Anatomia e fisiologia do ouvidoOtites externas
Otites médiasOtosclerose
Paralisia facial
E agora, o enfermidades do ouvido interno
Prof. Lucio A. Castagno
Otorrinolaringologia
www.clinicadrcastagno.com.br/Arquivos
HIPOACUSIACONDUTIVA
Bloqueio a condução da onda sonora
Cerume Otite média e sequelas Otosclerose
SENSORINEURALLesão coclear (=sensorial) ou no
nervo auditivo (=neural)10% da população (quase 90% dos
>70 anos)Em crianças 50% é genético
Aut. Recessiva 75-80% Aut. Dominante 18-20% Cromossômica
Desenvolvimento embriológico do ouvido interno independe do médio
HSN congênita GENÉTICASINDRÔMICAS
Aut. Dominante Aplasia de Michel Displasia de Mondini
Aut. Recessiva Displasia de Scheibe
Ligado ao X Doença de Overt
NÃO-SINDRÔMICASAut. Dominante
Síndrome de Waardenburg Neurofibromatose Síndrome de Treacher Collins
Aut. Recessiva Síndrome de Usher Síndrome de Pendred
Ligado ao X Síndrome de Alport
Cromossômicas Síndrome de Down Síndrome de Turner
T.CollinsMondini
HSN congênita ADQUIRIDARubéola maternaHipóxia perinatalOtotóxicosIcterícia (kernicterus)Herpes SV
Hipoacusia de intensidade variável: desde normal até mesmo cofose (= hipoacusia profunda)
HSN tardiaGENÉTICA
História familiar de hipoacusia sensorineural progressiva
ADQUIRIDAPresbiacusiaSurdez súbitaTrauma acústicoOtites médiasOtosclerose coclearDoença de MénièreOtotoxicidadeNeurinoma do acústico
PRESBIACUSIAHipoacusia sensorineural progressiva em altas frequências
(agudos) após 40 anos.Dificuldade de discriminação em ambientes ruidosos.Hipoacusia bilateral e simétrica.Próteses auditivas.
SURDEZ SÚBITA
Hipoacusia sensorineural súbita >30dB98% unilateralAutolimitada (40-60%)
SURDEZ SÚBITA: EtiologiaIdiopáticaViral: HSV, citomegalovírus, HIV, rubéola,
caxumbaCirculatória: IVB, arterioscleroseAutoimune: lupus, Sjogren, RCUNeoplásica: Neurinoma do acústico, leucemiaTraumática: PAIR, fratura de osso temporalMetabólica: Diabete, insuficiência renal
SURDEZ SÚBITA: Sintomas
Hipoacusia unilateral 98%Tinitus 70-85%Tonturas 40% (as vezes vertigem)Plenitude auricularCefaléia
SURDEZ SÚBITA: DiagnósticoAnamnese ORLExame ORLPesquisa de pares cranianosEx. complementares:
AudiometriaImitanciometria (descartar patologia ouvido médio)BERA (descartar lesão coclear)IRM (descartar lesão nervo/tronco/córtex)
Ex. laboratoriais: Hemograma, glicemia, creatinina
SURDEZ SUBITA: Tratamento
Prednisona 1 mg/kg/dia 7d (até 2m)
Pacientes com Diabete ou HAS:Deflazacorte 1 mg/kg/dia
NEURINOMA DO ACÚSTICOSchwanoma vestibularHipoacusia sensorineural unilateral assimétrica (progressiva)
PAIR: Trauma acústico(Perda Auditiva Induzida por Ruído)Hipoacusia sensorineural em altas frequências (agudos)
Prof. Lucio A. Castagno
Otorrinolaringologia
www.clinicadrcastagno.com.br/Arquivos
TRAUMA OTOLOGICO1. Fratura de rochedo (osso temporal)
20% fraturas de cranioAcidentes, quedas, tiroPode ser grave com risco de vida
1. Fratura de rochedoTipos de fratura
LONGITUDINAL (80%)Hipoacusia CONDUTIVAOtorragiaFístula liquóricaParalisia facial 25%
TRANSVERSA (20%)Hipoacusia SENSORINEURALVertigensFístula liquóricaParalisia facial 50%
1. Fratura de rochedoDiagnóstico
Hemotímpano ou otorragiaPerfuração timpânica traumáticaHipoacusia – tinitus – vertigemParalisias V, VI e VIIEquimose retroauricularFístula liquórica (dosagem de glicose >2/3 glicemia)
1. Fratura de rochedoExames complementares
