Bloco Temático 2: Ciência, Cientificidade e Método Científico
TTeemmaa 44:: EEllaabboorraaççããoo ddoo PPrroojjeettoo ddee PPeessqquuiissaa
44..11:: TTeemmaa ee PPrroobblleemmaa ddee PPeessqquuiissaa
Você sabia que o projeto de pesquisa é de fundamental importância
para o desenvolvimento de uma pesquisa?
Vamos lá!
Pode-se definir o projeto de pesquisa como um documento formal que apresenta ações
planejadas, as quais serão desenvolvidas no processo de pesquisa. Assim sendo, o projeto de
pesquisa consiste em um roteiro geral, anterior à pesquisa, isto é, uma primeira etapa importante
para a realização da pesquisa (RODRIGUES, 2006, p. 155). Este tipo de trabalho é regido pela
norma NBR 15287 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Escolha do tema
O tema é o assunto inicial que se deseja pesquisar, devendo posteriormente ser
delimitado e problematizado. É imprescindível que na escolha do tema você goste e tenha
interesse no assunto; possibilite ter tempo e condições materiais necessárias para a realização da
pesquisa.
Na escolha do tema a ser abordado você deve levar em consideração alguns
elementos, como: a) é de interesse social? b) é de interesse científico? c) é possível ser
investigado? d) está na área de pesquisa do curso de graduação? e) existe referencial bibliográfico
sobre o assunto escolhido?
O tema deve ter originalidade pessoal, relevância e viabilidade para realização da
pesquisa.
Delimitação do tema
O tema não pode ficar aberto ou vago. Deve ser escolhido um aspecto do tema para
ser trabalhado. A delimitação exige especificação, seleção de um tópico ou parte a ser pesquisada
do tema. Esse aspecto não poderá ser amplo demais, pois pode direcionar a você seguir vários
caminhos, como também demasiadamente específico, o que lhe pode dificultar na coleta de
dados. Assim sendo, na delimitação é necessário definir sua extensão, profundidade, localização
temporal e geográfica. É muito comum entre os pesquisadores delimitar o tema a partir do
problema. Em relação ao aspecto temporal e geográfico pode ser definido nos procedimentos
metodológicos.
Escolher um tema significa eleger uma parcela delimitada de um assunto,
estabelecendo limites ou restrições para o desenvolvimento da pesquisa pretendida.
Problema
A pesquisa geralmente começa com uma interrogação, ou seja, quando alguma coisa
nos incomoda, ou quando algo passa a nos inquietar, a nos preocupar, e para resolver esta dúvida
buscamos respostas claras e objetivas. Às vezes, paramos com determinados fatos,
acontecimentos e fenômenos e ficamos formulando perguntas sobre eles. Indagamos sobre sua
origem, suas causas, consequências. Queremos entender o mecanismo de seu funcionamento e
suas relações com outros fenômenos. Esta necessidade leva-nos à busca de respostas cada vez
mais consistentes e duradouras para nossas dúvidas. A pesquisa começa, então, com interrogação
e termina quando encontramos as respostas. Mas ela não para por aí, ela é dinâmica e infinita, de
maneira que outro investigador partirá de onde terminamos para encontrar outras respostas ou
mesmo questionar aquilo que concluímos. É assim que a ciência se desenvolve.
O problema de pesquisa consiste em dizer, de maneira clara, objetiva, compreensível e
operacional, qual a dificuldade que se pretende resolver, qual questão não resolvida se pretende
buscar uma solução (RODRIGUES, 2006, p. 158).
Segundo Lakatos e Marconi (1991, p. 126), enquanto o tema de uma pesquisa é um
enunciado até certo ponto abrangente, a formulação do problema deve ser mais específica,
indicando exatamente qual a dificuldade que se pretende resolver.
Não existem regras para encontrar problemas. Contudo, geralmente, um problema
surge a partir da necessidade de:
a) verificar uma lacuna em uma teoria ou no conhecimento existente; b) investigar uma situação do cotidiano; c) testar ou pôr à prova uma teoria ou uma verdade aceita; d) investigar alguma lacuna metodológica.
