D
D
RESU
AVALIAÇÃO DOS
LTADOS DO PROCEL
2004
DIVULGAÇÃO INTERNA
EPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO E ESTUDOS DE
CONSERVAÇÃO DE ENERGIA – DPS
IVISÃO DE SUPORTE TÉCNICO DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA – DPST
Setembro de 2005
DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO E ESTUDOS DE CONSERVAÇÃO DE
ENERGIA – DPS
Gerente Renato Pereira Mahler
DIVISÃO DE SUPORTE TÉCNICO DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA - DPST
Gerente Luiz Eduardo Menandro
EQUIPE DE TRABALHO
COORDENAÇÂO
Emerson Salvador
REALIZAÇÃO
Antônio Raad (Consultor)
Moisés Antônio dos Santos
SUMÁRIO
I. INTRODUÇÃO .................................................................................................................4
II. METODOLOGIA E PREMISSAS BÁSICAS...................................................................5
III. PRINCIPAIS RESULTADOS E CONCLUSÕES............................................................7 III.1. SUMÁRIO EXECUTIVO.................................................................................................................... 7
III.1.1. RESULTADOS POR ÁREA......................................................................................................... 9 III.1.2 - RESULTADOS GLOBAIS......................................................................................................... 17
IV. ÁREAS DE ATUAÇÃO................................................................................................22 IV.1. TECNOLOGIA ........................................................................................................................... 22
IV.1.1. REFRIGERADORES E FREEZERS........................................................................................... 26 IV.1.2. AR-CONDICIONADO ............................................................................................................... 32 IV.1.3. MOTORES ................................................................................................................................ 37 IV.1.4. ILUMINAÇÃO........................................................................................................................... 41 IV.1.5. COLETORES SOLARES E RESERVATÓRIOS TÉRMICOS ..................................................... 46
IV.2. MARKETING & EVENTOS............................................................................................................. 51 IV.3. PROGRAMA PROJETO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA (PEE)................................................. 65 IV.4. EDUCAÇÃO .................................................................................................................................... 69 IV.5. GESTÃO ENERGÉTICA MUNICIPAL - GEM ................................................................ 81 IV.6. PROGRAMA DE EDIFICAÇÕES ........................................................................................ 93 IV.7. PROGRAMA DE SANEAMENTO .................................................................................................. 98 IV.8. PROGRAMA DE PRÉDIOS PÚBLICOS ....................................................................................... 104 IV.9. PROGRAMA INDUSTRIAL.......................................................................................................... 107 IV.10. PROGRAMA RELUZ ................................................................................................................... 113 IV.11. BIBLIOTECA................................................................................................................................ 120
V. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................122
VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................126
-1-
LISTA DE TABELAS TABELA 1 – DESEMBOLSOS REALIZADOS NO ÂMBITO DO PEE EM 2004 ......................................................... 13 TABELA 2 - RESULTADOS ANUAIS OBTIDOS PELO PROCEL 1986-2004.......................................................... 20 TABELA 3- RESULTADOS ACUMULADOS PELO PROCEL 1986 - 2004.............................................................. 20 TABELA 4 - RE F R I G E R A D OR E S E FR E E ZE R S EC O NOM I A D E EN E R G I A (GWH/A N O) E RE DU Ç Ã O
D E DE M A N DA N A PO N T A 1986-2004 ........................................................................................... 31 TABELA 5 – EF I C I Ê N C I A MÉ D I A D O S CO N D I C I O NA D O R E S D E AR .................................................... 33 TABELA 6 – DI S T R I B U I Ç ÃO D A S VE N DA S P O R SE G M E N T O D E UT I L I Z A Ç Ã O ................................. 33 TABELA 7 – RE N D I M E N T O S MÉ D I O S D E MO T O R E S D E 1999 A 2004. ............................................. 38 TABELA 8 – DADOS UTILIZADOS NOS CÁLCULOS DE ECONOMIA DE ENERGIA E REDUÇÃO DE DEMANDA....... 43 TABELA 9 - EN E R G I A EC ON O M I Z A D A E RE D U Ç Ã O DE DE M A N D A N A PO N T A DE C O R R E N T E D A
UT I L I Z A Ç Ã O D E TE C N O LO G I A S EF I C IE N T E S E M IL U M I N A Ç Ã O - AÇ Õ ES PROCEL 1996-2004 ...................................................................................................................................................... 44
TABELA 10 - CR I T É R I O PA R A CO N C ES S Ã O D A ET IQ U E T A E D O SE L O PROCEL – INMETRO 46TABELA 11 - VE N D A S D E CO L E T O R E S SO L A R E S PL AN O S, E M M 2 , N O A N O D E 2004, E VE N D A S
AC U M U L A DA S N O BR A SI L E CH I N A ............................................................................................. 47 TABELA 12 - HI S T Ó R IC O D O BO L E T I M D O PROCEL D E 1986- 2004 .............................................. 52 TABELA 13 – HISTÓRICO DOS VENCEDORES DO PRÊMIO PROCEL DE 1994 A 2003 ........................................ 54 TABELA 14 – HISTÓRICO DO NÚMERO DE ATENDIMENTOS 2000-2004 ............................................................ 55 TABELA 15 – RE S U L T A D O S D O PR Ê M IO PROCEL ED I Ç Ã O 2004 ..................................................... 59 TABELA 16 – VE N C E D OR ES D O PR Ê M IO PROCEL 2004 ..................................................................... 60 TABELA 17 – EVENTOS OU ATIVIDADES DESENVOLVIDAS EM 2004 PELO PROCEL........................................ 64 TABELA 18 - DE S E M B O L SO S R E A L I Z A D O S E M 2004 N O Â M B I TO D O PEE ...................................... 68 TA B E L A 19 –NÚ M E R O DE AL U N O S MA T R I C U L AD O S N O S ENS I N O S BÁ S I C O E SU P E R I OR D E
2000 A 2004 ....................................................................................................................................... 70 TABELA 20 – NÚ M E R O D E ES T A B E L E C IM E N T O S E AL U N O S MA T R I C U L A D O S N A S
IN S T I T U I Ç ÕE S PÚ B L I C AS E PR I V A D AS D E 2000 A 2003 ......................................................... 71 TABELA 21 - MÉ D I A D E AL U N O S P O R ES T A B E L E C IM E N T O P A R A O NÍ V E L BÁ S I C O D E EN S I N O
N O A N O D E 2003 ................................................................................................................................ 72 TABELA 22 – NÚ M E R O D E AL U N O S P OR IN S T I T U IÇÃ O D E EN S IN O N A DI SC IP L I N A
“CO N S E R V AÇ Ã O E US O EF I C I E N T E DE EN E R G I A” ................................................................... 75 TABELA 23 – PROCEL N AS ES C O L A S RE S U L T A D O S 1990 – 2004 .................................................. 77 TABELA 24 – RE S U L T A D O S AC U M U L A D O S D O PR OG R A M A PROCEL N AS ESC O L A S ................. 79 TABELA 25 – RE S U L T A D O S P O R CO N C E S S I O N Á R I A E M 2004 ............................................................ 79 TABELA 26 - DA D O S C O MP A R A T I V O S D O S M U N I C Í P I O S B R A S I LE I R O S E D A RCE E M T E R M O S
P O P U L A C I O NA I S E E N E R G É T I C O S .................................................................................................. 82 TABELA 27 – RE S U M O D O S DA D O S D OS 10 PLAMGES EL A B OR A D O S E M 2001 ......................... 86 TABELA 28 – MUNICÍPIOS VENCEDORES DO PRÊMIO PROCEL CIDADE EFICIENTE EM ENERGIA ELÉTRICA ... 87TABELA 29 - RESUMO DOS DADOS DOS 41 PLAMGES R EA L I Z A D O S E M 2004 ...................................... 91 TABELA 30 – RE S U L T A D O S D O PR Ê M IO PROCEL CI D A D E EF IC I E N T E E M EN E R G I A ELÉ T R I C A
– 2004 .................................................................................................................................................. 92 TABELA 31 – CONVÊNIOS ASSINADOS EM 2004 ............................................................................................... 96 TABELA 32 – PR O J E T O S A PR O V A D O S NA C H A M A D A P Ú B L I C A D O PROCEL SANEAR - PO R
RE G I Ã O .............................................................................................................................................. 100 TABELA 33– NÚMERO DE DIAGNÓSTICOS REALIZADOS POR SEGMENTO DE 1997-2003.................................. 105 TABELA 34– NÚMERO DE DIAGNÓSTICOS REALIZADOS POR REGIÃO EM 2004 .............................................. 106 TABELA 35 – CONVÊNIOS EM ANDAMENTO COM AS FEDERAÇÕES DAS INDÚSTRIAS EM 2004........................ 110 TABELA 36- CONVÊNIOS EM ANDAMENTO COM UNIVERSIDADES E INSTITUIÇÕES PÚBLICAS EM 2004 .......... 111 TABELA 37 - SU B S T I T U I Ç Ã O D E LÂ M PA D A S N A ILU M I N A Ç Ã O PÚ B L I C A 1994 - 2004 ............. 117 TABELA 38 – PONTOS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA IMPLEMENTADOS EM 2004................................................ 118
-2-
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1- EV O L. Nº D E MO D E L O S ........................................................................................................... 9 GRÁFICO 2- EV O L. Nº D E CA T E G O R I A S ..................................................................................................... 9 GRÁFICO 3 – ESTRUTURA DOS RESULTADOS DECORRENTE DAS AÇÕES POR ÁREA - 2004 .............................. 21 GRÁFICO 4 – ESTRUTURA DE RESULTADOS DA ÁREA DE TECNOLOGIA – SELO PROCEL - 2004..................... 21 GRÁFICO 5 - PE R F I L D O S AS S U N T O S D O “FA L E CO NO S C O” E M 2004 ............................................. 61 GRÁFICO 6 - PE R F I L D O S US U Á R I O S D O “FA L E CO NO S C O” E M 2004 ............................................. 62 GRÁFICO 7 – NÚ M E R O D E ES T A B E L E C IM E N T O S D E EN S I N O N O BR A S I L E M 2003 ...................... 69 GRÁFICO 8 – NÚ M E R O D E AL U N O S MAT R I C U L A D O S N O NÍ V E L BÁ S I C O 1998-2003 ................. 73 GR ÁF I C O 9 – EV O L U Ç ÃO AN U A L D A EC O N O M I A D E EN E R G I A EL É T R I C A PE L O PROCEL N A S
ES C O L A S N O P E R Í O D O D E 1990 A 2004 (MWH/A NO) ............................................................. 78 GRÁFICO 10 – NÚ M E R O D E MU N I C Í P I O S N O BR A S I L E N A RCE EM 2004 ...................................... 83 GRÁFICO 11 - DI S T R IB U I Ç Ã O RE G I O N A L D O S MU N I C Í P I O S IN T E G R A N T E S D A RCE E M 2004 .. 83GRÁFICO 12 – DI S T R IB U I Ç Ã O D O CO N SU M O D E EN E R G I A EL É T R IC A N O BR A SI L ....................... 84 GRÁFICO 13 – ME R C A D O DE EN E R G I A EL É T R I C A 2004 .................................................................... 107 GRÁFICO 14 - DI S T R IB U I Ç Ã O G E O G R Á FI C A D O S P O NT O S D E IP NO BR A S I L ................................. 113 GRÁFICO 15 – DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DOS PONTOS EFICIENTIZADOS PELO RELUZ ................................. 119 GRÁFICO 16 – PERFIL DO TIPO DE ATENDIMENTO REALIZADO PELA BIBLIOTECA DO PROCEL.................... 120 GRÁFICO 17 – COMPOSIÇÃO DO ACERVO DA BIBLIOTECA DO PROCEL........................................................ 121
-3-
I. INTRODUÇÃO
O objetivo do presente relatório é apresentar os resultados quanti tat ivos
do PROCEL decorrentes das ações implementadas em 2004 e das ações
cumulativas desde a cr iação do PROCEL, com detalhamento dos
resultados a part i r de 1999. São apresentados também os resultados
qual i tat ivos devido às ações do Programa em cada área.
As informações e dados relat ivos aos resultados do PROCEL no período
de 1986 a 1999 foram obtidos do relatór io “Resultados do PROCEL 1999 –
Economia de Energia e Redução de Demanda na Ponta”, de agosto de
2000.
No que se refere ao trabalho de aval iação de seus resultados, o PROCEL
vem invest indo desde 1994 na capacitação de seu corpo técnico, com o
objetivo de estruturar internamente um Sistema de Aval iação de
Resultados, de maneira a obter uma melhor metodologia para anál ise de
seus projetos.
O PROCEL mantém atualmente um grupo de técnicos na área de
aval iação, que é responsável pela consol idação dos dados constantes
desse relatório. Esses dados foram obtidos a part i r de informações dos
gerentes das diversas áreas do PROCEL, associações de fabricantes,
fabricantes de equipamentos e outras entidades, que têm papel decisivo
na qual idade do conteúdo do presente relatório.
-4-
II. METODOLOGIA E PREMISSAS BÁSICAS
A abordagem uti l izada nesse relatório para aval iação dos resultados de
2004 é semelhante a que vem sendo empregada nas aval iações real izadas
no período de 1996 a 2003. Uti l iza-se uma base de dados reais, referentes
às ações implementadas visando a promoção da ef ic iência energét ica no
país. Essas ações, ou conjunto de medidas, fazem parte de um elenco de
projetos desenvolvidos pelo PROCEL e, em diversos casos, contaram com
a co-part ic ipação de concessionárias de energia elétr ica, universidades,
setores da indústria, ent idades representativas de setores produtivos e
outras organizações.
Para a quanti f icação dos resultados deste ano, com algumas poucas
alterações, foram ut i l izados modelos semelhantes aos empregados nos
anos anteriores, de maneira a se obter resultados que possam ser
comparáveis ano a ano segundo uma mesma metodologia. Os modelos
desenvolvidos são consistentes com outros empregados por insti tuições
simi lares de outros países, sendo sua apl icação baseada a part i r das
medidas efetivamente implementadas, ou vendas de produtos e aparelhos
eletro-eletrônicos efic ientes que possuem Selo PROCEL. A part i r daí são
então calculadas a economia de energia decorrente no ano, em MWh, e a
redução de demanda na Ponta, em kW.
No que se refere à apropriação dos resultados, destaca-se que houve
aperfeiçoamento na definição de determinadas parcelas de economia que
se devem à inf luência do PROCEL. O aumento dessas parcelas, deve-se
principalmente ao aumento da competição entre os fabricantes na disputa
do Selo de Economia de Energia, outorgado pelo PROCEL.
Na aval iação dos resultados são consideradas a economia de energia e a
redução de demanda na ponta, a part i r das ações implementadas pelos
programas do PROCEL em cada ano em part icular. São também
contabi l izadas a economia de energia e a redução de demanda na ponta
relat ivas às ações acumuladas, a part i r dos projetos do PROCEL. Com
relação ao percentual de apropriação dos resultados de energia
economizada e redução de demanda pelo PROCEL, part icularmente, no
-5-
caso do Selo PROCEL é considerado que 100% dos resultados obtidos
são devidos à inf luência direta e/ou indireta de sua atuação.
Observa-se também que são apenas contabi l izados os resultados a part i r
das ações efetivamente implementadas, em cada ano considerado. Além
disso, as ações foram anal isadas cri ter iosamente a f im de se evitar dupla
contagem de economia de energia em diferentes programas.
Destaca-se ainda que em relação aos projetos dest inados ao uso f inal
implementados nos anos anteriores e às ações real izadas em 2004, não
são considerados os meses de instalação das medidas. Em lugar disso,
considera-se que as medidas são implementadas no início de cada ano,
total izando a economia referente a um ano completo. A adoção desse
cri tér io simpl i f ica a contabi l ização dos resultados, bem como torna a
metodologia consistente com às apl icadas em outros países, no que se
refere à programas de efic iência energética.
-6-
III. PRINCIPAIS RESULTADOS E CONCLUSÕES
III.1. SUMÁRIO EXECUTIVO
O Programa Nacional de Conservação de Energia – PROCEL, insti tuído
em 30 de dezembro de 1985, é o Programa do governo federal, executado
pela ELETROBRAS, destinado a promover o uso efic iente da energia
elétr ica e o combate ao seu desperdício. Os benefícios gerados pelo
Programa podem ser contabi l izados tanto pela economia de energia
quanto pelos investimentos evitados na expansão do setor elétr ico, que se
revertem em benefícios para a sociedade.
As ações de efic iência energética do PROCEL permitem atender ao
crescimento da demanda de energia elétr ica sem que a oferta seja
ampliada na mesma proporção. Isto porque estas ações têm como
conseqüência a real ização de trabalho út i l com uma quantidade menor de
energia, bem como o aumento da efic iência energética de equipamentos e
instalações em geral.
Além disso, considerando que, quanto maior o nível de at ividade
econômica maior o uso da energia e maiores os impactos ambientais deste
uso, os benefícios resultantes do Programa também se traduzem no
aumento da segurança no abastecimento de energia, na sensível
contribuição para a ef ic iência econômica e na redução de danos
ambientais causados pela expansão do sistema elétr ico.
Desde a sua implantação, o PROCEL proporcionou uma economia total de
energia estimada de 19.595 GWh e uma redução de demanda na ponta de
5.255 MW. O montante de energia conservada equivale à energia elétr ica
necessária ao atendimento de cerca de 11 milhões de residências durante
o período de um ano ou à energia t ipicamente fornecida por uma usina
hidrelétr ica com capacidade de aproximadamente 4.606 MW e
investimentos evitados, correspondentes, no sistema elétr ico brasi leiro da
ordem de R$ 13 bi lhões.
Em 2004, os projetos real izados no âmbito do PROCEL contribuíram para
uma economia de energia de 2.373 GWh e uma redução de demanda no
período de ponta de 622 MW. Estes resultados podem ser comparados à
-7-
energia t ipicamente fornecida por uma usina hidrelétr ica com capacidade
de 569 MW, representando investimentos evitados para o setor elétr ico da
ordem de R$ 2,5 bi lhões.
-8-
I I I .1.1. RESULTADOS POR ÁREA
1. TECNOLOGIA – Selo PROCEL
O Selo PROCEL é o principal instrumento de indução da ef ic iência
energética em equipamentos eletroeletrônicos e de aquecimento solar no
país. Atualmente, motores elétr icos tr i fásicos, lâmpadas f luorescentes
(compactas e circulares), reatores eletromagnéticos (para lâmpadas
f luorescentes tubulares e a vapor de sódio), f reezers , refr igeradores,
aparelhos de ar-condicionado ( janela e spl i t) , coletores solares (banho e
piscina) e reservatórios térmicos são contemplados pelo Selo. A cada ano
o Selo PROCEL vem ampliando a sua atuação com a inclusão de novas
categorias de produtos, oferecendo à sociedade um ótimo instrumento
para dist inguir os modelos mais ef ic ientes em cada categoria e
conseqüentemente reduzir o consumo de energia elétr ica do país. No ano
de 2004, o Selo PROCEL foi outorgado a 1.178 modelos distr ibuídos em
18 categorias de produtos num total de 68 empresas agraciadas. Estima-
se que no ano de 2004 foram economizados 1.834.155 MWh devido ao
Programa do Selo.
Os gráficos 1 e 2 mostram, respect ivamente, a evolução do número de
categorias e modelos com Selo PROCEL no período de 1994-2004.
Gráfico 1- Evol. Nº de Modelos Gráfico 2- Evol. Nº de Categorias
- SELO PROCEL -Evolução do Nº de Modelos Premiados
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1994-1999 2000 2001 2002 2003 2004
- SELO PROCEL -Evolução do Nº de Categorias
0
4
8
12
16
20
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Fonte: Área de Tecnologia
Entre as categorias de produtos que receberam o Selo PROCEL em 2004
destacam-se:
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Refrigeradores e f reezers – estima-se que cerca de 55% dos 5,6
milhões de modelos vendidos possuem o Selo PROCEL, o que
equivale a um total de energia economizada de 413.227 MWh/ano;
Condicionadores de ar - estima-se que cerca de 60% dos 1,4 milhão
de aparelhos de janela vendidos no país tenham o Selo PROCEL,
perfazendo um total de 251.820 MWh/ano de energia economizada;
I luminação – estima-se que cerca de 20% das 55 milhões de
lâmpadas f luorescentes compactas e circulares comercial izados no
país possuem Selo PROCEL, perfazendo uma economia de energia
de 1.072.803 MWh/ano;
Motores elétr icos – estima-se que cerca de 70% dos 1,15 milhão de
motores elétr icos de 1 a 250 cv, comercial izados no país, possuem
Selo PROCEL, perfazendo um total de 78.138 MWh/ano;
Coletores solares e reservatórios térmicos – estima-se que em torno
de 20% dos 390.000 m2 de coletores e 130.000 reservatórios
comercial izados no país foram contemplados com o Selo PROCEL,
resultando numa economia de energia total de 18.165 MWh/ano.
2. MARKETING & EVENTOS
O trabalho para a divulgação dos princípios de conservação e uso racional
da energia vem sendo conduzido através de três vertentes: o Prêmio e
Selo PROCEL, atendimento ao consumidor (si te, Call Center e “Fale
Conosco”) e a part ic ipação em eventos e veiculação de informações na
mídia sobre ef ic iência energética.
O Prêmio PROCEL 2004 abrangeu 6 categorias – micro, pequenas e
médias empresas; imprensa; prédios públ icos; empresas do setor
energét ico; indústria; e edif icações – total izando uma economia de energia
elétr ica de 39.228 MWh/ano e uma redução de demanda na ponta de 6.603
kW. Ressalta-se que na edição 2004 foram concedidos 30 prêmios,
incluindo-se menção honrosa e de destaque, num total de 112
part ic ipantes.
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O serviço “Fale Conosco” chegou a superar 2.500 atendimentos/ano em
2004, enquanto o Call Center (0800) apresentou uma média de 100
consultas/mês, no mesmo período.
No período de janeiro a dezembro de 2004, o número de visi tantes ao site
do PROCEL já havia ul trapassado 115.000. Ressalta-se que o número de
usuários que real izaram downloads do software Mark 4 Plus, local izado no
site do PROCEL, alcançou 4.076.
Responsável pela visibi l idade da marca PROCEL em feiras, seminários,
congressos o núcleo de eventos real iza a distr ibuição de material
específ ico do PROCEL, como folhetos e br indes. Embora os resultados,
em termos de economia de energia, sejam de di f íc i l mensuração, em 2004
o núcleo part ic ipou de 34 eventos, com um investimento direto da ordem
de R$ 2,7 milhões, distr ibuindo aproximadamente 71.000 folhetos e
br indes, divulgando os princípios de economia de energia e a própria
marca PROCEL.
3. PROJETO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA - PEE
O Projeto de Eficiência Energética (PEE), envolve recursos de US$ 11,9
milhões e está sendo f inanciado pelo Global Environment Faci l i ty – GEF
por intermédio do Banco Mundial. Esse projeto, que teve suas ativ idades
efet ivamente iniciadas em 2003, abrange os seguintes subprojetos:
I- Centro Brasi leiro de Informação em Eficiência Energética – PROCEL-
Info — implantação de um Portal , serviço de apoio ao cl iente (SAC) e uma
rede externa de apoio técnico (universidades e centros de pesquisa);
I I - Disseminação da Informação em Eficiência Energética — compreende a
real ização de cursos, elaboração de l ivros e guias técnicos e edição e
divulgação de casos de sucesso;
I I I - Aval iação do Mercado de Eficiência Energética — aval iar o potencial
de conservação de energia elétr ica no país e rever a metodologia atual de
aval iação de resultados do PROCEL;
IV- Capacitação Laboratorial — ampliar a rede de laboratórios
capacitados para o atendimento da Lei de Eficiência Energética, bem
-11-
como do Programa Brasi leiro de Et iquetagem - PBE e conseqüentemente
do Selo PROCEL;
V- Plano de Marketing — estabelecer uma estratégia de market ing para a
atuação do PROCEL e desenvolver materiais de divulgação e publ ici tár ios
necessários para promoção das ativ idades desenvolvidas;
VI- Suporte à Implementação da Lei de Eficiência Energét ica — elaborar
estudos para o desenvolvimento de metodologias de padrões mínimos em
ef iciência energética, implantação de programa de metas e pr iorização de
equipamentos visando subsidiar a tomada de decisão do Comitê Gestor de
Indicadores e de Níveis de Efic iência Energét ica – CGIEE.
Em 2004, o subprojeto de “Disseminação da Informação Eficiência
Energética” foi prat icamente concluído, enquanto que o subprojeto de
“capacitação laboratorial” promoveu a capacitação dos seguintes
laboratórios: i luminação do CEPEL com instalação do goniofotômetro,
aquecedores solares da PUC/MG com a instalação do simulador solar,
bombas centrí fugas (UNIFEI) e refr igeração (CEPEL). Os demais
subprojetos foram parcialmente concluídos, sendo que o de “Aval iação do
Mercado de Eficiência Energética” real izou parte das 15.000 pesquisas
previstas, em especial , no setor residencial e também conclui a
elaboração da revisão da metodologia de aval iação de resultados do
PROCEL, enquanto que o subprojeto de “Centro Brasi leiro de Informação
em Eficiência Energética – PROCEL-Info” em fase de conclusão da versão
beta do Portal .
