ANO XXIX - N9 120 CAPITAL FEDERAL
SEÇÃO I
SÁBADO, 5 DE OUTU,BRO DE 1974
CÃMARA DOS DEPUTADOS---------------- S U M Ã R I O
1 _ 125.a SESSãO DA 4.a SESSÃO LEGISLATIVA DA 7.aLEGISLATURA EM 4 DE OUTUBRO DE 1971
I - Abertura da SessãoII - Leitura e assinatura da ata da sessão anterior
1I1 - Leitura do Expediente
INDICAÇãO
,Indicação n." lO-A, de 1974 (Do Sr. Lauro Rodrigues) Sugere 'à Comissão de Constituição e Justiça que se manifestesobre a conveniência da elaboração de Emenda Constitucional"proibindo o exercício dos cargos de Presidente e Vice-Presidente da República e de Governador e Vice-Governador deEstado por maiores de 70 (setenta) anos .de idade;" tendo parecer, da Comissão de oonatttuíção e Justiça, pela constitucionalidade, [urídtcídade e, no mérito, pela rejeição.
PROJETOS APRESENTADOS
Projeto de Lei Complementar n.? 68, de 1974 (Do Sr. Francisco Líbardoní) - Reduz o limite de idade para aposentadoriado trabalhador rural, dando nova redação ao art. 4.0 da LeiComplementar n. O11, de 25 de maio de 1971.
Projeto de Lei n,v 2,284, de 1974 (Do Sr. João Linhares) Jntrodus alterações na Lei n.O 6.015, de 31 de dezembro de1973, que dispõe sobre os registros públicos e dá outras providências,
Projeto de Lei n.o 2,290, de 1974 (Do Poder Executivo) Mensagem n.s 485/74 - Dispõe sobre a contratação de segurossem exigências e restrições previstas na Lei n.? 4.594, de 29 dedezembro de 1964.
Projeto de Lei n.? 2.291, de 1974 (Do Sr, Francisco Amaral)- Acrescenta parágrafo ao artigo 450 da Oonsolidação das Leisdo Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n.o 5.452, de 1.° demaio de 1943.
Projeto de Lei n.? 2.292, de 1974 (Do Sr. Francisco Amaral)-, Dispõe sobre cancelamento .de débitos das entidades de finsfilantrópicos para com o Instituto Nacional da, PrevidênciaSocial.
Projeto de Lei n.o 2.293, de 1974 (Do Sr.1)iogo Nomura) Institui o ípê como flor nacional do Brasil e dá outras providências.
Projeto de Lei n.? 2.294, de .1974 (Do Sr. Antônio Florêp.clo)- Altera o Plano Nacional de Viação, aprovado pela Lei nP5.917, de 10 de setembro de 1973, incluindo a ligação ferroviáriaque menciona.
'Projeto de Lei n.o 2.295, de 197;4 (Do Sr. Mário Tel1es) Dispõe sobre condíções de funcionamento de empresas de transporte de carga por via terrestre.
Projeto de' Lei n.o 2.296, de 1974 (Do Sr. Nogueira deRezende) - Regula o exercício da profissão de dentísta práticoe dá outras providências. ,
Projeto de Lei n.o 2.298, de 1974 (Do Sr. Florim Coutinho) Considera de utilidade pública a Tenda Espírita Caboclo Japul"ay e Mãe Oxum, com sede no Estado da Guanabara.
Projeto de Lei n. O 2.299, de 1974 (Do er. Florim Coutinho)- Incorpora ao patrimônio da Casa dos Artistas os direitosautorais havidos com o falecimento do cantor Evaldo Braga,e determina outras providências.
Projeto de Lei n.o 2.300, de 1974 (Do Sr. João Linhares) Admite novos abatimentos da renda bruta das pessoas físicas.
Projeto de Lei n.O 2.301, de 1974 (Do Sr. Herbert Levy)Ofíclaüza taxa de serviço e dá outras providências.
PROJETOS A IMPRIMIR
Projeto de Lei n.O 43-A, de 1971 (Do Sr. Florim Coutinho)Dispõe sobre aposentadorta de motoristas prortssíonaís aos 25anos de serviço; tendo pareceres: da Comissão de Constituiçãoe Justiça, pela inconstitucionalidade, contra o voto do Sr. AlceuCol1ares; da oomíssão de Ecor:;omia, Indústria c Comércio, emitido em audiência, pela rejeição, contra o voto em separado doSr. Santilli Sobrinho; da Comissão de Trabalho e LegislaçãoSocial, pela aprovàção; e, da Comissão de Finanças, pela aprovação, com emenda.
projeto de Lei n.o 1.606-A, de 1973 (Do Senado Federal) Dispõe sobre o adicional de insalubridade e dá outras providências; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça,pela eonatitueíonalírtade e juridicidade; da Comissão de Trabalho e Legislação Social, pela aprovação; e, da Comissão deFinanças, pela aprovação, com emenda. '
Projeto dc Lei n.O 1. 627-B, de 1973 (Do Sr. Luiz Braz)Dispõe sobre a remuneração do empregado investido em mandato de vereador gratuito nos dias de sessões da Câmara; tendopareceres: da Comissão. de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade e juridicidade; e, das Comissões de Trabalho eLegislação Social e de Finanças, pela aprovação. Pareceres àEmenda de Plenário: da Comissão de Constituição e Justiça,pela constãtucíonalídade e.mo mérito, pela rejeição; da Comissãode Trabalho e Legislação Social, pela rejeição; e, da Comissão deFinanças, pela aprovação.
Projeto de Lei n.O 1. 719-A, de 1973 (Da Comissão Especialde Segurança de Veiculas Automotores e de Tráfego) - Alteraa redação do artigo 74 do Decreto-lei n.v 3.689, de 3 de outubrode 1941 (Código de Processo Penal), para fixar a competênciadas Varas de Trânsito; tendo parecer, da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, Iurídícídade e, nomérito, pela aprovação.
Projeto de Lei n. o 1. 884-A, de 1974 (Do Sr. Braz Nogueira) Estabelece subsídios para fertdlízantes aplicados na agropecuária; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça,pela constitucionalidade e juridicidade; da Comissão de Economia, Indústria e Comércio, pela aprovação.. e, da Comissãode Finanças, pela aprovação, com Substitutivo.
Projeto de Lei n,v 1. 885-A, de 1974 (Do Sr. Braz Nogueíra)- Concede incentivos fiscais à implantação de indústrias PrQdutoras de fertilizantes; tendo pareceres: da Comissão de 'Constituição e Justiça, pela rejeição, por falta de técnica legislativa; da Comissão de Economia, Indústria e Comércio, pelaaprovação, com Substitutivo; e, da Comissão de Finanças,pela aprovação, com adoção do Substitutivo da Comissão deEconomia, Indústria e Comércio.
7iSO Sábado 5 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1974
IV - Pequeno ExpedienteWALTER SILVA - Pagamento de diferença salarial, aos
ferroviários. Plano de Reclassificação de Cargos.LUIZ LOSSO - Assistência aos encarcerados e às viúvas e
filhos de chefes de ramína assassinados.
MARCíLIO LIMA - crédito rural.NOSSER ALMEIDA - Necessidade de tráfego permanente
na rodovia Brasílía-c-Aere,JOAO GUmO - campeonato estadual de futeJ;>oI em trbere
ba, Minas, Gerais.CÉLIO BORJA - Autorização de funcionamento da Fa
culdade de Ciências Juridicas de Campo Grande, Guanabara.MAURíCIO TOLEDO - Necessidade de propaganda eleito
ral em Brasilla. Ampliação do voto em trânsito para todo oterritório nacional.
, JOEL FERREIRA - Modificil.c{)es na legislação eleitoral.
ALCEU COLLARES -- Plano Classificado de Cargos.JOSÊ ALVES -. Eleiçá<l dos Srs. Divaldo Suruagy e Antônio
Gomes de Barros, respectivamente, para Governador e ViceGovernador do Estado de Alagoas.
SIQUEIRA CAMPOS - Salário dos bancários.JUVl!JNCIO DIAS - Visita do Presidente Ernesto Geisel ao
Pará.FARIA LIMA - Situaçá<l da agropecuária no Brasil.
FLORIM COUTINHO - Estado das vias públicas da Guana. bara,
ANTôNIO UENO - Crédito para adubos e fertilizantes.
V - Grande ExpedienteANTÔNIO UENO - (Retirado para revisão.) Visita do Prí
melrc-Mlníatro japonês Kak~ei Tanaka ao Brasil.
VI - Ordem do DiaATHI11: COURY - Apresentação de propoeíção,JOSÉ ALVES - Discussá<l do Projeto n.e 2.242-A, de 1974.
MAURíCIO TOLEDO - Discussão do Projeto n.o 2.278-A,de 1974. '
Proj eto de Decreto Legislativo n.o 160-A, de 1974- Aprovado.Projeto de Decreto LegislatiVo n.o 161-A, de 1974 - Aprovado.Projeto de Decreto Legislativo n.o 162-A, de 1974- Aprovado.Projeto de Decreto Legislativo n.O 16B-A, de 1974- Aprovado.Projeto de Decreto Legislativo n.? 166-A, de 1974- Aprovado.Projeto de Decreto Legislativo n.O 167-A, de 1974 - Aprovado.Projeto n,? 2.242-A, de 1974 - Aprovado.Projeto n,o 2.275-A, de 1974 - Aprovado.Projeto n.e 2.278-A, de 1974....,. Aprovado. ~
Projeto n,o 2.288-A, de 1974 - Rejeitada a emenda da co-missão de Trabalho e Legislação Social. Aprovado o projeto.
Projeto n.o 1.496-0, de 1973 - Emendado. Volta à Comissão.Projeto n,o 1.130-A, de 1973 c- ~jeitado.
LAERTE VIEIRA - Oomunteação como Líder sobre telegrama dirigido pelo Comitê de Imprensa da Câmara dos Deputados-ao Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionaisdo Deará, ref.erente a ato do Procurador da Justiça Eleitoral noEstado do Ceará. .
CÉLIO BORJA - Comunicação como Líder sobretelegrarnadirigido pelo Comitê de Imprensa da Câmara dos Deputados aoPresidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Ceará,referente a ato do Procurador da Justiça Eleitoral no Estadodo Ceará.
vrr - Comunicações das Lideranças
VIII - Designação da -Ordem do Dia
IX - Encerramento
2 - MESA (Relação dos membros)3 - LíDERES E VICE-LíDERES DE PARTIDOS <Relaçá<l
dos membros)4 - COMISSõES (Relaçá<l dos membros das Comissões
Permanentes, Especiais, Mistas e de Inquérito) .
José AlvesARENA.
ATA DA 125.° SESSÃOEM 4 DE OUTUBRO DE 1974
PRE5.IDENCIA DO SR.:MAUR1CIO TOLEDO (art. 76 do R.1.); E
LUIZ LOSSO (art. 76 do R.1,)
I - Às 13,30 horas comparecem 0$ Senhores:
João Castelo
Acre
Joaquim Macêdo - ARENA; Nos.ser Almeida - ARENA.
AmazonasJ"oel Ferreira - MDB; Leopoldo Peres _
ARENA; Raimundo Parente - ARENA;Vinicius câmara-- ARENA.
ParáEdison Bonna - ARENA; ,Túlio Viveiros
_ MDB; Juvêncio Dias - ARENA.
MaranhãoAmérico de Souza - ARENA; Freitas
Diniz - MDB; Henrique i;1e La Rocque ARENA; Pires Saboia - ARI!iNA.
PiauíDyrno Pires - ARENA; Milton Brandão
- ARENA; Pinheiro Machado - ARENA;Severo Eulálio -~, MDB.
cearáErnesto Valente - ARENA; Januário Fei
'tosa - ARENA; .Tonas Carlos --- ARENA;ilosías Gomes - ARENA; Marcelo Línhares_ . ARENA; Ossían Araripe - ARENA; ParI8ifal. Barroso - ARENA,
Rio Grande do NorteAntônio Florêncio .- ARENA; Grimaldi
Ribeiro - ARENA; Henrique Eduardo Alves- MDB; Pedro Lucena -- MDB., Paraíba
Antônio Mariz .:- ARENA; MarcondesGadelha - MDB.
Pernambuco
Carlos Alberto Oliveira - ARENA; Fernando Lyra - MDB; JosiasLeite -- ARENA; Lins e Silva - ARENA; MagalhãesMelo - ARENA; Marco Maciel - ARENA.Thales Ramalho --:- MDB.
AlaguasARENA; José Sampaio -
Sel'gipeLuiz ,Garcia - ARENA; PMSOS Pôrto _
ARENA; Raimundo Diniz - ARENA.Bahia
Hannequím.Dantas v-, ARENA; Ivo Braga- ARENA; João Alves - ARENA; JoãoBorges -. MDB; Luiz Braga __ ARENA; Manoel Novaes - ARENA; Ruy Bacelar ARENA; Tourinho Dantas - ARENA; Va.scoNeto - ARENA.
Espírito SantoParente Frota - ARENA.
Rio de JaneiroDaso Coimbra ._.- ARENA: José da Silva
Barros - ARENA; José Haddad ·-ARENA;Luiz Braz -- ARENA; Rezendo de SOuzaARENA: Walter Silva - MOB.
GuanabaraAlcir Pimenta - MDB; Bezerra de No
rões - MOB; Célio Borja - ARENA; Euri-.
pides Cardoso de Menezes - ARENA; Florim Coutinho - MDB; Jair Martins MDB; José Bonifácio Neto - MDB; JG deAraújo Jorge - MDB; Lysâneas Maciel MDB; Nina Ribeiro - ARENA; OsnellíMartinelli - ARENA.
Minas GeraisAltair Chagas - ARENA; Athos de An
drade - ARENA; Carlos ,Cotta - MDB;Delson Scarano - ARENA; Fábio Fonsêca- MDB; Fernando Fagundes Netto ARENA; Geraldo Freire - ARENA; Gilberto Almeida -- ARENA; Homero Santos- ARENA; João Guídu .- ARENA; JorgeFerraz -- MDB; Jorge Vargas - ARENA;Murilo Badaró - ARENA; Nogueira de Rezende - ARENA; Padre Nobre - MDB;Renato Azeredo - MDB; Sílvio de Abreu....,MDB.
São PauloAlfeu Gasparini -- ARENA; Arthur Fon
sêea - ARENA; Athiê Coury - MDB; Oantidio Sampaio - ARENA; Carvalho SObrinho - ARENA; Chaves Amarante - ARENA; Dias Menezes - MPB; Francisco Amaral - MDB; Freitas Nobre -MDB; Henrique Turner - ARENA; ndéliO Martins- ARENA; ítalo Fittipaidi - ARENA; JoséCamargo - MDB; Mauricio Toledo - ARENA; Pacheco Chaves - MDB; Paulo Abreu- ARENA; Paulo Alberto - ARENA;, PUnioSalgad(l - ARENA; Roberto Gebara .....ARENA; Ruydalmeída Barbosa. - ARENA;Sailes Filho - ARENA; Silvio Lopes _ARENA; SUSSUIUÚ Hirata - ARENA; Ulysses Guimarães - MDB.
GoiásAry Valadá<l - ARENA; Erasilio Caiado
- ARENA; Fernando Cunha - MDB;, Rezende Monteir<l - ARENA; Siqueira Campos - ARENA; Wilmar Guimarães _ARENA~
'Outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sãbado 5 '1931
Mato GrossoEdyl Ferraz - ARENA; Marcílio Lima.
ARENA; Ubaldo Barém - ARENA.
Paraná
Agostinho Rodrigues - ARENA; AlbertoCosta - ARENA; Alipío Carvalho - ARENA; Antônio Ueno - ARENA; Arthur Santos - ARENA; José Carlos Leprevost ARENA; Luiz Losso - ARENA (SE); MaiaNetto - ARENA; Mário Stamm - ARENA;Olivir Gabardo - MDB; Roberto Galvani ARENA.
Santa Catarina
Abel Avila ,.---ARENA; Adhemar Ghisi ARENA; Albino Zeni - ARENA; FranciscoLibardoni - MDB; Laerte Vieira - MDB;Wilmar Dallanhol- ARENA.
Rio Grande dI) Sul
Alberto Hoffmann - ARENA; Alceu Collares - MDB; Amaury Müller -'- MDB;Clóvis Stenzel - ARENA; Helbert dos Santos - ARENA; Jairo Brum - MDB; JoséMandem - MDB; Márfo Mondino ARENA; Milton Oassel ~ ARENA; (ME);Nadyr Rossetti - MDB; Vasco Amaro -
,ARENA; Léo Riffel.
RoraimaSilvio Botelho - ARENA.O SR. PRESIDENTE (MauriCio Toledo)
- A Iísta de presença acusa o comparecimento de 151 Senhores Deputados.
Es'tá aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus iniciamos nossostrabalhos, ,
O Sr. Secretário procederá à leitura da:ata da sessão anterior.
II - O SR. WALTER SILVA, servindo"como 2P-Secretário, procede à leitura daata da. sessão antecedente, a. qual é,semebservações, assinada.
O SR, PRESIDENTE (MauríciO Toledo)..- PMl'la-seâ leitura do expediente.
O SR. CARV.ALHO SOBRINHO, Servíndo'Como 1P-Secretário procede à leitura doseguinte
lU - EXPEDIENTE
INDICAÇãO ,N.o 10~A, de 1974
(Do Sr. Rodrigues)
Sugere à Comissão de Constituição «IJustiça que se manifeste sobre a eonveníêneía da elaboração de EmendaOonstítuotonaí "proibindo o exereíeíodos cargos de Presidente e Vice-Presi.dente da República e de Governador eVice~Governador de Estado· por maioresde 70 (setenta) anos de idade", tendoparecer, da Comissão de Constituição eJustiça, pela constitucionalidade, juridicidade e, no mérito, pela rejeição.
(INDICAÇAQ N.o 10, DE 1974, A QUE SÉREFERE O PARECER,)
Nos termos do art. 126 do Regimento In,terno da Câmara dos Deputados, Inc aOsmíssão de Constituição e Jmtiça que semanifeste sobre a conveniência e oportunidade da elaboração de Emenda Constitu
.eíonal "proibindo o exercício dos cargos dePresidente e Vice-Presidente da República,assim como de Governador e Vice-Governador de Estado por maiores de setenta (70)anos de idade~'... . ,
Justificação
Dois são os aspectos fundamentais a jus-tificar a Indicação ora proposta, a saber;
1.0 - Sendo o Brasil um Pais de população acentuadamente jovem, chega aconsutuir uma incongruência a posaibllíuaue de ter os mais importantes cal'.go,s de administração pública nas esferas federal e estadual (Presidente eVíce-Presídente, Governador e více-oovernador) ocupados, exercidOI>, por brasileiros de idade ultra-avançada, ou 'seja, por pessoas que já ultrapassaram acasa dos setenta anos de idade. Naveruade, mais da metade da populaçãobrasnelra, ou cerca de 62,64%, s,egundodanos do censo de 1970, é consntuidapor pessoas com Idade.Inferior a 20 anose nada menos de 42,6% -de peSSOM dafaixa etária entre os 20 e 69 anos, restando para 0I:l velhos, ou os acima de60 anos, tão somente 5,30%. Não queesse tato, ou a pretensão aqui contida,represente qualquer especíe de preconceito contra as pessoas de idade provecta, muitas delas com idêntica ou superior condição intelectual ou moral.Nada disso. O que resulta claro dos dados apontados é que os velhos representam a diminuta mínoría e, pois, a exceção dentro da regra que é o contingentepopulacional mais jovem. Assim, permitir que aqueles - os de mais de setentaanos - ocupem tão relevantes cargos,é como que consagrar a possibilidadede um certo desequníbrío ou de um desnivel - ou mesmo de um choque entre o pensamento, idéias e comportamento da maioria nacional com aquelesque eventualmente são chamados a dirigir os seus negócios públicos e os seusdestinos polítíco-sooíaía e econômicos,vale dizer. os interesses nacíonaís, Osmais jovens pcssuemvgeralmente, porforça mesmo do vigor da idade, muitomaior ímpeto entusíaemo e audácia, oque não quer significar, absorutamente,que sejam imprudentes, presunçosos,desequilibrados emocionalmente ou irresponsáveís. E o que uma nação jovemprecisa é justam~nte, de dü'igentes impetuosos, audaciosos qualidades queminguam à falta de vigor fÍJi;ico, ou empessoas de idade muito avançada.
2.° - Existe já, consagrada na Constituição Federal (artigo 101, inciso II), afórmula para o afastamento compuísório de todos aqueles servidores excessívamente avançados em anos, vale dizer,dos funcionários com mais de setentaanos, ocupem eles os cargos que ocupem.A regra, também chamada da aposentadoria compulsóría por limite de idade, é motivada pela ímperíosa necessídade de renovação. lli verdade que oPresidente da República ou o Governador de um Estado, ou, ainda, seus substitutos eventuais (os víces) , são servidores especiais. Mas, se a regra é boae justificável até mesmo para, porexemplo, um Ministro do Supremo Tribunal Federãl (que, igualmente, só podeser considerado servidor especial), porque não estendê-la, isonomicamente, aosocupantes daqueles cargos referidos?Lembro, a propósito, que a tendênciapara arastar os excessivamente idososé mundial e se revela em todos os setores da vida pública ou privada. Até mesmo a Igrej a, uma das mais tradicionaisinstituições mundiais, vem de adotarsemelhante medida, determinando queseus prelados se aposentem ao cabo decerta idade (75 'anos, se não nos enganamos), o que, de resto, foi muítíssímo bem recebido por quantos a inte-
gram e respeitam. Aos velhos o descan~
SO, o repouso, a dignidade, enfim.Sala das Bessêes, em 4 de junho de 19'1~.
- Lauro Rodrigues.
PARECER DA COMISSAO, DE. CONSTITUIÇAO E JUSTIÇA
I - RelatórioO nobre e douto Deputado Lauro Rodri~
gues sugeriu à. Comissão de Constituição eJmtiça através de mdícação que, tomou Qn.o 10, de 1974, se manifestasse a oomíssãosobre a conveniência da elaboração de uma.Emenda Constitucional que incorpore à LeiMaior o princípio da vedação do exercíciodOI> cargos de Presidente e Vice-Presidenteda República, Governador e Více-Gover...nadar aos maiores de setenta (70) anos.
O ponto de vista 'sustentado pelo Depu.tado Lauro Rodrigues se funda, segundo Qseu autor, em dois motivos básicos; 1.0 .....que sendo o BrMil um Pais de populaçãoessencialmente jovem, chega a constttuínuma incongruência a possibilidade de 0011principais postos nacionais serem exercidospor brasíleíros de idadeS ult.ca-avançada;,2.° - que a atual Constituição já consagraa regra do arastamento compulsório de servidores excessivamente avançados em anos.sobretudo atendo-se à imperiosa necessidade da renovação dos quadros.
Neste' particular, o autor da Indicaçãocita como exemplo eloqüente o fato de aoIgreja Católica haver recomendado aos seuspastores idosos a renúncia de suas funções.
Este o Relatório.n - Voto do Relator
Nada, legalmente. obsta a que o nobreDeputado Lauro Rodrigues ofereça sugestão assim; nada, igualmente, se opõe a queo Congresso Nacional, guardadas as exigências do rito próprio, aprove a alteraçãopropostá. A proposição, pois, é constitucionale é juridicamente correta.
Todavia, tenho-a por injusta, discrimina.'tória e írrealístíca. E desde logo adiantoque não posso aceitar que se coloque em umsó e mesmo nível os que exercem funçõessoberanas, em nome do povo, e aqueles quesão runeíonãnos públicos. Uns e outros, porcerto, são servidores do povo, mas as suasorigens não se encontram nas mesmas nascentes.
Também - ,e muito embora longe aindados limites previstos pelo autor da Indíeação - recuso-me a aceitar para os homensde 70 anos a dupla elassírícação de ultrapassados em idade e de excessivamenteavançados em anos, Se Comeille, o Gênio dalíngua francesa afirmou que "aux ãmes biennées la valeur n'attend poínt le nobre desannês'', também é verdade é que nos velhosde espírito cultivado e sadios de corpodemoram a experiência e a cultura em suaforma altamente expressiva.
QUando a Constituição dispõe sobre aaposentadoría compulsória de funcionáriospúblicos, aos 70 anos, o que objetiva não éo simples afastamento de tais servidores,senão que o que pretende é estimular' todos'quantos pertencem aos seus quadros, garantindo-lhes os acessos e M promoções que.sem tal preceito, de modo genérico só ocorreriam em razão da morte dos velhos titulares,
E a prova maior de que assim é, reside emque o próprio Pacto Nacional permite, pordísposítívo expresso, que até mesmo os funcionários aposentados por motivo de idade,ou seja, com mais de setenta anos completos, exerçam cargos em comissão. Nem seriaracional que assim não fosse, pois nenhumpa!s. por altamente expressivo em sua eul-
'7932 Sábado;; DIãRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1974
tura e muito servido de valores humanos,pode atirar para a vala comum das inutilidades aqueles que, por todos os títulos, tãoaltos e tantos e relevantes serviços aindalhe pode prestar.
Friso: o aposentado por idade não só podeexercer cargo em comissão como - e aí estáuma exceção ao princípio geral - podeacumular com os proventos do cargo aquelesque recebe como aposentado.
Há mais, ainda, contra a idéia. A sugestãoé, dír-se-ía, quase que pessoal. O nobre autor restringiu-se aos primeiros mandatáriosdo Poder Executivo, federal e estadual.
Nega a Proposição, esta é a verdade, que.brasileiros maiores de setenta anos ponhamem execução leis votadas por outros brasileiros também maiores de setenta anos.
Como redigida, e sugerida, a idéia permiteque todos os postos eletivos: juiz de paz,vereador, prefeito e vice-prefeito, deputadoestadual, deputado federal e senador - sejamexercidos por quem quer que mereçaa conrtança do povo. Para esses, o valor, acompetência, a capacidade de trabalho tudo, enfim - não cessa' com a ultra-avançada idade de 70 anos. Só se torna incapazquem pretender os primeiros postos.
Ninguém tem o direito de negar ao povoa soberania que lhe é inerente, qual aquelade livremente escolher os que hão de governá-lo e de, em seu nome, fazer as leis.
Dentro da História Moderna (pois nãodesejo referir-me à atual) avultam, .ímpereeíveís na gratidão da humanidade, Roosevelt, Churchill e De GauHe - setentões quehonram a espécie humana.
Depois, mandato não pode ser condicionado à idade do mandatário, senão que sópode ser. deferido àquele que pode, e só elepode, sagrar seu representante ..
8e eu pretendesse esmiuçar nos seus refolhos a índícação, certamente concluiriaque a proibição proposta atingiria todos oshomens de 65 anos feitos, pelo menos indiretamente. Sabendo-se que um candidato,ainda menor de 70 anos, completa-los-ia nodecurso do seu mandato, dificilmente ele seria o nome escolhido, eis que ninguém derendena uma transição pré-conhecida, quedesautorarla ou um ou outro, ou ambos osIndícados.
A tese - ainda que em seu hoje estivessem contidos todos os que podem sereleitos, inclusive nós outros, membros doCongresso Nacional, tenho-a por inaceitável.
Assim, guardando silêncio sobre tudo omais que poderia adusír, opino pela suarejeição.
Sala da Comissão, 18 de setembro de 1974._ Lui~ Braz, Relator.
n -- Parecer da ComissãoA Comissão de Constituição e Justiça, em
il'euniãode sua Turma "B", realizada em18-9-74; opinou, unanimemente, pela constitucionalidade, [urtdícídads e, no mérito,pela rejeição da Indicação n.o 10/74, nostermos do parecer do Relator.
Estiveram presentes os Senhores .Deputadoa: ítalo Fittipaldi - Presidente emexercício (art. 76 do RI) Luiz Braz - Relator. Alfeu Gasparíní, Cláudio Leite, Djalma Bessa, Ernesto Valente, Hamilton Xavier, Manoel Taveira, Pires Sabóia e Ruydalmeida Barbosa.
Sala da Comissão, em 18 de setembro de1974. - ítalo Fittipaldi, Presidente emexercício (árt. 76 do RI) - Luiz Braz, Relator.
PROJETO DE LEI COMPLEl\mNTARN.o 62, de 1974 .
(Do Sr. Francisco Líbardoní)
Reduz o limite de idade para aposentadoria do trabalhador rural, dandonova redação ao Art. 4.° da' Lei Complementar n.o 11, de 25 de maio de 1971.
(ANEXE-SE AO PROJETO DE LEI COM-. PLEMENTAR N,o 14, DE 1973, NOS TERMOS DO ART. 71, DO REGIMENTOINTERNO)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0. Dê-se ao art. 4.0 da Lei Comple
mentar n.o 11, de 25 de maio de 1971, a seguinte redação:
"Art. 4.° A aposentadoria por velhicecorresponderá a uma prestação mensalequivalente a cinqüenta por cento dosalário-mínimo de maior valor vigenteno Pais, e será devida ao trabalhadorrural que tiver completado sessentaanos de idade. .
Parágrafo único. Não será devida aaposentadoria a mais de um eomponenteda unidade familiar, cabendoapenas o benefício ao respectivo chefeou arrimo."
Art. 2.0 Os encargos financeiros destalei serão atendidos com recursos provenientes das receitas de que trata o art. 15 daLei Complementar n.o 11, de 25 de maiode 1971.
Art. 3.0 Entrará esta lei em vigor nadata de sua publicação.
Justificação
Todos sabem as condições adversas emque se desenvolve o trabalho no meio rurale o baixo padrão de vida dos que, no Brasil,dependem das atividades agrícolas.
A vida média, conseqüentemente, do trabalhador rural é muito menor da dos queatuam nas áreas urbanas que, ainda assim,é reconhecidamente baixa.
Nada justifica, portanto, que o limite deidade para aposentadoria dos trabalhadoresurbanos e rurais seja igual, quando tudo édiferente na cidade e no campo.
Daí o presente projeto que reduz para 60anos a idade exigida para aposentadoriados trabalhadores rurais, tanto mais cabível quando se considera que os recursos paracusteio do Programa de Assistência ao Trabalhador Rural são plenamente suficientes,eis que a execução orçamentária: do FUNRURAL vem apresentando sucessivos e elevados "superavíts",
Sala das Sessões, - Francisco Líhardoní,
LEGISLAÇJíO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇJíO DAS COMISS6E8
PERMANENTES
LEI COMPLEMENTAR N.o 11DE 25 DE MAIO DE 1971
Institui o Programa de Assistência aoTrabalhador Rural, e dá outras providências.
O Presidente da República, faço saberque o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:
Art. 4.0 A aposentadoria por velhice corresponderá a. uma prestação mensal equí-
valente a 50% (Cinqüenta por cento) dosalário-mínimo de maior valor no País eserá devida ao trabalhador rural que tivercompletado 65 (sessenta e cinco) anos deidade.
Parágrafo único. Não será devida a aPOsentadoría a mais de um componente daunidade familiar, cabendo apenas o benefício ao respectivo chefe ou arrimo.
" •• " to 4" to ;. , .
Art. 15. Os recursos para o custeio doPrograma de Assistência ao TrabalhadorRural provirão das seguintes fontes:
I - da contribuição de 2% (dois por cento) devida pelo produtor, sobre o valor comercial dos produtos rurais, e recolhida:
a) Pelo adquirente, consígnatárío ou cooperativa que ficam sub-rogados, para essefim, em todas as obrigações do produtor;
b) pelo produtor, quando ele própri"o in-dustrializar seus produtos ou vendê-los, novarejo, diretamente ao consumidor.
II - da contribuição de que trata o art.3.0 do Decreto-lei n. O 1.146, de 31 de dezembro de 1970, a qual fica elevada para2,6% (dois e seis décimos por cento), cabendo 2,4% (dois e quatro décimos por cen-to) ao FUNRURAL. .
§ 1.° Entende-se como produto rural todo aquele que, não tendo sofrido qualquerprocesso de industrialização, provenha deorigem vegetal ou animal, ainda quando haja sido submetido a processo- de benefíctamento, assim compreendido um processoprimário, tal como desearoçamento, pilagem, descascamento ou limpeza e outros domesmo teor, destinado à preparação de matéria-prima para posterior industrialização.
§ 2.0 O recolhimento da contribuição estabelecida no item I deverá ser feito atéo último dia do mês seguinte àquele em quehaja ocorrido a operação de' venda outransformação industrial. -
§ 3.0 A falta de recolhimento, na épocaprópria, da contribuição estabelecida noitem I sujeitará, automaticamente, o contribuinte à multa de 10% (dez por cento)por semestre ou fração de .atraso, calculadasobre o montante do débito, a correção monetária deste e aos juros moratórios de 1%(um por cento) ao mês sobre o referidomontante.
§ 4.0 A infração de qualquer dispositivodesta Lei. Complementar e de sua regulamentação, para a qual não haja penalidadeexpressamente cominada, conforme a gravidade da i1tfração, sujeitará o infrator àmulta de 1 (um) a 10 (dez) saláríos-míní...mos de maior valor no País, imposta e cobrada na forma a ser definida. no regulamento.
§ 5.° A arrecadação da contribuição devida ao FUNRURAL, na forma do artigoanterior, bem assim das correspondentesmultas impostas e demais cominações legais, será realizada, preferencialmente; pela rede bancária credenciada para efetuara arrecadação das contribuições devidas aoINPS.
§ 6.0 As contribuições de que tratam .ositens I e II serão devidas a partir de 1.0 dájulho de 1971, sem prejuízo do recolhimentodas contribuições devidas ao FUNRURAL.até o dia imediatamente anterior àqueladata, por força do disposto no Decreto-lein. o 276, de 28 de fevereiro de 1967.
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Outubro de 1974 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado I) 7933
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.............................................
6. O inciso II revoga os § 2.° do art. 173e também 2.° do art. 177. Rezam esses dispositivos:
....................................................;
.................................................. .. .;
§ 2.° Observado o disposto o art. 3,0, §2.0
, poderá o Registro Geral ser realizado pelo sistema de fichas."
"Art. 177.
"Art. 173.
5. Objetar-se-ia, entretanto, que, nestecaso, dever-se-ia preferir o sistema de folhas soltas, escrituradas também mecanicamente.
Ocorre, porém, que as folhas soltas devem ser encadernadas em livros de trezentas folhas. Uma vez encadernadas, qualquer averbação que devesse ser feita teriade ser manuscrita, eis que a folha não pode ser destacada do livro já encadernadopara ser a averbação datilografada. Alémdesse inconveniente, haveria outro: poderiaocorrer que o espaço existente fosse ínsurícíente para conter a averbação. Então, como proceder?
Por isso, o sistema de fichas é mais racional, .mais prático e mais eficiente.
§ 2.° O indicador Pessoal poderá obedecer ao sistema de fichas, a critério esob exclusiva responsabilidade do oficial. "
_Transcrito· os dispositivos, cuja revogaçao se pretende, torna-se claro o objetivoda lei.
• :J1: que, já tendo a redação do parágrafounico proposto para o art. 171 estendido atodos os livros do Registro de Imóveis apermissão para que eles sejam escrituradospelo sistema de fichas, os parágrafos referidos se tornaram superfetação, pois é introduzida disposição geral, que abrange todos os livros. A permanência dos dois parágrafos, além de inútil, afrontaria a. boatécnica legislativa, que não permite repetição da mesma norma na mesma lei
7. Passamos, assim, a justificar a redação proposta para o art. 248. A redacàoatual é a seguinte: .
"Àrt. 248. A averbação da circunstância a que se refere o inciso IH, alínea e do art. 168, será feita a requerimento do interessado, com firma reconhecida, instruído com documento comprobatório fornecido pela autoridadecompetente. A alteração do -nome só
. poderá ser averbada quando devidamente comprovada por certidão do registro civil."
A alteração que se propõe se resume emincluir no art. 248 o disposto na alínea ddo mesmo art. 168.
A referida alínea d do art. 168 diz respeito "à mudança de nome de logradouros eda numeração dos prédios, da edificação, dareconstrução, da demolição, do desmembramento e do loteamento de imóveis".
A lei atualmente em vigor, isto é, o Decreto n.O 4.857, de 1939, prevê expressamente a hipótese (art. 285).
Entretanto, a Lei n.? 6.015, que reformulou os registros públicos, omitiu a hipóteseo que irá certamente criar problemas para08 oficiais de registro.
Daí, a redação proposta, determinandoque a averbação relativa à mudança de no-
§ 2.° O Indicador Pessoal poderá obedecer a sistema de fichas, a critério esob exclusiva responsabilidade do oficial."
2. Portanto, o projeto nada mais pretendo do que estender sistema já admitidopela Lei.
Por isso, o parágrafo único, que se pretende introduzir no art. 171, permite o usode fichas para todos os livros do Registrode Imóveis, desde que obedecido, no quecouber, o disposto no § 2.° do art. 3.0 da Lei,que diz o seguinte
"Art. 3.0
dor Real e Indicador Pessoal, conforme sevê dos seguintes dispositivos:
"Art. 173.
§ 2.° Observado o disposto no art. 3.0 ,
§ 2.°, poderá o Registro Geral ser rea-,,lizado pelo sistema de fichas"."Art. 176.
§ 3.0 Para auxiliar a consulta, os ofrcíaís que não se utilizarem do indicadorreal pelo sistema de fichas, farão umíndice pelos logradouros e numeraçãopredial quando se tratar de imóveis urbanos e pelos nomes e situações, qnan
. do rurais".
"Art. 177.
§ 2.0 Para facilidade do serviço, podem os livros ser escriturados mecanicamente, em folhas soltas, obedecidosos modelos aprovados -pela autoridadejudiciária competente."
De- quanto foi dito, se segue que o projeto apenas autoriza. Não obriga.
A dinâmica do mundo moderno, decorrente do aumento vertiginoso da populaçãoe do número de transações imobiliárias, porum lado, e, por outro, o progresso da tecnologia, tem exigido a criação de novos processos que desburocratizem as repartiçõespúblicas e atendam com rapidez e eficiência a milhões de pessoas que necessitam doserviço público.
Dai a mecanização, a computação eletrônica, a microfilmagem de documentos,que a Lei dos Registros expressamente autoriza no art. 25, além da utilização "de outros meios de reprodução autorizados emlei".
4. Nem se argumente que o sistema defichas, ou folhas soltas, pOSSa trazer prejuízos, facilitando o extravio ou, até, o furto das mesmas, com lesão de direitos.
Isto. é quase ímpossível ocorrer.
Antes de mais nada, é grave a responsabilidade do oficial. A lei é severa e sua responsabilidade está definida em diversos artigos.
Além disso, o serviço está sob a supervisão e permanente fiscalização da-autorídade judiciária competente.
Mais ainda: todo adquirente do imóvel, aoefetivar a compra, recebe do vendedor ostítulos anteriores. Do tabelião, que lavroua escritura, recebe o respectivo traslado.Do Registro de Imóveis, que operou a transcrição, recebe a respectiva certidão.
Assim, mesmo que o Cartório de Registroseja incendiado e se perca todo o seu arquivo, o proprietário dispõe de toda a documentação indispensável à completa restauração do seu registro, bem como dos anteriores.
PROJETO DE LEIN. o 2.284, de 1974
(Do Sr. João!,inhares>
Introduz alterações na Lei n.O 6.015,de 31 de dezembro de 1973, que dispõesobre os registros públicos, e dá outrasprovidências.
(A Comissão de Constituicão e Jus-tiça) -
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 São feitas as seguintes alterações
na Lei n.? 6.015, de 31 de dezembro de 1973,que dispõe sobre os registros públicos:
1'- Acrescente-se ao art. 171 o seguin-te parágrafo:
"Art. 171.
Parágrafo único. Observado, no quecouber, o disposto no art. 3.°, § 2.° destaLei, poderão os livros obedecer ao sistema de. ríchas, a critério e sob exclusivaresponsabilidade do oficial".U - São revogados o § 2.° do art. 173e o § 2.° do art. '177.
'lU - Dê-se ao art. 248 a seguinte redação:"Art. 248 - A averbação das circunstâncias a que se refere' o inciso IH, alíneas D e E do art. 168, será feita a
. requerimento do interessado, com firmadevídamente reconhecida, instruídocom documento comprobatório fornecido pela autoridade competente.A alteração do nome somente poderáser averbada quando devidamente comprovada por certidão do registro civil".
Art. 2.0 Esta lei entrará em vigor na dataem que passar a víger a Lei n.o 6.015, de 31de dezembro de 1973, revogadas as dispo-sições em contrário. .
Justificação1. Vamos fundamentar separadamente
as três alterações propostas à lei dos registros públicos, (Lei n.o 6.015, de 31 de dezembro de 1973), que deverá entrar em vigorem 1.0 de julho de 1975, nos termos da Lein.o 6.064, de 28 de junho de 1974, que deunova-redação ao art. 310.
Passemos, pois, ao parágrafo único proposto para o Art. 171.
Atualmente, o referido artigo não possuiparágrafos. Especifica ele tão-somente que,no Registro de Imóveis, haverá oito livros(protocolo, registro geral, auxiliar, registrosdiversos, indicador real, indicador pessoal,registro de íncorporações e registro de loteamentos) ." O que o projeto pretende é possibilitarque tais livros possam, obedecer ao sistemade fichas, a critério e sob a exclusiva responsabilidade do oficial.
Pelo sistema da Lei n.o 6.015, a escrituração dos livros dos registros públicos poderáobedecer a três sistemas:
a) manuscritos;b) de folhas soltas, para serem eserítu
rados mecanicamente, devendo ser encadernados cada grupo de trezentas folhas;
c) fichas.A lei n.o 6.015, logo no art. 3.°, .estabelece
a norma geral de que os livros deverão serencadernados (éaput) ou escriturados mecanicamente (§ 2.°).
Entretanto, é a própria Lei que estabelece três exceções a essa norma, .vamente aos livros de Registro Geral, Indica;'
'7984 Sábado I) DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 19'14
me dos logradouros e da numeração dosprédios, da edificação, da reconstrução, dademoüção, do desmembramento e do loteamento de imóveis se faça mediante requerimento do interessado, com firma devidamente. reconhecida, instruido o pedido como documento comprobatório fornecido pelaautoridade'competente.
A proposição não somente sana lacu~a dalei que vai entrar em vigor, como, ainda,estatuí norma de suma importância, visando assegurar direitos não só do diretamente interessado no assunto, como, sobretudo,de terceiros.
Mais nada será preciso dizer para mostrar a relevância do assunto.
8. Finalmente, estatui o projeto a datade vigência da proposição: será a mesma emque entrar em vigor a Lei n.o 6.015.
Preferimos esta fórmula, porque a vigência da nova lei das Registros Públicos vemsendo constantemente procrastinada.
Em junho último, foi promulgada a Dein,o 6.064, que modificou o art. 310, adiando a entrada em vigor para o dia 1.0 de julho de 1975.
Pela 'redação que propomos, se sobrevierem novas prorrogações, tal fato em nadainfluirá na vigência do projeto, que se subordina, por seu art. 2.0, à vigência da leique se quer alterar.
9. Diremos finalmente, que a matériaora legislada se insere entre aquelas cujacompetência a Constituição atribui à União(art. 8.0 , :XVII, letra e), cabendo ao Congresso Nacional dispor sobre o assunto (art.43).
No que se refere ao poder de iniciativa,pertence ele a qualquer membro ou c~missão seja da Câmara dos Deputados, seja doSenado Federal (art. 56), eis que a matériaversada não se insere entre aquelas que aLei Maior reservou à iniciativa do PoderExecutivo (arts. 57 e 65).
Por outro lado, não se vislumbra na proposição qualquer eivade ínconstítueíonalt- 'dade ou ínjurídícídade, eis que nenhumconflito eXiste entre as regras ora propostas e a Constituição ou os princípios geraisde direito que informam o Registro Público.
No que se refere à técnica legislativa,além dos requisitos de concisão e clarezados dispositivos propostos, foi adotada anorma de se inserirem as modificações propostas no texto mesmo da lei a ser modificada, a fim de que ela não perca a s~aunidade e sejam facilitados o seu eonheeímente, consulta e aplicação.
10. No que se refere ao mérito, tem aproposição o objetivo claro de adaptar a leidos registros públicos às contíngêncías davida moderna, cada vez mais dinâmica emais mecanizada, a fim de atender compresteza e precisão ao crescente volume denegócios juridicos que caracteriza a épocaem que vivemos.
Esperamos que tais objetivos sejam comjpreendidos pelos eminentes membros dadouta Comissão de Constituição e Justiça,onde pontificam tantos' luminares da Ciência Jurídica e para cujo saber e experiência apelamos, a fim de que colaborem noaprimoramento do projeto, para que a leiQue dele possa resultar sirva realmente aosinteresses da Justiça e do Povo que representamos.
Sala das Sessões, 23 de setembro de 1974.- João Línhares,
PROJETO DE LEIN.o 2.290, de 1974
(Do Poder Executivo)
MENSAGEM N,o 485/74Dispõe sobre a contratação de segu
ros sem exigências e restrições prevístas na Lei n.O 4.594, de 29 de dezembrode 1964.
(As Comissões de Constituição e Justiça, de Economia, Indústria e Comércio e de Finanças).
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O disposto nos arts. 13, 17 e 19,
e seus parágrafos, da Lei n,o 4. 594, de 29de dezembro de 1964, não se aplica à contratação de seguros por' pessoas físicas e aoscasos em que o prêmio não exceda à importância correspondente a 5 (cinco) vezes ovalor do maior salário mínimo vigente noPaís.
Parágrafo único. O' limite estabelecido. neste artigo poderá ser alterado pelo Con
selho Nacional de seguros Privados, emfunção do desempenh? do mercado. no d!lsenvolvimento da polítíca de massíüeaçãodo seguro.
Art. 2.0 Nos seguros classificados comovultosos pelo Instituto de Resseguros doBrasil e por iniciativa do mesmo Instituto,o Conselho Nacional de Seguros Priva~ospoderá fixar comissões de corretagem mversamente proporcionais ao prêmio, devido.
Art. 3.0 Esta Lei entra em vigor na d~tade sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.
Brasília, em de de 1974.LEGlSLAÇ1IO CITADA
LEI N,o 4.594DE 29 DE DEZEMBRO DE 1964Regula a profissão de corretor de se
guros...............................................Art. 13. Só ao corretor de seguros deyi
damente habilitado nos termos desta _Lel eque houver assinado a proposta, deverao serpagas as corretagens admitidas para cadamodalidade de seguro, pelas ~espectivas tarifas inclusive em caso de ajustamentc deprêndios. '
§ 1.0 Nos casos de alterações de prêmíoapor erro de cálculo na proposta ou por aJ~tamentos negativos, deverá o corretor -restítuir a diferença da corretagem.
§ 2 ° Nos seguros efetuados diretamenteentre' o segurador e o segurado, sem interveníêncía de corretor, não haverá corretagem a pagar.. ' .
Art. 17. É vedado aos corretores e aosprepostos:
a) aceitarem ou exercerem empregos .depessoa jurídica de direito público, Inclusivede entidade paraestatal;
b) serem sócios, administradores, procuradores despachantes ou empregados de empresa' de seguros. -
Parágrafo único. O impedimento previ~to neste artigo é extensivo aos SOCIOS e diretores de empresa de corretagem.
...........................................Art. 19. Nos casos de aceitação de pro
postas pela forma a que se refere a alínea"b" do artigo anterior, a ímportãncía :t:a- .bitualmente cobrada, a titulo de eormssao,calculada de acordo com a tarifa respectiva, reverterá para a criação de escolasprofissionais (Vetado) e criação de um"Fundo de Prevenção contra incêndios".
§ 1.0 As empresas de seguros escriturarão essa importância em livro devidamenteautenticado pelo Departamento Nacional de
,Seguros Privados e Capitalização.
§ 2.0 A criação e funcionamento dessasinstituições ficarão a cargo do Instituto deResseguros do Brasil, que arrecadará essasimportâncias diretamente das entidades seguradoras.
............................................MENSAGEM N,o 485, DE 1974
DO PODER EXECUTIVOExcelentíssimos Senhores Membros do
Congresso Nacional:
Nos termos do art. 51 da Constituição,tenho a honra de submeter à elevada dellberaçâo de Vossas Excelências, acompanhas,do de exposição de motivos do Senhor Ministro de Estado da Indústria e do Oomér-:cio, o anexo projeto de lei que "dispõe sobre a contratação de seguros sem exigências e restrições previstas na Lei n,o 4.594,de 29 de dezembro de 1964".
Brasília, em 2 de outubro de, 1974. _ ,Ernesto Geisel. .
, .EXPOSIQAO DE MOTIVOS N.o GM/90, DEi
13 DE SETEMBRO DE 1974, DO SENHORMINIBTRO DE ESTADO DA INDÜSTRIA,E DO COMÉRCIO. - -
Excelentissimo Senhor Presidente da Re-"pública:
A Lei n. O 4.594, de 29 de dezembro de1964, alterou a estrutura do processo de eo- "mercialização do seguro, promovendo a'substituição da sociedade seguradora pelo,corretor. Para isso, desestimulou a venda'direta, tornando-a inviável pela eríacão doônus do recolhimento da corretagem respectiva a um Fundo de ensino profissionale de prevenção contra incêndio.
2. Essa substituição da seguradora pelocorretor viria, no entanto, gerar distorçõesno crescimento do mercado. Com o desenvolvimento econômico e social do Pais houve mudança' geral de ordem de grandeza,alterando-se a renda per eapíta, as dimensões das empresas e a expressão de todasas espécies de relações econômicas e financeiras. A procura de seguros, em conseqüência, adquiriu novas características ampliando-se em todos os níveis. Mas á comercialização do setor, ao invés de acompanhar essa evolução, tendeu cada vez maisa exercitar-se no sentido das operacões demaior volume unitário de receita, isto é, demais alta remuneração do intermediário;Assim, marginalizaram-se gradativamente'os pequenos e até 08 médios seguros, cuj Il.'procura crescente ficou sem a resposta ade>quada de uma oferta compatível e a alimentação do Fundo tornou-se eventual eínexpressíva, Hoje, a Fundação Escola Nacional de Seguros é suprida em maioria porrecursos do Instítuto de Resseguros do Brásíl, Superintendência de Seguros Privados edas instituições do mercado segurador.
3. O fenômeno tem graves implicaçõesporque exclui do sistema dê previdênciáexatamente os que mais se ressentem comessa marginalização. E também porque emconseqüência, abre imperdoável lacuna' emcapítulo dos mais importantes no elenco dasfunções econômicas e sociais do seguro privado.
4. Essa mutilação da oferta está em radic~l e completo desacordo com a políticamais adequada ao setor, que alinha entreseus ()bjetivos prioritário/i; a massificação doseguro, decerto o único caminho para aviabilização do imperativo de tornar-se expressíva a relação entre a receita de prêmios e o produto nacional. Ora, consumode massa importa em horizontalizar o pro-
Outubro .de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 7935
a) Severo Fagundes Gomes
cesso de comercialização, simplificando ebaixando custos, para assim ajustá-lo àprópria estruturação da procura, cujasclasses de maior freqüência correspondemaos pequenos e médios consumidores.
5. Urge, portanto, corrigir a distorção deoferta hoje existente no mercado segurador nacional. Para isso, o mecanismo alvitrado no anexo anteprojeto de lei é o restabelecimento dos canais de venda diretadas seguradoras no segmento inferior domercado, constituído pelos seguros de interesse das pessoas físicas e os casos em geralem que os prêmios de tarifa não ultrapassem a 5 vezes .0 ma.or salário mínimo vigente no País. Esse limite, satisfatório nafase atual, poderá ser revisto pelo Conselho Nacional de Seguros Privados, sempreque necessário para seu ajustamento à dinâmica do processo de transformação daestrutura operacional e empresarial domercado. A proposição, recomendando fórmula eficaz de restauração da plenitude daoferta, vai também ao encontro de. persistente reivindicação da classe seguradora,consubstanciada em expressiva Resoluçãoda 7.& Conferência Brasileira de SegurosPrivados, realizada em 1970 na cidade deRecife.
6. A política de seguros deve inovar, emnumerosos e variados aspectos, a estruturae o desempenho do mercado, procurandoelevá-lo a ordem de grandeza consentâneacom o grau de evolução da economia nacíonal. Diante de horizontes tão largos, comefeito não se justifica a manutenção deobstáculos como o que o anteprojcto que oratenho a honra de submeter à consideraçãode Vossa Excelência procura remover.
Aproveito a oportunidade para apresentar a Vossa Excelência, Senhor Presidente,os protestos' do meu mais profundo respeito.
PROJETO DE LEIN.o 2.291, de 1974
(Do Sr. Francisco Amaral)Acrescenta parágrafo ao artigo 450 da
Consolidacão das Leis do Trabalho,aprovada 'pelo Decreto-lei 'n,? 5.452, de1.0 de maio de 1943.
(As Comissões de Constituição e Justiça e de Trabalho e Legislação Social)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.° O artigo 450 da Consolidação das
Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-l~in.o 5.452, de 1.0 de maio de ,1943, mantidasua atual redação, passa a vigorar acrescido dos seguintes parágrafos:
"Art. 450 .
§ 1.0 O comissionamento compreende oprovimento de cargos de direção, gerên-
, cía e outros de cofiança imediatà doempregador, com tais declarados emnormas da empresa ou no ato da designação.§ 2.° A substituição ocorrerá nos casosde afastamento temporário do ocupante do cargo ou função e terminará coma volta do empregado efetivo ou coma vacância do cargo.
§ 3.° A interinidade compreende o provimento a titulo precário dei um cargoou função e não poderá exceder a duração de 90 (noventa) dias, ciente o designado.§ 4.° Quando a empresa tiver quadrode pessoal organizado em carrreíra outabela de cargos escalonados em classes,as vagas abertas serão providas no prazo máximo de 90 dias, sob pena de ocontemplado pelo acesso ou promoção
fazer jus a seu salário a partir da dataem que ocorrer a vaga."
Art. 2.° Esta lei entra em vigor na datade sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário. .
Justificação
O projeto de lei que tenho a honra desubmeter à consideração do Congresso Nacional, e que me penitencio nâo tê-lo feitoantes, não é fruto de um anseio de renovação de seu modesto autor. É, antes, inspirado na melhor doutrina [uridico-trabalhtstanacional, integra-se na ."mens legis" daprópria Consolidação das Leis do Trabalho,e é, de certo modo, um projeto de uma leimeramente interpretativa, tanto assim quemuitos dos conceitos que estabelece já sãoconsagrados na doutrina e, timidamente,embora, já têm merecido aceitação jurisprudencial.
De fato, muito se' discute quando se cuida da técnica legislativa, da conveniênciaou não do uso de definições ou conceitos rígidos nas normas' legais. Predomina a tesecontrária às definições, porque elas se apresentam sempre perigosas, passiveis ao menos de criticas. Entretanto, algumas vezes olegislador precisa traçar rumos certos, poisse é verdade que a jurisprudência constróicom sabedoria, não é menos certo que aconstrução jurisprudencial é excessivamentelenta, e a jurisprudência ao se pacificar,deixa para traz uma série de injustiças irremediáveis por força do instituto da coisajulgada.
O Código de Processo Civil em vigor, optoupelos conceitos precisos, objetivos, emboranão de modo generalizado. Fê-lo a nosso ver.na medida do necessário, e teria sido maisfeliz se prevalecesse o Anteprojeto elaborado pelo professor Buzaid quando este nãointegrava o governo.
De qualquer modo, fixando-nos ao projeto, acreditamos que sua melhor justificaçãoseja o texto que 1be atribuimos.
É notória a dificuldade de interpretaçãodo art. 450 da Consolidação das Leis do Traba1bo, cujo teor é o seguinte:
"Art. 450 Ao empregado chamado aocupar, em comissão, interinamente ouem substituição eventual ou temporáriacargo diverso do que exercer na empresa, serão garantidas a contagem dotempo naquele serviço, bem como a voltaao cargo anterior."
Essa redação, data venla, fica no terrenodo óbvio. Evidentemente; se o empregadopassa a ocupar outro cargo, a qualquer titulo, continua como empregado; e assim háde ter o tempo contado para, os efeitos deantigüidade, fonte de tantos direitos. Igualmente, se o exercício não tem caráter efetivo, é 'evidente que, cessada a razão do deslocamento, o empregado terá direito à voltaa seu cargo efetivo.
Os her:íneneutas do Direito do Trabalho,têm interpretado esse artigo como uma indicação, quase a contrário-senso, de queo empregador pode aproveitar o empregadoem cargo diverso do seu, seja em substituição a ausentes, seja no exercício de cargosde provimento em comissão, seja mesmo emcaráter interino até que o cargo seja provido em forma regulamentar ou segundo asconveniências do empregador.
Mas, dentro desse quadro, a liberdade patronal é infinita, gerando a insegurançapara o trabalhador, hoje exercendo um cargo e amanhã retrocedendo a outro de menorhierarquia, de menor projeção e de menorsalário, com prejuízos econômicos e moraisfacilmente avaliáveis.
O problema da substituição, quando verdadeira, não gera dificuldades. Se alguém é '
chamado a substituir um empregado licenciado por qualquer motivo, sabe que com avolta do substituído cessa a substituição,sem qualquer "capitis deminutio" para osubstituto que retorna à sua antiga função.
Dificuldades surgem no comissionamentoe na interinidade.
Quanto ao comíssíonamento, no verdadeiro sentido da palavra.ise traduz no exercíciode função superior, a prazo indeterminado.Poderia confundir-se com a interinidade seesta. também fosse a prazo indeterminado.Ora, a lei não emprega palavras inúteis. Seinterinidade e comissíonamento fossemuma e mesma coisa, não havia razão paraque os dois vocábulos se juntassem no .art,450 da C:.:.
