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O NOVO CPC E O DIREITO CIVIL: DESAFIOS INICIAIS
ANDR BORGES DE CARVALHO BARROS
Doutorando em Direito Civil Comparado pela PUC/SP.Doutorando em Funo Social do Direito pelaFadisp/SP. Mestre em Direito Civil Comparado pelaPUC/SP. Professor de Direito Civil na Ps-Graduao da
Escola Paulista da Magistratura (EPM), da EscolaSuperior da Advocacia (ESA/OAB), e da Escola Paulistade Direito (EPD). Professor de Direito Civil e doConsumidor em cursos preparatrios para concursospblicos exclusivo do Damsio em So Paulo.Coordenador da Ps-Graduao em Direito Negocial e
Imobilirio da Rede LFG.
Damsio.
13/01/16
Tema da aula: Prescrio e decadncia - impactos materiais e processuais do novo CPC
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1. INTRODUO
Distino ultrapassada
Direito de ao
Art
.
5
,
XXXV,
CF
a
lei
no
excluir
da
apreciao
doPoder
Judicirio
leso
ou
ameaa
a
direito
;
Art
.
189
/CC
.
Violado
o
direito,
nasce
para
o
titular
a
pretenso
,
a
qual
se
extingue
pela
prescrio,
nos
prazos
aque
aludem
os
arts
.
205
e
206
.
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2. PRESCRIO
CONCEITO ATUAL
PRETENSO?
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2.1. RELAO ENTRE
PRESCRIO E OBRIGAO
Obrigao Civil
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3. DECADNCIA
CONCEITO
DIREITOS POTESTATIVOS
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. CRITRIO CIENTFICO DE AGNELO
AMORIM FILHO
1) - Esto sujeitas a prescrio (indiretamente, isto , emvirtude da prescrio da pretenso a que correspondem): -todas as aes condenatrias, e somente elas;
2) - Esto sujeitas a decadncia (indiretamente, isto ,em virtude da decadncia do direito potestativo a quecorrespondem): - as aes constitutivas que tm prazoespecial de exerccio fixado em lei;
3) - So perptuas (imprescritveis): - a) as aesconstitutivas que no tm prazo especial de exercciofixado em lei; e b) todas as aes declaratrias.
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5. AES DECLARATRIAS
Declaratria de nulidadeArt. 169. O negcio jurdico nulo no suscetvel de
confirmao,nemconvalescepelodecursodotempo.
Correntes existentes:1Corrente:SilvioVenosa
2Corrente:CaioMrio
3Corrente:PabloStolze
ENUNCIADO 536/CJF Resultando do negcio jurdico nuloconsequncias patrimoniais capazes de ensejar pretenses,
possvel, quanto a estas, a incidncia da prescrio.
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6. Atuao sem procurao
Art. 104. O advogado no ser admitido a postular em juzosem procurao, salvo para evitar precluso, decadncia ouprescrio, ou para praticar ato considerado urgente.
1o Nas hipteses previstas no caput, o advogado dever,
independentemente de cauo, exibir a procurao no prazode 15 (quinze) dias, prorrogvel por igual perodo por despachodo juiz.
2o O ato no ratificado ser considerado ineficaz
relativamente quele em cujo nome foi praticado,respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos.
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7. Propositura da ao e interrupo do prazo
Art. 240. A citao vlida, ainda quando ordenada por juzo incompetente, induzlitispendncia, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado odisposto nosarts. 397 e 398 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Cdigo Civil).
1o A interrupo da prescrio, operada pelo despacho que ordena a citao, ainda queproferido por juzo incompetente, retroagir data de propositura da ao.
2o Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providncias necessrias paraviabilizar a citao, sob pena de no se aplicar o disposto no 1o.
3o A parte no ser prejudicada pela demora imputvel exclusivamente ao serviojudicirio.
4o O efeito retroativo a que se refere o 1o aplica-se decadncia e aos demais prazosextintivos previstos em lei.
Art. 802. Na execuo, o despacho que ordena a citao, desde que realizada emobservncia ao disposto no 2o do art. 240, interrompe a prescrio, ainda queproferido por juzo incompetente.
Pargrafo nico. A interrupo da prescrio retroagir data de propositura da ao.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art397http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art397http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art397http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art3977/25/2019 Aula 3 - Pal 13 1 2016 - Dr Andr Borges de Carvalho Barros.pdf
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8. Dano Processual
Art. 302. Independentemente da reparao por dano processual, a parte
responde pelo prejuzo que a efetivao da tutela de urgncia causar parteadversa, se:
I - a sentena lhe for desfavorvel;
II - obtida liminarmente a tutela em carter antecedente, no fornecer os meios
necessrios para a citao do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;
III - ocorrer a cessao da eficcia da medida em qualquer hiptese legal;IV - o juiz acolher a alegao de decadncia ou prescrio da pretenso do
autor.