Além disso, os subprojetos de “Suporte à Implementação da Lei de
Eficiência Energética” e “Plano de Marketing” concluíram apenas as
etapas de l ic i tação e seleção das empresas executoras.
Ressalta-se que em 2004 o PEE despendeu recursos da ordem de R$ 13
milhões, distr ibuídos por subprojeto, conforme a tabela 1 a seguir.
-12-
Tabela 1 – Desembolsos Realizados no Âmbito do PEE em 2004
Subprojetos e Contratações Investimento (1000xUS$)
PROCEL-Info 985
Avaliação de Mercado 462
Disseminação de Informação e Treinamento 686
Capacitação Laboratorial 1.999
Contratação de Consultores 460
TOTAL 4.592
Fonte: DPST
4. EDUCAÇÃO – PROCEL nas Escolas
O “PROCEL nas Escolas” vem ampliando a sua atuação visando
disseminar os conceitos da conservação de energia na educação básica e
no nível superior de ensino do país. Em 2004, foi responsável por uma
economia de energia de 207.900 MWh e por uma redução de demanda na
ponta de 59.332 kW. Para isto, foram capacitados 200 mult ipl icadores, que
formaram aproximadamente 24.500 professores, e conseqüentemente, 2,5
milhões de alunos em 3.542 estabelecimentos de ensino que receberam
informações sobre os fundamentos da conservação de energia e meio
ambiente.
5. GESTÃO ENERGÉTICA MUNICIPAL - GEM
O PROCEL GEM colabora com o administrador municipal na gestão e uso
ef ic iente de energia elétr ica nos centros consumidores pertencentes à
prefeitura. Part ic ipa de vários eventos levando informações às prefei turas,
além de manter o Prêmio PROCEL - Cidade Eficiente em Energia Elétr ica,
atualmente em sua 4ª edição e apóia a Rede Cidades Eficientes – RCE em
busca pela auto-sustentabi l idade, que atualmente abrange cerca de 600
municípios. Ressalta-se que somente em 2004 foram incorporados à RCE
53 municípios, elaborados 41 PLAMGEs (Planos Municipais de Gestão
Energética) e capacitados 232 técnicos das prefei turas, sendo que apenas
dois PLAMGEs foram real izados com recursos do PROCEL.
-13-
A economia de energia resultante da implementação dos projetos
vencedores do Prêmio Cidade Eficiente em Energia Elétr ica devido à
inf luência do PROCEL foi de aproximadamente 2.500 MWh/ano.
6. EDIFICAÇÕES
O PROCEL EDIFICA visa implementar projetos com vistas à divulgação e
estímulo à apl icação dos conceitos de ef iciência energética em
edif icações e viabi l izar a implementação da Lei de Eficiência Energética
(Lei 10.295/2001) nas novas edif icações. Atualmente, atua através de
convênios com universidades em 10 estados, para a capacitação e
ampliação de 13 laboratórios de conforto ambiental e ef ic iência energética
para o desenvolvimento de novas tecnologias e materiais de construção,
edição e publ icação de l ivros e desenvolvimento de projetos nas vertentes
educacional, disseminação e regulatór ia. Em 2004 foram assinados 6
convênios para estudos e projetos com um invest imento global de R$ 2,3
milhões.
7. SANEAMENTO
O PROCEL SANEAR promove ações que visam o uso eficiente de energia
elétr ica e da água em sistemas de saneamento ambiental e pelos
consumidores. Atualmente, estão sendo implementados 12 projetos-
demonstração nas cinco regiões do país, com investimento diretos da
ELETROBRÁS de R$ 7 milhões, bem como um programa tr ienal de
sensibi l ização e capacitação junto às empresas de saneamento estaduais
e municipais e convênios para implantação de laboratórios de efic iência
energét ica em hidrául ica e saneamento (LENHS) em 05 universidades
federais total izando invest imentos diretos de R$ 4 milhões.
8. PRÉDIOS PÚBLICOS
O PROCEL EPP colabora na redução dos gastos com energia elétr ica nos
Prédios Públ icos, disseminando técnicas e metodologias para repl icação
dos projetos bem sucedidos. Foi desenvolvido um Plano de Ação para
hospitais em conjunto com as empresas do Grupo Eletrobrás. Existem hoje
10 unidades hospitalares ef ic ientizadas e 4 laboratórios de ensaios em
fase de implantação. O Programa promoveu a real ização de 214
-14-
diagnósticos energét icos no período de 1997 a 2004 em vários prédios
públ icos , em especial , inst i tuições de ensino.
Em 2004 foram real izados dois planos de ação (CICOP1 e Hospitais), 19
diagnóst icos energét icos e implementadas ações em 23 prédios públ icos
em todo o país nas área de saúde (hospitais), educação (insti tuições de
ensino) e administração (prédios administrat ivos).
9. INDÚSTRIA
O PROCEL Indústria objet iva fomentar ações de ef ic iência energética com
foco na redução de perdas nos sistemas motr izes instalados e aperfeiçoar
a capacitação dos trabalhadores da indústria brasi leira através da
celebração de convênios com as federações das indústr ias de vários
estados brasi leiros. No período de 2002 a 2004 foram celebrados 12
convênios, visando à formação de mult ipl icadores e treinamento de
agentes das indústrias na real ização de auto-diagnósticos energéticos.
Paralelamente, foram f irmados convênios com 12 universidades para
capacitação de laboratórios em sistemas motr izes.
Durante o ano de 2004 foram iniciados 3 convênios com as Federações
das Indústr ias dos Estados e 5 convênios com universidades públicas,
ut i l izando recursos do Fundo de Desenvolvimento Tecnológico – FDT – da
Eletrobrás para montagem de laboratórios de sistemas motr izes nessas
insti tuições. Além disso, foram treinados 19 mult ipl icadores e capacitados
596 agentes (funcionários de fábricas treinados pelos mult ipl icadores).O
investimento total da PROCEL Indústr ia em 2004 foi de R$ 3.923.492,00.
10. ILUMINAÇÃO PÚBLICA - RELUZ
Em 2004 foram ef icientizados 416.823 pontos de i luminação públ ica, como
resultado de projetos desenvolvidos em 13 unidades da federação e 419
municípios. Como resultado, contabi l izou-se uma economia de energia de
288.755 MWh e uma redução de demanda na ponta de 65.933 kW.
1 Comitê de Integração Corporativa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico – CICOP
-15-
11. DOCUMENTAÇÃO - Biblioteca do PROCEL
A bibl ioteca do PROCEL vem atuando através de atendimentos tanto via e-
mail (“Fale Conosco”) e telefone quanto pessoalmente, com destaque para
os estudantes, que costumam freqüentar as suas instalações. Em média
foram real izados 30 atendimentos por mês, no ano de 2004, que se
concentraram basicamente em levantamento bibl iográfico e reprodução de
relatór ios e publ icações para o público sol ic i tante. O públ ico externo
representa aproximadamente de 64% de todos os atendimentos real izados
com destaque para as sol ic i tações via e-mail . A Bibl ioteca do PROCEL
possui atualmente um acervo de 1.880 publ icações inventariadas com
destaque para relatór ios técnicos que representam 40% de todo acervo.
-16-
I I I .1.2 - RESULTADOS GLOBAIS
As tabelas 2 e 3 resumem os resultados do PROCEL durante o período
1986-2004, para todos os projetos implementados e que foram objeto de
aval iação quanti tat iva de seus resultados. A part i r das informações
obtidas e estimativas de mercado, calcula-se que no ano de 2004 o
PROCEL tenha atingido um resultado de 2.373 GWh economizados,
devido à implementação de medidas de eficiência energét ica, conforme
detalhamento apresentado nos gráficos 3 e 4. Considerando as ações
anuais acumuladas no período 1986-2004, o resultado total obt ido é de
19.595 GWh. Deve ser observado que o resultado acumulado neste
período, em termos de economia de energia, equivale a aproximadamente
6% do consumo de eletr ic idade no Brasi l para o ano de 2004.
Veri f icando a estrutura dos resultados globais decorrentes das ações
real izadas em 2004 (gráf ico 3) observa-se que os projetos na área de
tecnologia (Selo PROCEL) são responsáveis por aproximadamente 77%
dos resultados obt idos no ano, demonstrando a manutenção da ênfase
das ativ idades do PROCEL nesta área. Esta tendência de manutenção na
estrutura dos resultados indica a ênfase que tem sido dada pelo PROCEL
ao consumidor f inal em 2004, através do estímulo à aquisição de
equipamentos efic ientes e à ut i l ização racional de equipamentos elétr icos.
Para isto, o PROCEL tem uti l izado como principais instrumentos o
fortalecimento da marca PROCEL promovendo tanto o Selo PROCEL
quanto os Prêmios PROCEL nas diversas categorias.
Considerando as ações acumuladas, incluindo 2004, (cf. gráf ico 4) a área
de tecnologia representa a maior parte dos resultados alcançados com
77% do total , mantendo a tendência dos últ imos anos, seguida pelos
programas de I luminação Públ ica (RELUZ) e Educação com,
respectivamente, 12% e 9%.
Considerando os projetos e ações real izadas nas diversas áreas de
atuação, é estimado que o PROCEL seja responsável por 2.373 GWh/ano
de conservação, com base em ações real izadas em 2004. Isso equivale a
aproximadamente 0,74% do consumo total de energia elétr ica no Brasi l no
período. Conforme é i lustrado no gráfico 4, as melhorias de efic iência no
-17-
segmento de i luminação contr ibuem com 58,5% desses resultados como
um todo, melhorias de ef ic iência no segmento de refr igeração
(refr igeradores e freezers) contribuem com 22,5%, de condicionadores de
ar com 13,7% (ar-condicionado de janela), de força motr iz (motores
elétr icos de indução tr i fásicos) com 4,3% e de aquecimento solar
(coletores e reservatórios térmicos) com 1,0%. Essas são as principais
áreas de atuação do PROCEL que estão voltadas para a ef ic iência de uso
de eletr ic idade no âmbito do Selo PROCEL.
O resultado obt ido de 2.373 GWh/ano de economia de energia com a
real ização das ações em 2004 é superior ao resultado obtido em 2003 em
aproximadamente 30%.
A tabela 2 apresenta as estimativas de redução demanda na ponta
decorrentes dos esforços do PROCEL entre 1986-2004. Considerando-se
apenas as ações real izadas em 2004, estimamos que o PROCEL est imulou
uma redução de demanda na ponta ou um aumento adicional de
capacidade na ponta de 613 MW.
A conservação de energia e a geração adicional de energia de 19.595
GWh/ano, acumuladas até 2004, representam energia elétr ica suficiente
para atender cerca de 11 milhões de residências, considerando que a
residência t ípica no Brasi l consome cerca de 150 kWh por mês. Por outro
lado, se essa quantidade de energia elétr ica for fornecida à indústr ias de
pequeno e médio porte, seria suf ic iente para atender cerca de 16.000
novas indústr ias com 1.433.750 trabalhadores, part indo-se da premissa
que cada indústria empregue 100 trabalhadores e tenha um consumo de
12.000 kWh/ano/trabalhador, em média.
Além disso, os 19.595 GWh/ano de conservação e geração adicional de
energia acumulados, a part i r de 1985, equivalem à energia t ipicamente
fornecida por aproximadamente 4.606 MW de capacidade hídr ica no Brasi l .
Essa est imativa baseia-se em um fator de capacidade t ípico de 56% para
usinas hidroelétr icas e inclui 15% de perdas médias na T&D para a
parcela de conservação de energia do PROCEL (que são principalmente
no nível de baixa tensão). Considerando-se somente as ações real izadas
em 2004, o resultado geral de 2.373 GWh/ano equivale à energia
-18-
t ipicamente fornecida por uma usina hidrelétr ica com capacidade de 569
MW de potência.
Para determinação dos custos e benefícios econômicos dos esforços do
PROCEL foi considerado um custo de investimento máximo de US$
1.500/kW2 ( incluindo os custos de geração, T&D associados). As ações
cumulativas est imuladas pelo PROCEL, incluindo 2004, reduziram a
necessidade de investimentos pelo lado da oferta em aproximadamente R$
13 bi lhões, considerando o adiamento da construção de uma usina
hidrelétr ica de 4.606 MW, conforme pode ser observado na tabela 3.
Considerando que a ELETROBRÁS/PROCEL investiu aproximadamente R$
760 milhões em ef iciência energét ica e projetos relacionados entre 1986-
2004 (incluindo a parcela referente aos projetos real izados no âmbito da
RGR e os recursos do GEF), o retorno geral dos investimentos do
PROCEL foi de aproximadamente 17:1.
Em 2004, a usina equivalente de 569 MW corresponde a um investimento
evitado de R$ 2.492 milhões, que comparado ao investimento real izado de
R$ 94 milhões, representa um retorno de investimento aproximadamente
igual a 26:1.
2 O valor adotado para o custo de investimento de US$ 2000/kW nos últimos relatórios de avaliação foi revisto com base em informações mais atualizados encontrados, por exemplo, na publicação – “Electric Power Options in Brazil, May 2000” - Prepared for the Pew Center on Global Climate Change pp. 16, table 7- Costs and technical characteristics for selected Power Options in 2000.
-19-
Tabela 2 - Resultados Anuais Obtidos pelo PROCEL 1986-2004
1986-2000(b) 2001 2002 2003 2004
(1) Investimentos Eletrobrás/Procel (R$ milhões)(a)
224,3 7,6 6,0 14,2 27,2
(2) Investimentos RGR (R$ milhões) 337,3 13,6 36,0 25,1 54,0
(3) Investimentos GEF (R$ milhões) - - 0,4 1,0 12,8
(4) Investimentos Totais Realizados (R$ milhões)
561,6 21,2 42,4 40,3 94,0
(5) Energia Economizada (GWh/ano) 11.635 2.500 1.270 1.817 2.373
(6) Usina Equivalente (MW)(c)2.692 600 305 436 569
(7) Redução de Demanda na Ponta (MW)
3.181 690 309 453 622
(8) Investimento Evitado (R$ milhões) 5.194 2.113 1.339 2.007 2.492
a Refere-se somente aos recursos orçamentários do PROCEL em cada ano, não sendo considerados os salários do pessoal ELETROBRÁS/PROCEL
b Para o ano 2000 foi considerado o investimento orçado, tendo em vista a indisponibilidade de dados. c Obtida a partir de (5), considerando um fator de capacidade médio típico de 56% para usinas
hidroelétricas e incluindo 15% de perdas médias na T&D para a parcela de conservação de energia.
Tabela 3- Resultados Acumulados pelo PROCEL 1986 - 2004
TOTAL ACUMULADO 1986-2004
Investimentos Totais Realizados (R$ milhões)(d) 759,50
Energia Economizada e Geração Adicional (GWh/ano)(e) 19.595
Usina Equivalente (MW) 4.606
Redução de Carga na Ponta (MW) 5.255
Investimento Evitado (R$ bilhões) 13,14
d Inclui a parcela relativa à RGR e os Recursos do GEF.
e A energia economizada e a geração adicional acumuladas são calculadas segundo a persistência das medidas implementadas
-20-
Gráfico 3 – Estrutura dos Resultados Decorrente das Ações por Área - 2004
Estrutura dos Resultados Decorrentes das Ações por Área -2004
77%
9%
2%12%
Tecnologia - Selo
Educação
IP - Reluz
Marketing
Fonte: Elaboração própria
Gráfico 4 – Estrutura de Resultados da Área de Tecnologia – Selo PROCEL - 2004
Estrutura de Resultados da Área de Tecnologia - 2004
14%
58%
1% 23%4%
Refrigeradores eFreezers
Iluminação
Condicion. de Ar
Coletores eReservatórios
Motores
Fonte: Elaboração própria
-21-
IV. ÁREAS DE ATUAÇÃO
IV.1. TECNOLOGIA
Desde a sua criação, o PROCEL vem desenvolvendo e promovendo
diversas ações que têm levado a um aumento da ef ic iência energética dos
equipamentos eletroeletrônicos e de aquecimento solar comercial izados
no país.
Em 1993, foi desenvolvido pelo PROCEL o “Selo PROCEL de Economia de
Energia”, inst i tuído através de decreto presidencial, com o objetivo de
orientar o consumidor e estimular a fabricação e a comercial ização de
produtos mais efic ientes no país. Ao longo de 1994, foram estabelecidos,
em conjunto com fabricantes, consumidores (representados pelo Inst i tuto
Brasi leiro de Defesa do Consumidor – IDEC) e o Insti tuto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qual idade Industrial – INMETRO, os cr i tér ios
para a concessão do Selo, sua marca e as bases para a real ização de
todo esse processo.
Em 1995, já apareciam no mercado brasi leiro os primeiros produtos com o
Selo PROCEL de Economia de Energia . No início, foram escolhidas três
categorias da l inha de refr igeradores: uma porta; duas portas ou
combinados e f reezer vert ical . Posteriormente, foram incorporados o
f reezer horizontal , aparelho de ar-condicionado de janela e motores
elétr icos tr i fásicos até 10 cv, hoje abrangendo até 250 cv. Posteriormente,
foram incluídos os coletores solares planos para aquecimento de água
para banho e piscina e os reservatórios térmicos. A escolha desses
equipamentos foi fei ta considerando sua part ic ipação no consumo de
energia elétr ica nacional.
Com a criação do Selo PROCEL INMETRO de Desempenho em 1998,
foram incluídos, também, os produtos de i luminação, nacionais e
importados, que respondem por cerca de 20% do consumo nacional de
energia elétr ica do país, restr i tos inicialmente às lâmpadas f luorescentes
circulares e compactas. Devido às característ icas destes produtos, foram
estabelecidos cri térios específ icos de classif icação. Da mesma forma que
ocorre com os produtos que concorrem ao Selo PROCEL de Economia de
-22-
Energia, esses três produtos também são submetidos a testes em
laboratórios de referência. Adicionalmente, os fabricantes acordaram em
oferecer garantia de um ano para as lâmpadas f luorescentes compactas
que obt iveram o Selo.
Com a f inal idade de estabelecer os cri tér ios técnicos e indicar os
equipamentos premiados, foi consti tuída, pela Secretaria Executiva do
PROCEL, uma Comissão de Anál ise Técnica composta por um
representante das seguintes ent idades: PROCEL, na condição de
Coordenador; Centro de Pesquisas de Energia Elétr ica – CEPEL; Inst i tuto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qual idade Industr ial – INMETRO;
Inst i tuto de Defesa do Consumidor – IDEC; Associação Brasi leira da
Indústr ia Elétr ica e Eletrônica – ABINEE; Associação Nacional de
Fabricantes de Produtos Eletro-Eletrônicos – ELETROS; Associação
Brasi leira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Venti lação e Aquecimento –
ABRAVA; Associação Brasi leira da Indústr ia de I luminação – ABILUX.
Os cri tér ios atualmente em vigor para a concessão do Selo PROCEL de
Economia de Energia são os seguintes:
1- O produto deve fazer parte do Programa Brasi leiro de
Etiquetagem – PBE, coordenado pelo INMETRO;
2- O produto deve ser submetido anualmente a ensaios de
desempenho em laboratórios de referência indicados pelo PROCEL e pelo
INMETRO;
3- De acordo com a classif icação obt ida pelo produto no processo
de etiquetagem, recebem o Selo PROCEL de Economia de Energia os
equipamentos da faixa A. De acordo com os resultados dos testes, os
modelos são classif icados conforme a efic iência energética de A a G,
sendo os da faixa A aqueles de maior ef ic iência.
A Et iqueta que indica os resultados dos testes e a classif icação obtida
pelo produto e o Selo PROCEL de Economia de Energia têm as seguintes
formas:
-23-
Et iqueta Nacional de Conservação Selo PROCEL de
de Energia – ENCE Economia de Energia
Tanto a et iqueta quanto o Selo devem estar af ixados nos produtos em
exposição e nos pontos de venda, de modo a or ientar faci lmente o
consumidor.
O Selo PROCEL INMETRO de Desempenho é concedido para produtos
como lâmpadas f luorescentes circulares e compactas, reatores
eletromagnéticos para lâmpadas f luorescentes tubulares e a vapor de
sódio, reservatórios térmicos para aquecedores solares e motores
elétr icos de indução tr i fásicos. Esse Selo é outorgado anualmente aos
equipamentos et iquetados, em cada categoria, com eficiência e qual idade
iguais e acima de determinados níveis pré-estabelecidos pelo PROCEL. O
Selo tem a seguinte forma:
Selo PROCEL INMETRO de Desempenho
-24-
Em 2001, foram premiados 312 modelos num total de 28 empresas
part ic ipantes com equipamentos classif icados em 12 categorias:
refr igeradores comuns (uma porta) e combinados (duas portas e duas
portas Frost-Free); Freezers (horizontais e vert icais); condicionadores de
ar de janela; motores de indução tr i fásico (padrão e de al to rendimento);
coletores solares planos (banho e piscina) e lâmpadas f luorescentes
(compactas e circulares).
No ano de 2002, três novas categorias de produtos foram incorporadas à
l ista de equipamentos que receberam o Selo PROCEL em 2001, a saber:
reatores eletromagnéticos para lâmpadas f luorescentes tubulares e a
vapor de sódio e reservatórios térmicos para coletores solares. Nesse
ano, também ocorreu a formação do grupo de trabalho GT-bombas, para
início do processo de et iquetagem e do Selo PROCEL dest inado à bombas
centrí fugas, em parceria com a ABIMAQ e os fabricantes.
No ano de 2003, os Selos PROCEL de Economia de Energia e PROCEL
INMETRO de Desempenho foram outorgados a 17 categorias de produtos
para 69 empresas, com 1.268 modelos premiados, conforme l istado
abaixo:
Refrigeradores comuns (uma porta e compacto) e combinados (duas
portas e duas portas Frost-Free) ;
Freezers horizontais, vert icais e vert icais Frost-Free ;
Condicionadores de ar de janela;
Motores de indução tr i fásico das l inhas padrão e de alto rendimento;
Coletores solares planos – apl icação banho e piscina;
Reservatórios térmicos para coletores solares;
Reatores eletromagnéticos para lâmpadas tubulares e a vapor de sódio;
Lâmpadas f luorescentes compactas e circulares.
-25-
IV.1.1. REFRIGERADORES E FREEZERS
A. Descrição
Inicialmente a atuação do PROCEL estava focada no segmento de
consumo através da elaboração de um acordo com os fabricantes de
eletrodomésticos, def inindo níveis mínimos de ef ic iência para
refr igeradores e f reezers . No âmbito das ações desenvolvidas pelo
PROCEL, em conjunto com CEPEL, INMETRO e fabricantes de
eletrodomésticos, foi adotado um procedimento padrão para ensaio de
refr igeradores e f reezers fabricados e comercial izados no Brasi l , para
veri f icação do nível de consumo de energia desses equipamentos. A part i r
dos resultados obtidos foi , então, criado um programa de etiquetagem,
relat ivo ao desempenho energético de refr igeradores e freezers .
Durante o ano de 1998, o PROCEL e o INMETRO elaboraram, em conjunto
com os fabricantes de refr igeradores e f reezers , a renovação do acordo
voluntário envolvendo o estabelecimento de faixas classif icadoras de
ef ic iência. Com o novo acordo, f icou estabelecido um fator de ajuste para
as faixas classif icatór ias existentes, nos dois anos subseqüentes, o que
acarretou uma melhora da efic iência dos produtos, considerando que os
mesmos se ajustaram. Esse novo acordo de efic iência energética foi
assinado em solenidade celebrada durante o Seminário Internacional de
Combate ao desperdício de energia Elétr ica “Eff icient ia 98”.
Em 2003, a premiação de f reezers vert icais, que não ocorr ia desde 20013,
foi um excelente resultado para esta categoria, sendo que dos 44 modelos
que exist iam no mercado naquele ano, 20 foram contemplados,
conseguindo atingir os índices mínimos de eficiência energética exigidos
para a concessão do Selo.
Dos refr igeradores e f reezers que receberam o Selo PROCEL em 2004, o
destaque foi para o aumento de 37% no número de modelos de
refr igeradores de uma porta. Esses equipamentos, que representam cerca
de 70% do mercado, apresentam um índice médio de ef ic iência 22%
superior em relação aos que não possuem Selo.
3 Isto se deve em boa parte pela ocorrência do racionamento, que provocou uma forte queda nas vendas para esse produto, implicando na retirada pelos fabricantes de alguns modelos do mercado.
-26-
B. Metodologia e Premissas
Para aval iação das ações implementadas no segmento de refr igeradores e
f reezers , é importante destacar que o PROCEL vem atuando em duas
diferentes dimensões da questão. Essa atuação tem sido efet ivada tanto
no incentivo às medidas do aumento da ef ic iência energética de
eletrodomésticos, quanto no estímulo à ampliação da fat ia de mercado
desses equipamentos ef icientes.
Na determinação da estimativa da economia de energia e redução de
demanda na ponta decorrentes das ações desenvolvidas no segmento de
refr igeradores e freezers , é ut i l izada uma anál ise do t ipo Top-Down . Esse
t ipo de abordagem baseia-se na redução média de consumo por
equipamento, e na quantidade de equipamentos vendidos durante o ano.
