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UNIVERSIDADE VALE DO ITAJAÍ
CHAIANE DIAS BOEIRA
BOLSAS E SANDÁLIAS RASTEIRAS “Um passeio pela fauna brasileira”
Balneário Camboriú
2008/1.
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UNIVERSIDADE VALE DO ITAJAÍ
CHAIANE DIAS BOEIRA
BOLSAS E SANDÁLIAS RASTEIRAS “Um passeio pela fauna brasileira”
Trabalho de Graduação Interdisciplinar do
Curso de Design de Moda da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI.
CES Balneário Camboriu, 8° período.
Professora: Taiza Kalinowski
Balneário Camboriu
2008/1.
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AGRADECIMENTO
Agradeço primeiramente a Deus, pois através desde tudo pode ser
concretizado.
Agradeço a todos da minha família, principalmente à meus pais por me
proporcionarem a realização de um sonho, por me incentivarem e acreditarem
no meu potencial.
Agradeço a professora Taiza Kalinowski, pela orientação, paciência e
contribuição para a realização desde trabalho.
E finalmente agradeço a todos os professores do curso de Design de
Moda da Universidade do Vale do Itajaí, por me ensinarem e dividirem comigo
os seus conhecimento.
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RESUMO
Os Acessórios, bolsa e calçados são artigos de moda extremamente
importantes e consumidos. É através dos calçados que existe a possibilidade
de se proteger os pés confortavelmente e são através de bolsas que o público
feminino tem a oportunidade de carregar deus devidos objetos.
O conceito de exclusividade apresentado na coleção de bolsas e
sandálias rasteiras, “Um passeio pela fauna Brasileira”, busca atingir o público
feminino que procura sempre novidades e gosta de chamar a atenção através
dos produtos que usa. A utilização de uma temática é essencial, a coleção
procura expor um pouco da fauna, dos bichos considerados em extinção assim
passando um clima tropical aos produtos desenvolvidos.
PALAVRAS-CHAVE: Calçados. Bolsa. Exclusividade.
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ABSTRACT
The accessories, bag and shoes are extremely important items of fashion
and consumed. It is through the shoes that there is the possibility to protect their
feet and are comfortably through grants that the public has the opportunity
female god due to load objects.
The concept presented in an exclusive collection of handbags and shoes,
"A visit by the Brazilian fauna", seeks female to reach the public demand news
and always like to draw attention through the products they use. The use of a
subject is essential, the collection demand explain a little fauna, the animals into
extinction as well through a tropical climate for products developed.
KEYWORDS: Footwear. Stock exchange. Exclusivity.
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LISTA DE FIGURAS Figura 01 Metodologia do projeto...................................................................................................23 Figura 02 Sandália de papiro .........................................................................................................28 Figura 03 Sandália de couro Judia ................................................................................................28 Figura 04 Réplica da sandália Greco-romana séc V ac. .................................................................29 Figura 05 Réplica da sandália Greco-romana séc V ac ..................................................................29 Figura 06 Sandália sem numeração...............................................................................................30 Figura 07 Sandália do século XVI ..................................................................................................30 Figura 08 Conjunto de Bolsa e Sapato de 1890..............................................................................30 Figura 09 Sandália com salto de madeira.......................................................................................31 Figura 10 Bolsa de 1957 ................................................................................................................31 Figura 11 Scarpim de 1957 ............................................................................................................31 Figura 12 Sandália de 1958 ...........................................................................................................31 Figura 13 Sandália de 1958 ...........................................................................................................31 Figura 14 Sandália de 1970 ...........................................................................................................32 Figura 15 Sandália de 1970 ...........................................................................................................32 Figura 16 Sapatilha de 1970 ..........................................................................................................32 Figura 17 Sapatilha de 1980 ..........................................................................................................32 Figura 18 Sapatilha de 1982 ..........................................................................................................32 Figura 19 Sapatilha de 1982 ..........................................................................................................32 Figura 20 Sandália Gladiadora.......................................................................................................33 Figura 21 Sandália Rasteira...........................................................................................................34 Figura 22 Sandália Gladiadora.......................................................................................................34 Figura 23 Sandálias rasteira da Luiza Barcelos..............................................................................35 Figura 24 Bolsa da Idade Média.....................................................................................................35 Figura 25 Bolsa Almoniere.............................................................................................................36 Figura 26 Bolsa século XVII ...........................................................................................................37 Figura 27 Bolsa século XVIII ..........................................................................................................37 Figura 28 Bolsa Retítula 1..............................................................................................................37 Figura 29 Bolsa Retítula 2..............................................................................................................37 Figura 30 Bolsa para viagem..........................................................................................................38 Figura 31 Bolsa Chatelaine............................................................................................................38 Figura 32 Bolsa Chatelaine 1 .........................................................................................................39 Figura 34 Bolsas.........................................................................................................................................39 Figura 35 Bolsa 1900.....................................................................................................................40 Figura 36 Bolsa 1910.....................................................................................................................40 Figura 37 Carteira anos 20.............................................................................................................40 Figura 38 Bolsa anos 30 ................................................................................................................40 Figura 39 Conjunto anos 40 ...........................................................................................................41 Figura 40 Conjunto anos 50 ........................................................................................................................41 Figura 41 Bolsa anos 60 - Flower Power ........................................................................................41 Figura 42 Bolsa anos 60 - Pop Art..................................................................................................41 Figura 43 Bolsa anos 70 ................................................................................................................42 Figura 44 Bolsa anos 80 ................................................................................................................42 Figura 45 Jaquatirica......................................................................................................................43 Figura 46 Veado ............................................................................................................................44 Figura 47 Arara..............................................................................................................................44 Figura 48 Cobra coral ....................................................................................................................45 Figura 49 Painel Temática .............................................................................................................47 Figura 50 Consumidora exigente e assumida ...............................................................................................48 Figura 51 Elegante.........................................................................................................................48 Figura 52 Pratica esportes .............................................................................................................48 Figura 53 Felicidade ......................................................................................................................48 Figura 54 Cuidado com a aparência...............................................................................................48 Figura 55 Vaidade..........................................................................................................................48 Figura 56 Família...........................................................................................................................49 Figura 57 Trabalha e/ ou estuda.....................................................................................................49 Figura 58 Painel Público Alvo.........................................................................................................54
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Figura 59 Tênis Veja......................................................................................................................55 Figura 60 Sacola retornável ...........................................................................................................55 Figura 61 Sacola retornável 1 ........................................................................................................55 Figura 62 Bolsa de capim dourado.................................................................................................56 Figura 63 Anel de capim dourado...................................................................................................56 Figura 64 Bolsa De Maria Eudoxia Atelier ......................................................................................56 Figura 65 Bolsa De Maria Eudoxia Atelier ......................................................................................56 Figura 66 Sandália rasteira Fernando Pires....................................................................................57 Figura 67 Sandália rasteira Fernando Pires....................................................................................57 Figura 68 Sandália Franziska Hübener ..........................................................................................58 Figura 69 Sandália Franziska Hübener ..........................................................................................58 Figura 70 Bolsa Franziska Hübener ...............................................................................................58 Figura 71 Sapato Franziska Hübener .............................................................................................58 Figura 72 Sandália Sarah Chofakian..............................................................................................58 Figura 73 Sandália Sarah Chofakian..............................................................................................58 Figura 74 Bolsa Sarah Chofakian...................................................................................................59 Figura 75 Bolsa Sarah Chofakian...................................................................................................59 Figura 76 Bolsa da marca Piorski...................................................................................................59 Figura 77 Bolsa da marca Piorski...................................................................................................59 Figura 78 Bolsa da marca Doll .......................................................................................................60 Figura 79 Bolsa da marca Doll .......................................................................................................60 Figura 80 Cabedal .........................................................................................................................61 Figura 81 Zíper ..............................................................................................................................62 Figura 82 Ilhós...............................................................................................................................62 Figura 83 Bridão ............................................................................................................................62 Figura 84 Sola de TR.....................................................................................................................63 Figura 85 Sola de TR.....................................................................................................................63 Figura 86 Palmilha de montagem...................................................................................................63 Figura 87 Palmilha de montagem...................................................................................................63 Figura 88 Saltos.............................................................................................................................64 Figura 89 Cepas ............................................................................................................................64 Figura 90 Tacão.............................................................................................................................64 Figura 91 Tacão.............................................................................................................................64 Figura 92 Palmilha interna .............................................................................................................65 Figura 93 Chaton ...........................................................................................................................65 Figura 94 Fitas...............................................................................................................................65 Figura 95 Alça e a Parte externa de uma bolsa ..............................................................................66 Figura 96 Calçado Arezzo..............................................................................................................68 Figura 97 Calçado Arezzo..............................................................................................................68 Figura 98 Calçado Arezzo..............................................................................................................68 Figura 99 Calçado Arezzo..............................................................................................................68 Figura 100 Bolsa Arezzo..................................................................................................................69 Figura 101 Bolsa Arezzo..................................................................................................................69 Figura 102 Bolsa Arezzo..................................................................................................................69 Figura 103 Bolsa Arezzo..................................................................................................................69 Figura 104 Rasteira Dumond ...........................................................................................................69 Figura 105 Rasteira Dumond ...........................................................................................................69 Figura 106 Bolsa Dumond................................................................................................................70 Figura 107 Bolsa Dumond................................................................................................................70 Figura 108 Sandália Pararaio...........................................................................................................70 Figura 109 Sandália Pararaio...........................................................................................................70 Figura 110 Sandália Carmen Steffens..............................................................................................70 Figura 111 Bolsa Carmen Steffens...................................................................................................70 Figura 112 Sapato e Bolsa Carmen Steffens....................................................................................71 Figura 113 Sapato e Bolsa Carmen Steffens....................................................................................71 Figura 114 Rasteira Luiza Barcelos .................................................................................................71 Figura 115 Rasteira Luiza Barcelos..................................................................................................71 Figura 116 Rasteira Luiza Barcelos..................................................................................................71 Figura 117 Rasteira Luiza Barcelos..................................................................................................71
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Figura 118 Carteira Luiza Barcelos ..................................................................................................72 Figura 119 Bolsa Luiza Barcelos......................................................................................................72 Figura 120 Bolsa Chloé....................................................................................................................73 Figura 121 Bolsa Chloé....................................................................................................................73 Figura 122 Bolsa Chloé....................................................................................................................73 Figura 123 Rasteira Chloé ...............................................................................................................73 Figura 124 Sandália Calvin Klein .....................................................................................................73 Figura 125 Bolsa e rasteira Calvin Klein...........................................................................................73 Figura 126 Rasteira Bruno Frisoni....................................................................................................74 Figura 127 Bolsa Bruno Frisoni ........................................................................................................74 Figura 128 Rasteira Bruno Frisoni....................................................................................................74 Figura 129 Rasteira Bruno Frisoni....................................................................................................74 Figura 130 Bolsa Dolce Gabbana.....................................................................................................74 Figura 131 Bolsa Dolce Gabbana.....................................................................................................74 Figura 132 Sandália Balenciaga.......................................................................................................75 Figura 133 Sandália Balenciaga.......................................................................................................75 Figura 134 Bolsa e Sandália Gucci ..................................................................................................75 Figura 135 Bolsa Gucci....................................................................................................................75 Figura 136 Sandália Chistian Lacroix ...............................................................................................75 Figura 137 Bolsa Chistian Lacroix ....................................................................................................75 Figura 138 Sandália Balenciaga.......................................................................................................77 Figura 139 Sandália Missoni ............................................................................................................77 Figura 140 Sapato Prada .................................................................................................................77 Figura 141 Sapato Prada .................................................................................................................77 Figura 142 Sandália Balenciaga.......................................................................................................77 Figura 143 Sandália Missoni ............................................................................................................77 Figura 144 Carteira Floral ................................................................................................................77 Figura 145 Rasteira Floral................................................................................................................77 Figura 146 Rasteira Balenciaga .......................................................................................................78 Figura 147 Bolsa Prada ...................................................................................................................78 Figura 148 Sandália Balenciaga.......................................................................................................78 Figura 149 Bolsa Missoni .................................................................................................................78 Figura 150 Bolsa Luiza Barcelos......................................................................................................78 Figura 151 Bolsa Prada ...................................................................................................................78 Figura 152 Bolsa Chloé....................................................................................................................79 Figura 153 Sapato Chloé .................................................................................................................79 Figura 154 Bolsa Chloé....................................................................................................................79 Figura 155 Bolsa Chloé....................................................................................................................79 Figura 156 Sandália Pierre Hardy ....................................................................................................79 Figura 157 Rasteira Pierre Hardy.....................................................................................................79 Figura 158 Bolsa Missoni .................................................................................................................80 Figura 159 Sapato Dolce Gabbana ..................................................................................................80 Figura 160 Sandália Balenciaga.......................................................................................................80 Figura 161 Rasteira Pierre Hardy.....................................................................................................80 Figura 162 Sandália Stella McCartney .............................................................................................80 Figura 163 Bolsa Gucci....................................................................................................................80 Figura 164 Sandália Pierre Hardy ....................................................................................................81 Figura 165 Bolsa Cristian Lacroix.....................................................................................................81 Figura 166 Sandália Arezzo .............................................................................................................81 Figura 167 Sandália Chanel.............................................................................................................81 Figura 168 Bolsa Chloé....................................................................................................................81 Figura 169 Sandália Chloé...............................................................................................................81 Figura 170 Sandália Rasteira...........................................................................................................83 Figura 171 Sandália Rasteira...........................................................................................................83 Figura 172 Bolsa..............................................................................................................................84 Figura 173 Bolsa..............................................................................................................................84 Figura 174 Bota ...............................................................................................................................84 Figura 175 Sandália.........................................................................................................................84 Figura 176 Chatons .........................................................................................................................85 Figura 177 Linhas ............................................................................................................................85
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Figura 178 Botôes ...........................................................................................................................85 Figura 179 Botão .............................................................................................................................85 Figura 180 Fivela .............................................................................................................................85 Figura 181 Corrente.........................................................................................................................85 Figura 182 Strass ............................................................................................................................86 Figura 183 Corda.............................................................................................................................86 Figura 184 Palmilha.........................................................................................................................86 Figura 185 Palmilha.........................................................................................................................86 Figura 186 Meia Pata.......................................................................................................................87 Figura 187 Meia Pata.......................................................................................................................87 Figura 188 Saltos.............................................................................................................................87 Figura 189 Saltos.............................................................................................................................87 Figura 190 Meia Pata.......................................................................................................................87 Figura 191 Meia Pata.......................................................................................................................87 Figura 192 Tela de metal .................................................................................................................88 Figura 193 Paetês ...........................................................................................................................88 Figura 194 Sintético.........................................................................................................................88 Figura 195 Sintético.........................................................................................................................88 Figura 196 Trama ............................................................................................................................89 Figura 197 Corino com lastex...........................................................................................................89 Figura 198 Couro Estampado ..........................................................................................................89 Figura 199 Couro Estampado ..........................................................................................................89 Figura 200 Sintético Trabalhado ......................................................................................................89 Figura 201 Sintético Bordado...........................................................................................................89 Figura 202 Material para solado.......................................................................................................90 Figura 203 Material para solado.......................................................................................................90 Figura 204 Bridão ............................................................................................................................90 Figura 205 Broche ...........................................................................................................................90 Figura 206 Metal para cabedal.........................................................................................................90 Figura 207 Metal para cabedal.........................................................................................................90 Figura 208 Metal para cabedal.........................................................................................................91 Figura 209 Metal para cabedal.........................................................................................................91 Figura 210 Trançado para cabedal...................................................................................................91 Figura 211 Trançado para cabedal...................................................................................................91 Figura 212 Trançado para cabedal...................................................................................................91 Figura 213 Corda.............................................................................................................................92 Figura 214 Corda.............................................................................................................................92 Figura 215 Taco colorido .................................................................................................................92 Figura 216 Taco preto......................................................................................................................92 Figura 217 Franziska Hübener .........................................................................................................93 Figura 218 Franziska Hübener .........................................................................................................94 Figura 219 Franziska Hübener .........................................................................................................94 Figura 220 Franziska Hübener .........................................................................................................94 Figura 221 Franziska Hübener .........................................................................................................94 Figura 222 Franziska Hübener .........................................................................................................95 Figura 223 Franziska Hübener .........................................................................................................95 Figura 224 Franziska Hübener .........................................................................................................95 Figura 225 Franziska Hübener .........................................................................................................95 Figura 226 Sarah Chofakian ............................................................................................................96 Figura 227 Sarah Chofakian ............................................................................................................97 Figura 228 Sarah Chofakian ............................................................................................................97 Figura 229 Sarah Chofakian ............................................................................................................97 Figura 230 Sarah Chofakian ............................................................................................................97 Figura 231 Loja de Sandra Fulkemann.............................................................................................98 Figura 232 Bolsa da marca Doll .......................................................................................................99 Figura 233 Bolsa da marca Doll .......................................................................................................99 Figura 234 Bolsa da marca Doll .....................................................................................................100 Figura 235 Bolsa da marca Doll .....................................................................................................100 Figura 236 Bolsa da marca Doll .....................................................................................................100 Figura 237 Bolsa da marca Doll .....................................................................................................100
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Figura 238 Adriana Piorski .............................................................................................................100 Figura 239 Bolsa da marca Piorski.................................................................................................101 Figura 240 Bolsa da marca Piorski.................................................................................................101 Figura 241 Bolsa da marca Piorski.................................................................................................101 Figura 242 Bolsa da marca Piorski.................................................................................................101 Figura 243 Bolsa da marca Piorski.................................................................................................102 Figura 244 Bolsa da marca Piorski.................................................................................................102 Figura 245 Painel Conceito............................................................................................................105 Figura 246 Painel Briefing Visual ...................................................................................................105 Figura 247 Cartela de Cores ..........................................................................................................108 Figura 248 Combinação de Cores..................................................................................................109 Figura 249 Cartela de Materiais .....................................................................................................110 Figura 250 Cartela de Aviamentos .................................................................................................111 Figura 251 Linha Tartaruga............................................................................................................113 Figura 252 Alternativa 1.................................................................................................................114 Figura 253 Alternativa 2.................................................................................................................115 Figura 254 Alternativa 3.................................................................................................................115 Figura 255 Alternativa 4.................................................................................................................116 Figura 256 Alternativa 5.................................................................................................................117 Figura 257 Linha Borboleta............................................................................................................118 Figura 258 Alternativa 6.................................................................................................................119 Figura 259 Alternativa 7.................................................................................................................119 Figura 260 Alternativa 8.................................................................................................................120 Figura 261 Alternativa 9.................................................................................................................121 Figura 262 Alternativa 10 ...............................................................................................................121 Figura 263 Linha Coruja.................................................................................................................122 Figura 264 Alternativa 11 ...............................................................................................................123 Figura 265 Alternativa 12 ...............................................................................................................124 Figura 266 Alternativa 13 ...............................................................................................................125 Figura 267 Alternativa 14 ...............................................................................................................125 Figura 268 Alternativa 15 ...............................................................................................................126 Figura 269 Linha Arara ..................................................................................................................127 Figura 270 Alternativa 16 ...............................................................................................................128 Figura 271 Alternativa 17 ...............................................................................................................129 Figura 272 Alternativa 18 ...............................................................................................................129 Figura 273 Alternativa 19 ...............................................................................................................130 Figura 274 Alternativa 20 ...............................................................................................................131 Figura 275 Alternativas ..................................................................................................................132 Figura 276 Alternativa 1 confeccionada..........................................................................................133 Figura 277 Alternativa 4 confeccionada..........................................................................................133 Figura 278 Alternativas ..................................................................................................................133 Figura 279 Alternativa 18 confeccionada........................................................................................134 Figura 280 Alternativa 20 confeccionada........................................................................................134 Figura 281 Modelagem ..................................................................................................................149 Figura 282 Corte do material..........................................................................................................149 Figura 283 Montagem....................................................................................................................149 Figura 284 Costura ........................................................................................................................150 Figura 285 Costura do cabedal ......................................................................................................150 Figura 286 Corte da peça ..............................................................................................................150 Figura 287 Chanfrado ....................................................................................................................150 Figura 288 Marcação dos pontos ...................................................................................................151 Figura 289 Virar a margem ............................................................................................................151 Figura 290 Costura ........................................................................................................................151 Figura 291 Facão...........................................................................................................................151 Figura 292 Lixadeira ......................................................................................................................152 Figura 293 Colocação da vira.........................................................................................................152 Figura 294 Facão...........................................................................................................................152 Figura 295 Lixadeira ......................................................................................................................152 Figura 296 Laterais........................................................................................................................153 Figura 297 Zíper ............................................................................................................................153
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Figura 298 União do forro à bolsa ..................................................................................................153 Figura 299 Lixadeira ......................................................................................................................153 Figura 300 Corte da peça ..............................................................................................................154 Figura 301 Virar a margem ............................................................................................................154 Figura 302 Colagem ......................................................................................................................155 Figura 303 Costura ........................................................................................................................155 Figura 304 Costura ........................................................................................................................155 Figura 305 Costura ........................................................................................................................155 Figura 306 Facão...........................................................................................................................156 Figura 307 Colagem ......................................................................................................................156 Figura 308 Lixadeira ......................................................................................................................156 Figura 309 Colocação da vira.........................................................................................................156 Figura 310 Facão...........................................................................................................................156 Figura 311 Lixadeira ......................................................................................................................156 Figura 312 Corte da peça ..............................................................................................................157 Figura 313 Colagem do tecido no couro (frente 1)..........................................................................157 Figura 314 Colagem do tecido no couro (frente 2)..........................................................................158 Figura 315 Alças............................................................................................................................158 Figura 316 Costura do zíper...........................................................................................................158 Figura 317 Arara pintada ...............................................................................................................159 Figura 318 Frente 1 .......................................................................................................................159 Figura 319 Frente 2 .......................................................................................................................159 Figura 320 Parte de trás ................................................................................................................159 Figura 321 Alternativa 1.................................................................................................................162 Figura 322 Alternativa 4.................................................................................................................162 Figura 323 Alternativa 20 ...............................................................................................................163 Figura 324 Alternativa 18 ...............................................................................................................163 Figura 325 Salto dois centímetros. .................................................................................................165 Figura 326 Marcação de pontos. ....................................................................................................165 Figura 327 Forma Kunz .................................................................................................................166 Figura 328 Nome da marca............................................................................................................169 Figura 329 Cartão de visita ............................................................................................................170 Figura 330 Papel Timbrado............................................................................................................170 Figura 331 Bloco de Notas.............................................................................................................171 Figura 332 Adesivo........................................................................................................................171 Figura 333 Sacola..........................................................................................................................172 Figura 334 Caixa de sapato ...........................................................................................................173 Figura 335 Tag ..............................................................................................................................174 Figura 336 Outdoor........................................................................................................................178 Figura 337 Site ..............................................................................................................................179
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LISTA DE GRÀFICOS Gráfico 1 Quantos anos você tem? ...........................................................................................50 Gráfico 3 Você procura obter produtos exclusivos na área de a cessórios? ..........................51 Gráfico 5 estilo de sandália rasteira que mais lhe agrada? .....................................................51 Gráfico 6 Sobre sandália rasteira, qual material você preferi a que fosse aplicado? ..............52 Gráfico 7 Qual estilo de bolsa que lhe agrada? ........................................................................52 Gráfico 8 Sobre bolsas, qualmaterial você preferia que fosse aplicado? ...............................52 Gráfico 9 Sobre a coloração dos acessórios, você prefere: ....................................................53
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SUMÁRIO 1 INTROCUÇÃO .............................................................................................................................. 15 2 PROGRAMA........................................... ...................................................................................... 17
2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................... 17 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ...................................................................................................... 17 2.3 PROBLEMA.......................................................................................................................... 17 2.4 METODOLOGIA.................................................................................................................... 18
2.4.1 Metodologia de Pesquisa .................................................................................................. 19 2.4.2 Metodo de Pesquisa Documental ...................................................................................... 20 2.4.3 Metodo de Pesquisa Bibliográfica...................................................................................... 20 2.4.4 Metodo de Pesquisa de Campo......................................................................................... 21 2.4.1.1 Método Quantitativo .................................................................................................... 21 2.4.1.2 Método Qualitativo....................................................................................................... 22 2.4.5 Metodologia do Projeto...................................................................................................... 22
2.5 TÉCNICAS E FERRAMENA PROJETUAIS........................................................................... 24 3 LEVANTAMENTO DE DADOS .............................. ....................................................................... 27
3.1 HISTÓRICO .......................................................................................................................... 27 3.2 TEMÁTICA ........................................................................................................................... 42
3.2.1 Fauna Brasileira................................................................................................................ 43 3.2.2 Frauna Brasileira em Extinção........................................................................................... 45
3.3 PÚBLICO ALVO.................................................................................................................... 47 3.3.1 Pesquisa de Campo - Questionário ................................................................................... 49 3.3.1 Análise da pesquisa de Campo ......................................................................................... 53
4 PRODUTOS EXCLUSIVOS .......................................................................................................... 55 4.1 A ANATOMIA DAS SANDÁLIAS E BOLSAS ........................................................................ 60
4.1.1 Sandálias.......................................................................................................................... 60 4.1.1 Bolsas............................................................................................................................... 65
4.2 ESTADO DO DESIGN........................................................................................................... 66 4.3 TENDENCIAS....................................................................................................................... 76 4.4 PESQUISA DE CAMPO - VISITA TÉCNICA A FIMEC........................................................... 82 4.5 CONCORRENTES................................................................................................................ 92 4.6 ANÁLISE DOS DADOS....................................................................................................... 102
4.6.1 Análise da ferramenta ..................................................................................................... 102 4.6.2 Conceito.......................................................................................................................... 104
5 DESENVOLVIMENTO DA COLEÇÃO ........................ ................................................................ 106 5.1 DEFINIÇÃO DAS ALTERNATIVAS .................................................................................... 106
5.1.1 Release .......................................................................................................................... 107 5.1.2 Cartela de Cores............................................................................................................. 108 5.1.3 Cartela de Materiais ........................................................................................................ 110 5.1.4 Cartela de Aviamentos .................................................................................................... 111
5.2 GERAÇÃO DAS ALTERNATIVAS ...................................................................................... 111 5.3 SELEÇÃO DAS ALTERNATIVAS E TÉCNICAS DE CRIATIVIDADE................................... 111
5.3.1 Linha Tartaruga............................................................................................................... 112 5.3.2 Linha Borboleta............................................................................................................... 117 5.3.3 Linha Coruja.................................................................................................................... 122 5.3.4 Linha Arara ..................................................................................................................... 126
6 EXECUÇÃO ............................................................................................................................... 132 6.1 ALTERNATIVAS ESCOLHIDAS E CONFECCIONADAS .................................................... 132 6.2 FUNÇAO TÉCNICA............................................................................................................. 134 6.3 FICHA TÉCNICA ................................................................................................................ 135 6.4 FUNÇÃO OPERACIONAL .................................................................................................. 148
7 ESPECIFICAÇÕES .................................................................................................................... 161 7.1 FUNÇÃO ESTÉTICA FORMAL .......................................................................................... 161 7.2 FUNÇAO DE USO .............................................................................................................. 163 7.3 FUNÇÃO ERGONÔMICA.................................................................................................... 164
8 COMPOSTO MERCADOLÓGICO ............................ .................................................................. 168 8.1 DESENVOLVIMENTO DA MARCA .................................................................................... 168
8.1.1 Nome.............................................................................................................................. 168
14
8.1.2 Aplicação Gráfica............................................................................................................ 169 8.1.2.1 Cartão de visita....................................................................................................... 169 8.1.2.2 Papel Timbrado ...................................................................................................... 170 8.1.2.3 Bloco de Notas ....................................................................................................... 171 8.1.2.4 Adesivo................................................................................................................... 171 8.1.2.5 Sacola .................................................................................................................... 172 8.1.2.6 Caixa de sapato...................................................................................................... 172
8.2 FUNÇÃO INFORMACIONAL .............................................................................................. 173 8.2.1 Tag ................................................................................................................................. 173 8.2.2 Etiqueta .......................................................................................................................... 174
8.3 FUNÇÃO DE MARKETING ................................................................................................ 174 8.3.1 Produto ........................................................................................................................... 175 8.3.2 Preço .............................................................................................................................. 176 8.3.3 Promoção/ Publicidade.................................................................................................... 176 8.3.3.1 Outdoor .................................................................................................................. 177 8.3.3.2 Catálogo................................................................................................................. 178 8.3.3.3 Site......................................................................................................................... 179 8.3.3.4 Coquetel de Lançamento........................................................................................ 179 8.3.4 Praça .............................................................................................................................. 180
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................... .................................................................................. 181 CONCLUSÃO.......................................... ............................................................................................ 182 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................... ........................................................................... 184 APENDICE - A....................................... .............................................................................................. 189 APENDICE - B....................................... .............................................................................................. 190
15
1. INTRODUÇÂO
Com a evolução da moda no decorrer dos séculos, os acessórios
conseguiram manter sua primazia, independentemente dos tipos, estilos,
sociedade e diferenças culturais. Estes itens, o calçado e a bolsa,
acompanharam a necessidade e/ou vaidade feminina.
