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NOTA TÉCNICA 1
REDD+
Metodologia de pesquisa dos projetos de REDD+ na Amazônia brasileira
NOTA TÉCNICA 1
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Metodologia de pesquisa dos projetos de REDD+ na Amazônia brasileira
Relatório fi nal apresentado ao Inesc
Data: Junho/2011
Lidiane Melo
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SUMÁRIO
Introdução ....................................................................................................................................................................9
Metodologia ................................................................................................................................................................ 11
Os Projetos de REDD+ na Amazônia Brasileira
- Fichas Informativas................................................................................................................................................. 15
- Outras Iniciativas......................................................................................................................................................23
Informações Consolidadas.....................................................................................................................................28
Considerações Finais.................................................................................................................................................34
Anexos.............................................................................................................................................................................38
SUMÁRIO
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ACT Equipe de Conservação da AmazôniaAPP Área de Preservação PermanenteBNDES Banco Nacional do DesenvolvimentoCAR Cadastro Ambiental RuralCCBS Padrão Clima, Comunidade e BiodiversidadeCCSX Projeto de Cadastro de Compromisso Socioambiental do XinguCCX Bolsa do Clima de ChicagoCGEE Centro de Gestão e Estudos EstratégicosCI Conservação InternacionalDCP Documento de Concepção de ProjetoFAS Fundação Amazônia Sustentável FCPF Parceria de Carbono Florestal (Forest Carbon Partnership) FIP Programa de Investimento Florestal (Forest Investment Program)FLOTA Floresta EstadualFSC Brasil Conselho Brasileiro de Manejo Florestal (Forest Stewardship Council)FUNBIO Fundo Brasileiro para a BiodiversidadeFVPP Fundação Viver, Produzir e PreservarGEE Gases de Efeito EstufaIAS Instituto Amazônia SustentávelICV Instituto Centro e VidaIDESAM Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do AmazonasIMAZON Instituto do Homem e Meio Ambiente da AmazôniaINCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma AgráriaINESC Instituto de Estudos SocioeconomicosINPE Instituto Nacional de Pesquisas EspaciaisIPAM Instituto de Pesquisa Ambiental da AmazôniaIUCN International Union for Conservation of Nature
LISTA DE SIGLAS E ACRÔNIMOS
SUMÁRIO
LISTA DE SIGLAS E ACRÔNIMOS
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MDL Mecanismo de Desenvolvimento LimpoNAMAs Ações de Mitigação Nacionalmente ApropriadasONFI Offi ce National des Fôrets - InternationalONG Organização Não GovernamentalPAC Programa de Aceleração do GovernoPAS Plano Amazônia SustentávelPBF Programa Bolsa FlorestaPNMC Plano Nacional sobre Mudança do ClimaPPCDAM Plano de Ação para a prevenção e controle do desmatamento na Amazônia LegalPRODES Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por SatélitePSA Pagamentos por Serviços AmbientaisRDS Reserva de Desenvolvimento SustentávelREDD+ Redução de Emissões do Desmatamento e da Degradação fl orestal, manejo fl orestal sustentável, conservação e aumento dos estoques de carbono fl orestalSAE Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da RepúblicaSDS Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SEMA MT Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Mato GrossoSEMA PA Secretaria de Estado de Meio Ambiente do ParáSFB Serviço Florestal BrasileiroSMCQ Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade AmbientalTI Terra IndígenaTNC The Nature ConservancyUC Unidade de ConservaçãoUFPA Universidade Federal do ParáUFRA Universidade Federal Rural do ParáUNFCCC Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do ClimaUNREDD Programa das Nações Unidas para a Redução de Emissões do Desmatamento e Degradação Florestal em Países em DesenvolvimentoVCS Voluntary Carbon Standard
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Este levantamento objetiva fazer um balanço dos projetos de Redd+ situados na
Amazônia brasileira, ou seja, projetos voltados para a redução de emissões provenientes do des-
matamento e da degradação, do manejo fl orestal e das demais atividades na região para o au-
mento ou a manutenção dos estoques de carbono fl orestal.
A busca concentrou-se em projetos de Redd+, ou seja, iniciativas com área de infl u-
ência determinada, metodologia crível para o cálculo de emissões evitadas e/ou biomassa estoca-
da, tempo de realização delimitado e com resultados e expectativas defi nidos, bem como aquelas
validadas ou em processo de validação em certifi cadoras.O documento está estruturado em partes. A primeira parte consiste na introdução. A se-
gunda parte trata do processo metodológico utilizado para a realização do levantamento. A ter-ceira parte aborda o conjunto de fi chas informativas sobre cada projeto identifi cado. Por sua vez, a quarta parte detalha as informações consolidadas em tabela e gráfi cos, já com algumas conside-rações. Por fi m, a quinta parte traz as considerações fi nais sobre o levantamento.
As informações obtidas com o levantamento serão disponibilizadas no Observató-rio dos Financiamentos e Investimentos na Amazônia Brasileira, um espaço virtual desenvolvido pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), que surgiu da preocupação da instituição com as transformações ambientais, sociais, econômicas e políticas pelas quais a Região Amazônica passa, principalmente ao longo da última década.
Por meio do Observatório, o Inesc pretende produzir e disponibilizar dados, in-formações e análises sobre os seguintes tipos de investimentos na Amazônia brasileira: 1) obras de infraestrutura do PAC, incluindo investimentos privados em barragens; 2) terra; 3) projetos de Redd+; 4) mineração. O Observatório tem por objetivo compreender as iniciativas de fi nancia-mento e investimento que estão sendo operadas na região. Neste contexto, os projetos de Redd+ serão analisados porque são considerados uma das frentes de investimentos na região e que pos-sivelmente infl uenciarão o desenvolvimento local e regional.
Espera-se que as informações consolidadas neste levantamento possam ser utili-
INTRODUÇÃO
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zadas por organizações, movimentos sociais, pesquisadores, estudiosos e tomadores de decisão que atuam na Amazônia, orientando um debate qualifi cado sobre o tema na sociedade. Os dados organizados sobre os projetos podem contribuir para a refl exão sobre os riscos e as oportunida-des que o mecanismo proporciona à região, por ser um vetor de recursos fi nanceiros para ela. Além disso, este estudo objetiva subsidiar a discussão sobre a proposição de políticas, arranjos e condições necessárias para a sua implementação, bem como a relação dos projetos de Redd+ com o rumo do capitalismo na região e a qualidade de vida dos povos amazônicos e de suas co-munidades.
As informações apresentadas sobre os projetos neste levantamento foram desen-volvidas a partir da aplicação de questionários às instituições e organizações do setor público, privado e da sociedade civil identifi cadas como responsáveis ou parceiras no desenvolvimento de projetos de Redd+ na Região Amazônica brasileira.
O Inesc e a autora não se responsabilizam pelos dados dos projetos publicados, pois contribuíram somente para a sua consolidação e disponibilização para o público no referido Observatório.
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METODOLOGIA
A metodologia utilizada no levantamento dos projetos de Redd+ existentes na
Amazônia brasileira consistiu em sete etapas, conforme descrição apresentada a seguir:
1) Identifi cação de quais organizações/instituições deveriam rece-
ber o questionário
Foi realizado um mapeamento de potenciais instituições/organizações envolvidas
em projetos de Redd+, por meio da lista de contatos de participantes dos Grupos de Trabalho
(GTs) criados para discutir uma proposta para a estratégia nacional de Redd+, em julho de 2010.
A iniciativa dos GTs foi conduzida pela Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambien-
tal (SMCQ), do Ministério do Meio Ambiente, e entre os seus participantes foram selecionados
alguns nomes para posterior contato.
Foi realizada uma identifi cação de potenciais instituições/organizações envolvidas
com projetos de Redd+ na Amazônia em documentos e levantamentos realizados anteriormen-
te, tais como o levantamento "Experiências Brasileiras em Redd", divulgado em novembro de
2009 pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB); o "Guia sobre Projetos de Redd+ na América Latina",
publicado em julho de 2010 pela The Nature Conservancy (TNC) e pelo Instituto de Conservação
e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam); e a publicação "Redd no Brasil: um Enfo-
que Amazônico", editada em maio de 2011 pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE),
pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e pela Secretaria de Assuntos Estraté-
gicos (SAE) da Presidência da República.
Paralelamente às duas seleções mencionadas, foi realizada uma pesquisa explora-
tória em websites de certifi cadoras e standards específi cos de verifi cação de emissões reduzidas
e de fl orestas, com o intuito de identifi car os projetos de Redd+ amazônicos validados ou em
SUMÁRIO
METODOLOGIA
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processo de validação, para contrapor as iniciativas com os nomes das instituições/organizações
identifi cadas anteriormente, a fi m de evitar a exclusão de algum projeto.
Com base na pesquisa e nas identifi cações exploratórias mencionadas, foi organizada uma
lista de potenciais pessoas e instituições do governo, de empresas e iniciativas da sociedade civil
organizada que atuam nos estados da Amazônia e que provavelmente estariam envolvidas com
projetos de Redd+.
A lista foi utilizada para a realização de contatos telefônicos com as pessoas-chave dos três
setores (governo, empresas, ONGs e movimentos sociais) e, após a sinalização positiva por parte
da pessoa, de que a instituição/organização estaria envolvida com algum projeto e gostaria de
participar do levantamento, foi feita uma segunda lista com os nomes de quem receberia o ques-
tionário de fato. As instituições/organizações contatadas e não envolvidas com algum projeto
foram desconsideradas para envio do questionário, bem como as que não quiseram participar do
levantamento alegando sigilo ou outro aspecto confi dencial.
