ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
PEDAGÓGICO, COORDENADOR
PEDAGÓGICO, PLANEJAMENTOS.
Profª Simone [email protected]
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DIDÁTICA E A PRÁTICA DE ENSINO
O Coordenador Pedagógico
Organização da sala de aula de aula
Gestão escolar
Recursos didáticos e sua utilização.
Planejamento Escolar;
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O COORDENADOR PEDAGÓGICO
Sua origem remonta ao tempo dos jesuítas, sob a
influência do método educacional rátio studiorum e
de um modelo oriundo dos Estados Unidos, no
século XVIII, que atendia especificamente ao
ensino que tinha como objetivo criar mão de obra
para atender ao mercado em processo de
industrialização, tendo, então, como foco a super-
visão para coibir e controlar as ações dos sujeitos.
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O COORDENADOR PEDAGÓGICO
[...] a Supervisão Educacional foi criada num
contexto de ditadura. A Lei 5692/71 a instituiu
como serviço específico da Escola de 1º e 2º
Graus (embora já existisse anteriormente). Sua
função era, então, predominantemente tecnicista
e controladora e, de certa forma, correspondia à
militarização Escolar. No contexto da Doutrina de
Segurança Nacional adotada em 1967 e no
espírito do AI-5 (Ato Institucional n. 5) de 1968, foi
feita a Reforma Universitária, nela situa-se a
reformulação do Curso de Pedagogia.4
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O COORDENADOR PEDAGÓGICO
Em 1969 era regulamentada a Reforma
Universitária e aprovado o parecer
reformulador do Curso de Pedagogia, o
mesmo prepara predominantemente, desde
então, "generalistas'', com o título de
especialistas da educação, mas pouco
prepara para a prática da educação.
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O COORDENADOR PEDAGÓGICO
Com esse serviço introduzido na
escola, porém, sem nenhuma preocupação com as
especificidades dos alunos nem com os desafios
presentes na sala de aula, acontece a partir
daí, uma divisão dos trabalhos técnicos, passando
o supervisor a deter para si o comando das
ações, de forma arbitrária e
autoritária, desacreditando os professores e
assumindo o controle de todas as funções. (SILVA
Jr.apud VASCONCELLOS, 2002, 88).
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O COORDENADOR PEDAGÓGICO
Antes da LDB 9394/ 96 :
Confronto entre o Coordenador / Supervisor e os
professores
Autoritarismo
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O COORDENADOR PEDAGÓGICO
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB 9394/96), artigo 64:
"A formação de profissionais de educação para
administração, planejamento, inspeção, supervisão
e orientação educacional, para a educação básica
será feita em cursos de graduação em pedagogia
ou em nível de pós-graduação, a critério da
instituição de ensino, garantida, nesta formação, a
base comum nacional."
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O COORDENADOR PEDAGÓGICO
Nesse sentido, com habilitação específica e
esses novos conhecimentos adquiridos em cursos
de pós-graduação o coordenador pedagógico
assume a responsabilidade de direcionar sua ação
para atender as especificidades sociais, culturais e
políticas da escola contemporânea, fornecendo as
condições e os meios para uma prática de ensino
significativo, favorecendo a reflexão critica na
comunidade escolar.
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O COORDENADOR PEDAGÓGICO
A educação é um fenômeno social e é indissociável
das práticas humanas, pois contempla a
dinamicidade dos indivíduos, uma vez que é
constituída, elaborada e transformada pelas
relações sociais.
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Este aspecto vê-se contemplado nas contribuições
de Libâneo:
[...] a educação é um fenômeno social. Isso
significa que ela é parte integrante das relações
sociais, econômicas, políticas e culturais de uma
determinada sociedade, (...) este fato é
fundamental para se compreender que a
organização da sociedade, a existência das
classes sociais, o papel da educação estão
implicados nas formas que as relações sociais vão
assumindo pela ação concreta dos homens.
