ANHANGUERA EDUCACIONAL
RIBEIRÃO PRETO
ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
MARCELO HENRIQUE PEREIRA
A IMPORTÂNCIA DO CUMPRIMENTO DA NORMA REGULAMENTADORA - NR 17 EM ESCRITÓRIOS COMO FORMA DE GARANTIR A SEGURANÇA E SAÚDE DOS
COLABORADORES
RIBEIRÃO PRETO
2018
2
MARCELO HENRIQUE PEREIRA
A IMPORTÂNCIA DO CUMPRIMENTO DA NORMA REGULAMENTADORA - NR 17 EM ESCRITÓRIOS COMO FORMA DE GARANTIR A SEGURANÇA E SAÚDE DOS
COLABORADORES
Monografia apresentada ao curso de pós-graduação de Engenharia de Segurança do Trabalho da Faculdade Anhanguera requisito parcial à obtenção do título de Pós-Graduado em Formação.
Ribeirão Preto,18 de maio de 2018.
_________________________________ Prefº. Cesar Augusto Agurto Lescano
Faculdade Anhanguera Educacional Doutor em Engenharia Química
3
Pereira, Marcelo Henrique.
P493i A importância do cumprimento da norma regulamentadora NR 17
em escritórios como forma de garantir a segurança e saúde dos
colaboradores. / Marcelo Henrique Pereira. - Ribeirão Preto (SP) :
Faculdade Anhanguera de Ribeirão Preto, 2018.
70 p. ; il.
Orientador : Prof. Dr. César Augusto Agurto Lescano.
Trabalho de Conclusão de Curso (Pós-graduação em
Engenharia de Segurança do Trabalho).
1. Saúde e Segurança do Trabalho 2. Ergonomia
CDD: 363.11
Elaboração: Angélica Maria de Almeida Forster Rodrigues
CRB/8 - 7424
4
Dedico,
A Deus por propor essa conquista em
minha vida em seguida gostaria de dedicar
a familiares e amigos pelo apoio dado para
alcançar essa vitória e concluir esse curso.
5
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer primeiramente a meu orientador, Prof. Dr. César
Augusto Agurto Lescano, bem como todos os professores que estiveram presentes
na minha formação acadêmica ao longo destes anos.
Gostaria de agradecer a minha avó, a meu pai, família, minha noiva e aquelas
pessoas que sempre incentivaram e me apoiaram nessa jornada.
Agradeço pela prazerosa convivência com meus colegas durante esses anos.
6
“A persistência é o menor caminho do
êxito. ”
Charles Chaplin
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RESUMO
O trabalho sempre foi uma prática de vida da humanidade. Desde que o homem
existe, leva consigo diferentes formas de trabalho. Com o surgimento das indústrias
as formas de trabalho passaram a ser evidenciadas, uma vez que as atividades
passaram a ser feitas com maior frequência e com um ritmo muito mais acelerado,
fator que causou sérios prejuízos aos colaboradores de tais indústrias. O ritmo intenso
do trabalho, a necessidade da produção cada vez maior, a falta de normas e
fiscalização fez com que muitos trabalhadores dentro das indústrias acabassem
mutilados, isso quando não chegavam a óbito. A sociedade passou por um grande
processo de evolução, e frente a essa realidade, muitas leis e documentos legais
foram criados como forma de garantir que os trabalhadores realizassem suas
atividades com total segurança, preservando a sua saúde e integridade. Devido à
importância e necessidade de garantia de segurança ao trabalhador, o foco deste
estudo refere-se à análise ergonômica no trabalho, direcionada as atividades
realizadas dentro dos escritórios. A Norma Regulamentadora (NR) 17 foi criada com
o intuito de promover a saúde e segurança do trabalhador. Sendo assim, adequá-la
aos mais diversos ambientes de trabalho é uma necessidade. O objetivo principal
deste estudo é trazer um pouco do contexto da NR-17, como a mesma pode ser
aplicada dentro de escritórios e os prejuízos causados pela falta de sua observância.
A metodologia usada para a elaboração deste estudo foi de Revisão Bibliográfica. A
Literatura deixa claro que o não cumprimento da NR-17 acarretou muitos prejuízos
aos colaboradores que exercem suas atividades em escritórios.
Palavras-Chave: Norma, regulamentadora, 17, Segurança, Trabalho.
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ABSTRACT
Work has always been a life practice of humanity. Since man exists, he takes with him
different forms of work. With the emergence of the industries, the forms of work began
be evidenced, since the activities began to be made more frequently and at a much
faster pace, a factor that caused serious damages to the employees of such industries.
The intense pace of work, the need for ever-increasing production, the lack of
standards and enforcement meant that many workers within industries crippled, even
when they did not die. The society underwent a great process of evolution, and faced
with this reality, many laws and legal documents created as a way to ensure that
workers carried out their activities with complete safety, while preserving their health
and integrity. Due to the importance and necessity of guaranteeing safety to the
worker, the focus of this study refers to the ergonomic analysis in the work, directed
the activities carried out inside the offices. Norma Regulamentadora (NR) 17 created
with the purpose of promoting the health and safety of the worker. Therefore, adapting
it to the most diverse work environments is a necessity. The main objective of this
study is to bring some of the context of NR-17, as it can applied within offices and the
damages caused by the lack of its observance. The methodology used for the
preparation of this study was Bibliographic Review. Literature makes it clear that non-
compliance with NR-17 has caused a great deal of damage to employees working in
offices.
Keywords: Regulatory, Standard, 17, Security, Job.
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
DORT - Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho
LER- Lesão Por Esforço Repetitivo
MT- Ministério do Trabalho
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego
MTPS – Ministério do Trabalho e Previdência Social.
NR – Norma Regulamentadora
SSMT – Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA ......................................................................... 11
1.1 Objetivo Geral ..................................................................................................... 12
1.2 Objetivos Específicos .......................................................................................... 12
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................... 14
2.1 Ergonomia ........................................................................................................... 14
2.1.1 Ergonomia em Relação a Abrangência ............................................................ 16
2.1.2 Ergonomia em Relação a sua Contribuição ..................................................... 16
2.1.3 Ergonomia em Relação a Interdisciplinaridade ................................................ 17
2.2 Norma Regulamentadora - 17 (NR) -17 .............................................................. 18
2.3 O Trabalho em Escritório e a Importância da NR- 17 .......................................... 28
3 METODOLOGIA ..................................................................................................... 32
4 RESULTADOS ....................................................................................................... 40
5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS ................................................................ 62
6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ............. 65
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 67
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1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
As indústrias surgiram com o propósito de aumentar a qualidade e a quantidade
da produção, bem como a lucratividade. Com as indústrias os homens passaram a
realizar os mais diversos tipos de atividades.
Inicialmente o ritmo de trabalho era intenso, os trabalhadores chegavam a ficar
quase o dia todo dentro das indústrias, as quais eram inicialmente locais escuros,
insalubres, sujo, cheio de insetos e animais. Além dos homens e mulheres algumas
crianças também realizavam as atividades.
Muitas pessoas devido à falta de higiene e segurança desses locais, vieram a
óbito, quando não acabavam mutiladas e assim inválidas para sempre.
Ao longo do tempo a sociedade passou por muitos processos evolutivos, assim
como as indústrias e os locais de trabalho. Surge assim uma sociedade altamente
teologizada e com o objetivo voltado para uma produção, com maior qualidade, uma
vez que o mundo passou a ser mais exigente, em relação aos bens de consumo.
Como forma de garantir uma produção de maior qualidade, investir no capital
humano dentro das organizações, tem sido o objetivo de toda empresa que deseja
manter-se no mercado de trabalho. Dentro desse contexto, a segurança e saúde dos
colaboradores passou a ser a estratégia principal da maioria das empresas atuais.
No entanto, para garantir que realmente as condições de trabalho, fossem
observadas, muitas normas e lei forma criadas com o intuito de realmente fazer valer
o direito dos trabalhadores.
É criada em 8 de junho de 1978, a Norma Regulamentadora 17 (NR 17) a qual
passou por algumas alterações e adequações. O objetivo dessa Norma
regulamentadora é garantir que os locais de trabalho sejam adaptados as condições
psicofisiológicas dos trabalhadores.
Assim, esse documento traz medidas a serem tomadas para que o local de
trabalho realmente seja adequado a realidade da função que cada colaborador deve
exercer, garantindo a saúde física e mental do mesmo.
A NR - 17 foca as especificações desde como devem ser os transportes de
cargas até o posicionamento e adequações das mobílias, como forma de não produzir
qualquer tipo de lesão ou dor ao trabalhador. A norma traz assuntos como devem ser
os locais de trabalho onde os colaboradores são deficientes, assim como devem ser
as horas de trabalho, determinada por lei.
12
A ergonomia é o assunto tratado dentro dessa normatização, assunto
importante que visa a condição física e mental do trabalhador associada à sua relação
com o trabalho, sendo assim, a ergonomia é nada mais do que uma ciência.
Um dos departamentos que tem cada vez mais buscado inserir as adaptações
ergonômicas a realidade do trabalhador são os escritórios. Tal fator se deve ao fato
do trabalho repetitivo desenvolvido pelos colaboradores.
O posicionamento dos colaboradores, bem como o trabalho repetitivo e outros
fatores tem ocasionado, de acordo com a literatura, sérios problemas os mesmos, e
muitos acabam sendo afastados de suas atividades, fator que acaba gerando grande
prejuízo para o escritório onde trabalha.
Os riscos existentes nesses locais de trabalho podem ser físicos ou
psicossociais. Em relação aos problemas psicossociais estão: o stress; a síndrome de
Burnout; violência no trabalho; assédio moral; assédio sexual e o conflito entre a vida
profissional e familiar. Já em relação aos problemas físicos, estão as lesões músculo
esqueléticas, como a Lesão por Esforço Repetitivo, o conhecido LER.
Embora a NR- 17 tenha sido feita como forma de diminuir os impactos causados
a saúde e segurança, provocados pelo trabalho aos colaboradores, é notório que
muitos departamentos, não adequam a normatização ao local de trabalho.
Dessa forma, a realização deste estudo, tem como justificativa trazer um pouco
do conteúdo da NR-17, bem como a sua importância para a adequação do trabalho
dentro dos escritórios e demais setores da sociedade, visto que a falta de observância
da ergonomia tem causado problemas de saúde e segurança para os colaboradores,
o que gera prejuízo constante para as empresas. Além disso conhecer o respaldo
ergonômico se faz necessário para os profissionais de segurança do trabalho e
colaboradores.
1.1 Objetivo Geral
Demonstrar a importância da observância e prática da NR-17, especificamente
dentro de escritórios, como forma de garantir a saúde e segurança do trabalhador.
1.2 Objetivos Específicos
Descrever alguns aspectos da NR- 17;
13
Identificar a importância de sua adequação para as atividades laborais
exercidas em escritórios;
Demonstrar alguns casos de prejuízos causados aos colaboradores pela falta
da inserção as NR - 17 ao local de trabalho.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Ergonomia
De acordo com TAVARES (2012) a palavra ergonomia, deriva das palavras
gregas “ergon” (trabalho) e “nomos” (regras), ou seja, regras do trabalho. A autora
esclarece que no país que deu origem a palavra, o trabalho apresentado tinha duas
especificações: o trabalho escravo, o qual era envolto de sofrimento e sem nenhuma
criatividade (nomos) e o trabalho resultado de criação, satisfação e motivação (ergon).
Conforme DUL e WEERDMEESTER (2004) a ergonomia é uma ciência voltada
para o projeto e trabalho de máquinas, equipamentos, sistemas e tarefas, cujo objetivo
principal e primordial melhorar a saúde, segurança, conforto e eficiência do trabalho.
TAVARES (2012) esclarece que o objetivo da ergonomia é transformar o
trabalho nomos em ergon. De acordo com COUTO (1995) a primeira definição de
ergonomia foi feita pelo cientista polonês Wojciech Jarstembowsky em 1857, no auge
da Revolução Industrial, e especificava a ergonomia como a ciência do trabalho, que
requer o entendimento da atividade humana em relação ao esforço, pensamento,
relacionamento e dedicação.
Segundo DUL e WEERDMEESTER (2004) a Associação Internacional de
Ergonomia (2010) define ergonomia como:
Ergonomia (ou fatores humanos) é uma disciplina científica que estuda as
interações dos homens com outros elementos do sistema, fazendo
aplicações da teoria, princípios e métodos de projeto, com o objetivo de
melhorar o bem-estar humano e o desempenho global do sistema. (DUL,
WEERDMEESTER, 2004, p.1).
Conforme TAVARES (2012) a ergonomia é uma ciência multidisciplinar, a qual
envolve aspectos ligados à anatomia, à fisiologia, à biomecânica, à antropometria, a
psicologia, à engenharia, ao desenho industrial, à informática, à administração, de
forma a proporcionar ao homem mais conforto, segurança e a eficiência em qualquer
atividade a ser desenvolvida.
Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia tem como função modificar os
sistemas de trabalho, afim de adequar a atividade de trabalho nele existente, as
características, as habilidades e as limitações das pessoas, para que haja
desempenho eficiente, confortável e seguro.
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A autora esclarece que a observância e prática da ergonomia tem sido um fator
de aumento de produtividade das empresas e da qualidade do produto. Além desses
aspectos a ergonomia tão importante para as empresas, vida um ponto essencial, que
é saúde de seus colaboradores.