2) Defi nição do formato do questionário
O questionário foi estruturado em formato Word, com questões fechadas e abertas e com
os seguintes tópicos:
Título do projeto;
Envolvimento da instituição/organização na implementação do projeto;
Objetivos e atividades previstos;
Instituições envolvidas (parceiras);
Duração (em anos);
Estágio de implementação (em elaboração, em implementação, implementado);
Localização/abrangência (municípios e estados);
Tipo de propriedade/categoria fundiária (área pública, área privada, terra indígena, unidade
de conservação, outros);
Área total do projeto (em hectares);
Conceito de Redd utilizado (Redd ou Redd+);
Nível de referência utilizado pelo projeto (histórico, projetado);
Estimativa de emissões a serem evitadas pelo projeto (em tCO2e);
Valor total do projeto;
Origem dos recursos para a elaboração do projeto (da própria instituição, de parceiros, outros);
Fontes de fi nanciamento do projeto;
Valor captado até o momento;
Se possui certifi cação;
Se possui tratamento para não permanência e fuga;
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Principais atividades do projeto;
Alocação de recursos captados pelo projeto;
Benefi ciários do projeto;
Se possui algum projeto de pagamento por serviços ambientais;
Informações adicionais.
O detalhamento das respostas e das demais informações solicitadas nas questões foi apre-
sentado previamente ao Inesc, que aprovou o modelo antes de ser aplicado às instituições/or-
ganizações selecionadas.
Foram feitas algumas orientações para o preenchimento do questionário: (1) as questões
que não se aplicassem ao projeto em questão poderiam ser deixadas em branco; (2) recomendou-
se o preenchimento de questionários individualizados para cada projeto implementado pela in-
stituição/organização.
Além disso, foram sugeridas algumas conceituações, com o intuito de esclarecer parte das
respostas: (1)
Conceito de Redd: Redução de emissões por desmatamento e degradação fl orestal;
Conceito de Redd+: Redução de emissões por desmatamento e degradação fl orestal, mais mane-
jo fl orestal sustentável, conservação e aumento dos estoques de carbono;
Nível de Referência Histórico: Considera as taxas médias de desmatamento em um determinado
período de referência, projetando-as para o futuro de forma linear;
Nível de Referência Projetado: Baseado em modelos de mudança de uso e cobertura do solo que
projetam o desmatamento futuro com base na análise dos agentes e das causas socioeconômicas
específi cas;
Permanência: Longevidade dos estoques de carbono, considerando-se o manejo de eventuais
distúrbios naturais que possam afetá-los;
Vazamento: Mudança líquida nas emissões antropogênicas que ocorrem fora dos limites do pro-
jeto e que são mensuráveis e atribuíveis às atividades do projeto.
3) Aplicação dos questionários
A sensibilização das instituições/organizações selecionadas para o envio do questionário
foi feita de forma simultânea ao primeiro contato telefônico. Neste contato foi feita uma breve
explanação sobre o objetivo do levantamento de projetos do Observatório. Posteriormente à con-
versa foi encaminhada por endereço eletrônico uma mensagem contendo mais informações so-
bre o Inesc, o Observatório de Financiamentos e Investimentos na Amazônia Brasileira, o objetivo
do levantamento dos projetos de Redd+ e o respectivo questionário.
Após uma semana do envio da mensagem com o questionário, foram feitos alguns conta-
(1) Conceitos baseados no glossário de CENAMO, M. C.; PAVAN, M. N.; BARROS, A. C.; CARVALHO, F. Guia sobre Projetos de Redd+ na América Latina, 2010. Manaus, Brasil. 96 págs.
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tos telefônicos com o intuito de confi rmar o recebimento e acordar um prazo para o retorno do questionário preenchido.
4) Tabulação e sistematização das informações dos questionários
Conforme orientação para o preenchimento, cada questionário preenchido corresponde a um projeto de Redd+ identifi cado envolvendo uma ou mais instituições. Para a tabulação das informações contidas nos questionários respondidos, foi desenvolv-ida uma planilha em Excel, na qual cada pergunta do questionário corresponde a uma coluna da planilha, que foi preenchida com as respostas registradas em cada um dos questionários respon-didos. Para ajudar na análise dos dados, foram criadas colunas extras, específi cas para sintetizar e classifi car as respostas de cada uma das perguntas do questionário. No caso das perguntas fechadas, foi registrada a resposta na íntegra. No caso das perguntas abertas, dependendo das respostas, foi feita uma classifi cação das respostas conforme padrão defi nido para organizar as diferentes opções de repostas.
5) Produção de um documento com informações padronizadas sobre cada
projeto
Após a classifi cação e o ajuste das respostas conforme o padrão defi nido para cada per-gunta, por meio da ferramenta mala direta(2), foi gerado um documento, em Word, com as fi chas individualizadas de cada projeto. Neste documento, além das fi chas informativas de cada projeto, foram inseridos gráfi cos provenientes do Excel, com informações gerais sobre os projetos identifi -cados no levantamento.
6) Envio do texto do projeto sistematizado/revisado para cada organi-
zação/instituição validar e autorizar posterior publicação
Nesta etapa, foi enviada uma mensagem com a fi cha que continha as informações consoli-dadas de cada projeto para a pessoa responsável pelo preenchimento do questionário. O objetivo foi fazer uma última checagem das informações sobre o projeto e conseguir o aval quanto ao texto consolidado para posterior disponibilização de seu conteúdo no Observatório e nas demais publicações vinculadas.
7) Consolidação das informações de cada projeto em um relatório único
As informações sobre os projetos foram consolidadas em um relatório em formato Word. O documento é estruturado com introdução, metodologia, conjunto de fi chas informativas de cada projeto identifi cado, informações consolidadas em gráfi cos e considerações fi nais sobre o levantamento. Além disso, contém anexos: Anexo I – Glossário; Anexo II – Questionário; Anexo III – Lista de contatos sobre a Amazônia; Anexo IV – Lista de contatos e questionários enviados; Anexo V – Pesquisa em certifi cadoras/standards; Anexo VI – Fontes pesquisadas.
(2) Ferramenta do Microsoft Word utilizada para gerar cartas, etiquetas e envelopes e que também pode ser utilizada para estabelecer conexão com o conteúdo disponível em tabelas no formato Excel. Basta criar um documento principal no Word, que contém o texto com todas as formatações desejadas, bem como os campos que irão receber os dados, e fazer a sua vinculação ao arquivo de dados (planilha em Excel).
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Este levantamento identifi cou um total de sete projetos de Redd+ situados na Amazônia
brasileira(3), ou seja, só foram considerados projetos que estivessem com aspectos técnicos, me-
todológicos e área de atuação verifi cáveis, bem como aqueles em processo de validação ou já vali-
dados junto a uma instituição certifi cadora, na qual são atendidos os critérios mínimos defi nidos
para um projeto de Redd+.
A opção pela seleção de projetos de Redd+ deve-se ao fato de que as atividades previstas
nestes projetos contribuem diretamente para a redução de emissões de gases de efeito estufa.
Além disso, desenvolvem ações que podem ser quantifi cáveis em termos de redução de emissões
por possuírem metodologia específi ca para o cálculo de emissões evitadas ou a manutenção de
estoque de biomassa.
Adicionalmente, foram mapeadas outras iniciativas facilitadoras de Redd+ que se relacion-
am ao mecanismo. Pois mesmo que não possam ser consideradas projetos típicos de Redd+, uma
vez que não geram contribuições diretas para a redução de emissões, tais iniciativas facilitadoras
contribuem indiretamente na preparação institucional para o desenvolvimento de futuros proje-
tos no país, além de também estimularem um aporte de recursos para a região.
Projeto de Redd+ na Calha Norte, no Pará
Instituições envolvidas: Conservação Internacional (CI), Instituto do Homem e Meio Ambiente da
Amazônia (Imazon), Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará (Sema-PA).
Objetivos e atividades: (1) Evitar o avanço do desmatamento e promover a conserva-ção dos estoques de carbono na Floresta Estadual (Flota) do Faro; (2) atender as indicações do macrozoneamento do estado do Pará; (3) minimizar a especulação de terras e garantir proteção
(3)O documento de concepção do projeto pode ser obtido junto às instituições envolvidas com o respectivo projeto.
OS PROJETOS DE REDD+NA AMAZÔNIA BRASILEIRA
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ambiental de recursos renováveis na região; (4) apoiar a sustentabilidade fi nanceira e a gover-nança fl orestal dessa Unidade de Conservação de Uso Sustentável, servindo como modelo para o mosaico de áreas protegidas da Calha Norte; (5) promover e garantir a distribuição de benefícios advindos do projeto às comunidades locais e tradicionais envolvidas.
Características
Duração: Não informada.
Estágio: Em elaboração.
Localização: Calha Norte – Pará, Floresta Estadual do Faro.
Categoria fundiária: Unidade de Conservação Estadual.
Área total do projeto: 600.000 ha.
Nível de referência: Projetado. Foram consideradas as taxas históricas de desmatamento ocor-
ridas entre 2000 e 2004, de forma a entender a dinâmica de mudança de uso do solo na região e,
assim, calcular a proporção de área de fl oresta que foi convertida nesse intervalo de tempo, pro-
jetando a taxa de desmatamento para o futuro.
Estimativa de emissões de CO2e que devem ser evitadas: 118.848.747 tCO2e.