A determinação do índice de ef ic iência energét ica de cada equipamento é
estabelecida através de procedimentos de ensaios definidos pelo
INMETRO / CEPEL, no âmbito do Programa Brasi leiro de Etiquetagem -
PBE. A part ir desses resultados são então elaboradas plani lhas
comparativas da evolução anual desses índices.
A seguir, é apresentada a equação para a economia de energia anual (EE)
em um determinado ano, que está sendo ut i l izada para determinar a
economia de energia de refr igeradores e f reezers :
EE (MWh/ano)= V (103 un.)x FSP x FCP x (CMEss (kWh/ano)–CMEcs (kWh/ano))
onde V são as vendas totais est imadas de refr igeradores e freezers em
milhares de unidades, FSP é a fração dos refr igeradores e f reezers que
obtiveram o Selo Procel naquele ano, FCP é o fator de crédito do Procel,
CMEss é o consumo médio de energia elétr ica de modelos sem o Selo, por
categoria, durante o período de referência (1999-2003) e CMEcs é o
consumo médio de energia elétr ica de modelos4 com o Selo no ano (2004).
Dessa forma, tomando-se por base os resultados obtidos nos ensaios
real izados no CEPEL, referentes ao consumo médio de refr igeradores e
4 Na rea l idade, t rabalha-se com c inco categor ias de equipamentos: ref r igeradores de 1 por ta , ref r igeradores de 2 por tas (combinados) , re f r igeradores compactos e f reezers ver t ica is e hor izonta is .
-27-
f reezers no período de 1999 até 2004, determina-se a economia média por
equipamento equivalente5 ut i l izando-se a média ponderada dos consumos
dos equipamentos sem o Selo, de 1999 a 2003, em comparação com o
consumo médio dos equipamentos com o Selo do ano de 2004.
Estima-se que a part ic ipação dos refr igeradores e f reezers com Selo
Procel, seja de 55%6 das vendas totais no mercado. Esse percentual está
sendo apropriado integralmente, tendo em vista que o Procel assume
como premissa que 100% dos resultados decorrentes do programa do Selo
devem ser apropriados. Esse fator tem como base direta as vendas nesse
segmento de mercado. Ressalta-se que adoção deste percentual em
100%7 não é totalmente arbitrár ia, em real idade, se fundamenta
basicamente em quatro pontos:
O Selo Procel e o Programa de Etiquetagem do INMETRO são
programas que estão sendo considerados em conjunto para efei to de
apropriação de resultados, tendo em vista a parceria permanente entre
estas insti tuições e part ic ipação do Procel em todas as etapas do
processo de etiquetagem de equipamentos que recebem o Selo.
Apesar do Procel não estar mais real izando campanhas de marketing
sistemáticas é notório que a marca Procel e, especialmente, o Selo
obtiveram uma maior visibi l idade após a crise de racionamento de
energia em 2001. Os próprios fabricantes e lojas de varejo já ut i l izam
amplamente o Selo como forte argumento de venda em seus anúncios e
publ icações, como pode ser veri f icado nos jornais e publ icações
especial izadas.
Com a introdução da Lei de Eficiência Energética todos os produtos
que recebem o Selo Procel serão compulsoriamente etiquetados de
acordo com Resolução do INMETRO. Isto amplia a inf luência do Procel
5 Equipamento v i r tua l que representa o consumo médio ponderado, pe la par t ic ipação no mercado de cada categor ia de equipamentos, dos d iversos modelos de re f r igeradores e f reezers comerc ia l izados no país . 6 Esse dado fo i obt ido a par t i r de sondagens rea l izadas pe la área de tecnolog ia junto a a lgumas empresas do setor . 7 Ressal ta-se que deve ex is t i r um fa tor de créd i to do Procel (FCP) na metodolog ia de aval iação de resu l tados e este percentua l deve ser def in ido caso a caso, ent re tanto na fa l ta de e lementos ou estudos para se def in i r o percentua l a ser apropr iado em cada caso, nesse re latór io , adota-se um fa tor de 100% de apropr iação (ou seja , FCP=1) .
-28-
nas vendas de equipamentos ef icientes, haja vista a sua part ic ipação
direta no processo de etiquetagem.
Além do Procel um dos grandes Programas de Eficiência Energética no
país é o da ANEEL ( investimentos anuais da ordem de 200 milhões de
reais real izados pelas concessionárias em programas de eficiência
energét ica) que estabelece para todos os projetos que contemplem
eletrodomésticos e/ ou equipamentos a obrigatoriedade de ut i l ização de
equipamentos/ eletrodomésticos com o Selo Procel, nos casos em que
estes sejam disponíveis.
Além destes pontos supracitados poder-se-ia acrescentar ainda os
seguintes: i ) O Procel possui um programa permanente de Educação
(Procel nas Escolas) que aborda diretamente o tema do Selo Procel no
conteúdo programático; i i ) O Procel através de convênios e da RGR-
conservação f inancia projetos de eficiência energética que contemplam
equipamentos com Selo e i i i ) O Procel promove diversos eventos de
market ing que visam fortalecer a marca do Procel e conseqüentemente a
marca do Selo.
Para determinação da redução de demanda no horário de ponta, foi
considerado um fator de uti l ização médio de 1,25. A determinação desse
fator considera o maior número de vezes que se abre a porta desses
equipamentos no horário de ponta, fazendo com que o compressor seja
l igado maior número de vezes, acarretando um aumento de cerca de 25%
no consumo de energia nesse período.
Para cálculo da redução da demanda na ponta, ut i l iza-se a seguinte
fórmula:
RDP (kW) = EE x FU x 103 / 8760 horas
onde:
• EE - Economia anual de energia (MWh)
• FU - Fator de uti l ização médio na ponta, no caso 1,25
-29-
-30-
C. Resultados
A tabela 4 mostra os resultados de economia de energia e redução de
demanda na ponta, ut i l izando-se a metodologia e premissas destacadas
acima. Conforme premissa adotada, a economia média por equipamento
at ingiu 134,428 kWh/ano. Considerando as premissas acima, est ima-se
que a economia total de energia alcançada no ano de 2004, devido à
venda de refr igeradores e f reezers , seja de 413.228 MWh/ano,
considerando um total de 5,59 milhões de unidades vendidas9.
Para a demanda reti rada da ponta est imamos uma redução de 58.965 kW,
considerando as vendas de refr igeradores e freezers vert icais vendidos
em 2004.
8 Este va lor fo i obt ido a par t i r da comparação do consumo médio (kWh/ano) dos equipamentos com Selo no ano de 2004 com o va lor da média dos consumos médios dos equipamentos sem Selo no per íodo 1999-2003, conforme metodolog ia descr i ta no i tem B. 9 Este va lor fo i obt ido a par t i r de dados da Pesquisa Indust r ia l Anual - PIA – Produto 2003 ( IBGE) e cons iderando-se um cresc imento de mercado de 15% de 2003 para 2004.
-31-
Tabela 4 - Refrigeradores e Freezers Economia de Energia (GWh/ano) e Redução de Demanda na Ponta 1986-2004
Ano Vendas (103)
Economia por Modelo
(kWh/ano)
Economia decorrente das Ações no Ano
(GWh)
Economia decorrente de
Ações Acumuladas (GWh/ano)
Economia Anual decorrente das Ações
do PROCEL (GWh/ano)
Economia decorrente de Ações Acumuladas
do PROCEL (GWh/ano)
Redução de Demanda na Ponta (MW)
Total Decorrente das Ações Ações Ações do PROCEL Ano Acumul Ano Acumul
1986 2.328 3,35 7,8 7,8 3,12 3,1 1,11 1,11 0,45 0,451987 2.308 27,12 62,6 70,4 25,04 28,2 8,93 10,04 3,57 4,02 1988 1.931 25,06 48,4 118,8 19,36 47,5 6,91 16,95 2,76 6,781989 2.694 48,37 130,3 249,1 52,12 99,6 18,59 35,54 7,44 14,22 1990 2.760 59,78 165,0 414,1 66,00 165,6 23,54 59,09 9,42 23,631991 2.985 62,08 185,3 599,4 74,12 239,8 26,44 85,53 10,58 34,21 1992 1.879 62,53 117,5 716,9 47,00 286,8 16,77 102,30 6,71 40,921993 2.336 89,90 210,0 926,9 84,00 370,8 29,97 132,26 11,99 52,90 1994 3.383 103,38 349,7 1.276,6 139,89 510,7 49,91 182,17 19,96 72,871995 4.345 118,89 516,6 1.793,2 206,63 717,3 73,71 255,88 29,48 102,35 1996 5.648 136,72 772,2 2.565,4 308,88 1.026,2 110,19 366,07 44,08 146,431997 4.238 157,23 666,3 3.231,7 333,17 1.359,3 95,08 461,15 47,54 193,97 1998 3.958 171,38 678,4 3.910,1 339,20 1.698,5 96,80 557,95 48,40 242,371999 3.499 173,95 608,7 4.518,7 334,76 2.033,25 86.85 644.79 47,77 290,13 2003 4.000 204,22 816,9 - 449,29 - 116,56 - 64,11 - 2004 5.590 134,42 751,4 - 413,23 - 107,21 - 58,96 -
Ano = Economia decorrente das Ações no Ano Acumulado = Economia decorrente de Ações Acumuladas
IV.1.2. AR-CONDICIONADO
A. Descrição
O PROCEL vem desenvolvendo diversas medidas no segmento de
condicionamento ambiental, v isando a promoção do aumento da ef ic iência
energética desses equipamentos. Nesse sentido, PROCEL, INMETRO e
CEPEL desenvolveram e implementaram desde 1994 um procedimento de
ensaio padrão para a determinação do consumo de energia e ef ic iência
energética de aparelhos de ar-condicionado de janela, no âmbito do
Programa Brasi leiro de Etiquetagem.
A part i r dos resultados dos ensaios é então outorgado o Selo PROCEL de
Economia de Energia para os modelos que se enquadrem na faixa A de
ef ic iência energét ica (modelos mais efic ientes).
O destaque neste segmento, foi a concessão, pela primeira vez, do Selo
PROCEL pra os condicionadores de ar t ipo Spli t , l inha de equipamentos que
vem crescendo expressivamente nos últ imos anos no mercado.
Em 2004, destacam-se os condicionadores de ar de 7.500 Btu/h, que estão,
em média, 40% mais ef ic ientes em relação aos de mesma capacidade que
não têm o Selo. Os modelos com essa capacidade de refr igeração
correspondem a cerca de 70% dos modelos comercial izados no mercado.
B. Metodologia e Premissas
Para est imativa da economia de energia decorrente da venda de aparelhos
de ar-condicionado de janela mais efic ientes, é empregada uma anál ise top-
down . Nessa anál ise são consideradas a melhoria na ef iciência média dos
condicionadores de ar entre 1999 e 2003 comparativamente com 2004 e o
número de unidades vendidas neste ano.
Para o cálculo da ef ic iência média dos condicionadores de ar dos anos de
referência (1999-2003), são ut i l izados os dados para a concessão do Selo
-32-
PROCEL de Economia de Energia, veri f icados pelo CEPEL conforme tabela 5
a seguir.
Tabela 5 – Efic iência Média dos Condicionadores de Ar
Capacidade (Btu/hora)
Eficiência Média dos Equipamentos sem Selo (kJ/Wh)
(1999-2003)
Eficiência Média dos Equipamentos com Selo (kJ/Wh)
(2004)
Variação na eficiência
média ( % )
6.000 –12.000 7,80 10,97 40,6
12.000 – 30.000 8,97 10,33 15,2
Fonte: Elaboração própria
Para efeito de apropriação dos resultados do PROCEL considera-se que o
valor estimado de 60%10 do mercado para as vendas de ar-condicionado com
o Selo PROCEL deve ser apropriado integralmente.
As vendas de ar-condicionado de janela total izaram 1.401.342 unidades11 em
2004. A distr ibuição nas vendas por segmento de apl icação foi estimada
numa dada proporção, conforme mostrado na tabela 6 abaixo.
Tabela 6 – Distr ibuição das Vendas por Segmento de Uti l ização
Participação no Mercado por Modelo ( % )
Setor Uso (horas/ano)
6.000 - 12.000 Btu/h
18.000 - 30.000 Btu/h
RESIDENCIAL 960 80% -
COMERCIAL 2.400 - 20%
Fonte: Elaboração própria
10 Esse dado fo i obt ido a par t i r de sondagens rea l izadas pe la área de tecnolog ia junto a a lgumas empresas do setor . 11 Este va lor fo i obt ido a par t i r de dados da Pesquisa Indust r ia l Anual - PIA – Produto 2003 ( IBGE) e cons iderando-se um cresc imento de mercado de 10% de 2003 para 2004.
-33-
Para determinação do nível de uti l ização, em termos de número de horas por
ano, as seguintes hipóteses foram assumidas:
- Setor Residencial :
Aparelho ut i l izado 4 meses por ano; 8 horas por dia
Total = 960 horas por ano
- Setor Comercial :
Aparelho ut i l izado 8 meses por ano ; 10 horas por dia
Total = 2.400 horas por ano
No cálculo da economia de energia anual, a seguinte fórmula é uti l izada:
EE (kWh/ano) = capacid. refr ig.(Btu/h) x 0,9478 x (EER1–EER2) x horas anuais x FU
( EER1 X EER2 ) X 1000
onde:
Fator de conversão de Btu/h para kW = 0,9478
EER1 (kJ/Wh) = Eficiência Energética Média de 1999-2003
EER2 (kJ/Wh) = Eficiência Energética Média de 2004
FU (Fator de Uti l ização) = 70%
-34-
C. Resultados
Com base nas premissas e dados mostrados acima, a economia anual de
energia devido à melhoria na efic iência energética de aparelhos de ar-
condicionado de janela, pode ser calculada da seguinte forma:
♦
♦
Categoria 6.000 - 12.000 Btu / hora
Economia anual (kWh/ano) = 9.000 x 0,9478 x 3,17 x 960 x 0,7 / ( 7,80 x
10,97 ) x 103 = 212,37
Categoria 18.000 - 30.000 Btu / hora
Economia anual (kWh/ano) = 24.000 x 0,9478 x 1,36 x 2.400 x 0,7 / (8,97 x
10,33) x 103 = 560,90
Dessa forma, temos que a economia média ponderada para as duas
categorias é:
Economia média anual = 299,50 kWh/ano por aparelho
Considerando o total de unidades vendidas em 2004 e as respect ivas
part ic ipações nas vendas totais para cada faixa de potência, ou seja, 75% e
25%, tem-se:
Economia anual = 212,37 kWh/ ano x 0,75 x 1.401.342 unidades= 223.198,83
MWh/ano
Economia anual = 560,90 kWh/ ano x 0,25 x 1.401.342 unidades= 196.502,25
MWh/ano
Tendo em vista que o PROCEL pode ser considerado como diretamente
responsável pela melhoria na efic iência desses equipamentos, foi assumida
como sendo 100% a part ic ipação do PROCEL nos resultados decorrentes
destas vendas que correspondem a 60% do mercado.
Economia anual = 419.701,08 MWh/ano x 0,60 x 100%
-35-
Economia anual = 251.820,65 MWh/ano
Para determinação da demanda ret irada da ponta, é considerado um fator de
coincidência na ponta de 0,8 e de 0,4, respectivamente, para os setores
comercial e residencial . Dessa forma é fei to o seguinte cálculo:
RDP = (212,37 kWh/ano x 0,4/ 960 horas) x 1.051.007 = 92.999,51 kW
RDP = (560,90 kWh/ano x 0,8/ 2.400 horas) x 350.336 = 65.500,75 kW
Considerando-se as parcelas decorrentes das vendas nos setores comercial
e residencial , a redução de demanda na ponta total é igual:
RDP = 158.500,26 kW x 0,60 = 95.100,16 kW
-36-
IV.1.3. MOTORES
A . Descrição
Em 1995, o PROCEL, em conjunto com o CEPEL, INMETRO e fabricantes,
desenvolveu um procedimento padronizado para ensaio de motores de
indução tr i fásicos com a f inal idade de obter os índices de ef ic iência dos
motores disponíveis no mercado nacional. Essa iniciat iva foi desenvolvida no
âmbito do Programa Brasi leiro de Etiquetagem - PBE, abrangendo diversas
categorias de motores na faixa de potência de 1 a 200 cv. Simultaneamente,
o PROCEL deu início a um programa de dist inção e premiação dos motores
mais efic ientes do mercado, com concessão anual do “Selo PROCEL de
Economia de Energia”. A premiação tem como objetivo est imular os
fabricantes no estabelecimento de processos de aprimoramento contínuo de
seus produtos, visando a melhoria dos índices de efic iência energética.
Desde 2003, a estrutura da premiação contempla todas as potências
padronizadas, na faixa de 1 a 250 cv. Observa-se, no entanto, que a faixa
de potência de 1 a 10 cv representa cerca de 80%12 do mercado de motores
de indução tr i fásicos, sendo que o motor da l inha padrão de 10 cv, 4 pólos, é
o que possui a maior fat ia do mercado. Em 2004, este equipamento teve um
aumento de efic iência de 1% em relação à média dos equipamentos de
mesma potência fabricados desde 1995. Cabe destacar que, neste ano, os
índices de eficiência para a concessão do Selo t iveram um aumento
elevando.
B. Metodologia e Premissas
A tabela 7 apresenta os rendimentos médios dos motores standard e al to
rendimento, et iquetados de 1999 a 2004. A part i r desses dados obteve-se o
rendimento médio ponderado das part ic ipações relat ivas dos motores
standard e al to rendimento no mercado para o período de 1999 a 2003.
Posteriormente o mercado foi segmentado em duas faixas de potência e, da
mesma forma, obteve-se um novo rendimento médio ponderado pelas faixas 12 Dado obtido a partir do histórico de vendas de motores elétricos fornecidos pela ABINEE.
-37-
de 1 a 10 cv e acima de 10 cv. De forma semelhante, foram fei tas as
mesmas ponderações e segmentações para o mercado no ano de 2003.
Foram adotados, para os motores padrão e a al to rendimento,
respectivamente, 90% e 10% como part ic ipação no mercado e, para as
potências, foram adotados, respectivamente, 80% e 20% para as faixas de 1
a 10 cv e acima de 10 cv. Com isso, foi real izada a comparação dos
rendimentos e obtido o ganho.
Tabela 7 – Rendimentos Médios de Motores de 1999 a 2004.
2 Polos 4 Polos 6 Polos 8 Polos<=10 86,40% 86,67% 85,66% 84,79%> 10 (até 250 cv) 92,74% 93,65% 93,52% 93,48%> 10 (até 500 cv) 82,03% 81,80% 79,47% 78,68%<=10 89,73% 90,92% 90,96% 91,18%> 10 (até 250 cv) 85,90% 86,33% 85,54% 84,71%> 10 (até 500 cv) 92,70% 93,65% 93,52% 93,48%<=10 82,20% 82,41% 80,21% 79,16%> 10 (até 250 cv) 91,73% 92,35% 92,24% 91,94%> 10 (até 500 cv) 85,36% 85,70% - -<=10 91,48% 92,42% - -> 10 (até 250 cv) 82,21% 82,24% - -> 10 (até 500 cv) 89,76% 90,23% - -<=10 85,71% 86,16% 84,96% 83,79%> 10 (até 50 cv) 92,73% 93,47% 92,95% 91,84%<=10 82,78% 83,54% 80,71% 79,04%> 10 (até 50 cv) 91,39% 92,03% 91,64% 90,68%<=10 85,71% 85,59% 84,92% 83,71%> 10 (até 250 cv) 92,82% 93,52% 93,17% 92,53%<=10 82,78% 83,29% 80,71% 78,99%> 10 (até 250 cv) 91,61% 91,56% 91,92% 91,36%<=10 85,80% 86,20% 85,20% 84,10%> 10 (até 250 cv) 92,90% 93,50% 93,20% 91,90%<=10 83,00% 83,80% 81,00% 79,80%> 10 (até 250 cv) 91,20% 91,60% 91,40% 90,80%<=10 85,80% 86,20% 85,20% 84,10%> 10 (até 250 cv) 92,90% 93,50% 93,20% 91,90%<=10 83,00% 83,80% 81,00% 79,80%> 10 (até 250 cv) 91,20% 91,60% 91,40% 90,80%
2004
Alto Rendimento
Standard
Potência(CV)TipoAno
2003
2000
Alto Rendimento
Standard
Rendimento Médio (%)
Alto Rendimento
Alto Rendimento
Standard
Standard
1999
Alto Rendimento
2002
2001
Standard
Alto Rendimento
Standard
Fonte: Área de Tecnologia
Com o intui to de est imar a economia de energia resultante, foram adotadas
as seguintes premissas:
-38-
Potência média do motor mais vendido (Pot) = 10 cv
Fator de carga médio dos motores (FC) = 70%
Fator de coincidência na ponta (Fcp) = 35% (estima-se que 50% das
indústrias opera na ponta e 70% dos motores estão l igados neste horário)
Ef iciência média ponderada dos motores de 1999 a 2003 (η1) = 83,49%
Eficiência média ponderada dos motores de 2004 (η2) = 83,93%
Número total de motores vendidos13 em 2004 (N) = 1.150.188
Nível médio de uso dos motores na indústria (t) = 3.000 horas/ano.
Part indo dessas premissas, pode-se fazer o seguinte cálculo:
1) Energia economizada da potência consumida, devido à maior ef ic iência
dos motores:
EE (MWh / ano) = Pot x 0,736 x (η2-η1) / (η1 x η2) x N x t x FC x 10- 3
RDP (kW) = EE x Fcp x 103 / t
C. Resultados
Com base na comparação dos rendimentos médios apresentados pelos
motores no período de 1999-2003 com o ano de 2004, foi veri f icado um
pequeno acréscimo nos rendimentos dos motores. Desta forma, serão
computados os ganhos de economia de energia e redução de demanda na
ponta devido ao aumento de rendimentos médios de motores do t ipo standard
e al to rendimento no mercado como um todo.
Para f ins de contabi l ização os resultados totais obt idos foram:
EE = 10 cv x 0,736 kW / cv x (83,93% - 83,49%) / (83,93% x 83,49%) x
1.150.188 x 3.000 horas/ano x 10- 3 = 111.626,40 MWh/ano 13 Dados do histórico de vendas de motores fornecidos pela ABINEE.
-39-
RDP = 111.126,40 x 0,35 x 103/ 3.000 horas = 13.023,08 kW
A part i r disso, pode-se assumir conservat ivamente que os equipamentos com
Selo Procel representam 70% das vendas no mercado14, o que corresponde
em termos de economia de energia e redução de demanda na ponta aos
seguintes valores:
EE = 111.626,40 MWh/ano x 70% = 78.138 MWh/ano
RDP = 13.023,08 kW x 70% = 9.116 kW
Observa-se que também, neste caso, estamos considerando o fator de
crédito do PROCEL (FCP) igual a 1, ou seja, admit imos que 100% das
vendas de equipamentos efic ientes com SELO se devem exclusivamente a
ações diretas e/ou indiretas do PROCEL.
14 Dado estimado com base em sondagens realizadas junto aos principais fabricantes pela Área de Tecnologia.
-40-
IV.1.4. ILUMINAÇÃO
As ações desenvolvidas pelo PROCEL, neste uso f inal, são anal isadas
separadamente: em primeiro, a economia de energia decorrente da adoção
de tecnologias eficientes em i luminação (Selo PROCEL INMETRO de
Desempenho); em segundo, o programa de ef ic ientização de sistemas de
i luminação públ ica (RELUZ), que envolve a substi tuição das lâmpadas
existentes por lâmpadas a vapor de sódio.
Cabe destacar que o uso de lâmpadas a vapor de sódio é anal isado segundo
o estímulo ao aumento do uso destas lâmpadas através de seu programa de
I luminação Públ ica (RELUZ), incluído nos f inanciamentos via RGR, cujos
resultados são contabi l izados no i tem “IV.10 Programa RELUZ” deste
relatório.
Tecnologias Eficientes em Iluminação
A. Descrição
Nesta seção, anal isaremos o impacto da economia de energia que o PROCEL
vem promovendo na difusão das tecnologias de i luminação ( lâmpadas
f luorescentes compactas e circulares) mais ef ic ientes resultante da adoção
das mesmas, como destacado a seguir.
No caso das lâmpadas f luorescentes compactas e circulares, o PROCEL tem
estimulado sua uti l ização através basicamente da divulgação do Selo na
mídia e por intermédio dos próprios fabricantes.
-41-
B. Metodologia e Premissas
O estudo do t ipo top-down , c i tado anteriormente, apresenta detalhadamente
as est imativas de economia de energia anual com base em premissas l igadas
ao número de vendas, redução média de potência e horas de uso de cada
produto. Esse estudo também faz a estimativa da economia que pode ser
atr ibuída às ações do PROCEL e de seus parceiros.
Em geral, a economia de energia elétr ica (EE) que ocorre devido ao uso de
qualquer tecnologia específ ica no ano t pode ser calculada através de:
EE (MWh / ano) = N x RMP x U x FPP x 10- 3
onde N é o número estimado de produtos em uso no ano t, RMP é a redução
média de potência de consumo do produto (watts), U é o nível de uso (horas
por ano) e FPP é a fração assumida como tendo sido estimulada pelo
PROCEL. Para o cálculo da economia devido aos produtos vendidos em um
determinado ano adota-se o número de vendas est imadas (N) no lugar do
número est imado de equipamentos em uso.