Os comentaristas da Consolidação das Leisdo Trabalho, teoricamente, são acordes nadistinção e na conceituação das espécies:comtssíonamento ocorre quando ° empregado é chamado -a exercer 11m cargo dechefia "de provimento em comissão": interinidade quando se abre a vaga e o empregador aproveita outro empregado parapreenchê-Ia enquanto procura outro que tenha títulos para o cargo ou enquanto seprocessam os trâmites para as promoções.Por isso, esses comentaristas e doutrinadores, notadamente Arnaldo Sussekind e Evarísto de Moraes Filho. o primeiro em seus"Comentários à CLT e Legislação Complementar", e o último em brilhante parecer,.insistem na fixação de um prazo curto paraa interinidade, sugerindo mesmo Mestre Sussekind que esse prazo seja de, 30 (trinta)dias, por ele preconizado também em acórdãos do Tribunal Superior do Trabalho,quando a este emprestou o brilho de sua inteligência. Ainda recentemente o TribunalRegional do Trabalho, da 2.& Região, emacórdão da lavra do talentoso Juiz RobertoMário Rodrigues Martins aceitou a tese, embora considerandc escasso o prazo de 30edias, ao examinar o caso de um ocupante dechefia média que se estendera por cerca dedois anos.
Deixar que a jurisprudência "construa" anorma em casos como esse, como reclamam,pelo menos à luz do texto legal, aludidosjuristas, é data venia, perigoso, pois nessaquestão de tempo o Juiz agirá não apenasdiscricionariamente. mas arbítrartamente.A diferença de 30 dias preconizada porArnaldo Sussekind para a de 90 dias sugerida por outros, e ainda para um ano (experimentaI segundo o § 1.~ do art. 478 da CLT)ou 2 (prescrição aqutsltíva) como queremainda outros, é muito grande. E, possivelmente, nem em 50 anos a jurisprudência sepacificaria nessa matéria.
Por outro lado. era de mister conceituarse legalmente o "cargo em comissão", poisdo contrario, fixado o limite de tempo paraa interinidade e, de certa forma, para asubstituição, facil seria ao empregador usaro "comissionamento" como válvula de escape.
Foi assim, buscando inspiração na lição demestre, não só dos já mencionados como ainda em Mozart Victor Russomano,Cesar1no Júnior, Délio Maranhão e. muitosoutros, que elaboramos o presente projeto,atendendo ainda a reclamos de sindicalistas autênticos, como o Presidente Somaio,do Sindicato dos Ferroviários da Cia. Paulista, Francisco Mendes, Presidente do Sindicato dos Ferroviários da Zona Mogiana, emuitos outros, que sentem de perto as dificuldades surgidas na interpretação do art.450 do diploma consolidade.
O projeto limita-se a apresentar ou melhor a acrescentar, quatro parágrafos aoaludido artigo: o primeiro define "comtssíonamento" como o provimento de cargo dedireção, gerência e outros de confiança imediata do empregador, como tais declarados
'7936 Sáb~o 5 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 197~
em normas da empresa ou no ato de designação. Reconhecemos que o conceito de cargo de confiança é também controvertido.Mas, a respeito, a doutrina e a jurisprudência já fixaram limites bem deflnídos e nãocremos que as dificuldades nesse terrenoconstituam barreiras à boa aplicação danorma; D segundo, conceitua singelamentea substituição; o terceiro, define a mtertnídade,fixando-lhe a duração máxima de 90dias.
O parágrafo quarto, à primeira vista parece extravasar o âmbito do art. 450 e dospróprlcs parágrafos que se pretende acrescentar. Entretanto, há intima correlação,notadamente com a interinidade, pois é justamente nas vagas abertas em empresasque têm quadros de pessoal organizado emcarreira ou têm tabelas fixas de pessoal esalários, que ocorrem em designações interinas. Raramente se cogita de interinidadenas empresas que não têm quadros de pessoal organizados, isto é, naquelas em que osalário é fixado "pro-homlnern" e não pelocargo.
É esse o projeto que confio ao CongressoNacional, na certeza de que merecerá o -carinho dos senhores Congressistas, inclusivepara seu aperfeícoamerito no que necessário.
Sala das Sessões, de setembro de 1974._ Francisco Amaral.
PROJETO DE LEIN.o 2.292, de 1974
(Do Sr: Francisco Amaral)Dispõe sobre cancelament& de débitos
das entidades de fins filantrópicos paracom o Instituto Nacional da Previdência Social.
(ANEXE-SE AO PROJETO DE LEI NúMERO 1.050, DE 1972, NOS TERMOS DOART. 71, DO REGIMENTO INTERNO.)
O Congresso Nacional decreta:. Art. 1.0 F i c a m cancelados os débitos
para com o Instituto Nacional da Previdência Social - abrangendo multas, jurose correção monetária -, relativos às taxas,. e responsabilidade do empregador a quese refere a Lei n.? 3.577, C:e 4 de 'julho de1959, levantados contra instituições de caráter filantrópico.
Parágrafo único. Serão arquivados osprocessos de cobrança, em qualquer faseem que se encontrem, cujos débitos tenhamsido levantados a partir de 1.0 de janeirode 1969, contra entidade mantenedora eseus respectivos departamentos ou associações subordir.adas.
Art. 2.° As entidades beneficiadas deverão apresentar, no prazo de seis (G) meses a partir da vigência desta Lei, ao setorcompetente da Previdência Boelal, cópia'autenticada de seus estatutos, comprovando que os membros de suas diretorias nãopercebem qualquer remuneração. assimcorno protocolos de pedidos de registro noConselho Nacional de Serviço Social, declaração de utilidade pública federal e certificado de fins filantrópicos.
Art. 3.0 O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de sessenta (60) dias.
Art. 4.° Esta Lei entra em vigor na datade, sua publicação.
Art. 5.° Revogam-se as disposições emcontrário. .
Justificação
Há, espalhadas por todo o território nacional, centenas de entidades filantrópicase de benemerência, que prestam importantes serviços de natureza social à comunidade, abrigando, educando e instruindocrianças e adolescentes pobres ou abandoriados, bem como excepcionais ou deficientes físicos, pessoas idosas ou inválidas.
Em verdade, essa função deveria ser exer·cida pelo Estado que, no entanto, não temdedicado a devida atenção ao setor de assistência e promoção social, em parte devidoao fato de existirem centenas de entidadesparticulares que, desinteressadamente, executam essa elevada missão.
É sabido que um número bastante grandede 'entidades filantrópicas ainda não estáregistrado no Conselho Nacional de Serviço Social, não dispondo, igualmente, dedeclaração de utilidade pública e certificado de fins filantrópicos.
O fate se deve, fundamentalmente, a queos abnegados dirigentes dessas entidades,que não recebem qualquer remuneração,desconhecem as exigências para obtençãodos. aludidos titulos, estando, não raras vezes, em locais distantes e remotos desseimenso País, não tendo acesso à legislaçãoque disciplina a matéria.
Em virtude dessa circunstância, essas entidades estão' sendo lançadas às portas dodesespero, ameaçadas de encerrar suas atividades, tendo em vista a. atuação da fiscalização do INPS que, corri rigor inusitadoe muito raramente aplicado em outros setores, como a Indústl"ia, tem levantado débitos dessas entidades, aplicando, ainda,pesadas multas, juros e correção monetária.
Temos para nós ser totalmente descabidaessa situação, eis que as entidades em questão têm finalidade essencialmente filantrópica, não remunerando sócios e dírígcntes, agindo exclusivamente em favor dacomunidade e dos menos favorecidos.
Efetivamente, é absurdo que o Poder Público levante débitos previdenciários e aplique multas a associações que, desinteressadamente, estão a executar gratuitamenteuma função que, em verdade, é sua.
Nessa conformidade a nós nos parece quetodos os débitos prevídencíártos dessas entidades filantrópicas e de benemerência devam ser desde logo cancelados, exigindo-seque estas, em prazo razoável, apresentemcomprovantes de que seus dirigentes nãopercebem remuneração a qualquer título,assim como protocolos de pedidos de registro no Conselho Nacional de Serviço Social, de certificado de fins filantrópicos ede declaração de utilidade pública.
Dessa forma, por consubstanciar essasmedidas, submetemos o projetado à consideração de nossos nobres pares, esperandoque mereça a indispensável aprovação.
Sala das Sessões, aos 23-9-74. -' Francisco Amaral.
LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DAS COMISSõES
PERMANENTES
LEI N,o 3.577DE 4 DE JULHO DE 1959Isenta da taxa de contribuição de
previdência dos Institutos e Caixas deAposentadoria e Pensões as entidadesde fins filantrópicos reconhecidas deutilidade pública, cujos membros desuas diretorias não percebam remuneração.
O Presidente da ~epública:
Faço saber que o Congresso Nacionalmanteve e eu promulgo nos termos do Art.70, § 3.0 , da Constituição Federal, a seguinteLei:
Art. 1.0 Ficam isentas da taxa de contribuição de previdência aos Institutos eCaixas de Aposentadoria e Pensões as entidades de fins filantrópicos reconhecidascomo de utilidade pública, cujos membrosde suas diretorias não percebam remuneração.
Art. 2.° As entidades beneficiadas pelaisenção instituída pela presente Lei ficamobrigadas a recolher aos Institutos apenasa parte devida pelos seus empregados, semprejuízo dos direitos aos mesmos conferidos pela legislação previdenciária.
Ar, 3.0 Esta Lei 'entrará em vigor nadat... de sua publicação, revogadas as dis-posições em contrário. .
Rio de Janeiro, 4 de julho de 1959; 138.°da Independência e 71.0 da República.. JUSCELINO KUBITSCHEK - FernandoNóbrega - S. Paes de Almeida.
DECRETO N.o 1.117DE 1.0 DE JUNHO DE 1962
Regulamenta a Lei n,? 3'.577, de 4 dejulho de-1959, que isenta da taxa decontribuição de Previdência dos Institutos de Aposentadoria e Pensões àsentidades filantrópicas.
O Presidente do Conselho de Ministros,usando das atribuições que lhe confere oart. 18, item UI do Ato Adicional à Constituição Federal, decreta:
Art. 1.0 Compete ao Conselho Nacionaldo Serviço Social, certificar a condição deentidades filantrópicas para servir de provano Instituto de Previdência a que estíversujeita a Instituição beneficiária da ísen-,ção, prevista na Lei n.o 3.577, de4 de julhode 1959.
Parágrafo único. Cabe ao mesmo Conselho o julgamento dos ti tulos necessários'à declaração de utilidade Pública.
Art. 2.° São entidades filantrópicas;para os efeitos deste decreto, as Instituições que:
a) destinarem a totalidade das rendasapuradas ar atendimento gratuito das suasfinalidades;
b) que os diretores, sócios ou irmãos, nãopercebam remuneração e não usufruamvantagens Ou benefícios, sob qualquer título;
c) que estejam registradas no ConselhoNacional do Serviço Sociá1. f
Art. 3.° Fica concedido o prazo de doisanos, para que as Instituições filantrópicasobtenham os Decretos de Utilidade Pública,a que se refere o artigo anterior.
Parágrafo único. Enquanto não foremlavrados os citados Decretos serão válidospara os efeitos do artigo 1.° da Lei número3.577, as "declarações de .Utilidade Pública", já expedidas ou que venham a .erexpedidas pelos Governos e Câmaras Estaduais e Municipais.
Art. 4.0 O Conselho Nacional do ServiçoSocial expedirá um certificado provisóriode "Entidade de fins Filantrópicos:', válidopor dois anos, às Instituições que se encontrarem registradas ou que venham' a seregistrar no Conselho.
Parágrafo único. As Instituições filantrópicas, que mantiverem organizações'hospitalares ou para-hospitalares, registra":das na Divisão de Organização Hospitalar,do Ministério da Saúde, o Conselho fornecerá o certificado, a que se refere o presente artigo, independente de qualquer outra formalidade ou exigência.
Art. 5.° Este Decreto entra em vigor nadata de sua publicação, revogadas as dísposições em contrário.
Brasília, 1.0 de junho de 1962; 141.0 daIndependência e 74.0 da República. TANCREDO NEVES - Souto Maior - An-dré Franco Montoro, .
. LEI N.o 1.493DE 13 DE DEZEMBRO DE 1951Dispõe sobre .o pagamento de auxí
lios e subvenções..~"
·····························A··.···~·····A
Outubro de 1974 DIARJO DO CONGUESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 7937
CAPíTULO IH
Das entidades que podem ser beneficiadas
Art. 5.° Somente poderão ser beneficiadas com subvenções, entidades que visemespecificamente aos seguintes fins:
I --ProUlOver a educação e desenvolvere. cultura;
II -- Promover a defesa da saúde e aassistência médico-social;
III - Promover o amparo social da coletividade.
Art. 6.° Não se concederá. subvenção:I) A Instituição que:
. a) vise a distribuição de lucros ou dividendos a seus participantes;
h) constitua patrãmônío de indivíduo ousociedade sem caráter filantrópico;
c) tenha finalidades precipuamente recreativas, esportivas ou comerciais;
d) '" (revogado) ~ ..e) não tenha sido fundada até 31 de de
zembro do ano anterior ao" da. elaboraçãoda lei orçamentária;. f) não esteja regularmente organiza~aátê 31 je dezembro do ano da elaboraçaoda lei orçamentária;
g) não tenha pedido registro no Conselho Nacional de Serviço SOcial ou cujo regístro tenha sido negado definitivamente.
II) A caixa de aposentadoria e pensão,sociedade de montepio e congêneres.
.- .. ~ .Art. 24. Esta Lei entrará em vigor na
data de sua publicação, revogadas as disposições em contrária.
REGISTRO NO CONSELHO NACIONALDE SERVIÇO SOCIAL
. Documentos exigidos:
1. Requerimento, assinado pelo Presidente da Instituição, onde conste;
.' a) nome completo da entidade;b) endereço (rua, número, bairro, cidade
e Estado);c) assinatura, nome e função do reque
rente.
PROJETO DE LEIN.O 2.293, de 1974
(Do Sr. Diogo Nomura)
Institui o Ipê, como flor nacional doBrasil, e dá outras providências.
(As Comissões de Constituição e Justiça, de Agricultura e Política Rural ede Finanças.)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O ipê amarelo (tecoma longif~o
ta) passa a ser considerado como flor naeional do Brasil.
Art. 2.° Fica instituída a Semana Nacional do Ipê, a ser comemorada na segundasemana do mês de setembro de cada ano.
Art. 3.0 Os festejos e comemorações, decaráter cívico, cultural e popular, deverãorealizar-se em todo o território nacional, sobo patrocinio e organização do Ministério daEducação e Cultura.
Art. 4.0 Anualmente, o Ministro· da Educação e Cultura baixará portaria designando os membros da Comissão Nacional dosFestejos da Semana do Ipê.
Art. 5.° Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 6.° Revogam-se as disposições emcontrário.
.JustificaçãoO ipê, por certo, é a árvore que com mais
propriedade pode representar a flora brasileira. eis que se adapta praticamente a todo o território nacional.
A floracão do ipê atinge o apogeu em finsdo mês de agosto e principio de setembro,colorindo nossos campos de amarelo e deroxo, suas espécies mais freqüentes, e anunciando que a primavera está ):'01' cregar.
Dai termos escolhido a segunda semanado mês de setembro, anualmente, para ascomemoracões da Semana Nacional do ipê.Nessa época do ano a árvore apresenta seuaspecto mais atraente, o que serviria demotivação aos festejos nas escolas, nas praças públicas e nos campos de nossa Pátria,sempre no sentido de estimular no espirítodo povo-o amor pela natureza e a preserva-
. ção do mais expressivo exemplar da nossaflora.
Inúmeros países, no mundo inteiro, dedicam especial atenção a esse problema. Emalguns deles, a árvore ou a flor participamaté dos símbolos nacionais. Ninguém ignora,por exemplo, que o lírio é o símbolo do po,:ofrancês' as cerejeiras falam pelo proprioJapão; 'as 'tulipas sugerem o povo holandês.Aqui mesmo, entre nós, o café já teve seulugar no próprio pavilhão nacional do Império.
Nos dias que correm, marcados pela dureza dos tempos modernos, pelo menos umasemana por ano seria dedicada à naturezae à tranqüilidade que ela sugere. Sobretudoàs eríancas dirigiríamos esses festejos; estariamos temperando com amor os coraçôesdaqueles que, muito em breve, dirigirão nossos destinos.
Sala das Sessões, 23 de setembro de 1974.- Diogo Nomura.
PROJE'fO DE LEIN.O 2.294, de 1974
(Do Sr. Antônio Floréncio)
Altera o Plano Nacional de Viação,aprovado pela Lei ri.? 5.917, de 10 desetembro de 1973, incluindo a ligaçãoferroviária que menciona.
(As Comissões de Constituição e Justiça, de 'I'ransportes e de Finanças.)
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 O Plano Nacional de Viação,aprovado pela Lei n.? 5: 917, de .10 ~e setembro de 1973, fica acrescido da ligação ferroviária entre Mossoró e Fortaleza, passando aintegrar a relação descritiva das ferroviasdo Plano Nacional de Viação, na forma seguinte:
"3.2.2. Relação Descritiva das Fer-rovias do Plano Nacional de Viação."
LIGAçõES
Mosst)ró - Fortaleza RN-Cl!.
Art. 2.° Esta lei entra em vigor na datada sua publicação.
Art. 3.0 Revogam-se as disposições emcontrário.
Justificação
Trata-se de uma via da maior importância para a economia dos Estados do RioGrande do Norte, do Ceará, do Piauí e doMaranhão, ligando os Portos Salineiros de(Macau e Areia Branca) aos portos de (For-.taíeza, Luís Correia e Itaqui.)
A linha férrea pretendida pela proposição. entre Mossoró e Fortaleza, ligando a EF-41O
li. EF-415, completa o anel ferroviário pelo
litoral que vai até o Porto de Itaqui em SãQLuís do Maranhão.
A região salíneíra Macau - Mossoró Areia Branca é também a maior reserva decalcáreo existente no Pais. Acaba de seraprovado pelo Governo Federal a implantação de um projeto de barrilha em Macaupara produzir 400.000 toneladas ao ano, como aproveitamento de calcário e de sal existentes no local.
2. Encontram-se em final de elaboraçãodois projetos de cimento a serem implantados nas regiões de Areia Branca e Mossoró,cuja capacidade de produção anual atingirá 1. 000.000 toneladas de cimento e clinker, destinados aos mercados internos o externos.
3. Considerando lue o Polo Siderúrgico doMaranhão consumirá grande quantidade decalcário, e sendo a região de Macau Areia Branca - Mossoró a única com a possibilidade de atender a essas necessidades,torna-se mais evidente a construção dessarodovia.
Por outro lado, sabendo-se outrossim, queFortaleza abastece hoje de combustível àárea de Mossoró - Areia Branca, a qual,sem dúvida alguma, se tornará grande consumidora, a partir do momento que nelaterem instaladas essas grandes fábricas decimento, ainda mais agora com o início deoperação do terminal Salineiro.
4. A produção de algodão, de óleos vegetais, de cisal e de cêra de carnaúba dessaregião do Rio Grande .ío Norte é toda elaexportada pelo Porto de Fortaleza além daprodução de cimento da fábrica já existente em Mossoró.
A totalidade desse transporte é feitaatualmente por rodovias, o que não se justifica mais pelo seu elevado custo.
Razões essas que nos levaram a apresentar o presente projeto de lei que temos ahonra de submeter aos dignos pares do Congresso Nacional.
Sala das Sessões, em de setembro de1974. - Antônio Florêncio.
LEGISLAÇAO CITADA, ANEXADAPELO AUTOR
LEI N.o 5.917DE 10 DE SETEMBRO DE 1973
Aprova o .Plano Nacional de Viação, edá outras providências.
O Presidente da República
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1.° Fica aprovado o Plano Nacionalde Viação (PNV) de que trata o artigo 8.°,item XI, da Constituição Federal, representado e descrito complementarmente no documento anexo contendo as seguintes seções:
1. Conceituação Geral. Sistema Nacionalde Viação.
2. Sistema Rodoviário Nacional:
2 .1 conceituação;
2.2 nomenclatura e relação descritiva dasrodovias do Sistema Rodoviário Federal, integrantes do Plano Nacional de Viação.
3. Sistema Ferroviário Nacional:
3.1 conceituação;3.2 nomenclatura e relação descritiva i:lall
ferrovias integrantes do Plano Nacional deViação.
7938 Sábado 5 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 19?4
4. Sistema Portuário. Nacional:
4.1 conceituação;
. 4.2 relação descritiva dos portos marítimos, fluviais e lacustres do Plano Nacionalde Viação.
5. Sistema Hidroviário Nacional:5.1 conceituação;
5.2 relação descritiva das vias navegáveisínteríores do Plano Nacional de Viação.
6.. Sistema Aeroviário Nacional:
3.2.2' - RELAÇÃO DESCRITIVA DAS FERROVIAS DO ~LANO NACIONAL DE VIAÇÃO
EF Pontos de PassagemUnidades da
FederaçãoExten
são(km)
Superposição *EF km
FERROVIAS DIAGONAIS364 Presidente Vargas-Araraqúara-Cam-
pinas-São Paulo-Santos .366 Panorama-Bauru-Itirapina .369 Ourinhos - Apucarana-Guaira-Porto
Mendes oo. o , .LIGAÇÕES
401 Serrado Navio-Porto Santana ..•...404 . Luís Correia-Entronco c/EF-225 ....•405 Fortaleza-Sobral-Crateús .410 E n t r o n c. c/EF-415-Areia Branca-
Mossoró-Souza .415 Macatl-Natal-Entronc. c/EF-101 .418 Ribeirão (EF-1011-Barreiros .420 Entronco c/EF-101-Maceió (Jaraguá).430 Entronc. c/EF-116-Sáo F r a n c i s c o
(Alagoinhas) .445 Campinho-U b a i t a b a-Jequié-En-
. trancamento c/EF-025 .452 Goiânia-Roncador .455 Diamantina---Governador Valadares ..457 São Pedro UbiáJ-Uberaba .458 Itabira-Entronc. c/EF-262 .459 Capitão Eduardo-Entronc. c/EF-262-
Belo Val.e-Joaquim Murtinho .460 T rês Rios-Governador Portela-Ml
guel Couto-Duque de Caxias-Rio deJaneiro .
461 Ponte Nova-Miguel Burnier .462 Costa Lacerda---Fazcnda Alegria (Mi-
guel BurnierJ-Fábrica .463 Ipatinga-Capitão Martins-Ponte No
va-Ubá-Ligação-Furtado Campos-Bicas-Três Rios o .
464 Aureliano Mourão-Antônio Carlos ..•465 Colômbia-Araraqúara .466 Passos-São Sebastião do P a r a í s o-
Evangelina-Ribeirão Preto-PontaL-Entronc. c/EF-465 .
468 Presidente Epitácio-Presidente Pru-dente ' .
469 IndubrasiL-Ponta Porá .470 Três Corações-Sociedade Minas-Cru-
zeíro , .471 Entronc. c/EF-116-Mogi-Mirim .472 Visconde de ItaboraÍ-São Bento .473 Japeri-Terminal Marítimo de Santa
Cruz (Cosígua) c ..474 Honório Gurgcl-Mangaratiba-Angra
dos Reis o o .478 Entronc. c/EF-479 (J u r u b a t u b 0.)-
Evangelista de Souza .479 Jurubatuba-Entronc. c/EF-478-0uro
Fino-Suzano-São Miguel PaulistaCumbica-Guarulhos-Ba i r r o do Limão-Entronco c/EF-364-Jurubatuba
480 Mayrink-Entronc. c/EF-479-Jundia-peba-São Sebastião .
481 Apucarana-Ponta Grossa ..........•.482 Entronc. c/EF-481-'-H a r m o n i a-En
troncamento c/EF-153 - Entronca-mento c/EF-116 .,: .
'485 Porto União-Mafra-São Francisco doSul ..
486 Ijuí-Palmeira das Missões-Chapecó-Pato Branco-Porto União .
487 Itajaí-Blumenau-Ponte Alta-EF-1l6-Vale do Rio do Peixe .
488 Imbituba-Tubarão-Treviso .••.. , .••489 Lauro Müller-Tubarão .•••••••••••••490 Esplanada-Rio Deserto ; .•••••••••••491 Passo Fundo-Roca Sales .•••••..••.•
SPSP
SP-PR
APPICE
RN-PBRNPEAL
BA
BAGOMGMGMG
MG
RJ-GBMG
MG
MG-RJMGSP
SP
SPMT
MG-.,MG-SPRJ
RJ-GB
GB-RJ
SP
SP
SP
PRo
PR
scRS-SC-PR
SCSCscscRS
824535
683
194310442
320235
5675
317
36422524027336
103
181146
109
412202253
281
104304
170220
48
32
112
33
..
040 14
050 9
107
427
13
Outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Se~ão I) Sábado 5 '7939
.* A extensão superposta quando ocorre, consta apenas na ferrovia de maior numeração.
PROJETO DE LEIN.o 2.295, de 1974
(Do Sr. Mário Telles)Dispõe sobre condições de funciona
mento de empresas de transporte decarga por via terrestre.
(As Comissões de ConstituiçãÓ e Justiça, de Transportes e de Economia,Indústria e oomércío.i
O Congresso Nacional decreta: -Art. 1.0 Somente poderão funcionar no
País as empresas de transporte de cargapor via terrestre que tenham:
I - sede no Brasil;II _ pelo menos 70% (setenta por cento)
do capital social pertencente a brasileiros;lU - direção confiada exclusivamente
a brasileiros.Art. 2.d Esta Lei entrará em vigor na
data de sua publicação..Art. 3.° Revogam-se as disposições em
contrário.Justificação
Há menos de um ano, preocupou-se o Governo Federal em baixar Decreto regulamentando a concessão ou autorização deserviço aéreo de transporte regular de passageiro, carga e mala postal.
O Capítulo lU daquele Decreto - quetomou o n.o 72.898, de 9 de outubro de 1~73_ trata, cuidadosamente, das eondtçõesespeciais que devem preencher as empresasdo ramo interessadas na outorga de concessão e' autorização para funcionamentono País.
Ali no artigo 10, ancontramos exigências totalmente válidas e coadunadas CO~l arealidade, quanto à participação do capitalbrasileiro nas empresas que explorem taisserviços, no evidente intuito de proteger aeconomia nacional e zelar pela SegurançaNacional, tendo em vista a desmesu~adaimportância para os interesses do País a.atívídade tratada pelo Decreto.
Ora é fato consumado que a maior partedo tr~nsporte de carga feito no territóriobrasileiro utiliza a via.terrest~e. Nos~ desenvolvimento rodovíárío ensejou tal SItuação e o que vemos são milhares de caminhões e carretas cruzando o Brasil emtodos os seus quadrantes.
Então, está claro, às escâncaras, qu~ aatividade de que trata o presente projetode lei deve ter sua regulamentação quantoà participação de r;rasileiro e de capit~lnacional na formaçao das empresas dedicadas a esses serviços.
A proposição visa proteger os interessesda Naitão, dada a magnitude que tem atual-
mente o ramo dos transportes de carga porvia terrestre.
Rala das Sessões, - Mál'io Telles.PROJETO DE LEIN.O 2.296, de 1974
(Do Sr. Nogueira de Rezende)Regula o exercício da profissão de
dentista prático, e dá outras providên-cias. .
(ANEXE-SE AO PROJETO DE LEI N.o 484,DE 1971, NOS TERMOS DO ARTIGO 71DO REGIMENTO INTERNO.)O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Os dentistas práticos que exer
çam, há mais de dois anos, essa profissão,em localidades desprovidas de diplomadospor Faculdades reconhecidas, poderão continuar, a título precário, o exercício desseofício, mediante registro no órgão competente à Fiscalização do Exercício da Profissão.
Art. 2.0 Nas localidades onde o númerode dentistas diplomados por Faculdadésreconhecidas por insuficiente ao atendimento da população, poderá ser autorizadoo exercício do prático, também a título precário.
Art. 3.0 O Instituto Nacional da Previdência Social admítírá na categoria deautônomos os profissionais práticos aludidos nos artigos anteriores.
Art. 4.0 Fica assegurado aos dentistaspráticos enquadrados nesta lei, a matriculana primeira série das Faculdades de Odontologia, independente de exames vestibulares e prova de conclusão de ensino médio,
Art. 5.0 Revogadas as disposições emcontrário, esta lei entrará em vigor na datade sua publicação.
JustificaçãoOs dentistas práticas do Brasil terão o seu
encontro em Brasília. dias 4;, õ -e 6 de setembro.
Nos meus vinte e três anos de vida pública como Deputado Federal por Minas Gerais,e na minha convivência com os dentistaspráticos de meu Estado, tenho a convícçàode que essa numerosa classe precisa de umamparo excepcional do Poder Público, pelosrelevantes serviços que presta às populações do interior do País. São eles, como osfarmacêuticos práticos, aqueles que dão aassistência à zona rural e às populaçõesdas vilas e cidades menores.
Muitos deles obtiveram títulos de Faeuldades Livres de Odontologia e Farmácia- que o Governo Federal outrora autorizoua funcionar - e não puderam registrarseus diplomas pelas dificuldades posterioresopostas a esse registro e ao exercício da
RS 114RS 181RS 224
RS 302RS 169MA-PA 850
Total 35.944Total semsuperposição 33.806
LEGISLAÇÃO PERTINENTE, ANEXADA
DECRETO-LEI N.o 7.718DE 9 DE JULHO DE 1945
Dispõe sobre a sítuação profissionalde dentistas diplomados por faculdadesque funcionaram com autorização dosgovernos estaduais.
O Presidente da República: usando daatribuição que lhe confere o artigo 180 daConstituição, decreta:
Art. 1.0 Os' portadores de diploma dedentista, expedido até 31 de dezembrode 1944, por faculdade de odontologia quetiver funcionado. com reconhecimento, subvoncão ou manutencão dos governos estaduais, poderão inscrever-se no respectivoDepartamento 'Estadual de Saúde, medianteprévia habilitação em prova prático-oral.
Art. 2.0 A prova prático-oral, de quetrata o artigo anterior, será processada perante uma comissão examinadora, eonstítuida de dois professores de faculdade deodontologia, federal ou reconhecida, ede um representante do Departamento Nacional de Saúde, e versará sobre higiene,prótese e clínica odontológica, de acordocom uma relação de pontos organizada poresse mesmo' Departamento.
Parágrafo único. constderar-se-ão aprovados os candidatos que obtiverem pelomenos dois votos favoráveis da comissãoexaminadora.
Art. 3.0 Os dentistas habilitados, umavez inscrito o seu diploma no DepartamentoEstadual de Saúde, poderão exercer a profissão somente dentro do respectivo território estadual, e aí desempenhar cargos oufunções públicas estaduais ou municipais.
Art. 4.° Os diplomas de que trata o presente Decreto-lei não poderão ser registrados no Departamento Nacional de Educaçãoou no Departamento Nacional de Saúde, enão darão direito ao exercicio de cargosou funções .públícas federais, nem ao desempenho de funções privativas dos cirurgiões-dentistas regularmente diplomadospor estabelecimento de ensino superior federal ou reconhecido.
profissão. Nada mais injusto. Muitos outrostem larga experiência do ofício, prestamrelevantes serviços às populações do interior, e exercem a profissão no' maíorconstrangimento, muitas vezes sob ameaças da.Fiscalização do Exercício da Profissão.
Além disso, tendo o direito de inscreverse e contribuir para o INPS, como autônomos, esse nosso órgão de Previdência, quecaminha para agasalhar todos os brasileiros, não funcionários públicos, sob seumanto protetor, vem sendo pressionado porentidade representativa de diplomados queconstituem ainda uma minoria no nossogrande País para excluir da Previdênciaos dentistas práticos.
Faze,ndo>coro com os que fazem justiça aessa· numerosa classe, sem que isso tragaqualquer prejuízo aos diplomados, porqueos dentistas práticos estão onde não hátitulares, apresento hoje um projeto de leiem benefício da classe desses laboriosos enecessários dentistas práticos.
a) Nogueira de Rezende.
Art. 13. Os cirurgiões-dentistas só poderão exercer legalmente a odontologia apósO registro de seus diplomas na Diretoria do
"' '
LEI N.o 4.324DE 14 DE ABRIL DE 1964
Institui o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Odontologia, e dáoutras providências.
..............................................;
2.138
Superposição *EF kln
Extensão
(km)
Unidades daFederação ~Pontos de Passagem
Caxias do Sul-Bento Gonçalves-En-troncamento c/EF-116 .Santa Rosa-Santo Angelo-Cruz AltaSanto Angelo-Cero Largo-Santiag? .são Borja-Santiago-Dílermando deAguiar .Cacequi-São Sebastião .Baía de São Marcos-c-Carajás .
EF
493494495
492
497
'7940 Sábado 5 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 19'M
Ensino Superior do MinistériQ da Educaçãoe Cultura, no Serviço Nacional de Fiscalização da: Odontologia do Ministério daSaúde, no Departamento Estadual de Saúde e de sua inscrição nó Conselho Regional de Odontologia sob cuja jurisdição seachar o local de sua atividade.
Art. 16. Todo aquele que, medianteanúncios, placa, cartões ou outros" meiosquaisquer, se propuser ao exercício da odontologia, fica sujeito às penalidades aplicáveis ao exercício ilegal da profissão, se nãoestiver devidamente registrado.
DECRETO N.o 68.704DE 3 DE JUNHO DE 1971
Regulamenta a Lei n.? 4.324, de 14(le abril de 1964.
CAPíTULO IVDa Insertção no Conselho Regional
Art. 22. Somente estará habilitado aoexercício profissional da Odontologia, oCirurgião-Dentista inscrito no Conselho Regional de Odontologia, sob cuja jurisdiçãotiver lugar a sua atividade.
Parágrafo único. O exercício de atividades proríssíonaís privativas do CirurgiãoDentista obriga à inscrição no respectivoConselho Regional.
Art. 25. Somente poderá ser deferida ainscrição no Conselho Regional, ao profissional que apresentar um dos seguintes documentos originais:
a) diploma de Cirurgião-Dentista regls- .. trado nos termos da legislação em vigor;
b) diploma de Cirurgião-Dentista expedido por Faculdade estrangeira, revalidadoe devidamente legalizado;
c) diploma de Cirurgião-Dentista expedido por Faculdade que funcionou comautorização de governo estadual, desde queo portador se tenha beneficiado do Decreto-lei n. O 7.718, de 9 de julho de 1945;
d) licença de dentista prático expedidapor órgão sanitário estadual dentro do prazo estabelecido no Decreto n.o 23.540, de 4de dezembro de 1933, desde que o licenciamento tenha sido requerido até 30 de junhode 1934.
§ 1.0 Quando se tratar de profissionalbeneficiado pelo Decreto-lei n.o 7.718, de ,9 de julho de 1945, referido na alínea c<leste artigo, o .Conselho Regional faráconstar da carteira profissional a impossibilidade de transferência para outro Estadoe, no caso de dentista prático, referido naalínea d, a autorízação de exercício daOdontologia, somente na localidade para aqual foi licenciado.
§ 2.° A inscrição dos profissionais registrados nos órgãce de Saúde Pública até 14de abril de 1964 poderá ser feíta independentemente .da apresentação dos diplomas,mediante certidão fornecida pelas repartições competentes................................................................................. " ..~. -.. , ' ..
PROJETO DE LEIN.o 2.298, de 1974
Considera de utilidade pública aTenda Espírita Caboclo Japuray e MãeOxum, com sede no Estado da Guanabara.
(A Comissão de Constituição e Justiça)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 l'1: considerada de utilidade pú
blica a' Tenda Espírita Caboclo Japuray e
Mãe oxum, com sede na rua Flack n.o 26,no Estado da Guanabara. ""
Art. 2.0 Revogam-se as disposições emcontrário.
Art. 3.° Esta lei entra emvígor na datada sua publicação.
JustificaçãoA Tenda Espírita Caboclo Japuray e Mãe
Oxum é uma sociedade civil devidamenteregistrada e legalizada de acordo com a
. legislação em vigor e que exerce suas atividades em sua sede à rua Flack n,o 26, noEstado da· Guanabara.
Embora suas atividades sejam de natureza religiosa, visando à prática, difusão eestudos da Religião Espiritualista, a TendaEspirita Caboclo Japuray e Mãe Oxum exerce ainda e de acordo com o estabelecimentoem seus estatutos, as seguintes atividades:prestar assistência não apenas religiosamas também socíal. moral e material aosseus associados e membros e à pessoas estranhas e necessitadas de auxílio, devidamente comprovado, residentes nas áreaspróximas da sua sede.
É assim que, dentro das suas poasíbilídades e praticando, sem visar a outros objetivos que não os da caridade cristã: e da solidariedade humana, vem prestando relevantes serviços à comunidade carente derecursos das áras adjacentes à sua sede,inclusive assistência médica, inteiramentegratuita.
Isto lhe confere, sem dúvidas, o caráterde uma organização tipicamente de utilidade pública, pois contribui e coopera dentro das suas possibilidades e limitações comas autoridades, na difícil tarefa de prestarassistência material à população necessita- •da, auxiliando-as no cumprimento dessepesado e difícil encargo. .
a) Florim Coutinho.. .
LEGISLAÇ,ãO PERTINENTE, ANEXADAPELA COO.RDENAÇJW DAS COMISSõES
PERMANENTES
LEI N.o 91DE 28 DE AGOSTO DE 1935,
Determina regras pelas quais são associedades declaradas de utilidade pública.
O Presidente da República dos EstadosUnidos do Brasil:
Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1.0 As sociedades civis, as associações e as fundações constituídas no Paíscom o fim exclusivo de servir desmteressadamente à coletividade podem ser declaradas de utilidade pública, provados os seguintes requisitos:
a) que adquiriram personalidade juridica;
b) que estão em efetivo funcionamentoe servem desinteressadamente à coletividade;
c) que os cargos de sua diretoria nãosão remunerados.
Art. 2.0 A declaração de utilidade pública' será feita em decreto do Poder Exe- .cutívo, mediante requerimento processadono Ministério da Justiça e Negócios Interiores ou, em casos excepcionais, ex ofricio.
Parágrafo único. O nome e característicos da sociedade, associação ou fundaçãodeclarada de utilidade pública serão inscritos em livro especial, a esse fim destinado.
Art. 3.0 Nenhum favor do Estado decorrerá do título de utilidade pública, salvo a
garantia do uso exclusivo, pela sociedade,assocíação ou fundação, de emblemas, flâ.mulas, bandeiras ou distintivos próprios,devidamente registrados no Ministério da.Justiça e a da menção do título coneedído,
Art. 4.0 As sociedades, associações e fundações declaradas de utilidade pública ficam obrigadas a apresentar todos os anos,exceto por motivo de ordem superior reconhecido a critério do Ministério de Estadoda Justiça e Negócios Interiores, relaçãocircunstanciada dos serviços que houveremprestado à coletividade.
Parágrafo único. Será cassada a deelaração de utilidade pública, no caso de intracção deste dispositivo, ou se, por qualquermotivo, a declaração exigida não for apresentada em três anos consecutivos.
Art. 5.0 Será também cassada a' declaração de utilidade pública, mediante representação documentada do órgão do Ministério Público, ou- de qualquer interessado, dasede da sociedade. associação ou Fundação,sempre que se provar que ela deixou depreencher qualquer dos requisitos do art. 1.0
Art. 6.° Revogam-se as disposições emcontrário.
Rio de Janeiro, 28 de agosto de 1935, 114.0da Independência e 47.0 da República.GETúLIO VARGAS - Vicente Báo,
DECRETO N.o 50.517DE 2 DE MAIO DE 1961
Regulamenta a Lei n.O 91, de 28 ·deagosto de 1935, que dispõe sobre a declaração de utilidade pública.
O Presidente da República, usando da.atrlbuíçâo que lhe confere o artigo .87, itemI, da Constituição, decreta:
Art. 1.0 As sociedades civis, associaçõese fundações, constituídas no PaÍJ:l, que sirvam desinteressadamente à coletividade,poderão ser declaradas de utilidade pública, a pedido ou ex officio, mediante decretodo Presidente da República.
Art. 2.0 O pedido de declaração de utUidade pública será dirigido ao Presidenteda República, por intermédio do Ministérioda Justiça e Negócios Interiores, provadospelo requerente os seguintes requisitos:
a) que se eonstítuíu no País;
b) que tem per.sona-lidade jurídica;c) que esteve em efetivo e contínuo fun
cionamento, nos três anos imediatamenteanteriores, com a exata observância dosestatutos;
d) que não são remunerados, por qualquer forma, os cargos de diretoria e quenão distribui lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados, sob nenhuma forma ou pretextos;
e) que, comprovadamente, mediante aapresentação de relatórío circunstanciadodos três anos de exercício anteriores à formulação do pedido,promove a educação ouexerce atividades de pesquisas científicas,de cultura, inclusive artísticas, ou filantrópicas, estas de caráter geral ou índíserímlnado, predominantemente;
f) que seus diretores possuem folha corrida e moralidade comprovada;
g) que se obriga a publicar, semestralmente, a demonstração da receita obtida. eda despesa realizada no período anterior.
Parágrafo único. A falta de qualquer dosdocumentos enumerados neste artigo importará no arquivamento do processo.
Art. 3.0 Denegado o pedido, não poderáser renovado antes de decorrídos dois anos,
Outubro de 1974 DIARIO DO C.ONGRESSO NACIONAL <Seção I) Sábado 5 "1941
.a contar da data da publicação do despachodenegatório.
Parágrafo único. Do denegatório do período de declaração de utilidade pública caberá reconsíderaçâo, dentro do prazo de 120dias, contados da -pubücação.
·Art. 4.0 O nome e características da sociedade, associação ou fundação declarada.de utilidade pública serão ínscrttos em livro especial, que' se destinará, também, à'averbação da remessa dos relatórios a quese refere o artigo 5.0
Art. 5.0 As entidades declaradas de utilidade pública, salvo motivo de força maior,devidamente comprovado, a critério da autoridade competente, ficam obrigadas aapresentar, até o dia 30 de abril de cadaano, ao Ministério da Justiça e NegóciosInteriores, relatório circunstanciado dosserviços que houverem prestado à coletividade no ano anterior.
Art. 6.0 Será cassada a declaração deutilidade pública da entidade que:
a) deixar de apresentar, durante trêsanos consecutivos, o relatório a que se refere o artigo precedente;
b) se negar a prestar serviço compreendído em seus fins estatutários;
c) retribuir, por qualquer forma, osmembros de sua diretoria, ou conceder lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes,mantenedores ou associados.
Art. 7.0 A cassação da utilidade públicaserá feita em processo, instaurado ex officio·pelo Ministério da Justiça e Negócios Interiores, ou mediante representação documentada.
Parágrafo umco . O pedido de reconsideração do decreto que cassar a declaraçãode utilidade pública não terá ereítosuspensívo.
Art. 8.° Este decreto entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as dispo
.síções em contrário.
Brasília, em 2 de maio de 1961, 140.° dáIndependência e 73.° da República. - JANIO QUADROS - Oscar P.edroso Horta.
DECRETO N.O 60.931DE 4 DE JULHO DE 1967
Modifica o Decreto n,v 50.517, de 2 demarço de 1961, que regulamentou a Lein.O 91, de 28 de agosto de 1935.
O Presidente da República, usando daatribuição que lhe confere o artigo 83, ítem
, lI, da Constituição, decreta:
Art. 1.0 Ficam alterados a alínea g, doartigo 2.0, e o artigo 5.0 , do Decreto n,v ....50.517, de 2 de março de 1961, que passama vigorar com a seguinte redação:
"Art. 2.0 .g) .Que se obriga a publicar, anualmente, a demonstração da receita edespesa realizadas no período anterior,desde que contemplada com subvençãopor parte da União, neste mesmo período.""Art. 5.0 As entidades declaradas deutilidade pública, salvo por motivo deforça maior devidamente comprovada,a critério da autoridade competente, 1íeam obrigadas a apresentar, até o' dia30 de abril de cada ano, ao Ministérioda Justiça, relatório circunstanciadodos serviços que houverem prestado àcoletividade no ano anterior, devidamente acompanhado do demonstrativoda receita e da despesa realizada no período, ainda que não tenham sido subvencionadas."
Art. 2.0 Este decreto entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 4 de julho de 1967; 146.0 da Independência e 79.° da República. - A. COSTA E SILVA - Luiz Antônio da Gama eSilva.
PROJETO DE LEIN.O 2.299, de 1974
(Do Sr. Florim Coutinho)Incorpora ao patrimônio da Casa dos
Artistas os direitos autorais havidoscom o falecimento do cantor EvaldoBraga, e determina outras p.rovidências.
(Às Comissões de Constituição e Jus'tiça e de Educação e Cultura).
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.° Sáo incorporados ao patrimônio
da Casa dos Artistas com sede na cidade doRio de Janeiro, Estado da Guanabara, todosos direitos autorais e de interpretação deixados pelo cantor popular Evaldo Braga.
Art. 2.° Fica a Casa dós Artistas investida dos direitos e conseqüentes poderes paraproceder, junto às entidades públicas e particulares, à incorporação dos bens a que serefere o artigo precedente, e autorizada apraticar todos os atos que se fizerem necessários à concretização do estabelecido nestalei.
Art. 3.° A presente lei entrará em vigorà data de sua publicação.
.JustificaçãoO Código Civil, no art. 649, com a redação
que lhe imprimiu a Lei n,? 3.447, de 23 deoutubro de 1958, determina:
"Art. 649. Ao Autor de obra literária,cíentífíea ou artística pertence o direito exclusivo de reprodual-la,§ 1:° Os herdeiros sucessores do autorgozarão desse direito pelo tempo de sessenta anos, a contar do .día de seu falecimento.§ 2.0 Se morrer o autor sem herdeirosou sucessores até o 2.° grau, a obra' cairá no domínio comum.§ 3.0 No caso de caber a sucessão aosfilhos, aos pais ou ao cônjuge do autor,não prevalecerá o prazo do § 1.0 e o direito só se extinguirá com a morte dosucessor."
O cantor popular, Evaldo- Braga, ao falecer, deixou como bens, seus direitos autoraise de interpretação.
Mas ao morrer não lhe sobreviveu nemherdeiros, nem sucessores.
Justo, pois, se incorpore ao patrimônio daCasa dos Artistas, a herança jacente de
- quem tanto dela se beneficiou, de quemtanto dela se orgulhou, de quem tanto a dignificou em vida.
A Casa dos Artistas, fundada em 19 deagosto de 1918, foi considerada de utilidadepública Pelo Decreto n.o 3.004, de 15 de dezembro de 1924.
Além de promover o estimulo e concorrerpara o desenvolvimento das atividades artístícas da classeque congregou, a Casa dosArtistas detém finalidades de beneficênciae filantropia.
III no País a entidade máxima a representar a classe dos artistas, levando cultura atodos os lares brasileiros, através de nossosdiversos meios de comunicação.
A Casa dos Artistas, como é público e notório, e o confirmam diariamente as estações de Rádio e Televisão brasileiras, em-
preende esforços no sentido de amparar ....como o realmente ampara - a todo e qualquer artista que lhe bate a porta.
Entretanto, para prosseguir na prática.desse verdadeiro sacerdócio a que se traçou,dando guarida a toda à classe artistica e aseus dependentes, inclusive socorrendo aosque, embora não sejam seus assocíados,comprovam necessidade de ajuda, precisa aCasa dos Artistl'S de auxílio do Poder Pú-blico. .
De transformar-se, pois, a presente proposição em lei,.a fim de que os direitos autorais bem como os de intérprete da músicapopular brasileira, adquiridos pelo extintocantor Evaldo Braga, venham .a ser incorporados ao patrimônio daquela entidade declasse, de reconhecida atividade beneficentee filantrópica. .
De ressaltar-se, para orgulho nosso, que aCasa dos Artistas vem sendo um exemplopara entidade congêneres de todo o mundo,que nela encontram o paradigma para suasaspirações no campo da aasístêneía .e beneficência a quantos artistas abrigam.
O saudoso e popular cantor Evaldo Braga,falecido há tempos, foi criado no antigoSAM. Não deixou prole. Nunca se lhe conheceu parente algum. Sozinho no mundo,albergou-se no seio acolhedor da Casa dosArtistas, de que .fez seu verdadeiro lar. E osmilhares de artistas - com os quais aliconviveu harmoniosa, fraternal e cristãmente, transformaram-se em sua grandefamília..
Nada mais procedente, portanto do que sefazer incorporar ao patnmonío. da Casa dosArtistas - da Casa de Evaldo Braga - osbens ímateríaís por ele deixados em firmas,gravadoras, e nas sociedades arrecadadorasde direitos autorais.
Advertido em vida a respeito dessa providência, estamos certos de que Evaldo Braga.teria assinado testamento com tal destinação a seus bens.
Presentemente, consoante verificamoscom a sobretranscrição disposta do CódigoCivil, a obra artístíca de Evaldo Braga seencontra no domínio comum, ameaçada deir, aos poucos, com o correr do tempo, 00apagando.
Passando para a Casa dos Artistas, seráadequada e permanentemente exploradacom cuidadas reproduções, mantendo na memória e na saudade dos milhares de fãs deEvaldo Braga, a presença viva do pranteadocantor popular.
Alertados nossos eminentes pares para aconveniência da tranaubstancíaeão em leído presente projeto, confiamos venha este areceber os sufrágios necessários para o alcance desse elevado desiderato; tendo emvista a perpetuação' da obra artístíca dofestejado cantor guanabaríno.
a) Florim Coutinho.PROJETO DE LEIN.o 2.300, de 1974
(Do Sr. João Línhares)
Admite novos abatimentos da rendabruta das pessoas físicas.
(ANEXE~SE AO PROJETO DE LEI N.o 800,DE 1972, NOS TERMOS DO ART. 71 DOREGIMENTO INTERNO.)O Congresso Nacional decreta: .
Art. 1.0 Mantidos os abatimentos da renda bruta, previstos na legislação em vigor,as pessoas físíeas poderão abater ainda asseguintes despesas, efetivamente comprováveis:
I - pagamentos feitos a laboratórios ouhospitais pela realização de análises clíní-
'%942 Sábado li D:rARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outnb:l'o de 1974
eas (exames de laboratório, radiografias eoutros da mesma natureza) ;
II - aquisição de medicamentos;III - pagamentos por transfusões de san
gue.Art. 2.0 Esta lei entrará em vigor na da
tI'! .de sua publicação.Art. 8.0 Revogam-se as disposições em
contrário.Bala das Sessões, em - João Linhares.
JustificaçãoA administração do Imposto de Renda e
as autoridades fazendárias nacionais, de ummodo geral, têm posição definida, íntransígente, quanto aos abatimentos permitidosda renda bruta das pessoas fisicas, círeunserevendo-os a alguns poucos itens, entre osquais as despesas feitas com médicos, dentístaá e hospitalização, assim mesmo quandonão houver cobertura por apólices de segu-.ros,
Assim, os pretendidos abatimentos relacionados com exames clíníeos, aquisição demedicamentos e transfusões de sangue, jamais encontraram receptividade junto a taisautoridades que, no entanto, estão agindobaseadas na lei, especialmente nas disposicões expressas do Decreto-lei n.O 5.844, de
.23-9-43, Lei n.o 154, de 25-11-47, Lei 4.506,de aO-l1-64 e Decreto 58.400, de 10-5-66.
A conclusão lógica a que se deve chegaré que errada é a lei, que precisa ser urgentémente modificada, uma vez que não temlógica admitir que um cidadão possa descontar de sua renda bruta as despesas referentes ao honorário do médico, mas nãopossa fa.zê-lo com relação aos. pagamentospor exames clínícos, compra de remédlos etransfusões de sangue.
Ora, as pessoas não fazem exames clíníeos por mero diletantismo, senão que porexigência do médico e como um complemento necessário da própria consulta. O mesmose diga das compras de medicamentos edas transfusões de sangue.
Tais são as razões do presente proj eto delei, que esjiero ver aprovado, a fim de serevitada uma prevenção que já se vai tornando tabu e que não tem o menor supor-te de justiça. .
Sala das Sessões, em 24 de setembro de1974. - loão Linhares.
PROJETO DE LEIN.o 2.301, de 1974
(Do Sr. Herbert Levy)Oficializa taxa de serviço e dá outras'
providências.
(ANEXE-SE AO PROJETO DE LEI N.o •••1.442, DE 1973, NOS,TERMOS DO ARTIGO 71 DO REGIMENTO INTERNO.)
O Co:l\gresso Naciona.l decreta:Art. 1.° A taxa de serviço, na propor
ção de dez por cento sobre o valor, é deVida nas notas de restaurantes, hotéis e similares.
Art. 2.° A receita, dessa forma arrecadadapela empresa, será distribuída ao respectivo pessoal na proporção dos ordenados pagos, eonsíderando-se remuneração efetivapara todos os efeitos prevídeneíáríos,
Art.3.0 Esta lei entrará em vigor na datade sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.
;JustificaçãoA 1nstituiQão da gorje~a deve perder o
leu caráter facultativo, de favor, para eon'Yerter-ae, até por razões' de consideração
peSSOal, na remuneração efetiva de serviçosprestados, como o é na realidade.
A cobrança da taxa de 'serviço tornou-seprática generalizada. Todavia, a distribuição ao pessoal nem sempre ocorre, com benefício indevido para a empresa e prejuízoinj usto para o empregado;
Assim, por todas as razões, a prática generalizada deve converter-se em lei, paraassegurar que a receita obtida, vá a quemde direito, aquele que prestou o serviço.I Sala das Sessões, 1.° de outubro de 1974.+- Herhert Levy,
PROJETO DE LEIN.o 43-A, de 19'H
(Do Sr. Florim Coutinho)Dispõe sobre aposentadoria de moto
ristas profissionais aos 25 anos de serviço; tendo pareceres: da Comissão deConstituição e lustiça, pela inconstitucionalidade, contra o voto do Sr. AlceuCo11ares; da Comissão de Economia, rndústria e Comércio, emitido em audiência, pela rejeição, contra o voto em separado do Sr. Santilli Sobrinho; da Comissão de Trabalho e Legislação Social,pela aprovação; e, da 'Comissão de Finanças, pela aprovação,oom emenda,
(!PROJETO DE LEI N,o 43, DE 1971, A QUESE REFEREM OS PARECERES.) .
O Congresso Nacional decreta:, Art. 1.0 Os motorístaa profissionais com
2j5 (vinte e cinco) anos de efetivo serviçoRoderão se aposentar com as vantagens estabeíecídas nas Leis que regem a matériaotu outros que venham a ser promulgadasllí>bre a mesma.
'. § 1.0 Por motoristas profissionais entende-se os que dirigem veículos de transportecoleüvo de passageiros, de carga e táxis,pertencentes a empresas ou firmas, assimcomo os que trabalham por conta próprill.(autônomos) .
§ 2.° Por tempo de efetivo serviço entende-se o tempo somado nas respectivas carteiras profissionais, inclusive o tempo de licença para tratamento de saúde e outrosprevistos na legislação em vigor.
Art. 2.° Para facilitar a apuração dõtempo de serviço, este deverá ser escriturado na Carteira Profissional- sempre que omotorista mudar de emprego; os autônomos deverão levar as suas Carteiras aos Postoa do INPSpara o registro da contagem detempo anualmente.
Art. 3.° Nenhuma vantagem, além dasjá estabelecidas, será adjudicada ao motorista por permanecer em serviço além dos25 anos.
Art. 4.° Esta Lei entra em vigor a partir de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Justificação1.0 O motorista profissional é um traba
lhador que executa uma tarefa árdua, perigosa e altamente prejudíelal- à sua saúde,sem falar no risco permanente' que correnas estradas, muitas vezes em mal estadode conservação ou de categoria inferior,como Q são, em geral, as do interior doPaís, bem como o proporcionado pelos aeídentes de trânsito decorrentes dos excessosde velocidade, iluminação deficiente ou falta de sinalização adequada, é preciso' aindalevar em conta:
a) O calor do motor, principalmente osveículos que têm o motor na 'parte dianteira ou mesmo no interior do veículos, notadamente nos períodos de calor intenso;
b) a tensão nervosa permanente decorrente do trânsito difícil, mormente nas cidades de grande vulto ou nas estrada~demaior circulação;
o) a preocupação constante com a segurança dos passageiros ou das cargas, alémde.outros motivos.
.Tudo isso produz um forte desgaste noestado físico e mental desses profissionais,prejudicando a saúde dos mesmos, a tal ponto que, após alguns anos de trabalho, normalmente estão em estado precário.
2.0 De outro lado, um dispositivo que ampare os motoristas profissionais, como napresente Lei, visa a proporcionar um tratamento justo e humano a esses trabalhadoresque, com seu trabalho honesto, duro e deverdadeiros desbravadores, fazem circularo sangue que nutre a vida de um país grande e 'que deles muito depende para a ciro-eulaçâo de suas riquezas, alimentar os grandes centros populacionais e interligar as diversas regiões do país desde as grandes cidades aos mais longínqüos lugares dos interiores remotos.
São, na verdade, os grandes pioneiros donosso sistema de transporte que tem, nosistema rodoviário, a viga mestra do seudesenvolvimento e da sua economia.
Saladas Sessões, 20 de abril de 1971• ....:,.,F!orim Coutinho.
PARECER DA COMISSAODE CONSTlTUIÇAO E JUSTIÇA
I - Relatório.O projeto em apreço, de autoria do nobre
Deputado Florim CoutInho, ma a aposentadoria de motoristas profissionais aos vín.te e cinco anos de serviço.