(1994, p. 18) 11
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Dessa forma, é muito importante que a escola
ofereça uma proposta de educação que
contemple este universo. Que os sujeitos
envolvidos nesse processo percebam as
transformações sociais e subsidiem meios para
que o ensino não seja apenas uma
transmissão de conteúdos pelo professor ou
realização e resolução de exercício de
memorização pelo aluno, mas, seja de
fato, uma aquisição significativa de saberes.12
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O COORDENADOR PEDAGÓGICO
O coordenador pedagógico que necessita refletir
sobre as posturas e as ações dos sujeitos
responsáveis pelo processo educacional dentro da
escola (gestor, professores...) tendo em vista a função
que desempenham para o imergir de práticas mais
humanas, mais comprometidas e
autênticas, conforme explicita Vasconcellos (2002, p.
57): "Para favorecer a mudança da prática
pedagógica, basicamente, o papel da equipe de
direção é criar um clima de confiança, pautado numa
ética libertadora e no autentico diálogo".
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O COORDENADOR PEDAGÓGICO
A concepção equivocada e preconceituosa da
coordenação pedagógica ainda muito ligada a um
passado de controle e total poder que tinha o
supervisor, faz com que a atuação do coordenador
pedagógico, seja vista com muita reticência e carregada
de definição negativa, originando, dessa forma, aquilo que
não é atribuição desse especialista: fiscalizador dos
professores; aquele que dedura/entrega os docentes para
a direção; que leva recadinhos dos professores para a
direção e vice-versa; não é auxiliar da direção, da
secretaria, substituto do professor e nem fiscal dos alunos;
tampouco é profissional de gabinete distante das ações
educativas e dos desafios que se desenvolvem em sala
de aula.14
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O COORDENADOR PEDAGÓGICO
Segundo Vasconcellos:
“O horizonte que vislumbramos para os serviços
especializados é o do intelectual orgânico, qual
seja aquele que está atento à realidade, que é
competente para localizar os temas geradores
(questões, contradições, necessidades) do
grupo, organizá-los e devolver como um desafio
para o coletivo, ajudando na tomada de
consciência e na busca conjunta de forma de
enfrentamento.”15
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O COORDENADOR PEDAGÓGICO
Ações isoladas não surtem efeito, é necessário que
as práticas pedagógicas sejam desenvolvidas em
parceria. Destaca-se assim, a importância das
atribuições do coordenador como
articulador, chamando para reflexão e envolvimento
toda a comunidade escolar, no sentido de que
sejam colocadas em prática as metas e objetivos
construídos no bojo do Projeto Político Pedagógico
da Escola, cabendo, ainda, ao coordenador propor
formas de ações que ajude a combater tudo que
represente a desumanização da escola, lutando
contra a ideologia dominante, no enfrentamento do
ensino descontextualizado que classifica e exclui.16
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O Coordenador Pedagógico deve exercer uma
postura problematizadora, provocando
reflexões e questionamentos, exercendo
também o papel de animador e
disponibilizando materiais que subsidiará a
formação dos professores, elevando o nível de
consciência do grupo. Deve acolher o
professor, fazendo críticas e ao mesmo tempo
oferecendo alternativas para resolução de suas
inquietações e dificuldades. 17
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O COORDENADOR PEDAGÓGICO
É indispensável que o coordenador pedagógico
esteja consciente de que sua ação é um ato
político, que, ao realizar sua prática, está
assumindo essa postura, embora, isso muitas
vezes aconteça de forma inconsciente. E que se
trata de alguém que, através dessa ação é capaz
tanto de reproduzir a ideologia
dominante, perpetuando as desigualdades e as
exclusões tão presentes na sociedade e que se
refletem no espaço escolar, como pode contribuir
para promover a igualdade e a superação da
marginalização. 18
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No processo de formação do especialista em
coordenação pedagógica, é indispensável estudo
de teorias e práticas para que haja um fazer
consciente de suas ações. No entanto, deve-se
levar em conta que o coordenador pedagógico é
também produto das contradições sociais, carrega
consigo uma visão de um mundo legitimado por
uma epistemologia do senso comum. Muitos são
adeptos de fórmulas obsoletas, tornando-se
assim, incapazes de tomar consciência das
amarras que estagnam sua capacidade de
dialogar, pesquisar o novo, criar, agir e pensar
diferente. 19
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Na aquisição e efetivação dos saberes se faz
necessária a intervenção do coordenador
pedagógico, em favor do professor para contribuir
com sua atuação na sala de aula, onde este deve
ter em mente o quão é importante essa busca essa
transmissão de conhecimento, e troca de
experiências para a construção de identidade do
educando.