A redução de demanda na ponta (RDP) pode ser calculada através de:
RDP (kW) = N x RMP x FPP x FCP x 10- 3
onde FCP é o fator de coincidência na ponta, ou seja a fração de unidades
que são assumidas estar em operação em qualquer momento durante o
horário de ponta.
O número de lâmpadas f luorescentes compactas e circulares vendidas em
2004 foi estimado através das informações obtidas junto à Secretar ia de
Comércio Exterior - SECEX, através do sistema Al iceWeb15 e de contatos
estabelecidos com agentes do setor como a ABILUX. A anál ise dos dados
fornecidos pelo sistema Al iceWeb foi fei ta considerando a quantidade de
lâmpadas importadas pelas empresas brasi leiras.
15 http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br/
-42-
A tabela 8 mostra os dados básicos para o cálculo da economia de energia e
reduções de demanda na ponta. As premissas que dizem respeito à fração
estimulada pelo PROCEL são expl icadas a seguir.
Tabela 8 – Dados Utilizados nos Cálculos de Economia de Energia e Redução de Demanda
Produto Nº de vendas em 2004 (103)
Redução média16 de
potência por unidade (W)
Utilização anual
(horas/ano)
Porcentagem das vendas estimulada pelo PROCEL (%)
Fator de carga
LFC 52.414 45 2.190 20 0,4
LF Circular 2.759 48 1.500 20 0,4
Fonte: Área de Tecnologia
Em 2004, assumimos que o PROCEL e seus parceiros estimularam as vendas
de lâmpadas f luorescentes compactas e circulares com o Selo em 20% do
total comercial izado pelo mercado, sendo esse percentual apropriado
integralmente no cômputo dos resultados desta categoria17.
O percentual de 20% do mercado se traduz em 11 milhões de LFCs e
lâmpadas f luorescentes circulares, dado que foi est imado um total de 55
milhões dessas lâmpadas foram comercial izadas em 2004. Ainda para as
LFCs, destacamos que o alto nível de ut i l ização anual deve-se ao fato de a
grande maioria dessas lâmpadas ser ut i l izada no setor comercial .
Para o cálculo dos resultados de energia economizada, foram adotados como
part ic ipação nas vendas de mercado, 95% e 5% para as LFCs e lâmpadas
f lorescentes circulares, respect ivamente.
C. Resultados
A tabela 9 mostra a economia de energia elétr ica e a redução de demanda na
ponta, que deve ser creditada ao PROCEL, com base nas premissas
apresentadas. Em 2004, a economia de energia estimada total izou 1.072.803 16 A redução média de potência é estimada com base nas lâmpadas incandescentes de 60W e 75W em substituição às lâmpadas fluorescente compacta e circular, respectivamente, de 15W e 22W. 17 O Fator de Crédito do PROCEL (FCP) foi considerado igual a 1.
-43-
MWh/ano e uma redução de demanda de 306.165 kW, com base nos produtos
vendidos em 2003.
Tabela 9 - Energia Economizada e Redução de Demanda na Ponta Decorrente da Uti l ização de Tecnologias Eficientes em I luminação - Ações PROCEL 1996-2004
Energia Economizada (GWh/ano)
1996 1997 1998 1999 2003 2004 Produto
Ano Acum. Ano Acum. Ano Acum. Ano Acum. Ano Ano
LFC 33,8 81,0 275,6 336,4 317 626,3 279,5 875,8 729,2 1.033,1
LF. Circulares 1,8 3,7 37,5 41,0 65,9 106,3 57,4 159,7 27,0 39,7
Total 110,7 345,9 429,35 696,8 495,3 1103,1 441.1 1467,3 756,2 1.072,8
Redução de Demanda na Ponta (MW)
1996 1997 1998 1999 2003 2004 Produto
Ano Acum. Ano Acum. Ano Acum. Ano Acum. Ano Ano
LFC 6,8 16,2 55,1 67,3 63,4 125,3 55,9 174,2 200,4 294,8
LF. Circulares 1,4 3,0 30,0 32,8 35,2 56,7 30,6 85,3 7,7 11,3
TOTA L 22,2 68,0 105,9 158,7 118,7 249,3 105,0 337,9 208,1 306,2
Fonte: Elaboração própria a part i r de dados fornecidos pela área de
tecnologia
Reatores Eletromagnéticos para Lâmpadas Fluorescentes
Em 1994, o PROCEL desenvolveu um projeto, junto com o CEPEL, para
aval iar o desempenho de reatores eletromagnéticos e para desenvolver um
novo padrão de desempenho. Além disso, o PROCEL e os fabricantes de
reatores assinaram, através de sua associação (ABILUX), um acordo
voluntário a respeito da ef ic iência de reatores fabricados a part i r de 1994.
-44-
Esse acordo permit iu uma melhoria de 10% na ef ic iência de reatores, em
média (Leonel l i et al , 1995).
O CEPEL real izou ensaios de desempenho de reatores eletromagnéticos
produzidos pelos mais importantes fabricantes brasi leiros de reatores. Os
ensaios real izados em 1995 não apresentaram uma melhoria de eficiência
signif icativa em relação aos testados entre 1993-94.
Os ensaios real izados pelo CEPEL em 1996, por sua vez, demonstraram que
houve uma melhoria signif icat iva no FER (fator de eficácia de reatores) entre
1995 e 1996 para muitos dos modelos testados (Teixeira, 1996). Os
fabricantes de reatores confirmam que modif icaram seus produtos e
melhoraram a ef ic iência em resposta ao acordo de 1994.
Desde 2002, o PROCEL está concedendo o Selo para todos os reatores de
part ida rápida nas potências 2x20W, 2x32W e 2x40W, que são etiquetados.
Os testes são do t ipo “passa-não-passa”, ou seja, o reator tem que
apresentar um fator de eficácia superior ao valor normatizado para cada
potência/lâmpada. A part i r de 2004 foram definidos valores maiores de fator
de eficácia para os equipamentos que recebem o Selo, conseqüentemente,
os ganhos obt idos aumentaram.
Com base nos valores atuais de fator de eficácia dos equipamentos que
receberam o Selo em 2004, comparando-os com os valores mínimos
estabelecidos por norma para cada reator, obtém-se um ganho em torno de
3,0%. Esse ganho em termos de fator de eficácia pode ser traduzido como
uma redução proporcional no consumo de energia para os novos sistemas de
i luminação que entram no mercado a cada ano. Nesse caso, há uma
dif iculdade em se estimar a energia economizada a part i r do ganho obtido
por esses equipamentos.
-45-
IV.1.5. COLETORES SOLARES E RESERVATÓRIOS TÉRMICOS
A. Descrição
O processo de etiquetagem para coletores solares teve inicio no ano de
1996, quando ocorreu a primeira reunião do GT-Sol. Enquanto que os
primeiros modelos et iquetados somente apareceram no mercado dois anos
depois, em 1998. O Selo PROCEL de Economia de Energia foi inicialmente
concedido aos coletores solares Soladur, da Pol isol , e Solarem, da Tuma
Industr ial, o que ocorreu no ano de 2000.
A primeira reunião do GT-Sol para o processo de et iquetagem dos
reservatórios térmicos foi real izada no ano de 1998. A et iqueta e o Selo
PROCEL INMETRO de Desempenho foram inicialmente concedidos para 11
fabricantes, num total de 43 modelos no ano de 2002. Na fase inicial , todo
equipamento que recebia a et iqueta do PBE também recebia o Selo, porém
em meados de 2003 houve uma mudança nos cri tér ios para atr ibuição da
et iqueta e do Selo tornando mais rígida a obtenção da etiqueta, conforme
pode ser veri f icado na tabela 10 abaixo.
Tabela 10 - Cri tério para Concessão da Etiqueta e do Selo PROCEL – INMETRO
Cri tér ios para concessão da Etiqueta e do Selo PROCEL – INMETRO
Perda Específ ica de Energia Mensal (kWh/mês/l i tro) Volume do Reservatório Et iqueta Selo PROCEL – INMETRO
100 <= 0,31 <= 0,25
150 <= 0,29 <= 0,23
200 <= 0,28 <= 0,22
250 <= 0,27 <= 0,21
300 <= 0,27 <= 0,21
400 <= 0,25 <= 0,19
500 <= 0,24 <= 0,18
>= 600 <= 0,21 <= 0,15
Fonte: Site do INMETRO - http//www.inmetro.gov.br.
-46-
O Programa Brasi leiro de Etiquetagem para coletores solares estabelece
cri tér ios específ icos para comparar a ef ic iência dos di ferentes modelos de
coletores disponíveis no mercado nacional.
A uti l ização dos dados de um coletor et iquetado permite agi l izar os cálculos
dos pré-projetos, possibi l i tando uma adequação, de uma forma rápida e
segura, das necessidades da instalação.
O mercado desse equipamento no Brasi l é considerável, como mostram os
dados da tabela 11. A t í tulo comparat ivo, são ci tadas as vendas, em metros
quadrados, no ano de 1999 e as vendas acumuladas desde 1975 na
Alemanha, país da Europa que mais ut i l iza esses sistemas, assim como o
total das vendas européias e as respectivas vendas acumuladas.
Tabela 11 - Vendas de Coletores Solares Planos, em m2, no ano de 2004, e Vendas Acumuladas no Brasi l e China
País Vendas
(1000 x m2)
Vendas acumuladas
(1000 x m2)
Brasi l 390 2.860
China 8.000 -
Fonte: ABRAVA, 2005
Atualmente, o mercado brasi leiro de coletores solares gira em torno de 400
mil m2/ano, sendo que cerca de 80% são et iquetados e aproximadamente
20% do mercado possuem o Selo PROCEL de Economia de Energia.
O mercado para reservatórios térmicos atualmente é de aproximadamente
130 mil unidades/ano18, sendo que 20% são et iquetados e possuem selo
PROCEL INMETRO de Desempenho.
18 Este valor foi estimado com base na premissa de que são necessários 100l/m2 para atendimento do sistema de aquecimento solar e considerando-se também um reservatório padrão de 300l. Como em 2004 foram vendidos 390 mil m2 de área coletora, conseqüentemente, 390.000 m2x100l/m2 / 300l = 130.000 unidades.
-47-
B. Metodologia e Premissas
Com base nos ensaios de efic iência real izados pelo Grupo de Estudos em
Energia Solar – GREEN-Solar (PUC/MG) e Insti tuto de Pesquisas
Tecnológicas – IPT/SP em 2004 e nos dados fornecidos pela ABRAVA, no
que diz respeito as vendas de coletores solares para banho e piscina e
reservatórios térmicos, podemos calcular a economia de energia obt ida e a
redução de demanda na ponta associada.
Dessa forma, calculando-se a produção média mensal específ ica
(kWh/mês/m2) de energia dos equipamentos comercial izados nos anos de
2000 até 2003 (equipamentos sem Selo) e no ano de 2004 (equipamentos
com Selo) é possível determinar as produções médias mensais de mercado
para esses períodos, obtendo-se assim, por di ferença entre essas produções,
a economia média mensal para o ano de 2004. Ressalta-se que para se
determinar a economia média por equipamento, ut i l iza-se a média ponderada
das produções específ icas de energia dos equipamentos sem o Selo de 2000
a 2003 em comparação com a produção específ ica dos equipamentos com o
Selo de 2004 pela part ic ipação dos coletores (piscina e banho) no mercado
(respectivamente, com 10% e 90%).
Para o cálculo da demanda ret irada da ponta foi ut i l izada uma metodologia
que compara o ganho com o uso desse equipamento em relação ao uso do
chuveiro elétr ico equivalente.
No caso dos reservatórios térmicos para obtermos a energia economizada,
simi larmente o que foi real izado para os coletores solares, foram comparadas
as perdas médias mensais especif icas (kWh/mês.l i t ro) para os períodos de
2001-2003 e de 2004.
Foi estimado também uma part ic ipação de 20%, para coletores e
reservatórios térmicos, decorrente das vendas de equipamentos com Selo
PROCEL no mercado e conseqüentemente o mesmo valor percentual de
apropriação dos resultados de economia de energia, já que creditamos ao
-48-
Procel 100% desse percentual em função das vendas desse segmento como
nas demais categorias. Esses percentuais foram obtidos a part i r de consultas
a ABRAVA, bem como a part i r de entendimentos f i rmados com a área
responsável pelo condução do Programa do Selo.
C. Resultados
Para o cálculo da economia de energia dos coletores solares decorrente das
ações do PROCEL ut i l iza-se a seguinte equação:
EE (MWh/ano)= ((PMS – PMC) x 12 x N x PS) / 1000
Onde PMS é a produção média mensal específ ica sem o Selo (kWh/mês/m2),
PMC a produção média mensal específ ica com o Selo (kWh/mês/m2), N
vendas anuais de coletores (m2) e PS a part ic ipação do Selo PROCEL no
mercado.
Assim sendo,
EE = ((82,39 - 69,98) x 12 x 390.000 x 0,20) / 103
EE = 11.613 MWh / ano
Para o cálculo da redução de demanda na ponta dos coletores solares adota-
se uma média 2,5 m2 de área coletora por residência, um fator de diversidade
na ponta de 20% e considera-se a ut i l ização de uma potência auxi l iar de
1.500W para os sistemas de aquecimento solar.
Assim sendo, a seguinte equação pode ser ut i l izada:
RDP (kW) = ((N / AM) x FD x PS x (CHM-PAUX))/1000
Com AM sendo a área média, CHM o chuveiro médio por residência, FD como
fator de diversidade e PAUX a potência auxi l iar.
Portanto:
-49-
RDP = 390.000 / 2,5 x 0,20 x 0,20 x (4.400 – 1.500) / 1000
RDP = 18.096 kW
Para o cálculo da energia economizada dos reservatórios térmicos adota-se
um reservatório médio de 300 l i tros como padrão do mercado, haja vista que
o mesmo representa em torno de 70% das vendas totais do mercado.
A economia de energia para os reservatórios térmicos é dada por:
EE (MWh/ano)= ((PM02 – PM03) x 12 x N x PS x 300 l i t ros) / 103
Sendo PM02 a perda média mensal específ ica (kWh/mês.l i t ro) no período de
2001 a 2003 e PM03 a perda média mensal específ ica (kWh/mês.l i tro) para o
ano de 2004. Ficando:
EE = ((0,23 - 0,16) x 12 x 130.000 x 0,20 x 300) / 103
EE = 6.552 MWh/ano
Por f im, a redução da demanda na ponta atr ibuída aos reservatórios térmicos
calcula-se por meio de:
RDP (kW) = EA x PS x 103 /(T * FC)
Sendo EA (MWh) a economia anual de energia e T o período de ut i l ização
anual.
RDP = 32.760 x 0,20 x 103 / (8760h * 0,40)
RDP = 1.870 kW
Para f ins de contabi l ização dos resultados do PROCEL e a part i r dos dados
apresentados veri f ica-se que a economia de energia total devida à
comercial ização de coletores solares e reservatórios térmicos mais efic ientes
foi de 18.165 MWh, enquanto que a redução de demanda na ponta obt ida
com a ut i l ização desses equipamentos foi de 19.966 kW.
-50-
IV.2. MARKETING & EVENTOS
A. Introdução
A área de market ing e eventos desenvolve ações visando ampliar a atuação
do PROCEL junto aos diversos púbicos consumidores e parceiros, bem como
fortalecer a marca PROCEL no mercado por intermédio de dois instrumentos
básicos: o Selo e o Prêmio PROCEL. Uma estratégia importante que vem
sendo adotada é desenvolver para cada públ ico específ ico ( industrial ,
comercial , concessionárias, etc.) uma abordagem de comunicação, além das
abordagens genéricas como campanhas publ ic i tárias, com o objet ivo de
promover as ações e reforçar a marca do PROCEL, bem como ampliar o
Prêmio e o Selo PROCEL para novas categorias e equipamentos,
respectivamente.
B. Descrição
Durante nove anos, desde a sua criação, o PROCEL foi considerado e
conduzido como um programa com um único enfoque: o tecnológico, de
engenharia. A atuação do PROCEL até 1994 não contemplava a vertente de
market ing no planejamento de suas ações. Assim, a part i r desse ano, as
estratégias traçadas para o Programa passaram a ser um misto de
estratégias técnicas com estratégias mercadológicas.
No ano de 1986 foi editado o pr imeiro Bolet im do PROCEL (ofic ialmente
Informativo ELETROBRÁS do Programa Nacional de Conservação de Energia
Elétr ica) visando dar maior divulgação às ações do PROCEL e criar um novo
canal de comunicação com os diversos públ icos. Um histór ico do boletim
desde a primeira edição até o presente pode ser veri f icado na tabela 12 a
seguir.
-51-
Tabela 12 - Histór ico do Boletim do PROCEL de 1986- 2004
ANO EDIÇÕES OBSERVAÇÕES
1986 1 a 3 Existe uma edição preliminar, ou seja, anterior a de nº 1, sem data e sem número.
1987 4 e 5
1988 6 ao 16
1989 17 ao 26
1990 27 e 28
1991 29
1992 30 e 31
1993 32 e 33 +
Edição Extra (s/ nº)
A Edição extra foi publicada para divulgar as principais ações desencadeadas entre agosto/ dezembro de 1993, por conta da promulgação da Lei 8631 de 04/03/1993, onde foi definido que a parcela dos recursos da Reserva Global de Reversão – RGR deveria ser alocada para conservação de e.e.
1994 34 e 35
1995 36 e 37
1996 38 a 42 Até a edição 38 o Boletim era impresso a 2 cores (preto/ laranja); da edição 39 a 44 a 2 cores (preto/verde).
1997 43 a 46 A partir da edição 45, o Boletim passou a ser impresso a 4 cores.
1998 47 a 50
1999 -
2000 51e 52 Desde o ano 2000, a tiragem média das edições é de 4.000 exemplares.
2001 53 a 60
2002 61 a 66
2003 67 Edição publicada em maio.
2004 68 e 69
Fonte: Área de Market ing do PROCEL
Em 1993 foi lançado o Prêmio Nacional de Conservação e Uso Racional de
Energia com objetivo de reconhecer e premiar, a cada ano, representantes
-52-
dos diversos segmentos da sociedade que se destacaram na criação de
projetos ou na implementação de ações que visem ao combate ao
desperdício de energia. O Decreto presidencial , de 8/12/93, estabelece as
seguintes categorias: transportes; comércio e serviços; empresas do setor
energét ico; imprensa; micro, pequenas e médias empresas; órgãos e
empresas da administração pública; indústria; edif icações.
Uma aval iação do histór ico do processo de premiação, desde a real ização do
primeiro prêmio em 1994, mostra que houve uma evolução tanto em termos
do número de categorias quanto no número de part ic ipantes. A tabela 13
abaixo apresenta os premiados nas diversas categorias no período de 1994 a
2003.
-53-
Tabela 13 – Histórico dos Vencedores do Prêmio PROCEL de 1994 a 2003
Categoria Ano
Setor Energético
Micro, Pequena e Média Empresa
Indústria Edificações Imprensa Órgão e Empresas da Administração Pública
1994 CEMIG - - - - -
1995 CPFL Grafdil Impressos Ltda
- - - -
1996 CEMIG
Grafdil Impressos Ltda.
Duralux Indústria e Comércio Ltda.
CSN – Cia. Siderúrgica Nacional
- - -
1997 COELBA
Cerâmica Argibem Ltda.
ICCEA – Ind Controladores Elétricos Automáticos
Brasilit S.A.
Luiz Antonio Reis Silvana Laynes de Castro
- -
1998 COELBA - Cecrisa Revestimento Cerâmico
- Consuelo Martins (Jornal O Dia)
-
1999/2000
COELBA LIGHT CEMIG
-
Ajinomoto Trikem S/A Samarco Mineração Cia. Açúcar. Vale Rosário
- - -
2001/2002 CEMIG - SADIA S.A (Paraná)
-
Mirelle de França (Jornal O Globo)
-
2002/2003 CEMIG ELEKTRO
Werner Fábrica de Tecidos S.A. - RJ
Vicunha Têxtil – CE
Mário Hermes Viggiano - DF
Micheline Batista – Diário de Pernambuco
UFF – Universidade Federal Fluminense
Fonte: Raad (1999) e site do PROCEL
A part ir de 1997, o PROCEL iniciou diversas campanhas publ ici tár ias
específ icas na televisão e em outdoors. Estas campanhas, de âmbito
nacional, foram real izadas por três anos consecutivos tendo como objet ivos
-54-
principais: conscientizar os consumidores sobre o combate ao desperdício de
energia; reduzir o consumo no horário de ponta; f ixar a marca PROCEL (seu
nome, símbolo gráfico, slogan e identidade) e dar maior notoriedade ao Selo
PROCEL de Economia de Energia.
O PROCEL promove, real iza e part ic ipa de vários eventos, sempre at ingindo
os mais diversos públ icos, e ressaltando o tema do uso racional de energia
elétr ica. Entre 1997 e 2002 houve a part ic ipação e promoção de mais de 103
eventos, sendo que o EFICIENTIA-98 foi um dos maiores eventos do mundo,
já real izado, sobre o tema conservação de energia elétr ica.
Desde 2000, não vêm sendo real izadas campanhas específ icas pelo
PROCEL, tendo sido apenas veiculados anúncios na mídia impressa.
Em maio de 1999 foi lançado o site do PROCEL, com a f inal idade divulgar
seus programas de: educação, prédios públ icos, i luminação públ ica (RELUZ),
gestão energética municipal, saneamento, residencial , comércio e indústrias
,e também, difundir as medidas de uso ef iciente e racional de energia
elétr ica, indicando as formas mais adequadas de uti l ização de equipamentos
elétr icos e eletrodomésticos.
Em 2000 foi desenvolvido o serviço de “Fale Conosco” disponível no si te do
Procel que já atendeu cerca de 8.000 usuários no período de 2000 a 2004,
conforme tabela 14 a seguir.
Tabela 14 – Histórico do Número de Atendimentos 2000-2004
Ano Número de Atendimentos 2000 500 2001 (racionamento) 2.500 2002 589 2003 1.796 2004 2.502 Total 7.887
Fonte: Área de Market ing & Eventos do PROCEL
-55-
Em janeiro de 2001 foi lançado o programa CBN Ecologia, um convênio
real izado entre ELETROBRÁS/PROCEL e rádio CBN que consist ia na
produção e veiculação de uma série de 120 programas de educação
ambiental visando à disseminação, no terr i tór io nacional, de cultura de
combate ao desperdício de energia elétr ica e de preservação do meio
ambiente. O CBN Ecologia foi apresentado, em rede nacional, em duas
edições diárias - às 9h30min e 21h30min - apresentando entrevistas com
técnicos e formadores de opinião das áreas de energia e gestão ambiental. O
programa foi veiculado até agosto de 2001, tendo sido retomado em março
de 2003.
No ano de 2001 a ELETROBRÁS/PROCEL passou a patrocinar o Prêmio
Jovem Cient ista e Jovem Cient ista do Futuro, com intui to de incentivar novas
pesquisas no meio acadêmico e também promover a temática da conservação
de energia, que já foi contemplada por duas vezes como tema do Prêmio em
1989 (Conservar Energia: Um desafio dos Anos 90) e 2001 (Energia Elétr ica:
Geração, Transmissão, Distr ibuição e Uso racional). Os trabalhos premiados
na 18ª edição do Prêmio, em 2001, na área de uso racional de energia,
foram: Desenvolvimento de Modelos Matemáticos e de Ferramentas Para Uso
Racional de Energia Elétr ica (estudo matemático e de ferramentas
computacionais que permitem, por meio de simulações, aumentar a efic iência
energét ica das edif icações); Racionamento x Uso Racional (elaboração de
um questionário para saber se a população l imitou o consumo somente pela
força do racionamento ou se combateu o desperdício mudando
conscientemente hábitos de consumo) e Consumo de Energia Elétr ica da Vi la
Cordazzo (consist iu na real ização de uma pesquisa num bairro carente para
veri f icar os hábitos de consumo de energia, onde se constatou uma fal ta de
consciência sobre a importância de se economizar energia).
O software MARK IV foi relançado na versão Windows e com novos módulos
(cogeração, tubulações e ar-condicionado central) em maio de 2002.
Em agosto de 2002, foi cr iado o serviço de l igação gratui ta “0800-560506,
com o objet ivo de atender à demanda crescente de informações sobre
-56-
conservação de energia. O contrato com a prestadora do serviço f inal izou em
fevereiro de 2003. Atualmente, tendo em vista a não renovação do contrato
com a empresa de Call Center , este serviço (0800-560506) vem sendo
operado em caráter provisório pela área de market ing.
-57-
C. Metodologia e Premissas
A maioria das ações da área de Market ing é de caráter essencialmente
qual i tat ivo o que dif iculta uma quanti f icação de resultados em termos de
energia economizada e redução de demanda na ponta.
Os resultados referentes aos serviços “Fale Conosco” serão apresentados
qual i tat ivamente na forma de gráficos.
No que se refere à apropriação dos resultados do Prêmio PROCEL,
considera-se que o PROCEL possui inf luência direta e/ou indireta nas ações
de efic iência energét ica desenvolvidas nos projetos part ic ipantes. As ações
inf luenciadas diretamente pelo PROCEL, através de convênios e/ou contratos
de f inanciamento, como por exemplo, o programa de ef icient ização de
sistemas de i luminação públ ica RELUZ, PROCEL nas Escolas, são
contabi l izadas nas respectivas seções deste relatório, sendo seus resultados
expurgados dos valores globais apresentados.
