Andréa Márcia de Oliveira Gomes
DIAGNÓSTICO PARA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE
PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS, NOS MUNICÍPIOS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Rio de Janeiro
2012
Andréa Márcia de Oliveira Gomes
DIAGNÓSTICO PARA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE
PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS, NOS MUNICÍPIOS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação Lato
Sensu como requisito para obtenção do título de Especialista
em Gestão da Inovação em Fitomedicamentos.
Orientador (a): Profª Regina Coeli Nacif da Costa, M. Sc.
Rio de Janeiro
2012
Ficha catalográfica elaborada pela
Biblioteca de Medicamentos e Fitomedicamentos/ Farmanguinhos / FIOCRUZ - RJ
G633d Gomes, Andréa Márcia de Oliveira
Diagnóstico para implantação do programa nacional de plantas medicinais e fitoterápicos, nos municípios do Estado do Rio de Janeiro. / Andréa Márcia de Oliveira Gomes. – Rio de Janeiro, 2012.
xi, 44 f. : il. ; 30 cm. Orientador: Prof. M. Sc. Regina Coeli Nacif da Costa
TCC (Especialização) – Instituto de Tecnologia em Fármacos-Farmanguinhos, Pós-graduação em Gestão da Inovação em Fitomedicamentos, 2012.
Bibliografia: f. 22-24
1. Plantas medicinais. 2. Fitoterápicos. 3. Pesquisa-ação. 4. Estado do Rio de Janeiro. I. Título.
CDD 581.634
Andréa Márcia de Oliveira Gomes
Monografia apresentada junto ao Curso de Pós-Graduação
Lato Sensu do Instituto de Tecnologia de Fármacos –
Farmanguinhos/FIOCRUZ, como requisito final à obtenção
do título de Especialista em Gestão da Inovação em
Fitomedicamentos.
Orientador (a): Profª Regina Coeli Nacif da Costa, M. Sc.
BANCA EXAMINADORA
Profª M. Sc. Regina Coeli Nacif da Costa. Farmanguinhos/Fiocruz
Orientador
Prof.ª Drª. Maria das Dores Dutra Behrens. Farmanguinhos/Fiocruz
Especialista Patrícia Conceição Costa Teixeira. Farmanguinhos/Fiocruz
Profª Drª Maria da Conceição do Nascimento Monteiro.
Farmanguinhos/Fiocruz
Dedico este trabalho aos cidadãos
fluminenses, a quem se destina o resultado
deste diagnóstico, para que possam escolher
a terapêutica que melhor os atenda, a ser
garantida pela constituição brasileira.
AGRADECIMENTOS
À Profª M. Sc. Regina Coeli Nacif da Costa, orientadora e amiga, pela
confiança, apoio e incentivo para a execução deste trabalho.
À Profª Drª Maria das Dores Dutra Behrens, em reconhecimento pela valiosa
amizade e pelo aprendizado, que contribuiu para uma abordagem sistêmica durante todo
o curso de especialização, conferindo um caráter inovador sem perder de vista o ser
humano por trás de cada produção científica e tecnológica.
Aos colegas da turma de 2009/2010, em especial ao Randal Vinicius Bianchi,
Livia Dino Barboza, Maria José Mendes Porto Meireles e Marcio Magalhães Meireles,
que mantiveram o ritmo de estudo e discussão criativa, do início ao fim, me
acompanhando nos sonhos de realização de um trabalho público, ético e eficiente.
Aos professores do curso, que despertaram interesses diversos a nossa área
técnica, com destaque para os Professores José Maldonado e Fabius Abrahão, pela
notável capacidade de prender nossa atenção e abrilhantar o Planejamento de Gestão
Estratégica.
À Coordenação do Curso de Pós-Graduação em Gestão da Inovação em
Fitomedicamentos e a Farmanguinhos, pela oportunidade de realização do curso.
"... Há tempo de nascer e tempo de morrer;
tempo de chorar e tempo de rir; tempo de
abraçar e tempo de afastar-se; tempo de
amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra
e tempo de paz."
Eclesiastes, 3: 1-8
RESUMO
Este trabalho tem como foco o levantamento de dados para realização do diagnóstico
para implantação do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no
Estado do Rio de Janeiro. O seu objetivo de identificar o interesse das Secretarias
Municipais de Saúde na implantação do Serviço de Fitoterapia e Identificar os Serviços
já implantados e os pontos críticos. A metodologia utilizada foi pesquisa-ação, comoo
recurso de aprimoramento da prática, através da aplicação de diagnóstico que foi
determinante para definição das medidas a serem tomadas em seguida. Através desse
diagnóstico obteve-se um retorno de 55 formulários respondidos (60% dos 92
municípios) que resultou em doze municípios interessados pelas plantas medicinais e
fitoterápicos. Com os desdobramentos decorrentes deste processo houve um acréscimo
de interessados e identificação de outros municípios com o Serviço de Fitoterapia
implantados, totalizando 27 municípios (cobrem 50,3% da população do Estado) que
foram considerados aptos para dar continuidade ao andamento do processo em que
serão apuradas informações acerca das condições adequadas para o Serviço de
Fitoterapia na Atenção Básica das Secretarias Municipais de Saúde.
Palavras chave: Plantas medicinais, fitoterápicos, pesquisa-ação, Estado do Rio de
Janeiro
ABSTRACT
The scope of this work is the data collection for the compilation of a survey for the
implementation of the National Programme of Medicinal Plants and Phytomedicines in
the State of Rio de Janeiro. Its aim is to identify which Municipal Health Departments
are interested in the implementation of a Phytotherapy Service and to identify the
services already in place and their critical points. Action-research methodology was
used as a means to practice improvement through the application of a survey that was
key to the definition of measures to be taken afterwards. From this survey, 55 responses
were received (60% of the 92 municipalities) which showed that twelve municipalities
were interested in medicinal plants and phytomedicines. Through the application of this
process there was an increase in interest and other municipalities with a Phytotherapy
Service implemented were identified, giving a total of 27 municipalities (covering
50.3% of the state population) which were considered suitable to continue the process
whereby information will be used to assess the adequacy of the conditions in the
Phytotherapy Service at the Municipal Health Departments’ Primary Care.
Key words: Medicinal plants, Phytomedicines, Action-research, State of Rio de Janeiro
Lista de figuras
FIGURA 1 - Fluxograma das ações para realização do diagnóstico para
implantação do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no
Estado do Rio de Janeiro ...........................................................................................
11
Lista de tabelas
TABELA 1 - Municípios do Estado do Rio de Janeiro com ações em Plantas
Medicinais e Fitoterápicos – 2004 .............................................................................
12
TABELA 2 - Questões incluídas no Formulário encaminhado aos Secretários
Municipais de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, Durante a 4ª Reunião ordinária
da CIB, em 05/05/2011 ..............................................................................................
13
TABELA 3- Comparação entre os Serviços de Fitoterapia nos diagnósticos em
2004 e 2011 ................................................................................................................
14
TABELA 4 - Municípios com possibilidades de implantação ou adequação nos
Serviços de Fitoterapia ...............................................................................................
16
Lista de abreviaturas e siglas
AIR - Assessoria de Integração Regional
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
ATPIC -Área Técnica de Práticas Integrativas e Complementares
CGR - Colegiados de Gestão Regional
CIR - Comissão Intergedores Regionais
MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
PMF - Plantas Medicinais e Fitoterápicos
PNPMF - Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos
PNPMF - Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos
PROPLAM - Programa de Plantas Medicinais do Estado do Rio de Janeiro
RENAME - Relação Nacional de Medicamentos Essenciais
SAB - Superintendência de Atenção Básica
SAFIE – Superintendência de Assistência Farmacêutica e de Insumos Estratégicos
SAS - Subsecretaria de Atenção a Saúde
SES-RJ - Secretaria de Estado de Saúde do Governo do Rio de Janeiro
SMS - Secretaria Municipal de Saúde
SUS - Sistema Único de Saúde
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA ............................................................ 1
2. OBJETIVOS ................................................................................................... 5
2.1 Objetivo Geral ......................................................................................... 5
2.2 Objetivo Específico ................................................................................... 5
3. METODOLOGIA .......................................................................................... 6
4. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO .............................................................. 7
4.1 Histórico do PROPLAM .......................................................................... 7
4.2 Serviços de Fitoterapia nos Municípios do Rio de Janeiro ...................... 8
4.3 O Estado do Rio de Janeiro ...................................................................... 9
4.4 Mapeamento dos municípios para implantação do PNPMF .................... 10
4.5 Desafios e perspectivas ............................................................................ 17
5. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS ........................................................... 20
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... ... 21
GLOSSÁRIO ............................................................................................................ 24
APÊNDICES ............................................................................................................. 26
ANEXOS ................................................................................................................... 39
1
1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
O planejamento das ações de implantação do Programa Nacional de Plantas
Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) aponta para a necessidade de identificar o
interesse e as possibilidades nos municípios do Estado do Rio de Janeiro, através de
suas Secretarias de Saúde. A identificação dos parceiros institucionais que possam
complementar ou até mesmo viabilizar as ações do programa, e a identificação dos
pontos críticos durante a coleta dos dados para o diagnóstico, são fatores relevantes para
garantia da manutenção dos serviços de Fitoterapia depois de implantados.
A legitimação da Fitoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS) deu-se pela
aprovação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC),
mediante a Portaria MS Nº 971, de 03/05/2006, que preveem diretrizes a serem
atendidas com a finalidade de garantir à população o acesso a plantas medicinais e
fitoterápicas seguros, eficazes e de qualidade (BRASIL, 2006a). Nesta portaria estão
incluídos também os sistemas médicos complexos1 – Homeopatia e Medicina
Tradicional Chinesa – e os recursos terapêuticos – Acupuntura e Termalismo Social2 /
Crenoterapia3.
Em seqüência, foi aprovada a Política Nacional de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos (PNPMF) pelo Decreto Nº 5.813, em 22/06/2006, com o objetivo de
garantir a população o acesso e o uso sustentável da biodiversidade brasileira, além da
promoção e reconhecimento das práticas populares de uso das plantas medicinais e
remédios caseiros, sob a égide do uso racional das plantas medicinais e dos fitoterápicos
(BRASIL, 2006b). O Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos –
PNPMF – foi aprovado em 09/12/2008 mediante a Portaria Interministerial nº 2.960, e
instituído o Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (BRASIL, 2008).