Para saber mais sobre o assunto, consulte o site:
http://www.interface.org.br/ingles/revista2/artigo3.pdf
44..22:: QQuueessttõõeess,, HHiippóótteesseess ee OObbjjeettiivvooss ddee PPeessqquuiissaa
Questões Norteadoras/ Hipóteses de Trabalho
A hipótese é uma proposta de solução para o problema de pesquisa. É uma suposição
formulada a partir das relações entre duas ou mais variáveis. O objetivo da pesquisa será o de
confirmar ou negar a(s) hipótese(s) apresentada(s).
Segundo Martins (1994 apud RODRIGUES, 2006, p. 33), nem todos os tipos de
pesquisa necessitam da elaboração de hipóteses. Contudo, nas pesquisas em que há possibilidade
de enunciá-las, por exemplo, pesquisas experimentais, obtêm-se grandes vantagens
metodológicas, pois as hipóteses também possuem a função de orientar o pesquisador na
condução do trabalho.
É importante destacar que um mesmo problema pode ter muitas hipóteses, que são
soluções possíveis para a sua resolução. A(s) hipótese(s) irá(ão) orientar o planejamento dos
procedimentos metodológicos necessários à execução da sua pesquisa. O processo de pesquisa
estará voltado para a procura de evidências que comprovem, sustentem ou refutem a afirmativa
feita na hipótese. A hipótese responde a questão investigada e define o delineamento do processo
de pesquisa. A hipótese é sempre uma afirmação, uma resposta possível ao problema proposto.
Dependendo do tipo de pesquisa as hipóteses podem ser substituídas por questões
norteadoras, questões de estudo ou questões de pesquisa (termos muito utilizados nas ciências
sociais). Segundo Alves (2003 apud RODRIGUES, 2006, p. 164), as questões norteadoras, se
respondidas permitem clarificar o problema; funcionam como roteiro de pesquisa e é útil
correlacionar as questões com a metodologia a ser empregada na pesquisa.
A hipótese é formulada em uma sentença afirmativa, já a questão norteadora em
sentença interrogativa.
Objetivos
Nos objetivos é esclarecido aquilo que se quer alcançar. Os objetivos dividem-se em:
objetivo geral, que corresponde ao que se pretende alcançar com a realização da pesquisa e está
relacionado ao problema; objetivos específicos, que definem etapas a serem cumpridas para
alcançar o objetivo geral. Na elaboração dos objetivos você deve levar em consideração:
a) utilizar o verbo no tempo infinitivo;
b) os verbos mais usuais na elaboração do objetivo geral são: analisar, estudar,
explicar, entender, compreender, descrever, avaliar e conhecer, dentre outros;
c) os verbos mais usuais na elaboração dos objetivos específicos são: distinguir,
enumerar, identificar, classificar, comparar, relacionar, verificar, listar, levantar,
investigar;
d) os objetivos devem ser claros, explícitos e concisos;
e) cada objetivo deve expressar apenas uma ideia, deve apresentar apenas um sujeito e
um complemento.
44..33:: TTééccnniiccaass ddee CCoolleettaa ddee DDaaddooss
Vamos lá!
Para a realização da pesquisa, é necessário o emprego das técnicas de pesquisa. As
técnicas são procedimentos que operacionalizam os métodos. Para todo método de pesquisa,
correspondem uma ou mais técnicas. Estas estão relacionadas com a coleta de dados, isto é, a
parte prática da pesquisa.
A coleta de dados envolve a determinação da população a ser pesquisada, a
elaboração dos instrumentos de coleta e programação da coleta.
Os instrumentos de coleta de dados mais utilizados são:
observação;
entrevista;
questionário;
formulário.
Observação
A observação é uma técnica de coleta de dados que consiste na observação e registro,
de forma direta, sobre o fenômeno ou fato estudado. É uma das mais antigas técnicas utilizadas
pelas ciências; sendo utilizada tanto pelas Ciências Naturais como pelas Ciências Sociais
(RODRIGUES, 2006, p. 92).