A inf luência do PROCEL no desenvolvimento das ações que estão incluídas
nos programas de conservação de energia elétr ica, mas que não fazem parte
de contratos e/ou convênios específ icos, é est imada em cerca de 25%, com
base em pesquisas real izadas pelo PROCEL junto aos part ic ipantes do
Prêmio.
Assim, a part i r da economia total de energia, ret i ra-se a parcela decorrente
de ações inf luenciadas diretamente pelo PROCEL e, considera-se que o
PROCEL seja responsável por 25% dos resultados obt idos.
-58-
D. Resultados
A economia de energia e a redução de demanda totais decorrentes das ações
desenvolvidas pelos projetos part ic ipantes do Prêmio PROCEL 2004
correspondem, respectivamente, a 39.228 MWh/ano e 6.603 kW. Desse total ,
já foram descontadas as economias relat ivas às ações que foram diretamente
inf luenciadas pelo PROCEL, através de outros programas, as quais já estão
contabi l izadas em outras seções deste relatór io. A tabela 15 apresenta a
economia de energia e a demanda reti rada da ponta a serem apropriadas
como resultado da inf luência do Prêmio PROCEL nos projetos desenvolvidos
pelos concorrentes ao prêmio.
Tabela 15 – Resultados do Prêmio PROCEL Edição 2004
Categorias Economia Total
de Energia (MWh/ano)
Redução de Demanda
(KW)
Indústr ia 108.520,20 11.041,90
Empresas do Setor Energético19 NA NA
Órgãos e Empresas da Administração Públ ica 48.158,31 15.370,04
Micro, Pequenas e Médias Empresas 233,32 ND
Total 156.911,83 26.411,94
Participação do PROCEL (25%) 39.227,96 6.602,98
Fonte: Elaboração própria
A tabela 16 a seguir apresenta os vencedores do Prêmio PROCEL 2004 nas
respectivas categorias.
19 Considerando que as concess ionár ias de energ ia são obr igadas por le i a invest i rem 0,5% da Recei ta Operac ional L íqu ida em Programas de Ef ic iênc ia energét ica os resu l tados desta categor ia não serão apropr iados.
-59-
Tabela 16 – Vencedores do Prêmio PROCEL 2004
Categoria Colocação
Setor Energético
Micro, Pequena e Média Empresa
Indústria Edificações Imprensa Órgãos e Empresas da Administração Pública
1º Lugar
CEMIG (Grande Porte)
ELEKTRO (Médio Porte)
Werner Fábrica de Tecidos S.A.- RJ
Vicunha Têxtil – CE
COSAN – S/A – Usina da Serra - Ibaté/SP
Mário Hermes Viggiano (Projeto Casa Autônoma Brasília - DF)
Micheline Batista (Diário de Pernambuco)
UFF - Universidade Federal Fluminense
2º Lugar AES-SUL (Médio Porte)
DISBRAL - GO
Sadia S.A.– PR -
Heliane Rosenthal (Jornal do Commercio -PE)
Furnas Centrais Elétricas S/A
3º Lugar -
Frigossol - Frigorífico Sol Nascente Ltda. - MT
Sociedade Michelin Ind. e Com. - RJ
-
Marcelo Couto e Odete Barbosa – (Revista ABRAVA – SP)
UFPE - Universidade Federal de Pernambuco
Menção Honrosa
COPEL (Grande Porte)
Imesul Metalúrgica Ltda. - MS
Sadia S.A. - SP
Alexandra Lichtenberg & Maria Fernanda da Silveira (Projeto ECOHOUSE - Urca, Rio de Janeiro)
Jornal O Globo - RJ
SEINPE - Secretaria de Energia, Industria Naval e do Petróleo - RJ
Menção de Destaque
SULGIPE (Pequeno Porte)
- - - - -
Menção Especial
Furnas Centrais Elétricas S/A
- - - - -
Projeto Inovador - - - - -
CAGECE - Companhia de Água e Esgoto do Ceará
Fonte: Elaboração própria a part i r do folder “Prêmio Nacional de
Conservação e Uso Racional de Energia 2004
-60-
Ressalta-se que em 2004 foram concedidos 30 prêmios, incluindo-se menção
honrosa e de destaque, num total de 112 part ic ipantes.
O número de usuários que real izaram downloads do software Mark 4 Plus
alcançou 4.076 em 2004.
O serviço “Fale Conosco” recebe uma média de 200 e-mai ls por mês
concentrados basicamente em sol ic i tação de material didát ico ( l ivros, CDs,
guias técnicos, manuais, etc.) e busca de informações técnicas, conforme
pode ser observado no gráfico 5 a seguir.
Gráfico 5 - Perf i l dos Assuntos do “Fale Conosco” em 2004
Perfil dos Assuntos do Fale Conosco
9%
77%
6% 5% 1% 2%
Mark IV Plus Dúvidas Solicitação de MaterialInformação Técnica Selo PROCEL Educação
Fonte: Elaboração própria a part i r de uma amostra20 dos e-mails recebidos durante o ano de 2004
O gráfico 6 mostra o perf i l dos usuários do “Fale Conosco” que basicamente
compreende o meio acadêmico e empresarial .
20 Essa amostra fo i obt ida com base em cerca de 30% dos e-mai ls recebidos, tendo em v is ta aumentar o intervalo de conf iança.
-61-
Gráfico 6 - Perf i l dos Usuários do “Fale Conosco” em 2004
Perfil dos Usuários do Serviço Fale Conosco
28%
14%
31%
27%
Particular Profissional/Consultores Professores/Estudantes Empresas
Fonte: Elaboração própria a part i r de uma amostra dos e-mails recebidos
durante o ano de 2004
Em 2004, o site do PROCEL foi acessado por 115.000 visi tantes, enquanto
que o serviço "Fale Conosco" disponibi l izado no próprio site recebeu 2.502
consultas. Nesse mesmo período, o serviço de “0800” recebeu cerca de 100
l igações por mês, assim, distr ibuídas: 60% Luz no Campo, 30% RELUZ e
10% PROCEL. No caso do PROCEL as perguntas estão mais relacionadas a
área de educação.
O boletim do PROCEL teve apenas duas edições no ano de 2004, com uma
t iragem média de 4.500 exemplares.
Em 2004 ainda, foi iniciado o processo de l ic i tação para contratação de uma
empresa para elaborar um Plano de Marketing para o Procel, contemplando a
-62-
anál ise do ambiente onde o Procel atua e de sua atual si tuação, bem como a
definição de seus objet ivos e a determinação das ações a serem real izadas
junto aos seus diferentes públ icos-alvo.
Destacam-se também como real izações de 2004: promoção da 20ª edição do
Prêmio Jovem Cientista, cujo tema foi “Produção de Al imentos: Busca de
Soluções para a Fome.”, que contou com 303 pesquisas inscri tas – 209 da
categoria Graduados e 94 na categoria Estudantes -, e mais 418 trabalhos
real izados por estudantes do Ensino Médio, contr ibuindo para o
desenvolvimento científ ico do País; elaboração da campanha “Gaste Energia
no Esporte. Economize Energia em Casa” 2004/2005, desenvolvida em
parceria com a FUNCEFET, cujo objet ivo foi desenvolver junto ao cot idiano
da população uma ampla campanha informativa, estabelecendo mais um
canal para a inserção social das polít icas do uso racional e ef ic iente de
energia elétr ica formuladas pela Eletrobrás/ Procel; e aprovação do
patrocínio ao projeto cultural “Mangueira Carnaval 2005” do Grêmio
Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, com o enredo
“Mangueira Energiza a Avenida. O Carnaval é Pura Energia e a Energia é o
Nosso Desafio”, visando promover a inclusão social de at ividades recreat ivas
em um evento conhecido internacionalmente.
No ano de 2004 houve a part ic ipação em 34 eventos e feiras divididos em
setoriais, insti tucionais e pontuais, conforme mostra a tabela 17 a seguir.
Além da part ic ipação em eventos e feiras com a distr ibuição de brindes e
folhetos que total izaram 71.255 i tens, a área também real izou uma série de
at ividades conforme pode ser veri f icado nesta mesma tabela.
-63-
Tabela 17 – Eventos ou Atividades Desenvolvidas em 2004 pelo PROCEL
FOLHET. BRINDES
1 CBPE - Congresso Brasileiro de Planejamento Energético mar MG 70.000,00 0 950
2 Marcha dos Prefeitos à Brasília mar DF 199.600,00 4.500 2.3003 Reunião DP - Apresentação Procel mar RJ 750,00 0 0
4 IX CBM - Congresso Brasileiro de Municípios abr BA 58.740,00 2.000 2.600
5 IX SIMPOLUX – Simpósio Brasileiro de Iluminação Eficiente abr SP 47.700,00 2.000 1.850
6 CASAPRONTA - Salão do móvel mai SC 110.000,00 1.200 7007 ASSEMAE - 34ª Assembléia Nacional mai RS 59.980,00 1.100 300
8 IX ENIE – Encontro Nacional de Instalações Elétricas jun SP 48.400,00 5.900 2.700
9 Cerimônia convênio Reitores - DPE jun DF 7.515,00 0 20010 Cerimônia Convênio Saneamento - DPE jun DF 11.915,00 0 200
11 1º Simpósio “Água e Energia no Oeste Paulista” jun SP 20.000,00 2.000 0
12 UNIGRANRIO - Comemoração de Aniversário da Universidade RJ 0,00 800 1.000
13V SINCONEE – Seminário Nacional da Gestão da Informação e do Conhecimento Setor de E. Elétrica - DE
jul MG 40.000,00 1.200 1.050
14 I Simpósio Nacional de Energia Solar Fotovoltaica jul RS 15.000,00 0 0
15 Seminário Internacional de Educação: Brasil Competitivo jul DF 25.000,00 0 0
16 ENTAC'04 jul SP 40.000,00 2.600 2.000
17 V Encontro de Efic. Energética e Pesquisa e Desenvolvimento ago SC 35.000,00 650 2.700
18 5º Encontro de Energia de Negócios de Energia da Fiesp/Ciesp ago SP 65.000,00 1.700 800
19 Congresso de Educação Municipal set MG 49.530,00 385 36020 Rio Centro Negócios (SEBRAE) set RJ 450,00 900 900
21 Feira Internacional da Ind. Elétrica e Eletrônica set BH 0,00 2.000 2.100
22 Seminário de Geração Distribuída set RJ 20.000,00 0 023 Torneio Jornal dos Sports out RJ 1.300.000,00 0 8.00024 Reunião SME - assina convênio out BH 0,00 0 025 Feira da Indústria do Pantanal out MS 2.720,00 800 95026 Regata Escola Naval out RJ 0,00 650 1.300
27 1º Sem. sobre Tecnologias Sustentáveis para Geração Localizada de Energia out RJ 22.000,00 800 300
28 CBE - Congresso Brasileiro de Energia out RJ 99.860,00 2.200 87029 Programa Qualidade Rio nov RJ 0,00 0 60030 GT-Luz Reunião nov RJ 2.900,00 0 14031 Solenidade entrega Prêmio/Selo dez RJ 282.000,00 2.000 1.00032 Reunião Procel dez RJ 550,00 0 0
33 Prêmio Procel - acompanhamento das categorias anual RJ 0,00 0 0
34 MARKETING ESPORTIVO - coordenação dos atletas patrocinados pelo Procel anual RJ 46.935,00 0 0
2.681.545,00 35.385 35.870TOTAL:
LOCAL INVEST. INDIRETOEVENTO MÊS INVEST. DIRETO (R$)
Fonte: Área de Market ing & Eventos do Procel
-64-
IV.3. PROGRAMA PROJETO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA (PEE)
A. Introdução
A Divisão de Suporte Técnico de Conservação de Energia (DPST),
responsável pela administração dos recursos provindos do Global
Environment Faci l i ty – GEF, tem como objet ivo dar suporte técnico às ações
e ativ idades do PROCEL, bem como a aval iação de seus resultados. Para
tanto faz uso de recursos f inanceiros da ordem de US$ 12 milhões, de forma
a proporcionar o desenvolvimento de diversas ativ idades de suporte e
capacitação, ut i l izando os serviços de empresas de consultor ia e consultores
contratados para tal f im, por intermédio do Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento (PNUD).
O Projeto de Eficiência Energética (PEE) está sendo f inanciado pelo GEF
por intermédio do Banco Mundial . Esse projeto, que teve suas ativ idades
efet ivamente iniciadas em 2003, abrange os seguintes subprojetos:
1) Centro Brasi leiro de Informação em Eficiência Energética – PROCEL-Info;
— elaboração de um portal ,
2) Disseminação da Informação e Treinamento — compreende a real ização
de cursos, elaboração de l ivros e guias técnicos e divulgação de casos de
sucesso;
3) Aval iação do Mercado de Eficiência Energética— aval iar o potencial de
conservação de energia elétr ica no país e rever a metodologia atual de
aval iação de resultados do PROCEL;
4) Capacitação Laboratorial — ampliar a rede de laboratórios capacitados
para o atendimento da Lei de Eficiência Energética, bem como do Programa
Brasi leiro de Etiquetagem - PBE e conseqüentemente do Selo PROCEL;
5) Plano de Marketing — estabelecer uma estratégia de market ing para a
atuação do PROCEL e desenvolver materiais de divulgação e publ ici tários
necessários para promoção das ativ idades desenvolvidas;
-65-
6) Suporte à Implementação da Lei de Eficiência Energética — elaborar
estudos para o desenvolvimento de metodologias de padrões mínimos em
ef iciência energética, implantação de programa de metas e prior ização de
equipamentos visando subsidiar a tomada de decisão do Comitê Gestor de
Indicadores e de Níveis de Eficiência Energética – CGIEE e propor as ações
necessárias para o planejamento, implementação, aval iação e monitoramento
da Lei de Ef ic iência Energética no curto, médio e longo prazos.
B. Metodologia
Os projetos citados estão sendo desenvolvidos ut i l izando consultoria
contratada pela ELETROBRÁS através do PNUD, por meio de l ic i tação
nacional e internacional.
As consultorias contratadas, além de desenvolverem os projetos, deverão
treinar o pessoal próprio da ELETROBRÁS para garantir a continuação dos
trabalhos, posteriormente à implementação dos projetos.
C. Resultados
Em 2004 cada uma das ações e ativ idades do PEE encontra-se em diferentes
fases de andamento, desde processo l ic i tatório até à efetiva execução de
at ividades de convênios já estabelecidos, conforme relacionado a seguir:
1) Centro Brasileiro de Informação em Eficiência Energética – PROCEL-Info
Este subprojeto objet iva fornecer informações qual i f icadas sobre ef ic iência
energética, interagir com a comunidade científ ica na troca de informações
sobre energia e est imular negócios na área de ef ic iência energética. Prevê a
implantação de um Portal , de um núcleo denominado “Serviços, Conteúdo e
Market ing- SCM”, de uma rede externa de apoio técnico (universidades e
centros de pesquisa), do Serviço de Atendimento ao Cl iente (SAC), e de um
comitê gestor (Eletrobrás e parceiros). Em 2004, foram concluídas
aproximadamente 60% das atividades deste subprojeto.
-66-
2) Disseminação de Informação de Eficiência Energética
Este subprojeto compreendeu o desenvolvimento de três at ividades, a saber,
real ização de cursos de treinamento, elaboração de guias técnicos e edição
de casos de sucesso, visando divulgar conceitos e prát icas de uso racional e
ef ic iente de energia. Em 2004, foram ministrados 86 cursos, sobre 18
di ferentes temas e treinados 2.650 interessados; elaborados 4 l ivros e 4
manuais (ef ic iência energética em sistemas de ar-condicionado,
bombeamento, refr igeração industrial e comercial e vapor) e 1 guia técnico
(gestão energética), , além de 5 casos de sucesso (Mult ibrás/SC, Vicunha
Têxti l /CE, Sabesp/SP, Marinha-Almirante Tamandaré/RJ, HSBC/PR, Mabu
Thermas e Resort/PR). Este subprojeto está praticamente concluído.
3) Avaliação do Mercado de Eficiência Energética
Este subprojeto tem a f inal idade de obter est imativas dos potenciais de
conservação de energia elétr ica e redução de demanda máxima, em
diferentes setores da economia, para isso estão sendo real izadas cerca de
15.000 pesquisas de campo em 18 estados e 20 concessionárias. O
subprojeto contempla, ainda, estudos sobre os reflexos do racionamento,
determinação dos impactos sócio-ambientais das ações de ef ic iência
energética, elaboração de um simulador de potenciais de efic iência
energét ica, considerando vários cenários, além da atual ização da
metodologia de aval iação de resultados do Procel. Em 2004, os trabalhos
real izados representavam aproximadamente 40% das at ividades totais
previstas.
4) Capacitação Laboratorial
Este subprojeto visa capacitar laboratórios em universidades e centros de
pesquisa, para et iquetagem de equipamentos, dando suporte a Lei de
Eficiência Energética. Em 2004 foram f inal izados os seguintes projetos:
laboratório de i luminação com instalação do goniofotômetro, laboratório de
aquecedores solares com a instalação do simulador solar, laboratório para
ensaios em bombas centrí fugas e o laboratório de Refrigeração. Outros
-67-
desembolsos foram real izados referentes aos processos iniciais de aquisição
para outros laboratórios, como os laboratórios de i luminação da UFF,
LACTEC, PUC-RS e da UCIEE.
5) Plano de Marketing
Este subprojeto compreende a elaboração e execução de um plano de
market ing para divulgação do Centro Brasi leiro de Informação em eficiência
Energética e demais projetos do PROCEL. Este subprojeto real izou em 2004
as etapas de l ic i tação e seleção da empresa executora.
6) Recomendações Para Implementação da Lei de Eficiência Energética
Este subprojeto consiste na elaboração de diversos estudos que darão
suporte à regulamentação para os principais equipamentos e
eletrodomésticos contemplados pela Lei de Eficiência Energética. Em 2004,
foram real izadas as at ividades de l ici tação e seleção da empresa executora.
A tabela 18 apresenta os recursos já desembolsados durante o ano de 2004
para os diferentes t ipos de subprojetos e contratações.
Tabela 18 - Desembolsos real izados em 2004 no âmbito do PEE
Subprojetos e Contratações Investimento (1000xUS$)
PROCEL-Info 985Avaliação de Mercado 462Disseminação de Informação em EE e Treinamento 686
Lab. Simulador Solar (PUC/MG) 469Lab. de Iluminação (CEPEL) 770Lab. de Bombas Centrífugas (UNIFEI) 153Lab. de Refrigeração (CEPEL) 564Lab. de Cavitação e Válvulas (UNIFEI) 31
Capacitação Laboratorial
Outros laboratórios 12Contratação de Consultores 460TOTAL 4.592
Fonte: DPST – Divisão de Suporte Técnico de Conservação de Energia
-68-
IV.4. EDUCAÇÃO
A. Panorama da Educação no Brasi l
De acordo com os dados do Inst i tuto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (INEP) estavam matr iculados, em 2004, cerca
de 50 milhões de alunos no nível básico de ensino (fundamental e médio). Os
níveis fundamental e médio correspondem a 11 séries, 8 no fundamental e 3
no médio sendo que o fundamental representa cerca de 80% do total de
alunos matriculados no ensino básico. Na educação básica públ ica, estão
cerca de 90% do total dos alunos deste nível de ensino.
O total de estabelecimentos de ensino básico no Brasi l corresponde a
289.182. O percentual de estabelecimentos relat ivos ao nível fundamental é
de aproximadamente 92%. As insti tuições públ icas representam
aproximadamente 91% do total de estabelecimentos. No gráfico 7 pode-se
observar o número de estabelecimentos no ensino básico.
Gráfico 7 – Número de Estabelecimentos de Ensino no Brasi l em 2003
Número de Estabelecimentos de Ensino
19543 16304
246568
67670
50000
100000
150000
200000
250000
300000
Fundamental Médio
PúblicoPrivado
Fonte: INEP/MEC.
-69-
Existem matr iculados no ensino superior cerca de 4,0 milhões de alunos.
Sendo que 40% dos alunos são de insti tuições públ icas. O número de
insti tuições de ensino superior no Brasi l era, em 2003, de 1.859, sendo que
11% representam o ensino públ ico.
As tabelas 19 e 20 apresentam a evolução dos dados consol idados de
número de alunos matr iculados e estabelecimentos do ensino básico e
superior no Brasi l para o período 2000 a 2004.
Tabela 19 –Número de Alunos Matr iculados nos Ensinos Básico e Superior de 2000 a 2004
NÍVEIS
ANO 2000 2001 2002 2003 2004*
FUNDAMENTAL 42.147.052 41.732.072 41.469.140 40.615.794 34.012.434
MÉDIO 8.292.723 8.526.035 8.852.688 9.072.942 9.169.357
SUPERIOR 2.694.245 3.030.754 3.479.913 3.887.022 -
Fonte: Elaboração própria a part i r de dados obtidos junto ao INEP/MEC.
*Não estão disponíveis os dados para os ensinos rural e superior.
-70-
Tabela 20 – Número de Estabelecimentos e Alunos Matr iculados nas Inst i tuições Públ icas e Privadas de 2000 a 2003
NÍVEIS
ANO 2000 2001 2002 2003 Estabelecimentos 274.919 266.208 254.630 246.568Público Alunos Matriculados 38.922.478 38.485.254 38.195.538 37.298.941Estabelecimentos 18.494 18.492 19.214 19543
FUNDAMENTAL Privado Alunos Matriculados 3.224.574 3.248.818 3.273.602 3.316.853
Estabelecimentos 13.168 14.667 15.651 16.304Público Alunos Matriculados 7.131.475 7.404.277 7.721.966 7.945.425Estabelecimentos 6.288 6.374 6.601 6.767
B Á S I C O MÉDIO
Privado Alunos Matriculados 1.161.248 1.121.758 1.130.722 1.127.517Estabelecimentos 176 183 195 207
Público Alunos Matriculados 887.026 939.225 1.051.655 1.136.370Estabelecimentos 1.004 1.208 1.442 1.652SUPERIOR
Privado Alunos Matriculados 1.807.219 2.091.529 2.428.258 2.750.652
Fonte: Elaboração própria a part i r de dados obtidos junto ao INEP/MEC.
-71-
A tabela 21 abaixo mostra a média de alunos por estabelecimento para os
níveis fundamental e médio (nível básico) de ensino por região para o ano de
2003.
Tabela 21 - Média de Alunos por Estabelecimento para o Nível Básico de Ensino no ano de 2003
Ensino Fundamental
Região Quantidade de Estabelecimentos
Quantidade de Alunos Matriculados
Média de Alunos por Estabelecimento
Norte 43.019 4.359.588 101,34Nordeste 134.822 15.558.686 115,40Sudeste 49.460 13.162.111 266,12Sul 27.815 4.827.188 173,55Centro-Oeste 10.995 2.708.225 246,31Brasil 266.111 40.615.798 152,63
Ensino Médio
Região Quantidade de Estabelecimentos
Quantidade de Alunos Matriculados
Média de Alunos por Estabelecimento
Norte 1.747 731.923 418,96Nordeste 6.095 2.585.769 424,24Sudeste 9.811 4.007.674 408,49Sul 3.502 1.274.119 363,83Centro-Oeste 1.916 640.952 334,53Brasil 23.071 9.240.437 400,52
Ensinos Fundamental e Médio
Região Quantidade de Estabelecimentos
Quantidade de Alunos Matriculados
Média de Alunos por Estabelecimento
Norte 44.766 5.091.511 113,74Nordeste 140.917 18.144.455 128,76Sudeste 59.271 17.169.785 289,68Sul 31.317 6.101.307 194,82Centro-Oeste 12.911 3.349.177 259,40Brasil 289.182 49.856.235 172,40
Fonte: Elaboração própria a part i r de dados obtidos junto ao INEP/MEC.
-72-
No gráf ico 8 pode-se observar a evolução do número de alunos matr iculados
no nível básico no Brasi l , desde 1998.
Gráfico 8 – Número de Alunos Matr iculados no Nível Básico 1998-2003
Nível Básico de Ensino
49.713.816
50.321.82850.258.107
50.439.775
49.250.000
49.500.000
49.750.000
50.000.000
50.250.000
50.500.000
2000 2001 2002 2003
Fonte: Elaboração própria a part i r de dados obtidos junto ao INEP/MEC.
B. Descrição
A atuação do PROCEL na área de Educação até 1994 contemplava a
apl icação da metodologia “Turma da Mônica”, que consist ia em ministrar uma
aula de 1 hora e meia para alunos da 5ª série nas Escolas de 1º Grau. As
aulas eram proferidas por técnicos das Concessionárias, os quais eram
capacitados por prof issionais da Companhia Paul ista de Força e Luz – CPFL,
com recursos do PROCEL.
A part i r de 1995 o PROCEL iniciou a implantação de uma nova metodologia,
denominada “A Natureza da Paisagem- Energia”, que consiste na apl icação
de um Programa de Educação Ambiental que reforça os conceitos
fundamentais de qual idade de vida, conservação de energia, mudanças de
hábitos de consumo de energia elétr ica e cidadania como princípios primários
para a preservação ambiental.
