUA. Em maio/2012, a debilidade de países do
euro: Grécia, Espanha, Holanda, Itália e outros geram incertezas globais e reduzem o potencial de
exportações brasileiras, mesmo com o dólar mais valorizado (e menor cotação cambial do real).
Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatísticas de comércio exterior – Balança comercial mensal) (Consulta em 18/07/2012)
(*) Dados Atualizados. Valores sujeitos a alteração. Dados de 2012 referem-se aos valores acumulados até o mês de junho.
TABELA 35 – BRASIL: BALANÇA COMERCIAL (Em US$ Milhões)
Período
Exportações
Variação (%)
Importações*
Variação (%)
Balança Comercial*
Variação (%)
2006 137.807 16,26 91.351 24,12 46.457 3,40 2007 160.649 16,58 120.617 32,04 40.032 -13,83 2008 197.942 23,21 172.985 43,42 24.958 -37,66 2009 152.995 -22,71 127.722 -26,17 25.272 1,26 2010 201.915 31,98 181.768 42,32 20.147 -20,28 2011 256.040 26,81 226.240 24,47 29.799 47,91 Jun 23.689 2,07 19.259 -2,16 4.430 25,72 Jul 22.252 -6,07 19.114 -0,76 3.138 -29,16 Ago 26.159 17,56 22.266 16,49 3.892 24,03
Set 23.285 -10,98 20.212 -9,22 3.073 -21,05 Out 22.140 -4,92 19.781 -2,14 2.359 -23,21 Nov 21.773 -1,66 21.202 7,19 571 -75,78 Dez 22.127 1,62 18.316 -13,61 3.811 566,84 2012 117.214 -0,92 110.144 4,56 7.069 -45,45 Jan 16.141 -27,05 17.440 -4,78 -1.299 -134,08 Fev 18.028 11,69 16.318 -6,43 1.710 -231,65 Mar 20.911 15,99 18.890 15,76 2.021 18,18 Abr 19.566 -6,43 18.685 -1,08 881 -56,40 Mai 23.215 18,65 20.262 8,44 2.953 235,15 Jun 19.353 -16,64 18.547 -8,46 806 -72,71
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Federação do Comércio do Paraná
18. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Indicadores de Conjuntura – Indicadores Econômicos – Capítulo V – Intercâmbio Comercial Brasileiro)
(Consulta em 18/07/2012)
(*) Dados preliminares.
(*)Dados atualizados
Dados de 2012 referentes aos meses de janeiro a Junho.
CORRENTE DE COMÉRCIO : obtida a partir da soma: exportações mais importações. Quanto maior a corrente de comércio maior o grau de abertura comercial do país. No gráfico, os valores indicam o saldo total anual da corrente de comércio, que não deve ser confundida com balança comercial, que é obtida a partir de exportações menos importações.
(1) Associação Européia de Livre Comércio, inclui Islândia, Noruega e Suíça (inclui Liechtenstein). (2) Exclui países do Oriente Médio e membros da Opep. (3) Associação Latino-Americana de Integração. (4) Bolívia, Colômbia, Cuba, Equador, Peru e Venezuela. (5) Inclui Porto Rico. (6) Albânia, Armênia, Azerbaijão, Belarus, Cazaquistão, Geórgia, Moldávia, Quirguistão, Rússia, Tadjiquistão, Ucrânia e Uzbequistão. (7) Áustria, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslovênia, Estônia, Finlândia, Grécia, Hungria, Irlanda, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia, Portugal, República
Eslovaca, República Tcheca, Romênia e Suécia. (8) Angola, Arábia Saudita, Argélia, Catar, Emirados Árabes Unidos, Irã, Iraque, Indonésia, Kuwait, Líbia, Nigéria e Venezuela.
