BEZOO
CAPTURADE DESMODUSEM ANAJÁS
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO ZOONOSES
Marabá-PA, 31 de dezembro de 2011 - Ano VI, Nº 1
CONTROLE DE ZOONOSES EM ALDEIA INDÍGENA
" "PRESENÇA VIVA DO GT
ZOONOSES NO PROPAZ EM MARABÁ
SESPA
SUS Sistema Único de Saúde
NESTA EDIÇÃO
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Porque Bezoo? Raiva canina em Marabá Campanha Antirrábica Dados Epidemiológicos Siga os Guias Precariedade no abate de bovinos em Anajás
BEZOO
POR QUE BEZOO?
E Z O O é a n o v a m a r c a desenvolvida para representar de forma breve o ideal do Boletim do B
Setor de Zoonoses do 11º Centro Regional de Saúde.
A principio se pretendia que a marca terminasse com os dois últimos dígitos correspondente ao ano da edição, porém se resolveu removê-los e, aguardamos que a mudança seja bem recebida pelos leitores do nosso material institucional.
O BEZOO também tem como novidade abrir portas para a divulgação de trabalhos desenvolvidos por técnicos dos municípios ligados às zoonoses, entretanto não deixará de realizar divulgação de outras informações pertinentes aos agravos em saúde pública que possuir referência por profissionais que realizarem educação em saúde como palestras, seminários, conferências ou qualquer meio de propagar a atualização qualificada de quem lida com a saúde da população.
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RAIVA CANINA EM MARABÁ
equipe do GT Zoonoses do Nível Central, representada pelos Médicos Veterinários AAlberto Begot e Erika Farineli estiveram
em Marabá, onde conjuntamente com o Médico Veterinário Neuder Wesley (Setor de Zoonoses-11ºCRS) realizaram reunião com a Secretária Municipal de Saúde Joelma Rodrigues Sarmento, com técnicos da Vigilância em Saúde (Zenaide) e Centro de Controle de Zoonoses (Nagilvan, Stella e Rômulo) para tratar dos procedimentos a serem adotados pelo município na campanha de vacinação antirrábica canina e felina.
A visita técnica também teve como objetivo acompanhar de perto a situação dos novos casos de raiva canina que surgiram em 2011, determinar, estabelecer estratégias e metas sobre
os procedimentos da campanha.Os técnicos visitaram a área onde surgiu
o primeiro caso em 2011, localizada nas proximidades da feira da 28, onde são comuns surgirem cães em busca de resíduos dos alimentos da feira, entretanto estes cães, geralmente, costumam aparecer mais pelo horário da madrugada, onde não há tantos movimentos dos feirantes.
Pelos relatos, a maioria dos cães que andam a solta pela feira são semidomiciliados e, apesar das capturas intensificadas a população não têm praticado seus deveres no âmbito da posse responsável de animais.
Somente em 2011 o CCZ capturou 1.749 cães, sendo 77,07% destes eutanasiados.
Momento da reunião na Secretaria Municipal de Saúde de Marabá
Feira da 28, local de relativa movimentação de cães errantes e semidomiciliados
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CAMPANHA DE VACINAÇÃO ANTIRRÁBICA
pesar da campanha de vacinação antirrábica canina e felina ser programa Apelo Ministério da Saúde para o final do
ano de 2011 e lutado para enviar uma vacina que mantivesse segurança superior àquela utilizada em 2010, onde ocorreram casos de óbitos em alguns Estados do Brasil, não foi possível a concretização da campanha e tudo levou ao adiamento para 2012.
Diversos Estados ficaram sem a realização da campanha, ficando apenas alguns municípios com a condição de receber antecipadamente, por ocasião da situação de nível de risco para a raiva, já que apresentaram casos no decorrer do ano, a VARC (Vacina antirrábica Canina) fornecida pelo laboratório Merial e Instituto de Tecnologia do Paraná, da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (TECPAR/Biovet).
Desta feita, o município de Marabá, o qual vem apresentando casos de raiva canina desde 2005 (Tabela 1, pág. 6) e que em 2011 apresentou
7 casos de raiva canina e 01 felino, recebeu no período de 2011 um total de 70.300 doses de vac inas de cu l t i vo celular, para atender vacinações de rotina, foco e campanha.