Com o objetivo de fazer produtos exclusivos, pesquisou-se o mercado
atual e obteve-se informações na área de bolsas e calçados, porém, os dois
acessórios completamente individualizados.
As tendências também assinalam cada vez mais para produtos
exclusivos, aqueles com cara de “feito a mão”, que trazem características
únicas, expressando diretamente a personalidade de seus usuários.
Estar na moda não é somente seguir os padrões definidos por grandes
estilistas e sim ter seu diferencial, (personalidade), ter seu próprio estilo e não
copiar os outros. Moda é a segunda pele, não só de corpo, mas de espírito ao
ser alguém nesse mundo tão diversificado.
O mercado de calçados e acessórios atualmente está passando por uma
transformação, tendências apontam a evolução tecnológica, com novas formas
de comunicação e sensação por meio dos eletrônicos; e o Luxo Simples, com a
busca pelo conforto e a conscientização da preservação do planeta.
(PALOMINO, 2008)
Analisou-se então a necessidade de desenvolver uma coleção de bolsas
e sandálias rasteiras com conceito único, exclusivo, possibilitando assim que o
público alvo encontre o produto desejado no mercado.
Este dois acessórios são de completa importância para o público
feminino, tanto na sua funcionalidade quanto na estética que cada um trás ao
compor a indumentária.
Em um projeto de design de moda a utilização da temática para o
desenvolvimento de um produto ou coleção é muito importante, pois ajuda a ter
novas idéias, tanto nas formas quanto nas cores.
Em entrevista para a agência de notícias do Sebrae (2007), Kátia Pires,
gerente do instituto de Design do Senai/Cetiqt, afirma que:
O Brasil tem muitas referências naturais, geográficas e culturais que podem ser trabalhadas na moda. Todo mundo quer ter o seu estilo
16
próprio, ninguém quer ser igual a todo mundo. Quanto mais cultura, maior necessidade de personalização da moda.
Com base na pesquisa realizada para escolha do tema, observou-se que
o Brasil é o país de maior biodiversidade do planeta, por isso sugere-se a fauna
brasileira como temática para o presente projeto e esta foi escolhida por ser o
patrimônio natural do Brasil, bem de uso comum de todos os brasileiros e
garantia para as futuras gerações.
Através dos produtos desenvolvidos pelo projeto, quer-se atender as
preferências do público em questão tendo em vista esse grande nicho existente
no mercado, o de bolsas e calçados. O presente projeto identificou a
necessidade de desenvolver uma coleção que possua uma linguagem
inovadora, ou seja, produtos personalizados que reforcem a idéia do
individualismo, exclusivos.
17
2 PROGRAMA
O programa corresponde aos objetivos, metodologia e as ferramentas
usadas para a realização do presente projeto.
2.1 OBJETIVO GERAL
Desenvolver uma coleção de bolsas e sandálias rasteiras, para a
temporada de primavera / verão 2009, no segmento casual-chique, a ser usado
pelo público feminino, tendo como conceito a exclusividade.
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
• Identificar através de pesquisas o público que busca na compra de
produtos de moda, exclusividade;
• levantar informações sobre as necessidades do público através de
pesquisas de campo;
• utilizar materiais adequados para a confecção da coleção de bolsas e
sandálias rasteiras, que contenham glamour e sofisticação de acordo
com o público e segmento que se propõe;
• propor uma coleção que proporcione distinção (altivez) e fuja da
produção industrial, unindo sofisticação, exclusividade e funcionalidade.
• desenvolver peças exclusivas, únicas dentro da coleção de bolsas e
sandálias rasteiras.
2.3 PROBLEMA
De acordo com Gomes (2004), “o problema vem junto a todo o projeto
de produto, em tese, que deve-se basear em um ou mais problemas a ser
solucionados para um determinado grupo de pessoas que fazem parte de um
18
cenário conhecido.” Este problema gera uma proposta de desenvolvimento
para achar a solução.
No mercado de moda, muitas empresas trabalham com o
desenvolvimento de calçados e bolsas que tenham as mesmas características
como, objetivo principal.
Algumas marcas trabalham o conceito de exclusividade em evidencia,
como a marca de bolsas Doll e o estilista de calçados Fernando Pires, porém
esse mercado de acessórios exclusivo tem uma deficiência, pois há dificuldade
de encontrar registro de marcas no mercado que trabalhem bolsas e calçados
exclusivos juntos, em uma só coleção.
Tendo em vista isso, o problema de pesquisa é como reunir dois itens
importantes como bolsas e sandálias rasteiras em uma coleção que tenham
como principal conceito a exclusividade.
2.4 METODOLOGIA
O termo metodologia tem origem nos vocábulos gregos méthodos e
longos e se refere a uma área de teoria do conhecimento dedicada ao estudo e
desenvolvimento de métodos, técnicas e ferramentas (BOMFIM, 1995)
Para Andrade (1999, p.109), define metodologia como o “conjunto de
métodos ou caminhos que são percorridos na busca do conhecimento”. A
metodologia pode assumir características distintas, pode ser: metodologia
científica ou metodologia de pesquisa e ainda metodologia da pesquisa
científica, envolvendo os métodos de abordagem, de procedimento e as
técnicas.
Lima (2004 p.25) relata que “Uma vez delimitado o tema de investigação
dos problemas [...] será necessário definir as estratégias metodológicas que
viabilizarão o processo de coleta e de analise do material coletado”.
Ao desenvolver o processo de design de caráter aplicado serão
utilizadas metodologias de pesquisa e de projeto, as mesmas estão abordadas
na seqüência deste capítulo.
19
2.4.1 Metodologia de Pesquisa
Para realizar um projeto de forma sistemática e organizada, é necessário
definir as técnicas de pesquisa a serem utilizadas, já que para cada tipo de
pesquisa, se faz necessário a escolha de técnicas adequadas para o
levantamento de dados e obtenção de respostas corretas.
Segundo o site Ulbra (2004), a Metodologia da Pesquisa caracteriza-se
pela proposta de discutir e avaliar as características essenciais da ciência e de
outras formas de conhecimento; as abordagens metodológicas, enfocando o
planejamento, a apresentação de projetos e a execução dos mesmos, bem
como a elaboração de relatórios, defesas e divulgação dos trabalhos de
pesquisa embasados na ética profissional.
Podem-se caracterizar as pesquisas de acordo com: os objetivos;
procedimentos e as fontes de informação. Segundo essas categorias as
pesquisas podem ser:
QUANTO AOS OBJETIVOS QUANTO AOS PROCEDIMENTOS QUANT O ÀS FONTES DE
INFORMAÇÃO
Exploratória : consiste em levantamentos em
levantamentos bibliográficos.
Descritiva : consiste em levantamentos ou
observações sobre fatos, fenômenos ou problemas.
Explicativa: consiste na criação de uma teoria reveladora dos “porquês” de certos fatos, ou fenômenos, identificando os fatores que determinam a
ocorrência.
1. Experimento: consiste na reprodução controlada de um
fato, fenômeno ou problema da realidade, com o objetivo de descobrir os fatores que os
produzem ou que são, por eles produzidos.
2. Levantamento: consiste na busca direta de informações, com um
grupo de interesse, a respeito de dados que se deseja ou se
precisa obter. 3. Estudo de caso : consiste em
selecionar um objeto de pesquisa restrito para conhecer seus aspectos característicos ou
reconhecer um padrão científico já delineado em que o “caso”
possa ser enquadrado. 4. Bibliografia : utilização de
materiais escritos/gravados, mecânica ou eletronicamente.
5. Documentos: são fontes primárias que ainda não receberam
organização, tratamento analítico e publicação.
Campo : lugar natural onde acontecem os fatos e
fenômenos. A pesquisa de campo recolhe os dados in natura, tal como percebidos
pelo pesquisador, por observação direta,
levantamento ou estudo de caso.
Laboratório : espaço artificialmente construído
para a reprodução controlada dos fatos e dos fenômenos.
Bibliográfica: é, ao mesmo tempo, procedimento de
pesquisa e fonte de informação. È preciosa fonte
de informações pois os dados já estão organizados e analisados. A pesquisa com
base em uma revisão da bibliografia deve encabeçar qualquer processo de busca
científica que se inicie.
Tabela1: Tabela de pesquisa. Fonte: www.faculdadeintegrado.com.br.
20
Nos itens a seguir foram definidas e explicadas as modalidades de
investigação a serem trabalhadas no projeto.
2.4.2 Método de Pesquisa Documental
De acordo com Marconi e Lakatos (1996, p.51), “o desenvolvimento da
pesquisa documental segue os mesmos passos da pesquisa bibliográfica.
Apenas cabe considerar que, enquanto na pesquisa bibliográfica as fontes são
constituídas sobretudo por material impresso localizado em bibliotecas, na
pesquisa documental , as fontes são muito mais diversificadas e dispersas”.
A pesquisa documental pressupõe materiais que ainda não receberam
qualquer fundamentação ou interpretações novas. (LIMA, 2004)
Segundo Marconi e Lakatos (2001, p.43), esta é denominada “fonte
primária” de coleta de dados, já que estão restritas a documentos escritos ou
não, “provenientes dos próprios órgãos que realizam as observações.”
Fotografias e imprensa falada serão as fontes não escritas utilizadas
para o presente projeto.
2.4.3 Método de Pesquisa Bibliográfica
Segundo Marconi e Lakatos (1996, p.48), “a pesquisa bibliográfica é
desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de
livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido
algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas
exclusivamente a partir de fontes bibliográficas”.
Lima (2004, p.41) também afirma que:
Uma investigação onde houver a exploração dos recursos da pesquisa bibliográfica, o pesquisador não deveria restringir-la a um único autor, mas sim reunir um conjunto deles que possam servir de base para fundamentar uma discussão teórica.
21
Segundo Lima (2004), a etimologia grega da palavra “bibliografia” –
biblio que significa livro e grafia que significa escrita – sugere que se trata de
uma pesquisa realizada em textos impressos, podendo assim, serem
constituídos de livros, jornais, dicionários, enciclopédias, artigos publicados em
periódicos, resenhas, monografias entre outros.
Pesquisas serão realizadas em livros, revistas e até mesmo em sites,
todos relacionados com moda, calçados, acessórios, metodologias entre
outros. No contexto de pesquisa acadêmica, os textos teóricos irão assumir
uma importância relevante, favorecendo tanto o entendimento da escolha dos
temas trabalhados, quanto á criação dos produtos.
2.4.4 Método de Pesquisa de Campo
A pesquisa de campo pressupõe a apreensão dos fatos variáveis
investigativos, exatamente onde, quando e como ocorrem. Os projetos podem
ser atribuídos de dois tipos de recursos metodológicos, os quantitativos e
qualitativos, ambos objetivam coletar os materiais de forma sistematizada.
Estes devem ser registrados, selecionados e organizados sem qualquer tipo de
manipulação. (LIMA, 2004)
2.4.4.1 Método Quantitativo
Segundo Lima (2004, p.26)
[...] as técnicas de coleta de materiais tradicionalmente utilizadas na pesquisa de campo de caráter quantitativo envolvem a utilização da observação direta extensiva, realizada por meio da aplicação de questionários e/ou formulários.
Atualmente melhor método representado é o survey, e dependendo dos
objetivos que o pesquisador se compromete a alcançar, é a pesquisa que se
adequada melhor aos projetos, no caso dos questionários por exemplo.
De acordo com Lima, survey (2004, p.26), “é utilizada [...] quando a
investigação se compromete a identificar quais situações, eventos, atitudes ou
22
opiniões são manifestas em uma determinada população, ou descrever a
distribuição de algum fenômeno ocorrido com a população (senso) ou parte
dela (amostra)”, adapta-se ao projeto.
Por conseqüência, no projeto em questão serão aplicados questionários
com o objetivo de reconhecer o público alvo e então perceber suas
necessidades e preferências, para que seja desenvolvida uma coleção de
acordo com o desejo do público.
2.4.4.2 Método Qualitativo
Os aspectos da pesquisa qualitativa consistem na escolha correta de
métodos e teorias, nas reflexões dos pesquisadores a respeito de sua
pesquisa, no reconhecimento e na análise de diferentes perspectivas e na
variedade de abordagens e métodos. (FLICK, 2004)
As técnicas de coleta de materiais tradicionalmente usadas nas
pesquisas de campo de caráter qualitativa são: observação direta e intensiva,
que incluem observação sistemática, assistemática, participante, não-
participante, individual, em equipes, em laboratório, na realidade, e as
entrevistas estruturadas e não-estruturadas. (LIMA, 2004)
No presente projeto a técnica que foi utilizada é a observação não-
participante, onde o observador se resguarda dos observados analisando os
comportamentos pessoais em relação ao uso dos calçados e bolsas, assim
atendendo melhor as necessidades e preferências do público alvo em questão.
2.4.5 Metodologia de Projeto
O método é utilizado para explicar, de modo ordenado, determinado
problema e a solução proposta. Alguns dos métodos de projeto mais
conhecidos nas Ciências Sociais são apontados por estudiosos que
desenvolvem metodologias de projeto, dentre eles estão Munari (2002), Baxter
(1998), Pugh (2002), Bonsiepe (1984), entre outros. Os mesmos consistem no
detalhamento de todas as etapas de projeto, iniciando-se pela parte teórica
23
onde são coletados os dados necessários para a realização do projeto, a etapa
de desenvolvimento e a descoberta da solução ideal.
Para Munari (1998), o método de projeto é uma série de operações
necessárias, dispostas em ordem lógica, ditadas pela experiência.
A metodologia de projeto utilizada para a realização desde, foi elaborada
pela autora com base no método desenvolvido por Munari (1998), que
apresenta uma estrutura simples onde facilita o entendimento das atividades a
serem desenvolvidas e permite uma relativa visão geral do projeto.
O método de projeto elaborado pela autora consiste em seis divisões
principais, que se desdobram. O fluxograma do projeto é composto por etapas
fundamentais, que permite, conforme a necessidade, que haja a retroação
durante todo o processo de design, demonstrando que as etapas são
sustentadas umas as outras.
A seguir apresentam-se as etapas do Método elaborado especialmente
para o presente projeto, que por sua vez podem vir com mais itens
relacionados conforme a necessidade do projetista:
Figura1 : Metodologia do projeto
Fonte: Arquivo da autora
24
PROGRAMA: Etapa que consiste nas definições gerais sobre o projeto e se
delimita os objetivos, metodologia e as ferramentas.
LEVANTAMENTO DE DADO: Etapa onde é feito levantamento de dados
relevantes para melhor compreensão do projeto em questão.
DESENVOLVIMENTO COLEÇÃO Esta etapa consiste em desenvolver uma
coleção através das pesquisas feitas sobre tendências e preferências do
público alvo.
EXECUÇÃO: Execução é a etapa onde a coleção sairá do papel e será
confeccionada.
ESPECIFICAÇÕES Etapa que descreve quais foram os procedimentos
adequados ao processo operacional e produtivos.
MERCADO Função de informar, através do marketing, a existência de uma
marca, colocando-a no mercado.
2.5 TÉCNICAS E FERRAMENTAS PROJETUAIS
Neste projeto algumas técnicas e ferramentas serão utilizadas para
auxiliar na execução das etapas, a literatura especializada apresenta uma
vasta gama de técnicas e ferramentas para apoiar a geração de idéias, desde
métodos altamente estruturados, até outros totalmente desestruturados. As
técnicas e ferramentas que serão usadas do projeto serão apresentadas a
seguir.
• CRONOGRAMA:
O cronograma é uma ferramenta projetual utilizada no momento inicial,
onde auxilia na elaboração do projeto, para que o autor consiga cumprir as
atividades nas datas estabelecidas.
Segundo o site Uniube (2007), cronograma é “um gráfico que procura
demonstrar o início e o término das diversas fases de um processo
operacional, dentro das faixas de tempo previamente determinadas,
possibilitando acompanhar e controlar a execução planejada.”
25
As etapas foram divididas conforme as datas pré-estipuladas pela
universidade, tendo seu marco principal as pré-bancas e a banca final. O
cronograma encontra-se no apêndice A.
• PAINÉIS:
No presente projeto serão desenvolvidos painéis semânticos para o
auxilio na hora de criação da coleção, serão painéis de briefing visual, com o
tema em evidencia; painel de público alvo, ressaltando qual é o público a ser
atingido; painel de conceito, onde será apresentado o conceito de
exclusividade do produto; entre outros.
Painel semântico: Painel Semântico ou de Expressão do Produto, como
é denominado por Baxter (1998), representa a emoção que o produto transmite
ao primeiro olhar. Porém, o autor ressalta que este painel traz a essência do
estilo, não se referindo às características específicas do produto, mas ao seu
simbolismo. Existem tipos de painéis, o painel que traduz visualmente o
conceito da coleção é denominado, nos cursos de moda, como Briefing
Visual,entre outros estão os de público alvo, conceito da coleção, etc.
Por isso, para o aproveitamento efetivo do Painel Semântico como
ferramenta projetual, é necessário que o designer desenvolva a capacidade de
sintetizar o simbolismo do produto através de uma imagem e, ainda, de extrair
desta imagem, os elementos visuais que caracterizam a essência de estilo.
Portanto, na formação do Designer de Moda, os exercícios criativos devem
construir a competência não apenas para a construção dos painéis de síntese
visual, mas principalmente, para a aplicação concreta do conceito ali expresso.
• BRIEFING
No projeto em questão será utilizado o briefing visual e textual como
ferramentas, o visual em forma de painel semântico e o textual para analisar os
pontos fortes e fracos e então definir a marca e suas proporções, este depois
da pesquisa de concorrentes.
A seguir uma breve definição do que briefing.
Briefing Visual é um exemplo de aplicação de ferramenta, a qual pode-
se definir como uma imagem que exprime a linguagem estético-formal que os
26
produtos deverão atender. Para isso, os elementos visuais que o compõe
devem ser analisados, selecionados e inter-relacionadas, canalizando o
direcionamento semântico do conjunto de produtos. Deste modo, a capacidade
de estabelecer a essência de linguagem visual é imperativa para concretização
do projeto, considerando que elementos compositivos, como forma, cor e
textura deverão se articular de acordo com os códigos estéticos do público-
alvo, para formular uma mensagem visual adequada.
Briefing Textual é um método que ajuda a organizar corretamente o
projeto, esclarecendo as primeiras especificações do produto em questão. É o
direcionamento preciso para o trabalho ser realizado.
• M.E.S.C.R.A.I.
Para auxiliar na hora do desenvolvimento de coleção será utilizado o
mescrai como técnica de criatividade, onde a partir de um modelo podemos
criar outros.
Mescrai - Sigla para “modifique”, “elimine”, “substitua”, “combine”,
“rearranje”, “adapte”, “inverta”.
O “Mescrai” funciona como uma lista de verificação para estimular
possíveis modificações do produto. Quando se pensa em modificar um produto
é possível que ocorram apenas as idéias mais óbvias, esguecendo-se as
outras, por isso essa ferramenta será utizada na etapa depois da criação.
• BRAINSTORMING
O brastorming será utilizado no projeto para auxiliar na geração das
alternativas e na criação e definição do nome da marca, esse momento
acontecerá no inicio da etapa de composto mercadológico.
Brainstorming é o tipo de ferramenta que têm o propósito de provocar
sua mente e libertá-la dos bloqueios mentais que obstruem sua imaginação. A
mente age de forma livre e aleatória, procurando uma grande quantidade de
idéias, sem muita preocupação com a qualidade e relevância das mesmas. A
qualidade e relevância são examinadas posteriormente, na fase de triagem e
seleção.
27
3 LEVANTAMENTO DE DADOS
Neste capítulo será apresentado um breve histórico sobre os acessórios
em questão, sua evolução ao longo da história, o encontro dos dois acessórios
formando então um conjunto.
Apresentar-se-á também uma pesquisa acerca da fauna brasileira que é
a temática escolhida, além de informações sobre o mercado em questão
direcionando para o segmento de produtos exclusivos que estão além de
informações referentes a tendências, estado do design e vitrines internacionais.
3.1 HISTÓRICO
Como no presente projeto as sandálias rasteiras e as bolsas estão em
evidencia, a seguir, apresentar-se-á um breve histórico sobre as mesmas, e
algumas de suas características.
• CALÇADOS
Assim como na roupa, a moda em calçados também tem seus modelos
consagrados e que servem de base para novos volumes, design e
modelagens, atualizando o básico e em alguns casos transformando-se em
modelos arrojados.
Entre os principais tipos, o presente projeto coloca em destaque a
sandália rasteira. A seguir alguns dados históricos:
Segundo o site Moda.terra (2007), As sandálias são os sapatos mais
antigos e simples da história do vestuário. Pesquisadores acreditam que a
primeira sandália apareceu no Mediterrâneo por volta de 3.000 A.C.
De acordo como site Uol, (2006), As sandálias são as primeiras formas
de apresentação do calçado, tanto para os gregos como para os romanos.
Nesta época, os faraós usavam sandálias e o povo pés nus. Os materiais das
sandálias eram de folhas de papiro, apesar de nesta época já existirem as de
28
madeira e couro, trançadas com detalhes dos mais diversos, como fios de ouro
ou outros metais.
Figura 02: Sandália de Papiro
Fonte: www.neusamodas.com.br, 2008
O modelo pode ser definido como uma sola fixada aos pés através de
tiras, pulseiras, tornozeleiras, ou outro tipo de cabedal pequeno, que mantenha
a característica de deixar a maior parte do pé exposta. Podem ser encontrados
modelos nas mais diversas construções e alturas de saltos, desde os tipos
mais simples até os mais sofisticados. (SAPATOSONLINE, 2007)
Figura 03: Sandália de couro judia
Fonte: www.sapatosite.com.br, 2008
Desenvolvidos para proteger os pés em lugares de clima quente, nunca
saiu de moda.
Tanto homens como mulheres calçavam sandálias, na Grécia os
guerreiros se apresentavam com sandálias que eram amarradas nos
tornozelos. As sandálias neste momento não diferenciavam o pé direito do
esquerdo, eram iguais para os dois pés. A diferença entre sexos se dava pela
29
coloração, as sandálias reservadas ao sexo feminino se apresentavam mais
coloridas.
Segundo o site Mncalcado, (2008) As cortesãs usavam sandálias
folheadas a ouro, tendo as solas cravejadas de pregos dispostos de maneira a
deixarem uma egada com a palavra “siga-me”.
Figura 04: Réplica de sandália greco-romana sec. v ac
Fonte: www.mncalcado.com.br, 2008
Figura 05: Réplica de sandália greco-romana sec. v ac
Fonte: www.mncalcado.com.br, 2008
O gosto e o exercício do luxo foi bastante difundido na época dos
Bizantinos e em sentido mais amplo com o meio-oriente, onde a partir do
século IV a forma mais característica dos calçados eram as pantufas, um tipo
de calçado com bicos fechados e sem calcanhar. Geralmente estes calçados
eram feitos em sola de couro e a parte de cima com couros coloridos e com as
pontas bem pronunciadas e até recurvas.
Com o surgimento do salto alto, que possivelmente os primeiros foram
na China e depois chegaram a Turquia e Europa, a sandália rasteira feminina
perdeu um pouco o seu status, as mulheres passaram a usar sandálias para
elevar sua altura.
De acordo com o site S-shop (2007), “A numeração do sapato originou-
se na idade média na Inglaterra, quando o rei Eduardo (1272 – 1307)
Iuniformizou as medidas, decretando que uma polegada correspondia a três
grãos de cevada colocados um atrás do outro.”
30
Figura 06: Sandália sem numeração Fonte: www.sapatosite.com.br, 2008
No século XVI os sapatos passaram a apresentar bicos largos, também
chamados de bicos de pato, como para fazer eco ao novo estilo arquitetônico
com arcos achatados. (MNALCADO, 2008)
Figura 07 Sandália do séc. XVI:
Fonte: www.mncalcado.com.br, 2008
No século XIX, o tipo mais comum era a sapatilha, as vezes amarrada
ao tornozelo e no nível no século os sapatos voltaram a ter saltos alôs e a
ponta passa a ser arredondada, o conjunto de calçados e bolsa, foi usado.
Figura 08: conjunto de bolsa e sapato de 1890
Fonte: www.mncalcado.com.br, 2008
No século XX algumas décadas tiveram a presença da sandálias
rasteiras, nos anos 20, os sapatos da época se caracterizavam por linhas
geométricas, tiras, que se prendiam ao peito do pé, recortes, cortes q
31
aberturas, comungavam com saltos rasos, médios e altos, mas nunca finos.o
pisar com segurança e estabilidade fazia parte das conquistas da mulher após
a Primeira Guerra. (MNCALCADO, 2008)
Anos 30, nesta época usava-se muito o “conjunto” de bolsas e sandálias.
As sandálias são ainda mais rebordadas com vidrilhos, paetês e consideradas
por isso, “fetiches”.
Figura 09: Sandália de solado de madeira flexível através de dobradiças.
Ano de Produção: 1930 Fonte: www.mncalcado.com.br, 2008
Figura 10: Bolsa do ano de 1957
Fonte: www.mncalcado.com.br, 2008
Figura 11: Scarpim do ano de 1957 Fonte: www.mncalcado.com.br, 2008
Figura 12: Sandália de 1958
Fonte: www.mncalcado.com.br, 2008
Figura 13:Sandália de 1958 Fonte: www.mncalcado.com.br, 2008
32
Nos anos 70 as sapatos e as sandálias eram verdadeiros pedestais.
Havia de um lado os sintéticos, plásticos, vinil, verniz e todos os tipos de brilho.
Do outro os naturais,rústicos como camurça, juta,lona, cordas e cortiça.
