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AUTONOMIA, UM PROJETO EM CORNELIUS CASTORIADIS
Maria Marly Medeiros Rocha
Veronilda da Conceição Basílio
RESUMO
Este artigo dialoga com algumas das concepções do projeto de autonomia de Cornelius Castoriadis e sua dimensão social e política, sendo necessário conhecer um pouco a trajetória intelectual do autor, para que esse diálogo ficasse mais íntimo de seu pensamento. No primeiro momento procura-se evidenciar alguns vínculos entre o projeto de autonomia individual e sua dimensão social. Trata-se de reconhecer a constituição do sujeito/indivíduo e do mundo social e histórico em que vive. No segundo momento surgem algumas reflexões sobre a condição indeterminada do Ser e a necessidade de pensar a educação como uma prática social que configura certas possibilidades de ampliar a autonomia dos sujeitos na compreensão melhor de mundo sendo responsável por ele. Finalizamos então pensando sobre o significado do conceito de autonomia no âmbito da esfera política, buscando refletir sobre a necessidade da independência do pensamento crítico, tornando o ser capaz de refletir, deliberar e acreditar na permanente necessidade de preocupar-se nas inter relações reais que ocorrem na democracia e no seu contexto social.
PALAVRA-CHAVE: Autonomia. Dimensão social. Pensamento crítico. Política.
ABSTRACT
This article talks about some of the conceptions of the project of autonomy of Cornelius Castoriadis and its social and political dimension, being necessary to know a little the intellectual trajectory of the author, so that this dialogue was more intimate of his thought. In the first moment, we try to show some links between the project of individual autonomy and its social dimension. It is about recognizing the constitution of the subject / individual and the social and historical world in which he lives. In the second moment some reflections arise on the indeterminate condition of the Being and the need to think of education as a social practice that configures certain possibilities to extend the autonomy of the subjects in the better understanding of the world being responsible for it. We end up thinking about the meaning of the concept of autonomy in the sphere of the political sphere, seeking to reflect on the necessity of the independence of critical thinking, making it able to reflect, deliberate and believe in the permanent need to worry about the real interrelationships that occur democracy and its social context. KEYWORDS: Autonomy. Social dimension. Critical thinking. Politics.
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INTRODUÇÃO
Este artigo dialoga com algumas das
concepções do projeto de autonomia em
Cornelius Castoriadis e sua dimensão social e
política. Nele o universo de auto constituição do
humano no mundo social e histórico confunde-
se com o universo da educação que não é
tarefa acabada. A tarefa da educação, numa
sociedade democrática, articula-se com a
constituição da autonomia humana. Só podem
existir sociedades democráticas (âmbito social)
quando existem indivíduos autônomos (âmbito
individual). Mas, o que é autonomia? Como se
articulam as dimensões individuais e sociais no
conceito de autonomia? Qual o significado do
conceito de autonomia na esfera da vida
política em Castoriadis? Estas são algumas
questões que nos desafiam a pensar seus
sentidos para vida social e política.
Antes de tudo, procuramos ter um primeiro
contato com o autor e seu pensamento,
tentando entender sua trajetória e relevância no
cenário intelectual? Que relações há entre sua
filosofia e a formação do homem? Cornelius
Castoriadis nasceu em 11 de março de 1922,
em Constantinopla, e nesse mesmo ano, sua
família mudou-se para Atenas. Foi nessa
cidade que ele cresceu e seguiu os estudos em
Direito, Economia e Filosofia. Desde cedo teve
contato com a filosofia, aos treze anos (Uma
venda de livros com desconto em Atenas lhe
permitira comprar, com recursos próprios, uma
Histoire de laphilosophie em dois volumes,
honesta remarcação de Uberweg e de Bréhier.