Tratamento para vazamento e fuga: Não. Ainda está sendo estudado, pois a zona de referência
ainda não foi totalmente delimitada, uma vez que considerará as outras UCs da região da Calha
Norte e a divisa com o estado do Amazonas, pelo rio Nhamundá.
Benefi ciários: Habitantes da Flota do Faro, famílias de pequenos agricultores, remanescentes
quilombolas, indígenas e castanheiros.
Certifi cação: Não. Porém, pretende-se submetê-lo à certifi cação CCBS num primeiro momento e,
depois, VCS.
Aspectos fi nanceiros
Valor do projeto: Não informado.
Fontes de fi nanciamento: Recursos da Conservação Internacional (CI).
Alocação dos recursos captados: Consultorias, estudos técnicos, relatórios biológicos, socioec-
onômicos, elaboração do DCP e viagens de campo.
Projeto Ecomapuá Redd, na Ilha do Marajó
Instituições envolvidas: Ecomapuá Conservação Ltda., Instituto Amazônia Sustentável (IAS), Em-
brapa, Universidade Federal Rural do Pará (UFRA), Universidade Federal do Pará (UFPA), UGA e
Winrock.
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Objetivos e atividades: (1) Conservação da fl oresta, geração de receita e lucro para a empresa
e as comunidades; (2) desenvolvimento sustentável regional e produção de produtos fl orestais
madeireiros e não madeireiros.
Características
Duração: 15 anos.
Estágio: Em elaboração.
Localização: Município de Breves (PA) e Ilha de Santana (AP).
Categoria fundiária: Propriedades particulares.
Área total do projeto: 84.104 ha.
Nível de referência: Histórico. Foram considerados o desmatamento histórico na região e a pre-
visão de aberturas de estrada e linha de transmissão.
Estimativa de emissões de CO2e que devem ser evitadas: 3.500.000 tCO2e.
Tratamento para vazamento e fuga: Sim. Comunicação permanente com as comunidades e moni-
toramento via imagens.
Benefi ciários: Empresa, comunidades locais e distribuição de royalties, que devem ser defi nidos
para parceiros.
Certifi cação: Não possui.
Aspectos fi nanceiros
Valor do projeto: R$ 7.515.000,00.
Fontes de fi nanciamento: Venda de créditos no mercado voluntário.
Alocação dos recursos captados: De acordo com plano de implementação. Os recursos serão
alocados diretamente nos projetos citados e no desenvolvimento das comunidades ribeirinhas
do local do projeto.
Projeto de Redd da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Juma
Instituições envolvidas: Fundação Amazônia Sustentável (FAS), Governo do Estado do Amazo-
nas e Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam).
Objetivos e atividades: A implementação das atividades do projeto resultará, até 2050, na con-
tenção do desmatamento de cerca de 329.483 hectares de fl oresta tropical. A geração de benefí-
cios sociais e ambientais na área do projeto é parte fundamental da estratégia de conservação
da região e da geração de benefícios climáticos e de biodiversidade. Principais eixos de ação: (1)
fortalecimento da fi scalização e do controle ambiental; (2) geração de renda mediante negócios
sustentáveis; (3) desenvolvimento comunitário, pesquisa científi ca e educação; e (4) pagamento
direto por serviços ambientais – Programa Bolsa Floresta.
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Características
Duração: 44 anos.
Estágio: Em implementação.
Localização: Município de Novo Aripuanã (AM).
Categoria fundiária: Unidade de Conservação Estadual.
Área total do projeto: 329.483 ha.
Nível de referência: Projetado. O cenário de linha de base utilizado foi o modelo de simulação do
desmatamento futuro SimAmazônia I (http://www.nature.com/nature/journal/v440/n7083/sup-
pinfo/nature04389.html). Este modelo baseia suas projeções tomando como principais determi-
nantes do desmatamento a construção e a pavimentação de estradas. No cenário de linha de base
considerado no projeto, a pavimentação de estradas segue um programa pré-defi nido, e os seus
efeitos sobre o desmatamento são empiricamente estimados com utilização dos dados do Prodes
(Inpe, 2008b) analisados em nível municipal (Soares-Filho et al., 2006).
Estimativa de emissões de CO2e que devem ser evitadas: 189.767.027 tCO2e.
Tratamento para vazamento e fuga: Sim. Considera-se que a implementação do Projeto de Redd
da RDS do Juma não resultará em vazamentos negativos, mas sim num “vazamento positivo”, uma
vez que haverá uma redução nas taxas de desmatamento também fora da reserva. As atividades
do projeto realizadas fora da sua área afetam diretamente os condutores e a dinâmica do des-
matamento na região (como exploração de madeira e pastagens, grilagem, mineração, entre out-
ras atividades) e podem ser consideradas como um efeito de vazamento da implementação do
projeto. Entretanto, tais atividades não podem ser atribuídas às atividades do projeto, pois estas
ocorreriam de qualquer forma.
Benefi ciários: As famílias das comunidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Juma
são os benefi ciários diretos do Projeto de Redd.
Certifi cação: Sim. Em 2008, o projeto foi validado no âmbito do CCBS pela certifi cadora alemã Tüv
Süd, que concedeu ao projeto o padrão de qualidade Ouro.
Aspectos fi nanceiros
Valor do projeto: R$ 2.886.450,00.
Fontes de fi nanciamento: Recursos da FAS e da rede de hotéis Marriott International.
Alocação dos recursos captados: Os recursos do projeto são alocados para as linhas de inves-
timento do Programa Bolsa Floresta. Os investimentos do PBF abrangem as áreas de saúde, edu-
cação, transporte, comunicação, fortalecimento comunitário e incentivo à produção sustentável.
Em contrapartida, as famílias se comprometem voluntariamente a reduzir o desmatamento, ado-
tar modelos de produção agrícola e extrativista sustentáveis, realizar a gestão compartilhada da
UC e fazer o controle social do programa.
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Projeto de Redd do Suruí
Instituições envolvidas: Associação Metareilá do Povo Indígena Suruí, Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam), Forest Trends, Associação de Defesa Et-noambiental Kanindé, Equipe de Conservação da Amazônia (ACT) e Fundo Brasileiro para a Biodi-versidade (Funbio).Objetivos e atividades: Implementar o Plano de Gestão da Terra Indígena Sete de Setembro.
Características
Duração: 30 anos.Estágio: Em elaboração.Localização: Cacoal e Espigão D’Oeste (RO) e Rondolândia (MT).Categoria fundiária: Terra indígena.Área total do projeto: 247.167 ha.Nível de referência: Projetado. O projeto Suruí irá desenvolver um modelo próprio para projetar o desmatamento futuro, porém utiliza preliminarmente a projeção do SimAmazônia I modifi cada.
Estimativa de emissões de CO2e que devem ser evitadas: 6.000.000 tCO2e.Tratamento para vazamento e fuga: Não se espera que o projeto gere vazamentos. Benefi ciários: Indígenas. Certifi cação: Não possui.
Aspectos fi nanceiros
Valor do projeto: Não informado.Fontes de fi nanciamento: No mercado voluntário.Alocação dos recursos captados: Os recursos captados pelo projeto serão direcionados à imple-mentação de um amplo plano de atividades que envolve a proteção da TI Sete de Setembro e a melhoria da qualidade de vida do povo suruí.
Programa de Assentamentos Sustentáveis na Amazônia: O desafi o da tran-
sição da produção familiar de fronteira para uma economia de baixo carbono
Instituições envolvidas: Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Fundação Viver, Produzir e Preservar (FVPP) e Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).Objetivos e atividades: O principal objetivo deste programa é desenvolver uma metodologia e implementar ações que possibilitem a melhoria socioeconômica e ambiental dos assentamentos
de reforma agrária na Amazônia, de forma que garantam sua sustentabilidade a longo prazo no
âmbito de um novo modelo de desenvolvimento baseado em baixas emissões de carbono. Para
isso, o programa objetiva contemplar, numa mesma estratégia, o manejo sustentável dos recursos
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naturais e a melhoria da produtividade agropecuária, possibilitando assim um aumento na ger-
ação de renda e garantindo a segurança alimentar.
A fi nalidade é que este modelo voltado para assentamentos sustentáveis possa contribuir para a
implementação da Política Estadual e Nacional de Mudanças Climáticas.
Características
Duração: 5 anos.Estágio: Em implementação.Localização: Estado do Pará (3 municípios da rodovia Transamazônica e do Xingu, 6 municípios do Baixo Amazonas e 3 municípios da BR 163). Categoria fundiária: Assentamentos.Área total do projeto: 500.000 ha aproximadamente.Nível de referência: Histórico. Será desenvolvida uma metodologia-piloto de contabilização do desmatamento evitado e das emissões evitadas associadas, para que depois possa ser ampliada para as outras regiões contempladas pelo projeto. Estimativa de emissões de CO2e que devem ser evitadas (em 350 propriedades-piloto, que
somam cerca de 31.000 ha): 1.760.394 tCO2e.Tratamento para vazamento e fuga: Sim. As 350 propriedades incluídas no cálculo de redução do desmatamento serão monitoradas via satélite, o que garantirá o controle sobre a área envolvi-da no projeto. Além disso, todos os assentamentos que serão benefi ciados pelo projeto receberão investimentos em cogestão, sendo um dos requisitos principais o desmatamento zero. Um dos instrumentos para este objetivo consiste em acordos comunitários, que devem ser construídos por diferentes grupos de cada assentamento.Benefi ciários: 20 assentamentos de reforma agrária localizados na Região Oeste do Pará, con-templando cerca de 5.000 famílias.Certifi cação: Não possui.