Define a proposição como sendo motoristas profissionais "os que dirigem veiculas .de transporte COletivos de passageiros, decarga e táxis, pertencentes a empresas oufirmas, assim como os que trabalham p<irconta própria (autônomos)".
O ilustre autor do projeto justifica-o de..., '.elarando que "o motorista proríseíonal é umtrabalhador que executa uma tarefa árctu!l,perigosa e altamente prejudicial à sua Sll.Ú- .de, sem falar no risco permanente que corre ::.nas estradas, muitas vezes em mau estado"de conservação ou de categoria inferior,como o são, em geral, as do ínteríor do,Pais, bem como o proporeíonadn pelos acidentes de trânsito decorrentes dos exeessosde velocidade, iluminação deficiente oufalta de. sinalização adequada.•."
Sobre o mérito da proposição. a respeito.·.!do qual não cabe ll. esta Comissão maníres- -"tar-se opinaram, contrariamente à sua.",transformação em norma legal, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gil..raís, o Instituto Nacional de PrevidênciiJ.'.'Social, o extínto Departamento Nacional- i
de Previdência Social, o Departamento Na.... ~eíonal de Segurança e Higiene do Trabalhei'.e a Secretaria-Geral do Ministério do Tra...·"balho e Previdência Social. .
:m O relatório.n - Voto do Relator
Estende o proj eto benefício concedi~,pela Previdência Social sem prever a cor'"respondente fonte de custeio total, impe~rativamente exigida pelo parágrafo ünícodO artigo 165 do texto constitucional.
Peca, conseqüentemente, por íneonstãtu-;eíonaüdade flagrante o Projeto de Lei .• ~:
n.O 43, de 1971, a despeito das finalidadllll.louváveis que O inspiraram.
lfl· o voto.Sala da' Comissão 29 de junho de' 1973.
- Amaral de Souza, Relator.
Outubro de 1974 ·DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)· SábadQ 5 7943
;Em que pese o indiscutível interesseeconômico contido nessas proposições, nãoforam elas distribuídas a esta Comissão,nos termos de sua competência regimental.
Aproveito o ensejo para renovar a VossaExcelência meus protestos de alta estimae dístínta consideração. _. Ário Theodoro,nó exercício. da Presidência.
PARECER DA COMISSÃODE ECONOMIA, INDúSTRIA E C?MÉRCIO
(Parecer vencedor)II e 11 - Rclatório c Voto do RelatorO objetivo primordial da proposição em
exame é assegurar aos motoristas profissionais aposentadoria aos vinte e cincoanos de serviço.
Atualmente, a certas atividades profisslonaís é concedida, em determinadas condicões aposentadoria aos vinte e cinco,vinte e até mesmo, aos quinze anos deserviço. Trata-se, no entanto, de profissõesque, por sua natureza penosa, insalubre ouPerigosa, acarretam um desgaste acima donorma-l, justificando, pois, a redução detempo de serviço para efeito de aposentadona. .
,O Projeto esclarece que "por motoristasprofissionais entende-se os que dirigemveículos de transporte coletivo de passageiros, de carga e de táxis •• ."
Aos motorístas de ônibus e de caminhõesde .earga (ocupados em caráter permanenter a lei concede aposentadoria aos vinte
.e :4lnco anos de serviço (Quadro n, Anexoao .Regulamento da Prevídêncía Social,'aprovado pelo Decreto n.o 72.771, de 6 desetembro de 1973).
Picam assim excluídos apenas os motoristas de táxis, que de modo geral exercem
25 anos
Tempo Mínimo de Trabalho
O Ministério do Trabalho, um ano após,em 7 de junho de 1972, fundado nos pareeeres do Instituto Nacional de PrevidênciaSocial, do Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho, e do extinto Departamento Nacional de Previdência Social- DNPS, pronunciou-se desfavoravelmente à aprovação do projeto.
Do parecer do INPS, subscrito por JaymeGurwitz, consta, professoralmente:
"O Projeto pretende beneficiar um pequeno grupo, reduzindo para 25 anoso tempo de serviço dos citados profissionais, para fins de aposentadoria,que aos demais beneficiários só é concedida aos 35 anos de serviço."
Esse pronunciamento data de 3-6-71.A Comissão de Constituição e Justiça, fi
nalmente, depois de haver redistríbuído aproposição, opinou - contra o voto de AlceuOollares - pela inconstitucionalidade damesma, baseada no parecer do Relator, queassim se manifestou:
"Estende o projeto benefício concedidopela Previdência Social sem prever aocorrespondente fonte de custeio total,imperativamente exigida pelo parágrafoúnico do artigo 165 do texto constitucional."
É o relatório.
Parecer
Desde 10 de setembro de 1968 víge o Decreto n.o 63.230 (cópia anexa), dispondosobre a aposentadoria especial de que tratao 'art. 31 da Lei n.> 3.a07, de 26-VIII-60,que dispõe sobre a Lei Orgânica da Previdência Social.
o Quadro II, anexo ao referido Decreton.o 63.230, com a classificação das atívtdades profissionais segundo 'os agentes nocivos,estabeleceu:
e caminhões, quando ocupados em caráterpermanente, fazem jus à aposentadoria especial aos 25 anos de tempo de trabalho.
Atividade Profissional
Transporte urbano e rodoviário.
Motoristas de ônibus e decaminhões de carga (ocupados em caráter permanente.)
2.4.2
Código
Segundo se constata, com a citação supra, desde setembro de 1968 os motoristasurbanos e rodoviários, condutores de ônibus
uma atividade autônoma e, assim sendo, te coletivo de passageiros, de carga enão exercem "ocupação em caráter perma- táxas, pertencentes a empresas ou fil'-nente", não estão sujeitos a horário fixo mas, assim como os que trabalham porde trabalho. conta própria (autônomos)."
A proposição, entretanto, ao reduzir o O projeto foi distribuído a esta e às Co-tempo de serviço para aposentadoria dos missões de Constituição e Justiça, de Tramotoristas profissionais, está, sem nenhu- balho e Legislação Social, e de Finanças.ma razão lógica, transformando em regrageral uma exceção,. esquecendo-se de que Na Comissão de Justiça, à qual não comdevem ser respeitadas as diferentes condi- pete o mérito da proposição, foi requeridações de trabalho dé cada um, embora ínte- pelo Relator a audiência do Ministério dograntes do mesmo grupo profissional. Trabalho e Previdência Social, sobre a pro-
Fosse defensável o ponto de vista do au- posítura, em 24 de maio de 1!)71.tor, ter-se-Ia, forçosamente, que reduzir o Em [unho de 1971 a Federacâo das In-tempo de serviço de inúmeras categorias "profissionais. Lembre-se o caso dos. ferro- dústrlas do Estado de Minas Gerais, dizenviários, em geral, que, a exemplo dos ma- do-se "no cumprimento de suas atríbuíçõesquinistas de máquinas acionadas a lenha de entidade classista e colaboradora técou carvão, iriam pleitear, também, aposen-. níca do poder público" manifestou-se contar aos vinte e cinco anos de serviço. - trária à transubstanciação em lei do pro-
jeto sob nosso exame,' declarando textual-Há que se lembrar, finaÍrnente, que a mente:
pretendida redução de tempo de serviçopara efeito de aposentadoria, além de sub- "Consideramos o projeto díscrfmínató-trair, antes do tempo, um' grande eontín- rio, favorecendo uma categoría profís-gente de mão-de-obra, antecipará uma sional em detrimento de outras."enorme despesa para os cofres públicos,trazendo incontestavelmente, reflexos altamente negativos à economia do.País,
Por essas razões, somos pela rejeição dopresente projeto.
É nosso parecer, s.m.j.Sala ias Comissões, em ... de novembro
de 1973. - Chaves Amarante.IH - Parecer da Comissão
A Comissão de Economia, Indústria eComércio, -em Reunião Ordinária, realizadaem 22 de novembro de 1973, aprovou, pormaioria, o Parecer do novo Relator, Deputado Chaves Amarante, pela Rejeição doProjeto de Lei n,o 43/71, que "Dispõe sobreaposentadoria de motoristas profissionaisaos 25 anos de serviço". Apresentou Votoem Separado o Senhor Deputado' SaritilliSobrinho.
Compareceram os Senhores DeputadosRubens' Medina, Presidente, Amaury Müller,Vice-Preasidente da Turma "A", ArthurFonseca, Vice-Presidente da Turma "B",Chaves Amarante, Relator, Luiz Losso, JoãoArruda, San-tilli Sobrinho, Amaral Furlan,Josias Gomes, Jonas Carlos, Henrique-Eduardo Alve-, Braga Ramos, Ário Theodoro,José Haddad, Wilmar Dallanhol, AlbertoHoffmann e Braz Nogueira.
Sala da Comissão, em 22 de novembro de1973. - Rubern Medina, Presidente ~ Chaves Amarante, Relator.
Voto em Separadodo Sr. Santilli Sobrinho
Relatório
Intenta o nobre colega Florim Coutinho,emedebista guanabaríno, estender a aposentadoría, com 25 anos de serviço, a todosos motoristas profissionais.
Definindo, redigiu da seguinte forma o§. 1.0 do art. 1.0:
"Por motoristas profissionais entendesé os que dirigem veículos de transpor-
43/7154/7183/71
105/71123/71157/71186/71225/71236/71
41/7150/7171/71
101/71122/71153/71184/71220/71235/71
m - Parecer da ComissãoA Comissão de Constituição e Justiça, em
reunião extraordinária de sua Turma "A",realizada em 29-6-73, opinou, contra o votodo Sr. Alceu CoUares, pela inconstitucionalidade do Projeto n.? 43/71, nos termos doparecer do Relator.
Estiveram presentes os Senhores Deputados Lauro Leitão - Presideate, Amaralde Souza - Relator, Alceu Oollares, AlfeuGasparini, Djalma Bessa, Ferreira do Amaral, Hildebrando Guimarães, Jairo Magalhães, José Alves, Luis Braz e Maurício Mondino.
Sala da Comissão, 29 de junho .de 1973.- Lauro Leitão, Presidente - Amaral deSouza, Relator.
COMISSÃO DE ECONOMIA
Ofício n. O P-054/71Brasília, 30 de agosto de 1971
A Sua Excelência o SenhorDeputado Ernesto Pereira LopesPresidente da Mesa da Câmara dos Depu-
tadosSenhor Presidente,Em atenção ao interesse demonstrado
pelos Senhores Deputados membros desteórgão técnico, solicito a Vossa Excelênciasej a concedida audiência à Comissão deEconomía, referentemente aos seguintesProjetos de Leis:
11/71 17/7144/71 48/7166/71 69/7188/71 100/71
112/71 113/71137/71 142/71175/71 178/71206/71 213/71230/71 231/71237/71 248/71.
'1944 Sábado 5 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1974, '
Mencionado Decreto atende; portanto,parcialmente; ao pretendido pelo projeto emestudo,
A Confederacão das Indústrias do Estadode Minas Geraís opinou squívoeamente, poisnão pesquisou sobre a matéria, como lhecumpria.
No Ministério do Trabalho equivocou-se oINPS e até um exinto Departamento falou,na pressa de rejeitarem a iniciativa.
O mérito cabe à Comissão de Trabalho ePrevidência Social. .
No termos do § 5.0 do art. 28 do RegimentoInterno, cumpre-nos apreciar a proposiçãoapenas sob o aspecto econômico. Nos limitesdessa competência nada encontramos no
. projeto contrário à sua tramitação pelos demais órgão técnicos a que distribuído.
Concludentemente, nosso parecer é porflua aprovação. '
Sala da Comissão, em 29-10-73. - Santilli Sobrinho, Relator.
PARECER DA CoMITSSAODE TRABALHO E LEGISLAÇAO SOCIAL
I - RelatórioO Projeto de Lei n. o 43/71, de autoria do
combativo Deputado Florlm Coutinho, tempor objetivo permitir a aposentadoria, aosvinte e cinco anos de serviço, aos motoristasprofissionais, estendendo, assim, a toda umacategoria profissional o direito até aqui assegurado a uns poucos de seus integrantes,por força do que dispõem o Decreto n,o, ;"63.,230, de 10 de setembro de 1968 e o Decreto n.? 72, de 6 de setembro de 1973.
Na Comissão de Constituição e Justiça,onde foi relator da matéria o sr. Amaral deSouza, opinou-se ,pela inconstitucionalidadedo projeto, contra o voto de um de seusmembros, o sr, Alceu CoUares.
Na Comissão de Economia, parecer vencedor do sr. Chaves- Amarante sobrepôs-seao do relator originariamente designado, demodo que a proposição não logrou melhorsorte, sendo também rejeitada por maioriade votos.
É o relatório.II -r- Voto do Relator
É evidente que o exame do mérito da presente proposição cabe a esta Comissão deTrabalho e Legislação Social.
E, ainda que somente por atendimento aoimpostergável princípio da isonomia, pensoque o projeto não pode deixar de ter aquirecomendada a sua aprovação.
Ora, por uma coincidência - que não énada feliz -r-z- os únicos motoristas profissionais não abrangidos pelo benefício - ou privilégio, como querem alguns - da aposentadoria especial aos vinte e cinco anos :de·tempo de serviço são os de táxi, eis que osdemais motoristas urbanos e rodoviários,condutores de ônibus e caminhões, ocupadosem caráter permanente nessas atividades,já a têm em razão de estarem íneluídos noQuadro II, anexo ao Decreto n. O 63,230.
Não Se trata, penso, de discriminar, comopretende a Fedéração das Indústrias do Estado de Minas Gerais e o próprio Ministériodo Trabalho, que já tiveram oportunidadede 'manifestar-se sobre a proposição em exame. Cuida-se, tão-somente, de estender atodos os integrantes de uma classe um benefício que já existe para parte dela e que,a continuar sendo coneedído tão-somente aalguns, como nas condições atuais, aí simestará configurada a discriminação que olegislador tem o dever de evitar.
Nestas condições, pedindo vênia para. dtseordar do ponto de vista do ilustre relatordo projeto na Comissão de Economia, para
quem os motoristas de táxi exercem umaatividade' autônoma e em caráter não permanente, assim como fazendo minhas aspalavras do voto separado oferecido pelosr. Santilli Sobrinho na mesma Comissão,voto pela aprovação do Projeto de Lei n.?43/71, que tem, a meu ver, grande interessee alcance social.
Sala da Comissão, em
Alcir Pimenta.
m - Parecer da ComissãoA Comissão de Trabalho e Legislação So
eíal, em sua reunião ordinária, realizada em21 de agosto de 1974, opinou, unanimemente,pela aprovação do Projeto n.o 43/71, nostermos 'do parecer do Relator, Deputado Alcír Pimenta.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: José da Silva Barros - Presidenteem exercício, Alcir Pimenta, Bezerra deNorões, Osmar Leitão, Roberto Galvani,Walter Silva, Fernando Cunha, João Alves,ítalo Conti, Henrique de La Rocque, Francisco Amaral, Argilano Dario e Wilmar Dal-Ianhol. /
Sala da Comissão, em 21 de agosto de1974. -José da Silva Barros, Presidente, emexercício ~ Alcir Pimenta, Relator.
PARECER DA COMISSÃODE FINANÇAS
I - Relatório
Em 20 de abril de 1971, o nobre DeputadoFlorim Coutinho compareceu perante seuspares com a proposição ora em exame, objetivando estender aos motoristas profissionais a aposentadoria aos vínte e cinco anosde efetivo exercício.
Para precisar Q, alcance da iniciativa no1.0, do art. 1.0:
"Por motoristas' profissionais entendese os que dirigem veículos de transportecoletivo de passageiros, de carga e táxis,pertencentes a empresas ou firmas, assim como Os que trabalham por contaprópria (autônomos)."
Foi o projeto distribuído às Comissões deConstituição e Justiça, de Economia, Indústria e Comércio, de Trabalho e Legislação Social, e de Finanças.
A Federação das Indústrias do Estado deMinas- Gerais, em junho de 1971, segundoconsta do processo, opinou contrariamenteà elevação do projeto em lei, consignandoexpressamente: '
"Consideramos o projeto discriminatório, favorecendo uma categoria profissíonal em detrimento de outras."
O então Ministério do Trabalho e Previdência Social, em junho de 1972, baseando-se em pronunciamentos categóricos doInstituto Nacional de Previdência Social, doDepartamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho, e do Departamento Nacional de Previdência Social, e em atendimento à solicitação de audiêrieín da Comissão de Constituição e Justiça,apresentou parecer contrário à conversão da propositura em lei. Do pronunciamento do INPS,datado de 3 de junho de 1971, consta estaobservação:
"Q projeto pretende beneficiar um pequeno grupo, reduzindo para 25 anos otempo de serviço dos citados profissionais, para fins de aposentadoria, queaos demais benefícios só é concedidaaos 35 anos de servíço ,"
A Comissão de Constituição e Justiça,contra o voto do Deputado Alceu Collares,da representação sul-rio-grandense, votoupela inconstitucionalidade da proposição,acolhendo o parecer do Relator, Deputado
Amaral de Souza, também do Rio Grandedo Sul, que enfatizou:
"Estendê, o projeto beneficio concedidopela Previdência Social sem prever acorrespondente fonte de custeio total,imperativamente exigida pelo parágrafo único do .art , 165 do texto constitucional."
A Comissão de Economia, Indústria e Comércio aprovou, por maioria, o parecer doRelator, Deputado Chaves Amarante, pelarejeição do projeto. Em voto em separado,Santilli Sobrinho defendera, convincente ebrilhantemente, a aprovação do projeto donobre Deputado guanabaríno. "-
Chaves Amarante destacou em seu pro-nunciamento:
"A proposição ao reduzir o tempo deserviço para a aposentadoria dos motoristas profissionais, está, sem nenhu..ma lógica, transformando em regra geral uma exceção, esquecendo-se de quedevem ser respeitadas as diferentescondições de trabalho, de cada um, embora integrantes do mesmo grupo profissional. "
Santilli 'Sobrinho já havia salientado após exaustiva pesquisa - que desde lade setembro de 1968, data do Decreto n.o63.230, que dispunha sobre a aposentadoriaespecial, que os motoristas urbanos e rodoviários, condutores de ônibus e caminhões"quando ocupados em caráter permanente,faziam jus à aposentadoria aos 25 anos de'tempo de trabalho. Evidenciou os equívocosde quantos falaram sobre a proposição semconhecimento do assunto, e concluiu semvoto pela aprovação do projeto. Mas seuvoto, inexplicavelmente foi vencido.
A Comissão de Trabalho e .Legíslaçãc Social, a de mérito, opinou, unanimemente, oparecer do Relator, p nobre Deputado pelaGuanabara, Alcir Pimenta, que. enfatizouCom total propriedade:
"Não se trata, penso, de discriminarpretende a Federação das Indústrias deMinas Gerais, e o próprio Ministério doTrabalho, que já tiveram oportunidadede manifestar-se sobre a proposição emexame. Cuida-se, tão-somente, de estender a todos os integrantes de umaclasse um beneficio que existe para parte dela e que, a continuar, corno nascondições atuais, aí, sim, estará configurada a discriminação que o legislador tem o dever de evitar."
É o relatório.
II - Voto do RelatorO Decreto citado pelo Deputado Santilli
Sobrinho foi revogado pelo que hoje rege a.matéría: Decreto n,? 72.771, de 6 de setembro de 1973. Referido diploma legal aprovou o Regulamento do Regime de Previdência Social, que prevê no Quadro lI, Código 2.4.2 - Transporte Urbano e Rodoviário - Motoristas de ônibus e 11e caminhões de carga, ocupadas em caráter permanente: aposentadoria especial com 25anos de tempo mínimo de trabalho.
Como se veriríca, o que" em síntese, vaiconseguir o presente projeto, depois detransubstancíado em lei, é estender aos motoristas de taxís, ocupados em caráter permanente, e com o tempo mínimo, de 25 anosde trabalho, a aposentadoria especial já assegurada aos colegas motoristas de ôníbus' ede caminhões de cargas. ,<
Esse procedimento relativamente aos motorista de táxis, além de oportuno é justo, .e garante a permanência da harmoniano seio da vasta e sofrida classe dos m0ti9rístas profissionais.
Outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 7945 .
Atendendo, no entanto, à exlgênela descrita no parágrafo único. do art. 165 daOonstítuíçâc, que impõe o estabelecímento,na lei, da correspondente fonte de custeiototal para o caso de extensão de benefício,oferecemos à proposição em estudo emenda com essa índícaçâo , Esta resgatará ainsuficiência do projeto apontada pelo Relator na comissão de Constituição e Justiça.
Com esse pequeno reparo, eonclamamosnossos eminentes pares a votar pela aprovação do projeto n.v 43, de 197:!., ato de quetraduzirá justiça para com laboriosa e sacrificada categoria profissional: a dos motorista de táxis.
É o parecer.a) Athiê Jorge Coury, Relator
Emenrla ao Projeto n,v 43, de 1971, que dispõe sobre a aposentadoria do motoristaprofissional aos 25 anos de serviço.
Renumerando-se o art. 4.0 como 5.°. im-prima-se ao novo art. 4.° a redação se-,guínte:
"Art. 4.0 Os encargos resultantes daaplicação da presente lei correrão àconta das receitas de que trata o Capítulo I, do Título IV, da Lei n.o 3.807,de 26 de agosto de 1960 - Lei Orgânicada Previdência Social."
a) Athiê Jorge Coury, Relator
UI - Parecer da ComissãoA Comissão de Finanças, em sua reunião
ordinária realizada em 2 de outubro de 1974,aprovou, por unanimidade, com uma emenda, o Projeto 11.° 43/71, do Senhor FlorimCoutinho, nos termos do parecer do Relator, Deputado Athiê Ooury.
Compareceram os, Senhores Arthur Santos, Presidente; TIdélio Martins e AthiêOoury, Vice-Presidentes; Adhemar de Barros Filho, Homero Santos, Ivo Braga, JorgeVargas, Tourinho' Dantas, Florim Coutinho,Carlos Alberto de Oliveira, Fernando Magalhães, Hermes Macedo, João Castelo, Leopoldo Peres, Ozanan Coelho, Joel Ferreira eJosé Freire.
Sala da Comissão, em 2 de outubro de1974. - Arthur Santos, Presidente; Athiê
. Coury, Relator.Emenda. da Oomíssão
Renumerando-se o art. 4.° como 5.°, imprima-se ao novo art. 4.° a redação seguinte:
"Art. 4.0 Os encargos resultantes daaplicação da presente lei correrão àconta das receitas de que trata o Oapí-
. tulo I, do Título IV, da Lei n.O 3.807, de26 de agosto de 1960 - Lei Orgânica daPrevidência Social."
Sala da Comissão, em 2 de outubro de1974. - Arthur Santos, Presidente; AthiêCoury, Relator. .
Ministério do Trabalho ePrevidência Social
SÉCRETARIA-GERALOf./SG/DF/N.o 1.'143
Em 7 de junho de 1972Do: Secretário-Geral do MTPSAo: Sr. Deputado Elias CarmoMD. Primeiro-Secretário da Câmara dosDeputados
Senhor Secretário: I
Em atenção ao Oficio n. o 195, de 9-6-71,no qual é solicitado o pronunciamento deste Ministério a respeito do Projeto de LeiD.O 43/71, tenho a honra de transmitir-lheo pensamento desta Secretaria de Estado,contrário à proposição em foco.
Visando a fornecer a V. ·Ex.a e aos seusilustres pares, subsídios para o exame damatéria, apraz-me encaminhar-lhe emanexo, cópias, em duas vias, dos pareceresdo Instituto Nacional de Prevídêncía Social, do Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho e do extintoDepartamento Nacional de PrevidênciaSociaI - DNPS, que serviram de base àtomada de posição pôr parte deste Ministério.
Valho-me do ensejo, para apresentar aV. Ex.a os protestos de minha elevada estima e consíderação. - Armando de Brito.Instituto Nacional de Previdência Social
DIREÇAO GERALProjeto de Lei n.o 43171
Deputado Flnrrm Coutfnhn
O Projeto de Lei em r.eferência, do Sr.Deputado Florim Coutinho, dispõe sobre aaposentadoria dos motoristas profissionaisaos 25 anos de serviço,
Não obstante as razões invocadas peloilustre Deputado na Justificativa do Projeto, impossivel se torna deixar de considerar que se trata, no caso, de uma novaespécie de aposentadoria especial, que viriajuntar-se ao já numeroso elenco de aposentadoria concedidas pela Previdência Social.
O Projeto pretende beneficiar um pe-. queno grupo, reduzindo para 25 anos o
tempo de serviço dos citados profissionais,para fins de aposentadoria, que aos demaisbeneficiários só é concedida aos 35 anos deserviço. Ressalte-se que a redução do tempo de serviço para fins de aposentadoriadeve-se sempre à necessidade de permitira antecipação do benefício àqueles que executam suas atividades em condições adversas e considerando o desgaste orgânico quea permanência no serviço, nessas condições,pode ocasionar - salvo quanto ac ex~om
batente, em que a medida tem razões deoutra ordem. Estender tal vantagem a segurados que exercem atividades comunsseria dar tratamento igual a situações diferentes, o que se caracterizaria, data venia,como uma injustiça social.
Note-se que, não faz muito tempo, foi'feita,uma revisão do rol das categorias profissionais e atividades que, por serem consideradas penosas, perigosas ou insalubresobtiveram a redução do tempo de serviçopara a aposentadoria. Assim é que os técnicos do Ministéri-o do Trabalho e PrevidênciaSocial realizaram uma análise, em profundidade, de todas as categorias e atividades,não mencionando a de motorista, objeto da'proposição em exame. Parece lícito, pois,concluir não oferecer referida categoria ascondições de penosídade, periculosidade ouinsalubridade que justificassem a reduçãodo tempo de serviço para a aposentadoria.
Cumpre considerar ainda, que, ao contrário do que é afirmado na Justificativa deste Projeto, em defesa da redução do tempode serviço para aposentadoria dos Motoristas , profissionais, o ex-Senador MárioMartins, ao justificar o Projeto de Lei n.?130/68, "assegurando aos Motoristas 'autônomos aposentados, que por força de leiforem obrigados a contribuir novamente .para a Previdência Social, a equiparação deproventos aos das aposentadorias concedidas", assim se pronunciava:
" . .. é sabido que os motoristas profissionais, pela própria condição de trabalhadores independentes, uma vezaposentados não abandonam o exercício da profissão ... "
E naquela ocasião, assim se pronuncioueste Instituto:
"Ocorre, contudo, que a-volta dos aposentados por idade e/ou tempo de
serviço, não se verifica somente entreos motoristas profissionais; qualquersegurado tem esse direito, que vem sendo exercitado em larga escala, comopode ser facilmente comprovado. Desdeo assalariado até os trabalhadores autônomos e os empresários, nota-se umatendência de retôrno à atividade, depois, de aposentados, aliás, não só comolhes faculta a lei, como também dentrodos mais sadios princípios da geriatria."
Desta forma, o objetivo visado nest-eProjeto estaria inteiramente frustrado.
Para finalizar, cumpre assinalar que, seconvertido em lei, o Projeto em exameviria criar um privilégio, sem apoio na politica previdenciária, que se tem caracterizado pela eliminação dos regimes de exceção.
Por todo o exposto, manifesta-se o Instituto contrário à aprovação do presenteProjeto de Lei.
Rio de Janeiro, 3 de junho de 1971. _Jayme Gurmitz, Diretor-Geral.DNPS/SA, em 3-6-1971
Tendo em vista o despacho de fls. 5, doChefe da Assessoria Técnica, ao GPC, comproposta de encaminhamento ao D.N.S.H.T.Vicente Stanizio Netto, Chefe do S.A.DNPS, em 4-6-71
Encaminhe-se ao DNSHT, solicitandopronunciamento. - Helio Carneiro Ribeiro,Presidente.
A D.H.T. para se pronunciar S.A. em7~6-71 - José Carlos Barreto de Olíveíra,Chefe da Seção da Administração DNSHT
Senhor Diretor-Geral:O Projeto n.v 43, de 1971, pretende esten
der a todos. os motoristas profissionais osbenefícios da aposentadoria especial aos 25anos de serviço.
2. O autor do projeto justifica a propo-sição dizendo que:
"um dispositivo que ampare os motoristas profissionais, como a presenteLei visa a proporcionar um tratamentojusto e humano a esses trabalhadoresque .eom seu trabalho honesto, duro ede verdadeiros desbravadores, fazemcircular o sangue que nutre a vida deum pais grande e que deles muito depende para a circulação de suas ríqueSM, alimenta os grandes centros populacionais e interligar. as diversasregiões do país, desde as grandes cidades aos mais longínquos lugares dosinteriores remotos. São, na verdade, osgrandes pioneiros do nosso sistema detransporte que tem, no sistema rodoviário, a viga mestra do seu desenvolvimento e da SUa economia."
3. O Decreto n.o 63.230, de 10 de setembro de 1968, que regulamenta o assunto,arrola em seus Quadros anexos, no código2.4.2, - Transporte Urbano e Rodoviário- as categorias profissionais "Motoristasde ônibus e de caminhões de carga (ocupados em caráter permanente), concedendolhes o direito à aposentadoria especial aos25 anos de serviço.
Reconhece, portanto, que os ocupantesdessas categorias profissionais, ao cabo de25 anos de atividade em caráter permanente, apresentam redução da capacidadelaborativa, que justifica o direito aos beneticios da aposentadoria especial.
4. A extensão de tal vantagem aos de.maís motoristas profissionais, que exercematívídídades comuns, sem as característicasdo desgaste que se veri~ica nas categoriasprofissionais de "Motorístas de ônibus e decaminhões de. carga" não merece acolhida.
'f940 Sábado li DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1974
:A situa~ão de todos os motoristas profissionais foi analisada pelos técnicos doMinistério do Trabalho e Previdência Social, encarregados da elaboração dos Quadros anexos ao Decreto n.o 63.230, de 10de setembro de 1968, que, ao final da análise profundo e criteriosa, concluíram queentre os. motoristas profissionais, somenteas atividades dos "Motoristas de ônibus e decaminhões de carga" apresentam condiçõesde penosidade, periculosidade ~u insalubridade, que justifiquem a redução do tempode servíço para aposentadoria.
5. Dado o exposto, opino contrariamente à aprovação do Projeto n.? 43, de 1971.
DHT, 14 de junho de 1971. - CarlosBarreiros Terra, Diretor.
I - De acordo com o parecer da Divisãode Higiene' do Trabalho deste Departamento.
I! - Opino contrariamente à aprovaçãodo Projeto n.O 43/71, que autoria do Deputado Florim Coutinho, face as razões expostas no item 4 do pronunciamento de fls.9 elO.
!II - Restitua-se ao DNPS, com urgência.Em 16 de junho de 197L - José de Faria
Pereira de Souza, Diretor-Geral.Departamento Nacional da
Previdência SocialCONSELHO DIRETOR
Assesoría TécnicaPARECER N.o 115/71M1'PS - 307.320/71
Assunto:Projeto de Lei n.o 43/71, que dispõe sobre
aposentadoria de motoristas profissionaisaos 25 anos de serviço.
O Projeto de Lei n'.O 43/71, de iniciativado Senhor Deputado Florim Coutinho, deque trata o presente processo, dispõe sobreaposentadoria aos 25 anos de serviço, paraos motoristas profissionais.
2. Justifica. o seu autor que, sendo Qmotorista profissional um trabalhador queexecuta uma tarefa árdua, penosa e altamente prejudicial à sua saúde, com o riscopermanente que corre nas estradas, levando-se em conta ainda a tensão nervosapermanente .decorrente do trânsito dificile a preocupação constante com a segurança dos passageíros o~ de. cargas, alémde outros motivos, um dISpOSItIVO que ampare tais profissionais como no presenteProjeto de Lei, visa a proporeíonar um tratamento justo e humano.
3. Ouvido o INPS, manifestou-se através a sua Direção Geral de forma contráriaà 'aprovação do Proj eto de Lei, por entenderque, se convertido em lei viria criar umprivilégio, sem apôío' na política previdenciária, que se tem caracterizado pela eliminação dos regimes de exceções.
4. Manifestando-se as fls. 9/10 o ....•.DNBHT, também opinou de forma contrária à aprovação.
5. Jl: de se ressaltar que o Decreto n.o63.2'30/68, que regulamentou a Lei número 5. 440-A, de 23 de maio de 1968, arrolou.em seus Quadros anexos a aposentadoriaaos 25 anos de serviço, para o motoristaprofissional de ônibus ou de caminhão decarga, ocupados em caráter permanente.
6. Pelo enunciado no § 1.0, do art. 1.0, doProjeto de Lei, o que se pretende não é,senão, estender-se tal vantagem a segurados que exercem atividades comuns, semaquelas earacterfstícas de desgaste a queestão sujeitos os profissionais que tiveramli sua situação amparada pedo diploma legalmencionado.
7. Jl: sabido que vários projetos de lei têmsido apresentados, no sentido de estabelecerprivilégio para determinadas categorias desegurados, contrariando, fundamentalmente, os princípios básicos da política previdenciária, sendo certo que tais privilégiospretendidos vêm sendo sistematicamentedesaconselhados.
8. Por tais razões, e em que pesem osargumentos apresentados pelo legislador emsua. justificativa, não menos válidos são asrazões contrárias formuladas pela instituição pela não aprovação do Projeto emcausa, o que somos ínteíramente de acordo.
9. A consideração superior.Rio de Janeiro, 22 de junho de 1971.
José Rodrigues da Silva, Assessor Técnico.CD-AT, em 23-6-71
De acordo.Ao GPC. - Silvio Romere Moreira, Chefe
da Assessoria Técnica.Assunto:
Projeto de lei. Aposentadoria especial demotoristas prefísslonats.
Remetente: Secretaria Geral do GabineteMinisterial (DF)
Suscitado: COnselho Diretor do DNPSRelator: Conselheiro Roberto Eiras Furquim
Werneck
I - Relatório
O processo respalda-se em projeto de leida Câmara dos Deputados, n.o 43/71 (fls. 4),no qual o ilustre Deputado Federal 81'.Florim Coutinho, propõe a concessão deaposentadoria espeeíal aos motoristas profissionais, ao completarem 25 anos de serviço nessa atividade.
Ouvido o INPS a fls. 6/7, mostra a inconveniência da proposição, pois que desvirtuaria o critério geral de se conceder aposentadoria em condições especiais aos trabalhadores que tenham exereícío em profissões,consideradas penosas, insalubres ou perigosas, e que a lei presume causarem exacerbado desgaste orgânico. Lembra que, recentemente, se fez a revisão dessas categorias profissionais, com exame aprofundado de cada uma, sendo certo que a de motorista não foi incluída no rol das que mereceriam tratamento especial. A fls. 9/10, aDivisão de Higiene do Trabalho frisa que,pelo Decreto n,O 63.230, de 10-9-68, já estãoamparados com a prestação pretendida osmotoristas de ônibus e caminhões de carga,não sendo razoável equiparar-se a. eles osdemais profissionais ocupados em atividades de características diversas.'
A fls. 12/13, manifesta-se a AssessoriaTécnica, encampando os pronunciamentosjá citados e opinando pela rejeição do projeto.
Jl: o relatório.
U - Razões de Voto
A vingarem as sucesslvas proposições que,ultimamente, tem sido apresentadas sobreo tema deste processo, a aposentadoria especial, de norma de exceção, acabará porser a norma gêral,
Raro é o mês em que não vemos pelomenos uma tentativa de se conceder a certaprofissão o benefício do afastamento da atividade, em prazo mais curto, sob a alegaçãode penosídade ou de periculosidade do trabalho exercido. Trabalho é, por definição,penoso. Desgasta, fatiga, acarreta, aos poucos, abolição de capacidade.
Mas, o principio que leva a se concederaposentadoria em geral tem. apoio na verificação da, perda da capacidade para o trabalho, perda real, efetiva, de tal modo que
não seja possível ao trabalhador grangearsustento mediante a atividade remunerada.É este o fundamento que leva o Estado adestinar recursos para manter a renda dequem já não pode obtê-la trabalhando.
Em principio, pois, somos favorável a quese conceda renda integral ao trabalhadorque, exercendo atividade, reconhecidamentepenosa, insalubre ou perículosa, ao cabo decerto tempo se revele efetivamente incapazpara o trabalho, apurada essa meapacídadecaso por caso, em perícía médica. Nunca,entretanto, deixaremos de profligar a eoncessão de prestação previdenciária a umtrabalhador, de modo especial, só porqueexerceu determinada atividade durante umperíodo qualquer, valendo esse exercíciocomo presunção juris et de jure da incapacidade que determina o afastamento.
Não compreendemos como se pode acolhertal presunção e conceder a aposentadoria,€ admitir-se que o aposentado, após ela,,retorne ao trabalho, sem que a prestaçãoconcedida seja automaticamente cancelada.
O caso aqui estudado é caracteríattco damentalidade que entre nós se estabeleceu,desvirtuando o sentido da proteção socialdo trabalhador. Deseja-se estender a todos
. os motoristas profissionais aquilo que a leiconcede apenas aos integrantes dessa categoria profissional, quando .trabalham sobcondições de especial penosídade.
Temos em outros processos que tratam daaposentadoría especial, deixando claro queesse benefícío está desvirtuado, descambando para - Aposentadoria por tempo de serviço en'curtado - quando a filosofia que agerou é a da - Aposentadoria por invalideza ser concedida com abrandamento dospressupostos,
O vigente procedimento já sc reflete danosamente na despesa do INPS, cujo balanço em 1970 registra:Aposentadoria por invalidez 723.797.674,01Aposentadoria por velhice. 274.961.393,41
no total de 998.759.067,42enquanto que as Aposentadorias prêmio,verdadeiro subsídio de uma comunidadepobre como a nossa, a trabalhadores válidos,pois é permitido 'a seu retorno à atividadecom a acumulação da remuneração c1_",,~t.,
com os proventos se expressa pelos seguintesnúmeros:
Aposentadoria por tempo de serviçoOrdinária ....•.....• 1.141.101.826,07Jornalistas :......... 2.341.548,71Aeronautas ......•.•• 22.058,361,47Ex-combatentes..... 35.512.808,23Especiais .....•...•.• 103.813.696,63
no total de 1.304.828.241,11O crescimento dos dois grupos' compara
dos os valores dos balanços dos exercíciosde 1969 e 1970 é o seguinte:1970 998.759.067,42 1.304.828.241,111969 785.188.576,32 898.480.104,28
213.570.491,10 406.348.136,83crescimento 27,2% 45,2%
Esses números dispensam outros comentários e indicam a necessidade imperiosa deuma revisão imediata não só rio elenco debeneficios prevísto na legislação previden
.eíáría vigente, como também a rerormúla-ção de conceitos que põe em risco a estabilidade do sistema,
Por essas razões opinamos contrariamenteà conversão do projeto em lei, e passó aler o projeto de resolução.
Sala das Sessões, em 27 de julho de 1971.- Roberto Eiras Furquim Werneck, Conselheiro-Relator.
Outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO N~CIONAL (Seção I) Sába.do 5 1947'
,J?ROJETO DE LEI N,o 1.606, DE 1973, A..• QUE SE REFEREM OS PARECERES.}.
O COngresso Nacional decreta-:Art. 1.0 Os trabalhadores ocupados em
l\tividades e operações insalubres farão jusa um adicional, correspondente ao grau deinsalubridade, apurado de acordo com a te·'8islal).ão em vigor.
Parágrafo único. Só serão consideradasInsalubres, para os fins previstos neste at-
PROJETO DE LEIN.O 1.606-A, de 1973-
(Do Senado Federal)
Dispõe sobre o a,di(liooal de insalubrí.'dade e dá outras providências; tendopareceres: da Comissão dll Constituição
. e Justiça, pela constitucionalidade ejuridicidade; da Oemíssão de Trabalhoe Legislação Social, pela aprovação; e,da Comissão de Finanças, pela aprova~ção, com emenda.
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CAPíTULO V~egurança e Higiene do Trabalho
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TíTULO TIDas NOl'mas Gerais de Tutela do
Trabalho
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LEGISLAQ1W PERTINENTES ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DAS COMISS6ES
PERMANENTES
CONSOLIDAÇAO DAS LEIS DOTRABALHO
(Aprovada pelo Decreto-lei n.o 545-A, de1.° de maio de 1943)
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Art. 79. Quando se tratar da fixaçãodo salário mínimo dos trabalhadores ocupa.dos em serviços insalubres, poderão as 00missões .de Salário Mínimo aumentá-lo atéde metade do salário mínimo normal da.região, zona ou subzona,
A Câmara dos Deputados com Ofício n.o,351, de 18-10-73.N.o351
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CONSDLIDAÇAO DAS LEIS DOTRABALHO
(Aprovada pelo Decreto-lei n'c> 545-A,de 1.0-5-43)
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TíTULO IINormas Ger3is de Tutela do Trabalho
CAPíTULO IIIDo Salário Mínimo
SEÇAO IDo Conceito
Em 18 de outubro de 1973A Sua Excelência o SenhorDeputado Dayl de Almeida.l,o-Secretário daCâmara dos Deputados.
Senhor 1.°~Secretário,
Tenho a honra de encaminhar a Vossa.Excelência, a fim de ser submetido à revisão da .Oãmara dos Deputados, nos termosdo art. 58, da Oonstituição Federal, o Projeto de Lei do Senado n.e 78, de 1973, constante do autógrafo junto, que" dispõe sobreo adicional de insalubridade e dá outrasprovidências".
Aproveito a oportunidade para renovar aoVossa Excelência os protestos de minha elevada estima e mais distinta consideração.- Ruy Santos.
LEGISLAQ1W ANEXADA PELOSENADO FEDERAL
DECRETO-LEI N.o 2.162DE 1.0 DE MAIO DE 1940
Institui o salário mínimo.• ••••••• , ••••••••• , ••••••••••••••• " ••••• -.'1'l
Art. 6,0 Para os trabalhadores ocupadosem operações consideradas insalubres, conforme se trate dos graus máximo, médio oumínimo, o acréscimo de remuneração, respeitada a proporcionalidade com o saláriomínimo que vigorar para o trabalhadoradulto local, será de 40%, 20% ou.10%, respectivamente.
tígo, as atividades e operações que, por suanatureza, condições ou métodos de trabalho, enquanto não se verificar haverem sido delas eliminadas, inteiramente, as causas de insalubridade, e expondo os empregados a agentes físicos, químicos ou bíológlcos prejudiciais, possam produzir doençase constem dos quadros aprovados pelo órgão competente do Ministério do Trabalhoe Previdência Social.
Art. 2.0 os graus de insalubridade, para efeito do adicional previsto no artigoanterior, são:
3) Grau 1r- insalubridade máxima;b) Grau 2 - insalubridade média;c) Grau 3 - insalubridade mínima.§ 1.C> Conforme se trate de graus máxi
mo, médio ou mínimo, o adicional, tomandocomo base o salário efetivamente percebido,será de 40, 20 e 10%, respectivamente.
§ 2.° O adicional será reduzido ou eliminado. quando ocorrer, segundo o caso, aredução ou eliminação da insalubridade,mediante a adoção de medidas de proteçãocoletiva ou recursos de proteção individual.
§ SP No caso de íncídêncía de mais deum fator de ínsalubrídade, será considerado o de mais elevado grau, vedada a percepção cumulativa, inclusive com o adicional de periculosidade.
Art. 3,0 Esta lei entra em vigor na datade sua publicação, revogados os arts. 6.0 doDecreto-lei n.O 2.162, de 1.0 de maio de 1940,e 79 da Consolidação das Leis do Trabalho,e demais disposições em contrário.
Senado Federal, em 18 de outubro de1973. - Paulo Torres/PreSidente do ~enado Federal.
SINOPSE
(PROJETO DE LEI DO SENADON.o 78, DE 1973) ...
Dispõe sobre o adicional de insalu-bridade e dá outras providências. .
Apresentado pelo Sr. Seno Paulo,Torres..Lido no expediente da sessão de 27~6-73.
Publicado no DCN de 28-6-73, (Seção II).Distribuido às oomíssões de Constituição eJustiça, Legislação Social e de Saúde.
Em 13-9-73 são lidos os seguintes Pare-'ceres:. Parecer n." 454, de 1973, da oomíssão deConstituição e Justiça, relatado pelo Sr.Senador Nelson Carneiro, pela constitucionalidade e jurldicidade do Projeto. (DCNde 14-9-73. (Seção m.
Parecer n.o 455, de 1973, da Comissão deLegislação Social, relatado pelo Sr. ~Senador Franco Monto:ro, pela aprovaçao doprojeto. (DCN de 14-9-73, Seção II).
Parecer -n.o 456, de 1973, da 'Comissão deSaúde, relatado pelo Sr. Senador FaustoCastelo-Branco, oferecendo as Emendas n.vs1, 2 e 3-CS. (DCN de 14-9-73, Seção lI) •
Em 26-9-73, é íncluído em Ordem do Diapara discussão em primeiro turno regimental, quando foi aprovado com as Emendasn.os 1, 2 e 3~CS. (DCN de 27-9-73, SeçãoII). A Oomíssâo de Redação, para redigir,.o vencido para. o segundo turno regimental.
Em 4-10-78, é lido o Parecer 0.0 513, de-1973, da oomtssão de Redação, relatado pelo 81'. Senador José Augusto, oferecendo redação do vencido. (DCN de 5-10-73, SeçãoII). .
Em 16-10-73, é incluído em segundo turno para discussão da redação final, ficando a mesma aprovada. (DCN de 17-10-73.~eçãQ m,
.ASSUNTO:Projeto de lei, Aposentadoria especial de
motorístas profissionais.Remetente: Secretaria G{lra1 do Gabinete
Ministerial (DF)SWlcitado: Oonse1ho Diretor.do DNPSRelator: COn5{llheiro Roberto Eiras Furquím
Werneck- O Conselho Diretor do Departamento Na
lliona1 da Previdência Social, por unanimidade,
Considerando o projeto de lei em exame;Considerando os pareceres do INPS, da
DHT e da ABsessoria Técnica deste Departamento;
Considerando o constante das razões devoto do Relator;
Resolve opinar contrariamente à conversão do projeto, em lei, e restàtuír o processo ao órgão remetente.
a) Roberto Eiras Furqulm WerneckConselheiro-Relator
RESDLUÇAO N.o 344/'71. Sessão de 27-7-71
:6SSUNTO:Projeto de lei. Aposentadoria sspecíal de
motoristas prcríssíonaís,Remetente: Secretaria Gerai do Gabinete
. Miniateria1 (DF)
Suscitado: Conselho Diretor do DNPS~lator: Conselheiro Roberto Eiras Furqutm'''Werneck
O Conselho Diretor do Departamento Nacional da Previdência Social, por unanimidade,
Considerando o projeto de lei em exame;Considerando os pareceres do INPS, da
J)HT e da Asaessorta Técnica deste Depar,taroentoi,.. .Oonaíderando-o constante das razões dovoto do Relator;
Resolve opinar contrariamente à COnvocação do projeto em lei, e restituir o processo
}1.Ç1 órgão remetente.AWlentes: os Conselheiros Osvaldo Alves
de Andrade e Fábio José Egypto da Silva.
a) RoberloEiras Ful'quím WerneckConselheiro~Relator
a) Hélio Carneiro RibeiroPresidente
'Z948 Sábado 5 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL. <Seção I) Outubro de 1974
SEÇAO XIXAtividades insalubres e suhstâneías
PerígnsasArt. 209. Serão consideradas atividades
e operações insalubres, enquanto não se verificar haverem delas sído inteiramente eliminadas as causas de Insalubrídede, aquelasque, por sua própria natureza, condições oumétodos de trabalho, expondo os empregados a agentes físicos, químicos ou biológicosnocivos, possam produzir doenças e constem dos quadros aprovados pelo DiretorGeral do Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho.
§ 1.0 .A caracterização qualitativa ouquantitativa, quando for o caso, da insalubridade e 08 meios de proteção dos empregados, sendo levado em conta o tempo deexposição aos efeitos insalubres,. será determinada pela repartição competente emmatéria de segurança e higiene do trabalho,
§ 2.° A eliminação ou redução de insalubridade poderá ocorrer, segundo o· caso,pela aplicação de medidas de proteção coletiva ou recursos de proteção individual.
§ 3.0 Os quadros de atividades e operações insalubres e as normas para a caracterizacáó da insalubridade serão revistos detrês· em três anos, pelo Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho.
§ 4.° Caberá às Delegacias Regionais doTraballio, comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazo paraa sua eliminação ou redução sempre quepossivel.
Art. 210. Os materiais, substâncias ouprodutos empregados, manipulados outransportados no locais de' trabalho, considerados perigosos à saúde devem conter,na etiquetagem, sua composição, recomenpações de socorro imediato em caso de ací(lente, bem como o símbolo do perigo correspondente, observada a J;ladronizaçâointernacional.
Parágrafo único. Deverão os responsáveis pelos estabclecimentos afixar avisos oucartazes, alertando os empregados com referência à manipulação das substâncias nocivas, nos respectivos setores de utilização.
Art. 211. Nas operações que produzamaerodispersóides tóxicos, irritantes, alergêníeos ou Ineêmedos, dm"eriio ser oomaà.illIlmedidas que impeçam 1l>sua abBorçãopeloorganismo, seja .por processos gerais ou pordispositivos de proteção individual.r· " ..t- " " ..
PORTARIA N.o 491DE 16 DE SETEMBRO DE 1965
Dispõe sobre as a.tividades e operações insalubres.
O Ministro de Estado dos Negócios doTrabalho e Previdência Social, usando das
.atribuições que lhe confere o art. 913 daConsolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Deereto-Ieí n. O 5.452, de 1.0 demaio de 1943, e tendo em vista o resultadoa que chegou a comissão designada pelaPortaria· n,o 704;, de 13 de agosto de 1864,para. reVIsar e atual1zar os quadros das atividades e operações insalubres, de conformidade com o que dispõem o art. 1.° doDecreto-lei n,o 2.162, de 1.° de maio de1940, e o art. 187 da referida CLT. (18) .
. Art. tp· São consideradas ativlliades eO);lerações msahibres, enqus:nto·não se verr- .ficar haverem .delas sido inteiramente eliminadas as causas de insalubridade, aquelas que, por sua própria natureza, condições ou métodos de trabalho, expondo. osempregados ll, agentes físict;>s, químicoll ou
biológic08 nocivos, possam produzir doençasou intoxicações e constem dos quadros anexos.
§ 1.0 A caracterização da insalubridadee os meios de proteção do empregado serãodeterminados pela repartição competenteem segurança e higiene do trabalho ou poresta homologados, quando fixados porórgãos credenciados, nos casos de convênios.
§ 2.° Na caracterização da insalubridadeserá levada também em consideração a verificação quantitativa do agente insalubre,quando fôr o caso, obedecendo-se a normasfixadas e revistas anualmente pelo Departamento Nacional de Segurança e Higienedo Trabalho.
§ 3.° Enquanto os órgãos competentesem segurança e higiene do trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência Socialnão estiverem devidamente aparelhados, emmaterial e pessoal técnico, para a verificação dos limites de tolerânciá dos agentesnocivos nos ambientes de trabalho, admitir-se-á o critério qualitativo apenas.
§ 4.0 Os serviços executados eventualmente nos setores insalubres só serão considerados como tal para efeito de classificação quando,a critério da autoridade técnica competente, o agente da insalubridadepossa ser nocivo à saúde durante o tempode exposição do empregado no local detrabalho.
§ 5,0 A qualificação de insalubridadeaplíea-se somente às seções e locais atingidos pelas atividades e operações relacíonadas nos quadros anexos e devidamentecaracterizados de acordo eom o § 1.° do
. presente artígo.Art. 2.0 A etímínaeão da insalubridade
poderá ocorrer, segundo o caso, pela apücação de medidas de proteção coletiva ou recursos de proteção individual.
§ 1,0 As medidas de proteção coletivasão, entre outras:
a) substituição do processo, método ouproduto nocivo;
b) isolamento da fase -ou processo capazde causar doença ou intoxicação;
c) limitação do tempo da exposição;d) diluição do produto nocivo por meio
de ventilação artificial;e) remoção 40 produto nocivo por venti-
lação local exaustora, .§ 2.° Os recursos de proteção individual
serão indicados pela autoridade competente, quando julgados necessários, após exame de cada caso.
Art. 3,0 Os graus de insalubridade, paraefeito de acréscimo de. salário previsto noart. 6,0 do Decreto-lei n,o 2.162, de 1,0 demaio de 1940, são:
ao) grau 1 - grau máximo;b) grau 2 - grau médio;c) grau 3 - grau mínímo.§ 1.0 Conforme se trate dos graus má
ximo, médio ou minimo,o aumento de salário, tomando como base o salário mínimo
.que vigorar para o trabalhador adulto local,será. de 40%, 20% e 10%, respectivamente.
§ 2,0 Se as condições do Ioeal, e dos modos de operar se modificarem pela proteçãodada e forem de molde que façam desaparecer as causas de insalubridade, a majoração salarial será eliminada.
Art. 4.° No caso de. incidência de maisde um fator de ínsalubrídade, será considerado o de mais elevado grau, vedada apercepção cumulativa, Incluída também,neste caso, a taxa de periculosidatle.
Art. 5.° Em cada hora de trabalho efetivo com o uso de protetor respiratório oude equipamento completo de asbesto, terá.direito o trabalhador a dez (10) minutos derepouso, não deduzíveís da duração normalde trabalho,
Art. 11,0 As licenças para tratamento desaúde a empregados que exerçam suasfunções em atividades e operações ínsalubres obrigam o empregador a comunicar ocaso, dentro de quinze (15) dias, às Delegacias Reglonaís do Trabalho, para os finsde pesquisa das respectivas causas e levantamento estatistico.
Art. 7.° As Comissões Internas de Prevenção de Acidentes WIPAs), dentro dosprimeiros sessenta (60) dias de cada ano,encaminharão, ao órgão competente do Departamento Nacional de Segurança e Higie,.ne do Traballio, um relatório das ocorrências verificadas no ano anterior, nas seçõesclassificadas como Insalubres em seus respectivos estabelecimentos.
Art. 8,0 Ficam as Delegacias RegIonaisdo Traballiador autorizadas a firmar convênios com repartições estaduais; escolas demedicina, engenharia, farmácia ou químíea ou outros órgãos vinculados ao poderpúblico, com o fim de colaboração na caracterização de insalubridade, submetendose esses atos à homologação do Diretor-Geral do Departamento Nacional de Beguran-.ça eHigIene do Trabalho.
Art. 9,0 Os laudos técnicos periciais,emitidos por autoridades em matéria dehigiene e segurança do trabalho ou porcomissão técnica, serão homologados pelasautoridades regíonaís competentes do Ministério do Trabalho e Previdência Social,que, nos casos de dúvida, recorrerão ao Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho.
Parágrafo único. Os laudos homologadossó ·poderão sofrer revisão administrativaquando ocorrer comprovada alteração dosmétodos ou processos de trabalho ou quando forem adotadas nos estabelecimentoamedidas eficazes de proteção que justifiquem tal revisão.
Art. 10. Ficam revigoradas. as Portariasn.O 39, de 1.0 de maio de 1950; n.O 1,· de5 de janeiro de 1960, e n,o 49, de 8 de abrilde 1960.
Art. 11. A presente Portaria, assim comoos quadros anexos serão revistos bienalmente, nos termos do § 2.° do art. 14 doDecreto-lei n. o 399, de 30 de abril de 1938,mediante proposta fundamentada do Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho.
Art. 12. Os' casos omissos serão resolvidos pelo Ministro do Traballio e Previdência Social, com audiência do DepartamentoNacional de Segurança e Higiene do Trabalho.
Art. 13. Esta Portaria entrará em vigorna data de sua publicação, revogadas asdisposições em contrário. - Arnaldo LopesSussekind.
QUADROS DAS ATIVIDADES EOPERAÇõES INSALUBRES A QUE
SE REFERE O ARTIGO 1.0 DAPORTARIA N.o 491, DE 16 DE
SETEMBRO DE 1965QUADRO I - AR8:l!JNICO
Grau 1 - Insalubridade máximaExtração e manipulação de arsênico 6
preparação dos seus compostos.Fabricação e preparação de tinta à bllSe
de arsênico.Fabricação de produtos parasiticidas, in
seticidas e raticidas contendo eompostos dearsênico. \
Outubro de 1974 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 '2949
Pintura a pistola com pigmentos de compostos de arsênico, em recintos limitados oufechados.
Preparação do 'Secret".Grau 2 - Insalubridade média
Bronzeamento em negro e verde- com compostos de arsênico.
Conservação de peles e plumas; depilação de peles à base de compostos de arsênico.
Descoloração de vidros e cristais à base decompostos de arsênico.
Emprego de produtos parasítteidas, inseticidas e raticidas à base de compostos dearsênico.
Fabricação de cartas de jogar, papéis pintados e flores artificiais à base de compostos de arsênico.
Metalurgia de minérios arsenícals (ouro,prata, chumbo, zinco, níquel, antimônio, cobalto e ferro).
Operações de galvanotécnica à base .decompostos de arsênico.
Pintura manual (pincel, rolo e escova)com pigmentos de compostos de arsênicoem recintos limitados ou fechados, excetocom pincel capilar.
Grau 3 - Insalubridade mínimaEmpalhamento de animais à base de
compostos de arsênico.Fabricação de taretá "síré",
Pintura de pistola ou manual com pigmentos de compostos de arsênico ao arlivre.