A planta medicinal – espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos
terapêuticos – está regulamentada no Brasil sob diferentes aspectos, com níveis
tecnológicos de obtenção distintos (RIO DE JANEIRO, 2001; BRASIL, 2010a;
BRASIL, 2010b), a saber:
Droga vegetal - é a planta medicinal ou suas partes, na forma íntegra, rasurada, 1 Suas abordagens possuem teorias próprias sobre o processo saúde e doença, diagnóstico e terapêutica
(Brasil, 2008a). 2 O uso das Águas Minerais para tratamento de saúde (BRASIL, 2006a). 3 Indicação e uso de águas minerais com finalidade terapêutica atuando de maneira complementar aos
demais tratamentos de saúde (BRASIL, 2006a).
2
2
triturada ou pulverizada, utilizada segundo regulamento específico (RDC nº 10, de
2010), destinadas a uso episódico, oral ou tópico, para o preparo de infusões, decocções
e macerações (BRASIL, 2010a).
Medicamento fitoterápico - é obtido com emprego exclusivo de matérias-primas
ativas vegetais, não podendo incluir na sua composição substâncias ativas isoladas,
sintéticas ou naturais, nem as associações dessas com extratos vegetais, e deverá ser
registrado em órgão competente (ANVISA), atendendo exigências para este fim
(BRASIL, 2010b).
Medicamento fitoterápico magistral - é o medicamento fitoterápico preparado
atendendo a uma prescrição médica, odontológica ou veterinária, que estabelece sua
composição, forma farmacêutica, posologia e modo de usar (RIO DE JANEIRO, 2001).
Medicamento fitoterápico oficinal - é o medicamento fitoterápico preparado
atendendo a uma prescrição, cuja fórmula esteja inscrita na Farmacopéia Brasileira ou
compêndios ou Formulários reconhecidos oficialmente (RIO DE JANEIRO, 2001).
No Brasil, a planta medicinal fresca utilizada pela população é comercializada
em feiras livres e mercados, e não sofre controle de qualidade e procedência, estando
sujeita ao controle sanitário pela Vigilância Sanitária Municipal. A origem das espécies
vegetais, utilizadas para fins medicinais, vai variar de acordo com o tipo de plantio e
coleta – horto medicinal, cultivo agroflorestal ou se obtida por extrativismo. A produção
e o cultivo de plantas medicinais bem como o controle da comercialização de mudas e
sementes são da competência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento –
MAPA (BRASIL, 2008).
A planta medicinal poderá ser beneficiada até seu estado seco e comercializada
como droga vegetal, porém a comercialização com alegação terapêutica está sujeita a
notificação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, segundo a
Resolução RDC4 nº 10, de 2010, que indica 66 espécies. Estas poderão ser apresentadas
íntegras, rasuradas, trituradas ou pulverizadas (BRASIL, 2010a). A lista de espécies
medicinais que constam da Resolução RDC nº 10, estão relacionadas no Apêndice A,
com seus respectivos nomes botânicos, nomes populares, parte utilizada e forma de
utilização.
O uso e o valor econômico, social e farmacêutico-clínico da planta medicinal no
Brasil têm assumido proporções relevantes a ponto de se estabelecer políticas públicas:
4 RDC – Resolução da Diretoria Congelada. É um tipo de Resolução da ANVISA.
3
3
PNPIC e PNPMF, oficializadas no âmbito nacional. A partir da PNPMF passou a ser
levado em consideração o interesse popular, reconhecendo a importância do
conhecimento tradicional que é complementado pelo conhecimento científico.
Todo movimento no país em torno da regulamentação da Fitoterapia foi então
oficializado no âmbito nacional com a publicação da PNPIC e da PNPMF. No entanto,
não bastou a instituição das políticas públicas, pois a sua implantação requer o
estabelecimento de metas e ações que garantam o acesso da população de forma segura.
No sentido de propiciar o acesso aos fitoterápicos no SUS, o Ministério da
Saúde aprova as normas de execução e de financiamento da assistência farmacêutica na
atenção básica em saúde e inclui dois medicamentos fitoterápicos (Mikania glomerata e
Maytenus ilicifolia) no elenco de referência de medicamentos e insumos
complementares (BRASIL, 2007).
Em 2009, a norma de execução e de financiamento da assistência farmacêutica
na atenção básica é atualizada e inclui mais seis medicamentos fitoterápicos (Cynara
scolimus, Schinus terebenthifolius, Rhamnus purshiana, Harpagophytum procumbens,
Glycine max e Uncaria tomentosa) no elenco de referência de medicamentos e insumos
complementares, através da Portaria MS Nº 2.982 (BRASIL, 2009). Em 2012, com a
publicação da Portaria MS/GM nº 533, são inseridos quatro novos fitoterápicos (Aloe
vera, Mentha x piperita, Plantago ovata e Salix Alba) no elenco de medicamentos e
insumos da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – RENAME (BRASIL,
2012).
O cenário político apresentado contextualiza a necessidade de se atualizar o
diagnóstico acerca dos serviços de Fitoterapia nos municípios fluminenses organizado a
partir dos parâmetros utilizados pelo Programa de Plantas Medicinais do Estado do Rio
de Janeiro (PROPLAM), o que servirá para fortalecer a implantação no âmbito nacional,
através do PNPMF.
4
4
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Atualizar o cenário atual dos Serviços de Fitoterapia nas Secretarias Municipais
de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, com vistas à elaboração de diagnóstico para
implantação do PNPMF no Estado do Rio de Janeiro.
2.2 Objetivos Específicos
1. Identificar o interesse das secretarias municipais de saúde do Rio de
Janeiro na implantação do serviço de Fitoterapia nas unidades de
atendimento;
2. Identificar os serviços de Fitoterapia que estejam implantados ou em fase
de implantação;
3. Identificar os pontos críticos à implantação do Programa Nacional de
Plantas Medicinais e Fitoterápicos.
4. Identificar estratégias de desenvolvimento dos serviços de Fitoterapia a
fim de atender aos usuários das secretarias municipais de saúde.
5
5
3 METODOLOGIA
Utiliza-se neste trabalho a metodologia de pesquisa-ação com a utilização de
entrevistas padronizadas a fim de se construir hipóteses acerca do diagnóstico dos
Serviços de Fitoterapia nas Secretarias Municipais de Saúde do Rio de Janeiro, com
vistas à implantação do PNPMF, aprimorando as idéias, fundamentando a análise de
dados obtidos pela aplicação de questionário estruturado como fonte direta dos dados, a
fim de que questões sejam estudadas no ambiente em que eles se apresentam. A
pesquisa de campo visa desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador
com os dados para a pesquisa futura mais precisa, abrangendo as ações preliminares do
levantamento para o diagnóstico das Práticas Integrativas e Complementares da
Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro. O diagnóstico é parte fundamental do
processo de pesquisa-ação neste contexto, proveniente de um planejamento onde foi
previsto elaborar o instrumento de investigação, implementá-lo para identificar quais as
mudanças necessárias para melhoria das ações junto aos municípios que se interessam
pelos serviços de saúde, na atenção básica, com as plantas medicinais e/ou os
fitoterápicos.
6
6
4 HISTÓRICO
A oficialização da Fitoterapia no Brasil se confunde com a história da
implantação de um programa de plantas medicinais e fitoterápicos no estado
fluminense, o que pode ser verificado pela referência dos documentos elaborados e
utilizados para fomentar a criação do PROPLAM – Programa de Plantas Medicinais do
Estado do Rio de Janeiro.
O PROPLAM existe informalmente desde 1988, e foi implantado através da
Resolução nº 810 de 09/11/1992 e criado em 16/04/1996 através da Lei Estadual Nº
2.537. Nessa época a lei se fazia necessária considerando que não existia, em âmbito
nacional, nenhuma legislação ou formalização de programas nessa área, em todo Brasil
(RIO DE JANEIRO, 1992; RIO DE JANEIRO, 1996). No processo de estruturação do
PROPLAM, buscou-se definir as atribuições do Estado em relação às ações municipais.
Com esse objetivo, foram aplicados instrumentos de coleta de informações que
possibilitaram o diagnóstico situacional das iniciativas municipais. Os aspectos
identificados como problemáticos foram classificados em dois grandes segmentos:
gestão e técnico. Como consequência deste processo foi elaborado o “Guia de
Orientações para Implantação do Serviço de Fitoterapia” (2004), que contempla
orientações gerais sobre estratégia organizacional das instâncias municipais e
complementa as orientações técnicas no “Regulamento técnico para a prática da
fitoterapia e funcionamento dos serviços de fitoterapia no âmbito do Estado do Rio de
Janeiro” aprovado pela Resolução SES Nº1590 de 12/02/2001, publicada no D. O. Nº
35 de 19/02/2001 e republicado no D. O. Nº 51 de 18/03/2004 (RIO DE JANEIRO,
2001).
O Regulamento Técnico do PROPLAM cria parâmetros para a prática da
Fitoterapia, de forma correta, considerando como elementos essenciais a garantia da
qualidade, a segurança e a eficácia, nas unidades de saúde do Estado. Assim, o Estado
do Rio de Janeiro foi pioneiro na elaboração de um programa de plantas medicinais,
definindo os profissionais que devem atuar e como devem ser estruturados os Serviços
de Fitoterapia e respectivas competências por nível de produção do fitoterápico, a saber:
“ Primário ou “Farmácia Viva I”, constituída por produção de matéria prima
(cultivo e secagem). Após a consulta, o paciente recebe orientações para elaborar
preparações caseiras, como: chás, xaropes.
7
7
Secundário ou “Farmácia Viva II”, compreendendo, além dos itens acima, a
“Oficina de manipulação de fitoterápicos”. Após a consulta o paciente terá seu
medicamento preparado seguindo técnicas específicas.” (RIO DE JANEIRO,
2004).