Depois, veio Marx, Kant, Platão, Cohen,
Nartop, Rickert, Lask, Husserl, Aristóteles,
Hegel, Max Weber. O jovem Castoriadis, já
iniciado em leituras de textos filosóficos,
mostrou uma preocupação com o engajamento
de sua época, logo direcionada para a
militância política. Em 1937, inscreveu-se nas
Jeunesses Comunistes, não permanecendo aí
por muito tempo. Afastou-se também do
Partido Comunista Grego, denunciado por sua
tendência autoritária e seu nacionalismo
estreito e limitado, aderindo, em 1942, à
organização trotskista, dirigida por Spiros
Stinas. Em 1945, ele e vários outros
intelectuais gregos deixaram a Grécia em
direção à França, visto que a oposição ao
fascismo e à orientação stalinista do Partido
Comunista Grego tornara difícil sua
permanência no país que logo entraria numa
sangrenta guerra civil. Ao se fixar em Paris,
onde residiu até sua morte, em 1997. Desde
suas primeiras obras, na chegada à França, em
1945, passando pela intensa produção
intelectual realizada no contexto do grupo
Socialismo, até seus trabalhos mais tardios,
destaca-se uma única e mesma preocupação
teórica, um só compromisso presente em toda
a trajetória intelectual de Castoriadis: pensar a
autonomia coletiva e individual. Sua obra
parece de difícil classificação no contexto das
ideias correntes. De certo modo, ele tornou-se
um pensador solitário numa época em que o
estruturalismo e as filosofias do desejo
dominavam os círculos universitários.
“Pensador da autonomia no momento em que
se considerava a liberdade como uma ficção
idealista, filosofia do imaginário quando esse
conceito não estava na moda, Castoriadis
sempre esteve à parte” (Tomès, 2007, p. 61) , o
que pode ter sido corroborado pelo caráter
exigente, polissêmico e, por que não dizer,
enciclopédico da obra, cujos temas e
disciplinas passam pela psicanálise, ciências
exatas e biológicas, sociologia, história,
economia etc. A fim de se compreender a
natureza peculiar dos textos de Castoriadis, é
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necessário recorrer, então, a seu percurso
intelectual.
1. AUTONOMIA INDIVIDUAL E DIMENSÃO SOCIAL
O conceito de autonomia perpassa pela
própria análise etimológica do sentido do
termo. Nomia, do grego nómos, significa: regra,
lei, norma (CHAUÍ, 2002). Dessa forma, a
junção dos termos aut(o) com nómos significa,
em um sentido amplo, “[...] a capacidade de
alguém reflexivamente determinar a partir de si
a própria vida” (ROHDEN, 2000, p. 126).
Castoriadis desenvolve suas reflexões na
tentativa de ampliar o entendimento sobre a
importância da autonomia e a noção de
“determinar e legislar a partir de si a própria
vida”. Para pensar com o autor, algumas
questões nos são postas: ao ter autonomia
posso fazer o que bem entendo sem respeitar a
coletividade? Posso fazer minhas próprias leis,
sem me importar com os “Outros”? Como
podemos pensar a relação do discurso do
Outro como parte do projeto de autonomia em
Castoriadis? De modo geral, a condição da
autonomia do indivíduo é a oposição da
heteronomia. “Neste viés, se a autonomia é a
minha lei e parte das decisões do meu
consciente (ego), a heteronomia seria a
legislação ou a regulação pelo Outro, sendo
parte do inconsciente (id). Dessa forma, o
inconsciente seria a regulação pelo discurso do
Outro”, fruto do imaginário social instituído no
domínio do social-histórico, ou conforme
Castoriadis (2010, p. 124) das “significações de
que o indivíduo foi objeto, desde sua
concepção, e mesmo antes, por parte dos que
o engendram e o criaram”. Por conseguinte, a
“autonomia torna-se então: meu discurso deve
tomar o lugar do discurso do Outro, de um
discurso estranho que está em mim e me
domina: fala por mim, ou seja, o ego deve
ocupar ou limitar ao máximo o espaço do id”.