Figura 14: Sandália de 1970
Fonte: www.mncalcado.com.br, 2008
Figura 15: Sandália de 1970 Fonte: www.mncalcado.com.br, 2008
Figura 16: Sapatilha de 1970 Fonte: www.mncalcado.com.br, 2008
Figura 17: Sapatilha de 1980 Fonte: www.mncalcado.com.br, 2008
Já nos anos 80 as sapatilhas eram muito usadas, esta década pode ser definida como a da adroginia e da ambivalência de comportamento. (MNCALCADO, 2008)
Figura 18: Sapatilha do ano de 1982 Fonte: www.mncalcado.com.br, 2008
Figura 19: Sapatilha do ano de 1982 Fonte: www.mncalcado.com.br, 2008
Em entrevista para Nelson Zimmer, coordenador do Grupo Sinos,
Cláudia Manhães fala da importância da sandália rasteira e como usá-la
corretamente. A seguir alguns pontos mais importantes da entrevista:
As rasteiras estão em alta, pelo “mix” de informações que elas carregam como cores, formas e até mesmo pedras, assim deixando-a mais sofisticada. Percebo que a busca pela qualidade e conforto, são fundamentais na escolha. Até porque, são peças muito usadas no dia a dia e que ganharam espaço de uns anos pra cá, por serem
33
produzidas com o requinte de uma sandália mais elaborada. (CLAUDIAMANHAES, 2006)
As sandálias rasteias estão cada vez mais ganhando os pés das
brasileiras por sua modelagem descontraída e confortável versos status e
beleza, elas caem bem para o dia-a-dia, embora o look fique despojado e
descontraído, há glamour e se encaixam em todos os tipos de evento, menos
os que exigem um traje social formal.
Há uma variedade delas, de todas as formas como em detalhes ton sur
ton, com ou sem brilho, de cor prata com aplicações de Strass ou cristais, cor
ouro com metais dourados ou pedras, há ainda as estampadas. Estão cada dia
mais sendo usadas em baladas, substituindo o salto alto.
(CLAUDIAMANHAES, 2006)
Alguns até podem achar que é uma peça de museu, mas a sandália
rasteira greco-romana ou gladiadora voltou à moda sim, as sandálias, cujas
tiras sobem pelo tornozelo, já embelezaram os pés femininos nos anos 20 e 80
quando a moda era salto baixo, sapatilha e sandália rasteira.
Figura 20: sandálias gladiador
Fonte: www.g1.globo.com
Segundo o site Veja.abril (2008), ficou para trás o tempo em que só de
salto alto uma mulher se sentia elegante. Hoje é possível ser chique usando
confortáveis sandálias rasteiras. Desde que viraram tendência, como
complemento ideal para o estilo étnico, elas são as campeãs da preferência
nas ruas.
34
De acordo com a produtora de moda Moraes (2008), entrevistada pela
revista Veja, "a sandália dá uma desconstruída na roupa e deixa um ar
despojado”.
A sandália rasteira moderna ganhou cara nova. Ela é feita de materiais
como couro, tecido ou plástico e pode ser encontrada em uma variedade
enorme de modelos, dos mais simples aos mais sofisticados. Diferente das
rasteiras de antigamente que eram feitas somente de couro, hoje estas estão
mais delicadas, coloridas, e produzidas com mais detalhes e borbados. E, para
encarar as altas temperaturas e ficar com o pé no conforto, nada melhor.
Voltam, agora, por influência das européias. O modelo fez história nos
pés de homens, tendo sido filmado em pés de grandes atores, nos filmes
épicos; mas é nos pés de mulheres que elas andam fazendo sucesso.
Figura 21: sandálias rasteira fonte:www.comunidademoda.com
Figura 22: sandália gladiador fonte: www.g1.globo.com
Atualmente rasteiras se fazem presente de várias coleções. Em
pesquisa à sites das principais marcas brasileiras, percebeu-se que desde o
ano de 2004, as rasteiras entraram com tudo nas coleções e não desaparecem
mais, inclusive nas coleções de inverno percebe-se a presença das mesmas
em forma de sapatilhas.
Em contato com a acessória da marca Luiza Barcelos obteve certeza
que as rasteiras estão com tudo e não irão desaparecer tão fácil, o design
gráfico da marca, Thiago Henrique, respondeu a um e-mail da autora do
projeto afirmando que a rasteira ou sapatilha faz parte desde o início da Luiza
Barcelos. Ela foi a grande responsável para o avanço a empresa, que é recente
e ainda pequena no mercado, existe somente há 20 anos. Logo no começo, as
sapatilhas fizeram muito sucesso, a empresa cresceu graças a elas.
35
Figura 23: sandálias rasteira da Luiza Barcelos fonte: www.claudiamanhaes.com.br
Pelos dados apresentados afirma-se que as rasteiras são produtos
viáveis e existe um grande público adepto a este estilo de sandálias.
• BOLSAS
Bolsa é um acessório de moda usado geralmente por mulheres.
A Bolsa Feminina deixou de ser apenas um artigo feito exclusivamente
para carregar objetos, para as mulheres, a bolsa representa status, filosofia de
vida e através de tendencias moda as bolsas ganharam um glamour especial.
A seguir, apresentar-se-á um breve histórico das bolsas, e algumas de
suas características ao longo da histótia.
A bolsa a Idade Média ao século XVII:
Conforme o site Artecleusa (2007), “a bolsa, que fez seu debut nas
passarelas fashion durante a Idade Média.”
Figura 24: Bolsa da idade média Fonte: www.neusamodas.com.br, 2008
36
Usadas tanto por homens quanto mulheres, assumiu diferentes nomes
durante todo seu período evolutivo: bolsa, saco, sacola, pochete, bolso, carteira
e retícula, entre outros.
Durante a Idade Média, as bolsas foram usadas para carregar uma série
de implementos indispensáveis aos hábitos da época.
Segundo o site Sinacouro (2007), “As bolsas masculinas, maiores que
as femininas eram geralmente feitas de couro, peles, tecidos ornados com
franjas, pingentes, bordados em fios de ouro, prata e pedrarias”.
As femininas tinham o objetivo de armazenar rendas e materiais de
costura. Certas bolsas especiais tinham o objetivo de carregar itens como
remédios, leques, tabaco, rapé, chaves, escovas de cabelo e algumas foram
especialmente desenhadas para armazenar relíquias e livros de
oração,conhecidas como bolsas relicários. A prática medieval de dar esmolas
deu origem a uma bolsa chamada Almoniere.
Figura 25: Bolsa Almoniere
Fonte: www.sinacouro.org.br • Séculos XVII a XIX : o desenvolvimento da moda
No século dezoito, os bolsos femininos adquiriram tal importância que
eram deixados em testamento para parentes e amigos. Porém estes bolsos
não eram desenhados para carregar dinheiro. Para tal fim foi criado um
receptáculo especial chamado pocketbook ou bolso de livro. Este era uma
bolsa retangular e chata, na forma de um envelope, para ser carregada na
mão. Usada por homens e mulheres, igualmente, era decorada com bordados
ou confeccionada em diferentes tipos de couro. Gradualmente numerosos itens
passaram a ser transportados nestas carteiras, junto com o dinheiro.
(ARTECLEUSA, 2007)
37
Figura 26: Bolsa século XVII Fonte: www.sinacouro.org.br
Figura 27: Bolsa século XVIII Fonte: www.sinacouro.org.br
Segundo o site Sinacouro (2007), “no começo do séc. XIX as bolsas foram
desenvolvidas em resposta as mudanças na indumentária feminina”.
Com a quantidade de objetos carregados pelas mulheres em seus bolsos, logo
tornou-se obvia a necessidade de aliviar o problema estético criados que
desfiguravam a silhueta feminina. Foi então que resolveram este problema
criando: a retícula.
As primeiras retículas foram confeccionadas para transportar objetos de
acordo com a classe social de cada mulher.
De acordo como site Sinacouro (2008), as primeiras retícules foram
confeccionadas com o mesma cor e tecido do vestido, como o veludo e a seda,
ornadas com alças de cordões ou correntes. Muitas destas bolsas foram feitas
em casa por jovens que tinham habilidades manuais.
Figura 28: Bolsa Retícula 1 Fonte: www.sinacouro.org.br, 2008
Figura 29: Bolsa Retícula 2 Fonte: www.sinacouro.org.br, 2008
38
Segundo o site Artecleusa (2007)
Um jornal de Londres comentando este novo acessório, em 1804, declarou: Enquanto os homens carregam suas mãos em seus grandes bolsos, as damas tem bolsos para carregar em suas mãos.
Em 1880, a princesa Alexandra, filha do Rei da Dinamarca, uma das
líderes de opinião da moda na época, tornou popular o uso das chatelaines. As
chatelaine (pequenas bolsas suspensas por correntes, colocada na cintura),
tiveram uma proposta funcional porque deixava as mãos das mulheres livre
para carregarem as saias, que eram volumosas na época. O balanço das
correntes chamava a atenção para a cintura estreita das mulheres.
A bolsa Chatelaine, tornou-se um acessório de ostentação entre as
mulheres do século XIX, principalmente durante o período em que a Reticule
tornou-se antiquada em 1840 e depois em 1870.
De acordo como site Sinacouro (2008), As primeiras bolsas para viagem
surgiram na primeira metade do século XIX. Estas eram miniaturas das malas
de viagem e vinham com fechadura, chave e compartimento para a passagem.
Figura 30: Bolsa para viagem Fonte: www.sinacouro.org.br, 2008
Figura 31: Bolsa Chatelaine Fonte: www.sinacouro.org.br, 2008
39
Figura 32: Bolsa chatelaine1 Fonte: www.sinacouro.org.br, 2008
Figura 33: Bolsa chatelaine 2 Fonte: www.sinacouro.org.br, 2008
No final do século dezenove, a industrialização permitiu o surgimento de
bolsas feitas das mais variadas peles de animais e répteis. Bezerro, foca, leão
marinho, lagarto, jacaré e crocodilo eram algumas das mais populares. Em
1880, o couro da moda era o de jacaré.
• Século XX : a consagração de uma idéia
Figura 34: Bolsas
Fonte: arquivo do autor
No século XX as pessoas se convencem de que a moda está ligada às
modificações que atingem a sociedade em vários aspectos.
No início do século vinte, com o desenvolvimento da industrialização, a
facilidade de locomoção mundial e, por conseguinte, do aumento das
exportações, uma grande quantidade de novas e atraentes bolsas passaram a
ser comercializadas por toda a parte. As bolsas tornaram-se um acessório
indispensável ao mundo fashion, com novos e diferentes modelos surgindo à
cada estação, especialmente desenhadas para ocasiões especiais e, mesmo,
para específicas horas do dia.
Por volta de 1900, as bolsas haviam se tornado tão indispensáveis às
mulheres quanto nos dias de hoje. De lá para cá, passaram a se tornar, cada
40
vez mais, um objeto de desejo da mulher. Sempre acompanhando as
evoluções da moda, grandes ou pequenas, práticas ou femininas, as bolsas
conquistaram seu lugar no mundo fashion de forma irrefutável e definitiva.
Figura 35: Bolsa de 1900 Fonte: www.sinacouro.org.br, 2008
Figura 36: Bolsa de 1910 Fonte: www.sinacouro.org.br, 2008
Segundo o site Sinacouro (2007), nos anos 20 A bolsa dominante, foi a
de estilo carteira. No começo dos anos 30, as bolsas mantiveram um tamanho
pequeno, mas no final da década, gradualmente foram ficando largas e mais
sofisticadas, fabricadas com diversos tipos de couro.
Figura 37: Carteira anos 20
Fonte: www.sinacouro.org.br, 2008 Figura 38: Bolsa anos 30
Fonte: www.sinacouro.org.br, 2008
Na década de 40 Havia um impulso generalizado de satisfazer os
desejos reprimidos durante a Segunda Guerra Mundial. Muitos materiais
sumiram do mercado e foi preciso usar de muita criatividade para substituí-los.
No final da década as bolsas estilos Box, tipo caixa, tornaram-se populares, e
na década de 50 elas foram revestidas com couro de animais exóticos. Nesta
mesma década as bolsas bracelete tornaram-se populares.
41
Figura 39: Bolsa e sandália dos anos 40
Fonte: www.sinacouro.org.br, 2008 Figura 40: Bolsa e sandália dos anos 50
Fonte: www.sinacouro.org.br, 2008
Nos anos 60, a juventude exige uma inovação no modo de se vestir,
desprezando a sociedade de consumo, adotando uma aparência mais simples
e despojada.
Nos primeiros anos da década de 60, as bolsas ainda eram em estilo carteira,
receberam todas as influências dos movimentos Op-Art e Pop-Art, utilizando
estampas geométricas, imagens ou formas de objetos de consumo do
cotidiano. O movimento Flower Power, promovido pelos hippies, revolucionou a
moda dos anos 60, influenciado os designer na criação das bolsas.
Figura 41: Bolsa dos anos 60,movimento Flower Power
Fonte: www.sinacouro.org.br, 2008
Figura 42: Bolsa dos anos 60, movimento Pop Art, Fonte: www.sinacouro.org.br, 2008
Nos anos 70, as roupas pediam um mínimo de acessórios, pois a moda
visava conforto e praticidade. A principal característica da década de 80 - os
anos decontrastes - é a de desenvolver o vanguardismo, os opostos começam
a conviver em harmonia como o caro x barato, masculino x feminino, simples x
42
exagerado. Não existe mais uma única verdade de moda e sim várias
realidades.
Figura 43: Bolsa dos anos 70 Fonte: www.sinacouro.org.br, 2008
Figura 44: Bolsa dos anos 80 Fonte: www.sinacouro.org.br, 2008
A moda dos anos 90 põe-se de acordo com o novo “grito de guerra” o
minimalismo. As bolsas com suas cores, inclusive as cítricas, vieram avivar as
coleções. Enquanto algumas radicalizavam com cores e estilos diferenciados,
outras eram simples mais clássicas, usadas para um visual contínuo.
As bolsas passaram a ter compartimentos mais funcionais como porta
celular, porta cartões, porta caneta e porta chaves. Nesta década os designers
reconheceram o poder que os acessórios, principalmente as bolsas mantinham
na concepção de um look. (SINACOURO,2007)
Resumi-se que a Bolsa é um acessório indispensável, torna a vida das
mulheres mais prática, afinal é o acessório mais usado pelo sexo feminino.
(SUCESSO, 2007)
3.2 TEMÁTICA
No desenvolvimento de um projeto de design de moda, a utilização da
temática para o desenvolvimento de um produto ou coleção é muito importante,
pois ajuda a ter novas idéias, definir padrões de formas e cores.
De acordo com Treptow (2007):
Uma marca de moda é mais ou menos como uma Escola de Samba: a cada coleção traz um novo samba enredo, uma nova história a contar, mas mantém as características que são atributo da marca, ou seja,o seu estilo.
43
Foi então realizada uma pesquisa para escolha do tema, onde observou-
se que o Brasil é o país de maior biodiversidade do planeta e tem muitas
referências naturais, geográficas e culturais que podem ser trabalhadas na
moda. Assim sugere-se a fauna brasileira como temática para o presente
projeto e esta foi escolhida por ser o patrimônio natural do Brasil, bem de uso
comum de todos os brasileiros e garantia para as futuras gerações. A seguir
será apresentado o tema do seguinte projeto, a fauna brasileira.
3.2.1 Fauna Brasileira
Segundo o site Brazilnature (2008), o Brasil é o país de maior
biodiversidade do planeta. Sua macrofauna é constituída de 525 espécies de
mamíferos, 1622 de pássaros, 468 de répteis e 517 espécies de anfíbios,
sendo que 788 espécies são endêmicas, só ocorrem no país. É o país com
maior número de espécies vegetais e de mamíferos e o segundo mais rico em
anfíbios. Essa diversidade é própria dos climas tropicais.
O homem não poderia sobreviver sem a biodiversidade. Os animais
alimentos, remédios e boa parte da matéria-prima industrial consumidos
diariamente, por exemplo, nos dão a carne, o couro e a insulina.
A seguir fotos de alguns amimais pertencentes à fauna brasileira.
Figura 45: Jaguatirica
Fonte: www.girafamania.com.br, 2008
44
A jaguatirica é um dos felinos mais populares na América do Sul. Tem
porte médio, medindo de 95 a 140 cm de comprimento incluindo a cauda e
pesando de 7 a 15 kg e tem pelagem espessa, de coloração amarelo-dourada
com rosetas escuras dispostas principalmente nas laterais do corpo.
(GIRAFAMANIA, 2008)
Figura 46: Veado
Fonte: www.brazilnature.com, 2008
Este veado é um mamífero extremamente ágeis, podendo correr a
70km/h e pular obstáculos sem diminuir a velocidade. Sua população está
bastante reduzida por causa da caça, da febre aftosa (transmitida pelo gado),
das queimadas e da perda do habitat natural, decorrente da ocupação
agropecuária do Cerrado e Pampas. Ironicamente, muitos fazendeiros culpam
o veado pela disseminação da febre aftosa e acabam abatendo o animal para
proteger o gado. (BRAZILNATURA, 2008)
Figura 47: Arara-piranga
Fonte: www.girafamania.com.br, 2008
45
As araras são animais em extinção, medem cerca de 90 centímetros
com peso de até 1,5 kg. Habita a copa de florestas altas, florestas de galerias e
campos com árvores isoladas. Ocorre na Amazônia brasileira e no leste do
Brasil (originalmente encontrada no Espírito Santo, Rio de Janeiro e interior do
Paraná). (GIRAFAMANIA, 2008)
Figura 48: Cobra coral
Fonte: www.girafamania.com.br/, 2008
A cobra coral é um réptil extremamente perigoso. Alimentam-se de
artrópodos, rãs, mamíferos recém-nascidos, lagartos e principalmente outras
serpentes. Quando irritadas escondem a cabeça entre os anéis do corpo e
levantam a cauda e ocorrem em Santa Catarina. (GIRAFAMANIA, 2008)
3.2.2 Fauna Brasileira em Extinção
Segundo o site Ibama (2008), a exploração desordenada do território
brasileiro é uma das principais causas de extinção de espécies. O
desmatamento e degradação dos ambientes naturais, o avanço da fronteira
agrícola, a caça de subsistência, a caça predatória, a venda de produtos e
animais procedentes da caça, apanha ou captura ilegais (tráfico) na natureza e
a introdução de espécies exóticas em território nacional são fatores que
participam de forma efetiva do processo de extinção. Este processo vem
crescendo nas últimas duas décadas à medida que a população cresce e os
índices de pobreza aumentam.
Uma forma de se perceber o efeito deletério da exploração desordenada
das aéreas nativas sobre a fauna residente é o acréscimo significativo do
número de espécies na lista oficial de fauna silvestre ameaçada de extinção.
46
A proteção e o manejo ordenado da fauna silvestre na busca de sua
conservação podem e devem ser feitos pelo governo e a sociedade de forma
integrada no sentido de defender o que é de todos: o patrimônio natural do
Brasil, bem de uso comum de todos os brasileiros e garantia para as futuras
gerações.
De acordo com o site Fiocruz (2008), se o homem não tomar uma
providência séria e rápida a respeito da preservação da natureza dentro de uns
15 anos mais ou menos, muitas espécies irão se extingui, e acarretará um
desequilíbrio ambiental. .
Segundo a Lei de Fauna, Lei 5.197/67 proporcionou medidas de
proteção e, com o advento da Constituição Brasileira de 1988, o protecionismo
à fauna ficou bastante fortalecido tendo em vista o teor do seu Art. 225, assim
descrito: "Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da Lei, as práticas que
coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção das espécies
ou submetam os animais a crueldade".
Existem cerca de 460 espécies de mamíferos brasileiros conhecidas até
hoje, destas, cerca de 130 vivem na Mata Atlântica. No entanto, 50 delas
existem somente ali. Ou seja, são endêmicas da Mata Atlântica. O Brasil é o
terceiro país do mundo mais rico em mamíferos, perdendo apenas para a
Indonésia e o México. Há cerca de 58 espécies de mamíferos brasileiros
ameaçadas e 14 delas estão na Mata Atlântica.
Por outro lado, existem no total 218 espécies em extinção, sendo 67
mamíferos, 109 aves, 01 réptil, 32 insetos e outros invertebrados. Lógico que
muitas delas encontram-se em extinção devido a processos naturais; outras, no
entanto, correm o risco de extinção pela acelerada ocupação e destruição da
nossas florestas. (FIOCRUZ, 2008)
O painel da temática encontra-se a seguir.
47
Figura 49: Painel Temática
Fonte: Arquivo do autor 3.3 PÚBLICO ALVO
A moda hoje em dia dividiu-se por grupos ou tribos, as preferências
pelos produtos tem influência por fatores que podem ser sociais, financeiros,
culturais, comportamentais entre outros, sendo que deste modo a opção de
escolha para cada público fica mais ampla.
O público alvo em questão são mulheres com opinião formada, de
classe social média e sem restrições de idade. Mulheres de bem com a vida,
elegantes, autênticas, transmitem alegria, alto astral, praticam esportes,
gostam de ler, são cultas, dão muito importância a família, curtem moda e são
consumidoras assumidas.
Muitas se preocupam com a aparência e gostam de chamar a atenção
através de produtos exclusivos que usam. São profissionais de diferentes
áreas, estudam, freqüentam diversos lugares como shoppings, bares, boates,
restaurantes, cinemas e até mesmo praia. Acompanham as tendências de
moda e assim desejam uma coleção inovadora e com conceito de
exclusividade.
48
O presente projeto busca conhecer o comportamento e preferências do
público, para assim desenvolver um produto adequado as preferências do
mesmo. Veja a seguir, imagens que denotam essas características.
Figura 50: consumidora exigente e assumida
Fonte: www.gettyimages.com.br Figura 51: elegante
Fonte: www.gettyimages.com.br
Figura 52: pratica esportes
Fonte: www.gettyimages.com.br Figura 53: felicidade
Fonte: www.gettyimages.com.br
Figura 54: cuidado com a aparência Fonte: www.gettyimages.com.br
Figura 55: vaidade Fonte: www.gettyimages.com.br
49
Figura 56: família
Fonte: www.gettyimages.com.br Figura 57: trabalha e/ ou estuda Fonte: www.gettyimages.com.br
Para resumir as idéias referentes ao público alvo o qual o projeto foi
direcionado, elaborou-se um painel semântico, conforme a figura 58,
representando o sexo feminino através das figuras que a autora definiu como
mais relevantes.
3.3.1 Pesquisa de Campo - Questionário
A pesquisa de Campo consiste da observação dos fatos tal como
ocorrem espontaneamente, na coleta de dados e no registro de variáveis
presumivelmente relevantes para posteriores análises. Não permite o
isolamento e o controle das variáveis supostamente relevantes, mas permite o
estabelecimento de relações constantes entre determinadas condições e
determinados eventos observandos e comprovados. (RUIZ, 1996, p.50)
Com o intuito de conhecer melhor o público alvo, foi feita uma pesquisa
de campo direcionada para o mesmo. Foram então aplicados questionários
com o objetivo de identificar suas preferências no que diz respeito às bolsas e
sandálias rasteiras, obtendo informações sobre o mercado.
Foram questionadas 50 mulheres de faixa etária entre 20 a 44 anos, a
maioria residente na cidade de Balneário Camboriú e outras ainda foram
entrevistadas através de uma ferramenta da internet, o Orkut, moradoras das
várias cidades do Brasil, no período de 10 a 20 de abril de 2008.
50
O questionário do presente projeto é composto por nove questões,
sendo quatro fechadas, três semi-abertas e duas abertas, com finalidade de
identificar as preferências do público sobre produtos exclusivos. O modelo do
questionário aplicado está no apêndice B. A seguir serão apresentados o
resultado da pesquisa e a análise das informações coletadas. O modelo do
questionário aplicado está no apêndice “B”.
A seguir serão apresentados o resultado da pesquisa e a análise das
informações coletadas.
No gráfico sobre a idade das entrevistadas ficou evidenciado que 60%
das entrevistadas tinham de 20 a 30 anos.
Entre 20 e 30 - 60%
Entre 30 e 40 - 30%
Mais de 40 - 10%
Gráfico 1: Quantos anos você tem?
Fonte: Arquivo do Autor
A pergunta que trata sobre os lugares que o público freqüenta, teve uma
grande diversidade de respostas entre elas estão os shoppings, local de
trabalho, faculdade, restaurantes, praias, entre outros. Mas nenhum desses
lugares se evidenciou com mais intensidade
Percebe-se no gráfico abaixo, referente a produtos exclusivos, que as
mulheres preferem adquirir produtos exclusivos.
51
Sempre - 50%
As vezes - 32%
Nunca - 18%
Gráfico 3: Você procura obter produtos exclusivos na área de a cessórios?
Fonte: Arquivo do Autor
A pergunta referente sobre a opinião do público em relação a uma
coleção de bolsas e sandálias rasteiras obteve como resposta que, a maioria
das mulheres definiu a coleção como interessante, inovadora, pois são adeptas
ao uso das sandálias rasteira, outras ainda gostam, porém não usam esse tipo
de sandália e há ainda as que não gostaram da idéia. Sobre bolsas todas
disseram que são apaixonadas pelo acessório.
No que diz respeito à preferência do estilo de sandália rasteira, nota-se
que a maioria gostaria de sandálias amarradas no tornozelo ou tipo gladiadora.
Gráfico 5: Qual o estilo de sandália rasteira que mais lhe agr ada?
Fonte: Arquivo do Autor
Quanto ao material, pode-se afirmar que a maioria das mulheres prefere
pedras, aviamentos e tecidos aplicados nas sandálias.
52
Pedras - 30%
Aviamentos - 30%
Tecido - 20%
Metais - 14%
Outros - 6%
Gráfico 6: Sobre sandália rasteira, qual material você preferi a que fosse aplicado?
Fonte: Arquivo do Autor
Sobre o estilo de bolsas, percebe-se que as mais requisitadas são
aquelas básicas, de ombro ou de mão
Gráfico 7: Qual o estilo de bolsas que lhe agrada?
Fonte: Arquivo do Autor
Dentro de uma variedade de materiais apresentados, o tecido e os
aviamentos são os que mais agradam o público feminino.
Tecido - 30%
Aviamentos - 30%
Pedras 20%
Outros - 20%
Gráfico 8: Sobre bolsas, qual material você preferia que fosse aplicado?
Fonte: Arquivo do Autor
53
Quanto às cores de preferência, pode-se afirmar que a maioria das
mulheres prefere às de uma cor só, lisas, coloridas e com estampas
Uma cor só 30%
Colorida - 24%
Estampa de bichos - 20%
Estampa floral - 20%
Listras - 6%
Abstratas - 6%
Gráfico 9: Sobre a coloração dos acessórios, você prefere:
Fonte: Arquivo do Autor
O Questionário encontra-se no apêndice B.
3.3.2 Análise da pesquisa campo - Questionário Como pode-se notar nos gráficos, as mulheres que responderam os
questionários tem idade média entre 20 e 30 anos e metade delas buscam
comprar produtos exclusivos na hora que vão adquirir algo. Gostaram da idéia
de unir modelos de bolsas com sandálias estilo rasteiras, preferem rasteiras
amarradas na perna, estilo gladiador ou de cabedal baixo, mais simples. A
maioria prefere pedras, aviamentos e metais aplicados nas sandálias e sobre
bolsas gostam dos modelos que se encaixam no ombro e o material mais
marcado foi o tecido. Quanto à coloração dos acessórios, a maioria prefere
uma cor só.
