ii
Território Baixo Amazonas
PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL
SUSTENTÁVEL
AMAZONAS
Amazonas, Agosto de 2010
SILVA, Michele Andreza P. da, et. al.
Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável do Baixo Amazonas. Cáritas Arquidiocesana de Manaus. Estudo Técnico – Manaus, agosto, 2010.
138 f.; il. Color.
Estudo Técnico
1. Gestão Territorial 2. Plano de Desenvolvimento 3. Território Baixo Amazonas
PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL
SUSTENTÁVEL DO BAIXO AMAZONAS – AM
PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Luiz Inácio Lula da Silva
MINISTRO DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO
Guilherme Cassel
SECRETÁRIO DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL
Humberto Oliveira
DIRETORA GERAL DE AÇÕES DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL
Fernanda Costa Corezola
DELEGACIA FEDERAL DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO NO AMAZONAS
Lúcio Moraes Carril
Cloves Farias Pereira
Arivan Ribeiro Reis
Alíria Noronha
Antonio Adalberto de Souza
Deise Costa
Eranilde Silva Mota
Ilana Pereira de Oliveira
Márcio Menezes
Maria Neuzeli Oliveira
iv
CÁRITAS ARQUIDIOCESANA DE MANAUS
PRESIDENTE
Dom Luiz Soares Vieira
VICE-PRESIDENTE
Pa. Izaías Andrade Junior
DIRETOR FINANCEIRO
Paulo Felizola
EQUIPE TÉCNICA DO PROJETO
Keila Marães
COLEGIADO DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL DO BAIXO AMAZONAS
COORDENADOR
José de Oliveira Ramos
Centro Estadual de Unidades de Conservação - CEUC
COORDENADOR ADJUNTO
Adalberto Nascimento Pinheiro
Associação da Casa Familiar Rural – CFR Boa Vista do Ramos
SECRETÁRIO
José Alfredo Maia Pontes
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Urucará - STR
SECRETÁRIO
José de Azevedo Lopes
Associação Agropecuária do Juruá Estrada
ASSESSOR TERRITORIAL
Amarildo Leal
v
ELABORAÇÃO
Michelle Andreza Silva – Bióloga
Possui graduação em Ciências Biológicas e mestranda em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia. Já
trabalhou com projetos de pesquisa vinculados à Universidade Federal do Amazonas. Participou de projetos de extensão na
Universidade Federal do Amazonas. Publicou pelo projeto PIATAM (Inteligência Socioambiental Estratégica da Indústria de
Petróleo na Amazônia) o trabalho: A coleta de produtos florestais nas comunidades da área de atuação do PIATAM e pelo
PYRÁ (Programa de Recursos Aquáticos e da Várzea) o trabalho: Macrófitas Aquáticas como Indicadoras Ambientais em
Sistemas Lacustres Manejados. Atualmente é consultora em gestão ambiental.
Suzy Cristina Pedroza da Silva – Engenheira Florestal
Graduada em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Amazonas em 2003. Mestre em Agricultura e
Sustentabilidade na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas, área de concentração - agroecologia em 2006. Tem
experiência na área de Recursos Florestais, Agricultura Familiar, Sistemas Agroflorestais e Socioeconomia, com ênfase nos
usos dos Recursos Naturais, atuando em Comunidades Rurais do Amazonas. Foi pesquisadora do Núcleo de
Socioeconomia da Universidade Federal do Amazonas e Censipam - Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção
da Amazônia. Atualmente, é doutoranda em Geociência aplicada na Universidade de Brasília.
Cloves Farias Pereira – Cientista Social
Possui graduação em Ciências Sociais, especialização em População e Desenvolvimento e mestrado em Sociedade e
Cultura na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas. Foi consultor do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento – PNUD vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e do Instituto Interamericano de Cooperação para
Agricultura vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário. Atualmente, é subdelegado Federal do Ministério do
Desenvolvimento Agrário no Amazonas. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em povos tradicionais e
mundo rural Amazônico.
Maria Cristina de Oliveira – Socióloga
Graduada em Ciências Sociais na Universidade Federal do Amazonas e mestranda em Ciências do Ambiente e
Sustentabilidade na Amazônia no Centro de Ciências do Ambiente - UFAM. Tem experiência na grande área de Ciências
Humanas; Sociologia, com ênfase em Desenvolvimento socioeconômico; associativismo e cooperativismo. No currículo
Lattes os termos mais frequentes na contextualização da produção científica são: organização social; Associativismo;
Cooperativismo; Ambiente; Recursos Naturais; Agricultura Familiar, Estudo de impacto Ambiental (EIA RIMA) na área de
socioeconômica.
Chris Lopes da Silva – Antropóloga
Graduada em Ciências Sociais, especialização em Etnodesenvolvimento pela Universidade Federal do Amazonas. Possui
experiência nas áreas de saúde, educação, etnodesenvolvimento e proteção dos conhecimentos tradicionais dos povos
indígenas. Atualmente está vinculada à Secretaria de Estado para os Povos Indígenas.
Tony Porto Braga- Biólogo
Possui graduação em Biologia pela Universidade Federal do Pará (Licenciatura Plena em 1997) e mestre em Biologia de
Água Doce e Pesca Interior pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (2001). Tem experiência na área de Recursos
Pesqueiros e Trabalhos em Comunidades Ribeirinhas, com ênfase em Recursos Pesqueiros de Águas Interiores na
Amazônia, atuando principalmente nos seguintes temas: Pesca, Amazônia, Comunidades Ribeirinhas, Reserva Extrativista,
Etnoecologia e Etnoictiologia. Atualmente, é doutorando em Biologia de Água Doce e Pesca Interior no Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia.
vi
Apresentação Estamos apresentando à sociedade amazonense o Plano Territorial de
Desenvolvimento Rural Sustentável do Baixo Amazonas. Trata-se de um
documento construído no debate engajado, que envolveu dezenas de lideranças
sociais e dirigentes institucionais da região e no compromisso intelectual de jovens
pesquisadores que se dedicaram ao levantamento de dados e estudos sobre os
sete municípios que compõem o território.
Não é tarefa simples a elaboração de um plano de desenvolvimento, quando
nos referimos a uma região marcada pela ausência do Estado, onde os indicadores
sociais e econômicos são meros registros quantitativos sem muita expressão
nacional. O PTDRS do Baixo Amazonas é um recorte geográfico que traz no seu
conteúdo a experiência de agricultores e a apuração da realidade social,
econômica, produtiva, cultural e étnica.
Nos seus mais de 107 mil quilômetros quadrados, com uma população que
ultrapassa os 230 mil habitantes, o Território da Cidadania do Baixo Amazonas se
revelou, nesses últimos sete anos, uma bela e profunda experiência de
territorialidade. Os constantes debates, proporcionados pelo Ministério do
Desenvolvimento Agrário, através da Secretaria de Desenvolvimento Territorial,
que aportou recursos para garantir os encontros, foram instrumentos
indispensáveis para o amadurecimento do Colegiado Territorial. Ampliar o olhar
para além do município, com vista a um projeto de interação implementado a partir
do reconhecimento e compartilhamento das afinidades existentes na região foi o
grande desafio posto aos sujeitos territoriais. A resposta não poderia ser outra:
uma experiência de organização e uma visão cosmopolitizada do universo
territorial.
Quando a Secretaria de Desenvolvimento Territorial do MDA iniciou o
Programa de Territórios Rurais a expectativa era romper com o velho modelo de
criação de “polos”. Essa experiência, desenvolvida nas décadas de 60, 70, até
meados dos anos noventa, serviu sobremaneira para mostrar por onde não mais
caminhar. Os “polos”, que deveriam irradiar desenvolvimento, após se tornarem
focos de aplicação das políticas públicas, se tornaram vítimas desse planejamento
absurdo. Não espraiaram seu desenvolvimento para os municípios vizinhos e ainda
vii
tiveram que aguentar toda demanda populacional não atendida pelo serviço público
nesses municípios. A SDT/MDA resolveu apontar para outro lado: construir uma
experiência de territorialidade no Brasil, que servisse de base para pôr em prática
políticas públicas estruturantes na área rural.
O resultado desse desafio está aqui. Após sete anos, estamos entregando à
sociedade amazonense e, em particular, ao povo da Calha do Baixo Amazonas o
seu primeiro Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável.
Que sirva como instrumento de luta e de futuro, para que extrativistas,
agricultores familiares, pescadores artesanais, quilombolas, indígenas, ribeirinhos
da terra firme e das várzeas possam ter um amanhã melhor.
Lúcio Moraes Carril
Delegado Federal do Desenvolvimento Agrário no Amazonas
viii
Sumário
APRESENTAÇÃO ..................................................................................................................................................................... vi
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................. 1
I – ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO PLANO ............................................................................................................................... 4
II – CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO BAIXO AMAZONAS ................................................................................................ 5
2.1 Contexto Territorial e Demográfico ......................................................................................................................... 5
2.1.1 Extensão e Limites............................................................................................................................................ 5
2.2 População e Densidade Demográfica ...................................................................................................................... 5
2.2.1 Indicadores de Desenvolvimento Humano ...................................................................................................... 8
2.3 Contexto Histórico de Ocupação e Utilização do Território ................................................................................... 23
2.3.1 Historiografia do Contato – Os Primeiros Habitantes .................................................................................... 23
2.3.2 A frente de expansão nacional ....................................................................................................................... 24
2.3.3 Formação das Vilas e dos Povoados ............................................................................................................... 25
2.4 Contexto Natural.................................................................................................................................................... 26
2.4.1 Clima .............................................................................................................................................................. 26
2.4.2 Geologia ......................................................................................................................................................... 26
2.4.3 Relevo e Altimetria ......................................................................................................................................... 27
2.4.4 Solos ............................................................................................................................................................... 28
2.4.5 Hidrografia ..................................................................................................................................................... 28
2.4.6 Vegetação ...................................................................................................................................................... 28
2.4.7 Fauna.............................................................................................................................................................. 29
III – DIGNÓSTICO TERRITORIAL ......................................................................................................................................... 36
3.1 CONTEXTO FUNDIÁRIO E AMBIENTAL ................................................................................................................... 36
3.1.1 Projetos de Assentamentos ........................................................................................................................... 36
3.1.2 As Unidades de Conservação ......................................................................................................................... 37
3.1.2.1 Unidade de Conservação Municipal ....................................................................................................... 38
Reserva de Desenvolvimento Sustentável Urariá ..................................................................................... 38
3.1.2.2 Unidade de Conservação Estadual ......................................................................................................... 38
Parque Estadual Nhamundá ..................................................................................................................... 38
Área de Proteção Ambiental Nhamundá .................................................................................................. 39
Floresta de Maués .................................................................................................................................... 39
Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã ............................................................................. 39
3.1.2.3 Unidade de Conservação Federal ........................................................................................................... 40
Floresta Nacional do Pau-Rosa ................................................................................................................. 40
Reserva Biológica Uatumã ........................................................................................................................ 40
Parque Nacional da Amazônia .................................................................................................................. 40
3.1.3 Terras Indígenas ............................................................................................................................................. 42
3.1.3.1 Terra Indígena Andirá-Marau ................................................................................................................. 42
3.1.3.2 Terra Indígena Nhamundá – Mapuera ................................................................................................... 44
3.1.3.3 Terra Indígena Trombetas-Mapuera ...................................................................................................... 45
Organismos governamentais – campo de atuação ................................................................................... 47
Organizações indígenas com atuação na Terra Indígena .......................................................................... 48
3.1.4 Os Remanescentes de Quilombos .................................................................................................................. 50
3.1.5 Os dilemas ambientais do Baixo Amazonas ................................................................................................... 51
3.1.5.1 Lixo ......................................................................................................................................................... 51
3.2. CONTEXTO SOCIAL ................................................................................................................................................ 53
3.2.1 Saúde ............................................................................................................................................................. 53
3.2.1.1 Situação da malária no Território Baixo Amazonas ................................................................................ 56
3.2.2 Abastecimento de água ................................................................................................................................. 58
3.2.3 Saneamento ................................................................................................................................................... 60
ix
3.2.4 Educação ........................................................................................................................................................ 61
3.2.5 Assistência Social ........................................................................................................................................... 67
3.2.5.1 Programas: Transferência de Renda e Assistência Social ....................................................................... 67
3.2.5.2 Assistência Social no Território Baixo Amazonas ................................................................................... 68
3.2.6 Segurança Pública .......................................................................................................................................... 69
3.2.6.1 Segurança Pública no Território Baixo Amazonas .................................................................................. 69
3.2.7 Infraestrutura econômica .............................................................................................................................. 71
3.2.7.1 Transporte .............................................................................................................................................. 71
O Sistema de Transportes no Baixo Amazonas – Estrutura Atual............................................................. 71
Transporte Fluvial ..................................................................................................................................... 71
Transporte Intra - Municipal - Terrestre ................................................................................................... 72
Transporte Aéreo ..................................................................................................................................... 73
3.2.7.2 Energia ................................................................................................................................................... 74
3.2.7.3 Comunicação .......................................................................................................................................... 77
3.3 Contexto Econômico ............................................................................................................................................. 79
3.3.1 Agricultura...................................................................................................................................................... 81
Lavoura Temporária ................................................................................................................................. 81
Lavoura Permanente ................................................................................................................................ 84
3.3.2 Rebanho Animal ............................................................................................................................................. 90
Rebanho Bovino e Bubalino...................................................................................................................... 91
Rebanho Suíno.......................................................................................................................................... 91
Rebanho Caprino e Ovino ......................................................................................................................... 91
Rebanho Equino, Asinino e Muar ............................................................................................................. 91
Efetivo de Aves (Galos, Galinhas, Frangos, Frangas e Pintos) ................................................................... 92
Vacas Ordenhadas (cabeças) .................................................................................................................... 94
Produtos de Origem Animal ..................................................................................................................... 94
3.3.3 Pesca .............................................................................................................................................................. 95
3.3.4 Extrativismo Vegetal .................................................................................................................................... 100
Extração Vegetação - Alimentícios (Toneladas) ...................................................................................... 100
Extração Vegetação - Oleaginosas (Toneladas) ...................................................................................... 101
Extração Vegetação – Carvão Vegetal, Lenha e Madeira ....................................................................... 102
3.3.5 Setor Secundário .......................................................................................................................................... 103
3.3.6 Setor Terciário .............................................................................................................................................. 105
3.3.6.1 Turismo ................................................................................................................................................ 105
3.3.6.2 Comércio e Serviços ............................................................................................................................. 106
Setor de Comércio .................................................................................................................................. 106
Setor de Serviços .................................................................................................................................... 107
IV – VISÃO DE FUTURO ................................................................................................................................................... 109
V – DIRETRIZES ................................................................................................................................................................ 110
VI – OBJETIVOS ESTRATÉGICOS ....................................................................................................................................... 111
VII – MODELO DE GESTÃO DO PROGRAMA .................................................................................................................... 130
7.1 MECASNISMO DE PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL ....................................................................................... 130
7.1.1 Atribuições do Colegiado Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável: ............................................. 130
7.1.2 Secretaria Executiva ..................................................................................................................................... 132
7.1.3 Núcleo Dirigente .......................................................................................................................................... 132
7.1.4 Núcleo Técnico ............................................................................................................................................. 133
7.1.5 Câmaras Temáticas ...................................................................................................................................... 134
REFERÊNCIAS.............................................................................................................................................................. 135
ANEXOS................................................................................................................................ Erro! Indicador não definido.
x
Lista de Figuras
Figura 1. Área de abrangência do PTDRS Baixo Amazonas. .............................................................................................. 5
Figura 2. Mapa de Classificação Climática do Brasil. ........................................................................................................ 30
Figura 3. Formações Geológicas do Baixo Amazonas – AM. ............................................................................................ 31
Figura 4. Geomorfologia do Baixo Amazonas – AM. ......................................................................................................... 32
Figura 5. Mapa de solos do Baixo Amazonas – AM. .......................................................................................................... 33
Figura 6. Mapa Hidrológico do Baixo Amazonas – AM. ..................................................................................................... 34
Figura 7. Mapa de vegetação do Baixo Amazonas – AM. .................................................................................................. 35
Figura 8. Unidades de Conservação encontradas no Território Baixo Amazonas – AM. ................................................ 41
Figura 9. Terras Indígenas encontradas no Território Baixo Amazonas – AM. ................................................................ 49
Figura 10. Histórico Epidemiológico da Malária nos municípios do Território Baixo Amazonas ................................... 57
Figura 11. Domicílios particulares, por forma de abastecimento de água. ...................................................................... 59
Figura 12. Proporção de moradores por tipo de destino de lixo no Território Baixo Amazonas. ................................... 52
Figura 13. Demanda máxima de energia entre 2007 e 2008 nos municípios do Baixo Amazonas. ................................. 75
Figura 14. Cultivos temporários mais expressivos no Território Baixo Amazonas, com relação a quantidade produzida no estado do Amazonas, 2008. .......................................................................................................................... 82
Figura 15. Cultivos permanentes mais expressivos no Território Baixo Amazonas em 2007/2008 com relação ao total produzido no estado do Amazonas. ................................................................................................................................... 85
Figura 16. Censo Estatístico Comunitário – Transporte e cargas utilizados na pesca. .................................................. 97
Figura 17. Número de pescadores registrados na colônia de pescadores em Parintins de 2002 a 2004. ...................... 98
Figura 18. Desembarques pesqueiros mensais nos portos do município de Parintins em 2001. .................................. 99
Figura 19. Quantidades desembarcadas de pescado em Parintins de 2001 a 2004. ..................................................... 100
xi
Lista de Quadros
Quadro 1. Condições geográficas para os municípios do Território Baixo Amazonas. .................................................... 5
Quadro 2. População recenseada, por situação do domicílio e sexo do Território Baixo Amazonas. ............................. 6
Quadro 3. Densidade demográfica do Território Baixo Amazonas. .................................................................................... 6
Quadro 4. População por faixa etária do Território Baixo Amazonas (Contagem 2007). .................................................. 7
Quadro 5. Índice de Desenvolvimento Humano do Território Baixo Amazonas. ............................................................... 8
Quadro 6. Temperaturas dos municípios do Território Baixo Amazonas. ....................................................................... 26
Quadro 7. Altitude acima do nível do mar para os municípios do Território Baixo Amazonas. ...................................... 27
Quadro 8. Assentamentos no Território Baixo Amazonas. ............................................................................................... 36
Quadro 9. Unidades de Conservação compreendidas pelos municípios do Território Baixo Amazonas. ..................... 37
Quadro 10. Terras Indígenas do Território Baixo Amazonas. ........................................................................................... 42
Quadro 11. Povos da Terra Indígena Trombetas-Mapuera do Território Baixo Amazonas. ............................................ 46
Quadro 12. Recursos próprios aplicados em saúde – Estados da Região Norte 2006- 2008. ......................................... 53
Quadro 13. Número de Leitos no Território Baixo Amazonas. .......................................................................................... 54
Quadro 14. Número de unidades segundo tipo de estabelecimento - 2009. .................................................................... 54
Quadro 15. Internações Hospitalares do SUS – Território Baixo Amazonas, 2009. ......................................................... 55
Quadro 16. Cobertura do número de óbitos por 1000 habitantes, Território Baixo Amazonas, 2007. ............................ 56
Quadro 17. Proporção por tipo de instalação sanitária no Território Baixo Amazonas. ................................................. 60
Quadro 18. Número de alunos matriculados por nível de ensino no Território Baixo Amazonas. ................................. 62
Quadro 19. Número de alunos matriculados por nível de ensino superior no Território Baixo Amazonas. ................. 63
Quadro 20. Educação Superior no Território Baixo Amazonas – 2009. ............................................................................ 64
Quadro 21. Taxa de analfabetismo, segundo os municípios do Baixo Amazonas – 2000............................................... 66
Quadro 22. Política Pública no Brasil. ................................................................................................................................ 67
Quadro 23. Programas sociais do Território Baixo Amazonas. ........................................................................................ 68
Quadro 24. Municípios do Território Baixo Amazonas com Programas sociais. ............................................................. 69
Quadro 25. Órgãos de segurança pública no Território Baixo Amazonas. ...................................................................... 70
Quadro 26. Segurança pública no Território Baixo Amazonas. ........................................................................................ 71
Quadro 27. Embarcações que atendem à demanda dos municípios do Território Baixo Amazonas. ............................ 72
Quadro 28. Frota de veículos por tipo, segundo os municípios da área de abrangência do Território Baixo Amazonas - 2008. .................................................................................................................................................................................... 72
Quadro 29 - Transporte Aéreo – Linhas Aéreas Comerciais no Baixo Amazonas. .......................................................... 73
xii
Quadro 30. Geração bruta potencia instalada e demanda máxima de Energia nos municípios do Território Baixo Amazonas em 2007 e 2008................................................................................................................................................... 74
Quadro 31. Consumo de Energia Elétrica por Classe em MWh nos Municípios do Baixo Amazonas, 2007 e 2008 ..... 76
Quadro 32. Perfil da Telefonia Fixa na sede do Território Baixo Amazonas – 2009. ....................................................... 77
Quadro 33. Prestadoras de Celular que Atuam no Amazonas nos Municípios do Baixo Amazonas – 2009. ................ 78
Quadro 34. Produto Interno Bruto e per capita dos municípios do Território Baixo Amazonas (2003 a 2007). ............. 79
Quadro 35. Participação de cada setor da economia no valor adicionado Bruto do PIB (2007) dos municípios Baixo Amazonas. ............................................................................................................................................................................ 80
Quadro 36. Produto Interno Bruto e per capita dos municípios do Território Baixo Amazonas (2003 a 2007). ............. 80
Quadro 39. Quantidade produzida (Lavoura Temporária) noTerritório Baixo Amazonas e no Estado do Amazonas. .. 81
Quadro 40. Quantidade produzida (Lavoura Permanente) noTerritório Baixo Amazonas e no Estado do Amazonas. . 84
Quadro 37. Área plantada e quantidade produzida para lavoura temporária (2007 e 2008) para o Território Baixo Amazonas. ............................................................................................................................................................................ 87
Quadro 38. Área plantada e quantidade produzida para lavoura permanente (2007 e 2008) para o Território Baixo Amazonas. ............................................................................................................................................................................ 89
Quadro 41. Efetivo de rebanho animal (2007 e 2008) no Território Baixo Amazonas. ..................................................... 92
Quadro 42. Efetivo de vacas ordenhadas (2007 e 2008) no Território Baixo Amazonas. ................................................ 94
Quadro 43. Produtos de origem animal no Território Baixo Amazonas. .......................................................................... 95
Quadro 44. Produção (t) e posição relativa das cinco principais espécies e espécies-alvo de defeso, desembarcadas nos portos do município de Parintins em 2001. ................................................................................................................. 99
Quadro 45. Quantidade produzida e valor da produção na extração vegetal por tipo de produto extrativo - alimentício (2007 e 2008) no Território Baixo Amazonas. ................................................................................................................... 101
Quadro 46. Quantidade produzida e valor da produção na extração vegetal por tipo de produto extrativo - oleaginosas (2007 e 2008) no Território Baixo Amazonas. .............................................................................................. 101
Quadro 47. Quantidade produzida e valor da produção na extração vegetal por tipo de produto extrativo – carvão vegetal, lenha e madeira (2007 e 2008) no Território Baixo Amazonas. ......................................................................... 102
Quadro 48. Quantidade de indústrias e pessoal ocupado no ano de 2007 no Território Baixo Amazonas. ................ 104
Quadro 49. Setor de Serviços no Território Baixo Amazonas. ........................................................................................ 108
xiii
Lista de Tabelas
Tabela 1. Matriz de planejamento construída a partir do Eixo Atividades Produtivas Sustentáveis, apresentando os programas, projetos e ações. .............................................................................................................................................. 113
Tabela 2. Matriz de planejamento construída a partir do Eixo Ordenamento Territorial, Regularização Fundiária, Gestão Ambiental, apresentando os programas, projetos e ações. ................................................................................ 120
Tabela 3. Matriz de planejamento construída a partir do Eixo Infraestrutura para o Desenvolvimento, apresentando os programas, projetos e ações. ........................................................................................................................................ 124
Tabela 4. Matriz de planejamento construída a partir do Eixo Inclusão Social e Cidadania, apresentando os programas, projetos e ações. ............................................................................................................................................. 126
Tabela 5. Matriz de planejamento construída a partir do Eixo Fortalecimento Institucional, apresentando os programas, projetos e ações. ............................................................................................................................................. 129
1
INTRODUÇÃO
As políticas públicas implementadas nas últimas décadas pelo Governo
Federal trataram sempre o País como um todo homogêneo. Essa prática gerou
limitações à participação, à articulação e à integração das esferas regionais e locais
aos processos decisórios e de implantação das políticas públicas como as que
comprometeram o sucesso na busca por um desenvolvimento mais sustentável.
Nesse contexto, o Ministério do Desenvolvimento Agrário redefiniu o enfoque
do planejamento para o âmbito territorial, permitindo uma visão mais integradora de
espaços, agentes, mercados e das políticas públicas. Essa nova visão de
planejamento do desenvolvimento rural voltada para o território foi viabilizada
através do Programa Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Territórios Rurais
(PRONAT).
O PRONAT está baseado na gestão, na organização e no fortalecimento
institucional dos atores sociais dos territórios rurais, especialmente daqueles que
atuam na representação dos agricultores familiares, dos assentados da reforma
agrária e de populações rurais tradicionais; o planejamento e a gestão social dos
territórios, tendo por referência os critérios do desenvolvimento sustentável, a
autonomia e a participação social; iniciativas territoriais que contribuam para a
dinamização e diversificação das economias territoriais tendo, por referências, a
valorização dos recursos locais, a competitividade territorial, o crescimento e a
distribuição da renda com o incremento de empregos; e a implementação e
integração de políticas públicas visando à redução das desigualdades sociais e
regionais e à geração de riquezas com eqüidade social.
As estratégias de apoio ao desenvolvimento sustentável dos territórios rurais
se inserem plenamente no PRONAT que se baseia na abordagem territorial como
referência para a elaboração do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural
Sustentável (PTDRS).
O PTDRS é um instrumento que expressa à síntese das decisões que o
conjunto dos atores sociais, em conjunto com o Estado, alcançou num dado
2
momento no processo de planejamento do desenvolvimento territorial. Torna-se, a
partir daí, um dos instrumentos para gestão participativa do território, pois contém as
diretrizes e estratégias que nortearão os rumos do desenvolvimento sustentável.
O PTDRS é considerado o principal instrumento construído de forma
participativa pelo colegiado em apoio à gestão social do desenvolvimento territorial.
Para alcançar este objetivo, é necessário avançar nas discussões sobre a estratégia
de sua formulação e de apropriação pelo colegiado e por todos os atores territoriais.
Em termos de qualidade e utilização das informações que reúne, considera-se
básico que condense as condições para a tomada de decisões sobre o futuro do
território e estimule cada vez mais a cultura de planejamento.
A abordagem territorial compõe-se de três fases onde o PTDRS é construído.
Na primeira fase, a ênfase recaiu sobre a preparação do território para o processo
de construção do PTDRS. Nessa fase, se destacou a mobilização, sensibilização e
capacitação dos atores sociais: uma primeira aproximação de um diagnóstico geral.
