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CEMIG Distribuição S.A.
Manifestação Formal Relativa à
Consulta Pública n o 004/2009
Anexo I: Custos Operacionais
Ajustes Propostos
Belo Horizonte, 17 de Fevereiro de 2009.
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SUMÁRIO
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................... 3
1.1. Organização da contribuição ..................................................................... 4
2. ESTRUTURA REGIONAL ............................................................................... 6
2.1 Aspectos da área de concessão da CEMIG D ........................................... 6
2.2 Dimensionamento das Gerências Regionais ............................................ 7
2.3 Análise da Proposta da Aneel .................................................................. 12
2.4 Análise e Redimensionamento das Gerências Regionais ........................ 14
2.5 Acomodação de Equipe de campo .......................................................... 23
3. SISTEMAS ..................................................................................................... 25
3.1 Telecomunicação ..................................................................................... 25
3.2 Informática de porte ................................................................................. 27
4. PROCESSOS COMERCIAIS ........................................................................ 29
4.1 Perdas não técnicas ................................................................................. 29
4.2 FATURAMENTO ...................................................................................... 31
4.3 TELEATENDIMENTO .............................................................................. 33
5. CUSTOS ADICIONAIS .................................................................................. 36
5.1 Parametrizados no Modelo da ER ........................................................... 36
5.2 Especificidades da área de concessão. ................................................... 37
5.3 Obrigações Legais e /ou Mutação da Regulamentação ........................... 50
5.4 Itens Não Contemplados .......................................................................... 51
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1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Atendendo ao chamado da consulta pública nº 004 /2009, a CEMIG Distribuição
S.A. (“CEMIG D”) apresenta suas contribuições sobre a proposta de valorização
dos custos operacionais eficientes sugerida pela Superintendência de Regulação
Econômica da Agência Nacional de Energia Elétrica, através da Nota técnica Nº
020 /2009, de 13 de Janeiro de 2009 (“ANEEL”).
Em decorrência da incorporação dos aprimoramentos metodológicos
estabelecidos pela Resolução nº 338, de 25 de novembro de 2008, a ANEEL
determinou, através da metodologia da Empresa de Referência1, em
R$1.181.882.745,05, a preço de Abril de 2008 , os custos operacionais eficientes
para a CEMIG D, conforme ilustra a Tabela 01 adiante, segundo cada setor da
ER.
Tabela 01 – Resumo dos Custos Operacionais 2008
Tal valor foi considerado insuficiente para o atendimento do serviço de distribuição
de energia elétrica com a qualidade, continuidade e segurança necessária e, neste
1 A exemplo do que foi na Primeira Revisão Tarifária Periódica, a metodologia para determinação dos custos operacionais é o da Empresa de Referência (“ER”). Esta ER assume a forma de uma concorrente virtual que, explorando a mesma concessão de que é titular determinada concessionária, apresenta, a juízo do Regulador, a mais eficiente alocação de recursos de Pessoal, Materiais e Serviços destinados aos seus processos de negócio.
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sentido, o presente documento é uma manifestação formal da CEMIG D relativa à
referida Consulta Pública visando uma proposta de ajuste nas premissas e
parâmetros da formação dos custos operacionais eficientes. Tais contribuições
expressam o resultado das análises recebidas das diversas áreas de
competências da CEMIG D e da própria dinâmica do processo de revisão tarifária,
em curso, junto a outras concessionárias, entidades e associações afins.
1.1. Organização da contribuição
Esta contribuição sobre a ER evidencia os pontos de ajustes que a CEMIG D julga
pertinentes em relação à proposta da ANEEL. Nesse âmbito, foi feita uma análise
cuidadosa dessa proposta, de modo a apontar as questões e os critérios que a
empresa acredita que possam ser melhorados, segundo cada setor da ER.
Para todas as questões consideradas, são realizadas propostas de critérios a
serem adotados no modelo da ER de modo a calcular corretamente, no ponto de
vista da CEMIG D, os custos operacionais eficientes. Cada pleito, com sua
respectiva argumentação, estão associados a um valor dimensionado pelo modelo
ER usando o critério proposto.
Neste sentido, o Documento está estruturado em 5 capítulos. Nos capítulos 2, 3, 4
e 5 são apresentados, respectivamente, os ajustes propostos pela CEMIG D nos
custos reconhecidos pela ER na Estrutura Regional, Sistemas, Processos
Comerciais e Custos Adicionais.
A CEMIG D solicita ainda que os custos adicionais e aperfeiçoamentos do modelo
pleiteados e concedidos às demais distribuidoras de energia elétrica sejam
isonômica e proporcionalmente somados a esta manifestação.
Finalmente, cabe frisar que após esta manifestação formal e, porquanto esteja em
curso o processo de revisão tarifária periódica, a CEMIG D se reserva no direito
de, sempre que julgar cabível e, de forma tempestiva, reavaliar conceitos e valores
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2. ESTRUTURA REGIONAL
As regionais são escritórios das concessionárias onde estão os empregados
responsáveis por processos de apoio, planejamento, programação e supervisão
dos serviços técnicos de campo e atendimento ao consumidor, além de todo o
processo de operação dos COD’s (Centros de Operação da Distribuição). Para
tanto, estas estruturas devem estar localizadas em pontos estratégicos da área de
concessão a fim de atender às necessidades dos processos de operação,
manutenção e comercial com a maior eficiência operacional possível ao menor
custo.
2.1 Aspectos da área de concessão da CEMIG D
A CEMIG D detém a titularidade da concessão de distribuição de energia elétrica
que abrange uma área de 568 mil km2, 96% do território de Minas Gerais. Nessa
área são atendidos mais de 6 milhões de clientes em 774 municípios e 4.641
localidades. É o maior sistema de distribuição da América Latina, compreendendo
358 mil km de redes e linhas em áreas rurais, 76 mil km em áreas urbanas e 361
subestações. Desta forma, o caso da CEMIG D apresenta-se como o de uma
concessionária que atende a uma área de concessão extensa com uma rede
muito capilarizada. Esta característica distingue a CEMIG D das demais
concessionárias, uma vez que há concessionárias que também tem área de
concessão extensa, no entanto nenhuma delas apresenta um nível de capilaridade
de rede equivalente ao da CEMIG D.
Em função do alto grau de capilarização, a área de concessão da CEMIG D é
caracterizada fortemente pela dispersão de seus consumidores. Como mostra o
Gráfico 01 a seguir, 53% do território tem menos de 5 consumidores por km2.
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Gráfico 01 – Adensamento de Consumidores na Área de Concessão CEMIG
Fonte: IBGE e Sistema de Consumidores CEMIG D (preparado pela CEMIG)
2.2 Dimensionamento das Gerências Regionais
Para se chegar a um dimensionamento ótimo das gerências regionais no modelo
da ER, deve ser levado em consideração dois fatores principais:
1) A área de atuação que uma regional deve ter;
2) A quantidade de equipes de campo2 sob a gestão, supervisão,
programação e planejamento desta regional.
Quanto maior a área de concessão, maior a necessidade de partição do território
em áreas de atuação da gestão regional.
Uma forma de mensurar esta área de gestão é através do conceito de raio de
gestão de equipes de campo. O raio de gestão é a medida da distância entre a
regional e o empregado de campo. Esta medida deve ser tal que não haja
dificuldade de intercâmbio entre eles.
2 Equipes de campo são todos os empregados da ER lotados nas atividades de tarefas de O&M, tarefas comerciais, faturamento, eletricista de combate a perda não técnica e atendentes comerciais.
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Uma proposta razoável para um raio de gestão é em torno de 60 a 80 km. A área
correspondente a este raio é de 11.000 a 20.000 km2. Considerando uma
velocidade média de 50 km/h, o tempo de deslocamento para os raios fica em
torno de 1h a 1:30h, apenas para um deslocamento.
Este raio se justifica uma vez que áreas de atuação muito abrangentes e com
distâncias muito elevadas dificultam o contato entre regional e equipe. Para os
supervisores, técnicos de segurança e técnicos de programação, as freqüências
de suas tarefas são quase todas diárias, exigindo um contato direto entre a equipe
de campo e a equipe das regionais.
A Tabela 02 a seguir mostra a relação dos tipos de atividades de supervisão e
programação e suas freqüências:
Tabela 02 – Frequencia de Programação e Supervisão por Atividade
Programação Supervisão
Suprimento Materiais e Equip. (Almoxarifado) Diária Diária
Manutenção Corretiva MT/BT Diária Diária
Manutenção Preventiva MT/BT Diária Diária
Inspeção de Rede Semanal Semanal
Operação em SE´s Diária Diária
Inspeção em LT´s e SE´s Diária Semanal
Manutenção Corretiva em SE´s e LT´s Semanal Depende da época do ano
Manutenção Preventiva SE´s e LT´s Semanal Semanal
Gestão e Inspeção de Segurança Diária Diária
Leitura Diária Diária
Entrega de conta Diária Diária
Inspeção de Unidades Consumidoras Diária Semanal
Corte e Religação Diária Semanal
Substituição de Medidor para aferição Diária Diária
Substituição de Medidor para aumento de carga Diária Diária
Verificação de Nível de Tensão (Outros) Diária Semanal
Verificação de Nível de Tensão (Amostrais) Diária Semanal
Regularização de Unidade Consumidora Diária Diária
Freguência Junto às EquipesAtividade
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Além disto, os empregados de campo, também se deslocam até as regionais para
ter acesso aos materiais no almoxarifado, de forma que o raio de atuação de uma
regional é uma variável determinante no dimensionamento do total de regionais de
uma área de concessão.
No entanto, é razoável aceitar certa flexibilidade na determinação do raio de
gestão. Para áreas mais adensadas, justifica-se uma regional com um raio de
atuação menor, uma vez que haverá mais equipes de campo a serem
comandadas. Ao contrário, em regiões menos adensadas, o raio pode ser um
pouco maior, evitando a multiplicação de estruturas para comandar equipes de
campo pequenas.
Para a CEMIG D, cuja área de concessão é composta por áreas bastante
heterogêneas com relação à densidade de consumidores e ativos, o raio de
gestão deverá ser redimensionado para cada caso de agrupamento de regional.
O segundo fator determinante no dimensionamento das regionais é a quantidade
de equipes de campo sob sua gestão.
Quanto maior o número de pessoas de campo, maior deve ser a regional, de
forma que haja uma relação de proporcionalidade entre o tamanho da regional e o
número de pessoas sob o seu comando.
Conforme já mencionado, as tarefas presentes nas regionais são de apoio,
planejamento, programação e supervisão. Sendo assim, a gerência é composta
por um conjunto de profissionais que desempenham atividades diversas, não
idênticas, mas complementares entre si.
O Organograma 01 apresentado a seguir para o caso de uma gerência regional do
Tipo 1 do modelo da ER mostra que além de atividades diferenciadas, há graus
hierárquicos dentro das regionais que devem ser levados em consideração na
relação entre empregados da gerência regional e empregados das equipes de
campo.