TABELA 36 – BRASIL: INTERCÃMBIO COMERCIAL (Em US$ Milhões)
Países
2011 (JAN-DEZ) 2012 (JAN-JUN)*
Exportações
Importações
Balança
Comercial
Exportações
Importações
Balança
Comercial
Aelc (1) 2.861 3.656 -794 1.710 1.810 -101 África (2) 12.225 15.436 -3.211 5.533 8.007 -2.475 Aladi (3) 57.156 37.810 19.346 24.384 18.424 5.960 Mercosul 27.853 19.375 8.477 11.104 8.610 2.493 Argentina 22.709 16.906 5.803 8.837 7.365 1.472 Paraguai 2.969 716 2.253 1.231 414 817 Uruguai 2.175 1.753 421 1.036 832 204 Chile 5.418 4.569 849 2.182 2.062 119 México 3.960 5.130 -1.170 2.034 3.205 -1.171 Outros (4) 19.925 8.735 11.190 9.065 4.547 4.519 Ásia 76.697 70.076 6.621 35.900 34.304 1.596 China 44.315 32.788 11.526 21.158 16.059 5.098 Coréia do Sul 4.694 10.097 -5.403 1.799 4.585 -2.785 Japão 9.473 7.872 1.601 3.557 4.186 -630 Outros 18.216 19.319 -1.103 9.386 9.474 -88 Canadá 3.130 3.553 -424 1.352 1.335 17 EUA (5) 25.942 34.225 -8.283 13.800 16.122 -2.321 Europa Oriental (6) 5.174 5.175 -2 2.121 1.547 574 Oriente Médio 12.276 6.141 6.135 4.764 3.826 938 União Européia 52.946 46.416 6.530 23.957 23.512 445 Alemanha 9.039 15.213 -6.174 3.607 7.189 -3.582 França 4.319 5.462 -1.143 1.863 3.051 -1.189 Itália 5.441 6.222 -782 2.438 2.997 -559 Países Baixos 13.640 2.265 11.374 7.033 1.492 5.541 Reino Unido 5.202 3.376 1.827 2.025 1.714 311 Outros (7) 15.304 13.878 1.426 6.991 7.069 -78 Outros 7.633 3.755 3.878 3.693 1.257 2.435 Opep (8) 18.459 18.457 2 8.016 10.670 -2.654 Total 256.040 226.243 29.796 117.214 110.144 7.069
41
Federação do Comércio do Paraná
18. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
18.1. Providências de Estímulo às Exportações ou Defesa da Produção Interna
Anunciadas ou vigentes desde maio/2010, para estimular o setor exportador e valorizar a
produção da indústria nacional. Algumas das decisões não foram implementadas eficientemente e
não produziram os efeitos necessários e esperados. As providências são as seguintes:
1. Créditos Tributários: Devolução de 50% dos créditos de PIS/Pasep, COFINS, IPI
acumulados na exportação até 30 dias após a solicitação. Atualmente o retorno demora
até cinco anos. Terão direito as empresas:
- a) que exportaram pelo menos 30% do faturamento nos últimos dois anos.
- b) que sejam exportadoras há no mínimo quatro anos.
- c) com tributação pelo lucro real e que utilizem nota fiscal eletrônica.
- d) cujo histórico de pedidos de ressarcimento negados não supere em 15% o total
solicitado nos últimos dois anos.
2. Banco de Fomento: Criação do EXIM Brasil (no estilo do Eximbank internacional),
subsidiário do BNDES especializado em comércio exterior para diminuir burocracia e dar
mais rapidez a operações de exportação. Voltado para operações de longo prazo, como
bens de capital e serviços de engenharia.
3. Micro e Pequenas Empresas: Poderão exportar até R$ 2,4 milhões sem que esse valor
seja contabilizado no limite de faturamento para enquadramento no Simples, que é
também de R$ 2,4 milhões.
4. Financiamento: BNDES poderá destinar R$ 7 bilhões para linha de exportação de bens
de consumo subsidiada pelo Tesouro Nacional.
5. Garantias de criação: a) FGCE-Fundo Garantidor de Comércio Exterior, que terá R$ 2
bilhões transferidos de fundo do BNDES.
b) FGIE- Fundo Garantidor de Infra-estrutura, que reunirá fundos naval e de
energia e as PPP’s (Parceria Público-Privada), somando R$ 5 bilhões.
c) EBS-Empresa Brasileira de Seguros para administrar risco dos fundos
garantidores da União e para concessão de seguros com o setor privado.
6. Isenção: Ampliação do “drawback isenção” para o mercado interno, em que os tributos
pagos na compra de insumos para produtos exportados poderão ser descontados na
reposição de matéria-prima nacional.
7. Compras Governamentais: Produtos nacionais terão preferência nas compras do
governo federal. O valor será de até 25% do similar produzido em outro país.
