64
ÍNDICE INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 PLANIFICAÇÃO ANUAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 GUIÃO DE UTILIZAÇÃO DO CD ÁUDIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 GUIÃO DE UTILIZAÇÃO DAS TRANSPARÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 PROPOSTAS DE CORRECÇÃO DAS ACTIVIDADES DO MANUAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 MATERIAL FOTOCOPIÁVEL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 • Propostas de correcção do teste diagnóstico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 • Propostas de correcção das fichas de auto-avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 • Quadro-síntese de O Cavaleiro da Dinamarca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 • Ficha de avaliação – Tradição oral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 Propostas de correcção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 • Ficha de avaliação – A Estrela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 Propostas de correcção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62 • Ficha de avaliação – A Salvação de Wang-Fô . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 Propostas de correcção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

Í N D I C E

INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

PLANIFICAÇÃO ANUAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

GUIÃO DE UTILIZAÇÃO DO CD ÁUDIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

GUIÃO DE UTILIZAÇÃO DAS TRANSPARÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

PROPOSTAS DE CORRECÇÃO DAS ACTIVIDADES DO MANUAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

MATERIAL FOTOCOPIÁVEL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

• Propostas de correcção do teste diagnóstico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

• Propostas de correcção das fichas de auto-avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

• Quadro-síntese de O Cavaleiro da Dinamarca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56

• Ficha de avaliação – Tradição oral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57

– Propostas de correcção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

• Ficha de avaliação – A Estrela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60

– Propostas de correcção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

• Ficha de avaliação – A Salvação de Wang-Fô . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

– Propostas de correcção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

Page 2: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

2 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

I N T R O D U Ç Ã O

A disciplina de Língua Portuguesa assenta no desenvolvimento de cinco competências essenciais, contempladasno Currículo Nacional do Ensino Básico: Compreensão do Oral, Expressão Oral, Expressão Escrita e ConhecimentoExplícito. Por Outras Palavras... para o 7.o ano desenvolve, de forma equilibrada, as competências essenciais da lín-gua materna e recorre a uma diversidade de estratégias e actividades que favorecem a progressiva autonomia doaluno, a aquisição de técnicas de estudo e a transferência de conhecimentos. Nesta medida, todas as nossas propostasde trabalho, centradas no aluno, procuram valorizar os processos, propondo uma prática de análise, reflexão, pesquisae construção de conhecimento, sendo o professor um construtor de contextos de aprendizagem. No sentido de desen-volver a competência de Leitura, apresentamos uma grande diversidade de textos, criteriosamente escolhidos com opropósito de inovar e de cativar o interesse dos alunos. Os questionários foram concebidos para desenvolver a capacida-de de inferir, sustentados em perguntas que vão da simples compreensão literal à interpretação textual. Quanto àExpressão Escrita, parece-nos fundamental levar os alunos a reflectirem explicitamente sobre o processo de escrita,assentando esta reflexão em momentos de planificação, textualização e avaliação. No que respeita à Expressão Oral,as actividades de comunicação oral regulada por técnicas estão organizadas em preparação, execução e avaliação.Igualmente importante é o desenvolvimento da Compreensão do Oral, para o que concorrem as actividades de escutaque reforçam os mecanismos atencionais e de memória.

Com o intuito de consolidar os conteúdos introduzidos, optámos por fazer remissões para o Caderno de Activida-des (oferta ao aluno). Considerámos importante trabalhar a ortografia, através de pequenas fichas, oportunamenteintroduzidas, que permitirão ao aluno adquirir uma maior consciência das suas produções escritas.

Salientamos, ainda, o facto de este Manual estar de acordo com a nova Terminologia Linguística para os EnsinosBásico e Secundário, permitindo ao aluno apropriar-se de uma metalinguagem adequada ao seu nível de escolaridade.

A rubrica «pesquisa» serve o objectivo de promover métodos e técnicas de pesquisa de informações, nomeada-mente em enciclopédias, jornais ou na internet. A par desta actividade, a introdução de pequenas referências biográ-ficas e de textos na rubrica «outras leituras» visa alargar o horizonte cultural dos alunos. Finalmente, consideramosque os quadros de sistematização de conhecimentos são de grande utilidade para o aluno, na medida em que forne-cem informações essenciais relativas a um determinado conteúdo e proporcionam o treino de selecção e tratamento deinformação.

Acreditamos que as situações de aprendizagem criadas e as estratégias implementadas neste Manual permitemao aluno apropriar-se de um conhecimento mais sólido e duradouro.

As autoras

Page 3: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

P L A N I F I C A Ç Ã O A N U A L

3© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Obj

ectiv

os G

erai

sCo

mpr

eens

ão /

Expr

essã

o do

Ora

lLe

itura

/ Ex

pres

são

Escr

itaCo

nhec

imen

toEx

plíc

ito

Proc

esso

s de

O

pera

cion

aliz

ação

Mat

eria

lAv

alia

ção

Cont

eúdo

s / C

ompe

tênc

ias

• S

iste

mat

izar

aspe

ctos

bás

icos

da e

stru

tura

e u

sodo

por

tugu

êspa

drão

• C

ompr

eend

ergé

nero

s fo

rmai

s e

públ

icos

do

oral

com

alg

uma

com

plex

idad

e

• L

er c

om fl

uênc

iaen

uncia

dos e

scrit

osde

vár

ios

tipos

• A

valia

r a

inte

ncio

nalid

ade

com

unic

ativ

a em

disc

urso

s va

riado

s

• C

ompr

eens

ão d

een

unci

ados

ora

is:

– N

otíc

ias

– An

únci

os

publ

icitá

rios

– De

bate

s–

Expo

siçõ

es–

Reco

ntos

– Co

ntos

trad

icio

nais

– Le

ndas

– Ro

man

ces

tradi

cion

ais

– Pr

ovér

bios

– Te

xtos

nar

rativ

os–

Adiv

inha

s–

Quad

ras

– Po

emas

– Te

xtos

dra

mát

icos

• L

eitu

ra o

rient

ada:

– Te

xtos

info

rmat

ivos

– Te

xtos

pub

licitá

rios

– BD

– Co

ntos

trad

icio

nais

– Pr

ovér

bios

eex

pres

sões

id

iom

átic

as–

Lend

as–

Rom

ance

s tra

dici

onai

s–

Exce

rtos

narra

tivos

– Na

rrativ

as in

tegr

ais:

A Es

trela

, O C

aval

eiro

da D

inam

arca

, OM

enin

o Qu

e Qu

eria

Ser F

eliz,

A S

alva

ção

de W

ang-

Fô–

Text

o po

étic

o–

Text

o dr

amát

ico:

Na C

asa

da Lí

ngua

Mor

am a

s Pal

avra

s;A

Odiss

eia

• V

aria

ção

e no

rmal

izaçã

o lin

guís

tica:

– Va

rieda

des

do

portu

guês

• F

onol

ogia

:–

Sequ

ênci

a de

sons

/síla

bas

– Pr

osód

ia: e

ntoa

ção

e pa

usa;

pos

ição

do

ace

nto

• M

orfo

logi

a:–

Form

ação

de

pala

vras

• Cl

asse

s de

pala

vras

• S

inta

xe:

– A

frase

sim

ples

/com

plex

a–

Funç

ões

sint

áctic

as

• S

emân

tica

lexi

cal:

– Re

laçõ

es d

e fo

rma

e de

sig

nific

ado

entre

as

pala

vras

– Ca

mpo

sem

ântic

o

• C

onhe

cim

ento

ex

plíc

ito:

– Ex

ercí

cios

«À

des

cobe

rta d

e...»

– Ex

ercí

cios

de

sist

emat

izaçã

o/tre

ino

• An

álise

com

para

tiva

do tr

atam

ento

do

mes

mo

assu

nto

(not

ícia

, pub

licid

ade)

em d

ifere

ntes

méd

ia e

dife

rent

es s

upor

tes

• E

stru

tura

ção

daac

tivid

ade

de e

scut

a/le

itura

em

três

eta

pas:

Pré-

escu

ta/le

itura

– Es

cuta

/leitu

ra–

Pós-

escu

ta/le

itura

• E

stra

tégi

as d

e es

cuta

/leitu

ra:

– Gl

obal

– Se

lect

iva

– Po

rmen

oriza

da/

anal

ítica

• D

ocum

ento

s au

tênt

icos/

med

iátic

os:

– Fi

lmes

– Pu

blic

idad

e–

Jorn

ais/

revi

stas

– In

tern

et

• D

ocum

ento

s di

dáct

icos

:–

Man

ual

– Ca

dern

o de

Ac

tivid

ades

– Di

cion

ário

s–

Gram

átic

as–

Pron

tuár

ios

– En

cicl

opéd

ias

– Fi

chas

de

traba

lho

– Fi

chas

info

rmat

ivas

e fo

rmat

ivas

– Ca

sset

esáu

dio/

víde

o e

CD

• Te

xtos

lite

rário

s

• Ob

serv

ação

dire

cta

• Fic

has d

e tra

balh

o

• Au

to-a

valia

ção

• He

tero

-ava

liaçã

o

• Te

stes

• Tr

abal

hos

• T.P

.C.

• Co

mpo

rtam

ento

NOT

A: A

s co

luna

s Co

nhec

imen

to E

xplíc

ito, P

roce

ssos

de

Oper

acio

naliz

ação

, Mat

eria

le A

valia

ção

são

trans

vers

ais.

Page 4: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

4 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Obj

ectiv

os G

erai

sCo

mpr

eens

ão /

Expr

essã

o do

Ora

lLe

itura

/ Ex

pres

são

Escr

itaCo

nhec

imen

toEx

plíc

ito

Proc

esso

s de

O

pera

cion

aliz

ação

Mat

eria

lAv

alia

ção

Cont

eúdo

s / C

ompe

tênc

ias

• P

rodu

zir

enun

ciad

os o

rais

adeq

uado

s à

situ

ação

de

com

unic

ação

• U

sar

mul

tifun

ciona

lmen

tea

escr

ita c

om

coes

ão, c

oerê

ncia

e co

rrecç

ão

• A

valia

r a

inte

ncio

nalid

ade

com

unic

ativ

a em

disc

urso

s va

riado

s

• R

epro

duçã

o de

enun

ciad

os d

o pa

trim

ónio

ora

l e

tradi

cion

al:

– Co

ntos

– Le

ndas

– Pr

ovér

bios

– Ad

ivin

has

• C

omun

icaç

ão o

ral

regu

lada

por

técn

icas:

– De

bate

s–

Expo

siçõ

es o

rais

– Dr

amat

izaçõ

es–

Diál

ogos

– Re

cont

os

• E

xpre

ssão

ver

bal

em in

tera

ccçã

o

• L

eitu

ra p

ara

info

rmaç

ão e

est

udo:

– Di

cion

ário

s–

Gram

átic

as–

Pron

tuár

ios

– En

cicl

opéd

ias

– Jo

rnai

s–

Revi

stas

– Bi

obib

liogr

afia

s

• L

eitu

ra e

xpre

ssiv

a:–

Poem

as–

Text

os d

ram

átic

os–

Exce

rtos

narra

tivos

• E

scrit

a pa

ra

apro

pria

ção

de

técn

icas

e m

odel

os:

– N

otíc

ias

– Te

xtos

pub

licitá

rios

– Ca

rtas

– Co

ntos

– Re

sum

os–

Desc

riçõe

s–

Retra

tos

– Di

álog

os–

Text

o em

ver

so

• E

scrit

a ex

pres

siva

e lú

dica

:–

Text

os n

arra

tivos

– Te

xtos

poé

ticos

– Te

xtos

dra

mát

icos

• S

emân

tica

frási

ca:

– Re

ferê

ncia

deí

ctic

a

• P

ragm

átic

a e

lingu

ístic

a te

xtua

l /in

tera

cção

dis

curs

iva:

– M

odal

izaçã

o e

adeq

uaçã

o di

scur

siva

– Ci

taçã

o, d

iscu

rso

dire

cto,

dis

curs

o in

dire

cto

– Pr

oces

sos

inte

rpre

tativ

os

infe

renc

iais

:re

curs

os e

stilí

stic

os

– Te

xto:

coe

são

eco

erên

cia

– Te

xto

não

liter

ário

– Te

xto

liter

ário

:na

rrativ

o, p

oétic

oe

dram

átic

o

– Pr

otót

ipos

text

uais

:na

rrativ

o, d

escr

itivo

eco

nver

saci

onal

--d

ialo

gal

– Pr

oced

imen

tos

tipog

ráfic

os

• Le

itura

de

text

oses

colh

idos

/pro

duzid

ospe

los a

luno

s

• Le

itura

e a

nális

e em

regi

me

cond

icion

ado/

cont

ratu

al d

e:–

Exce

rtos d

o m

anua

l–

Text

os in

tegr

ais

• Ac

tivid

ade

de

prod

ução

do

oral

refle

ctid

o /

aper

feiço

amen

to d

ete

xto:

– Pr

epar

ação

/ pl

anifi

caçã

o–

Exec

ução

/te

xtua

lizaç

ão–

Aval

iaçã

o

• Ap

rese

ntaç

ão d

ete

xtos

lidos

/pro

duzid

ospe

los a

luno

s

• Ac

tivid

ade

de

prod

ução

esc

rita:

pr

oduç

ão d

e te

xto

com

tem

a/m

odel

o co

ndici

onad

o/liv

re

• M

eios

técn

icos:

– Qu

adro

e g

iz–

Acet

atos

e

retro

proj

ecto

r–

Víde

o e

leito

r de

cass

etes

/CD

– Co

mpu

tado

r

Page 5: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

5© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

G U I Ã O D E U T I L I Z A Ç Ã O D O C D Á U D I O

Págs. 18-19: notícia (teste diagnóstico)

Esta actividade permite desenvolver a capacidade de atenção e retenção da informação, pelo que deverá sersuficiente fazer ouvir o texto apenas duas vezes: uma para responder ao questionário e outra para confirmar as res-postas.

HARRY POTTERMaior primeira edição em Portugal

[...]Três meses depois do lançamento internacional de Harry Potter and the Half-Blood Prince, de J. K.

Rowling, a edição portuguesa chega às mãos dos leitores que não lêem em inglês. Será na sexta feira àmeia-noite. Com uma tradução do título que desagrada a muitos fãs, Harry Potter e o Príncipe Misterioso,tem 510 páginas e custa 19 euros. Há grandes revelações, morte e romance. Definitivamente, as persona-gens amadureceram.

A versão original da obra vendeu, em Julho, em Portugal, nove mil exemplares logo no primeiro fim--de-semana e há registo de três mil pedidos de pré-encomendas [...] para o livro em Português. No total asérie já fez por cá um milhão e 390 mil livros e, no mundo inteiro, 300 milhões de títulos (em 60 línguas).A Editorial Presença decidiu arriscar uma primeira edição de 150 mil exemplares, valor inédito em Portu-gal e muito longe dos dez mil com que iniciou a publicação de Harry Potter.

Não há consenso entre os críticos internacionais perante o sexto volume da série: o The Independent onSunday considera o livro «palavroso, sem energia e mal editado», o The New York Times equipara-o aoSenhor dos Anéis, «um clássico», e o The Observer diz que a prosa de J. K. Rowling «é vulgar». No site daBBC, Daren Waters afirmou: «Grande parte do livro é igual ao que já vimos e, ao fim de algum tempo, ostruques de magia perdem impacto».

A coordenadora da tradução para português, Isabel Nunes, leu a obra «num dia e meio», diz que aescrita de J. K. Rowling «continua a viciar, tanto pela imaginação, como pelo ritmo fantástico». Sem querercontar demasiado sobre o que se passa no livro, diz que «em Harry Potter e o Príncipe Misterioso, temos umherói mais crescido, mais responsável e maduro». «Há também grandes revelações e uma namorada nova»,acrescenta. Algumas situações «mais pesadas» na narrativa levam-na a sugerir que para os leitores maisnovos (10, 11 anos) haja «uma leitura acompanhada». [...]

Cadernos «Público na Escola», n.º 1, ano lectivo de 2005/06 – 1.º período

5

10

15

20

Page 6: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

6 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Pág. 22: notícia

Aconselham-se três audições: na primeira, o aluno irá reter a globalidade da informação, pelo que deverá apenasouvir; na segunda, deverá tentar registar as informações pedidas; na terceira, deverá confirmar e completar as res-postas.

Pág. 48: notícia (1.a ficha de auto-avaliação)

Incendiário apanhado na Tapada Militar

Já está extinto o incêndio, no mínimo estranho, que deflagrou esta manhã na Tapada Militar. Por voltada 7h30 da manhã, os Bombeiros Voluntários de Mafra receberam o alerta.

Quando chegaram ao local, encontraram cerca de sete focos de incêndio, na maior parte, em aglome-rados de lenha dentro do recinto.

A combater as chamas estiveram 31 bombeiros com oito viaturas das corporações de Mafra, Ericeira,Malveira e Montelavar.

Pouco tempo depois, os «soldados da Paz» avistaram um homem que supostamente tinha ateado ofogo. O indivíduo acabou por ser «apanhado» por militares com a ajuda dos bombeiros.

A GNR foi informada. Até ao momento não foi possível saber mais pormenores sobre a detenção doindivíduo. Nem a sua origem, nem como conseguiu entrar na Tapada Militar. A Polícia Judiciária já está ainvestigar o caso.

O incêndio foi dado como circunscrito por volta das 10h00.

Rádio Mafra, 14 de Julho de 2005, 15h58

5

10

Sacos de lixo de baga de milho são novidade

Sacos de recolha de lixo à base de baga de milho estarão ao dispor dos empresários que vierem a aderirao «Recicla Café», a mais recente iniciativa da Junta de Freguesia da Ericeira no âmbito da recolha selectivade resíduos, que deverá arrancar ainda no decorrer deste mês de Fevereiro.

«Trata-se de uma experiência pioneira no país», anuncia o autarca Joaquim Casado.São sacos, explica, «cem por cento biológicos, produzidos à base de baga de milho por uma empresa

do concelho de Mafra e com as parcerias da Câmara de Mafra e da Tratolixo».A adquirir pelos comerciantes, os sacos serão, posteriormente, recolhidos «porta-a-porta por um carro

eléctrico em dias a combinar», complementando a campanha já existente «Recicla Restaurante».Na Ericeira, a recolha selectiva de resíduos continua a ser uma prioridade da Junta de Freguesia, sendo

prova disso mesmo o volume de resíduos recolhidos.«De Verão, recolhemos aproximadamente 100 contentores de 30 metros cúbicos cada de resíduos

devidamente separados e, nesta altura de Inverno, cerca de 50», revela Joaquim Casado.

Rádio Mafra, 15 de Fevereiro de 2006, 15h37

5

10

Page 7: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

7© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Frei João Sem Cuidados

O rei ouvia sempre falar em Frei João Sem Cuidados como um homem que não se afligia com coisanenhuma deste mundo:

– Deixa-te estar, que eu é que te hei-de meter em trabalhos.Mandou-o chamar à sua presença, e disse-lhe:– Vou dar-te uma adivinha, e se dentro em três dias me não souberes responder, mando-te matar.

Quero que me digas:– Quanto pesa a Lua?– Quanta água tem o mar?– O que é que eu penso?Frei João Sem Cuidados saiu do palácio bastante atrapalhado, pensando na resposta que havia de dar

àquelas perguntas. O seu moleiro encontrou-o no caminho, e lá estranhou de ver Frei João Sem Cuidados,de cabeça baixa e macambúzio.