Segundo Michiles5 (2003), “embora o uso terapêutico de plantas medicinais seja
prática cultural, a Fitoterapia deve assegurar os mesmos princípios exigidos para os
recursos terapêuticos em geral: qualidade, segurança e eficácia”.
A qualidade, segurança e eficácia para uso dos recursos na Fitoterapia deve se
estender aos diferentes níveis tecnológicos de obtenção. O medicamento fitoterápico
poderá ser industrializado ou manipulado em farmácia. O medicamento fitoterápico
industrializado é fabricado em uma indústria farmacêutica e possui registro na
ANVISA/Ministério da Saúde para ser comercializado, regulamentado pela RDC nº
14/2010, enquanto o medicamento fitoterápico manipulado consiste numa preparação
magistral e/ou oficinal, regulamentado pela RDC nº 67/2007 (BRASIL, 2007). Em
ambos os casos, o preparo segue as boas práticas de fabricação ou manipulação, que
irão garantir a qualidade e segurança de uso. O diferencial dos dois tipos de
medicamentos fitoterápicos está na possibilidade de produção individual e
personalizada, podendo ser obtidos em concentrações distintas daqueles disponíveis
comercialmente. O medicamento fitoterápico magistral é preparado a partir de uma
prescrição de profissional habilitado, destinada a um paciente individualizado, e que
estabeleça em detalhes sua composição, forma farmacêutica, posologia e modo de usar.
O medicamento fitoterápico oficinal possui fórmula inscrita no Formulário Nacional ou
em Formulários Internacionais reconhecidos pela ANVISA (PORTAL DA SAÚDE,
2012). O medicamento oficinal passou a ser denominado farmacopéico, de acordo com
a última edição do formulário nacional (BRASIL, 2005).
O PROPLAM está inserido, atualmente, na Atenção Básica dentro do
organograma da Secretaria de Estado de Saúde do Governo do Rio de Janeiro (SES-RJ),
e pertence à Área Técnica intitulada de Práticas Integrativas e Complementares –
ATPIC. Esta denominação se alinha com a PNPIC.
5 MICHILES, M.E.O. A fitoterapia como prática oficial. Documento do Microsoft Office Word 97 –
2003, de 20/10/2003 (arquivos do PROPLAM).
8
8
4.1 Serviços de Fitoterapia nos Municípios do Rio de Janeiro
Os Serviços de Fitoterapia a serem implantados nos municípios poderão incluir o
cultivo de plantas medicinais nos moldes propostos para Farmácia Viva6 (BRASIL,
2010c; BRASIL, 2011), a manipulação de fitoterápicos (BRASIL, 2007) e aquisição de
medicamentos fitoterápicos incluídos no elenco da Relação Nacional de Medicamentos
Essenciais (RENAME), do componente básico da assistência farmacêutica (BRASIL,
2012). Os 12 medicamentos fitoterápicos contemplados na RENAME estão listados no
Apêndice B.
4.2 O Estado do Rio de Janeiro
O Estado do Rio de Janeiro é formado por 92 municípios, que estão divididos
em nove regiões de saúde (PORTAL DA SAÚDE, 2012), apresentadas no Anexo 2,
com os respectivos municípios que as compõem e sua população segundo Censo IBGE
(2010).
Para articulação entre as três esferas de governo há um centro de decisão
denominado Comissão Intergestores Bipartite do Rio de Janeiro – CIB/RJ7, vinculada à
Secretaria de Estado de Saúde, para fins operacionais e administrativos. A CIB/RJ é
uma reconhecida instância colegiada de articulação, negociação e pactuação entre os
gestores do Estado e dos Municípios, com o firme propósito de operacionalização das
políticas públicas de saúde, de interesse do SUS, no âmbito do Estado do Rio de
Janeiro. A CIB/RJ é composta por 24 representantes da Secretaria de Estado de Saúde
(12 titulares e 12 suplentes), 24 representantes das Secretarias Municipais de Saúde,
indicados pelo Conselho de Secretários Municipais de Saúde – COSEMSRJ – (12
titulares e 12 suplentes), observada a representação regional.
Cada região de saúde possui uma Comissão Intergestores Regionais – CIR,
6 Aguardando regulamentação da ANVISA, após Consulta Pública nº 85, de 2010 (BRASIL, 2010d). 7 CIB/RJ foi instituída pela Resolução n° 855, de 12 de julho de 1993, do Secretário de Estado de Saúde e
ratificada pelo Art. 14-A da Lei Federal n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, com redação dada pela Lei
Federal n° 12.466, de 24 de agosto de 2011 e pelo Decreto n° 7.508 de 28 de junho de 2011.
9
9
denominação que substituiu o antigo Colegiado de Gestão Regional (CGR), com a
publicação do Decreto Presidencial nº 7508 de 28 de junho de 2011, são estruturas
criadas pelo Pacto pela Saúde (2006) para qualificar o processo de regionalização no
SUS, o que garante a cooperação entre os gestores nas regiões de saúde constituindo
espaço de governança em âmbito regional. Em 2009 foram criados os CGR, um para
cada região de saúde, instituídos por deliberações da CIB (nº 648, de 05/05/2009 e nº
753, de 13/11/2009), num total de 10 CIR, ligadas a Assessoria de Integração Regional
(AIR) (PORTAL DA SAÚDE DO RJ, 2012). Atualmente, o município do Rio de
Janeiro deixou de ter uma CIR própria e retornou a Região Metropolitana I. A
representação das regiões de saúde com a localização das sedes de cada CIR está
apresentada no Anexo 1.
As CIR são muito importantes por se tratar de um espaço onde são discutidos e
pactuados os assuntos de interesse regional, proporcionando um fortalecimento da
região. Nas CIR acontecem as Plenárias, Câmaras Técnicas e Grupos de trabalho
(PORTAL DA SAÚDE, 2012).
“A plenária é composta por gestores municipais de saúde ou seus suplentes,
um representante do nível central da SES ou seu suplente, o coordenador
regional, o secretário executivo e algum eventual convidado.”
“A Câmara Técnica acontece, geralmente, uma semana antes da plenária.
Nela acontece o debate das questões técnicas relacionadas às questões de
saúde regionais. Esta reunião conta com os representantes técnicos dos
municípios, com o coordenador regional e o secretário executivo além de técnicos convidados para a discussão.”
“Os grupos de trabalho são criados pelos membros do CGR com a finalidade
de realizar estudos técnicos sobre políticas e programas de interesse para a
saúde, cujos produtos irão colaborar e subsidiar as decisões da plenária.”
10
10
4.3 Mapeamento dos municípios para implantação do PNPMF
A demanda da SES-RJ para implantação das Práticas Integrativas e
Complementares requer uma atualização do diagnóstico dos serviços disponibilizados
aos usuários do SUS, e é um componente necessário e prioritário para implantação do
PNPMF no Estado do Rio de Janeiro. O levantamento em cada município que já possuía
alguma prática em Fitoterapia e o seu desenvolvimento atual, bem como a identificação
daqueles com interesse em implantação dos serviços destas práticas, possibilitarão o
mapeamento dos serviços e elaboração de um diagnóstico no estado.
Os Serviços de Fitoterapia poderão ser implantados nos municípios que
apresentarem condições adequadas de recursos humanos e materiais. Com a avaliação
das condições disponíveis para cada unidade de atenção básica no município, pretende-
se definir o perfil do serviço a ser implantado, com atendimento clínico por profissional
de saúde e dispensação dos medicamentos fitoterápicos, industrializados ou
manipulados, de dispensação de drogas vegetais ou de plantas medicinais frescas. As
etapas previstas para realização do diagnóstico estão apresentadas no fluxograma das
ações na Figura 1.
11
11
FIGURA 1 – Fluxograma das ações para realização do diagnóstico para
implantação do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no
Estado do Rio de Janeiro
Fonte da ilustração: o próprio autor.
Todos os municípios do Estado do Rio de Janeiro possuem Secretaria Municipal
de Saúde – SMS. Em 2004 foi realizado um levantamento8 pelo PROPLAM junto aos
municípios a fim de identificar aqueles que possuíam alguma iniciativa para
implantação do Serviço de Fitoterapia. Foram identificados 12 municípios com alguma
ação em plantas medicinais e fitoterápicos apresentados na Tabela 1.
8 Dados obtidos nos arquivos do PROPLAM/ATPIC/SAB/SAS/SES-RJ.
Identificar os
municípios com o serviço ou
com interesse
em implantar o
PNPMF.
Aplicar 1º
Formulário
(Apêndice C)
Aplicar 2º
Formulário
(Apêndice D)
Identificar ações
desenvolvidas, recursos humanos
e materiais.
Apoiar e orientar para implantação do
Serviço de Fitoterapia adequado para cada
município com aptidões para adesão ao
PNPMF.
Identificar os parceiros institucionais para
apoiar e/ou viabilizar a implantação e
permanência do Serviço de Fitoterapia para
cada município.
12
12
TABELA 1 – Municípios do Estado do Rio de Janeiro com ações em Plantas
Medicinais e Fitoterápicos - 2004
MUNICÍPIO REGIÃO DE SAÚDE
Angra dos Reis Baía da Ilha Grande
Barra Mansa Médio Paraíba
Cachoeiras de Macacu Serrana
Casimiro de Abreu Baixada litorânea
Duque de Caxias Metropolitana I
Japeri Metropolitana I
Paraíba do Sul Centro-Sul
Petrópolis Serrana
Porciúncula Noroeste
Resende Médio Paraíba
Rio das Flores Médio Paraíba
Rio de Janeiro Metropolitana I
Fonte: Elaborado pelo autor, dados primários obtidos nos arquivos do
PROPLAM/ATPIC/SAB/SAS/SES-RJ
Para atualização dos dados referentes aos serviços de Fitoterapia nos municípios
do Rio de Janeiro optou-se por fazer contato diretamente com os secretários municipais
de saúde ou seus representantes na CIB/RJ.