Na segunda fase, ocorreu o processo de planificação do território propriamente dito,
com ações como o diagnóstico participativo, elaboração de uma visão de futuro,
definição do eixo aglutinador, construção do Plano Territorial. Nesta terceira fase,
inicia-se a formulação dos projetos territoriais específicos, relacionados à
materialização do plano em iniciativas concretas e a concretização gradual do plano,
havendo continuamente atividades de monitoramento e avaliação.
A primeira parte do plano contém a delimitação da área (extensão e limites) e
a caracterização do Território Baixo Amazonas, apresentando aspectos sobre
demografia, contexto histórico de ocupação e utilização e enfatiza o contexto natural
da área de abrangência do PTDRS.
A segunda parte contém o diagnóstico territorial, constituído a partir de dados
secundários e apresenta uma análise sobre a situação fundiária (projetos de
assentamentos, unidades de conservação, terras indígenas e remanescentes de
quilombos) do Território Baixo Amazonas, os indicadores sociais como saúde,
educação e infraestruturas sociais, que atestam os problemas socioambientais.
Ainda nesta parte foram analisados os indicadores econômicos das principais
atividades econômicas desenvolvidas no território.
3
E finalmente para compor o PTDRS do Território Baixo Amazonas foram
elaboradas e formuladas a partir da caracterização e do diagnóstico territorial, os
projetos territoriais, agrupados em programas vinculados aos eixos aglutinadores,
que representam os temas estruturantes do plano, os objetivos estratégicos e suas
diretrizes e definido o modelo de gestão do programa e os mecanismo de
participação e controle social.
Equipe Técnica
4
I – ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO PLANO
A área de abrangência do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural
Sustentável do Baixo Amazonas – PTDRS Baixo Amazonas – é constituída por 07
(sete) municípios, Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Maués, Nhamundá, Parintins,
São Sebastião do Uatumã e Urucará (Figura 1).
5
Figura 1. Área de abrangência do PTDRS Baixo Amazonas.
II – CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO BAIXO
AMAZONAS
2.1 Contexto Territorial e Demográfico
2.1.1 Extensão e Limites
O Território Baixo Amazonas ocupa uma área de 107.029,60 Km2 (Quadro 1),
o que representa 6,8% da área total do estado do Amazonas (1.570.746 Km2). Está
localizado na parte leste do estado do Amazonas com o estado do Pará; ao norte
com o estado de Roraima; ao sul com o município de Apuí – AM; a leste com estado
do Pará e oeste com municípios de Presidente Figueiredo, Itapiranga, Silves,
Urucurituba, Itacoatiara, Nova Olinda do Norte e Borba – AM (Quadro 1).
Quadro 1. Condições geográficas para os municípios do Território Baixo Amazonas.
Municípios do Baixo Amazonas Gentílico
Área
Territorial
(km2)
Distância
da Capital
(km)
Coordenadas Geográficas
LAT
LONG
Barreirinha Barreirinhense 5.750,53 329,70 -02º 47´ 36” -57º 04´ 12”
Boa Vista do Ramos Boa-vistense 2.586,83 270,60 -02º 58´ 11” -57º 35´ 25”
Maués Maueense 39.988,39 257,70 -03º 23´ 01” -57º 43´ 07”
Nhamundá Nhamundaense 14.105,62 381,50 -02º 11´ 10” -56º 42´ 47”
Parintins Parintinense 5.952,33 368,80 -02º 37´ 42” -56º 44´ 09”
São Sebastião do Uatumã Uatumaense 10.741,04 246,20 -03º 22´ 42” -68º 52´ 21”
Urucará Urucaraense 27.904,86 259,10 -02º 32´ 11” -57º 45´ 36”
Fonte: IBGE/Cidades, 2010.
2.2 População e Densidade Demográfica
Segundo a Contagem da População (2007), o Território Baixo Amazonas
apresenta uma população de 230.847 habitantes, que corresponde a 7,2% da
população total do estado. Dos sete municípios, Parintins é o que apresenta a maior
população com 102.044 habitantes, representando 44,2% do Território. A maioria da
população do território está localizada na área urbana (133.155 habitantes)
representando 57,6% do total da população e a população rural (97.692 habitantes)
apresenta 42,3%. A contagem de indivíduos fica em torno de 51,5% para homens e
47,8% para mulheres, num total de 118.964 e 110.352 pessoas do sexo masculino e
feminino, respectivamente (Quadro 2).
6
Quadro 2. População recenseada, por situação do domicílio e sexo do Território Baixo Amazonas.
Municípios do Território Baixo
Amazonas
População recenseada, por situação do domicílio e sexo
Total Urbana Rural
Total Homens Mulhere
s Total Homens
Mulheres
Total Homen
s Mulhere
s
Amazonas 3 221 939
1 592 067
1 565 850
2 495 879
1 208 239
1 239 069
726 060 383 828 326 781
Baixo Amazonas 230 847 118 964 110 352 133 155 66 561 65 812 97 692 52 403 44 540
Barreirinha 26 645 13 978 12 661 11 800 6 046 5 752 14 845 7 932 6 909
Boa Vista do Ramos 13 138 6 934 6 186 6 665 3 378 3 287 6 473 3 556 2 899
Maués 47 020 24 270 22 298 24 104 11 903 12 111 22 916 12 367 10 187
Nhamundá 17 553 8 997 8 477 7 211 3 628 3 577 10 342 5 369 4 900
Parintins 102 044 52 294 49 614 66 236 32 976 33 151 35 808 19 318 16 463 São Sebastião do Uatumã 8 731 4 581 4 046 6 363 3 326 3 037 2 368 1 255 1 009
Urucará 15 716 7 910 7 070 10 776 5 304 4 897 4 940 2 606 2 173
Fonte: Contagem da População, 2007.
A densidade demográfica do território é de 2,2 hab/Km2. A maior densidade
demográfica é verificada no município de Parintins com um índice de 17,1 hab/km2,
e a menor é verificada no município de Urucará com uma densidade de 0,6 hab/km2
(Quadro 3). A população do Baixo Amazonas compreende 56% a faixa etária de 15
a 69 anos. Crianças e adolescente até 14 anos estão entre os 40% da população e
somente 3% estão na faixa etária de 70 a 80 ou mais anos (Quadro 4).
Quadro 3. Densidade demográfica do Território Baixo Amazonas.
Municípios do Território
Baixo Amazonas
População Área Territorial
(km2)
Densidade Demográfica
(Hab/km2) Total Urbana Rural
Baixo Amazonas 230 847 133 155 97 692 107.029,60 2,2
Barreirinha 26 645 11 800 14 845 5.750,53 4,6
Boa Vista do Ramos 13 138 6 665 6 473 2.586,83 5,1
Maués 47 020 24 104 22 916 39.988,39 1,2
Nhamundá 17 553 7 211 10 342 14.105,62 1,2
Parintins 102 044 66 236 35 808 5.952,33 17,1
São Sebastião do Uatumã 8 731 6 363 2 368 10.741,04 0,8
Urucará 15 716 10 776 4 940 27.904,86 0,6
Fonte: Contagem da População, 2007.
7 Q
uadr
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Pop
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aixo
Am
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nas
(C
onta
gem
200
7).
Unidade da Federação e
Municípios do Baixo
Amazonas
Menos
de
1 ano
1 a 4
anos
5 a 9
anos
10 a 14
anos
15 a 19
anos
20 a 24
anos
25 a 29
anos
30 a 34
anos
35 a 39
anos
40 a 44
anos
45 a
49
anos
50 a
54
anos
55 a
59
anos
60 a
64
anos
65 a
69
anos
70 a
74
anos
75 a
79
anos
80
anos
ou
mais
Baixo Amazonas
5 565
24 953
32 138
29 904
26 152
21 147
17 725
14 115
11 801
10 063
8 693
7 078
5 493
4 215
3 345
2 757
1 953
2 185
Bar
reiri
nha
660
3 3
25
3 9
57
3 6
18
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79
2 390
1 8
86
1 5
23
1 3
00
1 1
15
892
736
527
519
362
270
198
278
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Vis
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amos
386
1 6
41
2 0
44
1 7
52
1 4
57
1 20
6
942
763
552
525
468
365
260
225
177
138
92
126
Maué
s 1 3
92
5 3
98
6 5
71
6 0
75
5 4
06
4 172
3 4
50
2 6
60
2 1
69
1 9
91
1 783
1 481
1 0
55
750
633
610
447
521
Nham
undá
357
1 7
87
2 4
99
2 3
05
2 0
63
1 586
1 3
56
1 2
18
912
804
600
470
416
334
274
194
146
153
Par
intin
s 2 2
07
10
383
13 9
55
12 9
94
11 4
91
9 657
8 2
35
6 4
90
5 5
74
4 5
51
4 056
3 282
2 6
26
1 8
67
1 4
91
1 2
82
878
883
São
Sebas
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893
1 2
30
1 1
51
943
825
777
518
477
341
286
235
219
152
123
79
58
67
Uru
cará
314
1 5
26
1 8
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2 0
09
1 7
13
1 311
1 0
79
943
81
7
736
608
509
390
368
285
184
134
157
Font
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da
Pop
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007.
8
2.2.1 Indicadores de Desenvolvimento Humano
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi criado, originalmente, para
medir o nível de desenvolvimento humano dos países, a partir de indicadores de
educação (alfabetização e taxa de matrícula), longevidade (esperança de vida ao
nascer) e renda (PIB per capita). O índice varia de 0 (nenhum desenvolvimento
humano) a 1 (desenvolvimento humano total):
• IDH até 0,499 tem desenvolvimento humano considerado baixo;
• IDH Entre 0,500 e 0,799 é considerado de médio desenvolvimento humano;
• IDH maior que 0,800 tem desenvolvimento humano considerado alto.
O IDH (2000) do território foi de 0,682 (Quadro 5), estando abaixo do índice
do Estado, que é de 0,713. O Território Baixo Amazonas está entre as regiões
consideradas de médio desenvolvimento humano entre 0,5 e 0,8. Dos três itens do
IDH, a educação é o componente que mais tem contribuído para aumentar o índice,
alcançando 0,828. Os municípios que mais se destacam, quanto ao IDH (2000), no
território, são Parintins e Urucará, os índices mais baixos estão entre os municípios
de Boa Vista do Ramos e Barreirinha.
Quadro 5. Índice de Desenvolvimento Humano do Território Baixo Amazonas.
Índice de Desenvolvimento
Humano - Municipal, 1991 e
2000
1991 2000
IDHM
IDHM-
Renda
IDHM-
Longevidad
e
IDHM-
Educaçã
o IDHM
IDHM-
Renda
IDHM-
Longevidad
e
IDHM-
Educaçã
o
Brasil 0,696 0,681 0,662 0,745 0,766 0,723 0,727 0,849
Amazonas 0,664 0,64 0,644 0,707 0,713 0,634 0,692 0,813
Baixo Amazonas --- --- --- --- 0,682 0,518 0,698 0,828
Barreirinha 0,615 0,498 0,619 0,728 0,645 0,461 0,693 0,782
Boa Vista do Ramos 0,595 0,499 0,599 0,687 0,642 0,458 0,618 0,850
Maués 0,649 0,589 0,660 0,698 0,689 0,535 0,721 0,812
Nhamundá 0,607 0,500 0,599 0,722 0,656 0,480 0,681 0,806
Parintins 0,658 0,546 0,636 0,791 0,696 0,527 0,705 0,855
São Sebastião do Uatumã 0,661 0,577 0,614 0,791 0,659 0,489 0,661 0,828
Urucará 0,640 0,559 0,599 0,761 0,698 0,589 0,705 0,800
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. PNUD, 2010.
23
2.3 Contexto Histórico de Ocupação e Utilização do Território
2.3.1 Historiografia do Contato – Os Primeiros Habitantes
A Amazônia, desde o processo de colonização portuguesa, sempre foi alvo
de cobiça estrangeira. Franceses, portugueses, holandeses e ingleses, cujas ideias
baseavam-se no mercantilismo, e, mais recentemente americanos direcionaram
esforços no sentido de incorporar a Amazônia. No período colonial as expedições
tinham como objetivos reconhecer a região e encontrar riqueza. O que se
encontrou em grande quantidade foram os produtos extrativistas, conhecidos como
drogas do sertão e os povos indígenas, que também se tornaram um produto em
disputa, pois havia a necessidade de mão de obra e essa era abundante.
A conquista portuguesa na Amazônia se inicia em 1616, com a fundação do
Forte do Presépio de Santa Maria de Belém, no braço sul da foz do Amazonas,
antecedendo aos ingleses, holandeses e aos poucos franceses que haviam
estabelecido feitorias para o escambo com índios, cujo raio de ação atingia até a
foz do Xingu (GALVÃO, 1979).
Para Freire (1991), a busca desenfreada por ouro e prata na Amazônia não
atendeu às expectativas dos colonizadores portugueses. A forma encontrada para
obter lucro fácil foi a exploração da força de trabalho indígena, usada
principalmente na coleta das drogas do sertão, no transporte de mercadorias, na
construção de feitorias, engenhos, canoas e até como guerreiros. Os índios eram
tão importantes para os colonizadores que se tornaram o principal produto de
exportação da Amazônia, quando foram capturados e levados pelos portugueses
para trabalhar nos engenhos de açúcar das Antilhas.
Quando se iniciou o processo de escravidão da força de trabalho dos povos
indígenas da Amazônia, já existia uma lei criada pela Coroa Portuguesa para
regulamentá-la. A lei de 1611 dava plenos direitos aos colonos portugueses que
assumiam a função de Capitão de Aldeia, para capturar índios. Durante esse
período, a economia da região amazônica se orientou exclusivamente para a
atividade extrativista, cujos produtos eram encaminhados à metrópole lusitana, já
que tinham mercado certo na Europa (REIS, 1966).
Os mecanismos de dominação utilizados pelos colonizadores tinham
objetivos claros: descer os índios de suas aldeias para se instalarem nos núcleos
coloniais e atuarem nas atividades de agricultura, de pesca, de caça e outros,
24
principalmente na coleta das drogas do sertão. Nos núcleos coloniais a agricultura
indígena, baseada nas práticas agrícolas tradicionais, principalmente no cultivo da
mandioca e do milho, foi substituída pelo plantio de outros produtos destinados ao
mercantilismo europeu, como açúcar, tabaco, algodão, etc.
Em 1686, inicia-se o funcionamento do sistema de administração da colônia,
com diversas leis complementares, das quais as mais importantes são: O Alvará de
1688, conhecido como o “Alvará dos Resgates” e a Carta Régia de 1689. Eram
instrumentos que regulavam o recrutamento da força de trabalho indígena e as
relações de trabalho no período de 1686-1757 (FREIRE, 1991).
Até meados do século XVIII, os colonizadores efetivaram a escravização de
vários povos indígenas pela prática das guerras justas, estimulando as guerras
intertribais e aguçando-lhes a rivalidade, com a finalidade de comprar os escravos
aprisionados pela tribo vencedora. Esse sistema permitiu ao colonizador ter a mão
de obra necessária para o projeto colonial e manter o fluxo de negócios do
mercado indígena na Amazônia. Muitos povos que se recusavam a se submeter ou
participar do modelo de colonização imposto pelo Estado Português foram
massacrados e exterminados ou mesmo aprisionados e submetidos à escravização
por meio da guerra justa.
2.3.2 A frente de expansão nacional
As populações indígenas resistiram historicamente aos mecanismos de
dominação no século XVII, na luta contra as expedições punitivas e, recentemente,
no século XX, contra a sociedade nacional. Toda essa relação desigual do contato
provocou efeitos que se evidenciam nas invasões dos territórios tradicionalmente
ocupados pelos povos Sateré-Mawé e Hixkariana, Kaxuyana, Katuena e Waiwai.
Os povos indígenas elegeram, como estratégia de sobrevivência, os lugares
no centro da mata, próximos às cabeceiras dos rios. Mesmo assim, com o
desenvolvimento do ciclo da borracha no século XX, a expansão econômica
adentrou os limites das terras indígenas.
Assim, a historiografia no Território Baixo Amazonas evidencia que o
primeiro momento do contato, o impacto causado aos povos indígenas pelo
processo de colonização, foi à promoção considerável do extermínio físico. Nos
dias atuais, a sociedade nacional se faz presente nas terras indígenas – através
25
das ordens religiosas, das organizações não governamentais, da expansão
econômica (comerciantes) e do Estado (FUNAI) – impondo novos valores e
símbolos, distintos da organização social destas sociedades, explicitados nos
problemas sociais e nas transformações culturais.
2.3.3 Formação das Vilas e dos Povoados
A formação dos povoados e vilas na Amazônia, como primeiros núcleos
populacionais, contou com a presença dos indígenas (repartidos, “livres” e
escravos) e as benfeitorias instaladas nos aldeamentos. A organização desses
agrupamentos humanos decorreu da política adotada pelo Estado Português,
durante a administração de Sebastião José de Carvalho e Mello – o Marquês de
Pombal – que estruturou e determinou uma nova organização social, política e
econômica para Amazônia portuguesa, cuja finalidade era viabilizar o
empreendimento colonial e enquadrá-lo ao perfil econômico que se desenvolvia na
Europa (REIS, 1966).
A política do Estado Colonial Português na Amazônia teve como resultado o
processo de formação e desenvolvimento de uma sociedade dita cabocla. Esse
processo teve início no século XVIII, tendo continuidade nos processos de
formação dos povoados, onde a população emergiu dos contingentes indígenas
das aldeias, missionados ou ditos destribalizados, que passaram a reajustar o seu
modo de vida segundo padrões impostos pelas diretrizes do Diretório Pombalino ou
mesmo pelos contatos diretos e permanentes entre indivíduos de diferentes
culturas. A consequência desse convívio resultou na mudança dos padrões
culturais das populações nativas e da emergência de uma nova sociedade mestiça
e cabocla (GALVÃO, 1979).
A consolidação do Diretório dos Índios na Amazônia estava baseado na
transformação cultural dos povos indígenas nos chamados caboclos. Os principais
mecanismos adotados foram a transformação das antigas aldeias em vilas e
povoados com nomes aportuguesados, que deveriam possuir, ao menos, 150
pessoas; o sobrenome indígena deveria ser português; além dos indígenas serem
obrigados a cultivar roça, não só para o sustento, mas também para servir aos
moradores das novas vilas e povoados; e o estímulo ao casamento entre índio e
português. Assim, o Estado Português consolidou o processo de ocupação da
26
Amazônia com uma população “menos” indígena nas vilas e povoados
aportuguesados, que, mais tarde, deram origem às cidades do Território Baixo
Amazonas.
2.4 Contexto Natural
2.4.1 Clima
O clima predominante na região Amazonica é do tipo equatorial (Figura 2).
O clima equatorial abrange boa parte do território nacional, englobando
principalmente a região da Floresta Amazônica. As médias pluviométricas são
altas, com pluviosidade alta, a estação seca é curta e faz muito calor (IBGE,
2002).
No Território Baixo Amazonas, o clima equatorial úmido e chuvoso possui
variações térmicas de 27ºC a 30ºC (Quadro 6).
Quadro 6. Temperaturas dos municípios do Território Baixo Amazonas.
Municípios do Baixo Amazonas
Temperatura ºC
Máx Mín Méd
Barreirinha 30,5ºC 22,4ºC 27ºC
Boa Vista do Ramos 37ºC 24ºC 29º C
Maués 37ºC 24ºC 29ºC
Nhamundá 30ºC 22,4ºC 27ºC
Parintins 30,5ºC 22,4ºC 27ºC
São Sebastião do Uatumã 32,5ºC 24ºC 29ºC
Urucará 32,5ºC 24ºC 30ºC
Fonte: SEGOV – AM, 2010.
2.4.2 Geologia
O Território Baixo Amazonas, de acordo com IBGE (2000), é formado
principalmente pela formação geológica Alter do Chão. Entretanto a região
comporta outras 29 importantes unidades geológicas conhecidas como: Aluviões
Holocênicos, Cobertura Detrito-Laterítica Paleogênica, Cobertura Detrito-Laterítica
Pleistogênica, Formação Aruri, Formação Ererê, Formação Itaituba, Formação
Maecuru, Formação Monte Alegre, Formação Nova Olinda, Formação
Prosperança, Formação Seringa, Formação Sobreiro, Formação Urupi,
Granodiorito Rio Novo, Grupo Beneficente, Grupo Curuá, Grupo Gorotire, Grupo
Iricoumé, Grupo Jatuarana, Grupo Tapajós, Grupo Trombetas, Suite Intrusiva Água
27
Branca, Suite Intrusiva Abonari, Suite Intrusiva Mapuera, Suite Intrusiva Parauari,
Suite Intrusiva Porquinho, Suite Intrusiva Quarenta Ilhas, Suite Intrusiva Suretama
e Terraços Holocênicos (Figura 3).
2.4.3 Relevo e Altimetria
O relevo é constituído pelo tipo planície Amazônica, variando de plano a
suave ondulado. O território não possui serras, apenas terra firme acidentada e
terra de várzea com restingas, que são inundadas no período de enchentes dos
rios (MDA, 2006).
De acordo com IBGE (2000), o Território Baixo Amazonas possui cerca de
17 unidades geomorfológicas distribuidas na região, dentre as quais podemos
destacar: a planície Amazônia e fluviais, mencionadas acima, Chapadas do
Cachimbo, Depressão do Madeira-Canumã, Depressão do Abacaxis-Tapajós,
Depressão Interplanática do Trombetas, Depressão Periférica da Amazônia
Setentrional, Patamares do Tapajós, Pediplano Rio Branco-Rio Negro, Planalto
Dissecado do Norte da Amazônia, Planalto Dissecado dos Rios Negro-Uatumã,
Planalto do Parauari-Tropas, Planalto do Rio Juma-Médio Sucunduri, Planalto do
Uatumã-Jari, Planalto dos Apiacás-Sucunduri, Planalto Meridional da Bacia
Sedimentar do Amazonas e Planalto Setentrional da Bacia Sedimentar do
Amazonas (Figura 4).
No Quadro 7, podemos observar os valores de altitudes que se encontram
nos municípios. Para os municípios de Barreirinha, Maués, São Sebastião do
Uatumã e Urucará, a média varia em torno de 17,2 metros, para os municípios de
Nhamundá e Parintins, o nível acima do mar alcança cerca de 50 metros.
Quadro 7. Altitude acima do nível do mar para os municípios do Território Baixo Amazonas.
Municípios do Baixo Amazonas Altitude (m)
Barreirinha 16m
Boa Vista do Ramos 16m
Maués 18m
Nhamundá 50m
Parintins 50m
São Sebastião do Uatumã 18m
Urucará 18m
Fonte: SEGOV – AM, 2010.
28
2.4.4 Solos
Os solos do Território Baixo Amazonas é formado principalmente por
latossolo amarelo e uma grande porção na parte norte dos municípios de Urucuará,
Nhamundá e São Sebastião do Uatumã por solos do tipo argissolo vermelho-
amarelo, mas são encontrados também areia quartzosa, areia quartzosa
hidromórfica, cambissolo, espodossolo, gleissolo, latossolo vermelho-amarelo,
plintossolo, solo aluvial, solo litólico e solo petroplíntico (Figura 5).
2.4.5 Hidrografia
A rede hidrográfica da região do Baixo Amazonas é constituída por vários
rios, lagos, furos e igarapés. Dentre os mais importantes corpos de água, está o rio
Amazonas. Entretanto, no território, há outros rios comumente importantes que
são: Abacaxis, Andirá, Apoquitauá, Arari, Ariaú, Camarão, Cicantá, Curuçá, Jacu,
Jará, Jatapu, Mamuru, Marau, Maués-Açu, Maués-Mirim, Nhamundá, Pacoval,
Paraconi, Parauari, São Manuel ou Teles Pires, Tapajós, Uaicurapá e o rio Uatumã
(Figura 6).
2.4.6 Vegetação
A vegetação desta região se caracteriza predominantemente pela ocorrência
de Floresta Ombrófila Densa e de Formações Pioneiras de influência fluvial
(várzea) com ou sem palmeiras. Contudo, no Território Baixo Amazonas, há
ocorrências de outros tipos vegetacionais como Floresta Ombrófila Aberta
Submontana com cipós, Floresta Ombrófila Aberta Submontana com palmeiras,
Floresta Ombrófila Aberta Terras Baixas com palmeiras, Floresta Ombrófila Densa
Aluvial Dossel emergente, Floresta Ombrófila Densa Aluvial Dossel uniforme,
Floresta Ombrófila Densa Submontana Dossel emergente, Floresta Ombrófila
Densa Submontana Dossel uniforme, Campinarana Florestada sem palmeiras,
Campinarana Gramíneo - lenhosa sem palmeiras, Savana Arborizada sem floresta-
de-galeria, Savana Florestada, Savana Gramíneo-Lenhosa sem floresta-de-galeria,
Savana Parque com floresta-de-galeria e Savana Parque sem floresta-de-galeria
(Figura 7).
As formações florestais mais encontradas na região entre o trecho do rio
Amazonas de Manaus até Óbidos no Pará são a Hevea brasiliensis (seringueira),
29
Aniba spp. (pau-rosa, louro-rosa), Coumarona odorata (cumarú), Theobroma
cacao (cacaneiro), Bertholletia excelsa (castanha-do-brasil), Manilkara sp.
(balata), M. huberi (maçaranduba), M. amazonica (maparajuba), Mezilaurus
itauba (itaúba), Carapa guianensis (andiroba), Copaifera spp. (copaíba) e
Cedrella odorata (cedro-vermelho). As regiões das várzeas dos rios
apresentam as seguintes espécies: Mimosa spp. (rabo-de-camaleão), Bombax
munguba (munguba), Cecropia spp. (imbaúba), Qualea retusa (umirirana),
Leopoldina maior (iara-açu), Delbergia inundata (cipó-de-tucunaré),
Oenocarpus pataria (pararia). Mauritia flexuosa (buriti), Euterpe oleracea (açaí),
Sweetia nitens (itaubarana), Roupala obtusa (cedro), Lieania heteromorphe
(ajuru) e Mollia lepidota (sururu), dentre outras (DIEGUES, 2002).
2.4.7 Fauna
De acordo com Diegues (2002), dentre a fauna característica estão as
espécies de aves como Numenius borealis (maçarico-esquimó), Eudocimus
ruber (guará), Phoenicopterus ruber (Flamingol), Dendrocygna sp., Pophyrula
martinico (franco-d' água-azul), Cairina moschata (pato-do-mato), Anchinga
anhinga (biguá) e Eurypyga helias (pavão-do-pará). Com relação aos
mamíferos espécies características são: Pteronura brssiliensis (ariranha),
Trichechus inunguis (peixe-boi), Hydrochoerus hydrochaeris (capivara),
Procyon cancrivorus (mão-pelada), Panthera onca (onça-pintada), Felis
concolor (sucuarana) e F. pardalis (jaguatirica). Com relação aos peixes,
existem com grande frequência Arapaima gigas (pirarucu), Colossoma
macropomum (tambaqui), CichJa ocellaris (tucunaré), Semaprochilodus sp.
(jaraqui), Pseudoplastoma fascinatum (surubim), Hydrolycus scomberoides
(peixe-cachorro), Brachyplatystoma filamentosum (piraíba), Potamorhaphis sp.
(peixe-agulha) e Plagioscion sp. (pescada) e, quanto aos répteis, Caiman
crocodilus (jacaré-tinga), Melanosuchus niger (jacaré-açu), Podocnemis
expansa (tartaruga-da-amazônia) e P. unifilis (tracajá).
