Caderno de Palavras 3 ______________________________________________________________________
Caderno
de Palavras
3
Junho de 2009
Caderno de Palavras 3 _____________________________________________________________________
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Era só um ponto, apenas um nada,
Um desassossego, uma lágrima negra, só um ponto!.
(Syl Signoretti)
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Lei de Direitos Autorais nº 9.610/98 .
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Caderno de Palavras 3 _____________________________________________________________________
Alcides Cursino de Siqueira Neto ................................................................................. 50 O Mar Malemolente ................................................................................................... 50
Aline Hermmann Berber ................................................................................................ 15 Olhe a Lua .................................................................................................................. 17 Pedaços de mim.......................................................................................................... 15 Sonho Imperfeito ........................................................................................................ 16
Amandu .......................................................................................................................... 31 Começo de vida .......................................................................................................... 32 Linha Limite ............................................................................................................... 31 Simples ....................................................................................................................... 33
Angela Oliveira ............................................................................................................. 24 Liberdade.................................................................................................................... 25 Magoou....................................................................................................................... 24
Antonio Ayrton P. da Silva ............................................................................................ 18 Todas as Cores............................................................................................................ 19 Traços ......................................................................................................................... 18 Vela, Luz e Sombra .................................................................................................... 20
Aurélio Osório Aquino de Gusmão................................................................................ 11 Do tempo e mais dizentes........................................................................................... 11
Betânia Freire Teixeira ................................................................................................... 51 Amorarte..................................................................................................................... 51 Fio de Prata............................................................................................................... 53 Sensibilidade............................................................................................................... 52
Celeste ............................................................................................................................ 26 Apaixonada................................................................................................................. 26
Celina Vasques .............................................................................................................. 21 Almas.......................................................................................................................... 23 Pianíssimo................................................................................................................... 21 Segredo ....................................................................................................................... 22
Dagmar Bs. ....................................................................................................................... 8 Despedida ................................................................................................................... 10 Falta de você................................................................................................................. 9 Momentos ..................................................................................................................... 8
Fátima Mota.................................................................................................................... 27 Além do vidro............................................................................................................. 27 Com a palavra (a palavra)......................................................................................... 29 Deitei sob estrelas (FIB) ............................................................................................. 28
Jessyllene........................................................................................................................ 39 Alma Moralista ........................................................................................................... 39
Jônatas Freitas da Silva................................................................................................... 48 A Jaula ........................................................................................................................ 48 Um Segundo ............................................................................................................... 49
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Marcus Vinícius Araújo Pereira ..................................................................................... 47 Poesias de minha alma................................................................................................ 47
Marisa Helena Carneiro Ribas..................................................................................... 36 Cinza........................................................................................................................... 37 Constante .................................................................................................................... 38 Encantamento ............................................................................................................. 36
Marilda Corrêa............................................................................................................... 40 Faz-me Senhor seleiro ................................................................................................ 40 O barro e o oleiro........................................................................................................ 43 Renova-me Senhor ..................................................................................................... 45
Nasciartes ....................................................................................................................... 34 Necessidade de escrever ............................................................................................. 34
Paulinho Sandro Kim ..................................................................................................... 35 Submisso do amor ...................................................................................................... 35
Syl Signoretti ................................................................................................................... 5 Caderno......................................................................................................................... 5 Prenda ........................................................................................................................... 7 Súplica .......................................................................................................................... 6
Walfrido Oliveira da Silva.............................................................................................. 12 Grãos de areia ............................................................................................................. 14 O Pássaro .................................................................................................................... 12 Ti................................................................................................................................. 13
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Syl Signoretti Itajubá /Mg
Caderno 14 de junho 2009 às 10:30
( Homenagem ao trabalho de Antonio Ayrton )
Um espiral, Páginas em branco,
Detalhes de uma lembrança... Uma pauta,
Traçados na memória, Algum sentido,
Palavras!
Um espiral, Algumas folhas de poemas,
Caderno de palavras, Trovas de amor,
Beijos selados no pensamento, Negados no dia,
Roubados na noite...
Um espiral, Uma tarde com estrelas,
Um arco íris no ar, Chuva na praça, amor todo sem graça,
Você e eu, caderno de palavras!
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Syl Signoretti Itajubá /Mg
Súplica 14 de junho 2009 às 10:00
Foram mil vezes, Enquanto entoa o sino, suplica.
Vestígios de cinza, O vestido rasgado...
A marca na face, a dor!
Foram as vezes que perdida, Ora,
Entoa o mantra, Vaga pelo espaço,
Azul, anjo com asa, tem céu!
Foram tantas, as vezes, Que esquece de si,
Perde-se no que se dedica, Apenas um homem, uma mulher,
Vaga pela cinza, nas mãos um retalho, um fim!
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Syl Signoretti Itajubá /Mg
Prenda 15 de junho 2009 às 8:00
Sensível emoção que calada, Grita!