Segundo Castoriadis (2010), a influência do
discurso do Outro para a constituição da
autonomia individual é o fator considerado
como “o problema” da dimensão social em
muitas interpretações da teoria psicanalítica
freudiana. A autonomia humana não é um
processo individual dissociado da construção
imaginária da coletividade social. Para
Castoriadis (2010), a autonomia deve ser
estendida e desejável a todos os membros da
sociedade, isto é, que se instaure uma
autonomia política em que o coletivo anônimo
instituinte possa deliberar, opinar e (re)criar
individualmente e intersubjetivamente sobre e
com as instituições imaginárias instituídas na
dimensão do social-histórico. Problema que se
apresenta sob a forma de paradoxo, pois o que
visamos através da educação é a autonomia do
indivíduo – e essa autonomia tem condições
estabelecidas historicamente, tanto na história
do indivíduo, quanto naquela coletividade onde
ele vive -, dizemos que é preciso educar o
indivíduo para que ele seja autônomo. Dessa
forma, Castoriadis (1992) salienta que o seu
projeto de autonomia difere do projeto de
autonomia de Kant. Para o autor, a autonomia
e o social-histórico não podem ser explicados,
descobertos e fundados numa Razão imutável,
em um determinismo ontológico de uma lei que
se dá ao ser para sempre.
"A liberdade efetiva [...] é o que
denomino 'autonomia'. A autonomia da coletividade, que só pode se realizar pela auto-instituição e pelo autogoverno explícitos, é inconcebível sem a autonomia efetiva dos indivíduos que a compõem [...] Minha própria liberdade, em sua realização efetiva, está em função da liberdade efetiva dos outros. Esta idéia é certamente
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incompreensível para um cartesiano ou um kantiano". (A ascensão da insignificância)
A autonomia para Castoriadis (1992, p.
140) é sempre um exercício do imaginário
radical (criação), ou conforme suas palavras o
“surgimento de um eidos novo na história do
ser: um tipo de ser que se dá a si mesmo,
reflexivamente, suas leis de ser [...] é o agir
reflexivo de uma razão, que se cria num
movimento sem fim, como ao mesmo tempo
individual e social”.
2. EDUCAÇÃO E AUTONOMIA
Neste breve percurso com as reflexões
teóricas de Castoriadis, é possível interpretar a
autonomia como um projeto. Sim esse termo é
proposto pela necessidade em compreender a
busca pela autonomia em um constante
movimento, já que não é algo alcançado pelo
ser de uma vez por todas, como determina; se
trata de uma condição por-vir-a-ser, que
sempre é um sem-fundo, é caos (2002). Além
do mais, o projeto de autonomia humana é
sempre a práxis da psique (sujeito) com a
sociedade (coletividade) e as significações
advindas das instituições imaginárias do social-
histórico. Para Castoriadis o ser é
indeterminidade. A leitura das elaborações de
Castoriadis, permite interpretar que o
tensionamento entre a heterenomia e a
autonomia está e estará sempre presente nas
relações humanas. Rohden (2000, p. 164), em
sentido semelhante expressa que: “a educação
para a autonomia é um processo formativo que
se estende por toda a nossa vida”. Com efeito,
a pedagogia (educação) não deve ser
compreendida somente como uma técnica,
mas também, e especialmente, como criação
advinda do imaginário radical; como práxis.
Nessa perspectiva, é que se propõe uma
educação crítica, que segundo Rohden (2000,
p. 165) se resume exatamente numa
“educação para a autonomia, numa relação
professor-aluno em que o ensino de conteúdos
é desenvolvido com uma consciência dos
constantes limites factuais do conhecimento”. A
criticidade na dimensão educacional pode
contribuir, finalmente, para o pensar e agir do
sujeito na esfera política, tornando-o capaz de
refletir, deliberar e acreditar na permanente
necessidade de pensar e se preocupar “no”,
“com” e “pelo” o outro.