Para auxiliar nas atividades do Centro de Controle de Zoonoses de Marabá, o 11º Centro Reg iona l de Saúde disponibilizo, através de aluguel, 02 veículos traçados com cabine dupla e um veículo simples, sendo este último para conduzir vacinadores às casas que encontravam-se fechadas durante a campanha.
Na campanha foram vacinados 46.949 animais, sendo 32.006 cães e 14.943 gatos.
Fonte: CCZ
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DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
s a t e n d i m e n t o s e m pacientes agredidos por Oanimais peçonhentos tem
variado dentre os 21 municípios do 11º Centro Regional de Saúde - CRS, sendo aqueles realizados por picadas de jararacas (Gênero Bothrops) representando os maiores índices, conforme indicado nos gráficos.
O Setor de Zoonoses tem mantido o quantitativo dos soros antipeçonhentos de acordo com as análises das agressões nos
Fonte: SINAN
Frequência de notificações segundoo tipo de acidente e o ano no 11ºCRS
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Fonte: SINAN
Frequência de notificações e dose de soro antibotrópico utilizado segundo o ano no 11ºCRS
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Frequência de notificações de acidentes por Bothrops em 2011
Fonte: SINAN
principais municípios de maior ocorrência, o que depende das informações à Regional enviadas através do SINAN (Sistema Nacional de Notificação de Agravos) e planilha de animais peçonhentos.
O quantitativo dos soros encaminhado a alguns municípios sofreu significativa redução pela falta de encaminhamento de tais dados.
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DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
ano de 2011 foi marcado pelo atraso constante de envio de dados à ORegiona l , sendo que a lguns
municípios levaram esta prática ao extremo, como foi em Breu Branco, Brejo Grande do Araguaia e Tucurui, sendo este último o único que jamais enviou a planilha de profilaxia da raiva e até mesmo a de peçonhentos.
Para o responsável pelo Setor de Zoonoses esta atitude demonstra o descaso e falta de compromisso dos gestores diante das suas funções e, que as devidas providências estão sendo tomadas para que tais atos não se tornem práticas rotineiras nos anos seguintes.
Segundo observações dos dados no SINAN, muitos municípios não estão notificando ou não estão realizando as demais doses do esquema profilático
Tabela 1 - Frequência de casos de raiva animal segundo o município e ano no 11ºCRS
Fonte: IEC - LANAGRO
PROFILAXIA DA RAIVA
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Doses de vacinas antirrábicas humanas e frequência de notificações segundo o ano no 11CRS
antirrábico humano, o que tem sido fonte de preocupação da Regional devido ao histórico de casos de raiva animal, conforme mostra a Tabela 1.
Em relação à raiva canina o município de Marabá ainda vem apresentando casos no decorrer de 7 anos, entretanto, alguns municípios, por não possuírem atividades de captura de cães para coleta e pesquisa do vírus rábico, possivelmente podem albergar algum animal doente.
MUNICÍPIO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Canaã dos Carajás
1 búfalo
Eldorado dos Carajás
3 bovinos
Goianésia do Pará
1 cão/urb1gato/urb
Itupiranga 1 bovino
Jacundá 7 cães/urb1gato/urb
1 cão/urb
Marabá 3 cães/urb2 equinos
22 cães/urb 35 cães/urb2 cães/rur
6 cães/urb 6 cães/urb 1 cão/urb 7 cães/urb1 gato/urb
Parauapebas 2 bovinos 1 bovino
São Domingos do Araguaia
1 cão
São João do Araguaia
1 cão/rur
São Geraldo do Araguaia
1 cão/rur1 bovino
1 cão/rur
Tucurui 1 cão/urb
Fonte: SINAN
Frequência de Agressões segundo a Espécie em 2011
Fonte: SINAN
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" "NO PROPAZ EM MARABÁPRESENÇA VIVA DO GT ZOONOSES
e 28 de outubro a 01 de novembro o Programa PROPAZ, através do Presença Viva , que Dreúne uma gama de profissionais e técnicos
de diversos setores, esteve em Marabá com o intuito de atender em curto espaço de tempo à demanda que mais a população alveja, como consultas médicas, exames, emissão de documentos e auxilio jurídico dentre várias outras atividades.