30
Figura 2. Mapa de Classificação Climática do Brasil.
Fonte: IBGE, atualizado pela Diretoria de Geociências, Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, 2002.
31
Figura 3. Formações Geológicas do Baixo Amazonas – AM.
Fonte: Base de Geologia IBGE, 2000. Adaptação de Silva, 2010.
32
Figura 4. Geomorfologia do Baixo Amazonas – AM.
Fonte: Base de Geomorfologia IBGE, 2000. Adaptação de Silva, 2010.
33
Figura 5. Mapa de solos do Baixo Amazonas – AM.
Fonte: Base de Solos IBGE, 2000. Adaptação de Silva, 2010.
34
Figura 6. Mapa Hidrológico do Baixo Amazonas – AM.
Fonte: Base de Hidrologia IBGE, 2000. Adaptação de Silva, 2010.
35
Figura 7. Mapa de vegetação do Baixo Amazonas – AM.
Fonte: Base de Vegetação IBGE, 2000. Adaptação de Silva, 2010.
36
III – DIGNÓSTICO TERRITORIAL
3.1 CONTEXTO FUNDIÁRIO E AMBIENTAL
3.1.1 Projetos de Assentamentos
O Território Baixo Amazonas possui dois assentamentos rurais que abrangem
uma área de 81.239,971 hectares, com capacidade para 2.567 famílias. Estes
assentamentos estão localizados nos municípios de Maués e Parintins (MDA, 2006).
Quadro 8. Assentamentos no Território Baixo Amazonas.
Municípios do
Território
Baixo
Amazonas
Nome do assentamento Área Capacidade
de famílias Titulados
Não
titulados Total
Amazonas 7.519.567,6196 31.440 2.116 18.270 20.386
Território Baixo Amazonas 81.239,971 2.567 397 1.518 1.941
Maués
Assentamento Aliança 2.969,9706 89 - 70 70
Floresta Estadual de Maués 438.440,3200 620 - 595 595
RDS Urariá 59.137,0129 750 - 670 670
Flona do Pau Rosa 827.877,0000 300 182 182
Parintins Assentamento Vila Amazônia 76.107,0019 2.478 - 1.774 1.774
PAE Ilha do Paraná de Parintins 2.162,9981 60 - 53 53
Fonte: INCRA, 2010
Os relatórios das Oficinas do Programa Território da Cidadania evidenciam
que as ações do INCRA não têm contribuído para implantação de ações eficazes de
assistência técnica. As principais dificuldades dos assentados, vistos como entraves
ao desenvolvimento, estão relacionadas a: infraestrutura coletiva não implantada ou
necessitando de melhorias (por exemplo, os ramais e vicinais) e pouca qualificação
dos assentados para acessar o crédito do PRONAF.
A inexistência de investimentos na melhoria dos assentamentos do INCRA é
um dos problemas estratégicos para a promoção do desenvolvimento no território. A
superação de problemas relacionados à regularização fundiária, grilagem no entorno
e nas próprias áreas, más condições das estradas, dificuldades na comercialização
da produção e na obtenção de crédito, falta de energia elétrica, além de inúmeros
conflitos sociais é condição básica para se alcançar o desenvolvimento.
37
3.1.2 As Unidades de Conservação
O Território Baixo Amazonas conta com unidades de conservação federal,
estadual e municipal, incluindo as categorias de unidades de conservação de
proteção integral, unidades de conservação de uso sustentável, terras indígenas e
áreas de quilombolas, que desempenham funções essenciais para o
desenvolvimento regional, em termos de uso sustentável da floresta e outros
recursos naturais (Figura 8).
As áreas protegidas são: Reserva de Desenvolvimento Sustentável Urariá,
Parque Estadual Nhamundá, Área de Proteção Ambiental Nhamundá, Floresta de
Maués, Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã e Floresta Nacional de
Pau-Rosa, que abragem em grande parcela do território, representado por
2.002.455,47 hectares (Quadro 9).
Quadro 9. Unidades de Conservação compreendidas pelos municípios do Território Baixo Amazonas.
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
ENTIDADE RESPONSÁVEL
MUNICÍPIOS
DE ABRANGÊNCI
A
PROTEÇÃO LEGAL
ESFERA CATEGORIAS
ÁREA TOTAL (hectare)
Reserva de Desenvolvimento
Sustentável Urariá (2)
Instituto de Desenvolvimento
Sustentável de Maués - IDS
Maués Decreto Nº
40/2001 Municipal
Uso Sustentá
vel 59.137,00
Parque Estadual Nhamundá (1)
Centro Estadual de Unidades de
Conservação - CEUC Nhamundá
Decreto 12.175, de 06/07/1989
Estadual Proteção Integral
56.671,15
Área de Proteção Ambiental Nhamundá
(1)
Centro Estadual de Unidades de
Conservação - CEUC
Nhamundá e Parintins
Decreto 12.836, de 09/03/1990
Estadual Uso
Sustentável
195.900,00
Floresta de Maués (1) Centro Estadual de
Unidades de Conservação - CEUC
Maués Decreto 23.540, de 19/07/2003
Estadual Uso
Sustentável
438.440,32
Reserva de Desenvolvimento
Sustentável do Uatumã (1)
Centro Estadual de Unidades de
Conservação - CEUC
São Sebastião do
Uatumã e Itapiranga
Decreto 24.295, de 25/06/2004
Estadual Uso
Sustentável
424.430,00
Floresta Nacional de Pau-Rosa (1)
Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade - ICMBio
Maués e Nova Olinda
do Norte
Decreto S/N, de 07/08/2001
Federal Uso
Sustentável
827.877,00
Reserva Biológica Uatumã (1)
Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade - ICMBio
Presidente Figueiredo, Urucará e
São Sebastião do
Uatumã
Decreto 99.277, de 06/06/1990
Federal
Proteção Integral
940.358,00
Parque Nacional da Amazônia (3)
Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade - ICMBio
Itaituba-PA, Aveiro-PA e Maués-AM
Decreto 73.683, de 19/02/1974; Decreto 90.823, de 18/01/1985; Decreto S/N de
13/02/2006
Federal Proteção Integral
2.837.553,00
38
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
ENTIDADE RESPONSÁVEL
MUNICÍPIOS
DE ABRANGÊNCI
A
PROTEÇÃO LEGAL
ESFERA CATEGORIAS
ÁREA TOTAL (hectare)
TOTAL 5.780.366,47
Fonte: (1) LABGEO – SDS – Coletânea de Unidades de Conservação, 2009; (2) Lima, 2003 e IBAMA, 2010.
3.1.2.1 Unidade de Conservação Municipal
Reserva de Desenvolvimento Sustentável Urariá
A criação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável – RDS Urariá teve a
iniciativa do poder público municipal de Maués. A RDS Urariá é uma reserva com a
categoria de uso sustentável, criada pelo Decreto Municipal nº 40, de 29 de
novembro de 2001, possui 59.137 hectares, é formado por onze comunidades
espalhadas em três áreas: o lago Grande da Barreira, com sete comunidades; o lago
do Curuçá, com duas comunidades; e outras duas comunidades no paraná do
Urariá, a reserva nasceu imbuída do espírito do desenvolvimento sustentável, da
melhoria da qualidade de vida da população e do respeito ao meio ambiente. Para
administrar a RDS, o decreto municipal criou o Instituto de Desenvolvimento
Sustentável de Maués – IDS Maués e uma Organização Social, denominada de
Agroambiental Consultoria e Organização Projetos Ltda., que conta com uma sede
na cidade de Manaus (LIMA, 2003).
3.1.2.2 Unidade de Conservação Estadual
Parque Estadual Nhamundá
O Parque Estadual Nhamundá foi criado pelo o decreto 12.175 de 06 de julho
de 1989, possui uma área estimada em aproximadamente 56.671,15 ha (cinquenta e
seis mil, seiscentos e setenta e um e quinze hectares), o Parque tem por finalidade a
preservação dos ecossistemas naturais englobados, contra quaisquer alterações
que os desvirtuem, destinando-se a fins científicos, culturais, educativos e
recreativos. É uma unidade de conservação de uso de proteção integral
(COLETÂNEAS DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO, 2009).
39
Área de Proteção Ambiental Nhamundá
A Área de Proteção Ambiental Nhamundá foi criada pelo decreto Nº 12.836,
em 09 de março de 1990. Sua área de abrangência compreende os municípios de
Nhamundá e Parintins. A planície fluviolacustre é formada pelo encontro dos rios
Nhamundá e Amazonas. A APA possui uma área de 195.900 hectares, com mais de
450 famílias com potencial para desenvolver especialmente a silvicultura, a
agricultura e o turismo sustentável. As comunidades da APA participam de um
acordo de pesca. A área é aberta à exploração sustentável das florestas nativas, à
visitação turística e à pesquisa científica (COLETÂNEAS DE UNIDADES DE
CONSERVAÇÃO, 2009).
Floresta de Maués
A criação da Floresta de Maués foi de iniciativa do poder público municipal de
Maués, no final do ano de 2001. Porém, o estado detinha o domínio territorial da
área da floresta, esta foi uma das razões para que esta fosse incorporada no Projeto
Zona Franca Verde do Governo do Estado do Amazonas, passando a ser chamada
como Floresta Estadual de Maués. É uma unidade de conservação de uso direto,
criada pelo decreto estadual de número 23.540, em 19 de julho de 2003. Com área
de aproximadamente 438.440,32 hectares, possui 14 comunidades dentro de seus
limites, com aproximadamente 390 famílias distribuídas nos rios Apocuitaua e
Parauari (margem esquerda) e 05 na área de entorno. A Floresta Estadual de Maués
teve importantes etapas no seu processo de consolidação, tais como: estudo para
criação, legalização da terra, por meio da concessão de direito real de uso e
elaboração do plano de gestão (COLETÂNEAS DE UNIDADES DE
CONSERVAÇÃO, 2009).
Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã
Criada pelo decreto de número 24.295, de 25 de junho de 2004 a Reserva de
Desenvolvimento Sustentável do Uatumã, RDS Uatumã, está localizada nos
Municípios de São Sebastião do Uatumã e de Itapiranga, a bacia do rio Uatumã
possui uma área de alta importância biológica, além de corredeiras, cachoeiras, sua
área tem aproximadamente 424.430 hectares (COLETÂNEAS DE UNIDADES DE
CONSERVAÇÃO, 2009).
40
3.1.2.3 Unidade de Conservação Federal
Floresta Nacional do Pau-Rosa
A Floresta Nacional de Pau-Rosa está localizada no município de Maués,
estado do Amazonas. A Flona Pau-Rosa tem uma área total aproximada de
827.877,00 hectares. Foi criada pelo decreto sem número datada no dia 07 de
agosto de 2001, parte de sua extensão está em sobreposição com a Terra Indígena
Andirá-Marau e com a Floresta Estadual de Maués. A Floresta Nacional de Pau-
Rosa tem, por objetivo, segundo seu Decreto de criação, “promover o manejo de uso
múltiplo dos recursos naturais, a manutenção e a proteção dos recursos hídricos e
da biodiversidade, a recuperação de áreas degradadas, a educação ambiental, bem
como o apoio ao desenvolvimento sustentável dos recursos naturais das áreas
limítrofes” (COLETÂNEAS DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO, 2009).
Reserva Biológica Uatumã
A Reserva Biológica do Uatumã está localizada nos municípios de Presidente
Figueiredo, Urucará e São Sebastião do Uatumã, estado do Amazonas. A REBIO
Uatumã tem uma área total aproximada de 940.358,00 hectares. Foi criada pelo
decreto número 99.277 datada no dia 06 de junho de 1990. É uma unidade de
conservação de proteção integral sendo a gestão do Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade – ICMBio (COLETÂNEAS DE UNIDADES DE
CONSERVAÇÃO, 2009).
Parque Nacional da Amazônia
O Parque Nacional da Amazônia está localizado nos municípios de Itaituba e
Aveiro no estado do Pará e Maués no estado do Amazonas. Os objetivos específicos
da unidade é preservar vários ecossistemas amazônicos naturais, com a finalidade
científica, educativa e recreativa. A criação desta unidade surgiu através do
programa de integração nacional iniciado pelo governo em 1970. Em 1971 uma área
de 6 milhões de hectares, designada "polígono de Altamira", foi desapropriada pelo
INCRA. No Decreto no 4.340, de 22 de agosto de 2002, a área territorial do Parque
foi ampliada com o objetivo de proteger a diversidade biológica, disciplinar o
processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.
Atualmente, o Parque Nacional da Amazônia possui uma área total de 2.837.553,00
hectares (IBAMA, 2010).
41
Figura 8. Unidades de Conservação encontradas no Território Baixo Amazonas – AM.
Fonte: IBAMA. Base Unidades de Conservação IBAMA, 2009 / 2010. Adaptação de Silva, 2010.
42
3.1.3 Terras Indígenas
As Terras Indígenas que se encontram dentro do Território Baixo Amazonas
possuem áreas territoriais que abrangem os municípios de Barreirinha, Maués,
Parintins, Urucará e Nhamundá. Estas terras indígenas são conhecidas como
Andirá-Marau, Nhamundá-Mapuera e Trombetas-Mapuera (Quadro 10).
Quadro 10. Terras Indígenas do Território Baixo Amazonas.
Terras
indígenas Etnia
Extensão
(ha) Município
Administr
ação
regional
da FUNAI
Document
o
Situação
jurídica
Presen
ça de
índios
isolad
os
Andirá-Marau Sateré-
Mawé 788.528
Aveiro/PA
Barreirinha/AM
Itaituba/PA
Maués/AM
Parintins/AM
Parintins
(AM)
Dec.
93.069
Data de
pub.
07/08/86
Homolog
ada em
06/08/86
Não
Nhamundá-
Mapuera
Kaxuyana
Hixkaryan
a
Katuena
Waiwai
1.049.520
Nhamundá/AM
Oriximiná/PA
Urucará/AM
Faro/PA
Belém (PA)
Dec.
98.063
Data de
pub.
18/08/89
Homolog
ada em
17/08/89
Não
Trombetas-
Mapuera
Hixkaryan
a
Katuena
Waiwai
3.970.898
Caroebe/RR
Faro/ PA
Nhamundá/AM
Oriximiná/PA
São João da
Baliza/RR
Urucará/AM
Belém (PA)
Decreto
S/N.
Data de
pub.
22/12/2009
Homolog
ada em
21/12/09
Sim
Total 5.808,946
Fonte: SIASI-FUNASA/MS, 2009; Queirós, 2006; ISA 2010.
3.1.3.1 Terra Indígena Andirá-Marau
A Terra Indígena Andirá-Marau é unidade de referência dos povos indígenas
Sateré – Mawé, conforme atesta a Portaria nº. 1.216, de 06/05/1982 do processo de
sua regularização administrativa. Foi homologada pelo Decreto Nº. 93.069
publicado no Diário Oficial da União em 07 de agosto de 1986 e está localizada na
região do Baixo Rio Amazonas, aliando os estados do Amazonas e Pará por
compreender os municípios amazonenses Barreirinha, Maués e Parintins com Aveiro
e Itaituba no território paraense.
43
Politicamente, divide-se em três áreas caracterizadas pelos rios que banham
seu território: rio Andirá, no município de Barreirinha (servindo de acesso para os
indígenas atingirem o estado do Pará), rio Marau, no município de Maués e rio
Uaicurapá no município de Parintins. Até o presente momento, apenas se registra o
estabelecimento de aldeias no território amazonense, confirmando-se 91 aldeias.
As aldeias mais expressivas são: Ponta Alegre, Simão, Molongotuba, Vila
Nova, Castanhal, Conceição, Araticum Novo, Fortaleza, Umirituba, Nova América,
Ponto Alto, São Miguel, Boa Vista, Itaubal, São João, São Marcos, São Sebastião do
Arco, Ipiranga, no rio Andirá, Santa Maria, Vila Nova II, Campo do Miriti, Nossa
Senhora de Nazaré, Boas Novas, Nova Aldeia, Marau Novo, Kuruatuba e Menino
Deus no rio Marau e Vila Batista I, São Francisco, Nova Alegria e Vila da Paz no rio
Uaicurapá.
De seus 788.528 hectares de extensão, 90.593 de hectares estão em
sobreposição com duas unidades de conservação: o Parque Nacional da Amazônia,
localizado no município de Itaituba (PA) e a Floresta Nacional Pau Rosa localizada
no município de Maués (AM). Esta última ainda possui parte de sua área em
sobreposição com a Floresta Estadual de Maués (FISCHER, 2006).
A sobreposição da Terra Indígena Andirá-Marau com estas unidades de
conservação vem gerando conflitos entre índios, órgãos governamentais,
populações tradicionais, organizações não governamentais, pesquisadores e outros
atores sociais. Segundo Ricardo (2004), citando o artigo 231,§4º, da Constituição
Brasileira de 1988, as Terras Indígenas são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos
dos grupos indígenas sobre são imprescritíveis.
A historiografia relata que aldeias inteiras dos Sateré-Mawé foram destruídas
por seringalistas que cobiçavam os ricos seringais de suas terras. A área habitada
pelos Sateré-Mawé continua sendo procurada pela quantidade de produtos vegetais,
animais e minerais encontrados em suas terras, com valor comercial expressivo. Em
1981, a área foi invadida pela empresa estatal petrolífera francesa Elf-Aquitaine que,
através de contrato de riscos assinado com a Petrobrás, passou a executar pesquisa
de prospecção para exploração de petróleo (RIBEIRO, 1979).
Recentemente, empresas mineradoras registraram pedidos de autorização
para pesquisa de ouro, cassiterita e chumbo. Até o momento, foi autorizada a
pesquisa/83 para cassiterita, que será realizada pela Companhia de Pesquisa de
Recursos Minerais – CPRM (RICARDO, 1999).
44
As organizações indígenas atuam principalmente na promoção e valorização
dos direitos, conhecimentos e desenvolvimento do povo Sateré-Mawé. As
organizações indígenas (Conselho Geral das Tribos Sateré-Mawé, Consórcio dos
Produtores Sateré-Mawé, Associação Indígena Sateré-Mawé do rio Andirá,
Associação dos Produtores Sateré-Mawé do rio Uaicurapá e Mamori, Organização
dos Agentes de Saúde Sateré Mawé dos rios Marau e Uirupadi, Organização dos
Professores Indígenas Sateré Mawé dos rios Marau e Uirupadi e Organização dos
Tuísas Sateré Mawé dos rios Marau e Uirupadi) apresentaram um conjunto de
demandas junto à Fundação Estadual do Povos Indígenas (atual SEIND) para o
desenvolvimento de projetos de manejo da agrobiodiversidade, de educação e
gestão ambiental e de saúde.
3.1.3.2 Terra Indígena Nhamundá – Mapuera
A Terra Indígena Nhamundá-Mapuera compreende uma faixa territorial de
1.049.520 (ha) e compreende os municípios de Nhamundá e Urucará, no estado do
Amazonas, Oriximiná e Faro no Pará. Dentre suas principais aldeias, destacam-se
as mais populosas: Kassawá – que reúne vários povos indígenas, mas caracteriza-
se como local dos Hixkaryana, Mapuera, Riozinho, Porteira e Cafezal e – que abriga
a população Kaxuyana. Sua situação jurídica atual é de homologada através do
documento Decreto 98.063 de 18/08/1989, sua administração regional da FUNAI é
de Belém (PA) e DSEI-FUNASA de Parintins (AM/PA).
É uma região rica em biodiversidade o que pode ser aproveitado na garantia
da sustentabilidade indígena. Na região, localizam-se as bacias hidrográficas do
Jatapu e do Trombetas. A sobrevivência de sua população se dá através da
extração, plantio, coleta, caça e pesca de elementos como frutas, nozes e
castanhas, cana-de-açúcar, algodão, mandioca brava e doce, pimenta, cipós
utilizados na confecção de artesantos e utensílios, anta, mandi, cutia, jacamim,
macaco, mutum, queixada, tartaruga dentre outros (ISA, 2010).
Esta Terra Indígena possui um variado número de grupos indígenas.
Entretanto, as lideranças indígenas reconhecem a predominância de três: Wai-Wai,
Kaxuyana e Hixkaryana. Há o reconhecimento de que muitos dos povos descritos
são subgrupos Hixkaryana como os Parukoto, Karahawyana, Mawayana e Xereu
(CGPH, 2009).
45
• Wai-Wai – falantes da língua Wai-Wai que pertence à família linguística Karib.
Ocupam a Terra Indígena Nhamundá-Mapuera onde dividem espaço com
outras etnias, e ainda a Terra Indígena Wai-Wai em Roraima. Sua população
está estimada em 2.914 (ZEA, 2005).
• Hixkaryana – Autodenominam-se Wabu. São falantes da língua Hixkaryana
que pertence ao tronco linguístico Karib. Residem os municípios de
Nhamundá (AM), Faro (PA) e Oriximiná (PA).
O conflito revelado pelos indígenas é contra a Eletronorte, que tem interesse
na construção das hidrelétricas Cachoeira Porteira no médio rio Trombetas e Carona
no rio Mapuera, que afetarão diretamente as aldeias Mapuera, Kassawá e Porteira
que possuem níveis diferenciados de contato. Segundo informações do CGPH
(2009), as comunidades vêm reunindo caciques, professores, lideranças e demais
comunitários para discutir os riscos e benefícios advindos da hidrelétrica. Além
disso, a presença de empresas mineradoras interessadas no potencial minerário da
terra indígena. Consta o requerimento de mineradoras para pesquisa de ouro,
cassiterita, titânio, columbita, ilmenita, wolframita, alumínio, carvão, enxofre,
chumbo, fosfato, linhito, minério de hafnio, turfa, zirconita, tantalita e estanho
(Ricardo, 1999). Segundo este autor, somente consta a autorização de pesquisa nº
83 para a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM para pesquisa de
cassiterita na região. Entretanto, não se tem notícia de que estes direitos de
pesquisa e concessão de lavra estejam sendo efetivamente exercidos (Ricardo apud
Santilli, 1999). Há registro e denúncias contra a presença de garimpeiros e
castanheiros ilegais nos arredores da aldeia Cafezal dos índios Kaxuayana.
3.1.3.3 Terra Indígena Trombetas-Mapuera
A Terra Indígena possui 3.970.418 hectares, abrangendo os municípios
Nhamundá (AM), Urucará (AM), Oriximiná (PA), Faro (PA), Caroebe (RR) e São
João da Baliza (RR). Trata-se da delimitação do território de ocupação tradicional
dos índios do complexo cultural Tarumã-Parukoto, contando ainda com a presença
de diversos grupos isolados, entre eles dois grupos Waimiri-Atroari.
46
Quadro 11. Povos da Terra Indígena Trombetas-Mapuera do Território Baixo Amazonas.
Nomes Outros nomes ou grafias
Família/Língua
UF (Brasil) Países
limítrofes
População censo/estimativa
Hixkaryana Hixkariana Karib AM, PA, RR 631 (Funasa, 2006)
Katuena Waiwai Karib AM, PA, RR 136 (Funasa, 2006)
Kaxuyana Caxuiana, Katxuyana Karib AP, AM, PA 350 (João do Valle axuyana,
2009)
Waiwai Hixkaryana, Mawayana,
Karapayana, Katuena, Xerew Karib AM, PA, RR 2.914 (Zea, 2005)
Fonte: SIASI-FUNASA/MS, 2009; Queirós, 2006; ISA 2009.
O relatório de identificação e demarcação desta Terra Indígena (2000-2002),
coordenado pelo antropólogo Ruben Caixeta, identificou a presença de diversos
sítios arqueológicos na região, muitos deles em processo de re-ocupação, além de
reconhecer diversas áreas de perambulação de índios isolados, dente elas as do rio
Novo, rio Cidade Encantada, cabeceira do Baracuxi, rio Carara ou Cidade Velha e
rio Cachorrinho. Ressalta ainda a utilização de uma de suas áreas como rota de
caça, pesca, ritual e comercialização dos índios Tarumã-Parukoto que habitam a
outra Terra Indígena, a Nhamundá-Mapuera.
A população de 2.805 habitantes está distribuída em pequenos sítios e
aldeias ao longo do rio Jatapu e afluentes, dentre as mais expressivas, destacam-se
Jatapuzinho, no rio Jatapu, aldeia Cobra, no igarapé Cobra, aldeia Katuau no rio
Jatapu, aldeia Samauma, no rio Jatapu e aldeia Naja, no rio Mapuera.
Os índios Tarumã-Parukoto utilizam os recursos naturais da terra indígena
onde praticam caça, coleta e agricultura, sendo a agricultura a principal fonte de
renda. Plantam e colhem mandioca, cará, macaxeira, pupunha, mamão, abacaxi,
pimenta, fibras como algodão e curuá, além de plantas utilizadas para a obtenção de
tintas rituais, como o urucum e o jenipapo. Como recursos faunísticos, destacam-se
a presença e consumo de queixada, caititu, anta, macaco, jabuti, mutum, trairão,
surubim, curimatá, piau, tucunaré, jandiá e piranha. A castanha-do-brasil é o
principal produto coletado na terra indígena e representa uma fonte de renda para os
indígenas que a comercializam nas cidades próximas, além de ser base de seu
consumo. Ainda no relatório de identificação e delimitação da terra indígena (200-
2002), descarta-se a degradação ambiental nas áreas limites da terra indígena.
Contudo, subescreve o impacto gerado por grandes projetos como a hidrelétrica de
47
Jatapu e Balbina, a mineração Pitinga e o projeto de colonização do Instituto de
Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Faz observância ainda que, nas décadas
de 60-70, a região foi cobiçada por balateiros, caçadores de pele, garimpeiros e
mineradoras (BRASIL, 2004, pag 46, seção 1).
A Terra Indígena Trombetas-Mapura foi homologada como área tradicional
dos índios do complexo cultural Tarumã-Parukoto (contactados ou isolados), além
de abrigar grupos do complexo cultural Waimiri-Atroari (isolados) e outros grupos
isolados. Entre o grupo Tarumã-Parukoto estão os povos Karapaywana, Wai-Wai,
Katuena, Hixkaryana, Maywana, Xereu, Cikiryana, Tunayawana, Yaipiyana e
Pianokoto. Parte desta população mora em três outras Terras Indígenas contínuas
ou próxima: Terra Indígena Nhamundá-Mapura (AM/PA) e Terra Indígena Waimiri-
Atroari (RR) e outra na Guiana.
A historiografia do estado do Pará ressalta que, desde o século XVII, os
índios do complexo Tarumã-Parukoto já habitavam o interior da Terra Indígena
Trombetas-Mapuera. Atualmente, estes indígenas ocupam as áreas dos rios
Nhamundá (PA), Mapuera (PA), rio Essequio (Guiana), rio Anauá (RR) e rio Jatapu
(RR e AM).
As décadas de 60 e 70 marcam um período de grande procura de balateiros,
mineradoras e caçadores na terra indígena onde hoje é reconhecida a Terra
Indígenas Trombetas-Mapuera. A região ainda sofre pressões sobre seus recursos
naturais e minerais. Sobre estes últimos, destacam-se aqueles que despertaram o
interesse de mineradoras como Vale do Rio Doce e Matapi Mineradora, registrados
nos autos de requerimento para pesquisa e/ou lavra: cassiterita, monazita, titânio,
minério de estanho e estanho, além de outros como columbita, chumbo, ouro,
tantalita, anatásio e ilmenita (Ricardo, 1999).