“Pensar não é sair da caverna nem substituir a incerteza das sombras pelos contornos nítidos das próprias coisas, a claridade vacilante de uma chama pela luz do verdadeiro Sol. É entrar no Labirinto, mais exatamente fazer ser e aparecer um Labirinto ao passo que se poderia ter ficado ‘estendido entre as flores, voltado para o céu’. É perder-se em galerias que só existem porque as cavamos incansavelmente, girar no fundo de um beco cujo acesso se fechou atrás de nossos passos – até que essa rotação, inexplicavelmente, abra, na parede, fendas por onde se pode passar”. (Cornelius Castoriadis. As encruzilhadas do labirinto, Vol.1).
3. AUTONOMIA POLÍTICA
As relações entre indivíduos e a
dimensão social com a instituição política
podem ser divididas, abstratamente, em três
esferas: oikos – privada, ágora – privada /
pública e, no caso de uma sociedade
democrática, ecclesia – pública / pública. Para
Castoriadis (1999, p. 69-70) a plena articulação
destas três esferas no sentido democrático foi
inaugurada na pólis grega, pois “foi lá que, ao
mesmo tempo em que se firmou a
independência do oikos, foi criada uma ágora
(esfera pública / privada) livre, e que a esfera
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pública / pública tornou-se verdadeiramente
pública”. Castoriadis (1999, p. 70) segue sua
reflexão salientando que “o totalitarismo
caracteriza-se pela tentativa de unificação
forçada dessas três esferas, e pelo devir
privado da esfera pública / pública”. Neste viés,
para que uma sociedade seja autônoma, é
fundamental que a ecclesia não seja objeto de
apropriação privada de grupos particulares,
mas que torne-se instituição passível do devir-
público, que no caso torna os poderes
legislativo, judiciário e governamental
pertencentes efetivamente ao povo. A uma
sociedade autônoma cabe o desafio de, ao
mesmo, assegurar a independência das três
esferas garantindo a liberdade, mas também
articulá-las e juntá- las, possibilitando a opinião
e o exercício democrático. Para tanto, é
fundamental pensar sobre a importância da
ágora (esfera pública / privada), a qual é
entendida como a “esfera onde os indivíduos
se encontram e se reagrupam sem relação
explícita com as questões políticas, para
praticarem todas as atividades e todas as
trocas que lhes prouver” (CASTORIADIS, 1999,
p. 78). Em função da ágora ser compreendida
no sentido particular do termo como mercado, é
que Castoriadis (1999) tece algumas de suas
reflexões e preocupações com o atual modelo
político ocidental na contemporaneidade. Para
o autor, com o atual estágio do capitalismo:
[...] a população mergulha na privatização abandonando o domínio público às oligarquias burocráticas, empresariais e financeiras. Um novo tipo antropológico de indivíduo emerge, definido pela avidez, pela frustração, pelo conformismo generalizado (o que, na esfera da cultura, denomina-se pomposamente pós-modernismo). Tudo isso é materializado em estruturas pesadas: a corrida louca e potencialmente letal de uma
tecnociência autonomizada, o onanismo consumista, televisual, publicitário, a autonomização da sociedade, a rápida obsolescência técnica e “moral” de todos os “produtos”, das “riquezas” que, crescendo sem cessar, se esvaem entre os dedos das mãos. O capitalismo parece ter enfim conseguido fabricar o tipo de indivíduo que lhe “corresponde”: perpetuamente distraído, zapeando de uma “fruição” para a outra, sem memória e sem projeto, pronto a responder a todas as solicitações de uma máquina econômica que, cada vez mais, destrói a biosfera do planeta para produzir ilusões denominadas mercadorias (CASTORIADIS, 1999, p. 82).