Bate o peito febril, Estala os lábios em beijos,
Sonoros estalitos, são fogos, São João... Santo Antônio,
E o meu coração remendado, De chita, fuxico, uais... Sou noiva, sou semente Fértil meu solo, é festa
Lampejos de fogueira, foguetes, Batata doce assada, é explosão
Risada no meu coração, é paçoca Tem quentão,
Beijos oferecidos, de graça, É festa sublime,
Sou caipira, sou prenda, Secreta, do seu coração!
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Dagmar Bs. São Paulo / SP
Momentos 23 de novembro 2008 às 2:30
Você surgiu de repente Se fez parte da minha vida Suas palavras, sua alegria, Seu olhar, seus mistérios
Momentos mágicos Agora, lembranças...
Senti demais sua partida A saudade é minha companheira Nem ao menos uma despedida...
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Dagmar Bs. São Paulo / SP
Falta de você 7 de janeiro 2009 às 4:00
Sem tua presença Tudo fica sem sentido
Vivo a procura de sensações... As estrelas não são mais tão brilhantes Nem a lua me traz serenidade constante
Parece que o tempo não passa... As tormentas insistem em me acompanhar Algumas vezes sou um turbilhão de ideias,
Outras, só fumaça em dispersão A ansiedade me consome dia a dia,
Pensamentos teimam em me provocar Refletindo bem,
Acho que sou viciada em você
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Dagmar Bs. São Paulo / SP
Despedida 24 de fevereiro 2009 às 3:14
Arrume suas coisas e não chora Vá morar em outro lugar
Não mereço alguém que me ignora Carinho você não sabe dar
É preciso ter coragem
E tentar seguir em frente A vida é uma grande viagem Vá embora, você só mente
Sou bastante mulher
Frágil, porém decidida Pra assumir que não me quer
Estou longe de me sentir ofendida
Quero alguém que compartilhe Quero respeito e amor
Quem sabe um dia alguém te ensine Pra que não distribua mais dor
Vá,
Desejo que você seja feliz!
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Aurélio Osório Aquino de Gusmão João Pessoa / PB
Do tempo e mais dizentes 27 jde unho 2009 as 20:21
o tempo é um disfarce da alma
tanto mais agora tanto mais acalma
não que fuja da lógica dos números e dos nadas
mas que tenha a compreensão de que não tarda
o tempo é ofício de tanger a calma e descobrir o vau dos rios da alma.
o tempo
é invólucro do espaço e toda hora e lugar em que me abraço
não tem do rio
qualquer semelhança pois o rio nunca para
na lembrança
não tem da rua a mesma simetria
pois passos não lhe andam apesar de via
o tempo
rói a intenção como um rato
que quisesse roer o seu retrato
pois falta-lhe a concisão de parecer-se uno
quando imagem não seja o que degluta
mas a própria carne que desusa.
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Walfrido Oliveira da Silva São Paulo/SP
O Pássaro 2 de junho 2009 às 15:49
Jaz entre destroços, caído e morto, O corpo de um pássaro, desfalecido, torto...
Tal visão de semelhante criatura, Mostra-me o tão de valoroso é a vida, E o quanto fazemos dela uma tortura,
E o tanto que não desejamos sua partida.
No entanto, quem conseguirá fugir? Quem conseguirá não partir?
Pois, o único problema que não logramos uma resposta é a partida; O pôr-do-sol, o final de uma vida.
Mas agora vejo e choro. Percebo o fim inevitável.
O escurecer da luz, lamentável. O final de um acordo,
O enfeite na lápide, o adorno.
Sei que tal dia chegará; Para meu triste lamento.
Assombrar-me-á, me atormentará! O meu eterno descontentamento...
Mas como é curioso o mundo.
Cheio de começos e fins eternos. Tudo acabando no mesmo fundo;
Fundos buracos perpétuos... A tarde se acabando...
O pôr-do-sol completando sua jornada; A luz minguando...
O fim chega; o problema se acaba; meu nada.
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Walfrido Oliveira da Silva São Paulo/SP
Ti 2 de junho 2009 às 15:30
A respiração fica descompassada, Não consigo me deter! Esta beleza acoroçoada,
Estou a me perder.
Esse olhar, meu coração acelerar O surgimento da ávida quimera.
Paralisado no meu relapso, Estou paralisado, entrarei em colapso!
Eu coro na presença, nesta áurea bela,
Calafrios, neste sorriso de ferra! A onipotente beleza transcendente,
A genialidade inocente da alma onisciente.
O sentimento presente na face da alegria, A brancura, a excelsa estadia.
O amar da simplicidade do amor, A transpiração do puro calor!
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Walfrido Oliveira da Silva São Paulo/SP
Grãos de areia 2 de junho 2009 as 15:44
Eu conto os grãos de areia... Conto as tantas vezes que pensei em você...
Conto as infinitas estrelas do lindo céu...
De tanto contar, meus pensamentos perderam-se; De tanto contar, meu coração enlouqueceu!
Fiquei perdido nesta imensidão de pensamentos... Perdi os pensamentos pensando em você...
Querendo você dentro de mim... Querendo este amor dentro de mim... Querendo ti de tanto pensar em você!