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Organograma 01
Gerencia Regional
Tipo 1
Gerente
Assistente Administrativo
(6)
Auxiliar Administrativo
(3)
Segurança Patrimonial
(5)
Eletricista
(2)
Gerente Técnico Gerente de Manutenção
Engenheiro de Manutenção (AT)
Sênior (1)
Pleno (2)
Júnior (1)
Supervisor de Atividades O&M
(4)
Almoxarife
(2)
Técnico de Segurança do Trabalho
(2)
Engenheiro de Manutenção (MT e BT)
Sênior (3)
Pleno (3)
Júnior (4)
Técnico de Distribuição
Sênior (4)
Pleno (4)
Junior (5)
Almoxarife
(2)
Técnico de Segurança do Trabalho
(2)
Técnico de Manutenção
(MT e BT)
(8)
Supervisor de Atividades O&M
(4)
Engenheiro de Manutenção (TELECOM)
Pleno (1)
Júnior (4)
Gerente de Operação
Engenheiro de Operação
Sênior (1)
Pleno (2)
Júnior (2)
Técnico de Distribuição
Sênior (4)
Pleno (4)
Junior (5)
Técnico de Segurança do Trabalho
Técnico de Operação do Sistema Elétrico
(32)
Supervisor do Centro de Operação da
Distribuidora
(2)
Gerente Comercial
Analista Comercial
Sênior
Pleno (2)
Junior
Supervisor Comercial
(3)
Supervisor de Atividades Comerciais
(3)
Total de Empregados: 140
Tomando dois tipos de função, como exemplo, o gerente técnico e o supervisor,
observam-se as relações destes dois profissionais com os empregados das
equipes de campo. O gerente técnico é responsável por comandar todas as
funções abaixo de sua hierarquia, entre eles, engenheiros ou analista comerciais,
os supervisores e técnicos, além das equipes de campo. Já o supervisor,
comanda apenas as equipes de campo na função de supervisão e orientação das
equipes, com freqüência diária.
Na Tabela 03 a seguir estão agrupados os empregados pelo nível hierárquico e
tipos de atividades dentro das gerências regionais típicas reconhecidas pelo
modelo da ER seguida de uma breve descrição das funções.
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Tabela 03 – Nível hierárquico e tipos de atividades
Regional Gestão AdmGerência Técnica
Análise e Planejamento
Supervisão/Segurança
Corpo Técnico
COD TOTAL
Tipo 1 17 4 28 21 38 32 140Tipo 2 14 3 18 12 23 32 102Tipo 3 11 3 12 9 16 16 67Tipo 4 8 6 6 12 12 44Tipo 5 7 5 5 8 8 33Tipo 6 4 4 3 5 4 20
Número de Empregados por nível de Gestão
Gestão Administrativa: composta pelo gerente da regional, auxiliares
administrativos, assistentes administrativos e eletricistas. Estes profissionais
cuidam da gestão e logística da própria gerência regional e do pessoal de campo
ligado a regional.
Gerência Técnica: composta pelos gerentes específicos de cada processo como
o gerente de manutenção, gerente comercial, gerente de operação. São
responsáveis por comandar além do pessoal de campo, as equipes de
engenheiros, analistas, supervisores e técnicos das regionais. Coordenam as
programações, as análises e os registros das atividades e problemas técnicos
específicos do sistema elétrico regional.
Análise e Planejamento: composta pelos engenheiros e analistas comerciais.
Tem como responsabilidade o planejamento, análises, definição de métodos,
formas de instruções de trabalho, e tratamento de não conformidades nos
processos de campo. O trabalho destes profissionais é proporcional ao volume de
tarefas, composição de equipes de campo desempenhadas nesta regional.
Supervisão e Segurança (técnicos): composta de pessoal da gerência que atua
diretamente com o pessoal de campo, acompanhando e orientando as atividades.
Desempenham tarefas de freqüência diária e o raio de atuação da gerência
impacta diretamente na produtividade, na capacidade e alcance de supervisão. No
caso dos técnicos de segurança, sua freqüência de atividades segue normas
definidas, dentre elas a NR10, conforme atribuições programadas pelo sistema de
gestão de segurança.
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Corpo Técnico: pessoas responsáveis pela programação e acompanhamento
das atividades de campo. Assim, como o supervisor a freqüência de suas
atividades também é diária. Participam da orientação das equipes de campo nos
métodos e instruções de trabalho, necessárias nas intervenções do sistema
elétrico da regional.
COD: pessoas responsáveis pela supervisão operativa do sistema elétrico
regional, coordenando a programação e intervenções no sistema, realizando os
despachos de serviços através do centro de operação da distribuição. Realiza a
supervisão direta das subestações, através de sistemas supervisórios, operando e
comandando equipamentos, e participando das liberações de serviços através do
contato com as equipes de campo.
Com isso, a quantidade ótima de pessoal da regional deve ser dimensionada
considerando não apenas a proporção direta entre quantidade de equipe de
campo e total de empregados na regional, mas a relação individual entre equipe
de campo e equipe de pessoas da regional que desempenha cada tipo de tarefa.
2.3 Análise da Proposta da Aneel
Para atender a toda a área de concessão da CEMIG D e às necessidades de
apoio, planejamento, programação e supervisão das equipes de campo, o modelo
da ER dimensionou 7 sedes regionais do Tipo 1 com uma força de trabalho total
de 980 empregados.
Aplicando as 7 gerências regionais na área de concessão da CEMIG D de forma
simplificada, ou seja, sem considerar a localização e a dispersão real dos ativos e
consumidores, chega-se ao seguinte resultado expresso na Tabela 04:
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Tabela 04 – Parâmetros das 7 Regionais
Parâmetros Dados
Área Total Concessão (km2) 567.143
Total Empregados Serviços de Campo - ER 8.478
N° de Regionais 7
Área Total Concessão (km2) por regional 81.020
Raio médio a ser percorrido (km) 161
Velocidade média (km/h) 50
Tempo médio de deslocamento - TMD (min) 193
Tempo médio de deslocamento - TMD (h) 3
% da jornada de trabalho gasto com deslocamento 43%
Empregados de Serv. Campo por regional 1.211
Supervisores e Tec. Segurança - Regional Tipo 1 21
Supervisores e Tec. Segurança/ Empreg. Serv. Campo 58
Empresa de Referência ANEEL
Dividindo a área total de concessão de 567.143 km2 em sete regionais iguais,
encontramos uma área de atuação de cada regional correspondente a 81.020
km2. O raio a ser percorrido nesta área, sem considerar os deslocamentos entre
tarefas, será de 161 km. Considerando uma velocidade média de 50 km/h, o
tempo de deslocamento para o raio de 161km é de 193 minutos (3,22 h). Este
tempo corresponde a 43% do total das 7,5h de trabalho diárias. Se for levado em
conta o deslocamento de ida e volta da equipe de supervisão, o deslocamento
seria de 6,44h, ou seja, 86% de toda a jornada de um dia de trabalho.
Para as atividades de freqüência diária, este tempo de deslocamento é
demasiadamente longo, não gerando uma capacidade de supervisão e
programação suficientes para garantir a qualidade, eficiência e segurança das
atividades.
Foi atribuída para cada área 01 gerência do Tipo 1, com 21 supervisores /técnicos
de segurança. Isso representa 58 empregados de campo por supervisor /técnico
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de segurança. Além de esta relação ser elevada, as distâncias a serem
percorridas por estes profissionais dificultariam o intercâmbio entre supervisão e
equipes, uma vez que 86% de sua jornada de trabalho seria consumida com
tempo de deslocamento.
2.4 Análise e Redimensionamento das Gerências Regio nais
Buscando uma referência para definição da quantidade e localização das
gerências regionais adequadas para a área de concessão da CEMIG D, cita -se o
estudo recente do IBGE, sobre as influências regionais, intitulado “Regiões de
Influência de Cidades (2007)”.
O estudo investiga a rede urbana brasileira, sendo dirigido para utilização no
planejamento da localização de investimentos e implantação de serviços públicos
e privados em bases territoriais.
Os fatores utilizados na definição das centralidades (Potencial de Polarização)
são:
• Áreas de concentração de população;
• Subordinação Administrativa Setor Público Federal;
• Sedes e Filiais de Empresas;
• Oferta de Equipamento e Serviços.
A hierarquia que o IBGE faz dos Centros Urbanos leva em conta:
• A classificação dos Centros de Gestão do Território;
• A intensidade de relacionamentos;
• A dimensão da região de influência de cada centro;
• As diferenciações regionais.
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De acordo com o IBGE, foram considerados oito níveis de territórios de influência,
sendo que, na área de concessão da CEMIG D, foram identificadas, conforme a
Tabela 05, as seguintes localidades:
Tabela 05 – Localidades na Área de Concessão CEMIG
MetrópoleCapital
Regional A
Capital
Regional B
Capital
Regional C
Centro Sub
Regional A
Centro Sub
Regional B
Centro de
Zona B
Centro de
Zona A
Belo
HorizonteUberlândia Pouso Alegre Alfenas Itajubá Campo Belo Abaeté
Montes
ClarosUberaba
Patos de
MinasItuiutaba Capelinha Abre Campo
Juiz de fora Divinópolis BarbacenaConselheiro
Lafaiete
S.Sebastião
do ParaísoAimorés
Governador
ValadaresLavras SJoão del Rei
Pará de
MinasBambuí
Ipatinga Passos Caratinga Araçuaí Coluna
Teófilo Otoni Ponte Nova São Lourenço AlmenaraCongonhas
do Campo
Varginha Janaúba AraxáDores do
Indaía
Viçosa FrutalEntre Rio de
Minas
Patrocínio Oliveira
Paracatu
Peçanha
Pitangui
Santa
Bárbara
Santa Maria
do Suaçui
Sjoão
Evangelista
Turmalina
Considerando os 11 centros classificados pelo IBGE como Metrópole e Capital
Regional do tipo B e C como localidades para uma gerência regional, foram
agrupados os 774 municípios da área de concessão da CEMIG baseados nos
critérios de características físicas semelhantes, quantitativo e dispersão de
unidades consumidoras e de ativos e áreas contíguas e encontramos os seguintes
resultados descritos na Tabela 06 a seguir.
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Tabela 06 – Regionais e Dados Físicos
Consumidores Municípios km2 Km MT/BT Raio da área TMD (h ) TMD/jornada
1.886.174,00 69,00 53.387,40 48.423,30 130,39 2,61 35%
628.165,00 52,00 106.276,50 61.361,20 183,97 3,68 49%
465.699,00 49,00 55.392,55 43.540,50 132,82 2,66 35%
457.628,00 85,00 122.156,84 46.092,90 197,24 3,94 53%
224.483,00 50,00 21.909,86 19.100,10 83,53 1,67 22%
520.687,00 90,00 34.088,76 34.157,80 104,19 2,08 28%
319.387,00 73,00 67.132,85 40.341,40 146,22 2,92 39%
727.679,00 110,00 34.016,80 41.501,40 104,08 2,08 28%
414.842,00 72,00 19.837,44 28.066,90 79,48 1,59 21%
345.731,00 60,00 22.768,25 25.625,40 85,15 1,70 23%
399.193,00 54,00 30.176,12 30.347,10 98,03 1,96 26%
Parâmetros
Capital Regional C - Uberaba
Capital Regional B - Montes Claros
Capital Regional C - Governador Valadares
Capital Regional C - Ipatinga
Capital Regional C - Teófilo Otoni
Capital Regional B - Juiz de Fora
Capital Regional C - Pouso Alegre
Capital Regional C - Varginha
Capital Regional C - Divinópolis
Regionais
Metrópole - Belo Horizonte
Capital Regional B - Uberlândia
Dados Físicos
A maioria das regionais ficou responsável por uma área de abrangência muito
grande, com um raio superior aos 80 km definidos como um raio de gestão ideal.
No entanto, deve-se levar em consideração que um raio de gestão de 80 km para
o caso da CEMIG D, com uma área de 567.143 km2, implicaria num elevado de
número de regionais dentro de sua área de concessão. Seriam necessários de 30
a 45 divisões/gerências regionais.
Para minimizar o total de gerências regionais necessárias para a área de
concessão e buscando um tamanho administrável de regional, dada a realidade
desta área, foram subdividos os territórios (5 dos 11) da Tabela 06 que
apresentaram os raios acima de 140 km e tempo médio de deslocamento (TMD)
acima de 2,50h. Para esta subdivisão além da variável distância do raio de
atuação, também foi considerado:
• Critérios de características físicas semelhantes;
• Quantitativo e dispersão de unidades consumidoras e de ativos;
• Áreas contíguas.