O GT Zoonoses do Nível Central conjuntamente com a equipe do Setor de Zoonoses do 11º Centro Regional de Saúde participou das atividades programadas auxiliando populares, distribuindo material educativo como revistas sobre acidentes por animais peçonhentos e informando sobre a situação da raiva canina em Marabá e meios de prevenção.
" "
Áreas onde foram armadas tendas para atendimento conforme o agravo
Área interna do Ginásio Poliesportivo onde ocorriam atividades de emissão de documentos
Momento de cadastramento para exames de hepatite
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ORIENTE-SE!
iariamente diversos profissionais e técnicos que lidam com a saúde pública Dse deparam com dúvidas no seu
ambiente de trabalho.Esteja em uma divisão de saúde como na
epidemiológica, vigilância sanitária, endemias ou mesmo em hospitais e posto de saúde, a dúvida chega, afinal são inúmeras as situações que surgem aos técnicos.
Ocorre que em muitas situações o técnico procura ligar para um amigo com o intuito de tirar uma duvida, entretanto, aquele amigo de todas as horas pode estar ocupado ou mesmo ‘fora de área’ e, em uma situação que pode ser resolvida rapidamente pode tardar simplesmente porque é muito mais cômodo ouvir de outra pessoa sobre uma determinada dúvida que consultar um guia ou manual, achando até mesmo ser mais confiável.
O que muitos não sabem ou não querem mesmo saber é que existem inúmeros guias e manuais disponíveis para sanar aquela dúvida que por vezes chega até ser inconveniente de ser perguntado de tão simples, pois às vezes é apenas para confirmar a dúvida que é tão certa.
A maioria dos Guias são de extrema facilidade para serem realizados seus download, ou seja, ‘baixados’da net. Os arquivos geralmente estão sob a forma PDF (extensão), sendo os mais pesados aqueles que possuem uma imensa quantidade de imagens e que foram trabalhadas para, ao serem impressas, ainda mantenham sua qualidade.
O Ministério da Saúde, assim como muitos outros Órgãos, elaboram periodicamente diversos guias e manuais, desta maneira você tem que ficar atento para o ano da edição, pois a cada nova tiragem podem ser alteradas informações, como por exemplo, a redução ou aumento do número de doses a ser aplicada para o tratamento de um determinado agravo, o surgimento de novas técnicas, medicamento ou alteração na padronização de procedimentos.
Para se manter sempre bem acompanhado dos guias, uma dica é fazer uma mini biblioteca virtual no seu pen drive, assim, você pode carregar para onde quiser e até distribuir sabedoria na forma de arquivo compactado.
Para ajudar o leitor a iniciar sua biblioteca virtual, no final da edição do BEZOO, foram apresentadas algumas capas dos manuais que você não deve deixar de ter.
Para obtê-los, basta repousar o cursor sobre a imagem selecionada para visualizar o link e , c a s o e s t e j a conectado a i n t e r n e t , c l i q u e e permita que h a j a a abertura do site.
SIGAOS
GUIAS!
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Em 2011 o Setor de Zoonoses iniciou a
produção e distribuição do Calendário Lunar. O material criado pelo
Médico Veterinário Neuder Wesley é
disponibilizado em PDF e visa auxiliar equipes
de captura de morcegos para identificar a
melhor fase da lua em que há maior atividade
dos quirópteros.Atenção!
Lei de proteção à faunaNº 5.197 de 03.01.69
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CAPTURA DE DESMODUS EM ANAJÁS
s atividades no município de Anajás, ocorridas entre 25 de maio e 06 de junho consistia na continuidade aos trabalhos A
iniciados pelo GT Zoonoses-Nível Central nas captura de quirópteros em habitantes agredidos, bem como supervisionar as atividades de vacinação da equipe municipal de saúde de Anajás com pré e pós-exposição (4ª dose) em população ribeirinha em área endêmica de agressões por morcegos hematófagos.