Para obter as informações iniciais e essenciais para o conhecimento do nível de
implantação dos serviços de Fitoterapia na atenção básica dos municípios fluminenses,
foi elaborado um formulário simples e objetivo, enviado aos municípios por ofício após
inclusão deste assunto na pauta da 4ª reunião ordinária da CIB, ocorrida no dia 05 de
maio de 2011. Para o levantamento dos dados preliminares para construção do
diagnóstico das práticas integrativas e complementares (PICs), foi elaborado um
formulário com questões básicas para se identificar as ações das PICs nestes
municípios, e estão descritas na Tabela 2. O modelo deste formulário completo
encontra-se no Apêndice C. As respostas foram obtidas no período de maio a junho de
2011.
TABELA 2 – Questões incluídas no Formulário encaminhado aos Secretários
13
13
Municipais de Saúde do Estado do Rio de Janeiro,
Durante a 4ª Reunião ordinária da CIB, em 05/05/2011
ÍTEM PERGUNTA SIM NÃO
1. Existe alguma ação referente à área das Práticas Integrativas e Complementares (PIC) neste Município? (Medicina Tradicional
Chinesa/Acupuntura, Homeopatia, Plantas Medicinais/Fitoterapia,
Medicina Antroposófica e Práticas Complementares)?
2. Gostaria de implantar Práticas Integrativas e Complementares no
seu município?
3. Em qual área?
3.1 Acupuntura
3.2 Homeopatia
3.3 Plantas Medicinais/Fitoterápicos
4. O Serviço de PIC está subordinado a qual Secretaria no município?
5. Quais são os serviços oferecidos pelo Município?
3.1 Acupuntura
3.2 Homeopatia
3.3 Plantas Medicinais/Fitoterápicos
3.4 Outros : Quais?
6. Responsável pelo Serviço de PIC no seu município?
6.1 Nome
6.2 Telefone com DDD
6.3 Endereço eletrônico
14
14
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dos 92 municípios, 55 responderam ao formulário e o encaminharam para a
ATPIC/SAB, conferindo 60% de respostas. Destes municípios, 20 possuem alguma
PIC, e apenas o Rio de Janeiro respondeu positivamente. Dos 12 municípios que
possuíam ações com plantas medicinais e/ou fitoterápicos, apenas dois não responderam
ao formulário, Petrópolis e Porciúncula, havendo desta forma uma redução real de 75%
destes serviços no período de 2004 a 2011. A investigação dos fatores que
determinaram a interrupção dos Serviços de Fitoterapia serão investigados mediante a
aplicação do instrumento previsto segundo formulário (Apêndice D).
Os interessados em implantar alguma ação em PIC – acupuntura, homeopatia
e/ou plantas medicinais/fitoterápicos – totalizaram 22 municípios, entre eles estão Bom
Jardim e Duque de Caxias que já possuem serviço com PIC e gostariam de ampliar suas
ações. O interesse pelas plantas medicinais e pelos fitoterápicos foi destaque em 12
municípios, entre eles estão dois municípios que já possuíam o serviço identificado no
diagnóstico de 2004, Duque de Caxias e Paraíba do Sul. Os dados obtidos pela
comparação entre os resultados de 2004 e 2011 estão apresentados na Tabela 3.
15
15
TABELA 3 - Comparação entre os Serviços de Fitoterapia nos diagnósticos de
2004 e 2011
Município Região de Saúde
Com Serviço de
Fitoterapia Com interesse em
Fitoterapia 2004 2011
Angra dos Reis Baía da Ilha Grande Sim
Barra Mansa Médio Paraíba Sim
Bom Jardim Serrana Sim
Cachoeiras de Macacu Serrana Sim
Campos dos Goytacazes Norte Sim
Cardoso Moreira Noroeste Sim
Casimiro de Abreu Baixada Litorânea Sim
Duque de Caxias Metro I Sim Sim
Japeri Metro I Sim
Laje de Muriaé Noroeste Sim
Miguel Pereira Centro-Sul Fluminense Sim
Miracema Noroeste Sim
Natividade Noroeste Sim
Paraíba do Sul Centro-Sul Fluminense Sim Sim
Petrópolis Serrana Sim
Porciúncula Noroeste Sim
Resende Médio Paraíba Sim
Rio das Flores Médio Paraíba Sim
Rio de Janeiro Metro I Sim Sim
São João da Barra Norte Sim
São José de Ubá Noroeste Sim
Três Rios Centro-Sul Fluminense Sim
Desde a obtenção dos dados com a aplicação do formulário para identificação
dos municípios com o Serviço de Fitoterapia e com interesse em implantar o PNPMF,
novas informações foram acrescentadas ao perfil de interessados na implantação ou na
adequação dos serviços:
1. Volta Redonda respondeu somente os serviços que possui, não informando o
interesse nas plantas medicinais e fitoterápicos, porém demonstrou o interesse
posteriormente.
16
16
2. Dos 37 municípios que não responderam ao formulário:
a. Carmo possui o Serviço de Fitoterapia funcionando precariamente,
comprovado por visita realizada em agosto de 2009;
b. Cabo Frio e Itaperuna possuem projeto para Serviço de Fitoterapia;
c. Cacheoiras de macacu – Instituto Vital Brasil possui interesse em
desenvolver projeto de fitoterápicos junto a prefeitura;
d. Nova Friburgo solicitou capacitação para prescrição e aviamento dos
fitoterápicos relacionados na RENAME, para profissionais da Atenção
Básica;
e. Porciúncula e Petrópolis possuíam o Serviço de Fitoterapia em 2004;
f. São José do Vale do Rio Preto possui interesse em pactuar fitoterápicos
para uso no Hospital Maternidade Santa Terezinha.
3. A Superintendência de Assistência Farmacêutica e de Insumos Estratégicos –
SAFIE9 – realizou um diagnóstico para assistência farmacêutica de fitoterápicos
em 2001 e obteve os seguintes resultados:
a. Municípios interessados em aderir a Ata de Licitação elaborada pelo
Estado para aquisição dos fitoterápicos da RENAME vigente há época
(Portaria MS Nº 2.982, de 2009): Miguel Pereira, Carapebus, São
Gonçalo, Petrópolis, Paraíba do Sul, São João da Barra, Rio Claro e Paty
do Alferes.
b. Municípios com manipulação de fitoterápicos: Resende e Rio de Janeiro.
Os dados com os municípios com Serviço de Fitoterapia ou com interesse em
implantar o PNPMF (atualizados com os resultados obtidos pela aplicação do
Formulário) acrescidos daqueles obtidos com a SAFIE ou por demanda espontânea
totalizam 27 municípios que estão agrupados e podem ser mais bem visualizados na
Tabela 4. Estes municípios somam uma população de 15.616.398 habitantes (50,3% da
população do Estado do Rio de Janeiro, segundo censo 2010).
9 Informações cedidas ao PROPLAM, por ocasião da reunião realizada no dia 11/06/2012.
17
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TABELA 4 - Municípios com possibilidades de implantação ou adequação nos
Serviços de Fitoterapia
Município Região de Saúde Com serviço
de Fitoterapia1
Com interesse
em
Fitoterapia1
Outros
Angra dos Reis Baía da Ilha Grande
Barra Mansa Médio Paraíba
Bom Jardim Serrana Sim
Cabo Frio Baixada Litorânea Sim2
Cachoeiras de Macacu Serrana Sim
Campos dos Goytacazes Norte Sim
Carapebus* Norte Sim2
Cardoso Moreira Noroeste Sim
Carmo* Serrana Sim2
Casimiro de Abreu Baixada Litorânea
Duque de Caxias Metro I Sim
Itaperuna* Noroeste Sim2
Laje de Muriaé Noroeste Sim
Miguel Pereira Centro-Sul Fluminense Sim
Miracema Noroeste Sim
Natividade Noroeste Sim
Nova Friburgo Serrana Sim2
Paraíba do Sul Centro-Sul Fluminense Sim
Petrópolis Serrana Sim2 Sim2
Resende Médio Paraíba Sim3
Rio de Janeiro Metro I Sim
São João da Barra Norte Sim
São José de Ubá Noroeste Sim
Sào José do Vale do Rio
Preto* Serrana Sim2
Silva Jardim Metro II Sim
Três Rios Centro-Sul Fluminense Sim Sim
Volta Redonda Médio Paraíba Sim 3
(1) Dados obtidos na aplicação do Formulário.
(2) Municípios que não responderam ao Formulário.
(3) Município que respondeu ao formulário mas não informou sobre PMF.
A partir destes dados foi possível elaborar a meta a ser adotada para o Plano
Estadual de Saúde (PES) para o quadriênio 2012-2015: ampliar para 45% o número de
municípios com ações relacionadas às Práticas Integrativas e Complementares (PIC),
com base nos dados obtidos após o PES anterior (2008-2011), com 30 municípios com
18
18
PICs. Esta meta é dividida em ações que serão executadas conforme Programação
Anual de Saúde (PAS). Para a PAS 2012 foram escolhidas as regiões Centro-Sul e
Médio Paraíba, onde constam seis municípios com interesse em PMF: Barra Mansa,
Miguel Pereira, Paraíba do Sul, Resende, Três Rios e Volta Redonda. Para a PAS 2013
foram escolhidas as regiões Metropolitana II e Serrana, que possui sete municípios
interessados em PMF, Bom Jardim, Cacheoiras de Macacu, Carmo, Nova Friburgo,
Petrópolis, São José do Vale do rio Preto e Silva Jardim.
5.1 Desafios e perspectivas
Para dar continuidade ao levantamento dos dados junto aos municípios
interessados na implantação do PNPMF, é necessário identificar uma série de fatores
que serão determinantes, entre eles os recursos humanos e materiais, a ser avaliado pela
aplicação de um segundo formulário aos municípios que possuem o Serviço de
Fitoterapia e que precisem de adequação, e aos municípios que demonstraram interesse
na implantação do PNPMF. Este segundo levantamento deverá ser mais minucioso para
que se possa avaliar e identificar os pontos críticos, considerando as características de
cada Serviço de Fitoterapia a ser implantado, tanto para dificuldades quanto para
vocação de cada território de saúde. Este formulário, mais complexo, deverá ser
aplicado aos municípios selecionados pelo 1º formulário e também aqueles que
apresentarem demanda espontânea a partir daí. As informações contidas neste
formulário encontram-se no Apêndice D.