A técnica de observação pode ser realizada (RODRIGUES, 2006, p. 93):
a) individual: realizada por um pesquisador; b) em equipe: é estudado por um grupo de pesquisadores; c) na vida real: a observação é feita em ambiente natural, pode-se dizer “em campo”; d) em laboratório: a observação é feita em ambiente artificial; e) participante: o pesquisador participa do fenômeno a ser estudado;
f) não participante: o pesquisador limita-se à observação e o registro do fenômeno ou
fato estudado.
Entrevista
A entrevista representa outra técnica de coleta de dados. É utilizada com o objetivo de
obter informações a partir de uma conversa orientada com o entrevistado, devendo atender a um
objetivo pré-determinado. A entrevista deve ser planejada para que o pesquisador possa obter as
informações necessárias, claras e objetivas. A entrevista requer disponibilidade de tempo maior
para a conversa orientada, todavia poderá obter uma maior riqueza de informações do
entrevistado, principalmente em pesquisas qualitativas (RODRIGUES, 2006, p. 93-94).
Questionário
O questionário também é um instrumento de coleta de dados, constituído por uma lista
de questões relacionadas com o problema de pesquisa, e aplicado a um número determinado de
informantes. O questionário pode ser enviado pelo correio ou entregue diretamente aos
informantes, sendo preenchido pelos mesmos. Nesse caso, possibilita aos respondentes sentirem-
se mais à vontade em suas respostas, já que não contam com a presença do pesquisador
(RODRIGUES, 2006, p. 95-96).
Formulário
O formulário é um instrumento de coleta de dados, com uma lista de perguntas,
aplicado a um número determinado de informantes. O formulário é preenchido pelo pesquisador,
a partir das informações obtidas do informante, o que possibilita ser aplicado a qualquer tipo de
informante, já que é preenchido pelo pesquisador. O formulário consiste, justamente, na
assistência direta que o informante recebe do pesquisador que pode reformular as perguntas,
tornando-as mais claras, dar explicações, enfim, ajustar o formulário à experiência e compreensão
de cada informante (RODRIGUES, 2006, p. 94-95).
44..44:: EEssttrruuttuurraa ddoo PPrroojjeettoo ddee PPeessqquuiissaa
Os elementos geralmente requeridos num projeto de pesquisa são os seguintes:
ELEMENTOS QUANTIDADE DE FOLHAS (SUGERE-SE)
CAPA 01 folha
FOLHA DE ROSTO 01 folha
SUMÁRIO 01 folha
INTRODUÇÃO 01 a 02 folhas
OBJETIVOS 01 folha
HIPÓTESES DE TRABALHO OU QUESTÕES
NORTEADORAS
01 folha
JUSTIFICATIVA 01 a 02 folhas
REFERENCIAL TEÓRICO 04 a 10 folhas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 02 a 04 folhas
CRONOGRAMA 01 folha
ORÇAMENTO 01 a 02 folhas
REFERÊNCIAS 01 a 03 folhas
Capa
Deve conter os seguintes elementos: nome da universidade; nome do curso; nome
completo do aluno; indicativo da natureza do projeto de pesquisa; título do trabalho e subtítulo
(se houver); local e o ano.
A capa deve ser apresentada em papel branco, formato A4 (21 cm x 29,7 cm). As
margens da folha devem ter 3 cm (esquerda e superior) e 2 cm (direta e inferior). A digitação
deve ser na cor preta, utilizando-se de fonte Times New Roman ou Arial.
Sugere-se que o Projeto de Pesquisa seja encadernado em espiral, com a capa de
plástico transparente para possibilitar a leitura das informações da capa.