– Olá, Senhor Frei João Sem Cuidados, então o que é isso, que o vejo tão triste?– É que o rei disse-me que me mandava matar, se dentro em três dias eu lhe não respondesse a estas

perguntas: – Quanto pesa a Lua? Quanta água tem o mar? E o que é que ele pensa?O moleiro pôs-se a rir e disse-lhe que não tivesse cuidado, que lhe emprestasse o hábito de frade, que

ele iria disfarçado e havia de dar boas respostas ao rei.Passados os três dias, o moleiro vestido de frade foi pedir audiência ao rei. O rei perguntou-lhe:– Então, quanto pesa a Lua?– Saberá Vossa Majestade que não pode pesar mais do que um arrátel, porque todos dizem que ela tem

quatro quartos.– É verdade. E agora: Quanta água tem o mar?Respondeu o moleiro:– Isso é muito fácil de saber, mas como Vossa Majestade só quis saber da água do mar, é preciso que

primeiro mande tapar todos os rios, porque sem isso nada feito.O rei achou bem respondido, mas, zangado por ver que Frei João se escapava das dificuldades, tornou:– Agora, se não souberes o que é que eu penso, mando-te matar!O moleiro respondeu:– Ora, Vossa Majestade pensa que está falando com Frei João Sem Cuidados, e está mas é falando com

o seu moleiro.Deixou cair o hábito de frade, e o rei ficou pasmado com a esperteza do ladino.

Teófilo Braga, Contos Tradicionais do Povo Português, Lisboa, Texto Editora, 2002

5

10

15

20

25

30

Pág. 53: conto popular (actividade de pré-leitura)

A actividade proposta poderá permitir aos alunos tomarem consciência de como surgiram as várias versões de ummesmo conto-tipo, recriando em sala de aula, ainda que de forma rudimentar, o processo de transmissão oral que está nabase dos contos populares.

1. A turma faz a audição do conto; 2. selecciona-se um aluno para fazer o reconto oral; 3. os alunos preenchemindividualmente a coluna «audição do reconto»; 4. o professor corrige; 5. o professor passa novamente o CD e os alunos registam as informações na coluna «audição do CD»; 6. os alunos comparam as informações das duas colunase sublinham os aspectos diferentes; 7. os alunos tiram conclusões quanto aos aspectos que se mantêm a nível dotítulo, do tempo, da acção, etc...

Page 8: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

8 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Pág. 62: conto integral («Velhos Provérbios»)

O professor pode aproveitar a gravação deste texto para fazer actividades de pré-leitura ou de treino de leituraexpressiva.

Pág. 72: conto integral

Esta actividade permite desenvolver a capacidade de treinar a atenção e memorização de informação, pelo que otexto só deverá ser ouvido uma vez.

A Padeira de Aljubarrota

Chamava-se Brites de Almeida e era tão feia e tão matulona que chegou a fazer-se passar por homem.Na verdade, as profissões que teve pela vida fora foram quase todas masculinas, já que, logo em criança,repudiou a sua condição de mulher.

Parece que nasceu em Faro. Os pais eram gente muito pobre e humilde que vivia de uma pequenataberna. Desde miúda, Brites revelou-se corpulenta e viva. Era ossuda e muito feia, com os seus cabelos cres-pos, o nariz adunco e uma boca excessivamente rasgada. Os pais exultaram com o seu nascimento, porque oaspecto forte da criança os levou a crer que tinham ali uma rapariga de trabalho, tanto mais que trazia seisdedos em cada mão. Mas os pobres enganaram-se! Brites mostrou-se logo na infância desordeira e destemi-da, preferindo mil vezes andar à pancada com a miudagem e vagabundear pelas redondezas do que ajudar ospobres pais a mudar pipas e a servir canecas de vinho aos clientes. Enfim, amargurou-lhes a vida!

Teria uns vinte e seis anos quando ficou órfã. Isso não a ralou grande coisa, porque lhe deu a possibilidadede ser senhora absoluta de si, sem recriminações. Vendeu, então, os parcos bens que lhe tinham ficado dospais, que incluíam a casita em Loulé, comprou gado e partiu.

Andou de vila em vila, de feira em feira. Pelos caminhos conviveu com toda a casta de vagamundos,desde almocreves e soldados a frades e pedintes. Quando calhava dormia a céu aberto, comia pão com azei-tonas. Adestrava-se no manejo das armas, aprendeu a esgrimir e a utilizar o pau; meteu-se em bulhas enunca deixou sem resposta uma provocação. De tudo isto resultou uma larga fama de valentaça.

Apesar disso, certo soldado alentejano, atraído pela fama de Brites, que corria já todo o Sul do País, pro-curou-a e propôs-lhe casamento. Ela, porém, que não estava nada interessada em perder a sua adorada inde-pendência e que não era lá muito inclinada a sentimentalismos, tanto ouviu que acabou por anuir com umacondição: lutarem antes do casamento! E a briga foi de tal ordem que o soldado acabou estirado no chão,ferido de morte. Ao ver o estado em que pusera o «noivo», Brites montou a primeira mula que achou à mãoe fugiu com medo da justiça.

Dirigiu-se a Faro e daí embarcou para Espanha. Não chegou, contudo, ao reino vizinho, porque o barcoem que seguia foi abordado por piratas mouros, que a levaram para a Mauritânia, onde foi vendida comoescrava.

Adquiriu-a um senhor que já tinha dois outros escravos portugueses e Brites não descansou enquantonão achou meio de fugir. Para isso combinaram todos três matar o seu senhor e, na primeira oportunidade,cravaram-lhe uma adaga no peito e fugiram. Embarcaram com destino a Portugal, mas a viagem foi difícil:um enorme temporal encapelou o mar e enovelou o vento. O barco rolou ao deus-dará dias e dias, semtimoneiro que lhe valesse, velas rotas, mastro quebrado. Por fim, por um acaso, deu à costa , na Ericeira.

5

10

15

20

25

30

Page 9: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

9© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Pág. 84: excerto narrativo («Como um romance»)

O professor pode aproveitar a gravação deste texto para fazer actividades de pré-leitura ou de treino de leituraexpressiva.

Brites, que se julgava procurada pela justiça real ainda por causa da luta com o soldado alentejano,enfrentando a sua necessidade de sobrevivência, vestiu-se de homem e cortou os cabelos. A corpulência easpecto masculino proporcionaram-lhe a oportunidade de exercer o ofício de almocreve, ofício que bemconhecia dos seus tempos de vagamunda, ofício que lhe possibilitava a combinação de um modus vivendi quelhe agradava de sobremaneira. Assim, enquanto lhe apeteceu e agradou, viveu a vida agitada e desbragada aque se habituara nas terras do Sul.

Um dia, porém, farta daquele ofício e da terra, partiu. Passava por Aljubarrota quando ouviu dizer nataberna que a padeira da terra necessitava de ajudante. Aceitou o lugar e, tempos depois, acabou sendo donado negócio, por morte da patroa. Diz-se que por ali se fixou até ao fim dos seus dias, acabando casada comum honesto lavrador – certamente da sua força, que de outro modo não podia ser.

Em Aljubarrota era conhecida como a Brites Pesqueira, provavelmente por se saber que da Ericeira che-gara. Em Aljubarrota amanheceu o dia 14 de Agosto de 1385. Até ela chegavam os clamores da batalha, doruído do terçar das armas, os gritos surdos dos moribundos e os relinchos dos cavalos enlouquecidos pelocheiro do sangue e pelo barulho da refrega. Não pôde resistir. Pegou na primeira arma que achou, esquecidano solo por algum fugitivo, e juntou-se à hoste dos portugueses que tentava expulsar o invasor.

Derrotados os castelhanos, voltou para casa cansada, coberta de farrapos manchados, mais desgrenhadaque nunca mas com uma imensa sensação de leveza. Mal entrou presentiu que qualquer coisa de anormal sepassava e logo desconfiou ter-se ali escondido algum fugitivo castelhano. Intrigou-a a porta do forno fechadae correu a abri-la. Espantada, achou lá dentro sete castelhanos, apavorados. Intimou-os a sair, mas como, acoberto do pânico, os homens fingissem dormir, Brites pegou na pá do seu ofício e tanto chuçou para den-tro que os desgraçados não resistiram aos golpes e morreram.

Depois disto, numa excitação colectiva, provocada por um exacerbado nacionalismo e pelas circunstân-cias de guerra aberta que se vivera nesse dia, Brites tomou o comando de um grupo de mulheres da povoa-ção e partiu à cata dos foragidos, que se sabia estarem escondidos pela região, perseguindo-os sem quartel.

Diz a lenda que o resto da vida de Brites de Almeida foi calma e harmoniosa, casada com o seu lavrador.Contudo, o feito daquele dia nunca mais se apagou da memória dos portugueses e, apesar da barbárie doacto em si, acabou por tornar-se como que um símbolo da independência do Reino.

Durante anos, a pá, que a tradição conta ser ainda a mesma, foi religiosamente guardada como bandeirade Aljubarrota. Quando sob o domínio espanhol dos Filipes, foi escondida dentro de uma parede, donde sófoi retirada depois da aclamação de D. João IV, em 1640. Durante séculos, o dia 14 de Agosto, nas come-morações da batalha, aquela pá era levada em procissão e nunca passou nenhuma personalidade nacional emAljubarrota que lhe não fosse mostrado aquele famigerado instrumento.

Fernanda Frazão, Lendas Portuguesas, vol. IV, Ed. Multilar, 1988

35

40

45

50

55

60

Page 10: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

10 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Pág. 86: texto da contracapa do livro Maldita Matemática, de Álvaro Magalhães

Esta actividade permite chamar a atenção dos alunos para a importância da leitura das contracapas dos livroscomo estratégia de selecção de leituras.

Págs. 88 e 96: excertos narrativos («Jorge descobre-se leitor» e «A ladeira»)

O professor pode aproveitar a gravação deste texto para fazer actividades de pré-leitura ou de treino de leituraexpressiva.

Pág. 103: texto informativo («Auschwitz – símbolo máximo do holocausto»)

Actividade de escuta selectiva que desenvolve a capacidade de atenção dos alunos, de memória e de rapidez noregisto de anotações.

Pág. 106: artigo de opinião («Anne Frank» – ficha «À descoberta da pontuação»)

[Consultar a proposta de exploração da transparência 7 – pág. 15 deste Caderno.]

Pág. 110: excerto narrativo («Pirâmides à vista»)

O professor pode aproveitar a gravação deste texto para fazer actividades de pré-leitura ou de treino de leituraexpressiva.

Pág. 123: poema («Impressão digital»)

O professor pode aproveitar a gravação deste texto para fazer actividades de pré-leitura ou de treino de leituraexpressiva.

Pág. 125: notícia

Adoptar o procedimento indicado para a actividade da pág. 22 do Manual [ver pág. 6 deste Caderno].

Camada de ozono parou de diminuir

A camada de ozono parou de diminuir, mas vai demorar décadas para recuperar. A conclusão é decientistas americanos que publicaram um estudo no Journal of Geophysical Research. A causa é atribuída,

O João tem teste de Matemática e o pai prometeu-lhe uma formidável bicicleta Ralling, se ele tives-se boa nota. Só que o teste, composto por um único problema, é incompreensível. E, pior ainda, irreso-lúvel! O João inventa uma história para compreender o problema, que, pouco a pouco, se vai tornandomais claro. A história é interessante, mas o problema ainda não está resolvido quando toca a campainha.A folha de teste do João está em branco e o professor arranca-lha das mãos. E depois? E depois?

Maldita Matemática, Álvaro Magalhães, Porto, Edições Asa, 2001

5

Page 11: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

11© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Pág. 166: excerto narrativo (O Cavaleiro da Dinamarca – 2.a ficha de auto--avaliação)

Excerto de O Cavaleiro da Dinamarca – «Primeiro passaram sob a porta do Inferno [...] subindo para o céu», págs.36-37 da edição de 2004 da editora Figueirinhas.

em parte, ao acordo internacional que visa a limitação de produção de químicos que libertam ozono –Protocolo de Montreal de 1987, ratificado por mais de 180 países.

Fotos de satélite revelaram que a camada está um pouco mais espessa em algumas partes do mundo,apesar de ainda estar abaixo dos níveis normais. «Estes sinais apontam para aquilo que pode ser consideradoum sucesso de cooperação internacional no combate à ameaça ambiental», disse o administrador da NationalOceanic & Atmosferic Administration (NOAA), Conrad Lautenbacher.

Os principais responsáveis pela destruição da camada de ozono são os clorofluorcarbonetos – ou CFC's –que, no passado, foram excessivamente utilizados em aparelhos de refrigeração como o ar condicionado e osfrigoríficos. Assim, «mesmo quando todos os compostos de cloro desaparecerem é pouco provável que osníveis de ozono regressem aos níveis iniciais», disse Sherwood Roland da Universidade da Califórnia.

Apesar da melhoria, a camada do ozono continua tão fina que não consegue filtrar os raios ultravioletascausadores de cancro de pele. «Este estudo traz algumas novidades encorajadoras, mas a maior causa de can-cro continua a ser o comportamento humano», conclui Mike Repacholi da Organização Mundial de Saúde.

http://dn.sapo.pt/2005/09/02/sociedade/camada_ozono_parou_diminuir.html

5

10

15

FERNANDO PESSOA nasceu em Lisboa, no Largo de S. Carlos, em 13 de Junho de 1899. O paimorre cinco anos depois e a mãe em breve volta a casar. Aos oito anos, Fernando António Nogueira deSeabra Pessoa parte com a mãe e o padrasto (comandante João Miguel Rosa) para Durban (África do Sul),onde o padrasto é cônsul interino de Portugal.

Em Durban, faz os seus estudos primários e secundários na High School e na Commercial School.Em 1894, cria o seu primeiro heterónimo: o Chevalier de Pas.Com dezassete anos, regressa a Portugal e instala-se em Lisboa. Matricula-se no Curso Superior de

Letras, que não chega a terminar, e monta uma tipografia (Empresa Íbis – Tipografia Editora – Oficinas aVapor), que mal chega a funcionar. Começa a trabalhar como «correspondente estrangeiro».

Em 1913, conhece Mário de Sá-Carneiro e José de Almada Negreiros. Um ano depois são publicadaspoesias dos seus heterónimos Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis.

5

10

Pág. 171: nota biográfica de Fernando Pessoa

Págs. 129, 134 e 135: excertos narrativos e poema (A Estrela, «Madrigal a umaestrela» e «O planeta do homem de negócios»)

O professor pode aproveitar a gravação destes textos para substituir a leitura, aproveitando a audição para o tra-balho de comparação entre os vários textos.

Page 12: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

12 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Pág. 184: poema

Aconselham-se duas audições: uma para registar ainformação, outra para a confirmar.

Aos trinta e dois anos conhece Ofélia, destinatária das suas cartas de amor; voltará a encontrá-la em 1929.Fernando Pessoa morreu em 30 de Novembro de 1935, no hospital de S. Luís dos Franceses.Deixou colaboração dispersa por muitas revistas: A Águia (1910), Renascença Portuguesa (1912), Orpheu

(1915, dirigida por Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, dois números), Exílio (1916), Portugal Futu-rista (1917, número único), Athena (1924, dirigida por Fernando Pessoa e Ruy Vaz, cinco números) e Pre-sença (1927, dirigida por José Régio, João Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca), entre outras.

A sua obra está traduzida em numerosas línguas. Para este êxito contribuíram certamente o facto deFernando Pessoa polarizar, na sua personalidade e na sua obra, nas palavras de David Mourão-Ferreira,«algumas das tendências mais contraditórias da modernidade: o gosto do irracional e a vocação racionaliza-dora, o espírito de revolta e a nostalgia da tradição, a fome do absoluto e a consciência do relativo, oimpulso gregário, para se sentir em uníssono – no espaço e no tempo – com os obreiros das grandesempresas humanas, e o dolorido sentimento de uma solidão essência, permanente, irrevogável».

Fernando Pessoa, O Livro do Desassossego, Linda-a-Velha, «Novis», Biblioteca Visão, 1998 [adaptado]

15

20

Págs. 172, 175 e 176: poemas e conto integral («Lágrima de preta», «Três tristestigres» e «Animais, Animenos»)

O professor pode aproveitar a gravação destes textos para fazer actividades de pré-leitura ou de treino de leituraexpressiva.

Pág. 179: poema (PASSATEMPO)

Paisagem

Entre pinheiros três casas.Uma azenha parada.Uma torre erguidade fraga em fragacontra o céu de cal.E um silêncio talhadopara o voo de um moscardoalastra de casa em casa,sobe à torre abandonadae sobe a azenha paradatomba desamparado.

Eugénio de Andrade, Obra de Eugénio

de Andrade / 1 – Primeiros Poemas, Porto,

Fundação Eugénio de Andrade, 2004

Escada sem corrimão

É uma escada em caracole que não tem corrimão.Vai a caminho do Solmas nunca passa do chão.

Os degraus, quanto mais altos,mais estragados estão.Nem sustos nem sobressaltosservem sequer a lição.

Quem tem medo não a sobe.Quem tem sonhos também não.Há quem chegue a deitar foraO lastro do coração.

Sobe-se numa corrida.Correm-se p'rigos em vão.Adivinhaste: é a vidaa escada sem corrimão.

David Mourão-Ferreira, Canto Secular

5

10

15

5

10

Page 13: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

13© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Pág. 191: adivinhas (3.a ficha de auto-avaliação)

Pág. 186: poema («Sou poeta»)

O professor pode aproveitar a gravação deste texto para fazer actividades de pré-leitura.

1.Não tem pernas mesmo assim,Não há maior andarilho,Não tem braços e onde mexeDeixa tudo num sarilho.

2.Eu no campo me criei,Metida entre verdes laçosE quem mais chora por mimÉ quem me faz em pedaços.

3.O que é, que éque nasce grandee morre pequeno?

4.Somos duas irmãs gémeasDespidas ou enfeitadas.Nunca nos podemos verE nunca andamos zangadas.

5.Nada valho sem cabeça,Mas eis meu triste fado:

Se eu cabeça não tivesseNão morreria queimado.

6.Pelo muito bem que façoNão posso ser dispensada.Se persisto, aborreço.Se falto, sou desejada.

7.Tem folhas sem ser árvore!E capa sem frio ter;E sem falar dá liçõesA quem o sabe entender.

Pág. 207: poema (4.a ficha de auto-avaliação)

Págs. 198 e 203: excertos dramático e narrativo («A Odisseia» e «Polifemo e Ninguém»)

O professor pode aproveitar a gravação destes textos para fazer actividades de pré-leitura, treino de leituraexpressiva e de leitura dramatizada.

5

AS PALAVRAS

Se eu ao menos soubesse o que são as palavras,de que espuma são feitas, o que escondem pordentro,havia de comê-las, melhor, saboreá-las,mastigá-las, sem medo de traição ou veneno.Como quem morde um pastel, tomar-lhe o gosto.Depois de deglutir, lamber os beiços, dizer:Estava bom, o sal na conta, a fritura no ponto.

Se eu ao menos soubesse por que são as palavras,havia de as trazer no bolso do casaco,embrulhadas em plumas, não fosse magoaruma sílaba tónica e a tornasse muda,embrulhadas em plumas, não fosse magoar

embrulhadas em plumas, não fosse magoaruma sílaba tónica e a tornasse muda,incapaz, coitadita, de se fazer ouvir,sem se arrimar a outra bem abertacomo um tátárári vibrante de corneta.

Se eu soubesse o que são, por que são as palavras,tomaria a brandura do amor em tempo certo,a quentura da flor que só pede o deserto,a vibração contida da asa do condor,e então, em riso, em soluço, em desatino,daria à luz palavras, torrentes de palavras,como quem mata a fome ainda que se mate.

Licínia Quitério, Da Memória dos Sentidos

10

15

20

Page 14: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

Transparências 1 e 2: resumo (pág. 33)Estas transparências poderão ser usadas

de duas formas: o professor pode mostrá-lasapenas após a realização da actividade pelosalunos, como correcção; ou, se os alunos tive-rem dificuldade em realizar a fase de transfor-mação da informação, o professor podemostrar os quadros exemplificativos da rees-crita das frases sublinhadas, de forma a facili-tar a posterior redacção do resumo, voltando amostrar as transparências no final, para osalunos compararem os seus resumos com oexemplo apresentado.