Na contemporaneidade é possível
interpretar que a esfera da ágora se tornou
uma extensão do oikos – que significa casa, ou
seja a esfera exclusivamente privada. O
diálogo político democrático em prol das ideias
e interesses da coletividade, de certo modo,
está sendo substituído por interesses privados,
desencadeados, especialmente, pelo aspecto
econômico. Na sociedade contemporânea,
salvo em algumas exceções, vamos ao
mercado (ágora) apenas para comprar e sanar
nossas necessidades privadas, fazendo com
que a ecclesia se torne, em nosso imaginário,
uma esfera que nos possibilite o poder de
consumir os bens e serviços que necessitamos
no momento. Para Castoriadis (1999) somente
uma sociedade autônoma, organizada
democraticamente – que garanta tanto a
independência (liberdade) quanto a articulação
das três esferas políticas (oikos, ágora e
ecclesia) – pode incutir e incentivar ao máximo
características como a reflexividade e a
capacidade de deliberação do imaginário
radical da coletividade anônima. Nesta linha de
pensamento, poderíamos – sociedade e sujeito
– compreender a economia, por exemplo, não
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como um “fim” em nossas vidas, mas sim como
um simples “meio”.
"Tendo a política relação com o poder, a divisão do trabalho em política não significa nem pode significar outra coisa, além da divisão entre governantes e governados, dominantes e dominados. Uma democracia aceitará, evidentemente, uma divisão de tarefas políticas, mas não uma divisão do trabalho político, isto é, uma divisão fixa e estável da sociedade entre dirigentes e executantes, com a existência de uma categoria de indivíduos cujo papel, o ofício, o interesse é de dirigir os outros".(Feito e a ser feito; Cornelius Castoriadis).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesse pequeno diálogo, refletindo as
teorias de Castoriadis é possível perceber a
autonomia como um projeto. A autonomia não
é algo alcançado pelo ser de uma vez por
todas, compreendemos sua constante busca
na dinâmica do movimento, ate porque a
autonomia humana é sempre a práxis do
sujeito com a coletividade, trata então de uma
condição por-vir-a-ser, que sempre é um eterno
reconstruir. Além do mais, o projeto para
Castoriadis do ser é indeterminidade.
Compreendemos em Castoriadis, que entre a
heterenomia e a autonomia está e estará
sempre presente nas relações humanas e
nelas conceitos e práticas sempre sendo
refeitos. Rohden (2000, p. 164), em sentido
semelhante expressa que: “a educação para a
autonomia é um processo formativo que se
estende por toda a nossa vida”. Com efeito, a
educação não deve ser compreendida somente
como uma técnica, mas também, e
especialmente, como criação da práxis. Nesse
sentido, é que se propõe uma educação crítica,
uma educação para a autonomia, numa relação
de troca, em que possa desenvolver uma
consciência de possibilidade do novo no
conhecimento. A criticidade na dimensão
educacional pode contribuir, finalmente, para o
pensar e agir do sujeito na esfera política,
tornando-o capaz de refletir, deliberar e
acreditar na permanente necessidade de
pensar e se preocupar “no”, “com” e “pelo” o
outro, para as mudanças acontecerem de fato
e com solidez.
REFERÊNCIAS CASTORIADIS, C. As Encruzilhadas do Labirinto III: o mundo fragmentado. Trad. Rosa Maria Boaventura. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. ____. Encruzilhadas do labirinto V: Feito e a ser feito. Rio de Janeiro: DP&A, 1999. ____. Encruzilhadas do labirinto II: domínios do homem. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002. ____. Sujeito e Verdade no Mundo Social e Histórico. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007. ____. A instituição imaginária da sociedade. 7. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2010. CHAUÍ, M. Introdução à história da filosofia: dos pré-socráticos a Aristóteles. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. ROHDEN, V. Sobre a idéia de educação para a autonomia. In: TAVARES, José Antônio Giusti (Org.). Totalitarismo tardio: o caso do PT. 2. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2000. TAVARES, José Antônio Giusti (Org.). Totalitarismo tardio: o caso do PT. 2. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2000.