De acordo com ILDA (2002) embora a ergonomia tenha se afirmado como
ciência em meados do século XX, a mesma sempre acompanhou o homem em suas
atividades, sempre com o objetivo de tornar as tarefas mais leves e prazerosas de
serem realizadas, fator importante para o aumento da produção e facilitação do
trabalho.
DUL e WEERDMEESTER (2004) afirmam que a ergonomia estuda vários
aspectos como:
A posturas e os movimentos corporais (em pé, sentados, empurrando,
puxando e levantando ou abaixando cargas);
Fatores ambientais como: ruídos, vibrações, iluminação, clima, agentes
químicos;
Informação: as quais são captadas pela visão, audição e outros sentidos;
Relação entre mostradores e controles, assim como os cargos e tarefas.
Segundo os autores, quando tais fatores são associados, o que se pode
esperar são ambientes cada vez mais saudáveis e seguros, confortáveis e eficientes,
seja no trabalho ou na vida cotidiana. Essa ciência reuniu, selecionou e integrou os
conhecimentos das áreas a qual somam-se para formar a sua especificação, e assim
descobriu e fez evoluir métodos e práticas para a aplicação do conhecimento na
melhoria do trabalho e nas condições de vida dos trabalhadores de toda a população
no geral.
ILDA (2002) esclarece que como forma de atingir seus objetivos, a ergonomia
estuda diversos aspectos do comportamento humano no trabalho como:
O homem: suas características físicas, fisiológicas e sociais; a influência do
sexo, idade, treinamento e motivação;
A Máquina: é preciso primeiro esclarecer o entendimento do que vem a ser
a máquina, e assim entende-se como máquina, todas as ajudas materiais
disponíveis ao homem, os quais são englobados os equipamentos,
ferramentas, mobiliários e instalações;
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O Ambiente: estuda-se dentro deste contexto as características do ambiente
físico no qual o homem está envolvido durante o seu trabalho, tais como: a
temperatura, os ruídos, as vibrações, luz, cor, gases e outros;
Informação: por esta entende-se como as comunicações existente entre os
elementos de um sistema, a transmissão de informações, o processamento
e a tomada de decisões;
Organização: é a somatória dos elementos acima citados, os quais
contribuem para o processo produtivo, onde se é estudado aspectos como
horários, turnos de trabalho e formação de equipes;
Consequências do Trabalho: nesse processo se incluem controles tais
como as tarefas de inspeção, estudos de erros e acidentes, estudos sobre
gastos energéticos, fadiga e stress.
TAVARES (2012) ressalta que a ergonomia pode ser classificada de acordo
com a sua abrangência, quanto a sua contribuição, quanto a sua interdisciplinaridade.
Dentro desse contexto é importante entender as suas classificações.
2.1.1 Ergonomia em Relação a Abrangência
De acordo com a autora, em relação a abrangência a ergonomia pode ser
classificada em:
Ergonomia de Posto de Trabalho: abordagem micro ergonômica;
Ergonomia de Sistemas de Produção: abordagem macro ergonômica.
2.1.2 Ergonomia em Relação a sua Contribuição
Ergonomia de Concepção: é a aplicação de normas e especificações
ergonômicas em projetos de ferramenta e postos de trabalho, fator que
ocorre antes da implantação;
Ergonomia de Correção: as correções dentro desse contexto acontecem no
posto de trabalho já existente;
Ergonomia de Arranjo Físico: nessa relação acontece a correção ou
melhoria de sequências e fluxos de produção, isso acontece através de
mudanças de layout de plantas industriais por exemplo;
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Ergonomia de Consciencialização: é a capacitação das pessoas em relação
aos métodos e técnicas de análise ergonômica do trabalho.
2.1.3 Ergonomia em Relação a Interdisciplinaridade
Engenharia: nesse processo devem ocorrer a análise e adaptação
ergonômica no projeto e produção, garantindo assim a saúde, segurança e
eficácia do ser humano no trabalho;
Design: essa relação é onde deve ocorrer a aplicação de normas e
especificações ergonômicas no projeto e design do produto;
Psicologia: treinamento, recrutamento e motivação pessoal;
Medicina e Enfermagem do trabalho: prevenção dos possíveis acidentes,
bem como as doenças ocasionadas pela relação com o trabalho;
Administração: relação com os projetos e mudanças organizacionais.
Independente da relação e da especificidade da ergonomia, a observância da
mesma se fez importante desde que as relações de trabalho foram estabelecidas.
COUTO (1995) esclarece que a necessidade de melhores condições e qualidade do
trabalho aconteceram desde a primeira Guerra Mundial, nos anos de 1914 a 1918,
nessa época foi fundada a Comissão de Saúde dos trabalhadores na Indústrias de
Munições.
Tal associação era formada inicialmente por fisiologistas e psicólogos. Após
alguns anos, ainda segundo o autor, essa comissão passou por mudanças e
transformou-se no instituto de Pesquisa sobre Saúde do Trabalho, a qual após a
reformulação ampliou seu campo de trabalho, e passou a realizar pesquisas de
abrangente e variáveis posturas do trabalho, carga manual, seleção, treinamento,
preocupação com os trabalhadores e com os aspectos físicos ambientais do trabalho,
como por exemplo: iluminação, ventilação e outras.
LIMA e CRUZ (2011) ressaltam que em 1950, a Organização Internacional do
Trabalho (OIT) em conjunto com a Organização Mundial da Saúde (OMS) visando a
fiscalização e a especificação de um trabalho com mais saúde e segurança, fizeram
a primeira definição da medicina do trabalho, a qual aborda que todo o trabalho deve
promover em seu mais alto nível o bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores,
seja em qualquer atividade exercida.
18
Como forma de fiscalizar as condições de trabalho, englobando muitos
aspectos, em 1978, o Ministério do Trabalho (MT) aprovou a portaria nº 3.124, a qual
especificou as Normas Regulamentadoras (NRs), as quais estão relacionadas à
Segurança e Medicina do Trabalho.
Dentro deste contexto, a importância e foco deste estudo se volta para a
necessidade da observância da NR - 17, a qual traz aspectos e especificações
voltadas para a ergonomia.
2.2 Norma Regulamentadora - 17 (NR) -17
Segundo o Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS) (1990) após a
portaria n° 3.124, a NR-17 passou por algumas reformulações com o objetivo de
atualizar a norma e adaptá-la as novas realidades de trabalho que surgem a todo
instante. As novas portarias foram a portaria de nº 3.751, de 1990, a portaria n.º 08,
de 30 de março de 2007, a portaria nº 9 de 30 de março de 2007 e a portaria n.º 13,
de 21 de junho de 2007.
De acordo com o MTE (1990) pela NR- 17 ficam especificados como devem
proceder em qualquer ambiente de trabalho: levantamento, transporte e descarga
individual de matérias; mobiliário de postos de trabalho; equipamentos dos postos de
trabalho; condições ambientais de trabalho, organização do trabalho. A NR - 17 ainda
traz o anexo I e II, os quais tratam respectivamente, o trabalho dos operadores de
checkout e o trabalho de tele atendimento/telemarketing.
O MTPS (1990) especifica na NR - 17 o seguinte a respeito do que a mesma
deve observar:
Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam
a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas
dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto,
segurança e desempenho eficiente. As condições de trabalho incluem
aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais,
ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de
trabalho e à própria organização do trabalho. Para avaliar a adaptação das
condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores,
cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a
mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido
nesta Norma Regulamentadora. Levantamento, transporte e descarga
individual de materiais (MTPS, 1990).
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Dentro do que foi exposto acima, fica claro a importância da observância da
norma como forma de realizar a análise ergonômica, sob o pretexto de se proporcionar
ao empregado, melhor qualidade de trabalho, onde seja fator primordial, a sua saúde
e segurança.
A NR- 17 segundo o MTPS (1990) especifica inicialmente, em seu documento,
como deve proceder o carregamento manual de cargas, fator importante uma vez que
a literatura aponta que em diversos setores, o carregamento feito de forma postural
incorreta, pode trazer sérios problemas ao trabalhador e consequentemente a
empresa ao qual está inserido.
A respeito do Carregamento de Cargas a NR - 17 esclarece que:
Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da
carga é suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o
levantamento e a deposição da carga.
Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de
maneira contínua ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte
manual de cargas.
Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a dezoito anos
e maior de quatorze anos.
Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um
trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua
segurança.
Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que
não as leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos
métodos de trabalho que deverá utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde
e prevenir acidentes.
Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas deverão ser
usados meios técnicos apropriados.
Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte
manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente
inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer a sua saúde
ou a sua segurança.
O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de
vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico
deverão ser executados de forma que o esforço físico realizado pelo
trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa
a sua saúde ou a sua segurança.
O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de
ação manual deverá ser executado de forma que o esforço físico realizado
pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não
comprometa a sua saúde ou a sua segurança (MTPS, 1990).
TAVARES (2012) esclarece que dentro do exposto acima, o transporte manual
de cargas somente deve acontecer, se o peso da mesma for suportado pelo
trabalhador. Pela norma também é especificado a idade mínima de trabalhador jovem.
20
Outro aspecto citado na norma é a respeito de que as cargas de peso considerável
devem ser realizadas através de equipamentos.
A NR- 17 também deixa claro que o peso a ser carregado por mulheres ou
trabalhadores jovens deve ser inferior ao suportado pelos homens. A norma a todo
momento especifica que o trabalho não deve prejudicar a saúde segurança do
trabalhador.
A figura 1 exemplifica como deve ser o local da movimentação das cargas. A
figura mostra como devem ser os cabos que prendem tais cargas, bem como deve
ser a disposição das cargas. Além do que a figura deixa claro que o local onde
acontece o transporte das cargas precisa ser devidamente sinalizado e os
trabalhadores devem sempre portar os equipamentos de segurança individual.
Figura 1: Especificação de segurança para a movimentação de cargas.
Fonte: http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/57/movimentacao-de-cargas-manual-ou-mecanizado-o-transporte-de-278071-1.aspx
Observando a figura 2 é possível perceber que todo o transporte manual das
cargas deve proceder sempre levando em consideração a postura. No primeiro
desenho fica claro que o trabalhador deve estar posicionado junto a carga, com os
pés afastados, seguindo a distância dos ombros. Para levantar a carga o tronco
precisa ser abaixado e os joelhos dobrados. A carga deve ser então segurada
21
firmemente e levantada de forma gradual, sempre mantendo os braços estendidos.
Ao caminhar transportando a carga é preciso que o trabalhador mantenha a mesma
junto ao corpo, e centralizada entre as pernas. Para colocar essa carga no chão é
preciso que o trabalhador realize o processo inverso.
Ainda dentro do contexto a respeito do transporte manual das cargas, a figura 2
demonstra como deve ser o posicionamento do trabalhador, quando o mesmo realiza
todo o processo de transporte da carga.
Figura 2: Posicionamento correto para o manuseio e transporte de cargas
Fonte: MARTINS, (2013).
Ao caminhar transportando a carga é preciso que o trabalhador mantenha a
mesma junto ao corpo, e centralizada entre as pernas. Para colocar essa carga no
chão é preciso que o trabalhador realize o processo inverso.
Segundo a NR- 17, de acordo com o MTPS (1990) se o peso da carga não for
suportado pelo trabalhador, o mesmo deverá utilizar ferramentas específicas para a
realização do transporte de tal carga.
A figura 3 traz alguns exemplos de carrinhos utilizados para o transporte de
cargas. Muitos locais de trabalho utilizam devido ao peso das cargas, os carrinhos de
transporte. Os mesmos são fortes e adaptados ao transporte de cargas com o peso
22
considerável. A presença de rodas nesses carrinhos torna o transporte mais leve e
mais rápidos das cargas.
Figura 3: Carros para Transporte de Cargas
Fonte: https://www.ferramentaskennedy.com.br/6160/carro-para-transporte-de-cargas-400-kg-tm26-marcon
Em seu contexto de acordo com o MTPS (1990) a NR - 17 também faz
ressalvas a respeito de como deve ser o mobiliário para que a saúde e segurança do
trabalhador seja preservada. A respeito do trabalho executado na posição sentado, a
NR - 17 a respeito do mobiliário afirma que:
Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de
trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição. Para trabalho
manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas,
escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de
boa postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes
requisitos mínimos:
a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo
de atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e
com a altura do assento;
b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador;
c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e
movimentação adequados dos segmentos corporais. (MTPS, 1990).
Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos
requisitos estabelecidos os pedais e demais comandos para acionamento
pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil
alcance, bem como ângulos adequados entre as diversas partes do corpo do
trabalhador, em função das características e peculiaridades do trabalho a ser
executado. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos
seguintes requisitos mínimos de conforto:
a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;
b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;
c) borda frontal arredondada;
d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região
lombar.
23
Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a
partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os
pés, que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador.
Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem
ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser
utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas (MTPS, 1990).
Segundo o MTPS (1990) através da NR - 17 fica claro a necessidade de que
os mobiliários sejam adequados a realidade de cada atividade a ser desempenhada.
A especificação se dá para que a postura seja mantida de forma adequada, e assim
sendo, faz especificações a respeito da altura em relação a superfície de trabalho,
para que o alcance visual seja adequado, além da facilidade da localização de suas
ferramentas de trabalho. A NR- 17 também faz ressalva a respeito da existência das
características dimensionais, uma vez que são importantes para o posicionamento e
movimentação adequados.