Transparência 3: conto popular (pág. 53)Esta transparência poderá ser usada para introduzir o estudo do conto popu-

lar. Ao observá-la, os alunos irão reconhecer um filme engraçado, Shrek 2, que,certamente, os motivará para as actividades previstas nesta subunidade.

O professor deverá, então, chamar a atenção para a paródia a algumas histó-rias da tradição popular, facilmente reconhecidas por todos.

Se possível, seria interessante visionar o filme Shrek 2.

Transparências 4: leitura de poema (pág. 86)Esta transparência constitui um ponto de partida para a troca de opiniões

sobre a importância de leitura.

14 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

G U I Ã O D E U T I L I Z A Ç Ã O D A S T R A N S P A R Ê N C I A S

Page 15: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

Transparência 5: descrição (pág. 95)As imagens desta transparência poderão ser utilizadas para se desenvolver

a capacidade de descrição dos alunos em actividades escritas ou orais.

Transparência 6: Anne Frank (pág. 100)Esta transparência pode ser utilizada para

introduzir a leitura de uma página do Diário deAnne Frank, convocando aspectos históricos eculturais que ajudam a compreender a situa-ção descrita no texto.

Transparência 7: pontuaçãoO professor pode aproveitar a transparência

com o texto sem pontuação para corrigir a mar-cação de pausas, convidando os alunos a registarem as pausas na transparência.

A transparência com o texto pontuado pode ser usada como se sugere na ficha,ou como forma de correcção de um exercício em que os alunos teriam de tentarcolocar a pontuação sem ajuda. Com uma caneta de cor diferente, o professor pode,ainda, assinalar outras opções de pontuação em algumas frases do texto.

Transparências 8 a 10: quadro-síntese de O Cavaleiro da Dinamarca (pág. 144)Este quadro constitui um instrumento essencial para a execução do trabalho de grupo de análise deste conto, não

só porque orienta o aluno no registo da informação, mas também porque serve de apoio à audição das apresentações.Se o professor quiser, pode recolher os quadros preenchidos pelos grupos para verificar quem esteve com atenção às

apresentações e o que cada grupo percebeu das propostas dos res-tantes grupos. Para que os alunos percebam como devem usar o qua-

dro, o professor deve preencheras informações respeitantes aoexcerto analisado em aula.

© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO 15

Page 16: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

16 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Pág. 22COMPREENSÃO DO ORAL

1. Trata-se de um incêndio com características estranhas.

2. Os Bombeiros Voluntários de Mafra, um suspeito, os militares, a GNR e a Polícia Judiciária.

3. Por volta das 7h30.

4. Na Tapada Militar de Mafra.

5. O suspeito foi capturado, porque os bombeiros o avistaram.

6. A detenção foi feita por militares com a ajuda dos bombeiros.

Págs. 23-27: «Pirilampo Mágico arranca hoje»LEITURA

1.1. Campanha Pirilampo Mágico.1.2. A Antena1 e a FENACERCI.1.3. 7 de Maio de 2005.1.4. Em todo o país.1.5. Para angariar fundos de apoio ao cidadão deficiente e para sensibilizar a comunidade portuguesa para esta

realidade.1.6. Com a ajuda de voluntários que vendem os Pirilampos Mágicos. 40% do valor obtido é atribuído a institui-

ções que apoiam a deficiência mental e a multideficiência.

2.1. «Pirilampo Mágico arranca hoje»2.2. Anuncia o início da Campanha Pirilampo Mágico.2.3. Resposta pessoal.2.4. Lead: «A Campanha Pirilampo Mágico 2005, lançada pela Antena1 e a FENACERCI, arranca hoje em todo o

país. Trata-se de uma campanha de solidariedade com 19 anos de existência.» Corpo da notícia: resto do texto.

2.5. a) da pergunta 1.1. à 1.4. b) perguntas 1.5. e 1.6.

3. Títulos(s): devem ser informativos, precisos e apelativos, de forma a chamar a atenção do leitor.Lead: estas informações (o quê, quem, quando e onde) surgem normalmente no 1.o parágrafo, podendo ter destaque grá-fico. Constituem a parte mais importante da notícia, pois apresentam uma síntese dos acontecimentos.Corpo de notícia: estas informações (porquê e como) constituem o desenvolvimento da notícia, dando conta de porme-nores sobre os acontecimentos.

4. Diário de Notícias de 7 de Maio de 2005.

5. Resposta pessoal.

P R O P O S T A S D E C O R R E C Ç Ã O D A S A C T I V I D A D E S D O M A N U A L

I . T E X T O N Ã O L I T E R Á R I O

Page 17: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

17© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

CONHECIMENTO EXPLÍCITO

1. Nomes: data, APPACDM, Coimbra, instituições, pirilampos, iniciativa, centena, voluntários, euros, cento, valor, venda, deficiên-cia, multideficiência, CERCI.Adjectivos: mágicos, mental.Verbos: associados, espera, vender, estão envolvidos, custa, revertendo, apoiam.

1.1. APPACDM, Coimbra e CERCI.1.2. Favorecer a precisão da informação.1.3. «espera» – 3.a pessoa do singular do presente do indicativo do verbo esperar ;

«estão» – 3.a pessoa do plural do presente do indicativo do verbo estar;«custa» – 3.a pessoa do singular do presente do indicativo do verbo custar ;«apoiam» – 3.a pessoa do plural do presente do indicativo do verbo apoiar.

2. a) Declarativa.

3. As notícias têm o objectivo de informar o público sobre os acontecimentos que podem ter interesse para acomunidade, sem se pretender influenciar a formação da sua opinião sobre os factos relatados, daí que a fun-ção da linguagem predominante seja a informativa.

SISTEMATIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS

1. Notícia: verdadeiros; actuais; interesse geral. Estrutura da notícia: lead; corpo da notícia. Linguagem danotícia: 3.a; opiniões.

2. A notícia da página 22 é actual, pois anuncia, no próprio dia, o arranque da Campanha Pirilampo Mágico; éverdadeira, visto que esta campanha já existe há vários anos e o público sabe que se renova anualmente;tem interesse geral, na medida em que as pessoas gostam de saber quando começa a campanha para pode-rem participar nela, além de que permite chamar a atenção da comunidade para o problema da deficiênciamental e da multideficiência; a linguagem é objectiva, dado que o jornalista não emite qualquer tipo de opi-niões ou comentários pessoais que possam influenciar a opinião pública.

PASSATEMPO

a) Actualidade; e) Cultura;b) Nacional; f) Desporto;c) Internacional; g) Opinião;d) Classificados; h) Economia.

OUTRAS LEITURAS

1. Resposta pessoal.

2. As respostas a estas actividades dependem dos jornais seleccionados.

Págs. 28-33: «Meningite: rapaz de 14 anos internado em Albufeira» e «Álcool:4,38 dá um ano sem carta»LEITURA

1. 4-2-5-1-31.1. Título: «MENINGITE: rapaz de 14 internado em Albufeira»;

Lead: «Um rapaz de 14 anos [...] por ter contraído meningite viral.»Corpo da notícia: restantes parágrafos.

Page 18: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

18 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Álcool: 4,38 dá um ano sem carta

Um homem de 30 anos foi hoje condenado, em Lisboa, a seis meses de prisão, com pena suspensa pordois anos, e a um ano de inibição de conduzir.

Esta sentença deveu-se ao facto de ter sido apanhado com 4,38 gramas de álcool no sangue. A GNRtinha-o avisado para não pegar no carro, mas ele não acatou o aviso e foi apanhado.

CONHECIMENTO EXPLÍCITO

1. Os meus irmãos ficaram em casa. / Amanhã, os trabalhos ficarão prontos.Eles decidiram fazer uma festa. / Amanhã, decidirão que filme ver no cinema.Os alunos registaram as informações pesquisadas. / Amanhã, os pais registarão o bebé.

2.1. Voltaram e voltarão.2.2. A primeira frase remete para o passado e a segunda para o futuro. 2.3. Voltaram – pretérito perfeito do indicativo; voltarão – futuro do indicativo.

3. Pretérito perfeito do indicativo: decidiram; ficaram; levaram; registaram; tiveram.Pretérito imperfeito do indicativo: decidiam; ficavam; levavam; registavam, tinham.Futuro do indicativo: decidirão; ficarão; levarão; registarão; terão.

4. a) costumavam; c) guardaram; e) entrarão; g) ficarão; i) brincavam;

b) falarão; d) apanharão; f) atingiram; h) receberam; j) viajavam.

OUTRAS LEITURAS

A. 2.1. Alemã.2.2. A criação do processo de impressão com caracteres móveis.2.3. Foi o homem que emprestou dinheiro a Gutenberg e se tornou sócio da sua empresa.2.4. Descobriu um modo de fundir e fabricar caracteres com uma liga de chumbo e antimónio e criou uma tinta

composta de negro de fumo.2.5. Porque é a ele que se deve a ideia de criar tipos móveis e o aperfeiçoamento da prensa.2.6. A Bíblia de 42 Linhas.2.7. Cerca de trezentos.2.8. A sociedade desfez-se por divergências entre Fust e Gutenberg e Fust ficou com todo o negócio.4. Impressão com caracteres móveis, tipografia, prensa, liga de chumbo e antimónio, tinta composta de negro de

fumo, imprensa, impressora, imprimir, tipos móveis.

B. 1. Ver respostas da questão A. 2.1. à A. 2.8. e observar transparência 1.

2. Desenvolvimento – da 2.3. à 2.7.; conclusão – 2.8.

C. Observar a transparência 2 (resumo).

1.2. Resposta pessoal.

2. Não há divisão entre o lead e o corpo da notícia; não há indicação do local em que ocorreu; falta de actualida-de dos factos («o mês passado»); comentários pessoais («Infelizmente»); linguagem inadequada («admoestado»,«caçado», «não ligou») e frases exclamativas («[...] foi caçado!»).

Page 19: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

19© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Págs. 34-37 «Fogos florestais, um risco social»LEITURA

1. a) Os incêndios dos últimos anos têm assumido proporções tais que a sociedade tem de mudar a sua atitudeface a este problema.

b) Destruição de árvores de vários tipos, afectando também as indústrias que delas dependem; destruição deequipamentos públicos e casas, quer nos meios rurais, quer nos urbanos; alterações na paisagem com con-sequências para o turismo; destruição de vidas humanas.

c) Toda a sociedade deve contribuir para a protecção e o desenvolvimento da floresta.

d) A população deve tomar consciência de que as consequências dos incêndios acabam por afectar toda agente, tornando-se necessário o empenhamento de todos. Há, sobretudo, que ter em conta as condiçõesparticulares do nosso país, que o colocam numa posição de maior risco face a outros países.

e) Em Portugal, país meridional, as condições naturais contribuem para o agravamento do risco dos fogos flo-restais. A redução da população rural torna difícil a manutenção da taxa de coberto florestal.

f) Toda a sociedade deve participar, juntamente com o Estado, nos custos da gestão da floresta. Além disso, éimportante não cometer erros na distribuição de responsabilidades e de meios.

2. A frase destacada constitui uma chamada de atenção para um aspecto fundamental da acção a desenvolverno combate ao risco dos fogos florestais e tem a função de despertar o interesse do leitor para a leitura inte-gral do artigo.

3. Resposta pessoal.

Págs. 38-40: «O seu a seu Santo»LEITURA

1.1. A imagem do Pai Natal vestido de vermelho, o Halloween e o dia de S. Valentim.1.2. A autora considera que as tradições portuguesas devem ser mais valorizadas e que não devemos imitar as

tradições estrangeiras, que não têm muita relação com a nossa cultura.1.3. Resposta pessoal.

2. Sugere que os nossos especialistas de marketing criem campanhas que promovam as nossas tradições.

3. «vermelho é vermelho, sempre nos recorda o Glorioso» (ll. 2-3); «sobretudo dos programas da manhã da tele-visão, que tanto delas se alimentam…» (ll. 6-7); «num assunto em que a nossa terra sempre se tem mostra-do fértil» (ll. 8-9); «rebenta por toda a parte uma incontrolável explosão de ‘‘I love you’’ em coraçõezinhosvermelhos» (ll. 13-14); «qual a necessidade de importar santo de outro país, quando, ainda por cima, o produ-to nacional é de qualidade superior» (ll. 17-18). A ironia serve para reforçar a crítica às importações de tradi-ções estrangeiras, que fazem surgir comportamentos e atitudes artificiais por não se integrarem na nossacultura.

4. O título constitui uma variação da máxima «o seu a seu dono», a qual recomenda que não nos apropriemos daqui-lo que não nos pertence. Também é essa a recomendação da autora relativamente à «adopção» de S. Valentim,que deve ser preterido a favor de Santo António – «produto nacional de qualidade superior».

SISTEMATIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS

Crítico; regularidade; desporto; literatura; economia; comportamentos sociais; estilo; recursos expressivos.

Page 20: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

20 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Pág. 41: «Vidago» e «Prefira marcas portuguesas»

LEITURA / CONHECIMENTO EXPLÍCITO

1.

2. Tal como Alice Vieira na sua crónica, esta campanha defende a valorização dos produtos nacionais.

Págs. 42-47: «Swatch», «Pré-Natal» e «Olá»LEITURA / CONHECIMENTO EXPLÍCITO

• Produto: gelado Carte d’Or Sorbet.

• Tipo de publicidade: comercial.

• Imagem: – localização do produto: no meio da página;– cores e sua simbologia: cor de laranja – remete para a cor do fruto.

• Texto:– slogan: «Nada na manga» – este slogan parte de uma expressão que significa que não há truques e usa-a no

sentido literal para indicar que o gelado é, de facto, baixo em calorias, pois não tem gordura;

– texto de argumentação:

• manga, Carte d’Or Sorbet, gordura, fruta, limão, pêssego;• «novos» – grau normal; «melhor» – grau comparativo de superioridade;• estes adjectivos permitem realçar a novidade e a qualidade deste produto;• «nada», «não», «0%.»;

Publicidade comercial

Vidago maracujá – água com gás

Lançar um produto novo

Verde: simboliza a natureza e a frescura

Campanha de interesse geral

Marcas portuguesas

Promover a preferência pelas marcasportuguesas

Tipo de publicidade

Produto / Tema

Objectivo

Simbologia das cores

Elementos da imagem

Slogan

Recursosexpressivos

Tipos defrase

Formas de tratamentodo público--alvoTe

xto

de a

rgum

enta

ção

Azul: remete para o mar, uma carac-terística do nosso país, e simboliza acapacidade renovada dos portugue-ses de descobrirem novas coisas

Garrafa e vegetação Mar, jovem, comando de videojogos

«Deixa-te seduzir pela nova Vidago Maracujá»

Adjectivação abundante, repetições, ...

Frases declarativas e imperativas

2.a pessoa do singular

«Inovação»

Adjectivação abundante, repetições, ...

Frases declarativas, interrogativas eimperativas

3.a pessoa do singular

Público-alvo Jovens Jovens e adultos

Page 21: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

21© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

• «Nada na manga.»; «Os novos Carte d’Or Sorbet não têm ponta de gordura.»; «Nada de nada.»; «Mas oque não lhes falta é fruta.»; «não há nada melhor.»;

• as frases negativas permitem realçar a ausência de gordura – principal característica deste produto;

• «Experimente» – convida o público a consumir o produto.

• O slogan e o texto de argumentação complementam a imagem, pondo em evidência as características do pro-duto;

• Dirige-se, sobretudo, a pessoas preocupadas com a sua linha, daí o realce dado ao baixo valor calórico.

OUTRAS LEITURAS

1.1. Os rótulos nem sempre correspondem à composição real do produto; a redução de gordura nem sempre éproporcional à redução do valor calórico; muitas vezes, a redução de calorias é conseguida através da substi-tuição da gordura e do açúcar por substâncias prejudiciais à saúde.

1.2. O artigo apresenta o resultado de um estudo científico.

2.1. e 2.2. Respostas pessoais.

Page 22: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

22 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

I I . T E X T O L I T E R Á R I O

Texto NarrativoTradição Popular

Pág. 531.1. A carruagem-abóbora da Cinderela; a Rapunzel; a tabuleta, o espelho da madrasta da Branca de Neve;

o Pinóquio; os três porquinhos; o Gato das Botas.

1.2. Não.

1.3. Não. Existe apenas uma referência ao reino «Far Far Away».

2. Os alunos vão constatar que os aspectos que se mantêm nas duas versões são aqueles que identificam umdeterminado conto, ao nível da estrutura e do conteúdo, ou seja, os aspectos fundamentais, enquanto os pon-tos alterados se prendem essencialmente com pormenores das adivinhas e das respectivas respostas, maisdifíceis de memorizar.

2.4.

Págs. 54-61: «Frei João Sem Cuidados» / «O soldado que adivinha» / «O padresem cuidados»LEITURA

1.1. Padre, rei e criado.1.2. Não.1.3.1. Três personagens, três dias e três adivinhas.1.3.2. Santíssima Trindade, perfeição.1.4. Reforça a ironia da situação em que o padre se vê envolvido.

Frei João Sem Cuidados.

Vagas referências temporais: «ouvia»; 3 dias.

Palácio do Rei, caminho entre o palácio e a residência de Frei João.

Frei João, Rei e moleiro. Resposta pessoal.

Quanto pesa a Lua? / Quanta água tem o mar?/ O que é que eu penso?

Não pode pesar mais do que um arrátel / é preciso que primeiro mandetapar todos os rios / pensa que está falando com Frei João Sem Cuida-dos, mas está a falar com o moleiro.

Título

Tempo da acção

Espaço da acção

Audição do CD Audição do reconto

Personagens

Adivinhas

Resposta àsadivinhas

Page 23: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

23© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

1.5. A transmissão oral não comporta a memorização de detalhes; daí a repetição de algumas expressões ou ele-mentos. Além disso, o mais importante é a carga semântica inerente à designação das personagens-tipo e amoralidade do conto. A referência vaga ao espaço e ao tempo facilita a generalização e a actualização doscomportamentos e valores retratados.

1.6.1. a) Quantas estrelas há no céu?; b) E apresentou uma soma muito grande.

1.6.2. Ausência de artigo definido antes do determinante possessivo (ex.: «lhe desse sua batina»; «em sua porta»);utilização de vocábulos do português do Brasil (ex.: «chamado»; «vexame»; «e deu uma soma muito grande»);ausência da contracção da preposição «em» com o artigo indefinido «um» (ex.: «deitou-se em uma rede»);utilização do gerúndio (ex.: «estou aqui pensando»; «está falando»); estruturas sintácticas próprias (ex.: «quan-tas estrelas tem no céu?»); próclise na pronominalização (ex.: «isto me tem dado muito que pensar»).

2.1.

O Soldado que adivinha.

Vagas referências temporais: «Era uma vez»; «um dia».

_______________________________________

Rei, soldado (frade).

«Quantas gotas há no mar?»«Quantas estrelas há no céu?»«Agora adivinha em que é que eu estou a pensar?»

1.a: «Mande tapar todos os rios que desaguam […]há no mar».2.a: «dizendo ao acaso um número muito grande».3.a: «Vossa Majestade está a pensar […] soldado raso».

O Padre sem cuidados.

Vagas referências temporais: «Havia»; 3 dias.

Palácio, casa.

Padre, Rei e criado.

«Quantos cestos de areia tem ali naquele monte?»«Diga-me quantas estrelas tem no céu?»«Quero que me diga o que é que eu estou aqui pen-sando?»

1.a: «um cesto de areia».2.a: «deu uma soma muito grande».3.a: «[Vossa Real Majestade pensa que] está falandocom o padre […] mas está falando é com o criado».