Aspectos fi nanceiros
Valor do projeto: R$ 28.000.000,00.Fontes de fi nanciamento: O projeto contará com recursos do Fundo Amazônia (BNDES) e com recursos de convênio com o Incra.Alocação dos recursos captados: Os recursos do programa serão administrados pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), que realizará a gestão dos investimentos de tran-sição. Além disso, para as 350 famílias-piloto, o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio)
administrará um fundo local de pagamento por desmatamento evitado.
Projeto-Piloto de Redd+ de Cotriguaçu
Instituições envolvidas: Instituto Centro e Vida (ICV), The Nature Conservancy (TNC), Secretaria
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de Estado de Meio Ambiente do Mato Grosso (Sema-MT), Prefeitura do Município de Cotriguaçu e
Offi ce National des Forêts International (Onfi ).
Objetivos e atividades: O objetivo principal do projeto é evitar o avanço do desmatamento e da
degradação fl orestal no município de Cotriguaçu mediante a promoção da conservação de fl ores-
tas e de atividades produtivas sustentáveis. As atividades previstas no projeto incluem: (1) o for-
talecimento da governança fl orestal em Cotriguaçu, mediante o apoio à estruturação da gestão
ambiental municipal; (2) a promoção da adequação ambiental e do cumprimento da legislação
ambiental em vigor; (3) o aprimoramento das práticas e a ampliação das áreas de manejo fl or-
estal sustentável; (4) o fomento às boas práticas da pecuária e da agricultura; (5) a melhoria da
governança ambiental nos assentamentos da reforma agrária, incluindo apoio à organização co-
munitária e à produção e comercialização, além da regularização ambiental dos assentamentos;
(6) o apoio ao desenvolvimento de um sistema de proteção das áreas protegidas; (7) o suporte ao
desenvolvimento de um plano de gestão da Terra Indígena do Escondido; (8) o desenvolvimento
de um sistema de contabilidade de carbono apoiado em bases científi cas atualizadas e sólidas; (9)
o apoio ao desenvolvimento de um sistema de monitoramento da área de infl uência do projeto;
e (10) a identifi cação de estratégias e ações promissoras que possam subsidiar a formulação de
políticas públicas para a valorização dos ativos fl orestais e serviços ambientais relacionados.
Características
Duração: 30 anos.
Estágio: Em elaboração.
Localização: Município de Cotriguaçu, no Mato Grosso.
Categoria fundiária: Unidades de conservação, assentamentos, terras indígenas, áreas privadas
e áreas públicas.
Área total do projeto: 940.000 ha.
Nível de referência: Histórico.
Estimativa de emissões de CO2e que devem ser evitadas: Em processo de estimação.
Tratamento para vazamento e fuga: Sim. O incentivo a alternativas sustentáveis de produção
constitui estratégia essencial para evitar o vazamento e a não-permanência. Associado a isso, o
monitoramento histórico de emissões por categoria de uso do solo na área de infl uência do pro-
jeto permitirá uma rápida identifi cação de vazamento e a defi nição de estratégias de contenção.
Benefi ciários: Proprietários privados e assentados, povo indígena rikbaktsa, gov-
erno de MT e prefeitura municipal de Cotriguaçu para ações de controle ambiental.
Certifi cação: Não possui.
Aspectos fi nanceiros
Valor do projeto: Não informado.
22
Fontes de fi nanciamento: Fundação Packard (ICV/TNC), Fundo Amazônia (TNC), Fundo Vale (ICV)
e doações à entidade The Nature Conservancy (TNC).
Alocação dos recursos captados: Os recursos contemplariam o desenvolvimento de atividades
de produção sustentável e conservação das fl orestas e, futuramente, o pagamento por serviços
ambientais.
Projeto de Redd da Bunge no Mato Grosso
Instituições envolvidas: Bunge e três outras instituições (nomes confi denciais).
Objetivos e atividades: Manter o estoque de CO2 que se encontra capturado em espécies nati-
vas na região, assim como conservar a biodiversidade local.
Características
Duração: 30 anos.
Estágio: Em elaboração.
Localização: Mato Grosso.
Categoria fundiária: Propriedades particulares.
Área total do projeto: 70.000 ha.
Nível de referência: Histórico. Utilização de metodologia aprovada pela VCS, a ADP.
Estimativa de emissões de CO2e que devem ser evitadas:16.000.000 tCO2e.
Tratamento para vazamento e fuga: Sim. Será considerado o cálculo de cinturão de vazamento.
Benefi ciários: Proprietário, comunidades locais.
Certifi cação: Possui certifi cado FSC.
Aspectos fi nanceiros
Valor do projeto: Confi dencial.
Fontes de fi nanciamento: Fontes próprias do proprietário e compra antecipada de créditos de
carbono.
Alocação dos recursos captados: Na administração do projeto, ou seja, desenvolvimento de cál-
culos e sistema de monitoramento.
23
Outras iniciativas
Existem outras iniciativas não caracterizadas como projetos de Redd+ atuantes na Região
Amazônica que entram no levantamento com a fi nalidade de complementar a leitura sobre a
potencial entrada de recursos também devido a estas ações, que podem estar no formato de
programas, planos ou políticas e relacionam-se ao conceito de readiness, ou seja, ações voltadas
à preparação institucional para a implementação do mecanismo no país.
Projetos do Fundo Amazônia
O Fundo Amazônia pode infl uenciar a movimentação de recursos fi nanceiros na região
ao apoiar iniciativas de combate ao desmatamento e contribuir indiretamente com a redução de
emissões ao fomentar projetos de Redd ou readiness.
De acordo com o sistema de informações operacionais do BNDES(4) ao todo constam 62 projetos
em sua carteira de projetos: 22 estão na fase de apresentação, 25 estão na fase de análise e 15
estão em fase de aprovação. Deste total, 9 projetos já foram contratados, dos quais 5 são de inicia-
tiva de ONGs e 4 por parte de instituições governamentais. Juntos, os valores totais dos projetos
somam um total de R$ 334,5 milhões para investimento nos estados do Acre, Amazonas, Mato
Grosso e Pará.
O tempo médio de vida dos projetos é de aproximadamente 3 anos e, mesmo contribuin-
do direta ou indiretamente para a redução de emissões de gases de efeito estufa, não podem
ser considerados projetos típicos de Redd+. De acordo com suas características, a melhor classi-
fi cação para eles seria a de projetos readiness, porque abrangem ações voltadas para o fortaleci-
mento institucional, a estruturação de base de dados, o monitoramento de paisagem, a criação
de Unidades de Conservação, entre outras. Segue o perfi l destes 9 projetos já contratados:
Projeto da ONG Fundação Amazônia Sustentável (FAS):
Objetivo: Ampliar o programa Bolsa Floresta, que atualmente abrange 14 UCs no Amazonas e
que, com o recurso, passará a atender 20 UCs. O programa tem a fi nalidade de reduzir as emissões
de gases do efeito estufa causadas pelo desmatamento e promover melhorias na qualidade de
vida da população que vive na fl oresta.
Localização: Estado do Amazonas.
Valor do projeto: R$ 29,9 milhões.
Valor do apoio: R$ 19,1 milhões.
Prazo de realização: 5 anos.
(4)Vide site http://www.fundoamazonia.gov.br em 30/04/2011.
24
Projeto da ONG Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon):
Objetivo: Mobilizar a sociedade local, o governo estadual e o federal em 11 municípios do estado
do Pará com o objetivo de levantar dados ambientais e fundiários de propriedades rurais e acel-
erar a adesão dos proprietários ao Cadastro Ambiental Rural.
Localização: Municípios de Abel Figueiredo, Bom Jesus do Tocantins, Breu Branco, Dom Eliseu,
Goianésia do Pará, Itupiranga, Jacundá, Paragominas, Rondon do Pará, Tailândia e Ulianópolis.
Valor do projeto: R$ 9,7 milhões.
Valor do apoio: R$ 9,7 milhões.
Prazo de realização: 3 anos.
Projeto da ONG The Nature Conservancy do Brasil (TNC do Brasil):
Objetivo: Mobilizar a sociedade local, o governo estadual e o federal em 12 municípios nos esta-
dos do Mato Grosso e do Pará, objetivando a adesão ao Cadastro Ambiental Rural e ao monitora-
mento do desmatamento na região, por meio de imagens de satélite, e incentivar a regularização
ambiental da cadeia produtiva da madeira.
Localização: 7 municípios do Mato Grosso e 5 municípios do Pará.
Valor do projeto: R$ 19,2 milhões.
Valor do apoio: R$ 16 milhões.
Prazo de realização: 3 anos.
Projeto da ONG Instituto Ouro Verde:
Objetivo: Promover a recuperação de 1,2 mil hectares de áreas degradadas e o resgate da agri-
cultura familiar em seis municípios que compõem o Território Portal da Amazônia, no extremo
norte do Mato Grosso, por meio da introdução de sistemas agrofl orestais.
Localização: Município de Alta Floresta (MT) e mais 6 municípios do extremo norte do Mato Gros-
so.
Valor do projeto: R$ 5,4 milhões.
Valor do apoio: R$ 5,4 milhões.
Prazo de realização: 3 anos.
Projeto da ONG Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio):
Objetivo: Apoiar a execução da 2ª fase do Programa Arpa, que busca combater o desmatamento
a partir da criação e consolidação de Unidades de Conservação.
Localização: Amazônia Legal.
Valor do projeto: R$ 165 milhões.
Valor do apoio: R$ 20 milhões.
25
Prazo de realização: 4 anos.
