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  • 8 quarta-feira, 21 de Janeiro de 2015 dirio do exeCutivo Minas Gerais - Caderno 1

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    RESoLuo SEE N 2 .741, DE 20 DE JANEIRo DE 2015

    Estabelece normas para a organizao do Quadro de Pessoal das Escolas Estaduais e a designao para o exerccio de funo pblica na rede estadual de educao bsica.

    A SEcREtRIA DE EStADo DE EDucAo DE MINAS GERAIS, no uso de suas atribuies, considerando a necessidade de

    definir procedimentos de controle permanente dos recursos humanos disponveis para assegurar o atendimento da demanda existente, a

    expanso do ensino, o funcionamento regular da escola e tendo em vista a legislao vigente,

    RESoLvE:

    cAPtuLo I

    DISPoSIES PRELIMINARES

    Art . 1 Compete ao Diretor da Superintendncia Regional de Ensino - SRE, ao Analista Educacional/Inspetor Escolar - ANE/IE e ao

    Diretor ou Coordenador de Escola Estadual, em responsabilidade solidria, cumprir e fazer cumprir as disposies desta Resoluo e

    Instrues Complementares.

    Art . 2 Para ofertar novas turmas, a escola dever enviar justificativa fundamentada ao Diretor da Superintendncia Regional de

    Ensino, que encaminhar o pedido Superintendncia de Organizao e Atendimento Educacional/SOE, para obteno de autorizao

    formal.

    Art . 3 A escola dever priorizar o turno diurno para atender a demanda de alunos at 16 (dezesseis) anos.

    1 O turno noturno deve atender prioritariamente:

    I aos alunos comprovadamente trabalhadores com idade superior a 16 (dezesseis) anos;

    II aos alunos com idade igual ou superior a 14 (quatorze) anos, comprovadamente inscritos em Programas de Menor Aprendiz (Lei

    Federal n 10.097/2000 e Emenda Constitucional n 20/1998 CF/1988);

    III aos alunos da Educao de Jovens e Adultos;

    IV aos alunos matriculados em Programas de Educao Profissional ministrados nas escolas estaduais em concomitncia com o

    Ensino Mdio;

    V aos alunos regularmente contratados como estagirios, nos termos da Lei Federal n 11.788, de 25 de setembro de 2008;

    VI aos alunos submetidos ao cumprimento de medidas socioeducativas de Prestao de Servio Comunidade, Liberdade Assistida e

    Semiliberdade, devendo o requerimento de matrcula ser encaminhado escola pelo Tcnico de Atendimento;

    VII s mes adolescentes, com filhos em idade inferior a 06 (seis) anos e aos pais adolescentes que comprovem ser responsveis,

    durante o dia, pela guarda e bem estar do filho com idade inferior a 06 (seis) anos.

    2 As turmas atendidas no turno noturno em 2014 tero continuidade at a terminalidade, se de interesse dos alunos ou se no existir

    disponibilidade para atendimento, no turno diurno.

    3 A comprovao da relao de trabalho a que se refere o inciso I do 1 poder ser feita mediante:

    a) apresentao da carteira de trabalho devidamente assinada pelo empregador;

    b) apresentao da guia de previdncia social, em que se comprove a inscrio e recolhimento como trabalhador autnomo;

    c) apresentao de contrato de trabalho firmado nos moldes da lei 11.718/08 (contrato de trabalho rural por pequeno

    prazo);

    d) apresentao de declarao, conforme modelo do Anexo II desta Resoluo, firmada por um dos pais/responsvel legal e

    pelo prprio adolescente maior de 16 (dezesseis) anos, quanto existncia da relao de trabalho, em que se aponte a natureza, o

    empregador/tomador de servio, e o seu endereo, a qual dever ser arquivada na pasta do aluno.

    Art . 4 O Servio de Inspeo Escolar est diretamente vinculado ao Diretor da Superintendncia Regional de Ensino.

    1 Compete ao Diretor da SRE organizar e distribuir os setores de Inspeo Escolar que agrupam escolas de uma ou mais localidades.

    2 Ao atribuir o setor ao ANE/Inspetor Escolar, sero observadas, sempre que possvel, a maior proximidade entre o setor e a

    localidade de sua residncia e a alternncia peridica.

    3 O exerccio do ANE/Inspetor Escolar dever observar o calendrio das escolas sob sua responsabilidade.

    4 O calendrio do ANE/Inspetor Escolar ser elaborado aproximando-o o mximo possvel do calendrio das escolas, sendo um

    nico calendrio por SRE e devendo qualquer exceo ser previamente aprovada pelo rgo Central da SEE.

    Art . 5 O atendimento aos alunos nas Bibliotecas Escolares dos CESEC e PECON, na modalidade semipresencial, ter a durao de 16

    (dezesseis) horas semanais distribudas equitativamente em todos os dias da semana, em cada turno de funcionamento da escola.