Para operacionalização da implantação do PNPMF, além da identificação dos
interesses e das condições para que seja possível operacionalizar o processo, serão
necessários:
1. Para Farmácia Viva:
a. Capacitações para cultivo e produção das espécies medicinais;
b. Fornecimento de sementes e mudas certificadas;
c. Beneficiamento das drogas vegetais.
19
19
2. Para Manipulação e dispensação de fitoterápicos:
a. Adequação de laboratório para preparo dos medicamentos fitoterápicos;
b. Capacitação para manipulação e dispensação de plantas medicinais e
fitoterápicos aos farmacêuticos e técnicos de farmácia.
3. Para aquisição e dispensação de fitoterápicos industrializados:
a. Capacitação dos gestores na pactuação e aquisição de fitoterápicos
industrializados.
b. Capacitação para prescrição e administração de plantas medicinais e
fitoterápicos a equipe de profissionais de saúde da atenção básica.
Para garantia da manutenção dos Serviços de Fitoterapia implantados nos
municípios é importante que sejam identificados os parceiros institucionais para
realização de trabalho conjunto, com destaque especial para Universidades, Secretaria
de Agricultura, EMATER-RJ10
, Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Educação,
Cooperativas e/ou Associações e Arranjo Produtivo Local (APL).
Em 2011, foi aprovada a Política Nacional de saúde Integral das Populações do
Campo e da Floresta – PNSIPCF, instituída pela Portaria MS 2.866, de 02/12/2011,
definida como:
“povos e comunidades que têm seus modos de vida, produção e reprodução
social relacionados predominantemente com o campo, a floresta, os
ambientes aquáticos, a agropecuária e o extrativismo, como: camponeses;
agricultores familiares; trabalhadores rurais assalariados e temporários que
residam ou não no campo; trabalhadores rurais assentados e acampados;
comunidades de quilombos; populações que habitam ou usam reservas
extrativistas; populações ribeirinhas; populações atingidas por barragens;
outras comunidades tradicionais; dentre outros” (BRASIL, 2011b).
A SES-RJ iniciou através de um grupo de trabalho, intitulado Saúde Integral das
Populações do Campo e da Floresta – GTSIPCF, atividades relacionadas ao
planejamento de ações voltadas para as populações prioritárias selecionadas, a saber,
10 Empresa ligada a Secretaria de Agricultura e Pecuária do Estado do Rio de Janeiro, responsável pela
assistência técnica e extensão rural no Estado do Rio de Janeiro.
20
20
indígenas, pescadores artesanais, ciganos, assentados, acampados e quilombolas no
Estado do Rio de Janeiro, tendo sido regulamentada pela resolução SES nº 367, de
02/07/2012 (RIO DE JANEIRO, 2012a). O PROPLAM, representado pela ATPIC é
parte integrante deste GT, que assumiu para o ano de 2012 o compromisso de realizar
um mapeamento destas comunidades no Estado do Rio de Janeiro, para que se possa
planejar e programar as ações necessárias para que toda população rural tenha acesso à
saúde.
Outro fórum de discussão onde o PROPLAM/ATPIC tem assento é o Comitê de
Saúde da População Negra – CSPN, constituído pela Resolução SES nº 375, de
04/07/2012 (RIO DE JANEIRO, 2012b). Entre as atribuições do CSPN está
“ Identificar, articular e apoiar experiências de educação popular e dos povos de
matrizes africanas, informação e comunicação, referentes às ações de promoção da
saúde da população negra”, que é de interesse da PNPMF. Este espaço é destinado à
discussão de medidas prioritárias para saúde das populações negra, estão incluídas as
comunidades de Terreiro e as Comunidades Quilombolas, que possuem conhecimento
tradicional para o uso das plantas medicinais, quer seja em rituais quer seja em se
tratando da saúde com práticas próprias. O que diferencia o Comitê do GT é a
participação de representantes da academia e da sociedade civil organizada, o que muito
contribuirá para atendimento das demandas destes grupos populacionais.
21
21
6 CONCLUSÕES
Este trabalho contribui para a atualização do diagnóstico do desenvolvimento de
Serviços de Fitoterapia nas Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Rio de
Janeiro, uma série de levantamentos de dados foi realizada pelo PROPLAM para
elaboração de diagnósticos a fim de incentivar e promover a execução deste programa
nos municípios do Estado. Com o levantamento do interesse pela implantação do
PNPMF, através do formulário, foram identificados 12 municípios e após trabalho
conjunto com demais setores da SES (SAFIE) e pela demanda espontânea dos
municípios, este número se ampliou para 27 os municípios de interesse para o
PROPLAM, sendo quatro deles com serviço de fitoterapia implantado e os demais com
interesse em implantá-lo. Este número encerra 50,3% da população do Estado, o que
revela a importância de se elaborar um diagnóstico para conhecer as dimensões das
ações que necessitam ser planejadas. Informações a cerca da vocação de cada município
interessado na Fitoterapia precisam ser coletados para atualização do diagnóstico
tomando como parâmetro as diretrizes estabelecidas no PNPMF e destacadas pelo
PROPLAM como prioritárias, dentre elas a de promover a adoção de boas práticas de
cultivo e manipulação de plantas medicinais e de manipulação e produção de
fitoterápicos, segundo legislação específica.
22
22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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RDC Nº 222, de 29 de julho de 2005. Aprova o Formulário Nacional. Brasília,
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Poder Executivo, Brasília, DF, 23 jun. 2006b. Seção1, p 2.
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2008. Aprova o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e cria o
Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Diário Oficial da União, Poder
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junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Diário Oficial da União,
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23
23
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Farmácia Viva no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União,
Poder Executivo, Brasília, DF, 22 abr. 2010c. Seção 1, p75
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Resolução que dispõe sobre as Boas Práticas de Processamento e Manipulação de
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<http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/02f688004745787885c9d53fbc4c6735/C
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INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Censo
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MICHILES, E.; BOORHEM, R. L.; BOTSARIS, A. S.; MARINHO, A. J. A. Guia de
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Acesso em: 03 out 2012.
PORTAL DA SAÚDE DO RJ. Disponível em www.saude.rj.gov.br. Acesso em: 05 out
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RIO DE JANEIRO (Estado). Decreto nº 23.052, de 16 de abril de 1997. Regulamenta a
Lei 2.537 de 16 de abril de 1996 que cria o Programa Estadual de Plantas Medicinais e
cria o Conselho Estadual de Plantas Medicinais – CEPLAM.
RIO DE JANEIRO (Estado). Lei nº 2.537, de 16 de abril de 1996. Cria o programa
estadual de plantas medicinais.
24
24
RIO DE JANEIRO (Estado). Secretaria Estadual de Saúde. Resolução nº 534 de 06 de
novembro de 1989. Constitui Comissão Estadual de Medicinas Alternativas e
Tradicionais.
RIO DE JANEIRO (Estado). Secretaria Estadual de Saúde. Resolução nº 810 de 09 de
novembro de 1992. Implanta o Programa Estadual de Plantas Medicinais.
RIO DE JANEIRO (Estado). Secretaria Estadual de Saúde. Resolução nº 1.590, de 12
de fevereiro de 2001. Aprova o Regulamento Técnico para a prática de fitoterapia e
funcionamento dos serviços de fitoterapia no âmbito do Estado do Rio de Janeiro. Rio
de Janeiro: Secretaria de Saúde do Estado, 2001.
RIO DE JANEIRO (Estado). Secretaria Estadual de Saúde. Resolução nº 1590, de 12 de
fevereiro de 2001. Aprova o Regulamento Técnico para a prática de fitoterapia e
funcionamento dos serviços de fitoterapia no âmbito do Estado do Rio de Janeiro. Rio
de Janeiro: Secretaria de Saúde do Estado, 2001. In: MICHILES, E.; BOORHEM, R.
L.; BOTSARIS, A. S.; MARINHO, A. J. A. Guia de Orientações para implantação
do Serviço de Fitoterapia. Rio de Janeiro: SES, 2004.
RIO DE JANEIRO (Estado). Secretaria Estadual de Saúde. Resolução nº 367, de 02 de
julho de 2012. Cria o grupo de trabalho para propor e executar ações visando
implementar as diretrizes pré-operacionais que norteiam a política nacional de saúde
integral das populações do campo e da floresta, no âmbito da secretaria de Estado de
Saúde do Rio de Janeiro. 2012a.
RIO DE JANEIRO (Estado). Secretaria Estadual de Saúde. Resolução nº 375, de 04 de
julho de 2012. Constitui o comitê técnico da saúde da população negra do Estado do Rio
de Janeiro. 2012b.
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25
GLOSSÁRIO
Acupuntura - Tecnologia de intervenção em saúde que aborda de modo integral e
dinâmico o processo saúde doença no ser humano, podendo ser usada isolada ou de
forma integrada com outros recursos terapêuticos. Compreende um conjunto de
procedimentos que permitem o estímulo preciso de locais anatômicos definidos por
meio da inserção de agulhas filiformes metálicas para promoção, manutenção e
recuperação da saúde, bem como para prevenção de agravos e doenças (BRASIL,
2006a).
Crenoterapia - Consiste na indicação e uso de águas minerais com finalidade terapêutica
atuando de maneira complementar aos demais tratamentos de saúde (BRASIL, 2006a).
Droga vegetal - É a planta medicinal, ou suas partes, que contenham as substâncias, ou
classes de substâncias, responsáveis pela ação terapêutica, após processos de coleta,
estabilização, quando aplicável, e secagem, podendo estar na forma íntegra, rasurada,
triturada ou pulverizada (RIO DE JANEIRO, 2001; BRASIL, 2005; BRASIL, 2010a;
BRASIL, 2010b).
Fitoterapia - É um método de tratamento caracterizado pela utilização de plantas
medicinais em suas diferentes preparações sem a utilização de substâncias ativas
isoladas, ainda que de origem vegetal, sob orientação de um profissional habilitado
(reconhecido) (BRASIL, 2008b).
Fitoterápico - É o “medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas
ativas vegetais”. Caracteriza-se pela identificação da espécie vegetal, bem como sua
eficácia e os riscos relacionados ao seu uso, devendo manter reprodutibilidade e
qualidade assegurada (BRASIL, 2005).