A razão sem sentido do meu sentimento; O que quero eternamente em mim:
Meu amor por você.
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Aline Hermmann Berber São Paulo / SP
Pedaços de mim 3 de junho de 2009 às 19:30
Meu amor é um laço, um novelo de linha; Um retalho de pano, um borrado de tinta;
Uma escultura imperfeita da figura mais linda; Um bordado na roupa, uma saia com fitas.
Meu amor é um compasso, que não tem melodia;
É um livro guardado, uma fotografia; É um quebra cabeça, uma singela poesia;
É uma miniatura, a maior fantasia.
Meu amor é um traço, de desenhos perdidos; Uma peça de teatro, uma estante de discos;
Um quadro na parede, um troféu bem antigo; É um sonho de valsa, um beijo escondido.
Meu amor é o espaço, de um tempo adormecido;
Uma trilha sonora, uma chuva caindo; Uma estrela cadente, indicando o destino; Um olhar de desejo, é um sonho vivido.
Meu amor é um pedaço de mim; De pedaços recolhidos da vida; Meu amor, são detalhes assim;
De lembranças jamais esquecidas.
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Aline Hermmann Berber São Paulo / SP
Sonho Imperfeito 4 de junho 2009 às 3:01
Nas flores do campo No azul do seu olhar Entre mil paisagens
Sei que existe o nosso lugar...Será
Que dessa vez vai dar certo Destino incerto
Que vai e vem nos sorrindo Tão longe e tão perto
Colorindo castelos de areia
Na esperança de tudo mudar Desejando que o vento não venha
E que o sol encontre o caminho pro mar
No cheiro da noite Quando a chuva cai devagar
O coração se acalma E a lembrança vem me abraçar... Será
Que encontraremos um jeito
Sonho imperfeito Que não nos deixa fazer
O que temos direito
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Aline Hermmann Berber São Paulo / SP
Olhe a Lua 4 de junho 2009 às 2:59
Lua que se esconde atrás do céu Que não ri, que não fala
Ouço a sua voz no olhar de prata Que me chama, me agrada
Seu desenho, sua casa Seu espelho, sua farsa
Lua que flutua no néon
Grande Deusa dos amantes Vejo em teu rosto minha amada
Que me envolve, me devora O meu corpo, minha alma Meu segredo, minha calma
Esse amor que abraça a fantasia
Foge o tempo, ludibria Vivo a te viver a cada dia Pra te olhar me perderia
Via Láctea, andaria Pra te ter eu morreria
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Antonio Ayrton P. da Silva São Paulo / SP
Traços 3 de dezembro 2008 às 22:44
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Meus traços foram feitos por passos Olhando planetas cometas, estrelas Numa contínua rima, achando a lua Que clareia a noite de meus rastros.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .
Muitas vezes no caminho desfiz traços
Para que eu pudesse fazê-los novamente, Mas no urgente, fiz dos traços, pedaços,
E sem perceber, deixei no chão, estilhaços.
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Olhei, vasculhei, amontoei estilhaços, Houve perdas, ficaram tracejados traços,
E nos buracos da explosão por mim criados, Jorram águas para que se colem os pedaços.
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Esses moldes de traços lavados, agora soldados, Deixo Com dois buracos onde as águas passam Para que sejam espelhos de meus novos traços,
Pois aprendi a não fazer traços em pedaços.
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Agora deixo sentimentos de amor em traços, Não importa se traços às vezes tem tristezas,
Minha alma sempre é regada por dois buracos Nos traços dos traços que agora faço.
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Caderno de Palavras 3 _____________________________________________________________________
Antonio Ayrton P. da Silva São Paulo / SP
Todas as Cores 01 de dezembro 2008 às 13:42
No azul claro do céu, Vejo nuvens brancas,
O amarelo do sol, Mares de lembranças
E sinto o amor Na beleza da cor
No azul escuro da noite, Vermelhas estrelas.
Luar pintado de prata. Cores em meus sonhos
Trazem o amor Em cada toque da cor
Branco e azul Transformam-se em cinzas
Trazendo lágrimas No choro do dia Busco o amor
Na transparência da cor
Quando tudo se vai Minh' alma brilha, Arco-íris floresce,
Íris de todas as cores Encontro o amor No suave da cor
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Antonio Ayrton P. da Silva São Paulo / SP
Vela, Luz e Sombra 5 fevereiro 2009 às 11:42
Estava escuro, só o negro pairava Na lentidão de vago pensamento
Que permanecia oculto nos olhos, Procuravam o presente, e, não achava.
Acendi, a chama tomou forma Começou a dançar em volta
As sombras oscilavam em caos, A espera no nada continuava.
A luz tênue que flutuava meu corpo, Refletindo por um pouco em paredes,
Dançando na música do silencio, Descobri no agora, o mistério do vento...
A paisagem desse alento que mescla magia Caminhava, não só havia silhuetas sozinhas,
E a vida da luz amarela que se extinguia Enterrava minhas ilusões, instinto estremecia
E a chama foi, voltou o manto negro A brisa do vento ficou.. agora sentia
Minha boca de leve foi tocada O pavio queimado mostrava vermelha brasa, Sem sombras, fumaça de devaneios sumia.