QUADRO II - CHUMBOGrau 1 .... -Insalubrtdade máxima
Fabricação de compostos de chumbo, Oarbonato, arseniato, cromado, mínío, litargírío e outros.
Fabricação de objetos e artefatos dechumbo.
Fabricação de esmaltes, vernizes, cores,pigmentos, tintas, ungüentos, óleos, pastas,líquidos e pós à base de compostos de chumbo.
Fabricação e restauração de acumuladores, pilhas e baterias elétricas contendochumbo ou composto de chumbo.
Fabricação e emprego de chumbo -tetraetila e chumbo .tetrametila.
.Fundição e laminação de chumbo, zincovelho, cobre e latão.
Limpeza, raspagem e reparação de tanques de mistura, armazenamento e demaistrabalhos com gasolina contendo chumbotetraetila.
Metalurgia e refinação de chumbo.Pintura a pistola com pigmentos de com
postos de chumbo em recinto limitados oufechados.
Vulcanização de borracha pelo litargirioou outros compostos de chumbo.
Grau 2 - Jnsahtbrídade médiaAplícação e emprego de esmaltes, verni
zes, cores, pigmentos, tintas, ungüentos,óleos, pastas, liquidas e pós à base de compostos de chumbo.
Desmontagem de latas, latões e botijõesusados, contendo chumbo.
Fabricação de cápsulas metálicas paragarrafas e de papéís'<metálícos com ligascontendo chumbo.
Fabricação de materiais de eletricidadee flores artificiais à base de chumbo.
Fabricação de porcelana com esmaltes decompostos de chumbo.
Pintura de decoração manual (pincel, roloe escova) com pigmentos de compostos dechumbo (exceto pincel capilar), em recintos limitados ou fechados.
Polimento e acabamento de metais contendo chumbo.
Polimento de espelhos com esmeril dechumbo.Soldagem e dessoldagem à base de chumbo e aplicação, a quente de ligas de chumbo.
Tinturaria e estamparia com pigmentosà base de compostos de chumbo.
Trabalho nas minas de galena (extração,trituração, tratamento e outras operaçõescom desprendimento de poeira).
Trabalhos de imprensa, composição, línotípía, manipulação de caracteres e limpezade tipos.
Grau 3 - Insalubridade mínimaFabricação manual de ligas com suportes
de chumbo.Lapidação de diamantes com suporte de
chumbo.Pintura a pistola ou manual com pigmen
tos de compostos de chumbo ao ar livre.QUADRO III - CROMO
Grau 1-- Insalubridade máximaFabricação de ácido crômíeo, de crema
tos e bícromatos.Pintura a pistola com pigmentos de com
postos de cromo, em recintos limitados oufechados.
Grau 2 - Insalubridade médiaCromagem eletrolitica dos metais.FabricaçãD de palitos fosfóricos à base de
compostos de cromo (preparação da pastae trabalho nos secadores).
Manipulação de ácido erômíeo, cromatose bícromatos.
Pintura manual com pigmentos de compostos de cromo em recintos limitados oufechados (exceto pincel capilar).
Preparação por processos fotomeeânicosde clichês para impressão à base de com-postos de cromo. .
Tanagem a cromo.Grau S - Insalubridade mínima
Pintura a pistola ou manual com pigmentos de compostos de cromo, ao ar livre.
QUADRO IV - FÓSFOROGrau 1 - Tnsalubrtdade máxima
Extração e preparação do fósforo brancoe seus compostos.
Fabricação de produtos fosforados e organofosforados parasiticidas, inseticidas e raticidas.
Fabricação de projéteis incendiários, 'explosivos e gases asfixiantes à base de fósforo branco.
Grau 2 - Insalubridade médiaEmprego de inseticidas e pesticidas 01'
ganorostorados.Fabricação de bronze fosforado..Fabricação de mechas fosforadas paea
lâmpadas de mineiros.QUADRO V - HIDROCARBONETOS EOUTROS COMPOSTOS DE CARBONO
Grau 1 - Insalubridade máximaDestilação do alcatrão e da nulna,
Destilação do petróleo.
Fabricação e emprego de benzeno (ben-zol) , .
Fabricação do tolueno e xíleno (toluol exílol) ,
Fabricação de fenóís, cresóís, nartóls, nítroderíva-tos, amtnoderrvados, derivados halogenados e outras substâncias tóxicas derivadas. de hidrocarbonetos cíclicos.
Operações com ácido cianídrico e seus derivados.
Pintura a pistola com esmaltes, tintas,vernizes e solventes contendo hidrocarbonetos aromáticos. em recintos limitados oufechados. -
Grau 2 - Insalubridade média
Emprego de inseticidas clorados, derivados de hidrocarbonetos: DDT (Diclorodifenütrtcloretano) , DDD (Diclorodifenildicloretano), MetoxiciDro (Dimetoxidifeniltricíoretano) , BRC (Hexacloreto de Benzeno)e seus compostos: Isômero (Líridano) , Clordano, Heptacloro, Aldrhn, Dieldrim, Isodrim,Endrim, Toxafeno e outros.
Emprego de inseticidas e fungicidas derivados do ácido-carbônico: Isolam, Ferban,Ziram, Zineb, Maneb e outros.
Emprego de aminoderivados de hidrocarbonetos aromáticos (anilina e homólogos).
Emprego de fenol, cresol, nartol, nattaleno e derivador tóxicos.
Emprego de isocianatos ná formação depplluretanas (lacas de desmodur e desmofem, lacas de dupla composição, lacas protetores de madeira e metais, adesivos especiais e outros produtos à base de polisocianatos e políureranas),
Emprego de metil celossolve (éter monometilico do glicoletileno).
Emprego de tolueno e xileno (toluol exílolj .
Emprego de produtos contendo hidrocarbonetos aromáticos como solventes ou emlimpeza de peças.
Fabricação de artigos de borracha, de produtos para impermeabilização e de feeídosimpermeáveis à base de hidrocarbonetos.
Fabricação de linóleos, celulóides, lacas,tintas, esmaltes, vernizes, solventes, colas,artefatos de ebonrte. guta-percha, chapéisde palha e outros à base de hidrocarbonetos.
Fabricação e emprego de derivados halogenados de hidrocarbonetos alifáticos:cloreto d e metila, brometo de metlla, clorofórmio, bromorórmío, tetracloreto de carbono, dicloretano, tetracloretano, tríceroetileno.
Fabricação e emprego de formaldeido(formal) ou de produtos que desprendamrormaldeído.
Limpeza de peças ou motores com óleodiesel aplicado sob pressão (nebulízação) ,
Manipulação de alcatrão, breu, betume,antraceno, negro-de-fumo, óleos minerais,óleo queimado, parafina ou outras substâncias cancerígenas afins.
Pintura a pincel com esmaltes, tintas evernizes, em solventes contendo hidrocarbonetos aromáticos, em recintos limitados oufechados.
Grau 3 - Insalubl'idade mínimaPintura a pistola ou manual com esmal
tes, tintas e vernizes em solventes contendo hidrocarbonetos aromáticos, ao ar livre.
QUADRO VI - MERCúRIOGrau 1 - Insalubridade máxima
Amalgamação de zinco para fabricaçãoeletródios, pilhas e acumuladores.
'1950 Sábado $ DIARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de llJ'74
Douração e estanhagem. de espelhos à base de mercúrio.
EmpiJ.1bamento de animais (cloreto demercúrio).
Fabricação e emprego de solda à. base demercúrio.
Fabricação de aparelhos de mercúrio: barômetros, manômetros, termômetros, interruptores, lâmpadas, válvula eletrônicas, ampolas de raio X, aparelhos' frigorificos e outros.
Fabricação de composto de mercúrio, deprodutos químicos, farmacêuticos, tintas àbase de mercúrio ou sais de mercúrio.
Fabricação de fogos de artifícios à basede mercúrio.
Fabricação e trabalhos com fulminato demercúrio (espoletas).
Minas de mercúrio; extração do mercúrio do minério.
Secretagem de pelos, crinas e plumas, feltragem à base de composto de mercúrio.
Recuperação do mercúrio por destilaçãode resíduos industriais.
Tratamento a quente das amálgamas deoutro e prata para recuperação desses metais preciosos.
Grau 2 - InsalubrIdade médiaDescoloração de porcelana à base de mer
cúrio.Emprego de mercúrio e seus compostos
como agentes catalísádores,Eletrólise com catódio de mercúrio.Manipulação de mercúrio nos laborató
.rios de química.Pintura com tintas à base de composto
de mercúrio.Recuperação do ácido sulfúrico pelo mer
cúrio.Tratamento dos minerais auríferos e ar
gentíferos pelo mercúrio.QUADRO VII - AGENTES BIOLóGICOS
Grau 1 - Insalubridade máximaTrabalho nos hospitais, ambulatórios e
outros estabelecimentos destinados exclusivamente ao atendimento de doenças infecto-contagiantes sujeitas a isolamento(aplica-se unicamente ao pessoal que tenhacontato com os doentes ou materiais infecto-cantagtantes, bem como os que manuseiam habitualmente objetos de uso desses'doentes, não previamente esterilizados).
Grau 2 - Insalubridade médiaIndustrialização do lixo.Operação em que baja contato com car
nes, vísceras, glândulas, sangue, ossos, couros, pelos, dejeções de animais infectados.(carbúnculo, brucelose, mormo e tuberculose).
Trabalho nos hospitais, casas-de-saúde,maternidade, serviços de pronto socorro,ambulatórios de cliníea geral e de especialidades médicas .nos laboratórios de análiseclínica e httopatología, nos consultóriosodontológicos (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes oumateriais ínfeetc-contagíantes, bem comoaos que manuseiam habitualmente objeto deuso desses pacientes não previamente esterilizados) .
Trabalho nos hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentosdestinados ao atendimento e tratamento deanimais (aplica-se unicamente ao pessoalque tenha contato com animais doentes oumateriais íntecto-eontagíantesj ,
Trabalhos nos laboratórios com animaisao preparo de soros, vacinas e outros produtos.
Trabalho nos gabinetes de autópsias, deanatomia e de hístoanatomopatología.
Trabalhos nos cemitérios (enxumação decorpos).
Trabalhos nos estábulos e cavalariças.Trabalhos com resíduos animais deterio
rados.
QUADRO VIII - RADIAÇõESIONIZANTES
Gran 1 - Insalubridade máximaEmprego de raios X e substâncias radio
ativas para fins industriais e comerciais(demonstração de aparelho).
Extração de minerais radioativos; tratamento, purificação, isolamento, preparo para distribuição.
Fabricação de ampolas de raios X, aparelhos de raios X e radioterapia (inspeção dequalidade).
Fabricação e aplicação de produtos lumínescentes radíreros.
Operações com reatores nucleares, comfontes de neutrons ou de outras radiaçõescorpusculares.
'pesquisa e estudo dos raios X e substâncias radioativas em laboratórios.
Preparação e emprego de produtos qUÍmicos e farmacêuticos radíoatívos . (urânio,rádon, mesotórío,' tório X, césio 137 e outros).
Trabalhos com exposição aos raios X esubstâncias radioativas nos hospitais, cliníeas, dispensários, consultórios médicos,odontológicos, casas-de-saúde, centros anticancerosos e outros estabelecimentos..
QUADRO IX - SíLICA E SILICATOS
Grau 1 - Insal~bridade máximaOperações que desprendam poeira de si
líca ou de sílíeatos em: aplicação de amianto a pistola.
Decapagem, polimento de metais e foscamente de vidros com jato de areia.
Trabalhos permanentes no subsolo, emminas ou túneis (operações de corte, furação, desmonte, carregamento e outras atividades exercidas no local do desmonte, ebritagem no subsolo. ~
Trabalho de extração de minério ou rochas amíantíteras (furação, desmonte, trituração, peneíramento e- manipulação).
Grau 2 - Insalubridade médiaOperações que desprendam poeira de sílí
ca ou de silícatos em: alíaçâo e polimentode peças metálicas.
Fabricação de lixas com materiais contendo sílíea,
Fabricação de mós, sapéleos, pós- e pastaspara limpeza de metais.
Fabricação de material, refratário parafornos, chaminés e cadinhos; recuperaçãode resíduos.
Manipulação de amianto na fabricação deamianto-cimento, de juntas de amiantoborracha, guarnições de fricção e cintas' defreios com amianto; fabricação de cartões epapéis com amianto.
Mistura, cardagem, fiaçam e tecelagem deamianto.
Moagem e manipulação e sílica na indústria de vidros, porcelanas e outros produtoscerâmicos. .
Operações de extração, trituração e moagem de talco.
Trabalhos em fundições, expondo' a poeiras e areia, moldagem, desmontagem e rebarbação.
Trabalhos permanentes nas galerias, rampas e poços em subsolos, em rochas quart-.zosas,
Grau 3 - Insalubridade minimaOperações que desprendam -poeira de sill
ca em:Trabalhos em pedreiras: furação, corte,
marroagem, cantaria, brítagem, penetração,classificação, carga e descarga de silos detransportadores de correia.
Trabalho}! de cantaria.Trabalhos de brítagem ao ar livre.
QUADRO X - SULFETO DE CARBONOGrau 1 - Insalubridade máxima
Fabricação de sulfeto de carbono e seusderivados.
Fabricação de earbonílída.Vulcanização a frio da borracha por meio
da dissolução do enxofre no sulfeto de ear-bono, .
Grau 2 - Insalubridade médiaEmprego do sulfeto de carbono como' cUs
solvente da gutapercha, de resinas, ceras,gorduras, óleos, essências, vernizes, lacas,celulose e outras substâncias.
Fabricação de colas e mastiques dissolvi,.dos em sulfeto de carbono.
Fabricação e emprego de inseticidas comsulfeto de carbono.
Fabricação de seda artificial (víacose) ,
QUADRO XI - OPERAÇOES DIVERSAS
Grau 1 - Insalubridade máximaOperações' com berilo ou glíeínío e seus
compostos: extração, trituração e. trata,.mente: fabricação de suas ligas e eompostos na fabricação de tubos fluorescentes, deampolas de raios X, de vidros especiais ede outros produtos.
Operações com cádmio e seus compostos:extração, tratamento, preparação de ligas,fabricação e emprego de seus compostos,solda com cádmio, fabricação de fios eíétríeos, utilização em fotografias com luzultravioleta, em fabricação de vidros, comoantioxidante, em revestimentos metálicos,em fabricação de rolamentos e de outrosprodutos.
Operações com manganês e seus compostos: extração, tratamento, trituração, transporte do minério; fabricação de compostos
.de manganês, fabricação de pilhas secas',fabricação de vidros especiais, indústria dêcerâmica ou ainda outras operações comexposição prolongada à poeira de pírolusítaou de outros compostos de manganês.
Operações em galerias e tanques de esgoto.
Operações sujeitas ao despreendimento demonóxido de carbono (fabricação de gás deiluminação, de gás de água). '
Grau 2 - Insalubridade médiaAplicação a pistola de tintas de alumínio.Fabricação de pós de alumínio (tritura»
ção e moagem).Fabricação de emetina e pulverização de
ípeca,Fabricação e manipulação de ácido acétã
co glacial, clorídrico, fluorídrico, oxálíco, ui'tríco e sulfúrico.
outubro de 1974 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 7951
Metalização a pistola.Operações com o tímbó.
Operações com bagaço de cana nas fasesde grande exposição à poeira.
Operações com exposição à radiação ultra-violeta e infravermelha, sem proteçãoadequada.
Operações com exposição a gases e vapores tóxicos.
Operações permanentes de solda de metais, elétrica e a oxiacetileno.
Operações de galvanoplastia: douração,prateação, niquelagem, cromagem, zincagem, cobreagem; anodízação de alumínio;telegrafia e radiotelegrafia; manipulaçãoem aparelhos do tipo Morse e recepção desinais em fones.
Trabalhos com escórias de "I'homas: remoção,..trituração, moagem e acondicionamento.
Trabalhos de retinida, raspagem a secoe queima de pinturas.
Trabalhos na extração do sal (salinas).
. Trabalho em ambientes alagados ouencharcados, com umidade excessiva, capazde ser nociva à saúde.
Trabalhos em câmaras frigoríficas -Ó
Trabalhos em locais de calor excessivo(provenientes de fontes artificiais), cujatemperatura efetiva ultrapasse a 28 graus C.
Trabalhos com exposição a calor radianteproveniente de materiais em fusão ou incandescentes (fundições, estamparias demetal a quente, forjas, alimentação de caldeiras, fabricação de vidros).
Trabalhos por perfuratrizes e martetotespneumáticos. .
. Trabalhos com equipamentos ou em ambientes com excesso de pressão: escafan-dros e caixões pneumáticos. .
Trabalhos em ambiente com excesso deruído:
a) Em recintos limitados: nível igualousuperior a 85 decibéis (medida efetuada nacurva "b" do medidor de intensidade desom).
b) Ao ar livre: nível igualou superior a90 decibéis (medida efetuada na curva "c"do medidor de intensidade de som.
Grau 3 - Insalubridade mínima
Fabricação e transporte de cal e cimentonas fases de grande exposição às poeiras.
Fabricação e manipulação de álcalis cáusticos.
Trabalhos de carregamento, descarregamento ou remoção de enxofre ou suifitosem sacos ou a granel. - Arnaldo Sussekirid,
DECRETO-LEI 1'1".0 389DE. 26 DE DEZEMBRO DE 1968
Dispõe sobre a verificação ·judicial.deinsalubridade e periculosidade e dá outras providências.
O Presidente da República, no uso dasatribuições que lhe confere o § 1.0 do artigo2.0 do Ato Institucional n,v 5, de 13 de dezembro de 1968, decreta:
Art. 1.0 Arguída em juízo, insalubridadeou periculosidade de atividades ou operaçõesligadas a execução do trabalho, procederse-á a perícia técnica para os efeitos dodisposto no artigo 209 da Consolidação dasLeis do Trabalho, aprovada pelo Decretolei n. o 5.452, de 1.0 de maio de 1943, e noartigo 2.0 da Lei n.O 2.573, de 15 de agostode 1955.
Art.2.0 A caracterização e a classífícacâo. da periculosidade e da insalubridade, segundo as normas e os quadros elaboradospelo Departamento Naclona.l de Segurançae Higiene do Trabalho, serão feitas por médico ou engenheiro devidamente habilitadosem questões de higiene e segurança do trabalho e designados por autoridades judiciária.
Art. 3° Os efeitos pecuniários, inclusiveadicionais, decorrentes do trabalho nas condições da insalubridade ou da periculosidade atestadas. serão devidos a contar da data do ajuizamento da reclamação.
§ 1.0 Enquanto não se verificar haveremsido eliminadas suas causas, o ex-reícío deatividades ou operações insalubres asseguraa percepção de adicionais respectivamentede 40%, 20% e 10% do salário mínimo daregião, segundo se classifiquem nos grausmáximo, médio e mínimo.
§ 2.0 O adicional para a prestação deserviço. em contato permanente eom inflamáveis em condições de periculosidade é oprevisto na Lei n. O 2.573, de 15 de agostode 1955.
Art. 4.0 Os princípios estatuídos nesteDecreto-lei aplicam-se aos procedimentosjudiciais cujas sentenças ainda não tenhamsido executadas.
Art. 5.0 O disposto neste Decreto-lei nãoobriga à restituição de importâncias queaté a data de Sua promulgação tenham sidopagas a trabalhadores com fundamento emcritérios de verificacão e classificacão di-versos dos ora fíxados. •
Art. 6.° Este Decreto-lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas asdisposições em contrário, especialmente aLei n.> 5.431, de 3 de maio de 1968. (36).
Brasília, 26 de dezembro de 1068; 147.0da Independência e 80.0 da República. A. COSTA E SILVA - Jarbas G. Passarinho.
PARECER DA COMISSãODE CONSTITUI9!i-0 E JUSTIÇA
I - Relatório
Quer o presente projeto de lei, de autoriado ilustre Senador Paulo Torres, instituirnova disciplina legal para o denominadoadicional de insalubridade, fazendo com queO· acréscimo salarial incida sobre o salárioefetivamente recebido pelo trabalhador enão sobre o salário mínimo, como vem sendo entendido .até aqui por falta de expressa determinação legal neste sentido.
.2. Intenta ainda a proposição fixar osgraus de insalubridade e percentuais deacréscimo salarial incidentes sobre cada umdeles, além de admitir a redução ou mesmoeliminação do adicional, quando mínímízadas ou suprimidas as condições de insalubridade. O projeto incorpora ao seu textoo disposto no art. 6.°, do Decreto-Lei n. o
2.162, de 1.0 de maio de 1940, e no art. 79,da Consolidação das Leis do Trabalho; daíporque pretende, ainda, a revogação dos dispositivos opa absorvidos.
3. O proj eto é constitucional, nos termos do art. 8.0 , itern XVII, letra "b", combinado com o art. 43 da Constituiçáo Federal. Não atenta ele contra a ordem juridica vigente. Sob o aspecto da técnica legislativa não cabem restrições ao projeto quepossui mesmo o mérito de fazer com quepassem a ser tratados em diplomas distintos o salário mínimo e o adicional. de insalubridade. Ficariam, então, consolidadosnum único diploma as disposições referentes ao adicional.
11 - Voto do RelatorFace ao exposto em nosso relatório, ma
nHestamo-nos pela aprovação do projeto.
Sala da Comissão, - Jairo Magalhães,Relator.
IH - Parecer da ComissãoA Comissão de Oonstítuíção e Justiça, em
reunião de sua Turma "A", realizada em21-5-74, opinou, unanimemente, pela constitucionalidade e juridicidade do Projeto n."1.606173, nos termos do parecer do Relator,
Estiveram presentes os Senhores Deputados: José Bonifácio - Presidente, JairoMagalhães, Relator, Alfeu Gasparini, Djalma Marinho, Jl:lcio Alvares, José BonifácioNeto, Luiz Braz. Manoel Taveira, Osmar Leitão, OsneIli Martânellí, Severo Eulálio eTúlio Vargas. - .
Sala da Comissão, 21 de maio de 1974. _José Bonifácio, Presidente - Jairo Mag'aIhães, Relator.
PARECER DA COMISSAO DE TRABALHO, E LEGISLAÇAO SOCIAL
I - RelatórioIntenta o presente projeto, de autoria do
ilustre Senador Paulo Torres, fazer com queo adícional insalubridade passe a ser calculado sobre o salário efetivamente pagoao trabalhador e não sobre o salário mínimo, como vem sendo entendido até aqui.
2. Na Comissão de Legislação Social doSenado Federal, a certa altura do parecer,o relator da matéria assim se expressa:" ...Se é certo que a remuneração de umtrabalhador varia, para mais ou para menos. em função da qualidade, antigüidade,respçnsabílídade, ete., dos serviços que presta, como se atribuir ao mais qualificado,ao mais técnico, ao mais responsável. umadicional idêntico ao de outro trabalhadorque não tenha tais qualificações? Jl: o mesmo que nivelar os desiguais." De fato. "Seo . acréscimo salarial também pode ter ocaráter de compensação pelo maior desgaste orgânico motivado pelas condíçôesadversas do trabalho executado, nada justifica seja ele calculado apenas sobre o salário mínimo. Determinados trabálhadorespercebem melhores salários em função deum maior preparo profissional. O patrí-,
.mônío pessoal, representado pela mão-de-obra especializada é, portanto, mais valioso e, conseqüentemente, o desgaste sofridoem razão do ambiente de trabalho deveser compensado com base na receita dooperário, a ser futuramente diminuída pelos efeitos da exposição aos agentes nocivos."
Sobre o mérito da matéria, este o entendimento correto, entendimento que. adotamos integralmente.
3. Realidade é a existência de desorientação no entendimento do cálculo doadicional insalubridade; prova disto é oantagonismo observado em acórdãos doTribunal Superior do Trabalho e do Supremo Tribunal Federal a respeito da matéria. Efetivamente, a razão das dúvidasestaria na ausência da expressa determi-nação legal. .
4. Esposamos as razões do autor quando afirma que o projeto em tudo eliminaráas hesitações, estabelecendo de forma induvidosa que o adicional deva ser calculadosobre o salário efetivamente recebido.
5. O projeto desvincula o cálculo doadicional insalubridade do salário mínimoatravés da revogação do art. 6.° do Decreto-lei n. O 2.162/40 e do art. 79 da Consolidação das Leis do Trabalho, passando oscritérios a integrar o § 1.0, do art. 2.0 daproposição. Cuida, ainda, da fixação dos
"5Z Sábado li DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1974,
graus de insalubridade com o percentualde acréscimo salarial devido a cada umdeles, admitindo a redução ou corte doadicional se comprovada, a diminuição oueliminação da insalubridade e, por fim, regula o pagamento da vantagem quando daocorrência de mais de um fator insalubre.
II _ Voto do Relator
A proposição é atual e oportuna ~ visaa substituir a legtslação vigente, que é máe distanciada da realidade social. Conseqüentemente, votamos pela conveniência daaprovação do projeto n.v 1.606, de 1973.
Sala da Comissão - Francisco Amaral,Relator.
III - Parecer da Oomíssão
A Comissão de Trabalho e Legislação Social, em sua reunião ordinária, realizadaem 27 de junho de 1974, opinou, unanimemente, pela aprovação do Projeto número'1.606/73, nos termos do parecer do relator,Deputado Francisco Amaral. '
Estiveram presentes os Senhores Deputados Raimundo Parente - Presidente,Carlos Cotta, Bezerra de Norões, Alcír Pimenta, walter Silva, Fernando Cunha, Joséda Silva Barros, Cid Furtado, Álvaro Gaudêncío, João Alves, Mauricio Toledo, Henrique de La Rocque, Roberto Galvani, Wil80n Braga, Osmar Leitão, Francisco Amaral,Helbert dos Santos, Célio Marques Fernandes, Roberto Gebara, Wilmar Dallanhol eArgílanv Dario.
Sala da Comissão, em 27 de junho de1974, - Raimundo Parente, PresidenteFrancisco Amaral, Relator.
PARECER DA COMISSÁODE FINANÇAS
I - Relatório
Teve origem da Câmara Alta - de iniciativa do nobre Senador Paulo Torres _.o projeto de lei ora submetido ao juízodesta Comissão, que dispõe sobre o adicional de insalubridade, e determina 'novasprovidências.
Conforme se observe em graus máximo,médio ou mínimo de insalubridade - to
.mado como base o salário efetivamentepercebido pelo trabalhador - 0- adicionalserá de 40, 20 e 10%, respectivamente.
Reduzido ou eliminado será o adicional,caso ocorra redução ou extírpaçâo da insalubridade.
Na hipótese de verificar-se mais de umfator de insalubridade, será considerado odegrau mais elevado, sendo defesa a percepção çumulattva de adicional, ainda quese trate de adicional por periculosidade.
Definindo com Amaro Barreto, disse oautor na justificativa da propositura:
"A insalubridade, no Direito do Trabalho é a condição ou atestado da atividade que, por sua natureza, ou métodode execução, possa produzir doenças,infecções ou intoxicações, afetando aintegridade biológica do trabalhador."
Destacando o ponto alto da proposição,aditou o digno Senador Paulo Torres:
"Ocorre que, instituído por uma lei desalário mínimo - Decreto-lei n.o 399,de 30-4-38 - o adicional de insalubridade ligou-se indissoluvelmente a este,impondo aos trabalhadores sérios prejuizos até hoje não ressarcidos,Com efeito, partindo de interpretaçãoaté certo ponto simplista do, art. 79 daCLT, entenderam juristas e tribunaisdo trabalho que somente faziam jus aoadicional de serviço insalubre os empregados cujo salário não fosse supe-
ríor ao mínimo legal. Toda vez que aremuneração excedesse o chamado "salário de sobrevivência", nela estariaincluída a compensação pelo exercíciode atividade com risco de saúde, tornando-se assim indevido qualquer novoacréscimo salarial em função desserisco."
Chegado na Câmar-a, foi o projeto distribuído às oomtssões de Constituição eJustiça, de Trabalho e Legislação Social, ede Finanças.
O prímeíro desses órgãos técnicos opinou,unanimemente, pela constitucionalidade ejuridicidade da iniciativa senatorial, acolhendo o parecer do Relator, o nobre Deputado Jairo Magalhães, da ARENA montanhesa.
A Comissão de mérito, a de Trabalho eLegislação Social, também por unanimidade, aprovou a propositura em estudo, sufragando o voto do Relator, o operoso parlamentar bandeirante, Francisco Amaral.
Jã se encontrava o processo em nossopoder, quando ao projeto foram anexadas- por despacho do Presidente Flávio Marcilíc, considerações sobre o mesmo desenvolvidas pela Federação dos Trabalhadoresnas Indústrias Gráficas do Estado de SãoPaulo, encerradas nestes termos:
" ... a contribuição desse projeto paraa defesa dos direitos dos trabalhadoresé Inestimável",
Ê o relatório.II - Voto do Relator
Relatando a proposição' Na Comissão deSaúde, enfatizou com conhecimento da matéria o Senador-Médico, Fausto CasteloBranco:
"A higiene do trabalho destina-se, comose sabe, a preservar, na medida dopossível, a saúde do trabalhador, aoqual, como a cada homem, incumbe zelar por sua saúde, como elementar obrigação."
E falando como legislador arrematou:"Não mais se justifica que o adicionalde insalubridade seja apenas o própriosalário mínimo que a lei garante aosserviços insalubres. Importa que se ratifique através de um texto de lei, comopropõe o projeto, o que diversos acórdãos [á sabiamente decidiram: o adicional de insalubridade incidindo sobre qualquer salário, por se tratar decompensação ao risco que o empregado tem ,que sustentar quando prestaserviços em ambiente nocivo à saúde.Este entendimento deve prevalecer,quer se considere o problema da insalubridade predominantemente médico,quer seja ele julgado mais de ordem[urídíca, Somos dos que entendem queeste adicional não é, a rigor, salário,mas uma penalidade imposta ao em
'pregador por exigir trabalho em ambiente carregado de periculosidade ecapaz de, cientificamente, ser modificado."
Estamos de pleno acordo com o SenadorCastelo Branco.
Edgar Vargas' Serra, membro efetivo daSociedade Internacional de Direito Social,in "Insalubridade e sua! Remuneração",(José Konfino - Editor, Rio, 1962, pág, 21),prelecíona:
"Considerada hodiernamente como problema social de larga repercussão enão menor relevo, conseqüentementeinteressando o Poder Público, a insalubridade, sem que isso possa causarsurpresa, vem merecendo, em diversas
ordenações estatais, tratamento especíal."
Tal foi a relevância que assumiu o problema da insalubridade, que a matéria foiacolhida no texto constitucional de inúmeros países. A Ocnstítuíção da Argentina,sancionada em 1949, previu, expressamente:
"O cuidado da saúde fisica e moral dosIndíviduos deve ser uma preocupaçãoprimordial e constante da sociedade"àquem corresponde velar para que o regime de trabalho reúna os requisitosadequados de higiene e de segurança,não exceda as possibilidades normais deesforço e possibilite a devida oportunidade de recepção pelo repouso."
F. Garcia e J. A. Garcia Martinez,' in "l!;lContrato de 'I'rabajo" <1945, pág, 346), afil),mam procedentemente:
"Ante a evolução atual das Idéias [urídteas, sociais e econômicas, a eqüidade e, sobretudo, a justiça social, queé a base da ordem social, impõe-semais escrupulosa tutela pessoal ao trabalhador; daí a preocupação do legislador em eliminar do ambiente de tra.1.balho toda causa que constitua um 1'1J..rígo para a saúde ou integridade físicado empregado ou. trabalhador."
O Código Internacíonal do Trabalho, nosartigos 471, 480 e 484, interdita as mulheres e menores o trabalho em operações àbase de chumbo, zinco e seus compostos.
Inúmeras Conferências Internacionais doTrabalho fixaram em convênios recomendações pertinentes à, insalubridade. EmWaslling'ton, local escolhido para a Primeira Reunião, de 29 de outubro de 1919 a 27de janeiro de 1920, duas recomendaçõesforam propostas e aprovadas, a respeitodesse inalienável direito dos trabalhadores.
O projeto do Senador Paulo Torres encerra providências de há muito reclamadanos arraiais do Direito Laboral.
A compensação que fixa, com taxas proporcionais aos índices de insalubridade a'serem aprovados por órgãos competentesdo Ministério do Trabalho, além de justa,correspondente ao desgaste físico sofridopelo trabalhador.
Adstritos aos lindes de nossa eomnetêàeía, inscrita no § 7.° do art. 28, do Regimento Interno, nada recolhemos do exameprocedido na proposição que pudesse conduzir à sua inadmissibilidade.
A p e nas, objetivando dístender-Ihev-aabrangência; apresentamos-Ihe Emenda aoart. 1.0 Aprovada esta, teremos levado, aquantos exercer atividades em meios insalubres, seja qual for o regime jurídico sobque trabalhe, os benefícios da lei consee-táría. ,',
Com esse entendimento a respeito doProjeto n.o 1.606173, do Senado Federal,recomendamos aos integrantes desta Comissão que votem por sua aprovação. como que estarão defendendo, em todo o País,quantos trabalhadores labutam em ambien-tes insalubres. .
É (" nosso voto.
Sala da Comissão, de outubro de 19'14.- Athiê Jorge Coury, Relator,Emenàa ao, Projeto n.o 1.606, de 1973, qíiedispõe sobre o Adicional de Insalubridade' edá outras, providências.
Acrescente-se ao art. 1.0, depois da paJ~vra ocupados, a seguinte expressão;
"sob qualquer regime jurídíco."
a) Athiê JOl'ge Coury, Relator.
Outubl'o de 1974 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçã~ n Sábado 5 795S
nI - Parecer da Comissão
A Comissão de Finanças, em sua reuniãoordinária, realizada em 3 de outubro de;t974, 'opinou, unanimemente, pela aprovação do Projeto n,? 1. 606/73, do Senado Federal, nos termos do parecer do Relator,Deputado Athiê Ooury, com uma emenda.
Compareceram os Senhores Arthur Santos, Presidente, Ildélio Martins e Athiê Coury, Vice-Presidentes, Adhemar de BarrosFilho, Homero Santos, Ivo Braga, JorgeVargas, Tourinho Dantas, Wilmar Guimarães, Cesar Nascimento, Florim Coutinho,Fernando Magalhães, João Castelo, Leopoldo Peres, Ozanan Coelho, Joel Ferreirae José Freire.
Sala da Comissão, em 3 de outubro de1974. - Arthur Santos, Presidente - Athiê'(3oury, Relator.
Emenda da Comissão
Acrescente-se ao art. 1.0, depois da palavra ocupados, a seguinte expressão:
"sob qualquer regime [urídíeo.". ,Sala da Comissão, em 3' de outubro de
,1,974. - Arthur Santos, Presidente ,- Athiê.,Jorg·e Coury, Relator.
PROJETO DE LEIN.o 1.627-B, de 1973
(Do Sr. Luiz Braz)
Dispõe sobre a remuneração do empregado investido em mandato de vereador gratuito nos dias de sessões daCâmara; tendo pareceres: da Comissãode Constituiçiio e Justiça, pela constitucionalidade c juridieidade; e, das Comissões de Trabalho e Legislação' 80-
. cial e de Finanças, pela aprovação. Pareceres à Emenda de Plenário: da Comissão de Trabalho e Legislação Social,pela rejeição; e, da Comissão de Finanças, pelá 'aprovação;
'~PROJETO DE LEI N.O 1. 627-A, DE 1973,EMENDADO EM PLENÁRIO, A QUE SEREFEREM OS PARECERES).
';.'.. , O Congresso Nacional decretaz,' Art. 1.0 O empregado investido em
.mandato gratuito de vereador não perderáa remuneração nos dias em que tiver deausentar-se do serviço da empresa para
,çompar(;'cer às sessões da Câmara.
;·,Art. 2.° Es'ta Lei entrará em vigor na-data de sua publicação.
Art. 3.0 Revogam-se as disposições em"contrário.
J'ustificação,,~
A Lei Complementar n.o 2, de 29 de no-';y'embro de 1;;67, contendo inovação quechegou na crista de uma tendência marcadamente moralizadora, consubstancíadaesta no art. 16, § 2.0 , da Constituição de"1967, restringiu a antiga permissibilidade(da qual tanto se abusou neste Pais) deas câmaras municipais estípendíarem seusmembros..: Pelo referido diploma, somente as câmaras municipais das caprtáís e dos municípios com população superior a cem mil habitantes podiam atribuir remuneração aos
!.í!eUS vereadores.Mais tarde um pouco, em 26 de fevereiro
,>,d~ 1969, através do Ato Institucíonal D.O 7,• a;J,rerou-se aquela disposição para estabelecer que somente vereadores das capitais edos municípios com população acima de
',trezentos mil habitantes podiam continuarrecebendo remuneração.
A Emer,da Constítueíonal n.O 1, d~ 17 deoutubro, de 1969, conquanto preservasse l/.
medida restritiva, cuidou de abrandá-la umpouco para' determinar que, além das capitais, também os municípios com população superior a duzentos mil habitantes têmpermissão para remunerar seus vereadores(art. 15; § 2.0).
E. se antes da edição de' tais 'leis, eramregistrados freqüentes casos de corrupçãoem ínumerns municípios, com parte substanciais de suas receitas sendo reservadapara pagamentos de importâncias poipudamente incompatíveis com o volume dessas rendas e com a dignidade do exercíciode um mandato eletivo, há que ser reconhecido, também, que as medidas foramdrásticas demais, a ponto de contribuírempara um gradativo desestimulo à vereança,
Tais .postos eletivos, antes disputadosacirradamente pelas pessoas mais gradas emais bem dotadas moral e intelectualmenteem ncssac comunas, transformaram-se emencargo excessivamente pesado e, pois, desinteressante.
Decresceu, assim alarmantemente, a quaIídaue das representações populacionais emâmbtto municipal. com reflexos negativosria formação de lideranças para o cenárionacional.
Varios setores da vida pública brasileirareconhecem e proclamam, a partir de então,a necessidade de um estudo bastante aprofundado em torno da questão, com soluçãoque seja a um só tempo moralista e nãocerceadora da atividade política, que evitea volta ao passado, mas que igualmente,aceite a verdade segundo a qual a todo trabalho deve corresponder uma contraprestação remuneratória, principalmente quando esse trabalho é desenvolvido em benefício. da coletividade.
!::ntretanto, por mais generosas 'e inteligentes que sejam as idéias 'ou sugestões arespeito, há sempre o obstáculo da disposição constitucional em contrário e, bemassírr , o interesse, por mais de uma vezdemonstrado, do Governo Revolucíonárioem não permitir a sua alteração, ao menospor forma que possa sequer ensejar umcomprometimento dos objetivos de moralidade pretendidos para a delicada questão.
Não creio que o Governo pretenda imporum sacrifício ou uma espécíe de sacerdócio,permanente e inexorável, aos que se disponham a exercer a vereança em nossas cidades que não sejam capitais e que nãodisponham de mais 'de duzentos mil habitantes.
Creio, isto sim, que a matéria esteja sendo estudada em suas áreas de decisão competentes, para que a medida a ser adotadaseja compatível com os interesses revolucionários e não autorize qualquer possíbílídade de regressão a um passado de desmandos e corrupção a duras penas abolido docenáríc político nacional.
Enquanto isto, deve o legislador ordinário buscar fórmulas que valorizem e dignifiquem o exercício do mandato de vereador,apesar das dificuldades apontadas, semarrostar o texto constitucional.
Entre tais fórmulas, uma que me pareceadequada, por justa, e a que vem consignada no presente proj eto de lei.
Ela é inspirada no tratamento atualmente dispensado ao funcionário público investido em mandato eletivo gratuito,' tratamento esse que é consubstanciado em alguns direitos não minimizados nem alterados quer durante a vigência da Constituiçãode 1967, quer a partir da Emenda Constitucional n.? 1, de 17 de outubro de 1969.
Com efeito, o § 3.° do art. 104, da Constituição Federal estabelece que:
"O funcionário municipal investido emmandato gratuito de vereador fará jus
à percepção de vantagens de seu cargo nOSdias em que comparecer às sessões da Câmara."
Ora, se o vereador-funcionário não perdeos saláríoa nos dias em que se ausenta doserviço público para comparecer às sessõesda edilidade, por que não deferir idênticotratamento, . sob o regime da CLT, atribuindo-se à empresa empregadora o ônusdesse pagamento?
Afinal, é o mesmo o "munus" públicoexercido pelo vereador em proveito da coletividade, seja ele funcionário ou simplestrabalhador. E a empresa, por integrar-sea essa coletividade, também se beneficiadesse trabalho.
O nosso projeto, aprovado, eliminará umaperspectiva de desvantagem, de prejuízopecuniário, para o trabalhador investido emmandato gratuito de vereador e representará UI!' estímulo a mais para o exercíciodessa, hoje em dia, quase desprezada atívídare.
Sala das Sessões, em 23-10-73. - LtlizBraz.
LEGISLAÇAO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇAO DAS COMISSOE8
PERMANENTES
CONSTITUICÃO DA REPÚBLICAF~DERA'Í'IVA DO BRASIL
Emenda Constitucional n,? 1d;, 17 de outubro de 1969
TÍTULO IDa Organização Nacional
............................ ".' ~ -,CAPÍTULO rrr
Dos Estados e Municípios
Art. 15. A autonomia municipal' seráassegurada:
I - pela eleição direta de Prefeito, Vice-prefeito E vereadores realizada simultaneamente em todo Pais, em data diferente das eleições gerais para senadores, deputado federais e deputados estaduais;
§ 2.0 Somente farão jus à remuneraçãoos vereadores das Capitais e dos Municípios de população superior a duzentos milhabtantes, dentro dos limites e critériosfixados em lei complementar................, ,
.............................................
PARECER DA COMISSÃO DECONSTITUIÇÃO 11 JUSTIÇA
I e II - Relatório e Voto do RelatorPretende-se por meio do presente Projeto
garantir ao vereador, cujo mandato sejaexercido gratuitamente. remuneração nosdias em que para comparecer às sessões daCâmara, se ausentar dos serviços da empresa em que. trabalha.
O Projeto não esbarra em qualquer pre-.eetto constitucional, nem vulnera principiode direito, pelo que, ressa.tvada a competêneia das Comissões especializadas para oexame do mérito, temo-lo por constitucional e jurídico.
Sala da Comissão, em 21 de novembro de1973. - Hamilton Xavier, Relator.
IH - Parecer da ComissãoA Comissão de Constituição e Justiça, em
reunião de sua Turma "A", realizada emZi-1l-73. opinou, unanimemente. pela constrtucíonattdade e jurtdíeídade do Projeto n,"1.627173, nos termos do parecer do Relat-?r.
'1954 Sábado 5 DIARIO DO' CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1974
Estiveram presentes os Senhores Deputados:
Ferreira do Amaral - Vice-Presidente nqexercicio da Presidência, Hamilton Xavier-Relator: Alceu CoHares Alfeu Gasparini,Arlindo K~nzler, Cláudio Leite, Élcio Alvares Hildebrando Guimarães, Jairo Magalhães, José Sally, Lisâneas Ma~iel, Luiz BraZ,Osnelli M'S.rtinelli e RuydalmeIda Barbosa.
Sala da Comissão, 21 de novembro de1973. - Ferreira do Amaral, Vice-Presidente no Exercício da Presidência. - HamiltonX~vier, Relator.
PARECER DA COMISSãO DETRABALHO E LEGISLAÇãO SOCIAL
I - RelatórioO Projeto de Lei n. O 1.627173, de autoria
do nobre Deputado Luiz Braz, já analisadona Comissão de Constituição e' Justiça, objetiva assegurar aos empregados exerce~t~sde mandatos gratuitos de vereador, o dlretto à remuneração pelas dias em que tiveremde ausentar-se do serviço para compareceràs sessões das respectivas câmaras.
A atribuição de pagar dita remuneração,O encargo digamos assim, como é óbvio eresulta evidente da proposição, fica cometido à empresa .ou empregador.
A opinião da Comissão de Constituição eJustiça, baseada no p.areceJ; d~ ~elator,Deputado Hamilton XaVIer, fOI unamme pela constitucionalidade e juridicidade da proposição.
É o relatório.II _ Voto do Relator
Em verdade, a remuneração de que tratao projeto em exame nada tem a ver comaquela que vem referida nc § 2.0
, do art. 1:>,da Constituição Federal (Emenda Constitucional n.? 1, de 17 de outubro de 1969).
Uma - a do preceito constitucional - éestipêndio, recompensa, honorários (ouqualquer nome que se lhe dê) pelo exercíciodo cargo de vereador, permitida somentenos municípios das capitais e nos que tenham população superior a duzentos milhabitantes.
A outra - a do projeto - diz respeito,simplesmente, àquela contraprestação salarial que o cidadão tem pela sua condição deempregado, ou seja, "pessoa física que nresta' serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste ... ", noâmbito privado, fora, portanto, do exercíciodo cargo de vereador.
E o que o projeto quer é pois, justamente,determinar que esse cidadão, quando exercer simultaneamente mandato de vereador(mandato gratuito), não seja descontadoem sua remuneração mensal pelas faltasque tenha que dar ao serviço em razão deter que comparecer. às sessões da câmaramunicipal.
Daí o fa.to de a Oorníssâo de Constituiçãoe JUBtiça ter conelírío pela constitucionalidade da proposição.
Em .verdade ainda, creio que o DeputadoLuiz Braz vem de devassar uma verdadeira .lacuna em nossa legislação, acudindo-a, suprindo-a, com o bem elaborado, oportuno ejusto proj eto ora trazido à Comissão deTrabalho e Legislação Social para examequanto ao mérito.
Com efeito, se o funcionário público investido em mandato gratuito de vereadornão perde a remuneração do serviço público,nem tampouco as vantagens do cargo, nosdias em que falta ao trabalho para comparecer às sessões da câmara (art. 104, § 3.0,da Constituição), é de toda justiça aue seatribua c mesmo tratamento e direito ao
empregado comum, na forma preeonízadapelo projeto. O encargo que o poder públicotem de pagar ao funcionário-vereador nosreferidos dias de ausência. há de ser o mesmo suportado pela empresa ou empregadorprivados e constitui colaboração de ambosao exercício do "murrus" público, que é oexercício de mandato eletivo gratúíto, Assim, a só aplicação do principio da isonomiaé o bastante para justificar a aprovação doprojeto. •
O argumento da valorização e da dignificação do exercício do mandato de vereador,mencionado na justificação ao projeto, e,também, válido e oportuno, complementando todo o mais que se poderia dizer em favor da proposição em exame.
Nestas condições, opino favoravelmente àaprovação do Projeto de Lei n. O 1.627173.
Sala da Comissão, em 5 de abril de 1974.- Maurício Toledo.
lU _ Parecer da Comissão
A Comissão de Trabalho e Legislação Social, em sua reunião ordinária, realizada em18 de abril de 1974, opinou, unanímente,pela aprovação do Projeto n.>. 1.627/73, nostermos do Parecer do Relator, DeputadoMaurício Toledo.
Estiveram presentes OIS Senhores Depudos: Raimundo' Parente - Presidente, Wilson Braga, Carlos Cotta, Osmar Leitão,Maurício 'I'oledo, Roberto Gebara, ArgilanoDario, Walter Silva, José da Silva Barros,Bussumu Hírata, Francisco Amaral, PeixotoFilho, Alcir Pimenta, Fernando Cunha, Wilmar nansnnet; Roberto Galvani e João Alves.
Sala da Comissão, em 18 de abril de 1974.- Raimundo Parente, Presidente - Maurício 'I'oledo, Relator.
PARECER DA COMISSãO DE FINANÇAS
I - RelatórioO nobre Deputado Luiz Braz apresenta
oportuno projeto que "dispõe sobre a remuneração do empregado investido em mandato de vereador gratuito nos dias de sessão da Câmara".
A douta Comissão de Constituição é Justiça opinou pela sua constitucionalidade,reconhecendo, ainda, que o projeto não"vulnera princípio de direito".
A Comissão de Trabalho e Legislação 80- .cíal, através de longo e fundamentado parecer de seu ilustre Relator, o DeputadoMauríeío Toledo, manifesta-se, também, favorável à aprovação do projeto em apreço,salientando que o mesmo vem .preencher,uma verdadeira lacuna em nossa legislação.
n - Voto do RelatorNo que conceme à competência da Comis-,
são de Finanças, não encontramos óbicesao Projeto. de Lei n.? 1.627/73, "razão pelaqual somos favorável à sua aprovação.
A ementa do projeto, entretanto, está aexigir reparos menos de técnica legislativado que redacíonal, o que, sem duvida, deverá ser objeto de estudos do órgão competente,
Este, o nosso parecer, salvo melhor juízo.Sala da Comissão, em 10 de maio de 1974.
Adhemar de Bares Fllho, Relator.
TII- 'Parecer da Comissão
A Comissão de Finanças, em sua reuniãoordinária, realizada em 15 de maio de 1974,opinou. unanimemente, pela aprovação doProjeto n.o 1.627/73, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Adhemar de Barros Filho.
Compareceram os Senhores Arthur Santos, Presidente, Ildélío Martins e Athiê oours, Vice-Presidentes, Cesar Nascimento,Tourinho Dantas, José Freire, Aldo Lupo,Florim Coutinho, Dias Menezes, Joâo Castelo, Ozanan Coelho, Ivo Braga, HomeroSantos, Jorge Vargas, Joel Ferreira, Fernando Magalhães, Adhemar de Barros Filho, Oztris Pontes, 'Peixoto Filho, DyrnoPires e Leopoldo Peres,
Sala da Comissão, em 15 de maio de hl74.- Ildélio Martins, Presidente em exercício.- Adhemar de Barros Filho, Relatnr.
Emenda Oferecida em Plenário
Dê-se ao art. 1.0 do Projeto a seguinteredação:
"Art. 1.° O empregado investido emmandato gratuito de vereador não perderá a remuneração correspondente aoperíodo em que tiver de ausentar-se doserviço para comparecer às sessões daCâmara, realizadas em horário coincidente com o de seu trabalho na em.presa,"
Sala das Sessões, 12 de junho de 197'!l,.
PARECER DA COMISSãODE CONSTITUIÇãO E JUSTIÇA
I e 11 - Relatório e Voto do RelatorA proposição de que é autor o Senhor
Deputado Luiz Braz, assegurando ao vereador a remuneração nos dias em que, para. o exercício do mandato, se ausentar doserviço de empresa em que trabalhar, eacolhido por este órgão técnico, foi apresentada, em plenário, a emenda em apreclação.
Em linhas gerais, emenda e proposiçãooriginária visam ao mesmo fim, parecendo-nos, entretanto, deva prevalecer a redação original que apenas assegura o pagamento nos. dias de sessão, enquanto aemenda se refere "ao _período" em que oedil teve de ausentar-se para compareceràs sssões da Câmara.
Em síntese: a emenda é Qonstitucional,. devendo, porém, ser rejeitada de modo a ser
mantido, em todos os seus termos, o projeto.Sala da Oomíssão, em 25 de junho de
1974. - Hamilton. Xavier, Relator.
III - Parecer da ComissãoA Comissão de oonstítuíção e Justiça, em
reunião de sua Turma "B", realizada em26-6-74, opinou, unanimemente, pela constitucionalidade e, no mérito, pela rejeiçãoda Emenda de Plenário ao Projeto n.o1.627-A/73, nos termos do parecer do Relator.
Estiveram presentes os Senhores Deputados:
José Bonifácio, Presidente; Hamilton Xavier, Relator; Luiz Braz, Ubaldo Barém,Djalma Bessa, Osnellí Martinelli, José Alves, Miro Teixeira, José Bonifácio Neto, Ferreira do Amaral e Ruydalmeida Barbosa.
Sala da Comissão, 26 de junho de 1974.-José Bonifácio, Presidente; HamiltonXavier, Relator.
PARECER DA COMISSãO DE TRABALH:OE LEGISLAÇAO SOCIAL
I - Relatório
O Projeto de Lei n.o 1.627/73, do Deputado 'Lulz Braz, já tramitara pelas comíssões técnicas da Casa às quais fora distribuído (Oonstttuíção e Justiça, Trabalho eLeígslaçâo Social e Finanças), obtendoaprovação unânime em todas, conforme sevê dos avulsos juntados aos presentes autos (fla. 1 a 4).
outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 '7955
Estando o Projeto em Plenário, recebeuemenda modificativa da redação de seu art.1.0, pela qual se pretende que o empregadoinvestido em mandato gratuito de vereadornão perca a remuneração correspondente aoperíodo .em que tenha de ausentar-se do
· serviço para comparecer às sessões da Câmara, realizadas em horário coincidente como de seu trabalho na empresa,
Dita emenda faz que o Projeto volte àsmesmas comissões técnicas que anteriormente haviam opinado 'sobre ele.
li: o relatóríu..
11 - Voto do Relator
A meu ver, a diferença entre o texto original do art. 1.° do Projeto e o da Emenda,está em que esta última cuida de minúcias,fazendo inserir o termo "período" em lua-ar de "dias" e aditando a expressão "sessões da Câmara realizadas em horário coincidente 'com o trabalho do empregado naempresa". '
Quero crer que o-Ilustre autor da emendaesteja preocupado com a ocorrência de umadas seguintes situações:
li) se a sessão da Câmara é realizada nohorário noturno e o empregado trabalha nodiurno, ou vice-versa, ele -v- empregado não precisará ausentar-se de seu trabalho,'não tendo, portanto, necessidade de ficarabrangido pelo, digamos, benefício da lei(daí a exigência de "sessões em horário -
"coincidente com o do trabalho");b) se a sessão da Câmara durar apenas
il1gumas horas, pela manhã ou à tarde, oempregado não precisará ausentar-se dotrabalho por todo o dia, mas tão-somentepor um período (daí a substituição, do ter-mo "dias" paI' "período") .
Entretanto, penso que o texto original doProjeto, sobre ser mais explícito e, pois; menos sujeito a interpretações equivocadas, já
· atende inclusive àquelas minúcias, eis que· é bastante claro ao preceituar que:
"o empregado investido em mandato'gratuito de vereador não perderá a remuneração nos dias em que tiver de ausentar-se do serviço da empresa paracomparecer às sessões da Câmara."
Ora, se as sessões da Câmara forem realizadas em horário ou em dias não coincidentes com o seu trabalho, ele, obviamente,pão precisará ausentar-se do serviço. Porconseguinte, não terá necessidade de questionar acerca de remuneração.
Sabemos todos, ademais, que a atividadede um vereador operoso e .responsável nãose circunscreve tão-somente ao rígido horárío das sessões. Há estudos a realizar, ex'pediente a atender, proposições a elaborar,assuntos admínístratívos vários a discutir,coisas que, evidentemente, não cabem dentro .do mero horário destinado às sessões.Dai por que ser absolutamente justo deixarna 1el uma certa margem de elasticidadeno tocante à ausência do empregado ao serviço, quando essa ausência se destine aocumprimento do "munus't vpúbltco da vereança.
Nestas condições, acompanhando o parecer da Comissão de Constituição e Justiça,mantenho o meu anterior ponto de vísta evoto pela aprovação do Projeto de Lei n. O
1.627/73 na sua redação original e pela rejeição' da Emenda de Plenário ora emexame.
Sala da Comissão, em 21 de agosto de1974. - Mauricio Toledo.
IH - Parecer da ComissãoA Comissão de Trabalho e Legíslação So
cial, em sua reunião ordinária, realizada em
18 de setembro de 1974, opinou, unanimemente, pela rejeição da emenda oferecidaem plenário ao Projeto n. O 1.627-A/73, nostermos do parecer do Relator, DeputadoMauricio Toledo. Foi designado RelatorSubstituto o Senhor Deputado Roberto Galvaní.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: José da Silva Barros, Vice-Presidente, no exercício da Presidência; CarlosCotta, Osmar Leitão, João Alves, WalterSilva, Bezerra de Norões, Roberto Galvaní,Italo Conti, Francisco Amaral, Claudio Leite, Alcir Pimenta, Henrique de La Rocque,Wilmar Dallanhol, Wilson Braga, Cid Furtado, Alvaro Gaudêncio e Roberto Gebara.
Sala da Comissão, em 18 de setembro de1974. - José da Silva Barros, Vice-Presidente, no exercício da Presidência; RobertoGalvaní, Relator-Substituto.
PARECER DA COMISSAODE FINANÇASI - Relatório
1. A remuneração de Vereadores é umtema que vem sendo debatido por muitos81'S. Deputados desta Casa, desde que sedecidiu neste País, pela não remuneraçãodos edis nas comunidades em menos de200.000 habitantes.
Quem analisa a história político-brasileira tem oportunidade de constatar a exístêncía de períodos. em que os governos deram maior ou menor atencão à autonomiamunicipaL •
Pode-se dizer que a autonomia municipalnão tem sido levada em conta, destacandose a persistência do Governo em não remunerar os Vereadores nas comunidades inferiores a 200 mil habitantes.
Trata-se de um tratamento de omissãopara com as comunas dn nosso País.
Ao adotar essa malfadada medida de nãopagar aos Vereadores, o Governo alegou que,anteriormente, estavam ocorrendo abusos eque se pagava exorbitantemente aos legisladores. municipais.
Inobstante, tanto tempo decorrido, estaargumentação já não resiste à menor análise, porque o Governo possui técnicos emtodos os seus setores e só mesmo a faltade tempo deve tê-los impedido de solver esta situação atéo momento.
Criou-se o paradoxo de um sistema quediz defender a justiça social e que, ao mesmo tempo, se recusa a pagar ao Vereadorpelos trabalhos que presta à comunidade.