Inicialmente as atividades foram consequência de óbito de uma recém nascido de aproximadamente 25 dias que foi agredido por Desmodus quando a mesma dormia e veio a falecer por choque hipovolêmico. (residência da criança-casa esquerda da foto acima).
As ações se concentraram na comunidade da Vi la Guajará, localizada a 05 (cinco) horas de navegação por rio do centro urbano de Anajás. No local a equipe foi dividida em duas, onde uma permaneceu na r e f e r i d a V i l a p a r a r e a l i z a r des locamento entre os casas ribeirinhas com o intuito de prosseguir na 4ª dosagem de vacinação antirrábica humana nos habitantes anteriormente agredidos por morcegos hematófagos.
A segunda equipe partiu da Vila Guajará até a propriedade alvo denominada Fazenda Santa Maria à
aproximadamente 2 horas de navegação por rio, onde se estabeleceu meta de captura de morcegos hematófagos, pois esta localidade era considerada o foco de partida desses morcegos à população ribeirinha. Na ocasião foi relatado
óbitos de 4 bezerros de búfalos em um mês pela ação espoliativa continua dos quirópteros. Também há relato de agressão em canino.
A captura dos Desmodus iniciou às 19:30h, sendo que as ações foram interrompidas e somente iniciadas na noite seguinte devido as chuvas que ocorriam com freqüência. Na noite seguinte as capturas ocorreram até a 05:30h da madrugada e apesar desta hora ainda havia morcegos praticando ação espoliativa nos bubalinos.
Foram capturados em duas noites 112 Desmodus rotundus, sendo 25 machos escrotados, 15 jovens e 10 fêmeas gestantes e 62 jovens.
A equipe de vacinadores da vigilância epidemiológica, percorreu dois rios da área da Vila Betânia obtendo um total de 82 vacinações em ribeirinhos, completando a meta programada.
Um panorama das atividades está demonstrada na página seguinte.
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PANORAMA DAS ATIVIDADES
Na propriedade acima todos os 29 bubalinos e um bezerro apresentavam inúmeras marcas de agressões por Desmodus rotundus
Nas imagens, as marcas de agressões vistas durante o dia e, no circulo em vermelho a imagem de um Desmodus se alimentando acima de uma outra área já agredida. Imagem ainda de Desmodus
completamente repleto de sangue.
Imagens de 4 Desmodus capturados, aplicação de pasta vampiricida e focinho do cão da propriedade com marca de agressão pelo morcego.
À esquerda e centro, imagens da equipe que participou das atividades e à direita sua presença com moradores da fazenda Santa Maria.
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Setor de Zoonoses realizou no período de 25 de abril a 04 de maio, ação de controle Opopulacional canina na Reserva Indígena
Xikrin do Kateté, Djudjekô, Oodjã, localizadas em Paraupebas e Aldeia Kanai em Canaã dos Carajás.
As atividades também consistiam na coleta de encéfalo para pesquisa do vírus rábico, coleta de soro sanguíneo para pesquisa de Leishmaniose e visita às fazendas indígenas identificando os animais de produção, seu total e situação de cuidados com os mesmos como a vacinação contra Febre Aftosa e Brucelose.
Periodicamente a equipe do Setor de Zoonoses participa de ações desta natureza sob solicitação da FUNASA (Fundação Nacional de Saúde) polo Base de Marabá.
Aliada as equipes do Setor de Zoonoses e FUNASA, técnicos da Secretaria Municipal de S a ú d e d e P a r a u a p e b a s a u x i l i a m significativamente nas atividades, sendo que desta vez estiveram presentes técnicos da SMS de Canaã dos Carajás.
Juntamente ao trabalho realizado estava o objetivo de capacitar alguns técnicos dos municípios na coleta de encéfalos, bem como manter a interação com a cultura dos povos indígenas, tendo em vistas as ações periódicas.
Os caninos comumente encontrados em Aldeias apresentam péssimos estados nutricionais com diversos problemas de saúde como sarnas, verminoses, TVT (tumor venéreo transmissível) e bernes.