AudiometriaImitanciometriaCT-ouvidos
2. Perfuração timpânica traumática
TraumatismoBarotraumaIatrogênica: lavagem do ouvido
BarotraumaRuptura do tímpano
causada por variação de pressão (vôo ou mergulho)
Tratamento:Prevenção c/manobras de
equalização DescongestionantesCorticóides
Barão vermelho(Baron Manfred Von Richthofen)
2. Perfuração timpânica traumáticaDiagnóstico
Hipoacusia condutiva (>25dB)Otalgia e otorréia (infecção secundária)Otorragia
2. Perfuração timpânica traumáticaTratamento
Conservador (cicatrização espontânea)Previnir infecção secundária:
Ciprofloxacino tópico (Otociriax) 2 gotas bid 7—10 dAmoxicilina (Novocilin) 750mg bid 7-10 d
Timpanoplastia após 3 meses s/cicatrização
3. Trauma acústico (PAIR ou traumatismo sonoro)
DiagnósticoSons intensos: tiro, motores, foguetes, música
Tinitus contínuoHipoacusia sensorioneural:
Temporária (TTS)Permanente (PTS)
3.Trauma acústico(Perda Auditiva Induzida por Ruído)Hipoacusia sensorineural em altas frequências
progressiva (raramente surdez súbita)
3. Trauma acústico Tratamento
PREVENÇÃO !!! (abafadores, etc)
Clínico:Prednisona 1mg/kg/d 7-10 dPentoxifilina (Trental) 400mg tid 10-20d
Prótese auditivaNão há tratamento cirúrgico
DÚVIDAS
DISTÚRBIOSDISTÚRBIOSDO EQUILÍBRIODO EQUILÍBRIO
Prof. Lucio A. Castagno
Otorrinolaringologia
www.clinicadrcastagno.com.br/Arquivos
Fisiologia do equilíbrio
Humanos usam 3 sistemas:
1. Visual2. Proprioceptivo3. Vestibular
1. Visual:
A visão auxilia na orientação espacial.Diversos reflexos estão associados:
SacádicosRastreio (smooth pursuit)OptocinéticoPercepção de profundidade
2. Proprioceptivo:Reflexos miotônicos músculos-tendinosos profundos
(MMII).
Propriocepção cervical.
3. Vestibular Informa posição da cabeça no espaço.Aceleração angular (rotatória).Aceleração linear.
3 canais semicircularesSáculo Utrículo.
1. Anterior semicircular canal [rostral vertical]2. Ampulla (superior canal)3. Ampulla (lateral canal)4. Sacculus5. Cochlear duct6. Helicotrema7. Lateral (horizontal) canal8. Posterior canal9. Ampulla (posterior canal)[caudal vertical]10. Oval window11. Round window12. Vestibular duct (scala vestibuli)13. Tympanic duct (scala tympani)14. Utricle
Endolinfa no interior do labirinto membranoso (em azul); perilinfa (amarelo)
Estímulos opostos simétricos = equilíbrio
Fluidos vestibularesPerilinfa: labirinto ósseo; similar ao líquido
extracelular (-K e +Na).
Endolinfa: interior do labirinto membranoso; similar ao fluido intracelular (+K e – Na).
Ambos fluidos em continuidade a cóclea.
Receptores vestibulares
Estrutura receptora Órgão Estímulo detectado
Otólitos:
Sáculo
macula Gravidade e aceleração linear vertical
Utricule macula Gravidade e aceleração linear horizontal
Canais semicirculares:
Horizontal (lateral)
Posterior
Superior
ampola Aceleração angular (rotacional)
Macular hair cellsin the utricle.
At rest the utriclecilia stand upstraight.
Tilting of the headallows pull fromgravity to pull onthe gelatinous capand bend the haircells.
A mácula utricular é horizontal, enquanto a mácula sacular é vertical. A orientação da despolarização nas máculas é indicaca pelas setas, permitindo a detecção de aceleração linear em qualquer plano direção.
Canais semicircularesDetectam aceleração angular (=
rotatória).As células ciliadas situam-se em
uma membrana (crista) embebida em uma cúpula gelatinosa (ampola).