Título

Tempo daacção

Espaço daacção

Versão russa Versão brasileira

Personagens

Adivinhas

Resposta àsadivinhas

2.2. Povo.2.3. Sim, sendo o povo o autor destes contos, é natural que se autovalorizasse.2.4. Nunca devemos tentar humilhar os outros nem pô-los em situações difíceis, pois o mal que lhes quisermos

fazer pode virar-se contra nós.

CONHECIMENTO EXPLÍCITO: DISCURSO DIRECTO E DISCURSO INDIRECTO

1.1. «– Quantas gotas há no mar?»; «– Quantas estrelas há no Céu?».1.2. «Aqui mora o padre sem cuidados»; «Um só, como assim?».

2. Dizer; responder.

3. – Ora, Rei meu senhor, é isto? Saberá Vossa Real Majestade que ali tem um cesto de areia. / – Um só, como assim? ⁄– Vossa Real Majestade mande fazer um cesto muito grande, que abranja todo o monte, e eis aí o que digo.

4.1. «dizendo» – reprodução indirecta.4.2. «[…] disse que queria […]»

5. Directo; indirecto.

Page 24: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

24 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

SISTEMATIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS: O CONTO POPULAR

povo; geração; versões; conto; ponto; Teófilo; Pedroso; escrita; narrativas; simples; social; atributos; indefinido;indeterminado; moralizante; lúdica; simples; popular; palavras; memorização; três.

PASSATEMPO

a) A Bela Adormecida; b) Cinderela; c) O Gato das Botas; d) Rapunzel; e) Os Três Porquinhos.

OUTRAS LEITURAS

1.1. Dois contadores de histórias que se transfiguram, no filme de Terry Gilliam, em personagens de um conto deaventuras fantásticas.

1.2. Os Irmãos Grimm.1.3. Branca de Neve, A Bela Adormecida, O Pequeno Polegar, Hansel e Gretel, O Flautista de Hamelin, O Capu-

chinho Vermelho e A Gata Borralheira. 1.4. Os irmãos Grimm recolhiam contos e lendas populares; na ficção, são dois aventureiros vigaristas envolvidos

em mentiras em que eles próprios passam a acreditar.1.5. Resposta pessoal.

2. É um carro para uma família numerosa, cujas características se adaptam a diferentes personalidades.

Págs. 62-67: «Velhos Provérbios»

LEITURA

1. «De noite todos os gatos são pardos.»; «Quem age sozinho age por três.»; «Obra começada, meio acabada.»;«No meio é que está a virtude.»; «No fundo do copo é que está o doce.»; «A pêra, quando madura, há-de cair.»

2. Cada uma delas corresponde a uma situação em que o sentido de um ou mais provérbios é contestado.

3. O texto desconstrói verdades baseadas na experiência de vida, na medida em que, apresentando contra-exem-plos, mostra que tais verdades resultam apenas de um conhecimento empírico.

4.1. • Cada figo em sua figueira. / Cada macaco no seu galho.• Grão a grão, enche a galinha o papo. / Tostão a tostão se faz um milhão.• Faz o mal e espera outro tal. / Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti.• Cada qual sente o seu mal. / Cada um sabe onde lhe aperta o sapato.• Na terra onde fores viver faz como vires fazer. / Em Roma sê romano.

4.2. c); b).4.3. a) Depois de situações difíceis vem a calma.

b) Não querer assumir ou enfrentar certas realidades é mais grave do que não se aperceber delas.c) Há sempre outras oportunidades.d) Não tem moral para falar quem comete os erros que critica nos outros.e) Quando se gosta de uma pessoa não se dá importância ao seu aspecto físico.

SISTEMATIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS: O PROVÉRBIO

oralmente; geração; observação; experiência.

Page 25: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

25© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Págs. 68-69: À Descoberta das Funções Sintácticas

A. Sujeito1.1. a) Velhos Provérbios; b) o gato e o futebolista.1.3.1. a).1.3.2. b).2.1. a) Eles [os Velhos Provérbios]; b) sujeito nulo indeterminado; c) sujeito nulo expletivo.2.2. Não. Sujeito nulo; subentendido; indeterminado; expletivo.

B. Complemento directo, complemento indirecto e predicativo do sujeito1.1. a) uma perna; b) a sua demissão.2.1. a) pardos; b) completamente podre.2.2. Não. Predicativos do sujeito.3.1. a) às pessoas; b) ao gato.

C. Predicado1. Ex.: * O Velho Provérbio partiu. / * O Velho Provérbio apresentou. / * Todos os gatos são. / * A pêra já

estava. / * Os provérbios transmitem. / * O Velho Provérbio falou.2. Agramaticais; predicado.

PASSATEMPO

OUTRAS LEITURAS

1.1. a) cabelo; b) venta; c) tempestade; d) cabeça; e) cotovelos; f) gosto.1.2. a) Contar segredos. b) De um momento para o outro. c) Ser enganado. d) Silenciosamente.

MEFABIPORA

OSSZRECUID

UDIPAMONGE

CUDOIORECN

ALERTMABUL

SENTENÇAOH

LOTAHUASMU

ABEMONOIJR

DUFJNCTBHO

RBROMASEAI

Págs. 70-75: «A Padeira de Aljubarrota»1. e 2. Respostas pessoais.

LEITURA

1. A superioridade dos portugueses relativamente aos castelhanos e valorização do patriotismo, como forma deassegurar a nossa independência face a Castela.

Page 26: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

26 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

2. Aljubarrota.

3.

4. Resposta pessoal.

SISTEMATIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS

Narrativa; oralmente; geração; geração; tempo; espaço; transfigurado.

OUTRAS LEITURAS

1.1. e 1.2. Respostas pessoais.2.

3. As lendas partem de factos verídicos, que vão sendo transfigurados pela imaginação popular, como mostra acrónica a que se refere João Aguiar.

Batalha de Aljubarrota; 14 de Agosto de 1385; derrotados Castelhanos; domínio espanhol dos Filipes; acla-mação de D. João IV em 1640.

A padeira Brites de Almeida e a história dasua vida.

«A Padeira de Aljubarrota»

Realidade Ficção

Padeira Dona de casa

Brites de Almeida Anónima

Casada com um lavrador Família: marido e filhos

Venceu sozinha os sete castelhanosA dona da casa, o marido, os filhos e talvez os criadosmataram alguns castelhanos e gascões foragidos.

Lenda da Padeira de Aljubarrota Crónica

Págs. 76-77: À Descoberta da Conjugação Pronominal I

I

1.1. a) os; b) lhe.1.2. a) Sim, vendeu os parcos bens. b) Sim, pediu à padeira da terra para ser sua ajudante.1.3. a) complemento directo; b) complemento indirecto.

2. complemento directo; complemento indirecto.

II1.1. los, la, las, lo, la, los.1.2. l.1.3. r, s, z.

2. r, s, z; lo, la, los, las.

III1.1. na, nos, no, nas.1.2. n.1.3. Nasal.

2. sílaba nasal; no, na, nos, nas.

IV1.1. Antes.1.2. Negativa.

2. Que.

3. negativas; que.

Page 27: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

27© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Págs. 78-82: «Donzela que vai à guerra»

LEITURA

1. Donzela; pai da donzela; capitão; pai e mãe do capitão; paje.

2. Não ter filho varão para mandar para a guerra.

3. Fazer passar a filha mais velha por filho varão.

4. Bonita e feminina.

5. Não seria fácil esconder a sua feminilidade.

6. Os olhos.

7. A morte da mãe.

8. Presume-se que o capitão vá pedir a mão da donzela em casamento.

CONHECIMENTO EXPLÍCITO

1. Resposta pessoal.

2. «brigar»; «armas»; «cavalo»; «armada»; «guantes de ferro»; «botas»; «esporas»; «adaga»; «capitão».

3.1. Vocativo.3.2. «Senhor pai, senhora mãe»; «Senhor pai»; «meu filho».

4.1. «Senhor pai, senhora mãe […] de homem não»; «Convidai-o vós, meu filho».4.2. Facilitam a memorização da história.

5. Rimas: -ão; -ar; -ão; -ar; -ão.

OUTRAS LEITURAS

Resposta pessoal.

Pág. 83: À Descoberta da Conjugação Pronominal II

1.1. vos.1.2. Não, normalmente aparecem depois da forma verbal.

2.1. lo, los, las, la, la, los, la, lhe.2.2. lo, lhe.2.3. a) a e): futuro do indicativo.

f) a h): presente do condicional.2.4. 1.o conhecer + iam; 2.o conhecer + la + iam; 3.o conhecê + la + iam.

3. no meio; futuro do indicativo; presente do condicional.

Page 28: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

28 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Conto de Autor

Págs. 84-87: «Como um romance»LEITURA

1. Disse-lhe que se tratava simplesmente de uma história de amor.

2. Resposta pessoal.

3. Contrariamente ao que acontece com a informação vaga de muitas contracapas, o irmão, com o seu dom doresumo, seria capaz de sintetizar a informação que interessa ao público.

4. Resposta pessoal.

5. Amor, batalhas e desilusões conjugais.

6. Não lhe interessavam os assuntos políticos e estratégicos nem os problemas agrários da Rússia.

7. Resposta pessoal.

COMPREENSÃO DO ORAL / EXPRESSÃO ORAL

1. a 3. Respostas pessoais.

4. a) D; b) B; c) A; d) C.

5. Resposta pessoal.

OUTRAS LEITURAS

• Alice Vieira descobriu, em criança, o prazer da leitura – o seu passatempo preferido. • Hoje, falta tempo esilêncio para se disfrutar da leitura. • As crianças ganham o gosto pela leitura através da leitura em voz alta detextos da literatura tradicional.

Págs. 88-91: «Jorge descobre-se leitor»LEITURA

1. Ler um livro, elaborar uma ficha de leitura e apresentar oralmente um trabalho.

2. Policiais.

3. Não, porque usa uma série de frases genéricas ou vazias de sentido.Exemplos: «a ficha era só uma página e não se podia pôr lá tudo o que tem o livro. O livro tem mais. As perso-nagens, o enredo, o narrador, tudo muito bem feito.»; «O livro é bem feito. Vê-se que ao autor não lhe escapounada. Faz um retrato da vida daquela gente que andava por aí no século passado, que só lido.»

4. Respostas pessoais.

5. Histórias emocionantes com finais inesperados e surpreendentes.

CONHECIMENTO EXPLÍCITO: CONJUNÇÕES E LOCUÇÕES CONJUNTIVAS COORDENATIVAS ADVERSATIVAS ESUBORDINATIVAS CONCESSIVAS

1.1. mas; à classe das conjunções (conjunção coordenativa adversativa).1.2. Nas da b), porque a oposição é explícita.1.3.1 À volta só se ouviam risinhos, contudo/no entanto/porém/todavia ele não deu por nada.

1.3.2 Não.

Page 29: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

29© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

2.1. a) O filme tem um bom enredo, embora a banda sonora pudesse ser melhor. b) O filme tem um bom enredo,ainda que a banda sonora pudesse ser melhor. c) O filme tem um bom enredo, se bem que a banda sonorapudesse ser melhor. d) O filme tem um bom enredo, apesar de a banda sonora poder ser melhor.

2.2. Utilização do pretérito imperfeito do conjuntivo e do infinitivo pessoal.

3. No entanto, se calhar não devia. (ll. 4-5)Porém, aquela página (…) de leitura. (l. 31) Há quem prefira (…); todavia, eu não. (ll. 38-39)À volta só se ouviam risinhos; no entanto, ele não deu por nada. (ll. 51-52) O Jorge recuperou (…); contudo, não lhe serviu de nada. (ll. 55-56)

Págs. 92-95: «A montanha da água lilás»LEITURA

1. a) arredondadas; b) velhas; c) pouco profundos; d) límpida, saltitante; e) grandes; f) silvestres; g) tenrinho.

2.1. corria, descia, lambendo.2.2. Pretérito imperfeito do indicativo, um dos tempos mais utilizados nas descrições.

3. Advérbios: muito, pouco, longe, bastante…Figuras de estilo: «Era uma montanha como as outras» (comparação); «água […] saltitante […] lambendo»(metáfora); «gigantes teimosos» (metáfora).

4. Quando o narrador apresenta a personagem lupi-kimbanda.4.1. «A meio da manhã».4.2. «veio»; «estivemos»; «Calou-se»; «rodearam-no»; «começaram». O pretérito perfeito é um dos tempos verbais

mais utilizados na narração, porque permite fazer avançar a acção.

5.1. O lupi-poeta fica entusiasmado com a descoberta e decide mergulhar logo na água lilás («– Vou já mergulharno tanque [...]»); o lupi-kimbanda, mais prudente, alerta para a necessidade de continuarem as experiências(«– Temos ainda de continuar as experiências.»).

5.2. «Lupi-lupi-lupi!»5.3. Comunicação da execução e do resultado das experiências.

CONHECIMENTO EXPLÍCITO: DISTINÇÃO ENTRE PORQUE E POR QUE

1.1. Porque; por que razão; por que motivo.1.2. «Razão» e «motivo».

2.1. Não.2.2. «perguntaste» e «esperas».2.3. O colega por que chamaste já saiu. (chamar por…) Por que exercício começaste? (começas por…) Os direi-

tos por que lutam os trabalhadores nem sempre são respeitados. (lutar por…)

3. a) porque b) Porque c) Por que d) por que e) porque f) por que

Págs. 96-99: «A ladeira»LEITURA

1. Manuel Francisco: alto, gordo, moreno, com voz muito grossa, teimoso, com capacidade de argumentação,orgulhoso. Francisco Manuel: baixo, magro, ruivo, tinha uma borbulha na ponta do nariz, teimoso, com capaci-dade de argumentação, orgulhoso.

Page 30: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

30 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

1.1. Características físicas.1.2. Características psicológicas.1.3. As semelhanças: o início da discussão e o seu prolongamento devem-se ao facto de ambos serem teimosos,

orgulhosos e com capacidade de argumentação.

2. Tanto se pode dizer que a ladeira é uma subida como uma descida.

3. A imagem ilustra alguns elementos referidos no texto (ladeira, noite, dia, vento…) e evidencia a oposiçãoentre as personagens.

4. «Nem o frio, nem o calor, nem a chuva os distraiu»; «Só os dois homens continuavam sentados no meio daladeira sem darem por nada do que acontecia à sua volta»; «não sentiam nem a chuva na pele, nem o frio nosossos, nem o sol na moleirinha».

5. O desaparecimento da ladeira.

6. Não, pois «afastaram-se cada um em sua direcção, ambos seguros de que tinham ganho a discussão».

7. Não, pois não é personagem, apenas conta a história.

8. Narrativa breve e simples; espaço indeterminado; tempo indefinido; utilização simbólica do número sete.

CONHECIMENTO EXPLÍCITO

1.1. a) «quando»; b) «porque».1.2. a) temporal; b) causal.1.3. a) subordinante: «um dos homens ia a subir a ladeira»; subordinada: «quando o outro vinha a descê-la».

b) subordinante: «Para o outro era uma descida»; subordinada: «porque descia de cima para baixo»,

2. a) Apenas; b) No momento em que; c) Assim que o vento passou; d) Dado que; e) Uma vez que; f) Já que.

Págs. 100-105: «O Diário de Anne Frank»LEITURA

1. Num anexo.

2. Abatida e com falta de coragem.

3. Ser presa, afastada do pai e da mãe, que deitem fogo ao anexo.

4. Anne Frank é judia e, portanto, perseguida pelos nazis.

5. Não. «‘‘Depois da guerra’’. Mas digo-o como se se tratasse de um castelo no ar e não de um tempo que se tor-nará, algum dia, para mim realidade.»

6. Como se fosse algo que não tivesse sido real.

7. Nomes: círculo; nuvens; perigo; escuridão; massa; muro.Adjectivos: pequena; pesadas; escuras; densas; desesperado; isolados, grossa; impenetrável; invencível.Verbos: vai-se apertando; esbarramos; barra; encerra; destruirá; clamar; suplicar.

CONHECIMENTO EXPLÍCITO: DISTINÇÃO ENTRE DE QUE E QUE

1. O «de que» é pedido pela forma verbal «lembra» (lembrar-se de).

2. a) de; b) de; c) de.

3. a) que; de que. b) que; de que. c) que; de que.

4. a) que b) de que c) que d) de que e) de que f) de que g) que

Page 31: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

31© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Págs. 106-107: À Descoberta da PontuaçãoI. Ver transparência n.o 7 (pontuação).

II

1. a) O João não faz anos hoje. (Existem várias hipóteses, como por exemplo: O João? Não faz anos hoje.) /O João não faz anos hoje? (Outro ex.: O João não! Faz anos hoje.)b) Não quero aquela mala. / Não, quero aquela mala.

2. Resposta pessoal.

3. A Paris: «Envie esta carta para Paris, não para Londres.» A Londres: «Envie esta carta, para Paris não,para Londres.»

III

1. a) É simpática, teimosa, trabalhadora e muito corajosa.b) No dia seguinte, estavam os dois preparados para embarcar.

c) Kofi Annan, secretário-geral das Nações Unidas, deu uma entrevista.

d) Passado um mês, chegou a ajuda humanitária.

e) Ainda que não haja uma solução milagrosa, muito se pode fazer.

f) Como não têm comida suficiente, adoecem.

g) Os países, antes que a situação se agrave, devem unir esforços.

h) As africanas andam quilómetros com os filhos, procurando ajuda alimentar.

i) As pessoas devem ajudar, mas não devem exigir contrapartidas.

2. a) 2; b) 3; c) 1; d) 9; e) 4; f) 6; g) 5; h) 8; i) 7.

3. a) 2; b) 2; c) 3; d) 1; e) 3; f) 4; g) 1; h) 4.

4. a) «As estrelas cadentes não são estrelas. À volta do sistema solar, encontram-se muitos pedaçosde rochas a voar, alguns deles precipitam-se em direcção à Terra. Quando atingem a atmosfera, asrochas tornam-se muito quentes e incendeiam-se. É esse fogo o que tu vês no céu.[…]»

A Minha Primeira Enciclopédia [adaptado],

Lisboa, Bertrand Editora, 1999

OUTRAS LEITURAS

1. ciganos; carruagens; campos de trabalho; câmaras de gás; duche; placas; prisioneiros; balneário; gás; 20 minu-tos; 10 mil pessoas; nazis; piras; doença; cobaias.

2.1. Resposta pessoal.2.2. O de uma mulher, Sueba, que percorreu mais de 75 km com a filha subnutrida nos braços para encontrar

ajuda alimentar. Esta mulher já tinha perdido dois filhos, mortos de fome.2.3. A seca, a desertificação, as invasões de gafanhotos e a desagregação dos mercados regionais.2.4. Fome, desnutrição, morte, instabilidade social, migrações maciças, doença e conflitos violentos.2.5. De todos nós, dos governos da região, dos doadores, das instituições financeiras internacionais e dos orga-

nismos de ajuda.2.6. Resposta pessoal.

Page 32: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

Pág. 113: À Descoberta do Modo Conjuntivo

1.1. Vá, encontrem, escavassem, encontrassem.1.2. Certeza: as primeiras frases de cada alínea.

Dúvida ou possibilidade: as segundas frases de cada alínea.1.3. Indicativo; conjuntivo.1.4. Continuasse, tenham, apareça, fiquem.2.1. Fosse, acreditassem, descubram, corresse, mudem.2.2. Anterioridade: e). Concessão: b) e c). Finalidade: d). Condição: a).

Págs. 110-112: «Pirâmides à vista»LEITURA

V; F; F; V; V.

CONHECIMENTO EXPLÍCITO: GRAFIA DAS HOMÓFONAS HÁ E À

1. a) Há outros destinos tão bons ou melhores do que este. b) Eles deram início às obras. c) Há maldições terrí-veis associadas aos faráos. d) Detiveram-se às portas do túmulo.

2. a) Há uma outra zona tão boa ou melhor do que esta. b) Eles deram início às escavações. c) Há um perigo ter-rível associado aos faráos. d) Detiveram-se ao lado do túmulo.