A nova subdivisão identifica os conjuntos de regionais da Tabela 07 a seguir.
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Tabela 07 – Novo Conjunto de Regionais
Consumidores km2 Km MT/BT Municípios Raio da área TMD (h ) TMD/jornada
Belo Horizonte 1.338.926 3.398,17 16.051,50 10 32,90 0,66 9%
Betim e Sete Lagoas 409.971 10.268,46 16.880,70 32 57,19 1,14 15%
Uberlândia 351.353 32.498,59 23.609,20 18 101,73 2,03 27%
Uberaba 251.918 35.301,31 24.640,20 27 106,03 2,12 28%
Patos de Minas 196.821 35.956,84 25.351,30 27 107,01 2,14 29%
Montes Claros 197.300 46.009,65 16.921,20 26 121,05 2,42 3 2%
Januária 116.187 42.093,34 13.869,80 28 115,78 2,32 31%
Janaúba e Salinas 144.141 34.053,85 15.301,90 31 104,14 2 ,08 28%
Curvelo e Pirapora 137.277 39.720,77 15.491,10 27 112,47 2,25 30%
Paracatu 79.991 37.821,07 12.400,70 7 109,75 2,19 29%
Governador Valadares 224.483 21.909,86 19.100,10 50 83,5 3 1,67 22%
Teófilo Otoni 149.096 26.446,25 18.192,60 31 91,77 1,84 24 %
Ipatinga 520.687 34.088,76 34.157,80 90 104,19 2,08 28%
Almenara 170.291 40.686,60 22.148,80 42 113,83 2,28 30%
Juiz de Fora 727.679 34.016,80 41.501,40 110 104,08 2,08 2 8%
Pouso Alegre 414.842 19.837,44 28.066,90 72 79,48 1,59 21%
Varginha 345.731 22.768,25 25.625,40 60 85,15 1,70 23%
Divinópolis 289.947 16.583,58 20.104,30 35 72,67 1,45 19%
Passos 323.027 33.683,78 29.143,10 51 103,57 2,07 28%
Total 6.389.668 567.143,36 418.558,00 774
RegionaisDados Físicos Parâmetros
Como exemplo desta subdivisão, a área total da regional BH foi divida em 3 áreas
menores: Belo Horizonte, Betim/Sete Lagoas e Curvelo/Pirapora. Entre estas três
regionais, BH e Betim/Sete Lagoas ficaram com o raio de gestão menor e bem
inferior à referência de 80 km. Isto se explica uma vez que o grande volume de
consumidores e ativos leva a uma concentração de equipes de campo nesta área,
e conseqüentemente a uma necessidade de apoio regional maior em um raio
menor.
Por outro lado, em função da grande extensão e da dispersão de consumidores e
ativos de algumas áreas, vários agrupamentos ficaram com um raio de gestão
maior em relação à proposta de 80 km.
Após a definição do quantitativo de regionais necessário a uma atuação coerente
aos padrões de qualidade e eficiência exigidos, é necessário definir parâmetros
para qual tipo de gerência regional é o mais adequado para cada regional levando
em conta suas especificidades.
18/70
Para definir os tipos, ou seja, o tamanho de cada uma das 19 regionais
considerou-se a relação ótima entre empregados de campo e empregados das
regionais.
A Tabela 08 a seguir mostra os dados físicos (km2, número de consumidores, km
de MT/BT) e o quantitativo da força de trabalho definida pelo modelo da ER
alocada em cada regional.
Tabela 08 – Dados Físicos e Força de Trabalho das Regionais
Consumidores km2 Km MT/BT Raio da áreaBelo Horizonte 1.338.926 3.398,17 16.051,50 32,90 717
Betim e Sete Lagoas 409.971 10.268,46 16.880,70 57,19 346Uberlândia 351.353 32.498,59 23.609,20 101,73 477
Uberaba 251.918 35.301,31 24.640,20 106,03 454Patos de Minas 196.821 35.956,84 25.351,30 107,01 437Montes Claros 197.300 46.009,65 16.921,20 121,05 431
Januária 116.187 42.093,34 13.869,80 115,78 355Janaúba e Salinas 144.141 34.053,85 15.301,90 104,14 337Curvelo e Pirapora 137.277 39.720,77 15.491,10 112,47 363
Paracatu 79.991 37.821,07 12.400,70 109,75 308Governador Valadares 224.483 21.909,86 19.100,10 83,53 337
Teófilo Otoni 149.096 26.446,25 18.192,60 91,77 321Ipatinga 520.687 34.088,76 34.157,80 104,19 631
Almenara 170.291 40.686,60 22.148,80 113,83 428Juiz de Fora 727.679 34.016,80 41.501,40 104,08 772
Pouso Alegre 414.842 19.837,44 28.066,90 79,48 472Varginha 345.731 22.768,25 25.625,40 85,15 439
Divinópolis 289.947 16.583,58 20.104,30 72,67 347Passos 323.027 33.683,78 29.143,10 103,57 507
Total 6.389.668 567.143,36 418.558,00 1.806,35 8.479
RegionaisTotal
FTCampoDados Físicos
FTCampo = força de trabalho do campo
Embora o modelo não defina a localização de cada equipe de campo na área
geográfica da concessão, utilizamos a premissa que as equipes de campo estão
distribuídas de forma proporcional ao número de consumidores, quilômetros de
rede MT/BT e área geográfica conforme fórmula a seguir:
Onde:
EC (a)= total de trabalhadores de equipes de campo na regional (a);
19/70
Cons(a) – número de consumidores na regional (a);
kmrede(a) = quantidade de km de rede MTBT na regional (a);
km2(a) = quilômetro quadrado na regional (a).
C= relação do total de trabalhadores da ER por número de consumidores da ER;
QR= relação do total de trabalhadores da ER por total de km rede MT/BT da ER;
MQ= relação do total de trabalhadores da ER por total de km2 da área de
concessão da CEMIG D.
Para alocar o total da força de trabalho de campo da ER por consumidores, km de
MT/BT e km2, foram aplicadas as fórmulas a seguir.
C= EC/CONS;
QR= EC/KMREDE;
MQ= EC/KM2.
Onde:
EC= total trabalhadores das equipes de campo da ER para CEMIGD;
CONS = total de consumidores na área de concessão;
KMREDE = total de Km de rede MT/BT;
KM2= total de quilômetros quadrados da área de concessão.
Aplicando as fórmulas acima para regional Belo Horizonte, têm-se os seguintes
resultados na Tabela 09:
Tabela 09 – Dados e Parâmetros aplicados para Belo Horizonte
Total KM BT/MT 418.558Qtde Consumidores 6.389.668Área Total Concessão (KM2):
567.143Total Empregados Serviços de Campo -
8.478
C= EC/CONS 0,00133
MQ= EC/KM2 0,01495QR= EC/KMREDE 0,02026
Parâmetros
Dados Fisicos
20/70
Regional Consumidores km2 Km MT/BTBelo Horizonte 1.338.926 3.398,17 16.051,50
Multiplicando os parâmetros encontrados pelos dados físicos da regional Belo
Horizonte temos o quantitativo de força de trabalho a seguir:
EC(BH)=
EC(BH) = 717,48
Após ser identificado o total de equipe de campo para cada regional, foi atribuído
um tipo de regional, baseado no quantitativo destas equipes, conforme Tabela 10.
21/70
Tabela 10 – Regionais e Tipos
Belo Horizonte 717 34 0,66 9% Tipo 1Ipatinga 631 30 2,08 28% Tipo 1
Juiz de Fora 772 37 2,08 28% Tipo 1
Uberlândia 477 40 2,03 27% Tipo 2Uberaba 454 38 2,12 28% Tipo 2
Patos de Minas 437 36 2,14 29% Tipo 2Montes Claros 431 36 2,42 32% Tipo 2
Almenara 428 36 2,28 30% Tipo 2Pouso Alegre 472 39 1,59 21% Tipo 2
Varginha 439 37 1,70 23% Tipo 2Passos 507 42 2,07 28% Tipo 2
Betim e Sete Lagoas 346 38 1,14 15% Tipo 3Januária 355 39 2,32 31% Tipo 3
Janaúba e Salinas 337 37 2,08 28% Tipo 3Curvelo e Pirapora 363 40 2,25 30% Tipo 3
Paracatu 308 34 2,19 29% Tipo 3Governador Valadares 337 37 1,67 22% Tipo 3
Teófilo Otoni 321 36 1,84 24% Tipo 3Divinópolis 347 39 1,45 19% Tipo 3
Total 8.479
Regionais Total FTCampoTipo de
Gerência
Relação Supervisão/Segurança
por FTCampoTMD/jornadaTMD (h)
Para equipes de campo com mais de 600 empregados foi atribuído uma regional
do Tipo 1. Sendo assim, foi considerado necessário uma regional do Tipo 1 para
as regionais de Belo Horizonte, Ipatinga e Juiz de Fora .
A concentração de consumidores e ativos justifica o tamanho das regionais.
Ademais, tanto para as regionais de Ipatinga como Juiz de Fora, considerou-se
um tamanho de raio de gestão em torno de 100 km, aglutinando uma área
geográfica bastante extensa, o que também corrobora para que o Tipo 1 de
regional seja o adequado para esta área. Para estas regionais, a relação do total
de empregados de campo por supervisor /técnico de segurança ficou em torno de
30 a 37 empregados.
Para equipes com empregados de campo entre 500 a 400 foi atribuído uma
regional do Tipo 2. Sendo assim, foi considerado necessário uma regional do Tipo
22/70
2 para as regionais: Uberlândia, Uberaba, Patos de Minas, Montes Claros,
Almenara, Pouso Alegre, Varginha e Passos.
Para estas regionais, o total de empregados de campo por supervisor ficou em
torno de 36 a 42 empregados de campo por supervisor/técnico de segurança. Já o
tempo médio de deslocamento alcançou patamares de cerca de 1,60 a 2,40 h
conforme Tabela 10. Este tipo de regional é adequado para estas áreas por que
as áreas com o tempo de deslocamento menor têm que supervisionar mais
equipes de campo que as áreas com tempo de deslocamento maior, que por sua
vez supervisionam uma quantidade menor equipes, mas demoram mais para
chegar a estas equipes.
Para regionais com equipes de empregados de campo em torno de 300 até no
máximo 400, foi atribuído uma regional do tipo 3. Sendo assim, consideramos
necessário uma regional do tipo 3 para as áreas de: Betim e Sete Lagoas;
Januária; Janaúba e Salinas; Curvelo e Pirapora, Pa racatu, Governador
Valadares, Teófilo Otoni e Divinópolis.
Para estas regionais de menor porte, o total de empregados de campo por
supervisor ficou em torno de 34 a 40 empregados, no entanto estas regionais
ocupam áreas menos adensadas em relação aos km de redes e número de
consumidores e o tempo médio de deslocamento alcançou patamares de cerca de
1,14 a 2,25 h conforme Tabela 10.
Uma menor quantidade de equipes de campo justifica uma gerência regional
menor, mas não menor que a do Tipo três uma vez que os tempos de
deslocamento são grandes e os raios também (de 56 a 116 km) e fazem com uma
mesma equipe de supervisor/técnico de segurança tenha que se deslocar uma
grande distância entre as equipes que supervisiona.
Tal relação exposta de grupo de empregados por supervisor, segundo consulta
realizada pela CEMIG à HayGroup, sinaliza uma média adequada e percebida
como prática de mercado de 20 a 30 profissionais.