Projeto da Prefeitura Municipal de Alta Floresta:
Objetivo: Apoiar o fortalecimento da gestão ambiental do município de Alta Floresta por meio da
realização de diagnóstico ambiental, registro das pequenas propriedades rurais no Cadastro Am-
biental Rural (CAR) e fomento à recuperação de áreas de preservação permanente (APPs) degra-
dadas próximas às nascentes localizadas nas pequenas propriedades.
Localização: Mato Grosso.
Valor do projeto: R$ 2,7 milhões.
Valor do apoio: R$ 2,7 milhões.
Prazo de realização: 3 anos.
Projeto da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS):
Objetivo: Apoiar o fortalecimento da gestão ambiental em quatro municípios ao sul do estado
do Amazonas sob intensa pressão de desmatamento por meio da regularização fundiária em ter-
ras estaduais, da realização do Licenciamento Ambiental da Produção Sustentável na região, da
elaboração de normas técnicas para o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e da recuperação das áreas
desmatadas.
Localização: Sul do estado do Amazonas (municípios de Boca do Acre, Lábrea, Apuí e Novo
Aripuanã).
Valor do projeto: R$ 20 milhões.
Valor do apoio: R$ 20 milhões.
Prazo de realização: 3 anos.
Projeto do Governo do Estado do Acre:
Objetivo: Apoiar o fortalecimento e a ampliação da atual política pública estadual de valorização
do ativo ambiental por meio da gestão territorial integrada, de ações de fomento às cadeias
produtivas fl orestais e agrofl orestais e de incentivo técnico e fi nanceiro aos serviços ambientais.
Localização: Acre.
Valor do projeto: R$ 66,7 milhões.
Valor do apoio: R$ 60 milhões.
Prazo de realização: 3 anos.
Projeto da Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Pará:
Objetivo: Apoiar a estruturação física e operacional das unidades administrativas municipais de
26
meio ambiente em 44 municípios do estado, realizar a desconcentração da gestão ambiental,
efetuar o reforço da infraestrutura tecnológica e a capacitação de recursos humanos para a emis-
são do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e apoiar o aprimoramento do processo legal de licencia-
mento ambiental.
Localização: Pará.
Valor do projeto: R$ 15,9 milhões.
Valor do apoio: R$ 15,9 milhões.
Prazo de realização: 2 anos.
Força-Tarefa dos Governadores sobre Clima
Estratégia articulada pelo Fórum de Governadores da Amazônia em 2009, com o intuito
de fazer recomendações para a Presidência da República quanto ao posicionamento a ser ado-
tado pelo Governo do Brasil em relação ao mecanismo de Redd+ e no tocante às oportunidades
de fi nanciamento ligado a ele. Posteriormente, foi gerado um relatório pelo fórum, que propõe a
utilização de mecanismos específi cos para o fi nanciamento governamental de ações relativas à
mitigação do clima no Brasil, denominados Namas (Ações de Mitigação Nacionalmente Apropria-
das).
Planos Estaduais de Prevenção e Controle do Desmatamento
Os planos estaduais de controle do desmatamento caracterizam-se como readiness, sen-
do que, dos nove estados da Amazônia, sete já iniciaram seus planos, sendo estes dos estados
do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Tocantins. Tais estados pretendem
contribuir juntos para o alcance das metas de redução do desmatamento e indiretamente para a
redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) prevista no Plano Nacional sobre Mudança
do Clima (PNMC).
Experiências em fase preliminar
Duas publicações e um levantamento realizado(5) sinalizam a existência de outras ex-
periências em Redd+ que não estão muito avançadas quanto aos limites de área de atuação e aos
aspectos metodológicos ou relacionam-se mais à formulação de políticas e à sistematização de
conhecimentos do que propriamente com ações concretas que propiciem diretamente a redução
(5) O levantamento “Experiências brasileiras em Redd”, realizado pelo Serviço Florestal Brasileiro/Ministério do Meio Ambiente, Brasília, 2009; a publicação de CENAMO, M. C.; PAVAN, M. N.; BARROS, A. C.; CARVALHO, F. Guia sobre Projetos de Redd+ na América Latina, 2010. Manaus, Brasil. 96 págs.; e a publicação “Redd no Brasil: um enfoque amazônico: fundamentos, critérios e estruturas institucionais para um regime nacional de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal – Redd”, Brasília, DF: Centro de Estudos Estratégicos, 2011.
27
de emissões de gases do efeito estufa. No rol dessas experiências, que também podem ser consid-eradas readiness, destacam-se as seguintes:
Projeto Série Histórica de Desmatamento:
O projeto está sendo desenvolvido pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) em parceria com a The Nature Conservancy (TNC) na região do Mato Grosso. Tem o obje-tivo de gerar uma série histórica de desmatamento e degradação fl orestal (de 1984 a 2008) e, por meio destes dados, contribuir para o cálculo da estimativa de emissões de carbono na região. Projeto Apuí Mais Verde:
O projeto está em fase de estruturação e foi desenvolvido pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam) com o apoio da Secretaria de Meio Am-biente de Apuí, no município de Apuí, Amazonas. Tem por objetivo fornecer assistência técnica e mudas a produtores rurais, além de implementar um sistema de pagamentos por serviços ambi-entais para aqueles que replantarem fl orestas.
Projeto de Cadastro de Compromisso Socioambiental do Xingu (CCSX):
O projeto é desenvolvido pela parceria entre o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e a ONG Aliança da Terra na região das cabeceiras do rio Xingu, no Mato Grosso. Tem o ob-jetivo de implementar um protocolo de ajuste socioambiental para produtores rurais e, com isso, estimular a produção da agricultura sob bases sociais e ambientais. Pretende-se com o projeto criar incentivos econômicos, fi nanceiros e políticos para benefi ciar produtores responsáveis.
Projeto-Piloto em São Félix do Xingu:
O projeto está sendo desenvolvido pela parceria entre o Governo do Estado do Pará, a Prefeitura Municipal de São Félix do Xingu e a The Nature Conservancy (TNC) no município de São Félix do Xingu (PA). As estratégias do projeto consistem no fornecimento de ferramentas para que pecuaristas e indústrias da pecuária cumpram a legislação fl orestal, realizem a melhoria das práticas pecuárias de pequena e grande escala e da governança fl orestal, além do pagamento por serviços ambientais a proprietários privados e do fortalecimento da gestão em terras indígenas e áreas protegidas.
Projeto de Pagamento por Serviços Ambientais do Estado do Acre (PSA Carbono):
O projeto pode ser considerado uma política estadual de readiness. Ele está sendo desen-volvido pelo Governo do Estado do Acre em parceria com o WWF Brasil, a IUCN, a GTZ e o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). Tem o objetivo de benefi ciar segmentos da popu-lação rural (como ribeirinhos, assentados, indígenas e proprietários privados), além de contribuir
com as estratégias da Política de Valorização do Ativo Ambiental Florestal do Estado, lançada em
2008.
28
Informações consolidadas
No total, foram mapeados sete projetos de Redd+ situados na Amazônia brasileira, dis-
tribuídos pelos estados na seguinte proporção: um no Amazonas, dois no Mato Grosso, um abran-
gendo o Mato Grosso e Rondônia, dois no Pará e um abrangendo o Pará e o Amapá (tabela 1).
A soma da área total abrangida pelos sete projetos é de aproximadamente 2,7 milhões de
hectares. Juntos, eles têm a perspectiva de evitar a emissão de cerca de 335 milhões de toneladas
de CO2e.
Os sete projetos identifi cados contam juntos com o envolvimento de 29 instituições de
diversos setores. A maior parte dos projetos (cerca de 43%) é proveniente da articulação de ONGs
e secretarias de estado de meio ambiente ou prefeituras municipais. Enquanto 15% dos projetos
são de responsabilidade exclusiva de ONGs, 14% de empresas, 14% da parceria entre ONGs e as-
sociações indígenas e 14% da articulação entre ONGs, empresas e universidades (fi gura 01).
O tempo médio de vida dos projetos identifi cados é de 22 anos, com uma variação de 5
anos para o de menor duração e 44 anos para o de maior duração. A maior parte dos projetos
(cerca de 43%) prevê o tempo de vida de 30 anos e somente um projeto não o informou (fi gura
02).
28
29
Dos projetos identifi cados no levantamento, mais da metade encontra-se em fase de elab-
oração, ou seja, cerca de 71% dos projetos ainda estão planejando e construindo o Documento
de Concepção do Projeto (DCP), que será necessário para o processo de validação em alguma
certifi cadora. Além disso, 29% dos projetos encontram-se em fase de implementação, sendo que,
destes, alguns já estão implementando ações com recursos próprios e outros com recursos capta-
dos junto ao mercado (fi gura 03).
Aproximadamente 57% dos projetos concentram suas ações na escala local, abrangendo
municípios de um único estado, e 43% têm como foco ações em escala regional, abrangendo mais
de um estado (fi gura 04).
As categorias fundiárias estão denominadas conforme a modalidade do uso da terra, con-
statando-se que as ações dos sete projetos concentram-se, na sua maioria, em propriedades pri-
vadas e unidades de conservação estaduais, o equivalente a 29% em cada uma. Alguns projetos
preveem a atuação exclusiva em terras indígenas e em assentamentos, cerca de 14% em cada
30
uma destas categorias. E um dos projetos prevê ações em um conjunto de categorias, incluindo
propriedades públicas, privadas, terras indígenas e unidades de conservação (fi gura 05).