O painel foi concretizado após serem feitas pesquisas relativas com o
público. A seguir o painel semântico referente ao público-alvo.
54
Figura 58: Painel Público Alvo
Fonte: arquivo do autor
55
4 PRODUTOS EXCLUSIVOS
Produtos podem ser exclusivos através de várias formas. Existem
produtos considerados exclusivos pelo material diferenciado que foi usado na
confecção, este é o caso do tênis Veja conforme figura a seguir entre outros
exemplos.
Figura 59: Tênis Veja.
Fonte: www.estilo.uol.com.br, 2008
Segundo o site Uol (2008), Veja é considerado o jargão da moda,
adaptado a ações ecologicamente corretas começa a ganhar força no Brasil e
no mundo. O tênis Veja é criado sob três princípios: uso de material ecológico,
uso de látex e algodão orgânico. A matéria-prima para os calçados é toda
produzida no Ceará, à origem do produto é frisada em seu material de
divulgação, que define a região como "uma das áreas mais secas e pobres do
país". A Malharia Menegotti, localizada em Jaraguá do Sul (SC), é uma das
fornecedoras de algodão 100% orgânico.
Já as sacolas de supermercados retornáveis têm como objetivo principal
diminuir a poluição do meio ambiente seja como for, porque além de usar
materiais ecologicamente corretos, não se usaria mais sacolas plásticas que
poluem muito e ainda através de frases estampadas faz com que a população
pense um pouco mais.
Figura 60: Sacola retornável
Fonte: www.funverde.wordpress.com, 2007 Figura 61: Sacola retornável 1
Fonte: www.funverde.wordpress.com, 2007
56
Outro exemplo é o Capim Dourado, este é extraído diretamente da
natureza e depois de seco esta pronto para ser trabalhado, com ele são feito
vários tipos de acessórios, porém o grande desafio dos produtores é fazer
extração controlada da planta, que corre risco de desaparecer.
(NETMULTIBUSCA, 2007)
A seguir algumas imagens de acessórios feitos de capim dourado,
totalmente artesanal e exclusivo.
Figura 62: Bolsa de capim dourado
Fonte: www.netmultibusca.com.br, 2007 Figura 63: anel de capim dourado
Fonte: www.netmultibusca.com.br, 2007
A artista plástica Maria Eudóxia começou sua carreira como decoradora
e designer de objetos da Loja Mello Mellão, da qual foi proprietária durando 35
anos, em decorrência dessa experiência surgiu então a Maria Eudóxia Atelier.
Suas criações vão desde uma simples bolsa que se transforma em roupa e um
colar ao mesmo tempo, até cintos, carteiras e grandes esculturas de tramas
entrelaçadas.
Todas as criações são feitas artesanalmente, garantindo uma enorme
diversidade de modelos. O diferencial também é o uso de material orgânico e a
eliminação do metal, todos os encaixes de suas peças são feitos em tramas de
diversos materiais naturais. (MAISMODA, 2008).
A seguir imagens que correspondem ao trabalho da Maria Eudóxia
Atelier.
Figura 64: Bolsa de Maria Eudóxia Atelier
Fonte: www.maismoda.net, 2008 Figura 65: Bolsa de Maria Eudóxia Atelier
Fonte: www.maismoda.net, 2008
57
Alguns produtos também podem ser exclusivos pelo modo em que o
material é trabalho, no caso de Fernando Pires, por exemplo, os calçados são
feitos artesanalmente, sendo a peça única.
Fernando Pires, nascido em São Vicente – SP, formado pela faculdade
de arquitetura e Urbanismo de Santos em 1976, viu seu destino mudar em
1982 quando acompanhava um projeto de sede de fazenda no interior de São
Paulo, sua cliente percebeu seu interesse por moda e sugeriu a ele a criação
de sandálias para comercializar no litoral, hoje ele é um designer de calçados
muito prestigiado. (FERNANDOPIRES, 2008)
O estilista afirma para o site redebomdia (2007), que faz sapatos para
seduzir, para a mulher que se veste para matar, para conquistar. O segredo de
seus sapatos está na forma, como arquiteto diz ter descoberto a curvatura
exata que deixa a mulher alta, elegante e principalmente confortável.
Suas criações são fabricadas por uma equipe de 20 artesãos que atua
em uma fábrica em São Vicente. Eles fazem tudo à mão, totalmente artesanal,
não sabem o que é máquina, É tudo como antigamente, afirma o estilista.
(REDEBOMDIA, 2007)
Alguns modelos do estilista a seguir.
Figura 66: Sandália rasteira Fernando Pires Fonte: www.fernandopires.com.br, 2008
Figura 67: Sandália Fernando Pires Fonte: www.fernandopires.com.br, 2008
Outras estilistas prestigiadas no mercado de calçados exclusivos são:
Franziska Hübener e Sarah Chofakian.
A designer de calçados Franziska Hubener começou a própria grife
como pretextos para ficar no Brasil hoje os negócios cresceram, sua grife tem
uma produção de dois mil pares mensais e mais 700 bolsas que abastecem
lojas pelo País. Reconhecida pelo cuidado na escolha das matérias-primas,
Franziska ainda mantém o processo artesanal do início. Seus produtos são
todos feitos à mão. (APEXBRASIL, 2007)
58
Figura 68: Sandália da estilista Franziska Hübener Fonte: www.franziskahubener.com.br, 2008
Figura 69: Sandália da estilista Franziska Hübener
Fonte: www.franziskahubener.com.br, 2008
Figura 70: Bolsa da estilista Franziska Hübener Fonte: www.franziskahubener.com.br, 2008
Figura 71: Sapato da estilista Franziska Hübener
Fonte: www.franziskahubener.com.br, 2008
Sarah Chofakian começou com uma pequena loja que vendia
multimarcas modernas e Rapidamente, criou um foco, atraiu uma clientela
inesperada e introduziu o sapato como moda no país. Em 1997, inaugurou sua
loja na Al. Lorena com marca própria e produtos exclusivos.
Sarah, em parceria com uma empresa, produz em média 2.500 pares
por mês. O trabalho é artesanal e busca por matérias-primas nobres, foca em
detalhes raros, como a palmilha de pelica e o solado de couro natural, os
números são limitados e as modelagens autênticas, delicadas que resultam em
peças cheias de glamour. (GUIADASEMANA, 2008)
59
Figura 72: Sandália da estilista Sarah Chofakian Fonte: www.chofakian.com.br, 2008
Figura 73: Sandália da estilista Sarah Chofakian Fonte: www.chofakian.com.br, 2008
Figura 74: Bolsa da estilista Sarah Chofakian
Fonte: www.chofakian.com.br, 2008 Figura 75: Bolsa da estilista Sarah Chofakian
Fonte: www.chofakian.com.br, 2008
Estilistas de Bolsas também são prestigiadas no mercado de acessórios
exclusivos, através de materiais comuns transformam bolsas em objetos de
desejo, podemos citar: Adriana Piorski, estilista da marca Piorski e Sandra
Fukelmann, estilista da marca Doll.
Adriana Piorski, 23, hoje é Formada em Estilismo e Moda pela
Faculdade Católica do Ceará, é conhecida no mundo virtual desde 2005.
Utilizando ferramentas como o Mutiply e fotolog, a estilista divulgava seu
trabalho e sonha com o dia em que irá montar sua própria loja no mundo real.
Figura 76: Bolsa da marca Piorski
Fonte: www.piorski.multiply.com, 2008 Figura 77: Bolsa da marca Piorski
Fonte: www.piorski.multiply.com, 2008
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Sandra Fukelmann é a estilista da renomeada marca Doll. As bolsas são
coloridas, exuberantes, femininas e divertidas, a inusitada variedade de
modelos chama a atenção ao poder das usuárias. Artista plástica é conhecida
por unir cores, formas e texturas em criações únicas e exclusivas.
(UNIVERSODAMULHER, 2006)
Figura 78: Bolsa da marca Doll Fonte: www.universodamulher.com.br, 2006
Figura 79: Bolsa da marca Doll Fonte: www.universodamulher.com.br, 2006
Depois de feita a pesquisa decidiu-se que o modo em que os produtos
do presente projeto seriam trabalhados é a exclusividade por conta do único,
trabalhar artesanalmente com materiais já existentes no mercado porém de
uma forma diferenciada.
Para Ribeiro (2007, p.1) “considera-se artesanato todo trabalho manual,
onde mais de 80% da peça foi fruto da transformação da matéria-prima pelo
próprio artesão”. Assim, couro bovino, tecidos, enfeites de metais entre outros,
podem ser transformados em produtos artesanais pela forma que serão
trabalhados.
4.1 A ANATOMIA DAS SANDÁLIAS E BOLSAS
4.1.1 Sandálias
Qualquer calçado é constituído por duas partes distintas: Uma superior,
o cabedal e a outra inferior, o solado. Cada uma delas possui uma série de
61
componentes com características e funções específicas, podendo variar de
acordo com o modelo, os processos de fabricação e as exigências da moda.
• Componentes da construção superior do calçado
Cabedal: É a parte superior, tem a função de proteger seus pés e
garantir o conforto necessário. O cabedal pode ser dividido pela parte da
gáspea (parte frontal), lateral (lado do calçado) e traseiro (parte de trás),
também pode variar de formato e na combinação de materiais que o
constituem. Para fabricar um cabedal, pode-se utilizar materiais como: couro,
materiais sintéticos, entre outros.
Figura 80: Cabedal
Fonte: www.arezzo.com.br
Couraça: Colocada entre o forro e a gáspea, serve para dar forma ao
bico do calçado, mantendo esse formato durante o uso. Usado principalmente
em calçados que apresentam a parte da frente fechada.
Contraforte: É colocado entre o cabedal e o forro, na parte de trás do
calçado e tem a finalidade é dar forma ao traseiro do calçado e auxiliar na
fixação do pé ao caminhar
Forro: O forro é utilizado para proporcionar acabamento na parte interna
do calçado, reforço, absorção de umidade e conforto, entre outras finalidades.
A utilização do forro, no calçado, pode ser considerada um diferencial de
qualidade, pois agrega valor ao calçado e auxilia na venda. O forro pode cobrir
todo o cabedal ou somente a região da gáspea e do calcanhar, os materiais
que podem ser utilizados são: laminados sintéticos, couros, materiais têxteis
entre outros.
Avesso: Tem como finalidade proteger o calcanhar, evita o deslizamento
do mesmo durante o caminhar e o contato direto com o contraforte, e
62
geralmente constituído por materiais têxteis, laminado sintético, couro ou
outros.
Sistema de fechamento: É a estrutura fundamental para a firmeza dos
pés. Alguns materiais são utilizados para fazer o fechamento do calçado,
podemos citar algum como: cadarço, velcro, zíper, botão de pressão, fivela
entre outros.
Figura 81: Zíper Fonte: Arquivo pessoal
Figura 82: Ilhós Fonte: Arquivo pessoal
Enfeites: Para dar diferencial ao calçados, alguns enfeites de materiais
diversos são aplicados, os mais comuns são fivelas, ilhóses, rebites, entre
outros. (CIPATEX, 2007)
Figura 83: Bridão
Fonte: Arquivo pessoal
• Componentes para a construção inferior
Sola: é o principal componente na parte inferior, sua função é proteger a
parte de baixo do pé. Os materiais para a produção deste são de diversos tipos
e formas, proporcionando diferentes propriedades como leveza, durabilidade,
flexibilidade, aderência ao solo, tração, transpiração, aspectos e cores.Podem
ser fabricados de alguns tipos de materiais como PU, TPU, PVC, EVA, TR,
couro, borracha e couro reconstruído.
63
Figura 84: Sola de TR Fonte: Arquivo pessoal
Figura 85: Sola de TR Fonte: www.multisaltos.ind.br, 2008
Palmilha de montagem: É a grande responsável pela postura correta do
pé dentro do calçado, tem como finalidade estruturar a superfície inferior do
calçado, mantendo a sua forma. Palmilha é a base de montagem do cabedal,
sendo composta por diferentes partes, como planta, reforço, alma de aço e
rebites. Os materiais utilizados na produção da palmilha são diversos, como
celulose, não tecido ou couro, com diferentes formatos, conformações e
composição.
Figura 86: palmilha de montagem Fonte: www.sefax.com.br, 2008
Figura 87: palmilha de montagem Fonte: www.sefax.com.br, 2008
Salto: É o componente responsável para dar suporte e altura ao calçado,
fixado na sola. Os saltos são fabricados em diversas formas, alturas e materiais
como madeira, poliestireno, ABS e combinações.
64
Figura 88: Salto
Fonte: www.multisaltos.ind.br, 2008 Figura 89: Cepas
Fonte: www.multisaltos.ind.br, 2008
Tacão: Tem como finalidade proteger o salto do desgaste sofrido pelo
atrito com o solo e absorve o impacto no caminhar, já que é fixado sobre ele.
Pode ser produzido por materiais que apresentam ótima resistência ao
desgaste, como TPU, PVC ou borracha para tamanhos maiores.
Figura 90: Tacão
Fonte: www.multisaltos.ind.br, 2008 Figura 91: Tacão
Fonte: Arquivo pessoal
Entressola: Geralmente usados em modelos de calçados como tênis, é
colocado entre o cabedal e a sola, garante a dispersão de impactos e o
controle de movimentos. Normalmente se assemelha a uma espuma macia, a
maior parte das entressolas é feita com poliuretano (PU) ou EVA.
Vira: Produzida com os mesmos materiais da sola é o componente sobre
a sola, podendo ser colocado ou costurado. Sua função é estética
proporcionando um melhor acabamento. A vira é fornecida em diversas formas,
aspectos e cores. Sua largura, espessura e desenho variam conforme o
modelo do calçado.
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Palmilha interna: É fabricada com materiais como couro, laminado
sintético e os materiais têxteis. A palmilha interna é o componente disposto
sobre alguns tipos de palmilha de montagem, que tem a finalidade de
proporcionar um melhor acabamento e conforto, através de combinações com
espumas e outros materiais de amortecimento. (CIPATEX, 2007)
Figura 92: palmilha interna
Fonte: www.fisiostore.com.br, 2008
4.1.2 Bolsas
Qualquer bolsa é constituída por partes distintas, possuindo uma série
de componentes com características e funções específicas, podendo variar de
acordo com o modelo.
Sistema de Fechamento: Toda bolsa para garantir a segurança dos
objetos transportados deve possuir um sistema de fechamento, seja ele qual
for. Podemos citar alguns como zíperes, botões de pressão, botões de imã
magnético entre outros.
Enfeites: Algumas bolsas possuem enfeites, dependendo de como
aplicados, são peças insubstituíveis para que a bolsa ficar original e exclusiva.
Figura 93: Chaton
Fonte: Arquivo pessoal Figura 94: Fita
Fonte: Arquivo pessoal
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Revestimento interno (forro): A maioria das bolsas possui um
revestimento interno, este é totalmente estético, porém de grande importância
para dar acabamento na peça, geralmente o forro é feito de tecido. A bolsa
pode possuir partes funcionais, como bolsos, porta celular, entre outros.
Algumas ainda têm divisões para melhor acomodamento dos objetos que as
mesmas carregam.
Revestimento externo: Todas as bolsas são feitas a partir do
revestimento externo, ele é a peça principal para a confecção de uma bolsa.
Pode ser feitos de vários materiais como tecidos, couros, sintéticos, entre
outros.
Figura 95: Alça e a Parte externa de uma bolsa
Fonte: Arquivo pessoal
Alça: É o componente da bolsa que permite a sustentação da mesma,
pode ser apoiada no ombro ou segurada na mão. Alça pode ser feita do
mesmo material da bolsa, ou então de outro material como madeira, metal
entre outros.
4.2 ESTADO DO DESIGN
O mercado de Moda é um dos mais ricos e influentes nos dias de hoje.
Segundo o site fasm (2006), no Brasil e no mundo bilhões de dólares são
movimentados nos desfiles, nas exposições, nas lojas, nas fábricas, no cinema,
na televisão, na música entre outros.
67
Segundo Freitas (2006), o Brasil é o maior produtor de calçados do
ocidente e esta passando por uma ampla reformulação interna industrial, sendo
base. Consome mais de 550 milhões de pares /ano e as industrias brasileiras
ainda procuram ser competitivas também na parte de exportação.
O mercado brasileiro é completamente atendido pelas industriais locais.
O Rio Grande do Sul conquistou o primeiro lugar no mercado produtivo de
calçados, principalmente o feminino. O vale dos Sinos é o maior pólo do Brasil,
com cerva de 1,7 mil empresas e o forte do setor é a produção de alçados
femininos exportados para os Estados Unidos e o reino Unido. (FATOR
BRASIL, 2006)
Os profissionais brasileiros, estão cada vez mais sendo aclamados por
sua atuação no universo fashion, e este destaque se dá pelas empresas que
investem na criação e no desenvolvimento nacional ao invés de simplesmente
copiar o que é moda Europa. Hoje em dia eventos realizados no país atraem
profissionais da área e jornalistas de todo o mundo, essa mudança de papel
deve-se principalmente a uma profissionalização do setor na qual o ensino
superior tem uma participação bastante significativa.
A indústria calçadista passou de apenas necessária e útil, para uma
necessidade mundial. É parte principal do vestuário e um dos ramos que mais
vem crescendo nos últimos anos no mercado mundial.
Nesta pesquisa de estado de design, através do mercado calçadista
nacional e internacional busca-se conhecer o que já existe, em relação aos
modelos, formas, e materiais que neles foram utilizados. Esta é realizada de
sites de marcas que se evidenciaram no mercado nacional e sites de grandes
estilistas internacionais.
• Pesquisa de vitrina nacional
Na pesquisa de observação não participante, onde o observador se
resguarda dos observados, serão analisados produtos que se encontram no
mercado atual e também os comportamentos pessoais em relação ao uso da
bolsa e sandália rasteira. O uso da observação ocorre, neste caso,
mediamente a necessidade de posteriormente desenhar uma coleção.
68
Na pesquisa de vitrina nacional, realizada através dos sites das marcas
analisadas, observaram-se características de sapatos e bolsas em geral,
encontradas para venda em lojas próprias ou multimarcas da região.
Observaram-se principalmente as cores, estilos e materiais aplicados, e ainda
nas sandálias rasteiras, seus tipos de cabedais.
Uma das marcas observadas foi a renomeada Arezzo, a seguir alguns
modelos que foram encontrados no site da marca.
Figura 96: Calçado Arezzo Fonte: www.arezzo.com.br, 2008
Figura 97: Calçado Arezzo Fonte: www.arezzo.com.br, 2008
Nos dois modelos da marca Arezzo, observa-se as cores neutras,
rasteiras de modelo que são presas no dedão do pé, porém a figura X com
cabedal tipo gladiador e a outra de cabedal mais comum, visto bastante em
vitrines.
Figura 98: Calçado Arezzo
Fonte: www.arezzo.com.br, 2008 Figura 99: Calçado Arezzo
Fonte: www.arezzo.com.br, 2008
Nas sandálias acima, podemos observar que os cabedais tem conceito
diferentes das anteriores apresentadas, estas não são presas no dedo como na
maioria das vezes e possuem cores neutras.
69
Figura 100: Bolsa Arezzo Fonte: www.arezzo.com.br, 2008
Figura 101: Bolsa Arezzo Fonte: www.arezzo.com.br, 2008
As bolsas da marca Arezzo em geral foram feitas de material com cor
lisa e com poucos materiais agregados.
Figura 102: Bolsa Arezzo Fonte: www.arezzo.com.br, 2008
Figura 103: Bolsa Arezzo Fonte: www.arezzo.com.br, 2008
A marca Arezzo também investiu em carteiras de mão, como as vistas
nas figuras acima. Cores básicas com combinações de bom gosto que se
tornam adequadas.
Outra marca que também foi observada é a Dumond, muito reconhecida
no Brasil.
Figura 104: Rasteira Dumond
Fonte: www.dumond.com.br, 2008 Figura 105: Rasteira Dumond
Fonte: www.dumond.com.br, 2008
Como podemos observas nos modelas acima, os metais ganham
espaço nos calçados em geral.
70
Figura 106: Bolsa Dumond Fonte: www.dumond.com.br, 2008
Figura 107: Bolsa Dumond Fonte: www.dumond.com.br, 2008
As bolsas da marca Dumond variam de tamanho, na coleção encontra-
se desde carteiras até bolsas de tamanhos maiores, observa-se brilho e bolsas
mais lisas, sem muitos trabalhados.
A marca Para Raio encontra-se dentro da pesquisa feita para o estado
do design, porém só trabalha com calçados.
Figura 108: Sandália Para Raio Fonte: www.pararaio.com, 2008
Figura 109: Rasteira Para Raio Fonte: www.pararaio.com, 2008
As linhas de rasteiras da marca Para Raio agregam valor através dos
materiais que foram utilizados, couro nas solas e nos cabedais, que também
possuem muitas pedras.
A última marca analisada no mercado brasileiro foi a Carmem Steffens,
que trabalha com calçados e bolsas, vende para todo o Brasil e exterior.
Apresenta uma coleção de design arrojado, mix de texturas, cores
diferenciadas e suaves.
Figura 110: Rasteira Carmen Steffens
Fonte: www.carmensteffens.com.br, 2008 Figura 111: Bolsa Carmen Steffens
Fonte: www.carmensteffens.com.br, 2008
71
Observa-se nos produtos acima que a marca Carmen Steffens trabalhou
com a valorização do material agregado a peça, através de apliques e metais.
Figura 112: Bolsa e sapato Carmen Steffens
Fonte: www.carmensteffens.com.br, 2008 Figura 113: Bolsa Carmen Steffens
Fonte: www.carmensteffens.com.br, 2008
A marca ainda mostra em sua coleção a presença na mistura do couro
em cor lisa com a estampa de bichos.
Por último analisou-se a marca Luiza Barcelos, que vem com uma
coleção com cores vibrantes sem muitos enfeites.
Figura 114: Rasteira Luiza Barcelos Fonte: www.luizabarcelos.com.br, 2008
Figura 115: Rasteira Luiza Barcelos Fonte: www.luizabarcelos.com.br, 2008
Figura 116: Rasteira Luiza Barcelos Fonte: www.luizabarcelos.com.br, 2008
Figura 117: Rasteira Luiza Barcelos Fonte: www.luizabarcelos.com.br, 2008
A coleção de rasteiras da marca segue as cores primarias e
secundárias, o verniz se fez presente nas peças e alguns detalhes de metais
para quebrar um pouco.
72
Figura 118: Carteira Luiza Barcelos Fonte: www.luizabarcelos.com.br, 2008
Figura 119: Bolsa Luiza Barcelos Fonte: www.luizabarcelos.com.br, 2008
Foram observadas as principais marcas de bolsas e calçados existentes
no mercado atual nacional, pois estas evidenciam claramente tendências
internacionais. As Bolsas seguiram duas linhas, uma com misturas de cores,
usando o mesmo material, como podemos ver na figura 118, e a outra segundo
mais a linha das rasteiras, cores vibrantes e alguma aplicação de metal na
peça, como podemos ver na figura 119.
Depois de feita a pesquisa de vitrines nacionais observa-se que o
mercado de calçados e bolsas está amplo. Há sandálias para todos os tipos de
gostos. Elas variam os modelos através dos cabedais, alguns com tiras mais
largas que cobrem o peito do pé e outras ainda com cabedais mais abertos
como os das sandálias Peep Toe, famosas rasteiras de dedo. Encontra-se
também materiais de vários tipos enfeitando os cabedais como pedras, tecidos
e metais que na maioria agregou valor a peça, os mesmos variam de tamanhos
e cores como prata e o dourado.
As bolsas grandes ainda seguem como tendência, porém as carteiras
estão entrando com tudo no mercado. O material utilizado para confeccioná-
las na maioria das vezes é de uma cor só e com enfeites de metais, apliques,
linhas entre outros.
• Pesquisa de vitrina internacional
Na pesquisa de vitrina nacional, obtiveram-se informações das coleções
de bolsas e sandálias de grandes estilistas através de sites da internet e
também revistas especializadas que trabalham com a publicação de
tendências. A seguir encontram-se fotos de calçados e bolsas.
73
Figura 120: Bolsas da marca Chloé Fonte: www.chloe.com, 2008
Figura 121: Bolsas da marca Chloé Fonte: www.chloe.com, 2008
Como podemos analisar a marca trabalhou com conceitos
completamente diferentes, bolsas com formatos tradicionais tornaram-se
exclusivas através da mistura de materiais e enfeites.
Figura 122: Bolsas da marca Chloé
Fonte: www.chloe.com, 2008 Figura 123: Rasteira da marca Chloé
Fonte: www.chloe.com, 2008
A marca Chloé trabalhou em suas bolsas formas diferenciadas nos
materiais utilizados, fazendo com que o produto seja identificado de longe
como sendo da marca. A rasteira também da marca foi trabalhada de forma
simples, apostando na diferença do cabedal.
Figura 124: Sandálias Calvin Klein Fonte: www.calvinklein.com, 2008
Figura 125: Bolsa e Rasteira Calvin Klein Fonte: www.calvinklein.com, 2008
Como podermos ver na figura 124, a marca Calvin Klein trabalhou o
mesmo cabedal em sandálias rasteiras e de salto alto, já na figura 125 mostra
74
o tradicional conjunto formado por bolsas e sapatos, porém dessa vez é a
sandália rasteira quem ocupa os pés da modelo.
Figura 126: Rasteiras Bruno Frisoni Fonte: www.brunofrisoni.com, 2008
Figura 127: Bolsa Bruno Frisoni Fonte: www.brunofrisoni.com, 2008
Figura 128: Rasteiras Bruno Frisoni Fonte: www.brunofrisoni.com, 2008
Figura 129: Rasteiras Bruno Frisoni Fonte: www.brunofrisoni.com, 2008
A marca Bruno Frisoni, trabalhou em sua coleção de rasteiras apenas
cabedais de couro, sem nenhum bordado ou metal e apostou completamente
no design diferenciado. Já a bolsa manteve um formado simples e foi
trabalhada com tecidos para dar o diferencial do produto.
Figura 130: Bolsa Dolce & Gabbana
Fonte: www.dolcegabbana.it Figura 131: Bolsa Dolce & Gabbana
Fonte: www.dolcegabbana.it
As bolsas Dolce & Gabbana, trabalha muitas cores, misturas de matérias
como tecidos e couros, e as formas, tornando o produto atraente e de desejo
entre as mulheres.
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Figura 132: Sandália Balenciaga
Fonte: www.balenciaga.com Figura 133: Sandália Balenciaga
Fonte: www.balenciaga.com
As sandálias da marca Balenciada chamam a atenção através das
misturas decores em seus cabedais transados, tanto quanto nas estampas
abstratas usadas, há também diferença entre os saltos, uma mais fina e de
metal e o outro mais grosso forrado com o mesmo tecido abstrato de toda a
sandália.
Figura 134: Bolsa e Sandália Rasteira Gucci
Fonte: www.gucci.com, 2008 Figura 135: Bolsas Gucci
Fonte: www.gucci.com, 2008
A Gucci tem desde linhas mais simples como a “donna”, mostrada na
figura 133, onde aparece um conjunto de uma bolsa e sandália rasteira com
formatos e cores básicas. A linha “joy” mostrada na figura 134, é mais
elaborada, trabalha com aplicações de enfeites feitos de couro e metais.