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Celina Vasques Manaus/AM
Pianíssimo 28 de abril 2009 às 22:3
Mais uma vez sentei-me ao piano e dedilhei canções
como se escrevesse versos de um poema!
Meu pensamento viaja
ao transcendental como se todas as questões da vida fossem divididas em partes harmonicas nos
acordes das notas musicais.
Companheiro de longas jornadas meu amigo fiel suavemente
- pianissimo - responde a meus lamentos e ais
e entre melodias divinais recolhe minhas lágrimas
que teimosamente pingaram em suas teclas de marfim....
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Caderno de Palavras 3 _____________________________________________________________________
Celina Vasques Manaus/AM
Segredo 29 de abril 2009 às 10:32
Amo-te (ainda e tanto) meu poema canção
fala das saudades e dos meus sonhos que renderam-se aos
teus desencontros no vir e partir.
Amo-te (ainda e tanto) na imensidão do infinito
além do azul do horizonte onde a tristeza é o saber mais forte dos segredos e mistérios d'alma!
Amo-te (ainda e tanto)
no meu Eu mais profundo nos anseios
inalcançáveis e arredios sentimentos de desilusão
e a amargura dessa angustiante realidade que me enlouquece!
Amo-te (ainda e tanto)
mas tive medo das Palavras e Razões
nas lastimosas lágrimas qual o segredo ocultado
quem ama sente medo de perder...e perdi!
Amo-te... ainda e tanto!
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Caderno de Palavras 3 _____________________________________________________________________
Celina Vasques Manaus/AM
Almas 29 de abril 2009 às 10:32
Nas folhas da vida quantas vezes não jazem os versos da casualidade
palavra que segreda o que não se deu atenção ao que não
se vê!
Ao ritmo profundo e íntimo de cada ato humano conduzem-se
a necessidade imperiosa que se assemelham á chama contínua daquilo que a nossa inteligêncioa nem sempre
consegue distinguir...
Existem criaturas dotadas de almas que tornam-se conhecidas pela excelência do amor ao próximo
e que escrevem com atitudes perceptiveis ao sentido no
terreno do reconhecimento das verdades única testemunha justa dos
destinos humanos!
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Angela Oliveira Osasco / SP
Magoou 24 de junho 2009 às 21:54
Tanta emoção no meu coração Mudou o meu comportamento Fez eu delirar e jamais achar
Em alguém um novo sentimento Sua ação sem perdão
Uma atitude sem inteligência Me feriu, mas pensei
Quanta loucura e inconseqüência.
Então decidi nunca mais voltar Ficar com quem não vale a pena
Me perdi, mas me achei Na minha espiritualidade
Foi aí que senti Um grande amor de verdade
Magoou o meu coração
De presente trouxe a solidão Me feriu e jamais pensou
Naquela que sempre te amou.
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Angela Oliveira Osasco / SP
Liberdade 18 de junho 2009 às 23:42
Serei uma ave,e voarei sobre os mares Cortarei nuvens, planarei até não poder retornar
Quero sentir o vento e a solitária brisa Me perder no azul profundo de uma canção Me deixar levar por uma envolvente emoção
Esquecer toda a minha história Caminhar sobre o arco-íris colhendo flores, Multicoloridas banhadas pelos raios do sol
Usarei até o pico da montanha mais alta e sentirei a presença da noite
Então, olharei para a lua, depois para o mundo Então..no brilho da vida sentirei, a
"Liberdade,Liberdade" ...
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Celeste Lyon / União Européia
Apaixonada 18 de junho 2009 às 4:09
Não me chame de leviana Se mudei muito de amores
é porque fui muito enganada, machucada Troque a palavra leviana por iludida
Ou apaixonada pela vida....
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Caderno de Palavras 3 _____________________________________________________________________
Fátima Mota Natal / RN
Além do vidro
21 de junho 2009 às 9:55
Meus sonhos atravessam a empoeirada janela
espalham-se quadrados libertos, voam ...
transgridem os pensamentos volatizando o desejo.
O meu olhar atento
acompanha o ritmo da cidade que freme. Teço conjecturas... Observo ... penso...
Na diversidade de cores nos cheiros e nos sons
que penetram-me belicosos.
Ao longe, deita-se o sol esparramando sombras
do concreto urbano. As andorinhas já partiram aquela ruazinha perdeu-se
no aglomerado de passos apressados. É quase Ave-Maria
No mar, poeta solitário dedilha sua lira.
Horizontais ... as calçadas são leito. Mortiços olhos fingem...
bendito fim de tarde que encobre a solidão. A cidade ilumina-se
distorcida pelos faróis dos carros ... da opaca luz. As imagens são fractais...
um quebra-cabeça que nunca consigo completar.
É hora de saltar...