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Algumas formas de atuação do coordenador
pedagógico, segundo Vasconcellos:
Atendimento individual ao professor (sistemático ou
de acordo com solicitação); orientação individual ou
coletiva para o planejamento de sala de sula;
sessão de orientação semanal por série, ciclo, ou
área; acompanhamento de aulas, coordenação das
reuniões pedagógicas; reunião sistemática com a
equipe diretiva;
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busca de subsídios para os docentes; análise do
material didático; participação em projetos
específicos; assessoramento para produção de
material didático; estímulo à pesquisa; incremento
da formação permanente através da organização
de cursos ou palestras para professores. (2002, p.
109).
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O COORDENADOR PEDAGÓGICO
Acredita-se que a ação da escola sobre os alunos
não atende a preocupação exigida para vencer os
desafios futuros, de forma a compreender que o
aprendizado do aluno não se conclui com sua
diplomação, ou seja, não é um ser acabado.
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O COORDENADOR PEDAGÓGICO
Concordando com as idéias de Vasconcellos
(2002, p. 104):
"No cotidiano escolar costuma haver uma
expectativa instalada sobre o papel do coordenador
pedagógico, de tal forma que quando ocorre
mudança, a pressão é tão grande que o novo
coordenador termina se enquadrado no modelo
existente, naquilo que já se esperava dele: a
expectativa formata o desempenho".
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Outro grande desafio para esse especialista é
está atento ás dificuldades apresentadas pelo
professor, que detém apenas a teoria do conteúdo
a ser ensinado, mas não se enquadra com os
pressupostos educacionais e metodológicos do
sistema: como ensinar, ou seja, ele domina o
conteúdo, porém carece de subsídios teóricos e
pedagógicos, inerentes ao processo ensino
aprendizagem.
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Sendo assim, o coordenador precisa trabalhar o
conflito existente entre pedagogos, que são
educadores profissionais, e os professores de
matérias específicas que, por dominarem suas
respectivas áreas de formação
superior, manifestam atitudes de resistência ao
acolhimento de sugestões com relação a sua
forma de atuar em sala de aula.
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O que se busca, então, apesar de tantos
fatores desafiantes, é desencadear na escola
um processo constante de formação, reflexão e
ação sobre o ensino, re-significando as práticas
pedagógicas.
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O COORDENADOR PEDAGÓGICO
A ação do coordenador pedagógico, como fio
condutor desse processo não deve acontecer
de maneira descompromissada e
descontextualizada, pois, com o seu
protagonismo sério e ético é possível contribuir
para uma ação efetiva a serviço de uma
educação de qualidade.
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O COORDENADOR PEDAGÓGICO
No entanto, é necessário que o coordenador
esteja atento aos desafios e apelos que lhes
chegam de todos os lados, conhecer o
universo da educação, suas dificuldades e
avanços, fazendo, a partir de sua atuação
pedagógica, um caminho de
maturação, vivenciando as experiências da
comunidade escolar como processo individual
dos sujeitos que dela
participam, mas, vislumbrando essa ação como
uma abrangência de transformação coletiva.29
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PLANEJAMENTO , PLANOS E PROJETOS
Para Luckesi (1995)
... o planejamento é entendido como um ato político e
dinâmico no qual ocorrem as tomadas de decisão . É o
momento em que se estabelece a finalidade da
proposta pedagógica , os entendimentos filosóficos-
políticos da realidade bem como, os objetivos e a
distribuição racional de recursos .
O autor acredita que o ato de planejar envolve
três momentos distintos e interligados :
① o da concepção em que são realizados
diagnósticos da realidade educacional , tomadas as
decisões e traçados os objetivos. 30
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② o da execução, em que deve-se buscar a efetivação dos objetivos propostos; e
③ o da avaliação momento em que seanalisa a realização das propostas planejadas e sepropõem mudanças.
O ato de planejar na atividade pedagógicanão pode ser tratado como uma ação neutra , simplesse configurando como técnica de administrar recursos, mas sim como algo definidor de uma concepçãoparticular de homem , sociedade , educação e ensino.
