APROFUNDANDO A CONSCIÊNCIA DE SER
FILHO DE DEUS
Visto pelos olhos da Verdade, todo homem é filho de Deus e está nos braços de Deus desde
o principío.
A Verdade da Vida Vol. 27 Cap. 5
Neste capítulo, o Mestre explana sobre o Sr. Ryocen Tsunajima, que cita em sua
obra Jikaku Shôki, que a conscientização é
praticamente igual à proporcionada pela Seicho-No-Ie, de que o homem é filho de
Deus. A Verdade da Vida Vol. 27 – Pag. 109
Porém a conscientização alcançada pelo sr. Ryocen de
que o homem é “filho de Deus” não o curou da
enfermidade
A Verdade da Vida Vol. 27 – Pag. 109
E por quê na Seicho-No-Ie a mesma conscientização de
que “o homem é filho de Deus” – proporciona a
inúmeros adeptos força para curar a doença?
A Verdade da Vida Vol. 27 – Pag. 109
Agora, vamos analisar os adeptos da “filosofia otimista” . Para eles, nada é sonho, nada é vão; tudo é manifestação dos atributos de Deus. A grandeza dos heróis da filosofia otimista está em possuir a verdadeira
consciên- cia de que são filhos de Deus.
A Verdade da Vida Vol. 27 – Pag. 110
Obviamente, eles também derramam lágrimas e sofrem, pois os sofrimentos e as dores
são realidades da vida humana. Eles não os consideram sonhos.
Honesta e corajosamente encaram a realidade como tal,
sem fugir dela. A Verdade da Vida Vol. 27 – Pag. 110, 111
As lágrimas que eles derramam no espinhoso caminho desta vida são
altamente confortantes. As lágrimas dos que possuem fé
não são solitárias; pelo contrário, tornam profunda a
alegria.A Verdade da Vida Vol. 27 – Pag. 111
A crença do sr. Ryocen tendia mais para o cristianismo do que
para o budismo. Conforme mostra o trecho citado, ele considerava o budismo uma doutrina pessimista
que leva o homem a ver tudo como mero sonho e renunciar a
tudo, e enaltecia a vida de sofrimento como a dos mártires
cristãos
Isso é prova de que ele, mesmo após ter conhecido Deus, ainda possuía o sentimento de culto ao sofrimento. E isso constituía a principal causa de não ter se curado de sua doença, mesmo
após ter conscien-tizado que era “filho de Deus.
A Verdade da Vida Vol. 27 – Pag. 111
Não obstante, a “consciência de ser filho de Deus” do sr.
Ryocen era muito profunda. Ele a adquiriu através de sua
própria experiência na qual se manifestou a consciência
absoluta (consciência de Deus), experiência essa bem
semelhante à que tive .
Na verdade, o que ocorreu foi a fusão entre mim e Deus,
fusão esta em que praticamente me dissolvi
dentro de Deus. Em outras palavras, identifiquei-me com
Deus.
A Verdade da Vida Vol. 27 – Pag. 112
A consciência de que Deus é o pai do homem - que Jesus Cristo teve e utilizou magistralmente
como um gênio extraordinário – essa consciência é a mais verdadeira e a mais solene
Realidade objetiva e não pode jamais ser vista como uma
forma de expressão poética.
Como não encontro palavras adequadas para exprimir esta consciência incomparável, uso emprestada a expressão “Pai e filho” que julgo a mais próxima da ideal. Jesus Cristo escolheu
muito bem essa expressão, que será usada eternamente .
Em certa noite de novembro de 1904, através dessa
experiência em que viu Deus, o sr. Ryocen Tsunajima alcançou a profunda consciência de que está ligado, aqui e agora, ao
Infinito e à Vida eterna.A Verdade da Vida Vol. 27 – Pag. 113
O sr. Ryocen prega “a vida do Grande Eu, que está ligada à Vida eterna e infinita aqui e
agora”. Que é o Eu verdadeiro ou o ser verdadeiro de que ele fala? É aquele que está ligado à Vida infinita no ponto chamado
“aqui e agora” A Verdade da Vida Vol. 27 – Pag. 114
Se o sr. Ryocen tivesse realmente conscientizado que nada existe além de Deus e do Bem, teria
compreendido que a doença não existe, e, consequentemente, teria se curado. Faltou um passo para transpor a barreira que separava da grande Verdade pregada pela
Seicho-No-Ie
E qual seria esse passo? Naquela noite de novembro de
1904, ele conscientizou que estava ligado à Vida eterna,
mas, quando saiu do êxtase e olhou para o mundo
fenomênico-material, viu-o como existência verdadeira. Foi aí que a sua conscienti-zação
sofreu uma queda.
Por ter visto o mundo material como existente, a matéria se
tornou para ele uma barreira, o que o impediu de dar um passo para alcançar a conscientização proporcionada pela Seicho-No-Ie.
A Verdade da Vida Vol. 27 – Pag. 115
O sr. Ryosen, no entanto, não conseguia negar o fenômeno, a
matéria; ele tachava de “filosofia da resignação” aquela que nega a
matéria; afirmava “tudo que existe é bom”, vendo a matéria, a doença, o
sofrimento e as tragé-dias como realidade, considerava herói quem aceitasse tudo isso como realidade.
A Verdade da Vida Vol. 27 – Pag. 116
Essa mancha em si não é bela, mas, quando ela serve para
ressaltar a beleza de um quadro, passa a ser bela. É dessa forma
que o sr. Ryosen via a sua doença. Quanto mais sua doença fosse dolorosa, mais servia para
ressaltar o bem e a beleza do quadro geral de sua vida.
A Verdade da Vida Vol. 27 – Pag. 116
É um erro considerar o fenômeno como realidade. Saibam que realidade é apenas a Imagem Verdadeira, a perfeição proveniente de Deus. Portanto, quando ressaltamos a existência exclusiva da Imagem Verdadeira e negamos a existência do mal, dizendo “Seres fracos não existem! A imperfeição não existe!” ...
Quando afirmamos apenas a realidade da Imagem
Verdadeira, na qual tudo é bem – dominamos até a realidade
fenomênica e então não precisamos lamentar dizendo, “sou fraco, não sou perfeito”,
como fazem os dominados pela realidade fenomênica.A Verdade da Vida Vol. 27 – Pag. 118
Mas a Seicho-No-Ie não confunde o mundo substancial com o mundo fenomênico, pois
não reconhece a existência deste último. Faz confusão só quem reconhece a existência
do mundo fenomênico.A Verdade da Vida Vol. 27 – Pag. 118
Se a Seicho-No-Ie manifesta uma força extraordinária para
dominar a vida prática, é porque rompe com o mundo fenomênico, afirmando alta e claramente que o fenômemo
não existe e que existe unicamente a Imagem
Verdadeira.A Verdade da Vida Vol. 27 – Pag. 119