Aceleração movimenta a endolinfa e também os cílios na ampola do canal semicircular.
Canais semicircularesRespondem a aceleração angular (rotatória) no plano
do canal.Funcionam aos pares (excitação em um lado é
acompanhada de inibição no outro).
SNC Vestibular ConnecçõesNervo vestibular (VIII) connecta-se aos
núcleos vestibulares e cerebelo. Os núcleos vestibulares também recebem impulsos do
cerebelo, visuais e somatosensórios.
Reflexos Vestibulares1) Reflexo vestibulo-ocular: quando sua cabeça vira
para a direita, seus olhos movem-se para esquerda visando manter a fixação na imagem original.
Outras conecções produzem náuseas quando há conflito na informação vestibular e visual.
Conecções vestibulares no refexo vestibulo-
ocular
Reflexos Vestibulares 2) Reflexo vestibulo-espinhal: auxilia a
manter o centro de gravidade e postura.
Unidade funcional da cóclea com o labirinto leva ao ...
Fenômeno de Tullio: sons intensos provocam vertigem !
Avaliando pacientes com distúrbios do equilíbrio
1. Anamnese 2. Exame clínico3. Eletronistagmografia (vectonistagmografia)4. Videonistagmoscopia5. Posturografia Dinâmica
1. Anamnese
Anamnese é o mais importanteDecrição completa dos sintomasVertigem (=rotatório) ou tontura?Início, duração, agravantes, hipoacusia,
tinitus, pressão aural, limitação funcional.
2. Exame clínicoExame cardiovascular geralExame de pares craneanosCoordenação cerebelar (disdiadocosinesia):
index-nariz e marchaPropriocepção / Vestibulospinal
Teste de RombergReflexos tendinosos profundosPropriocepção
2. Exame clínicoAcuidade visualPresença de nistagmo:
Direção (componente rápida)Rotatório (=torsional)Efeito inibidor da fixação ocular
Óculos de Frenzel
2. Exame clínicoProvas de provocação:
HiperventilaçãoDix-HallpikeProva calórica
3. Exames complementares
Eletronistagmografia (vectonistagmografia)VideonistagmoscopiaPosturografia Dinâmica
EletronistagmografiaRegistra o movimento reflexo dos olhos devido a
diferença de potenciais bioelétricos entre a córnea e a retina.
EletronistagmografiaBateria de testes realizados:
Teste de sacádicos: estímulo visual. Gaze Test: estímulo visual (NE e NSE). Rastreio pendular: estímulo visual pendular. Teste optocinético: estímulo visual. Teste de posição: diferentes posições corporais. Prova rotatória: cadeira rotatória. Prova calórica: estímulo nos ouvidos com água ou ar quente e frio.
NistagmoA fase lenta do nistagmo é induzida pelo movimentos da
endolinfa dentro do labirinto membranoso; a fase rápida é a correção do SNC (retorno a posição inicial).
A fase lenta representa a atividade vestibular.
A intensidade do nistagmo é medida pela “velocidade angular da componente lenta” nos aparelhos de eletronistagmografia.
Types of eye movement:Saccades: Fastest, looking at the ability to shift a point of
visual fixation. An abnormality indicates a CNS pathology.
Pursuit: Smooth following of moving objects so we can stabilize an image.
Abnormality may indicate a CNS pathology.
Optokinetic Nystagmus: Eye movements evoked by following moving fields.
If responses are not symmetrical a CNS pathology is suspected.
Fixation: eye movements associated with an effort to keep eyes completely still.
If patient cannot fixate on an object a CNS pathology is indicated.
EletronistagmografiaSacádicos
Gaze
EletronistagmografiaProva calórica: 30 e 44ºC (água/ar); única que testa
labirinto isoladamente
EletronistagmografiaProva calórica
VideonistagmoscopiaVideocamara infravermelho registra
diretamente o movimento ocular
Posturografia Dinâmica
Avalia o reflexo vestíbulo-espinhal:
Posturografia DinâmicaTestes de Organização Sensorial:
Ufa!... As doenças do equilíbrio e labirintopatias ficam para a próxima aula!
Mas lembrem que...
Sempre diferencie vertigem (=alucinação de movimento) de “tontura”.
80% das vertigens tem origem no labirinto !
80% das vertigens tem origem no labirinto !
DÚVIDAS