Culturalmente, o ato de planejar vemsendo imposto aos docentes como simples atividade depreenchimento de formulários, que se destina tãosomente ao cumprimento da burocracia.
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Conforme Libâneo (1994, p.222):
[...] o planejamento é um processo de
racionalização, organização e coordenação da
ação docente, articulando a atividade escolar e a
problemática do contexto social. A escola, os
professores e os alunos são integrantes da
dinâmica das relações sociais; tudo o que
acontece no meio escolar está atravessado por
influências econômicas , políticas e culturais que
caracterizam a sociedade de classe.
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O planejamento tem, entre outras , a seguinte função:
direcionar o trabalho docente assegurando que o
plano esteja articulado com as necessidades da
escola, do educando e as exigências do contexto
social. Com isso , nenhum plano será
neutro,pois, acaba contendo em seu contexto
posicionamentos filosóficos e políticos que vão
direcionar as ações que o educador irá realizar na
sala de aula.
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Para Libâneo, o plano é um guia de orientação que se
configura como instrumento de ação e
transformação, nesse sentido, é importante que o
plano apresente ordem sequencial , objetividade
, coerência e flexibilidade.
O plano facilita a preparação da aula, assegura
unidade e coerência no momento em que prevê
objetivos , conteúdos e a metodologia a ser utilizada. O
autor menciona os três níveis de plano: o plano da
escola, o plano de ensino e o plano de aula. 34
PLANOS
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O PLANO DA ESCOLA
O plano da escola é um documento mais global, expressa orientações gerais que sintetizam , de umlado , as ligações da escola com o sistema escolarmais amplo e, de outro, as ligações do projeto-pedagógico da escola com os planos de ensinopropriamente ditos. O plano de ensino (ou plano deunidades ) é a previsão dos objetivos e tarefas dotrabalho docente para um ano ou semestre ; é umdocumento mais elaborado , dividido por unidadessequenciais , no qual aparecem objetivosespecíficos, conteúdos e desenvolvimentometodológico. O plano de aula é a previsão doconteúdo para uma aula ou conjunto de aulas e temum caráter bastante específico.
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O planejamento, bem como, o plano
, exigem o processo de reflexão , tomada
de decisões sobre a ação, avaliação da
atividade.
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RECURSOS DIDÁTICOS
CONCEITO:
São componentes do ambiente deaprendizagem que estimulam o aluno. Pode ser omonitor, livros e recursos da natureza, etc.Dessa forma, podemos ver que tudo o que se encontrano ambiente onde ocorre o processo ensino-aprendizagem pode se transformarem um ótimorecurso de didático, desde que utilizado de formaadequada e correta.
Não podemos nos esquecer que osrecursos didáticos são instrumentos complementaresque ajudam a transformar as idéias em fatos e emrealidades.
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Eles auxiliam na transferência de
situações, experiências, demonstrações, sons, imagen
s e fatos para o campo da consciência,onde então eles
se transmutam em idéias claras e inteligíveis.
Recursos didáticos são métodos pedagógicos
empregados no ensino de algum conteúdo ou
transmissão de informações.
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FUNÇÃO:
Quando usamos de maneira adequada, os recursos de ensino colaboram para:
1- Motivar e despertar o interesse dos participantes;
2- Favorecer o desenvolvimento da capacidade de observação;
3- Aproximar o participante da realidade;
4- Visualizar ou concretizar os conteúdos da aprendizagem;
5- Oferecer informações e dados;
6- Permitir a fixação da aprendizagem;
7- Ilustrar noções mais abstratas;
8- Desenvolver a experimentação concreta. 39
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TIPOS:
Na escolha e utilização do recurso didático, devem
ser observados alguns quesitos de extrema
relevância, que são:
①Nunca utilizar um recurso só porque está na moda;
② Saber se o local permite ou possibilita o uso do
recurso escolhido;
③Só escolher a técnica ou recurso se tiver absoluto
domínio da mesma;
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④Sempre levar em conta o tempo que um determinado
recurso vai exigir para ser aplicado;
⑤ Na confecção de cartazes, transparências, não
dispensar o uso do dicionário;
⑥ No caso de dúvidas na expressão de alguma
idéia, tente encontrar outra alternativa;
⑦ O preparo do material com antecedência possibilita
um tempo para consultas;
⑧ Escolher as idéias que você quer fixar, para que a
elaboração do material esteja a serviço dos seus
objetivos.