Criou-se o dualismo na classe políticamunicipal, segundo o qual existe um Vereador de primeira, que serve em municípios com mais de 200 mil habitantes, e ganha, e um Vereador de segunda, que serveem municípios com menos de 200 mil habitantes, e não ganha, não tem -iroventos, nãorecebe por aquilo que faz, pela legislaçãoque põe em evidência, em defesa de suacomunidade.
Esta casa, através dos seus ilustres membros - e são poucos os que não têm faladoa respeito - tem sido assídua na reivindicação do subsídio para os Vereadores enuma política de maior prestigio dos municípios, muitos dos quais lutam com asmaiores dificuldades, encontram os maiores percalços para custear suas despesas e,multe vezes, não sobra dínheíro: sequerpara pagar aos servidores da Prefeitura.
2. O objetivo colimáclo por esta Emenda de Plenário justifica-se plenamente,porquanto, corrige o que seria uma prestação de serviço de caráter gratuito e nãoacarretaria ônus para as empresas particulares, tendo em vista que seria pagamen-
to de importância tirada do próprio saláriodo empregado.
11 - Voto do RelatorManifestando nossos aplausos ao autor da
Emenda de Plenário, pela feliz e oportunainiciativa, sob o aspecto que nos competeexaminar a proposição, segundo os mandamentos do § 7.°, do art. 28, do Regimento Interno, pronunciamo-nos pela conveniênciada aprovação deste Projeto n.o 1.627173.
Sala da Comissão, em 3 de setembro de1974. - Adhemar de Barros Filho, Relator,.]
111 - Parecer da Comissão
A Comissão de Finanças, em sua reuniãoordinária, realizada em 2 de outubro de1974, opinou, unanimemente, pela aprovação da Emenda de Plenário oferecida aoProjeto n. O 1. 627-A/73, do Senhor Luiz Braz,nos termos do parecer do Relator, Deputado Adhemar de Barros Filho.
Oompareceram os Senhores Arthur Santos, Presidente; Ildélio Martins e AthiêOoury, Vice-Presidentes; Adhemar de Barros Filho, Homero Santos, Ivo Braga, JorgeVargas, Tourinho Dantas, Florim Coutinho,Carlos Alberto de Oliveira, Fernando Ma'galhães, Hermes Macedo, João Castelo, Leopoldo, Peres, Ozanan Coelho, Joel Ferreirae José Freire.
Sala da Oomíssão, em 2 de outubro de.1974. - Arthur Santos, Presidente; Adhe..mar de Barros Filho, Relator.
PROJETO DE LEIN.o 1. 719-A, de 1973
(Da Comissão Especial de Segurançade Veículos Automotores e de Tráfego)
Altera a redação do artigo 74 do Decreto-lei n,v 3.689, de 3 de outubro de1941 (Código de Processo Penal), parafixar a competência das Varas de Trânsito; tendo parecer, da Comissão deConstituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e, no mérito, pe_la aprovação.
'(PROJETO DE LEI N.o 1.719, DE 1973, AQUE, SE REFEREM OS PARECERES).O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 O art. 74 do Decreto-lei n.o ...•3.689, de 3 de outubro de 1941, passa a ter aseguinte redação:
"Art. 74. A competência pela naturezada infração será regulada pelas leis deorganização judiciária, salvo a competência privativa do Tribunal do Júri edas Varas de Trânsito para o processoe julgamento das infrações penais eações de indenizações relativas à cir-culação de veículos." '
Art. 2.0 Esta Lei entra em vigor na datadê sua publicação.
Art. ~.o Revogam-se as disposições emcontrário,
JustificaçãoUm dos assuntos ventilados no Simpósio
Nacional de Trânsito, realizado e promovido com êxito pela Comissão Especial de Segurança de Veículos Automotores e Tráfego,da Câmara dos Deputados, é o da criaçãode Varas privativas de Trânsito, para o processo e julgamento das infrações penais edas ações indenizatórias relatívas à circulação de veículos.
Com ó desenvolvimento da indústria automobílístíea no Brasil, os acidentes relacionados com a eírculaeão de veículos têmalcançado cifras de proporções alarmantes.
As estatísticas do IBGE apresentam umtotal de 144.000 acidentes do trânsito em1969, enquanto que em 1966 houve 63.00D
'7956 Sábado 5 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)- Outubro de 1974
No ano de 1969, houve 7.570 mortos e 86.800feridos. '
O Brasil é o País que apresenta 'os índicesde acidentes de trânsito maiores do mundo.
O problema dos acidentes de trânsito nãoencontra solução na lei penal, através deuma intimidação punitiva, entretanto, a repressão penal rtern o seu valor no elencodas medidas de que deve dispor o Estadopara o corrtrole das infracões ligadas à cir-culação de veículos. -
A par de uma legislação processual penalmais rápida e eficiente, devemos ter emconta a certeza da punição. '
Os infratores da norma penai, ante amorosidade da Justiça, ficam impunes, dada a ocorrência da prescrição. É a falênciada administração da Justiça.
A solução seria a criação de Varas privativas para o processo e julgamento das infrações penais e ações indenizatórias decorrentes dar circulação de veículos.
Já o Instituto dos Advogados Brasileiros,em 1966, recomendava a criação de Vara especializadas de trânsito. A mesma recomendação veio do Ciclo de Estudos sobre a Criminologia dos Acidentes Automobilísticosrealizado em Belo Ho.rizonte no correnteano.
o Grupo de Trabalho criado por iniciativado Juiz Eliezer Rosa, da 8.a Vara Criminal,da Guanabara, em 1964, reclamava a criaçãode tribunais especiais de tráfego, em queas decisões .fossem mais rápidas. :
A criação de Varas Privativas de Trânsitoé matéria pertinente à organização judiciária dos Estados-membros. O assunto foge daalçada da iniciativa do Poder Legislativo.da Guanabara, em 1964, reclamava a criaçãode Varas de Trânsito seria inquinado deinconstitucional por força do disposto noart. 144 da Constituição Federal.
Por outro lado, também estaria vedado àiniciativa do Congresso projeto que criasseVaras de Trânsito para o Distrito Federal,porquanto o assunto é da competência exclusiva do Presidente da Repúbllca, nos termos do art. 57, IV, da Carta Magna.
A fim de contornar esse obstáculo de natureza constitucional, o presente projeto delei não dispõe sobre a criação de Varas deTrânsito, mas procura alterar o art. 74 doCódigo de ProCBSOO Penal, com o objetivode atribuir às Varas de Trânsito a competência para o processo e julgamento dasinfrações penais e ações de indenização relativas à circulação de veículos.
. O problema da competência é matériatipicamente de ordem processual cuja disciplina é da alçada da União (art. 8.0 XVIIletra b, da Constítuição) e do Congre~so Na~eíonal, nos termos do art. 43 da Lei Maior.
FiXa-se no projeto apenas a eompetênc:ia das Varas Privativas de Trânsito. Essee um assunto de iniciativa do CongressoNacional.
A criação das referidas Varas é encargodos Estados-membros e do Distrito Federalatravés das leis de organização judiciária. '
Sala p.a Comissão, 23 de novembro de1973. - Deputado Vaseo Netto, Presidente.- Deputado Mário Stamm, Relator.
COMISSAO ESPECIAL DE SEGURANCA. DE VEteULOS AUTOl\WTORES •
E TRAFEGO
PROJETO NP 1. 719/73
Parecer da Comissão~ Comissão Especial de Segurança de
Veiculas Automotores e Tráfego, em sua
reunião ordinária de vinte e dois de novembro de mil novecentos e setenta e três, presentes os Senhores Deputados Vasco Neto- Presidente, José Mandelli - Vice-Presidente; Mário Stamm, Abel Avila, João Guido, Rozendo de Souza, Ruy Bacelar AlfeuGasparínl, Adalberto Camargo e Léo Simões, aprovou, por unanimidade, o Projeton.o 1. 719/73 que "Altera a redação do Art.74 do Decreto-lei n.o 3.689, de 3 de outubrode 1941 (Código de Processo Penal) ,para fixar a competência das Varas de Trânsito"nos termos do parecer favorável do Relator'Deputado Mário Stamm. . , '
Sala da Comissão, em 22 de novembro de1973. - Deputado Vasco Neto, Relator. Deputado Mário Stamm, Relator."
LEGISLAÇ,{O PERTINENTE, ANEXADAPELA COORDENAÇAO DAS COMISSõES
PERMANENTES
CONSTITUIÇãO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL
Emenda Constitucional D.O 1, de 1"1 deoutubro de 1969.
TíTULO IDa Organização Nacional
CAPíTULO IIDa União
Art. 8.0 - Compete à União:
XVII - legislar sobre:
b) direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo aeronáu-tico, espacial e do trabalho; ,
CAPíTULO VI
Do Poder LegislativoSeção IV
Das Atribuições do Poder Legislativo
Art. 43. Cabe ao Congresso Nacional,com a sanção do Presidente da República,dispor sobre todas as matérias de competência da União.
Seção VDo Processo Legislativo
Art. 57. Ê da competência exclusiva doPresidente da República a iniciativa das leisque;
.. " ..IV - disponham sobre organização 'ad
ministrativa e judiciária, matéria tributáriae orçamentária, serviços públicos e pessoalda administração do Distrito Federal, bemcomo sobre organização judiciária, administrativa e matéria tributária dos Territórios;
CAPíTULO VIIIDo Poder Judiciário
Seção VIII
Dos Tribunais e Juízes EstaduaisArt. 144. Os Estados organizarão a sua
justiça, observados 08 artigos 113 e 117 desta Constituição e os dispositivos seguintes:
§ 1.° A iei poderá Criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça:
• a). tribunais inferiores de segunda ínstância, com alçada em causas de valor limitado ou de espécies ou de umas e outras;
b) juízes togados com investidura limitada no tempo, os quais terão competênciapara julgamento de causas de pequeno valor e poderão substituir juizes vitalícios;
DECRETO 1'1.0 3.689DE 3 DE OUTUBRO DE 1941
Código de Processo Penal
LIVRO IDo Processo em Geral
TíTULO VDa CompetênciaCAPíTULO nr
Da Competência pela Natureza da InfraçãoArt. 74. A competência pela natureza da
infração será regulada pelas leis de organização judiciária, salvo a competência privativa do Tribunal do Júri.
§ 1,0 Compete ao Tribunal do Júri o julgamento dos crimes previstos, nos arts. 121,§§ 1.0 e 2.°, 122, parágrafo único, 123, 124125, 126 e 127 do Código Penal, consumadosou tentados.'
§ 2.0 Se, iniciado o processo perante umjuiz, houver desclassificação para infraçãoda competência de outro, a este será remetido o processo, salvo se mais graduada fora jurisdição do primeiro, que, em tal caso,terá sua competência prorrogada.
§ 3.° Se o juiz da pronúncia desclassificar a infração para outra atribuída à competência de juiz singular observar-se-á odisposto no art. 410: mas; se a deselassíffcação for feita pelo próprio Tribunal doJúri, a seu presidente caberá proferir a sentença (art. 492, § 2.°).
DECRETO-LEI N.o 2.848DiE 7 DE DEZEMBRO DE 1940
Código Penal
PARTE ESPECIAL
TíTULO I
Dos Crimes Contra' a Pessoa
CAPíTULO I
Dos crimes contra a vida
Art. 121. Matar alguém:Pena - reclusão, de seis a 20 anos.
§ 1.0 Se ~ agente comete o críme impelido por motivo de relevante valor social oumoral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida injusta provocação davitima, o juiz pode reduzir a pena de umsexto a um terço.
§ 2.° Se o homicídio ê cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;II - por motivo fútil;UI - com emprego de veneno, fogo, ex
plosivo, asfixia, tortura ou outro meio 'insidioso ou cruel, ou de que possa resultarperigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro r!lCUrSO quedificulte ou torne impossível a defesa liaofendido; ,
V - para assegurar à execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outrocrime:
Pena .:- reclusão, de 12 a 30 anos.
§ 3.° Se o homicídio é culposo:
Pena - deten9!O, de um a três anos.
Outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) SábadO 5 '7951
§ 4.0 No homícídío culposo, a pena é aumentada de um terço, se o crime resulta deinobservância de regra técnica de profissão,arte ou ofício, ou se O agente deixa de prestar imediato SOCOl'ro à vitima, não procura'diminuir as conseqüências do seu ato, oufoge para evitar prisão em flagrante.
Art. 122. Induzir ou instigar alguém asuicidar-se ou prestar-lhe auxílio para queO faça:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, seG .suicídio se consuma; ou reclusão, de uma três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
. Parágrafo único. A pena é duplicada:I - se o crime é praticado por motivo
egnlstíco:
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade deresistência.
Art. 123. Matar sob a influência do estado puerperal o próprio filho, durante oparto ou logo após.
Pena - detenção de dois a seis anos.. Art. 124. Provocar abôrto em si mesma
ou consentir que outrem lho provoque:
Pena - detenção, de um a três anos.Art. 125. Provocar abôrto, sem o con
sentimento da gestante:
Pena - reclusão, de três a 10 anos.Art. 126. Provocar aborto com o consen
timento da gestante:Pena - reclusão, de um a quatro anos.Parágrafo único. Aplica-se a pena do
artigo anterior, se a gestante não é maiorde 14 anos, ou é alienada ou débil mental,ou se o consentímento é obtido mediantefraude, grave ameaça ou violência.
Art. 127. As penas cominadas nos doisartigos anteriores são aumentadas de umterço, se, em conseqüência do aborto ou dosmeios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal,de. natureza grave; e são duplícadas.ise por qualquer dessascausas, lhe sobrevém a morte.
Art.'128. Não se pune o abôrto praticadopor médico:
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
II - se a gravidez resulta de estupro e oaborto é precedido de Consentimento da gestante ou, quand9 incapaz, de seu representante legal.
PARECER DA COMISSãODE CONSTITUIÇãO E JUSTIÇA
I - RelatórioOs ilustres Deputados Vasco Neto e Mário
Stmamm, respectivamente Presidente e Relator da douta Comissão Especial de Segurança de Veiculas Automotores e de Tráfego, vêm de submeter, na forma regimental, à apreciação desta Oomíssâo, o Proj etode Lei em apreço, segundo o qual objetivamalterar a redação do artigo 74 do Códigode Processo Penal.
2. Consiste a medida em dar às Varas de,Trânsito ti. competência privativa para oprocesso e julgamento das infrações penais
.e ações de indenizações relativas à circulação de veículos.
S. Trata-se, conforme informa à justifi. cativa do Projeto, de "um dos assuntos, ventííados no Simpósio Nacional de Trân
sito, realízado e promovido com êxito pelaOomíssâo Especial de Segurança de VeículosAutomotores e Tráfego da Câmara dosnE\nl1t.R.dn.'l" ,
4. Em verdade, a matéria vem preocupando os estudiosos do Direito Processual Penal, em face da sistemática que alei em vigor adota para as infrações deacidentes de trânsito.
5. Como se sabe, o assunto é-regido pelas leis de organização judiciária, e o Código de Processo Penal textualmente diz,em seu art. 74, que "a competêncía pelanatureza da infração será regulada pelasleis de organização judiciária, salvo a competêncía privativa do Tribunal do Júri".
6. O pro] eto em comentário pretende darnova redação a esse artigo, buscandosolução para as infrações de acidente de trânsito na competência excetuada, que, 00gundo reza o artigo, só é assegurada aoTribunal de Júri.
7. Encontramos na medida proposta oacerto para a adequação do problema e nãovemos por que a ela não juntarmos o nossoendosso, uma vez que sobejam na legislaçãoatual, como no sistema de nosso processopenal, as insuficiências de tratamento parauma matéria de tanta relevância; como é odelito de trânsito.
8. Admitimos, sntretanto, que, em eonseqüência da iniciativa, resultará necessariamente outra, por via da qual o legislador estadual deverá ocupar-se, a fim de
.tornar exequível tal procedimento.9. Todavia, essa indeclinável medida que
o projeto inteligentemente não disciplinou,como não poderia, sob pena de enferma-Iapor inconstitucionalidade, diz respeito àcriação de varas privativas para o processoe julgamento das infrações penais e açõesindenizatórias decorrentes da circulação deveículos.
10. De outra parte, temos que o anteprojeto de Código de Processo Penal elaborado pelo Professor José Frederico Marquese que deverá ser enviado oportunamente aeste Congresso Nacional não prevê a hipótese tratada no projeto em estudo, mas nãotira deste os méritos que possui, podendomesmo ser aproveitado naquele como, subsídio válido que esta Casa em boa horahouve por bem de apresentar.
11. Do ponto-de-vista constitucional,nada obsta à iniciativa em apreço, já queé da competência leglslatlva da União legislar sobre o direito processual (art. 8.0 XVII,b) .e a matéria sobre a qual versa o projetopertence ao Processo Penal.
12. Sob o aspecto da juridicidade não sevislumbra na proposição qualquer ofensarelátlva à sua conformidade com as normasde Direito.
13. Quanto à técnica legislativa, o projeto está isento de qualquer defeito.
II - Voto do Relator
Em face do exposto, a constitucionalidadee [urídtcidade do projeto nos parecem írrecusáveís, e no mérito, opinamos favoravelmente à sua aprovação.
Sala da Comissão, em de agastá de1974. - Lauro Leitão, Relator.
UI - Parecer da Comissão
A Comissão de Constituição e Justiça, emreunião de sua Turma "A", realizada em5-9-74, opinou, unanimemente, pela constitucionalidade, [urídícídade e, no mérito,pela aprovação do Projeto n,? 1.719/73, nostermos do parecer do Relator.
'Estiveram presentes os Senbores Deputados: ítalo Fittipaldi - Presidente emexercício (art. 76 do RI), Lauro Leitão Relator, Altair Chagas, Luiz Lesse, José Boflif>l.p.io Np.to ArlincJo Kunzlar. João Linba-
res, Luiz Braz, Hamilton Xavl-er e Alceu:ooüares.
Sala da Comissão, 5 de setembro de 1974•.- ítalo Fittipaldi, Presidente em exercício(art. 76 do RI) - Lauro Leitão, Relator.
PROJETO DE LEIN.O 1.884, de 1974
(Do Sr. Braz Nogueira)Estabelece subsidies para fertilizantes
aplicados na agropecuária; tendo pareceres da Comissão de Constituição ~
Justiça, pela constitucionalidade e jurimcidade; da Comissão de Economia,Indústria e Comércio, pela aprovação;.e, da Comissão de Finanças, pela apro.-vação, com Substitutivo. .
(PROJETO DE LEI N.o 1.884, DE 1974, AQUE SE REFEREM OS PARECERES.)O COngresso Nacional decreta:Art. '1.0 Fica o Poder Exe~utivo autori
zado a estabelecer subsídios aos fertilizantes aplicados na agropecuária.
Parágrafo único. O valor dos subsídiosde que trata este artigo será fixado peloPoder Executivo, através do órgão competente do Ministério da Agricultura, ajustando-se squítatívamente as' variações incidentes no custo de produção das mercadorias agropecuárias provocadas pelas alterações dos preços dos fertilizantes.
Art. 2.° 'Para atender às despesas geradas pela execução desta lei, fica o- PoderExecutivo autorizado a constituir fundo financeiro com recursos provenientes de taxa de exportação proporcional a 2%, cobrada sobre todos os oro dutos exportados.
Art. 3.0 Entrará esta lei erro vigor na data de sua publicação.
Justificação
Diante do fato recente e em função daalta de preços do Petróleo, fretes e outrosfatores diretamente incidentes, os fertilizantes tiveram um aumento no mercadointerno brasileiro superior a 300%, agravando-se o problema com a dependênciaque temos de importar 80% aproximadamente do total de nutrientes atualmenteaplicados. -
Considerando que a necessidade de exportarmos o máximo no menor prazo possivel, e objetivando cobrir o deficit potencial em nossa balança internacional de pagamento, entendemos ser prioritário o aumento de produtíví-tade de cereais, café,açúcar, carne e outros produtos alimentícios, viável a curto prazo, uma vez que,contamos no Brasil, com fatores de produção favoráveis, tais como:
Espaço geográfico cultivável, capacidadetecnológica crescente por parte dos empre
. sáríos rurais, além da excelente condiçãoecológica, restando poís, r-a ordem de importância os fertilizantes.
Resta, data venta, duas opções básicaspara estimular a produção agropecuáriabrasileira:
1.° - aumentar o nível oficial de preçosde garantia dos produtos rurais compatívelcom o custo de produção elevado substancialmente com alta dos fertilizantes;
2.0 subsidiar os fertilizantes a ponto decontrolar circunscrevendo, o valor deste insumo, de modo que não atinja diretamenteo custo de produção.
Quanto à primeira opção, consideramosperigoso o aumento generalizado dos alimentos, tornando-os não somente dificil aopoder aquisitivo do povo brasileiro, mastambém em condições negativas de competitividade no mercado ínternacíonal.
'7958 Sábado $ DrARlO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção]) Outubro de 1~'1'
Quanto ao fundQ de recursos proposto, seria o aproveitamento, em termos, de idéiaexposta peJo ex~Mi.nistro Dr, otávio <lOuV~l.a de Bulhões; em conferência proferidar~l:1ntementeem Santos, gerando condiçõespara dar às autorídadea financeirás do Governo, razoável eapacídade de manobra, podendo .aocorrer eventuais desníveis de preços na economia brasileira, normalmentegerados no setor primário. .
Por uma. questão de coerência, expressominha averJiião genérica, por todo e qualquersubsidío, abrindo exceção' apenasquando os juJgo inevitáveis, como o proposto no texto deste projeto.
Sala das Sessões, 21 de março de 1974. BrlUl Nogueira.
PARECER ;DA COMISSAO;DE CON8TITUIÇAO E JUSTIÇA
I alI - Relatório e Voto do RelatorO projeto n." 1.884/74, de autoria do ilus
tre Deputado Braz Nogueira, embora meramente autcríaatívo, pode em nosso entender, chegar às Comissões de mérito.
No que compete à Comissão de Constituição e Ju.stiça opinar - constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa -.nada vemos .para opor, pelo que propomosSUa aprovaçao.
Saia da Comissão, 28 de. maio de 1974;. Altair Chp.gas,.Relator.
m - Pareeer' da Cnmissã.nA oemíssão de Oonstituição e Ju.stir;a, em
reunião de sua Turma "A", realizada em2~-fi-:74, opinou, ~na.n~memente, pela eonstituclOna11dade e [urídíeídade do Projetl) n."1.88ll174, nos termos do parecer do Relator.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: José Bonifácio, Presidente; AltairChagas, Relator; Adhemar Ghísí, Alceu ColIares, Antônio Mariz, Djalma Marinho ÉIcio Alvares, ítalo Fittipaldi, José Alves, 'LuizBra2', Miro Teixeira e Severo Eulália.
Sala da Comis.$ão, 23 de maio de 1974. Jnl(iê lJowfáeio, Presidente - AltlÜr Chagas,Relator.
PARECER DA OOMISSAO DE ECONOMIAINDÚSTRIA E COMÉRCIO
I - RelatOril)1. .O nobre Deputado Braz Nogueira, em'
março último, apresentou à apreciação doOongresso Nacional, o Projeto de Lei n.o1.884/74, que "estabelece subsidio para fertilizantes aplicados na agropecuária:-'.
2. O projeto estabelece que o Poder Exe·eutívo fica autorizado a instituir subsidioaos fertilizantes aplicados na agropecuáriacujo valor será fixadQ pelo órgão compe~tente do Ministério da Agricultura, aluatan<lo-se equitativamente às variações incidentes no .custo da produção das mercadoriasagropecuárias, provocadas pelas alteraçõesdo.s preços doa fertilil'fantes.
3. Dispõe, ainda, a proposição, que paraatender às despesas geradas pela execuçãodo allprecopizado, o Poder Executivo também fica autorizado a constituir fundo financeiro, com recursos provenientes dataxa de exportação, proporcional a 2% cobrado' sobre todos os produtos exportados.
4. Justificando o proposto o ilustreDeputado Braz Nogueira ressaita que, emdecorrência da recente alta nos preços dopetróleo e seus derívados, fretes e outrosfatores diretamente incidentes, os :rertilizanteB sófreram um aumento superior a 300%no mereado interno brasileiro, agravando-seainda o problema com o fato de que 80%do total dos nutrientes atualmente aplica~do3 são Importados,
5. Aduz o parlamentar que, considerandoa neeessídade de que o Pais tem de exportaro máximo no menor prazo possível, é deordem prioritária o aumento da produtivi~
dade de cereaís, café, açúcar, carne e outrosprodutos, motivo pelo qual os fertilizantesdevem ser subsídíados, a ponto de controlaro valor desse insumo, de modo a que nãoatinje, diretamente o custo da produção.
6. Pronuneíando-se a respeito, a doutaOomissão de Oonstituição e Justiça, em sessão promovida aos 23 de maio transato, opinou, unanimemente, pela constitucionalidade e juridicidade do Projeto de Lei n.o1.884/74.
7. A seguir, foi a matéria remetida àapreciação desta Comissão de Economia,Indústria e Comércio, que, nos termos dodisposto no art. 28, § 5.0, alínea "a", doRegimento Interno, deverá pronunciar-sesobre o mérito da proposição.
II - Voto dn Relator
Preliminarmente, cumpre ressaltar, comênfase, que a medida alvitrada no projetode lei em exame nos parece de extraordinária atualidade, sendo inequivocamente benéfica ao desenvolvimento global da economia nacional e, em particular, da. agrope-cuária. ,
Como é amplamente conhecido, os fertili~
zantes efetivamente sofreram substanciaisaumentos decusto nos últimos meses, atingindo, como ressalta o ilustre autor da proposição, a cifra de 300% (trezentos porcento).
Essa circunstância, evidentemente, reflete-se no aumento também substancial dospreços dos produtos agropecuários, com dànosas repercussões sobre o custo de vida. e oconseqüente aumento dos índices ínrlacíonaríoa,
Pois bem, como ninguém ignora, os fertilizantes, no atual contexto agrário, são absolutamente fundamentaill para o aumentoda produtividade agropecuária, eonstíuíndose, assim, em um insumo indispensável ebásico ao desenvolvimento do Pais. Sua importância, aliás, já foi reconhecida pelo legislador, podendo Ber mencionada a Lei n.o5.067, de 6 de [ulho de 1966, que díspõesobre a isenção de imposto de importaçãosobre os fertílízantea inseticidas.
Dessa forma, como os fertilizantes sãoessenciais ao aumento da produção agropecuária, e tendo em vista os elevados preços.atuaís desse insumo, a medida. ora aventadaviria não apenas em socorro do agricultor, .como também de toda a economia nacional,eis que contribuiria para o barateamentodos produtos agropecuários, beneficiandoigualmente as populações urbanas e os nró-príos exportadores. *
Assim, temos para nós que a oportunamedida prevista na proposíçãoatende íntegralrnente ao interesse nacional tendo Clamo ~oi ressaltado, importantíssimas réper~eussoea no campo eeonômíco.
Aliás, nesta oportunidade, não nos podemos furtar a enaltecer o espírito públícodo digno autor do projeto, tanto por seuinteresse objetivo na matéria, como tambémpor sua sinceridade e sobriedade, particularmente quando afirma nutrir aversãopor qualquer espécie de subsídio a não sercomo na hipótese em foco, quando se tratarde easo excepcional e írreeuaavelmente ínsdíável.
Nessa conformidade, por consubstanclarmedida de alto alcance econômico e socialimplicando em aumento da produtividade ébarateamento dos preços de produtos agropecuários, opinamos favoravehnente à.apro-
var:ão do Projeto de Lei n.O 1.884/74;, deautoria do nobre Deputado Braz Nogueira. "-
l!1 nossa. opinião, s.m.j.Sala da Comissão, aos 18·6-74. - Sl!.ntiUt
Sobrinho.m - Pp.recer da Comissão
A Oorníssão de :Economia~ Indúlltria -4\Oomércio, em reunião ordinaria realizadaem 14 de agosto de 1974, aprovou, à unani..midade, o parecer do Relator, DeputadoSantilli Sobrinho, favorável ao lE'rojeto •.•n.o 1.884174, que "estabelece SUblilídios para:fertilizantes aplicados na agropecuária".lido pelo Senhor Deputado Amaury Müller.
Oompareceram os Senhores DeputadosHarry Bauer, Presidente, Henrique-Eduar".do Alves, Vice-Presidente da Turma "A";Mãrcio Paes, Vice~Presidente da Tmma"B", Léo Simões, João Arruda, José Haddad.Jonas Carlos, Rubem Medina, Arthur Fon'"seca, Braz Nogueira e Dias Menelles.
Sala da Oomissão, em 14 de .agosto de1974. - Harry Sauer, Presidente - Sl!.nt.iUiSobrinho, Relator.
PAREOER DA OOMIl;lSAODE FINaNÇAS
I - EelatórioO Projeto de Lei n.o 1.884/74, de autor12"
do nobre Deputado Braz Nogueira, autor~a:o Poder Executivo a conceder subsídios aosfertilizantes aplicados na agropecuária. "-
O projeto vem amplamente justifica4'o,e recebeu pareceres favoráveis da Comissã(i··de Constituição e Justiça e daOomissã.od~Economia, Indústria e Comércio. "
Não 6bstante, em seu artigo 2.° propõe a.criação de uma- taxa de exportação propor-cional a 2%, cobrada sobre todos os produtos exportados. Parece-me, tendo. em vista.a sensibilldade do mercado externo, que Qmelhor caminho para obtenção de recuMosnão será a imposição de gravames à prodÍ1~ção nacional neil;ooiável. no est1angeiro mormente na atualidade - quando o aumento de preço do petróleo brutQ obriga opaís a uma sangria cambial sem preeedentes,
Sugiro, portanto, o seguinte lIubstitutivoao projeto original, alterandosubstanclalmente o artigo 2.°.
"O Oongresso Nacional decreta.:Art. 1.° Fica o Poder Executivo autorizado a estabelecer subsidias aos fertili~
zantes aplícadoa na agropecuária.Parágrafo único. O valor doa subsídiasde que trata este artigo será fixado peloPoder Executivo, através do órgão competente do. Ministério da Agricultura.aiuatanôc-aaequítatãvamente as variações incidentes no eusto de produçãodas mercadorias agropecuárias provocadas pelas alterações dos preços d~ ..fertilizantes. . .Art. 2.° Para atender as despesas geradas pela execução de.sta lei. fica oPoder Executivo autorillado a constituir
. fundo fínanceíro com recu.rsos provEi..níentes do aumento das alíquotas ~.importação de supérfluos, determinadlll'pelo Decreto-lei n.o 1.334, de 25/6/7ttr.,Art. 8.0 Entrará esta lei él'll vigor ~data de sua publicação." .
Nos termos.do substit~tivo proposto, Opgpela aprovaçao do Projeto.
Comissão de lI'1nanças, em 25 de setemb;çode 1974. - Letlpoldo Peres, Relator.
m - Parecer àa ComilrsãoA Oomissão de lI'1nanças, em sua reun1ãb:~:
ordinária, reallzacla em 02 de outubro .~ ,i',
Outubro de 19'74 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 7959
1974, opinou, unantmsnte, pela aprovaçãodo Projeto n. o 1.884/74, do Senhor BrazNogueira, nos termos do Substitutivo apresentado pelo Relator, Deputado LeopoldoPeres.
Compareceram os Senhores Arthur Santos, Presidente, Ildélio Martins e AthiêCoury, Vice-Presidentes, Adhemar de Barl'OS Filho, Homero Santos, Ivo Braga, JorgeVargas" Tourinho Dantas, Florim Coutinho,Carlos Alberto de Oliveira, Fernando Magalhães, Hermes Macedo, João Castelo, Leo·,poldo Peres, Ozanan Coelho, Joel Ferreira eJosé Freire.
Sala da Comissão, em 02 de outubro de1974. - Arthur Santos; Presidente - Leopoldo Peres, Relator.
Substitutivo da Comissão
o Congresso Nacional Decreta:Art. 1.0 Fica o Póder Executivo autori
zado a estabelecer subsídios aos fertilizantesaplicados na agropeeuáría.
Parágrafo único. O valor dos subsidias deque trata este artigo será fixado pelo' poderExecutivo, através do órgão competente doMinistério da Agricultura, ajustando-seequítatívamente as variações incidentes nocusto de produção das mercadorias agropecuárias provocadas pelas alterações dospreços dos fertilizantes.
Art, 2,° Para atender as despesas geradas pela execução desta lei, fica o PoderExecutivo autorizado a constituir fundo financeiro com recursos provenientes do aumento das alíquotas de importação desupérfluos, determinado pelo Decreto-lei n.?l.íl34, de 26/6/74.
Art. 3.° Entrará", esta lei em vigor nadata de 'Sua publicação.
Sala da ComisSão, em 02 de outubro de1S74. - t\rthur Santos, Presidente - Leopoldo Peres, Relator.
PROJETO DE LEIN.o 1.885-A, de 1974
(Do Sr. Braz Nogueira)
Concede incentivos fiscais à implantação de indústrias produtoras de fertilizantes; tendo pareceres: da Comissãode Constituição e Justiça, pela rejeição,por falta de têeníea legislativa; da Comissão de Economia, Indústria e Oomér.cío, pela aprovação, 'com Substitutivo; e,da Comissão de Fírranças; pela aprovação, com adoção do Substitutivo da Comissão de Economia, Indústria e Co-mércio. .
(PROJETO DE LEI N,o 1.885, DE 1974, AQUE SE REFEREM OS PARECERES.)
,O Oongresso Nacional decretaArt. 1.0 São assegurados às indústrias
produtoras de fertilizantes que se instalarem em qualquer ponto do território nacional, nos dois anos seguintes .ao da promulgação desta lei, incentivos fiscais idênticosaos previstos na legislação da SUDENE.
Art. 2.0 S6 farão jus aos incentivos fiscais de que trata o artigo precedente osprojetos previamente aprovados pelo órgãocompetente do Ministério da Agricultura,consoante se dispuser em regulamento.
Art. 3.° Entrará esta lei em vigor nadacta de sua publicação.
Justificação'Os fertilizantes' tiveram, recentemente, no
mercado interno brasileiro, seu preço decomercialização extraordinariamente aumentado, ultrapassando a 300% em funçãodâ alta do preço do petróleo, dos -fretes,além de outros fatores. .
Assim é que informações do Sindicato daIndústria de Adubos e Colas do Estado deSão Paulo e da Anda enunciam aumentodos preços de fosfato natural bruto de US$16,62 por tonelada, em novembro ide 1972,para US$ 57 a US$ 60,00, em dezembro de1973.
Quanto ao volume de consumo desse produto, ínformam-noaás duas entidades, queutilizamos, em 1974, 1,2 milhões de toneladasde rochas tostatadas (33/35% de P2 05),prevendo-se um aumento para 2 milhões detoneladas em 1977.
É sabido que existem várias jazidas derocha fosfatada em diversas regiões estratégicas do Brasil, restando para sua utilização a implantação de maquinarias.
É sabido, também, que há uma certa insegurança do retorno de capital aplicadoa longo prazo, uma vez quê, no passado,houve. violentas flutuações de preços chegando ao ponto de gerar desestímulo porparte de Países produtores.
Na atualidade há um movimento mun-.dial de retorno a atividade, gerando desejosquanto à vantagem de se investir na produção de adubos.
A situação atual de preços altos, portanto estimulante no sentido de novos investímentos potenciais, e neutralizada, emparte, pela ameaçado futuro da atividade.
Daí a razão de apresentarmos este projeto, cujo propósito inicial era o de incentivar apenas a exploração de rocha fosfatada, por' ser este produto, juntamente como calcário, aquele que se apresenta como umdos mais importantes para a obtenção deaumento da produtividade agropeeuáría noscerrados brasileiros, -cuía área total aproxima-se de 2 milhões de km2.
Reformulamos, no entanto, nosso propósito inicial. no sentido de estimular unícamente a produção de rocha fosfatada, entendo que o projeto deve abranger a produção também de outros nutrientes, umavez que a conjuntura atual, no mundo e noBrasil, é tão dinâmica que dentro de umprazo razoável poderá ser possível haver umencaminhamento de capitais para a pro-dução de outros nutrientes. '
Fortalecendo nossa tese, reproduzimostrecho de informações contidas no jornalDiário do Comércio, publicado no dia 12de março de 1974:
"Uma das evidências emtoino da programação do governo Geisel é a de queà agricultura será reservado papel fundamental para a continuidade das altastaxas de crescimento econômico obtidasnos últimos cinco anos. Todavia, a criseinternacional de petróleo, somada aoutros fatores, veio alterar profundamente o quadro do comércio mundial de fertilizantes. Considerando queo Brasil adotou a estratégia de elevarrapidamente 08 índices de eficiênciana agricultura e que um dos instrumentos-chave para isso é a expansãodo emprego de fertilizantes, técnicos eautoridades ligados ao assunto iniciaram uma série de estudos visando acontornar os difíceis problemas que estão- afetando o setor, o principal delesexpresso numa situação simples: produzimos apenas 20% do consumo interno ea oferta internacional de fertilizantesestá sendo afetada por preços altíssímos e pela produção insuficiente dealguns produtos, como o nitrogêniocuja expectativa de crescimento da produção mundial frustraram-se inteiramente.NOSSA PRODUÇAOProduzimos apenas 20% do consumo.Em 1968 o País importava 469.934 mil
toneladas; em 72 importamos í.368!181toneladas; e para este ano está prevista a importação de '3 milhões de toneladas. Oom relação aos principais nutrientes, em 72 importamos cerca de80% de nitrogênio, 75% de ácido fosf6rico e' 100% de cloreto de potássio.Por outro lado o Brasil vem enfrentandodificuldades crescentes no procedimento de importação de fertilizantes."
Quanto a eventual possíbêlídade futurade produzirmos fertilizantes a preços gravosos em confronto com o mercado internacional, consideremos longínqua essa possibilidade, uma vez que, segundo informações do Sindicato de Indústria de Adubos eColas do Estado de S, Paulo, o frete médiomarítimo por tonelada desse produto, subiude US$ 7,50 em novembro de 1972 para US~;
30,00 ou US$ 32,00 em dezembro de 1973.A difícil probabilidade da queda do fretemaritímo a curto ou médio prazo, nos fazcrer inviável a hipótese de que nossa produção interna poderá vir a sofrer ameaçade concorrência dos preços de produtos ím- .portados.
Acrescento aos argumentos expostos, ofato primordial de que temos necessidadede elevar o volume de nossas exportaçõesno menor prazo possível, com o objetivo decobrir o deficit potencial de nosso balançode pagamentos, razão pela qual se impõe,prioritariamente, a curto prazo. o aumentoda produção e da produtividade de cereais,café, açúcar, carne e outros produtos alimentícios;' pois, para tanto, contamos comvários fatores altamente favoráveis. Defato, dispomos de espaço geográfico cultivável, de capacidade tecnológica crescentepor parte dos empresários rurais, além' deexcelentes condições ecológicas.
Reside o problema, dessa forma, tundamentalmente, no setor de fertilizantes,produção que pretendemos induzir atravésdo presente projeto. '
Sala das Sessões, 20 de março de 1974. Braz Nogueira.
LEGISLAÇAO PERTINENTE, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DAS COMISSÕES
PERMANENTESDECRETO N.O 47,890
DE 9 DE MARÇO DE 1960Aprova o Regulamento da Lei número
3.692, de 15 de dezembro de 1959, quecriou a Superlntendênela do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE).
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CAPÍTULO VIIIDos Incentivos Fiscais
Art. 54, A 8UDENE gozará das isençõestributárias deferidas pela legislação vigenteaos órgãos da administração pública.
Parágrafo ún~co. As isenções a que serefere este artigo compreendem todos osônus fiscais, como impostos, taxas, direitosaduaneiros e quaisquer outros ônus.
Art. 55. Fica isenta de quaisquer impostos e taxas a importação de equípamentosdestínados ao Nordeste, considerados preferencialmente os das indústrias de base ede alimentação, desde que por proposta daSUDENE ou ouvindo o parecer da mesma,sejam declarados prioritários em decreto doPoder Executivo.
Parágrafo único, A isenção de que trataeste artigo não poderá beneficiar máquinas e equipamentos:
a) usados ou recondícíonados;
b) cujos similares no País, com esse caráter registrados, tenham produção capaz de
'roGO Sábado 5 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção J) Outubro de 1974
atender na forma adequada e reconhecidapela SÚDENE, às necessidades, da execução
. em tempo conveniente dos projetos de interesse para o desenvolvimento do Nordeste.
Art. 56. As isenções de que trata o artigoanterior compreendem quaisquer ônus, inclusive os cobrados por órgãos de administração lndireta.
Art. 57. O Poder Executivo, por propostada 8UDENE declarará, em decreto, a prioridade dos proj etos cujos equipamentos devam ser importados com as isenções deque trata o artigo 55.
Parágr8.fo único. Antes de submeter aoPresidente da República a solicitação deprioridade, a SUDENE ouvirá os órgãoscompetentes sobre o disposto na alínea bdo parágrafo único do artigo 55, os quais sepronunciarão a respeito dentro de 30 dias,no máximo, da data da apresentação daconsulta. '
Art. 58. As indústrias químicas que aproveitem matéria-prima local, ou indústriasde outra natureza que também a utilizem,nomeadamente as indústrias de fertilizantes, celulose, álcalis, coco, óleos vegetais ede cera de carnaúba, beneficiamento e tecelagem de caroá, agave e fibras nativas,beneficiamento e metalurgia de rutilo, ferro, tungstênio, magnésio, cobre, cromo,manganês, chumbo, zinco, llmenita e deoutros minérios cuja extração e industrialização sejam declaradas do interesse dodesenvolvímento regional, localizadas noNorte e Nordeste do País, inclusive Sergipee Bahia, ou que vanham a ser instaladasnessas regiões, pagarão com redução de 50%(cinqüenta por cento), o Imposto de Rendae o adicional sobre os lucros em relação aocapital e às reservas, até o exercício de 1968,inclusive {Artigo 19 da Lei TI.o 3.692, de 15de dezembro de 1959).
§ 1.0 As novas indústrias, previstas nesteartigo, que se tenham instalado a partir devigência da Lei n. O 2.973, ou venham a instalar-se até 31 de dezembro de 1963, ficarãoisentas do Imposto de Renda e adicional até31 de dezembro de 1968, desde que não exista indústria, na região, que utilize matériaprima idêntica ou similar e que fabrique omesmo produto em volume superior a trintapor cento (30%) do consumo aparente regional, ou desde que as existentes já sebeneficiem dos favores do presente parágrafQ.
§ 2.0 São dedutíveis, para efeito de Imposto de Renda, as dispensas atinentes apesquisas minerais realizadas nas regiões doNorte e do Nordeste, inclusive Sergipe eBahia, por concessionários de pesquisa oulavra e por empresas de mineração legalmente organizadas.
§ 3.0 . A declaracão de tratar-se de minérios cuja extração ou industrialização sejado interesse do desenvolvimento regionalfar-se-á em decreto do Poder Executivo,mediante' proposta da SUDENE, no· que sereferir ao Nordeste, inclusive Sergipe eBahia..
Art. 59. As despesas referidas no § 2.°do artigo anterior SÓ serão dedutíveis, paraefeito do Imposto de Renda quando atinente a pesquisas regularmente concedidas deacordo com a legislação' de minas, aindaque anteriores ao decreto de autorização.
§ 1.0 A dedução de que trata este artigosó compreenderá as despesas com pesquisas de minérios declarados de interesse dodesenvolvímento do Nordeste, nos termosdo § 3.0 do artig'O anterior e justificados perante a SUDENE, que emitirá atestado dasua realização.
§ 2.° A declaração de que trata o parágrafo anterior constará de decreto do Poder
Executivo, baixado, eID cada caso, por propostada SUDENE............. oo ~ 11; ..
... '" ~ ; ~ .PARECEIR DA COMISSAO
DE CONSTITUIÇAO E JUSTIÇAI e II - Relatório e Voto do RelatorO Projeto n.o 1.885/74, do ílustreDepu
tado Braz Nogueira,' não obstante apresentar matéría relevante, encontra barreira. no§ 2.0 do art. 19 da Constituição, que diz:
"A união, mediante lei complementare atendendo a relevante interesse soeíal ou econômico nacional, poderáconceder isenções de impostos estaduaise municipais."
Embora deferidos à iniciativa parlamentar a instituição e isenção de tributos, noprojeto em exame, não vejo como superar aevidente falta de técnica legíslgtíva, de vezque a lei complementar é o caminho previsto para se atingir o objetivo da proposição.
Propomos a rejeição, por não atender àboa técnica legislativa.
Sala da Comissão, de maio de 1974. -Altair Chagas, Relator.
DI - Parecer da ComissãoA Comissão de Constituição e Justiça, em
reunião de sua Turma "A", realizada em22-5-74, opínou, unanimemente, pela rejeição, por falta de técnica legislativa, do Projeto n.0·1.885174, nos termos do parecer doRelator. .
Estiveram presentes os senhores Depu-tados: '
José Bonifácio - Presidente, Altair Chagas - Relator, 151c10 Alvares, Osnelli Martinelli, Túlio Varga;s, José Bonifá~~io Neto,Miro Teixeira, Alceu Collares e LUIZ Braz.
Bala da Comissão, 22 de maio de' 1974. ;José Bonifácio, Presidente - Altair Chagas, Relator.
PARECER DA COMISSAO DEECONOMIA, INDúSTRIA E COMJ1lRCIO
I - RelatórioAssegura a proposição às indústrias pro
dutoras de fertilizantes que se instalaremem qualquer ponto do território nacion~l,
nos dois anos seguintes ao da' promulgaçãoda lei, incentivos fiscais idênticos aos previstos na legislação da SUDENE, desde queos respectivos projetos tenham sido previamente aprovados pelo órgão competente .doMinistério da Agricultura, consoante se díspuser em regulamento.
Está o projeto, na .rorma regimental, justificado.
Ao examiná-lo a douta Comissão deConstituicão e Ju'stiça, em reunião de suaTurma "Â" realizada a 22 de maio último,opinou, unànimime~te,.pela rejeição, porfalta de técnica legíslatíva, acolhendo votonesse sentido ao nobre relator, DeputadoAltair Chagas, cuja conclusão é a seguinte:
"Embora deferidos à iniciativa parlamentar a Instítuíeâo e isenção de tributos, no projeto'em exame, não .velocomo superar a evidente falta de téeníca legislativa, de vez que a lei complemental' é Q caminho previsto para seatingir o objetivo da proposição.Propomos a rejeição, por não atender àbo.a técnica legislativa."
~ o relatórío,11 - Voto do Relator
A proposição é válida. Seus objetivos interessam de perto ao fortalecimento de
nossa produção agrícola e, portanto, aonosso' desenvolvimento econômico.
Nosso voto, tendo em vista' a.s ponderações da Comissão de Constituição e Justiçae as altas finalidades da proposição, lhe é
/ coerentemente, favorável, nos termos doSubstitutivo.
Sala da Comissão, em 14 de junho de 1974.- Santilli Sobrinho, Relator.
DI - Parecer da Comissão
A Comissão d~ Economia, Indústria eComércio, em reunião ordinária realizadaem 14 de agosto de 1974, aprovou, à unanimidade, o parecer do Relator, DeputadoSantilli Sobrinho, favorável, com Substitutivo, ao Projeto D.o 1. 885/'74, que "concedeincentivos fiscais à implantação de indústrias produtoras de fertilizantes", lido peloSenhor Deputado Amaury Müller. .
Compareceram os SenhQres DeputadosHarry Sauer - Presidente, HenriqueEduardo Alves - Vice-Presidente da Turma"A" Márcio Paes - Vice-Presidente daTur'ma ''13'', Léo Simões, João Arruda, ,!o8éHaddad Jonas Carlos, Rubem Medma,Arthur Fonseca, Braz Nogueira e Dias Menezes.
Sala da Comissão, em 14 de agosto de1974. - Harry Sauer, Presidente - ,SantilliSobrinho, Relator.
Substitutivo Adot~do pela Comissão"Concede incentivos fiscais a implan
tação de indústrias produtoras defertilizantes."
Art. 1.0 São assegurados às indústriasprodutoras de fertilizantes que se instalarem em qualquer ponto do território nacional nos dois anos seguintes ao da promulgação desta lei, incentivos fiscais idênticosaos previstos na legislação da BUDENE.
Art. 2.° Só fará jus aos incentivos fiscaisde que trata o artigo precedente os projetospreviamente aprovados pelo órgão competente do Ministério da Agricultura, consoante se dispuser em regulamento.
Art. 3.0 Entrará 'esta lei em vigor nadata de Sua publicação.
Sala da Comissão, .em 14 de junho de1974. - Santilli SoJll'ínho.
PARECER DA COMISSÃODE FINANÇAS
I - RelatórioO ilustre Deputado Braz Nogueira apre
senta projeto de lei concedendo incentivosfiscais a implantação de índústrías de fertilizantes e o [ustãflea alegando que o preçode comercialização desse insumo da produção agrícola aumentou em mais de 300%em função da elevação do preço do petróleoe dos fretes, dentre os fatores.
A Comissão de Constituição e Justiçaacolhendo parecer do Deputado Altair Chagas considerou inconstitucional o projeí.?,tendo em vista. o disposto no § 2.0 do artígo 19 da Constituição Federal.
Somente a lei complementar e nunca aordinária pode conceder isenções de impostos estaduais e municipais.
A Comissão de Economia, Indústria e Comércio, através de parecer do DeputadoSantílli Sobrinho propôs um substitutivo naforma de projeto de lei complementar, oque supriria a flagrante inconstitucionalidade, da propositura original de autoria do)jeputá:do Braz Nogueira.
D - Voto do·RelatorOpino pela aprovação do Substitutivo da
Comissão de Economia, Indústria e Comér-
Outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Sábado 5 7961
Cio, atendidas as extgêneías regimentaispara o trâmite de Lei Complementar.
Sala da Comissão, em 25 de setembro de1974. - Leopoldo Peres, Relator.
UI - Parecer da ComissãoA Comissão de Finanças, em sua reunião
ordinária, realizada em 2 de outubro de1974, opinou, unanimemente, pela aprovação do Projeto n,v 1.885/74, do Senhor BrazNogueira, nos termos do Substitutivo apresentado pela Comissão de Economia, Indústria e Comércio, de acordo com o parecerdo Relator, Deputado Leopoldo Peres.
Compareceram os Senhores Arthur Santos - Presidente, Ildélio Martins e AthiêCoury - více-Presídentes, Adhemar deBanas Filho, Homero Santos, Ivo Braga,.rorge Vargas, Tourinho Dantas, FlorimCoutinho, Carlos Alberto de Oliveira, Fernando Magalhães, Hermes' Macedo, JoãoCastelo, Leopoldo Peres, Ozanan Coelho,.1oel Ferreira e .Tosé Freire.
Sala da Comissão, em 2 de outubro, de1974. - Arthur Santos, Presidente - Leopoldo Peres, Relator.
IV - O SR. PRESIDENTE (Malll7íeio To-Iedo) - Está finda a leitura do expediente.
Passa-se ao Pequeno Expediente:Tem a palavra o Sr. Walter Silva.O SR. WALTER SILVA - (Sem revisão
do orador.) Sr. Presidente, dois assuntos metrazem hoje à tribuna. O primeiro refere-sea uma diferença salarial reclamada pelosferroviários de todo o Brasil e concernenteà reducão de 80% sobre um, aumento no.total dê 110% concedido por lei pelo prímelro Governo revolucionário. Posteriormente, por outro decreto-lei, foi reduzidoesse aumento em 30%, o que motivou, porparte da Federação dos Ferroviários do Brasil, ação declaratória através de um dissídio coletivo de natureza jurídica impetradoperante o Tribunal Superior do Trabalho.Tal dissídio recebeu o n.o 2, de 1966, e suadecisão foi favorável aos ferroviários, porAcórdão publicado regularmente no Diárioda Justiça da União, Acórdão esse até hojenão revogado por. qualquer ação recisóriaposterior proposta pela União.
Assim, esses 80% estão sendo reclamados reiteradamente por mim, desta trjbuna,desde que assumi o mandato de Deputado.Nestas condições, o apelo que faço ao novoGOverno, do Gen. Ernesto Geisel, é no sentido de que atenda a esta reivindicação, poiso anterior Presidente da República, Gen.Médici, não acatou sequer o memorial apresentado por milhares de ferroviários do Brasil solicitando esse pagamento.
O outro assunto é relativo ao Plano de Reclassificação de Cargos. Trago à tribuna aangústia, o desespero e o apelo dos funcionários dos Oorrelos e Telégrafos do Estadodo Rio de Janeiro, que estão sendo coagidos,ameacados e solícitados manu-ínilitari aassinar um documento que, embora não declarando opção pela CLT, é um pré-contrato em que se exige a prestaçâo de serviçosde oito horas diárias de serviço e a aceitação de comíssíonamento dos cargos quedesempenham. Esta preopçâo desnatura anatureza jurídica da prestação do serviçopúblico como runcíonáríos e ímpllca, necessariamente, numa opção já antecipada peloregime da CLT, que esses funcionários peremptoriamente se negam a acatar. Mas,coagidos' e ameaçados por um processo deremanejamento nacional, se vêem na contingência de aceitar essa imposição, feitade maneira draconiana, segundo chegou aonosso conhecimento.
Fica, nesta denúncia, o nosso protesto eo pedido de Imediatas providências por par-
te do ,Governo Federal, para se saber exatamente como procede a alta direção daEmpresa de Correios e Telégrafos do Brasil.
Era o que tinha a dizer. (Muito bem.)O SR. LUIZ LOSSO - (Pronuncia o se
guinte dlseurso.) Sr. Presidente, Srs. Deputados, somos de opinião de que, se dê assistência natalina não só aos filhos dos encarcerados, mas muito mais aos filhos órfãos e às viúvas, vítimas, na maioria dasvezes, da sanha sanguinária daqueles que,embora nas prisões, alimentam a esperança não só de sua próxima liberdade bem como de dali ainda poderem ver os entes queridos e dar-lhes regular ajuda.
Dos órfãos e das viúvas desamparadas esem recursos, muitas vezes em decorrênciado assasslnío do chefe da família, destesninguém se lembra.
Por que esta' disparidade de tratamento?Não seria muito mais humano voltarmos'
os nossos olhares humanitários e fazermosalguma eousa em favor destas pobres vítimas, relegadas da sociedade?
Apelamos ao mui digno homem de televisão, jornalista Flávio Cavalcanti, para quenos seus programas formule apelo em favordo natal dos filhos dos encarcerados, nãoexcluindo as inocentes vitimas, filhos daqueles que deixaram este mundo pela mãocruel dos que não souberam respeitar a vida alheia.
Estamos certos de que o nosso pedido aum homem do gabarito de Flávio Cavalcânti, pessoa honesta, capaz e voltada para osprincípios mais elevados, mantendo programas de bom nível cultural em favor do povo, não ficará em vão.
Somos apreciadores do nobre programade Flávio Cavalcânti, e a ele assistimossempre que podemos, por considerá-lo valioso.
Também estamos de acordo com a campanha de combate ao fumo e seus derivados, proclamada pelo ilustre homem de televisão e radialista Flávio Cavalcântí, entendendo que nas carteiras de cigarros deveriam constar as expressões "prejudicial àsaúde", 'causador de câncer".
Aliás, já por diversas vezes nos pronunciamos a respeito do assunto daqui datribuna da Câmara, merecendo um de nossos pronunciamentos transcrição e comentários em uma das mais conceituadas e tradicionais revistas- O Atalaia, do mês deoutubro corrente. Trata-se de -períódícomensal de grande tiragem, editado pelaoasa Publícadora Brasileira de Santo André, Estado de São Paulo, Avenida P. Barreto, 42, caixa postal 42, telefone 4445333.
Reiteramos, pois, o entendimento de quese os filhos dos encarcerados devem ter umnatal festivo, muito mais devem receberos filhos das vítimas dos mesmos encarcerados.
Ainda recentemente, aqui em Brasília, umhonrada trabalhador, chofer de caminhão,foi estupidamente assassinado, .deíxandoviúva e cinco crianças na orfandade. O criminoso foi preso - não podia ser diferente - e será condenado. Agora se pergunta: quem cuidará desta família, quesofreu tamanha trauma, sem' recursos para'sua sobrevivência?
Eis por que todos nós temos a obrigação 'de voltar nossos sentimentos em favor destapobre gente, viúvas e filhos órfãos das vítimas de mãos assassinas.
Por isso é que, na qualidade de advogado,em contato quase que diário com estes dramas, para atenuação dos quais sempre es-
tamos dando a nossa contribuição asststencíal, nos empenhamos junto à sociedade eespecialmente ao digno Flávio Cavalcântipara dar uma palavra e a contribuição desuas nobres campanhas em favor dos filhose viúvas, vitimas dos encarcerados.
Portanto, que nas campanhas que se fizerem em favor dos filhos dos encarcerados em qualquer parte não se excluam asvitimas e viúvas dos chefes de família as-'sassínados,
Era o que tinha a dizer.O SR. MARCíLIO LIMA - (Pronuncia o
seguinte discurso.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, venho a esta tribuna para congratular-me com o Governo pelas medidasde crédito rural tomadas pelo Conselho Monetário Nacional, noticiadas pela imprensa.
A noticia foi divulgada pelo Jornal doBrasil, informando que dentro de poucashoras serão propaladas decisões importantes para o setor agrícola do País" com a destinação de recursos da ordem de 3' bilhõesde cruzeiros (ou 3 trilhões de cruzeiros antigos) para financiamento da lavoura.