23/70
Posto isto, a CEMIG solicita a reconfiguração da estrutura regional proposta pelo
modelo da ER, conforme atesta a Tabela 11 adiante, o que representa o
acréscimo de R$76.545.649,36, a preço de Abril de 2008, sendo R$65.975.383,91
no custo de Pessoal e R$10.570.265,46 no custo de materiais e serviços.
Tabela 11 – Gerências Regionais conforme CEMIG X ANEEL
2.5 Acomodação de Equipe de campo
Dentro dos custos com a Estrutura Regional, o modelo da ER reconhece o custo
de R$1.415.880,00, a preço de agosto de 2007, a título de acomodação das
equipes de campo. Sobre o assunto, a CEMIG D tece dois comentários:
• O aluguel reconhecido para a acomodação das equipes está referido a
custos de metro quadrado de depósito. A CEMIG D considera que a
estrutura necessária para a acomodação das equipes que retornam às suas
bases deve ser compatível com a estrutura de uma regional. Uma vez que
existe a necessidade de acomodações voltadas para vestiários com
armários individuais para guarda de uniformes e Equipamentos de proteção
24/70
individual (EPI´s), instalações sanitárias (lavatórios, vasos sanitários e
chuveiros), refeitório e área de vivência; e
• Não foram considerados os serviços associados à acomodação, tais como:
limpeza, energia e água, além do mobiliário.
Diante do exposto, a CEMIG D solicita a correção dos parâmetros de acomodação
das equipes de campo, o que representa o acréscimo de R$5.278.726,37, a preço
de abril de 2008, nos custos de materiais e serviços.
25/70
3. SISTEMAS
3.1 Telecomunicação
A análise da proposta ANEEL no tocante aos Sistemas de Telecomunicações
permitiu a observação de duas inconsistências na definição das despesas
associadas a este item.
A Nota Técnica nº 343/2008-SRE/ANEEL concebe que o Modelo de ER não
contemplará a anuidade dos investimentos dos Sistemas de Telecomunicações da
Operação, uma vez que tal montante está contemplado no ativo imobilizado em
serviços. Entretanto, nos mesmos parágrafos, a ANEEL afirma que os custos de
operação e manutenção, tanto dos Sistemas de Operação, quanto dos Sistemas
de Dados, serão considerados.
A primeira inconsistência observada está relacionada ao cálculo da manutenção
dos Sistemas de Telecomunicações da Operação.
Para todos os sistemas é adotado um percentual de manutenção igual a 15% do
valor de seu investimento. A adoção deste percentual de manutenção é explicitada
no parágrafo 199, da referida Nota Técnica. Isto equivale a uma relação de 1,1693
entre os recursos de capital, expressos nas anuidades de remuneração e quota de
reintegração, e os recursos de operação. Tal relação é fixa e pode ser observada
para todos os sistemas presentes no modelo. Entretanto, para o cálculo de
manutenção Sistemas de Telecomunicações da Operação, foi utilizada uma
relação de 2,1693, o que gera um sub dimensionamento destas despesas. O uso
desta relação equivale à adoção de um percentual de 8,1% para a manutenção
em relação ao investimento total do sistema, o que está incoerente com o próprio
critério adotado pela ANEEL.
A segunda inconsistência diz respeito à desconsideração dos custos de
manutenção dos Sistemas de Comunicação de Dados. Conforme discutido, a
ANEEL em sua Nota Técnica afirma no parágrafo 207 que serão consideradas as
despesas com manutenção para os dois sistemas de comunicações, conforme
transcrito abaixo:
26/70
“207. Desta forma, o Modelo de Empresa de Referência não contemplará os
investimentos em Sistemas de Telecomunicações de Operação, mas somente os relativos
aos Sistemas de Telecomunicações de Dados. Entretanto serão considerados os custos de
operação e manutenção de ambos os sistemas.”
No Modelo de ER, observa-se na planilha <Gastos Sistemas Computacionais>,
nas células B64 e H64, que apesar de se informar que estão calculadas as
despesas com “Investimento e Manutenção” dos Sistemas de Comunicação de
Dados, o resultado apresentado somente contempla os recursos de capital,
deixando de fora sua manutenção anual, o que contraria o exposto nos parágrafos
199 e 207, ou de outra forma, dando a entender que tal custeio já contemplaria os
custos de manutenção o que é, a princípio, bastante discutível na medida em que
os custos de capital não devem se misturar aos recursos de operação. Neste
aspecto, a CEMIG D entende que os recursos reconhecidos no Modelo são
exclusivos de capital, ficando ausentes os recursos de operação.
Desta maneira, a CEMIG D solicita a revisão do cálculo da manutenção destes
sistemas de TELECOM, corrigindo o critério adotado para as despesas com
manutenção dos Sistemas de Telecomunicações da Operação e efetivamente
calculando as despesas de manutenção dos Sistemas de Comunicação de Dados,
que não estão contemplados no Modelo da ER.
A correção do cálculo da manutenção dos Sistemas de Telecomunicações da
Operação representa um incremento de custos de R$2.978.037,69 e a adoção da
manutenção dos Sistemas de Comunicação de Dados representa por sua vez um
impacto de R$2.221.425,10. Deste modo, tais alterações representam um impacto
de R$5.199.462,78, a preço de abril de 2008, nos custo s de materiais e
serviços.
É importante registrar que a correção das duas inconsistências na definição das
despesas associadas ao Sistema Telecomunicação não atende plenamente aos
gastos da área de concessão da CEMIG D. A necessidade complementação será
tratada no item de “Custos Adicionais” desta contribuição.
27/70
3.2 Informática de porte
Segundo o modelo da ER, para os grandes sistemas corporativos as taxas de
manutenção incluem pacotes com atualizações de softwares e renovação de
licenças. Adicionalmente a estrutura central prevê gerência de manutenção e
suporte de TI. Dentro desta abrangência, a determinação do custo da manutenção
dos sistemas de porte tem como base a aplicação de taxa de 15% sobre o valor
do investimento.
Ademais e, ainda segundo o modelo da ER, dada que é prevista na taxa de
manutenção as atualizações necessárias de softwares dos sistemas de porte, a
vida útil econômica dos bens é de 10 anos.
Sobre tais premissas, a CEMIG D gostaria de registrar que a combinação da taxa
de manutenção de 15% e vida útil de 10 anos não é coerente, em função do
aspecto relacionado com a atualização tecnológica dos softwares. Neste sentido,
ou, se adota uma vida útil de 10 anos, na medida em que pelo menos uma
atualização tecnológica deverá ser feita neste período, porém, torna-se necessário
aumentar a taxa de manutenção de 15% para comportar tal custo. Ou se adota
uma taxa de manutenção de 15% e reduz a vida útil de 10 anos, na suposição que
com esta taxa de manutenção não haverá qualquer atualização tecnológica neste
período.
Tal assunto vem sendo exaustivamente debatido pela demais concessionárias
dentro do processo de revisão. No caso da CEMIG, estudos internos, suportados
por consulta à empresas especializadas em Tecnologia da Informação, tem
demonstrado que a utilização da vida útil econômica dos recursos de informática
de 10 anos pressupõe pelo menos duas atualizações tecnológicas neste período,
o que necessita de um aumento da taxa de manutenção de 15% para algo na
faixa de 18% a 22% sobre o valor do investimento.A CEMIG D realiza atualizações
tecnológicas em períodos não superiores há cinco anos, impulsionada pelo
dinamismo da evolução tecnológica e por pressões geradas pelo negócio para
utilização dessas tecnologias, novos ambientes e sistemas operacionais.
28/70
Para um sistema ter uma vida útil prolongada de 10 anos, haveria necessidade de
elevação significativa da taxa de manutenção no sentido da implementação de
novas versões, não restritas apenas pelas necessidades de novos relatórios e
ajustes de procedimentos, mas também para inovação de recursos e para atender
a novos processos, o que não está compatível com a taxa média de 15% proposta
pela ANEEL.
A citação abaixo descreve a posição do mercado com relação ao prazo de
substituição dos ativos de TI pelas organizações:
“De acordo com o inquérito Global Server Survey de 2005, da Yankee Group Research
Inc., com sede em Boston, 58% das organizações em todo o mundo retêm os seus
servidores de arquivos e de impressão, em média, quatro a seis anos.”
Considerar que este é demasiado tempo ou o tempo adequado depende de várias
circunstâncias, embora a maior parte dos peritos concorde que aguardar mais de
cinco anos aumenta o risco de problemas de desempenho.
Existem poucas regras para determinar quando as empresas devem substituir os
seus servidores. Entretanto, uma parcela significativa de especialistas acredita
que realizar tal substituição num período superior a cinco anos não é uma
estratégia recomendável. A percentagem de servidores que são afetados por
alguma forma de falha de componentes salta de 10% no quarto ano para 50% no
quinto ano, de acordo a GARTNER Inc., empresa de referência no segmento da
Tecnologia de Informação. Além disso, os contratos de serviço muitas vezes
expiram ao chegar aos cinco anos e os preços das peças de substituição
começam também a aumentar nessa altura. Ao chegar ao sexto ano, continua a
GARTNER, é provável que os custos crescentes de suporte venham a gastar
quaisquer fundos que tenha poupado ao não comprar material novo.
Diante do exposto, a CEMIG D entende que deve ser considerado para uma vida
útil dos grandes sistemas de 10 anos, como previsto no modelo da ER, a taxa de
manutenção média de 20%, o que representa o acréscimo de R$9.026.088,34, a
preço de abril de 2008, nos custos de materiais e serviços.
29/70
4. PROCESSOS COMERCIAIS
4.1 Perdas não técnicas
Os parâmetros utilizados preliminarmente pela ANEEL no modelo da ER para
definir os recursos para o combate das perdas não técnica no campo, através das
ações de inspeções e regularizações, resultaram no montante de
R$23.693.431,50, a valor de agosto de 2007, conforme Tabela 12 a seguir.
Tabela 12 – Custos de Combate às Perdas
O valor concedido não reflete a necessidade da área de concessão da CEMIG,
tornando insuficiente à ação da própria ER no combate das perdas não técnica no
mercado de BT. Entende-se que, algumas questões relacionadas aos critérios,
metodologias e cálculos adotados, para consideração das perdas não técnicas no
processo de Revisão Tarifária, precisam ser colocadas para apreciação da
Agência, em prol da obtenção de um cenário mais próximo à realidade e
factibilidade para a operação da concessão.
Da análise realizada pela CEMIG D a questão da Assertividade das Inspeções foi
a mais critica na definição dos recursos para o combate das perdas não técnica no
campo e, neste sentido, deve ser objeto de ajuste, como caracterizado adiante.
4.1.1 Efetividade das inspeções
Com relação ao Índice de Acerto ou Efetividade de inspeções, a CEMIG D
gostaria de ratificar que, de todas as inspeções geradas em que há o
comparecimento à instalação consumidora, existe um impedimento para a sua
execução da ordem de 26,4%, chegando a 37% na Região Metropolitana de Belo
Horizonte.
30/70
A origem desse impedimento, de forma geral, ocorre pela falta de acesso ao
padrão de energia (imóvel trancado, por exemplo), pela recusa do cliente em
permitir a inspeção ou mesmo pela ausência de um usuário responsável para
acompanhá-la. Tais impedimentos ocorrem totalmente à revelia da Distribuidora,
sendo muito difícil minimizar sua ocorrência, principalmente nos grandes centros.
De toda maneira, é necessário considerar recursos para essa questão dos
impedimentos, uma vez que existe a alocação de pessoal e custos de
deslocamento para se comparecer ao imóvel.