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Reflexão com teóricos e suas contribuições
com ensino e a aprendizagem :
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PAULO FREIRE E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA EDUCAÇÃO
Freire entendia a educação com a principal função
de que é educar para liberdade , não como
condicionamento social mas voltada para a
LIBERDADE e AUTONOMIA,dos educandos. Esta
autonomia está presente na definição de vocação
ontológica de ‘ser mais’ que está associada com a
capacidade de transformar o mundo. É exatamente
aí que o homem se diferencia do animal. Por viver
num presente indiferenciado e por não perceber-se
como um ser unitário distinto do mundo, o animal
não tem história.
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o conhecimento não pode advir de um ato de
"doação" que o educador faz ao educando, mas
sim, um processo que se realiza no contato do homem
com o mundo vivenciado, o qual não é estático, mas
dinâmico e em transformação contínua.
Baseada em outra concepção de homem e de
mundo, supera-se a relação vertical, estabelecendo-se a
relação dialógica. O diálogo supõe troca, os homens se
educam em comunhão, midiatizados pelo mundo. "...e
educador já não é aquele que apenas educa, mas o
que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o
educando, que ao ser educado, também educa ...".
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O EDUCAR PARA PAULO FREIRE
Educar é construir, é libertar o homem dodeterminismo, passando a reconhecer o papel daHistória e onde a questão da identidade cultural, tantoem sua dimensão individual, como em relação à classedos educandos, é essencial à prática pedagógicaproposta. Sem respeitar essa identidade, semautonomia, sem levar em conta as experiências vividaspelos educandos antes de chegar à escola, o processoserá inoperante, somente meras palavras despidas designificação real.
A educação é ideológica, mas dialogante, pois sóassim pode se estabelecer a verdadeiracomunicação da aprendizagem entre seres constituídosde almas, desejos e sentimentos.
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A EDUCAÇÃO PROBLEMATIZADORA RESPONDE À ESSÊNCIA DO
SER E DA SUA CONSCIÊNCIA, QUE É A INTENCIONALIDADE.
A intencionalidade está na capacidade de
admirar o mundo, ao mesmo tempo
desprendendo-se dele, nele estando, que
desmistifica, problematiza e critica a realidade
admirada, gerando a percepção daquilo que é
inédito e viável.
Resulta em uma percepção que elimina
posturas fatalistas que apresentam a realidade
dotada de uma determinação imutável.
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O EDUCANDO DEVE PRIMEIRO DESCOBRIR-SE COMO UM
CONSTRUTOR DESSE MUNDO DA CULTURA.
Essa concepção distingue natureza decultura, entendendo a cultura como oacrescentamento que o homem faz ao mundo, oucomo o resultado do seu trabalho, do seu esforçocriador. Essa descoberta é a responsável peloresgate da sua auto-estima, pois, tanto é cultura aobra de um grande escultor, quanto o tijolo feitopelo oleiro.
Procura-se superar a dicotomia entre teoria eprática, pois durante o processo, quando o homemdescobre que sua prática supõe um saber, concluique conhecer é interferir na realidade, percebe-secomo um sujeito da história.46
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Para Paulo Freire não se pode separar:
a prática da teoria,
autoridade de liberdade,
ignorância de saber,
respeito ao professor de respeito aos alunos,
ensinar de aprender.
Por acreditar que o mundo é passível detransformação a consciência crítica liga-se ao mundo da cultura e não da natureza.
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PIAGET E A APRENDIZAGEM
Piaget não aponta respostas sobre o que e
como ensinar, mas permite compreender como a
criança e o adolescente aprendem, fornecendo um
referencial para a identificação das possibilidades e
limitações de crianças e adolescentes. Desta
maneira, oferece ao professor uma atitude de
respeito às condições intelectuais do aluno e um
modo de interpretar suas condutas verbais e não
verbais para poder trabalhar melhor com elas.