3. há; haver; à; a; a.

OUTRAS LEITURAS

Resposta pessoal.

b) «Quando é demasiado tarde para prevenir, porque a crise já se declarou, a concessão de ajudade emergência que permitirá salvar vidas não pode ser subordinada a um qualquer objecto de autono-mia futura. São as pessoas e não as políticas que devem estar em primeiro lugar.»

Visão, 1 de Setembro de 2005 [adaptado]

5. Resposta pessoal.

6. «Diziam […] que a crise, quando nascia, era para todos. Ou seja: se […] ferreiro, também […]juiz; se […] pedreiro, também […] corte.

Nem sequer […] lei e, por mais de uma vez, em Invernos rigorosos, sua majestade […] noite,agarrando […] rua.

A isto […] democracia, mas não chamavam, porque […] teorias. [...]Sua majestade […] Tadão, seu tetra-tetra-tetravô, fundador da dinastia. Donde […] vindo –

eis […] pensamentos. Verdade […] fosse: se o reino […] de riqueza, toda a gente andava feliz; sevivia em período de crise, nada a fazer senão aguentar, que […] leis. Livros […] tetravós – nemele sabia ao certo – de el-rei Tadinho.

Alice Vieira, Graças e Desgraças da Corte de El-Rei Tadinho, Lisboa, Editorial Caminho, 1991 [adaptado]

© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO32

Page 33: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

33© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Págs. 114-117: «O carteiro de Pablo Neruda»

LEITURA

1.1. Cumplicidade: «– […] Vamos falar claro, filhinha. Quem é ele? – Chama-se Mario.»

1.2. A mãe revela desconfiança perante certos indícios: a garrafa de vinho na sacola do carteiro, as suas ideiaspolíticas e o uso que faz da palavra como forma de sedução.

1.3. Resposta pessoal.

2.1. «– Não há pior droga que o blá-blá.»; «[…] as palavras são um cheque sem cobertura.»; «São fogos de artifí-cio que se desfazem no ar.»

2.2. As palavras elogiosas são viciantes, vazias, sedutoras e ilusórias.

3. «– Filhinha, não me conte mais nada. Estamos perante um caso muito perigoso.»

4.1. O facto de a filha dizer que sabia de cor as palavras do carteiro e que gostava de pensar nelas enquanto tra-balhava. A mãe considerou urgente afastar a filha de uma situação perigosa.

4.2. Resposta pessoal.

PASSATEMPO

pés; água; riso; coração; asas.

Págs. 118-123: «Onde se conta a maneira airosa que D. Quixote achou de serfeito cavaleiro»

LEITURA

1. Partir à procura de aventuras, como um cavaleiro andante.

2. Julgava que D. Quixote era louco e que o seu pedido lhe poderia proporcionar uma noite divertida.

3. Queria tirar partido da loucura de D. Quixote.

4. Pensava que o cavaleiro não estava a falar a sério.

5. É o estalajadeiro.

6. Rocinante.

7. Resposta pessoal.

CONHECIMENTO EXPLÍCITO

1. O estalajadeiro: sujeito; contou a toda a gente a loucura do hóspede: predicado; a toda a gente: complementoindirecto; a loucura do hóspede: complemento directo.

2.1. Complemento indirecto.

2.2. O cavaleiro dirigiu-se ao almocreve em voz alta.

3. Advérbio adjunto de modo.

4. Presente do modo condicional.

5. «vê-lo»: quando a forma verbal termina em -r, suprime-se esta consoante e acrescenta-se um -l ao pronome «o»,passando a forma verbal a ser graficamente acentuada.

Page 34: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

34 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

6.1. «acedestes»: forma verbal do verbo aceder, no pretérito perfeito do indicativo, 2.a pessoa do plural.6.2. Vós.6.3. e 6.4. Respostas pessoais.

OUTRAS LEITURAS

1.1. Dom Quixote.1.2. Miguel de Cervantes.1.3. «Assim as pessoas saem da realidade e mergulham na fantasia.»1.4. Três mil eventos em Espanha, site da obra, inúmeras edições que cobrem todos os públicos, o presidente da

Venezuela mandou distribuir gratuitamente um milhão de exemplares da obra e José Saramago foi convida-do a prefaciá-la.

1.5. «cingisse»: armasse; «augusto»: grandioso; «indagaria»: perguntaria.1.6. Nomes de pessoas: Quixotes; Quixote; Cervantes; Dom António; Hugo Chavez; José Saramago.

Nomes de localidades: Mancha.Nomes de países: Porto Rico; Espanha; Venezuela.

1.7.1. Os títulos dos jornais escrevem-se, a computador, em itálico.1.7.2. O sublinhado.1.8. «edições do Quixote» (obra); «um milhão de exemplares do Quixote» (obra); «[…] onde Quixote foi armado

cavaleiro […]» (personagem); «o velho Quixote» (personagem).

2. D. Quixote armado cavaleiro; o seu cavalo Rocinante; o seu criado Sancho Pança; os moinhos de vento.

3.1.1. a) uns vêem – luto; dores; pedras. b) outros vêem – cores, gnomos; fadas.3.1.2. Visão positiva – «outros»; visão negativa – «uns».3.1.3. Sancho é realista; D. Quixote é idealista.3.2. O poeta pretende mostrar que cada pessoa olha o mundo de forma subjectiva, condicionada pela sua sensi-

bilidade e pelas suas vivências.3.3. A identidade de cada pessoa (impressão digital) é o resultado da sua sensibilidade e das suas vivências.

Págs. 124-125: «A lua de Joana»

LEITURA

1.1. Desabafa sobre o problema do ozono e da SIDA, sobre o facto de o irmão não se proteger do sol e ir para apraia à hora do almoço, enquanto a mãe só pensa em bronzear-se e o pai passa a vida na esplanada a ler ojornal e a conversar com os amigos.

1.2. Joana só consegue desabafar com a amiga Marta, o que a entristece.

2. O problema do ozono.

3. Joana e o irmão são manifestamente diferentes, preocupando-se com coisas distintas.

4. «A minha mãe, pelo contrário […]».

5. Joana tem uma relação mais aberta com o pai do que com a mãe, na medida em que só pediu autorização aopai para ficar com o cão («pedi ao meu pai se podia ficar com ele […]. Pode ser que a minha mãe não dê pornada.» (ll.22-26)

6. Resposta pessoal.

Page 35: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

35© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

3. Resposta pessoal.

Vergílio António Ferreira.

28 de Janeiro de 1916; Melo, concelho de Gouveia.

Filho de António Augusto Ferreira e Josefa Ferreira; passa a maior parte dainfância com as tias maternas, porque os pais emigraram para os E.U.A.

Seminário do Fundão; Liceu da Guarda; Faculdade de Letras da Universidade deCoimbra – Licenciatura em Filologia Clássica.

Escritor e professor.

O Caminho Fica Longe; Vagão «J»; Manhã Submersa; Aparição; etc.

Prémio Camilo Castelo Branco; Prémio da Casa da Imprensa; Grande Prémio deRomance e de Novela da Associação Portuguesa de Escritores; Prémios do PenClub da Associação Internacional de Críticos Literários; Prémio D. Dinis daCasa de Mateus; Prémio Femina; Prémio Europália e Prémio Camões.

Nome completo do biografado

Data e local de nascimento

Informações sobre a família

Estudos

Actividades profissionais

Algumas obras

Prémios

Homenagens

Data e local da morte

Atribuição do seu nome à Biblioteca Municipal de Gouveia; doutoramentoHonoris Causa, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

1 de Março de 1996; Lisboa.

CONHECIMENTO EXPLÍCITO

1. Acrónimo, porque se pronuncia como uma palavra normal.

2.1. Comparação.2.2. Reforça a atitude exagerada e ridícula da mãe.

3.1. «Como não usava coleira»3.2. «como gosta pouco de areia»

4.1. Mas.4.2. Contudo, no entanto, porém, todavia.

COMPREENSÃO DO ORAL

a) V; b) F; c) F; d) V; e) F; f) F.

Leitura de Conto Integral

Págs. 126-137: Guião de leitura de A Estrela

PRÉ-LEITURA

1. a) A Estrela. c) Júlio Resende. e) 4.a edição, 2001, Chiado.

b) Vergílio Ferreira. d) Bertrand Editora.

2.

Page 36: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

36 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Pedro tem um grande desejo: apropriar-se de uma estrela maravilhosa que elevia, à meia-noite, passar por cima da torre da igreja.

Pedro sobe à torre e apodera-se da estrela; Pedro guarda a estrela numa caixa;de manhã, verifica que a estrela não brilha e fica triste; a mãe preocupa-se coma tristeza do filho, o pai desconfia de alguma «malhoada»; Pedro verifica que aestrela só brilha quando ele tem sono e isso entristece-o; um velho da aldeiaavisa do roubo da estrela e as pessoas discutem o caso; os pais descobrem quePedro foi o autor do roubo; o pai obriga o filho a pôr a estrela no seu lugar.

Situação inicial

Complicação

ResoluçãoÀ meia-noite, junta-se a aldeia no adro, Pedro sobe à torre e coloca a estrelano seu lugar ; nesse momento, desequilibra-se, cai e morre, estatelado noadro da igreja; todos choram a sua morte.

LEITURA – COMPREENSÃO ORAL

1.1.

1.2. Resposta pessoal.

2.1. A aldeia situa-se no cimo de um monte e, na parte mais alta, encontra-se a igreja, visível de qualquer local,devido à sua torre.

2.2. A igreja.2.3. O local cuja descrição contém mais pormenores é o interior da igreja. Essa descrição é apresentada logo no

início da história e serve para evidenciar alguns obstáculos que Pedro vai ter de enfrentar para conseguir tera estrela. A forma como é feita permite, ainda, criar algum suspense no leitor.

3.1. «Um dia à meia-noite»; «De modo que, nessa noite»; «no dia seguinte»; «Mas à noite»; «Mas no dia seguin-te»; «até que à noite»; «Aconteceu então que no dia seguinte»; «Ora certa noite»; «Mas no outro dia»; «só ànoite é que foi»; «De modo que à meia-noite»; «um ano inteiro»; «muitos anos»; «ainda hoje»·

3.2. As referências ao dia e à noite são acompanhadas de mudanças na estrela – da mesma forma que a estrelaé mais bonita e brilhante à noite, também os acontecimentos fulcrais da narrativa ocorrem à noite (roubo daestrela e morte de Pedro).

4.1. Principal: Pedro; secundárias: mãe de Pedro, pai de Pedro, velho, Cigarra, António Governo; figurantes: RodaVinte Seis, Pingo de Cera, Raque-Traque, Pitapota, Latoeiro, Pananão, filho do Governo.

4.2. As personagens são caracterizadas de forma directa («Tinha olhos bons, o velho. Um pouco amachucados davelhice, mas bons.») e indirecta («andava à solta pela serra, saltava os barrancos, jogava mesmo, quandopreciso, à porrada como um homem [...]»).

4.3. O elenco de personagens deste conto configura um certo tipo social, na medida em que se trata da popula-ção de uma aldeia. Por este motivo, a caracterização do espaço, assim como as alcunhas atribuídas às per-sonagens, permitem recriar este espaço.

5. Não participante.

LEITURA – ANÁLISE DE EXCERTOS

1. «a mais gira», «muito viva», «bonita».1.1. «a mais gira»: grau superlativo relativo de superioridade; «muito viva»: grau superlativo absoluto analítico;

«bonita»: grau normal.1.2. Pedro ficou fascinado com a estrela, porque se destacava de todas as outras pela sua beleza.

Page 37: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

37© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

2.1. a) «Com sete anos, ele estava treinado a subir às oliveiras [...].» b) «Teve mesmo de se sentar na cama,sacudir a cabeça muitas vezes a dizer-lhe que não.» c) «De modo que, nessa noite, não aguentou.» d) «[...]para ver os ovos ou aqueles bichos pelados, bem feios, com o bico enorme, muito aberto.» e) «andava àsolta pela serra, saltava os barrancos, jogava mesmo, quando preciso, à porrada como um homem [...].»

2.2. A caracterização de Pedro é, sobretudo, indirecta, porque vamos inferindo os traços da sua personalidadeatravés das suas atitudes e comportamentos.

3.1. A igreja era escura, fria e cheirava a ratos e a cera; tinha uma escada em caracol que conduzia ao campaná-rio, onde existiam dois sinos e uma sineta; no campanário havia outra escada estreita que dava acesso auma outra de ferro, já ao ar livre.

3.2. b) lúgubre; d) desconfortável.

4.1. Ex.: «[...] se a porta estivesse fechada?»; «Ninguém ia roubar os sinos que mesmo eram muito pesados.E quanto às estrelas, se calhar ninguém se lembrava de que era fácil empalmá-las.»

4.2. Sensações visuais (ex.: escuro), auditivas (ex.: silêncio, a porta a ranger), olfactivas (ex.: cheiro a ratos e acera) e tácteis (ex.: pedras frias). Estas sensações remetem para o ambiente característico das igrejas, espe-cialmente durante a noite.

5. Narrativo: «E quando calculou que o pai e a mãe já dormiam, abriu a janela devagar e saltou para a rua.»Descritivo: «Havia um grande escuro lá dentro. Já calculava isso, mas as coisas são muito diferentes de quan-do só se calculam. E cheirava lá a ratos, a cera, às coisas velhas que apodrecem na sombra.»

Relê o texto desde «No dia seguinte acordou tarde [...]» [p. 18, l. 4] até «[...] quando ele tinha sono.» [p. 20, l. 26]

Relê o texto desde «Aconteceu então que [...]» [p. 20, l. 27] até «[...] estava cosido.» [p. 24, l. 3]

1. De noite a estrela é brilhante, de dia parece de lata.

2. Pedro não sabe o que se passa com a estrela, pois esta não brilhava de dia.

3. A mãe pensa que Pedro pode estar doente, mas o pai desconfia que ele tenha feito alguma asneira.

4. Pedro tentou disfarçar.

5. a) 1; b) 4; c) 1; d) 2; e) 3; f) 3; g) 5.

1. a) A mãe – não se importa com o assunto e considera um exagero as reacções de outras personagens, che-gando mesmo a comparar o roubo da estrela com o de uma azeitona.

b) O pai – considera que já houve acontecimentos mais graves, relacionados com bens materiais, e ninguém sepreocupou tanto; todavia, para se colocar contra o Governo e para ser solidário com o velho, também reclama.

c) O Cigarra – sendo uma personagem com veia artística, pois era ligado à música, fica muito zangado com oroubo da estrela, porque considera que as estrelas embelezam a natureza.

d) O António Governo – não dá qualquer importância ao roubo da estrela, pois considera que há assuntos mais sérios.

e) O Velho – fica muito preocupado, pois tem o hábito de observar as estrelas à noite, quando não tem sono.

2. Cigarra – tocava viola e dava importância à música. Governo – era um homem importante e gostava de ser popular.

Page 38: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

38 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

3. Como o espaço da acção é uma aldeia, além de algumas alcunhas das personagens (Roda Vinte Seis, Pingo deCera, Raque-Traque), existe um conjunto de vocábulos que remetem para essa realidade («azeitona», «mula»,«galinha», «bosta de boi», etc.).

4. O nervosismo do Velho ao anunciar o roubo da estrela; os comentários da mãe e do pai de Pedro; etc.

5.1. O Velho é a personagem que tem mais disponibilidade para prestar atenção ao mundo que o rodeia, não sóporque, por vezes, perde o sono, mas também porque já não tem a vida agitada das pessoas que traba-lham.

5.2. Porque o Velho lhe contava histórias, lhe dava berlindes, lhe arranjava o pião...

6.1. a) «Há-de-se saber quem foi o ladrão que é para ir para a cadeia!» b) «Pedro [...] foi-se embora.» c) «Masfoi-se embora que aquilo estava a ficar perigoso.» d) «[...] e ninguém fizera assim uma confusão.» e) «Mas como não gostava do Governo [...] lá ia perguntando também quem teria sido o ladrão que rouba-ra a estrela.» f) «[...] se o pai ou a mãe descobrisse, ia ter problemas.»

6.2. As frases de nível familiar e popular, porque se trata de uma situação informal.6.3. Recriar a linguagem característica da população de uma aldeia em que as pessoas se conhecem e se tratam

com familiaridade.

Relê o texto desde «Ora certa noite [...]» [p. 24, l. 8] até «[...] o fogo do inferno.» [p. 27, l. 14]

Relê o texto desde – «O meu filho [...]» [p. 27, l. 19] até ao final.

1. Que Pedro estivesse a fazer lume no quarto.

2. As pessoas achavam que as estavam a enganar.

3. Para observar a estrela e ver se era ou não verdadeira.

4. Resposta pessoal.

1. Foi ele quem tirou a estrela, é ele que tem de voltar a colocá-la no lugar.

2. Todos concordavam, achando que o pai lhe estava a dar uma boa educação.

3. «O pai fazia força cá de baixo, toda a gente ia empurrando também [...]; Toda a gente estava a rebentar, sempoder dizer nada [...]; [...] largaram todos o «ah» que competia [...].»

4. Pedro caiu porque se assustou ou porque escorregou.

5. O mundo das crianças é representado por Pedro e simboliza o tempo do sonho e da imaginação. O mundo dosadultos é representado pelas restantes personagens, opondo-se em termos simbólicos ao mundo de Pedro.Contudo, o mundo dos adultos aproxima-se do das crianças através do Velho e do Cigarra – personagens queatribuem mais importância ao desaparecimento da estrela.

6. Resposta pessoal.

PÓS-LEITURA

1. O maravilhoso de um objecto único que alimentava o encantamento de Pedro.

2. Resposta pessoal.

Page 39: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

39© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

RELACIONAR TEXTOS

1. Tal como Pedro, o sujeito poético estabelece uma relação pessoal e íntima com a estrela, entidade mística quelhe ilumina a existência.

2. Ao roubar a estrela, Pedro tem uma atitude semelhante à do homem de negócios, que quer as estrelas só parasi. Contudo, pela admiração e valor que atribui à estrela, aproxima-se da atitude do Principezinho.

2.1. «– Quinhentos milhões de quê? – repetiu o principezinho que, uma vez que a fizesse, nunca em dias da suavida desistia de uma pergunta. [...]»

2.2. Um rei não possui nada, apenas reina sobre as coisas; o homem de negócios possui as estrelas.2.3. Para ser rico.2.4. Para o Principezinho o importante não é possuir as coisas, mas sim cuidar delas.2.5. Não perder tempo com coisas sem importância; gostar do rigor na nomeação das coisas; administrar as

estrelas. 2.6. Porque têm atitudes incompreensíveis para o Principezinho.

3. Resposta pessoal.

Págs. 138-147: Guião de O Cavaleiro da Dinamarca

PRÉ-LEITURA

1. a) O Cavaleiro da Dinamarca. b) Sophia de Mello Breyner Andresen. c) Armando Alves. d) Figueirinhas. e) 2004, Porto.

2. Resposta pessoal.

LEITURA / COMPREENSÃO GLOBAL

01. c); 2. b); 3. a); 4. c); 5. b); 6. a); 7. c); 8. a); 9. b); 10. c); 11. b); 12. a); 13. c); 14. b).

LEITURA – ANÁLISE DE UM EXCERTO

1. No Inverno, a paisagem cobre-se de neve. Reina o silêncio, não se sente a presença da vida. Na Primavera,desaparece a neve. A paisagem anima-se: a vegetação renasce, os pássaros regressam, ouvem-se as águascorrer e os movimentos dos animais.

2. «Invernos longos e rigorosos»; «dias curtos, pálidos e gelados».

3. Nomes («terra»; «telhados») e verbos («gelam»; «sussurrava»).

4. e 4.1. Descrição do Inverno – presente do indicativo (ex.: «são»). Descrição da Primavera – pretérito imperfeitodo indicativo (ex.: «cobriam-se»).