8. Autopeças: Acaba com o desconto de 40% sobre o Imposto de Importação de
autopeças para estimular a produção nacional.
9. Valorização recente do dólar (e consequente desvalorização do R$) poderá favorecer
exportações, conter a demanda de importados (que participam com 23% a 25% na
demanda final), e elevar a produção interna em segmentos específicos.
10. Aumento do IPI para carros importados (set 2011): passou a vigorar em 2012;
11. Eleva de 3 para 5 anos a cobrança de 6% do IOF: nas operações de cambio
contratadas a partir de 12/03/2012.
12. Proteção a produtos da Zona Franca de Manaus: aumento de 20% p/ 35 do IPI de
importados: motos, micro-ondas e aparelhos de ar condicionado.
42
Federação do Comércio do Paraná 19. COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE
O Paraná obteve superávit na balança comercial em junho mas, no ano, acumula saldos
negativos. A corrente de comercio do Paraná (exportações mais importações) que em maio foi a
maior do ano: US$ 3,791 bilhões, caiu em junho; os números de 2012: US$ 18,4 bilhões, indicam
maior abertura econômica do Estado. A balança comercial de 2011 foi negativa, o que não ocorria
desde 2005. A crise externa nos países desenvolvidos influencia na redução da cotação de
commodities agrícolas, principal característica das exportações do Paraná. O bloqueio da Rússia à
carne de frigoríficos paranaenses impactou em 2011 um setor importante do Estado. Por outro
lado, as exportações em queda para países do euro refletem a crise intensa naquelas economias.
Exigências atuais da Argentina restringem exportações de origem paranaense para aquele país.
O Paraná foi o 5.º maior estado exportador do país em 2011; tem como principais
importadores em 2012: China, Argentina, Países Baixos e Alemanha. Dos 20 principais produtos
exportados pelo Paraná, 80% estão vinculados ao agronegócio (incluindo papel e celulose). Em
2011, dos dez principais destinos das exportações paranaenses, três estavam nas Américas:
Argentina, Paraguai e EUA. Em 2012, são quatro: além dos 3 acima, inclui-se o Uruguai.
Fonte: www.mdic.gov.br –(Comércio exterior – Estatística do comércio exterior –Balança comercial – Estados) (Consulta em 18/07/2012)
(*) Dados Atualizados. Valores sujeitos a alteração.
Dados de 2012 referem-se aos valores acumulados até o mês de Junho.
TABELA 37 – PARANÁ: BALANÇA COMERCIAL (Em US$ Milhões)
Período
Exportações
Variação
(%)
Importações*
Variação
(%)
Saldo da
Balança
Comercial *
Variação
(%)
2006 10.016,34 -0,17 5.977,97 32,04 4.038,37 -26,66 2007 12.352,86 23,33 9.017,99 50,85 3.334,87 -17,42 2008 15.247,18 23,43 14.570,22 61,57 676,96 -79,70 2009 11.222,83 -26,39 9.620,84 -33,97 1.601,98 136,64 2010 14.176,01 26,31 13.956,96 45,07 219,05 -86,33 2011 17.394,23 22,70 18.767,23 34,47 -1.373,00 -726,78 Jun 1.741,13 2,35 1.651,75 -1,66 89,37 316,36 Jul 1.495,68 -14,10 1.453,01 -12,03 42,67 -52,25 Ago 1.823,35 21,91 1.879,67 29,36 -56,31 -231,97 Set 1.638,93 -10,11 1.749,68 -6,92 -110,74 96,66 Out 1.395,67 -14,84 1.662,98 -4,95 -267,31 141,38 Nov 1.373,39 -1,60 1.825,17 9,75 -451,78 -69,01 Dez 1.438,26 4,72 1.603,37 -12,15 -165,10 63,46
2012 8.843,88 7,47 9.519,63 10,78 -675,78 85,41 Jan 1.128,84 -21,51 1.776,02 10,77 -647,17 -291,99 Fev 1.253,17 11,01 1.257,53 -29,19 -4,37 -99,33 Mar 1.452,67 15,92 1.606,70 27,77 -154,03 -3.426,33 Abr 1.451,70 -0,07 1.579,86 -1,67 -128,16 16,79 Mai 2.019,74 39,13 1.771,66 12,14 248,08 293,57 Jun 1.537,76 -23,86 1527,86 -13,76 9,89 298,70
43
Federação do Comércio do Paraná
19. COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE
(*) Dados Atualizados. Sujeitos a alteração.