Figura 136: Sandália Chistian Lacroix Fonte: www.christian-lacroix.fr, 2008
Figura 137: Bolsa Chistian Lacroix Fonte: www.christian-lacroix.fr, 2008
76
A marca Chistian Lacroix, como podemos observar, trabalhou sandálias
delicadas com aplicação de pedras de strass e bolsas com chatons grandes,
coloridos e de formatos diferentes.
A pesquisa realizada sobre o mercado internacional mostra que o
mesmo apostou para o design diferenciado através de formas e combinações
de cores, tudo sem exageros e de forma criativa. Notam-se sandálias com
cabedais composto de por inúmeras tiras e rasteiras com tiras mais básicas e
grossas. As sandálias também aparecem com muitas cores e estampas,
algumas com enfeites como metais, pedras, flores, todos de tamanhos
variados.
4.3 TENDÊNCIAS
O presente capítulo apresenta as tendências de bolsas e sandálias
rasteiras para o verão 2009, observaram-se, formas, estilos, cores e materiais.
A pesquisa foi realizada através de acessos em sites de estilistas
internacionais e revistas específicas de tendências como a Use Fashion.
As tendências em geral seguem estilos, apresentam-se alguns
acessórios mais elaborados, outros nem tanto, muitos foram trabalhos com
estampas diversas no couro, desde abstratos até florais e outros ainda, a
mistura de cores apresentada de forma divertida. Há produtos com variadas
dobraduras, recortes, enfeites e formatos. A seguir algumas imagens que
representam os mesmos.
Acessórios elaborados a partir da mistura de materiais e tramas,
chamam atenção no mercado. Há influencia dos anos 50, anos 70 e as linhas
das sandálias sofrem influencias também do Art Nouveau, usando
sobreposições de cores e materiais de superfícies distintas como artifício.
(USEFASHION, 2008)
Ao analisar algumas marca, foi possível perceber que a Balenciaga,
Missoni e Prada, trabalharam muito bem com esse estilo de tendência.
77
Figura 138: Sandália Balenciaga Fonte: www.balenciaga.com, 2008
Figura 139: Sandália Missoni Fonte: www.missoni.com, 2008
Figura 140: Sapato Prada
Fonte: www.usefashion.com.br, 2008 Figura 141: Sapato Prada
Fonte: www.comunidademoda.com, 2008 O romantismo ficou presente nos acessórios florais. A melhor definição
para a inovação de estampas florais e cores, é o jardim, todos os materiais
usados obtiveram bons resultados.
Figura 142: Sapato Balenciaga
Fonte: www.balenciaga.com, 2008 Figura 143: Sandália Missoni
Fonte: Use Fashion, 2008, N° 48, p.52
Figura 144: carteira floral LV Fonte: www.comunidademoda.com, 2008
Figura 145: rasteira floral LV Fonte: www.comunidademoda.com, 2008
78
As estampas, os efeitos manchados, aparecem sobrepostos em
materiais lisos, enfatizando a passagem entre tonalidade de uma mesma cor
ou mesmo entre cores diferentes. O transformar bolsas em verdadeiras
pinturas também é a intenção. As marcas balenciaga, Prada e Missoni, dentro
das coleção, trabalharam de formas diferenciadas a estampa no couro.
Figura 146: Rasteira Balenciaga Fonte: www.balenciaga.com, 2008
Figura 147: Bolsa Prada Fonte: www.prada.com, 2008
Figura 148: sandália Balenciaga
Fonte: www.balenciaga.com, 2008 Figura 149: Bolsa Missoni
Fonte: www.missoni.com, 2008
O diferencial destes produtos está na forma em que as cores foram
trabalhadas, elas definem apropriação poética e contagiante da geometria. Em
áreas diferentes, foram combinadas conforme preferência, sem medo de
contrastes fortes. (USEFASHION, 2008)
Algumas marcas internacionais como Prada e Chloé e a marca brasileira
Luiza Barcelos, usaram o conceito de retalhos em suas coleções.
Figura 150: Bolsa Luiza Barcelos
Fonte: www.luizabarcelos.com.br, 2008 Figura 151: Bolsa Prada
Fonte: www.prada.com, 2008
79
Figura 152: Bolsas da marca Chloé Fonte: www.chloe.com, 2008
Figura 153: Sapato da marca Chloé Fonte: www.chloe.com, 2008
Foi também aplicada uma técnica no couro para que o produto tivesse
um diferencial, esta manipulação do material vem de origem do tradicional
origami japonê, criando formas inusitadas no jogo do de dobrar e cortes. As
peças possuem assimetria como um dos bons resultados e há também efeitos
delicados nas sandálias, como as tiras que atravessam passantes por um lado
e reaparecem invertidas do outro.
Figura 154: Bolsas Chloé
Fonte: www.chloe.com, 2008 Figura 155: Bolsas Chloé
Fonte: www.chloe.com, 2008
Figura 156: Sandália Pierre Hardy
Fonte: Use Fashion, 2008, N° 48, p.57 Figura 157: Rasteira Pierre Hardy
Fonte: Use Fashion, 2008, N° 48, p.49
Na área de recortes, um dos que dominam a tendência é patchwork dos
anos 70, tanto de forma irregular lembrando mosaicos, quanto ordenados por
construções geométricas, bem próximas de relevos arquitetônicos. Entra ainda
um pouco de flores e insetos estilizados, característica do Art Nouveau.
80
Figura 158: Bolsas Missoni Fonte: www.missoni.com, 2008
Figura 159: Dolce & Gabbana Fonte: www.usefashion.com.br, 2008
Os Femininos versos masculinos ainda vêm aparecendo em algumas
coleções. Cores e formas básicas são características para estes calçados.
Figura 160: Sandália Balenciaga
Fonte: www.balenciaga.com, 2008 Figura 161: Rasteira Pierre Hardy
Fonte: www.pierrehardy.com, 2008
Como jóias negras ou confeitos coloridos, os enfeites de resina e acrílico
estão definitivamente no todo. Os metais foram deixados um pouco de lado e
deram espaço a grandes peças com aparências significativas, volumosas e na
maioria das vezes feitas de acrílico, ainda aparecem. Muitas flores grandes de
frufru, elástico de tamanhos e formatos variados. E Além de chatons de
tamanhos às vezes exagerados, pedrarias e miçangas coloridas aparecem
aplicadas em sapatos e bolsas.
Figura 162: Sandália Stella McCartney Fonte: www.usefashion.com.br, 2008
Figura 163: Bolsa Gucci Fonte: Use Fashion, 2008, N° 48, p.60
81
Figura 164: Sandália Pierre Hardy Fonte: Use Fashion, 2008, N° 48, p.45
Figura 165: Bolsa Chistian Lacroix Fonte: www.christian-lacroix.fr, 2008
Figura 166: Sandália Arezzo
Fonte: www.arezzo.com.br, 2008 Figura 167: sandália Chanel
Fonte: www.chanel.com, 2008 Os materiais lisos, mais tradicionais, fáceis de combinar com qualquer
coura também se fazem presente dentro das tendências. Simplificados por tiras
fartas e bolsas limpas, dispensam maiores adornos. Aparentemente são rígidos
e pesados, porém esses acessórios dão completo equilíbrio aos looks leves e
estampados. Marcas optaram por cabedais menos elaborados, mais fechados
com e com aberturas no calcanhar e dedos.
Figura 168: Bolsa Chloé
Fonte: www.chloe.com, 2008 Figura 169: Sandálias Chloé Fonte: www.chloe.com, 2008
82
Como já dito, a pesquisa de tendências foi feita a partir de sites de
grandes marcas e revistas de moda, onde se observaram que algumas
características estão mais evidenciadas e para compreender melhor estes
dados, foi possível levantar alguns tópicos importantes:
Bolsas: Quadrados e retângulos dominam os formatos, ladeados por
trapézios, estruturas ou moldes simples. As alças variam de larguras e
comprimento, largas e finas, curtas e compridas, e até mesmo as sem alças
como carteiras. Elas foram investidas de maneira criativa e inteligente, há uma
tendência por explorar novas ligações e por distanciar o seu aspecto do resto
das bolsas, apostando no contraste total entre as partes.
Sandálias: produto ícone do verão é valorizado na forma, na estrutura e
no material. Os cabedais variam entre tiras finas e delicadas nos modelos
mais clássicos e outros robustos que cobrem boa parte do pé. O modelo que
avança pela perna define bem a diversidade de opções para sandálias da
estação e se impõe como grande novidade.
Os saltos estão sobre o controle de formas geométricas e do rigor do
design, são altos, baixos, grossos ou finos, os mesmos também sofrem
influência do movimento Art Nouveau. Podem ser vistos de metal, acrílico,
forrados e enfeitados com pedrarias. Os calçados aparecem com materiais
diferentes, em cores e estampas, com aplicações de enfeites como chatons de
acrílico, pedras de strass, flores e componentes metálicos.
4.4 PESQUISA DE CAMPO – Visita técnica à Fimec
A pesquisa de campo foi em forma de visita técnica, realizada com o
intuito de aprofundar o conhecimento do que há no mercado nos dias atuais,
em relação a máquinas e materiais utilizados para a confecção de calçados, foi
realizada uma visita. Esta aconteceu durante os dias 08 a 11 de abril de 2008,
em visita técnica a FIMEC - Feira Internacional de Couros, Químicos,
Componentes e Acessórios, Equipamentos e Máquinas para Calçados e
Curtumes. A feira é um dos eventos mais importantes do setor no mundo e
Realiza-se em Novo Hamburgo, no estado do Rio Grande do Sul / Brasil, local
geográfica e estrategicamente privilegiado: Localizado no centro do Mercosul,
83
com ampla área de exposição, o evento garante a vinda de importadores e
profissionais latino-americanos, bem como compradores de todo o mundo.
(FIMEC, 2008)
Na feira foram observados vários tipos de máquinas, algumas de
costura, estamparia em couro, bordados entre outras que auxiliam na produção
das peças. Na parte de materiais, viram-se diversos tipo de couros, materiais
sintéticos, laminados e tecidos, tanto para cabedais quando para solados e
outros fatores em geral. Algumas fábricas já estão bastante preocupadas com
a sustentabilidade, tornando o produto ecologicamente correto.
Observaram-se também diversos enfeites para o calçado, dos mais
variados como chatons lisos e estampados, fivelas, bridões entre outros
metais, as linhas metalizadas tanto nos bordado quando para nas costuras.
Foram vistos materiais que já são cabedais prontos, cadarços, cordas, meias-
patas de acrílico com salto de metal trabalhado, saltos diversos, alguns
forrados e outros pintados.
Com a pesquisa obteve-se informações sobre:
Acessórios:
Falando em acessórios, observou-se que em alguns estandes já
havia produtos prontos baseados em tendências de mercado como as
sandálias rasteiras de estilo gladiador, mostrando o material que os mesmos
confeccionam. Este foi observado tanto no produto como bolsa quando em
sapatos.
Figura 170: sandália rasteira
Fonte: arquivo pessoal Figura 171: sandália rasteira
Fonte: arquivo pessoal
Rasteiras de estilo gladiador foram observadas em vários estandes.
84
Figura 172: Bolsa
Fonte: arquivo pessoal Figura 173: Bolsa
Fonte: arquivo pessoal
Muitas bolsas, de várias cores, materiais e tamanho, os processos
variam desde os mais artesanais até os que envolvem maior tecnologia.
Figura 174: Bota
Fonte: arquivo pessoal Figura 175: sandália
Fonte: arquivo pessoal
Apresentaram-se bordados nos cabedais de botas e algumas sandálias
com cabedais que já podem ser encontrados prontos para a venda.
Aviamentos:
Os aviamentos fizeram-se presente em vários ambientes da feira,
apareceram de vários tipos, estilos, cores e tamanhos, muitos foram
trabalhados de maneira em que a estética ficou mais em evidencia do que a
própria funcionalidade.
Foram observados bastantes estandes de aviamentos, tanto aqueles
específicos para calçados quanto outros diversos, percebe-se que a tecnologia
está tomando conta, muitos materiais de alta qualidade e bom gosto.
85
Figura 176: Chatons
Fonte: arquivo pessoal Figura 177: linhas
Fonte: arquivo pessoal
Chatons de todas as cores e tamanhos se fizeram presente, assim como
as linhas metálicas.
Figura 178: Botões
Fonte: arquivo pessoal Figura 179: Botões
Fonte: arquivo pessoal
Botões com várias estampas, texturas e tamanhos foram vistos e
chamaram a atenção, porém o botão feio em material espelhado destacou-se.
Figura 180: Fivela de metal e plástico
Fonte: arquivo pessoal Figura 181: Corrente de plástico
Fonte: arquivo pessoal
O plástico foi visto em várias peças por tornar o material diferenciado,
com ótima coloração e acabamento.
86
Figura 182: Strass
Fonte: arquivo pessoal Figura 183: Corda
Fonte: arquivo pessoal
A faixa de strass estampada mostrou a alta tecnologia que esta sendo
aplicada nas peças e a trança mostra que o aspecto de artesanato é muito
válido, pois faz com que o produto que será confeccionado com ela fique com
aparência de exclusivo.
Saltos e solados:
Os saltos e solados apresentaram muitas diferenças, na feira pode se
encontrar desde os mais simples até os mais sofisticados com algum valor
agregado.
Figura184: Palmilhas
Fonte: arquivo pessoal Figura 185: Palminhas Fonte: arquivo pessoal
Observou-se palmilhas de várias qualidades, algumas feitas de materiais
mais simples e outras que se percebe visivelmente que foi trabalhada com
tecnologia e sofisticação. Palminhas injetáveis com estampas se destacaram
pela inovação do produto assim o tornando um diferencial.
87
Figura 186: Meia Pata Fonte: arquivo pessoal
Figura 187: Meia Para Fonte: arquivo pessoal
Figura 188: Meia Pata Fonte: arquivo pessoal
Figura 189: Meia Pata Fonte: arquivo pessoal
Percebeu-se que há qualidade nas meias-patas de madeiras com saltos
de metal trabalhados e ainda com aplicação de pedras ou estampas. Estes
agregaram um valor na peça tornando-a desejada.
Figura 190: Saltos
Fonte: arquivo pessoal Figura 191: Meia Pata Fonte: arquivo pessoal
Os materiais utilizados para confeccionar saltos e meias-patas
apresentaram-se bastante diversos. Observaram-se saltos pintados, forrados,
de matéria entre outros.
88
Materiais:
Os materiais vistos na feira foram diversos, desde os para montagem de
cabedais até os que eram especificamente para forração de soltos e meias-
patas. Observou-se couros com elastano, com tramas, estampas diversas
inclusive as localizadas.
Figura 192: tela de metal Fonte: arquivo pessoal
Figura193: paetês Fonte: arquivo pessoal
O brilho se fez presente nas malhas de metal e nos tecidos bordados
com paetês.
Figura194: sintético
Fonte: arquivo pessoal Figura195: sintético
Fonte: arquivo pessoal
Os materiais sintéticos lisos, usados para forração de palmilhas, forros
de cabedais e até mesmo pros próprios cabedais. Observou-se desde os mais
lisos até os que apresentavam texturas ou estampas.
89
Figura196: Trama
Fonte: arquivo pessoal Figura197: Corino com elastico
Fonte: arquivo pessoal
A trama feita com couro e o mesmo trabalhado com elastano são peças
que contêm grande valor agregado.
Figura 198: couro estampado
Fonte: arquivo pessoal Figura 199: couro estampado
Fonte: arquivo pessoal
Observou-se também muito material sintético ou até mesmo couro com
estampas, inclusive a localizada, que é novidade no mercado.
Figura 200: sintético trabalhado
Fonte: arquivo pessoal Figura 201: sintético com aplicações
Fonte: arquivo pessoal
Alguns apresentavam texturas marcadas ou feitas ainda com outro
material.
90
Figura 202: material para solado Fonte: arquivo pessoal
Figura 203: material para solado Fonte: arquivo pessoal
Materiais para forrar solas e meias-patas com alta qualidade.
Metais para cabedais:
Materiais para cabedais com muita aplicação em pedras de variadas
cores, estampas e lapidação.
Figura 204: bridão
Fonte: arquivo pessoal Figura 205: broche
Fonte: arquivo pessoal
Bridões de metal trabalhados com texturas ou ainda com aplicação de
pedras para dar um ar de sofisticação na peças.
Figura 206: Metal para cabedal
Fonte: arquivo pessoal Figura 207: Metal para cabedal
Fonte: arquivo pessoal
91
Figura 208: Metal para cabedal Fonte: arquivo pessoal
Figura 209: Metal para cabedal Fonte: arquivo pessoal
Bridões com aplicação de pedras estampadas que é novidade no
mercado, ou ainda o metal cravejado de strass. Estes dão valor à peça e a
tornam desejada.
Materiais somente para cabedais:
Materiais específicos para cabedais facilitam a montagem do sapato,
assim tornando-os peças de alta procura pelo mercado calçadista.
Figura 210: trançado para cebedal
Fonte: arquivo pessoal Figura 211: Trançado para cabedal
Fonte: arquivo pessoal
Figura 212: Trançado para cabedal
Fonte: arquivo pessoal
92
Materiais feitos com fios de palha misturados com fitas de cetim e outros
feitos de material sintético tingido.
Figura 213: corda Fonte: arquivo pessoal
Figura 214: corda Fonte: arquivo pessoal
Taco:
Foram analisados tacos de várias cores e formas, porém segundo os
próprios fabricantes os mais vendidos sempre são os de cores neutras.
Figura 215: Taco colorido Fonte: arquivo pessoal
Figura 216: Taco preto Fonte: arquivo pessoal
4.5 CONCORRENTES
Depois de feita a pesquisa do que estava acontecendo de exclusivo na
moda hoje em dia, obtiveram-se informações sobre algumas estilistas que
estavam trabalhando o conceito de exclusividade em seus produtos, foi então
que identificamos como concorrentes quatro delas.
O mercado de calçados nacional está muito bem representado por
grandes estilistas, várias pessoas já se renderam ao encanto delas: Claudia
Narciso (Arezzo), Constança Basto, Francesca Giobbi, Franziska Hübener,
Paula Ferber, Sandra Silveira, Sarah Chofakian e as irmãs Vi e Bi Leardi. Elas
93
também são responsáveis por colocar o design brasileiro de sapatos no circuito
internacional.
Entre todas, duas estilistas foram identificadas como concorrentes
diretas para o presente projeto por produzirem produtos exclusivos, porém não
confeccionam somente sandálias rasteiras, são elas: Franziska Hübener e
Sarah Chofakian. A seguir um breve histórico sobre elas.
Franziska Hübener:
Figura 217: Franziska Hübener
Fonte: www.franziskahubener.com.br, 2008
Nascida na Alemanha se mudou para o Brasil quando tinha apenas oito
anos, depois foi estudar o colegial em Oxfor, aos 19 anos, em Hamburgo, na
Alemanha, Franziska teve o impulso para se lançar no mercado de moda e
assim tendo um bom pretexto para voltar ao Brasil.
Há 20 anos, sua primeira coleção de bolsas e cintos foi, inicialmente,
comercializada com exclusividade na Daslu, que na época era bem mais
intimista que o atual império. Logo com a intenção era suprir um nicho do
mercado, ampliou suas coleções para o desenvolvimento de sapatos. Em abril
de 1982, os acessórios assinados por Franziska Hübener, ganharam um amplo
local com a inauguração, no shopping Iguatemi, da primeira loja da designer.
(FRANZISKAHÜBENER, 2008)
Apaixonada por bolsas e sapatos Franziska é auto-didata, ela se
recusou deixar o Brasil para um curso de design no exterior e sente falta de
saber desenhar, então costuma criar sobre formas pré-prontas. A grife da
estilista tem uma produção de dois mil pares mensais e mais 700 bolsas que
abastecem lojas pelo país e mais pontos de venda no Japão, Alemanha,
94
França, Grécia, Emirados Árabes, entre outros cantos do mundo.
(APEXBRASIL, 2007)
Segundo do site chic (2007), Franziska define seu estilo como "clássico
transado", para mulheres inteligentes e que dêem valor ao design.
A utilização de materiais nobres e exclusivos como pele de peixe, peito
de peru, canela de avestruz, pé de chester – itens devidamente legalizados
pelo Ibama – e a constante valorização no emprego na matéria-prima nacional
como a palha são algumas das opções das mais diversificadas linhas da grife
como a casual, festa e infantil. A característica essencial da grife Franziska
Hubener continua sendo a mesma que sinalizou o seu surgimento, a de criar
peças em pequena escala prezando a qualidade manual e a sofisticação.
(FRANZISKAHÜBENER, 2008)
Participante da Associação Brasileira dos Estilistas (Abest), Franziska
também conta com o apoio da Apex-Brasil, agência federal de exportações e
do Ministério do Turismo. (APEXBRASIL, 2007)
A seguir imagens de alguns calçados confeccionados pela estilista em
questão relativos à coleção de inverno 2008:
Figura 218: Franziska Hübener
Fonte: www.franziskahubener.com.br, 2008 Figura 219: Franziska Hübener
Fonte: www.franziskahubener.com.br, 2008
Figura 220: Franziska Hübener
Fonte: www.franziskahubener.com.br, 2008 Figura 221: Franziska Hübener
Fonte: www.franziskahubener.com.br, 2008
95
Observa-se que os cabedais e saltos são bastante elaborados, com
mistura de materiais, há também aplicação de bordado e muita mistura de
cores. O ponto positivo da estilista é que ela exagera sem medo do resultado.
Bolsas também são confeccionadas por Franziska Hübener e a seguir
apresenta-se imagens referentes a algumas que fazem parte a coleção de
inverno 2008:
Figura 222: Franziska Hübener
Fonte: www.franziskahubener.com.br, 2008 Figura 223: Franziska Hübener
Fonte: www.franziskahubener.com.br, 2008
Figura 224: Franziska Hübener
Fonte: www.franziskahubener.com.br, 2008 Figura 225: Franziska Hübener
Fonte: www.franziskahubener.com.br, 2008
As bolsas não mais básicas se comparadas com os sapados, sem muita
mistura de material, essa característica é um ponto positivo se pensado que
muitas mulheres não gostam me chamar a atenção através da roupa ou
acessórios que usam.
96
Sarah Chofakian:
Figura 226: Sarah Chofakian
Fonte: www.veja.abril.com.br , 2008
De acordo com o site Sarahchofakian (2008), a estilista começou como
empresária, com a loja Kian, multimarca de sapatos modernos e diferenciados.
Durante uma viagem à Europa, ela percebeu a vocação para a moda e
em 1997 e com o sucesso da loja, conquistado com muita determinação e bom
gosto, fez com que optasse por desenhar produtos exclusivos, então ela abriu
sua loja própria, na Alameda Lorena, 1616. Hoje sarah alem de mantêm o
primeiro ponto, esta presente nos shoppings Iguatemi, Pátio Higienópolis e
Leblon, no Rio de Janeiro. A frente da criação de luxo, sarah desenvolve cerca
de 200 novos modelos de sapatos ao ano, em duas coleções.
A limitação no número de pares é proposital, para que as clientes fiéis –
empresárias, artistas e mulheres que se identificam como perfil da marca –
possam desfilar em qualquer ocasião com sapatos quase exclusivos.
Desde o surgimento, a marca alia irreverência e glamour em modelos
ultra femininos, seja pelo design diferenciado, seja pelas cores, seja pelo bico
redondo, que já se tornaram sinônimo da marca e conferem um moderno ar
retro às produções. O importante é o design – conforto – qualidade que está
presente em todas as peças, são produzidas à mão em couros nobres.
Detalhes como a palmilha de pelica e modelagem adaptada ao pé da mulher
brasileira apenas expõem de forma tátil toda a minúcia com a qual sarah
chofakian trata a sua marca, sempre pensando em um público altamente
exigente, como ela mesma é – á frente do seu negócio. (SARAHCHOFAKIAN,
2008)
97
Segundo o site Chic (2207), Sarah define seu estilo como "charmoso e
divertido", para uma mulher "que trabalha, mas sabe curtir a vida". Foi esse
despojamento chique que fez com que mulheres com estilos tão diversos como
Mylla Christie, Maria Rita, Sandy, Fátima Bernardes e Marilia
Gabriela aprovassem as criações de Sarah.
A seguir imagens de alguns calçados confeccionados pela estilista
Sarah Chofakian, relativos à coleção de inverno 2008 que é inspirada em
“Sensações Flutuantes”.
Figura 227: Sarah Chofakian
Fonte: www.sarahchofakian.com.br, 2008 Figura 228: Sarah Chofakian
Fonte: www.sarahchofakian.com.br, 2008
Nota-se que a estilista trabalha com linhas bem distintas, assim
atendendo a vários tipos de público. Há desde calçados com cabedais mais
elaborados até os mais simples.
Figura 229: Sarah Chofakian
Fonte: www.sarahchofakian.com.br, 2008 Figura 230: Sarah Chofakian
Fonte: www.sarahchofakian.com.br, 2008
Sua coleção de bolsas é menor do que a de calçados, a estilista trabalha
mais com bolsas estilo carteiras ou niqueleiras.
98
Já o mercado nacional de bolsas, está mais amplo, representado por
grandes estilistas e algumas pessoas apaixonadas por moda e design, pelo
fato de que confeccionar uma bolsa é extremamente mais fácil do que um
calçado. No Brasil há muitos estilistas de bolsas, mas duas foram identificadas
como concorrentes do presente projeto, pois produzem produtos exclusivos,
com a forma em que trabalham o material que é utilizado, são elas: Sandra
Fukelmann e Adriana Piorski.
Sandra Fulkemann:
Figura 231: Loja de Sandra Fulkemann
Fonte: www.uol.com.br, 2008
Sandra Fulkemann é a mentora da grife de bolsas Doll, ela transforma
retalhos coloridos em bolsas e acessórios exclusivos e diferenciados,
totalmente artesanais. (MEUALVO, 2007)
Segundo o site universodamulher (2007), Sandra produz seus clássicos
como frasqueiras, bolsas baguete, de mão, de viagem, bolsinhas e carteiras,
revelando toda criatividade e dinamismo da artista plástica conhecida por unir
cores, formas e texturas em criações únicas e exclusivas. Alguns detalhes dos
acessórios são feitos por artesãs do Nordeste que confeccionam as
bonequinhas que se vêm nas bolsas. (UOL, 2006)
As bolsas são feitas com a combinação de diversos materiais como
palha, couro, lã, lycra, paetês, neoprene, miçangas, lantejoulas e o que estiver
"à mão", segundo a estilista Sandra Fukelmann. (UNIVERSODAMULHER,
2007).
99
A loja da estilista encontra-se na Vila Pietro, que é um show a parte da
Rua Augusta, a Vila lembra uma viela européia, como as de Chamonix, na
França. Sandra afirma ainda para o site pretinhobásico (2006), que ajudou a
transformar o lugar em um espaço de moda. "Antes nenhum comerciante
parava muito tempo aqui", complementa.