Desse montante, 2,8 ~ilhões de cruzeirosse destinam para custeio e investimentosrurais e a outra parcela de 200 milhões decruzeiros é para fazer face aos obstáculosque os agricultores experimentam para liquidar seus empréstimos.
É uma medida salutar, Sr. Presidente, poissabemos da situação aflitiva em que se encontra o homem do campo com a falta decrédito e da comercialização de seus produtos, principalmente, o nosso gado, desordenando assim toda nossa economia, calcada,em grande parte na agropecuária.
Com isso o Governo está atribuindo umpapel preponderante à produção agropecuária na economia brasileira em 1975, estimulando uma grande produção de alimentos.Essa produção deverá ser diversificada, obviamente, para termos condições de exportar quaisquer tipos de alimentos, para ummundo cada dia mais carente de seu sustento. Sabemos que só na exportação dasoja e do milho poderemos pagar os 3 bilhões de dólares do petróleo importado,
Portanto, é louvável a política de amparoa agricultura e a pecuária proporcionandolhes crédito farto, com assistência técnicaeficiente, com pesquisa avancada com vistas a maior produtívidade e"o menor preço, facilitando a sua comercialização.
Mas, não é só com financiamento sem limites à -agrícultura que vamos resolver oproblema; é precíso-.ünancíar diretamentea pecuária, que está passando Dor uma séria crise por falta de crédito e por quedado preço do seu produto comerciável que éo boi. Não há comercialização do gado, dobezerro para recriá-lo e do boi magro paraengorda, pois a matança do boi gordo está.racionada.
Nesta resolução do Conselho MonetárioNacional existe uma boa parcela de 2,8 bilhões de cruzeiros para custeio e investimentos rurais, através do Banco do Brasil.e dos Bancos particulares, o que aliviará.grandemente a tensão no setor pecuário,
Essas medidas, Sr. Presidente e Srs. Deputados, irão influir intensamente em favorda economia do meu Estado. Mato Grosso,c-uja base econômica se estratifica na agrícultura e na pecuária, será altamente beneficiado. Meu Estado é hoje um grandeprodutor de alimentos. Ocupa o 4.° lugarem soja, ° 2.° em carne e está entre o 1,0e 2.0 na produção de arroz, tendo, ainda,produção destacada de milho, algodão, fei ..[ão e amendoim. Seremos dentro de 3 ou4, anos um grande produtor de café, poli;
'7962 Sábado 5 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 11174
j"ã caminhamos para os 100 mííhões de cafeeiros plantados, onde não existe o problema das geadas, e possuímos uma vastaplanície e um solo fértil e, em grande parte,virgem ainda.
Eram estas considerações que queria fazer, agradecendo em nome do povo matogrossense e no meu próprio as medidas acertadas do Governo em favor do homem dointerior do Brasil, que produz o alimentonecessário para a vida humana.
Era o que tinha a dizer.O SR. NOSSER ALMEIDA - (Pronun
cia o seguinte mseursn.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, a rodovia Brasilia-Acre, BR-364,com aproximadamente 4 mil quilômetros deextensão, é uma das artérias de fundamental importârmia para o homem brasíteí-
. ro.Implantada e píçarrada, esta rodovia pou
co tem de asfaltamento. E ocorre que, coma estação chuvosa, muitos trechos da grande estrada tornam-seíntransífáveís, forçando a estagnação, na lama, de 400 eamínnôespesados, em média, todos originários do sule quase sempre carregados de gado bovino.
Note-se que, de março até esta data, maisde 20 mil cabeças de gado foram transportadas de São.Paulo para os campos do Acre,através da BR-364.
Evidentemente., a Brasília-Acre vem produzindo os melhores estímulos para o desenvolvimento agropecuário da região. Eexpressivos grupos de investidores preparam-se para aplicar novas sornas de recursos no Acre, onde a rentabilidade econômica lhes indica mais vantagem.. Alinhadas estas razões, venho dirigir umapelo ao preclaro Ministro dos Transportes,General Dirceu Nogueira, no sentido de queadote medidas urgentes, capazes de 'permitir tráfego permanente à rodovia BrasiliaAcre. Para tanto, tais providências teriamde ser adotadas de imediato, de modo a quenão sofra o Acre novos prejuízos com a interrupção dessa via de acesso, no próximoperíodo de inverno.
Os investidores do Sul mostram-se vivamente interessados em instalar um pólo deriquezas no Acre. Esse anseio - é justo mencionar - ganhou COl'pO com a visita feita,há algum tempo, a São Paulo, pelo Governador -acreano, Wanderley Dantas. Naoportunidade, o Chefe do Executivo de nosso Estado fez ampla explanação. sobre anova realidade do Acre e as suas perspectivas para o futuro.
Esfor<,;o que faz parte da política de integração nacional, o trabalho do Sr. Wanderley Dantas foi válido e oportuno..
Levados em consideração esses aspectos,nada mais imperioso que o Ministério dosTransportes, através do DNER - nos termos do apelo que acabo de dirigir - mande, o quanto antes, restabelecer a BrasíliaAcre, antes do ciclo das chuvas. O Acre,com' tal providência, dará velocidade ao seudesenvolvimento.
Era o que tinha a dizer.O SR. JOlíO GUIDO - (Pronuncia o se
guinte dlscurso.) Sr. Presidente, Srs. Deputados, em Uberaba, foi construído um estádio para a prática do futebol, com a capacidade total de 40.000 »essoas. Com .muitoesforço. já .roram concluídos praticamente2/3 de sua capacidade, sendo, portanto, umdos melhores 'estádios do interior, satisfazendo plenamente a sua finalidade.. )
Tivemos a honra de começar a Sua Implantação, ainda como Prefeito da' cidade;e na Administração que nos sucedeu, foicompletada a parte que está em uso.
Este esforço foi feito exclusivamente comrecursos da municipalidade e contribuiçõesdos esportistas locais. Procuramos dar aoesporte condições de sobrevivência, resolvendo-lhe o problema.
Atualmente disputa-se, com grande êxitofinanceiro, um campeonato estadual queestá ameaçado de paralisação, pela maneira absurda com que os dírígentca mineiros estão encarando as competições. Indicam juízes incapazes e mal orientados,que alteram deliberadamente os, resultados,desalentando a comunidade a cujo grandeesforço se deve a construção do estádio, semauxilio de poderes estaduais ou federais, etambém frustrando os esportistas dedicados que se sacrificam em beneficio de bonsespetáculos esportivos.
Dou, por esta tribuna, meu brado de alerta aos responsáveis da Federação Mineirade Futebol, para que não plantem vento,pois colherão tempestade, e a época é deunião.
Digo mais ao Sr. Presidente da Federação Mineira: Dberaba, mesmo que S. S."não queira, faz parte de Minas Gerais e nãopode ser tratada como s~ assim não fosse.
Pediria ao ilustre Ministro da Educaçãoque mandasse um observador para acompanhar estes fatos, pois temos de construiruma mocidade sadia, forjada em disputasesportivas limpas, para que leve este ensinamento como norma de vida.
Desta tribuna envio minha solidariedadeao Uberaba Sport Club, de tantas glórias esacrifício, orgulho de todos os uberabensese dos bons esportistas mineiros.
Era o que tinha a dizer.O SR. CÉLIO BORJA - (Sem revisão do
orador.) Sr. Presidente, srs, Deputados, hoje, o Conselho Federal de Educação autorizou o funcionamento da Faculdade de Ciências Juridicas mantida pela Associação deEnsino de Campo GI·ande, no Estado daGuanabara. l1': de se regístrar que, além deobter aprovação unânime o pedido de aprovação, pronunciaram-se louvando a iniciativa, sobretudo a maneira pela qual foi elaapresentada ao Conselho, os ConselheirosTherezinha saraiva, José Barretto Filho,Vicente Sobrinho Porto e Antônio Paz deCarvalho. .
A entidade mantenedora, portanto, quetomou a iniciativa de acrescentar mais umaescola ao rol das que já mantém naquelalocalidade do Rio de Janeiro. está de parabéns, pois que, além de obter a unanimidade, conseguiu também o voto de louvorde tão ilustres personalidades do ConselhoFederal de Educação.
MaS, Sr. Presidente, permito-me aindaressaltar um aspecto de grande interessepúblico no ato praticado hoje pelo Conselho: é que Campo Grande, que me honrode representar "qui no Congresso Nacional,reúne a maior população escolar no Estadoda Guanabara, da cidade de Rio de Janeiro.E. sendo uma cidade da zona oeste línheíraao Estado do Rio de Janeiro, que se vaifundir ao Estado da Guanabara a partirde 15 de março, deverá exercer uma funçãodiria até mesmo metropolitana em relaçãoàs áreas fluminenses circunvizinhas.
De sorte que, tendo lutado a comunidade carnpo-grandense, durante longos anos,por ver instalada no território que habitauma escola de ensino superior, ou um conjunto de escolas de nível superior, tem hoje atendido esse seu velho reclamo e anseio.
A instituição educacional que se Vai instalar, completando o rol de 011tl''''O ~ue jáestão em funcionamento, servire não apenas aos cariocas que habitam a zona oeste
da cidade do Rio de Janeiro, como às áreaSfluminenses. Possivelmente se beneficiarãocom o estabelecimento ali de uma unidade de ensino tão bem orientada, tão bemdotada, os fluminenses que, do outro lado c
da fronteira, aguardam a oportunidade deingressar. no curso superior, no nível universitário.
Creio, portanto, que o ato do Conselho, quequero registrar com louvor, atende não apenas ao interesse de uma das mais numerosas e laboriosas comunidades do Estado daGuanabara, como dos municípios fluminen
.ses que lhe são vizinhos.Era o que tinha a díaer,
Durante o discurso do Sr. Célio Borjo.o Sr. Maurício ToZedo (art. 76 do R.I.),deixa a cadeira da presiâência, que docupada pelo Sr. Luiz Losso (art. 76do R.I.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Tema palavra o Sr. Mauricio Toledo.
O SR. MAURíCIO TOLEDO - (Sem revisão do orador.) Sr. Presidente, Srs. Deputados, volto a comentar a Lei n.O 6.091, de15 de agosto de 1974, a última norma dalegislação eleitoral.
Sr. Presidente, aproximadamente 200 mileleitores deverão votar em Brasília, no dia15 de novembro. Sabemos que não há propaganda eleitoral na Capital Federal. La-mentavelmente, não temos aqui horáriosgratuitos na televisão e no rádio, não obstante os milhares de eleitores que residemnesta cidade e' que, destarte, permanecerãocompletamente desínformados. Sequer tomarão" conhecimento dos nomes dos candidatos nos quais poderão votar.
Consideramos que é uma lacuna a sanaroportunamente. Ê necessário que haja horários gratuitos na televisão e no rádio deBrasília, destinados à propaganda eleitoral.
O éonhecldo voto em trânsito foi implantado somente em Brasília. Sem dúvida éuma abertura. para que, futuramente, a medida venha a ser adotada em todo o território nacional. For ser primeiro passo, muitas dificuldades, decorrentes da regulamentação da lei, estão enfrentando os eleitores de outros Estados residentes em Brasília. Muitos deixaram de inscrever-se previamente - foi quase um novo alistamento..De qualquer modo teremos aqui uma experiência que poderá servir, no futuro, paraa ampliação desse dispositivo em todos osEstados do Brasil.
Est.a justamente a tese que defendo através de projeto que estabelecia o voto emtrânsito para Deputados Fede-ais e Estaduais. Como sabemos, os Deputados Estaduais não receberão votos em Brasília. apenas os Deputados FEjderais e Senadores.
Temos, Sr. Presidente, Srs. Deputados, deampliar a facilidade do voto. O voto emtrânsito deve ser implantado em todo o território nacional, tanto para Deputado Federal' como para Deputado Estadual.- Nãoentendo essa restrição, permitindo-se o voto apenas para Deputado Federal e Senador. Os eleitores aqui residentes conhecemmuito bem os representantes das Assembléias Legislativas de seus Estados de orígem e têm condições de votar também nesses candidatos.
Era o que tinha a dizer.O SR. JOEL FERREIRA. - (Sem revisão
do orador.) Sr. presidente, houve falta debom senso do Poder Legislativo, deixando detransferir a data das eleições para outroperíodo. O do recesso seria °mais válido. naminha opinião. Nós, Congressistas. temosde dar atenção às nossas atívídades aqui e,ao mesmo tempo, fazer a campanha eleito-
OlltlIbro de 19'14 DIAÍUO DO CONGUSSO NACIONA:L (Seção I) Sábado I> 7963
ral, em razão d!'\ legiBlação esdrtlxula, datradição e de outras implicações. Assim,nestes últimos meses, .a. freqüência· ao eongresso Nacional diminuiu consideravelmente, com prejuizo ínelnsíve para os trabàlhos do Leg1slativo. líJ imenso o sacrifíciodaqueles que deilejam atender ao mesmotempo à campanha e às atividades parlamentares. De agora em diante, certamente,essa freqüência será menor aínda; porquetodos teremos de desenvolver a carnpanhaeleitoral, sem o que será impossível, noatualsis1lerna, a volta de qualquer um denós às lides parlamentares.
Sr. Presidente, é com grande constrangimento que trato de qualquera.ssunto referente iJ. legislação eleitoral, porque ela símplesmente envergonha o Pode;r: Legi.'dativo.Pouco se aproveita do códiB"o Eleitora! e dasesparsas leis sobre. a matéria. Fiz várioscomentários a respeito disto. Houve tentativas e esforços - inclusive a nomeação deUma Oomíssâo, cujo Presidente era o Sr.Senador Gustavo Oapanemá - no sentidode uma reformulação geral na Iegislaçâo ,Infelizrnente, ísso vnão aconteceu. Quase<liariamfrnte nOVM regulamentaçõea se [untam a legislaf,lão eleitoral, piorando o que jáexistia. Verifica-se, nesta última le1 queautorísou o voto no Distrito :Federal, umaregressão tremenda. Noote País, o voto embrânsíto já foi aplicado com resultados práticos e vantajo.so.s. lloje, mais do que nunca,é ele nece~ário, porque o homem está-semovimentando muito mais. Assim, no diadas eleições, milhões de brasileiros, ');)01' nãose encontrarem nas suas reapectivas sedeseleitorais, não poderão exen:itar o direitode voto.
Os norte-americanos; mesmo em quídquerpaís do mundo, votam nos seus candidatos,na época eleitoral, mas nós/., mesmo estandonum MunicJ:pio vlaínhn, nao podemo$ VOtar,O voto em trânsito restringiu-se a Brasilia, mas apenas em relação ao âmbitofederal. O eleitor não pode votar nos Deputados Rstaduais. Não sei qual a razão disso;talvez os idealizadores da medida possamresponder-me,
O Código Eleitoral tem artigos como este:"Ninguém pode fazer propaganda, 00mícío, aglomeração politi.ca a quínhentos metros de Igreja, escola, guarniçãomilitar, hospitais, etc."
No interior do Bra.sil<ló 00 faz cornicionas praças dali igrejas, e o Código Eleitoral conserva esse artigo. Vamos aB"0ra. partir para. o Último lance da eampanb.a eleitoral, traballio dificil, árduo, notadamentena minhareglão, a Amazônia, onde nãoconsigo, em um mês, percorrer o númerodE munícípíos que podem ser visitados emtrê,s dias nos Estados do Sul do Brasil, Ainda assim, tenho de arcar com a responsabilidade de comparecer ao Congresso Nacional para as tarefas que me são atribuidas, :Fui Relator de um dos anexos do Orçamento Plurianual para o ano de 1975,além de outras a.tividades.
" O Cúngre&'Jo. Nacional precisa melhorara. legislação eleitoràl, para benefício do Pais,do Congresso, dos legisladores, dos que pleiteiam um mandato político nesta Pátriatão extensa. Espero que, na próxima legislatura, os membros deste Congresso tenham o bom senso de compreender que realmente há necessidade premente de se modificar o que não é aproveitável na legislaçãoeleitoral.
)!Ira o que tiIl1la a dizer.O SR. ALOEU OOLLA.RES - (Sem revI
lSão do orador.) sr. Presídente, Srl!. Deputados, mais urna vell!" ocupo 'a tribuna paratecer algumas consideraçõe$ a respeito doPlano. ClMSificado de Cargos. Acho que o
Parlame:n..to Brasileiro não está acompanhando com a devida cautela e zelo a tramitação dM mensagens, das proposições eprojetos do Executivo que disciplinam a si:tuacão de centenas de milhares de funcionários públicos espalhados pelo BrasiL
Ainda ontem, votamos aqui o Decreto-lein.o 1.341, que consagra aígnmea aberraçõesque evidentemente,· mais cedo ou maia tarde, o Executivo terá de alterar, para adequar a matéria à sítuacão, à realidade da.vida administrativa deste Pafos. Por exempIo: no Art. 9.0 daquele Decreto-lei há expressamente uma exclusão de quase duzentos mil funcionáriOS públicos do Plano Olassírícado de Cargos, e já. está. tramitandonesta Casa o projeto 2.141, que em seu Art.3.° consagra a filosofia da exclusão, pura esimplesmente, daqueles que, tendo tido suasrepartições transformadas em sociedades deeconomia mista, empresas públicas ou fundações, não terão direito a concorrer aoPlano Classificado de Cargos, caso não façam op;;ão para o regime da CLT.
A grita, o clamor foi tão grande que oGoverno, sensibilizado, admitiu uma emenda, de autoria do eminente e nobre Liderda Maioria, Deputado Célio Borja.
Ainda há POUCOI3 dias, quando ocupamosa tribuna paracriticar a emenda, chamamos a atenção de S. Ex'" para o que nelase COntém. Vai-se praticar uma grande injustiça contra quase 200 rnil funcionáriospúbllcos que, por uma ou outra razão, seencontram cedidos às novaaentídades, mascontinuam, para todos os efeitos, como servidores públicos ocupantes de cargos e regidos pelo regime estatutário. A emenda deS. Ex.", embora elaborada com a melhordas intenções, vai condenar essa gama deservidores públicos a nunca terem oportunidade de conoorrer· ao Plano Classificadode Cargos.
Diz ao emenda que é assegurado o direitode concorrer ao Plano Classificado de Cargos, na forma da Lcl n.Q 5.645, de 19'10, aosservidores que permanecerem no regime estatutário, mas apenas para preenchimentodos claros nas lotações dos Ministérios, órgãos integrantes da. Presidência da Rep'(l.blica e autarqUiM.
Ora, a filosofia do Plano Classj.ficado deCargos é reduzir ao máximo o número decargos de cada lotação para estabelecer alotação ideal de cada um desses órgãos, e éevidente que esses funcionários, provavelmente, na sua vida funcional futura, nãoterão oportunidade de concorrer ao PlanoOlassificado de Cargoo.
Tenho certeza absoluta de que S. Ex.a,o eminente Líder, não desejou fazer mal aesses servidores, pois a inspiração é doDASP. Já na momento em que debatiamoso Projeto n,> 1.341, no Senado, o Diretordo DASP admitiu a alteração do Art. S.Q doProjeto 2.141, de 19'14, mais ou menos nostermos da emenda que S. Ex.a, DeputadaCélio Borj a, encamínhou ao Relator,. Deputado Améríco de SOuza, na Oomíssão deConstituição e Justiça. A emenda transferepara as oportunidades que venham a surgir 200.000 servidores públicos, que ficamnão em igualdade de condições com os outros para concorrer ao Plano de Classifi-
. cação de Cargos, mas na regra. três. A medida que forem surgindo vagas ou clarosnas lotações dos Ministérios, órgãos integrantes da Presidência da Reptlbl1ca. e autarquias, eles serão chamados a prestarprovas seletivas, de caráter competitivo,para concorrer ao Plano de Classificação deCargos.
Ora, se S. Ex.a determinar um exame maiBaprofundado da sistemática, da filosofia doPIano de Olassi:ficp,çâo de Cargos, há de ve-
rlfic~ vários dispositivos que determinam,expressa e taxativamente, a redução da lotação de cada Ministério. Vejam bem quese vai prat1car uma injustiça contra 200.000servidores.
Tenho certeza absoluta de que o nobreLíder Célio Borja, não atentou para essefa.to no momento da assinatura. da emenda, porque está sendo assessorado, como énormal, desde que S. Ex.a acumula atezeres, e não é obrigado a. entender de todasas matérias. MM, realmente, esse instrumento vai transformar-se -em grande injustiça para os servidores públicos brasileiros,que não terão oportunidade de concorrerao Plano de Classificação de Cargos. Alimenta-se uma esperança, com o aceno da.possibilidade de concorrer ao Plano, masapenas para preenehímento dos claros naslotações dos Ministérios. Quero repetir, paraque S. Ex."', aqui presente, possa ouvir, adimensão da injustiça que se vai cometer,quando se sabe que será reduzido ao máximo possível, o número de cargos de cada.lotàção, eis que essa é a filosofia. Deixo,desta tribuna, Sr. Presidente, um apelo aS. Ex.'" para que reveja os termos da emenda apresentada ao Proj-eto n.o 2.141, de1974, e peço também a S. Ex." que faça alguma gestão junto ao Diretor do DASP,para que compareça à oomíssão de ServiçoPúblico, ao fim de prestar os devidos esclarecimentos sobre a-matéria, cuja complexidade não permite" ao parlamentar conhecer em toda a sua profundidade a filosofia que o Governo quer adotar.
E mais, Sr. Presidente, aproveito a oportunidade para criticar a COmissão de SerViço Público, órgão permanente e especíaIízado em matéría de serviço público, queaté hoje não houve por bem convocar oDiretor do DASP para que aqui venha prestar 00 esclarecimentos devidos e estão sendoexigidos pela Casa, a fím de que não venhamos a votar no escuro matéria de responsabilidade e gravidade, que diz do direitodo funciúnário público brasíletm.
Era o que tmha a dizer.O SR. JOS}\": ALVES - (Sem revisão do
orador.) Sr. Presidente, srs, Deputados, oBrasil inteiro assístlu ontem, nos termosexpressos da Constituição, à escolha dosGovernadores para mais um período deação administrativa. Coube a missão dedirigir os destinos das AlagoM, a partir de15 de março, durante quatro anos, ao Dr,Divaldo Suruagy, atual Presidente da Assembléia Legislatiya, S. Ex.a já ocupou cargos os mais importantes, tendo sido exPrefeito de Maceió, Secretário da :Fazenda ePresidente da Assocíação Brasileira de Municípios. A nova função representa paraaquele [ovem de 37 anos não só uma grande honra, mas também .enorme responsabilidade. SOu testemunhe de que todo o povoalagoeno deposita um crédito de confiançaao novo Governador e espera que S. Ex.acontinue a obra do Governado}' Luiz Cavalcante, que soube impor a pas política através de sua administração dinâmica que seseguiu ao GDverno Lamenha :Filho. O novoGDvernador tem ao seu lado um dos grandes polítIcos daquele Estado, o Dr. AntônioGomes de Barros, ex-Deputado estadual,ex-Secretário da Agricultura, Presidente daAssembléia Legislativa durante várias leglslaturas, pessoa de larga tradição tambémno campo empresarial de Alagoas, plantador de cana e pecuarista.
Sr. Presidente, por tudo Isso se vê quenão haverâ de faltar apoio político aos novos dirigentes, que preenchem todos os reqUisitos para serem ótimos governantes.
Desta tribuna, interpretando o pensamento de parcela da opinião pública deAlagoas, quero manifestar minha convicção
,?964 Sábado li DIAlUO DO CONGRESSO NAOIONAL (Seºíi.o I) Outubro de 1974
de que aquele roteiro de paz e traba1ho,iniciooo por Lamenha Filho '6 seguido porLuiz Cavalcante, no governo de DivaldoSuruagy certamente terá mais um elo para.a grandeza e a prosperidade dos alag<Janos.
Era o que tinha a dizer.O SR. SIQU;EIRA CAMPOS - (Pronuncia.
o seguinte díseurso.) Sr. Presidente, com aatual orientação governamental deferida aosetor baneárío, com as fusões que freqüen~temente se processam, os bancos se vãotransformando em organizações rínancsírascada vez mais poderosas, regtstrando lucrosastronômicos. '
Apesar da Incontestabílídade dessa afir~
mação, os executores dessa política, os Iança.dores desses lucros, os verdadeiros manipuladores d,iários dessa transferência devalores para os cofres dos banqueiros, osque trabalham dia e noite para o enriquecimento de seus patrões não, vêm recebendocompensação compatível com os serviçosque prestam.
Et» face da criminosa estagnação dos salários da classe, cada hora ficam mais pobres os bancários.
Até o Banco do Brasil, Sr. Presidente,cujos colaboradores até há alguns anoseram considerados os príncipes dos assalariados do Pais, vem cometendo o grave errode não remunerar suficientemente seusempregados,
A inadequação dos salários dos que trabalham em 'banco com o que produzem é'\;aI de ordem que, para os concursos abertos, hojequasesõ se apresentam moças ejovens que, no estabelecimento bancário,vão exercitar não uma profissão, mas defender um "bico", como assina a eonceítua!lão popular.
Oasa de dinheiro, produtor diuturno deimensos lucros, o banco não pode deixarde pagar convenientemente a seus empregados, sem correr o risco de, em futuropróximo, ficar reduzido a seus dirigentes,com a desercâo e debandada de seu quadro de colaboradores de hoje.
A paralisação dos bancos representa estacionamento na circulação da riqueza doPaís, com reflexos negativos dos mais desastrosos na indústria e no comércio, e oconseqüente declínio nos índíces de elevaºão do desenvolvimento nacional.
Os banqueiros, para evitar tal situação,terão de rever os cálculos de lucro da horapresente, desapegarem-se um pouco doamor ao dinheiro, e ajustar à realidadeatual os vencimentos dos que para eles trabalham com tanto desprendimento e desvelo.
Encarecemos desta tribuna do Povo, Sr.Presidente, ao ilustre e dinâmico Ministrodo Trabalho, Deputado Arnaldo Prieto, quedetermine a instituição de Comissão paraapurar as irregularidades existentes no relacionamento dos banqueiros com os bancários, para, afinal, recomendar as providências capazes de restabelecer a paz noseio da. laboriosa e sofrida classe dos bancários. Com esse gesto S. Ex.a estará concorrendo para a tranqüilidade de imensamassa humana e garantindo ritmo de ttabalho .que sobremaneira interessa ao Pais.
Era, Sr. Presidente, o que trazíamos hojepara registro nos Anais da casa.
O SR. JUV:ÊNCIO DIAS - .(Pronuncia oseguinte díseurso.) Sr. Presidente, Sr$.Deputados, trago-lhes, neste 'depoimentoque tem a marca da sinceridade e da emoçáQ, o testemunho da euforia que representou para o meu Estado, dia 27 último,a primeira visita do Exmo. Sl.'. Presidenteda República.
Com efeito,de quantas tenham ocorridoneste decênio rovolueionário - inclusive ado saudoso Humberto ~e Alencar CastelloBranco, que plantou o marco de uma novaAmazônia - a presença d9 Presidente Ernesto Geisel ao Pará aígníríeou, acima detudo, que há um novo sextante direcionadopara aquela área do Pais, olhando, com ospés no chão, todos os seus problemas, paradesenhar, no mural da eternidade, um eonceitode desenvolvimento realmente engajado às conquistas do mundo moderno.
Já não são mais perspectivas proj etandoo horizonte de uma nova Amazônia. l1J arealidade agressiva, palpável, estuante defé e de confiança no futuro, que planta nosolo da região antes legendária a certezatísica de projetos arrojados, arrancando,das entranhas do indefinido, todo um potencial de requízes que o Pais hoje reconhece imprescindíveis à sua cruzada como potência de um mundo em que a palavra pazpassou a chamar-se autodeterminação edesenvolvimento.
Tive a satisfação de, na qualidade deparlamentar e de paraense, acompanhar oPresidente Geisel em sua visita ao meuEstado, comprovando, com inusitado contentamento, que extrapolamos o ciclo dasprevisões gráficas para ingressar na era da
'verdade histórica, dando os primeiros passos para dominar o que parecera índomável, para abismar as fronteiras do mundocom o redãmensíonamento de uma regiãoadormecida nos séculos.
Temos, agora, sob a ótica nacionalistado eminente Presidente Geisel, uma Amazônia que confia nos seus próprios homens,uma região consciente de sua auto-suficiência, sem especulações estranhas, semdedos protetores de interesses vindos defora. Conseguimos, sim, o estimulo e a presença de um Governo que não pretende ser
.patemalísta, pois, cOJ;J.hecédor de nossaspotencialidades, está convencido de que nosdeve fornecer apenas os meios que nos possibilitarão, pelo trabalho de todos e com autilização dos recursos locais, retirar dosilêncio a estátua do futuro.
Faço este registro, Sr. Presidente, com oempenho de minha palavra de que a amazônia, e o Pará particularmente, saberãoresponder de pé ao reconhecimento quehoje o País lhe tributa.
Obrigado, Presidente Ernesto Geisel. Vamos caminhar juntos.
Era o que tinha a dizer.O 8R. FARIA LIMA - (Pronuncia o se~
guinte diseurse.) Sr. Presidente, Srs. Deputados, consideramos inquietante a situaçãoagropecuária do Brasil, nesta véspera donovo ano agrícola do oentro-sui. Além deuma estiagem
jque lembra a de 1963, em
São Paulo, P"Iraná, sul de Mato Grosso,Triângulo Mineiro e outras regiões, a comercialização I interna das colheitas de1973/74 processpu-se ou se processa drama~
ticamente. o~eSeqUilíbriO entre os preçosagrícolas, pa s aos produtores, e os dosinsumos acent a-se" e recentes estimativasdo produto br to da agricultura estão sendo reajustadas] para menos.
O retrospecto do 1.0 semestre da revistaConjuntura E~onômica admitiu o crescimento agrope~uárlo, em 1974, de 10%.Antes, o MiniStro da Agricultura esperavacerca ~,J3%. É possível que a previsãodaquela revista já seja, a esta altura, umdado superado.
Do mesmo modo, o "Prognóstico 74/75",elaborado pelo Instituto de Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura de SãoPaulo, para o Ministério da Fazenda e daAgricultura, corrigiu a estimativa efetuadaantes, pela mesma fonte, sobre o crescimento da agropecuária paulista, em traba.~
lho anterior, de julho, com os prognósticosexelusívamente de São Paulo, o IEA admí-
_ tíu elevação real de 7,4%; agora, com baseno último levantamento, estima somente3,11%. Efeitos de tempo nas colheitas e variações desfavoráveis de preços foramapontados como causas. Entretanto, mesmoessa conclusão é ilusória: excluindo-se ocafé, que em 1973/74 acusou ano de maiorcolheita, na clássica seqüência de ano-bom,ano-mau de lavoura permanente, a economia agropecuária de São Paulo sofreu queda (conjunto de 25 produtos vegetais eanimais) de 0,56%. O EStaao que represento, a rigor, marcou passo na agriculturaentre 1972/73 e 1973/74. Já em 1974175 nãopoderá contar com boa colheita de café:será o ano mau. E que vai substitui-lo, paraimpedir uma queda do produto bruto daagropecuária; ,
O "Prognóstico" do Centro-Sul apresenta,ainda, outros dados inquietantes: MinasGerais, excluído o café, teve a agropecuáriaacrescida, em valor real, de apenas 2,28%;o Paraná, sem o' café, teria crescido apenas 7,71%; Goiás, com café e tudo, teveum declínio de 6,58%. Apesar de resultadosmelhores no Rio Grande do Sul (acréscimode 9,45%), Espírito Santo, Mato Grosso,Santa Catarina e Rio de Ja.neiro, aquelasmás perfomances causam apreensões. "
As dificuldades são tantas que já se faia,no interior de São Paulo e do Paraná, quenão há tomadores para a oferta de créditoagrícola que começou a se verificar. Commercados parados para o. café, o valgodâoe a laranja, e muito difíceis para outros se~
teres, como o da mamona, da cebola; do boie do leite, e à vista da seca reinante, osagricultores e criadores hesitam nas suasprogramações. Já assorbebadcs com problemas financeiros antigos, com estoques pagando juros e armazenagem, têm receio deassumir novos compromissos. A alta dosinsumos é um espantalho: o "Retrospecto"citado da Conjuntura Econ6miea. dá .a.relação de trocas na agrícultura, para oitoEstados, dois do Nordeste (Ceará e Pernambuco), três do Sudeste (Minas; Espiriw 'Santo e São Paulo) e os três do Sul CRioGrande do Sul, Santa Catarina e Paraná),e, em todos, acusa relação desfavorável àprodução primária. As defasagens entrepreços recebidos e preços pagos pelos agrícultores vão de 7,6% no. Ceará até ~4,8%em São Paulo, segundo a Secretaria daAgrícultura de São Paulo, entre agosto de1973 e agosto de 1974, o preço do sulfato deamõnío subíu 214% e o 'do superfosfato255%. na praça de São Paulo. Para chegarao interior, subiram ainda mais, devido aoencarecimento do transporte.
Falou-se no café, e é bom salientar a suaImportãneía na economia agricola dos Estados onde é produzido em escala comercial. Ele constitui um dos melhores veículosde distribuição de renda no meio rural e nocomércio ínteríorano, Não leva a dístorsívasconcentrações de receita liquida, como outras atividades. Pois o Brasil, nos primeirossete meses de 1974, reduziu o seu volumefisicode exportações em 25%. O que aconteceu de agosto para cá só faz prever piora:entramos nos chamados "negócios esp-eciais" procurando vender consideravelmente abaixo dos artifiCiais preços de registroa determinadas firmas. Especulamos emNova Iorque para proteger cafés de outrospaíses, e saímos com um estoque de produtoestrangeiro de 2 milhões de sacas, que estamos distrIbuindo em nossos entrepostos,criados para promover o café genuinamentenacional. Enquanto isso, aqui dentro, o confisco funciona unilateralmente contra olavrador, que não tem preço algum demercado e está amarrando mais 'uma safranos bancos. Como resultado prático dessapolítica gerada no governo anterior, e que
Outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 '1965
persistimos em manter, segurando o guar-. da-chuva para os outros venderem, há este
dado que o IBC-GERCA acaba de divulgar:apenas 40% dos cafezais do Paraná, 30%dos de Minas Gerais e 3,5% (três e meiopor cento!) do Espírito Santo receberamem 1973/1974 tratamento contra a ferrugem. E nem sempre satisfatório. Que dizerde 1974/1975, quando é público e notórioque as compras de fungicida caíram perpendicularmente este ano e que há fábricasde equipamento .exportando pulverízadores,por falta de mercado interno?
O Brasil fechou agosto com o deficit deUS$ 3,5 bilhões na sua balança comercial.Temos de contrair novas dívidas para tapar
.o rombo que esse fato. e' o nosso crônico'.deficit em serviços vão estabelecer na ba-lança de pagamentos de 1974. No entanto,não estamos estimulando, como devíamos,
.as nossas exportações agrícolas, que vêmcaindo, este ano em café, Carne frigorifi-cada, algodão em rama, farelo de soja,_lã,suco de laranja e outros itens. Os EstadosUnidOS acabam de anunciar o belo resultado de' seu ano fiscal' de 1973/1974, queacusa a exportação de produtos agropecuários de US$ 2,8 bilhões, ou 65% acima donível de 1972/1973: eles não se envergonham de confessar que estão procurandoequílíbrar o balanço de pagamentos e eon-
. trolar a inflação graças às vendas em massa de produtos primários. Enquanto isso, o
'Brasil insiste no artifício de apertar o cinto-de nosso contribuinte, para subsidiar ex--portações de manufaturas de díficíl cír-eulação internacional.
Diz-se que os preços externos caíram. Noentanto, o "Retrospecto" da ConjunturaEconômica diz o contrário: os preços médios, por tonelada, de produtos exportadosPela Brasil, no primeiro semestre de 1974,subiram sobre os de 1973, em igual período,aos seguintes percentuais: açúcar 'cristal,
.'75%; açúcar _demerara, 57%; algodão em.rama, 70%; amendoim, 79%; cacau, 84%;café cru, 16%; carne bovina frlgorífíeada,
,15%; fumo, 25%; lã, 13%~-mílho, 110%;sísal, 178%, de vinte e seis produtos arrola-dos, de origem agropecuária, a rigor, sócaiu o soja (que se recuperou a partir dejulho), bem como o farelo e a torta deamendoim, de expressão modesta nas exportações. A conclusão, portanto, é a se~
guinte: apesar da crise do petróleo, o mercado internacional continuou em alta paraos nossos produtos de exportação: nós éque não fomos capazes de vender mais, oupor não termos o que vender, ou por restringirmos artíríealmente as vendas, comoé o caso, nunca demais relembrado, dessemaltratado produto de nossa economia, queé o café.
Essa é a verdade nua e crua que temosde enfrentar. O Plano Nacional de Desenvolvimento está preocupado com as dimensões sociais do nosso processo de crescimento, dando ênfase ao mercado interno e amelhor' distribuição setorial e regional darenda. Pois para tanto, parece-me que arota a ser trilhada é a de estimular, emregime de urgência e prioritário, a produção rural e fazer a indústria voltar-se parao mercado nacional, interessar-se mais pelasorte da nossa agricultura e ajudar a dar aesta condições de se expandir por todos osmercados: assim, a agropecuária levará arenda para o interior e acelerará a íncorporação de milhares de criaturas à chamada."economia de mercado".
Era o que tínhamos a dizer.O SR. FLORIM COUTINHO - (Pronun
eía o seguinte díscurso.) Sr. Presidente,Srs. Deputados, na última sexta-feira, aComissão COOrdenadora de Obras e Trânsito do Estado da Guanabara atingiu marear invejável que dificilmente poderá ser
igualada por administrações públicas dealgures ou alhures: autorizou a abertura domilésimo sétimo buraco nas vias públicasdo Rio de Janeiro.
Note-se bem que tal recorde foi alcançado no exíguo espaço de 2 anos, períodode vida da referida Comissão. Êl só dartempo, que novas e sensacionais proezasserão alcançadas por aquele órgãos, que,para melhor fazer jus às suas atividades,deveria ter sua denominação trocada para"Buraeobrás",
Ainda diz mais o noticiário da imprensa:que o carioca, todas as segundas, quartas esextas-feiras, corre o rísco de ver aumentado o "autêntico queijo suíço" que vírouo Rio de Janeiro (pois é buraco para todolado), pois são os dias em que se reúne aComissão, para autorizar novas "obras". .
No.turalmente, estamos falando dos "pequeninos", pois o.mcttô, ou melhor, "o supremo buraco", nao conta em tão modestasestatístícas, Este tem um destino mais elevado: sepultar a catastrôríca administraçãodo Sr. Chagas Freitas, que, tendo em vistaas dimensões do "defunto", carece de umacova de quilômetros de extensão.
A parte pitoresca do noticiário é quetoda a buracama disseminada pela terracarioca tem de estar restaurada até 17 dedezembro do corrente ano.: data fatal determinada por aquela zeloza Comissão, tendo em vista o não empanamento dos festejos natalinos.
Ou será que os "buracocratas" da Guanabara temem que o bondoso "Papai Noel"seja tragado pelos "precipícios" prodigamente espalhados pelas ruas. cariocas e seveja impedido. de levar a alegria à criançada?
Era o que tinha a dizer.O SR. ANTôNIO UENO - (Pronuncia o
seguinte díseurso.) Sr. Presidente, 8rs.Deputados, já não constitui segredo paraninguém a circunstância econômica asfixiante por que passa, no momento, a indústria nacional de insumos básicos para aagricultura, vale dizer, fertilizantes.
Há menos de um mês, uma comissãoencabeçada pelo Sindicato da Indústria deAdubos do Estado de São Paulo, tendo estado em Brasília para entendimentos comautoridades dos Bancos do Brasil e Central,bem como do Ministério da Indústria e doComércio, acabou sendo levada à presençado Ministro das Minas e Energia, Sr.Shigeaki Uekí, a quem fez ampla e circunstanciada exposição dos problemas que aflíngem o setor.
Tal situação - que, se ainda não chegaa caracterizar colapso, tem, todavia, as condicionantes para transformar-se em autêntica crise - é quase toda decorrente doretardamento sistemático e mesmo de certas restrições pertinentes ao crédito oficialdestinado ao setor que, além de ter os seusmontantes acentuadamente desatualizadosem relação aos preços atuais dos custos daprodução, ainda não está sendo facilitadocomo' devia.
Para ser entendida parte da problemática, é bastante que se diga que do ano de1973 para o de 1974 houve um aumento decustos dos insumos da ordem de quatrocentos e cinqüenta por cento. A conseqüêncíaimediata, sabendo-se que os estabelecímentos creditícios tiveram aumentados os montantes específicos de financiamento emapenas trinta por cento, é que uma agênciabancária, mediante a utilização de Cr$1. 200.000,00, pode financiar cerca de 2.000toneladas, enquanto que no corrente ano,utílízan-to Cr$ 1.560.000,00, somente irápoder financiar 577 toneladas,
No memorial .entregue ao' Sr. Ministrodas Minas e Energia, constam mais as seguintes ponderações:
- no período de janeiro/maio as entre'gas à lavoura foram superiores às do anoanterior em cinqüenta por cento;
- as empresas fabricantes de insumosempregaram todos os seus recursos e contraíram dívidas para 'efetuar suprimentosnecessários à antecipação, confiando emque a agilização do crédito rural viria equílíbrar seu fluxo de caixa;
- o crédito rural está retardado e prevêse que corrtínuí assim, tanto no Banco doBrasil como na rede bancária privada, emface da lentidão da comercialização dassafras (preços baixos, etc.) , demora na regulamentação dos financiamentos (novainstrução do Banco Central, n.o 226, preçosfixados em fins de julho etc.), contençãodos meios de pagamentos e outros fatores;
- como resultado da antecipação das en:"tregaa, as empresas produtoras de adubostêm cerca de Cr$ 1 bilhão de duplicatas,em carteira, que já deveriam estar em partepagas caso o crédito rural tivesse sidoagilizado em tempo;
- em face da restrição de crédito, nãose conseguem operações financeiras comapoio nas rererídas duplicatas;
- para solucionar seus problemas de caixa nos próximos meses, as empresas precisam receber (ou fazer dinheiro com rínanctamento) pelo menos trinta por cento domontante dessas duplicatas, representandouma importância global de Cr$ 300 milhões;
- não ocorerndo uma das duas hipóteses;os atrasos de pagamento pelas empresassão inevitáveis, comprometendo todo o esquema de antecipação das entregas, estede grande vantagem para a safra 74/75;
-sendo' improvável o pagamento prontocom apoio no crédito rural, as firmas pleiteiam financiamento, com garantia de duplicatas, no montante de trinta por centoda posição da carteira em 30 de junho último;
- argumentam que seria como que uma.antecipação do crédito rural (compra deadubo), com base em verbas já autorizadas,que dificilmente seriam restringidas dentroa atual orientação do Governo.
Bem sabem os produtores de insumos queexiste um problema a ser contornado, paraque a sua reivindicação sej a atendida. Talproblema refere-se à impossibilidade, pelomenos aparente, de utilização das verbasdestinadas ao crédito rural em operaçõescomerciais, com caução de duplicatas.
De qualquer forma, fica patente que asolução para o problema depende primordialmente das autoridades governamentais,particularmente dos Ministérios da Fazenda,da Agricultura e das Minas e Energia, aosquais está afeta a questão.
Fica aqui, pois, o meu apelo às autorídades competentes, menos em nome e porconta das empresas produtoras de adubose principalmente em defesa dos interessesda agricultura, para que dêem pronta solução ao caso, a fim de que esta, já ordinariamente sacrificada por tantas vlscíssítudes, não venha a ficar privada, em.futuro próximo, também dos insumos deque tanto necessita.
Era o que tinha a dízer,V .:- O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) _
Passa-se ao Grande Expediente.Tem a palavra o Sr. Antônio treno,
(DISCURSO DO DEPUTADO ANTôNIOUENO, RETIRADO PARA REVISAO,)
Outubro dé 19'14"966 Sábado 5 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
o SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Está(findo o tempo destinado ao Expediente.
Vai-se passar à Ordem do Dia.(lomparecem mais os Srs.:
Flávio MarcílioAderbal JuremaFernando Gama'"Petrônio FigueiredoJosé Carlos FonsecaDib onerem.
AcreRuy Lino - MDB.
Maranhão
Eurico Ribeiro - ARENA.Piauí
Correia Lima - ARENA; ~ Heitor Cavalcanti - ARENA.
CearáEdilson Melo Távora - ARENA; Furtado
Leite - ARENA; Manoel RodriguesARENA; Ozírls POntes - MDB; Paes deAndrade - MDR
Rio Grande do Norte. Djalma Marinho - ARENA; Vingt RoSado - ARENA.
ParaíbaCláudio Leite - ARENA.
PernambucoEtelvino Lins - ARENA; Geraldo Gue
des - ARENA; Marc?S Freire - MDRSergipe
Franciseo Rollemberg - ARENA.Bahia
Necy Novaes - ARENA; Odulfo Dominguea ---' ARENA; Prisco Viana - ARENA;Theódulo de Albuquerque - ARENA.
Espírito Santo
Dirceu Cardoso - MDB; :É1cio Álvares ARENA.
Rio de Janeiro
Alair Ferreira - ARENA; Hamilton Xavier - MDB; José Bally - ARENA; MárcioPaes - ARENA; Moacir Chíesse - ARENA;Osmar Leitão - ARENA; Peixoto FilhoMOR
Guanabara
Amaral Netto - ARENA; Flexa RibeiroARENA; Fmncisco Studart - MDB; LéoSimões - MDB; Marcelo Medeiros - MDB;Rubem Medina. - MDR
Minas GeraisAureliano Chaves - ARENA; Bento Gon
çalves - ARENA; Elias Carmo - ARENA;Francelino Pereira - ARENA; José Bonifácio - ARENA; José Machado - ARENA;Manoel de Almeida - ARENA; NavarroVieira - ARENA; Ozanan Coêlho - ARENA; Paulino Cícero - ARENA; Sinval Boaventura - ARENA.
São Paulo
Adalberto Camargo - MDB; Adhemarde Barros Filho - ARENA; Baldacci Filho_ ARENA; Bezerra de Mello - ARENA;Cardoso de Almeida - ARENA; Diogo Nomura - ARENA; Herbert Levy - ARENA;Mário Telles - ARENA; Monteiro de Barros_ ARENA; Santilli Sobrinho - MDB; Sylvia Venturolll - ARENA.
GoiásRenrique Fanstone - ARENA; José Frei
Il"e-,MDB.Mato Grosso
Garcia Netto - ARENA; Lope.s da Costa_ ARENA.
ParanáAlencar Furtado - MDB; Ary de Lima
- ARENA; Arnaldo Busato - ARENA;Flávio Giovine - ARENA; ítalo ContiARENA; João Vargas - ARENA.
Santa CM!!!inaArolc"o Carvalho - ARENA; Pedro Colín
- ARENA.Rio Grande do Sul
Aldo Fagundes - MDB; Amaral de Sousa- ARENA; Célio Marques Fernandes ARENA; Cid Furtado - ARENA; HarryBauer - MDB; Lauro Leitão - ARENA;Norberto Schmidt - ARENA; Sinval Guazzellí - ARENA.
ORDEM DO DIAO SR. PRESIDENTE (Luíz Losso) - A
lista de presença acusa o comparecimentode 235 Srs. Deputados.
Os Senhores Deputados que tenham proposições a apresentar poderão fazê-lo.
O SR. ATHm COURY - Projeto de leique dispõe sobre a eoncesão de bolsas deestudos; através do PEBE, a viúvas deassociados ou empregados das entidadessindicais.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Vaise passar à votação da matéria que está sobre a Mesa e a constante da Oordem do Di::.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Hásobre a mesa e vou submeter a votos a se-guinte .
Uedação FinalPROmTO DE LEI
N.o 2.140-B/1974
Prorroga, por período indeterminado,o prazo fixado no artigo 51 da Lei n.?4.117, de 27 de agosto de 1962, lJ.ue institui o, Código Brasileiro de Telecomunteaçes,
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O prazo fixado no art. 51 da
Lei n.? 4.117, de 27de agosto de 1962, paraarrecadação dos recursos que constituem oFundo Nacional de 'I'eleeomunícaçes, a quese refere o art. 10 da Lei n.o 5.792, de 11de julho de 1972, fica prorrogado por período indeterminado.
Art. 2.° Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as dísposíçes em contrário.
Comisão de Redação, 4 de outubro de1974. - Oarrtídío Sampaio, PresidenteSylvio Botelho, Relator.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OSSrs. que a aprovam queiram ficar como estão. (Pausa.)
Aprovada.Vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Há
sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte
Redação Final
PROJETO DE LEIN.o 2.181-B/1974
Autori1:a o Poder Executivo a efetua~
tránsação com o Governo da Grã-Bretanha para saldar débitos provenientesde encampação e desapropriação decompanhias estrangeiras.
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica o Poder Executivo autoriza
do a efetuar transação com o Governo daGrã-Bretanha, por intermédio do "Bank ofEngland", para saldar débitos provenientesda eneampação e desapropriação das companhias estrangeiras "The Manaos HarbourLtd.", "The São Paulo (Brazil) Railway Co.Ltd." e "The ltabira tron Ore Co.", até o va-
lar equivalente a j; 4.295.672 (quatro milhões, duzentas e noventa e cinco mil, seiscentas e setenta e duas libras esterlinas).
Art. 2.0 Para o atendimento das despesasdecorrentes da transação de que trata o art.1.0, fica o Poder Executivo igualmente autorizado a abrir em favor do Ministério daFazenda um crédito especial de até Cr$ ..•71. 000.000,00 (setenta e um milhões de cruzeiros), utilizando como recurso para a suacobertura o exeeesso de arrecadação do Imposto sobre a Importação, previsto para ocorrente exercíeío financeiro.
Art. 3.0 Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
oomísâo de Redação, 4 de outubro de1974. - Cantídiõ-- Sampaio, Presidente Sylvio Botelho, Relator.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OsSrs. que a aprovam queiram rícar como estão. (Pausa.)
Aprovada.Vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Luiz Lossol - Há
sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte
Redação FinalPROmTO DE LEIN.o 2.191-B/1974
Dispõe sobre doação de tererno daUnião à Companhia Brasileira de Alimentos - COBAL.
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica o Serviço do Patrimônio da
União autorizado a promover a transferência, por doação', para o patrimônio da Companhia Brasileira de Alimentos - COBAL dos ímóvíes de propriedade da União situados na Rua Mata Machado n.O 127, AvenidaMaracanã n.o 252, Avenida Rodrigues Alvesn.o 853 e Avenida Rodrigues Alves, esquinacom a Rua Rivadávia Correia, no Estado daGuanabara, de acordo com os elementosconstantes do.,urocesso protocolizado no Ministério da Fazenda sob o n,o 0768-64.818,de 1972.
Art. 2.0 Os imóveis. mencionados no art.1.0 se destinam à expansão do Programa deAbastecimento do Governo Federal.
Art. 3.° A desocupação dos imóveis fica acargo do Ministério da Agricultura.
Art. 4,° A doação se efetivará medíantecontrato a ser lavrado em livro próprio doServiço do Patrimônio da União.
Art. 5.° Esta lei entrará em vigor na datade sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.
Comissão de Redação, 4 de outubro de1974. '- Cantídío Sampaio, Presidente _Sylvio Botelho, Relator.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OsSrs. que a aprovam queiram ficar como estão. (Pausa.)
Aprovada.Vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Há
sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte
Redação Jf.inalPROJETO DE LEIN.O 2.193-B/1974
Autoriza0 Poder Executivo a abrir aoMinistério da Justiça, em favor dll Ministério Público da União, o crédito especial de Cr$ 78.500,00, para o fim queespecifica.
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica o Poder Executivo autori
zado a abrir ao Ministério da Justiça, em
Outubro de 1974 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I} Sábado 5 '796'1
0800 - JUSTIÇA DO TRABALHO080-8 - Tribunal Regional do Trabalho da 7.a Região
Projeto -- 0808.0106.1002.001.474.1.1.0 - Obras Públicas r- ••••••••••••••••••••••••••• ~ ••••••••••••• '" 300.000
20.00 - MINISTÉRIO DA JUSTIÇA20.04 - Ministério Público da União
2004.0104.2062 - Defesa dos Interesses da União em Juizo3.1.4. O - Encargos Diversos :.................. 73.500
favor do Ministério Público da União, o crédito especial de Cr$ 73.500,00 (setenta .e oitomil e quinhentos cruzeiros), para atenderencargos com oontrrbuícões de PrevidênciaSociaL
Art. 3.° Est.a lei entrará em vigor na data de sua publícação, revogadas as disposições em contrário.
Comisão de Redação, 4 de outubro de1974. - Cantídio Sampaio, PresidenteSylvio Botelho, Relator.
O SR: PRESIDENTE (Luiz Losso) - OsSrs. que a aprovam queiram ficar como estão. (Pausa.)
Aprovada.Vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Há
sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte
Redação FinalPROJETO DE LEIN.o 2.194-B/1974
Autoriza o Poder Executivo a abrirà Justiça do Trabalho, em favor do
Art. 3.° Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Comisão de Redação, 4 de .outubro de1974. -- Cantídio Sampaio, PresidenteSylvio Botelho, Relator.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OsSrs. que a aprovam queiram ficar como estão. (Pausa.)
Aprovada.Vai ao Senado Fede:::al.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Hásobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte
Redação Final
PROJETO DE LEIN.o 2. 243-B/1974
Acrescenta parágrafo ao artigo 43 daLei n,? 4.502, de 30 de novembro de1964, e ao artigo 1.° da Lei n,v 4.557, de10 de dezembro de 1964.
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.° O Art. 43 da Lei n,v 4.502, de
30 de novembro de 1964, é acrescido do parágrafo.segull1te:
"Art. 43 '00 o.§ 5.0 A indicação da origem dos produtos, .consubstanciada na expressão"IndÚBtria Brasileira", poderá ser dispensada em casos especiais, de conformidade com as normas que a esserespeito forem baixadas pelo ConselhoNacional do .Comércio Exterior, paraatender às exigências do mercado ímportador estrangeiro."
Art. 2.° O Art. 1.° da Lei n.o 4.557, de10 de dezembro de 1964, é acrescido de parágrafo único, com a seguinte redação:
..Art: 1,0 ••.•.••.•.• '.'_ s.
Art. 2.° OS recursos necessários à execução desta lei decorrerão de anulação parcial de dotação orçamentária consignada novigente Orçamento ao subanexo 20.00, asaber:
. Cr$ 1,00
Tribunal Regional do Trabalho. da '1.aRegiáo, o crédito especial de Cr$ '"300.000,00 (trezentos mil cruzeiros),para o fim que especifica.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.° Fica o Poder Executivo autorizado a abrir à Justica do Trabalho. em favor do Tribunal Regional do Trabalho da7.a Região, o crédito especial de Cr$ ; ..•300. COO,OO (trezentos mil cruzeiros), paraatender despesas com. a aquisição de sedepara a Junta de Conciliação e Julgamento em Parriaíba - PI.
Art. 2.° Os' recursos necessários à execução desta, lei decorrerão de anulaçãoparcial de dotação orçamentária consignada no vigente Orçamento ao subanexo 0800,a saber:
o-s 1,00
Parágrafo único. A marcação prevísta neste artigo poderá ser dispensada em casos especiais, no todo ou emparte, ou adaptada de conformidadecom as normas que a esse respeito forem baixadas pelo Conselho Nacionaldo COmércio Exterior, para atender J.Sexigências do mercado importador estrangeiro e a segurança do produto."
Art. 3.° Esta Lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Comissão de ROl1ação, 4 de outubro de1974 - Oantídío Sampaio, PresidenteSylvio Botelho, Relator.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OS81'S que aprovam queiram ficar como estão. (Pausa.)
Aprovada.Vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Há
sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte
Redação Final .
PROJETO DE LEIn» 2.258-B/1974
'Dispõe sobre a transformação doConselho Nacional de Pesquisas emOonsclho Nacional de DesenvolvimentoCientífico e Tecnológico (CNPq), e dáoutras providências. .
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.° É instituido, com personalidade
[urídíca de direito privado, sob a rorma .de fundação, vinculada à Secretaria dePlanejamento da Presidência da República, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq): portransformação do Conselho Nacional dePesquisas,
Art. 2.° O Conselho terã por finalidadêauxiliar (J Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Planejamento no desempenhodas atribuições que a este foram conferidaspelo Art. 7.°, item UI, da Lei n.o 6.036,de 1.0 de maio de 1974, principalmentequanto à análise de planos e. programassetoriais de ciência e tecnologia e quantoà formulação e atualização da política dedesenvolvimento científico e tecnológico,'estabelecida pelo Governo Federal.
Parágrafo. único. Para atender às suasfinalidades, o CNPq poderá manter os Institutos subordinados ao Conselho Nacional de Pesquisas, bem como criar novosInstitutos ou outros mecanismos.
Art. 3.° O Conselho terá sede e foro noDistrito Federal e reger-se-á por estatutos a serem aprovados por decreto, no prazo de 90 (noventa) dias, contados da datada publicação desta lei.
Parágrafo único. O Conselho considerar-se-á instalado na data da publicação,no Diário Oficial, do ato de nomeação dorespectivo dirigente, na conformidade -íosestatutos. .
Art. 4.° Constituirão patrimônio do Conselho:
I, - Bens imóveis, móveis e instalaçõesdo Conselho Nacional de Pesquisas que sejam transferidos para a nova entidade;
II - Dotações consignadas no orçamen-to da Urriâo ;
UI - Receitas operacionais liquidas;
IV - Receitas patrimoniais liquidas;
V - Doações;
VI - Recursos de outras origens.