Dados de 2012 referem-se aos valores
acumulados até junho.
Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança Comercial Brasileira: Unidades da Federação)
(Consulta em 19/07/2012)
Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial Unidades da Federação) (Consulta em 19/07/2012)
(1) Dados preliminares. (2) Bens de Capital: bens que geram riqueza:máquinas que fabricam outros bens; ou bens de longa duração: equipamento hospitalar
Bens Intermediários: bens manufaturados ou matérias-primas processadas utilizadas na produção de outros bens (exemplo: peças para veículos) Bens de Consumo: utilizados para o atendimento das necessidades humanas imediatas: alimentos, remédios, etc
TABELA 38 – PARANÁ: PRINCIPAIS PAÍSES DE DESTINO DE PRODUTOS (1)
Nº
2011 (Jan – Dez) 2012 (Jan-Jun)
Dez Principais Destinos
US$ Milhões
Participação Percentual
(%)
Dez Principais Destinos
US$ Milhões
Participação Percentual
(%) 1 China 3.190,72 32,61 China 2.140,18 40,68 2 Argentina 1.781,89 18,21 Argentina 990,27 18,83 3 Alemanha 884,29 9,04 Alemanha 380,51 7,23 4 Países Baixos (Holanda) 857,26 8,76 Países Baixos (Holanda) 337,31 6,41 5 Paraguai 572,32 5,85 Arábia Saudita 275,58 5,24 6 Estados Unidos 569,96 5,82 Estados Unidos 254,32 4,83 7 Arábia Saudita 535,27 5,47 Paraguai 251,09 4,77 8 Rússia 534,14 5,46 Uruguai 240,84 4,58 9 Japão 454,28 4,64 França 204,74 3,89
10 França 405,34 4,14 Coreia do Sul 185,55 3,53 --- Total 9.785,47 100,00 Total 5.260,38 100,00
TABELA 40 – PARANÁ: CORRENTE DE COMÉRCIO
Período US$
Milhões* Var (%)
2007 21.370,84 33,62 2008 29.817,40 39,52 2009 20.843,67 -30,10 2010 28.132,97 34,97 2011 36.161,45 28,54 Jun 3.392,88 0,36 Jul 2.948,70 -13,09 Ago 3.703,02 25,58 Set 3.388,61 -8,49 Out 3.058,65 -9,74 Nov 3.198,56 4,57 Dez 3.041,63 -4,91
2012 18.363,51 -49,21 Jan 2.904,86 -4,50 Fev 2.510,70 -13,57 Mar 3.059,36 21,85 Abr 3.031,55 -0,91 Mai 3.791,40 25,06 Jun 3.065,62 -19,14
TABELA 39 – PARANÁ: PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS EM 2012 (Jan-Jun) (1)
Nº
Produto US$ Milhões
Percen tual (%)
1 Soja, mesmo triturada, exceto para semeadura 2.151,16 34,16 2 Bagaços e outros resíduos sólidos, da extração do óleo 626,90 9,96 3 Pedaços e miudezas, comestíveis de galos/galinhas 536,46 8,52 4 Automóveis com motor explosão, 1500<CM3<=3000,AT 490,71 7,79 5 Carnes de galos/galinhas não cortadas em pedaços 399,32 6,34 6 Óleo de soja, em bruto, mesmo degomado 344,80 5,48 7 Outros açucares de cana 326,79 5,19 8 Milho em grão, exceto para semeadura 182,45 2,90 9 "Fuel-Oil" 164,26 2,61
10 Consumo de bordo – Combustíveis e lubrificantes P/EM 162,46 2,58 11 Café solúvel, mesmo descafeinado 151,56 2,41
12 Outros madeira compensada folheada, espessura não superior a 6mm 136,29 2,16
13 Outros papéis/cartões para escrita, etc, fibra mecânica 115,52 1,83 14 Chassis c/ motor diesel e cabina, carga>20T 81,19 1,29
15 Outros trigos e misturas de trigo c/centeio, exceto para semeadura 79,98 1,27
16 Madeira de coníferas, perfilada 76,22 1,21 17 Bombas injetoras de combustível p/ motor diesel 73,33 1,16 18 Outros grãos de soja, mesmo triturados 66,46 1,06 19 Adubos ou Fertilizantes com Nitrogênio, Fósforo 66,43 1,06 20 Carnes de outros animais, salgadas, secas, etc 64,64 1,03 Total 6.296,95 100,00