-73-
A part i r daí, com a apl icação da nova metodologia, foi também alterada a
forma da mult ipl icação do tema, pois nesta nova etapa o PROCEL
desenvolveu um intenso programa de capacitação de técnicos mult ipl icadores
das concessionárias, em cursos de 32 horas, que por seu turno passaram a
treinar os professores, que têm a missão de passar os conceitos de
Conservação de Energia Elétr ica aos alunos dos níveis fundamental e médio.
Em novembro de 1997 a ELETROBRÁS/PROCEL f irmou convênio com a
Sociedade de Incentivo e Apoio ao Gerenciamento Ambiental – SIGA visando
o desenvolvimento do projeto “ENERGIA – 21, Educação e Combate ao
Desperdício, Educação Ambiental”, considerando os seguintes produtos:
elaboração de uma série de 16 programas com, aproximadamente 28 minutos
de duração cada, para veiculação em TV, formatados em dois blocos de 14
minutos, ut i l izando a fusão de duas l inguagens: f icção e
reportagem/documentário; cr iação de um CD-ROM reunindo as informações
mais relevantes levantadas para a série de programas de TV, com textos
imagens e sons integrados. Os programas foram veiculados na TV Futura, TV
Escola do MEC e Circuito CNI no período compreendido entre novembro de
1997 e abri l de 1998.
No que tange o Ensino Superior, em 1994, a discipl ina “Conservação e Uso
Eficiente de Energia” foi introduzida regularmente em algumas das principais
insti tuições de ensino superior do país. Essa discipl ina vem sendo,
esporadicamente, apl icada aos cursos de graduação em Engenharia Elétr ica
e Mecânica e de Produção com carga horária de 60h, conforme mostrado na
tabela 22.
-74-
Tabela 22 – Número de Alunos por Inst i tuição de Ensino na Discipl ina “Conservação e Uso Eficiente de Energia”
Ano
Univers.
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
USP 240 40 40 40 40
UPE 30 40 40 40 40
UnB 60 40 40 40 40
UFRJ 117 40 40 40 40
UNIFEI 200 40 40 40 40 40
UFES 27 40 40 40 40
UFSC 50 40 40 40 40
UFPE 30 40 40 40 40
UFF 39 40 40 40 40
UFMG 29 40 40 40 40
PUC/MG 30 40 40 40 40
Fonte: Elaboração própria, a part i r de dados fornecidos pela área de
educação do PROCEL.
Para o ensino técnico, especialmente no CEFET-RJ, está sendo desenvolvida
a discipl ina “Meio Ambiente e o Desperdício de Energia”, com carga horária
de 40h, para ser ministrada aos alunos do segundo e terceiro ano das áreas
de Eletrotécnica, Eletrônica, Mecânica e Civi l .
Em novembro de 2002 foram promovidos dois cursos de sensibi l ização para o
combate ao desperdício de energia, para as associadas do Movimento das
Donas de Casa MDC-MG e entidades de defesa do consumidor de outros
estados, num total de 60 part ic ipantes.
-75-
C. Metodologia e Premissas
Atualmente ainda não se dispõe de um levantamento de campo junto aos
alunos part ic ipantes das ativ idades do “PROCEL nas Escolas” que permita
determinar a redução do consumo residencial de energia destes alunos.
Desta forma, de maneira conservativa, a quanti f icação dos resultados será
fei ta como anteriormente, onde foi considerada a média dos resultados
obtidos pelas concessionárias, equivalente a redução de 6,93 kWh/mês21 na
conta de energia por aluno treinado, ou a redução de 83,16 kWh/ano. Os
dados foram coletados pelos próprios alunos à época da instrução, e após
dois meses pelas concessionárias (COPEL, CPFL, CEEE e CEMIG) através
da anál ise de suas contas de energia. A metodologia uti l izada para a
quanti f icação da energia economizada e da demanda deslocada da ponta é a
seguinte:
1- Economia de Energia no Ano (GWh/ano):
N x EM x 10- 6
onde,
N = Número de alunos treinados no ano
EM = Economia média de energia por aluno ≈ 84 kWh/ano
2- Redução de Demanda na Ponta (MW):
EE x 1000
U x FC
onde,
21 Foi considerada a média dos resultados obtidos pela COPEL e CEEE (6KWh/mês/aluno) e pela CEMIG (8,77 kWh/mês/aluno), medidos em 1995 (COPEL e CEEE) e 1996 (CEMIG), equivalente a 6,93 kWh/mês de redução de desperdício por aluno treinado. Atualmente, para determinação do numero de alunos treinados adota-se como média 700 alunos por escola.
-76-
EE = Economia de Energia no Ano (GWh/ano)
U = Tempo de ut i l ização no ano = 8.760 h/ano
FC = Fator de Carga, adotando-se para o setor residencial de 40%.
D. Resultados
A tabela 23 mostra a evolução na quantidade de alunos treinados pelo
PROCEL nas Escolas, bem como a economia de energia e redução de
demanda da ponta no período de 1990 a 2004, devido as ações do programa.
Tabela 23 – PROCEL nas Escolas Resultados 1990 – 2004
ANO Quant. de Alunos
Quant. de Alunos Acumulada
Economia Anual
kWh/aluno
Economia Total
MWh/ano
Economia Acumulada
MWh/ano
Demanda Retirada da Ponta Anual (MW)
Demanda Retirada da Ponta Acumulada (MW)
1990 100.000 100.000 83,16 8.316 8.316 2,37 2,37
1991 150.000 250.000 83,16 12.474 20.790 3,56 5,93
1992 170.000 420.000 83,16 14.137 34.927 4,03 9,97
1993 180.000 600.000 83,16 14.969 49.896 4,27 14,24
1994 200.000 800.000 83,16 16.632 66.528 4,75 18,99
1995 200.000 1.000.000 83,16 16.632 83.160 4,75 23,73
1996 271.948 1.271.948 83,16 22.615 105.775 6,45 30,19
1997 319.276 1.591.224 83,16 26.551 132.326 7,58 37,76
1998 692.308 2.283.532 83,16 57.572 189.899 16,43 54,19
1999 900.000 3.183.532 83,16 74.844 264.743 21,36 75,55
2000 1.500.000 4.683.532 83,16 124.740 389.483 35,60 111,15
2001 2.000.000 6.683.532 83,16 166.320 555.803 47,47 158,62
2002 1.500.000 8.183.532 83,16 124.740 680.543 35,60 194,22
2003 3.000.000 11.183.532 83,16 249.480 930.023 71,20 265,42
2004 2.500.000 13.683.532 83,16 207.900 1.137.923 59,33 324,75
Fonte: Elaboração própria, a part i r de dados fornecidos pela área de
educação do PROCEL.
-77-
Pode-se observar pelo gráf ico 9 como o PROCEL vem ampliando a cada ano
sua atuação, sendo responsável por uma economia cada vez maior de
energia elétr ica.
Gráf ico 9 – Evolução Anual da Economia de Energia Elétr ica pelo PROCEL nas Escolas no período de 1990 a 2004 (MWh/ano)
0
30 .000
60.000
90.000
120.000
150.000
180.000
210.000
240.000
270.000
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Fonte: Elaboração própria, a part i r de dados fornecidos pela área de
educação do PROCEL.
No total , acumulado desde 1995, foram obtidos os resultados da tabela 24
para escolas, professores e alunos. Desde 1995, a metodologia do “PROCEL
nas Escolas” foi ut i l izada em 6,3% das escolas e beneficiou 24% dos alunos
dos níveis fundamental e médio de ensino.
-78-
Tabela 24 – Resultados Acumulados do Programa PROCEL nas Escolas
1995-2001 2002 2003 2004
Escolas 7.000 1.300 4.000 3.542
Professores 51.000 9.000 36.000 24.500
Alunos 5.883.532 1.500.000 3.000.000 2.500.000
Fonte: Elaboração própria, a part i r de dados fornecidos pela área de
educação do PROCEL.
Os resultados, por concessionária, do ano de 2004 em termos de alunos
treinados e escolas beneficiadas, são mostrados na tabela 25.
Tabela 25 – Resultados por Concessionária em 2004
CONCESSIONÁRIAS ESCOLAS ALUNOS
CEEE 100 70.000 ELETROSUL 300 210.000 CELESC 200 150.000 COPEL 300 210.000 SANTA CRUZ 50 35.000 GUARAPUAVA 50 40.000 ELEKTRO 250 170.000 CPFL 200 150.000 CEMIG 300 210.000 DME-PC 30 21.000 CELG 200 140.000 CEB 200 140.000 FURNAS 912 639.000 ENERSUL 200 140.000 COELCE 150 105.000 CIA BOA VISTA 100 70.000
TOTAL 3.542 2.500.000
Fonte: Elaboração a part i r de dados fornecidos pela área de educação do PROCEL.
-79-
Analisando as tabelas apresentadas, veri f ica-se que o “PROCEL nas
Escolas” está ampliando a cada ano sua atuação. Em 2004, foi responsável
por economia de energia da ordem de 208 milhões de kWh e pela redução
de 59.000 kW na ponta. A economia de energia acumulado22 desde 1990,
chega a 1,14 bi lhões de kWh, e a demanda reti rada da ponta 324.000 kW.
Para alcançar a esses resultados, o PROCEL real izou 8 (oi to) cursos de 32
horas de carga horária para capacitar os mult ipl icadores das concessionárias
de energia elétr ica no âmbito do PROCEL/Educação (Educação Básica), bem
como a real ização de 2 (dois) cursos de reciclagem para técnicos da CPFL e
CELESC, que por sua vez, capacitaram 24.500 professores abrangendo um
total de 3.500 escolas, além de 12 universidades.
Ressalta-se que foi iniciada em 2004 a reformulação e atual ização do
Programa PROCEL nas Escolas que consiste na revisão e atual ização do
material didático, criação de um site visando troca de experiências e
implantação do ensino a distância. Também, foi reaf irmado o Acordo de
Cooperação Técnica entra MME e MEC visando dar insti tucional idade às
ações do PROCEL e do CONPET na área de Educação, em todo sistema
educacional brasi leiro, em acordo com as diretr izes da polí t ica nacional de
educação ambiental do MMA. Além disso, foi real izado um convênio com o
Inst i tuto Efort (SP) para assessoria no planejamento e engajamento do
PROCEL/ Educação, junto aos órgãos normatizadores da educação no Brasi l
e ANEEL.
Além das at iv idades do PROCEL nas escolas e das discipl inas nos cursos
técnicos e superior, a área de educação real iza ativ idades tais como:
part ic ipação em eventos, ministrando palestras em seminários e aulas
inaugurais; sensibi l ização de funcionários das empresas por meio de uma
jornada de 8 horas sobre conservação e uso adequado de energia,
treinamentos e cursos e apoio a outras áreas do uso f inal do PROCEL.
22 Os resu l tados energét icos acumulados não cons ideram a pers is tênc ia das ações do “Procel nas Escolas” , apenas representam a soma dos resu l tados em cada ano, o que não s ign i f ica que este va lor representa a economia obt ida com o Programa para um ano especí f ico.
-80-
IV.5. GESTÃO ENERGÉTICA MUNICIPAL - GEM
A. Introdução
No Brasi l , existem 26 estados e o Distr i to Federal com um total de 5.561
municípios com aproximadamente 180 milhões de habitantes. O total de
municípios integrantes da Rede Cidades Eficientes em Energia Elétr ica
(RCE) em 2004 era de 607, ou seja, aproximadamente 11% do total de
municípios, conforme pode ser veri f icado na tabela 26. Observa-se, também,
pela tabela 26, que somente os municípios do estado do Amapá e o Distr i to
Federal não part ic ipam da RCE. Verif ica-se, ainda, que existe uma
concentração de municípios na região Sudeste e Nordeste representando
75% do total da RCE.
-81-
Tabela 26 - Dados comparativos dos municípios brasi leiros e da RCE em termos populacionais e energét icos
Total de Municípios
Municípios na RCE
População Residente
Consumo EE no Brasil (GWh)
Norte 449 31 14.373.260 17.018 Acre 22 1 630.328 381 Amapá 16 - 3.138.726 482 Amazonas 62 3 547.400 3.141 Pará 143 9 6.850.181 10.743 Rondônia 52 7 1.562.085 1.199 Roraima 15 1 381.896 352 Tocantins 139 10 1.262.644 720 Nordeste 1.793 216 50.427.274 47.333 Alagoas 102 7 2.980.910 3.062 Bahia 417 136 13.682.074 14.495 Ceará 184 19 7.976.563 5.591 Maranhão 217 6 6.021.504 8.444 Paraíba 223 9 3.568.350 2.550 Pernambuco 185 18 8.323.911 7.066 Piauí 223 4 2.977.259 1.325 Rio Grande do Norte 167 7 2.962.107 2.694 Sergipe 75 10 1.934.596 2.106 Sudeste 1.668 237 77.374.720 159.310 Espírito Santo 78 8 3.352.024 6.287 Minas Gerais 853 112 18.993.720 36.893 Rio de Janeiro 92 35 15.203.750 27.747 São Paulo 645 82 39.825.226 88.383 Sul 1.188 97 26.635.629 50.593 Paraná 399 40 10.135.388 17.171 Rio Grande do Sul 496 27 10.726.063 19.877 Santa Catarina 293 30 5.774.178 13.545 Centro-Oeste 466 26 12.770.141 16.277 Distrito Federal 1 - 2.282.049 3.465 Goiás 246 11 5.508.245 6.581 Mato Grosso 141 10 2.230.702 3.313 Mato Grosso do Sul 78 5 2.749.145 2.918 Brasil 5.564 607 181.581.024 290.531
Fonte: Elaboração Própria a part i r de dados do IBGE/2004, Boletim de
Mercado e Carga Própria Anual ELETROBRÁS/2002 (consumo ano-base
2001) e informações da área de GEM.
-82-
No gráf ico 10, pode-se observar o número de municípios divididos por região
em relação aos municípios part ic ipantes da RCE no ano de 2004.
Gráfico 10 – Número de Municípios no Brasi l e na RCE em 2004
-
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
1.800
2.000
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Total de MunicípiosMunicípio no RCE
Fonte: Elaboração própria a part i r de informações obtidas da área de GEM.
No gráfico 11, pode-se observar a distr ibuição regional do número de municípios part ic ipantes da RCE em 2004.
Gráfico 11 - Distr ibuição Regional dos Municípios Integrantes da RCE em 2004
Municípios por Região na RCE
5%
36%
39%
16%
4%
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
-83-
Fonte: Elaboração própria a part i r de informações obtidas da área de GEM.
A distr ibuição do consumo de energia elétr ica no Brasi l em 2001, por região
geográf ica, pode ser veri f icada no gráfico 12.
Gráfico 12 – Distr ibuição do Consumo de Energia Elétr ica no Brasi l
Consumo de Energia Elétrica no Brasil 6%
17%
55%
16%
6%
Centro-Oeste
Sul
Sudeste
Nordeste
Norte
Fonte: Bolet im Mercado e Carga Própria Anual 2002 - ELETROBRÁS
B. Descrição
Até 1996 a atuação do PROCEL junto aos municípios baseava-se em ações
pontuais. A part i r deste ano, com a assinatura do primeiro convênio entre a
ELETROBRÁS/PROCEL e o Insti tuto Brasi leiro de Administração Municipal-
IBAM, esta atuação foi consol idada. Este convênio previa a real ização dos
seguintes trabalhos: ef ic ientização dos sistemas de i luminação pública nos
municípios brasi leiros, elaboração de material didático para capacitação
municipal, l inha de estudos e publ icações sobre cidades efic ientes,
ef ic ient ização do prédio do IBAM, revisão do modelo de código de obras do
IBAM, seminários e cursos.
-84-
Em 1998, durante o Seminário Internacional de Combate ao Desperdício de
Energia Elétr ica “EFFICIENTIA 98”, real izado no Rio de Janeiro, foi lançada
a Rede Cidades Eficientes em Energia Elétr ica (RCE). O projeto foi
concebido pela ELETROBRÁS, no âmbito do PROCEL, em parceria com o
IBAM, e contou com o apoio do Programa ALURE, da Comissão Européia. A
RCE é uma rede na qual os municípios part ic ipantes podem trocar
informações sobre formas de gestão ef ic iente, tecnologias, experiências e
projetos de efic iência energética. A parceria entre o PROCEL e o IBAM foi
renovada em 1999, por meio de um novo Convênio, e garant iu o apoio do
PROCEL para a cont inuidade da Rede. Um dos produtos obtidos no âmbito
do Programa ALURE – Projeto BRACEL – foi o Guia Técnico “Gestão
Energética Municipal – Subsídios ao Combate do Desperdício de Energia
Elétr ica”. Este guia técnico foi atual izado em 2004, incluindo a experiência
adquir ida a part i r de 1997.
De 1997 a 2001, foram real izados 19 Planos Municipais de Gestão da
Energia Elétr ica (PLAMGES). Cinco desses PLAMGES foram real izados no
âmbito do convênio com o Fundo Brasi leiro para o Desenvolvimento
Sustentável (FBDS), ampl iando assim a base de parceiros do programa de
GEM do Procel. Estes PLAMGES foram elaborados nas cidades de Piraí,
Quatis, Pinheiral , Porto Real e Barra Mansa, todas no estado do Rio de
Janeiro. Outros quatro, no âmbito do convênio com o IBAM, no Rio de
Janeiro, Salvador, Piracicaba e Governador Valadares para val idação da
metodologia. Os 10 PLAMGES real izados em 2001, em parceria com o IBAM,
estão descri tos na tabela 27.
-85-
Tabela 27 – Resumo dos Dados dos 10 PLAMGES Elaborados em 2001
Consumo Previsto em 2004* (MWh)
Município PopulaçãoConsumo em 2001 (MWh) Sem PLAMGE
(MWh) Com PLAMGE**
(MWh)
Economia de Energia com
PLAMGE (MWh)
Cascavel (PR) 245.066 22.099 27.007 22.311 4.696
Carazinho (RS) 59.894 6.062 7.493 5.840 1.653
Dourados (MS) 164.949 3.880 4.175 4.125 50
Guarulhos (SP) 1.071.299 71.840 73.645 57.190 16.455
Itabaianinha (SE) 390.573 1.416 1.640 948 692
Natal (RN) 712.317 25.904 29.987 26.990 2.997
Nazaré da Mata (PE) 29.825 1.724 2.044 1.579 465
Parauapebas (PA) 71.651 7.518 9.411 7.772 1.639
Paraguaçu (MG) 18.943 1.435 1.502 1.370 132
Serra (ES) 322.518 29.760 48.127 39.353 8.774
Total 3.087.035 171.638 205.031 167.478 37.553
* Com exceção de Carazinho (RS) e Nazaré da Mata (PE) onde o consumo
previsto é para 2005.
** Supondo que todas as ações dos PLAMGEs sejam implementadas.
Fonte: CD-ROM Planos Municipais de Gestão de Energia Elétr ica
Em 2000 foi criado o Prêmio Cidade Eficiente em Energia Elétr ica, com o
objetivo de incentivar os municípios a adotarem uma postura permanente na
busca da melhoria da ef ic iência energét ica. O Prêmio é concedido às
prefeituras municipais que mais se destacam em ações e iniciat ivas
ef ic ientes no uso da energia elétr ica.
-86-
Os vencedores da três edições do Prêmio PROCEL Cidade Eficiente em
Energia Elétr ica encontram-se l istados na tabela 28 abaixo.
Tabela 28 – Municípios Vencedores do Prêmio PROCEL Cidade Eficiente em Energia Elétrica
Ano
Categorias
2000/2001 2002/2003 2003/2004
Educação Santa Helena (PR) Paracambi (RJ) Paracambi (RJ)
GEM Rio de Janeiro (RJ) Natal (RN) Elói Mendes (MG)
IP Santo André (SP) Vitór ia (ES) Florianópolis
(SC)
IP - RELUZ - Paracambi (RJ) Bagé (RS)
Legislação - Rio de Janeiro (RJ) -
PP Santa Helena (PR) Pelotas (RS) Paracambi (RJ)
PP – Novas
Eduficações - - Palmas (TO)
Saneamento - Piracicaba (SP) Imbé (RS)
Promoção da
Efic iência
Energética
- - Cabo de Santo
Agostinho (PE)
Fonte: Elaboração própria a part i r de dados fornecidos pela área de GEM
Em 2001, no âmbito do convênio ELETROBRÁS/PROCEL e IBAM, foi lançado
o “Manual Para Elaboração de Planos Municipais de Gestão da Energia
-87-
Elétr ica”, v isando orientar os técnicos das prefei turas sobre a elaboração do
plano energético do seu município.
A part i r de 2003, com a reorganização do programa PROCEL GEM foi
assinado um novo convênio com o IBAM que prevê basicamente os seguintes
pontos: manutenção, divulgação e marketing do escri tór io técnico da RCE;
real ização do Prêmio Cidade Eficiente em Energia Elétr ica; busca de auto-
sustentabi l idade para a RCE; real ização de 06 (seis) cursos na área de
ef iciência energét ica; e elaboração do Boletim Informativo da RCE. Além
disso, atuando de forma isolada, foram propostos pelo PROCEL GEM mais 3
convênios para os municípios de Goiânia/GO, Dois Irmãos do Buri t i /MS e
Criciúma/SC com o objetivo de real izar PLAMGES e projetos educacionais.
Estes convênios juntamente com o convênio do IBAM representam
investimentos globais da ordem de 1 milhão de reais.
C. Metodologia e Premissas
O PROCEL GEM visa assessorar e capacitar tecnicamente as prefeituras
para que elas possam melhor gerir a energia elétr ica ut i l izada nas unidades
consumidoras de sua responsabi l idade. Para isso, ut i l iza-se de uma
metodologia própria para a implementação de Planos Municipais de Gestão
da Energia Elétr ica (PLAMGEs) e de um software para controle dos gastos e
contas de energia do município, o Sistema de Informações Energéticas
Municipais (SIEM).
A part i r de 2004 o PROCEL GEM, começou a estabelecer novas parcerias,
como a FUNCOGE e a USAID, visando diversi f icar e segmentar o
atendimento aos municípios, especialmente os menores.
As ações de PROCEL GEM não podem ser apenas medidas em termos de
energia economizada, uma vez que sua principal ferramenta – o PLAMGE – é
um instrumento estratégico sob o ponto de vista polít ico e administrat ivo do
município, já que indica ações a serem tomadas para que se at inja um
cenário de efic iência energética.
-88-
O primeiro passo para apl icar a metodologia do PLAMGE é criar uma Unidade
de Gestão Energética Municipal (UGEM), que reúne uma equipe com a
f inal idade de acompanhar os projetos da Prefei tura, preparar, apresentar e
implementar ações de efic iência energét ica nos setores de administração
públ ica (prédios públ icos, i luminação públ ica, educação, legislação, etc.) ,
bem como assessorar a administração na orientação das ações dos agentes
privados no Município. O município é responsável pela capacitação da equipe
da UGEM.
O próximo passo é implementar o SIEM, um sistema computacional de
informações sobre o consumo de energia no município. Essas informações
possibi l i tam o acompanhamento de dados e de indicadores energét icos de
unidades consumidoras, permit indo anál ises comparativas por t ipo, classe,
grupo etc.
Por f im deve-se elaborar o Plano Municipal de Gestão de Energia Elétr ica
(PLAMGE). Ele busca levantar e organizar as diferentes at ividades
desenvolvidas pela Prefeitura para identi f icar as áreas com potencial de
redução de consumo de energia elétr ica, através de diagnóst icos e da
criação e anál ise de indicadores de consumo, indicando e priorizando as
ações de ef ic iência. As medidas são posteriormente apl icadas, visando o uso
racional da energia sem perda da qual idade do serviço ofertado, dentro da
competência do Poder Municipal. O PLAMGE permite também a
implementação de novas ativ idades com qual idade ambiental e ef ic iência
energét ica.
Depois de veri f icada, junto aos municípios, a efet iva real ização das ações
previstas no PLAMGE, os resultados obtidos podem ser aval iados. A
aval iação é fei ta medindo-se e comparando-se o consumo de energia antes e
depois da implementação das ações propostas no PLAMGE, por t ipo de
projeto (educação, i luminação públ ica, saneamento etc.). Devido a sua
atuação junto aos municípios na implementação das ações de GEM, o
PROCEL irá apropriar um percentual desse total de economia de energia.
-89-
A economia de energia resultante da implementação dos projetos vencedores
do Prêmio Cidade Eficiente em Energia Elétr ica também será contabi l izada
como resultado da área de GEM, pois considera-se que o PROCEL possui
inf luência direta e/ou indireta nas ações de eficiência energética
desenvolvidas pelos municípios nesses projetos. As ações inf luenciadas
diretamente pelo PROCEL, através de convênios e/ou contratos de
f inanciamento, como por exemplo, o Programa de I luminação Pública
Ef iciente – RELUZ, PROCEL nas Escolas, entre outras são contabi l izadas
nas respectivas seções deste relatório, sendo seus resultados expurgados
dos valores globais apresentados.
Existe uma inf luência do PROCEL nos projetos de eficiência energética
desenvolvidos pelas prefei turas, que será veri f icada a part i r de uma nova
metodologia de medição de resultados. De qualquer forma a apropriação
desses resultados se justi f ica uma vez que o PROCEL presta grande apoio
aos municípios em todas as etapas da apl icação da metodologia de GEM,
desde a assinatura do convênio até a elaboração do PLAMGE. Além disso, a
ELETROBRÁS/PROCEL foi responsável pela criação da RCE, em parceria
com o IBAM, no âmbito do Projeto ALURE com a Comissão Européia,
garantindo a troca de informações sobre projetos de ef ic iência energét ica
entre os municípios brasi leiros.