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Caderno de Palavras 3 _____________________________________________________________________
Fátima Mota Natal / RN
Deitei sob estrelas (FIB) 21 de junho 2009 às 9:30
Sempre Que
Deitei Sob estrelas
Acordei antigos sonhos. Dentre eles eras então o mais real..
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Caderno de Palavras 3 _____________________________________________________________________
Fátima Mota Natal / RN
Com a palavra.... a palavra
A farta palavra não falta
farta-se na incoerência fecunda na auto suficiência
morre na intransigência.
A palavra falta nos vazios polui-se nos estribilhos.
É uso,
em desuso, acomoda-se na teias do pensamento.
A palavra é anuência,
sequência, advertência.
A palavra é in _consequência _ transigência _ congruência _ constância.
Sua ausência nem sempre
é silêncio.
Morta a palavra, o ego embriaga-se
na frestas do tempo.
Às vezes nutre-se a palavra na própria sapiência.
Renova as vestes
apreende-se a palavra ... aprendizagem...
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Caderno de Palavras 3 _____________________________________________________________________
Fátima Mota Natal / RN
Cheia de senões, a palavra ousa,
abusa, cria,
recria, grita...
A palavra colhe sementes.
E, quando a palavra falta, farta-se a incompreensão?
Penso....palavras escritas na mente.
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Amandu Lisboa / Portugal
Linha Limite 23 de junho 2009 às 23:45
Amar a situação O belo
O sentido do amor E depois
O entender Quanta vez mais
O Amor
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Caderno de Palavras 3 _____________________________________________________________________
Amandu Lisboa / Portugal
Começo de vida Postado por AMANDU em 23 junho 2009 às 23:48
Saio na tua cama Olho no meu amor
Cama Venda
Soprado Endinheirado Facto de amor
Dinheiro Livre Amo
Vendo Mamo
Sou
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Caderno de Palavras 3 _____________________________________________________________________
Amandu Lisboa / Portugal
Simples 24 de junho 2009 às 13:37
Vejo Amo Sou
Desejo Vendo Tendo Sendo Rendo
Amando Tendo Lendo Vendo
Segurando. Deus
Vendo Senhor Rindo Vendo
Tontices Amando E lendo;
Deus
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Nasciartes Porto Alegre - RS
Necessidade de escrever 4 maio 2009 às 20:09
Quero escrever algo especial mas nada sai, tudo fica preso... tudo se desmorona a um simples sopro! Quero escrever sobre ti que voas e fazes voar, fazendo de um sorriso uma alegria constante. De um olhar simples uma das mais belas formas de expressar a tua generosidade e tua forma de encarar a vida. Nada me ocorre neste momento, os pensamentos divagam entre si, pois fazem-me lembrar um sorriso um olhar que foi conquistado sem saber. Sem me aperceber, entrando de mansinho perfurando meu coração e fazendo o chorar de alegria por ter conhecido alguém que faz do silencio as suas melhores armas, a sua atitude a melhor defesa... Eu tive de baixar as armar, deixar de lado o meu cepticismo e relutância, orgulho e abrir os braços abertos correndo atrás dela para poder agarrar com as duas mãos para não deixar fugir essa pessoa. Choro de noite de poder dizer algo a este anjo, ou que se canse de mim e se vá embora e nunca mais volte a dizer um olá sorrindo, fazendo me derreter todo ficando sem palavras
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Paulinho Sandro Kim São Paulo / SP
Submisso do amor 20 de junho 2009 às 19:44
O Amor Quando se desfaz
Perde-se a paz O colorido da vida se faz cinza
A lágrima fica difícil ser contida Mais se por uma fresta
Alguém penetra Nesse coração que está
A sofrer dessa terrível dor É capaz de toda alma modificar
Voltando a viver Para mais uma vez acreditar
E tornar a se apaixonar A memória da dor
Apaga-se com o amor que passou É o coração quase um desconhecido
Que só sabe pulsar Movido pelo amor
Por ser um forte dependente químico
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Marisa Helena Carneiro Ribas Curitiba / PR
Encantamento 12 de junho 2009 às 20:32
Nobre senhora, das palavras,
Que encantam e seguem caminhos Irreais e distantes.
Transgridem o tempo, Inibem as regras
e encantam. Palavras que envolvem, Pessoas sem distinção,
De idade ou raça e encantam.
Senhora que observa, E descreve destinos, Influencia nos fatos,
Percorre cidades, E encanta.
Conta histórias de mundos perdidos,
De brancas areias E longínquas montanhas.
Eternizados, nas alvas folhas
de seus nobres livros, que a todos
Encanta.
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Marisa Helena Carneiro Ribas Curitiba / PR
Cinza 12 de unho 2009 às 20:32
Dia calado cinzento,
gotas molhadas expressam dor.
Pensamentos humanos, amores desfeitos. Saudade vazia, no mudo gesto,
ilusões se diluem A garoa acaricia o rosto.
Crianças risonhas cantam canções.
Corações repletos de luz sem fim.
Nuvens transpassam a alma sem véu,
no cinza aparecem pingos de AZUL.