Além disso, existem regularizações (inspeções consideradas procedentes) que
não trazem qualquer incremento de energia. Como exemplo cita-se os casos de
medidores que tiveram apenas os lacres violados, sem a caracterização de outra
irregularidade. Neste caso, é necessária a troca do medidor, são feitos todos os
procedimentos de elaboração de TOI e de levantamento de carga, em algumas
situações é acionada a polícia, mas não há energia agregada após a troca do
equipamento.
Caso não houvesse os impedimentos e as trocas de medições que foram apenas
violadas, a efetividade de 25% para a CEMIG D estaria adequada. Entretanto,
conforme exposto, tal Índice exclui um custo que as distribuidoras têm para o
deslocamento para instalações com impedimento e para as regularizações que
não agregam energia ao mercado.
Assim, considerando a metodologia da ANEEL, os índices de impedimento
praticados (cerca de 53.000 em 2008, ou 26,4% do total de visitas para inspeção)
e somente as regularizações que efetivamente trazem recuperação, o número de
visitas para inspeção terá que ser da ordem de 430 mil.
Dessa forma, a CEMIG D solicita a correção o Índice de Acerto ou Efetividade de
Inspeções de 25% para 17,26%, o que representa o acréscimo de
R$7.958.278,47, a preço de abril 2008, sendo R$6.706.425,59 nos custos de
pessoal e R$1.251.852,89 nos custos de materiais e serviços.
31/70
4.2 FATURAMENTO
Os processos comerciais (leitura, envio de fatura e outros documentos) dos
consumidores rurais foram reconhecidos na Empresa de Referência da CEMIG D
como sendo de periodicidade trimestral. Já os custos associados ao processo de
faturamento, cobrança bancária e emissão de conta foram considerados como
tendo periodicidade mensal. Sendo assim, a proposta de funcionamento da ER é
de que o consumidor rural receba as faturas a cada trimestre, para serem pagas
mensalmente, o que é um contra-senso.
O Art.41 da Resolução Normativa 456/2000 prevê que leituras e faturamentos de
unidades consumidores rurais do Grupo “B” poderão ser efetuados em intervalos
de até 3 (três) ciclos consecutivos. No entanto, isso não é uma obrigatoriedade da
concessão. Atualmente, o sistema de faturamento da CEMIG D é parametrizado
para que os processos de impressão, entrega das contas e cobrança bancária
ocorram com periodicidade mensal. Apenas as leituras de medidores em unidades
consumidoras muito distantes de áreas urbanas são feitas trimestralmente.
Analisando a proposta de entrega e leitura trimestral para todos os clientes rurais,
exceto baixa renda, a CEMIG D entende que esta não é uma referência de custo
eficiente de processo. A empresa que aplicar a entrega trimestral irá arcar com
uma série de outros custos operacionais que, ao final, anulam as vantagens que a
entrega trimestral poderia proporcionar.
Primeiramente, há o risco de aumento de faturas extras que deverão ser enviadas
aos consumidores que solicitarem a entrega mensal da fatura. No artigo 41
Resolução 456/2000 é facultado ao consumidor o direito de fazer auto-leitura e
fornecer à concessionária esta informação para recebimento da conta mensal.
Nesta situação, a Distribuidora não possui outra alternativa a não ser entregar
mensalmente a fatura aos clientes.
Parágrafo primeiro do art41, resolução 456/2000.
32/70
“§ 1º Quando for adotado intervalo plurimensal de leitura, o consumidor
poderá fornecer a leitura mensal dos respectivos medidores, respeitadas as
datas fixadas pela concessionária.”
Segundo, a minuta de atualização da Resolução Aneel nº 456/2000, que visa o
aprimoramento das Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica,
dispõe, em seus artigos nº 74 (atual artigo nº 41) e 75, que somente o processo de
leitura de unidades consumidoras do Grupo “B” poderá ser realizado em períodos
plurimensais (no caso, trimestralmente), excluindo-se a palavra “faturamento” e
desvanecendo a possibilidade de interpretações dúbias sobre o assunto. Neste
caso, a entrega trimestral praticada na Empresa de Referência não poderia ser
seguida pela empresa real, por ser contrária a citada resolução.
Outro fator de extrema importância neste processo é a questão tributária. Se a
impressão da conta e respectiva cobrança ocorrem de maneira mensal, conforme
reconhecido na ER, o faturamento obrigatoriamente se dará de forma mensal.
Assim sendo, a Empresa é obrigada a recolher o ICMS devido ao fisco estadual
mensalmente, sendo que somente poderá cobrar este tributo trimestralmente,
havendo um desequilíbrio de receita.
A CEMIG entende que os processos de impressão/emissão/cobrança
bancária/entrega de faturas devem ser mensais, uma vez que esta periodicidade
visa:
a) Melhorar a distribuição do perfil de consumo de energia elétrica, de maneira
uniforme, respeitando especificidades como sazonalidade (característica
comum em unidades consumidoras classificadas como rural), evitando-se o
acúmulo do montante de consumo, visando principalmente reduzir os riscos
de endividamento do mesmo;
b) Possibilitar aos clientes o fornecimento da autoleitura;
c) Minimizar os impactos com a inadimplência;
d) Reduzir reclamações por parte dos clientes quanto à variação de consumo
e refaturamento;
33/70
e) Ampliar a satisfação dos clientes, visto que ao receberem a fatura
mensalmente, além de acompanharem suas despesas com energia
elétrica, obtêm informações atualizadas da concessionária;
f) Evitar a postergação de parte expressiva da receita para as
concessionárias.
Sendo assim, a CEMIG D solicita que todos os clientes rurais tenham entrega de
fatura mensal, o que representa o acréscimo de R$8.874.409,91, a preço de abril
2008, sendo R$8.031.725,38 nos custos de pessoal e R$842.684,52 nos custos
de materiais e serviços.
4.3 TELEATENDIMENTO
Para o custeio do Teleatendimento, o modelo da ER considerou determinados
dados de entrada que não estão aderentes com a realidade da área de concessão
da CEMIG D. Uma análise realizada pela CEMIG D as questões vinculadas a
Relação entre quantidade de Atendentes por PA e o Tempo medo de Atendimento
foram as mais criticas na definição dos recursos para o Teleatendimento e, neste
sentido, deve ser objeto de ajuste, como caracterizado adiante:
4.3.1. Tempo Médio de Atendimento – TMA
O modelo da ER considera um tempo médio de atendimento (TMA) igual a 188
segundos (3 minutos e 08 segundos). No entanto, na Nota Técnica 036/2008-
SRC/ANEEL, de 25/11/2008, a ANEEL cita o tempo de 235 minutos, como uma
referência do TMA por ser o “Melhor tempo médio de atendimento de
distribuidoras de grande porte do Brasil”. Ressalta-se que a referida Nota Técnica
trata da revisão da Resolução ANEEL 057/2004, que estabelece as condições de
atendimento por meio de Central de Teleatendimento (CTA) das concessionárias
ou permissionárias, critérios de classificação de serviços e metas de atendimento.
34/70
Sendo assim, a CEMIG solicita que seja considerado o TMA de 235 segundos,
uma vez que está bem mais próximo aos valores praticados pela CEMIG e
também é validado pelo Regulador na Nota Técnica 036/2008-SRC/ANEEL
036/2008 como uma referência de tempo médio, o que representa um acréscimo
de R$13.245.428,79, a preço de abril 2008, sendo R$7.066.560,91 nos custos de
pessoal e R$6.178.867,88 nos custos de materiais e serviços.
4.3.2. Relação entre quantidade de atendentes por P A
Essa relação depende diretamente da curva característica de chamadas e o valor
conhecido como “full time equivalent” (FTE) especificado para a CEMIG D foi de
1,65 (608 atendentes para 369 PA’s). Porém, esse valor é apropriado para call
centers que funcionam, em média, 12h/dia e apenas um dia aos finais de semana
(ou seja, 12h/dia x 6 dias).
No caso da CEMIG D, ele está bem abaixo do necessário para que o call center
possa funcionar durante 24h ininterruptamente, tendo em vista as curvas
características de chamadas e a necessidade de se manter essa disponibilidade.
Neste regime de trabalho, o valor praticado atualmente é de 2,84, onde se
considera que a jornada de trabalho do atendente é de 380 minutos (6h20min),
sendo sua composição apresentada a seguir:
a. Considerando-se a curva de chamadas e a necessidade de funcionar 24h
por dia, encontra-se um FTE parcial de 2,45;
b. Pausa lanche = 0,13 (20min / 380min = 5,3% � 5,3%*2,45 = 0,13);
c. Pausa descanso = 0,13 (20min);
d. Banheiro = 0,03 (5min/380 = 1,3% � 1,3%*2,45 = 0,03);
e. Absenteísmo = 0,098 (4%*2,45 = 0,098).
Dessa forma, o FTE TOTAL = 2,45 + 0,13 + 0,13 + 0,03 + 0,098 = 2,84. Sobre o
valor encontrado, cumpre observar, que não se considerou a necessidade de 15
min de pausa no caso de horas-extras, quando existe a necessidade de
35/70
prorrogação devido a fatores externos que provoquem um aumento na quantidade
de chamadas concentrado num curto intervalo de tempo. Isso acrescentaria mais
0,038 ao FTE (15/(380+15)).
Sendo assim, a CEMIG D solicita a correção do FTE de 1,65 para 2,84, o que
representa o acréscimo de R$13.945.304,57, a preço de abril 2008, sendo
R$11.719.619,78 nos custos de pessoal e R$2.225.684,78 nos custos de
materiais e serviços.
36/70
5. CUSTOS ADICIONAIS
Conforme Resolução nº 338, de 25 de novembro de 2008 o propósito dos custos
adicionais é o de considerar as particularidades do negócio de distribuição e os
custos operacionais passíveis de reconhecimento tarifário que não se enquadram
nos itens ou parâmetros tratados no modelo da ER. Também outros custos de
operação e manutenção em virtude de requisitos específicos de instalações e
demais custos que não estejam contemplados no modelo da ER devem ser
analisados no momento da revisão tarifária da concessionária. Nesse contexto, os
custos adicionais abordados nessa manifestação estão organizados conforme
considerações apresentadas pela ANEEL na citada Resolução, bem como na
Nota Técnica nº 343/08 SRE/ANEEL, assim agrupados:
• Custos adicionais parametrizados no Modelo ER;
• Custos adicionais em função das especificidades da área de concessão;
• Custos adicionais em função de Obrigações Legais ou de Mutação na
Regulamentação;
• Itens não contemplados na Empresa de Referência.
5.1 Parametrizados no Modelo da ER
5.1.1 Crescimento dos Processos e Atividades de Cam po
Trata-se de ajuste entre a data base de cálculo do modelo de referência
(01/08/2007) e data de entrada em vigor da revisão tarifária (08/04/2008).
No modelo da ER o crescimento da base de clientes neste período, foi de 1,64%.
Tal percentual não corresponde à realidade da CEMIG cujo percentual alcançou
no mesmo período 1,86%, considerando o crescimento médio anual de 2,84%
observado no período de abril de 2007 (6.314.193 clientes ativos) e março de
2008 (6.476.950 clientes ativos).
37/70
Posto isto, a CEMIG solicita que o ajuste de crescimento da base de clientes
ativos seja de 1,86% no período de agosto de 2007 a março de 2008, o que
representa o acréscimo de R$696.945,43, a preço de abril de 2008, sendo
R$428.600,60 nos custos de pessoal e R$268.344,83 nos custos de materiais e
serviços.
5.1.2 Engenharia e Supervisão de Obras
Na proposta apresentada pela ANEEL foi reconhecido valor de R$4 milhões para
o custo adicional com Engenharia e Supervisão de Obras, correspondente a 1%
dos investimentos estimados para o ano-teste de R$400 milhões, a preço de
novembro de 2007, conforme regra de calculo estabelecida na Nota Técnica nº
343/2008, no item III.5 – Tratamento dos Custos Adicionais.