A figura 4 e 5 traz exemplos de mobiliários para quem realiza as atividades
laborais sentados ou em pé. As figuras mostram os valores a serem observados para
que a postura tanto no trabalho em pé quanto no trabalho sentado seja mantida.
A figura 4, mostra como deve ser os mobiliários para as pessoas que trabalham em
pé ou sentadas. É possível perceber que para algumas posturas e para o
posicionamento de alguns membros, como os braços por exemplo, as regras são as
mesmas.
Figura 4: Exemplo de posicionamento correto em pé e sentado
Fonte: http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_17.asp
24
A figura 4, mostra como deve ser os mobiliários para as pessoas que trabalham
em pé ou sentadas. É possível perceber que para algumas posturas e para o
posicionamento de alguns membros, como os braços por exemplo, as regras são as
mesmas.
A figura 5 traz a posição que deve ser respeitada para a qualidade no trabalho,
para quem o faz sentado e a frente de computadores. A disposição de mobiliários
somados a postura correta, são de extrema importância para que a ergonomia seja
mantida, garantindo assim a saúde do trabalhador.
Figura 5: Exemplo de posicionamento correto em frente ao computador.
Fonte: https://solinemoveis.com.br/nr-17-ergonomia/
ORSELLI (2004) destaca que a postura é um aspecto fundamental e que
apresenta grande importância na observância da NR- 17. De acordo com o autor,
quando o trabalho acontece em um ambiente ergonomicamente errado, a tendência
é que o trabalhador tenha fadiga e dores, fatores que o levam a ter sérios problemas
de saúde, especialmente porque a postura incorreta traz graves problemas de coluna,
fator que segundo a literatura é um dos problemas de saúde que mais originam
afastamentos.
De acordo com o MTPS (1990) a NR - 17 também traz esclarecimentos a
respeito de como devem ser de forma ergonômica dispostos os equipamentos dos
postos de trabalho e assim especifica:
25
Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar
adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à
natureza do trabalho a ser executado. Nas atividades que envolvam leitura
de documentos para digitação, datilografia ou mecanografia deve:
a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado
proporcionando boa postura, visualização e operação, evitando
movimentação freqüente do pescoço e fadiga visual;
b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo
vedada a utilização do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que
provoque ofuscamento.
Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com
terminais de vídeo devem observar o seguinte:
a) condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do
equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e
proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador;
b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao
trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas;
c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de
maneira que as distâncias olho tela, olho teclado e olho-documento sejam
aproximadamente iguais;
d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável.
Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados com
terminais de vídeo forem utilizados eventualmente poderão ser dispensadas
as exigências previstas observada a natureza das tarefas executadas e
levando-se em conta a análise ergonômica do trabalho. (MTPS, 1990).
De acordo com TAVARES (2012) o contexto da NR - 17 especificado acima,
traz exemplos de como devem ser posicionados de forma ergonômica alguns
aparelhos que devem ser utilizados pelo trabalhador. Em geral a NR- 17 especifica o
uso de aparelhos de informática, em especial do computador.
COUTO (2002) esclarece que a NR- 17 além de aspectos como a postura e a
disposição dos mobiliários, traz conceitos de como devem ser as condições
ambientais de trabalho. O ambiente favorável a realização do trabalho é um aspecto
de grande valia, quando se busca a realização de um trabalho de qualidade, onde seja
promovida a saúde e segurança.
Conforme o MTPS (1990) a respeito da ergonomia em relação as condições
ambientais, a NR - 17 especifica:
As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às
características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a
ser executado. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que
exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de
controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de
projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de
conforto:
26
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma
brasileira registrada no INMETRO;
b) índice de temperatura efetiva entre 20º C (vinte) e 23º C (vinte e três graus
centígrados);
c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s;
d) umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento.
Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou
artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade. A
iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa. A iluminação
geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar
ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.Os
níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho
são os valores de iluminância estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira
registrada no INMETRO. A medição dos níveis de iluminamento previstos no
subitem deve ser feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual,
utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do
olho humano e em função do ângulo de incidência. Quando não puder ser
definido o campo de trabalho previsto, este será um plano horizontal a 0,75m
(setenta e cinco centímetros) do piso. (MTPS, 1990).
A respeito de como deve ser as condições ambientais, a NR- 17 esclarece
como devem ser as condições de ruídos, bem como s temperaturas dentro dos
ambientes onde as atividades são realizadas, especifica também como deve ser a
umidade do ar no local, além do parâmetro para a velocidade do mesmo. Outro
aspecto observado pela NR - 17 se dá a respeito de como deve ser a iluminação do
local.
FALZON (2006) ressalta que as condições ambientais são extremamente
importantes para o desenvolvimento de um trabalho de qualidade. Um ambiente
saudável é capaz de proporcionar saúde e segurança ao trabalhador.
Segundo o MTPS (1990) a NR - 17 também traz especificado em seu contexto
como deve se dar a organização do trabalho e ressalta
A organização do trabalho deve ser adequada às características
psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração,
no mínimo:
a) as normas de produção;
b) o modo operatório;
c) a exigência de tempo;
d) a determinação do conteúdo de tempo;
e) o ritmo de trabalho;
f) o conteúdo das tarefas.
Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do
pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da
análise ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte:
27
a) todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de
remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração
as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores;
b) devem ser incluídas pausas para descanso;
c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou
superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um
retorno gradativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao
afastamento.
Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, salvo o
disposto em convenções e acordos coletivos de trabalho, observar o
seguinte:
a) o empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos
trabalhadores envolvidos nas atividades de digitação, baseado no número
individual de toques sobre o teclado, inclusive o automatizado, para efeito de
remuneração e vantagens de qualquer espécie;
b) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser
superior a 8.000 por hora trabalhada, sendo considerado toque real, para
efeito desta NR, cada movimento de pressão sobre o teclado;
c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite
máximo de 5 (cinco) horas, sendo que, no período de tempo restante da
jornada, o trabalhador poderá exercer outras atividades, observado o
disposto no art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não
exijam movimentos repetitivos, nem esforço visual;
d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de
10 minutos para cada 50 minutos trabalhados, não deduzidos da jornada
normal de trabalho;
e) quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou
superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção em relação ao número
de toques deverá ser iniciada em níveis inferiores do máximo estabelecido na
alínea "b" e ser ampliada progressivamente. (MTPS, 1990).
Além do que especifica a NR- em todo o seu contexto, em relação a ergonomia
nos locais de trabalho, essa norma regulamentadora traz como anexo I e II, como
deve ser a postura dos trabalhadores que operam em checkout e em telemarketing.
As especificações da NR- 17 e a sua observância são extremamente
importantes para que todo e qualquer lugar de trabalho seja agradável e de qualidade,
onde o trabalhador possa desenvolver seu trabalho sem nenhum prejuízo a sua saúde
e segurança.
TAVARES (2012) esclarece que a prática e a observância da NR- 17 é de
extrema importância para as atividades executadas em escritórios, uma vez que os
tópicos da norma regulamentadora apresentam itens que são em sua maioria
necessários para que sejam aplicados dentro destes estabelecimentos.
28
2.3 O Trabalho em Escritório e a Importância da NR- 17
Segundo TAVARES (2012) o trabalho realizado em escritórios, precisam ser
amplamente fiscalizados, uma vez que as adaptações ergonômicas são
extremamente importantes para a realização de um trabalho saudável e de qualidade.
A autora destaca que os trabalhadores que desenvolvem suas atividades
laborais em escritório estão submetidos a diversos fatores de riscos, como os riscos
psicossociais, além de algumas doenças as quais ocasionam lesões músculo
esqueléticas, como por exemplo a Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e os Distúrbios
Ortomoleculares Relacionados ao Trabalho (DORT).
De acordo com BRASIL (2001) as afecções musculoesqueléticas, as quais são
relacionadas ao trabalho, tornaram-se conhecidas como LER, e representam o
principal grupo de doenças entre as doenças ocupacionais em nosso país. Essas
afecções são preocupantes uma vez que o crescimento das mesmas tem sido
considerável em vários países do mundo, com dimensões epidêmicas em diversas
categoria profissional.
Conforme o Ministério da Saúde (MS) (2016) a Instrução Normativa INSS/DC
Nº 98 – de 05 de dezembro de 2003 (Anexo 04), traz como conceito de LER/DORT
uma síndrome relacionada ao trabalho, e apresenta os seguintes sintomas descritos:
dor, parestesia, sensação de peso, fadiga de aparecimento insidiosos, que ocorre
geralmente nos membros superiores, embora possa acontecer também nos membros
inferiores. As causas que dessas lesões podem ser temporárias ou permanentes.
Segundo BELLUSCI (2003) tais doenças são resultado das combinações da
sobrecarga das estruturas anatômicas do sistema osteomolecular, com falta de tempo
para recuperação. O autor esclarece que a LER/DORT não é uma doença
propriamente dita, mas a caracterização usada para designar um grupo de doenças
osteomoleculares e repercussões sócio psicológicas, os quais possuem em comum o
fato de terem se originado devido a condições inadequadas do trabalho.
TAVARES (2012) ressalta que esses nomes são dados para quadros clínicos
os quais podem aparecer isoladamente ou associados um ao outro, tais como:
cervicobraquialgia, mialgia, tenossinovite, tendinite, epicondilite, peritendinite, bursite,
sinovite, síndrome da tensão do pescoço, síndrome do túnel do carpo, cisto sinovial,
síndrome do desfiladeiro torácico, entre outros.
29
Segundo BRASIL (2001) há um grupo heterogêneo de distúrbios funcionais
e/ou orgânicos que apresentam as seguintes características:
Indução por fadiga neuromuscular, causada por: trabalho realizado em
posição fixa (trabalho estático) ou com movimentos repetitivos,
principalmente de membros superiores; falta de tempo de recuperação pós-
contração e fadiga;
Quadro clínico variado incluindo queixas de dor, formigamento, dormência,
choque, peso e fadiga precoce;
Presença de entidades ortopédicas definidas como: tendinite, tenossinovite,
sinovite, peritendinite, em particular dos ombros, cotovelos, punhos e mãos;
epicondilite, tenossinovite estenosante (De Quervain), dedo em gatilho,
cisto, síndrome do túnel do carpo, síndrome do túnel ulnar (nível de
cotovelo), síndrome do pronador redondo, síndrome do desfiladeiro
torácico, síndrome cervical ou radiculopatia cervical, neurite digital, entre
outras;
Presença de quadros em que as repercussões são mais extensas ou
generalizadas: síndrome miofascial, mialgia, síndrome de tensão do
pescoço, distrofia simpático-reflexa, síndrome complexa de dor regional. O
trabalho em frente ao computador tem sido apontado como a principal causa
das afecções conhecidas como LER/DORT. (BRASIL, 2001)
No entanto MAGALHÃES (2009) e BELLUSCI (2003) ressalta que existem
estudos que mostram que muitos podem ser os fatores existentes no trabalho e que
contribuem diretamente para a incidência dessas doenças como: fatores
biomecânicos, psicossociais e fatores ligados à psicodinâmica do trabalho.
De acordo com BRASIL (2001) entende-se como fatores biomecânicos a
repetitividade dos movimentos, bem como a manutenção das posturas inadequadas,
o esforço físico e a invariabilidade das tarefas. Já os fatores psicossociais, são os
relacionados as interações hierárquicas com as chefias, e as interações coletivas, as
quais são regidas por traços de personalidades e individualidade de cada um, que
muitas vezes não combinam. Já em relação aos fatores à psicodinâmica do Trabalho,
são os fatores relacionas a maneira de como o trabalhador organiza suas atividades.
Conforme BRASIL (2001) os sintomas de LER/DORT são muitos e diferentes,
destacando-se:
30
Dor espontânea ou à movimentação passiva, ativa ou contra resistência;
Alterações sensitivas de fraqueza, cansaço, peso, dormência,
formigamento, sensação de diminuição, perda ou aumento de sensibilidade,
agulhadas, choques;
Dificuldades para o uso dos membros, particularmente das mãos, e, mais
raramente, sinais inflamatórios e áreas de hipotrofia ou atrofia (BRASIL
2001)
MAGALHÃES (2009) esclarece que essas doenças muitas vezes são de
difíceis diagnósticos, geralmente apresentam casos subagudos e crônicos. Dentro
deste contexto a LER/DORT tem sido fator de diversos questionamentos, embora
essas doenças apresentem evidências epidemiológicas e ergonômicas. Segundo o
autor o termo DORT não é aceito como diagnóstico clínico, e assim precisa ser mais
específico, definindo-se assim qual a doença está sendo relatada, e deve constar no
Laudo de Exame Médico (LEM).
Em relação aos riscos psicossociais MORAES (2010) ressalta que os mesmos
são resultados das condições de trabalho e das suas interações sociais. Os principais
riscos são: stress profissional; Síndrome de Burnout; Violência no Trabalho; Assédio
Moral no Trabalho; Assédio Sexual no trabalho e conflito entre a vida profissional e
vida familiar.