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IMPLICAÇÕES DO PENSAMENTO PIAGETIANO
PARA A APRENDIZAGEM
Os objetivos pedagógicos necessitam estar
centrados no aluno, partir das atividades do aluno.
Os conteúdos não são concebidos como fins
em si mesmos, mas como instrumentos que servem
ao desenvolvimento evolutivo natural.
Primazia de um método que leve ao
descobrimento por parte do aluno ao invés de
receber passivamente através do professor.
A aprendizagem é um processo construído
internamente.49
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A aprendizagem depende do nível de
desenvolvimento do sujeito.
A aprendizagem é um processo de reorganização
cognitiva.
Os conflitos cognitivos são importantes para o
desenvolvimento da aprendizagem.
A interação social favorece a aprendizagem.
As experiências de aprendizagem necessitam
estruturar-se de modo a privilegiarem a colaboração, a
cooperação e intercâmbio de pontos de vista na busca
conjunta do conhecimento.50
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AUTONOMIA PARA PIAGET
Jean Piaget caracterizava "Autonomia como acapacidade de coordenação de diferentesperspectivas sociais com o pressuposto do respeitorecíproco". (Kesselring T. Jean Piaget. Petrópolis:Vozes, 1993:173-189).
Para Piaget (1977), a constituição do princípio deautonomia se desenvolve juntamente com oprocesso de desenvolvimento da autoconsciência.No início, a inteligência está calcada em atividadesmotoras, centradas no próprio indivíduo, numarelação egocêntrica de si para si mesmo. É aconsciência centrada no eu.
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Como afirma Kamii, seguidora de Piaget, "A essência da autonomia é que as crianças se tornam capazes de tomar decisões por elas mesmas. Autonomia não é a mesma coisa que liberdade completa. Autonomia significa ser capaz de considerar os fatores relevantes para decidir qual deve ser o melhor caminho da ação. Não pode haver moralidade quando alguém considera somente o seu ponto de vista. Se também consideramos o ponto de vista das outras pessoas, veremos que não somos livres para mentir, quebrar promessas ou agir irrefletidamente"(Kamii C. A criança e o número. Campinas: Papirus).
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É fundamental entender que o conhecimento supõe
o desenvolvimento do pensamento e que
desenvolver o pensamento supõe metodologia e
procedimentos sistemáticos do pensar.
Nesse caso, a característica mais destacada do
trabalho do professor é a mediação docente pela
qual ele se põe entre o aluno e o conhecimento
para possibilitar as condições e os meios de
aprendizagem, ou seja, as mediações cognitivas.
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O suporte teórico de partida é o princípio
vygotskiano de que a aprendizagem é uma
articulação de processos externos e
internos, visando a internalização de signos
culturais pelo indivíduo, o que gera uma qualidade
auto-reguladora às ações e ao comportamento dos
indivíduos.
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Qualquer reflexão acerca da qualidade do
ensino de uma dada disciplina, pressupõe uma
determinada concepção sobre a função da
educação. Ainda que não tenhamos consciência
dela, esta concepção é o nosso ponto de referência
para a elaboração de juízos de valor acerca da boa
ou má qualidade do ensino de uma disciplina.
Assim, se nos propusermos investigar sobre os
critérios que possam contribuir para um ensino de
qualidade na disciplina de introdução à filosofia, é
necessário tornarmo-nos conscientes da concepção
de educação que nos rege.56
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Qual é a função da educação na sociedade? Terá a
educação uma função meramente reprodutora dos
usos e costumes da sociedade? Como nos diz
Michael Walzer, se a educação fosse meramente
reprodutora, não haveria necessidade de
existirem, para além da instituição da família, as
instituições escolares, uma vez que a família parece
cumprir perfeitamente o papel reprodutor de um
conjunto de hábitos, costumes e tradições.
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Como professores, temos esta enorme
responsabilidade. O que fazemos ou não fazemos
tem este alcance extraordinário e confere à nossa
profissão uma componente moral importante:
ensinar é fazer o bem; ensinar é ensinar a fazer o
bem. Isso dá-lhe uma beleza e uma nobreza
susceptíveis de nos permitirem encontrar nela um
sentido para a nossa existência.