A maior parte dos projetos mapeados utiliza a abordagem histórica (cerca de 57%) e uti-
liza como base as médias históricas de desmatamento para defi nir a linha de base ou o cenário
de referência no qual eles pretendem atuar. Enquanto isso, 43% dos projetos optam por utilizar a
abordagem projetada, baseada em projeções e modelagens de simulação do desmatamento para
defi nir seu cenário de atuação (fi gura 06).
O valor total dos projetos envolve os custos com o desenho, a implementação e, em al-
guns casos, uma possível validação em certifi cadoras. Os valores variam de R$ 3 milhões a R$ 28
milhões, sendo que 43% dos projetos não informaram a quantia porque ainda não a estimaram
e 15% dos projetos não a informaram alegando confi dencialidade das informações. O montante
de recursos dos projetos que forneceram esta informação equivale a aproximadamente R$ 38,4
31
milhões (fi gura 07).
Quanto à origem dos recursos para a fase de desenho do projeto ou elaboração, em 43%
dos projetos, as instituições responsáveis utilizaram recursos próprios e de parceiros para esta
fase. Cerca de 29% das instituições utilizaram exclusivamente recursos próprios e 14% utilizaram
recursos próprios, de parceiros e ou outros tipos de recursos como doações (fi gura 08).
A principal fonte de recursos prevista pelos projetos mapeados será o mercado voluntário,
via geração de créditos de carbono, considerando-se que 43% dos projetos pretendem captar
exclusivamente na referida fonte. Quanto aos demais, um projeto terá como fonte os recursos
de fundos públicos, um projeto utilizará exclusivamente recursos da própria ONG, um projeto
pretende captar junto ao mercado e utilizar recursos da própria empresa e, por fi m, um projeto
32
pretende angariar recursos junto a fundos públicos e privados (fi gura 09).
A maior parte dos projetos (cerca de 43%) tem previsto a alocação dos recursos captados
no repasse direto às comunidades e em demais investimentos na fl oresta abrangida por estes.
Quanto aos demais, 29% dos projetos têm a previsão de aplicar os recursos na administração do
projeto e nas comunidades e realizar investimentos na manutenção da fl oresta. Já 28% dos proje-
tos devem aplicar os recursos exclusivamente na manutenção do projeto (fi gura 10).
Dos sete projetos identifi cados no levantamento, somente 29%, ou seja, dois foram valida-
dos em alguma certifi cadora. A grande maioria dos projetos (71%) não possui certifi cados, e boa
parte das instituições responsáveis por eles sinaliza o interesse em obtê-los, especialmente junto
33
ao Padrão CCBS e ao VCS (fi gura 11).
Quase todos os projetos identifi cados (cerca de 71%) têm em seu escopo alguma medida
prevista para evitar o vazamento, ou seja, ações que objetivem controlar minimamente a variação
das emissões de gases fora dos limites do projeto mas correlacionadas a ele. Apenas dois projetos
não têm previsão de ação específi ca para vazamento ou porque seus responsáveis acreditam que
o projeto não terá vazamento ou porque está em fase de estudo e processo de defi nição com par-
ceiros (fi gura 12).
De um total de 29 instituições envolvidas com os sete projetos identifi cados, somente 14%
delas implementam projetos de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), enquanto 86% das
instituições não desenvolvem projetos deste tipo (fi gura 13).
34
Considerações fi nais
São muitas as experiências e iniciativas em Redd+ que estão sendo desenvolvidas na
Amazônia brasileira. No entanto, este levantamento sinaliza que, em termos de projetos consoli-
dados (com objetivos e metodologias defi nidas), validados ou em processo de obtenção de certi-
fi cados, a quantidade é pequena se comparada ao potencial da região.
Alguns dados apresentados nos documentos destoam de informações contidas em outras
publicações por terem focado especifi camente na denominação de “projetos de Redd+” e tam-
bém por conta do dinamismo no processo de desenvolvimento desses projetos. Em questão de
meses, eles conseguiram avançar em questões técnicas, apurar metodologias, ampliar parcerias
e, com isso, fornecer dados mais precisos quanto ao tamanho e ao impacto do projeto, quanto à
estimativa das emissões que devem ser evitadas e aos valores necessários para seu desenho, sua
implementação e seu respectivo monitoramento.
O pequeno número de projetos de Redd+ identifi cados na Região Amazônica (um total
de sete) pode estar associado a diversos fatores. Podem ser contabilizadas como fatores funda-
mentais: (1) a insegurança por parte de potenciais proponentes quanto à indefi nição de uma leg-
islação nacional que regulamente o mecanismo; (2) a quantidade de recursos necessários para o
desenho, a implementação e o monitoramento dos projetos, que é alta; e (3) a confi dencialidade
alegada por boa parte do setor privado, que prefere divulgar seus projetos após a validação junto
às certifi cadoras.
Durante os próximos levantamentos que devem ser realizados ou durante a busca espon-
tânea de informações sobre projetos de Redd+ na região, devem ser concentrados esforços espe-
35
cialmente na obtenção de dados junto às instituições do setor privado.
Levando-se em conta os projetos que não entraram no rol dos sete projetos identifi cados,
os restantes, somados, indicam que o universo amostral deve ser de aproximadamente 15 proje-
tos típicos de Redd+, fato que sinaliza a necessidade de se continuar realizando buscas constantes
para uma análise mais precisa.
Em contrapartida ao pequeno número de projetos típicos de Redd+ identifi cados no le-
vantamento, ressalta-se que existe uma grande quantidade de programas e ações preparatórias
(readiness) que indicam que no país há organizações não-governamentais (nacionais e internac-
ionais), empresas privadas e instituições estatais se preparando e buscando assegurar estratégias,
arranjos e suporte necessários para o desenvolvimento de projetos na área.
A atual fase de preparação pode ser demonstrada ao se analisar o conjunto dos nove pro-
jetos contratados pelo Fundo Amazônia, que não são projetos típicos de Redd+, mas suas ações
contribuem, mesmo que indiretamente, para a redução de emissões de gases do efeito estufa. Tais
projetos podem ser considerados preparatórios para o mecanismo e, somados, devem movimen-
tar aproximadamente R$ 334,5 milhões na região.
Em outro âmbito destacam-se o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmata-
mento na Amazônia Legal (PPCDAM) e o Plano Amazônia Sustentável (PAS), que têm recursos or-
çamentários previstos para ações de combate ao desmatamento. Assim como o Plano e a Política
Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), que incentivam ações para o combate às mudanças
climáticas, estabelecem metas de redução de emissões e têm previsto, em seus orçamentos, re-
cursos para tais ações na região.
O aporte de recursos fi nanceiros para a região, por meio de projetos readiness, deve se
materializar mediante a implementação dos Planos Estaduais de Prevenção e Controle do Des-
matamento. Além de contribuir para o esforço de redução de emissões de gases do efeito estufa,
estando alinhados ao PPCDAM e ao PAS, eles também poderão contar com a previsão de recursos
orçamentários específi cos para a sua implementação.
A perspectiva de investimento de recursos na Região Amazônica, por meio da viabilização
de projetos de Redd+, pode ser considerada signifi cativa para o desenvolvimento local e o con-
texto das comunidades ali residentes. Isto porque infere-se – com base nos valores totais dos sete
projetos identifi cados no levantamento – que os recursos que devem ser movimentados por eles
devem ser de pelo menos R$ 38,4 milhões e em um período que varia de 5 a 30 anos.
Alguns aspectos podem ser identifi cados ao se comparar os dados dos projetos e das ini-
ciativas identifi cados neste levantamento com outros realizados anteriormente (pelo Serviço Flo-
restal Brasileiro, em 2009; pelo Idesam e pela TNC, em 2010; e pelo CGEE, em 2011). O primeiro
refere-se à variação do tamanho das áreas abrangidas pelos projetos, onde um mesmo projeto
identifi cado pelos três levantamentos está com área total distinta. Além disso, neste levantamento
para o Observatório, foi informada uma área menor se comparada ao valor informado nos demais.
36
Outro aspecto refere-se à escolha da metodologia para a defi nição do nível de referência
a ser usado pelo projeto. No levantamento do SFB, em 2009, a maioria dos projetos utilizava o
histórico, enquanto neste de agora a opção metodológica alternou para a projetada, o que pode
estar associado a uma análise mais estratégica por parte das instituições proponentes quanto à
defi nição do cenário de atuação do projeto.
O terceiro aspecto comparativo identifi cado foi a ampliação de parcerias para o desenvolvi-
mento dos projetos. Projetos que antes envolviam duas instituições somente passaram a contar
com três ou quatro instituições parceiras a mais. Dentre elas destacam-se as não governamentais
e as internacionais.
Paralelamente à movimentação por recursos no âmbito interno por parte de fundos públi-
cos (como o Fundo Amazônia) e aos demais recursos orçamentários previstos para a execução dos
planos nacionais e estaduais, ressalta-se a estruturação, em maio de 2010, de uma parceria global
denominada Redd+ Partnership, que prevê um aporte voluntário de US$ 4 bilhões destinados a
ações preparatórias de Redd em países em desenvolvimento.
Outras iniciativas internacionais também merecem atenção neste contexto de fi nancia-
mento e investimento em ações de mitigação do clima e em ações de Redd+, tais como o Progra-
ma Colaborativo das Nações Unidas para Redução de Emissões do Desmatamento e Degradação
em Países em Desenvolvimento (UN-Redd). Tal programa é resultante de uma parceria entre a
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), o Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(Pnuma). O UN-Redd tem os objetivos de fortalecer e empoderar 22 países para que estes façam a
gestão de seus processos nacionais de Redd+ e desenvolvam ferramentas úteis para a verifi cação
e o monitoramento das emissões de gases de efeito estufa.