Homeopatia - Sistema médico complexo de caráter holístico, baseada no princípio
26
26
vitalista e no uso da lei dos semelhantes foi enunciada por Hipócrates no século IV a.C.
Foi desenvolvida por Samuel Hahnemann no século XVIII (BRASIL, 2006a).
Medicamento fitoterápico - Obtido com emprego exclusivo de matérias-primas ativas
vegetais, cuja eficácia e segurança são validadas por meio de levantamentos
etnofarmacológicos, de utilização, documentações tecnocientíficas ou evidências
clínicas (BRASIL, 2010b).
Medicina Tradicional Chinesa - Caracteriza-se por um sistema médico integral,
originado há milhares de anos na China. Utiliza linguagem que retrata simbolicamente
as leis da natureza e que valoriza a inter-relação harmônica entre as partes visando à
integridade (BRASIL, 2006a).
Planta medicinal - É uma espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos
terapêuticos (RIO DE JANEIRO, 2001; BRASIL, 2005; BRASIL, 2010a; BRASIL,
2010b).
Termalismo Social - O uso das Águas Minerais para tratamento de saúde. Compreende
as diferentes maneiras de utilização da água mineral e sua aplicação em tratamentos de
saúde (BRASIL, 2006a).
27
27
APÊNDICE A - Relação de espécies medicinais que constam da Resolução
RDC 10/2010
(continua)
Nome botânico Nome popular Parte
utilizada Forma de utilização
Achillea millefolium Mil folhas Partes aéreas Infusão: 1-2 g (1-2col chá) em
150 mL (xíc chá)
Achyrocline satureioides Macela; Marcela;
Marcela do campo
Sumidades
floridas
Infusão: 1,5 g (1/2 col de sopa)
em 150 mL (xíc chá)
Aesculus hippocastanum Castanha-da-índia Sementes com
casca
Decocção: 1,5 g (½ col sopa)
em 150 mL (xíc chá)
Aesculus hippocastanum Castanha-da-índia Sementes com
casca
Decocção: 1,5 g (½ col sopa)
em 150 mL (xíc chá)
Ageratum conyzoides Mentrasto, Catinga
de bode
Partes aéreas
sem as flores
Infusão: 2-3 g (2-3 col chá) em
150 mL (xíc de chá)
Allium sativum Alho Bulbo Maceração: 0,5 g (1 col café)
em 30 mL (cálice)
Anacardium occidentale cajueiro Entrecasca Decocção: 4,5 g (1 ½ co sopa)
em 150 mL (xíc chá)
Arctium lappa Bardana Raízes Decocção: 2,5 g (2,5 col chá) em 150 ml (xíc chá)
Arnica Montana Arnica Flores Infusão: 3 g (1 col de sopa) em
150 mL (xíc chá)
Baccharis trimera Carqueja; Carqueja amarga
Partes aéreas Infusão: 2,5 g (2,5 col chá) em 150 mL (xíc chá)
Bidens pilosa Picão Folhas Infusão: 2 g (1 col sobremesa)
em 150 mL (xíc chá)
Calendula officinalis Calêndula Flores nfusão: 1-2 g (1 a 2 col chá)
em 150 mL (xíc chá)
Caesalpinia ferrea Jucá, Pau-ferro Favas Decocção 7,5 g (2,5 col sopa) em 150 mL (xíc chá)
Casearia sylvestris
Guaçatonga, Erva-
de-bugre, Erva-
delagarto
Folha
Infusão 2 a 4 g (1 a 2 col de
sobremesa) em 150 ml (xíc
chá)
Cinnamomum verum Canela, Canela-do-
Ceilão Casca
Decocção: 0,5-2 g (1 a 4 col
café) em 150 mL (xíc chá)
Citrus aurantium Laranja-amarga Flores Maceração: 1-2 g (1-2 col chá)
em 150 mL (xíc chá)
Cordia verbenácea Erva-baleeira Folha Infusão: 3 g (1 col sopa) em
150 mL (xíc chá)
Curcuma longa Curcuma, Açafroa,
çafrão da Terra Rizomas
Decocção: 1,5g (3 col café) em
150 mL (1 xíc chá)
Cymbopogon citratus
Capim santo, Capim
limão, Capim cidró,
Capim cidreira,
Cidreira
Folhas Infusão: 1-3g (1 a 3 col chá)
em 150 mL (xíc chá)
Cynara scolymus Alcachofra Folhas Infusão: 2 g (1 col sobremesa)
em 150mL (xíc chá)
28
28
APÊNDICE A - Relação de espécies medicinais que constam da Resolução
RDC 10/2010
(continua)
Nome botânico Nome popular Parte
utilizada Forma de utilização
Echinodorus macrophyllus Chapéu de couro Folhas Infusão: 1 g (1 col chá) em 150
mL (xíc de chá)
Equisetum arvense Cavalinha Partes aéreas Infusão: 3 g (1 col sopa) em
150 mL (xíc chá)
Erythrina verna Mulungu Casca Decocção: 4 a 6 g (2 a 3 col de sobremesa)em 150 ml (xíc chá)
Eucalyptus globulus Eucalipto Folhas Infusão: 2 g (col sobremesa)
em 150 mL (xíc chá)
Eugenia uniflora Pitangueira Folhas Infusão: 3 g (1 colher de sopa) em 150 mL (xíc chá)
Glycyrrhiza glabra Alcaçuz Raiz Infusão: 4,5 g (1 ½ col sopa)
em 150 ml (xíc chá)
Hamamelis virginiana Hamamélis Casca Decocção: 3-6 g (1- 2 col sopa)
em 150 mL (xíc chá)
Harpagophytum procumbens Garra do diabo Raiz Infusão: 1 g (1 colherde chá)
em 150 mL (xíc chá)
Illicium verum Anis estrelado Fruto Infusão: 1,5 g (1 ½ col de chá)
em 150 ml (xíc chá)
Justicia pectoralis
Chambá,
Chachambá, Trevo-
cumaru
Partes aéreas Infusão: 5 g (5 col chá) em 150
mL (xíc chá)
Lippia Alba
Erva-cidreira, Falsa
erva- cidreira,
Falsamelissa
Partes aéreas Infusão: 1 a 3 g (1 a 3 col chá)
em 150 mL (xíc chá)
Lippia sidoides Alecrim-pimenta Folhas Infusão: 2-3 g (2-3 col chá) em
150 mL (xíc chá)
Malva sylvestris Malva Folhas e flores
Infusão: 2 g (1 col sobremesa)
em 150 mL (xíc chá); Infusão:
6 g (2 col sopa) em 150 mL
(xíc chá)
Matricaria recutita Camomila Flores
Infusão: 3 g (1 col sopa) em
150 mL (xíc chá); Infusão: 6-9g (2-3 col sopa) em 150 mL
(xíc chá)
Maytenus ilicifolia Espinheira santa Folhas Infusão: 1-2 g (1-2 col chá) em
150 mL (xíc chá)
Melissa officinalis Melissa, Erva-
cidreira
Sumidades
floridas
Infusão: 2 a 4g (1-2 Col
sobremesa) em 150 mL (xíc
chá)
Mentha x piperita Hortelã-pimenta
Folhas e
sumidades
Floridas
Infusão: 1,5 g (3 col café) em
150 mL (xíc chá)
Mentha pulegium Poejo Partes aéreas Infusão: 1 g (1 col sobremesa) em 150 mL (xíc chá)
Mikania glomerata Guaco Folhas Infusão: 3 g (1 col sopa) em
150 mL (xíc chá)
29
29
APÊNDICE A - Relação de espécies medicinais que constam da Resolução
RDC 10/2010
(continua)
Nome botânico Nome popular Parte
utilizada Forma de utilização
Momordica charantia Melão-de-São-
Caetano
Folhas, frutos
e sementes Decocção: 5 g em 1L
Passiflora alata Maracujá Folhas Infusão: 3 g (1 col sopa) em
150 mL (xíc chá)
Passiflora edulis Maracujá-azedo Folhas Infusão: 3 g (1 col sopa) em
150 mL (xíc chá)
Passiflora incarnata Maracujá Partes aéreas Infusão: 3 g (1 col sopa) em
150 mL (xíc chá)
Paullinia cupana Guaraná Sementes 0,5-2 g do pó (1 a 4 col café)
Peumus boldus Boldo-do-chile Folhas Infusão 1 a 2 g (1 a 2 col chá)
em 150 mL (xíc chá)
Phyllanthus niruri Quebra-pedra Partes éreas Infusão: 3 g (1 col sopa) em
150 mL (xíc chá)
Pimpinela anisum Anis, Erva doce Frutos Decocção: 1,5 g (3 col café)
em 150 mL água (xíc chá).