Pargrafo nico. A indenizao ser liquidada nos autos em que a medida tiver
sido concedida, sempre que possvel.
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar no obsta a que a parteformule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se omotivo do indeferimento for o reconhecimento de decadncia ou de
prescrio.
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9. Julgamento liminar
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutria, o juiz, independentemente dacitao do ru, julgar liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - enunciado de smula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de
Justia;
II - acrdo proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de
Justia em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resoluo de demandas repetitivas oude assuno de competncia;
IV - enunciado de smula de tribunal de justia sobre direito local.
1o O juiz tambm poder julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar,desde logo, a ocorrncia de decadncia ou de prescrio.
2
o
No interposta a apelao, o ru ser intimado do trnsito em julgado da sentena,nos termos do art. 241.
3o Interposta a apelao, o juiz poder retratar-se em 5 (cinco) dias.
4o Se houver retratao, o juiz determinar o prosseguimento do processo, com a
citao do ru, e, se no houver retratao, determinar a citao do ru para apresentar
contrarrazes, no prazo de 15 (quinze) dias.
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10. Sentena com Resoluo de Mrito
Art. 487. Haver resoluo de mrito quando o juiz:
I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ao ou na reconveno;
II - decidir, de ofcio ou a requerimento, sobre a ocorrncia de
decadncia ou prescrio;III - homologar:
a) o reconhecimento da procedncia do pedido formulado na ao ou nareconveno;
b) a transao;
c) a renncia pretenso formulada na ao ou na reconveno.
Pargrafo nico. Ressalvada a hiptese do 1o do art. 332, a
prescrio e a decadncia no sero reconhecidas sem que antesseja dada s partes oportunidade de manifestar-se.
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11. Suspenso da execuoArt. 921. Suspende-se a execuo:
I - nas hipteses dos arts. 313 e 315, no que couber;
II - no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os embargos execuo;
III - quando o executado no possuir bens penhorveis;
IV - se a alienao dos bens penhorados no se realizar por falta de licitantes e o exequente, em 15
(quinze) dias, no requerer a adjudicao nem indicar outros bens penhorveis;
V - quando concedido o parcelamento de que trata o art. 916.
1o Na hiptese do inciso III, o juiz suspender a execuo pelo prazo de 1 (um) ano, durante o qualse suspender a prescrio.
2o Decorrido o prazo mximo de 1 (um) ano sem que seja localizado o executado ou que sejamencontrados bens penhorveis, o juiz ordenar o arquivamento dos autos.
3o Os autos sero desarquivados para prosseguimento da execuo se a qualquer tempo foremencontrados bens penhorveis.
4o Decorrido o prazo de que trata o 1o sem manifestao do exequente, comea a correr o prazode prescrio intercorrente.
5o O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 (quinze) dias, poder, de ofcio, reconhecera prescrio de que trata o 4o e extinguir o processo.
Art. 922. Convindo as partes, o juiz declarar suspensa a execuo durante o prazo concedido peloexequente para que o executado cumpra voluntariamente a obrigao.
Pargrafo nico. Findo o prazo sem cumprimento da obrigao, o processo retomar o seu curso.
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12. Extino do Processo de Execuo
Art. 924. Extingue-se a execuo quando:
I - a petio inicial for indeferida;
II - a obrigao for satisfeita;
III - o executado obtiver, por qualquer outro meio, a
extino total da dvida;
IV - o exequente renunciar ao crdito;
V - ocorrer a prescrio intercorrente.
Art. 1.056. Considerar-se- como termo inicial doprazo da prescrio prevista no art. 924, inciso V,inclusive para as execues em curso, a data de
vigncia deste Cdigo.
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13. Reforma da sentena
Art. 1.013. A apelao devolver ao tribunal o conhecimento da
matria impugnada. 1o Sero, porm, objeto de apreciao e julgamento pelo tribunal todas as questes suscitadas ediscutidas no processo, ainda que no tenham sido solucionadas, desde que relativas ao captulo
impugnado.
2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a
apelao devolver ao tribunal o conhecimento dos demais.
3o
Se o processo estiver em condies de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo omrito quando:
I - reformar sentena fundada no art. 485;
II - decretar a nulidade da sentena por no ser ela congruente com os limites do
pedido ou da causa de pedir;
III - constatar a omisso no exame de um dos pedidos, hiptese em que poder
julg-lo;
IV - decretar a nulidade de sentena por falta de fundamentao.
4o Quando reformar sentena que reconhea a decadncia ou aprescrio, o tribunal, se possvel, julgar o mrito, examinando asdemais questes, sem determinar o retorno do processo ao juzode primeiro grau.