Folha de Rosto
Você deverá colocar na folha de rosto os seguintes elementos: no alto, ao centro, em
negrito, caixa-alta, fonte tamanho 18, o nome do autor do trabalho. Ao centro, o título em caixa-
alta, negrito, fonte tamanho 18, centralizado, seguido de subtítulo (se houver). Mais abaixo, à
direita, fonte tamanho 12, espaço simples, coloca-se uma referência sobre a natureza do trabalho,
a instituição a que se destina e objetivo acadêmico; também, o nome do orientador. Mais abaixo,
registra-se a cidade e o ano de realização do trabalho, fonte tamanho 14.
Sumário
No sumário são apresentadas as partes que compõem o projeto de pesquisa, com as
respectivas numerações das páginas.
Em relação à paginação, todas as folhas do projeto de pesquisa, a partir da folha de
rosto, devem ser contadas, mas não numeradas. A numeração é colocada a partir da primeira
folha da parte textual (folha de introdução). Os números devem ser em algarismos arábicos e
localizados no canto superior direito da folha, em fonte tamanho menor em relação à utilizada no
texto, sugere-se fonte em tamanho 10.
Introdução
Na introdução apresenta-se a problematização, discutindo o assunto de forma
sintética. Também, é apresentado o tema delimitado.
A introdução é uma exposição sucinta do problema, não devendo se prolongar em
explicações, já que os resultados para a solução do problema serão obtidos com a execução da
pesquisa.
O objetivo principal da introdução é situar o leitor no contexto da pesquisa, da
problemática. Apresentar claramente o que será pesquisado.
Objetivos
Apresenta a relação dos objetivos propostos (sugestão: 3 a 6 objetivos). São iniciados
com o verbo no infinitivo.
Perguntas-chave:
Para que fazer a pesquisa?
Quais as pretensões do pesquisador em relação ao tema?
Que se pretende alcançar?
Questões Norteadoras e Hipóteses de Trabalho
Apresenta a relação das questões norteadoras (interrogativas) ou das hipóteses de
trabalho (afirmativas) (sugestão: 2 a 4 questões/ 3 a 4 hipóteses).
Justificativa
Deve apresentar as razões que o levaram a estudar determinado tema. Mostrar a
contribuição que a pesquisa pode oferecer no campo social e no âmbito do conhecimento
científico.
A justificativa deve conter:
a) os motivos que o levaram à escolha do tema;
b) a importância e utilidade do estudo do tema na atualidade;
c) explicação sobre a viabilidade da execução da proposta;
d) o contexto em que o fenômeno ocorre;
e) os aspectos inovadores do estudo.
Assim sendo, pergunte a você mesmo: o tema é relevante e, se é, por quê? Que
contribuições você pressupõe que sua pesquisa irá proporcionar à sociedade e à ciência? A
justificativa deverá convencer quem for ler o projeto, com relação à relevância da pesquisa
proposta.
Referencial Teórico
Consiste em explicar os pressupostos teóricos, esclarecer os conceitos e ideias que
serão utilizadas, fundamentando e balizando todo o desenvolvimento da pesquisa. Deverá ser
feita uma pesquisa bibliográfica sobre o assunto, ou seja, uma revisão de literatura. É de
fundamental importância a colocação na redação do referencial teórico citações diretas e citações
indiretas dos autores que tratam sobre o assunto. Na elaboração das citações seguir as normas da
ABNT-NBR 10520 (http://www.unit.br/normasacademicas.asp).
Para que você alcance um melhor aproveitamento na elaboração do referencial
teórico, é necessário utilizar-se das técnicas de estudo: sublinhar, esquematizar e resumir.
No referencial teórico, grande parte de seu conteúdo é resultante de material impresso,
como: livros, revistas e jornais. Todavia, com o desenvolvimento dos meios de comunicações e
informações, a exemplo da internet, têm-se, também, utilizado esses novos meios de
informações.