Plantago major
Tanchagem;
Tansagem,
Tranchagem
Folhas Infusão: 6-9 g (2-3 col sopa)
em 150 mL (xíc chá)
Plectranthus barbatus
Boldo-nacional,
Hortelã-homem,
Falso-boldo,
Boldoafricano
Folhas Infusão: 1-3 g (1-3 col chá) em
150 mL (xíc chá)
Polygala senega Polígala Raiz Infusão: 4,5 g (1 ½ colher de sopa) em 150 mL (xíc chá)
Polygonum punctatum Erva-de- bicho,
Pimenteira-dágua Partes aéreas
Infusão: 3 g (1 col sopa) em
150 mL (xíc chá)
Psidium guajava Goiabeira Folhas jovens Infusão: 2 g (col sobremesa)
em 150 mL (xíc chá)
Punica granatum Romã
Pericarpo
(casca do
fruto)
Decocção: 6 g (2 col sopa) em
150 mL (xíc chá)
Rhamnus purshiana Cáscara sagrada Casca Decocção: 0,5 g (col café) em
150 mL (xíc chá)
Rosmarinus officinalis Alecrim Folhas Infusão: 3-6 g (1-2 col sopa)
em 150 mL (xíc chá)
Salix alba Salgueiro Casca do caule Infusão: 3 g (1 col sopa) em
150 mL (xíc chá)
Salvia officinalis Sálvia Folhas
Infusão: 3,5 g (7 col café) em
150 mL (xíc chá); Infusão:
1,5-2 g (3- 4 col café) em 150
mL (xíc chá)
Sambucus nigra Sabugueiro Flor Infusão: 3 g (1 col sopa) em
150 mL (xíc chá)
Schinus terebinthifolia Aroeira-da-praia Casca do caule Decocção: 1 g em 1L água
30
30
APÊNDICE A - Relação de espécies medicinais que constam da Resolução
RDC 10/2010
(conclusão)
Nome botânico Nome popular Parte
utilizada Forma de utilização
Senna alexandrina Sene Fruto e
Folíolos
Decocção: 1 g (col café) em
150 mL (xíc chá)
Solanum paniculatum Jurubeba Planta inteira Infusão: 1 g (1 col chá) em 150
mL (xíc chá)
Stryphnodendrom adstrigens Barbatimão Casca Decocção: 3 g (col sopa) em 1
L de água
Taraxacum officinale Dente de leão Toda a planta Decocção: 3-4 g (3-4 col chá)
em 150 mL (xíc chá)
Uncaria tomentosa Unha-de-gato Entrecasca Decocção: 0,5 g (1 col café) em 150 mL (xíc chá)
Vernonia condensata Boldo-baiano Folha Infusão: 3 g (1 col sopa) em
150 mL (xíc chá)
Vernonia polyanthes Assa-peixe Folha Infusão: 3 g (1 col sopa) em
150 mL (xíc chá)
Zingiber officinale Gengibre Rizoma Decocção: 0,5 - 1 g (1 a 2 col
café) em 150 mL (xíc chá)
Fonte: Resolução RDC nº 10, de 2010.
31
31
APENDICE B - Medicamentos fitoterápicos da RENAME 2012
Nome científico Nome popular Indicação de uso e ação Forma Farmacêutica
Cynara scolymus L.A2:D19 Alcachofra
Tratamento dos sintomas de
dispepsia funcional (síndrome do desconforto pós-prandial)
e de hipercolesterolemia leve
a moderada. Apresenta ação
colagoga e colerética
cápsula, comprimido,
drágea, solução oral e
tintura
Schinus terebinthifolius Raddi Aroeira
Apresenta ação cicatrizante,
antiinflamatória e anti-séptica tópica para uso ginecológico
gel e óvulo
Aloe vera (L.) Burm. F. Babosa
Tratamento tópico de
queimaduras de 1º e 2º graus
e como coadjuvante nos casos
de Psoríase vulgaris
Creme
Rhamnus purshiana DC. Cáscara-sagrada Coadjuvante nos casos de
obstipação intestinal Eventual cápsula e tintura
Maytenus officinalis Mabb. Espinheira-santa
Coadjuvante no tratamento de
gastrite e úlcera
gastroduodenal e sintomas
dispepsia
cápsula, emulsão,
solução oral e tintura
Mikania glomerata Spreng. Guaco Apresenta ação expectorante
e broncodilatadora
cápsula, solução, oral,
tintura e xarope
Harpagophytum procumbens Garra-do-diabo
Tratamento da dor lombar
baixa aguda e como
coadjuvante nos casos de
osteoartrite. Apresenta ação
antiinflamatória
cápsula, comprimido
Mentha x piperita L. Hortelã
Tratamento da síndrome do
cólon irritável. Apresenta
ação antiflatulenta e
antiespasmódica
cápsula
Glycine max (L.)Merr. Isoflavona-de-soja Coadjuvante no alívio dos
sintomas do climatério cápsula e comprimido
Plantago ovata Forssk. Plantago
Coadjuvante nos casos de
obstipação intestinal habitual.
Tratamento da síndrome do
cólon irritável
pó para dispersão oral
Salix alba L. Salgueiro
Tratamento de dor lombar
baixa aguda. Apresenta ação
antiinflamatória
comprimido
Uncaria tomentosa (Willd. ex
Roem. & Schult.) Unha-de-gato
Coadjuvante nos casos de
artrites e osteoartrite.
Apresenta ação
antiinflamatória e
imunomoduladora
cápsula, comprimido e
gel
Fonte: Portaria MS/GM nº 533, de 28 de março de 2012
32
32
APÊNDICE C - Formulário encaminhado aos secretários municipais de saúde do
Estado do Rio de Janeiro, por ocasião da 4ª Reunião ordinária da CIB, em
05/05/2011
Para melhor elaboração de uma estratégia de incorporar e implementar a as Práticas Integrativas e
Complementares no SUS, em seu Município , solicitamos o preenchimento do questionário abaixo :
Município : ............................................................................................................
Telefone com DDD : .............................................................................................
Endereço eletrônico : ............................................................................................
1. Existe alguma ação referente à área das Práticas Integrativas e Complementares (PIC) neste
Município? (Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, Homeopatia, Plantas Medicinais/Fitoterapia,
Medicina Antroposófica e Práticas Complementares)?
( ) Sim : responda as questões 4 a 6
( ) Não : responda as questões 2 e 3
2. Gostaria de implantar Práticas Integrativas e Complementares no seu município?
3. Em qual área?
( ) Acupuntura ( ) Homeopatia ( ) Plantas Medicinais/Fitoterápicos
4. O Serviço de PIC está subordinado a qual Secretaria no município?
5. Quais são os serviços oferecidos pelo Município?
( ) Acupuntura ( ) Homeopatia ( ) Plantas Medicinais/Fitoterápicos
( ) Outros : Quais? ....................................................................................
6. Responsável pelo Serviço de PIC no seu município?
Nome : .............................................................................................................
Telefone com DDD : ...................................................................................
Endereço eletrônico : .................................................................................
33
33
APÊNDICE D - Formulário para elaboração do diagnóstico situacional das ações e serviços
referente às Práticas Integrativas e Complementares existentes no Estado do Rio de Janeiro
Parte I - IDENTIFICAÇÃO
1.1 Nome do (a) Secretário (a) de saúde:
1.2 Endereço
1.2.1 Cidade:
1.2.2 CEP:
1.2.3 Tel: ( )
1.2.4 Fax: ( )
1.2.5 Endereço Eletrônico:
1.3 Responsável pelo preenchimento:
1.3.1 Cargo / Função:
1.3.2 Tel: ( )
1.3.3 Fax: ( )
1.3.4 Endereço Eletrônico:
Parte II - AÇÕES DESENVOLVIDAS
2.1 Existe alguma ação referente às Práticas Integrativas nesta Secretaria?
Área de Práticas
Integrativas
Possui ação
Ano de início
Interesse em
implantar
SIM NÃO SIM NÃO
1. Acupuntura
2. Plantas Medicinais e Fitoterapia
3. Homeopatia
4. Termalismo Social – Crenoterapia
5. Antroposofia
2.1.1 Existe Fitoterápico pactuado pelo seu município (conforme Portaria MS Nº 3.237/GM,
de 24 de dezembro de 2007, Portaria MS Nº 2.982, publicada em 26 de novembro de 2009 e Portaria Nº
533, de 28 de março de 2012 – RENAME)?
SIM NÃO
34
34
Quais?
Nome popular/Nome
científico
Indicação/ação Apresentação
1. Alcachofra (Cynara
scolymus L.)
Tratamento dos sintomas de
dispepsia funcional (síndrome do
desconforto pós-prandial) e de hipercolesterolemia leve a
moderada. Apresenta ação
colagoga e colerética
cápsula, comprimido,
drágea, solução oral e
tintura
2. Aroeira (Schinus
terebinthifolius Raddi)
Apresenta ação cicatrizante,
antiinflamatória e anti-séptica
tópica, para uso ginecológico
gel e óvulo
3. Babosa (Aloe vera (L.)
Burm. F.)
Tratamento tópico de queimaduras
de 1º e 2º graus e como
coadjuvante nos casos de Psoríase
vulgaris
creme
4. Cáscara-sagrada
(Rhamnus purshiana
DC.)
Coadjuvante nos casos de
obstipação intestinal eventual
cápsula e tintura
5. Espinheira-santa
(Maytenus officinalis
Mabb.)
Coadjuvante no tratamento de
gastrite e úlcera gastroduodenal e
sintomas dispepsia
cápsula, emulsão, solução
oral e tintura
6. Garra-do-diabo
(Harpagophytum
procumbens)
Tratamento da dor lombar baixa
aguda e como coadjuvante nos
casos de osteoartrite. Apresenta
ação antiinflamatória
cápsula, comprimido
7. Guaco (Mikania
glomerata Spreng.)
Apresenta ação expectorante e
broncodilatadora
cápsula, solução, oral,
tintura e xarope
8. Hortelã (Mentha x
piperita L.)
Tratamento da síndrome do cólon
irritável. Apresenta ação
antiflatulenta e antiespasmódica
cápsula
9. Isoflavona-de-soja
(Glycine max (L.)
Merr.)
Coadjuvante no alívio dos
sintomas do climatério
cápsula e comprimido
10. Plantago (Plantago
ovata Forssk.)
Coadjuvante nos casos de
obstipação intestinal habitual.
Tratamento da síndrome do cólon
irritável
pó para dispersão oral
11. São os mais sinceros votos,algueiro (Salix
alba L.)
Tratamento de dor lombar baixa aguda. Apresenta ação
antiinflamatória
comprimido
12. Unha-de-gato (Uncaria
tomentosa
(Willd. ex Roem. &
Schult.)
Coadjuvante nos casos de artrites e
osteoartrite. Apresenta ação
antiinflamatória e
imunomoduladora
cápsula, comprimido e gel
35
35
2.1.2 Práticas complementares
Área de Práticas
Complementares
Possui ação
Ano de início
Interesse em
implantar
SIM NÃO SIM NÃO
1. Auriculoterapia
2. Moxa
3. Ventosa
4. Eletroacupuntura
5. Laser
6. Shiatsuterapia
7. Magnetoterapia
8. Tuiná
9. Terapia Floral
10. Shantala
11. Massoterapia1
12. Hidroterapia1
13. Cromoterapia1
14. Aromaterapia1
15. Oligoterapia1
16. Geoterapia1
17. Quiropraxia1
18. Iridologia1
19. Hipnose1
20. Trofoterapia1
21. Naturologia1
22. Ortomolecular1
23. Ginástica Terapêutica1
24. Terapias da Respiração1
25. Medicina Ayurveda
26. Reflexologia
27. Outras:
(1) Lei Nº 5.471 de 10 de junho de 2009 - Estabelece no âmbito do Estado do
Rio de Janeiro a criação do Programa de Terapia Natural.