A loja que começou como uma brincadeira acabou dando certo, tão
certo que hoje Sandra exporta seus mimos para o exterior. O design da loca
mais parece uma casa de bonecas, ao entrar, você é levado a um mundo de
sonho, voltando a brincar literalmente de bonecas. (Uol, 2006)
Para o site universodamulher, (2007), Sandra afirma que suas
inspirações para as criações vêm das brincadeiras de criança e do
aproveitamento do que é do Brasil. No universo multicolorido da Doll, o design
também é fator primordial, com destaque para as variações no tamanho e nos
formatos de cada bolsa. Além da etiqueta interna, uma bonequinha que é
pendurada nas alçadas bolsas, identifica as peças da marca, que trazem com
muita alegria e harmonia o estilo exuberante dos trópicos.
Sandra já participou do São Paulo Fashion Week , em parceria com a
marca de moda praia Água de Côco e exporta suas criações para mais de dez
países. (PRETINHOBASICO, 2006)
Figura 232: Bolsa da marca Doll Fonte: www.universodamulher.com.br, 2006
Figura 233: Bolsa da marca Doll Fonte: www.universodamulher.com.br, 2006
100
Figura 234: Bolsa da marca Doll
Fonte: www.universodamulher.com.br, 2006 Figura 235: Bolsa da marca Doll
Fonte: www.universodamulher.com.br, 2006
Figura 236: Bolsa da marca Doll
Fonte: www.universodamulher.com.br, 2006 Figura 237: Bolsa da marca Doll
Fonte: www.universodamulher.com.br, 2006
Adriana Piorski:
Figura 238: Adriana Piorski
Fonte: www.opovo.com.br, 2008
Adriana Piorski nasceu no Maranhão, mas mora em Fortaleza desde a
adolescência onde viu sua chance de trabalhar no mundo da moda. Aos 23
anos, a estilista mostra que moda é sinônimo de atitude e delicadeza. Quando
criança, adorava ajudar a mãe, que é artista plástica, em seus trabalhos.
Habilidosa com as mãos, sempre recebeu incentivo da família para seguir
101
carreira no mundo das artes. Porém, afirma que o interesse pelos tecidos,
cores e formas surgiu apenas depois que ingressou na faculdade. (OPOVO,
2008).
Segundo o site Opovo (2008), Adriana Piorski prestou vestibular primeiro
para Publicidade, não foi aprovada e acabou usando o tempo ocioso para fazer
acessórios para os amigos, com o grande sucesso resolveu investir na carreira.
Formada em Estilismo e Moda pela Faculdade Católica do Ceará, Adriana é
conhecida no mundo virtual desde 2005. A oportunidade de crescer veio no
Dragão Fashion de 2006, realizado no Centro de Convenções do Ceará, suas
roupas tipo "bonequinha", foram destaque no Empório Mix, que acontece
dentro do evento.
As encomendas aumentaram: pedidos locais, nacionais e internacionais.
As roupas, até o ano passado, eram vendidas para países como Portugal e
Espanha, com isso o ateliê montado em casa não era mais suficiente e em
agosto de 2007 a estilista inaugurou uma loja na Aldeota. (OPOVO, 2008)
Figura 239: Bolsa da marca Piorski
Fonte: www.piorski.multiply.com, 2008 Figura 240: Bolsa da marca Piorski
Fonte: www.piorski.multiply.com, 2008
Figura 241: Bolsa da marca Piorski
Fonte: www.piorski.multiply.com, 2008 Figura 242: Bolsa da marca Piorski
Fonte: www.piorski.multiply.com, 2008
102
Figura 243: Bolsa da marca Piorski
Fonte: www.piorski.multiply.com, 2008 Figura 244: Bolsa da marca Piorski
Fonte: www.piorski.multiply.com, 2008
4.6 ANÁLISE DOS DADOS
Ao analisar o levantamento dos dados, observou-se a necessidade de
aplicar uma ferramenta projetual, o chamado Briefing Textual. Assim dando
continuidade a definir-se o conceito que os produtos da coleção desenvolvida
pela autora do projeto, deverão alcançar. Como conceito principal, a
exclusividade, que será trabalhada através da forma que os materiais serão
utilizados. O produto deve ser confortável, delicado, moderno e elegante, assim
atraindo ainda mais o publico alvo para a compra dos produtos.
4.6.1 Análise da ferramenta:
Depois de observados e analisados os concorrentes viu-se a
necessidade aplicar uma ferramenta para avaliar o destino que coleção de
bolsas e sandálias rasteiras terá no mercado. E para finalizar esta etapa do
presente projeto aplicou-se um Briefing textual.
Com a aplicação da ferramenta Briefing Visual, observa-se que os
acessórios, bolsas e sandálias rasteiras, são produtos de intenso consumo do
público feminino, pois compõem a vestimenta. Há procura em relação a
produtos exclusivos, pois são produtos desconhecidos no mercado atual. Pode
não ser possível os produtos terem preço baixo, assim havendo rejeição do
mesmo.
103
Informações do produto:
• Nome da marca: Chaiane Boeira
• Nome da coleção: Um passeio pela fauna brasileira.
• Categoria: Calçados e Bolsas
• Estação: Verão 2009;
• Segmento: Casual-chique; aquele em que podemos usar artigos
exclusivos, de status, tanto que dia quanto a noite.
• Conceito: Exclusividade, funcionalidade e conforto.
• Ocasião de Uso: Utilizado usar no dia-a-dia.
• Temática: Fauna Brasileira;
• Características Promocionais em relação ao concorrente: Tem o
diferencial pelo uso de materiais, tornando a peça exclusiva;
• Dimensão da coleção: A coleção será dividida por quatro linhas.
• Principais pontos Fortes: Dificuldade em encontrar concorrentes diretos,
busca intensa por esses produtos, pois há interação com a vestimenta,
são acessórios bastante consumidos pelo público feminino e a inovação
de materiais e modelos.
• Principais pontos Fracos: já existe o segmento de calçados e bolsas no
mercado, alto investimento financeiro, os concorrentes trabalham com o
mesmo tipo de material e possuem clientes fiéis.
• Principais Oportunidades: Conquista de mercado e expandir o público
alvo,
• Principais Ameaças: Rejeição do produto com o conceito de
exclusividade.
Informações sobre o consumidor:
• Sexo: Feminino;
• Classe social: B;
• Faixa Etária: sem restrições de idade;
• Escolaridade: 1º e/ou 2º grau completos, e/ou superior;
• Estado Civil: Solteiras ou casadas;
104
Informações sobre o mercado:
• Tamanho do mercado: O mercado na região do Vale do Itajaí é bastante
grande para se investir, pois as lojas que comercializam estes produtos
localizam-se nas grandes capitais, onde o consumo é maior. O preço
varia de R$100,00 à R$400,00, e possui um grande nicho de mercado;
• Concorrência direta: Estilistas de calçados, Franziska Hübener e Sarah
Chofakian e as estilistas das bolsas, Sandra Fukelmann e Adriana
Piorski.
• Concorrência indireta: Marcas já conhecida pelo mercado geram
influências de concorrência indireta por não confeccionarem calçados e
bolsas exclusivas, e sim com produção industrial.
4.6.2 Conceito
O conceito foi definido com pretensão de desenvolver uma coleção, de
bolsas e sandálias estilo rasteiras, buscando agradar o público alvo em
questão. Alguns conceitos foram definidos como principais para o
desenvolvimento desta coleção, são elas: exclusivo, confortável, delicado,
elegante e moderno.
A exclusividade vem através da proposta inicial do presente projeto,
através de materiais de fácil acesso no mercado, busca-se uma confecção
praticamente artesanal e diferenciada, assim fazendo com que o produto torne-
se desejado.
Em relação ao conforto, é considerado item de grande importância no
mercado atual para a definição da compra, o uso de modelagem adequada e
materiais corretos é de essencial.
Quanto aos itens delicado elegante e moderno, todos estão diretamente
relacionados ao design, procura-se unir formas, materiais e enfeites à modelos
de sandálias que apresentam grande apelo visual, assim atendendo as
preferências do público alvo.
105
Com a finalidade de melhor visualização das idéias relacionadas ao
conceito geral da coleção em questão, foi desenvolvido um painel semântico,
com imagens que expressão claramente o conceito. Veja o painel a seguir.
Figura 245: Painel Conceito
Fonte: arquivo do autor
Foi também aplicado um painel semântico de Briefing Visual, com
destaque no tema que a coleção será trabalhada, a fauna brasileira.
Figura 246: Painel Briefing Visual
Fonte: arquivo do autor
106
5 DESENVOLVIMENTO DA COLEÇÃO
Nessa etapa do projeto, apresentam-se as etapas necessárias para
planejar-se uma coleção. Para dar inicio ao planejamento de coleção deve-se
unir todas as informações coletadas na etapa de levantamento de dados.
A seguinte etapa destina-se ao fator criativo do projeto, neste capítulo
serão abordadas as técnicas de criatividade, tais como Brainstorming e
M.E.S.C.R.A.I.
As alternativas foram geradas por meio das técnicas criativas e serão
escolhidas apenas vinte finais, sendo quatro pertencentes a cada linha que são
elas: tartaruga, Arara, Coruja e Borboleta. Como estes receberam
detalhamento por escrito nos capítulos seguintes, aqui não serão comentadas.
É essencial também na etapa de criação, a definição dos materiais e
aviamentos, cartelas de cores e tecnologias aplicadas, que serão definidos
conforme as criações executadas.
5.1 DEFINIÇÃO DAS ALTERNATIVAS
A etapa de definição da coleção consiste na documentação da criação
como um todo, tais como release, cartela de cores, cartela de tecidos, cartela
de aviamentos e assim chegando por fim na geração das alternativas, onde foi
criada uma coleção dividida por linhas.
No projeto em questão, a coleção é destinada ao segmento de
acessórios, especialmente bolsas e sandálias rasteiras. As peças não formam
conjuntos, todas as bolsas e sandálias integradas na mesma linha podem ser
facilmente combinadas.
A coleção foi nomeada de “Um passeio na fauna brasileira” e recebeu
este nome porque a autora do presente projeto considera importante o fator da
influência da temática na coleção e também por estar criando algo
diferenciado, com conceito de exclusivo, pouco explorado no mercado atual.
Os modelos encontram-se divididos em quatro linhas, que receberam
nomes de bichos que fazem parte do ecossistema brasileiro, linha tartaruga –
foi trabalhada com cores escuras e neutras sendo de fácil combinação com
107
qualquer tipo de vestimenta e as peças receberam variação de materiais como
metais, pedras, elásticos e zíperes.
A seguir é apresentada a linha Borboleta – trabalhada com tecidos de
estampas relacionadas com o tema e metais. A linha Arara – de alta apelação
visual fez jus pelo modo em que os materiais foram trabalhados, com couros
recortados e tecidos de estampas relacionadas com o tema, aviamentos
básicos fizeram parte desta linha. E por fim a linha Coruja – Trabalhada com
cores quentes e aplicação de aviamentos como fita, cordas, sianinha entre
outros.
De acordo com Kalil (2005, p. 142) as bolsas diminuem conforme os
horários do dia. A noite pede b olsas pequenas, como carteiras de mão ou
pochete. O dia permite bolsas maiores, a tiracolo, do tipo mochila ou até
sacolas gigantes de palha. E também como analisado no decorrer das
pesquisas, as sandálias rasteiras estão sendo muito usadas em baladas, na
noite em geral. Por isso todas as linhas da coleção teriam fácil aceitação do
público para o uso tanto no dia-a-dia quanto a noite.
A seguir encontra-se o release da coleção, onde a principal intenção é
transmitir ao consumidor através de uma linguagem comercial simples, o
conceito da coleção aflorando o desejo da compra no mesmo.
Conseguinte ao release encontra-se as cartelas de cores, tecidos,
materiais e aviamentos, seguindo então a próxima etapa do projeto: a geração
das alternativas.
5.1.1 Release
“Um passeio pela fauna brasileira”
O verão 2009 de Chaiane Boeira tem como ponto o conceito de
exclusividade, assim para criar a coleção, a estilista tirou inspirações da fauna
brasileira, o resultado foram bolsas e sandálias remetendo um design
diferenciado e divertido.
108
Nas criações da próxima estação, o público de Chaiane Boeira
encontrará peças confeccionadas de formas muito trabalhadas: modelagens
elaboradas, muitos detalhes e aplicações.
O clima é tropical e remete ao dia-a-dia, A cartela de cores é
predominada de cores vibrantes, as estampas remetem à temática seguida da
coleção.
As aplicações de metais, aviamentos trazem requinte à próxima estação.
Aparecem tanto nas bolsas quanto nas sandálias. O material mais utilizado é o
couro.
5.1.2 Cartela de cores
A cartela de cores foi definida com base na observação ao briefing visual
relacionado com a temática do projeto e nas fortes tendências de moda para
calçados de verão 2009. Cada cor recebeu um nome fantasia também
inspirado na temática do projeto, sendo que cada linha adequou-se a certos
nuances.
Figura 247: Cartela de Cores
Fonte: arquivo do autor
109
Ainda foi feita uma combinação de cores para facilitar na hora da
escolha da coloração de cada bolsa ou sandália rasteira. A seguir o painel de
combinações duplas e triplas das cores.
Figura 248: Combinação de Cores
Fonte: arquivo do auto 5.1.3 Cartela de materiais
Devido à coleção ter um conceito de exclusividade com uma temática
inspirada na fauna brasileira, os tecidos foram cuidadosamente escolhidos
através da composição e estamparia. Escolheu-se então a sarja impermeável,
que foi usada tanto para as bolsas quanto para as rasteiras, por sua resistência
e dificuldade de penetração principalmente de sujeiras e líquidos, assim
mantendo a característica inicial da peça.
O couro bovino e, por sua resistência, durabilidade e facilidade de
limpeza, usado nas bolsas, nos cabedais das sandálias e até mesmo como
sola. O sintético de PU com a mesma função do couro, porém um material não
tão resistente e de preço inferior, não passa tanta sofisticação para o produto.
110
O cetim e a tricoline como forro para as bolsas, por ser materiais de
espessuras mais finas e de ótima função e por fim o material TR, para as solas
das sandálias rasteiras.
Figura 249: Cartela de Materiais
Fonte: arquivo do autor 5.1.4 Cartela de aviamentos
No segmento de acessórios é essencial o uso de determinados
aviamentos para compor a peça, seja de uso funcional ou decorativo. Para a
coleção desenvolvida serão utilizados aviamentos como componentes
metálicos em geral, pedrarias, zíperes, fitas, cordas entre outros, além dos
tradicionais aviamentos utilizados como linhas etc.
111
Figura 250: Cartela de Aviamentos
Fonte: arquivo do autor 5.2 GERAÇÃO DAS ALTERNATIVAS
Para o presente projeto foram geradas 60 alternativas, entre bolsas e
sandálias rasteiras, com inspiração na temática e nas fortes tendências, ainda
utilizando a técnica do brainstorming. Após o desenvolvimentos destas, utilizou-
se o MESCRAI apara fazer as adaptações e modificações necessárias, assim
chegando nas 20 alternativas finais.
5.3 SELEÇÃO DAS ALTERNATIVAS E TÉCNICAS DE CRIATIVIDADE
Para a seleção das alternativas as técnicas criativas utilizadas são
brainstorming e M.E.S.C.R.A.I.
O Brainstorming é aplicado com base nos fragmentos, e assim foram
elaboradas bolsas e sandálias rasteiras cujas inspirações foram separadas por
nomes de bichos. Estas não tiveram total preocupação com as partes
funcionais, conforme o brainstorming e suas respectivas regras, a intenção é
desbloquear a criatividade mesmo que as criações não sejam possíveis de
serem produzidas.
112
Todas as linhas primeiramente foram compostas por meio do
brainstorming e depois aplicada a técnica do M.E.S.C.R.A.I. para se chegar nas
vinte alternativas finais.
Estas técnicas são trabalhadas com todos os modelos inclusive com os
que já foram pré-selecionados pela autora, influenciados por conselhos de
pessoas envolvidas no meio do design de moda.
A seguir serão apresentados os respectivos desenhos de bolsas e
sandálias rasteiras referentes à coleção “Um passeio na fauna brasileira”, os
mesmos encontram-se divididos por quatro linhas distintas.
Para apresentação das linhas, primeiro encontra-se os 5 desenhos de
cada linhas juntos e logo em seguida cada um separadamente, as alternativas
encontram-se em perspectiva facilitando a visualização, estão dispostos no
centro e ao lado direto sua respectiva inspiração
5.3.1 Linha Tartaruga:
A linha Tartaruga caracteriza-se por modelos de bolsas e sandálias de
cores escuras, com fácil combinação. As rasteiras foram basicamente
trabalhadas com sola de couro e cabedal de modelagem mais simples com
algumas aplicações de metais, zíperes e elásticos.
As bolsas basicamente seguiram as mesmas características, porém
teve-se também a preocupação de se aplicar a funcionalidade em algumas
peças. A seguir serão demonstradas as técnicas de criatividade referentes à
geração de algumas alternativas da linha Tartaruga, pertencente à coleção
“uma passei pela fauna”.
113
Figura 251: Linha Tartaruga
Fonte: arquivo do autor
A alternativa 1:
Como podemos observar nesta alternativa foi aplicada a técnica do
M.E.S.C.R.A.I. Inicialmente na rasteira existia um bridão na parte do cabedal
como enfeite. Então foram feitas algumas modificações, decidiu-se continuar o
espaço com o mesmo couro, eliminando o bridão aplicando metais em cima da
peça. O solado continuou o mesmo, porém foi acrescentada uma costura,
assim complementando na proposta da linha.
Quanto à coloração utilizou-se o Branstorming para todas as alternativas
da linha Tartaruga.
114
A alternativa 1 é composta por um cabedal de couro bovino, com
elástico na parte traseira e aplicações de metal na parte superior do pé. A
palmilha e a sola são de couro.
Figura 252: Alternativa 1 Fonte: arquivo do autor
Alternativa 2:
A alternativa 2 é composta por um cabedal de couro bovino na cor
verde, com elástico na parte lateral do lado interno e externo do pé. O sistema
de fechamento é um zíper na parte superior do cabedal, no peito do pé. A
palmilha e a sola são de couro com costura.
115
Figura 253: Alternativa 2 Fonte: arquivo do autor
Alternativa 3:
A alternativa 3 é composta por um cabedal de couro bovino na cor azul,
com elásticos na parte lateral do lado interno e externo do pé como sistema de
fechamento. A palmilha e a sola são de couro com o acabamento em costura e
enfeites de metal na parte superior do cabedal.
Figura 254: Alternativa 3 Fonte: arquivo do autor
116
Alternativa 4:
A alternativa 4 foi elaborada por couro bovino na cor azul, verde e preto.
Com elásticos na parte lateral externa como sistema de fechamento para os
bolsos. Os enfeites são de metal de tamanho maior, porém iguais aos
utilizados nas sandálias rasteiras da linha. Essa alternativa foi pensada de
maneira funcional, assim podendo-se retirar a alça e a mesma virar um cinto.
Figura 255: Alternativa 4 Fonte: arquivo do autor
Alternativa 5:
A alternativa 5 foi elaborada por couro bovino na cor azul, com zíper na
parte superior como sistema de fechamento da mesma. Os enfeites são de
metal de tamanho maior, porém iguais aos utilizados nas sandálias rasteiras da
linha.
117
Figura 256: Alternativa 5 Fonte: arquivo do autor
5.3.2 Linha Borboleta
A linha borboleta caracteriza-se por modelos de bolsas e sandálias de
cores vivas como o vermelho e tons de verde. As rasteiras foram basicamente
trabalhadas com sola de couro e acabamento com trança de couro também,
em toda a volta da sola.
Os cabedais foram trabalhados também com tecidos em estampas
relativas à temática do presente projeto. As modelagens simples com
aplicações de bridões e correntes de metal.
As bolsas basicamente seguiram as mesmas características em cores,
tecidos, aviamentos e metais. A seguir serão demonstradas as técnicas de
criatividade referentes à geração de algumas alternativas da linha Borboleta,
pertencente à coleção “uma passei pela fauna”.
118
Figura 257: Linha Borboleta
Fonte: arquivo do autor
Alternativa 6:
Como podemos observar nesta alternativa foi aplicada a técnica do
M.E.S.C.R.A.I. Inicialmente na rasteira tinha um tipo de solado, foi então
trocado por um mais alto e aplicado uma vira trançada. Quanto à coloração
utilizou-se o Branstorming.
A alternativa 6 é composta por um cabedal com mistura de couro bovino
na cor vermelha e sarja impermeável com estampas relacionadas à temática. O
enfeite é uma corrente de metal com aplicações de strass. A palmilha é de
montagem forrada com couro vermelho e a sola de couro.
119
Figura 258: Alternativa 6 Fonte: arquivo do autor
Alternativa 7:
A alternativa 7 é composta por um cabedal com mistura de couro bovino
na cor vermelha e verde. O enfeite filho por conta de como o couro foi
trabalhado, formando folhas. A palmilha é de montagem forrada com sarja
impermeável com estampas relacionadas à temática e a sola de couro.
Figura 259: Alternativa 7 Fonte: arquivo do autor
120
Alternativa 8:
A alternativa 8 é composta por um cabedal estilo gladiador, com mistura
de couro bovino na cor vermelha e sarja impermeável com estampas
relacionadas à temática. O enfeite é um bridão de metal com aplicações de
pedras de strass. A palmilha é de montagem forrada com couro vermelho com
detalhe em trança também de couro e a sola de couro.
Figura 260: Alternativa 8 Fonte: arquivo do autor
Alternativa 9:
A alternativa 9 foi elaborada de forma que a parte exterior da bolsa fosse
de sarja impermeável e a parte interna e das alças de couro bovino vermelho.
Os enfeites são correntes de metal com cravação de strass. A bolsa
também tem um detalhe em couro vermelho na parte externa, onde foram
aplicados vários aviamentos como fita de cetim, passa manaria entre outros.
121
Figura 261: Alternativa 9 Fonte: arquivo do autor
Alternativa 10:
A alternativa 10 foi elaborada de forma que a parte exterior da bolsa
fosse de sarja impermeável e a parte interna e das alças de couro bovino
vermelho. Os enfeites foram couro de tons verdes trabalhado com formas de
folhas.
Figura 262: Alternativa 10 Fonte: arquivo do autor
122
5.3.3 Linha Coruja
A linha Coruja caracteriza-se por modelos de bolsas e sandálias
de cores vivas como vermelho, laranja, amarelo e verde. As rasteiras foram
basicamente trabalhadas com sola anatômicas de PU revestidas com cordas
couro, a soleta é de TR.
Os cabedais foram trabalhados com estilos de gladiador. As
modelagens simples sem aplicações de enfeites, somente o couro bovino liso.
As bolsas basicamente seguiram as mesmas características em cores,
couros e aviamentos. A seguir serão demonstradas as técnicas de criatividade
referentes à geração de algumas alternativas da linha Borboleta, pertencente à
coleção “uma passei pela fauna”.
Figura 263: Linha Coruja Fonte: arquivo do autor
123
Alternativa 11:
A alternativa 11 é composta por um cabedal estilo gladiador, que foi
pensado por causa da forte tendência, levou mistura de couro bovino na cor
amarela. O enfeite é uma fivela que é a forma de fechamento também. A sola é
anatômicas feita de PU, revestida com cordas couro e a soleta é de TR.
Figura 264: Alternativa 11 Fonte: arquivo do autor
Alternativa 12:
A alternativa 12 é composta por um cabedal estilo gladiador, de couro
bovino na cor vermelha. A rasteira de forte tendência no mercado não possui
enfeites, somente fivelas que serem como modo de fechamento. A sola é
anatômicas feita de PU, revestida com cordas couro e a soleta é de TR.
124
Figura 265: Alternativa 12 Fonte: arquivo do autor
Alternativa 13:
A alternativa 13 é composta por um cabedal de couro bovino na cor
laranja. Esta rasteira tem como enfeite a sua fivela que é diferenciada das
demais e serve como modo de fechamento. A sola é anatômica feita com um
material chamado PU, revestida com cordas couro e a soleta é de TR.
125
Figura 266: Alternativa 13 Fonte: arquivo do autor
Alternativa 14:
A alternativa 14 foi criada através de tendências de mercado, bolsas
estilo carteias. Foi utilizado couro na cor vermelha e detalhes na cor amarela e
verde. Os enfeites foram variados aviamentos aplicados como fitas e cordas.
Figura 267: Alternativa 14 Fonte: arquivo do autor
126
Alternativa 15: A alternativa 15 foi elaborada de forma que a parte exterior da bolsa
fosse couro na cor amarela com detalhe na cor laranja na parte central onde
também foram aplicados vários aviamentos como, fita de cetim e
passamanaria.
Possui sistema de fechamento como botão de pressão e ganchos. O
botão de pressão também é encontrado nas alças que podem ser removidas
para facilitar a limpeza da peça. Não se teve preocupação com a
funcionalidade, deu-se preferência a estética.
Figura 268: Alternativa 15 Fonte: arquivo do autor
5.3.4 Linha Arara
A linha Arara caracteriza-se por modelos de bolsas e sandálias de cores
claras e escuras, com fácil combinação. Todos os acessórios ganharam uma
característica em comum, o aspecto de renda no couro, assim deixando o
produto diferenciado e desejado pelo mercado.
As rasteiras foram basicamente trabalhadas com sola de couro e
cabedal de modelagem mais complexa, com couro na parte externa, sarja no
meio e um material para o forro. Algumas aplicações de ilhós metálico foram
feitas como modo de fechamento da sandália.
127
As bolsas basicamente seguiram as mesmas características, porém
teve-se também a preocupação de se aplicar a funcionalidade em algumas
peças. A seguir serão demonstradas as técnicas de criatividade referentes à
geração de algumas alternativas da linha Tartaruga, pertencente à coleção
“uma passei pela fauna brasileira”.
Figura 269: Linha Arara Fonte: arquivo do autor
Alternativa 16:
128
Como podemos observar nesta alternativa foi aplicada a técnica do
M.E.S.C.R.A.I. Inicialmente a rasteira tinha um zíper na lateral externa como
modo de fechamento e sua sola tinha um salto diferenciado. Então foram feitas
algumas modificações, o modo de fechamento foi mudado pata ilhós e para
complementar o cadarço, o salto ficou um pouco mais baixo e maior, no
formato quadrado. Foram feitas também perfurações no couro mostrando em
baixo outro tecido, assim complementando na proposta da linha.
Quanto à coloração utilizou-se o Branstorming para todas as alternativas
da linha Arara.
A alternativa 16 é composta por um cabedal complexo onde foram
trabalhados couro bovino vermelho e sarja estampada com características da
temática. O enfeite ficou por conta de como o couro foi trabalhado,
representando renda. A palmilha a sola são de couro.
Figura 270: Alternativa 16 Fonte: arquivo do autor
Alternativa 17:
A alternativa 17 é composta por um cabedal complexo, fechado no
calcanhar onde foram trabalhados couro bovino azul e sarja estampada com
características da temática. O enfeite ficou por conta de como o couro foi
trabalhado e misturado, representando renda e também pela fivela que fecha a
sandália. A palmilha a sola são de couro.
129
Figura 271: Alternativa 17 Fonte: arquivo do autor
Alternativa 18:
A alternativa 18 é composta por um cabedal complexo, estilo gladiador
onde foi trabalhado couro bovino na cor preta e com detalhe em verde e sarja
estampada com características da temática. O enfeite ficou por conta de como
o couro foi trabalhado e misturado, representando renda e também pelos ilhós
aplicados na traseira da sandália. A palmilha a sola são de couro.