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Se concebermos a educação enquanto instância
mimética da sociedade, então ela não é mais do que
um instrumento de prolongamento, manutenção e
consolidação da sociedade, bem como dos
problemas que nela existem. Uma outra resposta
possível a esta questão seria afirmar que a escola
não reproduz mas produz a sociedade e constitui-
se, assim, como o princípio de mudança sociais.
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As instituições escolares seriam, nesta
perspectiva, entendidas como sendo destinadas a
produzir alunos com um determinado tipo de
perfil, de modo a suprir as carências sociais do
momento, de acordo com uma lógica empresarial e
mercantilista. Se assim for, será necessário
perguntar por que critérios se rege quem decide
quais são as carências a suprir, se esses critérios
são justos e que instâncias estão capacitadas para
regular e tomar essas decisões.
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Na realidade, a escola e a educação
parecem ter ambas as funções: elas (re)produzem a
sociedade numa dinâmica conservadora
e, simultaneamente renovadora. Porque há elementos
da nossa cultura, da nossa história e tradição que é
importante preservar, a escola funciona como um
instrumento privilegiado nessa ação de
conservação, nesse ato de transmissão da memória de
uma civilização.
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É esta função conservadora que permite viabilizar a
inserção de cada indivíduo no meio social em que
nasceu. Mas, porque, como em tudo o que é
humano há falhas ou simplesmente elementos a
melhorar, a educação e as instituições a ela
associadas possuem no seu seio a condição de
possibilidade para mudanças sociais.
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De um modo ou de outro, a escola constitui-se comocondição de possibilidade da própria sociedade:«[…] muito longe de a educação ter por objetivoúnico ou principal o indivíduo ou os seusinteresses, a educação é, antes de tudo, o meio peloqual a sociedade renova perpetuamente ascondições da sua própria existência.» Estaconcepção de educação enquanto (re)produção deuma sociedade não esgota a questão que foilevantada. Para além de viabilizar a inserção decada indivíduo num determinado grupo sócio-cultural, a educação constitui-se, acima detudo, como condição pela qual o ser humano sepode tornar verdadeiramente humano.
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Se é verdade que, do ponto de vista genético e
biológico, todos nascemos humanos, a verdade é que
cada ser humano, quando nasce, é apenas um projeto
de ser humano. Isto significa que a sua identidade não
se reduz à herança genética que lhe foi legada, mas
está dependente de uma segunda gestação que
consiste justamente na formação que adquire em
sociedade, em convivência e partilha com outros seres
humanos: «Para ser homem, não basta nascer, é
necessário aprender.».
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O ser humano é, nesta perspectiva, entendido como
um processo, algo que se vai construindo e (trans)
formando, um manancial de possibilidades que só
serão atualizáveis por meio da educação. Nesta
perspectiva urge perguntar, não qual a função que a
educação desempenha num dado momento, numa
dada sociedade, mas sim qual a função que a
educação deve desempenhar, face à natureza
humana..
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Encaminhamo-nos, assim, para uma concepção
humanista, em que a educação é entendida como um
meio que permite ao homem a atualização das suas
potencialidades, como um caminho para a liberdade, no
qual, como nos dizia Kant, cada ser humano é sempre
visto como um fim em si mesmo e nunca como um meio
para outros fins. Educar significará, assim, atualizar a
humanidade que se encontra latente em cada
indivíduo, contribuindo para a sua formação enquanto
pessoa, capaz de participar ativamente na construção e
melhoramento da sociedade, possuidora de uma razão
autônoma, capaz de refletir reflexiva e criticamente sobre
a realidade que o rodeia. 66
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Este aprender a ser pessoa, a ser humano só épossível, porque existem outros seres humanos: épor vontade/mediação de outrem que vimos aomundo, é com a sua ajuda e colaboração quecrescemos, que nos formamos enquanto sereshumanos. Há, assim, como dizia Max Scheler, umaanterioridade do nós em relação ao eu: não há umeu sem um nós. Em conseqüência, educar não éapenas formar um ser humano isoladamente, mas averdadeira humanidade só é possível naconvivência, no confronto do eu com o tu, naconfiguração de um nós, ou seja, de uma vidacomum que permita a realização de todos.