Há diversas denúncias de exploração irregular de recursos pesqueiro e
madeireiro, além da constante ameaça fundiária por parte de fazendeiros da região
que contestam a aglutinação de várias terras indígenas no território, o que diminui a
extensão de terras disponíveis para ocupação e exploração diversa para os não
indígenas.
Organismos governamentais – campo de atuação
ELETRONORTE - construção e administração estadual da hidrelétrica de
Jatapu, no rio de mesmo nome. O Governo dos estados do Pará e Roraima têm
48
gerado compensações aos impactos causados pela construção da hidrelétrica aos
povos Wai-Wai e Waimiri-Atroari.
FUNAI – Fundação Nacional do Índio, administração regional de Belém (PA),
é a responsável pela fiscalização do território da Terra Indígena Trombetas-
Mapuera.
FUNASA – O Distrito Sanitário Especial Indígena Leste de Roraima é o
responsável pela atenção à saúde dos povos indígenas que residem na Terra
Indígena.
Organizações indígenas com atuação na Terra Indígena
Organizações indígenas – o movimento indígena é representado pelo
Conselho Indígena de Roraima (CIR), Organização das Mulheres Indígenas de
Roraima (OMIR) e Organização dos Professores Indígenas de Roraima (OPIR).
O diagnóstico territorial explicita a existência de conflitos nas terras indígenas,
provocadas pelos interesses de agentes econômicos na exploração dos recursos
minerais e produtos da biodiversidade presentes nas terras indígenas.
49
Figura 9. Terras Indígenas encontradas no Território Baixo Amazonas – AM.
Fonte: SIPAM. Base de Terras Indígenas IBAMA, 2006. Adaptação de Silva, 2010.
50
3.1.4 Os Remanescentes de Quilombos
A história dos quilombos do Baixo Amazonas Paraense se inicia por volta de
1780, onde teve início o cultivo do cacau e a criação de gado em grandes fazendas
na região de Santarém e de Óbidos. O crescimento econômico tornou essa região
uma das mais importantes na Província do Grão-Pará nesta época. Uma grande
quantidade de escravos africanos foi trazida para trabalhar nessas fazendas. Os
historiadores acreditam que esses escravos eram originários da região da África
conhecida como Congo-angolana, sendo, na sua maioria da etnia bantu. Os
quilombos foram formados já nas primeiras décadas da implantação das fazendas
(CPISP, 2010).
No Território Baixo Amazonas, os quilombolas residem à margem esquerda
do rio Andirá, com aproximadamente 600 pessoas nas comunidades São Pedro,
Boa Fé e Matupiri.
Segundo relatório da Federação das Organizações Quilombolas do Município
de Barreirinhas, em 1878, aproximadamente, de um navio negreiro transportava os
escravos para serem vendidos no Pará, um grupo de escravos conseguiram fugir do
navio e chegaram a Vila Amazônia em busca de liberdade. Um comerciante
chamado Ataide levou o grupo para trabalhar na sua propriedade em Barreirinha,
com algodão e madeira. Quando foram despedidos da propriedade, o grupo
continuou em Barreirinha, subindo o rio Andirá fixaram-se numa localidade
denominada de Matupiri.
Os quilombolas estão organizados socialmente nas comunidades que
produzem seus meios de vida na floresta, na terra e na água. Eles extraem da
floresta uma relação bastante extensa de produtos, incluindo-se alimentos de origem
vegetal e animal como: madeira, palha, frutos silvícolas, óleos essenciais, remédios,
substâncias aromáticas, gomas elásticas e fibras. A caça consiste numa atividade
sazonal relevante como alternativa alimentar e fonte de proteína animal. A caça é
uma atividade muito importante nas comunidades, entretanto, não se pode
particularizar a sua análise sem deixar de reconhecer que a pesca é a principal fonte
de proteína. A agricultura possui, para todas as quatro comunidades, uma grande
importância econômica, principalmente a mandioca e a banana. Depois da mandioca
e a farinha, o peixe é o produto mais importante na vida os quilombolas, eles
declararam que a pesca é para a subsistência nas quatro comunidades. A pesca
assume um caráter de atividade subsidiária, surgindo como elemento de apoio no
51
que se refere à provisão de alimentos, uma vez que a farinha de mandioca é o
principal produto agrícola local.
Os principais problemas enfrentados pelos quilombolas estão relacionados à
falta de resolução das pendências na regularização fundiária dos seus territórios,
ausência de infraestrutura, obras e serviços públicos, com destaque para a falta de
políticas públicas para solucionarem os problemas de abastecimento de água
potável, posto de saúde, escolas, apoio às atividades agrícolas e benefícios sociais
(auxílio maternidades, seguro defeso, bolsa família, etc).
Os principais problemas identificados nas Oficinas do Programa Território da
Cidadania estão relacionados à dificuldade na regularização fundiária dos
agricultores familiares e dos quilombolas, que tem provocado a existência de
conflitos envolvendo madeireiros que recentemente se instalaram no território,
principalmente aqueles localizados nos municípios de Maués, Boa Vista do Ramos,
Barreirinha e Nhamundá.
3.1.5 Os dilemas ambientais do Baixo Amazonas
3.1.5.1 Lixo
O lixo também passa a ser um problema ambiental, uma vez que seu destino
é a queimada, por mais de 50% da população e menos da metade é coletado, mas
sem nenhum tipo de tratamento (Figura 10).
A maioria das cidades tem apenas lixões, a coleta é feita em tratores e
caminhões abertos. Apenas Maués e Urucará coletam mais de 40% do lixo
produzido.
Os agentes sociais do Colegiado Territorial ressaltaram o principal problema
que tem gerado impactos negativos nas áreas protegidas, nos assentamentos rurais
e nas propriedades rurais, é o uso irracional dos recursos naturais e regularização
fundiária: Dentro os problemas: exploração irregular da reserva legal; a falta de
regularização da propriedade inviabiliza o licenciamento ambiental; áreas intenso
tráfico de animais e madeira; devastação ambiental; frequentes queimadas
indiscriminadas; falta de pesquisa para manejo dos recursos naturais; falta de
acordo de pesca; falta de fiscalização; desmatamento indiscriminado; terminais de
barcaças; esgotamentos sanitários sem tratamento; inexistência e/ou insuficiência de
recursos técnico-operacionais para a gestão do lixo: coleta seletiva, reciclagem e
destino do lixo.
52
Outros problemas que geram impactos negativos são: inexistência de
programas de agroecologia e ecoturismo, inexistência programas de educação
ambiental, ação fiscalizadora frágil, baixa fiscalização sobre manutenção de reservas
legais, demora na conclusão do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE),
inexistência de um programa de coleta e tratamento de água e esgoto. É importante
asseverar que a frágil aproximação das ações do Ministério do Meio Ambiente e da
Secretaria Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável para os
municípios do território, não promoveu o fortalecimento dos sistemas municipais de
meio ambiente, como a elaboração dos Planos Diretores Municipais, o Fundo
Municipal de Meio Ambiente, o Conselho Municipal de Meio Ambiente e apoio
financeiro para estruturação e formação das Secretarias Municipais de Meio
Ambiente.
Um aspecto crítico no território, que afeta outras áreas, como meio ambiente
e, consequentemente, a saúde é o saneamento ambiental: as infraestruturas
voltadas para o saneamento e de depósito de resíduos sólidos. A falta de aterros, de
rede de coleta de esgoto e estações de tratamento de água e esgoto, dada a sua
proporção, deixa de ser um aspecto local, adquirindo abrangência territorial.
Entretanto o problema é mais grave em algumas cidades, principalmente,
Barreirinha, São Sebastião do Uatumã, Nhamundá e Boa Vista do Ramos.
Figura 10. Proporção de moradores por tipo de destino de lixo no Território Baixo Amazonas.
Fonte: IBGE, Censo Demográfico (2000).
53
3.2. CONTEXTO SOCIAL
3.2.1 Saúde
Nos municípios da zona rural do estado do Amazonas, o tema saúde é de
grande proporção, porém, em muitos casos, não atende à necessidade da
população local. O governo federal tem tentado organizar, eventualmente, planos de
intervenção sanitária direcionados para as regiões. Especificamente no Amazonas,
onde se aplica maior recurso financeiro na área da saúde de toda Região Norte,
conforme quadro 12.
Quadro 12. Recursos próprios aplicados em saúde – Estados da Região Norte 2006- 2008.
UF PERCENTUAL APLICADO / ANO
2006 2007 2008
Rondônia 12,11 12,00 12,78
Acre 13,77 13,82 14,34
Amazonas 23,47 22,17 19,21
Roraima 13,22 13,64 14,95
Pará 12,74 12,61 12,77
Amapá 12,93 13,74 13,91
Tocantins 13,52 14,74 13,79
Fonte: SEPLAN, 2009.
As Secretarias Municipais da Saúde são responsáveis pelas coordenações,
execuções, supervisões e avaliações das ações básicas de saúde, a partir dos
postos de saúde nas áreas rurais e urbanas. No entanto, no Território Baixo
Amazonas, o sistema da saúde pública não atende à necessidade de toda
população, passando a ser incipiente na infraestrutura e nos recursos humanos para
atendimento básico. Assim, ainda que existam deficiências no sistema de saúde
pública, há postos de saúde, unidades mistas de Saúde, Hospitais de médio porte
(em Parintins) e a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) que são responsáveis
pelo atendimento básico para toda população.
Em relação à variação da oferta de leitos/habitante (quadro 13), os dados
apontam que a disponibilidade de leitos do território é extremamente baixa. No
cenário analisado, os leitos não atendem nem à demanda da população urbana. A
cidade de Parintins apresenta uma melhor estrutura de serviços hospitalares, devido
o município se constituir em um grande polo turístico.
54
A situação da população do meio rural é mais agravada, uma vez que as
cidades não possuem infraestrutura de leito, pois na maioria das comunidades não
existem postos de saúde.
Quadro 13. Número de Leitos no Território Baixo Amazonas.
MUNICÍPIOS DEPENDÊNCIA TIPOLOGIA LEITOS
2006 2007
Barreirinha Estadual Unidade Mista 17 17
Boa Vista do Ramos Estadual Unidade Mista 20 20
Maués Estadual Unidade Mista 66 66
Nhamundá Estadual Unidade Mista 30 30
Parintins Est/Munic/FNS/Filantróp. C.S/SPA/Hospital
Médio
151 151
São Sebastião do
Uatumã
Estadual Unidade Mista 20 20
Urucará Estadual Unidade Mista 40 40
Total 344 344
Fonte: Anuário Estatístico, 2008.
Os dados abaixo mostram o perfil das unidades de atendimento à saúde no
Território Baixo Amazonas. No total, são 105 estabelecimentos de saúde. Segundo
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), os municípios com maior
número de estabelecimentos são Barreirinha e Parintins. Este último, ainda se
destaca por possuir estabelecimentos como: clínicas particulares, laboratórios,
policlínica e unidade móvel de saúde. Os Municípios de Barreirinha e Nhamundá se
destacam por possuir o maior número de postos de saúde no Território Baixo
Amazonas.
Quadro 14. Número de unidades segundo tipo de estabelecimento - 2009.
Descrição
Estabelecimento de Saúde
Unidade Básica de Saúde
Postos de Saúde
Unidade Mista
Centro de Saúde
Hospital Geral
Outros
Barreirinha 27 - 25 1 1 - -
Boa Vista do Ramos 4 - 2 1 1 - -
Maués 15 - 4 1 6 - 4
Nhamundá 14 - 13 1 - - -
Parintins 34 4 1 - 9 2 18
São Sebastião do Uatumã 4 3 - 1 0 - -
Urucará 7 4 - 1 1 - 1
Total no Território Baixo Amazonas 105 11 45 6 18 2 23
Fonte: CNES, 2009.
55
Do número de internações nos municípios do Território Baixo Amazonas,
Parintins se destaca com o maior número de internações, um total de 473. O número
elevado refere-se à maior concentração populacional do município, que recebe os
casos mais agravantes (Quadro 15). Um problema de saúde pública no Território
Baixo Amazonas decorre da falta de saneamento básico, conforme será explicitado
abaixo.
Quadro 15. Internações Hospitalares do SUS – Território Baixo Amazonas, 2009.
MUNICÍPIOS TOTAL
Barreirinha 50
Boa Vista do Ramos 24
Maués 122
Nhamundá 29
Parintins 473
São Sebastião do Uatumã 25
Urucará 59
Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), 2010.
Segundo relatório da Secretaria do Estado de Saúde (2007), os indicadores
de mortalidade no estado do Amazonas, ainda não representa a real situação do
quadro finalizado acima. Apresentam deficiências quantitativas e qualitativas, à
medida que o registro de óbitos efetuados nos municípios demonstram uma
cobertura marcadamente baixa e heterogênea na captação e notificação de óbitos,
com uma amplitude de variação em 2007 de 10,9 % a 222,4%, em relação aos
óbitos esperados.
Considerando o quadro abaixo, os municípios que se destacam em número
de óbitos são Maués e Barreirinha. A subnotificação de óbitos permeia praticamente
todos os municípios, o que vai refletir na taxa de mortalidade geral e outros
indicadores de mortalidade. Os dados não permitem a identificação das principais
causas dos óbitos - morbidade.
56
Quadro 16. Cobertura do número de óbitos por 1000 habitantes, Território Baixo Amazonas, 2007.
MUNICÍPIOS POPULAÇÃO
2007
ÓBITOS COBERTURA DÉFICIT
ESPERADOS INFORMADOS COEF. P/
1.000 HAB.
%
ALC.
Nº ABS. %
Barreirinha 27.281 122 72 2,6 58,9 50 41,1
Boa Vista do Ramos 12.945 57 39 3,0 68,5 18 31,5
Maués 47.925 211 145 3,0 68,8 66 31,2
Nhamundá 17.099 75 36 2,1 47,8 39 52,2
Parintins 116.092 615 318 2,7 51,7 297 48,3
São Sebastião do
Uatumã 9.328 41 11 1,2 26,8 30 73,2
Urucará 24.197 106 27 1,1 25,4 79 74,6
Fonte: SUSAM, 2007.
A maioria dos municípios do território não conta com serviços hospitalares,
sobretudo os serviços de média e alta complexidade. Dessa forma, os serviços
hospitalares estão mais organizados em nível municipal.
3.2.1.1 Situação da malária no Território Baixo Amazonas
Em relação à situação epidemiológica no Território Baixo Amazonas, há
casos de municípios que ainda estão em contínuo crescimento no caso da malária.
Em Maués, em comparação ao ano de 2005, houve um crescimento de 167 casos
com relação ao ano de 2007. Em Parintins (no ano de 2007), houve a diminuição de
mais de 50% dos casos em comparação ao ano de 2005, mas um aumento no ano
de 2008. No entanto, os números que chamam atenção é do município de São
Sebastião do Uatumã.
Segundo dados da SEPLAN (2009), houve um crescimento considerado de
alto risco de contaminação da malária, mas com uma considerável diminuição no
ano de 2008, com 664 casos.
No total, os casos de malária na região do Território Baixo Amazonas têm
diminuído gradativamente. Em comparação com os anos de 2005 a 2008, somente
no ano de 2007 houve aumento de casos. O ano de 2008 é o que revela menor
índice de casos.
Importante é ressaltar que o Indicador de Gravidade - IPA - Índice Parasitário
Anual refere-se para casos de população de 1.000 habitantes, o baixo risco seria: <
10/1.000 hab. o médio risco se refere a: 10 a 49,9 casos por 1.000 habitantes e
considera o alto risco: ≥ 50 casos por 1.000 habitantes. Nesse sentido, para o
57
Território Baixo Amazonas, os municípios oscilam entre médio e alto grau de risco
em casos de malária. Os municípios de Barreirinha e Boa Vista dos Ramos são os
que possuem o menor índice de casos da doença.
Os dados epidemiológicos dos últimos 04 anos, nos municípios do Território
Baixo Amazonas, demonstram que o município São Sebastião do Uatumã tem lugar
de destaque como espaço de produção da malária, com aumento exponencial a
partir do ano de 2005, quando foram registrados 2.054 casos em todo o município.
Em 2006, foram notificados 1.632 casos, seguindo-se de 1.539 em 2007, com
decréscimo, quando se registraram 664 casos autóctones em 2008. No ano de
2009, os índices são menores por motivo das estatísticas se mostrarem até o
primeiro semestre (Figura 11).
Figura 11. Dados Epidemiológico da Malária nos municípios do Território Baixo Amazonas
Fonte: SEPLAN / SIVEP MALÁRIA, 2009.
Nas oficinas realizadas nos municípios que compõem o Baixo Amazonas
(Parintins, Maués e Barreirinha), aparecem questões importantes para se
compreender melhor a temática Saúde no território. Os problemas relacionados à
área da saúde mais comuns relatados pelos participantes das oficinas foram: falta
posto de saúde com medicamentos; falta de conhecimento dos programas
58
municipais de saúde; falta de transporte para doentes das comunidades rurais; falta
de serviços de referência à saúde da mulher, da criança, do adolescente e do idoso;
grande dificuldade para realização de exames e internações; falta capacitação dos
moradores das comunidades rurais; insuficiência de equipamentos de saúde para
atender às demandas territoriais; ausência (pouca valorização) de medicina
preventiva; ineficiência de políticas públicas para meio rural; infraestrutura de
serviços de saúde deficiente; e alto custo do profissional médico.
3.2.2 Abastecimento de água
O abastecimento de água para consumo da população na zona urbana dos
municípios é feito, na maioria das vezes, pela rede geral e seguido por poços
artesianos. Na zona rural, o consumo, em sua maioria, é feito do próprio rio, com
pequenos tratamentos como o hipoclorito de sódio, fervura, coação.
No município de Parintins, o abastecimento da água é realizado pelo Serviço
Autônomo de Águas e Esgotos – SAAE. A capacitação é efetuada em mananciais
subterrâneos através de 22 poços artesianos com média de 80 metros de
profundidade. Estão ativados poços na área urbana com capacidade de produção
maior que o volume captado. Na área rural deste município, estão instalados 9
poços, localizados nas agrovilas de Mocambo, Caburi e Vila Amazônia. A extensão
de rede de abastecimento é de 11.478 m, com um total de 14.386 ligações (COUTO,
2005).
Em Nhamundá, a capacitação e abastecimento estão a cargo da Companhia
de Saneamento do Amazonas. O sistema na cidade é realizado por captação
subterrânea, um reservatório elevado com capacitação de 65 m³ e distribuição da
água encanada em rede pública. Na zona rural deste município o abastecimento é
realizado por 11 poços artesianos, embora a captação de água para consumo seja
feita pelas famílias nos rios e igarapés (COUTO, 2007).
O abastecimento de água está ligado à qualidade de vida das populações e
como o crescimento das cidades interioranas não passou por uma política de
planejamento adequada, as cidades ainda sofrem com o problema do
abastecimento, como podemos constatar no gráfico acima. É significativo o número
de abastecimento de água por outra forma, que pode ser por igarapé ou água sem
tratamento. A rede geral encanada é elevada nos municípios de Urucará (64,2%),
59
São Sebastião do Uatumã (73,5%) e Parintins (62,4%). Já no município de
Barreirinha o percentual é de 37,8% (Figura 12).
Figura 12. Domicílios particulares, por forma de abastecimento de água. Fonte: IBGE, Censo Demográfico (2000).
Quanto à água canalizada, o Baixo Amazonas tem problemas graves, as
cidades com maior população urbana não chegam a atender 70% dos domicílios
com água proveniente da rede geral. O maior índice de domicílios atendidos é
apresentado em Parintins, enquanto Barreirinha atinge 37,8% dos domicílios.
No que diz respeito ao abastecimento de água na zona rural, é evidente que o
abastecimento é feito pelos poços e nascentes, mas a inexistência de dados não
permitem detalhar o percentual de população da zona rural sem acesso à água de
qualidade.
A partir dos dados existentes é possível traçar uma tendência de que a
maioria da população da zona rural tem acesso apenas às nascentes e outros
formas de acesso à água.
Nas oficinas realizadas nos municípios que compõem o Baixo Amazonas
(Parintins, Maués e Barreirinha), aparecem questões importantes para se
compreender melhor a temática da falta de água. Os problemas relacionados ao
abastecimento de água foram: inexistência de campanhas de cloro, flúor e higiene
pessoal; falta de poços artesianos com profundidade necessária para obtenção de
água de qualidade; o consumo de água sem tratamento provoca doenças como
diarreia, desidratação, febres, amebas, dentes com cáries, etc.; e dificuldade de
acesso aos serviços de saúde.
60
3.2.3 Saneamento
Em 2002, iniciou-se a construção de 6 quilômetros de rede de esgoto com
duas estações de tratamento através de um convênio com o Ministério a Saúde no
valor de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais). Para a coleta de esgotos
sanitários (águas negras), são utilizados sumidouros, fossas sépticas e privadas
higiênicas, resultantes de um trabalho realizado pela unidade de saneamento da
prefeitura que promove a doação de materiais para a população de baixa renda, ou
os dejetos são despejados diretamente no rio. Nas comunidades rurais, a maioria
das famílias usa os sanitários, conhecidos como fossa negra, localizadas fora da
casa principal e construídos por um buraco no chão, casinha e piso de madeira,
podendo ser cobertos ou não (COUTO, 2005).
Destacam-se, no quadro 17, os números de instalação sanitária por fossa
rudimentar, vala, fossa séptica e o último item (sem instalação sanitária). O número
de instalações por fossa rudimentar é o que cobre maior percentual. Em Boa Vista
do Ramos, quase 90% da população usa a fossa rudimentar para despejo dos
dejetos sanitários. A vala comum é usada por quase metade da população de
Barreirinha, mais de 8% dos moradores do Município de Maués não fazem uso de
nenhuma instalação sanitária. Importante é observar que a rede geral de esgoto é
inexistente no município de São Sebastião do Uatumã (segundo o censo de 2000) e
sem nenhum tipo de tratamento.
Quadro 17. Proporção por tipo de instalação sanitária no Território Baixo Amazonas.
Município
Instalação Sanitária %
Rede geral de esgoto ou pluvial
Fossa séptica
Fossa rudimenta
r Vala
Rio, lago ou mar
Outro escoadour
o
Não sabe o tipo de escoadour
o
Sem instalação sanitária
Barreirinha 0,1 2,9 43,6 45,2 0,4 0,1 0 7,7
Boa Vista do Ramos 0,2 4,2 89,9 3,1 0,0 0,1 0 2,5
Maués 0,2 18,8 59,2 12,6 0,4 0,1 0 8,8
Nhamundá 0 12,0 79,4 1,8 0,1 0,1 0 6,6
Parintins 1,1 23,9 65,2 5,3 0,9 0,1 0 3,5
São Sebastião do Uatumã
0 15,3 54,7 26,7 0,1 0 0 3,2
Urucará 0,4 18,3 48,2 29,0 0,1 0,1 0 3,9
Fonte: IBGE, Censo Demográfico (2000).
61
A questão do saneamento ambiental no Território Baixo Amazonas é crítica.
Todas as cidades possuem um elevado percentual de domicílios sem coleta de
esgoto. A grande maioria das comunidades rurais não tem banheiro com fossa
séptica. Mesmo as cidades que coletam esgoto e distribuem água, em sua maioria,
não possuem Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).
Os dados de água, saneamento e lixo revelam que o território tem fragilidade
na prevenção de doenças infecciosas e parasitárias. Os dados explicitam que a
população do território necessita urgentemente de elevados investimentos em
saneamento básico, cuja relação direta será o aumento dos investimentos públicos
na saúde curativa. Na zona rural, onde são elevados os déficits de saneamento
básico, a maioria dos domicílios sequer tem banheiro com fossa séptica, água
encanada e sistema de coleta de lixo, como mostram as tabelas acima.
3.2.4 Educação
Para uma visão geral do quadro da educacional da rede pública de ensino no
Território Baixo Amazonas, destaca-se, em larga escala, o número de estudantes de
nível fundamental, que varia entre 6ª e 9ª série, um total de 60.375 estudantes. O
ensino médio, nível que varia entre o 1º ao 3º ano se destaca em segundo lugar,
com um total de 12.236 estudantes e o ensino infantil possui um total de 11.184
(Quadro 18).
É necessário realizar um amplo levantamento identificando os pontos precisos
onde é necessário reformar a rede física e ampliar o potencial de atendimento. Dotar
as escolas de infraestrutura de informática e capacitar pessoal para dar suporte
adequado nas escolas.
O Estado deve garantir essa infraestrutura, qualificar professores, criar e
ampliar bibliotecas escolares, municipais e itinerantes, formar recursos humanos
para o trabalho com alunos portadores de necessidades especiais, produzir e editar
livros didáticos e paradidáticos, que trata da obrigatoriedade de temas de afro-
descendentes e indígenas.
62
Quadro 18. Número de alunos matriculados por nível de ensino no Território Baixo Amazonas.
Municípios Alunos matriculados na rede pública de ensino
Infantil Fundamental Médio
Barreirinha 1.922 7.585 1.460
Boa Vista do Ramos 832 3.745 772
Maués 1.992 14.951 2.163
Nhamundá 797 4.502 855
Parintins 4.606 24.179 5.566
São Sebastião do Uatumã 576 1.911 423
Urucará 459 3.502 997
Total 11.184 60.375 12.236
Fonte: IBGE, 2008.
Segundo PTDRS BAIXO AMAZONAS (2007), em algumas situações, as
escolas se encontram nas áreas mais povoadas, o ensino oferecido nas
comunidades mais longínquas é até a quarta série do Ensino Fundamental, o que
faz acontecer a migração de estudantes para as sedes dos municípios ou para as
comunidades com uma oferta maior de boa estrutura e corpo docente.
Com relação às instalações, grande parte das escolas apresenta problemas
de estrutura do prédio e também no seu funcionamento quanto a um atendimento
qualificado.
No caso dos professores, não existe a oferta de capacitação nem alojamento;
o material didático é insuficiente para o número de alunos, os alunos que moram em
localidades distantes da escola são penalizados por falta de condução.
O ensino superior no território tem sido incentivado por parte do Governo
Federal e Estadual, sendo a Universidade Estadual do Amazonas - UEA um desses
investimentos, apresentando um total de 2.760 alunos matriculados, com
representação nos sete municípios do território. A Universidade Federal do
Amazonas – UFAM conta com um contingente de 449 alunos no total, sendo 299 no
Campus Avançado de Parintins e 150 em Maués, como está representado na tabela
abaixo. Ainda há de se destacar a inserção de novas unidades de ensino do Instituto
Federal do Amazonas, IFAM, que, no ano de 2010, proporcionou um total de 240
vagas para seu quadro de alunos no Território Baixo Amazonas (Quadro 19).
63
Quadro 19. Número de alunos matriculados por nível de ensino superior no Território Baixo Amazonas.
Municípios ANO – 2007 e 2010 Total por
município Estadual (UEA) Federal (UFAM) Federal (IFAM)
Barreirinha 141 0 0 141
Boa Vista do Ramos 36 0 0 36
Maués 584 150 120 854
Nhamundá 87 0 0 87
Parintins 1.790 299 120 2.209
São Sebastião do Uatumã 82 0 0 82
Urucará 40 0 0 40
Total por Instituição 2.760 449 240
Fonte: IBGE / UFAM / IFAM / UEA – 2010.