Conforme SOBRAL (2017) os escritórios com a falta de observância das regras
de ergonomia, tem causado sérios prejuízos aos trabalhadores. De acordo com a
autora, nesses locais os riscos de acidentes e doenças de trabalho são claramente
percebidos. A LER por exemplo é atualmente segundo a autora um grande problema
observado, fator que tem também ocasionado o afastamento de muitos trabalhadores
de seus empregos. Ainda de acordo com o autor muitos empregados de escritórios
acabam sofrendo as “agressões” da disposição incorreta dos mobiliários. A doenças
e acidentes dentro desses ambientes, segundo a autora, também são frequentes. A
mesma cita outra doença ocasionada pela falta da prática ergonômica dentro destes
setores, a dorsalgia, é por exemplo a terceira causa dos afastamentos, segundo a
Previdência Social.
MOTTA (2009) afirma que a má postura do trabalhador e a falta de um ambiente
ergonomicamente adaptado para as suas condições de trabalho é um problema
frequente. Segundo o autor o trabalhador que realiza suas atividades frente ao
computador, por 8 horas diárias, tende a apresentar problemas sérios de coluna. O
31
autor afirma que os movimentos repetitivos e sem pausas, onde o trabalho acaba
sendo realizado durante longo tempo e na mesma posição prejudica seriamente a
saúde do trabalhador, a qual pode se estender a parte músculo esquelética e mesmo
aos órgãos da visão.
COUTO (2002) ressalta que o stress físico é um fator constante de quem
trabalha quase sempre sentado e realizando as mesmas atividades por horas. O autor
esclarece que o stress físico é responsável pelo surgimento de hérnias de disco,
tendinites ocupacionais e contraturas musculares.
TAVARES (2012) ressalta que o tema ergonomia é importante ser discutido em
relação ao trabalho realizado nos escritórios e afirma essa importância pela
vulnerabilidade do ambiente.
Segundo SOBRAL (2017) a análise de risco deve ser feita nos setores
administrativos. A autora ressalta que a análise nesses locais deve ser realizada em
duas etapas, uma é a análise qualitativa, a qual é uma avaliação preliminar, a outra é
a avaliação quantitativa, é uma análise que mede, compara e estabelece as medidas
de controle a serem tomadas.
32
3 METODOLOGIA
Este estudo constitui-se de uma revisão de literatura, a qual foi realizada entre
o período de janeiro a outubro de 2017. Para a realização da pesquisa foi primeiro
determinada a problemática, ou seja, a questão a qual o trabalho buscava solucionar.
A pergunta norteadora era quais os prejuízos causados pela falta da observância da
NR - 17.
Para a estruturação da pesquisa foram consultados o Google Acadêmico e a
base de dados SciELO, onde foram encontrados sites livros, artigos e documentos
legais que traziam o assunto pesquisado de forma clara e objetiva.
Ao total foram encontrados 8 artigos, 2 teses de mestrado, sites e 1 livro que
abordam o tema. As palavras chaves foram: Ergonomia; Ergonomia no Escritório, NR-
17; A Importância da Ergonomia para Saúde e Segurança do Trabalhador.
Além dos artigos, sites, livros, a Norma Regulamentadora - 17, foi consultada
como forma de mostrar as especificações trazidas por ela, e que devem ser colocadas
em práticas por todo local de trabalho, com o objetivo principal de manter a saúde e
segurança do trabalhador e de todos que possam fazer parte do local onde as
atividades laborais sejam realizadas.
As figuras dispostas no trabalho foram obtidas através de pesquisas realizadas
no Google, tais figuras eram parte de trabalhos dispostos em sites.
O trabalho de TAVARES (2012) buscou mostrar as relações entre a falta de
observância da ergonomia com as incidências de lesões músculo esqueléticas. A
autora cita que como forma de responder às perguntas de investigação apresentada
na problemática do trabalho, para o estudo foi desenvolvida a metodologia constituída
de duas etapas.
A primeira etapa foi o processo de revisão de literatura, tal fator foi necessário
para fundamentar o assunto. Após essa análise começou-se a elaborar o trabalho
propriamente dito, sempre buscando através desse estudo responder as perguntas
que fundamentaram o trabalho.
Conforme COUTO (2002) para isso foi feita a coleta de informações, através
do processo de investigação quantitativa, a qual se baseia na utilização de
instrumento e recolha de dados. A coleta de dados aconteceu através da aplicação
de quatro questionários, os quais foram respondidos pelos trabalhadores da sede de
AdZC.
33
Neste caso não houve necessidade de se realizar a escolha da amostra, pois
toda a população que trabalha nos escritórios da empresa respondeu ao questionário.
Os instrumentos aplicados foram a Check list de “Lima e Coelho, 2011”, o questionário
“ISTAS 21 (CoPsoQ) versão curta”, o “DASH Portugal, 2005” e a Diagrama de “Corlett
e Manenica, 1980”.
TAVARES (2012) ressalta que os instrumentos CoPsoQ e DASH são
questionários que se constituem da coleta de informações através de questões
escritas, as quais podem ser respondidas anonimamente. A autora esclarece que
esse método é de grande valia, uma vez que possibilita a obtenção de um grande
número de informações rápidas e simples, e pode ser aplicado em um curto espaço
de tempo.
Segundo a autora, após a recolha dos dados, os mesmos foram introduzidos e
estudados, através de dois programas estatísticos, o Statistical Package for the Social
Sciences (SPSS) e o STATA. Após se filtrarem e organizarem os diversos resultados,
foi realizada a fase de interpretação e discussão, o que permitiu retirar as conclusões
determinantes que fundamentaram a parte final do estudo em questão.
A respeito da proposta de melhoria de Reverberação Acústica proposta no
trabalho, a autora ressalta que a metodologia foi definida em duas partes. A primeira
foi de revisão bibliográfica sobre o tema e a segunda parte trouxe o estudo de caso.
Para o estudo de caso, foi feita a recolha dos dados, os quais foram feitos
através da medição dos ruídos. Após essa etapa foram calculados os tempos de
reverberação final e inicial (sem tratamento acústico e com proposta de tratamento
acústico respectivamente) do local selecionado.
SOUZA (2014) trouxe em seu estudo a ergonomia aplicada em escritórios de
engenharia. O trabalho é um estudo descritivo, exploratório, de caráter qualitativo. Os
métodos utilizados para a realização do presente trabalho foram fundamentados de
forma a alcançar os objetivos dispostos estabelecidos para a realização desse estudo.
Segundo o autor como forma de fazer a elaboração da fundamentação teórica,
foi necessário a realização da revisão bibliográfica, especializada e atualizada sobre
o assunto. O autor esclarece que a informações levantadas foram de fundamental
importância para a estruturação do estudo em questão. Seu estudo foi realizado em
uma empresa do setor de Geologia e Engenharia Ambiental, a qual se localiza em
Curitiba, no Paraná. A empresa desenvolve o trabalho de prestação de serviços de
34
Investigação de Passivos Ambientais, Diagnóstico e Remediação Ambiental. A
empresa tem dois escritórios, ambos localizados na cidade de Curitiba.
GRÜNSPAN (2005) esclarece que existe a unidade A e B. Na primeira unidade
são realizadas as atividades de elaboração de relatórios e suporte técnico das equipes
do campo. Já na unidade B, acontece o desenvolvimento do apoio operacional,
logístico, financeiro e de recursos humanos.
Para a elaboração da pesquisa, SOUZA (2014) afirma que foram realizados
levantamentos de dados, onde forma analisados 20 postos de trabalho, locados na
unidade A, e 10 postos de trabalho locados na unidade B.
Nas unidades, como uma parte da análise ergonômica foram realizadas
medições dos ruídos. A realização da medição ocorreu em 30 funcionários, sendo 20
da unidade A e 10 da unidade B. para cada um dos postos de trabalho, foram
consideradas 3 medições.
O autor do estudo enfatiza que cada uma das medições foi realizada em dias
distintos, todas no período da tarde, entre as 16:00 e 17:30 horas. Para a avalição do
ruído foram utilizados instrumento medidor de nível de pressão sonora “decibelímetro”
da marca Instrutherm, modelo SL-4011.
TAVARES (2012) ressalta que no momento das medições o aparelho foi
programado para operar no circuito de compensação “A” e de resposta lenta (slow).
Conforme SOUZA (2014) para a análise ergonômicas das medições de
iluminância, o procedimento foi realizado em 30 postos de trabalho da empresa, 20
da unidade A e 10 da unidade B. em cada posto foi considerada 1 medição. O horário
da coleta de dados, foi o mesmo que aconteceu para a medição dos ruídos.
Para verificar os valores de iluminância, utilizou-se um aparelho luxímetro
digital da marca Instrutherm, modelo LDR-380. Durante a coleta dos dados o luxímetro
foi posicionado sobre a mesa de computador em cada posto de trabalho.
De acordo com JULIÃO (2009) ressalta que também foi realizado como forma
de análise ergonômica a avaliação da postura dos trabalhadores das unidades. A
coleta incluiu 22 trabalhadores, 15 da unidade A e 7 da unidade B. Inicialmente a
análise foi realizada através de registro fotográfico, onde foram registrados cada
trabalhador atuando em seu posto de trabalho
O autor afirma que após a coleta da foto de cada trabalhador em análise
postural, as mesmas foram analisadas e inseridas no software Ergolândia. Esse
software, possui diferentes tipos de métodos avaliativos de situação postural.
35
SOUZA (2014) em seu trabalho optou pelo método Rapid Upper Limb
Assessment (RULA), onde é possível realizar a análise postural considerando as
posturas dos braços, antebraços, pescoço, tronco e pernas, além de considerar o uso
da musculatura dos membros superiores e inferiores e a carga.
Segundo NEKATSCHALOW et al., (2009) sua pesquisa relacionada ao trabalho
e observância da NR - 17 em escritórios, teve como metodologia revisão bibliográfica
e estudo de caso. A revisão bibliográfica foi estruturada com base em artigos
disponibilizados na internet, bem como a biblioteca do Campus Uvaranas da
Universidade Estadual de Ponta Grossa.
De acordo com os autores, após o levantamento bibliográfico, começou a ser
feito o delineamento da pesquisa de dados. Inicialmente definiu-se as variáveis a
serem trabalhadas. A variável escolhida foi homem, utilizou-se a antropometria e no
variável sistema os postos de trabalho. Os autores esclarecem que devido à falta de
conhecimento, e a complexidade em realizar as medidas antropométricas, os autores
buscaram informações de estaturas em academias de ginástica de Ponta Grossa.
NEKATSCHALOW et al., (2009) esclarecem que o tipo de amostragem foi
estratificado. Tais amostras foram coletadas em academias do centro e dos bairros
da cidade de Uvaranas e do Jardim Carvalho.
Levou-se em conta o fato de que os frequentadores das academias eram
pessoas de classe social A, B e C, os quais se enquadram perfeitamente como
trabalhadores de escritórios. A faixa etária escolhida ficou entre 18 e 40 anos, para os
dois sexos.
A coleta das medidas foi realizada antes das pessoas começarem a frequentar
as academias, ou seja, antes de qualquer preparo físico. As medidas foram realizadas
com as pessoas descalças. A mostra constitui-se dos dados fornecidos pelas
academias. Os dados coletados foram submetidos as análises estatísticas a
comparados com as bibliografias e normas existentes, para que as conclusões fossem
devidamente descritas.
O trabalho de GRÜNSPAN (2005) traz a análise ergonômica dentro de um
escritório de contabilidade. Os resultados foram tabulados, após a aplicação de um
questionário aos 20 funcionários de um escritório de contabilidade de Santa Maria,
Rio Grande do Sul. De acordo com o autor, as perguntas contidas nos questionários
eram referentes ao ambiente de trabalho ao qual estavam inseridos esses
36
funcionários, as perguntas também estavam relacionadas a qualidade de vida no local
das atividades laborais e os distúrbios osteomusculares.
Questionário de Dor McGill, versão adaptada e resumida de Ronald Melzack.
Dados da pesquisa “Qualidade de Vida na Região Metropolitana”, efetuada pelo
Centro de Estudos e Pesquisas em Administração (CEPA) da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 1999, e do Instrumento de Avaliação de
Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde (OMS) World Health
Organization Quality of Life (WHOQOL-100).
O autor destaca que através dos dados obtidos, foi empregada, uma análise
descritiva de ordem nominal, quantificando e descrevendo as características da
população a qual o questionário foi aplicado, com base nas informações coletadas.
Para a tabulação e organização dos dados foi utilizada a planilha Microsoft Excel.
KIPPER e MORO (2008) realizaram sua pesquisa em um escritório de trabalho
voltados para atividades de informática. O trabalho dos autores constitui-se em uma
pesquisa realizada em um escritório de informática de Novo Hamburgo, localizado no
Estado do Rio Grande do Sul. Segundo os autores, as tarefas realizadas nesse
escritório são instalação e suporte a software de contabilidade. A empresa possui dois
funcionários, um deles tem 25 anos e trabalha na empresa há 3 anos e 6 meses, o
outro tem 20 anos e trabalha na empresa há 2 anos e 10 meses. Ambos são do sexo
masculino e estão cursando graduação em informática.Os autores esclarecem que
para este estudo foi utilizado o método da Análise Macroergonômia do Trabalho
(AMT).
GUIMARÃES (1999) esclarece que este método é um método participativo,
onde o trabalhador contribui de forma direta para o encontro de soluções
ergonômicas, fator responsável por o motivar e despertar interesse a respeito do
assunto.