§ 1.0 Nào se aplica ao Conselho o jlsposto nas alíneas a e b do Art. 2.° do Decreto-lei n.? 900, de 29 de setembro de 1969.
§ 2.° O decreto que aprovaras estatutos do Conselho será acompanhado de r.elação contendo a discriminação e caracterízacâo dos bens imóveis de que tra ta oitem I deste artigo, a qual servirá de ~ítulo para s transe rícâo destes no respectivo registro de imóveis.
Art. 5.° Fica autorizada a tranateréncía, para o Conselho, de parcela das dotações consignadas ao Conselho Nacional dePesquisas, no orçamento da União para ocorrente exercícío.
Ãrt. 6.° O regime juridico do pessoal doConselho será D da legislação trabalhista.
Art. 7.° O Conselho poderá aproveitarintegrantes do corpo técnico e admínístratívo do Conselho Nacional de Pesquisas.
§ 1.0 Será computado, para o gozo dos,direitos da Legislação trabalhista e de previdência social, o tempo de serviço anteriormente prestado à Administração Pública pelos funcionários que forem aproveitados na· forma do disposto neste artigo.
§ 2.° A contagem do tempo de serviçoa que se refere o § 1.0 tar-se-á segundo asnormas pertinentes ao regime estatutário,inclusive computando-se em dobro. paraefeito de aposentadoria; os períodos de licença especial não gozado, cujo direito hajasido adquirido sob o .mesmo regime.
S 3.° A .União custeará a parcela deaposentadoria correspondente ao tempo deserviço prestado sob o regime estatutário,mediante inclusão no orçamento, anualmente, de dotações específica em favor' doINPS.
§ 4.° Os funcionários que não fDremaproveitados nos termos deste artigo, ouque não optarem pelo regime da legislação
'1968 Sábado 5 DrARH) DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro ,de 1\171
trabalhista, integrarão Quadro Supleméntar, a ser regulado por ato do Poder EXe-cutivo. ' , ,
Art. 8.° O Poder Executivo adotará asprovidências necessárias à oportuna extinção do' Conselho Nacional de Pesquisas.
Art. 9.0 Esta lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Comissão de Redação, 4 de outubro de1974. - Cantídío Sampaio, Presidente8ylvio Botelho, Relator.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Os8",°. que a aprovam queiram ficfl.r como estão. (Pausa.)
Aprovada.
Vai ao Senado Federal.
Art. 2.0 Para o atendimento dos créditos suplementares que forem abertos conforme a autorização desta Lei, serão utilizados recursos provenientes do excesso dearrecadação, previsto na forma do § 3.° doartigo 43 da Lei 1'1.0 4.320, de 17 de marçode 1964.
Art. 3.° Esta Lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as dís
'posições em contrárío .
Comissão de Fiscalizacão Financeira eTomada de Contas, em 3 de outubro de 1974._ Dunteí Faraco,' Presidente - Henl'ÍqueFanstonc, Relator.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OsSrs. que a aprovam queiram ficar como estão. (Pausa.)
Aprovada.Vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) -
Discussão única do Projeto de Decreto Legislativo n." 160-A, de 1974, queAprova o texto do Acordo sobre Transportes Regulares, assinado entre o Brasil e a Guiana, em Georgetown, a 10de maio de 1974; tendo pareceres: da
Cr$ 1,00
O SR. PRESIDENTE (Lufz .Losso) - Hásobre a Mesa e vou submeter a votos aseguinte
ACORDO ENTRE O OOVERNO DA REPÜ,.BLICA COOPERATIVA DA GUIANA 'E,ÓGOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATi':'VA DO BRASIL PAR.!' SERVIÇOS AÉREOS ENTRE E ATRAVÉS SEUS RESPECTIVOS TERRITóRIOS.
O Governo da República Cooperativa daGuiana e o Governo da República Federativa do Brasil;
Sendo Partes da Convenção sobre Aviá'ção Civil Internacional aberta para assínatura em Chicago, no dia sete de dezemhrode 1944;
Desejando desenvolver e fortalecer suasrelações recíprocas no campo da aviaçãocivil e concluir um Acordo. na conformidade de que dispõe a citada Convenção, parao propósito de estabelecer os serviços aetóríos, nomearam para esse fim seus re;presentantes 'plenipotenciários, como se -sereos entre e através seus respectivos terrígue:
- pela República Federativa do Brasil,Sua Excelência o Senhor Major-BrigadeiroEdivio Caldas sanctos, Presidente da Comissão de Estudos Relativos à NavegaçãoAérea Internacional; C,)
- pela República Cooperativa da Guíà,na, Sua Excelência o Senhor David.·I.Yankana, A.A., Secretário da Guyana StW-te Corporation; , '
" l
Os quais, após terem trocado seus ínstrumentos de plenos poderes, achados em boll.e devida forma, acordam no seguinte:
ARTIGO IDefinições
(1) Para os fins deste' Acordo, a menosque o texto expresse de outra forma -
la) o termo "a Convenção" significa aConvenção sobre Avíaçào Civil Internacional, aberta para assinatura em Chicago, nodia sete de dezembro de 1944, e inclui qualquer' Anexo adotado sobre aquela Convenção e quaisquer emendas na medida emque esses anexos e emendas entrem em vigor ou sej am ratificados pelas Partes Contratantes;
(b) o termo "autoridades aeronáutícaa"significa no caso da Guyana o Minist~oresponsável pela Aviação Civil e qualquerpessoa ou órgão autorizado' a exercer' asfunções atualmente exercidas pelo referido Ministro ou funções similares, e no casoda República Federativa do Brasil o Ministro da Aeronáutica e qualquer pessoa ouórgão autorizado a exercer as funções re-
.Iatívas a este Acordo;(c) o termo "empresa aérea designada"
significa uma empresa aérea que tiver sidodesignada e autorizada na forma do Artigo 2 deste Acordo;
(ti) o termo "tarifa" significa os valoresa serem pagos. para o transporte de passageiros e carga e as condições sob 'as quaisesses valores são aplicados, mas excluindoremuneração e condições para o transporte de mala postal;
(e) o termo "território" em relação acada Parte Contratante significa o, seu território e as águas territoriais a ele ad'[acerites sob a soberania daquela Parte Contratante; e
(f) os termos "empresa aérea", "serviçoaéreo", "serviço aéreo internacional", e"escala para fins não comerciais" 'têm ossignificados estabelecidos no Artigo 96 daConvenção.
(2) O Anexo e o Quadro de Rotas a esteAcordo formarão parte integrante do ACQrdo e qualquer referência ao "Acordo" seráentendido como referindo-se também ao
7.532.000.000
Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade e [urídícidade ; eda Comissão de Transportes, pela aprovação: (Da Comissão de Relações Exteriores - Mensagem n.? 388/74.) Relatores: Srs. Manoel Taveira, Pires Sa-,bóia e José Maridetlí .
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Nãohavendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
Vai-se passar à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Vou
subTIleter a votos o seguintePROJETO
N.o 160-A, de 1974, O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 Fica aprovado o texto do Acordo sobre Transportes Aéreos Regulares, assinado entre o Brasil e a Guiana, em Georgetown, a 10 de maio de 1974.
Art. 2.° Este Decreto Legislativo entraem vigor na data d-e sua publicação.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OsSrs. que o aprovam queiram ficar como estão. (Pausa.)
Aprovado.Vai à Redação Final.
Redação FinalPRO.TETO DE LEI
N.o 2. 289-B174
Autoriza o Poder J~xecutivo a abrircréditos suplementares aos programasconstantes da Lei n.° 5.964, de 10 dedezembro de 1973.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.° É o Poder Executivo autorizadoa abrir créditos suplementares ao Orçamento da União, aprovado pela Lei n.? ...5.964, de 10 de dezembro de 1973, até o limite de Cr$ 7.532.000.000,00 (sete bilhões,quinhentos e trinta e dois milhões de cruzeiros), conforme a especificação seguinte:
TOTAL :'"r .
ENCARGOS GERAIS DA UNIAO
Recursos sob a Supervisão da Secretaria, dePlunejamerito da Presidência da RepúblicaFundo de Desenvolvimento de Programaslntegrados.Serviços em Regime de Programação Es-pecial .... ,................................ 500.000.000FInanciamento de projetos e AtividadesPrioritáriosServiços em Regime de Programação Es-pecial 300.000 .000Reserva de Contingência, inclusive novoPlano de Classificação de Cargos,
Reserva de Contingência 4. 7Z,2 .000.000Fundo de Desenvolvimento de Áreas Estra-tégicas.Projetos Especiais para o Desenvolvimentode Áreas Estratégicas. ,serviços em Regime de Programação Es-pecial . . .. .. .. . .. .. . . .. .. . . .. . . . . . .. . . .. . . 1. 900.000 .000Fundo Nacional de Desenvolvimento Cien-tífico e Tecnológico.Apoio a Projetos de Ciência e Tecnologia.
serviços em Regime de Programação Es-pecial . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . • . . . . . 100 .000 .000
4.1.2.0
2800
2802
2804
3.2.6.0
2803
4.1.2.0
4.1.2.0
2804. 0402.1130
4.1.2.0
2802.1800.1054
2803.1800.1042
2802.1800.2029
2802.1800 .1211
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 7Mt-
A'nexo e ao Quadro de Rotas, salvo quandoestabelecido de outra forma.
ARTIGO 2
Designação de Empresas Aéreas
(1) Cada parte Contratante terá o díreítode designar por escrito para a outra ParteContratante urna empresa aérea para osfins de operar '1S serviços acordados nasrl?tas especificadas,
'. (':l) Ao receber tal designação, a outraP~i-te Contratante deverá, sem demora, observadas as disposições dos parágrafos (3)e (4) deste Artigo, conceder à empresa aé,rea designada a autorização de operação.
(3) .As autoridades aeronáuticas de uma.Parte Contratante podem exigir que a empresa aérea designada pela outra ParteContratante prove que preenche as condições prescritas pelas leis e regulamentosnormal e razoavelmente aplicados às operações de serviços aéreos internacionais portais autoridades, na conformidade. com asdísposíções deste Acordo e da Convenção.
: (4) Cada Parte Contratante terá o direi<to de recusar, conceder autorização paraoperação referida no parágrafo (2) desteArtigo, ou impor condições tais que possam ser necessárias ao exercício, pela empres'!. aérea designada, dos direitos espectflcados na Seção I deste Acordo; em qualquer caso quando a Parte Contratante nãoestiver satisfeita de que parte substancial,'da propriedade e o efetivo controle da empresa aérea pertence à Parte Contratantedesignadora da empresa aérea ou a nacionais do Pais dessa Parte Contratante, ouquando as aeronaves em operação não fo,21em tripuladas por nacionais de outra Par·te Contratante, exceto nos casos em que,as tripulações estiverem sendo treinadas., (5) Quando uma empresa aérea tiver si
«lo assim designada e autorizada poderáoperar os serviços acordados para os quaistiver sido designada, desde que a tarifa.estabelecída nos termos da Seção V desteAcordá esteja em vigor no tocánte a essesscrvícos: e desde que a freqüência e o ho-
. rárío dos serviços a serem operados por..cada empresa aérea tenha sido aprovadapelas autoridades aeronáuticas da Parte
1Contratante que concedeu a autorização'Çle operação.
ARTIGO 3Revogação ou Suspensão
da Autorização de Operação(1) Cada Parte Contratante terá o di
reito de revogar uma autorização de opera.ção ou de suspender o exercício de qual1 quer dos direitos especificados na Seção Ideste Acordo concedidos a urna· empresaaérea designada pela outra Parte Contratante, ou ·de impor as condiçôes que possajulgar necessárias ao exercício desses di-reitos: '
(a) no caso da emprega aérea delxar decumprir com as leis ou regulamentos daParte Contratante que concedeu esses direltos; ou
(b) no caso da empresa aérea de qualquer modo deixar de operar conforme ascondições prescritas neste Acordo; ou
(c) em qualquer caso em que não for, feita a comprovação de que parte substancial de propriedade e o efetivo controle daempresa aérea pertence à Parte Contratan
.te desígnadora de empresa aérea ou a nacionais do Pais da referida Parte Contratante.
(2) A menos que a imediata revogação,suspensão ou imposição das condiçóesmencionadas no parágrafo (1) deste Artigosejam essenciais para prevenir futuras in-
fringências de leis ou regulamentos, taisdireitos serão exercidos somente após consulta com a outra Parte Contratante.
ARTIGO 4
Freqüência e HOl'ário dos ServiçosA freqüência e horário dos serviços a se
rem operados pela empresa aérea designada de uma Parte Contratante ficarão sujeitos à aprovação das autoridades aeronáuticas da outra Parte Contratante.
ARTIGO 5
Isenção das Taxas sobre EquipamentosCombustíveis, Suprimento, etc.
O) Aeronaves operadas em serviços aéreos internacionais por uma empresa aérea designada de cada Parte Contratantena entrada, na saída e no sobrevôo doterritório da outra Parte Contratante, emrelação a combustível, lubrificantes: sobressalentes, equipamento de uso regular esuprimentos de aeronave' a bordo de taisaeronaves; serão isentas de todos os direitos aduaneiros', taxas de Inspeção e outrassimilares devidas por ocasião da importação, exportação ou trânsito de artigos, comexceção das taxas devidas por serviço prestado. Isto também deve ser aplicado aosacima mencionados artigos a bordo da ae
.ronave consumidos durante a dita partedo serviço aéreo internacional realizado sobre o território da última Parte Contratante.
(2) Combustível, lubrificantes, suprimentos de aeronaves, sobressalentes e equipamento de uso regular da aeronave, temporariamente importados para o territoriode cada Parte Contratante deve ser imediatamente ou após o armazenamento ínstalado na aeronave ou de outra forma embarcado na aeronave de empresa aerea designada pela outra Parte Contratante, oudeve ser de qualquer forma exportado novamente do território da primeiramentecitada Parte Contratante e será isenta dedireitos aduaneiros, taxas de inspeção e outras taxas similares mencionadas no parágrafo (1) deste Artigo.
(3) Combustivel e lubrificantes levadosa bordo da aeronave de uma empresa- aérea designada de qualquer Parte Contratante no território da outra Parte Contratante e usados em aeronave engajadano serviço aéreo internacional, e usados emvôos destinados a pontos no território desta Parte Contratante, até que esse vôo estej a terminado ou em vôos partindo depontos no território desta Parte Contratante, desde a hora em que esse vôo seinicie, ou em sobrevôos, embora que emtodos esses vôos a aeronave possa realizarpousos intermediários no citado terrttórío,serão isentos de direitos aduaneiros e outras taxas similares mencionados no parágrafo (1) deste Artigo, desde que os regulamentos aduaneiros pertínentec sejamcumpridos.
(4) As autoridades aduaneiras de cadaParte Contratante poderão guardar os artigos mencionados nos parágrafos (1) a(3) deste Artigo sob supervísão ou controleaduaneiro.
(5) O equipamento de uso normal daaeronave, bem como os materiais e suprimentos retidos a bordo da aeronave de cada Parte Contratante poderão ser descarregados em território da outra Parte Contratante somente com a aprovação das autoridades aduaneiras daquele território.Neste cago, eles poderão permanecer sobsupervisão das ditas autoridades o temposuficiente até que sejam reexportadas, oude qualquer forma utllizadas, de acordocom os regulamentos aduaneiros.
ARTIGO GTaxas aeroportuárias e similares
As taxas que uma das Partes Contratantes imponha ou permita que sejam impostas à empresa aérea designada pela outraParte Contratante para o uso de aeroportose outras facilidades não serão superioresàquelas que seriam pagas pelo uso de taisaeroportos e facilidades por suas aeronaves da sua bandeira empregadas em serviços internacionais semelhantes.
ARTIGO 7Representaçào de Empresa Aérea
A empresa aérea designada por uma Parte Contratante está autorizada, sujeita àsIeis e regulamentos relativos à imigraçãoe residência de outra Parte Contratante, atrazer e manter no território desta ParteContratante seus próprios representantes·juntamente com o grupo técnico e comercial que for necessário para o atendimentodos serviços aéreos.
ARTIGO 8Transferência de Lucros
(1) Cada Parte Contratante de acordocom seus regulamentos de controle de câmbio aplicáveis, concede à empresa aéreadesignada da outra Parte Contratante odireito de transferir o lucro obtido poraquela empresa aérea no seu território,proveniente do transporte de passageiros,mala postal e carga, Tal transferência deverá ser feita à taxa de câmbio oficial,quando tal taxa existir. ou de outra forma,a uma taxa equivalente àquela em que areceita for obtida.
(2) Onde o sistema de Oâmbío de moedasestrangeiras for regulado por acordo especial entre as Partes Contratantes, esteacordo especial será aplicado.
ARTIGO 9
Consulta
(1) Com o espíritó de estreita cooperação, as autoridades aeronáuticas das Partes Contratantes consultar-se-âo periodicamente com vistas a assegurar a implementação e o cumprimento satisfatório dasdísposíções deste Acordo e consultar-se-áoquando conveniente para introduzir modificações que sé fizerem necessárias.
(2) Cada Parte Contratante poderá solicitar consulta, a qual poderá ser realizadapessoalmente ou por correspondência e seiniciará dentro de um período de sessenta(60) dias da data do recebimento da solicitação, a menos que ambas as Partes Contratantes concordem com a modificaçãodeste periodo.
ARTIGO 10
Solução de divergências(1) Se qualquer divergência surgir entre
as Partes Contratantes relativamente à interpretação ou à aplicação deste Acordo. asPartes Contratantes envídarão em primeiro lugar esforços :para solucioná-la mediante negociação.
(2) Se as Partes Contratantes -nâo obtiverem uma solução mediante negociações,elas poderão concordar em submeter a divergência à decisão de uma pessoa ou órgão; se eles não concordarem .com essa soIuçâo a divergência será submetida, a pedido de qualquer das Partes, à decisão deum Tribunal 'de três árbitros: um a sernomeado por cada Parte Contratante e Oterceiro a ser indicado pelos dois árbitrosassim nomeados. Cada uma das PartesContratantes, nomeará um árbitro dentrodo período de 60 dias a contar da data dorecebimento, de qualquer uma das Partes
7970 Sábado 5 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Outubro de 1974
.Contratantes, da notificação através doscanais diplomáticos do pedido de arbitramento da divergência por um Tribunal e oterceiro ârbítec será indicado dentro do período posterior de 60 d}as. Se qualquer 4asPartes Contratantes nao nomeia o seu arbitro dentro do período estabelecido, ou seo terceiro árbitro não é indicado dentro doperíodo estabelecido, o Presidente do oon-
. selho da Organização de Aviação Civil Internacional pode, a pedido de qualquer dasPartes indicar um árbitro, ou árbitros, segundo' o caso. Em tal hipótese, o terceiroárbitro será um nacional de um terceiroEstado e funcionará como Presidente doTribunal Arbitral.
(3)' As Partes Contratantes envidaI'ão'seus melhores esforços, den-1ro dos lir~lites
de seus poderes, para pôr em e;,ecuçao adecisão tomada na forma do parágrafo (2)
deste Artigo.
AR.TIGO 11
Aplicação da ConvençãoAs normas da Convenção serão aplica
das em relação aos serviços aéreos internacionais entre as Partes Contratantes quenão estão reguladas por este Acordo.
ARTIGO 12
. Emendas ao Acordo
1) Se qualquer das Partes Contratantesdesejar modificar as normas deste. Acordo,pode solicitar Consulta, na conformidade doArtigo 9 deste Acordo; a modificação, acor;dada entre as Partes Cont1'atantes, entraraem vigor depois de confirmada por t~oca
de notas diplomáticas, ~ep?is de eumprídosos procedimentos eonstttucíonaís de ambasas Partes Contratantes.
2) Apesar da norma constante do parágrafo 1 deste Artigo a modificação do Anexo e do Quadro de R.otasacordadas pelasPartes Contratantes entrará em vigor quando oonfirmada por troca de notas diplomáticas.
ARTIGO 13
Denúncia do AcordoQualquer das Partes Contratantes pode,
em qualquer momento, notificar a outraParte Contratante da sua decisão de denunciar este Acordo, essa notificação será comunicada simultaneamente a Organizaçaode Aviacão Civil Internacional. Em tal caso,O Acordô deixará de viger doze meses depoisda data do recebimento da notificação pelaoutra Parte Contratante, a menos que adenúncia seja retirada mediante acordo dasPartes COntratantes antes do término desteperíodo. Na ausência de. conhecimento dorecebimento da notificaçao pela outra Parte Oontratante presume-se que a notificaçãofoi recebida por essa mesma Parte Contratante quatorze dias depois do recebimentoda notificação pela Organização de AviaçãoCivil Internacional.
AR.TIGO 14
Registro do Acordo
O Acordo será registrado na Organizaçãode Aviação Civil Internacional, que foi criada pela Convenção.
ARTIGO 15Derrogação do Acordo anterior
Este Acordo, ao ~ntrar em vigor, derrogao Acordo subscrito pelo Reino Unido da Grã-
, Bretanha e Irlanda do Norte e a RepúblicaFederativa do Brasil na medida em que talAcordo se aplica ao Brasil e a Guiana, bemcomo qualquer ato, autorização, privilégioou concessão anteriormente concedidos. 1)01'qualquer razão, por uma das Partes Contra-
tantes em favor das empresas da outraParte Contratante.
ARTIGO 16
Vigência do AcordoEste Acordo será aplicado provisoriamente
a partir da data de sua assinatura no limitedos poderes administrativos das autoridadesaeronáuticas de cada Parte Contratante eentrará em vigor através da troca de notasdiplomáticas, depois de cumpridos os procedimentos constitucionais de cada uma dasPartes Contratantes.
Em testemunho de que os Ple.r:lipotenciários abaixo-assinados firmaram este Acordo..
Feito na cidade de Georgetown, aos dezdias do mês de maio de mil novecentos esetenta e. quatro, em dois exemplares nosidiomas português e inglês, sendo ambos ostextos igualmente autênticos.
Pelo Governo da República Federativa doBrasil: Major Brigadeiro Edivio (1. Santos.
Pelo Governo da República Cooperativa daGuiana: David I. Yankana.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Hásobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte
Redação Final
PROJE'l'O DE DECRETO LEGISLATIVON.o '160-B/1974
Aprova o texto do Acordo sobreTransportes Aéreos Regulares, assinadoentre a República Federativa do Brasile a Guiana, em Georgetown, a 10 demaio de 1974.
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica aprovado o texto do Acordo
sobre Transportes Aéreos Regulares, assinado entre a Repúb iica Federativa do Brasil e a Guiana, em Georgetown, a 10 demaio de 1974.
Art. 2.0 Este decreto legislativo entraráem vigor na data de sua publicação.
Comissão de R.edação, 4 de outubro de1974. - Cantídio Sampaio, Presidente _Sylvio Botelho, Relator,
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) z: OsSrs. que a aprovam queiram ficar como estão. (Pausa.)
Aprovada.
Vai ao Senado Federal ,
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso)Discussão única do Projeto de Decre
to Legíslatívo n.o 161-A, de 1974, queaprova o texto do Acordo de Cooperação Técnica e Científica, firmado entre o Governo da República Federativado Brasil e o Governo da Repúblíea doChile, em Santiago; a 19 de julho de1974; tendo pareceres: da Comissão deConstituição e Justiça, pela constitucionalidade e juridicidade; e, da Comissão de Ciência e Tecnologia, pelaaprovação. (Da 'Comissão de RelaçôesExteriores - Mensagem n.o 389/74.)Relatores: Srs. Manoel Taveira, Luiz
Braz e Fernando Fag~de8 Neto.O SR. PRESIDENTE (Luiz -Losso) - Não
havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
Vai-se passar à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Vou
submeter a votos o seguintePROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
N.o 161-A, de 1974
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 Fica aprovado o Texto do Acordo de Cooperaçã<J Técnica e Científica, fít-
mado entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República do Chile, em Santiago, a 19 de julhode 1974.
Art. 2.0 Este Decreto Legislativo entraem vigor na data de sua publicação.
O SE. PRESIDENTE (Luiz Lesse) - OsSrs. que o aprovam queiram ficar como estão. (Pausa.)
Aprovado.
Vai à redação final.
ACORDO BáSICO DE COOPERAÇAO TÉCNICA E CIENTÍFICA ENTRE O GOVERNO DA REPúBLICA FEDERATIVA DOBRASIL E O GOVERNO DA REPúBLICADO CHILE.O Governo da República Federativa do
Brasil'e .
O Governo da República do Ohíle,Considerando de interesse comum: promo
ver e estimular o progresso técníeo-cíeutãficoe o desenvolvimento econômico e social de seus respectivos países,
R.econhecendo as vantagens reciprocasque resultariam de uma cooperação téerueae científica mais ampla, em campos" de mteresse mútuo,
Concordam no seguinte:Artigo 1
1 - As Partes Contratantes comprometem-se a elaborar e executar, de comumacordo, programas e projetos de cooperação técnicà e científica.
2 - Os programas e projetos de eooperação técnica e científica a que faz referência o presente Acordo Básico serão objeto de ajustes complementares, que especificarão os objetivos de tais programas eprojetos, os cronogramas de trabalho, bemcorno as obrigações, inclusive fínanceíras;de cada uma das Partes Contratantes.
Artigo 2
1 - Para a melhor execução do presenteAcordo, uma Comissão Mista, composta derepresentantes das Partes Contratantes se'reunirá, em princípio uma vez por ano. emBrasilia ou Santiago. Será tarefa da reterída Comissão Mista:
a) avaliar e demarcar áreas prioritáriasem que seria viável a realização de projetos específicos de cooperação técnica ecientífica;
b) analisar e propor ou aprovar programas de cooperação técnica e científieai..
c) avaliar os resultados da execução deprojetos específicos.
2 - Sem prejuízo do previsto no item 1deste artigo, cada uma das Partes poderásubmeter à outra em qualquer momento,projetos específicos de cooperação técnica ecientífica para seu devido estudo e posterior aprovação no âmbito da OomíssãoMista.
Artigo 3
1 - Para os fins do presente Acordo, a.cooperação técnica e científica entre osdois paises poderá assumir as seguintesformas:
a) realização conjunta ou coordenada deprogramas de pesquisa e/ou desenvolvimento;
b) elaboração de programas de estágiopara treínnmento profissional;
c) criação e operação de ínstituíções depesquisa, laboratórios ou centros de aperfeíçoamento;
d) organização de seminários e conferências;
Outubro d'e 19'74 DIARIO .DO OONGRESSO NACIONAL <Seção I) Sábado 5 '79'11
Redação FinalPROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
N.o 161-B/19'14Aprova o texto do Acordo de Coope
ração Técnica e Científica, rírmadoentre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República do Chile, em Santiago, a 19 dejulho de 19'14.
O Oongresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica aprovado o Texto do Acor
do de Cooperação Técnica e Cientifica, fir-
e) prestaqão de servíços de consultoria;"f) intercâmbio de informações cientifi
cas e tecnológicas;g) qualquer outra modalidade conven
cionada pelas Partes oontcatantes.2 ~ Na execução das díveraaa formas de
cooperação técnica e cientifica poderão serutilizados os seguintes meios:
a) envio de técnicos;b) concessão de bolsas de estudo;c) envio de equipamento indispensável à
realização de projetos específicos;d) qualquer outro meio convencionado
pelas Partes Contratantes.Artigo 4
.Ml Partes Contratantes poderão, sempreque julgarem necessário e conveniente, solicitar a participação de organismos inter
. nacionais na implementação e coordenaçãodos programas e projetos realizados noquadro do presente Acordo.
Artigo 5Aplicar-se-ão aos funcionários e peritos
de· cada uma das Partes Contratantes, desl.gnados para trabalhar no território daoutra, as normas vigentes no país sobre osprivilégios e isenções dos funcionários e peritos das Nações Unidas.
Artigo 6Aplicar-se-ão aos equipamentos e mate
riais eventualmente fornecidos, a qualquertítulo, por um Governo a outro, no quadrode projetos de cooperação técnica e eíentifica, as normas que· regem a entrada nopais de equipamentos e materiais fornecldos pelas Nações Unidas a projetos e programas de cooperação técnica e cientifica.
Artigo '11 - O presente Acordo terá validade de
três anos, prorrogáveis automaticamentepor iguais períodos, salvo se uma das Partes comunicar à outra, com antecedênciaminíma de seis meses, sua decisão em contrário.2- Cada uma das ?artes Contratantes
notificará a outra da conclusão das formarIidades necessárias à entrada em vigor dopresente Acordo, o qual terá vigência a partir da data da última dessas notificações.
3 - Em caso de denúncia do Acordo, osprogramas e projetos em execução não serão afetados, salvo quando as Pj\rtes convierem diversamente.
O presente Acordo é firmado em quatroexemplares, sendo dois na língua portuguesa e dois na língua espanhola, fazendotodos os textos igualmente fé.
Feito na cidade de Santiago do Chile aos19'\1ias do mês de julho de 1974.
Pelo Gcvemo da República Federativa doBrasil: Antonio O. Câmara Oanto.
Pelo Governo da República do Chile: P.Carvaja1. .
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) ~ Hásobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte
mado ..entre o Gi:lverno da República Federativa do Brasil e o Governo da República do Chile, em Santiago, a 19 de julhode 1974.
Art: 2.° Este decreto legislativo entrarãem vigor na data de sua publicação.
Comissão de Redação, 4 de outubro de1974. - Cantídio. Sampaio, PresidenteSylvio Botelho, Relator.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OS81'S. que a aprovam queiram ficar comoestão. (Pausa.)
Aprovada.Vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) -
Discussão única do Projeto de Decre~
to Legislativo n.o 162-A, de 1974, queaprova o texto do Convênio Constitutivo do Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata, firmado entre o Gi:lverno da RepúblicaFederativa do Brasil e os Gi:lvernos daArgentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai,em Buenos Aires, a 12 de junho de 1974;tendo pareceres: da Comissão de oonstítuíção e Justiça, pela constitucionalidade e juridicidade; e, da Comissão deFinanças, pela aprovação. (Da Comissão de Relações Exterior.es - Mensagemn.O 365/74.)· Relatores: Srs. PinheiroMachado, Luiz Braz e lIdélío Martins.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Nãohavendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
Vai-se passar à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Vou
submeter a votos o seguinte
PROJETO DO DECRETO LEGISLATIVON.O 162-A, de 19'14
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica aprovado o texto do Con
;vênia Constitutivo do Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata,firmado pelo Governo da República Federativa do Brasil, e os Governos da Argentina, Bolíví a, Paraguai e Uruguai, em Buenos Aires, em 12 de junho de 1974.
Art. 2.0 Este Decreto Legislativo entraem vigor na data de sua publicação.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Os81'S. que o aprovam queiram ficar comoestão. (Pausa.)
Aprovado.Vai à Redação Final.
CONVi!:NIO CONSTITUTIVO DO FUNDOFINANCEIRO PARA O DESENVOLVIMEN
TO DA BACIA DO PRATA
Os Governos dos Países Membros do Tratado da Bacia do Prata, no cumprimento daRecomendação n.O 4: da Ata de Santa Cruzde Ia síerre; do parágrafo IV a) iii) daAta de Brasília; das Resoluções n.o 5 (IV) e44 (V) das Reuniões de Chanceleres da Bacia do prata e, animados pelo firme propósito de impulsionar o cumprimento dosobjetivos de promoção do desenvolvimentoharmônico e a integração fisica da' Baciado Prata e de suas âreas de influência direta' e ponderável, resolvem subscrever opresente Convênio de acordo com as seguintes cláusulas:
CAPíTULO IDa Natureza e Sede
Art. 1.0 O Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata, doravante chamado o Fundo, é uma pessoa jurídica internacional, de duração ilimitada.
Reger-se-á pelas disposições contidas nopresente Convênio e seu Regulamento.
Art. 2.° O Fundo terá a sua sede permangnta em um dos Países Membros.
OAPíTULO IIDo Objeto
Art. 3.° O objeto do Fundo será financiar, nos termos do Artigo I do Tratado daBacia . do Prata, a realização de estudos,projetos, programas e obras tendentes aopromover o desenvolvimento harmônico ea integração física da Bacia do Prata, 'destinando para tais fins os seus recursos próprios e os que gestíone e obtenha de outrasfontes de financiamento, na forma prevista nas alíneas b) e c) do Artigo 4.°
CAPíTULO II!Das Funções
Art. 4.0 Serão atribuições do Fundo:a) Conceder empréstimos, fianças e avais;b) Gestionar a obtenção de empréstimos
internos e externos com a responsabilidadesolidária dos Países Membros;
C) Gestionar e obter recursos por solicitação de um ou mais Países Membros. Es~tes recursos não obrigarão o Fundo, sóobrigando os contratantes dos empréstimosassim obtidos;
11) Apoiar financeiramente a realizaçãode estudos de pré-investimento, com o propósito de identificar oportunldades de ínvestimento ou projetos de interesse para aBacia, em função do que estabelece a alíneaf) deste Artigo;
e) Apoiar financeiramente a contrataçãode assistência e assessoramento técnicos;
f) Exercer atividades de agente e órgãoassessor do Comitê IntergovernamentalCoordenador dos Países da Bacia do Prata,quando este assim o requerer; e
g) Exercer todas as runções que sejampropícias ao melhor cumprimento de seusobjetivos.
CAPíTULO IVDos Recursos do Fundo
Art. 5.0 Os recursos próprios do Fundomontarão a cem milhões de dólares estadunídenses (US$ 100.000.000,00).·
Art. 6.° Dos recursos próprios do Fundo,serão inicialmente realizados vinte milhõesde dólares estadunídenses (US$ ........••20.000.000,00). Estes recursos destinar-se-ãopreferencialmente para financiar estudosde pré-viabilidade, viabilidade e projeto final.
CAPíTULO VDas Formas de Integralização
Art. 7.° A integralização dos vinte milhões de dólares estadunidenses (US$ ...•;20.000.000,00) referida no Artigo anterior,será realizada da seguinte forma:
Argentina •.•... US$ 6.670.000,00Brasil .•...•.•.. US$ 6.670.000,00Bolívia ....•.•.. US$ 2.220.000,00Paraguai ••••••• US$ 2.220.000,00Uruguai •.•••••. US$ 2.220.000,00
US$ 20.000.000,00Art. 8.° As contribuições serão efetuadas
50% em dólares estadunídenses de livreconversibilidade e 50% nas moedas dos respectivos Países Membros, com cláusulas deajustamento às paridades do dólar estadunídense,
Art. 9.° As contribuições da Argentina edo Brasil serão efetuadas no prazo de três
'1972 Sábado 5
anos. As da Bolívia, Paraguai e Uruguai noprazo de dez anos. As contribuições efetuarse-ão em quotas anuais proporcionais.
Art. 10. Os prazos estabelecidos no Ar·tigo anterior serão contados a partir dadata de entrada em vigor do presente Convênio.
Art. 11. A integralização dos restantesoitenta milhões de dólares estadunídenses(US$ 80.000.000,00) será efetuada quandoa Assembléia de Governadores do Fundo assim resolver, com o voto favorável de todos os seus membros.
CAPíTULO VIDo Financiamento de Obras e Estudos
Art. 12. O financiamento de obras seráaprovado para projetos que, além de suavíabíüdade técnica e econômica, interessemao desenvolvimento harmônico e à integração física da Bacia do Prata, de acordocom o Artigo I do Tratado.
Art. 13. Será tomada em conta para aaprovação do financiamento de estudos depré-viabilidade, viabilidade, projeto final eobras, uma distribuição geográfica harmônica entre os Países Membros, considerando-se preferencialmente a Bolívia, o Paraguai e o Uruguai.
Com os vinte milhões de dólares estadumdenses (US$ 2G.000.000,00l inicialmente integralizados, será atendido preferencialmente de estudos de pré-viabilidade, viabilidade' e projeto final, de. acordo com o disposto no ArtIgo 6.°
Art. 14. Para as obras e estudos referidos nos Artigos 12 e 13, dar-se-á prioridade de contratação às firmas consultoras ede engenharia, profissionais e técnicas dosPaíses da Bacia do Prata.
CAPíTULO VII .Da Organização e Administração
Art. 15. O Fundo será administrado poruma Assembléia de Governadores e poruma Diretoria Executiva.
Art. 16. Tanto na Assembléia de Governadores como na Diretoria Executiva, cadaPais Membro terá direito a um voto.
Art. 1'1. Os Governadores, os DiretoresExecutivos e seus Suplentes, serão remunerados pelos seus respectivos Governos.
TíTULO I
Da Assembléia de GovernadoresArt. 18. A Assembléia de Gúvernadores
estará integrada por cinco Membros. CadaPais nomeará um Titular e um Suplente.
Art. 19. Todas as faculdades do Fundoresidirão na Assembléia de Governadores,que poderá delegá-Ias à Diretoria Executiva, com as seguintes exceções:
a) Aprovar o Regulamento do Fundo;b) Aprovar o orçamento anual do Fimdo;e) Decidir sobre a interpretação do Cem-
vênia Constitutivo do Fundo e de seu Regulamento; a modificação do montante derecursos próprios e sua forma de integralização;
d) Propor aos Governos dos Países Membros a modificação do Convênio Constitutivo do Fundo;
e) Contratar auditores externos .naeíonaís dos Países Membros;
1) Considerar o relatório de auditoria, oRelatório, o Balanço Geral e o estado dePerdas e Lucros do Fundo;
g) Decidir sobre a participação de outrospaíses ou organismos no aumento dos recursos próprios do Fundo;
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)
h) Determinar a política de alocação defundos; e
i) Determinar a forma de liquidação doFundo em caso de dissolução.
Art. 20. As declsões relativas às alíneasa), c) , d), g), h) e 1), do Artigo anterior,serão tomadas por unanimidade. Nos demais casos, a Assembléia de Governadorespoderá, por unanimidade, adotar um sis-tema de votação distinto. .
Art. 21. A Assembléia de Governadoresreunir-se-á ordinariamente uma vez porano, na data e lugar onde for celebrada acorrespondente reunião ordinária anual deChanceleres dos Países da Bacia do Prata.
Art. 22. A Assembléia, ao ser constituida, designará um Presidente, dentre os seusmembros titulares, que exercerá o cargoaté a reunião ordinária seguinte. A mudança de Presidente será realizada em formarotativa, seguindo a ordem alfabética dospaíses.
Art. 23. . Em caso de impedimento do Presidente em exercícío, será. o mesmo substítuído interinamente pelo Governador Titu- .lar do pais que lhe segue em ordem alfabética.
Art. 24. A Assembléia poderá se reunirextraordinariamente em lugar e data quea Diretoria Executiva fixar.
TíTULO Ir
Da Diretoria Executiva
Art. 25. A Diretoria Executiva sera Integrada por cinco Membros. Cada pais nomeará um Titular e poderá designar umSuplente.
Art. 26. A Presidência da Diretoria Executiva será exercida por períodos anuais,seguindo a ordem alfabética. dos países,
Art. 27. Em caso de impedimento dePresidente em exercício, será o mesmo substituído interinamente pelo Diretor titulardo pais que lhe segue em ordem alfabética.
Art. 28. A Diretoria será responsável pela condução das operações do Fundo e paraisso exercerá as faculdades que lhe são próprias e todas as que a Assembléia dos Governadores lhe delegar.
Art. 29. São atribuições da DiretoriaExecutiva:
a) Cumprír e fazer cumprir as decisõesda Assembléia de CWvernadores;
b) Conhecer e decidir sobre a concessãode empréstimos, fianças e avais, dentro doslineamentos da política de alocação de fundos estabelecida pela Assembléia de Governadores;
c) Submeter o orçamento anual do Fundoà consideração da Assembléia de Governadores;
d) Submeter anualmente à consideraçãoda Assembléia de Governadores, o Relatório, o Balanço Geral e o estado de Perdase Lucros;
e) Convocar as reuniões extraordináriasda Assembléia de Governadores com o votode pelo menos três de seus Membros;
f) Propor à Assembléia de CWvernadoresreformas do Regulamento do Fundo; e
g) Contratar pessoal técnico e administrativo.
Art. 30. A Diretoria Executiva reunir-'se-á com a freqüência que as operações doFundo o requerem.
Art. 31. As decisões da Diretoria Executiva ajustar;..se-ão ao sistema de votaçãoque o Regulamento e a Assembléia de Governadores estabelecerem.
Outubro de 1974
CAPíTULO VIIIDo Exercício Financeiro, Balanço e
ResultadosArt. 32. O exercício financeiro do Fun
do terá período anuais, cuja data de início será estabelecida pela Diretoria Executiva.
Art. 33. O Balanço Geral Anual e o estado de Perdas e Lucros serão elaboradosno encerramento do exercício financeíro.
Art. 34. O Fundo contratará os serviçosde auditores externos nacíonaís dos PaísesMembros, que se pronunciarão sobre o Balanço Geral e o estado de Perdas e Lucros.
Art. 35. Os resultados que o Fundo obtiver no exercício de suas operações serão incorporados aos recursos do mesmo.
CAPíTULO IX
Da Duração e DissoluçãoArt. 36. O Fundo terá duração ilimitada.Art. 37. Sem prejuízo do disposto no
Artigo anterior, o Fundo poderá ser dissolvido por decisão unânime dos Países Membros. No caso de se retirarem dois ou maisPaíses Membros, a dissolução dar-se-á depleno direito.
Art. 38. Qualquer País Membro poderáretirar-se do Fundo mediante comunicaçãoescrita à Diretoria Executiva do Fundo. Aretirada efetiva se dará ao cumprir-se- oprazo de um ano da referida comunicação.Mesmo depois do afastamento, o pais continuará sendo responsável por todas asobrigações contraídas com o Fundo na datada entrega da notificação da retirada. Arestituição das contribuições efetuar-se-ádepois de canceladas todas as dívidas como Fundo.
Art. 39. No caso de um país signatáriodeixar de ser Membro do Fundo, não teránenhuma responsabilidade quanto aos empréstimos, fianças ou avais, verificados posteriormente ao depósito da denúncia. _
Os direitos e obrigações do país que deíxar de ser Membro serão determinados deacordo com o Balanço de Liquidação Espe~
cial que for elaborado, na data da notificação de seu desejo de retirar-se.
CAPíTULO X
Das Imunidades, Isenções e Privilégios
art. 40. Os bens e demais ativos do Fundo, assim como as operações por ele realizadas, em qualquer dos Países Membros emque se encontrem, gozarão das mesmas imunidades, isenções e privilégios que os acordados entre o COmitê IntergovernamentalCoordenador dos Países da Bacia do Pratae seus Paises Membros.
Art. 41. Os Governadores e Direto~es.
seus Suplentes e os funcionários técnicos eadministrativos do Fundo, que não foremnacionais do pais em CJ.Ue desempenhemsuas funções, gozarão nos -mesmos de idênticas imunidades, isenções e privilégios,quanto a pessoas e bens, que as acordadasa funcionários do Comitê Intergovernamental Coordenador dos Países da Bacia doPrata.
CAPíTULO XIDas Disposições Finais
Art. 42. O presente Convênio entraráem vigor trinta dias depois de depositadosos instrumentos de ratificação de todos osPaíses Contratantes. Os instrumentos deratificação serão depositados na sede doComitê, Intergovernamental Coordenadordos Países da Bacia do Prata. .
Art. 43 A assinatura e ratificação dopresente Convênio não poderão ser objetode- reservas.
Outubro de 1974 DIÁRIO DO CONGRESSQ NACIONAL (Seção I) Sábado 5 7~73
Art. 44 No prazo de trinta dias a' partirda entrada em vigor do presente Convênio,os Países Membros comunícarão à Secretariado Comitê Intergovernamental Coordenador dos Países da Bacia do Prata os ;nomes das pessoas designadas como Governadores e Diretores Executivos,
Art. 45 No prazn.de trinta dias a partirda data em que tenham sido acreditados osGovernadores e Diretores Executivos dosPaíses Membros, o Comitê Intergovernamental Coordenador dos Países da Bacia doPrata convocará a primeira reunião da Diretoria Executiva, com a finalidade de preparar o Regulamento e o Orçamento do
'Fundo, devendo submeter os respectivosprojetos à Assembléia de Governadores,dentro de um prazo de sessenta dias..
Art. 46 A sede permanente do Fundo será estabelecida pelo Comitê Intergovernamental Coordenador dos Paises da Bacia. doPrata.
Feito na cidade de Buenos Aires, Capitalda República Argentina, aos doze dias domês de junho do ano de mil novecentos esetenta e quatro, em dois textos autênticosnos idiomas português e~espanhol
Pelo Governo da República da Bolívia,Alberto Guzman Soriano, Ministro de Relações Exteriores e culto.
Pelo Governo da República do Paraguai,Raul Sapefía Pastor, Ministro das RelaçõesExteriores.
Pelo Governo dá República Federativa doBrasil, Antônio F. Azeredo da Silveira, Ministro de Estado das Relações Exteriores.. Pelo Governo da República Oriental doUruguai, Juan Carlos Blanco, Ministro dasRelações Exteriores.
Pelo Governo da República Argentina, Alberto Juan Vignes, Ministro de Relações Exteriores e Culto.'
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - HáIIlObre 'a mesa e vou submeter a votos a seguinte
Redação FinalPROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
N.o 162-B/1974Aprova o texto do Oonvênío Consti
tutivo do Fundo Financeiro para o Desenvelvimento da Bacia do Prata, firmado entre o Governo da República FederatiVa do Brasíle os Governos daArgentina, Bolívia, Paraguaí e Uruguai,em Buenos Aires, a 12 de junho de 1974.
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica aprovado o texto do Convê
nio Constitutivo do Fundo Financeiro parao Desenvolvimento da Bacia do Prata, firmado pelo Governo da República Federativa(lo Brasil e os Governos da Argentina, Bolívia, Paraguai e Druguaí, em Buenós Aires,em 12 de [unhd de 1974.
Art. 2.° Este decreto legislativo entraráem vigor na data de sua publicação.
comíssão de Redação, 4 de outubro de1974. - Cantídio Sampaio, Presidente, Sylylo Botelho, Relator.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OsSrs. que a aprovam queiram ficar como e.stão. (Pausa.)
Aprovada.V·ai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) _
Discussão üníca do Projeto de DecretoLegislativo n.O 163-A, de 1974, que aprova(l texto do Acordo sobre CO-PrOdução Cinematográfica, firmado entre a República Federt;>tiva do Brasil e a Repúblk:a Federal da
Alemanha, no dia 20 de agosto de 1974, emBrasília; tendo pareceres: da Comissão deOonstttulçâo e Justiça, pela constitucionalidade e [urídíeídade; e, da Comissão deEconomia, Indústria e Comércio,' pela aprovação. (Da Comissão d'C Relações ExterioJ:'es- Mensagem n.o 428/74) Relatores: Srs.Manoel Taveira, Luiz Braz e Wilmar Dallanhol ,
O SR. :PRESIDENTE (Luiz Losso) - Nãohavendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
Vai-se passar .à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Vou
submeter a votos o. seguinte
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON.o 163-A, de 1974 '
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica aprovado ÍJ texto do Acordo
sobre Co-Produção Cinematográfica, firmado entre a República Federativa do Brasile a República Federal da Alemanha, no dia20 de agosto de 1974, em Brasília.
Art. 2.0 Este Decreto Legislativo entraem vigor na data de sua publicação.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OsSrs. que o aprovam queiram ficar comoestão. (Pausa.)
Aprovado.Vai à Redação Final.
ACORDO ENTRE O GOVERNO DA REP'OBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E OGOVERNO DA REPÚBLICA FEDERALDA ALEMANHA SOBRE CO-PRODUÇãOCINEMATOGRAFICA.O Governo da República Federativa do
Brasil e o Governo da Repúblicac Federalda Alemanha convieram no seguinte:
Artigo LOAs' Partes Contratantes procederão, com
os filmes realizados em co-produção, deacordo com as legislações vigentes nos doispaíses e segundo os díspósítívos que seguem.
Artigo 2.°(1) De acordo com as legislações dos
dois países e segundo as disposições queseguem, as Partes Contratantes considerarão como filmes nacionais os filmes realizados em co-produção, sujeitos ao presenteAcordo, e concederão- as autoneações necessárias conforme as respectivas legislações vigentes.
(2) O produtor receberá subvenções edemais vantagens financeiras, que são concedidas no território de uma das PartesContratantes, conforme a respectiva legísIação,
(3) Os filmes realizados em co-produçãopoderão ser explorados sem quaisquer restrições nos territórios de ambas as PartesContratantes.
Artigo 3.0Um filme de longa metragem realizado
em co-produção germano-brasileira deverásatisfazer as seguintes condições:
1. O contrato de produção deverá determinar o produtor responsável pela produção do filme;
2. Ambos os produtores deverão 'contribuir financeira, artística e tecnicamentepara a co-produção:
ao) o produtor minoritário terá, obrigatoriamente, no custo de produção, a partiCipação minima de trinta por cento;
b) as contribuições ártísticas e téP'1icasdeverão corresponder à percentagem daparticipação financeiraj. .
e) os colaboradores técnicos e artísticosdeverão ser, em princípio, de nacionalidadedas Partes Contratantes, pertencer ao seuperímetro cultural ou ter a sua residência.permanente no território das Partes Contratantes;
d) deverão ser da nacionalidade da ParteContratante à qual pertencer ° produtorcom a participação financeira minoritária,ou pertencer ao meio cultural desta ParteContratante ou ter sua residência permanente no território dessa Parte Contratante, no mínimo o diretor ou o assistente ouum dos técnicos participantes, um autor ouadaptador de diálogo, bem como um atorprincipal e um número adequado de ato-res coadjuvantes. .
3. Para filmagens de estúdio, somentepoderão ser utilizados estúdios de um terceiro país se o tema exigir tomadas exteríores no mesmo; neste caso, será limitadoa trinta por cento, no máximo, o total dafilmagem.
Será admissível exceder-se esta quota detrinta por cento se a maior parte do filmefor rodada em cenários originais de outrospaíses.
4. As versões definitivas do filme deverão ser em idioma alemão e português,salvo trechos do diálogo para os quais oroteiro prescreva uma outra língua.
5. Para cada produtor serão extraídosum negativo ou um contratipo.
6. As cópias destinadas à exploração dofilme deverão ser executadas no territórioda Parte Contratante em cuja língua forfeita a versão.
7. O letreiro de cada cópia e a publícída-,de do filme deverão conter, além do nomee da sede comercial dos produtores, a indicação de que se trata de uma co-produçãogermano-braaíleíra, Esta obrigação estender-se-á, também, á apresentação do filmeem programações artístícas El culturais, especialmente em festivais cinematográficos.
8. A distribuição das rendas obtidas emregiões de exploração não exclusivas deverácorresponder à participação dos produtoresno custo de produção. Será garantida a livre transferência destas rendas.
9. Se um filme resultante de co-produção for exportado a um 'terceiro pais, noqual estiver limitada numericamente a importação de filmes, o filme irá, em principio, por conta da quota daquela Parte Contratante, em cujo território o produtor, coma participação financeira majoritária, tivel1sua residência ou sua sede. Quando idêntica.a participação financeira, o filme irá porconta da quota da Parte Contratante quefornecer o diretor. Caso uma das PartesContratantes dispuser de possibilidades deimportação livre no país importador, estapossibilidade será aproveitada para co-produção.
Artigo 4.°(1) Será considerado co-produção, no
sentido do presente Acordo, também um filme realizado por produtores de ambas asPartes Contratantes com produtores de terceiros países que /concluiram acordo de coprodução com uma das Partes Contratantes, na medida, que forem cumpridas ascondições estipuladas no Artigo 3.°; nestecaso, o outro país também será consideradoParte Contratante.
(2) A participação financeira míníma deum produtor numa co-produção, de acordocom o item 1; poderá ser, ao contrário doque estabelece o Artigo 3.°, item 2, a, devinte por cento, se ° total do custo de produção do filme exceder DM 2.000.000,00(dois milhões ue marcos alemães). .
'~74 Sábado 5 DJAnIO DO ~ONGRESSO NACIONAL (S~lio I) Ouiub.l'O de 19'74
Artigo 5.0As Partes Contratantés examinarão a
possibilidade de. conceder as vantagens deco-produ{,lão também aos fUmes de curtametragem.
Artigo·l$~o
Se, em casos excepcionais justiticados, forem contratados colaboradores, com Inob~rvância do disposto no Artigo 8.°, item 2,B, as autoridades competentes das PartesContratantes consujtar-se-ão mutuamentea respeito. Poder-se-á. dar preferência à.
,c01lt),'ataçâo de um diretor e de um atol.'principal de renome internacional de umterceiro pais, 'sempre que sua colaboraçãoassegurar ao f1lme maiores possibilidadesde venda no mercado internacional.
ArtJgo '/.o
(1) Requerimentos para a concessão 'deuma autorização para a produção do filme,necessária segundo a legislação nacionalrespectiva, deverão ser apresentados à autoridade competente da Parte Contratante,no mínimo quatro semanas antes do iníciodOÁ! trabalhos de rodagem. O requerente deverá juntar. ao requerimento os documentosconstsntes do Anexo ao presente Acordo.
(2) Uma segunda via do requerímentoG dos documentos deverá ser remetida àautoridade da outra Parte Contratantecompetente para a concessão de uma autorização ou de um certificado, transmitidos,na ocasião, eventuais impedimentos à real1zação do projeto.
Artigo 8.°
(1) As autoridades competentes de ambas as Partes Oontratantes ínrormar-se-ãoperiodicamente sobre a concessão, recusa,modírícaçâo e revogação das autorizaçõesde eo-produçân.
(2) Antes de recusar um requerimentopara a concessão, de uma autorização, a.autoridade competente consultará a autorídade da outra Parte oonteatante,
Artigo 9.°As disposições do presente Acordo serão
aplicadas também após sua expiração aeo-prodnçêes que tiverem sido autorizadasdurante sua vigência.
Artigo 10
Os requerimentos de "visto" e de licençll.de permanência para colaboradores artísticos e técnicos numa co-produção serãoexaminados com espírito de tolerância. Asauooridades das Partes Contratantes concederão qualquer facilidade possível para aimportação e ·exporta~ão dp material e doequipamento técnico nece,ssário para a produção e exploração de uma co-produção.
Artigo 11(1) Durante a vigência do presente Acor
do, a pedido de ama Parte Contratante,reunir-se-á uma Comissão Mista na República Federal da Alemanha e na RepúblicaFederativa do Brasíl, alternadamente. OChefe da Delegação alemã será um membrodo Ministério Federal da Ecenomia e oOhefe da DelegaçãO brasileira será um representante do Instituto Nacional do Ci-nema. .
Também técnicos poderão pertencer à C.omissão Mista.
(2) A Comissão Mista terá a tarefa deverificar e elimin.ar dificuldades na execur;:íJ.o do presente Acordo e de, eventuaímen:te, deliberar e propor novas .resoluções.
(3) os filmes que quanto à -rorma e aoelenco divergirem, substancialmente, do roteiro aprovado pelas Partes Contratantes,através de seus órgãos competentes, serão
excluídos das vantagens concedidas P01'esteAcordo.
Artigo lZo presente Acordo será válido o "Land"
Berlim, salvo se o Governo da República.Federal da Alemanha se manifestar emsentido contrário junto ao Governo da República Federativa do Brasfl, dentro de trêsmeses após a entrada em vigor do Acordo.
Artigo 13(1) O presente Acordo entrará em vigor
a partir da data em que os dois Governosnotificarem um ao outro o cumprimento dasrespectivas formalidades legais internas para a sua vigência.
(2) O Acordo vigorará pelo prazo de umano e será prorrogado por períodos sucessivos de um ano, a menos que uma das Partes Contratantes o denuncie por escrito pelomenos três meses antes da data de sua expiração.
Feito na cidade de Brasília, aos 20 diasdo mês de agosto de 1974, em dois originais,nas línguas portuguesa e alemã cada um,sendo. ambos os textos igualmente autênticos.
Pelo Governo da República Federativa doBrasil: Antonio F. Azeredo da Silveira.
Pelo G<lverno da República Federal daAlemanha: Hans-Georg Saehs,
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) _ Hásobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte
Redação Final
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON.o 163-B/1974
Aprova o texto do Acordo sobre 00Pl'Odução Cinematográfica, finnado entre a República Fed6l'lrliva do Brasil ea República Federal da Alemanha, nodia 20 de agosto de 1974, em Brasília.
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica aprovado o texto do Acor
do sobre C<J~Produção Oinematográfica, firmado entre a República Federativa do Bra811 e a Riepública Federal da Alemanha, nodia 20 de agosto de 1974, em BraBília.
Art. 2.0 Este decreto legislativo entraráem vigor na data de sue. publicação.
Comissão de Redação, 4 de outubro de1974. - Cantidio Sampaio, PresídenteçBylvio Botelho, Relator.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) ~ OSsra que a aprovam queiram ficar comoestão. (Pausa.)
Aprovada.Vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) -
Discussão única do Projeto de Decreto Legislativo n.o 166-A, de 1974, queaprova o texto do Esta.tuto da OomillBáoLatina-Americana de Viação Civil(OLAO), concluído na cidade do México,a 14 de dezembro de 1973; tendo pareceres: da Oomíssão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade e juridicidade; e,' da Comissão de Transpor~
tes, pela aprovação. (Da Comissão deRelações Exteriores - Mensagem n.o422/74.) Relatores: Srs. Marcelo Linhares, Luiz LoS80 e João Guido.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) _ Nãohavendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
Vai-BC passar à VlltaQãoda maté.ria.
o SR. PRESIDENTE (Luilll J.osso) - Vousubmeter a votos o seguinte
l'ROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON.o 166-A, DE 1974
O Congresso' Nacional decreta:Art. 1.° Fica aprovado o Texto do Esta~
tuto da comíesão Latino~Americana deAviação Civil (CLAC) , concluído na cidadl'tdo México, a 14 de dezembro de 1973.