A presença da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), da Universidade
do Estado do Amazonas (UEA) e do Instituto Federal do Amazonas (IFAM) tem
contribuído para a formação escolar da população do interior do estado. A Educação
Superior chega a quase todos os municípios do estado do Amazonas através do
Projeto PROFORMAR oferecido pela UEA, ministrando o curso de graduação
Normal Superior. Além do PROFORMAR, a UEA mantém dois Núcleos de Ensino
Superior, sendo um em Parintins e outro em Maués com vários cursos e
principalmente de habilitação em Licenciatura. A UFAM também oferece cursos de
graduação para os municípios do interior do estado por meio da graduação regular
ou pelo Programa Especial de Formação Docente da Rede Pública (PEFD-RP). Este
programa tem o objetivo de formar os docentes que atuam na educação básica para
o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do
ensino fundamental, oferecida em nível médio, na modalidade Normal.
Segundo PTDRS BAIXO AMAZONAS (2007), apesar dos investimentos, o
avanço acadêmico é ainda bastante escasso, evidenciando-se apenas nos
municípios de Maués e Parintins. No entanto, mesmo em Maués, que é a sede de
uma universidade, a porcentagem de pessoas entre 18 e 22 anos que frequentam o
curso superior é de 0%. Frente a esse dado alarmante, pois se espera que, pelo
menos na região que se tem o acesso direto à universidade, a mesma seja
frequentada por um mínimo de jovens do local. Em oposição a esse dado, está o
resultado de Parintins, que tem o maior valor de frequência de jovens entre 18 e 24
anos, com presença de 0,86%. Quanto à análise de pessoas com 25 anos ou mais,
os dados se mostram um pouco diferentes, tendo Maués ainda como o de menor
64
frequência, mas com Boa Vista do Ramos com o de maior frequência, podendo daí
se concluir que muitas pessoas dessa região, para terem acesso ao estudo no curso
superior migram para os municípios detentores de universidades. É importante
ressaltar que, embora existam grandes problemas na questão educacional, a esfera
federal busca suprir as necessidades de ensino superior nos municípios do Brasil.
No ano de 2010, os municípios de Parintins e Maués recebem três novos cursos
técnicos que visam suprir as necessidades de curto e médio e longo prazo para a
população local (Quadro 20).
A criação dos cursos superiores no território, é certo, promoverá o
desenvolvimento humano no Baixo Amazonas. Mas esse plano não poderá deixar
de estabelecer como prioridade máxima a criação da fazenda experimental em
Parintins e casas dos estudantes. Além da criação de cursos no CETRU para
formação de técnicos nas temáticas da agricultura familiar. A oferta de cursos de
pós-graduação, em nível de especialização e mestrado, torna-se também uma
necessidade em função da expansão do ensino superior na região, que passa a
exigir cada vez mais profissionais titulados em nível de mestrado e doutorado.
Quadro 20. Educação Superior no Território Baixo Amazonas – 2009.
Curso/ habilitação
Modalidade
Município
Universidade Federal do Amazonas - UFAM
Administração em Gestão Organizacional
Presencial Parintins
Comunicação social
Pedagogia
Serviço social
Zootecnia
Educação física
Artes Plásticas
Artes plásticas / Licenciatura
Presencial Maués
Administração / Bacharelado
Ciências Agrárias / Licenciatura
Universidade do Estado do Amazonas - UEA
Biologia / Licenciatura
Presencial Parintins Física / Licenciatura
65
Curso/ habilitação
Modalidade
Município
Geografia / Licenciatura
História / Licenciatura
Matemática / Licenciatura
Letras / Licenciatura
Química / Licenciatura
Educação Física / Licenciatura
Normal superior
Pedagogia
Tecnologia em Agroecologia
Letras (Língua Portuguesa) / Licenciatura
Presencial Maués
Matemática / Licenciatura
Educação Física / Licenciatura
Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas
Normal Superior Instituto Federal do Amazonas - IFAM
Técnico Integrado em Administração
Presencial Parintins
Técnico Integrado em Agropecuária
Técnico Integrado em Informática
Instituto Federal do Amazonas - IFAM
Técnico Integrado em Administração
Presencial Maués
Técnico Integrado em Agropecuária
Técnico Integrado em Informática
Fonte: IBGE / UFAM / IFAM / UEA – 2010.
Os índices de alfabetização indicam que, no Baixo Amazonas, as cidades são
as que possuem o maior índice de pessoas alfabetizadas, enquanto a zona rural
apresenta os menores valores.
Procedendo a uma análise focada na questão do analfabetismo no território,
observa-se que, na população de 15 e mais anos de idade, os municípios que
apresentam os maiores índices são Barreirinha (17,3%), Nhamundá (15,5%) e
Maués (15,4%). Observa-se ainda que, em sua totalidade, a zona rural é a que
66
possui o maior índice de analfabetismo, devendo haver maiores investimento
educacionais para esta região (Quadro 21).
Os municípios que apresentam os maiores aumentos no número de pessoas
alfabetizadas são Parintins (9,4%) e Boa Vista do Ramos (11,0%).
Quadro 21. Taxa de analfabetismo, segundo os municípios do Baixo Amazonas – 2000.
Municípios
População de 15 e mais anos (Idade)
Total Urbana Rural Absoluto %
Total Urbana Rural Total Urbana Rural
Barreirinha 11.991 5.025 6.966 2.070 558 1.512 17,3 11,1 21,7
Boa Vista do Ramos 5.631 2.772 2.859 622 271 351 11,0 9,8 12,3
Maués 22.110 12.314 9.796 3.403 1.126 2.277 15,4 9,1 23,2
Nhamundá 8.484 3.7000 4.784 1.318 283 1.035 15,5 7,6 21,6
Parintins 51.759 34.562 17.197 4.886 2.729 2.157 9,4 7,9 12,5
São Sebastião do Uatumã
3.876 2.627 1.249 510 253 257 13,2 9,6 20,6
Urucará 10.172 4.763 5.409 1.364 418 946 13,4 8,8 17,5
Fonte: IBGE, 2008.
A pedagogia da alternância consiste num projeto pedagógico realizado em
Escolas Família Rurais. Seu propósito é garantir a escolarização dos filhos dos
trabalhadores rurais, sem que eles se desvinculem do cotidiano das práticas próprias
do meio rural. Para garantir a sua eficácia são necessárias: uma organização de
base, que mobilize os usuários em torno da especificidade do seu projeto, uma
estrutura física que permita o internato, a formação adequada dos monitores que
acompanharão os alunos e suas famílias e a opção política por uma escolarização
adequada ao meio onde vivem as pessoas. No Território Baixo Amazonas, as
Escolas Família Rurais tiveram início no município de Boa Vista do Ramos, de onde
o Colegiado Territorial pretende expandir com recursos territoriais para Parintins e
Urucará.
Nas oficinas realizadas nos municípios que compõem o Baixo Amazonas
(Parintins, Maués e Barreirinha), aparecem questões importantes para se
compreender melhor a temática da educação. Os problemas relacionados à
educação foram: falta de formação direcionada para a educação do campo; falta de
aperfeiçoamento dos conteúdos para educação do campo; precária formação dos
profissionais; infraestrutura deficiente; falta de privacidade dos professores e falta de
vivência com os alunos; falta de moradia adequada para os professores nas
67
comunidades; pouca interação entre as universidades públicas e comunidades
rurais; não há valorização dos profissionais da Educação; sistema curricular
inadequado; desestímulo ao bom desempenho das atividades; remuneração
inadequada; uso da metodologia inadequada no ensino multisseriado; e, ensino não
contempla a especificidade do aluno para atender às diferentes séries.
3.2.5 Assistência Social
3.2.5.1 Programas: Transferência de Renda e Assistência Social
A política assistencial brasileira tem sido alterada significativamente nos
últimos anos em transições de gestões nos diferentes níveis de atuação. O grande
impulso se deve à participação de diferentes atores nesse processo, tanto em nível
público, quanto em nível privado. Estas mudanças foram iniciadas com a
Constituição de 1988 e a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), de 1993, como
política pública fundada nos direitos sociais básicos, associada a ações
permanentes, dirigidas aos setores vulneráveis segundo suas necessidades.
Quadro 22. Política Pública no Brasil.
Tipo Instituição Valor R$
Bolsa-Escola Ministério da Educação (MEC). De 15,00 a 95,00
Bolsa-Alimentação (MS). 15,00
Bolsa-Renda (seguro-safra) (MA). Até 600,00
Bolsa-Qualificação (MT). Calculado salário mensal do último
mês
Seguro-desemprego (MT). Calculado salário mensal do último
mês
Abono Salarial PIS/Pasep Caixa Econômica Federal (CEF). 1 salário mínimo
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil
(MPAS). Até 120,00
Programa do Agente Jovem (MPAS). 65,00
Benefício Mensal – Idoso (MPAS). 1 salário mínimo
Benefício Mensal – Portadores de Deficiência
(MPAS). 1 salário mínimo
Renda Mensal Vitalícia (MPAS). 1 salário mínimo
Auxílio-gás (MME). 15,00
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS, 2010.
As diferenças geradas entre as regiões brasileiras foram, significativamente,
minimizadas no momento em que estes programas e projetos sociais se tornaram
68
acessíveis às populações de todas as localidades brasileiras. Atualmente, os
programas de oferecimento de bolsas constituem importante marco na pequena
elevação da renda de famílias distribuídas pelo estado do Amazonas. Tal como é
possível observar nos municípios do Território Baixo Amazonas, estas bolsas
passam a ocupar um papel fundamental na geração da renda dessas famílias, não
sendo a única forma de renda das famílias, uma vez que tal população vive da
pesca, artesanato, caça, trabalho informal, dentre outras ocupações.
3.2.5.2 Assistência Social no Território Baixo Amazonas
O estado do Amazonas recebe do Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome (MDS), por ano, R$ 760,2 milhões para execução de programas
sociais. As ações nas áreas de transferência de renda, assistência social e
segurança alimentar beneficiam 1,5 milhões de pessoas. O Programa Bolsa Família,
maior programa de transferência de renda do País, transfere por mês R$ 28,7
milhões para 263,7 mil famílias amazonenses (Quadro 23).
Quadro 23. Programas sociais do Território Baixo Amazonas.
Programa Destino Valor R$
Programa Jovem Cidadão Jovens de 15 a 17 anos 65,00
Beneficio de Prestação continuada Portado de deficiência e idosos Um Salário mínimo
PAINF – Programa de atenção integral da família
Famílias com vínculos afetivos frágeis, discriminadas por questões de gênero, etnia, deficiência, idade, entre
outras. -
Programa de atenção a criança Crianças na faixa etária de 0 a 6 anos que em situação de vulnerabilidade social
De 8,51 a 17,02 por criança
Rede de proteção social Atender a crianças, adolescentes, jovens, idosos, pessoas portadores de deficiência que se encontra em
situação de risco pessoal e social. -
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS, 2010.
O MDS investiu R$ 3,7 milhão no Programa de Erradicação do Trabalho
Infantil (PETI) no estado, para tirar 14,6 mil crianças e adolescentes do trabalho até
novembro de 2009. Cerca de 8,1 mil jovens são beneficiados com o programa
Projovem Adolescente, que aplicou R$ 3,3 milhões até novembro de 2009. No
Programa de Atenção Integral à Família (PAIF), os 68 Centros de Referência de
Assistência Social (CRAS) atendem a 224 mil pessoas com repasse de R$ 4,7
milhões.
69
Os programas sociais que são destinados aos municípios do Território Baixo
Amazonas, podem ser visualizados no quadro 24.
Quadro 24. Municípios do Território Baixo Amazonas com Programas sociais.
PROGRAMA Barreirinha
Boa Vista do Ramos
Maués Nhamundá Parintins São Sebastião do
Uatumã
Urucará
Programa Jovem Cidadão
Não Não Sim Sim Sim Não Não
Beneficio de Prestação continuada
Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
PAINF – Programa de atenção integral da
família Sim Não Sim Não Não Não Não
Programa de atenção a criança
Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Rede de proteção social Não Não Não Não Sim Não Não
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS, 2010.
3.2.6 Segurança Pública
No que concerne à gestão e políticas públicas, a educação, a saúde e a
segurança respondem por mais de 90% dos servidores do estado. Dentre vários
obstáculos desta natureza, a segurança se destaca com problemas como as
dificuldades de deslocamento das forças da Polícia Civil e Militar, a precária
manutenção de instalações e a ausência de recursos tecnológicos adequados
(SEPLAM, 2009).
Por fim, dentre os vários problemas destacados, a coordenação das forças
ressalta que o maior e urgente obstáculo a ser resolvido é a política de valorização e
qualificação de policiais civis e militares, juntamente com a implantação de sistemas
de análises de informação e comunicação para uma eficiência na segurança pública.
3.2.6.1 Segurança Pública no Território Baixo Amazonas
A precariedade de recursos para a segurança pública é muito mais intensa no
interior do estado e a demanda de recursos humanos e estruturas físicas é bem
menor.
Nos municípios do Território Baixo Amazonas a presença do conselho tutelar
é assídua, devendo este ser inspecionado por juizado da infância e juventude do
estado do Amazonas. As delegacias específicas como delegacia da criança e
70
adolescente e delegacia da mulher são inexistentes em quase todos os municípios
do território, com exceção do município de Parintins (Quadro 25).
Quadro 25. Órgãos de segurança pública no Território Baixo Amazonas.
Município Conselho tutelar Delegacia de proteção
a criança e adolescente
Delegacia da mulher
Juizado especial criminais
Barreirinha Sim Não Não Sim
Boa Vista do Ramos Sim Não Não Sim
Maués Sim Não Não Não
Nhamundá Sim Não Não Sim
Parintins Sim Não Sim Não
São Sebastião do Uatumã Sim Não Não Não
Urucará Sim Não Não Não
Fonte: IBGE/ Perfil dos Municípios Brasileiros, 2006.
No quadro 26, observa-se que a defesa civil, responsável por prevenir e
reduzir desastres se faz presente apenas nos municípios de Barreirinha, Nhamundá
e Parintins, nos demais municípios não existe. Para o estado do Amazonas, a
maioria dos guardas municipais é citada apenas em dois municípios, como
Barreirinha e Parintins, nos dias de festividade o número de policiais aumenta
consideravelmente.
Os crimes como roubos e furtos são direcionados para a cadeia local e os
casos mais agravantes são direcionados à Penitenciária Raimundo Vidal Pessoa,
em Manaus.
É importante ressaltar que, no interior do estado do Amazonas, os recursos
para segurança são limitados. Não há investimento em tecnologias, como também
não há investimentos em capacitação de recursos humanos. Assim, cabe ao estado
dispor recursos para a proteção e segurança para toda sociedade.
71
Quadro 26. Segurança pública no Território Baixo Amazonas.
Município Defesa civil Guarda municipal Total de guardas
municipais
Barreirinha Não Sim 30
Boa Vista do Ramos Sim Não -
Maués Não Não -
Nhamundá Sim Não -
Parintins Sim Sim 60
São Sebastião do Uatumã Não Não -
Urucará Não Não -
Fonte: IBGE/ Perfil dos Municípios Brasileiros, 2006.
3.2.7 Infraestrutura econômica
3.2.7.1 Transporte
A compreensão do sistema de transporte do Território Baixo Amazonas é de
suma importância para o desenvolvimento territorial, uma vez que viabiliza o
deslocamento de pessoas e cargas para diferentes cidades na Amazônia.
O Sistema de Transportes no Baixo Amazonas – Estrutura Atual
Como na maioria dos municípios da zona rural do estado do Amazonas, a
principal via de acesso é a fluvial seguida da via aérea. O transporte terrestre desta
localidade é propício para locomoção na sede dos municípios.
Transporte Fluvial
O transporte fluvial expressa grande importância para o Território, é bastante
utilizado tanto para o transporte de cargas, quanto para a locomoção de
passageiros. Esse tipo de transporte está presente em todo o local, tendo percursos
que chegam ao Território desde Manaus, levando em média aproximadamente de 20
horas, através de barcos regionais (MDA, 2007).
72
Quadro 27. Embarcações que atendem à demanda dos municípios do Território Baixo Amazonas.
Município do Território Baixo
Amazonas
Embarcações Dias de saída Lotação Tempo de viagem
Barreirinha B/M José Rogério; São Fco do Anamã; B/M Almte. Araújo; B/M PP 2001; B/M Bom Socorro IV; B/M Arcanjo
Seg. a sábado 56; 95; 100; 100; 60; 80
30h; 30h; 32h; 32h; 32h; 32h
Boa Vista do Ramos
B/M José Rogério; São Fco do Anamã; B/M Almte. Araújo; B/M PP 2001; B/M Elshadai I; B/M Bom Socorro IV; B/M Arcanjo
Seg. a sábado 56; 95; 100; 100; 80; 60; 80
30h; 30h; 32h; 32h; 20h; 32h; 32h
Maués B/M P P 2003; N/M P P Maués; B/M Dom Jackson I; B/M P P 2002; B/M Calypso I; B/M Elisabeth III
Seg. a sábado 100; 300; 100; 100; 100; 120
20h; 20h; 20h; 20h; 20h; 20h
Nhamundá Capitão J C, cidade de Terra Santa e Santana.
Parintins B/M Coronel Tavares 12; N/M Luiz Afonço; N/M Karolina do Norte; N/M Amazon Star; N/Catamarã; N/M Novo Aliança; N/M Globo do Mar; N/M Parintins; N/M Ana Beatriz III; N/M Golfinho do Mar; B/M Príncipe do Amazonas; N/ M Cisne Branco; N/M Onze de Maio; B/M 14 de Outubro VII; N/M São Bartolomeu; B/M Lírio do Mar; B/M Cap. Nunes; B/M Aliança III
Seg. a sábado 150; 300; 300; 400; 400; 200; 200; 500; 300; 200; 180; 200; 150; 200; 300; 150;
100; 80
20h; 40h; 40h; 4 dias; 4 dias; 28h; 40h; 20h; 40hs; 40h; 20h; 4 dias; 4 dias; 20h; 40h; 40h; 20h; 20h
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
Segundo o Couto (2005), algumas comunidades recebem recurso do poder
público para o transporte de uma comunidade para outra, como é o caso de
Mocambo do Arari. Em outras localidades os moradores se locomovem com
recursos próprios em pequenas embarcações que suprem tais necessidades.
Transporte Intra - Municipal - Terrestre
Nos municípios existem, principalmente nas periferias das sedes municipais,
algumas estradas para ligar comunidades rurais à sede (MDA, 2007).
Quadro 28. Frota de veículos por tipo, segundo os municípios da área de abrangência do Território Baixo Amazonas - 2008.
Municípios Motoneta
Motocicleta
Automóvel
Micro-ônibus
e ônibus
Camionete Caminhão e Trator
Caminhonete Outros Total
Barreirinha 40 104 1 - 3 1 2 - 151
Boa Vista do Ramos
16 37 3 - 3 1 2 - 60
Maués 610 1.025 211 4 ônibus
107 25 23 2 2.007
Nhamundá 57 91 5 - 1 4 3 - 161
73
Parintins 2.923 4.220 753 3 e 7 231 125 e 3 tratores
66 4 8.347
São Sebastião do Uatumã
19 67 1 - 1 3 1 - 92
Urucará 73 157 3 1 e 1 5 11 5 - 256
Fonte: Anuário Estatístico do Amazonas, 2008.
O quadro acima representa o número mais atual da frota de veículos
existentes nos municípios do Território doBaixo Amazonas.
Os municípios de Parintins e Maués se destacam por possuir um número
extenso de motocicletas. Para uma população de 107.249 pessoas, existem 4.220
motocicletas e um total de 8.347 veículos motorizados.
Em Maués esse número é menor. Para uma população de 49.668 pessoas, o
número de motocicletas é de 1.025 e um total de 2.007 veículos motorizados.
O município de Boa Vista dos Ramos é o menor em quantidade de veículos
motorizados, para uma população de 13.994 pessoas, há um total de 60 veículos.
Transporte Aéreo
No Território Baixo Amazonas, somente os municípios de Maués e Parintins
possuem aeroportos autorizados pela ANAC.
Segundo PTDRS BAIXO AMAZONAS (2007), as estruturas conservam boa
qualidade, possuindo desde terminal de passageiros ao parque de estacionamento.
Nos demais municípios, a infraestrutura se limita a pistas de pouso.
Dentre as linhas aéreas que prestam serviço no Território Baixo Amazonas,
podemos destacar as empresas, Táxi Aéreo fretado e TRIP Linhas Aéreas (Quadro
29).
Quadro 29 - Transporte Aéreo – Linhas Aéreas Comerciais no Baixo Amazonas.
COMPANHIAS AÉREAS MUNICIPIOS DESTINO Dias Da Semana Saída Chegada
Táxi Aéreo fretado
Barreirinha Não existe Depende da demanda
Boa Vista do Ramos Não existe Depende da demanda
Maués Não existe Depende da demanda
Táxi Aéreo fretado Nhamundá Não existe Depende da demanda
TRIP Linhas Aéreas Parintins Manaus Todos os dias 06:00
19:00
07:00
20:00
São Sebastião do
Uatumã Não existe
Urucará Não existe
Fonte: INFRAERO/ TRIP/ RICO, 2010.
74
3.2.7.2 Energia
Os municípios do Território Baixo Amazonas são atendidos com a presença
de unidades geradoras da Amazonas Energia que é resultado da fusão entre a
Companhia Energética do Amazonas – CEAM e a Manaus Energia – ME no ano de
2008.
Ressalta-se, ainda, que o abastecimento através da Amazonas Energia é
feito, principalmente, na sede dos municípios. As comunidades mais longínquas
proporcionam seu próprio consumo de energia através de motores a diesel.
A geração bruta de energia elétrica no Território Baixo Amazonas foi de
140.463 Mwh no ano de 2008, seguido de 53.712 Kwh da potência instalada, com
uma demanda de energia de 25.935 nos referidos municípios. No município de
Parintins, houve um crescimento 2.869 Mwh na geração bruta de energia, diferente
do município de Boa Vista do Ramos que no ano de 2007 gerou um total de 5.824
Mwh de energia e reduziu esse valor para 5.528 Mwh (Quadro 30).
Quadro 30. Geração bruta potência instalada e demanda máxima de Energia nos municípios do Território Baixo
Amazonas em 2007 e 2008
Município Geração Bruta (Mwh) Potência Instalada (Kwh) Demanda Máxima
2007 2008 2007 2008 2007 2008
Barreirinha 8.429 8.672 3.728 2.900 1.611 1.746
Boa Vista do Ramos 5.824 5.528 2.958 2.958 985 1.266
Maués 24.010 25.518 9.350 10.950 4.858 4.747
Nhamundá 6.122 6.764 3.137 2.500 1.134 1.285
Parintins 76.574 79.443 28.373 26.550 14.393 14.053
São Sebastião do Uatumã 4.739 5.104 2.797 2.334 873 954
Urucará 8.719 9.434 6.933 5.520 1.663 1.884
Total 134.417 140.463 57.276 53.712 25.517 25.935
Fonte: Anuário Estatístico, 2008.
A figura 13 apresenta a variação na demanda de energia. Nos anos de 2007 e
2008, houve crescimento em cinco municípios do Território Baixo Amazonas,
enquanto a demanda de energia diminuiu em Maués e Parintins.
75
Figura 13. Demanda máxima de energia entre 2007 e 2008 nos municípios do Baixo Amazonas.
Fonte: Anuário Estatístico, 2008.
No quadro 31, verifica-se que a classe que mais consome energia é a
residencial, com 21.531 MWh no município de Parintins. Esse número é proporcional
à população urbana do município, por abrigar a maior parte dos moradores, e, por
sua vez na zona rural, o consumo é menor, por não possuir (em muitos casos) rede
elétrica em todas as localidades. Ainda é importante observar que em todos os
municípios, o consumo de energia aumentou na zona rural, com um número de
739 no ano de 2007 para 1.069 em 2008 no Território. Nos municípios de
Barreirinha, Boa Vista do Ramos e Urucará, no ano de 2008 o uso de energia
consumida pelo poder público diminuiu 308 MWh. Ressalta-se, ainda, que o
aumento de energia na zona rural ocorre em grande parte, por motivo da
implantação do “Programa Luz para Todos”, implantado em algumas comunidades
pelo Governo Federal.
O fornecimento de energia no campo tomou grande impulso nos últimos anos
devido ao Programa Luz para Todos, do Governo Federal, que tem como meta a
universalização da energia nos domicílios rurais. Para o Colegiado Territorial, a
maioria das comunidades rurais do território não tem acesso à energia elétrica
ofertada pelo programa. O atendimento à demanda das comunidades rurais continua
muito aquém do desejado e observa-se um crescimento da demanda.
76
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2008
Município
Residencial
Comercial
Rural
Poder público
2007
2008
2007
2008
2007
2008
2007
2008
Bar
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2.5
20
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1.2
26
1.3
13
333
379
115
193
760
613
Maués
6.4
91
6.9
11
1.9
01
2.0
97
132
244
2.1
60
2.1
70
Nham
undá
2.0
59
2.2
78
499
556
0
0 779
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Par
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s
20.5
81
21.5
31
8.3
61
8.6
94
79
109
6.8
62
7.3
27
São
Sebas
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do
Uatu
mã
1.1
92
1.3
59
284
323
120
109
605
654
Uru
cará
2.3
01
2.9
64
468
519
0
0 980
841
Total no Baixo
Amazonas
36.370
39.359
12.612
13.386
739
1.069
13.176
13.553
Font
e: A
nuári
o E
stat
ístic
o d
a S
EP
LAN
-AM
.
77
3.2.7.3 Comunicação
De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL (2010),
as empresas Telemar Norte Leste S.A. e a EMBRATEL são as concessionárias
responsáveis pelos serviços de telefonia fixa no Amazonas. Ao todo, são 442.962
telefones instalados, sendo 18.543 destes telefones de uso público – TUP e a
densidade de 13,26 telefones para cada 100 habitantes.
A situação da telefonia fixa no estado do Amazonas é regular visto que todos
são atendidos com o serviço que se estende para alguns distritos e comunidades
rurais desses municípios. As operadoras de celular disponíveis até o momento no
Território Baixo Amazonas são: VIVO, TIM e OI (ANATEL, 2010).
Em relação aos serviços de Correios e Telégrafos, a região conta com o
suporte da Empresa Brasileira de Correios – ECT, que possui agências nas sedes
dos sete municípios que compõem o território, disponibilizando serviços à população
como: recebimento e distribuição de correspondências, entrega de malotes,
pagamento de tarifas públicas, fax, cartão postal, sedex, telegrama (MDA, 2007).
Analisando o perfil de telefonia fixa na sede dos municípios no ano de 2009 foi
registrado um grande número de telefones instalados, um total de 1.0537 (unidades).
No entanto, esse total diminui quando as unidades estão sendo utilizadas, cerca de
5.120. Os Telefones de Utilidade Pública – TUP somam um total de 841 instalado em
todas as sedes do Território Baixo Amazonas (Quadro 32).
Quadro 32. Perfil da Telefonia Fixa na sede do Território Baixo Amazonas – 2009.
Município Telefone Fixo Instalado
Telefone Fixo em Serviço
Telefone Individual em serviço
Acesso público - TUP
Barreirinha 548 196 148 48
Boa Vista do Ramos 431 117 80 37
Maués 2.148 892 701 191
Nhamundá 568 434 384 50
Parintins 5.512 3.025 2.626 399
São Sebastião do Uatumã 406 173 128 45
Urucará 924 283 212 71
Total 1.0537 5.120 4.279 841
Fonte: ANATEL, 2010.