Juntamente com a AMT foram aplicados testes auxiliares como o RULA (Rapid
Upper Limb Assessment) para avaliar DORTs, principalmente em membros
superiores. Também foi utilizado o NASA-TLX o qual avalia a percepção que as
pessoas têm em relação ao esforço mental que utilizam para desenvolver sua
atividade laboral.
Segundo CORRÊA (2001) o NASA-TLX é um instrumento de escala
multidimensional, sendo constituído por sub escalas, as quais são relacionadas ao
item principal. Esse instrumento relaciona a carga mental significa que é composta por
37
sub escalas que relacionam ao item principal. Este instrumento relaciona a carga
mental de trabalho com 6 sub escalas: Exigência mental, exigência física, exigência
temporal, Níveis de Realização (Performance), Esforço e Frustração.
O autor acima citado, esclarece que o NASA-TLX é divido em duas partes. A
primeira parte apresenta uma divisão de 15 pares possíveis de uma combinação entre
as sub escalas, onde o usuário deve assinalar apenas uma opção em cada par. Na
segunda parte do teste, a pessoas deve marcar sua percepção em relação aos seis
itens exigidos. Tal escala possui 12 cm, divididos em 20 partes iguais, e cada parte
tem o valor de 5, sendo que a escala total deve ter o valor de 0 a 100.
KIPPER e MORO (2008) ressaltam que o primeiro procedimento utilizado antes
da pesquisa, foi reunir os funcionários da empresa e mostrar aos mesmos a explicação
dos projetos ergonômicos. Após isso foi feito o agendamento de uma reunião, para
que os funcionários respondessem ao questionário, também foi feita uma análise do
local de trabalho, comparando com as necessidades ergonômicas.
Os autores ressaltam que na entrevista a primeira pergunta, era a respeito de
como os trabalhadores enxergavam seu local e suas condições. Após a listagem e
separação de todos os itens ergonômicos, foi elaborado um questionário para a
entrevista aberta, como forma de saber quais itens de demanda ergonômica deveriam
ser tratados com prioridade. O questionário foi dividido em 6 perguntas, as quais
abrangiam: risco a saúde; organização do trabalho; posto de trabalho; conteúdo do
trabalho; ambiente de trabalho, nível de ruído.
Os autores afirmam que para a conclusão de seus estudos, após a tabulação
das respostas dos dois funcionários, foi realizada a média aritmética dos itens, como
forma de elencar as prioridades a serem realizadas no projeto ergonômico.
Após os dados organizados em tabelas, as mesmas foram apresentadas aos
funcionários, para que confirmassem se os itens marcados, realmente correspondiam
a realidade e se o grau de dificuldade de implementação estava de acordo com as
possibilidades estruturais e financeiras da empresa. Após esses procedimentos, foi
concluída a tabela final com os itens da demanda ergonômica. A partir desta, é
necessário fazer um diagnóstico mais profundo, que contemplem realmente os itens
que haja necessidade mais urgente, e assim sejam, obtidas soluções para os
problemas de ordem ergonômica.
PIRES et al., (2013) realizaram uma pesquisa em um escritório voltados para o
atendimento das atividades, de cunho de informática. A pesquisa foi do tipo descritiva,
38
com abordagem quantitativa, a qual utilizará para a elaboração dos resultados
respaldo estatístico na tradução das opiniões e informações a serem coletadas.
Segundo os autores, será realizada uma pesquisa de campo, com coleta de
dados. A mesma será realizada através de amostragem não probabilística, a qual será
feita por meio da aplicação de um questionário com os funcionários do escritório do
CaicTic. As perguntas eram fechadas, cujo objetivo era identificar o perfil demográfico
dos colaboradores e seu conhecimento sobre ergonomia e ginástica laboral. O
fundamento principal desta pesquisa foi avaliar os aspectos ergonômicos do ambiente
de trabalho, onde o propósito era verificar o tempo de utilização dos computadores, à
adequação da tela do monitor, o tipo de mouse, as cadeiras e a utilização dos apoios
de pés e punhos.
TAVARES (2012) destaca que seu estudo foi realizado dentro de uma empresa,
onde buscou-se avaliar a função e condições de trabalho do assistente administrativo.
A pesquisa enquadra-se como estudo de caso, onde forma avaliados e diagnosticados
quantitativamente o posto de trabalho de escritório sob dois pontos fundamentais:
antropometria e natureza do trabalho.
De acordo com a autora, em um primeiro momento foram realizados
levantamentos quantitativos do mobiliário e de seus usuários, e depois a avaliação
qualitativa. A investigação para a elaboração do estudo, foi inicialmente precedida de
uma etapa de pesquisa bibliográfica, como forma de sintetizar as recomendações
quantitativas e qualitativas das principais legislações, nacionais e internacionais a
respeito dos critérios ergonômicos definidos para o trabalho em escritórios.
A pesquisa realizada por Silva e Lucas (2009) se caracterizou como
exploratória, utilizando o método descritivo com aplicação de estudo de caso, com uso
de técnicas quali-quantitativa. Além da pesquisa qualitativa, é abordada a pesquisa
quantitativa. Para Greenhalgh e Taylor (apud PEREIRA, 2001) a pesquisa
quantitativa, deve ser utilizada como uma ideia (frequentemente utilizada como uma
hipótese) com a qual, através de medidas de dados e por dedução, chega-se a uma
conclusão.
Este tipo de abordagem é utilizado para responder perguntas de pesquisa
simples, precisas e confiáveis que permitem uma análise estatística. A pesquisa foi
realizada em Biblioteca Universitária privada na região da Grande Florianópolis, Santa
Catarina. O universo populacional da presente pesquisa foi constituído pelos 9
trabalhadores da Unidade de Informação. Os dados primários foram coletados por
39
meio de um questionário estruturado, com perguntas abertas e fechadas respondidas
pelos trabalhadores da Unidade de Informação. Os dados foram analisados através
de uma análise estatística simples levando em consideração os percentuais das
respostas, a entrevista semi-estruturada e o uso da revisão de literatura.
A análise da percepção dos diferentes funcionários sobre as condições do
ambiente de trabalho foi retirada das entrevistas baseadas nas respostas dos
mesmos. Segundo Kahn e Cannel (apud MINAYO, 1992) a entrevista é definida como
uma conversa a dois, feita por iniciativa do entrevistador, destinada a fornecer
informações pertinentes para um objeto de pesquisa, e entrada pelo entrevistador em
temas igualmente pertinentes com vistas a este objetivo.
40
4 RESULTADOS
Os primeiros resultados do trabalho de TAVARES apresentam resultado de
quatro questionários, respondidos pelos 32 funcionários, aos quais os trabalhadores
dos postos de trabalho foram submetidos.
A tabela 1, traz a quantidade de funcionários do sexo feminino e masculino bem
como a idade, o nível de adequação postural, o domínio ao sentar e layout. A tabela
serve para destacar e mostrar melhor os dados coletados.
Tabela 1: Avaliação da postura, do domínio de sentar e do Layout
PT Gênero Idade Postura Domínio ao sentar
Equipe posto de Trabalho
Layout Total
1 F 36-45 2 11 10 3 25
2 F 26- 35 1 12 6 4 23
3 M 26 -35 1 10 9 3 23
4 M 46- 55 1 14 8 3 26
5 F 26-35 1 11 9 3 24
6 F 26-35 1 10 9 4 24
7 M 46-55 2 11 7 3 23
8 F 26-35 2 10 9 3 24
9 F 46-55 0 14 10 2 26
10 F 36-45 2 11 7 4 24
11 F 36-45 1 11 8 3 23
12 F 36-45 2 11 8 2 23
13 F 36-45 1 11 10 4 26
14 M 26-35 0 12 7 5 24
15 M 26-35 2 11 7 5 25
16 M 36-45 1 11 9 3 24
17 M 46-55 0 11 9 2 22
18 M 26-35 0 14 7 4 25
19 M 26-35 2 11 8 4 25
20 M 36-45 2 10 9 3 24
21 F 36-45 1 12 7 4 24
22 M 26-35 1 10 9 3 23
23 M 36-45 1 14 7 4 26
24 F 26-35 0 11 7 4 22
25 F 26-35 1 12 9 3 25
26 F 36-45 0 12 8 3 23
27 M 36-45 1 12 8 3 24
28 F 36-45 0 14 8 4 26
29 F 26-35 1 8 9 3 21
30 F 36-45 2 7 7 3 19
31 M 36-45 1 8 8 2 19
32 M 36-45 0 10 10 2 22 Fonte: Tavares (2012)
41
Em relação a ergonomia ao sentar, 14 funcionários apresentavam a postura
correta, os outros 18 deixavam a desejar. Em relação aos equipamentos adequados
a ergonomia dentro dos postos de trabalho, apenas 4 estavam adequados, os outros
28 apresentavam algumas falhas.
Já sobre o Layout apenas os funcionários relataram que não estavam
adequados. No contexto geral as inadequações dos postos de trabalho se
apresentaram maiores que as adequações. A tabela1 apresenta o resultado dos
estudos de TAVARES (2012) no que se refere a adequação postural.
Após a coleta dos dados e análise estatística, chegou-se aos seguintes gráficos
em relação a análise postural. A Figura 6 mostra que a quantidade de pessoas que
apresentam desadequações posturais. De acordo com o gráfico das 32 pessoas
entrevistadas 8 não apresentam má posturais, já 15 pessoas apresentam essa
condição em nível 1, que é menos grave e 9 pessoas apresentam o problema em nível
2, com maior gravidade para o desvio postural e consequentemente problemas de
doenças futuras.
Figura 6: Análise postural
Fonte: TAVARES (2012)
A figura 7 traz a quatidade de pessoas e sua relação com o domínio de sentar.
Os números mostram que das 32 pessoas entrevistadas 2 delas apresentam certo
domínio ao sentar, já 4 cometem a falta de observância para essa conduta
ergonômica, um maior número de pessoas apresentam falta de domínio ao sentar.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
0 1 2
8
15
9
Po
sto
s d
e Tr
abal
ho
Desadequações
Postura
42
Figura 7: Desadequações do Domínio de Sentar
Fonte: TAVARES (2012)
Em análise a figura 8, o mesmo mostra as respostas ao layout, e é possível
perceber que a maior parte dos funcionários entrevistados aponta uma nota média
para a questão. Outra pergunta feita por TAVARES (2012) foi a respeito do número
de desadequações nos postos de trabalho e o gráfico 4 mostra o resultado desse
questionamento.
Figura 8: Desadequações do Layout/ambiente de trabalho
Fonte: TAVARES (2012)
A figura 9 foi feita em relação as normas ergonômicas, traz a análise a respeito
do total de desadequações nos postos de trabalho, o posto de trabalho que mais
apresentou falhas em relação a ergonomia é o posto 24.
0
2
4
6
8
10
12
14
1 1
4
14
6
5
Domínio de sentar
Postos de Trabalho
43
Figura 9 : Total de desadequações resultante da avaliação ergonómica por posto de trabalho
Fonte: TAVARES, (2012)
A avaliação inicial foi feita, tendo em conta o material existente que consiste
numa grande área envidraçada o que provoca uma baixa absorção acústica. Devido
a estas características, procedeu-se ao cálculo do tempo de reverberação do gabinete
em causa, usando os coeficientes relativos à frequência de 500Hz, pois segundo o
art.º 6º, 1.c), do Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE), é a
frequência onde os escritórios se inserem.
A tabela 2 mostra os valores obtidos através da medicação acústica realizada
nos postos A e B e calcula por fim a média desses dados, para comparação a respeito
do limite permitido.
Tabela 2: Resultados das medições de ruídos média
Posto de Trabalho
Valor máximo obtido pela
medição (dB)
Valor máximo obtido pela
medição (dB)
Valor médio
calculado (dB)
10
72,1
48,7
60,4
11 68,3 41,8 55,05
12 70,9 48,8 59,85
13 72,1 50,4 61,25
14 72,3 51,2 61,65
15 68,2 48,7 58,45
16 71,7 52,8 62,25 Fonte: TAVARES (2012)
TAVARES (2012) fala sobre os ruídos e esclarece que o mesmo é um dos
fatores ergonômicos mais relevantes, uma vez que o excesso do ruído, e a duração
da exposição do colaborador, podem provocar lesões graves. A autora explica que a
exposição ao ruído excessivo, tal como já foi dito anteriormente, pode causar stress
44
inicialmente, e depois acarretar doenças mais graves como as cardiovasculares e
psicológicas.
Os Estudos de SOUZA (2014) buscaram inicialmente verificar a observância
da ergonomia a respeito dos ruídos as quais as salas dos escritórios estavam
submetidas. O autor, realizou a confecção de uma tabela, onde os valores dos ruídos
foram medidos. De acordo com o autor, segundo a NBR 10152, a qual estabelece os
níveis de ruído para conforto acústico, o essencial e limite para as salas de escritório
com utilização de computadores pode variar de 45 a 65 dB (A).
Pela análise das tabelas construídas pelo autor, fica claro que as duas unidades
A e B o valor máximo de ruído médio observado foi de 61,67 dB (A), ou seja, valor
inferior ao limite máximo estabelecido pela norma.
A tabela 3 traz exemplo dos resultados do trabalho de SOUZA, os quais
realizaram medidas dos ruídos nas unidades A.