4.2. No primeiro parágrafo, o narrador apresenta um grande plano sobre o espaço (onde a acção terá início): utili-za o presente do indicativo para exprimir um estado permanente. No terceiro parágrafo, utiliza-se o pretéritoimperfeito para exprimir a ideia de continuidade.

5. a) Enumeração. b) Metáfora. c) Personificação.

6. Do 5.o ao 11.o parágrafo.

7. Amizade («Juntava-se a família e vinham amigos [...]»); alegria («As crianças corriam agitadas de quarto emquarto [...]»); encantamento («Terminada a ceia começava a narração de histórias.»).

8. «Lá fora havia gelo, vento, neve. Mas em casa do Cavaleiro havia calor e luz, riso e alegria.»

Page 40: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

40 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

9. Porque, além da alegria da confraternização entre familiares, amigos e criados, contavam-se histórias de Natale lendas.

10.1. Repetição.

10.2. Reforça a tradição vivida em casa do Cavaleiro.

11. «Até que certo Natal aconteceu naquela casa uma coisa que ninguém esperava.» (12.o parágrafo)

12. Pretérito perfeito do indicativo («aconteceu»; «voltou-se»).

13. «Até que».

14. O anúncio da partida do Cavaleiro em peregrinação.

15. Ficou preocupada, mas respeitou a decisão do marido.

16. Presente do indicativo (o que acontece na Dinamarca nos Invernos); pretérito imperfeito (o que acontecia aolongo das estações e na noite de Natal); pretérito perfeito (o que aconteceu num certo Natal).

17. Início da viagem: «Na Primavera»; chegada do Cavaleiro à Palestina: «muito antes do Natal».

TRABALHO DE GRUPO – ANÁLISE E APRESENTAÇÃO ORAL DA PARTE DE NARRATIVA

Ver as transparências n.os 8 a 10 (quadro-síntese de O Cavaleiro da Dinamarca).

PÓS-LEITURA

1.1. Dinamarca (Natal), Palestina – Jerusalém (Primavera), Ravena (Março), Veneza (Abril), Ferrara, Bolonha, Flo-rença (Maio), Génova, Bruges, Flandres, Antuérpia (Novembro), Dinamarca (24 de Dezembro).

1.2. É dado maior destaque ao regresso do Cavaleiro a casa, porque é após a sua estadia em Jerusalém, com amissão cumprida, que este se torna mais atento aos locais por onde passa, contactando com outras culturasque lhe oferecem uma visão diferente do mundo. Assim, torna-se um homem mais culto, capaz de compreen-der e aceitar melhor as diferenças e de dar ainda mais valor à sua própria cultura.

2. e 3. Respostas pessoais.

PASSATEMPO

1. Personagem feminina da história contada pelo mercador ao Cavaleiro. 2. Local onde o Cavaleiro encontra onegociante. 3. Companheira de Tristão. 4. Personagem principal desta obra. 5. Festividade em que o Cavaleirocomunica a sua viagem a Jerusalém. 6. Local onde mora o mercador. 7. Autor de A Divina Comédia.

RELACIONAR TEXTOS

1. Resposta pessoal.

2. «O segredo da concha» / O Cavaleiro da Dinamarca

a) Pessoas da família, o mendigo / familiares, amigos, criados, pessoas desconhecidas.

b) Noite de Natal / noite de Natal, Primavera seguinte, dois anos de viagem, regresso no Natal.

c) Casa da família em Santiago / casa da família na Dinamarca, várias cidades e países.

d) Excitação, conforto, calor humano, alguma tristeza / alegria, harmonia.

e) Morte / peregrinação.

f) Troca de presentes; uma supresa: Gonçalo recebe uma mensagem – «um beijo do pai» / o Cavaleiro regressaa casa na noite de Natal.

3. Bolos-rei.

Page 41: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

41© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

4. a) guarda-chuvas; b) amores-perfeitos; c) pães-de-ló; d) porta-vozes.

Págs. 148-153: Guião de Leitura de O Menino Que Queria Ser Feliz

PRÉ-LEITURA

1. Resposta pessoal.

2. Felicidade, n.f. Ventura, bem-estar, contentamento, bom resultado, bom êxito, dita, qualidade ou estado dequem é feliz. (Dicionário Universal da Língua Portuguesa, Texto Editora, Lisboa, 1997).

LEITURA – COMPREENSÃO GLOBAL

1.1. 1.2. e 1.3. Respostas pessoais.

2.1. «podia ser um pássaro com as penas do arco-íris […], uma concha com uma pérola dentro, um livro mágico,uma palavra rara, um castelo erguido no ar, uma nuvem carregada de sonhos ou apenas um instante desilêncio no meio de uma cidade ensurdecida pelo ruído das pessoas apressadas.»

2.2. Mostrar a incerteza do menino quanto à noção de felicidade.

3. Os pais e outros adultos esperavam que o menino respondesse que queria ter uma profissão com prestígiosocial, como engenheiro, médico ou astronauta, uma vez que feliz já devia ser: tinha uma família que gostavadele, conforto, muitas coisas materiais que fariam qualquer menino feliz e ainda acesso à cultura de forma pri-vilegiada. No entanto, o menino não sentia desejo de ter coisas, mas somente de ser feliz.

4.1. O avô, ao contrário dos restantes adultos, não insistiu com o menino no sentido de escolher uma profissão,antes lhe mostrou exemplos de felicidade – um álbum com imagens de pessoas e animais com um ar muitofeliz. E revelou-lhe alguns momentos em que foi realmente feliz: quando o seu filho e os seus netos nasceram.

4.2. A atitude do avô para com o menino é fruto da sua «já longa vida», da sua experiência, pois sabe que a feli-cidade é feita de momentos felizes e pode estar na simples contemplação «de um quadro, de uma canção oude uma escultura».

5. Mais tarde, o menino veio a encontrar felicidade na convicção de que queria ser pintor.

6. No início, o menino punha a hipótese de a felicidade estar «num livro mágico» ou numa «palavra rara», nofundo, em coisas exteriores. Agora, o menino pensa que a felicidade «é uma coisa demasiado íntima e secreta[…], começa e acaba dentro de nós».

7. Após a morte do avô, o menino descobriu uma caixa com pincéis e tintas, no sótão, o que despertou nele avontade de pintar o retrato do seu avô. Foi assim que descobriu um modo de estar feliz.

8.1. «Para ser feliz basta estar feliz. Basta querer ser feliz, sem nunca confundir a felicidade com riqueza ou compoder.»

8.2. Resposta pessoal.

PÓS-LEITURA

1. e 2. Respostas pessoais.

CONHECIMENTO EXPLÍCITO: DISTINÇÃO ENTRE -MOS, DESINÊNCIA DA 1.A PESSOA DO PLURAL, E -MOS, CON-TRACÇÃO DE PRONOMES PESSOAIS (ME + OS)

1.1. O sujeito é o mesmo: «nós».1.2. f) «uns senhores»; g) «a professora»; h) tu; i) elas; j) «os meus tios».1.3. mos

Page 42: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

42 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

1.3.1. me + os.1.3.2. Complementos indirecto e directo (contracção do pronome pessoal me (c. i.) com o pronome pessoal os (c. d.).

2. -mos – desinência da 1.a pessoa do plural:a) Vemos / sentimos; b) Falaremos; c) Festejámos; d) Pediremos; e) Vimos.-mos – contracção dos pronomes pessoais me + os:f) Indicaram-mos; g) Explicou-mos; h) Emprestar-mos; i) Levam-mos; j) Dão-mos.

Págs. 154-165: Guião de Leitura de A Salvação de Wang-Fô

PRÉ-LEITURA

Resposta pessoais.

LEITURA – COMPREENSÃO GLOBAL

1. a) O Imperador; b) desilusão sentida pelo Imperador, devido ao contraste entre a beleza dos quadros de Wang-Fô e a realidade; c) Ling.

2. Imaginou uma cena de libertação: pintou um quadro, representando o mar e a sua fuga de barco, acompanha-do por Ling.

3. Complicação: prisão de Wang-Fô e de Ling pelos soldados do Imperador; comunicação a Wang-Fô dos moti-vos da prisão e da punição que lhe estava destinada; revolta de Ling, que tenta agredir o Imperador mas édetido e morto; ordem do Imperador a Wang-Fô para terminar uma pintura sua que ficou inacabada.Resolução: imaginação de uma cena de libertação por Wang-Fô – pinta um mar (onde ficariam submersos oImperador e os cortesãos) e a sua fuga de barco, acompanhado por Ling.

4.1. «Os sacerdotes honravam Wang-Fô como a um sábio; o povo temia-o como a um feiticeiro. Wang alegrava--se com esta diversidade de opiniões que lhe permitia estudar à sua volta as expressões de gratidão, demedo ou de veneração.»

4.2. Antes de conhecer Wang-Fô, Ling era tímido e medroso e ocupava-se de forma fútil. Depois de conhecerWang-Fô, compreendeu o que era a beleza e passou a olhar o mundo com outros olhos, a dar mais valor àscoisas espirituais do que às materiais. Tornou-se um discípulo dedicado, humilde, corajoso, observador e leal.

4.3.1. «Para evitar à minha candura o contágio das almas humanas [...]»; «[...] não era permitido a ninguém passarà soleira da minha porta [...].»

4.3.2. O Imperador governa um mundo material, mas a verdadeira riqueza é a de Wang-Fô, que governa ummundo espiritual, pois só ele tem a capacidade de perceber e reproduzir a beleza das coisas.

5.1. Palácio Imperial.5.2. «Tudo se concertava para dar a ideia de um poderio e de uma subtileza sobre-humanos, e sentia-se que as

mínimas ordens aqui pronunciadas haviam de ser definitivas e terríveis [...].»

6. É dedicado mais tempo à narração do episódio central, que decorre num dia, do que à narração da relação deamizade com Ling, que dura vários anos.

7. «pesados passos»; «aterrados sussurros»; «ordens vociferadas», «língua bárbara»; «estremeceu»; «ferozes»;«súbitos rugidos descabidos»; «esgar selvagem»; «as suas mãos agrilhoadas sofriam».

PÓS-LEITURA

1. e 2. Respostas pessoais.

Page 43: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

43© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Texto Poético

Pág. 169: Adivinhas

LEITURA

1. A. papagaio; B. fogo; C. leque; D. meia meia.

2. Rima cruzada.

3. A e D.

4. A D, pois joga com os diferentes sentidos da palavra «meia».

5. A descrição serve para fornecer pistas ao leitor, que lhe permitem decifrar o enigma que é a própria adivinha.

6. A e C.

7. B. Personificação: «Caminha bem no mato» (o fogo).

Págs. 170-171: Quadras recolhidas da tradição oral / quadras de Autor

LEITURA / CONHECIMENTO EXPLÍCITO

1. Resposta pessoal.

2. A, B, C, D, G e H.

3. António Aleixo.

4. Nas quadras da tradição popular, apenas rimam os segundos e quartos versos, enquanto nas de Fernando Pes-soa e António Aleixo rimam os primeiros com os terceiros e os segundos com os quartos versos.

5.1. A. «As saudades te persigam / Como o vento à candeia»; C. «Quando abres os teus olhos, / Parece quenasce o dia».

5.2. «Orvalhos de São João / São lágrimas das estrelas / Amor chorando às gotinhas / No coração das donzelas».

6.1. «pena»: sofrimento, pena (caneta antiga), compaixão, pena das aves.6.2. Homónimas.

7. Homofonia.

8. O gosto pela arte é admirável.

9. Resposta pessoal.

10. «crê»: descrê; «habilidade»: inabilidade.

11. Resposta pessoal.

COMPREENSÃO DO ORAL

Lisboa, Largo de S. Carlos; 13 de Junho de 1899; Ofélia; 30 de Novembro de 1935; A Águia, Renascença Portu-guesa, Orpheu, Exílio, Portugal Futurista, Athena, Presença.

Págs. 172-174: «Lágrima de preta»

LEITURA

1.1. «Preta».

Page 44: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

44 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

«preta»; choro.

Experiência científica para provar que as lágri-mas são todas iguais.

Críticar o racismo.

«Lágrima de preta» «Irene no céu»

a)

b)

c)

Págs. 175-178: «Três tristes tigres»

1. Tem uma sequência de sons difícil de pronunciar.

2. Tal como o título da obra sugere, a autora evidencia uma intenção lúdica no uso das palavras e na construçãodo texto poético.

LEITURA

1. A escolha dos tigres é determinada pelo trava-línguas que a autora criou a partir de um trava-línguas tradicio-nal: «Um tigre, dois tigres, três tigres.»

2. Trata-se de pessoas para quem o acto agressivo é banal: o cossaco, o malandrete e o soldado.

3. e 4. Respostas pessoais.

OUTRAS LEITURAS

1. a) Na sua relação com os animais, o Homem revela-se mais selvagem do que alguns animais. b) O autor criticaa poluição ambiental provocada pelo Homem e não pelos animais. c) O autor critica o facto de haver animaisem vias de extinção, por culpa do Homem.

1.2. Apenas refere que é preta e que está a chorar.

2.1. «analisar»; «tubo de ensaio»; «esterilizado»; «ácidos»; «bases»; «sais»; «drogas»; «ensaiei»; «experimentei»;«cloreto de sódio».

2.2. a) 1.a estrofe. b) 2.a, 3.a, 4.a e 5.a estrofes. c) 6.a estrofe.2.3. «com todo o cuidado»; «bem esterilizado»; «Ensaiei a frio»; «experimentei ao lume»; «de todas as vezes».2.4. Chegou à conclusão de que a lágrima de uma preta é igual à de todos os seres humanos: «Água (quase tudo) /

e cloreto de sódio».

3. A fim de provar que a lágrima de preta é igual à de todos os seres humanos, o sujeito poético opta por narraruma experiência que não permitisse qualquer contestação.

4. O título destaca o objecto da análise que o sujeito poético se propõe fazer.

CONHECIMENTO EXPLÍCITO: SUFIXOS -AR E -IZAR

1.1. <s> e <z>.1.2. a) análise; pesquisa; piso. b) estéril; civil; concreto. c) causa; uso; abuso. d) reza; gozo; beleza.1.3. <s>; -ar; <z>; -ar; <s>; -izar.

2. Exteriorizar; aparafusar; anestesiar; utilizar; oficializar; realizar; formalizar; casar; improvisar; suavizar; atrasar;modernizar; magnetizar, pesar; aprazar.

OUTRAS LEITURAS

1. e 2. Respostas pessoais.

3.

Irene entra no céu como qualquer ser humanobom.

«Irene preta»; «boa»; «sempre de bom humor».

Page 45: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

45© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

2. A exclamação, as perguntas retóricas, a personificação e a ironia.

3. O autor contrapõe à palavra «animais» uma outra – «animenos» –, com o objectivo de atribuir à primeira umacarga positiva (mais) e à segunda uma carga negativa (menos). Esta, reserva-a para o Homem.

4. «O polvo […] impaciência.» – esta imagem do polvo sugere um contraste existente na postura de um animalque, dotado de muitas pernas, as imobiliza para que captem sinais; «Tentaculista […] guisado?»: esta imagemtransmite a ideia de que a atitude do polvo, controlando os seus tentáculos de forma calculista, poderá atri-buir-se a um pressentimento de que a morte lhe anuncia o guisado em que se transformará.

5. a) Por ser muito grande, o hipopótamo devia chamar-se hiperpótamo. b) O cágado é enrugado e pertence àfamília das tartarugas – daí «tartaenrugado». c) Como possui uma carapaça, o cágado parece um corcunda;«andarilho» por andar sempre de um lado para o outro.

6. Explorando o interessante jogo de recriação verbal, Mia Couto exprime a vitalidade do mundo animal de formaoriginal e enriquecedora. Para este efeito, utiliza várias figuras de estilo, faz trocadilhos com as palavras, criapalavras novas, recorre à rima interna, às frases nominais e à linguagem conotativa.

Págs. 178-179: «A gaivota»

LEITURA / CONHECIMENTO EXPLÍCITO

1.1. «A gaivota já poisou / em todos os meus versos»

1.2. Metáfora.

2. «Há mundos insondáveis no riso / que me lança»

3. Desejo de aventuras emocionantes («no riso / que me lança / e que acende no meu peito uma criança»).

4. Nome abstracto: enquanto sentimento provocado pela sua partida. Nome concreto: pena da gaivota deixadana praia, vestígio da sua passagem por aquele local.

5. O sujeito poético tem um desejo enorme de sair do sítio onde vive e conhecer novos lugares como a gaivota;por isso, jura repetidamente que há-de realizar este desejo.

PASSATEMPO

1. Ver texto na pág. 12 deste Caderno («Escada sem corrimão»).

2. Resposta pessoal.

Págs. 180-181: «Sei um ninho» e «Gato que brincas na rua»

1. No poema de Miguel Torga, o sujeito poético revela amizade pelo passarinho. No poema de Fernando Pessoaexiste um sentimento de admiração e inveja do sujeito poético em relação ao gato.

2.1. No poema de Fernando Pessoa.2.2. O gato vive feliz sem se questionar (quem é, o que sente…) e, por isso, não tem problemas de identidade.

O sujeito poético vive inquieto, tentando construir a sua identidade.2.3. Formas verbais: «invejo», «vejo-me», «conheço-me», «és», «não sou», «tem», «sentes». Pronomes pessoais.

«me», «mim», «eu». Pronomes possessivos: «tua», «teu».

3. No poema de Miguel Torga, o interlocutor é o leitor. No poema de Fernando Pessoa, é o gato.

4. A presença de diminutivos («redondinho», «passarinho») e a repetição das conjunções coordenativas «e» e «nem».

5. No verso «Invejo a sorte que é tua», tem o sentido de destino; no verso «Porque nem sorte se chama» tem osentido de aventura.

Page 46: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

46 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

6. Poema de Miguel Torga: um verso, uma quadra e uma oitava; os versos têm diferente número de sílabas; rimasirregulares. Poema de Fernando Pessoa: três quadras; todos os versos têm o mesmo número de sílabas (7 síla-bas tónicas); o esquema rimático é sempre o mesmo (abab).

Pág. 182: «O sonho»

1. e 2. Respostas pessoais.

Pág. 183: «A vida»

LEITURA / CONHECIMENTO EXPLÍCITO

1.1. Metáforas: «A vida é o dia de hoje», «A vida é nuvem que voa» – reforçam a ideia de efemeridade / brevidadeda vida humana. Comparações: «Que se desfaz como a neve», «E como o fumo se esvai» – reforçam a ideiade fragilidade da vida humana.

1.2. Sensações visuais: «A vida é sombra que foge», «A vida é folha que cai.»Sensações auditivas: «A vida é ai que mal soa».Sensações tácteis: «Da asa da ave ferida», «Que se desfaz como a neve».A vida é composta de todas estas sensações e é através dos sentidos que vivemos e apreendemos a realidade.

2.1. «A vida é sombra que foge», «A vida dura um momento»…2.2. «foge», «voa», «desfaz», «esvai», «leva-a», «cai», «lançou», «impelida» – reforçam a ideia de brevidade da vida.2.3. Os versos curtos, a regularidade da construção frásica e a repetição de palavras contribuem para a criação

de um ritmo rápido e contínuo, tal como o ritmo da vida.

Pág. 184: «Canção»

LEITURA

1. Porque se apercebeu de que o rapaz, ao pedir-lhe um cravo e um lenço de mão, tinha outra intenção: pedir-lheo «coração».

2. Sim. A relação de confiança é denunciada pelas perguntas que o sujeito poético faz à mãe.

3. O último verso de cada estrofe funciona como refrão da canção.

COMPREENSÃO DO ORAL

1. Resposta pessoal.

2. «pinheiro», «três casas», «azenha parada», «torre», «fraga».

3. Resposta pessoal.

Pág. 185: «O poema é»

LEITURA

1. «O poema é / A liberdade».