No entanto, o valor estimado de investimentos considerado para o ano-teste foi de
R$630.765.961 conforme planilha de cálculo do fator X apresentada pela ANEEL
quando da proposta da Revisão Tarifária da CEMIG. Portanto, de acordo com a
metodologia proposta pelo regulador, deve ser reconhecido o valor
correspondente a 1% dos investimentos anuais, o que resulta em R$6.307.659,61,
a preço de agosto de 2007.
Do exposto, a CEMIG solicita a correção da taxa de 1% sobre os investimentos no
ano teste, o que representa o acréscimo de R$2.502.035,86, a preço de abril de
2008, nos custos de materiais e serviços.
5.2 Especificidades da área de concessão.
5.2.1 Adicional de veículos de O&M
O dimensionamento proposto na NT 020- SRE/ANEEL/2009 para os processos de
O&M decorre das seguintes variáveis principais:
a) Quantidade de tarefas (dependente dos ativos e da freqüência por ativo)
b) Tempo de execução (por tipo de tarefa)
38/70
c) Tempo de deslocamento de veículos (25 minutos, em terreno urbano e 40
minutos, para área rural)
d) Produção média diária das equipes (7,5 horas diárias)
e) Tempo de utilização dos veículos, em horas (12 horas)
Ao comparar os dados do modelo com os dados reais da concessão da CEMIG,
encontra-se diferenças significativas, seja no número de tarefas, nas freqüências,
nos tempos de execução, bem como nas quantidades de equipes e veículos.
É compreensível que o regulador não deve, via de regra, aceitar comparações de
resultados entre a Empresa de Referência e da Empresa Real, como a melhor
guia para indicar problemas e inconsistências. Mas, quando as diferenças são
muito elevadas, esse indício deve ser ponto de reflexão.
Vamos tratar aqui de uma diferença considerável: o número de veículos da ER
para as tarefas de O&M, de 1.013, é cerca da metade daquele da Empresa real.
Por que isso ocorre?
A modelagem de definição da ER não incorpora uma variável chave na área de
concessão da CEMIG: a geografia. Em decorrência disso, não existe nenhuma
restrição para compartilhar recursos. As tarefas do município A podem ser
somadas com as do município B e um veículo, por exemplo, pode realizar as duas
tarefas, sem nenhum problema de tempo ou de espaço geográfico.
A única variável que trata parcialmente a geografia no modelo é o tempo médio de
deslocamento (TMD) dos veículos. Esse tempo médio é obtido, segundo a NT
343/2008, a partir das informações encaminhadas pelas concessionárias ao longo
de 2006, na forma determinada pela Resolução ANEEL n°. 520/2002. Em
essência, são tempos médios reais, informados a partir de ocorrências mensais
efetivas.
Entretanto, como se sabe, o TMD depende da quantidade de veículos. Vamos
imaginar uma cidade típica de Minas. A área de concessão da CEMIG é composta
por 774 municípios, numa área de 567,5 mil km2. Em média, cada município
ocupa 733 km2, com um raio de aproximadamente 15,3 km.
39/70
Um veículo deslocando-se em média a 45km/hora, se tiver 30 minutos de TMD e 7
deslocamentos médios por dia, terá um raio de aproximadamente 2 km3. Se
tivéssemos que cobrir simultaneamente a área total do município, teríamos que
disponibilizar 7,6 (15,3 km/2 km) veículos. Mas, se reduzíssemos a quantidade de
veículo para 6,6, um a menos, por qualquer razão, e mantendo as premissas de
velocidade média e número de deslocamento, o TMD aumentaria para 53 minutos.
Esse aumento é o necessário para manter a cobertura da área. Se reduzíssemos
2 veículos, o TMD seria de 1,7 horas. Ou seja, o TMD é muito sensível ao número
de veículos.
Esses exemplos são apenas para ilustrar que o TMD depende do número de
veículos. O TMD não pode desconsiderar a geografia e a aleatoriedade das
ocorrências, nem tão pouco permanecer constante com a quantidade menor de
veículos sem impactar a logística e o próprio tempo de deslocamento.
O modelo, entretanto, faz isso. Na ER o TMD é utilizado sem ajuste algum. Se
aumentar o regime de 8 horas, predominante na CEMIG, para um regime de 12
horas de utilização de cada veículo o TMD deverá ser ajustado em função da
diminuição dos veículos.
A possibilidade do regime de utilização de 12 horas é muito limitada em regiões
dispersas como Minas Gerais. Vamos ilustrar tanto a questão do número de
veículos quanto a questão do regime de 12 horas, introduzindo uma variável
geográfica no modelo: 774 municípios.
Considerando as tarefas propostas pelo próprio modelo (apesar de inferiores às
reais), temos que poderíamos chegar a 6,96 tarefas emergenciais e 5,31 tarefas
não emergenciais, ambas por dia e por município, conforme Tabela 13 abaixo.
3 Um deslocamento de 30 min a 45 km/h corresponde a uma distância percorrida de 22,5 km, 7 deslocamentos correspondem a 157,5 km. O calculo da área percorrida por esta distância é igual a raiz quadrada da distância que é igual a 12,5 km2. O raio desta área é igual a 2 km.
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Tabela 13 – Volume de Tarefas
Emergenciais 1.401.406 5.390,02 774 6,96Outras 1.068.630 4.110,11 774 5,31Total 2.470.036
Tarefas VolumeTarefas pordia (1)
MunicípiosTarefas porMunicípio
Dias úteis: 52 semas x 5 dias
Supondo os tempos do próprio modelo e aplicando as tarefas por município,
teríamos, conforme Tabela 14:
Tabela 14 –Tarefas TMD, TME e TMT
TMD TMEmin. min.
Emergenciais 32,00 45,20 77,20 Outras 20,57 48,83 69,40
Tarefas TMT
Multiplicando as tarefas pelo tempo de execução, temos o total de horas de
tarefas (Tabela 15). Primeiro vamos considerar o tempo de 7,5 horas diárias (limite
de tempo da equipe).
Tabela 15 – Horas de Tarefas e Veículos
Horas de Número TotalTarefas Veículos Veículos
Emergenciais 8,96 1,13 872,35 Outras 6,14 1,00 774,00 Total 2,13 1.646,35
Tarefas
No caso das outras tarefas, aquelas não emergenciais, consideramos que não é
possível compartilhar recursos entre dois ou mais municípios porque a distância
média entre municípios é superior a 30 km (distância linear = 2 vezes o raio médio
de cada município e distância viária maior do que 45km). Nessa situação, um
deslocamento médio (ida e volta) a partir de eventual base equidistante,
significaria cerca de 2 horas de deslocamentos adicionais (45 km + 45km/h).
Com base nas quantidades de tarefas dispersas e nas necessidades de ajustes
elevados nos TMDs, como avaliado anteriormente, consideramos que a hipótese
41/70
de reduzir o número de veículos, baseado em eventual compartilhamento não
pode ser considerado viável.
Da mesma forma, entendemos que não teria sentido supor a necessidade de
pagar horas extras para aumentar a jornada.
Na Empresa de referência, não há restrição geográfica. Assim, todas as tarefas
podem ser compartilhadas e realizadas por veículos com turnos de 12 horas,
conforme Tabela 16.
Tabela 16 – Volume, Horas, Veículos de Tarefas
Horas/ Volume Horas/ Número Veículo porTarefa em horas Veículo Veículos Municipio
Emergenciais 1.401.406,12 1,29 1.803.142,54 3.000,00 601,05 0,78Outras 1.068.629,52 1,16 1.236.048,14 3.000,00 412,02 0,53Total 1.013,06
Tarefas Volume
Por conseqüência, teríamos 0,78 veículo por município no caso de tarefas
emergenciais e 0,53 pelas outras tarefas. Essa configuração somente é possível
de obter se não existir restrição geográfica e houver possibilidade ilimitada de
compartilhamento. No modelo, basta fixar o TMD. No mundo real, ao eliminarmos
veículos, os remanescentes teriam que se deslocar em tempos incompatíveis com
a geografia mineira.
Solicitamos, portanto, rever o número de veículos de O&M, considerando
efetivamente um ajuste no TMD que leve em conta a geografia da área de
concessão da CEMIG.
Do exposto, a CEMIG solicita o incremento de 633 veículos para o perfeito
atendimento da logística e tempo de deslocamento, conforme a distribuição da
Tabela 17, o que representa o acréscimo de R$45.297.265,78, a preço de abril de
2008, nos custos de materiais e serviços.
42/70
Tabela 17 – Quantidade de Veículos
TIPO DE VEICULO QUANTIDADE
VEC1 82
VEC2 251
VEC3 179
VEC4 2
VEC5 5
VEC6 2
VEC7 4
VEC8 2
VEC9 0
VEC10 57
VEC11 0
VEC12 0
VEC13 49
TOTAL 633
5.2.2 Adicional de Telecomunicação
Apesar do pleito de ajuste do custo do sistema de Telecomunicação por
inconsistência de calculo do modelo da ER, o valor de R$11.279.367,93, a preço
de abril de 2008 esta aquém da realidade de custo da CEMIG, pelas
características da sua área de concessão, existem necessidades que implicam em
altos gastos com telecomunicações, adiante relatadas.
Para operação e manutenção do sistema elétrico, as concessionárias de energia
elétrica necessitam de meios de comunicação confiáveis que possam assegurar
comunicação de voz e dados com equipes de campo, para despacho de serviços
e operação e manutenção de subestações e linhas de distribuição além de prover
meios para as funções de teleproteção, telecontrole e automação das instalações
de distribuição (linhas, redes e SE’s).
Atualmente estamos vendo uma crescente demanda de comunicação, por parte
dos processos das empresas, por um nível maior de controle, automação,
aquisição, armazenagem e recuperação de dados e informações. Esta demanda
43/70
pode vir internamente ou externamente. No segundo caso ainda podemos
classificar esta necessidade como sendo um quesito para atender ao mercado, a
legislação, aos órgãos reguladores, entre outros. Os objetivos desta demanda são
melhorar a eficiência dos custos e dos processos e com isto, a qualidade do
produto.
Para uma concessionária de serviço público as exigências legais e dos órgãos
reguladores têm um peso significativo para os processos das empresas. No nosso
caso, uma concessionária distribuidora de energia elétrica, podemos notar este
fato nas metas estabelecidas para os índices da qualidade de energia (DEC, FEC,
DIC, FIC, DMIC, etc.), no padrão de qualidade exigido para o atendimento ao
cliente (CAC, agências de atendimento, representatividade da concessionária em
toda sua área de concessão, etc.), na segurança de pessoal próprio, de terceiros e
do próprio sistema elétrico (teleproteção, telecontrole, controle de fluxo de cargas,
NR-10, etc.).
Buscando viabilizar a infra-estrutura e os serviços de telecomunicações que
atendam todas estas especificidades da concessão de uma empresa que possui
uma área de concessão de 567.478 km², com aproximadamente 6.922.698
consumidores em 774 municípios, a CEMIG Distribuidora faz uso de um leque de
soluções que vai desde a disponibilização do meio de transmissão dos dados,
passando pelos recursos humanos necessários para a manutenção destes meios,
até a contratação de serviços disponíveis no mercado.