Tabela 3: Medidas dos ruídos da unidade A
Postos de Trabalho
Ruído 1 DB (A)
Ruído 2 DB (A)
Ruído 3 DB (A)
Ruído Médio dB
(A)
1 54 59 60 57,67
2 62 63 59 61,33
3 61 57 60 59,33
4 48 52 60 53,33
5 60 63 60 61
6 61 63 60 61,33
7 52 57 60 56,33
8 51 52 60 57,67
9 59 62 61 60,33
10 60 60 61 60,33
11 57 62 60 59,67
12 52 60 60 57,33
13 54 62 59 58,33
14 57 61 60 59,33
15 58 61 60 59,67
16 62 59 59 60
17 59 61 60 60
18 60 57 60 59
19 61 60 59 60
20 63 57 61 60,33 Fonte: SOUZA (2014)
Já tabela 4 traz exemplo dos resultados do trabalho de SOUZA, os quais
realizaram medidas dos ruídos nas unidades B.
45
Tabela 4: Medidas dos ruídos na unidade B
Postos de Trabalho
Ruído 1 DB (A)
Ruído 2 DB (A)
Ruído 3 DB (A)
Ruído Médio dB (A)
1 60 60 59 59,67
2 62 63 60 61,67
3 63 59 61 61
4 61 60 60 60,33
5 60 60 61 60,67
6 60 61 62 61
7 60 60 61 60,33
8 60 61 61 60,67
9 60 60 60 60
10 61 61 60 60,67 Fonte: SOUZA (2014)
A figura 10 traz o resultado estatístico das medições através das médias
obtidas nos 20 postos de trabalho da Unidade A. A figura traz a legenda pela qual é
possível analisar e ver se os níveis de ruído alcançam o ponto de limite, ou mesmo
ultrapassam esse ponto. Fica claro então que em relação aos ruídos a empresa
estudada observa a ergonomia.
Figura 10: Análise da Média dos ruídos dos postos da unidade A
Fonte: Souza (2014)
acústico
Po
sto
1
Po
sto
2
Po
sto
3
Po
sto
4
Po
sto
5
Po
sto
6
Po
sto
7
Po
sto
8
Po
sto
9
Po
sto
10
Po
sto
11
Po
sto
12
Po
sto
13
Po
sto
14
Po
sto
15
Po
sto
16
Po
sto
17
Po
sto
18
Po
sto
19
Po
sto
20
46
Os ruídos dos postos de trabalho da unidade B também foram avaliados, e a
figura11 traz esses resultados, mostrando que na unidade B os níveis estavam quase
no limite máximo tolerado pelo ser humano de acordo com NBR 10152.
Figura 11: Análise da média dos ruídos na Unidade B
Fonte: SOUZA (2014).
Sendo assim, para essa observância da norma a empresa cumpre o padrão
estabelecido para garantir a saúde do seu trabalhador.
De acordo com SOUZA (2014) seu trabalho realizou a observação a respeito
da iluminância dentro do escritório objeto de estudo. Os estudos foram realizados em
30 unidades, sendo 20 da unidade A e 10 da unidade B.
A figura traz a legenda pela qual é possível analisar e ver se os níveis de ruído
alcançam o ponto de limite, ou mesmo ultrapassam esse ponto.
O quadro 3 traz os valores observados nos 20 postos da Unidade A onde a
iluminância foi medida.
Nív
el d
e R
uíd
o (
dB
(A
))
Po
sto
1
Po
sto
2
Po
sto
3
Po
sto
4
Po
sto
5
Po
sto
6
Po
sto
7
Po
sto
8
Po
sto
9
Po
sto
10
Nível
máximo
de Ruído
Nível de Ruído
47
Tabela 5- Medições de Iluminância Na Unidade A
POSTOS DE TRABALHO ILUMINANCIA (LUX)
Posto 1 333
Posto 2 477
Posto 3 356
Posto 4 387
Posto 5 370
Posto 6 820
Posto 7 590
Posto 8 350
Posto 9 340
Posto 10 404
Posto 11 312
Posto 12 369
Posto 13 353
Posto 14 690
Posto 15 322
Posto 16 305
Posto 17 321
Posto 18 425
Posto 19 573
Posto 20 359 Fonte: SOUZA (2014)
A tabela 6 traz os valores de iluminância medido nos 10 postos da unidade B.
Tabela 6: Valores da Iluminância nos postos da unidade B
Posto de Trabalho Iluminância (Lux)
Posto 1 284
Posto 2 287
Posto 3 334
Posto 4 298
Posto 5 320
Posto 6 373
Posto 7 315
48
Posto 8 340
Posto 9 337
Posto10 324
Fonte: SOUZA (2014).
Os valores obtidos para as medidas de iluminância estão dispostos nas figuras
12 e 13. O primeiro traz os resultados das medições dos postos da Unidade A e o
segundo traz os valores obtidos nas medições nos postos da unidade B.
As figuras mostram os valores de iluminância medido bem como o ponto em
que esses valores são suportáveis. Na Unidade A é possível perceber que os valores
ultrapassam os limites, já na unidade B os valores apresentados são inferiores ao
limite.
Na Figura 12, mostra que na unidade A é possível perceber que os valores
ultrapassam os limites estabelecidos pela NBR ISSO/CIE 8995-1:2013 conforme
verificado e medido.
Figura 12: Iluminância nos postos da Unidade A
Fonte: SOUZA (2014)
Já na figura 13, medidos na unidade B os valores apresentados são inferiores
ao limite recomendado pelas NBR ISSO/CIE 8995-1:2013, estando dentro do tolerável
900
800
700
400
300
100
49
Figura 13: Medição da Iluminância nos postos da Unidade B
Fonte: SOUZA (2014)
Para cada posto de trabalho foi realizada uma medição. A coleta de dados para
a observância da adequação da iluminação, foram realizadas no período da tarde,
entre as 16:00 e 17:30 horas. Para a verificação da iluminância foi utilizado o aparelho
luxímetro digital da marca Instrutherm, modelo LDR - 380. Durante a coleta de dados
o luxímetro, foi posicionado sobre a mesa do computador de cada posto de trabalho.
O autor cita que a norma NBR ISSO/CIE 8995-1:2013 estabelece os requisitos
e critérios de iluminação adequados para ambientes de trabalho interno, assim como
os valores de iluminância os quais permitam ao trabalhador desempenhar suas
atividades com conforto e segurança durante toda a jornada de trabalho.
SOUZA (2014) destaca que para escritórios de engenharia a iluminância
mínima deve corresponder a 500 Lux. Após as medições as coletas de dados
apontaram que tanto na unidade A como na unidade B, os valores não ultrapassaram
400 Lux.
SOUZA (2014) também realizou a observação a respeito da postura dos
funcionários de 30 postos de trabalho, 20 da unidade A e 10 da unidade B. Para essa
avaliação foi utilizado o método RULA, onde foram avaliados os trabalhadores e dado
aos mesmos, pontuações a respeito do nível de ação e intervenção.
600
500
400
300
200
100 recomendado
0
Va
lor
Ob
tid
o (
Lux)
Po
sto
1
Po
sto
2
Po
sto
3
Po
sto
4
Po
sto
5
Po
sto
6
Po
sto
7
Po
sto
8
Po
sto
9
Po
sto
10
50
A Tabela 7 e 8 trazem os resultados das avaliações postural realizada nos
postos das Unidades A e B.
Tabela 7: Avaliação Postural nos postos da Unidade A
Posto de Trabalho
Pontuação Nível de ação
Intervenção
Posto 1 4 2 Podem ser necessárias mudanças
Posto 2 4 2 Podem ser necessárias mudanças
Posto 3 3 2 Deve-se realizar uma observação
Posto 4 3 2 Deve-se realizar uma observação
Posto 5 3 2 Deve-se realizar uma observação
Posto 6 4 2 Podem ser necessárias mudanças
Posto 7 3 2 Deve-se realizar uma observação
Posto 8 3 2 Deve-se realizar uma observação
Posto 9 3 2 Deve-se realizar uma observação
Posto 10 4 2 Podem ser necessárias mudanças
Posto 11 4 2 Podem ser necessárias mudanças
Posto 12 3 2 Deve-se realizar uma observação
Posto 13 3 2 Deve-se realizar uma observação
Posto 14 3 2 Deve-se realizar uma observação
Posto 15 4 2 Podem ser necessárias mudanças
Posto 16 4 2 Podem ser necessárias mudanças
Posto 17 3 2 Deve-se realizar uma observação
Posto 18 4 2 Podem ser necessárias mudanças
Posto 19 3 2 Deve-se realizar uma observação
Posto 20 3 2 Deve-se realizar uma observação
Fonte: SOUZA (2014).
A tabela 8 traz as observações das posturas dos 9 postos da unidade B se é
necessário fazer observações ou existem possibilidades de mudanças.
51
Tabela 8: Avaliação Postural nos postos da Unidade A
Posto de Trabalho Pontuação
Nível de ação
Intervenção
Posto 1 3 2 Deve-se realizar uma observação
Posto 2 3 2 Deve-se realizar uma observação
Posto 3 3 2 Deve-se realizar uma observação
Posto 4 4 2 Podem ser necessárias mudanças
Posto 5 4 2 Podem ser necessárias mudanças
Posto 6 4 2 Podem ser necessárias mudanças
Posto 7 4 2 Podem ser necessárias mudanças
Posto 8 3 2 Deve-se realizar uma observação
Posto 9 4 2 Podem ser necessárias mudanças
Fonte: SOUZA (2014).
De acordo com a tabelas fica claro que é necessária a realização de mudanças
ou mesmo de observação, para que a ergonomia seja mantida.
Antes de verificar os resultados do trabalho de NEKATSCHALOW et al. (2009)
é importante entender os parâmetros que devem ser observados a respeito dos
móveis dos locais de trabalho.
IIDA (1990) ressalta que a maioria dos produtos é dimensionada para
acomodar até 95% da população, por uma questão econômica. Acima desses padrões
os objetos deveriam ser aumentados para que uma pequena parcela dos
colaboradores pudesse se acomodar.
IIDA (1990) e COUTO (2002) esclarecem que o projeto para a média é baseado
na ideia de que isso maximiza o conforto para a maioria. Os autores ressaltam que na
prática isso não acontece, pois de fato há diferenças significativas entre a média dos
homens e das mulheres, e uma média geral para toda a população, acaba
beneficiando uma faixa relativamente pequena.
Segundo IIDA (1990) nos casos onde há a predominância de homens ou
mulheres deve-se adotar de preferência, as medidas do sexo predominante, pois com
isso lhe será proporcionado maior conforto.
De acordo com a autora, no caso das mesas há o caso de uma dimensão
máxima, a qual e limitada pelas dimensões das pernas. As duas variáveis que influem
52
na altura da mesa para o trabalho sentado é a altura do cotovelo e o tipo de trabalho
a ser executado.
TAVARES (2012) esclarece que quando o trabalhador está sentado, a altura
do cotovelo depende da altura do assento e, desta forma, deve-se dimensionar
inicialmente a altura do assento, usando-se a altura poplítea (parte inferior da coxa).
Somando-se a altura poplítea à altura do cotovelo (acima do assento), obtém-se a
altura da mesa.
De acordo com os estudos de NEKATSCHALOW et al., (2009), no universo do
qual a amostra foi retirada, a estatura da população masculina abaixo de 1,63m é de
5%, bem como de ter a altura acima de 1,89 m. dentro deste contexto, os outros
restantes, ou seja, 95% tem a altura entre 1,63 m e 1,89 m, sendo a média da estatura,
1,76 m. já em relação a população feminina, 5% tem estatura abaixo de 1,51m e acima
de 1,73 m. Os 95% restantes apresenta estatura entre 1,51 m e 1,73 m, tendo como
média 1,62 m.
A tabela 9 traz os resultados obtidos através da pesquisa feita por
NEKATSCHALOW et al., (2009). NEKATSCHALOW et al., (2009) ressaltam que no
geral 5% da população estudada apresenta estatura abaixo de 1,52% e acima de
1,85%. Portanto, o restante 95% estará entre 1,52 m e 1,85 m, sendo a média de 1,68
m. Dentro desse contexto como as mesas são feitas para pessoas de até, 1,75 M é
possível perceber que os trabalhadores que passam essa estatura acabam sofrendo
com o desconforto.
Tabela 9: Análise dos dados em relação a estatura
GENEROS 5% 50% 95% Desvio Padrão
Homens 1,63 1,76 1,89 0,081
Mulheres 1,51 1,62 1,73 0,067
População 1,52 1,85 1,850 0,101
Fonte: NEKATSCHALOW et al., (2009).
Os estudos de GRÜNSPAN (2005) apontam que 84% dos funcionários
analisados exercem tarefas de atenção, na posição sentada, com boas condições de
luminosidade e temperatura.
Dos colaboradores entrevistados 74% esclarecem que o posto de trabalho ao
qual estão inseridos, está adaptado ao tipo físico dos mesmos. As análises mostram
que a maioria dos escritórios, 83,09% tem pausas, 58,13% com tempo definido, sendo
53
47,89% aproveitados para o cafezinho e bate papo, os dados mostram também que
90,58 dos que responderam os questionários apontam desconhecimento a respeito
da prática da ginástica laboral.