O programa Forest Carbon Partnership Facility (FCPF) é uma iniciativa do Banco Mundial
específi ca para fortalecer ações de Redd+ dos países em desenvolvimento em regiões tropicais e
subtropicais. O FCPF conta com dois mecanismos: o fundo de preparação e o fundo de carbono.
O primeiro oferece apoio técnico e fi nanceiro para que países desenvolvam suas estratégias de
Redd+. Já o fundo de carbono tem por fi nalidade apoiar programas de redução de emissões por
meio de compensações baseadas em resultados. Atualmente, 37 países estão sendo apoiados por
esta iniciativa. A perspectiva é a movimentação de US$ 185 milhões no fundo de preparação e
US$ 200 milhões no fundo de carbono.
O Programa de Investimento Florestal (FIP), que foi criado no âmbito do Fundo de Investi-
mentos Climáticos (CIF), tem por objetivo mobilizar fundos imediatos e adicionais para fomentar
ações que promovam a redução do desmatamento e da degradação fl orestal nos países em de-
senvolvimento para, com isso, apoiar os esforços de Redd+ desses países. Conta com aproximada-
mente US$ 550 milhões para aplicar em oito países, entre eles o Brasil.
37
No que se refere à relação entre os projetos de Redd+ da Amazônia brasileira e à certifi -
cação, este tópico ainda pode ser considerado um aspecto incipiente, visto que são poucos os
projetos em processo de validação ou já validados em alguma certifi cadora. Destaca-se que, entre
os sete projetos mapeados, foi identifi cado somente um projeto de Redd+ já validado pelo Stand-
ard CCBS, que também se encontra em processo de validação pelo VCS. Além dele, foi identifi cado
ainda um projeto com certifi cado FSC.
Além dos projetos mapeados, foi constatada a existência de mais um projeto no Cerrado
da Amazônia em processo de validação pelo CCBS: o Projeto Gênesis, módulo de refl orestamento
e módulo de Redd, que – mesmo não constando neste levantamento – deve ser considerado no
rol dos poucos projetos em processo de validação. É importante ressaltar que a validação não
é condição necessária para a existência de um projeto de Redd+, mas é um aspecto diferencial
que pode reforçar a credibilidade do projeto que pretende captar recursos junto ao mercado. No
levantamento, verifi cou-se que, de todos os projetos que ainda não possuem validação, a maioria
manifestou interesse futuro em obter algum tipo de certifi cação.
Por fi m, com base nos dados apresentados neste levantamento, pôde ser inferido que –
dada a potencialidade da Amazônia em ter projetos de Redd+ e dada a perspectiva de avanço nas
discussões sobre o estabelecimento de um sistema nacional para o mecanismo – a tendência será
o aumento da quantidade de projetos. Tal tendência deve impactar a quantidade de recursos fi -
nanceiros a ser movimentada na região. Por isso, as possíveis vantagens atreladas a estes recursos
dependerão de alguns fatores. Entre eles, o respeito às salvaguardas que devem ser estabelecidas
e a defi nição conjunta de critérios socioambientais, bem como a distribuição justa dos benefícios
gerados pelo mecanismo.
38
ANEXO I - GLOSSÁRIO (6)
Degradação Mudanças dentro da fl oresta que afetam negativamente sua existência. Refere-se à
diminuição da quantidade de carbono presente na fl oresta.
Desmatamento Seria a conversão feita pelo homem de terra com fl oresta para uma terra sem
fl oresta.
Estoque de biomassa A quantidade de massa de carbono presente em um reservatório de car-
bono. Em uma fl oresta, por exemplo, essa massa estaria presente no solo, nos trocos, nas folhas,
etc.
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) Mecanismo estabelecido pelo Protocolo de
Quioto com o objetivo de auxiliar os países não incluídos no Anexo 1 (em desenvolvimento) a
alcançarem o desenvolvimento sustentável e ao mesmo tempo facilitar que os países do Anexo
1(desenvolvidos), cumpram com seus compromissos em relação à redução de emissões de gases
de efeito estufa.
Mercado de carbono Qualquer mercado que cria ou transfere direitos de emissão de gases de
efeito estufa, podem ser regulados ou voluntários. Os regulados agem conforme regras estabele-
cidas pela Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas - UNFCCC, e os volun-
tários não estão sujeitos ainda a regras defi nidas por esta Convenção, fi cando a critério de quem
tem interesse em comprar negociar livremente com quem quer vender créditos de carbono.
Nível de Referência Histórico Nível utilizado pelos projetos e iniciativas para demonstrar o efeito
de suas ações na redução de emissões de gases de efeito estufa. Considera taxas médias de des-
matamento em um determinado período, projetando-as para o futuro;
(6) Utilizou-se como referência o Glossário de CENAMO, M. C., PAVAN, M.N, BARROS, A.C., CARVALHO, F. Guia sobre Projetos de REDD+na América Latina. 2010. Manaus, Brasil. 96 PG e foram feitas adaptações para alguns conceitos.
ANEXOS
39
Nível de Referência Projetado Nível utilizado pelos projetos e iniciativas para demonstrar o efei-
to de suas ações na redução de emissões de gases de efeito estufa. Baseia-se em modelos de
mudança de uso e cobertura do solo que projetam o desmatamento futuro com base na análise
dos agentes e causas socioeconômicas específi cas;
Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) Instrumento de incentivo fi nanceiro que tem por
objetivo remunerar pessoas, comunidades ou governos, pela manutenção dos serviços ambien-
tais de uma determinada área, seja pela manutenção do estoque de carbono, pela conservação da
biodiversidade ou até mesmo pela manutenção da beleza cênica da área.
Permanência: O tempo de vida do estoque de carbono em determinada área, considerando que
certos aspectos natureza podem afetar a quantidade de carbono ali presente, como por exemplo
incêndios, enchentes e outros eventos climáticos, que porventura possam ser contornados.
Preparação (readiness) Ações relacionadas ao processo de elaboração de políticas, consultas,
formação de consensos, testes e demais atividades preliminares à implementação de projetos de
REDD+ em um certo território.
REDD Redução de emissões por desmatamento e degradação fl orestal.
REDD+ Redução de emissões por desmatamento e degradação fl orestal mais manejo fl orestal
sustentável, conservação e aumento dos estoques de carbono fl orestal.
Standards São padrões, regras, critérios e procedimentos utilizados para o desenvolvimento de
projetos no mercado voluntário devido à ausência de um modelo regulatório reconhecido.
Vazamento Alteração da quantidade de gases de efeito estufa emitida por ações humanas, que
ocorrem fora dos limites do projeto. Esta alteração pode ser calculada e está relacionada às ativi-
dades previstas no projeto. Um vazamento pode ser negativo ou positivo, fato que vai depender
do objetivo do projeto e o contexto em que se encontra.
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ANEXO II – CERTIFICADORAS PESQUISADAS
STANDARDS DO MERCADO VOLUNTÁRIO DE CARBONO
Os Standards são padrões (regras, critérios e procedimentos) utilizados para o desenvolvimento de projetos no mercado voluntário devido a ausência de um modelo regulatório reconhecido. Os projetos que pretendem reduzir emissões de gases de efeito estufa são passíveis de certifi cação pelos Standards existentes e podem infl uenciar a escolha de compradores que querem obter créditos de carbono por meio desses projetos. Entre os Standards existentes atualmente destacam-se os Standards de Verifi cação de Redução de Emissões – VERs: a)VER+; b) Gold Standard; c) Chicago Climate Exchange (CCX); d) SOCIALCAR-BON. E os Standards Florestais: a)The Climate, Community & Biodiversity Standards (CCBS); b) VCS AFOLU Standard; c) Plan Vivo System; d) Carbon Fix Standard.
PANORAMA DOS PROJETOS BRASILEIROS E OS STANDARDS EXISTENTES
1. Standards de VERs
a)VER+
Standard utilizado para validar projetos de compensação de carbono desenvolvidos conforme as regras aplicáveis aos projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Uma vez certifi cados, os projetos podem fazer parte de um programa de mudança climática com vista a assegurar a neutralidade de compensação de carbono em conferências e eventos espor-tivos.No Brasil, foram identifi cados 2 projetos, um em processo de validação e outro já validado, ambos no Estado de São Paulo, no Bioma Mata Atlântica. No entanto, nenhum deles trata-se de um pro-jeto de REDD+.
Projeto Instituições envolvidas
Localização/ Bioma
Em processo de Validação
Va l i d a -do
MDL ou REDD
Projeto Nardini de Cogeração de bagaço da Cana de Acúcar
Nardini Agroindustrial Ltda
São Paulo/Mata Atlântica
X MDL
Projeto Lanxess de Geração de Biomassa
Lanxess Indústria de Produtos Químicos e Plás-ticos
São Paulo/Mata Atlântica
X x MDL
Fontes: http://www.tuev-sued.de/technical_installations/energy_and_environmental_services/environmental_ser-vices/climate_change/carbon_off set_systems_and_projectshttp://www.co2off setresearch.org/policy/VERplus.html
b) Gold Standard
Standard utilizado para validar projetos relacionados à energia renovável e efi ciência energética visando compatibilizar aspectos ambientais e os impactos sociais. Usualmente, este Standard cer-tifi ca projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), validando a fase inicial do pro-jeto e avaliando a respectiva redução de emissões almejada pelo projeto. No Brasil, foram identifi cados 2 projetos em processo de validação, um no Estado do Rio Grande do Sul, no bioma Pampas e outro na Bahia, no bioma Mata Atlântica, no entanto, nenhum deles trata-se de um projeto de REDD+.