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Marisa Helena Carneiro Ribas Curitiba / PR
Constante 12 de unho 2009 às 20:32
Tu és amor constante
como o vento que acaricia suavemente
o rosto. Transforma caminhos.
Arrebata o coração pela infinita
bondade. Naturalmente,
em sonhos faz-se presente. Doce entrega
coração de luz.
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Caderno de Palavras 3 _____________________________________________________________________
Jessyllene Parnaiba, PI
Alma Moralista 27 de junho 2009 às 22:27
Sim! Minha alma moralista, chora, Pelas batalhas travadas dia-a-dia, Nos campos guérridos do viver...
Clama! Por mais amor, por segurança, Pela paz aclamada, estraçalhada, Reza com fervor, por um sonho...
Utópico, encantador, risonho. Fenece a cada dor, a cada grito,
Sendo que sua voz rouca, pede abrigo, Daqueles que a injuriam, que a negam,
Daqueles que ousam liquidar, perante a outrem... Sendo sua preciosa fonte, o seu sonhar,
Ocorrendo em sua única forma, de extravasar, De querer, o que não há...De ter, o que não dá... De viver, sempre a amar...das loucas aventuras,
Dos amores secretos, das atitudes tenazes, De agir, sem se reprimir...sem importar ao que vão pensar,
Se libertar, da corrente da realidade soberana, Indisposta ao fator inovador...
É o ser sem pensar, é o ser vontade pura, É o ser inocente criatura...
Reprimida pela insanidade, de não mudar E ocultar o ser criança...transformando-o
Em ser robótico, guiado pela rotina, Agindo maquinalmente, por todos os seus dias...
...Me fizeram uma pergunta...Porque sonhas? Minha alma perplexa pela indagação, respondeu: "Porque dos sonhos, construímos nossa realidade,
Porque dos sonhos, transformamos o mundo! E o que é a vida sem o sonho? Se não o vegetar de meu ser,
E o fenecimento de minha essência."
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Caderno de Palavras 3 _____________________________________________________________________
Marilda Corrêa RS
Faz-me Senhor seleiro 19 junho 2009 às 23:46
Faz-me Senhor
Ser como a abelha Que com seu mel levam doçura.
Que colhe e repassa o pólen de flor em flor. Que com o seu servir
São instrumentos de Tuas mãos Senhor ! Que eu saiba ser suave
Como o som de uma linda melodia. Que eu saiba ser
Entre o céu e a terra sintonia de tua voz.
Faz-me Instrumento que leva água que sacia a sede
Que de gota em gota Eu regue cada plantinha, cada florzinha.
Que encontrar em meu caminho, Enchendo-as de Teu Puro Amor.
Senhor que através de Ti
Seja eu o meio a terra fofa Que abriga e cobre as sementes.
Que seja um reflexo De um raio de tua luz
Para levar Teu calor e Tua luz para fazê-las crescer e florecer Cobrindo-as com tua Palavra.
Faz-me Senhor ser
Seleiro do Teu saber Do Teu querer, do Teu Amor,
Dá Tua Palavra. Que a cada uma saiba cultivar
Fazendo florescer nelas Toda Tua Beleza.
Vem Senhor fazer-me, instrumento-. Preparando-me dia a dia.
Lapidando-me. Que eu possa um dia Ser exemplo de vida
Como Santa Teresa D'avila São João da Cruz
Santa Teresinha do Menino Jesus E tantos outros santos
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Marilda Corrêa RS
Para que em mim Te vejam refletido, Te busquem,
Te amem e que durante esta busca A busca por Aquele Que nos preenche
Que dá sentido a vida Busca pela essência do
Puro Amor. Eu seja um pequeno canal Que como os bons ventos
Espalhe Tua Palavra Que eu seja a água
Pra umedecer a terra Que eu seja aquela Senhor
Que estará com os braços abertos Para um gostoso abraço
Cheio do Teu perdão Cheio do Teu Amor
Para ofertar aos meus irmãos Que nas fraquezas Saiba encoraja-las
Que leve-as até Tua presença A mesa de Tua Ceia Senhor Levando-as a Teus braços
E que em Teu colo Sejam alimentadas
transformadas, fortalecidas Que se deixem por Ti moldar
Como o barro nas mãos do oleiro Tornando-se Tua Imagem e semelhança
Para que no trajeto de suas vidas Reflitam a luz
Que irradia de Teu olhar Em cada plantinha Em cada florzinha
Que se irão formando Num lindo jardim durante
O seu caminhar
Senhor atende minha súplica Molda-me, transforma
Tudo que em mim não vem de Ti. Quero ser em tuas mãos
Um barro Que se transformará
Num instrumento perfeito. Com Tua Benção, com Tua Unção
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Marilda Corrêa RS
Fixa meu olhar em Teu olhar Grava no meu coração, na minha mente. Com o fogo do Teu amor Tua Palavra
Dá-me Tua coragem De profeta...
Pra sempre mostrar a " Verdade " Que meu coração
Escute sempre Tua Palavra E ponha em prática
Tua vontade Que eu a cada dia diminua
E Tu cresças em mim.