2. Emerge «sílaba por sílaba», com método.

3. Reforça a disciplina e o método que acompanham a criação do poema.

Page 47: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

47© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Pág. 186: «Sou poeta»

LEITURA

1. Define-se como poeta: alguém atento à vida.

2. O sujeito poético interessa-se apenas pelo presente («o instante existe»), que gosta de cantar nos seus poe-mas; por isso se diz «Irmão das coisas fugidias».

3. A 3.a estrofe.

4.1. «Canção» e «asa ritmada».4.2. À metáfora.

5. Resposta pessoal.

Pág. 187: «Constatação»

LEITURA

1. j); d); a); i); f); g); k); b); h); l); c); e).

2. O sujeito poético perdeu os sonhos, a capacidade de amar, o entusiasmo e a alegria.

3. Metáfora – reforça a ideia de perda dos sonhos e de esperança na felicidade.

4. Resposta pessoal.

SISTEMATIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS

1. «A poesia é a beleza da vida», «a poesia pode ser o sentido das coisas», «a poesia é uma maneira de olhar omundo», «a poesia é a beleza e o sentido das coisas e de nós próprios», «é uma forma de atenção a tudo».

2. Resposta pessoal.

Págs. 189-190: Poesia visual

LEITURA / EXPRESSÃO ESCRITA

1. A – o rectângulo preto pode ser considerado o ruído que vai desaparecendo gradualmente até ao último rec-tângulo, que está em branco e que representa o silêncio total.

RASOIVAS

ILHENUBI

NEOPGDSH

CONCRETO

OSERESRN

NOSAMOAL

SLTIENCU

TEOFBETG

ANICUSOU

NEQVDTIB

CLAROOXR

IAÇTZEFE

ASI

MPLES

4. «Como os deuses o dessem / O fazemos».

5. À comparação.

PASSATEMPO

Page 48: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

48 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

B – As letras da palavra «opressão» vão-se sobrepondo, criando uma ideia de sufoco, de privação de liberda-de, cuja saída está na capacidade de optar: «opção».C – A disposição das letras configura uma aranha.D – As letras da expressão «espinha dorsal» estão dispostas de forma a representar a coluna vertebral humana.E – A disposição das letras configura o movimento de um pêndulo.F – O texto simula o movimento efectuado para desenhar este poema, que representa não só uma escada, nosentido denotativo, mas também o percurso de uma vida, no sentido conotativo.

2. A mensagem está disposta de forma a representar visualmente o seu conteúdo.

3. e 4. Respostas pessoais.

Texto Dramático

Págs. 193-197: Na Casa da Língua Moram as Palavras

LEITURA

1. A ausência de narrador, as falas das personagens (em discurso directo, precedidas do nome das personagens),as didascálias (indicações cénicas em itálico) e a divisão em cenas.

2.1. Personagens que querem festejar a vida das palavras: a Menina, o Rapazinho, a Marioneta, o 1.o Poeta e o2.o Poeta. Classes de palavras: o Substantivo, o Adjectivo, o Verbo, o Advérbio, a Preposição, a 1.a Conjunçãoe a 2.a Conjunção.

2.2. O Substantivo tem consciência da sua grande importância na Casa da Língua («Pertenço à abastada catego-ria dos nomes»); a Marioneta considera-se uma palavra democrática; o Adjectivo está disponível para acom-panhar o Substantivo e adopta uma postura crítica relativamente ao Verbo (considera-o presunçoso einconstante) e às pessoas que desvalorizam a correcção da nossa língua («andam a querer mudar-nos ovisual»); o Verbo revela «presunção» («eu que sou o centro, o sol da frase»); o Advérbio denota capacidade deargumentação («Somos uns autênticos modificadores! […] Ainda acham que podem passar sem mim?»); aPreposição demonstra que, embora pequena, faz falta; as Conjunções chamam a atenção para as consequên-cias da falta de comunicação; a Menina é conciliadora («nada de zangas») e está atenta ao uso das palavras;o Rapazinho é activo e determinado («Se continuamos a brincar […] esquecemo-nos do que viemos cáfazer»); o 1.o Poeta é sábio («Nós, os poetas, ensinamos o caminho para a casa da Língua Portuguesa»); o 2.o

Poeta interessa-se pela vida das palavras («Também morrem bastantes […].»).

3.1. Um casulo é um invólucro que protege e guarda o que se encontra no seu interior. Assim acontece com aspalavras: «Uma palavra dorme em seu casulo / De saliva lavrada / Está viva, porém muda / E anulada.» É preciso querer usar as palavras para que elas saiam dos seus casulos e ganhem vida.

3.2. Neste momento da cena, as palavras já estão prontas para saírem dos seus casulos e acompanharem aMenina e o Rapazinho. Estes conquistaram-nas devido ao amor que lhes têm.

4. «Brincar» com as palavras significa combinar as palavras umas com as outras de forma a criar ritmo, sonorida-des, sentidos, enfim, dar-lhes vida. Só quando as usamos nas suas infinitas combinações as podemos conhe-cer e, por conseguinte, amar, pois apenas amamos verdadeiramente aquilo que conhecemos.

5. Nem as crianças nem os poetas perderam a capacidade de comunicação, continuando a valorizar as palavras:as crianças, porque são naturalmente comunicativas e sofrem com a ausência de comunicação; os poetas, por-que sabem usar as palavras como ninguém.

6.1. Nestas frases, «Mar» é usado em sentido figurado, significando, neste caso, uma grande quantidade.

6.2. «Palavras… leva-as o vento»; «palavra de honra»…

Page 49: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

49© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

2.1. higiene > higiénico; telefone > telefonar; Paris > parisiense.2.2. higiene (nome); higiénico (adjectivo); telefone (nome); telefonar (verbo); Paris (nome); parisiense (adjectivo).2.3. Modificação; derivação.2.4. 1 – Modificação por prefixação; 2 – Todas são formadas por derivação por sufixação, excepto «folhagem» e

«jornalista» (modificação por sufixação).

3.1. entristecer: triste, infelizmente: infeliz, feliz, felizmente.3.2. Exs.: entardecer; emagrecer…3.3. Exs.: injustamente; imparcialmente; ilegalmente…

4. a) mentor (como adjectivo, é uma palavra derivada por sufixação; como nome, é modificado por sufixação; asrestantes são modificadas por prefixação).b) velho (é uma palavra-base; as outras são derivadas ou modificadas – «chuvisco» – por sufixação).c) retroceder (palavra parassintética; as restantes são modificadas por prefixação e derivadas por sufixação). d) nevoeiro ( o sufixo -eiro, nesta palavra, não significa profissão, mas qualidade ou estado).e) injustamente (palavra modificada por prefixação e derivada por sufixação; as restantes são parassintéticas).

Págs. 198-205: A Odisseia

LEITURA / CONHECIMENTO EXPLÍCITO

1. Para Poséidon, Ulisses é convencido e mal agradecido, enquanto para Atena ele é simples, honesto, corajoso,lutador e giro.

i-

re-

pre-

sub-

móvel

pensar

visão

urbano

imóvel

repensar

previsão

suburbano

negação

repetição

anterioridade

inferioridade

Prefixo Forma de base Palavra formada Valor do prefixo

higiene

Paris

jornal

folha

telefone

higiénico

parisiense

jornalista

folhagem

telefonar

-ico

-iense

-ista

-agem

-ar

colectivo

qualidade ou estado

origem

acção

profissão

Forma de base Sufixo Valor do sufixo

CONHECIMENTO EXPLÍCITO

1.

1.1. Não houve alteração, porque, normalmente, os prefixos não alteram a classe das palavras, apenas o seusentido.

1.2. prefixo; sentido.

2.

Palavra formada

••••

••••

Page 50: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

50 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

2. A caracterização é essencialmente directa, pois são as outras personagens que fazem a caracterização deUlisses.

3. Para Atena, Ulisses é «simples, honesto, corajoso, lutador, […] é giro»; para Poséidon, ele «tem a mania que éherói», além de ser «um mal agradecido».

4. Reforçar a atenção que está a ser dada a esta personagem e, simultaneamente, provocar um efeito cómico.

5.1. Ilustra a participação de Ulisses na Guerra de Tróia, além de constituir uma expressão popular adequada aum espectáculo multimédia dirigido a jovens.

5.2. «embirro»; «bestial»; «foleira».

6. Tornar o texto mais atractivo para os jovens, o seu público-alvo, além de permitir actualizar as aventuras deUlisses, presumivelmente escritas no século VIII a.C.

7. Resposta pessoal.

SISTEMATIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS: O TEATRO NA GRÉGIA ANTIGA

Arquitectura; espaço cénico: orquestra, scenea, cávea.Tipo de espectáculos: comédia e tragédia.Patrocínios: corego.Actores; sua caracterização; homens; usavam máscaras; interpretavam várias personagens numa mesma peça.

OUTRAS LEITURAS

Resposta pessoal.

SISTEMATIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS: HOMERO E A ODISSEIA

Autor: Homero.Assunto: aventuras de Ulisses.Época: séc. IX (estudos mais recentes apontam para o séc. VIII a.C.).Finalidade da obra: ser recitada em público e em festas.

Pág. 206: À Descoberta da Conjugação Pronominal Reflexa

1.1. nos, se, me.1.2. Pretérito perfeito do indicativo.1.3. Nós afastámos; eu segurei; ele arrastou.1.4. Afastámos.1.5. <s>.1.6. «aproximei-me»; «sentou-se»; «enchi-me».1.7. Resposta pessoal.

2.1. te, se.2.2. que.2.3. Polifemo não se arrastou. Não nos afastámos para longe. Não me segurei à sua lã.2.4. O pronome pessoal posicionou-se antes da forma verbal.2.5. Que; negativa.

3. a) olhámo-nos; c) conformámo-nos; e) libertar-se-iam.b) se convenceram; d) se cumprimentem;

Page 51: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

51© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

M A T E R I A L F O T O C O P I Á V E L

• Propostas de correcção do teste diagnóstico

• Propostas de correcção das fichas de auto-avaliação

• Quadro-síntese de O Cavaleiro da Dinamarca

• Ficha de avaliação – Tradição oral

– Propostas de correcção

• Ficha de avaliação – A Estrela

– Propostas de correcção

• Ficha de avaliação – A Salvação de Wang-Fô

– Propostas de correcção

Page 52: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

52 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

P R O P O S T A S D E C O R R E C Ç Ã O D O T E S T E D I A G N Ó S T I C O

I. COMPREENSÃO DO ORAL

II. LEITURA

1. O rei pensou que o alfaiate tinha matado sete homens e não sete moscas.

2. O alfaiate, com medo de cair, ia gritando «eu caio, eu caio», o que levou os inimigos a pensarem que ele era oD. Caio e a fugirem.

3. Resposta pessoal.

III. CONHECIMENTO EXPLÍCITO

1. a) Presente – «caio».b) Pretérito imperfeito – «andava».c) Pretérito perfeito – «ganhou».

2. branco, valente.

3. Corajoso – «valente»; vangloriar-se – «gabar-se».

4. Criticar.

5. a) As tropas do inimigo.b) Ao alfaiate.

x

x

x

x

A tradução portuguesa do título Harry Potter e o Príncipe Misterioso foi bem aceite por todos.

A versão original vendeu 3 mil exemplares em Portugal.

A primeira tiragem de Harry Potter e o Príncipe Misterioso foi de 150 mil exemplares.

Os leitores mais novos deverão ser orientados durante a leitura deste livro.

V F

Page 53: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

53© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

P R O P O S T A S D E C O R R E C Ç Ã O D A 1 . a F I C H A D E A U T O - A V A L I A Ç Ã O

I. COMPREENSÃO DO ORAL

1. Utilização de sacos de recolha de lixo à base de baga de milho.

2. Empresários que aderiram ao «recicla café».

3. Freguesia da Ericeira.

4. A partir de Fevereiro.

5. Porque são sacos cem por cento biológicos.

6. Os sacos serão posteriormente recolhidos porta-a-porta por um carro eléctrico.

II. LEITURA

1.

2. Actualidade, veracidade, interesse geral e objectividade.

III. CONHECIMENTO EXPLÍCITO

1. O texto da notícia está, normalmente, escrito na 3.a pessoa e deve apresentar uma linguagem simples, clara eobjectiva, de forma a ser compreendido pela maior parte das pessoas. As informações devem ser transmitidasde forma imparcial, pelo que o jornalista não pode emitir opiniões sobre elas.

2. d) Declarativa.

3. «desmentiu» – 3.a pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo do verbo «desmentir».

4. a) «J. K. Rowling»; «Harry Potter».b) «saga»; «volume».c) «britânica»; «multimilionária».

–J. K. Rowling pretende voltar ao anonimato.–A saga de Harry Potter terminará no próximo volume e a escritora passará a escrever sobpseudónimo.

Títulos

Lead

Corpo da notícia

AntetítuloTítuloSubtítulo

O quê?

Quem?Quando?Onde?Porquê?Como?

NOTÍCIA: quadro-síntese das características

A escritora J. K. Rowling.–Numa entrevista à ITV.

Para voltar ao anonimato.Escrevendo sob pseudónimo.

Page 54: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

54 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

P R O P O S T A S D E C O R R E C Ç Ã O D A 2 . a F I C H A D E A U T O - A V A L I A Ç Ã O

II. COMPREENSÃO DO ORAL

Parte da história encaixada de Dante, contada por Filippo em casa do banqueiro Averardo.

III. LEITURA

1.1.

1.2. a) «Até que certo Natal aconteceu naquela casa uma coisa que ninguém esperava.» b) «Naquele tempo asviagens eram longas, perigosas e difíceis [...] não voltava.» c) «– Vou partir – respondeu ele.»

1.3.«[…] sempre a mesma festa, sempre a mesma ceia, sempre as grandes coroas de azevinho penduradas nasportas, sempre as mesmas histórias.» – reforça a tradição que se vivia em casa do Cavaleiro.

2.1. Ex.: Dante e Virgílio – contribui para criar um efeito de verosimilhança relativamente aos acontecimentosnarrados.

2.2. Resposta pessoal.

3. Após a estadia em Jerusalém, com a sua missão cumprida, o Cavaleiro torna-se mais atento aos locais poronde passa, contactando com outras culturas, que lhe oferecem uma visão diferente do mundo.

4. a) Ao longo da viagem, o Cavaleiro vai contando com a ajuda dos amigos que vai fazendo para escolher os melho-res caminhos. b) As diferentes culturas com as quais o Cavaleiro vai contactar vão permitir-lhe aperceber-se dediferentes modos de vida. c) Apesar das dificuldades, a persistência e a fé do Cavaleiro guiam-no até casa.

IV. CONHECIMENTO EXPLÍCITO

1. «Até que».

2. a) mas; b) pois («terminada a ceia»); c) por isso; d) e.

3.1. «Mas de hoje a um ano não estarei aqui.»; «Mas passado o Natal regressarei aqui e, de hoje a dois anosestaremos, se Deus quiser, reunidos de novo.»

3.2. Porém / contudo / no entanto...

4.1. Apesar de ficar preocupada com a notícia, a mulher do Cavaleiro não tentou convencer o marido a ficar.4.2. Embora a mulher do Cavaleiro tivesse ficado preocupada com a notícia, não tentou convencer o marido a ficar.

5.1. O Cavaleiro, antes de partir, jantou com a família. A viagem foi difícil, porque teve de enfrentar vários obstá-culos, mas encontrou pessoas excelentes, viu locais maravilhosos e ouviu histórias extraordinárias. Emborasentisse muitas saudades da mulher e dos filhos, fez amigos para o resto da vida.

5.2. Duas primeiras vírgulas: isolar uma frase subordinada adverbial temporal. Terceira: vem antes da conjunçãosubordinativa causal. Quarta: vem antes da conjunção coordenativa adversativa. Quinta: separa frases com amesma função sintáctica (enumeração). Sexta: separa a frase subordinada concessiva da frase subordinante.

Anúncio, pelo Cava-leiro, da sua peregri-nação à Terra Santa.

Dinamarca, em casado Cavaleiro.

Noite de Natal. O Cavaleiro, a mulher,a família, os amigos eos criados.

Não participante.

Acção Espaço Tempo Personagens Tipo de narrador

Page 55: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

55© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

P R O P O S T A S D E C O R R E C Ç Ã O D A 3 . a F I C H A D E A U T O - A V A L I A Ç Ã O

I. COMPREENSÃO ORAL.

a) 2.a; b) 6.a; c) 4.a; d) 7.a; e) 1.a; f) 5.a; g) 3.a.

III. LEITURA

1. 1.a «Uma súplica»; 2.a «Uma esmola»; 3.a «Dores, / vividas umas, sonhadas / outras»; 4.a «Um esquema dori-do»; 5.a «a reza dum rosário / imaginário»; 6.a «Um teorema que se contradiz»; 7.a «a pedra duma escola / compalavras a giz / para a gente apagar ou / guardar».

2. Pela dificuldade de tal definição.

3. A última estrofe surge como corolário das metáforas enunciadas anteriormente e, talvez por isso, a maisimportante, já que permite a formulação de infinitas metáforas.

4. Resposta pessoal.

5. Soltos.

P R O P O S T A S D E C O R R E C Ç Ã O D A 4 . a F I C H A D E A U T O - A V A L I A Ç Ã O

I. COMPREENSÃO DO ORAL

Soubesse; comê-las; saboreá-las; mastigá-las; deglutir; soubesse; fosse; tornasse; arrimar; soubesse; brandura;quentura; condor; soluço; torrentes.

II. LEITURA

1.1. Sensações tácteis: «pesam como chumbo»; «roçam pelo corpo»; «sílabas de seda»; «queimam»; 1.2. A comparação: «pesam como chumbo»; «me roçam pelo corpo como vivas arestas, lascas de pedra»; «quei-

mam como astros em fogo». A metáfora: «Tinham sílabas de seda».

2. As palavras do Homem e da Mulher «pesam como chumbo e outras […] roçam pelo corpo como vivas arestas,lascas de pedra» e «queimam como astros em fogo», na medida em que o Homem fala de forma autoritária eagressiva («Quero passar! Desarredem!») e a Mulher também («Sai! Desabita! A cadeira é minha […]»).

3. A Menina critica a atitude da Mulher por empregar palavras amargas e desagradáveis, revelando egoísmo.

III. CONHECIMENTO EXPLÍCITO

1. «Desabita»: palavra modificada por prefixação, cujo prefixo é -des, que se juntou à forma de base «habitar».

2. O pronome pessoal é «te» e posiciona-se antes da forma verbal devido à presença da conjunção «que».

Page 56: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

56 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Acç

ãoEs

paço

Tem

poPe

rson

agen

sTi

po d

e N

arra

dor

Prot

ótip

os

text

uais

O Ca

vale

iro d

a Di

nam

arca

, Sop

hia

de M

ello

Bre

yner

And

rese

n

QU

AD

RO

-SÍN

TE

SE

Page 57: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

57© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

F I C H A D E A V A L I A Ç Ã O – T R A D I Ç Ã O O R A L

As adivinhas em anexins

Um rei quis experimentar o juízo de três conselheiros que tinha, e indo a passear com eles encon-trou um velho a trabalhar num campo, e saudou-o:

– Muita neve vai na serra!Respondeu o velho com a cara alegre:– Já senhor, é tempo dela.Os conselheiros ficaram a olhar uns para os outros, porque era Verão, e não percebiam o que o

velho e o rei queriam dizer na sua. O rei fez-lhe outra pergunta:– Quantas vezes te ardeu a casa?– Já, senhor, por duas vezes.– E quantas contas ser depenado?– Ainda me faltam três vezes.Mais pasmados ficaram os conselheiros; o rei disse para o velho:– Pois se cá te vierem três patos, depena-os tu.– Depenarei, real senhor, porque assim o manda.O rei seguiu seu caminho a mofar da sabedoria dos conselheiros, e que os ia despedir do seu serviço

se lhe não soubessem explicar a conversa que tivera com o velho. Eles, querendo campar por espertos,foram ter com o velho para explicar a conversa; o velho respondeu:

– Explico tudo, mas só se se despirem e me derem a roupa e o dinheiro que trazem:Não tiveram outro remédio senão obedecer; o velho disse:– Olhem: «Muita neve vai na serra», é porque eu estou cheio de cabelos brancos; «já é tempo dela»,

é porque tenho idade para isso, «Quantas vezes me ardeu a casa?» é porque diz lá o ditado: «Quantasvezes te ardeu a casa? Quantas casei a filha.» E como já casei duas filhas sei o que isso custa. «E quantasvezes conto ser depenado?» é que ainda tenho três filhas solteiras e lá diz o outro:

Quem casa filhaDepenado fica.Agora os três patos que me mandou o rei são vossas mercês, que se despiram e me deram os seus

fatos para explicar-lhes tudo.Os conselheiros do rei iam-se zangando, quando o rei apareceu e disse que se eles quisessem voltar

para o palácio vestidos que se haviam ali obrigar a dar três dotes bons para o casamento das outras trêsfilhas do velho lavrador.