5.2.2.1 Adicional de Telecomunicação - Descrição do sistema
O sistema de telecomunicações da CEMIG Distribuição está extensivamente
exposto em fotos atuais no Adendo I deste Anexo, com objetivo de exemplificar e
ilustrar sua abrangência e especificidade, e sua composição está relacionada a
seguir:
a. Rede de transporte e acesso
44/70
A rede de transporte e acesso é composta por sistemas de rádio e óptico de alta
capacidade, complementada por sistemas rádio de baixa capacidade. A rede de
alta capacidade constitui um backbone procurando atingir todas as regiões do
estado e possui meios próprios e de terceiros.
i. Rede própria – sistemas rádio e óptico (cabos OPGW e dielétricos)
Constituída por: 140 estações de rádio, terminais e repetidoras; 56 estações
terminais ópticas; aproximadamente 1.400 km de cabo óptico, OPGW (op tical
ground w ire) e dielétrico; e infra-estrutura associada, torres, edificações, sistemas
de energia, climatização etc.
ii. Terceiros
Contratação de link’s de terceiros complementando a rede própria.
Serviços associados a este sistema:
• Sistema de Controle e Aquisição de Dados - SCADA
• Teleproteção e telecontrole
• Rede corporativa
• Voz (Hot lines, ramais remotos, Sistema Integrado de Telefonia – SIT
etc)
• Sistema Troncalizado (interligação dos repetidores com o sistema
CONDIS, GEMINI, CAC etc)
Custos dos serviços – ano de 2008:
• PMSO de manutenção da rede própria R$ 4.060.976,07
• Aluguéis de link’s de terceiros R$ 6.697.999,63
b. Telefonia
O sistema de telefonia móvel é constituído dos serviços contratados das
operadoras de telefonia celular. A telefonia fixa é constituída por centrais
telefônicas – PABX, concentradores de chamadas e redes telefônicas associadas
45/70
presentes nas instalações da empresa (subestações, escritórios, agências, etc.)
Além disto, destaca-se, no sistema de telefonia fixa, a Central de Atendimento ao
Cliente – CAC.
i. Operativa e de gestão - fixa e móvel
Constituído de 90 centrais PABX, 3.500 ramais, 2.280 linhas diretas (que não
passam por PABX) e 2.845 celulares.
ii. Sistemas de comunicação especiais – CAC
Constituído de equipamentos necessários aos serviços prestados pela CAC. São
eles: central PABX, Unidade de resposta audível - URA, Gravador de voz,
Distribuidor Automático de Chamadas – DAC e posições de atendimento
associadas.
Serviços associados a este sistema:
• Hot Lines
• Manutenção da comunicação de voz em todas as instalações da
CEMIG D
• Comunicação móvel de voz entre as equipes
• Comunicação de voz para atendimento a consumidores - CAC
• Gestão da telefonia
Custos dos serviços – ano de 2008:
• PMSO de manutenção e gestão da telefonia R$ 4.580.207,63
• PMSO de manutenção da CAC R$ 111.109,07
c. Radiocomunicação (voz e dados)
Rádio comunicação de dados e voz constitui o sistema rádio e interface para
comunicação de dados Vtrack, com cobertura de toda a região metropolitana de
Belo Horizonte.. O sistema troncalizado da região metropolitana de Belo Horizonte
é composto por: 7 estações repetidoras, 810 rádios móveis - sistema trunking; 300
46/70
terminais Vtrack, instalados em veículos; 27 rádios fixos instalados em
subestações e 78 rádios portáteis. Em algumas regiões do estado, onde a
comunicação de voz via telefone celular é deficiente, há a utilização de sistemas
VHF com repetidores e rádios móveis e portáteis.
O sistema VHF é composto de 27 repetidores, 56 rádios móveis (veículos) e 78
rádios portáteis.
Serviços associados a este sistema:
� Despacho dos serviços para equipes de campo através de
mensagens para os veículos
� Registro dos índices de desligamentos (DEC, FEC) através de
informações coletadas nos atendimentos feitos pelas equipes
de campo (veículos)
� Comunicação de voz
Custos dos serviços – ano de 2008:
• PMSO de manutenção R$ 1.062.194,19
d. Terminais Satélite (voz e dados)
Nos locais não cobertos pelo sistema de radiocomunicação, utiliza-se sistema via
satélite constituído por terminais instalados em veículos para comunicação de
dados através da rede satélite de terceiros e terminais fixos, tipo VSAT – Very
Small Aperture Terminal, para atender a comunicação de dados das subestações
não atendidas por outro meio de comunicação. O serviço de voz via satélite utiliza
telefones portáteis contratados de operadoras que detêm esta tecnologia.
Serviços associados a este sistema:
• Despacho dos serviços para equipes de campo através de mensagens
para os veículos.
47/70
• Registro dos índices de desligamentos (DEC, FEC) através de
informações coletadas nos atendimentos feitos pelas equipes de campo
(veículos).
• Automação de SE’s não supridas por outros meios de comunicação
(estações satélites fixas).
• Comunicação de voz em locais sem cobertura de outras tecnologias.
Custos dos serviços – ano de 2008:
• Tráfego do sistema móvel R$ 7.098.990,20
• Link’s estações fixas R$ 659.102,64
• Contas dos telefones satélites móveis R$ 180.332,00
• PMSO de manutenção estações móveis R$ 798.704,74
e. OPLAT – Ondas Portadoras em Linhas de Alta Tensã o
Sistema de comunicação ponto-a-ponto que utiliza as linhas de alta tensão como
meio de comunicação para as aplicações de teleproteção, automação e
comunicação de voz de subestações. Este sistema, além da aplicação específica,
complementa a rede de transporte e acesso em locais não atendidos por outros
meios.
O parque de equipamentos deste sistema é constituído de 403 equipamentos
(teleproteção, fonia e dados), 379 bobinas de bloqueio e 317 capacitores de
acoplamento.
Serviços associados a este sistema:
• Teleproteção
• Voz
• Dados (telecontrole e automação)
Custos dos serviços – ano de 2008:
• PMSO de manutenção � R$ 2.239.866,33
48/70
5.2.2.2 Adicional de Telecomunicação – Equipes e Ve ículos
A CEMIG D possui em seu quadro próprio equipes especializadas
estrategicamente posicionadas em 21 localidades do estado. Esta distribuição leva
em conta vários fatores, tais como: área geográfica, concentração de estações,
tempos de restabelecimentos dos diversos sistemas etc.
Estas 21 equipes são compostas por um total de 86 técnicos levando em conta
alguns fatores, tais como: o atendimento de manutenção preventiva e corretiva
para o sistema de telecomunicações da CEMIG D; a dimensão do sistema; a
diversidade dos equipamentos; a área geográfica de abrangência da concessão; a
disponibilidade exigida do sistema de telecomunicações para que atenda ao
sistema elétrico; questões legais (férias, limites de horas-extras, sobreavisos, NR-
10 e outros).
As atividades desempenhadas pelas equipes incluem serviços: em áreas de risco
elétrico, em altura com escalada de estruturas, em laboratórios (bancadas), de
transporte de cargas especiais, em abrigos de alto de morros, em salas de
controle de subestações, em salas de telecomunicações, em escritórios, entre
outros.
Desta forma, para cobrir os 567 mil km2 a empresa conta com a força de trabalho
de 86 técnicos de telecomunicações. Independente da política de remuneração
dos seus empregados, nesta proposta a valoração dos técnicos está sendo feita
pela estritamente conforme os valores anuais reconhecidos na Empresa de
Referência, a preço de abril de 2008, a citar:
• Salário: R$ 39.838,28
• Encargos e periculosidade: R$ 56.310,50
• EPI e EPC: R$ 3.845,95
• Total por empregado (ano): R$ 99.994,73
49/70
Uma vez que os serviços necessários demandam 86 pessoas, a cobertura para
este custo de pessoal, encargos e material (somente EPI e EPC) montam
R$8.599.546,64 (R$/ano).
É importante ressaltar que os valores reais de PMSO contabilizados pela CEMIG
D para tais serviços somaram, no ano civil de 2008, R$12.853.058,03, ou seja,
quando pleiteado valor análogo ao regulatório inferior ao real praticado, tal pleito
está sendo conservador e prudente.
Ainda em consonância com as cobeturas regulatórias, estão elencados abaixo os
veículos necessários à manutenção dos sistemas de telecomunicações, conforme
Tabela 18 a seguir.
Tabela 18 – Quantidade e Valor de Veículos
Tipo Veículo Quantidade Anuidade (unitário) Valor Total
Veículo leve 43 23.187,11R$ 997.045,84R$
Veículo leve tipo pickup 2 31.936,03R$ 63.872,06R$
Veículo médio (7 a 8 ton) 10 64.287,11R$ 642.871,08R$
Reboque 2 23.187,11R$ 46.374,23R$
Total 57 1.750.163,21R$
Os 57 veículos utilizados pelas equipes de telecomunicações foram valorados de
acordo com suas respectivas anuidades, no entanto sem a cobertura para
adaptação e ferramentas dos mesmos, chegando a uma soma de
R$1.750.163,21, já em moeda de abril de 2008.
5.2.2.3 Adicional de Telecomunicação – Recursos Nec essários
Após a exposição das diversas modalidades de serviços de telecomunicações na
CEMIG D, apresenta-se abaixo o resumo dos seus custos:
Link’s de terceiros R$ 6.697.999,63
Tráfego do sistema satélite móvel R$ 7.098.990,20
Link’s estações satélites fixas R$ 659.102,64
Contas dos telefones satélites móveis R$ 180.332,00
50/70
Sub - Total R$ 14.636.424,47 (1)
Equipes de Manutenção
Pessoal de campo (86 técnicos) R$ 8.599.546,64 (2)
Veículos (57 unidades) R$ 1.750.163,21 (3)
Totalização da Cobertura Necessária (1)+(2)+(3) R$ 24.986.134,32
Desta forma, para atendimento com qualidade e eficiência operacional, os
serviços de telecomunicações demandam recursos de, no mínimo,
R$24.986.134,32.
Do exposto, a CEMIG solicita a complementação dos custos vinculados a
telecomunicação móvel, especificamente nas despesas com a comunicação
operacional, o que representa o acréscimo de R$13.706.766,39, a preço de abril
de 2008.
5.3 Obrigações Legais e /ou Mutação da Regulamentaç ão
5.3.1 Teleatendimento – Novo Decreto
Desde 01/12/2008, com a entrada em vigor do Decreto Federal 6.523/2008 e da
Portaria do MJ 2.014/2008, os call centers de empresas reguladas do país tiveram
de se adequar, com fins de atender às normas estabelecidas.
Dentre as novas normas, de acordo com o estabelecido no artigo 1º da Portaria
2.014/2008, se o cliente optar por falar com o atendente, o tempo máximo de
espera em fila será de 60 segundos. Ocorre que isso altera o nível de serviço para
100% em 60 segundos e, para que esse indicador seja cumprido, deve-se ampliar
a quantidade de PA’s em cerca de 23% (vinte e três por cento) demandando mais
244 atendentes.
Dessa forma, a CEMIG solicita que seja aberto um espaço para que esse assunto
seja discutido e que as alterações de custos já sejam levadas em consideração na
ER sendo que a sua implementação representa o acréscimo de R$7.778.122,60, a
51/70
preço de abril de 2008, sendo R$6.540.272,84 nos custos de pessoal e
R$1.237849,76 nos custos de materiais e serviços.
5.4 Itens Não Contemplados
5.4.1 Manutenção SEs (Equip. Proteção, Controle e A utomação)
Um bom desempenho dos equipamentos de proteção, controle e automação de
subestações são primordiais para a segurança das instalações e contribuem
significativamente para os índices de confiabilidade e continuidade do sistema
elétrico de potência, principalmente se atentarmos para as condições de operação
remota que as subestações estão submetidas. A não realização desta atividade e,
por conseguinte, a não incorporação destes custos nos processos, coloca em
risco a integridade física de ativos e pessoas em decorrência da perda de
segurança operacional. Por outro lado, a boa manutenção dos ativos de proteção
e automação assegura a redução de riscos operacionais que refletem diretamente
nos custos da empresa.