A internet representa uma novidade nos meios de pesquisa. Trata-se de uma rede
mundial de comunicação via computador, onde as informações são trocadas livremente entre
todos. A internet se tornou um importante veículo de transmissão de conhecimentos e muitas
faculdades e universidades, em suas bibliotecas, têm proporcionado aos seus alunos o acesso a
esse veículo. Todavia, é necessário que você não só tenha acesso ao uso da internet, mas que
desenvolva a capacidade de analisar criticamente a qualidade das informações obtidas através
desse veículo de informação. Atualmente estão à sua disposição diversas ferramentas de busca
(nacionais e internacionais). Sites de busca nacionais: WWW.cade.com.br WWW.aonde.com.br WWW.yahoo.com.br WWW.achei.net WWW.radaruol.com.br WWW.google.com.br Sites de busca internacionais: WWW.google.com WWW.yahoo.com
WWW.altavista.com Livros on-line: WWW.books.google.com WWW.ebookcult.com.br WWW.clube-positivo.com/biblioteca/livros.htm
Procedimentos Metodológicos
Os procedimentos metodológicos estão relacionados com o delinear, o modo, a
maneira como se procederá a pesquisa. Você deve apresentar o conjunto de procedimentos
metodológicos (métodos, técnicas, materiais etc.) que serão utilizados e seguidos para a
realização da pesquisa.
São vários os elementos a serem selecionados, pelo pesquisador, para a realização da
pesquisa.
a) destacar o tipo de método de abordagem e de procedimento, justificando os motivos
de sua escolha no contexto da pesquisa;
b) apresentar e justificar o tipo de pesquisa que será utilizada;
c) explicar se a coleta de dados será feita através de: questionário, formulário,
entrevista, observação etc. Informar, também, o período de coleta de dados;
d) deve apresentar e justificar a escolha da população e amostra. Lembrando que o
sujeito da pesquisa pode ser uma instituição, uma empresa, pessoas, grupos etc. É
importante informar a amostra, ou seja, o quantitativo com que o pesquisador vai
trabalhar, por exemplo: 40 trabalhadores, 20 supervisores, 40 educadores etc.;
e) é importante informar se a análise e a interpretação dos dados serão a partir de uma
abordagem quantitativa ou qualitativa. Também, se na análise serão utilizados
elementos representativos como: tabelas, quadros, gráficos etc;
Portanto, nos procedimentos metodológicos você irá definir onde e como será
realizada a pesquisa. Definirá o método, o tipo de pesquisa, a população (universo da pesquisa), a
amostragem, os instrumentos de coleta de dados e a forma como pretende tabular e analisar seus
dados.
Cronograma
No cronograma faz-se uma previsão do tempo que será utilizado para a realização da
pesquisa Devem constar no cronograma as atividades e o tempo de duração para cada fase da
pesquisa. É comum apresentar as etapas ou fases por meses.
Geralmente, é apresentado no cronograma o tempo que será gasto para: pesquisa
bibliográfica, elaboração do instrumental de coleta de dados, realização do pré-teste do
instrumental, coleta de dados, tabulação, análise e interpretação dos dados, redação e revisão,
digitação do texto e a entrega do relatório de pesquisa.
Orçamento
Refere-se ao levantamento de custos da pesquisa, neste caso, deve-se relacionar tudo
o que será necessário à execução do trabalho: recursos humanos, recursos materiais e serviços.
Referências
Neste item você deverá relacionar as fontes consultadas e referenciadas no projeto e as
que podem vir a fundamentar a pesquisa em si. Os registros devem obedecer às normas da
ABNT-NBR 6023. Para organização das referências consulte o site da Unit:
http://www.unit.br/normasacademicas.asp (Manual de Referências Citações e Notas de Rodapé).
Exemplos de temas, delimitação de temas, objetivos, hipótese e questões norteadoras
de projetos de pesquisa (RODRIGUES, 2006, p. 171-174):
TEMA 1: Impactos ambientais em áreas de mangues. DELIMITAÇÃO DO TEMA: Os impactos ambientais decorrentes da ocupação
humana, nas áreas de mangues, do município de
Santa Maria. PROBLEMA: A ocupação humana tem provocado impactos ambientais, nas áreas de
mangues, do município de Santa Maria? QUESTÕES NORTEADORAS: - O aterramento e a construção de casas de veraneio têm reduzido as áreas de
mangues, do município de Santa Maria? - O lixo humano e o aterramento têm provocado a extinção da fauna e da flora, nas
áreas de mangues, do município? - A falta de planejamento municipal tem provocado a ocupação desordenada nas áreas
de mangues?