Assim, a part i r da economia total de energia ret ira-se a parcela decorrente de
ações diretamente inf luenciadas pelo PROCEL (RELUZ, Sanear, EPP e
PROCEL nas Escolas) e apropria-se parte dos resultados obtidos pelo
município.
D. Resultados
A economia de energia devido à implementação dos projetos propostos nos
PLAMGEs real izados em 2004 será objeto de verif icação posterior
considerando que o horizonte de planejamento dos PLAMGEs é 2004-2008. A
economia de energia estimada com a implantação desses PLAMGEs em 2008
é de 173.472 MWh.
-90-
A tabela 29 apresenta um resumo dos dados de potencial de economia de
energia e ganhos f inanceiros que poderão ser obt idos com a implementação
das ações previstas nos 41 PLAMGEs real izados em 2004. Ressalta-se que
apenas dois PLAMGEs foram real izados com recursos do PROCEL e os
demais desenvolvidos pelas concessionárias no âmbito dos PEEs da ANEEL.
Tabela 29 - Resumo dos Dados dos 41 PLAMGEs real izados em 2004
Fonte: Dados fornecidos pela área de GEM.
A economia de energia elétr ica e a redução de demanda na ponta resultantes
dos projetos vencedores do Prêmio PROCEL Cidade Eficiente em Energia
Elétr ica 200323 foram, respectivamente, 2.483,95 MWh/ano e 502 kW. A
tabela 30 mostra os resultados apropriados pelo PROCEL como resultado do
23 Em função das características do Prêmio, os projetos contemplados são referentes às ações realizadas no ano anterior à premiação. Portanto, os valores de energia economizada e redução de demanda na ponta vem sendo apropriados com um ano de defasagem.
-91-
Prêmio, por categoria. O projeto referente à categoria “I luminação Públ ica”
consta na tabela porque não foi real izado no âmbito do RELUZ.
Tabela 30 – Resultados do Prêmio PROCEL Cidade Eficiente em Energia Elétr ica – 2004
Categorias Economia Total de Energia (MWh/ano)
Redução de Demanda na Ponta (KW)
Saneamento 767,98 133,33
Prédios Públicos 167,82 75,34
Iluminação Pública 9.000 1.800
Total 9.935,80 2.008,67
Participação do PROCEL (25%) 2.483,95 502,17
Fonte: Folder com os vencedores do Prêmio Cidade Eficiente em Energia
Elétr ica e área de GEM
Em 2004, o PROCEL GEM, também realizou as seguintes ações: cadastro de
22 projetos no Banco de Experiências Municipais em Eficiência Energética;
atual ização dos guias técnicos de I luminação Públ ica Eficiente e de Gestão
Energética Municipal; capacitação de 232 técnicos na metodologia
ELETROBRÁS/IBAM; publ icação de 04 art igos em congressos; divulgação de
04 Boletins Informativos da RCE; e real ização uma pesquisa de aval iação do
PROCEL GEM e dos PLAMGEs elaborados.
-92-
IV.6. PROGRAMA DE EDIFICAÇÕES
A. Descrição
Desde 1985, o PROCEL f inancia projetos na área de conservação de energia
em edif icações nos setores residencial , comercial e de serviços. Esses
projetos incluem pesquisas de posse e uso de eletrodomésticos; elaboração
de l ivros e estudos para ampliar o nível de conhecimento técnico do setor;
capacitação de laboratórios para ensaios; part ic ipação em feiras e
exposições do setor; pesquisa para o desenvolvimento de novas tecnologias
e materiais de construção, etc.
Em março de 1996, foi fei ta uma tentat iva de consol idar as informações
referentes ao estado da arte de ef ic iência energética em edif icações. Esse
trabalho teve como objet ivos def inir as ações do PROCEL na área de
edif icações e servir de referência para profissionais da área, dando origem
ao relatório “Ef iciência Energética em Edif icações: Estado da Arte”. Nele,
fez-se uma revisão bibl iográf ica das pesquisas real izadas no Brasi l e no
exterior em ef iciência energética de edif icações.
Ainda em 1996, foi assinado um convênio entre a ELETROBRÁS e a
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Esse convênio previa
apl icação da metodologia desenvolvida pelo PROCEL para o Projeto 06
Cidades, a adaptação do software Visual DOE 2.0 ao Brasi l , a diagramação
do l ivro “Ef iciência Energética na Arquitetura” e elaboração de um CD-ROM
relativo ao l ivro, estudos de ot imização energética usando a metodologia de
aval iação energética predial do PROCEL, elaboração de manuais relat ivos à
ef ic iência energética na arquitetura e elaboração de relatór ios técnicos de
casos de sucesso e material de apoio técnico ao desenvolvimento da área de
edif icações do PROCEL.
Em 1997, a categoria Edif icações foi efet ivamente promovida no Prêmio
PROCEL de Economia de Energia, est imulando arquitetos e engenheiros civis
a elaborar projetos efic ientes quanto ao uso da energia elétr ica. O Prêmio
-93-
para essa categoria não foi concedido nos anos subseqüentes, e somente
voltou a ser promovido em 2002/2003.
Em 11 de julho de 2002, foi real izado o workshop “Plano de Ação para
Eficiência Energética em Edif icações”, no qual part ic iparam representantes e
especial istas de diversos segmentos da sociedade. Nessa ocasião, foram
apresentadas e discut idas diversas propostas que deram origem ao Plano de
Ação para Ef ic iência Energét ica em Edif icações, lançado em setembro de
2003, em Brasí l ia, no IV Encontro Nacional de Eficiência Energética do Setor
Elétr ico e Pesquisa e Desenvolvimento, promovido pela ABRADEE
(Associação Brasi leira das Distr ibuidoras de Energia Elétr ica). Esse Plano de
Ação representou a retomada pelo PROCEL das at ividades na área de
Edif icações.
Ressalta-se que as edif icações são responsáveis por cerca de 48% do
consumo de energia elétr ica no Brasi l , considerando-se os setores
residencial , comercial e público. Grande parte dessa energia é consumida
para prover conforto ambiental aos usuários. O potencial de economia em
edif icações existentes é de até 30%, chegando a 50% em prédios novos, ou
seja, nas edif icações em que se considera a ef iciência energética desde a
fase de projeto.
A maioria das edif icações apresenta grande desperdício de energia, por não
considerar, desde o projeto arquitetônico, passando pela construção, até à
ut i l ização f inal, os importantes avanços ocorr idos nas áreas de arquitetura
biocl imática, materiais, equipamentos e tecnologia construt iva vinculados à
ef ic iência energét ica.
B. Resultados
O PROCEL EDIFICA visa implementar projetos com vistas à divulgação e ao
estímulo à apl icação dos conceitos de ef ic iência energética em edif icações e
viabi l izar a implementação da Lei 10.295/2001 promovendo a ef ic iência
energét ica nas novas edif icações. Está atuando com convênios com
universidades nos 10 maiores estados para a capacitação e ampliação de 13
-94-
laboratórios de conforto ambiental e ef ic iência energét ica, com invest imentos
globais da ordem 2,5 milhões para o desenvolvimento de novas tecnologias e
materiais de construção, edição e publ icação de l ivros e desenvolvimento de
projetos nas áreas de educação e regulação. Dentre as ações em andamento
no âmbito do PROCEL EDIFICA destacam-se as seguintes:
Capacitação dos Laboratórios de Conforto Ambiental das
universidades: UFRJ, UFF, UFPel, UFMG, UFRN, UFMS.
Complementação dos laboratórios de Conforto Ambiental das
universidades: UFAL, UFRGS, UNB-FUB e UFSC-ARQ.
Complementação dos Laboratórios de Eficiência Energética das
Faculdades de Engenharia Civi l da UFBA e UFSC-LabEEE.
Complementação do Laboratório de Sistemas Térmicos da Faculdade
de Engenharia Mecânica da PUC-PR.
Convênio com a COPPETEC para construção do Centro de Energia e
Tecnologia Sustentáveis - CETS.
Publ icação da segunda edição do l ivro “Eficiência Energética na
Arquitetura”.
Destaca-se ainda a part ic ipação na aval iação do Prêmio PROCEL 2004
categoria Edif icações.
A tabela 31 apresenta os convênios que foram assinados em 2004, num total
de 6 convênios para estudos e projetos com um investimento global de R$
2.293.249,22.
-95-
Tabela 31 – Convênios Assinados em 2004
PROCEL EDIFICA - Eficiência Energética em Edificações ECV 004-2004 - ELETROSUL - Implantação do projeto denominado Centro de Demonstração em Eficiência Energética ELETROSUL – CDEEE
R$ 177.167,22
AET-01 Implantação do projeto denominado "Centro de Demonstração de Eficiência Energética em Habitação Unifamiliar"; inauguração da maquete e do site e inauguração da Casa Eficiente.
ECV-007/2004 - UFSC/FEESC - Convênio para Coordenação de vertente Subsídio à Regulamentação do PROCEL EDIFICA
R$ 739.360,00
AET-01 Desenvolvimento de uma metodologia para criação de uma base nacional de dados sobre o consumo específico de energia; definição da metodologia; levantamento dados em campo e estruturação da base de dados.
AET-02 Elaboração de regulamentação e classificação de edificações eficientes; metodologia e arquivos climáticos; simulações; análise da regulamentação e definição de limites e redação final.
AET-03 Levantamento da Experiência Internacional e Pesquisa bibliográfica e Redação do documento.
AET-04 Coordenação técnica da vertente “subsídio à regulamentação do plano de ação para eficiência energética em edificações do PROCEL EDIFICA” e coordenação da vertente e análise de propostas.
AET-05 Base de Dados para Apoio ao Projeto de Edificações Eficientes, Definição da Metodologia, Montagem das bases de dados climáticos, de materiais e equipamentos e Estruturação da base de dados.
ECV-033/2004 - UFAL/FUNDEPES - Promover o desenvolvimento da vertente Educação do Plano de Ação para Eficiência Energética em Edificações – EEE do programa PROCEL EDIFICA
R$ 513.820,00
AET 01 Coordenação Técnica da Vertente Educação do Plano de Ação para Eficiência Energética em Edificações do PROCEL EDIFICA, Coordenação da Vertente Educação e Reuniões de Coordenação.
AET 02
Capacitação Laboratorial, Elaboração de padrão mínimo de laboratório para o curso de Arquitetura e engenharia, Lançamento da chamada pública pela Eletrobrás, Assinatura dos convênios entre a Eletrobrás e as universidades e Acompanhamento da montagem dos laboratórios.
AET 03
Desenvolvimento de linhas de pesquisa em Eficiência Energética em Edificações – EEE, Elaboração de um estudo identificando as pesquisas já desenvolvidas na área de EEE, Definição de termo de referência para chamada de projetos de pesquisa em EEE, Lançamento da chamada pública pela Eletrobrás, Elaboração e assinatura dos convênios entre a Eletrobrás e as instituições e Acompanhamento e sistematização dos resultados das pesquisas.
AET 04
Criação de Curso de aperfeiçoamento em Eficiência Energética em Edificações – EEE, Definição das disciplinas e respectivos conteúdos e ementas, Elaboração e assinatura dos convênios entre a Eletrobrás e as instituições e Acompanhamento e assistência para montagem dos cursos.
AET 05
Ciclo de palestras em Eficiência Energética em Edificações para docentes de projeto de arquitetura, Definição do conteúdo e enfoque das palestras, Definição dos locais, acompanhamento e assistência para a preparação do ciclo palestras e infra-estrutura para a realização dos 4 ciclos de palestras (Eletrobrás).
AET 06 Elaboração de Publicações e Material Didático em Eficiência Energética em Edificações – EEE, Levantamento do Estado da Arte das publicações nacionais relacionadas à EEE, Lançamento da chamada pública pela Eletrobrás, Elaboração e assinatura dos convênios entre a Eletrobrás e as instituições para a
-96-
execução das 4 publicações, Acompanhamento do desenvolvimento das publicações, Lançamento das publicações pela Eletrobrás, Elaboração dos textos do material didático para o curso de aperfeiçoamento e para o ciclo de palestras para docentes e Impressão do material didático pela Eletrobrás.
ECV-034/2004 - UFSC - Atualização e complementação do conteúdo do livro Eficiência Energética na Arquitetura
R$ 216.624,00
ECV-044/2004 - IAB - Elaboração dos Cadernos de Boas Práticas em Arquitetura – Eficiência Energética
R$ 397.730,00
Elaboração dos Cadernos de Boas Práticas em Arquitetura – Eficiência Energética, Definição de critérios e metodologia para análise das edificações, Aprovação do formato piloto pela Eletrobrás e Elaboração dos textos e montagem dos fascículos.
ECV-047/2004 - UNIFACS - Elaboração de Procedimentos para Construção de Edificações Populares Energeticamente Eficientes e Avaliação dos Projetos de Habitação Populares da Caixa Econômica Federal
R$ 248.548,00
AET 01
Elaboração de Procedimentos para Construção de Edificações Populares Energeticamente Eficientes e Avaliação dos Projetos de Habitação Populares da Caixa Econômica Federal, Levantamento das tipologias e simulações e Elaboração dos novos projetos e cartilhas.
Fonte: PROCEL EDIFICA
-97-
IV.7. PROGRAMA DE SANEAMENTO A. Descrição
A ELETROBRÁS, no âmbito do PROCEL, atua desde 1996 na área de
saneamento ambiental, apoiando ações de ef iciência energética e combate
ao desperdício de energia. No início do programa, até f inal de 1997, foram
real izadas ações estratégicas que incluíram acordo de cooperação técnica
com a CIDA (Canadian International Development Agency), estabelecimento
de projetos pi loto, estudos de ot imização energética e visi tas técnicas.
No Plano de Ação do PROCEL 1998-1999, a estratégia da área de
saneamento para atingir as metas de economia de energia foi baseada na
real ização de vários projetos-pi loto junto às concessionárias de saneamento
distr ibuídas pelas cinco regiões brasi leiras. Esses projetos estavam previstos
em parceria com a Secretaria de Polí t ica Urbana – SEPURB/ Diretoria de
Saneamento – DESAN, do ant igo Ministér io de Planejamento e Orçamento
(MPO). O plano de ação previa também treinamento para capacitação de
técnicos de concessionárias; adequação do software ECON sobre inversor de
freqüência; adequação do software SCADA, pelo CEPEL, para supervisão e
controle de concessionárias de saneamento; dentre outras propostas.
Algumas das ações ci tadas acima foram implementadas nos anos seguintes,
incluindo a publ icação do Guia Técnico “Ef iciência Energética nos Sistemas
de Saneamento”, em parceria com o IBAM. Depois disso, a área de
saneamento passou por um período de reestruturação, retomando as
at ividades somente em 2002, quando se iniciou um processo de
conhecimento do setor com a part ic ipação em alguns eventos e a real ização
de um workshop lançando as diretr izes básicas da área de saneamento do
PROCEL. A motivação para a aproximação com esse segmento foi a
existência de recursos f inanceiros do BIRD/GEF para investimentos em
projetos de ef iciência energética.
-98-
A part i r de 2003, com a insti tuição do Programa Nacional de Eficiência
Energética em Saneamento Ambiental – PROCEL SANEAR, o enfoque das
at ividades foi ampliado, envolvendo não só questões de conservação de
energia elétr ica mas também aquelas relat ivas à conservação de água.
Nesse sentido, foi consol idada importante parceria com o Ministér io das
Cidades, que coordena os Programas PNCDA (Programa Nacional de
Combate ao Desperdício de Água) e PMSS (Programa de Modernização do
Saneamento Ambiental) , por intermédio da sua Secretaria Nacional de
Saneamento Ambiental – SNSA.
Para o desenvolvimento das ações integradas de ef ic iência energética e
hidrául ica no setor de saneamento ambiental, a ELETROBRÁS/PROCEL
promoveu, em agosto de 2003, a "1ª Oficina de Trabalho em Eficiência
Energética no Setor de Saneamento Ambiental” , em que part ic iparam
diversos especial istas. Como resultado das discussões geradas foi
consolidado o Plano de Ação do PROCEL SANEAR 2004/2005, que vem
sendo implementado e amplamente divulgado desde então. As ações
definidas no Plano de Ação estão organizadas em quatro vertentes:
Inst i tucional, Capacitação/Educação, Tecnologia e Financiamento.
Ressalta-se que mais de 2% do consumo total de energia elétr ica do Brasi l , o
equivalente a 7 bi lhões de kWh/ano, são consumidos por prestadores de
serviços de água e esgotamento sanitário em todo o País.
Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento –
SNIS, o País perde 44,81% da água distr ibuída em relação à água captada
(referência 2003). Essa quantidade de água seria sufic iente para abastecer
simultaneamente países como a França, a Suíça, a Bélgica e o norte da
I tál ia. As elevadas perdas de água têm relação direta com o desperdício de
energia elétr ica.
-99-
B. Resultados
Deve-se ci tar como principal resultado da área de saneamento a real ização,
em parceria com a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do
Ministério das Cidades – SNSA/MCIDADES, do processo de chamada públ ica
de projetos de conservação e uso racional de energia elétr ica e água no
setor de saneamento ambiental. Esse processo teve o objet ivo de selecionar
propostas de projetos em ef iciência energética, em todo o Brasi l , para
investimento de cerca de R$ 7 milhões neste setor.
A real ização da “Chamada Públ ica de Projetos de Conservação e Uso
Racional de Energia Elétr ica e Água no Setor de Saneamento Ambiental”,
teve como resultado as informações apresentadas na tabela 32.
Tabela 32 – Projetos aprovados na chamada públ ica do PROCEL SANEAR - por Região
Recursos (R$)
Região Nº de Projetos Valor Total ELETROBRÁS
Retorno Esperado do
Invest imento a Valor Presente
(R$)
População benef iciada
Nor te 2 1 .472.841,00 1.793.361,31 8.666.735,00 500.000
Nordeste 3 2 .763.454,00 1.080.761,24 6.985.969,00 383.700
Centro-
oeste 2 1 .367.664,00 1.178.272,45 3.355.876,00 78.371
Sudeste 3 3 .088.754,00 1.547.605,00 11.492.203,50 231.248
Sul 2 1 .897.951,00 1.400.000,00 8.865.437,00 245.359
Total 12 10.590.664,00 7.000.000,00 39.366.220,5024 1 .438.678
Fonte: Procel SANEAR
24 O montante dos benef íc ios dos pro je tos será re invest ido em novas ações de uso ef ic iente de energ ia e lé t r ica e água nos prestadores de serv iços selec ionados na Chamada Públ ica, conforme compromisso estabelec ido no Plano de Trabalho de cada uma.
-100-
O resultado (em termos de energia economizada e redução de demanda na
ponta) da implementação dos projetos selecionados pelo processo de
chamada públ ica iniciada em 2003, ainda, será veri f icado quando estiverem
concluídas as ações previstas em cada projeto.
As seguintes ações foram implementadas pelo PROCEL SANEAR em 2004:
Assinatura de Protocolo de Cooperação Técnica entre o Ministério das
Cidades e o Ministér io de Minas e Energia para o desenvolvimento de
medidas conjuntas, visando à redução do consumo de energia elétr ica
e de água nos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento
sanitário;
Consol idação do Plano de Ação do PROCEL SANEAR – 2004/2005,
estruturado através das vertentes tecnológica, capacitação,
insti tucional e de f inanciamento, que vem sendo implementado e
amplamente divulgado, contando permanentemente com a contribuição
integrada de diversas insti tuições l igadas ao setor, além de
universidades e órgãos governamentais;
Real ização de 3 seminários de sensibi l ização de 60 dir igentes
(módulos de 8 horas) e capacitação de 141 gerentes (módulos de 40
horas) que atuam nos prestadores de serviços de saneamento
ambiental das cinco regiões do País, sobre o tema “Conservação de
energia elétr ica nos componentes dos sistemas de abastecimento de
água e de esgotamento sanitár io”;
Real ização de dois cursos de 120 horas (teoria e prática) pela
Universidade Federal de I tajubá – UNIFEI, onde foram treinados 45
técnicos especial istas que atuam na área de saneamento sobre o tema
“Novas tecnologias e procedimentos operacionais efic ientes”.
Destaca-se ainda as ações iniciadas em 2004, e que terão continuidade
nos anos subseqüentes:
-101-
Intensa art iculação com as principais inst i tuições dos setores de
saneamento ambiental e elétr ico, de forma a otimizar a atuação dos
programas voltados para a conservação de energia elétr ica e água, e
evitar a superposição da ut i l ização dos recursos públ icos para f ins
semelhantes;
Part ic ipação no grupo de trabalho interministerial para elaboração do
Anteprojeto de Lei da Polít ica Nacional de Saneamento Ambiental;
Estabelecimento de convênios com prestadores de serviços de
saneamento ambiental das cinco regiões do País para a implantação
dos 12 Projetos Demonstração em Conservação e Uso Racional de
Energia Elétr ica e Água, selecionados por meio de Chamada Públ ica, a
serem desenvolvidos e amplamente divulgados como “casos de
sucesso” pelo PROCEL SANEAR, com base nas ações implementadas,
visando a sua repl icação em escala nacional;
Sensibi l ização e Capacitação dos gestores que atuam nos prestadores
de serviços de saneamento ambiental, em parceria com a Associação
Brasi leira de Engenharia Sanitár ia e Ambiental – ABES, visando inseri r
a temática da conservação de energia elétr ica em todos os
componentes dos sistemas de abastecimento de água e de
esgotamento sanitário;
Treinamento dos técnicos especial istas que atuam na área, de forma a
faci l i tar a assimilação de novas tecnologias e procedimentos
operacionais ef ic ientes;
Elaboração de guias técnicos, incluindo a revisão de publ icações
existentes na área de saneamento ambiental;
Estruturação e Implantação de Programa de Capacitação Laboratorial
de universidades brasi leiras e centros de pesquisa, para uso
mult idiscipl inar e formação de prof issionais em diversos níveis
( técnico, graduação e pós-graduação) com enfoque no uso ef ic iente
-102-
integrado de energia elétr ica e água. Esses laboratórios (Laboratór ios
de Eficiência Energética em Hidrául ica e Saneamento - LENHS)
deverão se const i tuir em centros de excelência regional abrangendo as
cinco regiões do País, servindo também como suporte técnico ao MME,
MCIDADES e aos prestadores de serviços de saneamento na coleta de
dados e medições in loco. Ressalta-se que cada universidade receberá
o aporte da Eletrobrás de R$ 800.000,00, total izando R$ 4 milhões a
serem investidos nos LENHS.
-103-
IV.8. PROGRAMA DE PRÉDIOS PÚBLICOS
A. Descrição
As ações de ef iciência energética em prédios públ icos foram iniciadas em
1997 pela ELETROBRÁS/PROCEL visando reduzir o desperdício de energia
nos níveis federal, estadual e municipal.
Atualmente o PROCEL-EPP (Programa de Eficiência Energética nos Prédios
Públ icos) tem por objet ivo implantar projetos-pi loto com potencial de
repl icação em larga escala, implementar ações de sensibi l ização,
capacitação, divulgação, projetos-demonstração, e real izar parcerias com
outros setores.
Ressalta-se que o consumo de energia do poder públ ico corresponde a
aproximadamente 11.500 GWh/ano, o Procel EPP estima em cerca de 20% o
potencial de economia de energia no setor o que possibi l i tar ia uma economia
total de MWh.
B. Resultados
O Procel EPP desenvolve, dentre outras, as seguintes ações: apoio aos
agentes envolvidos; promoção de projetos-demonstração; normatização e de
infra-estrutura e apoio às concessionárias de energia em projetos de
conservação de energia.
Em 2004 foram real izados dois planos de ação (CICOP e Hospitais), 19
diagnóst icos energét icos e implementadas ações em 23 prédios públ icos em
todo o país nas área de saúde (hospitais), educação ( inst i tuições de ensino)
e administração (prédios administrat ivos).
Foram real izadas diagnósticos energét icos e implementação de projetos de
ef ic iência energética no Hospital Celso Ramos (PR), na Santa Casa de
Misericórdia (RS) e no Hospital Clóvis Sarinho (RN). Também foram
desenvolvidas at iv idades de treinamento, sensibi l ização, capacitação dos
-104-
administradores, na área da saúde, para que seja incluída a ef ic iência
energét ica nos novos projetos de edif icações.
Foram real izados diagnósticos energét icos e implementação de projetos de
ef ic iência energét ica, em prédios públ icos e insti tuições de ensino, nos
seguintes estados: Bahia, no Centro Administrat ivo da Bahia; São Paulo, no
Palácio dos Bandeirantes; Rio de Janeiro - Fórum, UERJ, Palácio
Universi tár io, Casa do Estudante, Teatro Municipal, Centro Administrat ivo
São Sebastião, IPLAN, Arquivo Nacional, Base Aérea do Campo do Afonsos,
Banco do Brasi l , Palácio do Buri ty, Arquivo Nacional/RJ; Pernambuco -
Centro Administrat ivo do Recife, SUDENE, Universidade Federal de
Pernambuco; Ceará - Universidade Federal do Ceará, Paraná, Minas Gerais,
Brasí l ia (DF) - Câmara dos Deputados e Senado, Banco Central (DF), Caixa
Econômica Federal, Palácio do Planalto, Ed. Almirante Tamandaré-MM e
Universidade Federal Mato Grosso.