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Projeto Instituições envolvidas
Localização/ Bioma
Em processo de Validação
MDL ou REDD
Cooperatives Small Hydro Power Plants Project
Ecopart Assessoria em Negócios Emrpesariais Ltda
Rio Grande do Sul/Pampas
X MDL
Effi cient Cook Stoves in the Bahian Recon-cavo region Project
Instituto Perene Bahia/Mata Atlân-tica
X MDL
fontes: http://www.tuev-sued.de/technical_installations/energy_and_environmental_services/environmental_ser-vices/climate_change/gold_standardwww.cdmgoldstandard.orghttps://gs1.apx.com/myModule/rpt/myrpt.asp
c) Chicago Climate Exchange (CCX)
Foi desenvolvido para ser uma plataforma para registrar iniciativas relacionadas a redução de emissões de gases de efeito estufa e comercializar os créditos de carbono. Ele estabelece um preço de mercado para reduzir as emissões de carbono e outros gases de estufa, e com isso, fa-cilita o investimento em novas tecnologias e produtos inovadores, além de ajudar as empresas a desenvolver boas práticas e ações para gerenciar os riscos ambientais.Até o momento não foram identifi cados projetos brasileiros de REDD+ registrados nesta plata-forma.Fonte: http://www.chicagoclimatex.com/
d) SOCIALCARBON
Trata-se de um Standard adicional com o intuito de garantir que os projetos que envolvam a com-ercialização de créditos de carbono são sustentáveis e demonstrem ter benefícios sociais e ambi-entais adicionais. O Standard defi ne metodologias para mensurar a contribuição dos respectivos projetos para o desenvolvimento sustentável. E pode certifi car projetos fl orestais e projetos rela-cionados à substituição de combustíveis e energia renovável.Ao todo foram identifi cados 33 projetos registrados neste Standard. Nenhum dos projetos carac-teriza-se como projeto de REDD+, e a maioria está situado em São Paulo, Rio de Janeiro, no Bioma Mata Atlântica, e os demais na região nordeste.Fontes: http://www.socialcarbon.org/http://mc.markit.com/br-reg/public/index.jsp?s=cp
e) California Climate Action Registry (CCAR)
A California Climate Action Registry é um programa de registro de projetos e iniciativas voltados para a redução de emissões de gases que provocam o efeito estufa. Concentra-se no desenvolvi-mento de relatórios analíticos e de ferramentas para facilitar o monitoramento e a verifi cação precisa da redução de emissões em todos os setores da economia. Não é considerado um Stand-ard, mas é uma fonte de registro de projetos que abrange também os projetos de REDD+. E uma vez registrados em sua base de dados, estarão sucetíveis à análise, acompanhamento e apoio para a transição para uma produção mais limpa e com potencial de redução de emissões maior.Até o momento não foram identifi cados projetos brasileiros de REDD+ registrados neste Progra-ma.Fontes: http://www.theclimateregistry.org/how-to-join/ccar-members/http://www.climateregistry.org/about/members.html
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2. Standards Florestais
a) CCB Standards (The Climate, Community & Biodiversity Alliance - CCBA)
É um Standard para elaboração de Documento de Concepção de Projeto (PDD) e pode estar asso-ciado a outros Standards. E o mecanismo de aprovação dos projetos baseia-se na validação e veri-fi cação da redução de emissões. Foram identifi cados cinco projetos de REDD+ do Brasil no âmbito desta certifi cadora e um projeto de MDL. Sendo três já validados e três em processo de validação.Quanto aos projetos de REDD+, um situa-se na Amazônia e já está validado, dois situam-se no Cer-rado da Amazônia e encontram-se em processo de validação, um localiza-se na Mata Atlântica e o outro no Cerrado já encontram-se validados.
Projeto Instituições envolvidas
Localização/ Bioma
Em processo de Validação
Validado MDL ou REDD
Projeto de Refl oresta-mento de Multi-espé-cies
ONF Brasil Mato Grosso/Amazônia
X MDL
Projeto de REDD da RDS do Juma
FAS e Governo do Es-tado do Amazonas
A m a z o n a s /Amazônia
X REDD
Projeto Gênesis: módu-lo de refl orestamento
Instituto Ecológica, CantorCO2 e Carbon Fund
Tocantins/Cerrado da Amazônia
X REDD
Projeto Gênesis: módu-lo de REDD
Instituto Ecológica, CantorCO2 e Carbon Fund
Tocantins/Cerrado da Amazônia
X REDD
Projeto Carbono Corre-dor da Biodiversidade Emas-Taquari
Conservação Inter-nacional e OREADES
Goiás e Mato Gros-so do Sul/Cerrado
X REDD
Projeto Monte Pascoal - Corredor Ecológico Pau Brasil
TNC, Bioatlântica e Conservação Inter-nacional
Bahia/Mata Atlân-tica
X REDD
Fonte: http://www.climate-standards.org/projects/
b) Voluntary Carbon Standard (VCS)
É um dos maiores Standards do Mercado Voluntário de Carbono, mas que também pode ser acei-to no mercado regulado. Seu mecanismo de aprovação dos projetos baseia-se na validação e veri-fi cação da respectiva redução de emissões.
Projeto Instituições envolvidas
Localização/ Bioma
Em processo de Validação
Validado MDL ou REDD
Projeto de REDD da RDS do Juma
FAS e Governo do Es-tado do Amazonas
A m a z o n a s /Amazônia
X REDD
Fontes: http://www.v-c-s.org/http://www.vcsprojectdatabase.org/https://vcsprojectdatabase1.apx.com/myModule/rpt/myrpt.asp?r=111
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c) Plan Vivo System
É um Standard exclusivo para projetos fl orestais relacionados à redução de emissões de gases do efeito estufa. Até o momento não foram identifi cados projetos brasileiros de REDD+ registrados neste Standard.Fonte: http://www.planvivo.org/
d) Carbon Fix Standard
Trata-se de um Standard específi co para projetos fl orestais relacionados à redução de emissões de gases do efeito estufa. Até o momento não foram identifi cados projetos brasileiros de REDD+ registrados neste Standard.Fonte: http://www.carbonfi x.info/
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ANEXO III – FONTES PESQUISADAS
CENAMO, M. C., PAVAN, M.N, BARROS, A.C., CARVALHO, F. Guia sobre Projetos de REDD+ na Amé-rica Latina. 2010. Manaus, Brasil. 96 PG.
Serviço Florestal Brasileiro/ MMA, 2009. Experiências brasileiras em REDD, Brasília – DF.
Centro de Gestão e Estudos Estratégicos – CGEE, 2011. REDD no Brasil: um enfoque amazônico: fundamentos, critérios e estruturas institucionais para um regime nacional de Redução de emis-sões por Desmatamento e Degradação Florestal – REDD, Brasília - DF.
http://www.tuev-sued.de/technical_installations/energy_and_environmental_services/environ-mental_services/climate_change/carbon_off set_systems_and_projects acessada em 18 de abril de 2011.http://www.co2off setresearch.org/policy/VERplus.html acessada em 18 de abril de 2011.http://www.tuev-sued.de/technical_installations/energy_and_environmental_services/environ-mental_services/climate_change/gold_standard acessada em 18 de abril de 2011.
http://www.cdmgoldstandard.org acessada em 18 de abril de 2011.https://gs1.apx.com/myModule/rpt/myrpt.asp acessada em 20 de abril de 2011.http://www.chicagoclimatex.com/ acessada em 20 de abril de 2011.http://www.socialcarbon.org/ acessada em 23 de abril de 2011.http://mc.markit.com/br-reg/public/index.jsp?s=cp acessada em 23 de abril de 2011.http://www.theclimateregistry.org/how-to-join/ccar-members/ acessada em 25 de abril de 2011.http://www.climateregistry.org/about/members.html acessada em 25 de abril de 2011.http://www.climate-standards.org/projects/ acessada em 25 de abril de 2011.http://www.v-c-s.org/ acessada em 28 de abril de 2011.
http://www.vcsprojectdatabase.org/ acessada em 28 de abril de 2011.
https://vcsprojectdatabase1.apx.com/myModule/rpt/myrpt.asp?r=111 acessada em 28 de abril de 2011.http://www.planvivo.org/ acessada em 5 de maio de 2011.
http://www.carbonfi x.info/ acessada em 5 de maio de 2011.http://www.ipam.org.br/biblioteca/livro/Carta-dos-Governadores-sobre-REDD/231 acessada em 25 de maio de 2011.http://www.ipam.org.br/biblioteca/livro/Relatorio-da-Primeira-Forca-Tarefa-sobre-REDD-e-Mu-dancas-Climaticas/248 acessada em 25 de maio de 2011.http://www.fundoamazonia.gov.br acessada em 12 de maio de 2011.http://www.un-redd.org acessada em 30 de maio de 2011.http://un-redd-amlatinaycaribe.ning.com acessada em 30 de maio de 2011.http://www.forestcarbonpartnership.org/fcp/ acessada em 25 de maio de 2011.http://reddpluspartnership.org/en/ acessada em 20 de maio de 2011.http://www.climatefundsupdate.org/listing/forest-investment-program acessada em 20 de maio de 2011.http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=59&idMenu=3155 acessada em 21 de maio de 2011.http://ceclima.sds.am.gov.br/redd/ acessado em 10 de maio de 2011.
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