Foram capturados e eutanasiados um total de 176 cães, sendo 83 machos e 93 fêmeas, os quais eram conduzidos, após eutanásia, para área distante do centro da Aldeia e adentro da mata e assim serem realizados os procedimentos de remoção de encéfalos e após isto o enterro dos animais.
A maior problemática existente é que os indígenas não param de levar cães para as aldeias e que costumam adquiri-los quando estão em passagem pelo centro urbano.
Os cães são utilizados para caças, porém geralmente não são alimentados, uma vez que os indígenas descrevem que animal bom de caça é aquele que não é alimentado e assim se mostram mais atento para a caça.
A remoção dos cães para Centro de Controle de Zoonoses se torna inviável sobre vários aspectos, pois o mais próximo fica em Marabá, o deslocamento é penoso sendo que alguns cães não chegam vivos ao destino pela saúde abalada e também porque o número de cães doentes é relativamente elevado e certamente não vão passar por tratamento para posterior doação, ficando a obrigação dos grandes Caciques em proibir a entrada de cães como a única solução, o que tem sido cobrado intensamente, porém sem êxitos.
Para isto também proferimos palestras nas aldeias sobre a importância dos cuidados com os animais e mesmo evitar obtê-los na aldeia pelos riscos de transmissão de doenças.
CONTROLE DE ZOONOSES EM ALDEIASINDÍGENAS
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PANORAMA DAS ATIVIDADES
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
. Captura de cães;. Eutanásia;
. Coleta de encéfalo;. Coleta de soro sanguíneo;
. Identificação de doença animal;. Palestra e
.Identificação de animais de produção.
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INTERAÇÃO
Durante as atividades nas Aldeias é inerente que a equipe
venha a interagir, de forma sutil, com alguns costumes dos
Indígenas para que seja criada harmonia e confiança da tribo
para com os trabalhos da equipe.
PANORAMA DAS ATIVIDADES
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LEPTOSPIROSE
leptospirose é uma zoonose de grande importância social e econômica, por apresentar elevada incidência em determinadas áreas, alto custo A
hospitalar e perdas de dias de trabalho, como também por sua letalidade, que pode chegar a 40%, nos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às precárias condições de infra-estrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. (Fonte: Guia Vig. Epid.MS)
De acordo com dados do SINAN, dos casos descritos como leptospirose no ano de 2011 no 11CRS, duas das três notificações realizadas por Marabá não haviam informações completas sobre os pacientes e, que os demais casos foram relatados em 3 outros municípios, sendo, um em Novo Repartimento, 3 em Parauapebas e 3 em Tucurui.
Observou-se que do total apenas 3 realizaram sorologia IgM - Elisa com resultados não reagentes e um único caso foi classificado finalmente como clínico-laboratorial e três como clínico-epidemiológico. De modo geral nota-se o pouco uso dos critérios laboratoriais para confirmação dos casos.
Dos 10 pacientes atendidos e notificados com quadro de leptospirose, 09 são do sexo masculino, sendo que 08 casos ocorreram na zona rural e os relatos variaram na faixa etária entre 09 e 48 anos.
Conforme a data de atendimento
sete casos corresponderam ao período de
chuvas na região nos municípios
envolvidos na avaliação.
O gráfico ao lado, demonstra os
principais sinais e/ou sintomas
encontrados nos pacientes atendidos com
suspeita de leptospirose.Em Marabá, a população mais
exposta ao agravo reside na conhecida Marabá Pioneira, porém paradoxalmente não há registro do mesmo.
Vista aérea da Cidade Velha - Marabá
Em períodos chuvosos a área localizada entre os rios Itacaiunas e Tocantins inunda diversas casas e muitas famílias são direcionadas para áreas mais elevadas.
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14Fonte: SINAN
Frequência de sinais e sintomas em pacientes atendidospor Leptospirose no11CRS - 2011
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PRECARIEDADE NO ABATE DE BOVINOSEM ANAJÁS
comum o Médico Veterinário do Setor de Zoonoses do 11º CRS visitar os matadouros do município em que visita com o objetivo de conhecer a situação da É
origem da carne fornecida na região e seus aspectos higiênicos-sanitários, isto quando nota a ausência ou carência de órgãos responsáveis pelo Serviço de Inspeção in loco.