Quero louvar-te, amar-te, Servir-te, sempre
sem cessar,sem temer Como Elias, sem vacilar.
Dá-me Senhor Tua Unção.
Amém
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Marilda Corrêa RS
O barro e o oleiro 20 de junho 2009 às 0:26
Mergulhada em minhas preocupações angustiada em relação ao futuro, com tantas turbulências e desencontros, insegurança. Não digo no meu diálogo com cristo ,pois diálogo é preciso falar e ouvir o outro , eu estava a muito como aquela chata tagarela só buzinando no ouvido de Deus, mas não parava para ouvi-lo.Neste dia lembro que me exaltei e questionava: Deus porque permites que isso aconteça? Senhor se tudo que tenho te consagrei, tudo coloquei em tuas mãos, e em minha vida tem acontecido um turbilhão de coisas que não consigo entender o por que? São tantos problemas,Senhor estou cansada. Hoje estou inquieta com a minha filha que esta longe e tem que tomar uma decisão importante , ela pede minha opinião minha ajuda mas não quero influenciar na escolha dela Tu nos fez livres para escolhermos . Só Tu Senhor pode ajudá-la. Senhor eu rezo, rezo e não me respondes estou cansada desanimada ,me sinto fraca e sabes que sem ti nada sou. Insegura as lágrimas rolavam sobre a face, deixei-me envolver pelo silêncio e fiquei assim um bom tempo . Levantei da poltrona onde estava e pequei a Bíblia em cima da mesa para ouvir o Senhor,abri em Isaías capitulo 45 onde meus olhos caíram no versículo 9,11 e 12. Senti ...Sabe como um puxão de orelha do Pai , mas com aquele carinho de quem diz: Eu estou aqui te cuidando não te desesperes, estou contigo relaxa, espera em Deus. A Paz inundou meu coração e permaneci tranqüila. Hoje comecei a me inquietar fui até o PC e abrindo a internet estava procurando umas imagens para uma mensagem sobre ajudar aos irmãos que estão afastados e os que retornam a casa do Pai, lembrei do pessoal da Toca e estava pesquisando blogues . Deparei-me num blog e rolando o mouse vi um artigo que falava do barro e o oleiro onde estava este texto: O Senhor questiona: "...porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes?" (Is 45.9). Seria absurdo admitir um oleiro consultando o barro sobre a forma que este deveria receber. Deus ensina uma poderosa e inesquecível lição a Jeremias, ordenando-lhe que vá à oficina do oleiro e observe bem o seu modo de trabalhar. E Jeremias viu que, "como o vaso, que ele fazia de barro, se estragou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme pareceu bem aos seus olhos fazer" (Jr 18.4).
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Marilda Corrêa RS
Sublinhe em sua Bíblia, "conforme pareceu bem aos seus olhos fazer". Ao barro não resta opção senão render-se à vontade soberana do artista que o manipula. Barro não faz birra. Barro não dá berro. O Barro É a Matéria-Prima do Artista... É o artista quem resgata o barro da mediocridade. Nas mãos dele, o barro vira arte,toma forma. Mais uma vez ele veio me puxar a orelha e me mostrar que tenho que ser dócil como o barro nas mãos do Oleiro. Renovando o convite para que me entregue nas mãos do artista perfeito. Ele transformará o barro da minha vida e da vida dos meus numa obra de arte valiosa. E convida a cantar com o poeta: "Eu quero ser, Senhor amado, Como vaso nas mãos do oleiro. Quebra minha vida E faze-a de novo. Eu quero ser, eu quero ser Um vaso novo". A mesma canção onde anos atrás comecei a dar tímidos passos a conversão na Paróquia Sagrada Família Às vezes pode parecer-Te que sou muito forte mas olha, Senhor sou apenas um adulto com um coração de criança. Sou frágil como todos os outros e não tenho vergonha de o assumir e de o dizer. A vida tem-me ensinado que não há “super-Homens”, aliás, os únicos “super’s” são aqueles que não negam a sua fragilidade mas que a acolhem como ela é confiando sempre em Ti Amo-Te com um coração e um amor pobre,muitas vezes de mãos vazias, sem ter o que Te dar, a não ser aquele sorriso, as lagrimas que ainda teimam em escorrer pela minha face mesmo sem sentir, dois braços para acolher num abraço.Palavras e pensamentos que coloco no papel, minhas poesia inspiração que vem de Ti,..ou então dois braços e um corpo que também se deixam aconchegar por Ti, quando preciso de carinho de um abrigo ou compreensão… E isto muitas vezes sou incapaz para Te agradecer outras muitas vezes sou teimosa para Te compreender …mas sempre com grande vontade e desejo de Te amar com a simplicidade do meu coração e acolher o dom da vida que presenteias com tua graça divina.
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Marilda Corrêa RS
Renova-me Senhor 20 de junho 2009 às 1:00
Quero ... Reencontrar minha alegria
Ao olhar o azul do céu. Sentir...