    1 Compete ao Diretor ou Coordenador de Escola Estadual, juntamente com o Colegiado Escolar, definir o horrio dirio de

    funcionamento da Biblioteca Escolar, do CESEC e do PECON.

    2 O horrio de atendimento na Biblioteca Escolar poder ser ampliado se a escola contar com recursos humanos disponveis.

    Art . 6 A Educao Fsica componente curricular obrigatrio da Educao Bsica, sendo facultativo ao aluno nas situaes

    estabelecidas na Lei Federal n 10.793, de 1 de dezembro de 2003.

    1 O professor efetivo, estabilizado e na situao funcional 26 - Deciso ADI 4876 do STF habilitados no componente curricular

    Educao Fsica somente podero atuar nos anos iniciais do Ensino Fundamental se no houver aulas disponveis nos anos finais e no

    Ensino Mdio.

    2 Nos anos iniciais do Ensino Fundamental o componente curricular de Educao Fsica ser ministrado pelo professor habilitado

    neste componente curricular, de acordo com a Lei Estadual n 17.942/2008 e, na ausncia desse profissional as aulas sero ministradas

    pelo prprio Regente de Turma.

    Art . 7 Compete ao ANE/Inspetor Escolar conferir a autenticidade e a exatido da documentao da escola, referendando-a antes de

    seu encaminhamento SRE.

    Art . 8 Compete ao Diretor ou Coordenador de Escola Estadual organizar o Quadro de Pessoal com base no disposto nesta Resoluo,

    em seus Anexos e em Instrues Complementares.

    1 Compete escola estabelecer critrios complementares para atribuio de turmas, aulas, funes e turnos aos servidores efetivos,

    estabilizados e que se encontram na situao funcional 26 - Deciso ADI 4876 do STF, observados o disposto nesta Resoluo, a

    convenincia pedaggica e a priorizao dos professores capacitados no Pacto Nacional pela Alfabetizao na Idade Certa - PNAIC

    para atuao no ciclo de alfabetizao dos anos iniciais do Ensino Fundamental.

    2 Aps aprovao pelo Colegiado da Escola, registro em ata e validao pela SRE, os critrios complementares definidos sero

    amplamente divulgados na comunidade escolar, antes do incio do ano letivo.

    Art . 9 Compete ao Diretor ou Coordenador de Escola Estadual, onde h servidor em Ajustamento Funcional:

    2

    I definir, juntamente com o servidor, as atividades que este dever exercer, observando as necessidades da escola, as restries

    constantes do laudo mdico oficial, o grau de escolaridade e a experincia do servidor;

    II encaminhar SRE, no prazo mximo de 30 (trinta) dias, a contar da data do recebimento do laudo, o nome do servidor em

    Ajustamento Funcional lotado na escola, com indicao das atividades a serem desenvolvidas por ele;

    III registrar e acompanhar o desempenho do servidor nas atividades propostas, mantendo atualizados os registros no Processo

    Funcional e informando SRE qualquer mudana ocorrida;

    IV emitir declarao contendo informao sobre as atividades que o servidor exerceu durante o perodo de Ajustamento Funcional,

    bem como sobre a avaliao de seu desempenho, que ser anexada ao processo que acompanhar o servidor quando do seu retorno para

    nova percia mdica.

    1 O Especialista em Educao Bsica EEB, o Analista de Educao Bsica AEB e o Professor de Educao Bsica PEB, em

    Ajustamento Funcional, cumpriro a carga horria completa de seus respectivos cargos podendo exercer atividades na Secretaria da

    Escola ou na Biblioteca Escolar, observando-se o quantitativo para tais funes definido no Anexo III desta Resoluo.

    2 O Professor em situao de Ajustamento Funcional que atuar na Biblioteca Escolar exercer atividades de apoio a seu

    funcionamento.

    3 No sendo possvel o aproveitamento do servidor em Ajustamento Funcional na prpria escola, compete SRE processar seu

    remanejamento para outra escola da mesma localidade ou solicitar ao rgo Central da SEE autorizao para exerccio na SRE.

    4 Na hiptese de o professor em Ajustamento Funcional ser detentor de cargo com jornada inferior a 24 horas, a escola poder

    aproveitar 02 (dois) servidores nessa situao para assumir a vaga de Assistente Tcnico de Educao Bsica ATB.

    Art . 10 O Quadro de Pessoal dos Conservatrios Estaduais de Msica dever ser analisado pela SRE, observando-se o disposto nesta

    Resoluo e orientaes complementares da Secretaria de Estado de Educao.