Em uma situação dessas foi que Neuder Wesley detectou uma alarmante falta de respeito para com a população de Anajás e o meio ambiente.
Ele presenciou o extremo descaso com que é conferido os procedimentos de abate e higiene com a carne e vísceras oferecidas nos açougues e mercado de Anajás.
Pelas imagens registradas foram reveladas o quanto dos resíduos proveniente do abate são lançados à beira rio, além da pocilga existente na mesma área do abatedouro.
Na ocasião, um bovino com presença de descarga nasal purulenta foi detectado e possivelmente o animal foi abatido e enviado para consumo.
O matadouro localiza-se a alguns metros da cidade e da área de captação de recursos hídricos da COSANPA (Companhia de Saneamento e Abastecimento de Água do Pará).
Inúmeras doenças podem ser transmitidas por consumo de carne abatida nestas situações como Brucelose, tuberculose e toxinfeções gastrointestinais.
Relatórios sobre o ocorrido foram encaminhados às autoridades competentes. Pocilga adjacente ao matadouro e ao rio
Despejo de ossadas e resíduosàs margens do rio
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Endereço: Pedro Marinho, 1545CEP 68.502-420Cidade Nova - Marabá - PAFone-Fax: (94) 2101-9476Email: [email protected]
Abel Figueiredo, Bom Jesus do Tocantins, Breu Branco,Brejo Grande do Araguaia, Canaã dos Carajás,Curionópolis, Eldorado dos Carajás, Goianésia doPará, Itupiranga, Jacundá, Marabá, Nova Ipixuna,Novo Repartimento, Palestina do Pará, Parauapebas,Piçarra, Rondon do Pará, São Domingos do Araguaia,São João do Araguaia, São Geraldo do Araguaia eTucurui.
Publicação anualElaboração e Edição: Neuder Wesley França da SilvaMédico VeterinárioTiragem: 200 unidadesImpresso no Setor de Zoonoses/DVS/11ºCRSMarabá - Pará - BrasilDivulgação impressa e digital
BEZOO
11º CENTRO REGIONAL DE SAÚDE/SESPA
MURAL DO BEZOO
SET 2012
Convocação
1/ago/12
Dia do Médico
Veterinário
Faça parte doBEZOO!
Envie e mail para: [email protected]
Dia ‘A’
9/set
CURSO
Profilaxiada Raiva1/set/12
Encaminhe relatórios ao Setor de Zoonoses do 11ºCRS que abranjam atividades e/ou palestras de educação em saúde sobre raiva, animais peçonhentos ou quaisquer zoonoses de interesse em saúde pública contendo, dentre outras informações: objetivo, justificativa, público alvo, número de participantes e imagens de qualidade do evento.
Envie os trabalhos até o mês de novembro, oficialmente e em CD para serem analisados. Assim, você pode estar divulgando o trabalho de seu município no BEZOO.
Neuder Wesley França da Silva
L IA DD AN RU AM IVAI AD
7 a 11 de maio
CURSO
HISTÓRICO DO SETOR
MUNICÍPIOS DE ABRANGÊNCIA
PRODUÇÃO
Setor de Zoonoses iniciou sua
estruturação no 11º CRS em novembro Ode 2006 com objetivo de criar um
trabalho sólido, cuja missão é coordenar, supervisionar
e quando necessário executar atividades pertinentes
ao Programa Nacional da Raiva nos 21 municípios sob
a jurisdição do respectivo Centro.
Fazendo parte de suas ações, também estão
atividades relacionadas à Prevenção de Acidentes
por Animais Peçonhentos, Leptospirose, Leishmaniose e,
quando acionado, realiza atendimento de foco de
Febre Amarela e Epizootias em Primatas Não
Humanos (macacos).
São realizadas missões em Aldeias
Indígenas, porém em parceria e conforme solicitações
das Instituições representativas dos Indígenas.
Siga os Guias!CVerifique se há conexão, clique sobre as
imagens e faça o Download.
Manejo Clínico dos Acidentados por
Animais Peçonhentos
Hop. Barros Barreto
Dúvidas?
Ligue0800 7226001
CITCentro de Informações Toxicológicas