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Federação do Comércio do Paraná 19. COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE
Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial brasileira: Municípios) (Consulta em 18/07/2012)
TABELA 41 – PARANÁ: PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS DE DESTINO E ORIGEM DE PRODUTOS 2012 (Jan-Jun) 2012 (Jan-Jun)
Principais Blocos Econômicos de Destino
US$ Milhões
Percen tual (%)
Principais Blocos Econômicos de Origem
US$ Milhões
Percen tual (%)
Ásia (Exclusive Oriente Médio) 3.205,44 36,24 UE 2.338,93 24,57 MERCOSUL 1.482,20 16,76 Ásia (Exclusive Oriente Médio) 2.325,48 24,43 UE 1.459,00 16,50 África (Exclusive Oriente Médio) 1.537,96 16,16 Aladi (Exclusive Mercosul) 675,37 7,64 MERCOSUL 1.177,97 12,37 Oriente Médio 614,66 6,95 Aladi (Exclusive Mercosul) 820,83 8,62 Demais Blocos 1.407,18 15,91 Demais Blocos 1.318,47 13,85 Total 8.843,87 100,00 Total 9.519,64 100,00
TABELA 42 – PARANÁ: PRINCIPAIS EMPRESAS EXPORTADORAS EM 2012 (Jan-Jun)
Nº
20 Principais Empresas Exportadoras US$ Milhões
Percentual (%)
1 Cargill Agrícola S A 690,37 12,91 2 Renault do Brasil S.A. 605,15 11,32 3 Bunge Alimentos S/A 524,88 9,82 4 Petróleo Brasileiro S A Petrobras 432,87 8,10 5 Sadia S.A. 418,22 7,82 6 Cooperativa Agropecuária Mouraoense LTDA 377,11 7,05 7 CHF do Brasil - Grãos e Fertilizantes LTDA 310,29 5,80 8 Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A. 245,62 4,59 9 Volvo do Brasil Veículos LTDA 229,63 4,29
10 Usina de Açúcar Santa Terezinha LTDA 193,71 3,62 11 Nidera Sementes LTDA 173,99 3,25 12 Klabin S.A. 161,66 3,02 13 BRF - Brasil Foods S.A. 144,26 2,69 14 Seara - Ind. e Comercio de Produtos Agropecuários 140,77 2,63 15 Volkswagen do Brasil LTDA 126,50 2,36 16 C. Vale - Cooperativa Agroindustrial 125,74 2,35 17 Robert Bosch Limitada 124,19 2,32 18 Seara Alimentos LTDA 114,51 2,14 19 Adm do Brasil LTDA 104,42 1,95 20 Noble Brasil S.A. 100,53 1,88 --- TOTAL 5.344,44 100,00
TABELA 43 – PARANÁ: PRINCIPAIS EMPRESAS IMPORTADORAS EM 2012 (Jan-Jun)
Nº
20 Principais Empresas Importadoras US$ Milhões
Percentual (%)
1 Petróleo Brasileiro S A Petrobras 1.648,26 29,99 2 Volkswagen do Brasil LTDA 804,01 14,63 3 Renault do Brasil S.A. 788,71 14,35 4 Nissan Do Brasil Automóveis Ltda 474,19 8,63 5 Volvo Do Brasil Veículos Ltda 286,24 5,21 6 Electrolux Do Brasil S/A 204,33 3,72 7 Cnh Latin America Ltda 184,10 3,35 8 Positivo Informática S/A 177,37 3,23 9 Bunge Fertilizantes S/A 115,76 2,11
10 Sadia S.A. 108,62 1,98 11 Fertipar Fertilizantes Do Paraná Limitada 106,93 1,95 12 Mosaic Fertilizantes Do Brasil S/A 96,11 1,75 13 Macrofertil - Indústria E Comercio De Fertiliza 76,14 1,39 14 Adidas Trading Paraná Ltda 73,36 1,33 15 Adm Do Brasil Ltda 61,78 1,12 16 Robert Bosch Limitada 61,76 1,12 17 Fertilizantes Heringer S.A. 60,24 1,10 18 Nortox Sa 59,42 1,08 19 Sig Combibloc Do Brasil Ltda 59,12 1,08 20 Nokia Siemens Networks Do Brasil Sistemas De Co 49,18 0,89 --- TOTAL 5.495,65 100,00
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Federação do Comércio do Paraná 19. COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE
Fonte: www.mdic.gov.br (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial Unidades da Federação) (Consulta em 18/07/2012)
Dados de 2012 referem-se aos valores acumulados até o mês de maio.
Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial brasileira: Municípios) (Consulta em 18/07/2012)
TABELA 44 – PARANÁ: EXPORTAÇÃO – TOTAIS POR FATOR AGREGADO (Em US$ Milhões)
Período Básicos Indústria-
lizados
Operações
Especiais TOTAL
2007 4.233,78 7.949,75 169,32 12.352,86 2008 5.787,48 9.152,08 307,62 15.247,18 2009 4.985,13 6.024,36 213,33 11.222,83 2010 5.983,15 7.921,86 270,99 14.176,01 2011 7.952,48 9.056,69 385,06 17.394,23 Jan 380,54 456,80 27,35 864,68 Fev 351,58 650,10 25,36 1.027,03 Mar 618,05 687,12 22,25 1.327,41 Abr 928,12 607,41 32,02 1.567,54 Mai 823,25 839,90 37,99 1.701,13 Jun 897,36 811,72 32,05 1.741,13
Jul 646,73 819,76 29,19 1.495,68 Ago 817,67 961,11 44,57 1.823,35 Set 807,45 800,91 30,57 1.638,93 Out 595,76 759,50 40,41 1.395,67 Nov 543,78 793,73 35,88 1.373,39 Dez 542,20 868,63 27,43 1.438,26 2012 4.350,12 4.318,20 175,541 8.843,87 Jan 505,98 603,36 19,50 1.128,84 Fev 483,92 736,42 32,83 1.253,17 Mar 725,43 701,32 25,91 1.452,66 Abr 813,75 608,56 29,38 1.451,69 Mai 1.078,95 895,57 45,22 2.019,74 Jun 742,09 772,97 22,70 1.537,75
TABELA 45 – PARANÁ: BALANÇA COMERCIAL DOS MAIORES EXPORTADORES MUNICIPAIS EM 2012 (Jan-Jun) (Em US$ Milhões)
Nº 15 Principais
Municípios Exportações
Percen
tual
(%)
Importações
Percen
tual
(%)
Balança
Comercial
Corrente de
Comércio
1 Paranaguá 2.681,18 32,06 877,04 10,53 1.804,14 3.558,22 2 Maringá 1.041,57 12,45 178,49 2,14 863,08 1.220,06 3 São José dos Pinhais 1.035,53 12,38 2.489,14 29,89 -1.453,61 3.524,67 4 Curitiba 883,61 10,56 2.236,63 26,86 -1.353,02 3.120,24 5 Araucária 775,96 9,28 1.932,01 23,20 -1.156,05 2.707,97 6 Ponta Grossa 493,45 5,90 133,80 1,61 359,65 627,25 7 Londrina 408,20 4,88 173,27 2,08 234,93 581,48 8 Cascavel 212,01 2,53 85,23 1,02 126,78 297,25 9 Telêmaco Borba 207,26 2,48 16,37 0,20 190,88 223,63
10 Rolândia 145,80 1,74 9,90 0,12 135,89 155,70 11 Palotina 140,22 1,68 5,00 0,06 135,22 145,22 12 Cambé 103,05 1,23 84,47 1,01 18,58 187,52 13 Cornélio Procópio 84,00 1,00 3,90 0,05 80,10 87,90 14 Foz do Iguaçu 76,39 0,91 94,04 1,13 -17,65 170,42 15 Guarapuava 75,92 0,91 8,07 0,10 67,85 83,99
Total 8.364,15 100,00 8.327,37 100,00 36,79 16.691,52
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Federação do Comércio do Paraná
20. INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO-IED NA ECONOMIA BRASILEIRA
O IED acumulado de jan-jun/2012 está 20% abaixo de igual período de 2011. Mesmo com
a credibilidade da economia brasileira em alta no exterior, as limitações nas economias
desenvolvidas refletiram em redução do IED. A destacar a queda de investimentos da Espanha no
Brasil em 2012, comparado a 2011, de quase 50%. Considerando o verificado nos quatro primeiros
meses mais a crise nos países do euro, dificilmente o IED de 2012 poderá superar o de 2011.