2.2 Existe alguma Lei ou Ação institucional Municipal criando algum Serviço de Saúde
Complementar?
SIM NÃO Em caso afirmativo, favor enviar cópia anexada para esta
36
36
2.3 Marque as áreas que existem ações em desenvolvimento atualmente:
Acupuntura Plantas
Medicinais e
Fitoterapia
Homeopatia Outros/
Especifique
1. Saúde da Família
2. Atenção Básica, de
modo geral
3. Educação em
Saúde
4. Capacitação
5. Pesquisa
6. Atenção
Especializada
7. Hospitais
8. Serviços de Saúde
Mental
9. Outra/Especifique
10. Clinicas de
especialidade
Existe levantamento estatístico relacionado à clientela atendida?
SIM NÃO Em caso afirmativo, favor enviar cópia anexada para esta
Secretaria: [email protected]
2.4 Na área assistencial, coloque o número de serviços existentes, relacionando-os à complexidade:
Serviços existentes
Acupuntura
Plantas
Medicinais e
Fitoterapia
Homeopatia
1. Saúde da Família
2. Centros e Postos de Saúde
3. Policlínicas
4. Atenção Hospitalar / Rede
Ambulatorial
5. Ambulatório de Fitoterapia
6. Urgência/Emergências
Parte III – AÇÕES PASSADAS E FUTURAS
3.1 Já houve ações no passado, na área das práticas integrativas, que não existem mais:
SIM NÃO
37
37
3.2 Quais e por que foram descontinuadas:
Área SIM Por que foram descontinuadas?
1. Acupuntura
2. Plantas Medicinais e Fitoterapia
3. Homeopatia
4. Termalismo Social - Crenoterapia
5. Antroposofia
3.3 Há interesse em desenvolver ações em práticas integrativas no futuro:
SIM Responda o item 3.4
NÃO Responda o item 3.5
3.4 Quais as áreas de interesse e quando existe intenção de desenvolvê-las?
Área Quando existe intenção de desenvolvê-las?
1. Acupuntura
2. Plantas Medicinais e Fitoterapia
3. Homeopatia
4. Termalismo Social – Crenoterapia
5. Antroposofia
3.5 Sr Secretário de Saúde: justifique o não interesse em implantar as PICs no seu município, por
favor.
Parte IV - RECURSOS HUMANOS
4.1 Existe um responsável pela Coordenação de algum desses trabalhos?
Área SIM NÃO Nome/mail / Tel
1. Acupuntura/MTC
2. Plantas Medicinais e
Fitoterapia
3. Homeopatia
4. Termalismo Social –
Crenoterapia
5. Coordenação Geral
6. Outro
38
38
4.2 Existem profissionais contratados/destinados especificamente para essas atividades? Indique
seu número em caso afirmativo.
Área
Profissional
S
N
Acupuntura e
MTC
Plantas
Medicinais e
Fitoterapia
Homeopatia
Termalismo
Social -
Crenoterapia
1. Farmacêutico
2. Médico
3. Dentista
4. Médico
Veterinário
5. Fisioterapeuta
6. Enfermeiro
7. Nutricionista
8. Biólogo
9. Outro:
Especifique
4.3 Na área de capacitação de pessoal, as atividades são desenvolvidas:
3.1.1 Em serviços próprios, pela equipe de saúde
3.1.2 Em outros centros formadores contratados para esse fim
3.1.2.1 Qual?
4.4 Existem outras instituições envolvidas nas Práticas Integrativas do seu Município?
SIM NÃO
4.4.1 Quais?
INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS SIM Identifique a Instituição
1. Universidade
2. Secretaria de Agricultura
3. EMATER
4. Secretaria de Meio Ambiente
5. Secretaria de Educação
6. Organização Não Governamental (ONG)
7. Pastoral
8. Cooperativas e/ou associações
9. Arranjo Produtivo Local (APL)
10. Outras:
4.5 O número de profissionais é suficiente para o atendimento à clientela?
SIM NÃO
Parte V – RECURSOS MATERIAIS
5.1 Marque quais recursos materiais são disponibilizados para a execução das ações referentes
às áreas:
39
39
Acupuntura Plantas
Medicinais e
Fitoterapia
Homeopatia Práticas
Complementares
1. Agulhas descartáveis
2. Agulhas de uso
3. Auricular
4. Moxa
5. Aparelho para acupuntura
a laser
6. Aparelho de moxa elétrica
7. Livros básicos
8. Memento terapêutico
9. Software de repertorização
10. Medicamentos
Homeopáticos
11. Medicamentos
Fitoterápicos
12. Local específico para
práticas complementares
13. Horto de Plantas
Medicinais
14. Outro
5.2 Na existência de Farmácia Própria de Manipulação, marque as opções que se seguem.
SIM NÃO
1. Há farmacêutico habilitado em homeopatia
2. Há manipulação de medicamentos homeopáticos
3. Há manipulação de fitoterápicos
4. Há manipulação de essências florais
5. Há manipulação de óleos essenciais para aromaterapia
6. Outro
5.3 Na realização da assistência farmacêutica, como o medicamento será fornecido?
1. Farmácia com manipulação, própria
2. Farmácia com manipulação, terceirizada
3. Medicamento industrializado
4. Farmácia Viva
40
40
ANEXO 1 – DISTRIBUIÇÃO DAS COMISSÕES INTERGESTORES
REGIONAIS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - 2012
Fonte: http://www.saude.rj.gov.br/, 2012
41
41
ANEXO 2 – MUNICÍPIOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, SUAS
REGIÕES DE SAÚDE E POPULAÇÃO SEGUNDO CENSO IBGE 2010
(continua)
REGIÃO DE SAÚDE MUNICÍPIO POPULAÇÃO 2010 (nº de habitantes)(1)
BAÍA DA ILHA GRANDE
Angra dos Reis 169.511
Mangaratiba 36.456
Paraty 37.533
Subtotal 243.500
BAIXADA LITORÂNEA
Araruama 112.008
Armação de Búzios 27.560
Arrarial do Cabo 27.715
Cabo Frio 186.227
Casimiro de Abreu 35.347
Iguaba Grande 22.851
Rio das Ostras 105.676
São Pedro da Aldeia 87.875
Saquarema 74.234
Subtotal 679.493
CENTRO-SUL
FLUMINENSE
Areal 11.423
Comendador Levy Gasparian 8.180
Engenheiro Paulo de Frontin 13.237
Mendes 17.935
Miguel Pereira 24.642
Paracambi 47.124
Paraíba do Sul 41.084
Paty do Alferes 26.359
Sapucaia 17.525
Três Rios 77.432
Vassouras 34.410
Subtotal 319.351
42
42
ANEXO 2 – MUNICÍPIOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, SUAS
REGIÕES DE SAÚDE E POPULAÇÃO SEGUNDO CENSO IBGE 2010
(continua)
REGIÃO DE SAÚDE MUNICÍPIO POPULAÇÃO 2010 (nº de habitantes)(1)
MÉDIO PARAÍBA
Barra do Piraí 94.778
Barra Mansa 177.813
Itatiaia 28.783
Pinheiral 22.719
Piraí 26.314
Porto Real 16.592
Quatis 12.793
Resende 119.769
Rio Claro 17.425
Rio das Flores 8.561
Valença 71.843
Volta Redonda 257.803
Subtotal 855.193
METROPOLITANA I
Belford Roxo 469.332
Duque de Caxias 855.048
Itaguaí 109.091
Japeri 95.492
Magé 227.322
Mesquita 168.376
Nilópolis 157.425
Nova Iguaçu 796.257
Queimados 137.962
Rio de Janeiro 6.320.446
São João de Meriti 458.673
Seropédica 78.186
Subtotal 9.873.610
43
43
ANEXO 2 – MUNICÍPIOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, SUAS
REGIÕES DE SAÚDE E POPULAÇÃO SEGUNDO CENSO IBGE 2010
(continua)
REGIÃO DE SAÚDE MUNICÍPIO POPULAÇÃO 2010 (nº de habitantes)(1)
METROPOLITANA II
Itaboraí 218.008
Maricá 127.461
Niterói 487.562
Rio Bonito 55.551
São Gonçalo 999.728
Silva Jardim 21.349
Tanguá 30.732
Subtotal 1.940.391
NOROESTE
Aperibé 10.213
Bom Jesus do Itabapoana 35.411
Cambuci 14.827
Cardoso Moreira 12.600
Italva 14.063
Itaocara 22.899
Itaperuna 95.841
Laje de Muriaé 7.487
Miracema 26.843
Natividade 15.082
Porciúncula 17.760
Santo Antonio de Pádua 40.589
São José de Ubá 7.003
Varre-sai 9.475
Subtotal 330.093
NORTE
Campos dos Goytacazes 463.731
Carapebus 13.359
Conceição de Macabu 21.211
Macaé 206.728
Quissamã 20.242
São Fidelis 37.543
São Francisco de Itabapoana 41.354
São João da Barra 32.747
Subtotal 836.915
44
44
ANEXO 2 – MUNICÍPIOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, SUAS
REGIÕES DE SAÚDE E POPULAÇÃO SEGUNDO CENSO IBGE 2010
(conclusão)
SERRANA
Bom Jardim 25.333
Cachoeiras de Macacu 54.273
Cantagalo 19.830
Carmo 17.434
Cordeiro 20.430
Duas Barras 10.930
Guapimirim 51.483
Macuco 5.269
Nova Friburgo 182.082
Petrópolis 295.917
Santa Maria Madalena 10.321
São José do Vale do Rio
Preto 20.251
São Sebastião do Alto 8.895
Sumidouro 14.900
Teresópolis 163.746
Trajano de Moraes 10.289
Subtotal 911.383
TOTAL 31.068.475
(1) Fonte: IBGE, Cidades (BRASIL, 2010).