Os resultados dos trabalhos de GRÜSPAN (2005) deixam claro também que a
alimentação durante o trabalho ocorre em 45, 58% dos postos de trabalho, onde a
maioria faz uso de sanduíche. Os estudos pontam também que a ingestão de líquidos
é constante, com percentual de 31,16% para água ou café.
A maioria dos funcionários 87, 68% não fumam e 44,93% realizam alguma
atividade física, onde se destacam a ginástica e a caminhada, que acontecem pelo
menos uma vez na semana.
Dos colaboradores 49,44% pararam com as atividades físicas, fator relacionado
ao acúmulo do trabalho. Os trabalhadores que cessaram as atividades físicas dos
entrevistados, 61,83% ressaltam que tem consciência que esse a falta da prática das
atividades físicas leva a uma vida não saudável, e isso é um aspecto bastante
negativo.
Outro fator importante avaliado nas respostas, segundo GRÜSPAN (2005) foi
de que cerca de 75,06% dos funcionários sentem ou já sentiram dores musculares
durante o trabalho, sendo que 75,82% coincidem com a intensificação deste.
Os poucos 19,71% que se afastaram do trabalho a lesão mais diagnosticada
foi a tendinite com 70,59%. O funcionário de escritório de contabilidade é a pessoa
acometida de dores com intensidade desconfortante, principalmente no lado direito do
corpo, especificamente na mão 33,69%, antebraço 28,26%, braço 33,69%, ombro
47,30% e perna 32,60%.
GRÜNSPAN (2005) ressalta que através das respostas obtidas pelos
colaboradores ficou claro a importância do ambiente de trabalho para a saúde
psicofísica dos funcionários.
O autor esclarece que alguns escritórios visitados apresentam estrutura física
antiga, no entanto o ambiente de trabalho é bom, os problemas são poucos, e o
colaborador assim trabalha mais motivado. Já os escritórios com grandes espaços
físicos e montados com móveis e equipamentos ergonomicamente quase perfeitos,
não possuem a produtividade desejada e a incidência das doenças ocupacionais é
muito maior.
Segundo TAVARES (2012) é importante salientar que a prática das atividades
físicas é fundamental no desenvolvimento e aprimoramento das funções exigidas no
54
labor. A prática sistemática das atividades físicas, segundo o autor traz para o
praticante a melhoria no desenvolvimento de suas atividades laborais. Conforme o
autor o esporte se insere no contexto de transformador psicossocial no ambiente de
trabalho, através de ações pró-ativas que levam ao desenvolvimento e
aperfeiçoamento das relações interpessoais, do trabalho em grupo, da concentração
e dos objetivos propostos, da criatividade e da solidariedade.
GRÜNSPAN (2005) esclarece que a implementação de tais ações requer
inicialmente a execução de um diagnóstico a ser respondido pelo funcionário dividido
em partes. A primeira é referente as funções humanas no trabalho, verificando assim
os hábitos de tais funcionários nos locais de trabalho e mesmo fora dele. A segunda
parte do diagnóstico refere-se aos aspectos físicos do escritório, como iluminação e
ventilação, espaço individual, ajustamento, disposição, tamanho e função ergonômica
do mobiliário. A partir desses diagnósticos, a empresa saberá o que fazer para
melhorar o ambiente de trabalho e a qualidade de sua produtividade.
KIPPER e MORO (2008) realizaram algumas análises dentro desse escritório.
O primeiro resultado obtido diz respeito ao problema do trabalho mental envolvido. Os
colaboradores responderam que o fato de terem muitas responsabilidades, o nível de
estresse é muito maior, trabalhar com a parte mental é um desafio e ao mesmo tempo
um grande e temido obstáculo para os profissionais que atuam nessa área.
Segundo KIPPER e MORO (2008) a exigência mental se sobressai sobre os
demais itens, no teste NASA-TLX, em virtude da natureza do trabalho. O atendimento
ao público, juntamente com a resolução de problemas, exige um grau de
conhecimento profundo e uma habilidade de relacionamento com as pessoas. Outro
aspecto observado foi em relação a estrutura do ambiente. Os colaboradores
esclarecem sob esse aspecto, que devido a mudança de sede da empresa, a atual
apresenta uma estrutura muito superior, e isso a satisfaz os trabalhadores. No entanto
embora o local ser satisfatório, algumas mudanças ainda precisam ser feitas.
Em relação as adequações KIPPER e MORO (2008) ressaltam o que precisa
ser modificado e destacam:
Ruídos - Campainha de telefone muito alta e grande e barulhento fluxo de
carros, sendo assim o isolamento acústico em relação a rua seria uma
atitude interessante;
55
Ventilação - existem duas pequenas janelas, o que deixa o ambiente muito
fechado e abafado. Nesse caso a instalação de janelas maiores resolveria
o problema;
Temperatura - A grande parede de lajota aquece muito o ambiente. A
colocação de grandes vasos com folhagem ou árvores na parte interna
aliviaria a temperatura alta;
Iluminação Interna - dentre de uma das salas existe iluminação em excesso
já a outra é bem escura. A instalação de cortinas seria necessária para
diminuir a entrada da luz, e na sala escura um melhor posicionamento das
lâmpadas seria ideal.
Com anteriormente comentado os índices de satisfação em relação ao posto
de trabalho são altos devido à recém mudança de sede, porém vale ressaltar que a
empresa comprou mobiliário adequado à atividade mais alguns ajustes ainda
precisam ser feitos tais como ajuste para pés, colocar o monitor na altura de visão.
KIPPER e MORO (2008) esclarecem que em relação ao estresse do trabalho
o trabalhador 1 quase não sai da empresa, no entanto fica sobrecarregado com as
tarefas do escritório, já o funcionário 2 é quem sai para atender as chamadas, sendo
também sobrecarregado pelos trabalhos nas ruas.
Os autores destacam também que em relação a organização do trabalho, o
relacionamento com o cliente é outro aspecto a ser observado. A solução para esse
problema seria diminuir o número de chamadas, para isso seria necessário realizar
um levantamento dos erros e dúvidas dos clientes e a partir disso elaborar uma ajuda
eletrônica no programa de contabilidade.
De acordo com o estudo de GRANDJEAN (1998) os digitadores de 30 a 40%
apresentavam queixas de dores no pescoço, ombros e braços. O trabalhador mais
velho e com mais tempo de trabalho, fez essas mesmas reclamações. KIPPER e
MORO (2008) ressaltam que no teste RULA que foi aplicado, apresentou resultado de
nível 4, fator que indica indícios de má postura.
A tabela 10 traz as dez demandas mais relevantes da ergonomia.
Tabela 10: Demandas mais relevantes da ergonomia causadoras de grande estresse
Itens da Demanda Ergonômica (IDE’s) Ordem de fala Peso %
Problemas de erros com os clientes 1 2 3 4 10 11 13 2,35 61
Contato com o público 5 6 0,37 9,51
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O cara se estressa bastante 9 12 25 0,23 6,08
Gosto do meu trabalho 16 17 18 19 0,23 5,95
Sai bastante 7 0,14 3.71
O cliente não anota a explicação e
retorna pelo mesmo motivo
14 15 0,14 3,58
Muito desgaste mental 21 22 24 0,13 3, 50
Muitas visitas banais 8 0,13 3,24
Pouco desgaste físico 20 0,05 1,30
Trabalhar além da hora 23 0,04 1,13
Fica feliz quando consegue solucionar o
problema
26 0,04 1
Fonte: KIPPER e MORO (2008)
Os estudos de PIRES et al., (2013) mostram que em relação a faixa etária, os
entrevistados apresentam maior predominância das idades de 26 a 35 anos, o que
equivale a 60% dos entrevistados.
Os autores esclarecem que mediante a esses resultados é possível ver que há
muitos indivíduos adultos que desempenham a função, os quais buscam sempre se
qualificar para manter-se no mercado tão competitivo dos dias atuais. A pesquisa
aponta que em relação ao gênero, a maioria representa o sexo masculino, 73%, sendo
os outros 27% do sexo feminino.
OLIVEIRA e BELCHIOR (2009) ressaltam que quanto mais técnica a atividade
e quanto mais voltada para a tecnologia maior é a presença masculina. Esse dado,
também, foi observado no resultado desta pesquisa, ou seja, os funcionários do sexo
masculino predominam os cargos técnicos do setor de Tecnologia da Informação e
informática em geral.
Conforme PIRES et al. (2013) em realça ao tempo de trabalho a pesquisa
apontou que mesmo varia entre 0 a 3 anos, fator que aponta alta rotatividade na
empresa, 73% atuam na empresa em até no máximo 3 anos, já 27% atuam na
empresa entre 7 e 10 anos.
O gráfico 9 ilustra o resultado da análise a respeito do conhecimento sobre
ergonomia.
57
Figura 14: Conhecimento sobre Ergonomia
Fonte: PIRES et al., (2013)
Nos estudos PIRES et al., (2013) a respeito do conhecimento ergonômico
apontam que 53% apresentam conhecimento razoável, 27% apresentam um bom
conhecimento, 13% apresentam um conhecimento ruim, e apenas 7% dos
entrevistados tem pleno e amplo conhecimento da questão.
Segundo CRUZ (2010) o conhecimento acerca da ergonomia é fundamental
para que o trabalhador saiba e exija que seu ambiente de trabalho seja modificado
para atender as suas necessidades.
Dentro deste contexto é extremamente importante que os trabalhadores
compreendam e valorizem o conhecimento sobre ergonomia, uma vez que a mesma
contribui para a promoção da sua segurança e bem-estar.
A pesquisa feita pelos autores também buscou verificar se os trabalhadores
tinham conhecimento sobre o uso correto do computador para prevenir dores e
possíveis doenças, também responderam sobre o conhecimento que tinham a
respeito da ginástica laboral.
Conforme a tabela 11 os números de respostas conforme o conhecimento sobre o uso
correto do computador para prevenir e reduzir dores musculares e conhecimento sobre a
ginástica laboral.
7%
27%
53%
13%
0
Conhecimento sobre ergonomia
Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo
58
Tabela 11: Número de respostas conforme o conhecimento sobre o USO correto do computador.
Variáveis Ginástica Laboral Uso correto do computador
Conhece Totalmente 13% 20%
Conhece Parcialmente 40% 73%
Desconhece 47% 7%
Total 100,00% 100,00% Fonte: PIRES et al., (2013)
De acordo com a pesquisa de PIRES et al., (2013) apenas 13% dos
entrevistados tem conhecimento a respeito da ginástica laboral, 40% conhecem
parcialmente e 47% do total dos entrevistados desconhecem. Outra pergunta feita
através do estudo de PIRES et al., (2013) era a respeito do tempo de utilização do
computador. De acordo com a pesquisa, 7% dos entrevistados utilizam o computador
de 4 a 6 horas, seguido de 47% tanto para a variável de 6 a 8 horas, quanto para mais
de 8 horas.
A tabela 12 traz os resultados da pesquisa acerca do tempo de uso do
computador.
Tabela 12: Tempo de uso do computador
Variáveis Frequência Percentual
Menos de 4 horas 0 0%
De 4 a 6 horas 1 6%
De 6 a 8 horas 7 47%
Mais de 8 horas 7 47%
Total 15 100%
Fonte: PIRES et al., (2013)
Segundo JULIÃO (2009) alguns especialistas recomendam o uso do
computador por aproximadamente 8 horas diárias, e esse tempo é o máximo, não
devendo ser ultrapassados, PEREZ (2008) esclarece que a maioria das queixas e
dores musculares estão diretamente ligadas ao uso excessivo do computador
ultrapassando 8 horas diárias.
Outra análise para o estudo de PIRES et al., (2013) era a respeito da tela do
monitor. Dos funcionários entrevistados 80% responderam que a tela do monitor que
utilizam é do tipo LCD, e apenas 20% utilizam a do tipo Windescreen (tela grande).
A tabela 13 traz os resultados do estudo sobre os tipos de tela do computador.
59
Tabela 13: Tipo de Tela do Computador
Variáveis Frequência Percentual
Monitor Comum 0 0%
LCD 12 80%
Windescreen 3 20%
Total 15 100%
Fonte: PIRES et al., (2013)
Segundo GONÇALVES et al., (2009) as telas de LCD causam maior cansaço,
fator ocasionado pela tela ser estática. RIBEIRO (2005) esclarece que através dos
dados obtidos na pesquisa, os funcionários em sua maioria não correm risco no que
diz respeito aos danos na visão que são ocasionados por esse tipo de tela. O autor
esclarece que o conforto visual somente é garantido quando a tela do monitor é
posicionada a 15 graus abaixo do horizonte dos olhos.
Outra questão do trabalho de PIRES et al., (2013) foi a respeito do tipo de
mouse utilizado. Segundo os dados analisados apenas 6% dos funcionários utilizam
mouse ergonômico, seguido de 47% tanto para a variável comum, quanto para
diretamente na mesa, totalizando um percentual equivalente a 94% do total dos
entrevistados.
RIBEIRO (2005) esclarece que em alguns casos, para que a utilização do
mouse não cause problemas, é preciso que exercícios sejam elaborados, para que os
músculos das mãos sejam constantemente relaxados. JULIÃO (2009) ressalta que os
uso prolongado e desadequados do mouse pode causar sérias dores musculares.