No biênio 2010-2011, houve grandes investimentos internos de empresas automotivas.
Estes investimentos não foram suficientes para bancar todo o capital necessário à instalação ou
ampliação: BNDES financiou parte dos gastos e houve extensa teia de incentivos fiscais concedidos
pelos diversos estados que abrigaram tais empresas. Na crise recente que resultou em valorização
do dólar as automotivas remeteram ao exterior parcelas significativas dos lucros obtidos.
A mensuração do IED, considera somente o capital externo produtivo, capaz de gerar
novos bens e serviços. É um capital diferente do especulativo, pois este é aplicado em títulos da
divida pública ou em bolsa de valores, e tem um perfil de curto prazo, ou seja, não é um capital
que vem com o compromisso de permanecer. Ao primeiro sinal de crise, sai do país, sem gerar
empregos, produtos e serviços.
O investimento externo na economia brasileira entre 2005 e 2008 foi crescente, um
desempenho associado a confiança apresentada ao exterior e ao crescimento verificado até
set/2008. Em 2009, houve queda expressiva do IED, associado à crise econômica do período .
Entre janeiro-dezembro/ 2010 o IED cresceu sobre 2009, muito por conta do IED mensal
de setembro a dezembro. Este é um fluxo de capital importante ao Brasil, dado as necessidades
de expansão da produção interna, modernização dos bens produzidos e inovação tecnológica.
Fonte: www.ipeadata.gov.br - (Conta financeira – Investimentos diretos – Estrangeiros no país) (Consulta em 25/07/2012)
(*) Dados atualizados
TABELA 46 – IED NO BRASIL
Período Valor em
US$ Milhões*
Variação Percentual
(%) 2005 15.066 -16,97 2006 18.822 24,93 2007 34.584 83,74 2008 45.058 30,29 2009 25.948 -42,41 2010 48.506 86,93 2011 66.660 37,43 Jun 5.475 37,81 Jul 5.982 9,27 Ago 5.596 -6,46 Set 6.305 12,68 Out 5.574 -11,59 Nov 4.057 -27,23 Dez 6.644 63,78
2012 --- --- Jan 5.405 -18,64 Fev 3.646 -32,55 Mar 5.887 61,47 Abr 4.669 -20,69 Mai 3.716 -20,41 Jun 5.822 56,67
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Federação do Comércio do Paraná
21. DÍVIDA EXTERNA BRASILEIRA
A divida externa brasileira total resulta do somatório das dívidas do setor público e do
setor privado. A dívida de médio e longo prazo é bastante superior à dívida de curto prazo, fato
que contribui para reduzir a pressão para os pagamentos.
Os dados de janeiro-dezembro de 2011 (comparados a 2010) apontam redução expressiva
da dívida de curto prazo e grande expansão na dívida de médio e longo prazo. Para isso contribuiu
juros menores no exterior, pois os tomadores de empréstimos buscam o menor custo do mesmo. O
total da dívida cresceu quase 20% em relação ao ano anterior.
Em janeiro-junho de 2012, a dívida pouco se alterou em relação a dezembro/2011. Os
procedimentos de administração do estoque de divisas pelo Banco Central, permitem uma
tranquilidade em relação aos desembolsos futuros de curto e médio prazo para pagamentos da
dívida externa.
Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Notas econômico-financeiras para a imprensa – Setor externo – Tabela 51)
(Consulta em 25/07/2012) (*)Dados de janeiro a junho – 2012 - estimados.
21.1. Distribuição da Dívida: Governo e Setor Privado
A dívida externa brasileira está distribuída em dívida do governo e dívida do setor privado.
De acordo com o Banco Central, a dívida registrada para o período 2007 a 2011 está distribuída
conforme a Tabela abaixo.
Constata-se assim, uma realidade pouco conhecida do grande público: do total da dívida
externa brasileira, verifica-se que o setor privado, numa média do período de 2007 a 2011, é
responsável por mais da metade dessa dívida. O dado mais recente, referente à dívida em 2011,
mostra o setor privado devendo 25% a mais em comparação com setor público.