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Uma concepção humanista da educação constitui-
se, assim, como condição de possibilidade para a
construção de uma sociedade justa em que cada
indivíduo tenha, à partida, liberdade e igualdade de
oportunidades no acesso aos instrumentos que lhe
permitirão desenvolver as suas potencialidades
técnicas, racionais e morais, compondo, assim, a
sua existência, enquanto pessoa. Se a realidade
social é injusta e apresenta desigualdades, uma
educação deste tipo constitui uma oportunidade
para corrigir essas desigualdades e possibilitar que
se reponha, de certo modo, a justiça e a igualdade. 68
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Observando a realidade das nossas escolas, torna-
se evidente que esta concepção de educação está
ainda longe de ser concretizada. Mas isso não nos
deve impedir de proclamar esta concepção, que se
assume como um ideal, não utópico, mas necessário
enquanto idéia reguladora e exigência da razão
que, tendo um poder normativo sobre as nossas
ações, se constitui como motor de mudança e
aperfeiçoamento do atual estado das coisas.
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Concluímos que um ensino de qualidade será aquele
que estiver de acordo com uma concepção
humanista da educação. O que quer isto dizer?
Fundamentalmente, duas coisas .
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Em primeiro lugar, uma educação de
qualidade terá de ser justa, ou seja, terá de ser
garantida uma igualdade de oportunidades no
acesso, durante o processo da formação e na
avaliação do mesmo para tanto os procedimentos
didáticos deverão constituir-se em instrumentos
facilitadores. A educação é, nesta perspectiva, não
um instrumento meramente mimético do estado da
sociedade, que contribui para a manutenção e
consolidação das desigualdades sociais, mas um
meio de as transformar em igualdades
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Em segundo lugar a formação dada pela educaçãoterá de ser de tal forma que contribua para aformação do indivíduo enquanto pessoa, auxiliando-o no desenvolvimento das suas potencialidades eformando-o enquanto cidadão que valoriza econtribui de forma autônoma e crítica para omelhoramento da vida emsociedade, encaminhando-o a sair do estado a queKant chamou de menoridade.
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Há pelo menos duas abordagens possíveis desta
questão da função social da educação. Por um
lado, poderíamos limitar-nos a uma abordagem
descritiva e investigar qual o papel que a
educação, as escolas e os professores
desempenham efetivamente na nossa sociedade.
Obteríamos com certeza uma diversidade de
panoramas e ser-nos-ia possível construir a partir
deles, uma diversidade de teorias que procuravam
explicar as realidades observadas.
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É importante, então perguntarmo-nos não apenas
sobre a função que a educação desempenha
efetivamente na sociedade, mas também sobre qual
deve ser o papel da educação numa dada
sociedade.
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Ensinar é muito mais que instruir. É
também formar. Se levarmos isto em conta e
ministrarmos este tipo de ensino , não estaremos
apenas preparando jovens para o mercado de
trabalho, transmitindo-lhes as nossas crenças ou a
ensinando- lhes teorias que permitam-lhes atuar
sobre o mundo. Estamos também dotando-os da
formação que os pode tornar não só mais
inovadores e criativos, mas também melhores
pessoas e melhores cidadãos e, dessa
forma, poderão contribuir para a construção de uma
sociedade melhor, mais livre e mais justa.75
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As pessoas vão à escola para aprender cultura e internalizar os meios cognitivos de compreender e transformar o mundo. Para isso, é necessário pensar e estimular a capacidade de raciocínio e julgamento, melhorar a capacidade reflexiva e desenvolver as competências do pensar. A didática tem o compromisso com a busca da qualidade cognitiva das aprendizagens, esta, por sua vez, associada à aprendizagem do pensar. Cabe-lhe investigar como ajudar os alunos a se constituírem como sujeitos pensantes e críticos, capazes de pensar e lidar com conceitos, argumentar, resolver problemas, diante de dilemas e problemas da vida prática.
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Como professores, temos esta enorme
responsabilidade. O que fazemos ou não fazemos
tem este alcance extraordinário e confere à nossa
profissão uma componente moral importante:
ENSINAR É FAZER O BEM
Isso dá-lhe uma beleza e uma nobreza
susceptíveis de nos permitirem encontrar nesta
profissão um sentido para a nossa existência.
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