Os estudos de PIRES et al., (2013) mostram que a maioria dos funcionários
utiliza mouse comum, sendo assim o manuseio correto dos mesmos é fundamental
para que a ergonomia seja preservada. Verifica-se, também, um baixo percentual de
utilização do mouse ergonômico, mesmo sendo recomendado seu uso,
aconselhando-se optar por um modelo baixo, que exige um menor esforço do pulso.
Outra pergunta feita foi a respeito da utilização de apoio para os pés. Dos
entrevistados 20% respondeu que sim e 80% que não. É importante salientar que
quando a cadeira não permite que os pés encostem no chão, devem ser utilizados
apoios, o que ocasiona maior relaxamento da musculatura e melhorando a circulação
sanguínea dos membros inferiores.
60
Segundo PIRES et al., (2013) os entrevistados responderam à questão a
respeito do uso de apoio para o punho para o manuseio do teclado. Para essa questão
100% dos funcionários responderam que não usam apoio de punho para o suo do
teclado.
PEREZ (2008) esclarece que medidas de precaução devem ser adotadas
quando há o processo de digitação por longos períodos, pois isso causa nos usuários
de computadores várias doenças crônicas. Os modelos de teclado de suporte de pulso
são os mais indicados e devem ser almofadados, ficando no mesmo nível físico do
teclado.
GONÇALVEZ et al., (2009) esclarece que: “A base do teclado deve ficar na
altura próxima da cintura, para permitir que a mão e o antebraço fiquem alinhados e a
altura ajustável, deve ficar entre 64 e 75 cm”.
Outra pergunta feita na pesquisa de PIRES et al., (2013) está relacionada ao
fato da confortabilidade das cadeiras e se as mesmas são adaptadas para o trabalho
em um posto informatizado.
Dos entrevistados 73% dos entrevistados afirmam que as cadeiras são
confortáveis e adaptadas ergonomicamente, enquanto 27% não utilizam as mesmas.
A pesquisa de SILVA e MEJIA (2012) buscaram verificar se o escritório da
distribuidora de energia, realmente adaptava a seus postos de trabalho a NR - 17.
A respeito do levantamento de cargas e as observâncias a respeito dos
parâmetros utilizados para evitar possíveis acidentes, a empresa estudada apresenta
as condições necessárias para que o trabalho seja realizado com segurança, no
entanto a análise ergonômica não pode ser realizada minuciosamente, uma vez que
o posto de trabalho ainda está em fase de adaptação.
O a figura 15 traz as queixas apresentadas pelos funcionários a respeito das
dores que os mesmos vivenciam no período de trabalho. Pelo gráfico é possível
perceber que a maioria dos funcionários não apresentam queixa, e a maior e mais
evidente queixa se refere a problemas lombar.
Muitos funcionários também responderam que sentem dores as vezes, sendo
o maior número para as dores em outras partes do corpo, que não a lombar e a
cervical.
61
Figura 15: Resposta sobre a presença de dores
Fonte: SILVIA e MEJIA (2012)
Outro fator observado foi a respeito das massas das cargas manuseadas, os
funcionários esclarecem que os mesmos só carregam valores de 6 a 15 quilos, fator
importante para evitar possíveis acidentes.
Em relação aos resultados dos estudos de SILVA e MEJIA (2012), sobre a
adequação dos mobiliários de escritórios, os mesmos apresentaram adaptações
corretas, observando assim a NR - 17. Ainda há muitos mobiliários que devem ser
adaptados ou substituídos, mas a empresa está trabalhando para que essa mudança
ocorra.
Outra questão analisada foi a respeito das condições ambientais de trabalho.
Foi relatado que em questão de ruídos e iluminação, o escritório atende as
necessidades da NR- 17. Em relação a organização do trabalho, dentro do escritório
as atividades estão passando por processo de mudanças, buscando sempre adaptá-
las as necessidades da empresa, desde que não prejudique o trabalhador.
62
5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
A ergonomia tem sido um fator de importante observância para as empresas.
O número de trabalhadores que se afastam por problemas decorrentes do trabalho
excessivo, sem as adaptações adequadas, são bastantes consideráveis.
As doenças ocasionadas pelo trabalho podem ser de ordem física e
psicossocial, ambas apresentam suas gravidades. A literatura esclarece que a maioria
das patologias relacionadas ao trabalho atingem o indivíduo na forma física e
psicológica, e em muitos casos em se tratando dos problemas físicos pode ser
irreversível.
Frente a essas realidades as Normas Regulamentadores buscam mostrar o
caminho a ser seguido, para que os impactos negativos do trabalho sejam sanados
ou amenizados.
Para isso é importante que as empresas busquem adequar a sua rotina de
trabalho em relação as normas que estabelecem as adaptações e o que é adequado
para cada tipo de trabalho.
A NR - 17 traz em seu contexto parâmetros a serem seguidos para que a saúde
e segurança do trabalhador sejam mantidas. Sendo assim, a observância dessa
norma se faz necessária para que as empresas busquem qualidade na produção, e
para isso precisam investir e se preocupar com o capital humano.
Dentro da NR- 17 são feitas observações a respeito do transporte de cargas,
da postura, da condição ambiental, das adaptações mobiliárias e outros. Os escritórios
são ambientes onde a ergonomia precisa imperar, pois as condições de trabalho,
englobam quase que a totalidade dos padrões observados na NR- 17.
Durante todo o trabalho foi exposto, pesquisas realizadas em escritórios, onde
se buscou uma análise da observância da ergonomia. A maior parte das pesquisas
realizadas trazem resultados satisfatório a respeito à adequação mobiliária e
ambiental nos postos de trabalho analisados.
Uma das observâncias na pesquisa foi a respeito do transporte de carga, visto
que os escritórios mexem como os mais variados tipos de materiais. O transporte de
cargas também apresenta observação e respeito a NR- 17. No entanto ainda há muito
o que modificar em algumas empresas. Embora a norma busque deixar claro como
deve ser o transporte de cargas, citando a postura, bem como os pesos possíveis de
transportar manualmente, os estudos mostram que os escritórios analisados em sua
63
maioria não dispõem de carrinhos para a realização do transporte manual de cargas,
fator altamente prejudicial para a saúde do trabalhador.
O problema maior, apontado nas pesquisas observadas, está na inadequação
do mobiliário, fator preocupante, uma vez que o trabalhador fica horas exercendo suas
atividades, mantendo uma postura inadequada de seu corpo como um todo, e assim
fica suscetível as patologias ocasionadas pelo trabalho.
A maioria dos escritórios analisados não leva em consideração a estrutura
física de seus colaboradores, assim adquirem mobiliários adequados para um padrão
geral, dessa forma o que se pode ver então são os problemas ocasionados pela má
postura, bem como posicionamento de braços e pernas.
Em relação aos fatores psicossociais, o sexo feminino de acordo com o estudo
é o mais acometido, uma vez que está mais exposto: tem menos apoio social, o
conflito trabalho/família é maior e a sua autoconfiança é menor. Outra observância a
respeito dos problemas psicossociais, é se os mesmos afetam os problemas
músculos-esqueléticos.
Nesse estudo TAVARES (2012) através da aplicação do método estatístico da
correlação aplicados aos resultados do inquérito “ISTAS21 (CoPsoQ) ” e “DASH
Portugal, (2005) ”, observou-se que principalmente o conflito trabalho/família tem uma
grande influência na incapacidade do braço, do ombro e da mão, ou seja, à medida
que o conflito trabalho/família aumenta, a incapacidade dos membros superiores e
consequentemente as dores com eles relacionadas também aumentam.
Através da análise estatística da pergunta, sobre os fatores que mais
influenciam os problemas nos membros superiores, as respostas determinaram que o
gênero e a postura são fatores que somam para que os problemas aconteçam. Já em
relação aos problemas ocasionados aos membros inferiores, o trabalho aponta para
o gênero e a idade como fatores importantes e determinantes.
Outra pergunta feita no estudo de TAVARES, estava relacionada aos
problemas de ordem musculoesqueléticas. Através dos questionários e métodos
avaliativos ficou claro que as mulheres apresentam maiores problemas musculares do
que os homens.
Os resultados da pesquisa também deixam claro que a falta de postura e
adequação ergonômica são responsáveis pelos problemas que ocasionam as
doenças de ordem músculo esqueléticas.
64
O trabalho de SOUZA (2014) apresenta valores que mostram que os ruídos
estão de acordo com os padrões estabelecidos, já a iluminância ainda está
apresentando índices maiores do que os esperados. Os gráficos apontados neste
estudo mostram que os ruídos não atingem os valores considerados inadequados,
dessa forma é possível perceber que nesse contexto as empresas, as quais os ruídos
forma medidos estão de acordo com a NR-17 e com os demais padrões estabelecidos
para os diversos tipos de ruídos.
Como resultado dessa análise SOUZA (2014) esclarece que 22 colaboradores
avaliados, ou seja 68%, apresentaram pontuação 3, e 32% obtiveram a pontuação 4.
Sendo assim, 68% dos postos de trabalho precisam da realização de análises sobre
a necessidade de melhoria de postura do trabalhador, enquanto que para 32% dos
postos de trabalho podem ser necessárias à realização de mudança na postura do
trabalhador.
Dessa forma em geral os resultados obtidos, mostram que a maioria dos
trabalhadores precisam de maiores esclarecimentos a respeito de como deve ser a
postura correta, através da adaptação individual de acordo com as reais
necessidades, e eventualmente se fazendo a necessidade de introdução de
aparelhos, como suporte de pés, os quais ajudarão nessas adaptações.
Outra pergunta importante do estudo, era se os problemas da não adaptações
ergonômicas poderiam desencadear os problemas psicossociais. Dentro da análise
das respostas, ficou claro que os problemas psicossociais são ocasionados por
insegurança em relação a instabilidade da empresa, além das relações internar entre
os funcionários e os gestores.
65
6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
Através do presente estudo, ficou claro que a observância da ergonomia dentro
de todo e qualquer local de trabalho é fundamental para garantir a saúde e segurança
do trabalhador. Observar os padrões a serem seguidos, para que as atividades
laborais aconteçam com qualidade, é o objetivo fundamental da análise ergonômica.
A partir desta pesquisa bibliográfica baseada na percepção dos referidos
autores sobre ergonomia, conclui-se que o estudo e a aplicabilidade de conceitos
ergonômicos auxiliam no bem-estar e no conforto no ambiente de trabalho e na vida
dos colaboradores, o que gera maior produtividade e queda dos índices de doenças
ocupacionais principalmente como LER/DORT, bem como diminuição de ações
trabalhistas.
Para oferecer esse ambiente mais saudável de trabalho, as empresas devem
se preocupara com ações preventivas de acordo com a Norma Regulamentadora NR-
17. A NR - 17 especifica aspectos que devem ser seguidos, para que as condições e
as formas de trabalho aconteçam sem nenhum prejuízo ao trabalhador e a empresa,
uma vez que o afastamento do colaborador ocasiona prejuízos financeiros e de
trabalho, pois o mesmo deve ser substituído e talvez o novo funcionário demore para
aprender as atividades.
O presente estudo mostra que as empresas não conseguem alcançar em 100%
a observância da NR-17, sempre havendo algum tipo de falha a ser resolvida. A
ergonomia traz benefícios e está direta a saúde e qualidade de vida do trabalhador,
aumento de lucros e funcionários cada vez mais satisfeitos
Dessa forma, uma fiscalização rígida e constante a respeito da análise e
adequação ergonômica dentro das empresas traria melhores qualidade de trabalho e
menos problemas ocasionados pelo não cumprimento das normas regulamentadoras.
Os funcionários precisam também conhecer melhor as leis e as obrigações das
empresas a respeito da promoção de melhores condições de trabalho. O
conhecimento dos trabalhadores, somado as fiscalizações mais corriqueiras e
eficientes, certamente proporcionaria a ergonomia dentro das empresas.
A ergonomia se preocupa com as condições gerais de trabalho, tais como, a
postura, a iluminação, os ruídos e a temperatura, que geralmente são conhecidas
como agentes causadores de males na área de saúde física e mental. As introduções
de trabalhos ergonômicos dentro das empresas privadas e públicas, podem auxiliar
66
no aumento da eficiência humana, através de dados que comprovem o bem-estar
físico e psíquico do colaborador em seu ambiente de trabalho.
Podendo diminuir o custo individual e minimizar através da ergonomia
aspectos do trabalho que, à longo prazo, possam provocar ineficiências ou os mais
variados tipos de incapacidades físicas.
Com base nos resultados colhidos na pesquisa e embasado no aporte literário
neste texto monográfico, recomenda-se como estímulo a necessidade de uma
observância total e plena da NR-17. As pesquisas dentro do contexto da norma
regulamentadora, devem voltar-se para a parte de seus anexos, uma vez que a
observância da ergonomia no trabalho citado em tal documento se faz importante,
pois o crescimento de tais setores tem adentrado o mercado de forma considerável.
Um fator importante é que as empresas sempre realizem dentro de seu espaço
questionários para saber a visão que seus funcionários têm do local de trabalho, e
acatar as ideias dos mesmos, sempre buscando entender que o local de trabalho
adequado e funcionários satisfeitos, contribuem diretamente para o sucesso da
empresa.
Todas essas boas práticas não devem permanecer apenas dentro da
empresa, elas devem estar inseridas no cotidiano de cada um, até mesmo fora do
trabalho.
67
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