A dívida do setor público está distribuída entre os três níveis de governo: Federal,
estaduais, municipais e também as empresas estatais.
TABELA 48 – BRASIL: PARTICIPAÇÃO DA DÍVIDA EXTERNA Ano Setor Público Setor Privado Total
2007 (1) 48,8% 51,2% 100% 2008 (2) 46,9% 53,1% 100% 2009 (3) 51,8% 48,2% 100% 2010 (4) 45,0% 55,0% 100% 2011 (5) 37,2% 62,8% 100%
Fonte: (1) Boletim Anual – 2007 do Banco Central do Brasil (p.155). (2) Boletim Anual – 2008 do Banco Central do Brasil (p.153). (3) Boletim Anual – 2009 do Banco Central do Brasil (p.142). (4) Boletim Anual – 2010 do Banco Central do Brasil (p. 135).
(5) Boletim Anual – 2011 do Banco Central do Brasil (p. 129).
TABELA 47 – DÍVIDA EXTERNA BRASILEIRA (Em US$ Milhões)
Período Curto Prazo Médio e Longo Prazo
Total Valor (%) Valor (%)
2004 18.744 9,31 182.630 90,69 201.373 2005 18.776 11,08 150.674 88,92 169.450 2006 20.323 11,78 152.266 88,22 172.589 2007 38.901 20,13 154.318 79,87 193.219
2008 36.444 18,37 161.896 81,63 198.340 2009 30.972 15,62 167.220 84,37 198.192 2010 56.450 22,12 198.734 77,87 256.804 2011 39.040 13,13 258.310 86,87 297.349 2012* 36.277 11,98 266.543 88,02 302.821
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22. RESERVAS CAMBIAIS
As reservas cambiais do Banco Central-BC são muito importantes e estratégicas no atual
contexto econômico. Associado a disponibilidade de um elevado estoque de divisas no Banco
Central, que funciona como um colchão amortecedor desde o inicio da crise de setembro de 2008,
o “lastro” cambial permite maior credibilidade no mercado internacional, manter o “grau de
investimento” obtidos em 2008 e 2009 e ampliar a entrada de capital externo.
No período janeiro-julho de 2012, prevaleceu o crescimento no estoque de divisas. Parte
desses dólares são especulativos por conta dos juros elevados pagos pelos títulos da dívida pública.
É um volume de divisas importante para a economia brasileira, mas que gera um custo associado
às aplicações do exterior em títulos do governo, que pagam altas remunerações. É o “capital
especulativo” volátil, sem compromisso com produção, investimento interno ou o emprego e que,
rapidamente, pode deixar a economia brasileira. Os dólares do BC do Brasil, em parte aplicados em
títulos americanos, obtém remuneração inferior àquela paga pelo governo brasileiro. Uma parcela
das reservas advém da compra de dólares pelo BC em períodos de elevada entrada que induziam a
sobrevalorizar o Real e outra parte vem das exportações.
No período maio-junho, o BC utilizou reservas cambiais para conter valorização excessiva
do dólar perante o real.
Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Indicadores de conjuntura – Reservas Internacionais – Dados diários) (Consulta em 20/07/2012)
(1) Valores anuais correspondem ao saldo do último mês.
(2) Valores mensais referentes ao dia 10.
(*) Valor de 2012 referente ao dia 10 de julho.
TABELA 49 – BRASIL: RESERVAS CAMBIAIS (1) (Em US$ Milhões)
Período
Reservas Cambiais no
Banco Central(2)
Variação Sobre o Período Anterior
(%) 2005 53.799 1,6 2006 85.839 59,6 2007 180.334 110,1 2008 193.783 7,46 2009 238.520 23,09 2010 288.575 0,82 2011 352.012 21,98 Fev 300.082 3,60 Mar 311.543 3,82 Abr 321.204 3,10 Mai 329.454 2,57 Jun 335.287 1,77 Jul 338.477 0,95 Ago 350.881 3,66 Set 352.282 0,40 Out 349.849 -0,69 Nov 352.053 0,63 Dez 351.980 -0,02
2012 --- --- Jan 352.262 0,08 Fev 354.639 0,67 Mar 356.377 0,49 Abr 366.013 2,70 Mai 374.205 2,24 Jun 372.825 -0,37 Jul 374.048 0,33
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