- A falta de fiscalização tem levado à especulação imobiliária, nas áreas de mangues?
OBJETIVO GERAL: Analisar os impactos ambientais decorrentes da ocupação
humana, nas áreas de mangues, do município de Santa Maria. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Identificar as áreas de mangues atingidas pela ocupação humana, no município de
Santa Maria; - Identificar os principais tipos de lixo depositados nas áreas de mangues, decorrente
da ocupação humana; - Verificar como o lixo humano e o aterramento têm provocado a extinção da fauna e
da flora, nas áreas de mangues, do município; - Avaliar os impactos ambientais nas áreas de mangues, decorrentes da ocupação
humana; - Verificar como a falta de planejamento municipal tem provocado a ocupação
desordenada nas áreas de mangues;
- Verificar como a falta de fiscalização tem levado à especulação imobiliária, nas
áreas de mangues.
TEMA 2 (SOARES, 2003, p. 45-48): O hipocampo e sua função na formação e
consolidação de memória. DELIMITAÇÃO DO TEMA: Formação e consolidação de memória de curta e de
longa duração em pacientes com lesão em células
granulares (campo CA1) do hipocampo. PROBLEMA: Qual a importância das células granulares do hipocampo (CA1) para a
formação e consolidação de memória de curta e de longa duração?
HIPÓTESE: - As células granulares do hipocampo (CA1) estão correlacionadas com a formação e
com a consolidação da memória de curta duração. Porém não são necessárias para a
manutenção da memória de longa duração. OBJETIVO GERAL: Estudar a função do hipocampo na formação e consolidação da
memória. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Apresentar as principais teorias neuropsicológicas sobre a natureza e a duração da
memória; - Descrever o hipocampo anatômica e fisiologicamente; - Analisar alguns experimentos sobre lesões seletivas nas células granulares do
hipocampo em animais; - Descrever alguns casos clínicos, descritos na literatura médica, de pacientes que
sofreram lesão hipocampal, em especial lesões que afetaram as células granulares do
hipocampo; - Analisar a teoria neuropsicológica subjacente à avaliação desses casos clínicos; - Estudar a formação e consolidação de memória de curta e de longa duração em
pacientes com lesão em células granulares (campo CA1) do hipocampo.
REFERÊNCIAS ALVES, Magda. Como escrever teses e monografias. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. São Paulo: Atlas, 2001. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS E TÉCNICAS. NBR 6023. Rio de Janeiro. ABNT, 2002. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS E TÉCNICAS. NBR 10520. Rio de Janeiro. ABNT, 2002. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS E TÉCNICAS. NBR 14724. Rio de Janeiro. ABNT, 2002. BARROS, Aidil Jesus da Silva; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de Metodologia Científica: um guia para iniciação científica. São Paulo: MAKRON Booksd, 2000. BELLO, José Luiz de Paiva. Metodologia Científica. Rio de Janeiro, 2004. Disponível em:<http://pedagogiaemfoco.pro.br/met01.htm>. Acesso em: 10 out. 2008. BRASIL. Resolução 196/96 de 10 de outubro de 1996. Dispõe sobre as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Conselho Nacional de Saúde, Brasília, DF, 10 de out. de 1996. Disponível em: <https://conselho.saude.gov.br/docs/Reso196.doc>. Acesso em: 6 jan. 2009. BRASIL. Resolução 251/97 de 07 de ago. de 1997. Dispõe sobre o uso de novos fármacos, medicamentos, vacinas e testes diagnósticos em seres humanos. Conselho Nacional de Saúde, Brasília, DF, 07 de ago. de 1997. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/bioetica/res25197.htm>. Acesso em: 06.01.2009.
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