A tabela 33 apresenta o número de diagnóst icos real izados por segmento no
período de 1997 a 2003.
Tabela 33– Número de diagnósticos realizados por segmento de 1997-2003
Categoria Nº de Diagnósticos Participação Percentual por Segmento
Prédios Administrativos 26 13%
Hospitais 35 17%
Instituições de Ensino 84 42%
Usinas e Subestações 56 28%
Total 201 100
Fonte: PROCEL EPP
A tabela 34 apresenta a distr ibuição geográfica, por região, do número de
diagnósticos real izados em 2004.
-105-
Tabela 34– Número de Diagnósticos Realizados por Região em 2004
Região Nº de Diagnósticos Participação Percentual por Segmento
Centro-Oeste 3 22%
Nordeste 2 14%
Norte 2 14%
Sudeste 5 36%
Sul 5 14%
Total 14 100%
Fonte: PROCEL EPP
-106-
IV.9. PROGRAMA INDUSTRIAL
A. Introdução
O Programa Industr ial v isa dar suporte aos diversos segmentos industriais na
melhoria do desempenho energético de suas instalações. Atualmente, com
foco no projeto de ot imização de sistemas motr izes, seleciona indústrias
interessadas em part ic ipar do Programa, implementando as medidas de
ef ic iência energética ident i f icadas em suas plantas pela sua própria equipe,
treinada e cert i f icada pela ELETROBRÁS/PROCEL, além de divulgar os
resultados que permitam a mult ipl icação de projetos bem sucedidos. O
Programa prior iza sistemas motr izes, tendo em vista a sua part ic ipação
bastante elevada no consumo do setor industr ial , que corresponde a cerca de
30% do consumo total de energia elétr ica do país.
O consumo total do mercado de energia elétr ica em 2004 total izou 320.772
GWh, sendo que o setor industrial corresponde a 45,5% conforme pode ser
veri f icado no gráf ico 13 abaixo.
Gráfico 13 – Mercado de Energia Elétr ica 2004
Mercado de Energia Elétrica 2004
24,5%
15,5%
9,7% 45,5%4,8%
Industrial
Residencial
Comercial
Público
Outros
Fonte: ELETROBRÁS - Informe de Mercado 44 – Dezembro de 2004
-107-
B. Metodologia
O PROCEL INDÚSTRIA é desenvolvido em conjunto com as Federações
Estaduais de Indústr ias por meio de convênios. Cada convênio é dividido em
quatro etapas que visam: identi f icar os maiores potenciais de economia de
energia elétr ica; capacitar mult ipl icadores e agentes industr iais em ef iciência
energét ica; elaborar diagnósticos energét icos detalhados e ações de
melhoria em plantas industr iais e acompanhar a implementação das ações de
melhoria e divulgar os seus resultados.
A metodologia adotada pelo PROCEL baseia-se no comprometimento das
indústrias com a implementação das medidas de ef iciência energética
identi f icadas pelos seus próprios agentes, treinados gratui tamente por
mult ipl icadores devidamente capacitados pela ELETROBRÁS/PROCEL, por
meio de curso mult idiscipl inar, com 176 horas de duração, de Redução de
Perdas em Sistemas Motr izes. Além dessas ações estão previstos no
convênio o desenvolvimento de Projetos-Demonstração, que transformarão
um número l imitado de indústr ias em modelos de ef iciência energética para
seus respectivos segmentos.
O cri tér io de seleção das empresas privi legia os seguintes aspectos:
potencial de economia de energia; motivação da alta gerência para
implementação das medidas recomendadas pelo projeto; e potencial
mult ipl icador no segmento industrial respectivo.
No sentido de prestar suporte e perenizar essas ações real izadas
diretamente com as indústrias, o Programa implanta através de convênios
com Universidades, laboratórios de sistemas motr izes para f ins didát icos e
complementarmente, f inancia bolsas de estudo para desenvolvimento de
trabalhos de graduação e pós-graduação, no tema Eficiência Energética em
Sistemas Motr izes Industr iais.
O Programa inclui , ainda, at iv idades nas áreas de treinamento técnico e
gerencial com o suporte do Centro de Pesquisas Elétr icas da ELETROBRÁS
(CEPEL).
-108-
-109-
C. Resultados
Conforme veri f icado, não houve economia de energia e redução de demanda
na ponta decorrentes das ações desenvolvidas no âmbito do Procel Indústr ia
em 2004, pois nesse ano ocorreram, basicamente, assinaturas de convênios,
cujos resultados quanti tat ivos serão observados nos anos seguintes (tr iênio
2005-2007). Entretanto, diversos resultados quali tat ivos já foram observados,
especialmente, a real ização de estudos setoriais, treinamentos e Workshops
de sensibi l ização.
Durante o ano de 2004 foram iniciados 3 convênios com as Federações das
Indústr ias dos Estados e 5 convênios com universidades públ icas, ut i l izando
recursos do Fundo de Desenvolvimento Tecnológico – FDT – da Eletrobrás
para montagem de laboratórios de sistemas motrizes nessas insti tuições.
Além disso, foram treinados 19 mult ipl icadores e capacitados 596 agentes
(funcionários de fábricas treinados pelos mult ipl icadores), conforme pode ser
veri f icado na tabelas 35 e 36 a seguir.
-110-
Tabela 35 – Convênios em andamento com as Federações das Indústrias em 2004
Nº de prof iss ionais capac i tados N° do
Convênio Região
Federação das
Indúst r ias
Estudos Setor ia is
(subsetores ident i f icados) Mul t ip l icadores (2004)
Mul t ip l icadores (2002-2004)
Agentes (2004)
Agentes (2002-2004)
ECV – 880/2003 S FIESC (SC)
Al imentos e bebidas, têxt i l , papel e ce lu lose,
meta lurg ia, minera is não-metá l icos
- 18 - -
ECV – 903/2002 NE FIEC (CE)
Têxt i l , A l iment íc io e Bebidas, Minera is não-
Metá l icos e Couro e Calçados
- 10 160 172
ECV – 907/2002
NE F IEPE (PE) Al iment íc io, Minera is não-Metá l icos e Químico
- 15 41 52
ECV – 957/2004 NE FIEB (BA)
Químico/pet roquímico/ re f ino, metalúrg ico,
a l imentos e bebidas, papel /ce lu lose
18 18 75 75
ECV – 908/2002
CO F IEMT (MT) Madei ra , a l imentos e minera is não metá l icos
- 18 213 246
ECV – 958/2004 CO F IEMS (MS) Fr igor í f ico, esmagadores
de so ja e cur tumes 18
ECV – 909/2002 N F IEAM (AM)
Bebidas, Duas Rodas, E le t ro-e le t rôn ico,
Meta lúrg ica e P lást icos - 10 97 145
ECV – 959/2004 N FIEPA (PA
Mineração, Minera is não metá l icos, madei ra
ECV – 916/2002 SE FIEMG
Têxt i l , A l iment íc io, E let ro-e le t rôn ico, Fundição,
Meta lurg ia e Mineração - 18 10 10
TOTAL 36 19 29 39
Fonte: PROCEL INDÚSTRIA
Tabela 36- Convênios em andamento com Universidades e Instituições Públicas em 2004
Região Instituição
Universidade Federal do Amazonas – UFAM
Inst i tuto de Tecnologia da Amazônia – UTAM Norte
Universidade Federal do Pará – UFPA
Universidade Federal da Bahia - UFBA
Universidade Federal de Pernambuco-UFPE Nordeste
Universidade Federal do Ceará - UFC
Universidade Federal de Mato Grosso -UFMT
Centro Federal de Educação Tecnológica do Mato Grosso
CEFET- MT
Centro-Oeste
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS
Universidade Federal de Uberlândia - UFU Sudeste
Universidade Federal de São João Del Rei - UFSJ
Sul Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Fonte: PROCEL INDÚSTRIA
O número de indústr ias part ic ipantes at ingiu 93 unidades nesse período,
sendo que um número semelhante de diagnóst icos energéticos, em sistemas
motr izes, deve ser alcançado.
A implantação dos laboratórios nas inst i tuições conveniadas visa custear um
total previsto de 55 bolsas de estudo para engenheiros eletr ic istas,
distr ibuídas em 5 de doutorado, 15 de mestrado e 35 de graduação, no tema
-111-
otimização de sistemas motr izes industriais. A part i r disso, espera-se a
di fusão dos conceitos de ef ic iência energética no meio acadêmico e
industrial ; a cr iação de índices de efic iência energética para os sistemas
motr izes implementados; a aval iação das oportunidades de economia de
energia nestes sistemas; a real ização de cursos de extensão, consultorias e
palestras, capacitando profissionais para desenvolverem consultor ias em
ef iciência energética e aval iar o potencial de economia de energia em
sistemas motr izes.
O investimento do Procel Industria em 2004 foi de R$ 1.853.592,00 em 3
federações e de R$ 2.069.900,00 em 5 universidades, perfazendo um total de
R$ 3.923.492,00.
Destacam-se, ainda, a anál ise dos projetos e visi ta técnica aos part ic ipantes
do Prêmio Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia 2004 –
Categoria Indústr ia – Modal idade Energia Elétr ica e o desenvolvimento de
metodologia para real ização dos auto-diagnóst icos pelos agentes industriais
no âmbito dos convênios com as Federações das Indústr ias, através de
visi tas técnicas a 4 unidades industr iais do Pólo Industrial de Manaus.
-112-
IV.10. PROGRAMA RELUZ
A. Panorama da IP no Brasi l
A i luminação públ ica no Brasi l corresponde a aproximadamente a 3,2% do
consumo total de energia elétr ica do país. Isto equivale a um consumo de
10,3 bi lhões de kWh/ano e a uma demanda de ponta de 2.150 MW.
Há aproximadamente 13,1 milhões de pontos de i luminação públ ica
instalados no país segundo o últ imo levantamento cadastral real izado pelo
PROCEL/ELETROBRAS, junto às distr ibuidoras de energia elétr ica.
No gráfico 14, veri f ica-se a distr ibuição geográfica dos pontos de i luminação
públ ica no país. Ressalta-se que quase a metade desses pontos se local izam
na Região Sudeste.
Gráfico 14 - Distr ibuição geográf ica dos pontos de IP no Brasi l
Fonte: Área de Iluminação Pública - RELUZ
-113-
B. Descrição
A ELETROBRÁS, através do Programa Nacional de Conservação de Energia
Elétr ica - PROCEL, tem incentivado a apresentação de projetos, com o
objetivo de melhorar a eficiência dos serviços públ icos l igados ao uso da
energia elétr ica. A I luminação Públ ica é um serviço essencial para a
qual idade de vida nos centros urbanos, por se const i tuir em um dos vetores
para a segurança e desenvolvimento sócio-econômico dos municípios.
A part i r da cr ise de energia do ano de 2001, a necessidade de
implementação do Programa Nacional de I luminação Pública Ef iciente -
RELUZ tornou-se ainda mais evidente, tendo em vista a sua principal
característ ica: redução de demanda no horário de ponta do sistema elétr ico -
19:00 h às 21:00 h - devido à modernização das redes de i luminação públ ica.
Neste contexto, buscando-se um signif icativo potencial de melhoria da
ef iciência energét ica nos sistemas de i luminação públ ica, e de modo a
ampliar os benefícios destes projetos a toda população urbana, a
ELETROBRÁS insti tuiu o Programa Nacional de I luminação Públ ica Ef iciente
- RELUZ, com o apoio do Ministério de Minas e Energia. O RELUZ prevê
investimentos da ordem de R$ 2 bi lhões por parte da ELETROBRÁS para
tornar ef ic ientes 5 milhões de pontos de i luminação públ ica e instalar 1
milhão de novos pontos no País até 2010.
O f inanciamento do RELUZ conta com recursos da Reserva Global de
Reversão - RGR, um fundo f inanceiro formado pela contr ibuição das
concessionárias de energia elétr ica e gerido pela ELETROBRÁS. A Lei nº
10.438, de 26.04.2002, prorrogou a uti l ização da RGR pela ELETROBRÁS
até o f inal de 2010.
Além de estar diretamente l igada à segurança públ ica no tráfego, a
i luminação públ ica, embeleza as áreas urbanas, destaca e valoriza
monumentos, prédios, paisagens e áreas de lazer e orienta percursos.
-114-
O projeto de ef icientização de sistemas de i luminação públ ica consiste,
pr incipalmente, na subst i tuição de lâmpadas incandescentes, mistas e vapor
de mercúrio por lâmpadas a vapor de sódio de alta pressão nas potências
correspondentes. Outros equipamentos substi tuídos ou instalados são: relés,
reatores eletromagnéticos, ignitores, economizadores de energia, luminárias
e braços.
B. Metodologia
Na quanti f icação da economia de energia e da demanda reti rada da ponta
obtidas no período anal isado ut i l iza-se a seguinte metodologia:
Economia de Energia (GWh/ano) = N x {[(P1 + R1) - (P2 + R2)] x U} / 109,
Demanda Retirada da Ponta (MW) = N x {[(P1 + R1) - (P2 + R2)] x FC} / 106,
onde:
N = nº de pontos substi tuídos
P1 = potência da lâmpada substi tuída (W)
R1 = potência do reator substi tuído (W)
P2 = potência da lâmpada eficiente (W)
R2 = potência do reator ef ic iente (W)
U = tempo de ut i l ização das lâmpadas no ano = 12 h/dia x 365 dias/ano =
4.380 horas/ano
FC = fator de coincidência na ponta, ou seja, a porcentagem lâmpadas
assumidas l igadas simultaneamente na ponta = 1,0
Embora a vida úti l de uma lâmpada a vapor de sódio seja cerca de 5 anos, é
assumido que a part i r do momento que ocorre a subst i tuição há necessidade
da troca do t ipo de luminária; e ao f im da vida úti l da lâmpada a mesma será
substi tuída por outra também eficiente.
-115-
-116-
C. Resultados
A part i r da metodologia apresentada podem ser veri f icados os resultados
obtidos pelo PROCEL no período de 1994 a 2004 em termos de economia de
energia, de ret irada de demanda na ponta a cada ano, e em termos do total
acumulado até 2004.
A economia de energia e a redução de demanda totais decorrentes das ações
desenvolvidas no âmbito do RELUZ em 2004 correspondem respectivamente
a 288.755 MWh/ano e 65.993 kW. A tabela 35 apresenta os resultados
obtidos entre 1994 e 2004.
Este total foi obt ido através da implementação de 416.823 pontos de
i luminação públ ica em 419 municípios espalhados em todas as regiões do
Brasi l , tendo como custo total de investimento no valor de R$ 54 milhões25
sendo que R$ 40,5 milhões f inanciados pela ELETROBRÁS.
Vale ressaltar que os pontos de i luminação públ ica contabi l izados foram
aqueles que já foram supervisionados pela equipe de engenheiros do RELUZ
da ELETROBRÁS.
A evolução do número de pontos subst i tuídos e correspondentes resultados
em termos de energia economizada e redução de demanda na ponta no
período de 1994 a 2004 pode ser observada na tabela 37 a seguir.
25 Este dado fo i obt ido a par t i r do documento “Demonstrações F inancei ras de 2004” (d isponíve l no s i te da ELETROBRAS na seção de Relações com os Invest idores) .
-117-
Tabela 37 - Substi tuição de Lâmpadas na I luminação Públ ica 1994 - 2004
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000/
2001 (1)
2002 2003 2004
Nº de Pontos Substituídos no Ano 19.408 38.255 33.032 121.373 267.458 426.351 18.775 69.062 413.143 416.193
Economia de Energia por Lâmpada (kWh/ano) 278,24 295,12 350,87 411,62 383,22 384.48 - - - -
Economia de Energia por Instalações no Ano (GWh/ano) 5,40 11,29 11,59 49,96 102,50 163,92 18,27 25,56 144,71 288,75
Economia de Energia devido às Instalações Acumuladas (GWh/ano) 95,09 106,38 117,97 167,93 270,43 434,35 452,62 478,18 622,89 911,64
Demanda Retirada da Ponta por Lâmpada (W) 64,41 64,04 77,80 99,93 90,04 89,00 - - - -
Demanda Retirada da Ponta por Instalações no Ano (MW) 1,25 2,45 2,57 11,56 24,08 37,94 4,17 5,84 33,06 65,93
Demanda Retirada da Ponta devido às Instalações Acumuladas (MW) 21,91 24,36 26,93 38,49 62,57 100,51 104,68 110,52 144,12 210,05
(1) Os anos de 2000 e 2001 foram contabilizados juntos, tendo em vista que os dados disponíveis para esses anos não estão
desagregados.
Nota:
A tabela 38 apresenta a quantidade de pontos de i luminação ef ic iente
implementados em cada estado abrangido pelo Programa RELUZ no ano
de 2004.
Tabela 38 – Pontos de Iluminação Pública Implementados em 2004
ESTADO Nº DE PONTOS
Roraima 2.580
Rondônia 664
Ceará 7.891
Rio Grande do Norte 4.676
Paraíba 6.486
Pernambuco 13.110
Bahia 4.951
Espírito santo 5.585
Rio de janeiro 17.205
Minas gerais 50.584
São Paulo 165.616
Santa Catarina 17.705
Rio grande do sul 107.065
Distrito federal 12.705
Total 416.823
Fonte: Área de Iluminação Pública - RELUZ
O gráf ico 15 apresenta a distr ibuição espacial por região dos pontos de
i luminação públ ica no país.
- 118 -
Gráfico 15 – Distribuição Regional dos Pontos Eficientizados pelo RELUZ
Distribuição de Pontos Eficientizados por Região
1% 9%3%
57%
30%
Norte Nordeste Centro-oeste Sudeste Sul
Fonte: Elaboração própria a part i r de dados fornecidos pela área de IP
No ano de 2004 além dos resultados acima descri tos, também foram
real izados o seminário do RELUZ, a revisão do Guia Técnico de
I luminação Pública Ef iciente e o desenvolvimento de uma metodologia de
amostragem de pontos implementados para veri f icação e
acompanhamentos dos projetos de IP.
- 119 -
IV.11. BIBLIOTECA A bibl ioteca do PROCEL vem atuando através de atendimentos tanto via e-
mail (“Fale Conosco”) e telefone quanto pessoalmente, com destaque para
os estudantes, que costumam freqüentar as suas instalações. Em média
foram real izados 30 atendimentos por mês, no ano de 2004, que se
concentraram basicamente em levantamento bibl iográfico e reprodução de
relatór ios e publ icações para o público sol ic i tante. O públ ico externo
representa aproximadamente 64% de todos os atendimentos real izados,
com destaque para as sol ic i tações via e-mail , conforme pode ser
observado no gráfico 16 que apresenta o t ipo de atendimento real izado
pela bibl ioteca desagregado em usuários internos e externos.
Gráfico 16 – Perfil do Tipo de Atendimento Realizado pela Biblioteca do PROCEL
Tipo de Atendimento
180
20
80
303050
150
020406080
100120140160
Usuário Interno Usuário Externo
Telefone
Local
Fonte: Biblioteca do PROCEL
Em 2004 foram inventariadas cerca de 1.880 publ icações no acervo da
bibl ioteca com destaque para relatór ios técnicos que representam 40% de
todo acervo conforme pode ser veri f icado no gráfico 17 a seguir.
- 120 -
Gráfico 17 – Composição do Acervo da Biblioteca do PROCEL
Composição do Acervo da Biblioteca
25%
23%40%
3% 5% 4%
Livros
Teses
Relatórios
Cd's
Fitas VHS
Seminários
Fonte: Biblioteca do PROCEL
- 121 -
V. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo de aval iação de resultados está dando continuidade ao
trabalhos reiniciados em 2003, após um período de três anos consecutivos
de interrupção parcial , de 2000 até 2002, sem uma aval iação mais
profunda dos resultados do Programa, retomando as anál ises mais
completas e detalhadas.
Por incluir muitas premissas e est imativas que envolvem julgamentos ou
que estão baseadas em dados l imitados este estudo deve ser atual izado
sistematicamente, incorporando novos dados e informações através de
levantamentos posteriores ou até mesmo alterando premissas que se
veri f icarem equivocadas. Nesse sentido, são recomendadas as seguintes
ações, a f im de melhorar a qual idade das aval iações a serem real izadas
em 2005 e nos anos subseqüentes.
Todas as Áreas
1. Elaborar uma revisão dos relatórios de aval iação de resultados, tendo
por objetivo expl ic i tar os ganhos energéticos anuais e acumulados
obtidos por cada do Programa Procel, em especial, nos úl t imos cinco
anos.
2. Rever os ganhos energét icos acumulados do Procel e de cada área
individualmente considerando-se a persistência das medidas ao longo
do tempo.
Área de Tecnologia
1. Condução de estudos de campo a f im de veri f icar o real consumo de
energia elétr ica de refr igeradores/ f reezers , motores elétr icos e
condicionadores de ar em condições normais de uso e instalação;
2. Real ização de um levantamento de mercado detalhado sobre as
possibi l idades de obtenção de dados primários e secundários confiáveis
sobres vendas de equipamentos eletrodomésticos e eletrônicos
comercial izados no País;
- 122 -
3. Estrei tar relações com inst i tuições de pesquisa como o IBGE
visando a obtenção dos dados disponíveis sobre o histór ico de vendas dos
principais equipamentos eletro-eletrônicos do País;
4. Real izar estudos no sentido de verif icar a possibi l idade de se
incorporar aos resultados obt idos pelo PROCEL os ganhos devido à
evolução da efic iência média dos equipamentos em decorrência do
Programa Brasi leiro de Etiquetagem (PBE);
5. Aprimorar as metodologias e melhorar as premissas uti l izadas para
obtenção dos resultados de economia de energia e redução de demanda
na ponta para as tecnologias de coletores solares e reservatórios
térmicos;
6. Desenvolver metodologia específ ica para determinar os ganhos de
energia e demanda devido à premiação com o Selo PROCEL de reatores
eletromagnéticos, para lâmpadas f luorescentes tubulares e a vapor de
sódio, com fator de eficácia acima de um valor preestabelecido;
7. Introduzir na metodologia de aval iação do Programa do Selo
parâmetros que permitam a adequada contabi l ização do crescimento
natural da efic iência energét ica, ou seja, desagregar o crescimento
vegetativo do crescimento decorrente exclusivamente das ações do
Selo/Etiquetagem.
Área de Educação
1. Com base nos dados do censo escolar obt idos junto ao MEC/INEP
atual izar e compatibi l izar as premissas adotadas na metodologia do
“PROCEL nas Escolas” para o número de alunos por escola,
professores por escola, etc;
2. Real izar estudos de campo (monitoramento das contas conjugado com
pesquisas) a f im de val idar o valor ut i l izado para economia média por
aluno treinado (6,93 kWh/aluno/mês) no âmbito do Programa;
3. Real izar estudos a f im de veri f icar o nível de persistência da economia
de energia devido às ações do PROCEL nas Escolas junto à sociedade;
- 123 -
4. Rever a metodologia de cálculo da economia de energia, devido ao
PROCEL nas Escolas, considerando aspectos como dupla contagem,
persistência das ações, fator de carga do segmento residencial , etc.
Área Industrial
1. Real izar um levantamento de dados diretamente com os usuários do
Mark IV plus para veri f icar o nível de ut i l ização do software e os
resultados obtidos decorrentes da apl icação das medidas recomendadas
pelo mesmo;
2. Elaborar uma metodologia específ ica para apropriação de resultados
decorrentes do programa industr ial do PROCEL.
Market ing/ Eventos
1. Elaborar metodologia específ ica para apropriação de resultados
decorrentes das ações de market ing e eventos;
2. No caso do Prêmio PROCEL já existe uma apropriação de resultados
com relação aos projetos concorrentes, entretanto deve-se elaborar uma
metodologia especif ica tendo por base premissas bem fundamentadas e
um nível percentual de apropriação, em termos de energia economizada,
estabelecido para cada categoria. Para def inir os percentuais de
apropriação tomar como base as pesquisas real izadas com os
part ic ipantes em cada categoria.
Gestão Energética Municipal - GEM
1. Elaborar metodologia específ ica para apropriação de resultados
decorrentes das ações de GEM, considerando todos os PLAMGEs já
real izados e os ainda por implementar;
2. Real izar um levantamento de campo com as prefeituras part ic ipantes
dos PLAMGEs já real izados a f im de veri f icar se foram implementadas
medidas de conservação de energia decorrentes da execução de tais
Planos.
- 124 -
Área de Edif icações
1. Elaborar metodologia específ ica para apropriação de resultados
decorrentes das ações de Edif icações, considerando todos os convênios já
assinados e o Plano de Ação do Programa de Edif icações.
PEE/ GEF
1. Real izar um estudo visando estabelecer metodologias específ icas para
apropriação de resultados decorrentes dos subprogramas do PEE do
BIRD/GEF;
2. Real izar estudos para melhorar as metodologias de aval iação
existentes e identi f icar formas al ternat ivas de obtenção de dados
primários para subsidiar as metodologias de aval iação de resultados.
- 125 -
VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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