A telefonia móvel no Território Baixo Amazonas é operacionalizada pela OI,
VIVO e TIM. As três operadoras atuam com frequência em Maués e Parintins, ficando
78
os outros municípios apenas com a cobertura da prestadora VIVO, conforme quadro
abaixo.
Quadro 33. Prestadoras de Celular que Atuam no Amazonas nos Municípios do Baixo Amazonas – 2009.
Município Possui
Cobertura
Cobertura na Cidade
CLARO TIM VIVO OI
Barreirinha Sim N N S N
Boa Vista do Ramos Sim N N N S
Maués Sim S S S S
Nhamundá Sim N N N S
Parintins Sim S S S S
São Sebastião do Uatumã Sim N N N S
Urucará Sim N N N S
Fonte: ANATEL (2010).
Todos os municípios possuem, no mínimo uma agência dos correios que, além
dos serviços de postagem convencionais, possui o banco postal que abre e
movimenta contas do banco Bradesco. Como meio de informação, circulam no
Território Baixo Amazonas vários jornais impressos, como também, jornais editados
na cidade de Manaus como: A Crítica, Em Tempo, Diário e outros. Há ainda o serviço
de internet na sede dos municípios e o acesso somente a uma rede de TV, a Globo.
As rádios AM e FM são os mais populares meios de informação e comunicação, pois,
em cada município, existe uma rádio que difunde as notícias em nível local, territorial
e estadual.
No Território, estão distribuídas pequenas comunidades distantes ou próximas
dos centros urbanos. Essas comunidades se ressentem do isolamento e da falta de
infraestrutura de comunicações, sobretudo para atender as necessidades de
emergência para atendimento médico ou outras atividades de comunicação. Ao
mesmo tempo, é necessário promover a inclusão digital dessas populações, de modo
a fornecer instrumentos para o exercício da cidadania.
79
3.3 Contexto Econômico
O Produto Interno Bruto (PIB) do conjunto dos sete municípios que integram o
Território Baixo Amazonas, apresentou uma economia crescente ao longo dos anos1
de 2003 a 2007 e correspondeu a 2,13% do PIB do estado do Amazonas (42.023.218
milhões de reais). O PIB do Baixo Amazonas (2007) é de 894.107 milhões de reais e
alcançou maior rendimento no município de Partintins com 358.968 milhões de reais,
representando 40% da economia do território, Maués com 192.319 milhões de reais
(21,5%), Barreirinha com 96.777 milhões de reais (10,8%) e Nhamundá com 90.446
milhões de reais (10%) e os outros três municípios (Boa Vista do Ramos, São
Sebastião do Uatumã e Urucará) somam 17,4% (Quadro 34).
Quadro 34. Produto Interno Bruto e per capita dos municípios do Território Baixo Amazonas (2003 a 2007).
Brasil, Região Norte, Amazonas
e municípios do Território Baixo Amazonas
Produto Interno Bruto
A preços correntes (1 000 R$)
2003 2004 2005 2006 2007
Brasil 1 699 947 694 1 941 498 358 2 147 239 292 2 369 483 546 2 661 344 525
Norte 81 199 581 96 012 341 106 441 710 119 993 429 133 578 391
Amazonas 24 977 170 30 313 735 33 352 137 39 156 902 42 023 218
Baixo Amazonas 489 729 535 858 666 419 848 472 894 107
Barreirinha 53 838 59 800 65 510 83 280 96 777
Boa Vista do Ramos 23 826 26 002 35 868 44 203 48 413
Maués 92 102 103 770 140 455 179 156 192 319
Nhamundá 40 379 42 385 67 086 82 100 90 446
Parintins 212 311 230 214 278 770 352 951 358 968
São Sebastião do Uatumã 17 014 20 278 20 592 30 195 32 846
Urucará 50 258 53 408 58 136 76 587 74 338
Fonte: IBGE - Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais, 2009.
O PIB dos municípios do Território Baixo Amazonas é de 894.107 mil reais,
verificado em 2007, decorre do desempenho do valor adicionado bruto na
participação da economia nos setores de serviços (597.631 mil reais), seguido da
participação do setor da agropecuária (186.014 mil reais) e do setor da indústria com
74.499 mil reais (Quadro 35).
1 Publicação atualizada do PIB Brasileiro (2003 – 2007).
80
O setor de serviço em 2007 adicionou, na economia do território um percentual
de 66,8%, enquanto a agropecuária contribui com 20,8%. Os municípios de maiores
atuações foram Parintins e Maués.
Quadro 35. Participação de cada setor da economia no valor adicionado Bruto do PIB (2007) dos municípios do Baixo Amazonas.
Municípios do Baixo Amazonas
Valor adicionado bruto em 2007 (mil reais) Total
Agropecuária Indústria Serviços Impostos
Baixo Amazonas 186.014 79.499 597.631 30.960 894.104
Barreirinha 23.698 8.175 62.433 2.470 96.776
Boa Vista do Ramos 11.506 4.199 31.626 1.081 48.412
Maués 45.113 15.898 125.182 6.126 192.319
Nhamundá 38.861 5.482 43.412 2.691 90.446
Parintins 35.675 37.417 270.622 15.253 358.967
São Sebastião do Uatumã 7.008 2.939 21.945 954 32.846
Urucará 24.153 5.389 42.411 2.385 74.338
Fonte: IBGE - Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais, 2009.
Em relação ao PIB per capita (2007), todos os municípios do Território Baixo
Amazonas se encontram abaixo da média estadual de R$ 13.043,00. Os maiores
índices foram registrados para os municípios de Nhamundá, Urucará e Maués
(Quadro 36). Na série histórica do PIB per capita, de 2003 a 2007, podemos verificar
o incremento na renda por habitante, representando um aumento ao acesso a bens e
serviços.
Quadro 36. Produto Interno Bruto e per capita dos municípios do Território Baixo Amazonas (2003 a 2007).
Brasil, Região Norte, Amazonas e municípios do Baixo Amazonas
Produto Interno Bruto Per capita (R$)
2003 2004 2005 2006 2007
Brasil 9 498 10 692 11 658 12 687 14 465
Norte 5 780 6 680 7 241 7 988 9 135
Amazonas 8 100 9 658 10 318 11 826 13 043
Baixo Amazonas 15 363 16 515 19 979 25 014 28 570
Barreirinha 2 156 2 341 2 484 3 077 3 632
Boa Vista do Ramos 2 050 2 187 2 919 3 503 3 685
Maués 2 108 2 329 3 066 3 822 4 090
Nhamundá 2 499 2 592 4 034 4 868 5 153
Parintins 2 079 2 192 2 554 3 134 3 518
São Sebastião do Uatumã 2 085 2 414 2 354 3 341 3 762
Urucará 2 386 2 460 2 568 3 270 4 730
Fonte: IBGE - Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais, 2009.
81
3.3.1 Agricultura
Neste estudo, analisaremos a Produção Agrícola Municipal (IBGE, 2009) e as
variáveis de área plantada (hectares) e a quantidade produzida (toneladas e mil
frutos) para os anos de 2007 e 2008 para lavoura temporária e lavoura permanente
(Quadro 37 e 38).
Entende-se, por lavoura temporária ou cultura temporária, a cultura de curta ou
média duraçăo, geralmente com ciclo vegetativo inferior a um ano, que, após a
colheita, necessita de novo plantio para produzir, e, por lavoura permanente ou
cultura permanente, a cultura de longo ciclo vegetativo, que permite colheitas
sucessivas, sem necessidade de novo plantio (IBGE, 2002).
Lavoura Temporária
No Território Baixo Amazonas, podemos destacar, na lavoura temporária, as
nove principais culturas agrícolas cultivadas em até pelo menos três municípios do
território, que são mandioca, milho, arroz, cana-de-açúcar, feijão, melancia, abacaxi,
juta e malva e apenas três espécies (melão, fumo e tomate) que ocorrem em pelo
menos um município cada. A maior produção do estado do Amazonas para lavouras
temporária nos anos de 2007 e 2008 foram: a mandioca (908.819 toneladas) e a
cana-de-açúcar com 354.642 toneladas. No Território Baixo Amazonas, as produções
com maiores destaques para cultura temporária foram mandioca (121.362 t), cana-de-
açúcar (19.510 t) e milho (2.682 t), representando, 13,4%, 5,5% e 9,2% do total
produzido no estado do Amazonas (Quadro 39).
Quadro 39. Quantidade produzida (Lavoura Temporária) no Território Baixo Amazonas e no estado do Amazonas.
Culturas Temporárias do Território Baixo Amazonas
Quantidade Produzida Produção Média do Baixo Amazonas
Produção Média do estado do Amazonas
Percentual Estadual 2007 2008
Mandioca (Toneladas) 100.328 142.397 121.362,5 908.819,0 13,4%
Cana-de-açúcar (Toneladas) 24.880 14.140 19.510,0 354.642,5 5,5%
Milho (em grão) (Toneladas) 2.852 2.512 2.682,0 29.243,5 9,2%
Malva (fibra) (Toneladas) 1.996 499 1.247,5 14.312,0 8,7%
Melancia (Toneladas) 560 1.520 1.040,0 26.908,0 3,9%
Juta (fibra) (Toneladas) 1.309 - 654,5 3.062,5 21,4%
Arroz (em casca) (Toneladas) 735 480 607,5 12.273,0 4,9%
Feijão (em grão) (Toneladas) 448 324 386,0 4.479,0 8,6%
Fumo (em folha) (Toneladas) 210 - 105,0 151,0 69,5%
82
Culturas Temporárias do Território Baixo Amazonas
Quantidade Produzida Produção Média do Baixo Amazonas
Produção Média do estado do Amazonas
Percentual Estadual 2007 2008
Tomate (Toneladas) 80 16 48,0 2.252,0 2,1%
Melão (Toneladas) 3 - 1,5 101,5 1,5%
Abacaxi (Mil frutos) 465 2.334 1.399,5 31.282,0 4,5%
Fonte: IBGE – Produção Agrícola Municipal, 2007 / 2008.
Os cultivos mais expressivos no Território Baixo Amazonas, em 2007 e 2008,
com relação à quantidade produzida no estado do Amazonas, foram fumo (69,5%),
juta (21,4%), mandioca (13,4%) e milho, que apresentou um percentual de 9,2%
(Figura 14).
Fumo (em folha) (Toneladas)
Juta (fibra) (Toneladas)
Mandioca (Toneladas)
Milho (em grão) (Toneladas)
Malva (fibra) (Toneladas)
Feijão (em grão) (Toneladas)
Cana-de-açúcar (Toneladas)
Arroz (em casca) (Toneladas)
Abacaxi (Mil frutos)
Melancia (Toneladas)
Tomate (Toneladas)
Melão (Toneladas)
69,5%
21,4%
13,4%
9,2%
8,7%
8,6%
5,5%
4,9%
4,5%
3,9%
2,1%
1,5%
Percentual da Quantidade Produzida (2007 e 2008) com relação ao Estado do Amazonas
Figura 14. Cultivos temporários mais expressivos no Território Baixo Amazonas, com relação à quantidade produzida no estado do Amazonas, 2008.
Dos principais cultivos da lavoura temporária, quanto ao potencial de
produção no Território Baixo Amazonas, podemos destacar:
a) Mandioca
A área plantada no Território Baixo Amazonas com o cultivo de mandioca
totalizou 10.517 e 13.349 hectares para os anos de 2007 e 2008, respectivamente. A
área média por município se deu por 1.488 hectares para 2007 e 1.907 hectares para
2008, que correspondeu à média de 13,4% do total de área plantada no Amazonas.
83
Os municípios que apresentaram maior quantidade de área plantada (hectares) em
2007 e 2008 foram Parintins, Maués e Nhamundá.
A mandioca no Território Baixo Amazonas alcançou uma produção média nos
anos de 2007 e 2008 de 121.363 toneladas, correspondendo a 13,6% da produção
estadual. A quantidade produzida de maior destaque em 2007 foi para os municípios
de Nhamundá (33.480 toneladas) e Maués (28.300 toneladas), e, em 2008, para o
município de Parintins com 57.600 toneladas.
b) Milho
A cultura de milho totalizou em 2008 1.005 hectares. A área média por
município ficou em torno de 144 hectares que correspondeu a 8,4% do total de área
plantada no estado do Amazonas.
Os municípios que apresentaram maior quantidade de área plantada (hectares)
para a cultura de milho em 2008 foram Maués (420 hectares), Parintins (240
hectares), Nhamundá (160 hectares) e Urucará (120 hectares).
A quantidade produzida de milho no Território Baixo Amazonas, em 2008,
alcançou uma produção de 2.512 toneladas, correspondendo a 8,6% da produção
estadual. A quantidade produzida de maior destaque no território foi para os
municípios de Maués, Parintins, Nhamundá e Urucará.
c) Outras Culturas Temporárias
A área plantada no Território Baixo Amazonas com o cultivo de abacaxi
totalizou 44 e 166 hectares para os anos de 2007 e 2008, respectivamente. A área
média por município se deu por 6 hectares para 2007 e 24 hectares para 2008, que
correspondeu à média de 3,7% do total de área plantada no estado do Amazonas. Os
municípios que apresentaram maior quantidade de área plantada (hectares) para o
cultivo de abacaxi em 2007 e 2008 foram Maués e Parintins.
A quantidade produzida de abacaxi no Território Baixo Amazonas alcançou em
2007 uma produção de 465 frutos e em 2008 uma produção de 2.334 frutos,
correspondendo a 10,4% da produção estadual. A quantidade produzida de maior
destaque em 2008 foi para o município de Maués com 1.890 mil frutos de abacaxi.
A cultura de feijão totalizou em 2008 cerca de 361 hectares. A área média por
município ficou em torno de 52 hectares, que correspondeu a 11,2% do total de área
84
plantada no estado do Amazonas. Os municípios que apresentaram maior quantidade
de área plantada (hectares) para a cultura de feijão em 2008 foram Maués e Parintins.
A quantidade produzida de feijão no Território Baixo Amazonas para o mesmo ano
alcançou uma produção de 324 toneladas correspondendo a 9,8% da produção
estadual. Maués e Parintins, ambos com 151 toneladas de feijão, foram os municípios
com maior destaque na produção do Território Baixo Amazonas.
As demais lavouras temporárias, como melancia e arroz, são sumariamente
importantes na economina do Território Baixo Amazonas. Algumas culturas como
tomate, fumo, que representou 69,5% do total produzido no Amazonas, juta (21,4%) e
melão foram destaque em apenas alguns dos municípios do território.
Lavoura Permanente
Quanto à agricultura de cultivos permanentes, no Território Baixo Amazonas,
podemos destacar, treze principais culturas frutíferas (abacate, banana, cacau, café,
coco-da-baía, guaraná, laranja, limão, mamão, manga, maracujá, tangerina e
urucum), que se encontram cultivados e comercializados em torno dos sete
municípios de abrangência deste estudo.
A maior produção do estado do Amazonas para lavouras permanente nos anos
de 2007 e 2008 foram banana (162.745 toneladas) e laranja com a produção de
14.965 toneladas. No Território Baixo Amazonas, a produção com maior destaque foi
de banana (6.028 toneladas), abacate (1.640 toneladas), laranja (1.380 toneladas) e
guaraná com 662 toneladas, representando, 3,7%, 63,7%, 9,2% e 70,6% do total
produzido no estado do Amazonas (Quadro 40).
Quadro 40. Quantidade produzida (Lavoura Permanente) noTerritório Baixo Amazonas e no estado do Amazonas.
Culturas Permanentes do Território
Baixo Amazonas Quantidade Produzida
Produção Média do Baixo Amazonas
Produção Média do estado do Amazonas
Percentual Estadual
2007 2008
Banana (cacho) (Toneladas) 5.584 6.472 6.028,0 162.744,5 3,7%
Abacate (Toneladas) 3.278 2 1.640,0 2.574,5 63,7%
Laranja (Toneladas) 1.532 1.228 1.380,0 14.964,5 9,2%
Guaraná (semente) (Toneladas) 870 453 661,5 936,5 70,6%
Maracujá (Toneladas) 371 137 254,0 2.636,0 9,6%
Tangerina (Toneladas) 195 - 97,5 777,5 12,5%
Cacau (em amêndoa) (Toneladas) 72 60 66,0 1.168,0 5,7%
Limão (Toneladas) 21 - 10,5 2.416,0 0,4%
85
Culturas Permanentes do Território
Baixo Amazonas Quantidade Produzida
Produção Média do Baixo Amazonas
Produção Média do estado do Amazonas
Percentual Estadual
2007 2008
Café (em grão) (Toneladas) - 20 10,0 3.131,0 0,3%
Mamão (Toneladas) 12 - 6,0 5.683,5 0,1%
Urucum (semente) (Toneladas) - 12 6,0 79,0 7,6%
Manga (Toneladas) 3 - 1,5 955,0 0,2%
Coco-da-baía (Mil frutos) 1 828 414,5 9.670,0 4,3%
Fonte: IBGE – Produção Agrícola Municipal , 2007 / 2008.
As espécies frutíferas mais expressivas no Território Baixo Amazonas em 2007
e 2008 com relação à quantidade produzida no estado do Amazonas nos mesmos
anos foram guaraná (70,6%), abacate (63,7%), tangerina (12,5%), maracujá (9,6%) e
laranja (9,2%) (Figura 15).
Guaraná (semente) (Toneladas)
Abacate (Toneladas)
Tangerina (Toneladas)
Maracujá (Toneladas)
Laranja (Toneladas)
Urucum (semente) (Toneladas)
Cacau (em amêndoa) (Toneladas)
Coco-da-baía (Mil frutos)
Banana (cacho) (Toneladas)
Limão (Toneladas)
Café (em grão) (Toneladas)
Manga (Toneladas)
Mamão (Toneladas)
70,6%
63,7%
12,5%
9,6%
9,2%
7,6%
5,7%
4,3%
3,7%
0,4%
0,3%
0,2%
0,1%
Percentual da Quantidade Produzida (2007 e 2008) com relação ao Estado do Amazonas
Figura 15. Cultivos permanentes mais expressivos no Território Baixo Amazonas em 2007/2008 com relação ao total produzido no estado do Amazonas.
Dos principais cultivos da lavoura permanente, quanto ao potencial de
produção no Território Baixo Amazonas, podemos destacar:
a) Banana
A área plantada no Território Baixo Amazonas com o cultivo de banana
totalizou 421 e 949 hectares para os anos de 2007 e 2008, respectivamente. A área
média por município se deu por 70,2 hectares para 2007 e 135,6 hectares para 2008,
que correspondeu à média de 4,2% do total de área plantada no Amazonas. Os
86
municípios que apresentaram maior quantidade de área plantada (hectares) em 2007
e 2008 para o cultivo da banana foram Maués, Parintins e Urucará.
A banana em cacho no Território Baixo Amazonas alcançou uma produção
média nos anos de 2007 e 2008 de 6.028 toneladas, correspondendo à maior
produção (cultura permanente) em toneladas do território, entretanto correspoendeu
apenas a 3,7% do total da produção no estado do Amazonas. Os municípos que se
destacaram no cultivo de banana foram Parintins, Maués e Urucará.
b) Abacate
No Baixo Amazonas, a cultura de abacate totalizou em 2007 cerca de 190
hectares. A área média por município ficou em torno de 38 hectares, que
correspondeu a 41,8% do total de área plantada no estado do Amazonas. Maués foi o
município de maior representação quanto à área plantada e produção de abacate. A
quantidade produzida de abacate no Território Baixo Amazonas para o mesmo ano
alcançou uma produção de 3.287 toneladas correspondendo a 76,4% da produção
estadual em 2007. A produção de 2008 foi inexpressível para o Território.
c) Laranja
A cultura de laranja totalizou em 2008 cerca de 262 hectares. A área média por
município ficou em torno de 65,5 hectares que correspondeu a 7,7% do total de área
plantada no estado do Amazonas. Os municípios que apresentaram maior quantidade
de área plantada (hectares) para a cultura de laranja em 2008 foram Barreirinha e
Maués.
A quantidade produzida de laranja no Território Baixo Amazonas em 2008
alcançou uma produção de 1.128 toneladas correspondendo a 6,7% da produção
estadual. A quantidade produzida de maior destaque no Território foram Barreirinha,
Maués e Urucará.
d) Guaraná
A área plantada com a cultura do guaraná no Território Baixo Amazonas
totalizou 4.405 e 6.267 hectares para os anos de 2007 e 2008, respectivamente. A
área média por município se deu por 734,2 hectares para 2007 e 895,3 hectares
para 2008, que correspondeu à média de 76,2% do total de área plantada no estado
87
do Amazonas. Deste percentual, Maués é responsável pelo menos 55% do total da
área plantada destinada a produção de guaraná.
A quantidade produzida de guaraná no Território Baixo Amazonas alcançou em
2007 uma produção de 870 tonelada e em 2008 uma produção de 453 toneladas,
correspondendo a 70,6% da produção estadual, sendo Maúes o maior produtor.
e) Outras Culturas Permanentes
As demais culturas permanentes como maracujá, tangerina, cacau, limão, café,
mamão, urucum e manga são de suma importância na economina local do Território
Baixo Amazonas.
Quadro 37. Área plantada e quantidade produzida para lavoura temporária (2007 e 2008) para o Território Baixo
Amazonas.
Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas
Lavoura temporária
Variável X Ano
Área plantada (Hectares)
Quantidade produzida
2007 2008 2007 2008
Amazonas
Abacaxi (Mil frutos) 6.252 2.474 40.096 22.468
Arroz (em casca) (Toneladas) 9.764 4.901 14.614 9.932
Cana-de-açúcar (Toneladas) 6.274 6.050 343.302 365.983
Feijão (em grão) (Toneladas) 5.313 3.235 5.654 3.304
Fumo (em folha) (Toneladas) 222 32 279 23
Juta (fibra) (Toneladas) 4.015 406 5.637 488
Malva (fibra) (Toneladas) 10.180 7.410 17.514 11.110
Mandioca (Toneladas) 79.212 97.393 678.420 1.139.218
Melancia (Toneladas) 5.816 4.683 23.387 30.429
Melão (Toneladas) 63 0 203 0
Milho (em grão) (Toneladas) 16.120 11.905 29.174 29.313
Tomate (Toneladas) 622 135 2.818 1.686
Barreirinha - AM
Abacaxi (Mil frutos) 2 10 24 120
Arroz (em casca) (Toneladas) 215 0 210 0
Cana-de-açúcar (Toneladas) 230 20 9.200 800
Feijão (em grão) (Toneladas) 110 7 88 6
Juta (fibra) (Toneladas) 10 0 15 0
Mandioca (Toneladas) 1.536 1.050 12.600 13.650
Melancia (Toneladas) 10 45 60 315
Milho (em grão) (Toneladas) 270 0 810 0
Boa Vista do Ramos - AM
Abacaxi (Mil frutos) 4 5 12 20
Arroz (em casca) (Toneladas) 100 0 80 0
Cana-de-açúcar (Toneladas) 40 0 0 0
Feijão (em grão) (Toneladas) 60 18 48 16
88
Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas
Lavoura temporária
Variável X Ano
Área plantada (Hectares)
Quantidade produzida
2007 2008 2007 2008
Mandioca (Toneladas) 800 779 10.400 4.811
Melancia (Toneladas) 30 31 400 620
Milho (em grão) (Toneladas) 300 25 502 62
Maués - AM
Abacaxi (Mil frutos) 18 105 324 1.890
Arroz (em casca) (Toneladas) 150 100 203 200
Cana-de-açúcar (Toneladas) 230 230 8.280 9.200
Feijão (em grão) (Toneladas) 135 168 180 151
Mandioca (Toneladas) 3.369 2.400 28.300 20.400
Melancia (Toneladas) 0 35 0 70
Milho (em grão) (Toneladas) 450 420 841 1.050
Nhamundá - AM
Abacaxi (Mil frutos) 3 8 45 120
Arroz (em casca) (Toneladas) 15 41 15 82
Cana-de-açúcar (Toneladas) 18 20 630 800
Feijão (em grão) (Toneladas) 62 0 50 0
Juta (fibra) (Toneladas) 500 0 686 0
Malva (fibra) (Toneladas) 200 0 400 0
Mandioca (Toneladas) 3.000 3.000 33.480 34.389
Melancia (Toneladas) 20 40 40 80
Milho (em grão) (Toneladas) 200 160 200 400
Parintins - AM
Abacaxi (Mil frutos) 2 30 6 144
Arroz (em casca) (Toneladas) 160 46 100 92
Cana-de-açúcar (Toneladas) 130 130 6.500 3.200
Feijão (em grão) (Toneladas) 90 168 52 151
Fumo (em folha) (Toneladas) 140 0 210 0
Juta (fibra) (Toneladas) 350 0 408 0
Malva (fibra) (Toneladas) 750 333 1.319 499
Mandioca (Toneladas) 32 4.800 96 57.600
Melancia (Toneladas) 40 80 60 250
Milho (em grão) (Toneladas) 139 240 199 600
São Sebastião do Uatumã - AM
Abacaxi (Mil frutos) 3 0 18 0
Arroz (em casca) (Toneladas) 50 30 51 60
Cana-de-açúcar (Toneladas) 20 0 0 0
Feijão (em grão) (Toneladas) 12 0 10 0
Mandioca (Toneladas) 420 120 4.616 1.271
Melancia (Toneladas) 0 30 0 105
Melão (Toneladas) 0 0 0 0
Milho (em grão) (Toneladas) 25 40 50 100
Urucará - AM
Abacaxi (Mil frutos) 12 8 36 40
Arroz (em casca) (Toneladas) 70 23 76 46
Cana-de-açúcar (Toneladas) 9 3 270 140
89
Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas
Lavoura temporária
Variável X Ano
Área plantada (Hectares)
Quantidade produzida
2007 2008 2007 2008
Feijão (em grão) (Toneladas) 24 0 20 0
Juta (fibra) (Toneladas) 175 0 200 0
Malva (fibra) (Toneladas) 180 0 277 0
Mandioca (Toneladas) 1.260 1.200 10.836 10.276
Melancia (Toneladas) 0 40 0 80
Melão (Toneladas) 2 0 3 0
Milho (em grão) (Toneladas) 200 120 250 300
Tomate (Toneladas) 20 2 80 16
Fonte: IBGE – Produção Agrícola Municipal , 2007 / 2008.
Quadro 38. Área plantada e quantidade produzida para lavoura permanente (2007 e 2008) para o Território Baixo Amazonas.
Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas
Lavoura permanente
Variável X Ano Área plantada (Hectares)
Quantidade produzida
2007 2008 2007 2008
Amazonas
Abacate (Toneladas) 455 196 4.292 857
Banana (cacho) (Toneladas) 22.562 14.650 235.242 90.247
Cacau (em amêndoa) (Toneladas) 1.879 1.550 917 1.419
Café (em grão) (Toneladas) 1.651 5.548 705 5.557
Coco-da-baía (Mil frutos) 729 3.844 2.869 16.471
Guaraná (semente) (Toneladas) 5.905 8.047 1.122 751
Laranja (Toneladas) 2.779 3.382 11.702 18.227
Limão (Toneladas) 463 594 1.430 3.402
Mamão (Toneladas) 603 695 1.683 9.684
Manga (Toneladas) 314 260 859 1.051
Maracujá (Toneladas) 372 1.234 2.257 3.015
Tangerina (Toneladas) 328 105 1.151 404
Urucum (semente) (Toneladas) 65 97 66 92
Barreirinha - AM
Abacate (Toneladas) 1 - 5 -
Banana (cacho) (Toneladas) 50 43 550 275
Guaraná (semente) (Toneladas) 160 200 33 40
Laranja (Toneladas) 120 100 564 500
Limão (Toneladas) 3 - 21 -
Manga (Toneladas) 1 - 3 -
Maracujá (Toneladas) - 5 - 10
Tangerina (Toneladas) 32 - 64 -
Boa Vista do Ramos - AM
Banana (cacho) (Toneladas) 80 50 720 300
Guaraná (semente) (Toneladas) 500 470 69 28
Maracujá (Toneladas) 5 5 3 10
Maués - AM Abacate (Toneladas) 180 - 3.240 -
Banana (cacho) (Toneladas) - 200 - 1.400
90
Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas
Lavoura permanente
Variável X Ano Área plantada (Hectares)
Quantidade produzida
2007 2008 2007 2008
Café (em grão) (Toneladas) - 20 - 20
Coco-da-baía (Mil frutos) - 120 - 600
Guaraná (semente) (Toneladas) 3.000 4.700 624 300
Laranja (Toneladas) 132 130 568 585
Maracujá (Toneladas) 23 35 368 70
Tangerina (Toneladas) 28 - 84 -
Urucum (semente) (Toneladas) - 15 - 12
Nhamundá - AM
Banana (cacho) (Toneladas) 60 50 761 57
Guaraná (semente) (Toneladas) - 160 - 10
Laranja (Toneladas) 10 - 30 -
Tangerina (Toneladas) 3 - 15 -
Parintins - AM
Abacate (Toneladas) 5 - 19 -
Banana (cacho) (Toneladas) 111 485 2.473 3.395
Coco-da-baía (Mil frutos) - 30 - 120
Guaraná (semente) (Toneladas) 260 260 27 13
Laranja (Toneladas) 35 7 117 28
Mamão (Toneladas) 7 - 12 -
Maracujá (Toneladas) - 15 - 27
São Sebastião do Uatumã - AM
Abacate (Toneladas) 2 - 2 -
Banana (cacho) (Toneladas) 20 21 180 185
Coco-da-baía (Mil frutos) 1 7 1 28
Guaraná (semente) (Toneladas) 25 17 7 2
Laranja (Toneladas) 27 - 121 -
Urucará - AM
Abacate (Toneladas) 2 2 12 2
Banana (cacho) (Toneladas) 100 100 900 860
Borracha (látex coagulado) (Toneladas) - 50 - 10
Cacau (em amêndoa) (Toneladas) 240 50 72 60
Coco-da-baía (Mil frutos) - 20 - 80
Guaraná (semente) (Toneladas) 460 460 110 60
Laranja (Toneladas) 30 25 132 115
Maracujá (Toneladas) - 10 - 20
Tangerina (Toneladas) 16 - 32 -
Fonte: IBGE – Produção Agrícola Municipal , 2007 / 2008.
3.3.2 Rebanho Animal
O rebanho animal foi analisado a partir da Pesquisa Pecuária Municipal (IBGE,
2009), onde se verificou o efetivo rebanho (cabeças) e a produção de produtos de
origem animal nos municípios. Dentre os principais tipos de rebanho analisados no
Território Baixo Amazonas, destacam-se o rebanho bovino e bubalino; suíno; caprino
91
e ovino; rebanho equino, asinino e muar e efetivo de aves (galos, galinhas, frangos,
frangas e pintos) a partir do quadro 41.
Rebanho Bovino e Bubalino
O efetivo bovino do estado do Amazonas em 2007 e 2008 registrou 1.208.652
e 1.312.352 cabeças, respectivamente. Deste total, registrou-se no Território Baixo
Amazonas, 216.748 cabeças de gado no ano de 2007, representando 17,9% e
259.073 cabeças de gado em 2008 (19,7%) do total de efetivo bovino no estado. O
município de Parintins contribuiu com cerca de 52% em média do efetivo bovino no
território naquele período. Com relação ao efetivo bubalino no estado do Amazonas,
verificou-se a ocorrência de de 18.173 (em 2007) e 27.606 (em 2008) de cabeças de
búfalos. Deste total, o Território Baixo Amazonas, particiou em média com 45,4%,
sendo representado com destaque por Parintins, Nhamundá e Barreirinha.
Rebanho Suíno
O efetivo suíno do estado do Amazonas em 2007 e 2008 registrou 155.525 e
143.664 cabeças, respectivamente. No Território Baixo Amazonas, foram registrados
25.466 e 24.026 cabeças, com um percentual de 16,4% e 16,7% do total efetivo no
estado, sendo representativo dos municípios de Parintins, Nhamundá e Maués.
Rebanho Caprino e Ovino
O efetivo caprino em 2008, no estado do Amazonas registrou 16.070 cabeças.
No Território Baixo Amazonas foram registrados, no mesmo ano, 6.397 cabeças, com
um percentual de 39,8% do total efetivo no estado. O principal município responsável
foi Parintins. Enquanto que o efetivo ovino em 2008, no estado do Amazonas
registrou 41.802 cabeças. No Território Baixo Amazonas foram registrados, no
mesmo ano, 12.450 cabeças, com um percentual de 29,8% do total efetivo no estado.
Os principais municípios responsáveis foram Parintins e Barreirinha.
Rebanho Equino, Asinino e Muar
O rebanho de equino se destaca nos municípios de Parintins e Nhamundá. Em
2007, foi registrado, no Baixo Amazonas, o total de 5.444 cabeças, representando
44,2% no estado do Amazonas. No Território Baixo Amazonas, o efetivo de asinino e
92
muar não é representantivo, ocorrendo em 2007, pelo menos, 134 e 55 cabeças,
respectivamente. Esse tipo de rabanho se destaca apenas nos municípios de
Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Maués e Parintins.
Efetivo de Aves (Galos, Galinhas, Frangos, Frangas e Pintos)
O efetivo de aves (Galos, Galinhas, Frangos, Frangas e Pintos) se destaca em
todos os municípios do Baixo Amazonas. Em 2008, o Amazonas registrou cerca de
3.682.718 bicos de galináceos. O Baixo Amazonas, neste cenário, responde por
apenas por 4,3% desta economia no estado. Os municípios mais atuantes neste setor
são Barreirinha, Maués, Nhamundá e Parintins.
Quadro 41. Efetivo de rebanho animal (2007 e 2008) no Território Baixo Amazonas.
Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas
Tipo de rebanho Ano
2007 2008
Amazonas
Bovino 1.208.652 1.312.352
Equino 12.318 12.339
Bubalino 43.124 56.831
Asinino 497 594
Muar 974 947
Suíno 155.525 143.664
Caprino 14.808 16.070
Ovino 54.793 41.802
Galos, frangas, frangos e pintos 959.487 1.107.736
Galinhas 2.365.027 2.574.982
Barreirinha
Bovino 33.106 39.860
Equino 593 -
Bubalino 3.274 4.416
Asinino 15 -
Muar 5 -
Suíno 2.709 4.820
Caprino 449 650
Ovino 2.887 2.800
Galos, frangas, frangos e pintos 15.000 14.000
Galinhas 13.933 14.847
Boa Vista do Ramos
Bovino 11.113 15.501
Equino 130 500
Bubalino 700 852
Asinino 100 -
Muar 3 -
Suíno 1.635 1.100
Caprino 624 500
93
Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas
Tipo de rebanho Ano
2007 2008
Ovino 1.435 1.000
Galos, frangas, frangos e pintos 2.600 -
Galinhas 2.262 -
Maués
Bovino 22.358 17.728
Equino 44 -
Bubalino 991 1.167
Asinino 9 -
Suíno 3.318 682
Caprino 726 258
Ovino 2.647 1.687
Galos, frangas, frangos e pintos 10.514 51.000
Galinhas 14.980 -
Nhamundá
Bovino 24.010 24.922
Equino 1.290 1.325
Bubalino 3.699 3.839
Suíno 3.699 5.020
Caprino 725 815
Ovino 992 1.021
Galos, frangas, frangos e pintos 17.900 -
Galinhas 10.696 -
Parintins
Bovino 107.312 141.394
Equino 3.100 1.500
Bubalino 8.448 15.864
Asinino 10 -
Muar 47 -
Suíno 12.938 11.160
Caprino 2.823 4.000
Ovino 4.095 5.000
Galos, frangas, frangos e pintos 41.014 30.000
Galinhas 32.752 36.190
São Sebastião do Uatumã
Bovino 5.013 5.368
Equino 12 10
Bubalino - 92
Suíno 95 98
Ovino - 72
Galos, frangas, frangos e pintos 1.300 1.930
Galinhas 1.012 490
Urucará
Bovino 13.836 14.300
Equino 275 283
Bubalino 1.061 1.376
94
Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas
Tipo de rebanho Ano
2007 2008
Suíno 1.072 1.146
Caprino 122 174
Ovino 820 870
Galos, frangas, frangos e pintos 5.000 4.674
Galinhas 4.981 6.118
Fonte: IBGE. Pesquisa Pecuária Municipal, 2007 / 2008.
Vacas Ordenhadas (cabeças)
Do efetivo de vacas ordenhadas do estado do Amazonas, Parintins em 2008,
registrou um percentual de 33,2 e 86% no Território Baixo Amazonas. Os municípios
que compõe o Território Baixo Amazonas participaram, em 2008, com pelo menos
38% na economia do estado neste setor (Quadro 42).
Quadro 42. Efetivo de vacas ordenhadas (2007 e 2008) no Território Baixo Amazonas.
Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas
Ano Percentual no Amazonas (2008)
Percentual no Baixo Amazonas
(2008) 2007 2008
Amazonas 39.343 85.393
Baixo Amazonas 8.401 32.839
Barreirinha 2.405 2.674 3,13 8,14
Boa Vista do Ramos 269 284 0,33 0,86
Maués 239 1.300 1,52 3,96
Nhamundá 243 100 0,12 0,30
Parintins 5.168 28.350 33,20 86,33
São Sebastião do Uatumã 0 51 0,06 0,16
Urucará 77 80 0,09 0,24
Fonte: IBGE. Pesquisa Pecuária Municipal, 2007 /2008.
Produtos de Origem Animal
O mercado de produto de origem animal no Território Baixo Amazonas se dá
principalmente pela produção de leite, ovos de galinha e mel de abelha. A produção
de leite 1.000 (mil litros), destaca-se principalmente no município de Nhamundá que
atingiu um equivalente de 7.088 (mil litros) em 2008, gerando uma renda de 10.631
(mil reais) para o município. A produção de ovos de galinha ficou em 362 (mil dúzias)
a maior produção no Território, somente no município de Parintins, gerando um valor
de produção em torno de 782 (mil reais) em 2008. A produção de mel de abelha
(quilogramas) foi destaque em 2007 e 2008 nos municípios de Barreirinha, Boa Vista
95
do Ramos e Maués, a maior produção de mel foi registrada em 2008 no município de
Maués (Quadro 43).
Quadro 43. Produtos de origem animal no Território Baixo Amazonas.
Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas
Tipo de produto
Produção de origem animal
Valor da produção (Mil
Reais)
2007 2008 2007 2008
Amazonas
Leite (Mil litros) 19.505 39.385 16.793 41.213
Ovos de galinha (Mil dúzias) 50.986 53.560 65.762 72.583
Mel de abelha (Quilogramas) 1.152 19.040 8 278
Barreirinha
Leite (Mil litros) 809 986 752 986
Ovos de galinha (Mil dúzias) 33 42 46 63
Mel de abelha (Quilogramas) - 750 - 10
Boa Vista do Ramos
Leite (Mil litros) 123 138 113 207
Ovos de galinha (Mil dúzias) 7 - 9 -
Mel de abelha (Quilogramas) - 5.000 - 75
Maués
Leite (Mil litros) 102 1.248 94 1.248
Ovos de galinha (Mil dúzias) 35 - 50 -
Mel de abelha (Quilogramas) - 11.050 - 166
Leite (Mil litros) 100 12 92 15
Nhamundá Ovos de galinha (Mil dúzias) 21 - 27 -
Leite (Mil litros) 2.325 7.088 2.139 10.631
Parintins Ovos de galinha (Mil dúzias) 328 362 472 782
Leite (Mil litros) - 19 - 17
São Sebastião do Uatumã Ovos de galinha (Mil dúzias) 2 4 3 6
Leite (Mil litros) 33 34 27 31
Urucará Ovos de galinha (Mil dúzias) 63 77 84 108
Fonte: IBGE. Pesquisa Pecuária Municipal, 2007 e 2008.
3.3.3 Pesca
A pesca é a principal fonte de proteína para a maioria das populações
amazônicas, sendo muito mais eficiente do que a caça nas áreas de várzea e terra
firme (MORÁN, 1990; RIBEIRO e FABRÉ, 2003).
Depois da farinha de mandioca, o pescado é um dos produtos mais importante
na vida da população do Território Baixo Amazonas. A pesca assume um caráter de
atividade subsidiária ou comercial, surgindo como elemento de apoio no que se refere
à provisão de alimentos ou trabalho e renda uma vez que a farinha de mandioca é o
principal produto agrícola local.
96
E, com relação aos apetrechos usados e as espécies capturadas da ictiofauna
nas duas estações principais do calendário hidrológico, é possível perceber que os
“tipos específicos de apetrechos utilizados e a diversidade das espécies capturadas
variam, de modo inevitável, com a flutuação dos níveis da água em seus respectivos
habitats” (WITKOSKI, 2007, p. 279).
A pesca é divida em duas estações, mais precisamente entre a cheia e a seca.
Para pescar determinada espécie, os ribeirinhos utilizam um tipo de instrumento de
pesca adequado para cada estação do ano.
Os ambientes de pesca existentes na região podem ser divididos em três: rios,
lagos e igarapés. Eles apresentam subdivisões, dependendo da sazonalidade, como
é o caso da floresta inundada adjacente ao rio (várzea) e aos lagos (igapós). Outros
exemplos de ambiente sazonal são as praias e os poços, que são formados na calha
do rio Amazonas durante o período de seca e que também são utilizados para a
captura de pescado (CARDOSO e FREITAS, 2007).
A explotação desses ambientes é efetuada em conjunto pelos pescadores
comerciais e de subsistência (tanto por homem quanto por mulheres e crianças,
dependendo da época do ano), com maior ou menor intensidade, dependendo da
espécie-alvo e do apetrecho utilizado.
No Território Baixo Amazonas, a frota comercial explota principalmente a calha
do rio Amazonas na seca e os lagos durante a época da cheia (CERDEIRA et al.,
2000; ISAAC et al., 2004), enquanto na região do Médio rio Solimões, a frota local
explota principalmente a calha do rio (VIANA, 2004). Por outro lado, a pesca de
subsistência é praticada principalmente nos lagos no Território Baixo Amazonas
(CERDEIRA et al., 2000).
A atividade pesqueira no Território Baixo Amazonas, assim como em outras
partes da Amazônia, pode ser caracterizada de acordo com a tecnologia empregada e
as principais espécies-alvo das pescarias (ISAAC et al., 1996). A pesca comercial tem
maior produtividade e capacidade de captura e usa grandes redes à deriva, espinhel e
malhadeiras fixas. Este tipo de pesca concentra-se principalmente nos estoques dos
grandes bagres migradores, como a piramutaba (Brachyplatystoma vaillantii), dourada
(B. rousseauxii) e surubins (Pseudoplatystoma tigrinum e P. fasciatuam) no canal
principal do rio durante a estação seca.
97
A atividade pesqueira é praticada por todas as comunidades, é a principal
atividade geradora de renda junto com a agricultura que também forma a base
alimentar das comunidades. A pesca de subsistência é realizada com petrechos
artesanais como a flecha, caniço, tarrafa e arpão, enquanto que a pesca comercial
utiliza a malhadeira e a bubuia.
Alguns petrechos são utilizados o ano inteiro, outros apenas na época do
verão, nos rios. Com relação às embarcações, existem 4 categorias: casco (pau
cavado de uma única madeira), canoa (feita com tábuas), bajara (canoa grande com
motor central) e barco motor, que, além da atividade da pesca, são, também utilizadas
como meio de transporte e carga (Figura 16).
Figura 16. Censo Estatístico Comunitário – Transporte e cargas utilizados na pesca.
Fonte: ProVárzea/Ibama - Couto, 2007.
A pesca no Território Baixo Amazonas é operada por duas categorias de
pescadores: pescadores profissionais e os residentes da área de várzea. A pesca
menos profissionalizada e de menor escala é a praticada por residentes da várzea.
Eles capturam espécies mais sedentárias como tucunaré (Cichla spp.), pirarucu
(Arapaima gigas) e a pescada (Plagioscion spp.), ou aquelas espécies que utilizam o
lago como hábitat trófico durante parte de seus ciclos de vida, como o tambaqui
(Colossoma macropomum). Utilizam artes de pesca menores e menos eficientes, e
exploram os lagos de várzea próximos às suas casas. Boa parte do peixe oriundo
deste tipo de pescaria é consumida pelos próprios ribeirinhos ou comercializada em
mercados locais.
98
O município de Parintins, onde o Pravárzea manteve um programa de coletas
de dados estatísticos de 2001 a 2004, é o único município do Baixo Amazonas onde
se tem mais informações disponíveis sobre a pesca.
Em 2002, o número de pescadores, segundo a Federação de Pescadores do
Amazonas era de 2.022. Dados do Provárzea/IBAMA, fornecidos pela mesma
federação, informam que em 2003 havia 2.050 pescadores associados à Colônia de
Pescadores de Parintins. Em 2004 havia somente 1.223 associados. Com estas
informações verificamos uma queda no número de associados nestes anos
disponíveis.
Número de pescadores registrados na colônia de pescadores em Parintins
0
500
1000
1500
2000
2500
2002 2003 2004
Anos disponíveis
N de pescadores
Figura 17. Número de pescadores registrados na colônia de pescadores em Parintins de 2002 a 2004.
O IDAM (2010) informa que o município possuía em 2007 um total de 74
criadores de peixes, sendo que nenhum era assistido por este órgão. Através de
piscicultura, o município produz cerca de 51 toneladas de peixes por ano.
Na figura 18, podemos observar o total desembarcado neste município; no ano
de 2001 foi de 2793,69 t com valores por mês que variaram entre o mínimo de 15 t
(janeiro) e o máximo de 472 t (maio) (PROVÁRZEA, 2002).
99
Figura 18. Desembarques pesqueiros mensais nos portos do município de Parintins em 2001.
Fonte: ProVárzea/Ibama - 2002.
Um total de 41 categorias de espécies foi registrado nos desembarques do
município de Parintins no ano de 2001. As cinco espécies mais capturadas
representam 60% do total, com destaque para o curimatã com 19% do volume total
(530 t), seguido do tambaqui (340 t), jaraqui (317 t), mapará (264 t) e surubins (219 t).
Quadro 44. Produção (t) e posição relativa das cinco principais espécies e espécies-alvo de defeso,
desembarcadas nos portos do município de Parintins em 2001.
Espécies
Produção (t)
%
Posição Relativa
Curimatã 530,37 18,98 1
Tambaqui 339,88 12,17 2
Jaraqui 316,74 11,34 3
Mapará 264,83 9,48 4
Surubins 219,21 7,85 5
Matrinxã 8,54 0,31 25
Os barcos de pesca são os responsáveis pela maior parte dos desembarques
de Parintins, alcançando 57% do volume de pescado desembarcado. As canoas
foram responsáveis por 10% do total.
Observamos, de uma maneira geral, que houve uma diminuição significativa na
quantidade de pescado desembarcado em Parintins nos dados disponíveis (Figura
19), sendo que os fatores que levaram a esses registros ainda não foram discutidos.
100
Quantidade de pescado desembarcado em Parintins
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
2001 2002 2003 2004
Anos disponíveis
Quantidade em
toneladas
Figura 19. Quantidades desembarcadas de pescado em Parintins de 2001 a 2004.
As políticas públicas para o setor da pesca, historicamente, não apresentam
alternativas para o desenvolvimento das populações empobrecidas, que compõem a
maior parcela do setor. O desenvolvimento do setor, em bases mais equitativas, com
justiça social, implicaria, por certo, um crescimento da economia do território.
Atualmente, o território enfrenta dificuldades na aquisição de infraestrutura de bens e
serviços para reduzir as desigualdades; precariedade nas condições de trabalho do
setor da pesca, com limitado acesso restrito dos pescadores aos direitos sociais
trabalhistas; limitada participação dos pescadores aos espaços sociais de tomada de
decisão; e falta de política de investimento e apoio, por parte do governo, aos
pescadores e suas organizações.
3.3.4 Extrativismo Vegetal
A extração vegetal no Território Baixo Amazonas é direcionado para a
produção de açai, castanha, tucum, carvão vegetal, lenha e madeira.
Extração Vegetação - Alimentícios (Toneladas)
No Território Baixo Amazonas, a produção vegetal para fins alimentícios se dá
exclusivamente pela extração do açaí e da castanha-do-brasil.
A produção de açaí no Território Baixo Amazonas ocorre de forma incipiente
somente no município de Parintins que, em 2007 e 2008, alcançou uma produção de
7 toneladas, representando 05,% do total de produção no estado do Amazonas e
gerando uma renda de 11 mil reais para o município.
101
A extração da castanha-do-brasil ocorre em todos os municípios do território,
excluindo São Sebastião do Uatumã. Maior destaque no Território é dado ao
município de Nhamundá que, em 2007, alcançou uma produção de 160 tonelada e,
em 2008, 165 toneladas, gerando uma renda em cerca de 350 mil reais, entretanto, o
município de Nhamundá participa somente com 1,8% da produção no estado do
Amazonas (Quadro 45).
Quadro 45. Quantidade produzida e valor da produção na extração vegetal por tipo de produto extrativo - alimentício (2007 e 2008) no Território Baixo Amazonas.
Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas
Tipo de produto extrativo
(Toneladas)
Quantidade Produzida Valor da Produção (Mil
Reais)
2007 2008 2007 2008
Amazonas Açaí 1.220 1.274 1.114 1.392
Castanha-do-brasil 8.871 9.111 21.486 23.502
Barreirinha Castanha-do-brasil 9 10 17 19
Boa Vista do Ramos Castanha-do-brasil 10 15 19 35
Maués Castanha-do-brasil 38 39 73 87
Nhamundá Castanha-do-brasil 160 165 336 363
Parintins Açaí 7 7 6 16
Castanha-do-brasil 12 12 21 23
São Sebastião do Uatumã Castanha-do-brasil 1 2 3 6
Urucará Castanha-do-brasil 6 6 16 16
Fonte: IBGE - Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, 2007 e 2008.
Extração Vegetação - Oleaginosas (Toneladas)
Com relação à produção de produtos extrativos para fins oleaginosos, destaca-
se apenas no município de Urucará, a extração de amêndoa de tucum, sendo uma
fonte importante de economia, pois o município representa 94% da produção do
estado do Amazonas, gerando uma renda de 23 mil reais para o município (Quadro
486).
Quadro 46. Quantidade produzida e valor da produção na extração vegetal por tipo de produto extrativo - oleaginosas (2007 e 2008) no Território Baixo Amazonas.
Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas
Tipo de produto extrativo (Toneladas)
Quantidade Produzida
Valor da Produção (Mil Reais)
2007 2008 2007 2008
Amazonas Tucum (amêndoa) 16 18 29 22
Urucará - AM Tucum (amêndoa) 15 17 27 20
Fonte: IBGE - Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, 2007 e 2008.
102
Extração Vegetação – Carvão Vegetal, Lenha e Madeira
A produção de carvão vegetal ocorre somente nos municípios de Boa Vista do
Ramos e Parintins. Em 2007 e 2008, ambos os municípios apresentam uma produção
média de 15 toneladas de carvão vegetal, representando um percentual de 0,28% do
total produzido (Quadro 25). A produção de lenha em metros cúbicos ocorre em todos
os municípios do Território Baixo Amazonas, maior destaque é dado aos municípios
de Barreirinha, Maués, Parintins e Urucará. Parintins apresentou, em 2008, uma
produção com cerca de 54.849 m3 de lenha, Urucará, 39.470 m3, Barreirinha
31.035m3 e Maués 25.468m3, juntos somaram um total de 95.973m3, representanto,
em 2008, apenas 4% da produção de lenha do estado (Quadro 25). A produção de
madeira em metros cúbicos ocorre Barreirinha, Parintins e Urucará. A soma da
produção de madeira nestes três municípios, em 2008, alcancou cerca 17.489 m3 ,
representando apenas 1,5% do total do estado do Amazonas (Quadro 47).
Quadro 47. Quantidade produzida e valor da produção na extração vegetal por tipo de produto extrativo – carvão vegetal, lenha e madeira (2007 e 2008) no Território Baixo Amazonas.
Unidade da Federação e Território Baixo
Amazonas Tipo de produto extrativo
Produzida Valor da Produção
(Mil Reais)
2007 2008 2007 2008
Amazonas
Carvão vegetal (Toneladas) 5.362 5.721 6.076 6.989
Lenha (Metros cúbicos) 2.645.389 2.728.455 10.829 11.757
Madeira em tora (Metros cúbicos) 1.063.425 1.102.976 28.131 30.037
Barreirinha - AM Lenha (Metros cúbicos) 30.131 31.035 104 109
Madeira em tora (Metros cúbicos) 5.086 5.239 134 138
Boa Vista do Ramos - AM Carvão vegetal (Toneladas) 3 3 4 4
Lenha (Metros cúbicos) 7.854 8.090 29 31
Maués - AM Lenha (Metros cúbicos) 24.726 25.468 94 99
Nhamundá - AM Lenha (Metros cúbicos) 11.362 11.726 35 36
Parintins - AM
Carvão vegetal (Toneladas) 28 28 26 31
Lenha (Metros cúbicos) 54.323 54.849 228 263
Madeira em tora (Metros cúbicos) 5.736 6.023 157 169 São Sebastião do Uatumã - AM
Lenha (Metros cúbicos) 12.173 12.781 54 64
Urucará - AM Lenha (Metros cúbicos) 39.324 39.470 187 197
Madeira em tora (Metros cúbicos) 5.844 6.227 196 218
Fonte: IBGE - Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, 2007 e 2008.
Um dos principais problemas da agricultura familiar está relacionado a perda da
produção. À perda da produção que ocorre na fase de colheita e transorte do produto
103
até a residência do produtor. Outro aspecto está relacionado à falta de infraestrutura
de armanezamento, transporte e comercialização.
Não são insignificativos os processos de agregação de valor. Não é otimizada
a produção de produtos ue são subutilizados como é o caso da farinha de mandioca
que, além da produção de farinha não é incentivada a produção de outros
subprodutos como tucupi e amido. Além disso, a qualidade da farinha é inferior, fator
responsável pela baixa cotação do preço no mercado.
A extensa cadeia de intermediação dos produtos da agricultura familiar
compromente sua reprodução social. A comercialização deverá ser assumida pelos
agricultores familiares, mediante a organização dos mesmos em forma de
associações ou cooperativas, o que será objeto de palestras e campanhas para
conscientizá-los da importânca dessa prática para atender às necessidades da
comunidade.
O tema agricultura apresenta expressivos problemas estruturais, que levam ao
compromentimento da sustentabilidade da agricultura familiar, tais como: modelo
indaquado de ATER, fragilidade do IDAM, falta de estrutura de apoio para
escoamento da produção, preço baixo da produção, falta de estrutura para
agroindustrialização dos produtos e baixa produtividade nos sistemas de cultivos.