Figura 272: Alternativa 18 Fonte: arquivo do autor
130
Alternativa 19:
A alternativa 19 foi elaborada de forma que a parte exterior da bolsa
fosse couro na cor azul com detalhe de sarja estampada com características da
temática.
Possui sistema de fechamento como botão de pressão e a bolsa estilo
carteira não possui nenhum enfeite adicional, somente o característico da linha,
o trabalhado do couro. Não se teve preocupação com a funcionalidade, deu-se
preferência a estética.
Figura 273: Alternativa 19 Fonte: arquivo do autor
Alternativa 20:
A alternativa 20 foi elaborada com a preocupação funcional onde a parte
frontal da bolsa sai e entra outra mais elaborada com características mais
visíveis do tema, a arara. Este é possível através de um zíper destacável
aplicado a parte lateral da bolsa, que vai de um lado ao outro.
A parte exterior da bolsa foi trabalhada couro na cor preta com detalhe
de sarja estampada com características da temática. Possui sistema de
fechamento como botão de pressão. Não possui nenhum enfeite adicional,
somente o característico da linha, o trabalhado do couro.
131
Figura 274: Alternativa 20 Fonte: arquivo do autor
132
6 EXECUÇÃO 6.1 ALTERNATIVAS ESCOLHIDAS E CONFECCIONADAS
Para esta etapa do projeto ser concluída foi levado em consideração a
análise das respostas do questionário aplicado com o público alvo, onde as
mulheres constataram que preferem calçados de cores neutras, estampas,
metais, gostam da combinação de bolsas com sandálias rasteiras. Então
pensou-se em fabricar uma bolsa e uma sandália rasteira da linha Arara e
outras da linha Tartaruga, chegando assim em quatro modelos finais.
Da linha Tartaruga será produzida a alternativa 1 e a alternativa 4, como
podemos observar pelo nome da linha, as alternativas foram inspiradas nas
tartarugas, as peças de metal lembrando os cascos e as cores escuras porque
elas são de pouca coloração.
Figura 275: Alternativas Fonte: arquivo do autor
133
Figura 276: Alternativa 1 confeccionada
Fonte: arquivo do autor Figura 277: Alternativa 4 confeccionada
Fonte: arquivo do autor
Da linha Arara será produzida a alternativa 18 e a alternativa 20, as
inspirações foram nas aves da fauna brasileira, desde as cores vibrantes até a
aplicação dos mesmos nas peças.
Figura 278: Alternativas Fonte: arquivo do autor
134
Figura 279: Alternativa 18 confeccionada Fonte: arquivo do autor
Figura 280: Alternativa 20 confeccionada Fonte: arquivo do autor
6.2 FUNÇÃO TÉCNICA
Diz respeito às diversas tecnologias utilizadas para a concepção e
fabricação do produto. Todos os produtos serão confeccionados com a
utilização de couro bovino, com forros das sandálias em sintético 100% PU,
material que permite a transpiração evitando que os pés fiquem úmidos quando
estiverem em contato com o material da sandália e os forros das bolsas em
tecido como o cetim.
Antes das bolsas e as sandálias serem montadas, o material que será
utilizado passa por alguns processos como a verificação de falhas na peça. No
processo de fabricação serão utilizadas diversas máquinas, cada uma para
determinada função.
Para o corte existem máquinas a laser, prensas com navalha, ou ainda o
processo manual como a faca, todas cortam o material conforme a modelagem
formando a peça, neste projeto foi utilizada a máquina de pensa com navalha
nas alternativas 18 e 20 para o corte dos vazados no couro, as outras peças
todos foram cortadas de maneira manual com faca.
A xanfradeira retira o grosso assim afinando o couro para melhor
aparência do calçado. Maquina de rebate traseiro, coloca uma fita de reforço
para dar sustentação assim a costura fica uniforme. A máquina de costura reta
une as peças formando o cabedal ou à bolsa. Depois das bolsas e sandálias
135
prontas elas passam por um processo de limpeza para retirar restos de cola,
por exemplo, e por uma revisão.
Quanto aos materiais, a utilização será feira com aqueles que já estão
no mercado e os novos materiais que estão sendo desenvolvidos para possível
utilização posterior dos produtos.
Para desenvolver a de bolsas e sandálias serão utilizados couros
bovinos de diversas cores, materiais sintético contra mofo, fios sintéticos na
produção dos tecidos com base em poliéster como a sarja impermeável assim
proporcionando ao usuário, um produto de boa aparência.
A descrição dos produtos e suas diversas partes se dão ao sistema
Construtivo. A coleção “um passeio pela fauna brasileira” terá quatro modelos
confeccionados, duas bolsas e duas sandálias rasteiras.
6.3 FICHA TÉCNICA
A ficha técnica tem o objetivo de preparar as pessoas que serão
diretamente ligadas a tarefa, assim atendendo de forma segura e eficaz os
requisitos de qualidade dos produtos/processos.
A ficha técnica não tem um formato padrão, porém deve conter de
maneira simplificada todas as informações necessárias ao bom desempenho
da tarefa, como por exemplo, os dados relativos à identificação do cliente e do
produto, especificações dos materiais e peças utilizadas. (SEBRASP, 2008).
A seguir a ficha técnica da alternativa 1 – Ref. 01.
Ficha Técnica
Empresa: Chaiane Boeira Ref.01
Modelo: Sandália Azul Descrição do Modelo: azul com metais em cima Fechamento com elástico na parte traseira
Forma: SJ5658 Kunz Numeração: 35 CROQUI COM MEDIDAS
136
Peças (obs: peças identificadas através de numeração para possa facilitar o registro das mesmas)
137
Cabedal
Peças Material Composição Fornecedor Quantidade/par Preço/par 1,2,4 Couro Couro Bovino Couro Itália 36 cm R$ 16,00 1,2,4 Sintético ----x---- Endutex 40 cm R$ 5,00
TOTAL R$ 21,00
Aviamentos
Peças Material Composição Fornecedor Quantidade/par Preço/par 1 A Metal Latão Mondelli 4 R$ 4,80 4 A Elástico Elastano Peter Pan 0,50 m R$ 0,90
todas Linha Nylon Balester 10 m R$ 0,80 TOTAL R$ 6,50
Seqüência Operacional 1º Corte dos materiais para o cabedal
2º O material foi chanfrado
3º Preparação para costura
4º Conformação
5º Montagem
6º Colagem
7º Limpeza e acabamento Palmilha
Partes Material Fornecedor Quantidade/par Preço/par Superior Palmilha Dublada
– Plantex e EVA Super Sola Palmilhas
2 R$ 2,40
3 Sintético Endutex 0,20 m R$ 2,50 TOTAL R$ 4,90
Seqüência Operacional 1º Desenho do modelo
2º Corte e conformação da palmilha de acordo com a forma
3º Colagem da palmilha para ficar dublada
4º Compressão dos materiais
5º Conformação da palmilha na forma
6º Limpeza e acabamento
138
Solado
Partes Material Composição Fornecedor Quantidade/par Preço/par Taloneira Cetim dublado Poliéster BHZ 2 R$ 0,80
Sola Couro Couro bovino ----x---- 2 R$ 4,00 Salto Couro Couro bovino ----x---- 2 R$ 1,50 Vira Couro Couro bovino Artesão 2m R$ 1,00
TOTAL R$ 7,30
Todas Linha e montagem
----x---- Mão de Obra ----x---- R$ 10,00
TOTAL
DA PEÇA R$ 49,70
Seqüência Operacional 1º Pintura da cepa
2º Asperação pré-colagem
3º Forração
4º Colagem da soleta
5º Fixação do taco
6º Aplicação do strass
Planificação dos Moldes
139
A seguir a ficha técnica da alternativa 4 – Ref. 02.
Ficha Técnica
Empresa: Chaiane Boeira Ref.02
Modelo: Bolsa com metais
Descrição do Modelo: Bolsa nas cores preta, azul e ver, com aplicação de fivelas na alça.
Aplicação de metais na bolsa.
Croqui com medidas
Peças (obs: peças identificadas através de numeração para possa facilitar o registro das mesmas) Parte Externa
Peças Material Composição Fornecedor Quantidade/par Preço/par 1, Couro Azul Couro Bovino Couro Itália 30 cm R$ 25,00 2 Couro Verde Couro Bovino Couro Itália 40 cm R$ 30,00 3 Couro Preto Couro Bovino Couro Itália 50 cm R$ 50,00 4 Couro Preto Couro Bovino Couro Itália ----x---- ----x---- 6 Couro Preto Couro Bovino Couro Itália ----x---- ----x----
TOTAL
R$ 105,00
140
Seqüência Operacional 1º Corte da peça conforme o molde;
2º União da peça 1 com a peça 2, primeiramente com cola depois costura;
3º Depois de ter as peças unidas, é feita a colocação dos metais;
4º Costurada a parte 3 nas demais;
5° Unir as laterais.
6° Costurar as alças.
Parte interna
Peças Material Composição Fornecedor Quantidade/par Preço/par 8 Couro Azul Couro Bovino Couro Itália 30 cm ----x---- 7 Sarja Poliester Alfredo Kleis 40 cm R$ 8,00 9 Sarja Poliester Alfredo Kleis ----x---- ----x----
TOTAL R$ 8,00
Aviamentos
Peças Material Composição Fornecedor Quantidade/par Preço/par 8 Zíper ----x---- Maria
Chiquinha 1 2,00
4 Fivela Metal Mondelli 2 6,00 2 Enfeite Metal Mondelli 6 1,00
TOTAL 18,00
Todas Linha e montagem
----x---- Mão de Obra ----x---- R$ 40,00
TOTAL DA
PEÇA R$ 171,00
141
Planificação dos Moldes
A seguir a ficha técnica da alternativa 18 – Ref. 03.
Ficha Técnica
Empresa: Chaiane Boeira Ref.03
Modelo: Sandália preta
Descrição do Modelo: Sandália preta de couro com recortes Fechamento com ilhós da parte traseira Sarja usada como sombra no recorte e de forro para a palmilha que é de couro
Coleção: verão 2009 Forma: SJ5658 Kunz Numeração: 35 Modelo: Sandália Rasteira CROQUI COM MEDIDAS
142
Peças (obs: peças identificadas através de numeração para possa facilitar o registro das mesmas) Cabedal
Peças Material Composição Fornecedor Quantidade/par Preço/par 1,2 Couro Preto Couro Bovino Couro Itália 45 cm R$ 18,00 3,4 Couro Verde Couro Bovino Couro Itália 30 cm R$ 15,00 1,2 Sarja Poliéster Alfredo Kleis 30 cm R$ 6,00 1,2 Corte da peça a Navalha R$ 25,00
TOTAL R$ 64,00
143
Aviamentos
Peças Material Composição Fornecedor Quantidade/par Preço/par 2 A Ilhós Latão Mondelli 12 R$ 3,00
todas Linha Nylon Balester 10 m R$ 0,80 TOTAL R$ 3,80
Seqüência Operacional 1º Corte dos materiais para o cabedal conforme a mo delagem – passa este
processo usou-se a navalha.
2º O material foi chanfrado – máquina de chanfrar
3º Preparação para costura – máquina que vira 4 mm de margem.
4º Costura – Máquina Reta
5º Aplicação do enfeito – vazador e aplicação.
6º forrar o enfeite - cola
7º Limpeza e acabamento - tesoura Palmilha
Partes Material Fornecedor Quantidade/par Preço/par Superior Palmilha Dublada
– Plantex e EVA Super Sola Palmilhas
2 R$ 2,40
3 Sarja Alfredo Kleins 30 cm R$ 6,00 TOTAL R$ 8,40
Seqüência Operacional 1º Desenho do modelo – papel e caneta
2º Corte e conformação da palmilha de acordo com a for ma - navalha
3º Colagem da palmilha – cola
4º Compressão dos materiais – máquina de pensa
5º Conformação da palmilha na forma
6º Limpeza e acabamento – tesoura
144
Solado
Partes Material Composição Fornecedor Quantidade/par Preço/par Taloneira Cetim dublado Poliéster BHZ 2 R$ 0,80
Sola Couro Couro bovino ----x---- 2 R$ 4,00 Salto Couro Couro bovino ----x---- 2 R$ 1,50 Vira Couro Couro bovino Artesão 2m R$ 1,00
TOTAL R$ 7,30
Todas Costura ----x---- Mão de Obra ----x---- R$ 10,00
TOTAL DA PEÇA R$ 93,50
Seqüência Operacional 1º aplicação da vira na sola de couro – cola
2° Corte da Sola – fação
3º a sola foi lixada – máquina lixadeira
4º cortado o salto – facão
5º lixado o salto – máquina lixadeira
6º Fixação do salto na sola - cola
7° Montagem junto ao cabedal - cola
145
Planificação dos Moldes
A seguir a ficha técnica da alternativa 20 – Ref. 04.
Ficha Técnica
Empresa: Chaiane Boeira Ref.04
Modelo: Bolsa com cortes à navalha
Descrição do Modelo: Bolsa na cor preta com sarja estampada.
Bolsa cortada à navalha.
Croqui com medidas
146
Peças (obs: peças identificadas através de numeração para possa facilitar o registro das mesmas) Frente 1
Peças Material Composição Fornecedor Quantidade/par Preço/par 1, Couro Couro Bovino Couro Itália 50 cm R$ 50,00 1 Couro Couro Bovino MARKA Corte à navalha R$ 30,00 1 Sarja Poliéster Alfredo Kleis 40 cm R$ 10,00
TOTAL R$ 90,00
Seqüência Operacional 1º Corte a navalha no couro preto;
2º Corte da sarja;
3º Colagem um no outro;
4º Limpeza e acabamento.
Frente 2
Peças Material Composição Fornecedor Quantidade/par Preço/par 6 Couro Couro Bovino Couro Itália 50 cm ----x---- 7 Couro Couro Bovino Couro Itália 30 cm R$ 25,00 8 Couro Couro Bovino MARKA Corte à navalha R$ 10,00 8 Sarja Poliéster Alfredo Kleis 40 cm ----x----
TOTAL R$ 35,00
147
Parte de trás da Bolsa e Alça.
Peças Material Composição Fornecedor Quantidade/par Preço/par 4 Couro Couro Bovino Couro Itália 50 cm ----x---- 2 Couro Couro Bovino Couro Itália 50 cm ----x----
TOTAL ----x----
Seqüência Operacional 1º Corte à navalha da parte 8;
2º Colagem do couro e a sarja da parte 8;
3º União das três partes;
4º Costurar a parte 8 pronta na parte 7;
5º Costurar a parte 6 na parte 7 também;
6º Limpeza e acabamento.
Forro
Partes Material Composição Fornecedor Quantidade/par Preço/par 4 Sarja Poliéster Anna Tecidos 50 cm R$ 8,00
TOTAL R$ 8,00
Todas Linha e montagem
----x---- Mão de Obra ----x---- R$ 40,00
TOTAL
DA PEÇA R$ 173,00
Seqüência Operacional 1º Costura do forro nas duas partes da frente e a parte de trás.
2º Costura das lateriais
3º Aplicação do zíper
4º Limpeza e acabamento.
148
Planificação dos Moldes
6.4 FUNÇÃO OPERACIONAL
Essa função se refere a todo tipo de dispositivo que faz o produto ou
sistema funcionar, até o presente momento duas das alternativas já foram
produzidas, estas são as sandálias rasteiras. A seguir o processo produtivo das
mesmas.
149
Produção da Alternativa 1:
Primeiramente foi feito um protótipo da sandália e depois de conferida a
modelagem, partiu-se para a confecção.
O primeiro processo foi de forrar a forma com fita crepe para poder ser
desenhado o modelo em cima, em seguida foi estacada a fita e colada em um
papel triplex e então tirada à modelagem.
Figura 281: Modelagem Fonte: arquivo do autor
Então foi feito o protótipo, a modelagem foi passada para um material
sintético onde foram cortadas todas as peças inclusive o forro, porém com um
material diferenciado. Foi então cortado, passou por todos os procedimentos
de virar a margem, pois este modelo não é á fio e por ultimo foi colado o forro.
Figura 282: Corte do material
Fonte: arquivo do autor Figura 283: Montagem Fonte: arquivo do autor
Após essa etapa passou-se então para a costura, onde uniu-se a
gáspea com o forro.
150
Figura 284: Costura
Fonte: arquivo do autor Figura 285: Costura do cabedal
Fonte: arquivo do autor
Depois de concluída a costura, cortou-se a margem que sobrou do forro
e montou-se o cabedal na forma para verificação da modelagem. Com a
aprovação do protótipo do cabedal, partiu-se então para a confecção do
produto.
A seqüência foi a mesma, porém a sandália foi confeccionada em uma
fábrica de calçados localizada em São João Batista, cuja o nome é Letícia
Costa.
Foram então cortada as peças de acordo com a modelagem no couro e
depois chanfrado nas margens para que o coro ganhasse uma espessura mais
fica assim tornando-se mais fácil de virar.
Figura 286: Corte da peça
Fonte: arquivo do autor Figura 287: chanfrado
Fonte: arquivo do autor
Foram marcados os pontos de encaixe na peça e depois a peça passou
para a máquina onde foram viradas as margens de costura.
151
Figura 288: Marcação dos pontos
Fonte: arquivo do autor Figura 289: Virar a margem
Fonte: arquivo do autor
Logo o elástico foi forrado, feito o encaixe e então colado o forro na
gáspea e costurado. Cortou-se então a margem que sobrou do forro e o com o
cabedal concluído a próxima etapa foi a parte da palmilha. O desenho da
palmilha, que estava na modelagem foi passado para o plantex com eva e logo
cordato com facão.
Figura 290: Costura
Fonte: arquivo do autor Figura 291: Facão
Fonte: arquivo do autor
A palmilha foi forrada com o mesmo material do forro. A sola de couro foi
lixada para melhor fixação da vira e logo cortada a facão. A sola foi lixada
novamente, porém agora já com o formato ideal e por fim a palmilha foi colada.
152
Figura 292: Lixadeira Fonte: arquivo do autor
Figura 293: Colocação da vira Fonte: arquivo do autor
Figura 294: Facão
Fonte: arquivo do autor Figura 295: Lixadeira
Fonte: arquivo do autor
Na fase final já com o cabedal e a sola pronta, foi feita a montagem do
calçado, assim concluindo esta etapa.
A sandália é fácil manuseio, não contem nenhuma restrição e para
colocá-lo é só encaixar no pé não contém fechos nem zíper o fechamento se
dá através do elástico da parte traseira. No caso de limpeza da mesma, deverá
ser passado um pano úmido para não danificar o material, jamais esfregar.
Estas informações estão encaixadas no tag do produto.
153
Produção da Alternativa 4:
O processo operacional desta alternativa inicia-se pela criação da
modelagem, logo passou-se para o couro, onde foi cortado conforme a mesma.
Depois que as peças já estavam cortadas, deu-se inicio ao processo de
confecção da bolsa. Primeiramente uniu-se as partes da frente e foram
aplicados os metais, logo as laterais, dando formato á bolsa!
Figura 296: Laterais
Fonte: arquivo do autor Figura 297: Zíper
Fonte: arquivo do autor
Logo após foi costurado a parte do zíper que dará fechamento a bolsa.
Foram coladas as partes da alças, aplicadas as fivelas e depois costurada,
assim concluindo mais uma etapa.
Figura 298: União do forro á bolsa
Fonte: arquivo do autor Figura 299: Cinto
Fonte: arquivo do autor
154
Na fase final costurou-se a parte do forro à bolsa finalizando o produto.
A Bolsa é de fácil manuseio, não contem nenhuma restrição de uso. A
alça da mesma pode também ser usada como um cinto, para isso acontecer
basta desencaixar a bolsa da fivela e colocar a parte adicional à alça, assim
podendo ser usada como outro acessório. O fechamento se dá através do zíper
aplicado na parte interna e no caso de limpeza da mesma, deverá ser passado
um pano úmido para não danificar o material, jamais esfregando. Estas
informações estão encaixadas no tag do produto.
Produção da Alternativa 18:
Para esta alternativa o primeiro processo foi de forrar a forma com fita
crepe para poder ser desenhado o modelo em cima, em seguida foi estacada a
fita e colada em um papel triplex e então tirada à modelagem.
Logo a modelagem passada para o programa Corel Draw onde foi
mandando cortar os vazados do couro de acordo com a modelagem. Depois as
peças restantes foram também cortadas. Foram marcados os pontos de
encaixe na peça e depois passadas na máquina para virar a margem de
costura. Por se tratar de um couro vestuário, de espessura mais fina, não foi
preciso chanfrar.
Figura 300: Corte da peça
Fonte: arquivo do autor Figura 301: Virar a margem
Fonte: arquivo do autor
Logo o tecido foi colado na gáspea, onde fará sombra e costurado ao
redor para melhor fixação.
155
Figura 302: Colagem
Fonte: arquivo do autor Figura 303: Costura
Fonte: arquivo do autor
Após, as partes do cabedal foram unidas, costurou-se as tiras verdes
unindo as duas partes da gáspeas. Todas foram costuradas dando formato ao
mesmo. Cortou-se então a margem que sobrou do forro concluindo esta etapa
do processo.
Figura 304: Costura
Fonte: arquivo do autor Figura 305: Costura
Fonte: arquivo do autor
A próxima etapa foi a parte da palmilha, o desenho que estava na
modelagem foi passado para o plantex com eva e logo cortado com facão.
A palmilha foi forrada com a mesma sarja impermeável que faz sombra
no couro recortado.
156
Figura 306: Facão
Fonte: arquivo do autor Figura 307: Colagem
Fonte: arquivo do autor
Logo a sola de couro foi lixada para melhor fixação da vira e logo
cortada a facão. Depois de aplicada a vira, a sola foi lixada novamente, porém
agora já com o formato ideal e por fim a palmilha foi colada.
Figura 308: Lixadeira Fonte: arquivo do autor
Figura 309: Colocação da vira Fonte: arquivo do autor
Figura 310: Facão
Fonte: arquivo do autor Figura 311: Lixadeira
Fonte: arquivo do autor
157
A palmilha foi colada na sola assim terminando a parte inferior do
calçado.
Na fase final já com o cabedal e a sola pronta, foi feita a montagem do
calçado, assim concluindo esta etapa.
A sandália é delicada, foram usados tecido e couro, a união dos dois
proporcionou um diferencial à sandália. Para colocá-la é só encaixar no pé e
traçar o cadarço de couro nos ilhoses localizados na parte traseira da sandália.
No caso de limpeza da mesma, deverá ser passado um pano úmido levemente
e jamais esfregar para não ocasionar danificações ao material.
Estas informações estão encaixadas no tag do produto.
Produção da Alternativa 20:
Para esta alternativa o primeiro processo foi de criação da modelagem,
logo a mesma foi passada para o programa Corel Draw onde foi redesenhado e
mandando cortar à navalha os vazados do couro de acordo com a mesma.
Depois as peças restantes foram também cortadas e deu-se inicio a
confecção da bolsa.
Figura 312: Corte da peça
Fonte: arquivo do autor Figura 313: Colagem do tecido no couro
(frente 1) Fonte: arquivo do autor
158
Figura 314: Colagem do tecido no couro (frente 2)
Fonte: arquivo do autor
Os tecidos foram colados nas partes vazadas, das duas frentes. Logo
uniu-se as partes da frente 2.
Figura 315: Alças
Fonte: arquivo do autor Figura 316: Costura do Zíper
Fonte: arquivo do autor
Foi passado cola nas alças e feita uma costura nas laterais da peça para
finalizar a união. Costurou-se o zíper nas laterais para possível troca das
frentes.
Logo costurada as laterais nas frentes e na parte de trás da bolsa já
aplicando o forro da bolsa.
159
Figura 317: Arara Pintada Fonte: arquivo do autor
Foi então pintada à mão uma arara em um pedaço de sarja branca e
logo foi aplicada a pintura na frente 2.
Figura 318: Frente 1
Fonte: arquivo do autor Figura 319: Frente 2
Fonte: arquivo do autor Figura 320: Parte de trás Fonte: arquivo do autor
Com todas as partes prontas fica fácil a troca das frentes, assim
finalizando o produto.
A Bolsa é delicada, pois foram usados tecido tipo sarja e couro, a união
dos dois proporcionou um diferencial à mesma. O uso é fácil e a troca das
frentes também, pode ser feita através do encaixe de uma parte do zíper na
outra parte, já que o mesmo é do tipo destacável.
160
No caso de limpeza da bolsa, deverá ser passado um pano úmido
levemente e jamais esfregar para não ocasionar danificações ao material.
Estas informações estão encaixadas no tag do produto.
161
7 ESPECIFICAÇÕES
Após a conclusão dos modelos, estes passam por um processo de
avaliação e modificação, se necessário. Nesta etapa ainda é elaborado
algumas das funções do memorial descritivo, estas que não foram vistas na
etapa de execução.
7.1 Função Estética Formal
De acordo com Löbach, (2000, p.63), a função estética dos produtos é
um aspecto psicológico da percepção sensorial durante o uso. Esta relacionada
à parte externa do produto: a aparência e organização visual da forma. E
também promove a sensação de bem-estar, identificando o usuário com o
produto, durante o processo de uso.
Esta está diretamente relacionada com a parte externa do produto,
assim valorizando a aparência e organização visual da forma. A forma de um
produto é a soma dos elementos da configuração e das relações recíprocas
que se estabelecem entre esses elementos. (LÖBACH, 2000, p.64).
Alguns fatores interferem diretamente na aparência do produto, alguns
serão citados a seguir.
Linhas Orgânicas – Trazem formas orgânicas, aquelas que onde
encontras-se dificuldade na visualização de um padrão, como flores, folhas,
bichos e etc.
Linhas Geométricas – Elas são as responsáveis por trazem formas
geométricas ao produto, como triangulo, retângulo, circulo, etc.
Os calçados da coleção “um passeio pela fauna”, que foram
confeccionados, possuem um conceito exclusivo, onde foram trabalhados
linhas misturas de linhas e elementos de acordo com o tema, porém de uma
forma diferenciada, tornando o produto atraente e divertido.
As alternativas 1 e 4, apresentam linhas geométricas bastante
trabalhadas, buscam equilíbrio e dosagem das formas compondo um todo
harmonioso.
162
Harmonia – Segundo Filho (2000, p.52) é “quando se produz
concordâncias e uniformidade entre as unidades que compõe as partes do
objeto ou próprio objeto como um tudo”. As duas alternativas podem ser
usadas ao mesmo tempo, como um conjunto pois todas as alternativas da linha
Tartaruga casam muito bem umas com as outras.
Equilíbrio Simetria – “É uma configuração que dá origem a formulações
visuais iguais, ou seja, as unidades de um lado são idênticas às do outro. Ou
ainda, lados opostos que, sem serem exatamente iguais guardem uma forte
semelhança. (FILHO, 2000, p.59)
As alternativas também possuem equilíbrio simétrico, pois as unidades
de um lado são idênticas do outro como podemos ver nas figuras abaixo.
Figura 321: Alternativa 1 Fonte: arquivo do autor
Figura 322: Alternativa 4 Fonte: arquivo do autor
Já a alternativas 18 e 20, apresentam linhas orgânicas bastante
realçadas, harmonia e ordem, pois produzem concordância e uniformidade
entre as unidades compondo um equilíbrio não simétrico, porque a bolsa
possui duas frentes distintas, podendo ser usada uma de cada vez de acordo
com a vontade do usuário e mesmo a bolsa possuindo frentes diferentes estes
quesitos está de acordo.