    Art . 11 A chefia imediata do servidor detentor de outro cargo efetivo, emprego ou funo pblica ou que receba proventos, dever

    instruir o processo de acmulo a ser encaminhado pela SRE para anlise da Diretoria Central de Gesto dos Direitos do

    Servidor/DCGDS-SEPLAG, conforme previsto no Decreto n 45.841, de 26 de dezembro de 2011, no prazo de at cinco dias teis do

    seu protocolo.

    cAPtuLo II

    oRGANIZAo Do QuADRo DE EScoLA

    SEo I

    DA cARGA HoRRIA oBRIGAtRIA

    Art . 12 Conforme dispe a Lei n 20.592, de 28 de dezembro de 2012, a carga horria semanal de trabalho correspondente a um cargo

    de Professor de Educao Bsica com jornada de 24 (vinte e quatro) horas compreende:

    I 16 (dezesseis) horas semanais destinadas docncia;

    II 8 (oito) horas semanais destinadas a atividades extraclasse, observada a seguinte distribuio:

    a) 4 (quatro) horas semanais em local de livre escolha do professor;

    b) 4 (quatro) horas semanais na prpria escola ou em local definido pela direo da escola, sendo at duas horas semanais

    dedicadas a reunies.

    1 O professor detentor de dois cargos ou funes, na mesma escola, dever cumprir a carga horria relativa a atividades extraclasse

    nos dois cargos, exceto na hiptese de reunies, onde ser computada sua presena nos dois cargos.

    2 O professor detentor de dois cargos ou funes em escolas estaduais distintas, dever cumprir a carga horria relativa a atividades

    extraclasse, inclusive reunies, nos dois cargos. Na hiptese de coincidncia de horrios, dever comprovar o comparecimento em uma

    das escolas, onde ser computada sua presena nos dois cargos, com alternncia entre as escolas.

    3 As atividades extraclasse a que se refere o inciso II, alnea a, compreendem aes de planejamento, estudo e avaliao inerentes ao

    cargo de professor, realizadas para aperfeioar sua prtica de sala de aula e garantir o sucesso dos alunos no processo de

    ensino/aprendizagem.

    4 As atividades extraclasse a que se refere o inciso II, alnea b, compreendem atividades de capacitao, planejamento, avaliao e

    reunies, bem como outras atribuies especficas do cargo, conforme sugestes constantes no Anexo IV desta Resoluo, sendo

    vedada a utilizao dessa parcela da carga horria para substituio eventual de professores.

    5 A carga horria semanal destinada a reunies a que se refere a alnea b do inciso II poder, a critrio da direo da escola, ser

    acumulada para utilizao dentro de um mesmo ms, possibilitando um tempo maior para discusso dos temas propostos.

    6 A carga horria prevista na alnea b do inciso II, no utilizada para reunies, dever ser destinada s outras atividades extraclasse a

    que se refere o 4 .

    7 Caso o Professor de Educao Bsica esteja inscrito em cursos de capacitao ou atividades de formao, promovidos ou

    autorizados pela Secretaria de Estado de Educao, o saldo de horas previsto no 6 poder ser cumprido fora da escola, com o

    conhecimento prvio da direo da escola.

    8 As atividades de capacitao/formao continuada citadas no 7 somente sero consideradas, se referentes s seguintes aes:

    I cursos presenciais de curta durao, encontros e reunies promovidos pela Secretaria de Estado de Educao por meio da Magistra,

    Superintendncias Regionais de Ensino e equipes do rgo Central ou realizados pela SEE em parceria com outras instituies;

    II cursos de curta durao, totalmente on line ou semi-presenciais, realizados pela SEE, pelo Ministrio da Educao/MEC e pela

    Secretaria de Estado de Cincia, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais.

    9 Na hiptese do 7, o professor dever comprovar a frequncia ao curso ou atividade de formao ou o cumprimento dos

    cronogramas de atividades, conforme o caso.

    10 No podero ser considerados, para efeito do disposto no 7, cursos livres de nenhuma natureza, ainda que relacionados s

    atividades educacionais.

    Art . 13 O Professor de Educao Bsica que no estiver no exerccio da docncia, que exercer suas atividades no apoio ao

    funcionamento da Biblioteca Escolar ou nos Ncleos de Tecnologias Educacionais NTE, cumprir 24 (vinte e quatro) horas semanais

    no exerccio dessas atividades, incluindo as horas destinadas a reunies, em local definido pela direo do rgo de sua lotao.

    Pargrafo nico So consideradas atividades de apoio ao funcionamento da Biblioteca Escolar aquelas desenvolvidas pelo professor

    em situao de Ajustamento Funcional, sem o contato direto e permanente com alunos, por recomendao do laudo mdico oficial.

    Art . 14 O Professor para Ensino do Uso da Biblioteca cumprir a jornada de trabalho prevista nos incisos I e II do artigo 12 desta

    Resoluo para exerccio da docncia, diretamente no atendimento aos alunos, realizando atividades de interveno pedaggica na

    biblioteca, orientando quanto a sua utilizao para a realizao de consultas e pesquisas, bem como desenvolvendo estratgias de

    incentivo ao hbito e ao gosto pela leitura.

    Art . 15 Aplica-se o disposto nos incisos I e II do artigo 12 desta Resoluo ao Professor que exercer a docncia como Regente de

    Turma, Regente de Aulas, Orientador de Aprendizagem, Substituto Eventual de Docentes e no Atendimento Educacional

    Especializado.