A luz do sol batendo em meu rosto Quero, renascer do teu brilho Redesenhar meu novo esboço Viver como as gaivotas no ar
Planando com sua alegria Confiantes e cheia de esperança
Vivendo um dia a cada dia
Quero ser como a terra Que se rasga em sulcos
Sedenta da vida do fruto da flor Ver o verde dos campos
Voloridos e floridos jardins Quero sentir tua unção Se derramar sobre mim
Quero ser abrigo...
Cobrindo a semente Deixar-me cair no solo fértil
Aconchegada num regaço de amor Obediente morrer para poder germinar
Amor,paz,luz e harmonia Ter-te óh! fonte em minha alma
Como hospede eterna companheira A renovar-me dia após dia
Formando-me para tua parceira
Quero Na face ter um sorriso estampado
Um poema ritmado e cantado Lançar-me nos teus braços Liberta dos meus medos
Das culpas e pecados
Quero te buscar
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Marilda Corrêa RS
E no teu regaço minha sede matar Esquecer o cansaço
Ser dócil seguindo teus passos E novamente sonhar Conquistar um futuro
Construir uma eternidade
Pois só tu senhor és o caminho Só tu és a verdade
Caminho eterno de amor
Quero voltar inteiramente tua Refeita nos braços teus
Renova-me já não quero ser igual Faz-me renascer
Desabrochar pelo amor Pela luz de teu olhar
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Marcus Vinícius Araújo Pereira Natal, RN
Poesias de minha alma 25 de junho 2009 as 21:46
Eu estou aqui
eu estou aqui fechado em mim mesmo
escondido no silêncio a esmo estagnado os sentidos
preciso andar
eu estou sem ti germinando o latente desejo existir
eu estou ai sempre escondido esperando você me achar
inalando o veneno sem nem me perguntar se quero lutar e vencer
se posso estar com você não sei mais onde está
eu andei rasgando as ruas flutuando em meus sonhos mergulhado em pesadelos
perdido no silêncio eu não sei te encontrar
talvez seja mais um
isolado em meu mundo esperando que em um segundo
isso venha desmoronar e é isso que quero
esse passo em descompasso o meu mundo realinhar
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Jônatas Freitas da Silva Teresina / PI
A Jaula 25 de junho 2009 às 19:00
Puseram o indivíduo numa jaula Por descuido, nela ficou a chave
A porta poderia ser aberta Pois o indivíduo tinha olhos abertos...
Mas veio o mundo que o rodeava
As vozes e sombras lhe sussurravam: "Você é cego, mudo e aguenta tudo!"
"Você é cego, mudo e esta é sua vida!"
Então o ser que tinha olhos abertos Acreditou mesmo que era cego E nunca pôde ver a sua chave...
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Jônatas Freitas da Silva Teresina / PI
Um Segundo 25 de junho 2009 às 18:30
Aqui estou eu Idiota da vida
Estúpido homem Jovem recatado
Sedento de letras Poeta arrasado Tímido e triste
De repente alegre Ao ver o teu rosto
Mesmo que me negue Apenas um beijo
Um segundo de vida...
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Alcides Cursino de Siqueira Neto Recife / PE
O Mar Malemolente 25 de junho 2009 às 22:41
O mar malemolente Com suas ondas hipnóticas
Seu balanço dormente E sua natureza de retóricas
Vem banhar meus pés Vem lavar minh'alma Azul e límpido tu és
tu que me traz a calma
No teu vai e vem Me embriago em pensamentos
Em suas águas será que tem Algo que me apague os sofrimentos?
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Betânia Freire Teixeira Natal, RN
Amorarte 27 de junho 2009 às 23:00
A arte de fazer amor é como o Ascender de uma estrela no meio
Da imensidão do céu escuro, É o desabrochar da flor do cacto,
A elegância nua dos corpos que se Unem sem perceber seus encaixes perfeitos,
A insensatez dos gestos que buscam Com clareza o prazer do outro,
O perfume que se codifica em cada Parte do corpo e prende-se no ar,
A emoção que borbulha dentro do corpo, Por baixo da pele...
Um encontro de almas... Com alma e corpo em um só instante.
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Betânia Freire Teixeira Natal, RN
Sensibilidade 27 de junho 2009 às 22:57
Corações que naufragam em Minutos intermináveis, Em esperas infindáveis
Em esquinas, Em mares...
Corações que celebram o que ainda não tocaram... A sensibilidade de simplesmente Sentir o que ainda não chegou,
O cheiro que se imaginou, A doçura do que ainda não se provou,
E o calor que já os aquece!
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Betânia Freire Teixeira Natal, RN
Fio de Prata 27 de junho 2009 às 22:43
Era tarde e o céu se mesclava De tons rosa, azul e lilás,
E aos poucos me deixava ver um Delgado fio de prata que se adençava Enquanto o céu deixava-se cobrir pela
Noite, Em pouco tempo, aquele fio iluminado
Estava entre a imaginação do céu, E a minha escuridão.
E aos meus olhos já existia uma Bela embarcação que conduziria
Para muito longe a vela dos Meus sonhos...