3.3.5 Setor Secundário
No setor secundário, Parintins e Maués detém 43,3 % e 25,7%,
respectivamente do total de empreendimentos cadastrados no Território.
Barreirinha, de acordo com IBGE (2007), possui cadastrada 79
empreendimentos, dentre as quais podemos observar a usina de beneficiamento de
arroz, olarias, marcenarias e padarias. Em Boa Vista do Ramos, constam 75
empreendimentos discriminados como serrarias e padarias. Em Maués, 396
empreendimentos estão cadastrados, entre as quais se destacam a usina de extração
de essências de pau-rosa, serrarias, beneficiamento de guaraná, fábricas de gelo,
movelarias, panificadoras e olarias. Nhamundá possui 69 empreendimentos. No
município de Parintins, constam 713, participando deste potencial estão as indústrias
da construção civil, esquadrias metálicas, peças metálicas, gelo, redes e tapetes,
beneficiamento de malva, sacos/fios/tela de juta, beneficiamento de arroz, moinho de
café, beneficiamento de pau-rosa, estaleiros, serrarias, olarias e marcenarias. São
104
Sebastião do Uatumã possui apenas 31 empreendimentos cadastrados, entre os
quais se estacam os estaleiros, olarias, serrarias, carpintarias e padarias. Urucará
possui 176 empreendimento cadastrados, entre os quais se destacam, olarias,
fabricantes de móveis de madeira, fábricas de gelo, padarias, vestuários, artigos de
viagens e tecidos.
O maior percentual de pessoal ocupado é dado aos municípios de Parintins
(5.860 pessoas) e Maués com 2.686 pessoas, o menor percentual de pessoas
ocupadas neste setor se dá nos municípios de São Sebastião do Uatumã (257
pessoas) e Boa Vista do Ramos com 367 pessoas. O número de pessoal assalariado
é mais expressivo em Parintins 5.196 pessoas, representanto 88,7% e Maués com
2.407 pessoas, representando 89,6% do pessoal total ocupado.
O salário médio mensal varia entre 1,4 a 2,3 salários mínimos. O salário médio
mensal mais elevado é pago pelo município de Barreirinha, com pelo menos 2,3
salários mínimos mensais, o salário menos expressivo no setor fica em torno de 1,4
no município de Boa Vista do Ramos (Quadro 48).
Quadro 48. Quantidade de indústrias e pessoal ocupado no ano de 2007 no Território Baixo Amazonas.
Unidade da Federação e
Território Baixo Amazonas
Quant. indústria cadastrada
s
Tipo de Indústrias
Pessoal ocupado total
(Pessoas)
Pessoal ocupado assalaria
do (Pessoas
)
Salário médio mensal
(Salários Mínimos)
Barreirinha 79 Usina de beneficiamento de arroz, olaria,
marcenarias e padarias. 826 761 2,3
Boa Vista do Ramos
75 Serraria e padaria 367 305 1,4
Maués 396 Usina de extração de essências de pau-rosa,
serrarias, beneficiamento de guaraná, fábrica de gelo, movelarias, panificadoras e olaria.
2.686 2.407 2
Nhamundá 69 Sem informação 766 720 1,6
Parintins 713
Esquadrias metálicas, peças metálicas, gelo, redes e tapetes, beneficiamento de malva, sacos/fios/tela de juta, beneficiamento de arroz, moinho de café, beneficiamento de pau-rosa, estaleiros, serrarias,
olarias, marcenarias.
5.860 5.196 2
São Sebastião do Uatumã
31 Estaleiros, olaria, serrarias, carpintaria e padaria. 257 235 1,5
Urucará 176 Olarias, fabricantes de móveis de madeira, fábrica de gelo, padaria, vestuário, artigos de viagens e
tecidos. 995 834 1,7
Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas 2007 e SEGOV-AM, 2010.
105
3.3.6 Setor Terciário
3.3.6.1 Turismo
Os segmentos do turismo no estado do Amazonas seguem no sentido de
atender ao público em serviços de hotelaria urbana, hotelaria de selva, cruzeiros
marítimos e pesca esportiva.
No ano de 2008, a quantidade de turistas registrado em hotelaria urbana
alcançou um número de 439.105 turistas, em hotelaria de selva (32.482 turistas), em
cruzeiros marítimos e pesca esportiva, cerca de 17.655 e 5.842 turistas
respectivamente, com um total de 495.084 turistas que visitaram o Amazonas
(ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO AMAZONAS, 2009).
De acordo com a Secretaria de Estado da Cultura e Turismo do Amazonas
(2008), os principais eventos promovidos pelos municípios acontecem ao longo do
ano.
Em Boa Vista do Ramos acontece a Festa do Padroeiro São Sebastião (10 a
20) e o Aniversário do Município (31), ambos no mês de janeiro.
No município de São Sebastião do Uatumã, também, no mês de janeiro se
comemora a Festa do Padroeiro São Sebastião (10 a 20).
Em Nhamundá, acontece em maio o Aniversário do Município (30) e a Festa do
Trabalhador (01) e, em setembro, a Festa da Pesca do Tucunaré (data móvel).
Em Parintins comemora-se no mês de março o Carnaval de Rua (data móvel)
e, em junho, o Festival Folclórico de Parintins (12 a 30) e a Festa da Padroeira da
Cidade.
No município de Urucará no mês de maio se comemora o aniversário do
município (10).
Em Barreirinha acontece o Festival Folclórico de Barreirinha (25 a 27), em
junho; e em julho , a Festa do Milho (7); a Festa da Padroeira Nossa Senhora do Bom
Socorro (05 a 15) em agosto; a Pesca do Tucunaré (data móvel); Exposição
Agropecuária do Distrito de Terra Preta (15 a 17); o Festival de Arte e Cultura Popular
Intercomunitário (22 a 29), em setembro; em dezembro, acontece a Festa de São
Benedito (26).
Em Maués, no dia 25 de junho se comemora o Aniversário do Município (25),
em setembro o Festival de Verão (4 a 7), em novembro, a Festa da Padroeira Nossa
Senhora da Conceição (1 a 8) e a Festa do Guaraná (último final de semana).
106
Entretanto, as maiores expressões no setor turístico no Território Baixo
Amazonas estão nas manifestações religiosas, nas festas ligadas ao ciclo produtivo,
como festas juninas, a literatura, artesanato, culinária e os folclores.
Existem no território dois patrimônios significativos: em Maués, com acervo de
várias coleções representativas da cultura do guaraná, documentos, iconografia entre
outros. Em Barreirinha, a casa do Poeta Thiago de Melo, cujo patrimônio imaterial
divulga e preserva a memória do poeta.
O potencial dos sítios arqueológicos do território possibilita a exploração
turística que podem ser mais bem aproveitadas. No Território, estão localizados
diversos sítios arqueológicos, principalmente em Maués, Parintins, Barreirinha,
Urucará e outros.
3.3.6.2 Comércio e Serviços
Setor de Comércio
Barreirinha possui estabelecimentos comerciais de atacado e varejo,
destacando os empreendimentos como lojas financeiras, empresas de informática,
mercadinhos, restaurantes e estabelecimentos de pinturas (BAETURISMO, 2010).
O município de Boa Vista do Ramos possui estabelecimentos varejistas dos
mais diversificados produtos, que vão desde gêneros alimentícios até material de
construção, incluindo medicamentos em geral (SEGOV-AM, 2010).
Em Maués, o comércio possui estabelecimentos varejistas e atacadistas, os
estabelecimentos mais encontrados no município são lojas de vestimentas, artigos
diversificados, livrarias, vídeo locadora e estabelecimentos de gêneros alimentícios
(CNM, 2010).
A proximidade de centros comerciais urbanos de Faro e Terra Santa, no Pará,
e Parintins, no Território Baixo Amazonas, e a diminuta área urbana da Ilha de
Nhamundá foram responsáveis pelo limitado desenvolvimento do setor comercial do
município, que é representado por pequenos estabelecimentos varejistas como lojas
de confecções, mercadinhos, bares, açougues, postos, entre outros (COUTO, 2007).
Parintins conta com cerca de 1.000 estabelecimentos comerciais, varejista e
atacadista dos mais diversificados produtos, que vão de gêneros alimentícios a
materiais de construção (COUTO, 2005).
107
Em São Sebastião do Uatumã e Urucará, os estabelecimentos comerciais se
dividem em comércio varejista e atacadista (SEGOV-AM, 2010).
Setor de Serviços
No Território Baixo Amazonas, os municípios contam com os serviços das
administrações municipais e estaduais e com os serviços prestados por empresa
privadas (Quadro 51).
Em Barreirinha, por exemplo, destacam-se os serviços oferecidos em hotéis e
pensões e estes são responsáveis por 64,5 % do PIB.
No município de Boa Vista do Ramos, os serviços de carpinteiro, costureira,
pintor de paredes, mestre de obras, construtor e outros foram responsáveis por 65,3
% do PIB.
Em Maués, os serviços de hotéis, consultórios médicos, odontológicos,
protéticos, oculistas, contadores, relojoeiros, consertos de carros, motos e barcos,
cabeleireiros, fotógrafos, borracharia, ourivesaria e oficina de refrigeração respondem
por 65,1 % do PIB.
Em Nhamundá, destacam-se os serviços oferecidos em pousadas,
restaurantes, oficinas mecânicas, empresas de comunicação, etc., (COUTO, 2007) e
são responsáveis por 48 % do PIB.
A prestação de serviços no município de Parintins é responsável por 75,4% do
PIB municipal e destaca-se nos ofícios de cabeleireiros, protéticos, borracharias,
oficinas de autos e equipamentos eletrônicos, além de médicos, dentista,
contabilistas, hotéis, bares, restaurantes, etc. Parintins possui cinco agências
bancárias: Banco do Amazonas, Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Bradesco e
Caixa Econômica Federal (COUTO, 2005).
Em São Sebastião do Uatumã, o setor de serviços respondeu por 66,8 % do
PIB municipal, Urucará se destacou pelos serviços de agência bancária, mercado
municipal, feira do produtor, matadouro e foram responsáveis por 57,1% do PIB no
município em 2007.
108
Quadro 49. Setor de Serviços no Território Baixo Amazonas.
Território Baixo Amazonas Percentual de Serviços do PIB
2007 (%)
Especificações de Serviços
Baixo Amazonas 66,8 -------
Barreirinha 64,5 Hotéis e pensões.
Boa Vista do Ramos 65,3 Carpinteiro, costureira, pintor de paredes, mestre de obras, construtor e
outros.
Maués 65,1
Hotéis, consultórios médicos, odontológicos, protéticos, oculistas, contadores, relojoeiros, consertos de carros, motos e barcos, cabeleireiros, fotógrafos, borracharia, ourivesaria e oficina de
refrigeração.
Nhamundá 48,0 Pousadas, restaurantes, oficinas mecânicas, empresas de
comunicação e outros.
Parintins 75,4 Cabeleireiros, protéticos, borracharias, oficinas de autos e
equipamentos eletrônicos, além de médicos, dentista, contabilistas, hotéis, bares, restaurantes e outros.
São Sebastião do Uatumã 66,8 Não especificado.
Urucará 57,1 Agência bancária, mercado municipal, feira do produtor, matadouro.
Fonte: IBGE, PIB 2007 e SEGOV-AM, 2010.
109
IV – VISÃO DE FUTURO
A visão de futuro pode ser entendida como a identificação dos sonhos
individuais e coletivos das comunidades e sujeitos que fazem parte do Território Baixo
Amazonas. Dito de outra forma, a visão de futuro surge de uma análise sobre a
situação atual do território, e define um ideal a ser alcançado num universo temporal a
ser estabelecido pelo grupo. A partir dessa análise os participantes do processo de
planejamento apresentam propostas dos empreendimentos que desejam realizar no
Território.
A visão de futuro do PTDRS é: promover o desenvolvimento das dimensões de
sustentabilidade (ambiental, sociocultural e educacional, socioeconômica e política
institucional) da agricultura familiar, em quinze anos. Tendo, como linhas mestras que
orientam e atraem o processo de desenvolvimento, as seguintes diretrizes:
110
V – DIRETRIZES
• Estimular o desenvolvimento com equidade, evitando-se a reprodução de uma
sociedade desigual, em que poucos se beneficiam dos investimentos e das
iniciativas organizadas para a região.
• Minimizar o desmatamento ilegal, associado à transformação da estrutura
produtiva regional, impedindo a replicação do padrão extensivo do uso do solo
que caracterizou a economia de fronteira da Amazônia nas últimas décadas.
• Fortalecer a sociedade civil da região, para que o avanço da presença do
Estado se construa em sinergia com o engajamento da sociedade local.
111
VI – OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
• Estimular o desenvolvimento da produção rural com bases sustentáveis e no
uso de tecnologias de manejo de recursos naturais de baixo impacto;
• Estimular o diálogo e a criação de novos padrões de procedimento e
relacionamento entre a comunidade e as várias instâncias institucionais;
• Fortalecer a articulação entre governo e sociedade para impulsionar o
desenvolvimento sustentável local;
• Maximizar a recuperação de áreas alteradas com ênfase na agroecologia;
• Intensificar a conscientização ambiental, voltadas para a preservação e
conservação ambiental;
• Intensificar ações sociais de saúde, educação e inclusão social.
• Articular a cooperação institucional por meio das Câmaras Temáticas e os
Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável, com vista ao
processo de planejamento das atividades territoriais;
• Fortalecer a gestão do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável
– PTDRS.
112
EIXO ESTRATÉGICO
1. FOMENTO ÀS ATIVIDADES PRODUTIVAS SUSTENTÁVEIS
Diretrizes: Estimular o desenvolvimento da produção rural com bases sustentáveis e no uso de tecnologias de manejo de recursos naturais de baixo impacto.
Programas: Estruturar cadeias produtivas sustentáveis, com a incorporação de novas culturas e a valorização das técnicas e dos conhecimentos tradicionais.
Articular ações de desenvolvimento da agricultura familiar.
Projetos: Fortalecimento Territorial da Cadeia Produtiva da Mandioca
Fortalecimento Territorial da Cadeia Produtiva do Mel e seus Derivados
Fortalecimento Territorial da Cadeia Produtiva do Guaraná
Fortalecimento Territorial da Cadeia Produtiva da Fruticultura
Fortalecimento Territorial da Cadeia Produtiva do leite
Fortalecimento Territorial da Cadeia Produtiva da Castanha-do-brasil
Consolidação dos sistemas agroflorestais como estratégia de desenvolvimento da agricultura familiar
Apoio às ações de comercialização e abastecimento da agricultura familiar
Apoio a agroindustrialização
Garantia de assistência técnica e treinamento em extensão rural
Garantia de crédito de fomento por meio de suas organizações associativas para os agricultores familiares
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EIXO ESTRATÉGICO
2. ORDENAMENTO TERRITORIAL, REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA E GESTÃO
AMBIENTAL
Diretrizes: Promover um conjunto de ações voltadas para o ordenamento territorial, regularização agrária e gestão ambiental, fomento a atividades sustentáveis com inovação tecnológica e agregação de valor.
Programas:
Economias Sustentáveis
Ordenamento Fundiário
Fortalecimento Institucional
Agenda Socioambiental
Gestão e Monitoramento
Qualidade e Saneamento Ambiental
Projetos:
Manejo Comunitário do Pirarucu
Fortalecimento da meliponicultura no Baixo Amazonas
Implantação do manejo comunitário do jacaré
Promover a elaboração dos planos de manejo e estratégias de uso múltiplo em comunidades Quilombolas
Implantação de atividades turísticas nas áreas protegidas
Implantação de atividades turísticas nas áreas protegidas
Reconhecimento dos direitos à regularização da terra das comunidades quilombolas
Reconhecimento dos direitos à regularização da propriedade dos agricultores familiares
Consolidação dos sistemas municipais de meio ambiente nos municípios do Baixo Amazonas
Fortalecimento da educação ambiental como instrumento de proteção e conservação dos recursos naturais
119
Implantação do programa Coletivos Educadores e Salas Verdes
Implantação do programa Agenda Ambiental na Administração Pública - A3P
Gestão Ambiental em áreas protegidas
Pactos Sociais para o Manejo de Recursos Naturais
Promoção do uso de recursos naturais renováveis e das áreas alteradas para minimizar o desequilíbrio de ecossistemas pelo manejo sustentável
Promoção da implantação, ampliação e modernização de sistema de saneamento ambiental nos núcleos urbanos e comunidades rurais
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EIXO ESTRATÉGICO
3. INFRAESTRUTURA PARA O DESENVOLVIMENTO
Diretrizes: Apoiar a infraestruturação social, considerando suas funções de apoio à produção (energia, abatedouro, comunicações, transporte) e de prestação de serviços essenciais à qualidade de vida de seus habitantes (saneamento básico, destinação de resíduos sólidos, saúde, educação e segurança pública).
Programas: Fortalecimento da Estrutura Social
Projetos:
Ensino diferenciado para a educação no Baixo Amazonas
Universalização de água de qualidade para consumo humano em comunidades rurais
Promover a elaboração dos planos de manejo e estratégias de uso múltiplo em comunidades Quilombolas
Promoção, implantação e adequação de abatedouros municipais
Promoção e ampliação da oferta de energia com vista à universalização do acesso domiciliar
Modernização e ampliação do sistema de comunicações
Ampliação, legalização, segurança e modernização do sistema viário e de transportes
Estratégia de acesso do aluno à educação
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EIXO ESTRATÉGICO
4. INCLUSÃO SOCIAL E CIDADANIA
Diretrizes: Promover a gestão compartilhada de políticas públicas relacionadas a educação do campo, educação superior, saúde, cultura e inclusão social.
Programas: Garantia à assistência e à previdência social
Garantia à saúde
Resgate e o Fortalecimento da Cultura
Resgate e o Fortalecimento da Cultura
Programa de educação do campo
Projetos:
Implantação do Centro de Referência de Assistência Social - CRAS nos municípios, para atender crianças, adolescentes e idosos
Implantação de posto permanente com acesso, em cada município, à assistência e à previdência social
Implantação do CRAS indígena nos municípios
Garantia a assistência à saúde e à educação da mulher
Organização do sistema público de saúde
Resgate e o fortalecimento da cultura, apoiando e respeitando as especificidades de cada município
Fortalecimento do museu de Maués
Reforma e tombamento da casa do poeta e escritor Thiago de Melo
Promoção a implantação de bibliotecas rurais em todas as comunidades rurais do Território
Registro de técnicas e saberes próprios de cada comunidade em audiovisual, textual, etc
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5. FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Diretrizes: Promover a gestão compartilhada das políticas públicas, por meio do diálogo, negociação e formação de consenso entre órgãos governamentais e o Colegiado de Desenvolvimento Territorial.
Programas: Mecanismo de Participação e Controle Social
Planos Territoriais para o desenvolvimento sustentável
Projetos:
Criação de mecanismos institucionais para gestão social do território e do PTDRS
Fortalecimento do modelo de gestão de modo a assegurar o controle social do PTDRS
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130
VII – MODELO DE GESTÃO DO PROGRAMA
7.1 MECASNISMO DE PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL
Será realizado um processo de contratualização entre os atores, tendo em
vista que o projeto ora proposto viabilizará a cooperação sistêmica entre o setor
governamental, sindical, comunidades ribeirinhas, comunidade científica, instituições
governamentais e não governamentais para execução do Plano Territorial de
Desenvolvimento Rural Sustentável – PTDRS.
Esse momento será importante para consolidar a divisão do trabalho e das
atribuições particulares entre a Secretaria Executiva, Núcleo Técnico, Núcleo
Dirigente e Plenária, onde todos tenham compromisso e cada um possa responder
de modo prático e responsável na constituição da rede de cooperação. A montagem
do arranjo institucional se dará pela delimitação das diretrizes que irão nortear a
realização do PTDRS (arranjo institucional) permitindo o fluxo contínuo de
informações, de trocas de serviços e de apoio mútuo.
7.1.1 Atribuições do Colegiado Territorial de Desenvolvimento Rural
Sustentável:
O Colegiado de Desenvolvimento Territorial do Baixo Amazonas (CODETER
T11) será a institucionalidade com atuação territorial responsável pela gestão do
Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável, que possibilita mediações
entre interesses locais e processos de elaboração de políticas públicas, bem como
espaços que viabilizam o diálogo entre os interesses ou demandas da sociedade
civil com relação às políticas públicas.
O Colegiado de Desenvolvimento Territorial tem um papel importantíssimo
para a condução e desenvolvimento da estratégia de apoio aos territórios rurais. Ele
deve representar a diversidade de instituições, organizações e segmentos sociais e
produtivos existentes no território, consistindo de:
a) Participar da construção de estratégias de implementação dos
instrumentos de políticas públicas do Território;
b) Promover o processo de mobilização, sensibilização e articulação das
ações territoriais;
131
c) Promover o processo de construção e implementação do Plano
Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável (PTDRS);
d) Discutir e definir as ações prioritárias para apoio a projetos estratégicos
dentro da área do território, fazendo o seu monitoramento e avaliação;
e) Organizar as demandas locais, observando a realidade de cada
município integrante, no campo socioeconômico e cultural;
f) Contribuir com o processo de organização e fortalecimento dos
Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável
(CMDRS) na condução à gestão participativa dos Planos Municipais de
Desenvolvimento Rural Sustentável (PMDRS);
g) Promover articulações e compatibilizações entre as políticas territoriais
e as políticas municipais, estadual e federal voltadas para o
desenvolvimento rural sustentável;
h) Sensibilizar, comprometer, articular e coordenar os atores sociais do
território, visando à construção participativa do planejamento territorial
que deve resultar na elaboração coletiva do Plano Territorial de
Desenvolvimento Rural Sustentável (PTDRS);
i) Promover a elaboração das agendas de prioridades, bem como a
seleção dos projetos e programas de suporte ao PTDRS;
j) Articular, apoiar e acompanhar os arranjos institucionais que, no âmbito
do território, se responsabilizarão pela elaboração, implantação e
operacionalização dos projetos específicos;
k) Estimular e apoiar a criação, estruturação e operacionalização de
Redes Territoriais de prestação de serviços (assistência técnica,
capacitação, tecnologias apropriadas, informação/divulgação etc);
l) Contribuir para a integração territorial, articulação intermunicipal,
buscando estabelecer relações horizontais de cooperação;
m) Apoiar a elaboração de estudos e pesquisas, bem como a produção e
edição de instrumentos de divulgação, informação e formação que
contribuam para o desenvolvimento territorial;
n) Representar o território perante entes públicos e privados, nacionais e
estrangeiros, visando à articulação de parcerias e políticas que
objetivem o desenvolvimento territorial;
132
o) Desenvolver e apoiar programas, projetos, ações e iniciativas voltadas
para o desenvolvimento territorial;
p) Incentivar a qualificação e capacitação técnica dos seus membros e
dos atores do território;
q) Fomentar a criação e o fortalecimento de redes sociais de cooperação
no território;
r) Articular-se com outros colegiados, fóruns, redes, universidades,
instituições de pesquisa e outros organismos nacionais e internacionais
com o propósito de construir relações de cooperação, de produção de
conhecimento e troca de saberes.
7.1.2 Secretaria Executiva
A Secretaria Executiva é a instância máxima de Coordenação do PTDRS.
Tem o papel político de orientar e tomar decisões estratégicas, ligadas ao processo
de desenvolvimento territorial.
7.1.3 Núcleo Dirigente
O Núcleo Dirigente tem a função de coordenar as ações definidas pelo
Plenário do Colegiado Territorial, articular atores sociais, instituições e políticas
públicas para a construção e implementação do desenvolvimento territorial.
A Secretaria Executiva estabelecerá a contratualização entre os atores
governamentais para a formação da rede institucional de gestão do PTDRS. A
estratégia de organização em arranjo, na qual cada uma contribui a partir de sua
vocação particular e se beneficia da força da interação com as demais, gerando uma
efetiva potencialização de ações, recursos de toda ordem e estratégias:
a) Encaminhar, após definições em Assembleia Geral do CODETER, as
deliberações necessárias;
b) Sensibilizar e mobilizar as entidades representativas do CODETER;
c) Elaborar planejamento anual das suas atividades;
d) Contribuir para a organização e fortalecimento dos CMDRS;
e) Acompanhar o andamento das comissões criadas no âmbito do
CODETER;
133
f) Mobilizar instituições e atores sociais para os processos de formulação
de estratégias de Desenvolvimento Territorial;
g) Definir os critérios de seleção e contratação do (a) assessor (a) técnico
territorial;
h) Cumprir e fazer cumprir o Regimento Interno e outras disposições
aprovadas pelo Plenário do Colegiado Territorial;
i) Coordenar ações do Colegiado, do Núcleo Técnico e das Comissões
Temáticas;
j) Realizar e/ou articular ações e estratégias para implementação das
decisões do Colegiado, tais como os Planos de Desenvolvimento
Territorial seus projetos e programas;
k) Elaborar a proposta de Regimento Interno e suas alterações quando
necessárias, a serem apresentadas, discutidas, analisadas e
aprovadas pelo Plenário do Colegiado; Promover a integração dos
projetos.
7.1.4 Núcleo Técnico
É uma instância de apoio ao Colegiado Territorial devendo ser composto por
técnicos de organizações de ensino, pesquisa, assistência técnica e setores diversos
de prestação de serviços do poder público e da sociedade civil, as seguintes
atribuições:
a) Encaminhar, após definições em Assembleia Geral, as deliberações
necessárias;
b) Prestar assessoria direta e constante ao Núcleo Dirigente;
c) Elaborar e acompanhar estudos, diagnósticos, planos e projetos
territoriais;
d) Desenvolver instrumentos para o acompanhamento, gestão e controle
social, em conjunto com o Núcleo Dirigente e Câmaras Temáticas;
e) Apoiar entidades e orgãos proponentes e executores de projetos
territoriais na elaboração dos planos de trabalho e encaminhamento da
documentação junto às entidades financiadoras;
f) Apoiar tecnicamente o Colegiado Territorial na gestão de projetos e
recursos do Território;
134
g) Apoiar o processo de formação dos agentes de desenvolvimento
territorial e sistematização de experiências.
7.1.5 Câmaras Temáticas
As Câmaras Temáticas são espaços criados pelo Plenário do Colegiado e
vinculados ao Núcleo Dirigente para subsidiar suas decisões do Colegiado de
Desenvolvimento Territorial. Tem o papel de propor, dialogar e articular temas
específicos relacionados aos Eixos Temáticos do Plano Territoriais de
Desenvolvimento Rural Sustentável do Baixo Amazonas:
a) Definir um(a) Animador(a) para articular e coordenar as atividades da Câmara
Temática;
b) Fazer levantamento, classificação e agrupamento de informações, preparação
e manutenção de bancos de dados para o PTDRS;
c) Elaborar, acompanhar e monitorar projetos do PTDRS para o território;
d) Propor critérios para seleção e priorização de projetos e emitir pareceres
sobre os mesmos;
e) Manter um diálogo permanente com o Núcleo Dirigente sobre o desempenho
de suas ações previstas no PTDRS;
f) Propor e apoiar eventos e atividades de planejamento, formação e
sistematização relacionadas aos temas que lhes são pertinentes;
g) Apresentar às demais Câmaras e instâncias do Colegiado o registro de suas
ações.
135
REFERÊNCIAS
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