Analisando os custos reconhecidos do processo de operação e manutenção de
ativos de subestações, pode-se verificar que a metodologia atual não assegura os
recursos mínimos para manutenção dos ativos e atendimento à sua operação,
sendo desta forma, imprescindível para a CEMIG D, obter o reconhecimento deste
custo adicional ao modelo proposto.
No modelo atual da ANEEL, conforme Nota Técnica nº 343/2008-SRE/ANEEL, a
metodologia de cálculo dos custos operacionais, no tópico específico dos custos
do processo de operação e manutenção, não estão contempladas as atividades
de manutenção destes equipamentos, que no caso da CEMIG D representam um
parque instalado de aproximadamente 10.000 equipamentos com plano de
manutenção regular e equipe específica e especializada, formada exclusivamente
por técnicos de manutenção.
Considerando o custo significativo desta importante atividade, a CEMIG solicita o
reconhecimento de um custo adicional de R$14.053.114,00 para cobertura desta
52/70
despesa, a preços de agosto de 2007.
O valor solicitado foi obtido de forma similar à metodologia da ANEEL e utilizando-
se dos parâmetros constantes na Nota Técnica nº 020/2009-SRE/ANEEL,
referente à consulta pública sobre as alterações nos resultados da segunda
revisão tarifária periódica da CEMIG D, em decorrência da incorporação dos
aprimoramentos metodológicos estabelecidos pela Resolução nº 338, de 25 de
novembro de 2008.
No arquivo digital cemig_custo-adicional-PCA_v1.xls tem –se a planilha Excel
utilizada para a realização dos cálculos. Sobre a planilha a CEMIG tece os
seguintes esclarecimentos:
• Foram criadas novas equipes, devido à inexistência na metodologia original
de equipes de campo formadas por técnicos. Na Tabela 19 a seguir temos
a indicação dos parâmetros retirados da NT 020/2009-SRE/ANEEL, para
cálculo dos custos unitários das novas equipes.
Tabela 19 – Parâmetros para cálculo de equipes
Profissional>>>>> ELETRICISTATécnico de
Distribuição Pleno
EQUIPESCusto Unitário
(R$/Hora) 39,57 52,40Mão de
ObraCusto EPI +
EPCCUSTO EQUIPE
Quantidade 1 1Custo Total (R$/Hora) 39,6 52,4Quantidade 0 2Custo Total (R$/Hora) 0,0 104,8
EQ15 91,98
EQ16 104,81 2,87
94,85
107,68
COMPOSIÇÃO DA EQUIPE
CUSTOS POR HORA
2,87
• Na guia Tarefas O&M da planilha as atividades de manutenção foram
agrupadas por tecnologia dos equipamentos, uma vez que essa divisão
guarda relação com os respectivos planos de manutenção. Na Tabela 20 a
seguir temos um resumo dos valores de custo obtidos para cada
metodologia e tipo de intervenção.
Tabela 20 – Custo obtidos para cada metodologia e tipo de intervenção
53/70
INSTALAÇÕES TecnologiaTipo de
IntervençãoRURAL(R$)
URBANO(R$)
TOTAIS(R$)
Preventiva 145.905 458.312 604.217
Corretiva 266.710 864.563 1.131.273
Preventiva 644.798 2.542.528 3.187.326
Corretiva 257.529 1.003.193 1.260.722
Preventiva 638.631 4.633.865 5.272.496
Corretiva 272.704 2.032.756 2.305.460
Preventiva 75.030 200.474 275.504
Corretiva 4.793 11.323 16.116
TOTAIS (R$): 2.306.100 11.747.014 14.053.114
SUBESTAÇÕES DE ENERGIAEquipamentos de Proteção, Controle e Automação
Digital
Eletrônica
Eletromecânica
Sistema de Energia
Do exposto, a CEMIG solicita a incorporação dos custos associados à
Manutenção dos Equipamentos de Proteção, Controle e Automação em
Subestações, o que representa o acréscimo de R$15.236.820,43 nos custos de
materiais e serviços.
5.4.2 Adicional de clientes cadastrados
Os consumidores ativos incluem, além dos consumidores faturados, os
consumidores que já foram ligados, mas ainda não foram faturados devido a seu
ciclo de leitura, bem como consumidores cortados que não apresentam evolução
de leitura.
No âmbito da AP nº 052/07, houve diversas manifestações no sentido de utilizar o
número de clientes cadastrados, uma vez que esses refletem os reais custos das
concessionárias para as atividades de O&M e Comerciais.
Na última versão da proposta da ER, foi modificado tal critério, passando-se a
utilizar um percentual, para a CEMIG, de 3% sobre os consumidores faturados,
como referencial para contemplar a diferença entre clientes cadastrados e
faturados. No entanto, tal critério apenas foi aplicado para as tarefas de O&M.
Com a utilização deste critério limitado aos processos de O&M, estão sendo
desprezados os custos de processos comerciais de clientes cadastrados, que
estão ligados à rede elétrica, possuem ramal e medidor, embora não estejam
54/70
sendo faturados, demandando pelo menos as tarefas comerciais expressas no
modelo da ER (corte, vistoria, religação, regularização, atendimento nas agências
e outros).
Adicionalmente cabe mencionar o fato que tais clientes ainda se utilizam os
serviços de Teleatendimento e são considerados na base de custeio de marketing
regulatório.
Diante do exposto, a CEMIG solicita a utilização do incremento de 3% também
nas tarefas comerciais, teleatendimento e marketing regulatório para efeito de
cálculo dos custos na ER, o que representa o acréscimo de R$5.804.390,25, a
preço de abril de 2008, sendo R$4.467.294,17 nos custos de pessoal e
R$1.337.096,09 nos custos de materiais e serviços.
55/70
CATUTIBA
ULR
URU
AGI
BBD
EBO
BMO
BCA
NNE
BHZ
PMASHO
MCO
VNA
SST
BRA
CSS
PPU
MLE
SHA
PLE
TMS
NPU
NPS
723
VGE
SSU
SSE
SSR
RCP
NPR
TTUBZO
DCACNS
LEGENDA
RÁDIO DIGITAL - SDH
RÁDIO DIGITAL - PDHITA
ITA
SISTEMA ÓPTICO - PDH
SPE
PBE
CDSA
IGE
GHO
TERCEIROS
JFU
JGS
CRIU
ITSJMA
BBU
LFE
OPD
BDD
GAMA
BOQUEIRÃO
VÁRZEA DA PALMA
BURITIZEIRO
S.REPARTIMENTO
PIRAPORA1PIRAPORA - DN DPI JEQUITAI
SANTA MARIAMONTES CLAROS ED
MONTES CLAROS 2MONTES CLAROS 1
LAGOA NOVA
SÃO JOÃ0 DA PONTE
SÃO FELIPEJANUÁRIA 3
ITACARAMBI
JANAUBA RD
GOV. VALADARES
MESQUITA
GUILMAN
IPATINGA 3
CARATINGA
IPD
TEÓFILO OTONI
JMD
ITU
GVDPATOS DE MINAS
PATROCÍNIO
AGS
CURVELO
SGD
RÁDIO ANALÓGICO
SÃO JOÃO DEL REI
CATUNICRISTALIA
SE IRAPÉCF IRAPÉ
P. ESTRELA
ITB
IBITIRUNA CRENAQUERPT AIMORÉS
SE AIMORÉS
CF AIMORÉS
AXA
SSE BDT
CBI
VGS
VGA
CXUPAU SRA
IJT
SE ARAÇUAI 2
SE ARAÇUAI 1
CATUTIBA
ADENDO I – Telecomunicação: Ilustração dos Sistemas
Figura 1 – Rede de transporte e acesso
56/70
LIMPAR DIAGRAMAS
Anel Óptico RMBH
Subestação
Instalação administrativa e centro de operação
Caixa de Emenda
Outros
Quarteirão 18
GUTIERREZ
SION
JÚLIO SOARES
BARRO PRETO
ITAMBÉ - COD
TAQUARIL
CENTRO
NOVA LIMABONSUCESSO
SANTALUZIA 1
CIDADE INDUSTRIAL
SANTA LUZIA 2 BH PAMPULHA
AlmoxarifadoJATOBÁ
MARACANÃ
SÃO MARCOS
LT S.L.2/VESP.2 11
18300
2000
2100
5200 5800
12100
7900
3050
15991600
1350
1000
2100
3500 3280
28603750
2070
113001000
107007000
8400
21000
3700 7300
2900
2000
HORTO
VESPASIANO
UTE
IBIRITERMO
NEVES 1
CINCO
REGAP
5525
16600
13200
LT C/R
19
2740
357
BETIM 4
925
10626
MANNESMANN
LT PAMP./VESP. 27
645
LT.TAQ./S.M. 26A
5770
100LT BAR./C.I. 17
2940LT C/R 2150
LT C/R
2
LT S.L..1/VESP2. 42
25
Figura 2 – Detalhe do anel óptico da região metropolitana
Figura 3 – Atuação de equipes na manutenção da rede de transporte e acesso
57/70
Figura 4 - Manutenção no sistema óptico (rede de transporte e acesso)
Figura 5 – Manutenção no sistema óptico (rede de transporte e acesso)
58/70
Figura 6 – Manutenção no sistema de rádio (rede de transporte e acesso)
Figura 7 – Manutenção no sistema de energia
60/70
Figura 10 – Manutenção no sistema de telefonia
Figura 11 – Manutenção no sistema operativo de telefonia
61/70
Figura 12 – Manutenção no sistema operativo de telefonia
Figura 13 – Telefonia operativa (COD)
62/70
Figura 14 – Telefonia da Central de atendimento
Figura 15 – Manutenção da telefonia da Central de Atendimento
63/70
Figura 16 – Rádio comunicação móvel de dados e voz (troncalizado)
Figura 17 – Rádio comunicação móvel de dados e voz (troncalizado)
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CALL CENTER SERVIDORES DE APLICAÇÕES
CENTRO DE OPERAÇÃO
CONTROLADORA DE COMUNICAÇÃO
REDE ETHERNET
SATÉLITE GPS
VEÍCULO EQUIPADO COM TERMINAL DE DADOS
ESTAÇÕES REPETIDORAS DO TRONCALIZADO
MODEM PARA RÁDIO
RÁDIO FIXO
CALL CENTER SERVIDORES DE APLICAÇÕES
CENTRO DE OPERAÇÃO
CONTROLADORA DE COMUNICAÇÃO
REDE ETHERNET
SATÉLITE GPS
VEÍCULO EQUIPADO COM TERMINAL DE DADOS
ESTAÇÕES REPETIDORAS DO TRONCALIZADO
MODEM PARA RÁDIO
RÁDIO FIXO
Figura 18 – esquemático do sistema troncalizado de comunicação de dados e voz (fixo e móvel)
Figura 19 – Manutenção no sistema troncalizado de dados e voz
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Figura 20 – Manutenção no sistema troncalizado de dados e voz
Figura 21 – Manutenção no sistema de rádio fixo de uma subestação
66/70
REDE AUTOTRAC
Figura 22 – Sistema satélite para transmissão de dados – MÓVEL (despacho das equipes de
campo)
Figura 23 – Esquemático do sistema de satélite para transmissão de dados - MÓVEL
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SUBESTAÇÃOCOD
Figura 24 – Esquemático do sistema satélite para transmissão de dados – FIXO (comunicação de
subestações)
Figura 25 – Manutenção em equipamento do sistema OPLAT
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Figura 26 – Manutenção em equipamento do sistema OPLAT
Figura 27 – Manutenção em equipamento do sistema OPLAT