Teófilo Braga, Contos Tradicionais do Povo Português, 3.a ed., Texto Editora, Lisboa, 2002

5

10

15

20

25

30

I. LEITURA

Relê o texto «As adivinhas em anexins» e responde de forma completa às questões que te são colocadas.

1. Refere a fonte de onde foi retirado este texto.

Page 58: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

58 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

2. Teófilo Braga é o autor deste conto ou a pessoa que o recolheu da tradição oral? Justifica a tua resposta,fazendo apelo aos teus conhecimentos sobre a literatura oral e tradicional.

3. Características do conto popular.3.1. Assinala como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmações:

3.2. Corrige as afirmações que consideraste falsas.

4. O rei resolveu pedir a três conselheiros que descodificassem a conversa que ele iria ter com um velho lavrador.Identifica as três primeiras adivinhas, transcrevendo-as.

5. A quarta adivinha – «Pois se cá te vierem três patos, depena-os tu» – é fundamental para o desenlace. Explicaporquê.

6. Identifica o elemento simbólico que se repete ao longo do texto e refere a sua importância no conto popular.

7. No texto, encontras um provérbio. Identifica-o e explica o seu significado.

II. CONHECIMENTO EXPLÍCITO

1. Como sabes, os contos utilizam muitas expressões de carácter popular. Reescreve o décimo terceiro parágrafo,utilizando o português padrão.

2. Atenta na seguinte frase: «– Muita neve cai na serra!»

2.1. Explica o significado da expressão no contexto em que é usada.

2.2. Identifica a figura de estilo que está na base desta expressão.

3. Transcreve do texto um exemplo de:

a) discurso directo; b) discurso indirecto.

4. Identifica e classifica o sujeito da frase «Os conselheiros do rei iam-se zangando [...]».

5. Quais as funções sintácticas das palavras realçadas?

a) «O rei seguiu o seu caminho [...].»; b) «Mais pasmados ficaram os conselheiros».

6. Indica a função sintáctica dos pronomes realçados.

a) «Um rei [...] encontrou um velho a trabalhar num campo, e saudou-o.»; b) «O rei fez-lhe outra pergunta.».

7. Reescreve as frases da questão anterior, trocando os pronomes sublinhados pelos nomes que substituem.

8. Reescreve as frases, substituindo os nomes ou expressões realçadas pelos respectivos pronomes pessoais.

a) «[Os conselheiros] foram ter com o velho para explicar a conversa [...].»; b) «Os conselheiros despiram os fatos.».

III. EXPRESSÃO ESCRITA

Escreve um conto popular cuja moralidade possa ser traduzida pelo provérbio «Em terra de cegos, quem tem umolho é rei.». Deves respeitar todas as características deste tipo de texto (30-40 linhas).

� �

a) No conto popular, sabemos exactamente onde se passou a acção.

b) O tempo da acção é indeterminado.

c) As personagens são designadas pela sua função social, pelo que são consideradas personagens-tipo.

d) A acção é geralmente longa e complexa.

e) O conto popular tem normalmente uma função moralizadora e lúdica.

V F

Page 59: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

59© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

I. LEITURA

1. Contos Tradicionais do Povo Português.

2. É a pessoa que o recolheu. O verdadeiro autor deste e de outros contos tradicionais é o povo anónimo, que ostransmite de geração em geração, por via oral. Teófilo Braga apenas os passou à escrita.

3.1. a) e d): falsas; b), c) e e): verdadeiras.3.2. a) No conto popular, não sabemos onde se passou a acção. d) A acção é geralmente breve e simples.

4. «Muita neve vai na serra!»; «Quantas vezes te ardeu a casa?»; «E quantas contas ser depenado?».

5. A última adivinha é recebida pelo lavrador como um aviso de que iria ter a visita de três pessoas que ele deve-ria «depenar».

6. O número três (três conselheiros, três filhas, três dotes) faz parte do imaginário colectivo do povo e facilita amemorização do que se conta.

7. «Quem casa filha depenado [sem dinheiro] fica.»

II. CONHECIMENTO EXPLÍCITO

1. O rei seguiu o seu caminho a troçar da sabedoria dos conselheiros […]. Eles, querendo passar por [parecer]espertos […].

2.1. Significa que o velho tem muitos cabelos brancos.2.2. Metáfora.

3. a) «Muita neve cai na serra!»; b) «[...] disse que se eles quisessem voltar para o palácio vestidos que se haviam ali obrigar a dar três dotes

bons para o casamento das outras três filhas do velho lavrador.»

4. sujeito simples. – «os conselheiros».

5. a) complemento directo;b) sujeito.

6. a) complemento directo; b) complemento indirecto.

7. a) Um rei […] encontrou um velho a trabalhar num campo, e saudou o velho.b) O rei fez outra pergunta ao lavrador.

8. a) para explicá-la; b) despiram-nos.

III. EXPRESSÃO ESCRITA

Resposta pessoal.

P R O P O S T A S D E C O R R E C Ç Ã O D A F I C H A D E A V A L I A Ç Ã O – T R A D I Ç Ã O O R A L

Page 60: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

60 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

F I C H A D E A V A L I A Ç Ã O – A E S T R E L A

A rapariga com uma estrela na mão

Esta é a história autêntica de uma rapariga alentejana que tem uma estrela na palma da mão.Chama-se Rita. Ia nos doze anos quando houve enfim abastecimento de água na aldeia onde ela vivia[...]. Numa [das] casas muito caiadas [desta aldeia], que se orgulhava do seu cheiro a mentrasto e malva--rosa, da renda da sua chaminé e do seu pezinho sempre azul – verdadeiro azul alentejano –, morava umafamília de seareiros, que tinha um menino doente. Rita era uma das vizinhas pobres que brincavam comesse menino ao ferrinho queimado e ao eixo rebaldeixo. Mas havia bem três meses que ele não se erguiada cama. Tinham os trigos enrijado, fizera-se a matança do porco e o menino definhava. Haviam-nolevado ao médico [...]. E o menino, pelos vistos, em vez de sarar piorava de dia para dia, com um fastiotal que nem os coscorões nem as fatias paridas lhe faziam descerrar os dentes. Os pais já não sabiam oque inventar para conseguir que ele comesse. Rita tentava tudo para que lhe desse, ao menos, um risi-nho. Eram da mesma criação. Tinham andado juntos no posto de ensino até à terceira classe. E era dosdois o que mandava, ele é que conhecia os sítios dos ninhos e trepava às azinheiras e descobria osmedronhos e os silvados onde as amoras eram mais doces. Agora não lhe arrancava um botão do bibe,não lhe arrepelava os cabelos, nem sequer lhe pedia um berlinde, um matacão dos de chupar. Nada.Estava para ali muito quieto, os grandes olhos azuis como vazios, na sua cama pintada de flores. Durantehoras, Rita, sempre calada, para os pais dele não a porem na rua, espiava-lhe o sinal de menor desejo:um golo de água, uma toalha para limpar o suor que lhe orvalhava as fontes. Mas ele quase não semexia, parecia não dar fé das pessoas nem das coisas. Por isso Rita ficou num grande alvoroço quandoele inesperadamente disse (caía a noite sobre o povo muito branco e sobre o montado que ao longe dei-xara de bracejar):

– O que eu queria era uma estrela como aquela, tão pequenina e tão brilhante.– Uma estrela? – disse a Rita, ao mesmo tempo maravilhada e aflita, porque uma estrela não se

deixa colher do céu como as nêsperas da nespereira.– Sim: aquela estrelinha.– E curavas-te, se eu ta trouxesse?– Estou cá em mim que me punha bom.– Pois eu vou ver, amiguinho...– Vais buscá-la? (Dir-se-ia que o menino sorria, talvez descrente, talvez enfeitiçado pelo fulgor do

astro).– Vou mesmo, que é que tu cuidas?E saiu, sem a menor noção do que fazer para cumprir tal promessa, mas disposta a revolver céu e

terra, no seu mundo de cinco metros, para lhe dar aquele gosto. Mas as estrelas ficam tão altas!...Horas depois, às furtadelas, iludindo a atenção dos pais dele, que aqueciam os pés à lareira, na cozi-

nha, entrou (muito trémula e envergonhada da mentira piedosa) pelo quarto dele, já escurecido, comum tição ardente nas presas de uma tenaz.

– Que é isso, Rita?

5

10

15

20

25

30

35

Page 61: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

61© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

Ele conhecia-a pelos seus passos, pelos cheiro, pelo sopro.– Então não vês? É a estrela – disse ela, sem pinga de sangue.– Mostra cá! Mais perto. Aqui ao pé de mim. Quero vê-la na palma da tua mão.O menino não deixou de morrer por causa dessa alegria, mas Rita ficou com uma estrela vermelha a

aquecer-lhe para sempre a mão.

Urbano Tavares Rodrigues, in Estórias Alentejanas [adaptado]

40

I. LEITURA

Responde de forma completa às questões que te são colocadas.

1. Assinala como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmações:

2. Associa os comportamentos e as atitudes do amigo da Rita às suas características psicológicas:

a) «era dos dois o que mandava» [l. 11 e 12] • corajoso

b) «trepava às azinheiras» [l. 12] • apático

c) «parecia não dar fé das pessoas nem das coisas» [l. 18] • autoritário

3. Rita era uma rapariga determinada e atenciosa. Transcreve do texto duas frases (uma para cada adjectivo) quejustifiquem as seguintes características psicológicas:

a) determinada; b) atenciosa.

4. O narrador refere-se a uma «mentira piedosa» [l. 34]. De que mentira se trata?

5. Explica por palavras tuas a seguinte frase: «Ele conhecia-a pelos seus passos, pelo cheiro, pelo sopro» [l. 37].

6. O que representará a estrela para o amigo da Rita?

a) Sabedoria. b) Esperança. c) Amizade.

7. Compara o amigo da Rita com o Pedro de A Estrela, de Vergílio Ferreira, quanto a:

a) local onde viviam; c) forma de obtenção da estrela;

b) ocupação dos tempos livres; d) fim trágico.

8. Refere três aspectos da biobibliografia de Vergílio Ferreira que estudaste.

II. CONHECIMENTO EXPLÍCITO

1. Atenta nas seguintes frases: «Chama-se Rita [...] ao eixo rebaldeixo.» [ll. 2-6].Estamos perante um momento de descrição ou de narração? Justifica a tua resposta.

� �

Rita morava na casa dos seareiros.

O amigo da Rita estava cada vez mais doente.

O menino não tinha vontade de comer nem os coscorões nem as fatias paridas.

Rita tentava perceber o que o amigo desejava.

O amigo da Rita pediu-lhe que lhe fosse buscar a estrela.

Os pais descobriram a Rita com a estrela nas presas de uma tenaz.

O amigo da Rita curou-se.

V F

Page 62: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

62 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

2. «Numa [das] casas muito caiadas [desta aldeia] que se orgulhava do seu cheiro [...] morava uma família deseareiros […].» [ll. 3-5]2.1. Identifica a figura de estilo na expressão sublinhada.2.2. Essa expressão revela uma característica psicológica desta família. Qual?

3. Transcreve do texto uma frase cuja forma verbal esteja no pretérito imperfeito do conjuntivo.3.1. Regista a conjunção ou a locução conjuntiva que nessa frase selecciona o verbo no modo conjuntivo.3.2. Essa conjunção ou locução marca uma eventualidade ou uma certeza?

4. Atenta na seguinte frase: «Quero vê-la na palma da tua mão.» [l. 39].Substitui o pronome pessoal sublinhado pelo nome correspondente e reescreve a frase.

III. EXPRESSÃO ESCRITA

Imagina e redige uma história em que a personagem principal revele um fascínio por uma estrela, à semelhançadas personagens dos contos que leste.

I. LEITURA

1. F/V/V/V/F/F/F.2. a) autoritário; b) corajoso; c) apático.3. a) «disposta a revolver céu e terra»; b) «espiava-lhe o sinal de menor desejo».4. Não deixar os pais do amigo perceberem que ela tinha saído.5. Ele conhecia-a muito bem.6. b) esperança.7. Ambos viviam numa aldeia; a forma como ocupavam os seus tempos livres era semelhante, pois os dois trepa-

vam às árvores e gostavam de observar os ninhos; Pedro foi buscar a estrela, enquanto o amigo da Rita espe-rou que lha trouxessem; ambos os meninos morreram.

8. Resposta pessoal.

II. CONHECIMENTO EXPLÍCITO

1. Momento de descrição. O objectivo destas frases é informar sobre algumas características de Rita e do localonde vivia o menino doente.

2.1. Personificação.2.2. Orgulho.3. «para conseguir que ele comesse»; «para que lhe desse [...] um risinho»; «se eu ta trouxesse.»3.1. «que»; «para que»; «se».3.2. Eventualidade.4. Quero ver a estrela na palma da tua mão.

III. EXPRESSÃO ESCRITA

Resposta pessoal.

P R O P O S T A S D E C O R R E C Ç Ã O D A F I C H A D E A V A L I A Ç Ã O – A E S T R E L A

Page 63: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

63© 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

F I C H A D E A V A L I A Ç Ã O – A S A L V A Ç Ã O D E W A N G - F Ô

A Salvação de Wang-Fô

Wang-Fô estava cansado de uma cidade em que os rostos já não tinham qualquer segredo de fealda-de ou de beleza a revelar-lhe, e o mestre e o discípulo vaguearam juntos pelas estradas do reino de Han.

A fama precedia-os nas aldeias, à entrada dos castelos fortificados e nos pórticos dos templos em queos peregrinos inquietos se refugiam ao crepúsculo. Dizia-se que Wang-Fô tinha o poder de dar vida àssuas pinturas por um derradeiro toque de cor que acrescentava aos olhos de todos. Suplicavam-lhe osfazendeiros que lhe pintasse um cão de guarda, e os senhores pediam-lhe imagens de soldados. Os sacer-dotes honravam Wang-Fô como a um sábio; o povo temia-o como a um feiticeiro. Wang alegrava-secom esta diversidade de opiniões que lhe permitia estudar à sua volta expressões de gratidão, de medoou de veneração.

Ling mendigava a comida, velava pelo sono do mestre e aproveitava os seus êxtases para massajar-lheos pés. Ao romper da aurora, ainda o velho dormia, partia em busca de paisagens tímidas dissimuladaspor detrás dos tufos de caniços. Pela noitinha, quando o mestre, desalentado, atirava os pincéis ao chão,ia apanhá-los. Quando Wang estava triste e falava da sua idade avançada, Ling mostrava-lhe, sorrindo, otronco robusto de um velho carvalho; quando Wang estava alegre e gracejava, Ling simulava ouvi-lohumildemente.

Um dia, pelo sol poente, alcançaram os arrabaldes da cidade imperial, e Ling procurou uma estala-gem onde Wang-Fô passasse a noite. O velho embrulhou-se nuns trapos e Ling deitou-se colado a elepara o aquecer, pois a Primavera mal rompera e o chão de terra batida estava ainda gelado.

Marguerite Yourcenar, A Salvação de Wang-Fô, in Contos Orientais, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1999

5

10

15

I. LEITURA

1. Os quadros de Wang-Fô eram muito especiais.1.1. O que os tornava tão especiais?1.2. Relaciona a singularidade dos seus quadros com o desenlace do conto.

2. Indica três adjectivos que ilustrem os sentimentos de Ling em relação a Wang-Fô. Justifica a tua escolha comfrases do texto.

3. Tendo em conta o conhecimento que tens desta obra, explica como surgiram esses sentimentos.

II. CONHECIMENTO EXPLÍCITO

1. Observa os verbos utilizados nos cinco parágrafos iniciais.1.1. Qual o tempo verbal predominante nos quatro primeiros?1.2. Identifica o tempo verbal predominante no quinto parágrafo.1.3. Por que razão encontras dois tempos verbais diferentes na narrativa?

2. Sublinha e classifica a conjunção presente na seguinte frase: «[…] quando o mestre, desalentado, atirava ospincéis ao chão, ia apanhá-los.» [Il. 12-13].

3. Transcreve uma forma verbal no pretérito imperfeito do conjuntivo.

Page 64: Caderno Apoio Professor Outras-palavras PORT7

64 © 2 0 0 6 POR OUTRAS PALAVRAS. . . – L ÍNGUA PORTUGUESA – 7 . o ANO

I. LEITURA

1.1. Pareciam ter vida.1.2. Wang-Fô obrigado a concluir uma pintura antes de ser mandado executar pelo Imperador, representa a cena

da sua libertação e foge, acompanhado por Ling, tal o realismo da sua pintura.

2. Resposta pessoal.

3. Quando Ling conheceu Wang-Fô, passou a ver o mundo de forma diferente e ganhou uma alma nova.

II. CONHECIMENTO EXPLÍCITO

1.1. Pretérito imperfeito do indicativo.1.2. Pretérito perfeito do indicativo.1.3. O início do texto corresponde a uma descrição. A narração começa no quinto parágrafo.

2. «quando» – conjunção subordinativa temporal.

3. «passasse».

4. Quando a forma verbal termina em -r, suprime-se esta consoante e acrescenta-se um -l ao pronome pessoal.

5. Sujeito nulo indeterminado.

6. Sujeito – «Wang-Fô»; predicado – «pintava belas paisagens»; complemento directo – «belas paisagens».

7. Wang-Fô era, de facto, o maior pintor da China. Certo dia, o Imperador chamou-o ao palácio e fez-lhe umagrave acusação. Antes de o condenar à morte, encarregou-o de fazer uma última tarefa.

III. EXPRESSÃO ORAL

Resposta pessoal.

IV. EXPRESSÃO ESCRITA

Resposta pessoal.

4. «Ling simulava ouvi-lo [...].» [l. 14] Explica a regra da conjugação pronominal que se observa na palavrasublinhada.

5. Classifica o sujeito da seguinte frase: «Dizia-se [...].» [l. 4]

6. Classifica sintacticamente a frase: Wang-Fô pintava belas paisagens.

7. Procede à pontuação do seguinte texto, e faz as alterações que forem necessárias.Wang-Fô era de facto o maior pintor da China certo dia o Imperador chamou-o ao palácio e fez-lhe uma graveacusação antes de o condenar à morte encarregou-o de fazer uma última tarefa.

III. EXPRESSÃO ORAL

Indica uma profissão de que gostes e explica os motivos.

IV. EXPRESSÃO ESCRITA

Imagina e redige outro final para a narrativa.

PROPOSTAS DE CORRECÇÃO DA FICHA DE AVALIAÇÃO – A SALVAÇÃO DE WANG-FÔ

Cade

rno

de A

poio

ao

Prof

esso

r •Po

r Out

ras

Pala

vras

… •

Líng

ua P

ortu

gues

a •

7.o

ano

•97

2-47

-298

3-4