Equilíbrio – segundo a definição de Gomes (2000, p.57) “É o estado no
quais forças, agindo sobre um corpo, pensam mutuamente”.
163
Figura 323: Alternativa 20 Fonte: arquivo do autor
Figura 324: Alternativa 18 Fonte: arquivo do autor
Coerência – “se caracteriza por uma organização visual do objeto em
que o resultado formal se apresenta absolutamente integrado e harmonioso em
relação ao seu todo”. (GOMES, 2000, p.82).
Ainda as alternativas a serem confeccionadas apresentam coerência
proporcionando organização visual sendo o resultado formal absolutamente
integrado e harmonioso em relação ao seu todo. Os calçados têm como
inspiração “um passeio na fauna brasileira”, e levam a percepção da temática
proposta em evidencia, utilizando um design diferenciado.
Face Lift / Lifting – trata-se da aparência e estética do produto. Com
formas que representam as a fauna brasileira como bichos ou algo que
represente os mesmos. O couro é utilizado para a fabricação de todas as
alternativas por ser um material de alta qualidade e eficaz, porém nas
alternativas 18 e 20 ele receberá um recorte diferenciado feito manualmente a
navalha e ainda a aplicação de tecido . As alternativas 1 e 4 receberão enfeites
de metais e elásticos.
7.2 Função de Uso
A função de uso diz respeito à real e primeira utilização do produto,
mesmo que determinados produtos possam também possuir outras funções,
estas são denominadas funções secundárias de uso.
“O objetivo principal do desenvolvimento de produtos é criar funções
práticas e adequadas para que mediante seu uso satisfizer necessidades do
164
usuário”. (LÖBACH 2000, p. 58). As características de um produto devem ser
destinadas ao seu tipo de atividade, assim tornando o produto de agrado á
todos do público alvo.
A coleção de bolsas e sandálias rasteiras “um passei pela fauna
brasileira” tem como principal função proteger e garantir o conforto de seus
usuários, como função primária referentes às sandálias, à de proteger os pés
das mulheres, pois calçados são indispensáveis; e a função primária das
bolsas e a de carregar objetos das mesmas.
Como função secundária, a estética e funcionalidade, pois além de
fazerem as mulheres se sentiram elegantes usando sandálias adequadas a
seus gostos, as bolsas podem ser usadas de maneiras diferentes, na
alternativa 4, sua alça pode virar um cinto através de fivelas existentes na
mês,a ela pode ser destacada, onde entra outro peça de couro que fará o
fechamento do cinto. E na alternativa 20 pode ser usada com duas frentes
diferentes, que podem ser destacadas através de um zíper que é localizado no
meio da lateral da bolsa, proporcionando um diferencial na composição do look.
7.3 Função Ergonômica
A coleção proposta para o desenvolvimento do presente projeto é
baseada na união do conceito de exclusividade, funcionalidade, estética e
conforto para que as mulheres sintam-se seguras e elegantes.
Para efetuar análise da função ergonômica baseou-se de acordo com
Filho, (2003) nos Fatores Ergonômicos Básicos (FEB) que consistem nas
diversas qualidades desejadas para a materialização de um produto final.
Segurança – De acordo com Gomes, (2003 p. 29) “conceitua-se
segurança como a utilização segura e confiável dos objetos em relação às suas
características funcionais, operacionais, perceptíveis, de modelagem, de
fixação, sustentação, e outras, [...]”
A segurança dos acessórios é de extrema importância, pois um calçado
com salto mal colocado pode trazer riscos aos seus usuários como torções ou
até mesmo lesões mais graves e as bolsas com alças precárias podem
prejudicar a coluna ou o fechamento inadequados pode ocasionar perda de
165
alguns objetos. As sandálias confeccionadas serão seguras, pois todos os
modelos possuem salto alto de no máximo 3 cm, assim mantendo o equilíbrio
do corpo.A seguir uma figura onde podemos perceber exatamente o que
acontece com o pé quando está com um salto de até 2cm
Figura 325: Salto dois centímetros.
Fonte: SCHMIDT, 1995.
Alem de o salto ser baixo, as tiras do cabedal dos dois modelos
confeccionados passa pelos principais pontos do pé. A seguir uma figura ara
melhor entendimento.
Figura 326: Marcação de pontos.
Fonte: SCHMIDT, 1995.
• Ponto A: ponto de elevação
• Ponto B: ponto do alto do dorso do pé
• Ponto C: ponto do costado
• Ponto D: boca da gáspea.
• Ponto E: ponto auxiliar.
• Ponto F: corresponde a altura do calcanhar.
• Ponto G: é a cama do salto
• Ponto H: é a parte mais alta da forma na parte da frente.
• Ponto I: é a parte mais avançada da forma (bico).
• Ponto J: altura do talão, na lateral.
166
• Ponto L: é a parte inferior do calcanhar
Tarefa – “É um conjunto de ações humanas que torna possível um
sistema atingir um objetivo. Em resumo, é o que faz funcionar o sistema para
se atingir um resultado pretendido”. (GOMES, 2003 p.28)
Os problemas ergonômicos relacionados a esse fator nos calçados
confeccionados são inexistentes, pois todas as modelagens relacionadas aos
calçados foram desenvolvidas a partir de uma forma com medidas padrões,
estas foram rigorosamente seguidas na modelagem e na confecção para que
os calçados não cause desconforto às usuárias.
Figura 327: Forma Kunz Fonte: arquivo do autor
Conforto – “De modo geral, é uma condição de comodidade e bem-estar.
Conceitua-se, por outro lado,com a sensação de bem-estar, comodidade e
segurança percebida pelo usuário nos níveis físicos e sensoriais. (GOMES,
2003, p.29).
As sandálias são confortáveis, pois está dentro dos padrões ergonômico
possuem 2 cm, porém o uso continuo de um sapato baixo pode ocasionar
dores no calcanhar, por isso foi usada uma palmilha dublada, com plantex e
eva que garante ainda mais o conforto.
Materiais – “Define-se material como pertencente a matéria,qualquer
substancia sólida, líquida ou gasosa. Conceitua-se material como todo e
qualquer componente do objeto”. (GOMES, 2003, p. 33).
167
Os materiais escolhidos para serem trabalhados no desenvolvimento
desta coleção são o couro que permite a transpiração é fácil de limpar, a sarja
que é impermeável, assim garantindo por maior tempo que a sujeira se infiltre
no produto entre outros. As peças podem ser identificados facilmente pelo tato
pois possuem texturas e detalhes, e sua aparência lembra bem a temática
proposta.
168
8 COMPOSTO MERCADOLÓGICO
Composto mercadológico é a etapa que define como será a distribuição e
venda do produto no mercado.
8.1 DESENVOLVIMENTO DA MARCA:
Com base na declaração de King (1998, apud AAKER, 1998, p. 01),
O produto é algo que é feito na fábrica; a marca é algo que é comprado pelo consumido: O produto pode ser copiado pelo concorrente, a marca é única. O produto pode ficar ultrapassado rapidamente; a marca bem sucedida é eterna.
Considera-se extremamente importante a criação de uma marca, então
nesta etapa serão elaborados todos os contextos de desenvolvimento da
marca do presente projeto tais como nome da mesma e arte gráfica.
A marca que será lançada no mercado foi desenvolvida exclusivamente
para atender ao público feminino, ela cria bolsas e sandálias rasteiras para
mulheres que procuram design diferenciado, exclusividade, qualidade, conforto
e funcionalidade, assim chamando a atenção através dos produtos da mesma.
8.1.1 Nome
Muitos foram os processos criativos até o presente nome já citado ao
longo do projeto – Chaiane Boeira -, foram usadas técnicas de criatividade
como o Brainstorming. Inicialmente foi escrito em uma folha todos os adjetivos
destinados ao conceito da coleção, feito estes, foram aplicado modificações,
porém nenhuma efetuada com sucesso então se decidiu pelo nome Chaiane
Boeira como marca do projeto por ser o nome da autora do mesmo.
O nome Chaiane Boeira, quer traduzir as características do público que
usa a marca. Definido o nome, são geradas alternativas referentes ao
simbolismo que lhe representa. “Uma idéia, no mais alto sentido do termo, só
pode ser transmitida por um símbolo. (COLERIDGE apud AAKER 1998 p. 191)
169
Figura 328: Nome da marca
Fonte: arquivo do autor
8.1.2 Aplicação Gráfica
Com objetivo que conseguir uma ótima divulgação e fixação da uma
marca no mercado, se faz necessário a execução de cartões de visita e outros
atrativos como confeccionar itens a mais, que podem ser blocos de anotações,
adesivos, canetas, chaveiros, sacolas entre outros promocionais. A seguir
serão dispostos os modelos confeccionados para a marca “Chaiane Boeira”
alguns serão pertinentes a cada coleção, sendo modificados por sazonidade,
outros irão pertencer todas as coleções da marca.
8.1.2.1 Cartão de Visita
Primeiramente foi desenvolvida uma arte gráfica para o cartão de visita,
depois o mesmo foi elaborado com impressão bilateral a laser, sendo a frente
na cor preta com a logo da marca em cor branca localizada no centro do
cartão, com o site da marca logo em baixo e na parte traseira na cor cinza,
170
contento no canto direito inferior o nome da estilista, no caso, Chaiane Boeira e
os dados empresarial como e-mail, endereço, telefone entre outros. Os cartões
foram elaborados em papel coche 240g.
Figura 329: Cartão de visita
Fonte: arquivo do autor
8.1.2.2 Papel Timbrado
O papel timbrado será utilizado em caso de envio de correspondências a
outros, com fins de divulgar a marca. A seguir um modelo do mesmo.
Figura 330: Papel Timbrado Fonte: arquivo do autor
171
8.1.2.3 Bloco de Notas
Foram elaborados blocos de notas que serão destinados a finalidades
promocionais tais como, em um desfile que e marca participar, fazer a entrega
do bloco para o público que irá prestigiar ou então para o cliente que comprar
produtos da marca, entre outros. Este será modificado pela marca conforme a
estação e sua temática.
Figura 331: Bloco de Notas
Fonte: arquivo do autor
8.1.2.4 Adesivo
O adesivo será unicamente distribuído junto à compra dos clientes. Foi
elaborado somente com o nome da marca, na cor preta com as margens
transparentes, pode ser colado em qualquer lugar onde o cliente desejar.
Figura 332: Adesivo
Fonte: arquivo do autor
172
8.1.2.5 Sacola
É fundamental a uma marca a sua sacola, primeiramente para exercer a
sua primeira função sendo de guardar o produto para que a cliente possa
carregar, quando bem elaborada muitas vezes é usada também com outros
fins, divulgando em longo prazo o nome da marca, endereço, telefone e etc.
Por se tratar de uma venda em pequena escala, será elaborada somente
embalagem a mesma será aplicada também como embrulho de presente, se
tratando de sacola de papel pardo, com vazado para se poder segurar e um
laço em fita de cetim preto de enfeite que também funciona como sistema de
fechamento.
A seguir encontra-se a embalagem final.
Figura 333: sacola
Fonte: arquivo do autor
8.1.2.6 Caixa
Para que um produto seja transportado com segurança, além da sacola
será colocado dentro de uma caixa, garantindo assim que a peça não sofra
nenhum dano. A caixa será confeccionada de maneira artesanal, em cima de
uma caixa de madeira será a plicada a técnica de decopagem, onde será feita
colagem de figuras referente à moda, acessórios e a temática da coleção. Este
será modificado pela marca conforme a estação e a temática que será
proposta.
173
Figura 334: Caixa de Sapato Fonte: arquivo do autor
8.2 FUNÇÃO INFORMACIONAL
Com objetivo de que o consumidor conheça melhor as informações
relativas aos produtos confeccionados e a coleção que esta sendo trabalhada,
serão elaborados tags explicativos e etiquetas de instrução.
De acordo com Pinho (2001, p.100):
Muitos produtos lançados no mercado têm de ser embaladas e rotuladas, favorecendo o tratamento da embalagem e da rotulagens como elemento da estratégia de marketing [...], a embalagem é conceituada como uma função técnico econômico, com objetivo de proteger e distribuir produtos [...] além de aumentar as vendas e consequentemente os lucros.
Por isso como já dito os produtos terão embalagens e esta etapa será
desenvolvida etiquetas de especificações dos produtos.
8.2.1 Tag
O tag tem como objetivo informar de maneira objetiva os cuidados que
se deve ter com o produto. Este será aplicado as bolsas e sandálias por meio
de uma fita de cetim assim não perfurando os produtos, evitando danos em sua
retirada.
Abaixo observa-se o modelo do tag.
174
Figura 335: Tag
Fonte: arquivo do autor
8.2.2 Etiqueta
A etiqueta vai localizada na parte interna das bolsas, com as intruções
como material utilizado, sua composição, nome da marca entre outros e nos
calçados ficará localizada na parte inferior da sola, com a numeração do
calçado entre outros.
8.3 FUNÇÃO DE MARKETING
De acordo com Kotler (1999), a função de marketing requer que os
profissionais da área que decidam sobre o produto e suas características,
definam o preço, decidam sobre como distribuir o produto e selecionem
métodos para promovê-lo. A estrutura dos quatro os consiste em: Produto,
Preço, Praça e Promoção.
Richers (1998, p.16) afirma que apesar de novo o conceito de marketing
já transitou por uma série de fases conotativas bem distintas e em muitas
vezes divergentes.
O presente projeto então observou a necessidade de utilizar a estrutura
dos quatro Ps, para sua função de marketing.
175
8.3.1 Produto
“A base de qualquer negócio é um produto ou serviço. Uma empresa
tem por objetivo oferecer algo de maneira deferente e melhor, para que o
mercado-alvo venha a preferi-lo e até mesmo pague um preço mais alto por
ele”. (KOTLER, 1999, p.126).
Para que um produto seja aceito com sucesso no mercado ele necessita
de um diferencial, as bolsas e sandálias Chaiane Boeira, da coleção “um
passeio pela fauna brasileira”, obtém algumas das exigências de mercado, as
peças são produzidas exclusivamente, com processos manuais, tem fatores de
conforto para que a cliente se sinta satisfeita.
Todos os produtos são de excelente qualidade, feitos com os melhores
materiais e tecnologia existentes no mercado além de serem fabricados
artesanalmente, assim tornando os produtos exclusivos.
As políticas de garantia referentes aos produtos funcionarão da seguinte
maneira, por se tratarem de calçados e bolsas a garantia de troca somente
será feita com a etiqueta aplicada e em boas condições, com um prazo máximo
de três meses após a compra, em casos de defeitos na fabricação, a marca
Chaiane Boeira fará o concerto adequado ou ainda proporciona a troca por
outro produto, não idêntico já que as peças são exclusivas, não satisfeito com a
troca, cliente pode optar pela devolução do seu dinheiro.
Em caso de ser presente e a pessoa que receber não gostar da peça,
somente será feita a troca por outro, se o produto estiver com a etiqueta
aplicada e em boas condições, com um prazo máximo de 30 dias após a
efetuada a compra.
A loja especializada nos produtos da marca, não se responsabilizará por
estragos causados nas peças pelos próprios usuários, porém disponibilizará
um sistema de reparo, o qual terá um custo inferior ao encontrado no mercado,
este só será efetuado nas peças da própria marca.
176
8.3.2 Preço
Segundo Kotler (1999, p.129). “O preço difere dos três elementos do mix
de marketing no sentido em que gera receita; os demais geram custos”. Uma
vez selecionado o produto ou serviço, o designer estará encontrará o problema
de fixar os preços.
Quanto pode pedir por ele? Seja qual for o preço que escolher, precisa parecer ao consumidor objetivando que o preço é “justo” para aquele item. Ele ou ela devem ver no preço um valor, e essa percepção dependendo do item e da pessoa que esta tentando atingir (STONE, 2002, p. 114)
As peças serão desenvolvidas totalmente com processos artesanais,
este fator por sua vez agrega um valor alto. Os custos dos materiais variam de
R$ 50,00 à R$ 150,00 reais, o preço de fabricação e montagem será em torno
de R$ 100,00 por peça, ou par de sandálias assim totalizando o custo de R$
150,00 à R$ 250,00.
Percebendo o publico alvo trabalhado no projeto, foram estipulados os
preços, estes se destinam ao par ou a uma bolsa, como não formam conjuntos
as peças podem ser vendidas separadamente. O valor estipulado a elas variam
de R$ 400,00 à R$ 500,00 o par ou a bolsa, dependendo dos materiais e mão
de obra aplicada a elas.
Devido o publico serem mulheres independentes financeiramente ou em
buscada da mesma, a loja trabalhará seguindo a tradição do mercado atual,
nas compras a vista será concebido um desconto de até 10% dependendo do
valor da compra ou parcelado em até 2x no cartão. Para aqueles clientes fieis a
marca será aceito o pagamento de cheques e o sistema de crediário, podendo
assim dividir em até 4x.
8.3.3 Promoção / Publicidade
Segundo Kotler (1999, p. 136) a “promoção, cobre todas aquelas
ferramentas de comunicação que fazem chegar uma mensagem ao público-
alvo”.
177
A publicidade é a disciplina do composto de promoção cuja força provém de sua grande capacidade persuasiva e da sua efetiva contribuição aos esforços para mudar hábitos, recuperar uma economia, criar imagem, promover o consumo, vender produtos e informar o consumidor. (PINHO, 2001 p. 171)
Pertinente a publicidade estão às propagandas impressas como
outdoors e catálogos. Há também o site da própria marca, o evento de
lançamento das linhas primavera/ verão, tais como desfile e coquetel e os
brindes referente a coleção atual.
8.3.3.1 Outdoor
A expressão outdoor designa, em seu sentido mais amplo, toda a
publicidade ao ar livre, na forma de cartazes, painéis, placas e luminosos.
(PINHO, 2000, p.197)
Possuem como característica comum o grande poder de comunicação,
em razão do forte apelo visual e a leitura imediata; a colocação em locais com
boa visibilidade e intenso fluxo de pessoas é indispensável.
Será utilizado outdoor no seu sentido mais especifico, em forma de
cartaz, para a divulgação imediata da coleção. O cartaz essencialmente urbano
é constituído da colagem de folhas de papel, com o anuncio previamente
impresso, em uma estrutura de ferro ou madeira de três metros de altura e
nove de comprimento, sua circulação será de dois meses. Este ainda será
concluído.
178
Figura 336: Outdoor
Fonte: arquivo do autor
8.3.3.2 Catálogo
Cada catálogo deve ter uma razão para existir, um nicho de mercado a
preencher. O posicionamento, a seleção das mercadorias, conceitos criativos
do catálogo, cuja circulação é naturalmente o ato afinal em que ele precisa ser
percebido como valioso para ser folheado e iniciar a ação. (STONE, 2002,
p.339)
O catálogo que será desenvolvido pela marca Chaiane Boeira, será
introduzido no mercado a fim de promover o conhecimento dos produtos. Ele
apresentará somente os desenhos da coleção, por se tratar de produtos
exclusivos, que serão confeccionados uma única vez, a partir do momento que
certa pessoa escolher o modelo desejado não será mais produzido. Este será
confeccionado posteriormente.
179
8.3.3.3 Site
Maior rede de computadores de todo o planeta, a Internet nasceu com
uma plataforma de uso exclusivo de organizações governamentais e hoje
tornou-se um dos maiores meios de comunicação, estima-se que atualmente
existam mais de quatro milhões de pessoas conectadas na rede mundial.
(PINHO, 2001)
A publicidade on-line esta disponível aos usuários da internet durante
24hs por dia, será criado um site onde estarão dispostas informações como
histórico da marca, a coleção e suas linhas, uma central de atendimento ao
consumidor e entretenimento. O site ainda não foi confeccionado até o
presente momento.
Figura 337: Site
Fonte: arquivo do autor 8.3.3.4 Coquetel de lançamento
No lançamento do produto o convite aos clientes será efetuado através
de telefonemas, cartas e e-mails. O coquetel que será feito nas próprias lojas
fornecedoras dos produtos, onde também haverá a divulgação da marca
Chaiane Boeira através de um desfile de apresentação dos respectivos
180
modelos da marca. Na loja haverá exemplares dos pares dos sandálias
rasteiras e bolsas, os catálogos da marca serão distribuídos durante o coquetel
podendo assim fechar uma venda.
8.3.4 Praça
“Cada fornecedor deve decidir como tornar suas mercadorias
disponíveis ao mercado-alvo. As duas escolhas serão vencer os bens
diretamente ou vende-los por meio de intermediários”. (KOTLER, 1999, p. 133)
Praça pode estar referida as lojas destinadas a venda da coleção, os
canais de distribuição, logística, armazenamento entre outros itens referentes
ao ponto de venda.
Será aberta uma loja de acordo com o conceito da marca, estilo atelier já
que os produtos são únicos. Esta receberá uma decoração projetada com o
perfil do público, os cabides, provadores e vitrines serão elaboradas de forma
customizada pela própria estilista - proprietária da loja, dando um ar despojada
ao ambiente. Esta pequena loja venderá somente os produtos da marca, será
localizada em Balneário Camboriu - SC devido ao grande poder de compra dos
turistas que freqüentam a cidade durante o ano todo.
A maioria dos produtos ficará disponibilizada ao olhar dos clientes, não
contendo estoques pois as peças são feitas exclusivamente, podendo vir a ter
pedidos para a fabricação.
A loja contará com equipamentos como computadores para controle
financeiro e sensor de códigos de barra, permitindo maior rapidez e
comodidade na compra ao cliente.
181
CONSIDERAÇÕES FINAIS Finalizando esta etapa do presente projeto, observa-se que os produtos
e suas dimensões comerciais, estão prontos para a inserção no mercado.
Estes são destinados à um público feminino sem restrições de idade, já que
todas as mulheres tem a tendência de usar bolsas e sandálias rasteiras ao
longo de sua vida, estas que a cada estação crescem aceleradamente.
A proposta do projeto é de trabalhar produtos exclusivos, de forma
única, lançando uma coleção de bolsas e sandálias rasteiras para a estação
primavera/ verão 2009, com variadas linhas, trabalhadas de formas diferentes,
assim permitindo que as usuárias tenham uma identificação forte com a marca.
Projetada através de uma forte divulgação, a marca Chaiane Boeira
pretende se instalar primeiramente na cidade de Balneário Camboriu- SC,
trazendo um conceito diferente aos acessórios casuais.
Rematando, a proposta do presente projeto é irreverente, com forte fator
comercial e viabilidade dos produtos confeccionados.
182
CONCLUSÃO
Através de várias pesquisas feitas, pode-se perceber que o público
feminino possui uma forte atração por acessórios, os consideram fundamentais
para o uso no dia-a-dia, por isso este projeto é destinado ao público feminino.
Com a proposta de unir bolsas e sandálias rasteiras, com o conceito de
exclusividade, chegou-se a conclusão que os produtos seriam aceitos com
sucesso no mercado, primeiro porque todas as mulheres são adeptas ao uso
de bolsas e segundo porque as sandálias rasteiras estão cada vez mais
ganhando seu espaço no mercado, já que a busca pelo conforto muitas vezes
esta a cima da estética.
Por isso, a coleção “Um passeio pela fauna brasileira”, trouxe para a
realidade feminina, bolsas e sandálias com design diferenciado através da
proposta inicial do projeto e da temática utilizada que possibilitou o despertar
da beleza que a fauna proporciona, deixando um ar de diversão e ousadia.
As pesquisas bibliográficas proporcionaram a compreensão de vários
assuntos, principalmente das tendências de moda para o verão 2009, com
relação a bolsas e sandálias, bem como, identificar a grande relação da mulher
com os acessórios e a verdadeira paixão que os mesmos despertam no publico
feminino, assim proporcionando um maior conhecimento do público-alvo a suas
respectivas preferências e necessidades.
A pesquisa de campo foi de suprema importância, pois através da
mesma foi possível ter um maior contato com o público-alvo identificando suas
preferências sobre assuntos relacionados com bolsas e sandálias tais como
formas, cores, estilos, podendo, as informações, serem utilizadas para o
desenvolvimento da coleção “Um passeio pela fauna brasileira”. Os acessórios
têm como conceito principal a exclusividade, unindo o conforto, a
funcionalidade, a elegância e sofisticação.
O desenvolvimento do projeto seguiu a metodologia proposta, ocorrendo
dentro do prazo esperado, assim conseguindo-se chegar a um excelente
resultado.
O presente projeto alcançou os objetivos esperados, atendendo as
necessidades do público-alvo e ao mesmo tempo proporcionando o
183
desenvolvimento dos produtos de acordo com as tendências de moda no
segmento de acessórios, levando ao público um design diferenciado. O tema
também, considerado de grande importância, trouxe um grande apelo visual,
assim, conscientizando de alguma forma os clientes sobre a importância de
cuidarmos do que é nosso, das belezas naturais que nosso país possui.
Conclui-se então, que através de todas as pesquisas feitas, o presente
projeto é considerado viável e os produtos estão prontos para serem inseridos
no mercado.
184
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189
APÊNDICE - A
CRONOGRAMA
Tabela 2: Cronograma do projeto
MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
DIAS DO MÊS 07 14 21 28 04 11 18 25 02 09 16 23 30 06 13 20 27
Desenvolvimento da Met/Cronograma
x
Planejamento do Projeto e da pesquisa; definição do tema e do público alvo
x
Pesquisa de campo (estado do design)
x
Análise dos dados da pesquisa e finalização do relatório
x
Defesa da pesquisa e entrega do relatório parcial
x
Conceituação x
Ilustração (técnicas) x
Geração de Alternativas x x
Desenvimento Técnico-Ergonomia
x
Desenvolvimento Técnico-Materiais
x
Desenvolvimento Técnico e Orientações
x
Desenvolvimento da coleção
x x x x
Banca Defesa Final e Entrega do Book da Coleção
x
190
APÊNDICE - B
Centro de Educação de Balneário Camboriú Curso de Design de Moda
O presente questionário tem por finalidade fundamentar a elaboração de um projeto de calçados e sandálias rasteiras.
Solicito sua colaboração com as respostas e a permissão da divulgação dos resultados, a fim de desenvolver uma boa pesquisa.
1-Quantos anos você tem? ( ) Entre 20 e 30 ( ) Entre 30 e 40 ( ) Mais de 40 anos 2-Quais os lugares que você costuma freqüentar? 3-Você procura obter produtos exclusivos na área de acessórios? ( ) Sempre ( ) As vezes ( ) Nunca 4-Qual sua opinião sobre uma coleção de bolsas e sandálias rasteiras? 5-Qual o estilo de sandália rasteira que mais lhe agrada?
( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( ) 6- Sobre material aplicado em uma sandália rasteira, qual agrada você? ( ) Aviamentos ( ) Tecido ( ) Pedras ( ) Metais ( )Outros: Quais? _________________________.
191
7-Qual o estilo de bolsas que mais lhe agrada?
( ) ( )
( ) ( ) ( ) 8-Sobre material, qual você gostaria de ver aplicado em uma bolsa? ( ) Aviamentos ( )Pedras ( ) Metais ( )Outros: Quais? _________________________. 9-Sobre a coloração dos acessórios, você prefere: ( ) Uma cor só ( ) Estampa de bichos ( ) Listras ( ) Colorida ( ) Estampa floral ( ) Abstratas ( )Outros: Quais? ___________________.
Obrigada pela colaboração.