Art. 2.° Este Decreto Legislativo entraem vigor na data de sua publicação. .
O SR. PRESIDENTE (Luilll Losso) -- OSSrs. que o aprovam queixam ficar como estão. (Pausa.)
Aprovado.Vai à Redação Final.
ESTATUTODA COMISSAO LATINO-AMErEUCANA
DE AVIAÇAO CIVILCOLA0)
Capítulo I - ConstJtuiçãoArtigo 1. .As Autoridades de Aviação 01
vil dos Estados participantes das deliberacõesua Segunda Conferência Latino-Americana de Autoridades Aeronáuticas celebil:ada no México, em dezembro de 1973, esta.belecem pelo presente instrumento a eJomil:J:São Latino-Amepcana de AvíaQão CítVil,a fím de alcançar a maís ampla eolaboração para resolver os problemas de aviR!l!ãocivil na área geográfica indicada no Artigo2.
Artigo 2. Poderão integrar a ColUiS~ãoLatino-Americana de AViação Civil, queadiante se denominará índístfntaménte; aComissão ou a CLAC, somente os Estadossituados na América do Sul, América. Central, incluindo o Panamá, México e os Estados do Caribe, área geográfica que parll.os fins do presente instrumento se denQminará América Latina.
Artigo 3. A CLAC é um organísmo de caráter consultivo e suas conclusões, recomendações e resoluções estarão sujeitas à.aprovação de cada um dos G<lvernos.
Oapítulo D - Objetivos e FunçõesArtigoit. A Comissão tem como objetivo
primordial prover as autoridades de avia.-'ção civil dos Estad08-membros de uma estrutura adequads, dentro da quallle ];lOSÁiamdiscutir e planejar todas as medidas requelidas para a eooperação e coordenação dasatividades de aviação cívil. ,
Artigo 5. Para o cumprimento de seusfins, a Comissão desempenhará todas Mrunções necessárias, e em particular: .
a) Propiciar. e apoiar a coordenação ecooperação entre 08 Estados da Região,para o desenvolvimento ordenado e a melhor utilização do tl;'ansporte aéreo dentro.para e desde a América Latinll..
b) Levar a termo estudos econômicos sobre o transporte aéreo na Região.
c) Promover um maior intercâmbio deinformação estatÚlticaentre os I!'.8tadoamembros, mediante uma melhor- e oportuna notificação dos formulárioa da OAC1e o fornecimento de outra informação estatística que se decída. compilar em base regional.
d) Encorajar a aplicação das normas emétodos recomendados pela OAC:r em matéria de facilidades e propor medídas suplementares para lograr um desenvolvimentomais acelerado no sentido de facilitar o movimento de passageiros, carga e eorreío den.ti'D da Região.
e) Propiciar acordo entre os Estados daReiião qUll contribUa para a melhor WUl-
Outubro de 19"14 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 1) 7975
euçâo dos planos regionais da OACI, para oestabelecímento das instalações e serviçosde navegação aérea e a adoção das' especificações da OACI em matéria de aeronavegabilidade, manutenção e operação deaeronaves, licenças do pessoal e ínvestíga-'cão de acidentes de aviação.
f) Propiciar acordos para a instrução dopessoal em todas as especialidades daaviação civil.
g) Propiciar acordos coletivos de coperação técnica na América Latina no campo da aviação civil, com vistas a obter amelhor. utilização de todos os recursos dísponíveís, particularmente aqueles providosdentro da estrutura do Programa das Na-'ções Unidas para o Desenvolvímento,
Capítulo III - Relações com a OACI eOutros Organismos Internacionais
Artigo 6. A Comissão manterá relaçõesestreitas com a 01\:CI a fim de -assegurara harmonização e coordenação de suas atí.vídades com os objetivos e programas daOACr. '
Artigo 7. A Comissão poderá manter relações de caráter consultivo com a Organízação dos Estados Americanos (OEA) , a
'Comissão Econômica das Nações Unidaspara a América Latina (CEPAL), a Associação Latino-Americana de Livre Comércio(ALALC), a Junta do Acordo de Cartágena(Pacto Andino) , o Mercado Comum CentroAmericano (MCCA), -e a Associação de Livre Comércio do Caribe WARIF'I'A), a fimd~ cooperar com estes organismos, prestando-lhes assistência no campo da aviaçãocivil. Também poderá estabelecer relaçõescom a Comissão Européia de Aviação CivilWEAC) , a Comissão Africana de AviaçãoCivil WAFAC), e com qualquer outra organização segundo se julgue conveniente ounecessário.Capítuló IV - ()rganização e Dísposíção
de TrabalhoArtigo 8. São órgãos da Comissão, a
Assembléia e o Comitê Executivo.ArtigO 9. A Assembléia, formada pelos
representantes dos Estados-membros, celebrará reuniões ordinárias pelo menos umaves, cada dois anos.
Artigo 10. A Assembléia celebrará reuniões extraordinárias por iniciativa do 00mítê Executivo, ou quando o referido Comitê receba solicitação subscrita pela maioriados Estados-membros da Comissão.
Artigo 11. As reuniões ordinárias e extraordinárias requerem para arealízação desuas sessões um quorum da maioria dosEstados-membros.
Artigo 12. As conclusõcs,recomendaçõesou resoluções da CLAC serão tomadas pordeliberação da Assembléia, na qual cadaEstado terá díreíto a um voto. Salvo o disposto no Artigo 25, as decisões da Assembléia serão tomadas por maioria dos Esta-dos representados. '
Artigo 13. Em cada reunião ordinária, aAssembléia:
a) 'Elegerá seu Presidente e três Vice-Presidentes, levando em consideração uma representação geográfica adequada.
b) Estabelecerá o programa de trabalhoa ser executado até o final do ano em quese espera terá lugar a Assembléia Ordinária seguinte.
Artigo 14. A Assembléia determinarásua própria organização interna, disposições e procedimentos de trabalho, podendoconstituir comitês e grupos de trabalho e deperitos para estudar aspectos especírícosdos assuntos de que tratam os Artigos 4 e 5deste Estatuto. Poderá também constituirgrupos de trabalho para estudar e discutir
aqueles dos referidos assuntos que sejamsomente de interesse para um grupo determinado de Estaçlos-membros da CLAC.
-Artígo 15. O Oomitê Executivo, formadopelo Presidente e Vice-presidentes, eleitospela Assembléia, administrará, coordenaráe dirigirá o programa de trabalho estabelecido pela Assembléia, podendo formar comitês e grupos de trabalho ou de peritos,sempre que seja necessário.
Artigo 16. Haverá uma Secretaria queserá organizada pelo Comitê Executivo deacordo com as normas e instruções dadaspela Assembléia e as disposições do presente Estattj:to.
Artigo 17. As atuações e decisões dosórgãos da CLAC contemplarão as necessidades e aspirações partículares e comunsdas sub-regiões e considerarão as propostase confusões das comissões sub-regionais quese estabelecerem ou funcionarem para tratar de suas questões e interesses.
Artigo 18. Os Estados deverão estar representados nas reuniões da CLAC por delegados em número, nivel e competênciaapropriados aos problemas que devam .ser discutidos. Os chefes de delegação, nasAssembléias, deverão ser normalmente osfuncionários de mais alto nível diretamente responsáveis pela administração de aviação civil internacional de seus respectivospaíses, e nas outras reuniões funcionáriosde aviação civil de alto nível.
Capífulo V - Questões Financeiras
Artigo 19. Em: cada reunião ordinária, aAssembléia preparará e aprovará um orçamento aproximado dos gastos diretos desuas atividades, de acordo com o programade trabalho previsto para os anos seguintes,até o final do ano em que se espera quetenha lugar a próxima Assembléia Ordinária.
Artigo 20. O Comitê Executivo da CLACpoderá modificar este orçamento medianteconsulta aos Estados-membros. No caso emque o referido orçamento deva ser aumentado, será requerida a aprovação prévia damaioria dos referidos Estados.
Capítulo VI ..... Assinatura, Aprovaçãoe Emenda
Artigo 21. O presente Estatuto estaráaberto à assinatura de todos os Estadosmencionados no ArtigQ 2, a partir de 14 dedezembro de 1973, na Cidade do. México,D.F.
Artigo 22. O presente Estatuto será submetido à aprovação dos Estados signatários.As notificações de aprovação serão depositadas junto à Secretaria de Relações Exteriores dos Estados Unidos Mexícanos.
Artigo 23. O presente Estatuoo entraráem vigor provísoríamente a partir do dia 14de dezembro de 1973 e em forma definitivadepois de haver sido aprovado por 12 Estados dentre os mencionados no Artigo 2.
Artigo 24. Para 'se retirar da Comissão oEstado interessado deverá dirigir a nctítícação respectiva à Secretaria de RelaçõesExteriores dos Estados Unidos Mexicanos,que efetuará as comunicações correspondentes à Comissão e aos E:;;tados-membros.A retirada produzirá efeito seis meses depois de recebida a notificação.
Artigo 25. O presente Estatuoo poderáser emendado por uma maioria de dois terços dos E:;;tados-membros.
Capítulo VII - Disposições Finaise Transitórias
Artigo 26. Os idiomas de trabalho daOomíssâo serão o espanhol, o português e oinglês.
Artigo 27. Sob reserva de aprovaçãodo Conselho da OACr, os servíços de Secretaria da CLAC, para estudos, reuniões, correspondência, manutenção de arquivos equestões semelhantes, serão proporcionadospela Secretaria da OAcr através do Escritório Regional Sul-Americano,
Artigo 28, Sob reserva de aprovação doConselho da O,ACr, os '!;a:;;tos indiretos inerentes às atividades da CLAC serão custeados pela OACI. Os gastos diretos serão cobertos pelos Estados-membros da Oomíssão,porém a OACI poderá adiantar os fundosnecessários.
Artigo 29. Os gastos diretos custeadospela OACI decorrentes das atividades daCLAC, serão dístríbuídos entre os Estadosmembros da Comissão, proporcionalmenteà percentagem de sua contribuição ao orçamente da OACI para o exercício a que correspondam os referidos gastos.
Artigo 30. Os gastos diretos em que hajaincorrido a OACr de conformidade com oprevisto no Artigo anterior, serão 'recobrados dos Estados-membros da Comissão sobforma de contribuição complementar à queos Estados-membros da Comissão pagamnormalmente para cobrir os gastos da OACI.
Artigo 31. A CLAC elegerá um Presidente e três Vice-Presidentes provisóriosdurante a Conferência de AutoridadesAeronáuticas a que se faz referência noArtigo 1 deste Estatuto, os quais desempenharão seu mandato até o encerramento daprimeira Assembléia Ordinária da CLAC.
Artigo 32. A primeira Assembléia Ordinária da CLAC se realizará no local e datadeterminados pela Conferência de Autoridades .Aeronáutícas a que se faz referênciano Artigo 1 deste Estatuto, e na medida dopossível, deverá' realizar-se ao mais tardarno terceiro trimestre de 1974 e antes darealização do 21.° Período de Sessões daAssembléia da OACI.
-Artigo 33. O Comitê Executivo constituído de conformidade com o Artigo 31,preparará um projeto de Regulamento Interno das reuniões da CLAC que será submetido à consideração dos Estados-membros. Com base neste projeto e com asobservações recebidas dos E:;;tados-membros,o Comitê Executivo aprovará o Regulamcrrto Interno Provísórío das reuniões da CLACque se aplicará durante a realização da primeira Assembléia Ordinária, por ocasião daqual se aprovará o Regulamento definitivo.
Artigo 34. O Comitê Executivo constítuido de conformidade com o Artigo 31,preparará e submeterá à consíderaçáo daprimeira Assembléia Ordinária da CLAC oprograma de trabalho e o -orçamento degastos diretos correspondentes aos anos de1975 e 1976.
Feito na Cidade do México, Distrito Federal, aos quatorze dias do mês de dezembrode mil novecentos setenta, e três.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Hásobre a mesa e vou submeter a votos a se·,guinte
Redação Final
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON,o 166-B11974
Apl'ova o texto do Estatuto da Comissão Latino-Americana da AviacãoCivil (CLAC), concluído na cídade "doMéxico, a 14 de dezembro de 1973.
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica aprovado o texto do Esta,·
tuto da Comissão Latino-Americana deAviação Civil (CLAC), concluído na cídadedo México, a 14 de dezembro de 1973.
'1976 Sábaüo
Art. 2.0 Este decreto legislativo entraráem vigor na data de sua publicação.
Comissão de Redação, 4 de outubro de1974. ~ Cantídio Sampaio, PresidenteSylvio Botelho, Relator.
O SR. PRESIDENTE (Lúiz Losso) - Os8rs. que a aprovam queiram ficar como estão, (Pausa.)
Aprovada.
Vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso)
Discussão única do Proj eto de Decreto Legislativo n,v 167-A, de 1974, queaprova o texto do Acordo de Intercâmbio de Jovens Técnicos, firmado entreo Governo da República Federativa doBrasil e o Governo dos Estadüs UnidosMexicanos, em Brasília, a 24 de julhode 1974; tendo pareceres: da Comissãode Constituição e Justiça, pela constitucionalidade e [urldíeldade; e da Comissão de Educação e Cultura, pela aprovação. (Da COmissão de Relaçóes Exteriores - Mensagem n.O 390/74.) Relatores: Srs." Henrique Turner, LysâneasMaciel e Mauricio Toledo.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Nãohavendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
Vai-se passar à votação da matéria.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Vousubmeter a votos o seguinte .
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON.O 167-A, de 1974
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 Fica aprovado o Acordo de Intercàmbto de Jovens Técnicos, firmado entre o Governo da República Federativa doBrasil e o Governo dos Estados Unidos Mexícanos, em Brasília, a 24 de julho de 1974.
Art. 2.° Este decreto entrará em vigorna data de sua publicação.
Art. 3.° Revogam-se as disposições emcontrário.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Os8rs. que o aprovam queiram ficar como estão. (Pausa.)
Aprovado.
Vai à Redação Filial.
ACORDO ENTRE O GOVERNO DA REPúBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E OGOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS MEXICANOS 'PARA ESTABELEOER UMPROGRAMA DE INTEROAMBIO DE JOVENS 'rlllONICOS.
O Governo da República Federativa doBrasil e o Governo dos Estadós Unidos Mexicanos concordaram, com fundamento noAcordo Básico de Oooperação Técnica eCientifica assinado em 24 de julho de 1974,em estabelecer um programa de intercâmbio de jovens técnicos brasileiros e mexicanos, com base no seguinte:
Artigo I
As Partes prepararão um programa deintercâmbio de jovens técnicos brasileirose mexicanos visando a fortalecer e ampliaros programas de formação de recursos humanos mediante cooperação mútua.
Artigo II
1. Para fins do presente Acordo, os participaJ;ltes do programa de intercâmbio deverão reunir os seguintes requisitos:
a) ser de nacionalidade brasileira ou mexicana;
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I)
b) ser formados por escolas tecnológicasde nivel médio, estudantes universitários oudiplomados por Universidade;
c) ter entre dezoito e trinta anos de idade;
d) gozar de boa saúde física e mental;e) satisfazer os requisitos específicos da
instituição onde forem realizar seu treinamento ou especialização.
2. Qualquer caso não previsto nas condições gerais acima será considerado deforma especial.
Artigo IIIAs áreas de trabalho, treinamento ou es
pecialização serão, entre outras que se determinarão posteriormente, as seguintes:irrigação, ecologia, bioquímica, petroquímíca, pesquisa agrícola, metalurgia, física doestado sólido, eletrônica, oceanografia, apoioà pequena e média empresa, assistência gerencial, admínístraçâo de programas detreinamento, assessoria empresarial, bancosde desenvolvimento, normalízação, registroe negociação de transferência de tecnologia,sistemas de propriedade industrial, informação técnica para a indústria e controlede qualidade.
Artigo.IV
O período de treinamento ou especialização variará, em princípio, de quatro a dozemeses para cada partícípante..
Artigo VOs órgãos responsáveis pela organização
e execução do programa de ínterc. .nbío serão, por parte do Brasil, o DepartamentoCultural do Ministério das Relações Exteriores e, por parte do México, o OonselhoNacional de Ciência e Tecnologia em coordenação com a Secretaría de Relações Exteriores. '
Artigo VIAnualmente, os órgãos responsáveis de
terminarão de comum acordo:
a) o número de participantes do programa;
b) o valor do estipêndio periódico atribuído aos participantes;
c) o valor e as condições dos seguros devida, médico e contra acidentes, dos participantes;
d) as formas práticas de operação do pro-grama. .
Artigo VIIA seleção prévia dos participantes será
efetuada pelo órgão responsável pelo programa no país de origem. A lista de candidatos será remetida à Embaixada da Parteque recebe para que seja encarnínhada aoórgão responsáveL O órgão responsável daParte que recebe será o que dará aprovação final e se encarregará da preparaçãoe execução do programa de treinamento ouespecialização.
Artigo VIII
Serão 'de responsabilidade do país de orí-gem: '
a) os gastos de transporte internacionalde ida e volta de seus participantes entreo lugar de procedência e a capital do paísque recebe;
b) os gastos de estada dos purtãcipantes,incluindo hospedagem, alimentação e outros, por meio do pagamento do estipêndioperiódico a que se refere o inciso b) do artigo VI do presente Acordo.
Outubro· de 1974
Artigo IX
Serão de responsabilidade do país que recebe:
a) os gastos com a organização e com aexecução dos programas de treinamento eespecialização dos participantes, inclusivetaxas acadêmicas ou de outra natureza;
b) os gastos com transporte interno dosparticipantes, necessários ao cumprimentodo programa aprovado;
c) os gastos com assistência médica, serviço dentário de emergência, seg)u'Os devida e contra acidentes. (
Artigo X .
Ambas as Partes facilitarão aos participantes o maior contato possível com manifestações culturais do país que visitam.
Artigo XI
Os órgãos responsáveis pela execução doprograma de íntercâmbio supervisionarãoperiodicamente o seu desenvolvimento, como objetivo de garantir a obtenção dos melhores resultados possíveis.
Artigo XII
Outros pormenores e aspectos práticos doprograma não mencionados no presenteAcordo serã.o resolvidos por consulta entreos órgãos responsáveis pela execução doprograma, por via diplomática.
Artigo XIII
Cada uma das Partes notificará a outrada conclusão das formalidades legais necessárias à vigência deste Acordo, o qualentrará em vigor a partir da data da última dessas notificações.
Artigo XIV,O presente Aeordovígerá inicialmente por
três anos e poderá ser tacitamente prorrogado por igual período, salvo denúncia porqualquer uma das Partes mediante nottrrcação à outra com seis meses de antecedência.
Artigo XV
o presente Acordo é firmado em quatroexemplares, dois em língua portuguesa edois em língua espanhola,. sendo todos ostextos igualmente autênticos. '
Feito na cidade de Brasília, aos vinte equatro dias do mês de julho de 1974.
Pelo Governo da República Federativa doBrasil: Antônio F. Azeredo da Silveira.
Pelo Governo dos Estados Unidos Mexica,;nos: Emílio O. Babasa,
O SE. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Hásobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte
Redação FinalPROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
N.o 167-B11974
Aprova o texto do Acordo de Intercâmbio de Jovens Técnicos, firmadoentre o Governo da República Federativa do Brasil e ·0 G.overno dos EstadosUnidos Mexicanos, em Brasília, a 24 (tejulho de 1974.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 Fica aprovado o Acordo de Intercâmbio de Jovens Técnicos, firmado entre o Güverno da República Federativa doBrasil e o Governo dos Estados Unidos Mexicanos, em Brasília, a 24 de julho de 1974.
Art. 2.0 Este decreto legislativo entraráem vigor na data de sua publicação.
Comissão de Redação, 4 de outubro de '1974. - Cantídio Sampaio, PresidenteSylvio Botelho, Relator. '
Outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 "1977
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OsSrs. que a aprovam queiram ficar como estão. (Pausa.)
Aprovada.Vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Luiz 1,0550)
Discussão única do Proj eto n.on.o 2, 242-A, de 1974, que ::rltera a LeiOrgânica da Previdência Social no tocante à contribuição do trabalhador autânomotendo pareceres; da Comissãode Constituição e Justiça, pela constitucionalidade e jundtcíoade; e, das Comissões de Trabalho e Legislação Sociale de Finanças, pela aprovação. (Do Poder Executivo - Mensagem' n. O 431/74.)Relatores: 81'S. Luiz Braz; Roberto Gal- ,vaní e Ildélio Martins.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Tem'a palavra o Sr. José Alves, para discutir oprojeto.
O SR. JOSÉ ALV:BS - (Sem revisão doorador.) Sr. Presidente, Srs. Deputados, oProjeto de Lei ~.o 2.242-A/74 provém doExecutivo que, através de mensagem, solicita a providência legislativa a esta Casa.Na verdade, merece apoio a iniciativa do'Governo, constante da Exposição de Motivos GM-003/74 do Ministro da PrevidênciaSocial, Sr. Nascimento e Silva,
A alteração proposta corrige a famosaLei n.°(5.890, de 8 de junho de 1973, quealterou vários dispositivos da Lei Orgânica da Previdência Social. Esta Casa aindaestá, certamente bem lembrada de toda acontrovérsia gerada quando da apreciaçãodessa lei. Eu mesmo, por diversas vezes,disse desta tribuna que aquele diploma legal era bastante prejudicial ao trabalhador. Na verdade, pela análise que fiz à épo-
.ca das alterações sugeridas para a Lei Orgânica da Previdência SOCial, tinha-se porobjetivo não aperfeiçoar a legislação daPrevidência Social, mas 'atender a finalidades de ordem contábil, da economia própria do Instituto Nacional de, PrevidênciaSocial. Era, no fundo, uma lei para darrecursos ao INPS, mais do que para trazerqualquer vantagem ou aperfeíçoamento ao
,sistema de previdência social. Ora, Sr. Presidente, ainda hoje, pelo Brasil afora, ossegurados, aqueles que contribuem para aPrevidência Social, não se conformam comdetermínados dispositivos da legislação,que, na verdade, representaram um retrocesso, ferindo até mesmo direitos adquiri<los. E, no caso, eram mesmo direitos adquiridos, e não aqueles famosos vícios consolidados que se atribuem a uma frase doMarechal Castello Branco. Quando se falava em direitos adquiridos, S. Ex.a muitasvezes suspeitava. de que eram vícios. consolidados, e não direitos adquiridos. Nestecaso eram efetivamente direitos adquiridosque foram violados. Mas, na época, quem'falasse que aquela lei não tinha falhas eramal visto. Dizia-se que a lei era completa,que nada havia a ser corrigido na iniciativado Executivo. Agora vemos o eficiente Ministro da Previdência. e Assistência Socialpropor uma série de providências tendentesa dinamizar o sistema da Previdência Social. Há mesmo um farto material que.eomprova a eficiência do novo Ministro:na Ordem do Dia de hoje estamos examinando três projetos de lei decorrentes demensagem do Executivo, e os três projetostiveram origem no Ministério da Previdência Social. Os itens '1.0 , 8.° e 10.0 da pautaencerram providências solicitadas pelo novo Ministério.
Na exposíçâo de motivos dirigida ao Presídente da República para solicitar deS. Ex.'" envio de projeto de lei a esta Casamodificando a Lei Qrgânica da Prevídên-
eía Social, diz o Sr. Ministro que o atualdispositivo de lei prejudica o servidor autônomo, que vem descontando muito maisdo que seria razoável, porque as empresastransferem esse ônus para o empregado.Elas recolhem os 8% a que estão obrigadas:1 depois os cobram dos seus empregadosautônomos. 'Transferem, pois, 1eacprdocom o Ministro, a contribuição previdenciária da qual nos estamos ocupando agora, que incide sobre a parcela da remuneração que não seria atingida, se se tratasse de segurado empregado, o que constituiinjustificada díscrtmrnação. Pode parecerque o ônus recai sobre a empresa, o quede alguma maneira alteraria a situação,mas, na verdade, normalmente a empresao transfere para o trabalhador autônomo,que acaba sendo o maior prejudicado.
Então, S. Ex.a, o Sr. Ministro, pede providências que irão favorecer os trabalhadores autônomos, que, de outro modo, teriamde descontar. mais. Com essa providência,suas contribuições não seriam majoradasalém daquilo que seria razoável, fugindo aosistema da Previdência SOcial, que limitaao teto de 20 salários mínimos as contribuições. S. Ex.a solicita aqui uma providência que vai auxiliar o trabalhador autônomo. Dentro da mesma linha de idéias,ocupo a tribuna para aplaudir S. EX,a e pedir novas providências que beneficiem otrabalhador brasileiro. '
Para que se constate a falha da legislação, S. Ex." o Sr. Ministro justifica a solícitação que faz ao Presidente da Repúhlíca,no sentido de que se proponha ao Congresso essa lei. Diz S. Ex.a o seguinte: '
"Tem pleno sentido a contribuição daempresa com relação também ao autônomo que lhe presta serviço, a fim dese evitar a indevida utilização dessamodalidade de trabalho, em detrimentoda admissão regular dc empregados.Mas sabe-se que existe um teto para ocálculo tanto dos benefícios, como dascontribuições e, no caso, a infraçãodessa norma é tão flagrante que parece decorrer de símples lapso."
Então, compreende-se que essa lei é proposta para corrigir aquilo que, só pode serentendido como um lapso, como está naexposição de motivos enviada ao Presiden-te da República. '
Por tudo isso faço um apelo ao dinâmicoe eficiente Ministro da Previdência Social,no sentido de que proponha outras medidas que beneficiem o trabalhador autônomo, e não apenas criem ônus, como é ocaso daquela contribuição de 5% daquelesque a recolheram a vida inteira para oINP8. As vezes surge uma legislação novac estabelece um desconto, sem base em nenhum documento legal anterior, o queconstitui um ônus para o segurado da Previdência Social.
Ao Sr. Ministro da Previdência Social,que, em tão boa hora, está sugerindo tantas providências para dinamizar o sistemada Previdência Social, ou fazer com queele deixe de ser um monstro sagrado, comotem sido, até há pouco, neste País, para setransformar em algo que preste reais beneficios ao povo brasileiro. Fica dirigido oapelo no sentido de que medidas iguais aessa sejam propostas ao Congresso Nacional, que serão bem recebidas.
Era o que tinha a dizer.
O SR. PRESIDENTE (-Luiz LOS50) - Nãohavendo mais oradores inscritos, declaroencerrada a discussão.
Vai-se passar à votação da matéria.
o SR. PRESIDENTE (Luiz. Losso) __ Vousubmeter a votos o seguinte
PROJETON.O 2.242-A, de 1974
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O § 5.° do art. 69 da Lei n.o
3,807, de 26 de agosto de 1960, na redaçãodada pela Lei n. O 5.890, de 8 de junho de1973, passa a ~ 6.°, acrescentando-se ao artigo o seguinte parágrafo:
"§ 5.° Para os efeitos dos parágrafos2.0 e 3.0, a remuneração total paga emcada mês só será considerada até vintevezes o maior salário' mínimo vigenteno País."
Art. 2.° Esta lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as dís-:posições em contrário.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) .:... OsSrs. que o aprovam queiram ficar Como estão. (Pausa.)
Aprovado.Vai à redação final.O SR. PRESIDENTE, (Luiz L05so)
Discussão ú n i c a do Proj eto n,o~ 2, 275-A, de 1974, que inclui o salário
maternidade entre as prestações daprevidência social; tendo pareceres: daComissão de Constítuíção e Justiça,~pela constitucionalidade e jurídícídade;e das Comissões de Trabalho e Lagtslação ,Social e de Finanças, pela aprovação. (Do Poder Executivo - Mensagemn.? 468/74.) Relatores: Srs. José Bonifácio Neto, Roberto Galvani e IldélioMartins: '
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Nãohavendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
Vai-se passar à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Vou
submeter a votos o seguinte
PROJETON.o 2.275-A, de 1974
O Congresso Nacional decreta:Art. 10. Fica incluído o salárío-mater
nídade entre as prestações relacionadas noitem 1 do artigo 22 da Lei n. O 3.807, de 26de gosto de 1960, com a redação que lhefoi dada pelo artigo 1.0 da Lei n. O 5.890,'de 8 de junho de 1973.
Art. 2.° O salário-maternidade, que corresponderá à vantagem ccnsubstanciada noartigos 393 da Consolidação das Leis do Trabalho, terá sua concessão. e manutençãopautadas pele disposto nos artigos 392, 393
'e 395 da referida Consolidação, cumprindoàs empresas efetuar os respectivos pagamentos, cujo valor líquido será deduzido domontante que elas mensalmente recolhemao Instituto Nacional de Previdência Social(INPS) a título de contribuições previdenciárias.
§ 1.0 Não se aplicam ao cálculo do valordo salário-maternidade as restrícões contidas no § 4.0 do artigo 3.0 da citada Lei n.o5.890 e no inciso IH do seu artigo 5.0
§ 2.° Serão fornecidos pela previdênciaSocial os atestados médicos de que tratamos §§ 1.0 e 2.0 do artigo 392 da Consolidaçãodas Leis do Trabalho.
Art. 3.° O salárío-rnaternídade continuará sujeito ao desconto da contribuição previdenciária de 8% (oito por cento) e à incidência dos encargos sociais de responsabilidade da empresa.
Art. 4.0 O custeio do salário-maternidade será atendido por uma contribuição dasempresas igual li 0,3% (três décimos por
'1978 Sábado li DUBlO no CONGRESSO NACIONA~ (Seção I) Outubro de 19'14
cento) da folha de salários de contribuição,reduzíndo-se .para 4% (quatro por cento) ataxa de custeio do salário família fixadano § 2.0 do art. 35 da Lei n.o 4.863, cre 29de novembro de 1965.
Art. 5.0 Esta Lei será regulamentada pelo Poder Executivo no prazo de 60 (sessenta) dias contados da data de sua publicação e entrará em vigor no primeiro dia domês seguinte ao do término desse prazo,revogadas as disposições em contrário, especialmente as da Consolidação das Leisdo Trabalho que com ala colidam.
O SR. PRESIDENTE (I.uiz Losso) Os Brs. que o aprovam' queiram ficar comoestão. (Pausa.)
Aprovado.Vai à Redação Final.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) -
Discussão única do Projeto n.o2.278-A, de 1974, que dispõe sobre acomposição do Conselho Nacional deDesportos;' tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade e juridicidade; edas Comissões de Educação e Oultura,e de Finanças, pela aprovação. (DoSenado ,Federal.) Relatores: Srs. AltairChagas, Eurípides Cardoso de Menezese I1délio Martins.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) Tem a palavra o Sr. Mauricio Toledo, paradiscutir o projeto.
O ·SR. MAURíCIO TOLEDO - (Sem revisão do orador.) si:. Presidente, Srs. Deputadcs, o Projeto de Lei n.o 2.278-A, de 1974,originário do Senado Federal, é de autoriado nobre Senador Cattete Pinheiro. Trata-sede proposição que. obteve grande repercussão nacional, e que dispõe sopre a composição do Conselho Nacional de Desportos,inclusive no atinente ao mandato dos conselheiros.
A tramitação da matéria foi relattvamente rápida no Senado e na Câmara. Agora,em discussão neste Plenário, como metenho sempre manifestado sobre assuntosligados ao esporte em. geral, não poderiadeixar de dar meu integral apoio à iniciativa. Desta forma o órgão de cúpula dosdesportos brasileiros terá uma situaçãoregi.lar, vedada. a perpetuidade dos conselheiros nos seus cargos.
Era o que tinha a dizer.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso)
Não havendo maís.oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
Vai-se passar à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso)
Vou submeter a' votos o seguinte
PROJETON.o 2. 278-A, de 1974
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 o Conselho Nacional de Des
portos, instituido pelo Decreto-lei .n.~ 3.199,de 14 c'.e abril de 1941, compor-se-a de 9
. (nove) membros nomeados pelo Presidenteda República, com mandato de 6 (seis)anos, dentre pessoas de elevada expressãoCÍvica, e que representem, em seus váriosaspectos, o movimento desportivo nacional.
§ 1.0 Além dos membros mencionadosneste artígo, integrará o Conselho, comomembro nato, o Diretor-Geral do Departamento de Educação Física e Desportos doMinistérIo da Educação e Cultura.
I 2.° Na escolha dos membros do Conselho Nacional de Desportos, o Presidenteda República levará em consideração a necessidade de nele serem devidamente representadas as diversas regiões do Pais.
§ 3.0 Em caso de vaga, a nomeação dosubstituto será. para completar o mandatodo substituído.
Art. 2.0 De dois em dois anos cessará omandato de 1/3 (um terço) dos membrosdo Conselho, permitida a recondução poruma só vez.
Art. 3.° Na primeira designação, para.nova composição do Conselho; 1/3 (um terco) de seus membros terá mandato de 2(dois) anos e 1/3 (um terço) de 4 (quatro)anos, ficando extintos, para a execução dodisposto neste artigo, a partir de 30 (trín-
'ta) dias da vigência desta Lei, os atuaismandatos.
Art. 4.° Esta Lei entra em vigor na datade .sua publicação.
Art. 5.° Revogam-se as disposições emcontrário.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso)Os Srs. que o aprovam queiram ficar comoestão. (Pausa.)
Aprovado.Vai à Redação Final.O SR. PRESIDENTE' (I.uiz Losso) _
Discussão única do projeto n.o2.288-A, de 1974, que autoriza o PoderExecutivo a constituir a Empresa deProcessamento de Dados da Previdência Social - DATAPREV, e dá outrasprovidências; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade e juridicidade; daComissão de Trabalho e Legislação Social, pela aprovação, com emenda; eda Comissão de Finanças, pela aprovação. (Do pooer Executivo - Mensagemn.o 476/74.) Relatores: Srs. Altair Chagas, Wilmar Dallanhol e Leopoldo Peres.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) Não havendo oradores inscritos, declaroencerrada a discussão.
Vai-se passar à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso)
A COmissão de Trabalho e Legislação Social,ao apreciar o projeto, ofereceu ao mesmo evou submeter a votos a seguinte
EMENDADê-se a seguinte' redação ao Art. ,1.0:
Parágrafo único. A DATAPREV terá sede e foro em Brasília, DF, ação em todo oterritório nacional e dependências onde forjulgado necessário para o bom desempenhode suas finalidades.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) Os Srs. que a aprovam queiram rícar comoestão. (Pausa.)
Rejeitada.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso)
Vou submeter a votos o seguinte
PROJETON.o 2.288-A, de. 1974
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.° Fica o Poder Executivo autori
zado a constituir, nos termos do artigo 5,0,item H, do Decreto-lei n. O 200, de 25 defevereiro de 1967, uma :empresa pública,sob a denominação de Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social- DATAPREV, vinculada ao Ministério daPrevidência e Assistência Social, com personalidade [uridíea de direito privado, patrimônio próprio e autonomia administrativa e financeira.
Parágrafo único. A DATAPREV terá sede e foro na cidade do Rio de Janeiro, Es-·tado da Guanabara, ação em todo o território nacional e dependências onde for jul-
gado necessário para o bom desempenhode suas finalidades.
Art. 2;° Constituem finalidades da ....DATAPREV a análise de sistemas, a pro.gramação e execução de serviços de tratamerito da informação e o processamento de dados através de computação eletrônica, bem como a prestação de outros ser.viços correlatos.
Art.3,o O capital inicial da DATAPREV,que será de Cr$-1.000.000,00 (um milhãode' cruzeiros) terá a seguinte constituição;
I - 51% (cinqüenta e um por cento),pelo menos, serão de propriedade da União;
Ir - o restante pertencerá ao InstitutoNacional de Previdência Social (INPS) e aoInstituto de Previdência e Assistência dosServidores do Estado (IPASE) , na proporção do valor dos bens imóveis, móveis,equipamentos e ínstalaçes do domínio decada uma dessas entidades, que por elasvenham a ser destinados para aquele fim.
S 1.0 Para efeito do disposto neste 11.1'-. tígc, o valor dos bens do INPS e do IPASJl
será fixado por comissão, designada peloMinistro da Previdência e Assistência Social, da qual participarão representantesdas duas entidades.
§ 2.0 Observado o disposto no art. 5.0 doDecreto-lei n.O 900, de 29 de setembro de1969, o capital da DATAPREV, por ato doPoder Executivo poderá ser aumentado mediante incorporação de reservas e reirrvez-:são de lucros, na forma do que dispuserem,.os Estatutos, assim como de outros recurSOs que, a título de acréscimo de capital,lhe forem destinados, pela União, peloINPS, pelo IPASE ou por outras entidade~('subordinadas ou vinculadas ao Ministério'da Previdência e Assistência Social cuja'participação for julgada conveniente, a juízo do Ministro de Estado.
Art. 4.° Constituem recursos da ....••DATAPREV:
I - as receitas- operacionais;Ir - as receitas patrimoniais;IH - as receitas eventuais;IV - as doações;V - o produto de operações de crédito;VI - OS de outras origens, inclusive 01'·
çamentários.Art. 5.° A DATAPREV será regida por
esta lei, pelos Estatutos a serem aprovadospor decreto, no prazo de noventa (90) diasda data da vigência desta lei, e pelas normas de direito aplicáveis.
Parágrafo único. Dos Estatutos de .quetrata este artigo constarão, além das finalidades, do capital e dos recursos, na formado disposto nesta lei a composição da adnistraçãoe do órgão de fiscalização daDATAPREV, as respectivas atríbuíçes e acompetência de seus dirigentes.
Art. 6.0 O regime jurídico do pessoal daDATAPREV será o da legislação trabalhista•
Parágrafo único. Os servidores do INPSe do IPASE que prestem serviço nos seto- i
res de' processamento de dados deles desmembrados e incorporados à DATAPREV,por força do disposto nesta lei, terão o prazo de cento e oitenta (180) dias, contadosde sua vigência, para ingressarem no quador de pessoal da empresa, mediante expressa opção, ficando-lhes assegurada, neste caso, a contagem do respectivo tempo deserviço prestado sob o regime estatutário.
Art. 7.Q A prestação de contas da Administração da DATAPREV será submetidaao Ministro de Estado da Previdência e Assistência Social que, com seu pronuncia-
Outubro de 19'74 DIARIO DO C,ONGRESSO NACIONAL (Se.;ão I) Sábado I) '79'7'
mente e a doeumentaeão de que trata oar~tigo 4;2 do Decreto-lei n. o 199, de 25 de fevereiro de 1967, a enviará ao Tribunal deOontas da União até 31 de maio do exercicio subseqüente ao da prestação.
Art. 8.0 Fica ó Poder .Executivo autorizado a abrir ao Ministério da Previdência eAssistência Social crédito especial de atéOr$ 510.000,00 (quinhentos e dez mil cruzeiros) para atender à participação' daUnião no capital inicial da DATAPREV.
Pará,grafo único. A despesa autorizadaneste artigo será compensada medianteanulação de dotação orçamentária.
Art. 9.° Esta Lei entra em vig-or na datade sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário. '
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OsS:rs. que o aprovam queiram ficar como estão. (Pausa.)
'Aprovado.Vai à Redação Final.'O SR. PRESIDENTE (LUÚI Losso) -
Segunda Discussão do Pro] eto de Lein.o 1.496-B, de 1973, que "dispõe sobreo fornecimento ou divulgação, pelaFundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, aos Municípios brasileiros interessados, dos dados demográüoos necessários ao cumprimentodo § 2.0 do art. 15 da Oonstituição".
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Nãohavendo oradores inscritos, declaro encerra,da a discussão.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Tendo': sido oferecida uma emenda ao Projeton~ó' 1A96-C de 1975, em 2.í1- discussão, voltao 'jhesmo à Comissão de Serviço Público.
. EMENDA AOPROJETO DE LEI N.o 1.496/0/73
z.a DiscussãoNo art. 3.0 do projeto onde se lê:
"190.000 (cento e noventa mil) habitantes"
Leia~se:
"175.000 (cento e. setenta e cinco mil)habitantes." .
Sala das SeS8ôes, 4 de outubro de 1974.- Prísee Viana.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) -Primeira: discussão do Projeto n.o ...
1.IS0-A, de 1975, que dispõe sobre a fixação do pr~o mínímo do leite in natura, e dá outras provídêneías: tendopareceres: da Comissão de Constituicãoe Justiça, pela constitucionalidade, jurtdteídade e boa técnica legislativa; daOomíssão de Agricultura: e política Rural" pela aproyação, contra os votos, emseparado, dos Srs. Oardoso de Almeida eSebastião Andrade; e, da Comissão deEconomia, Indústria e Comércio, pelarejeição. (Do Sr. Adhemar de BarrosFilho) Relatores: Srs. Altair Ohagas,Flávio Giovine e Henrique Eduardo Alves.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Nãohavendo oradores inscritos, declaro encerrada a díseussão;'
Vai-se passar à votagãoda matéria.oSR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Vou
submeter ao votos o seguinte 'PROJETO .
N.o I.ISO-A, de 19'73
O Oongresl!lO Nac:onal decreta:Ai:t. 1.0 Fica sujeito à:f1xe,c;ãQpelo Mi
nistérIo da Agricultura ou órgão a elaauboedínado o preço mínímo do leite in Dl\.tD~
ra,a, ser Paga. ao produtof.
Art. 2.° Cabe ao Conselho Interministerial de Preços (OIP) a fixação das margensde lucro da comercialização do leite in natura nas fases de:
I - coleta da. fonte produtora;II - resfriamento e transporte das usi
nas regionais às usinas centrais;lI! - homogeneízaçâo, pasteurização,em
pacotamento e distribuição das usinas centrais aos varejistas.
IV - preço de venda ao consumidor final.Art. 3.0 Nos locais onde houver distri
buição de leite in natura, o preço do leiteem pós, guardada a equivalência fixada pelos órgãos técnicos, não poderá ser superiorao daquele, excetuados os produtos destinados a fins dietéticos e médico-terapêuticos.
Art. 4.0 Fica facultado às usinas centrais, nos períodos de entressafra ou escassez, a adição ao leite in natura de percentual não superior a 20% (vinte por cento)de leite em pó reídratado,
Art. 5.° A fixação dos preços mínimos doleite sofrerá reajustes quadrímetsarís nunca inferiores ao real e efetivo aumento docusto de vida fixado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, acrescidos de percentual móvel destinado ao estímulo das atividades agropecuárias.
Art. 6.° O Poder Executivo no prazo de90 (noventa) dias, expedirá o Regulamentoda presente lei.
Art. 7.° Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.
Art. 8.° Revogam-se as disposições emcontrário.
O SR. PRESIDENTE (Lub: Losso) ~ OsSrs. que o aprovam queiram ficar como estão. (Pausa.)
Rejeitado.Vai ao Arquivo.O SR. LAERTE vmIRA - Sr. Presiden
te, peço a palavra para uma comunicação,como Líder.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Tema palavra o nobre Deputado.
O SR. LAERTE VmIRA - (Comunicação como Líder. Sem revisão do orador,)Sr. Presidente, Brs , Deputados, na sessãode ontem tive oportunidade de registrar aação do Procurador da Justiça Eleitoral noEstado do Ceará, que solicitara abertura deinquérito, pela Superintendência Regionalda Policia Federal, para processar jornalistas que, segundo o Procurador Eleitoral, estavam praticando crime previsto na LeiEleitoral.
Na realidade, o que os jornalistas estavama fazer era dar noticia sobre a campanhapolítica que se realiza naquele Estado. Entretanto, a Procuradoria, colocando-se aserviço de uma facção, resolveu processálos e intimidar os jornais, Em contrapartida; a Associação das Empresas Jornalísticas deliberou recomendar aos j01,'nalistasque deixassem de fazer o noticiário político. Agora tem início os pronunciamentosde solidariedade dos companheiros de jornal que estão verificando que a ação doProcurador praticamente impede o exerciCio profisisonal.
Quero salientar, na tarde de hoje, que oOomítê de Imprensa da oãmara dos Deputados dirigiu ao jornalista Tancredo carvalho, Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do ceará, em Fortaleza,c seguinte telegrama:
"O Comitê de Imprensa da Câmara dosDeputados, reunido em assembléía-ge-
ral extraordinária, decidiu hipotecar omais irrestrito apoio aos colegas cearenses atingidos pelo ato do Procurador Eleitoral, Fávila Ribeiro, que, através do processo inoportuno e indevido,tenta impedir a livre manifestação daimprensa de Fortaleza no trato de temas relacionados com a campanha para as eleições parlamentares de novembro. (ass.) Manoel Vilela de Magalhães,Presidente - Thomaz Coelho, Vice-Presidente - Alfredo Oblezíner, Secretá110."
Já havíamos hipotecado nossa solidariedade aos jornalistas e queremos renová-laneste instante, porque realmente merecemtodo o apoio, tanto nosso quanto da opiniãopública, que deseja ser informada, e achamos necessário que os [ornaís do Ceará voltem a noticiar os acontecimentos políticosrelacionados com a realização das eleiçõesde 15 de novembro deste ano.
Era a comunicação que desejava fazer ~
. O SR. ,CÉLIO BORJ'A - Sr. Presidente,peço a palavra para uma comunicação, co~mo Lider.
O SR. PRESIDENTE (Luiz L0S80) - Tema palavra o nobre Deputado.
O SR. CÉLIO BORJA - (Comunicaçãucomo Líder. Sem revisão do orador.) Sr.Presidente, Srs. Deputados, o nobre Líderda Minoria já tratou ontem, neste Pleriário, do assunto objeto da comunicação queacaba de fazer.
Reitero que se trata de matéria entregueà apreciação e deliberação do Poder Judiciário. Parece que o nobre Líder da Minoria põe em dúvida esta' afirmação.
Se se trata de reclamação do ProcuradorEleitoral junto ao Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, caberá ao Juiz daquelaOorte apreciar e resolver a questão, Não setrata de apelo que S. Ex.a possa dirigir sejaàs autoridades do Executivo, seja às do Legislativo Estadual ou Federal, mas, sim, 8 ..Ex.a pretende manifestar repulsa, de umlado, ao ato do procurador - e este age deacordo com a sua convicção - e, de outraparte, S. Ex.a deseja também trazer a público a manifestação feita pela Associaçãode Jornalistas e Proprietários de Jornais doCeará e aquela que acaba de emitir o Comitê de Imprensa acreditado nesta Casado Oongresso Nacional.
Não é a Maioria favorável a qualquer rorma de restrição do noticiário sobre as elei~
ções, e disto têm dado conhecimento à Casae a Nação muitos dos Senhores representantes que integram a minha bancada. Nãosomos absolutamente favoráveis a essas formas de cerceamento do direito de informação do eleitor e do cidadão comum. Pen~
samos que, no caso, há que confiar na sabedoria e nos altos desígnios da Justiça"
Era o que tinha a declarar.O SR. PRf,.,'5IDENTE (Luiz Losso) - Na
da mais havlndo a tratar, vou levantar a.sessão.
Deixam de comparecer os Senhores:Vinicius OansançãoTeotônio Neto 'Jarmund Nasser
Pará.América Brasil - ARENA; Gabriel Her
mes - ARENA; João Menezes -- MDB; Sebastião Andrade - ARENA; 800110 Maroja- ARENA.
MaranhãoNunes Fl'eire - ARENA,
'7980 Sábado 5 DUR!O DO OONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1974
Piam
Paulo Ferraz - AR1!INA,;Ceará
Alvaro Lins - MDB; Leão Sampaio _ARENA.
ParaíbaAlvaro Gaudêneío - ARENA; Janduhy
Carneiro - MDB; Wilson Braga - ARENA.Pernambuco
Airon Rios - ARENA; Gonzaga Vasconcelos - ARENA; Joaquim CoutinhoARENA; Ricardo Fiuza - ARENA.
AlagoasGeraldo Bulhões - ARENA; Oceano Car
leial - ARENA.Sergipe
~raldo Lemos - ARENA.Bahia
Djalma Bessa - ARENA; Edvaldo Plôres - ARENA; Fernando Magalhães ARENA; Francisco Pinto - MDB; José Penedo - ARENA; Lomanto Júnior - ARENA; Ney Ferreira - MDB; Rogério Rego- ARENA; Wilson Falcão -; ARENA.
Espírito Santo
Argilano Dario":"" MDB; José Tarso deAndrade ARENA; Oswaldo ZanelloARENA.
Rio de JaneiroAdolpho Oliveira - MDB; Alberto Lavi
nas-MDB; Ario Theodoro - MDB; Brigído Tinoco - MDB.
GuanabaraLapa Coelho _ ARENA; Miro Tei~eira
- MDB; Pedro Faria - MDB.Minas Gerais
Aécio Cunha - ARENA; Batista Miranda - ARENA; Bias Fortes - ARENA; Hugo Aguiar - ARENA; Jairo Magalhães ARENA; Manoel Taveira - ARENA; Tancredo Neves - MDB.
São PauloAmaral Furlan - ARENA; Braz Noguei
ra - ARENA; Faria Lima - ARENA; JoãoArruda - MDB; Orensy Rodrigues - ARENA; Ortíz Monteiro - ARENA; PedrosoHorta - MDB; Pereira' Lopes - ARENA.
Goiás
Anapolino de Faria - l\IDB; Juarez Bernardes - MDB.
Mato Grosso
Gastão Müller - ARENA.Paraná
Antônio Annlbelh - MDB; Braga Ramos.- ARENA: Ferreira do Amaral -- ARENA;Hermes Macêdo - ARENA;' Túlio V~1.l'gas.- ARENA. .
Santa Catarína
César Nascimento - MOB; FranciscoGrmo - M'tENA; JaiBOn Barreto - MDB;Jo1W Llnhares - ARENA.
Rio Grande do Sul
Arlindo Kunzler - ARENA; Daniel Faraco -ARENA; Bioy Lenzi .- !liIDB; Getúlio Dias MDB; Lauro Rodrigues MDB.
AmapáAntônio Pontes - MDB.
Rondônia
Jerônimo Santana - MDB,"
vn - O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso)...... Levanto a sessão designando para a Ordinária da próxima 2.lI.-ieira, a seguinte
ORDEM DO DIA
(Sessão em 7 de outubro de 1974)(Segunda-feira)
TRABALHO DAS COMISSõESVIlI ~ Levanta-se a Sessão às 14
horas e 45 minutos.
DISCURSO DO DEPUTADO ANTONIOBRESOLIN, NA SESS1I.0 VESPERTINADE 30-9-74.O SR. ANTôNIO BRESOLIN - Como LÍ
der.) Sr. Presidente e 81'8. Deputados, hápoucos dias, em caminhada política pelo
.ínteríor do Rio Grande do Sul, sobretudopela região do Vale do Rio Uruguai, desdeo Porto de Goio-En, no Município de Nonoaí, até o Porto de Santo lzidro, no Município de São Nicolau, e depois pelo coração do Rio Grande, até Santa Maria, emcontato direto com os pequenos agricultores de toda aquela vasta área territorial,senti, mais uma vez, a premente necessidade de o Governo executar a reforma agrária. Quem andar pelo interior há de encontrar, a cada passo, famüíaa numerosas, com12 a 15 filhos, residentes numa nesga deterra, muitas vezes de 3, 4 ou 5 hectares, etodos esses agricultores são filhos de colonos, elementos de tradição agrícola, os melhores de que poderia o Brasil dispor, seefetivamente o Governo estivesse empenhado no aumento da produção. Por toda partese encontra gente que não tem um pedacinho de terra para cultivar. Clama-se peloaumento da produção, e no Brasll existemnada menos de 25 milhões' de brasileiros,que não possuem terras para cultivar, quevivem como simples expectadores, numa Nação que carece do esforço do trabalho produtivo de cada um dos seus filhos. Nuncafui a favor de qualquer medida violentacontra os proprietários de terra, nem daschamadas invasões. Bem ao contrário, oMDB forneceu ao Governo todos os instrumentos necessários para realizar a reformaagrária no País, mas, íntelízmente, até h<Jjenada foi feito. O pouco que se tem visto éuma colonização capenga, que está longede corresponder aos anseios e às necessidades de milhões de brasileiros que gostariam de participar do trabalho de construção da nossa Pátria e que não têm condições de fazê-lo por falta .de terra.
Quero definir meu pensamento sobre reformá agrária e as terras que deverão seratingidas. Faço meu o pensamento de umgrande rín-grandense, o Dr, Saint Pastoml,dos mais modernos fazendeir08 do· RioGrande do Sul. Em seu livro "O Homem e
, a Terra", escreve ele:"Estâncias grandes, com incomuns extensões, já são raras, e quando em plena atividade de progresso e com altorendimento, refletindo a capacidade eo espírito público de seus proprietários, não são latifúndios ou privilégiosanti-sociais.Aquelas porém, grande ou pequenas, emabandono total ou precariamente exploradas, sem beneficio próprio e contra o interesse geral, passam a ser aberrações, sob o ponto de vista econômico, do novo sentido de propríedade como unidade viva do organismo social."
E é essa reforma agrária das terras improdutivas que pregamos. Vejam bem V.Ex.a,,: se o Governo se dispusesse a executar a reforma agrária, hoje, como preconizamos, a exemplo do Rio Grande do Sul,O quanto isso seria benéfico para nossa Pâ-
tria I Por ocasião da construção da barragem do Passo do Real, em decorrência deinundação, ficaram desalojadas ali mais deduzentas famílias. Algumas delas não roramatendidas até hoje; gastaram o que tinhame estão passando míséría, vivendo comomarginais nos arrabaldes das cidades deIbirubá e Cruz Alta. Mais de 126 famíliasforam assentadas nas fazendas Boa Vista eColorado. Ainda há bem poucos dias, estivelá, observando o resultado daquela experiência, que é das melhores. Conseqüentemente, não estamos aqui para registrar apenas os aspectos negativos, mas tambémaquilo que o Governo faz bem feito. Faleicom dezenas de proprietários daquelas terras e senti de perto sua Imensa satisfaçãopor essa obra, realizada em benerícío doschamados "sem terra". O mesmo ,poderiaser feito em muitas outras fazendas do RioGrande do Sul. Conheço um bom númerode fazendeiros que aproveitam seus camposcomo nos tempos de Jesus Cristo: não plantam um pé de pastagem nobre nem dividema fazenda em potreíros para fazer o pastoreio rotativo, o que aumentaria a produção de carne em mais de '50%. Nada fazem..eles para produzir, Sr. Presidente, Si"'"Deputados. E essa gente continua de posseda terra, em prejuízo, acíma de tudo,dosaltos interesses nacionais. Imaginem se esses vinte milhões de brasileiros, que aí estão como simples expectadores, possuíssemum pedaço de terra para construtr seu lar,criar seus filhos, trabalhare aumentar' ariqueza da Nação. Nosso País, como acentuei há pouco, em lugar de importar carne,banha, trigo, feijão, batatinha, cebola, e
.alho, poderia exportar isso tudo, dar' decomer ao mundo ínteíro. '
O Sr. Jairo Brum - Nobre Deputado, como sempre, V. Ex.a está focando um aspectopolítlco, econômico e social de aíta importância para a nossa República. OCOrre queV. Ex.a o está examinando sob os fundamentos do laborísmo, que tem o dever _e pode fazê-lo - de solucionar esses problemas, aos quais é ínsensível a situaçãoatual. Mas devemos continuar, como O ta:;;V. Ex.a , permanentemente na tribuna: tal;'vez alguém mais atento, percebendo a grandeza da tese defendida por nós, oposicionistas e .laborístas, venha executá-la, játardiamente, mas em beneficio do n08SO'povo.
O SR. ANTôNIO BRESOLIN - .Ineluaivs,eminente colega, no Brasil fala-Se tanto émcombater o comunismo, e acho que um dosmétodos mais seguros para esse rím seriafazer um pouco mais de justiça àquela classe que vive à margem de todos 08 benefíciosda civilização. Todos sabem que a implantação do comunismo na Rússia se deveu àespoliação do trabalhador rural; o queaconteceu com a Hungria, a revolução doMéxico, tudo é decorrência da insatisfaçãodo povo, que vive esquecido, esmagado, ludibriado e roubado, como acorre no interiorda nossa Pátria. Para só citar um fato recente, temos o caso da soja.
E vejam bem, V. Ex.ll<l diz o Dr. SaintPastous que, em relação à divisão do Pais,no Nordeste, 20% possuem terras, 80% trabalham como arrendatários, 50% da área'do Nordeste são açambarcados por 3% dosproprietários. Mais de 50% das propriedades contêm mais de 500 ha, E centenas depropriedades, maís de 100.000 ha."
E quando se fala em Reforma Agrária.mais uma vez quero deixar bem claro meuponto de vista, meu pensamento em relação ao problema, sempre consubstaneíadedentro do princípio basilar da Constituiçãoda República e da doutrina social da Igrej a. Tenho para. mim - como pensa Coutinho Cavalcanti - "que Reforma Agrária éa revísão e o reajustamento das normas
Outubro de 1974 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 '7981
186.000186'.000183.000
237.000232.000223.000
219.000218.000212.000211.000
409.000372.000355.000352.000331.000311.000309.000291.000
131.000180.000
180.000179.000176.000170.000169.000169.000108.000164.000160.000159.000157.000156.000150.000150.000150.000150.000150.000148.000148.000145.000142.000
142'.000
141.000140.000139.000138.000
136.000136.000
136.000135.000132.000
Total 20.875.000
Sr. Presidente, 79 das maiores propriedades da Nação - informa Fernando Pereira - ocupam mais de 20 milhões de hectares, ou seja, dez vezes a área do Estadode Israel, ou 9,5 vezes a superfície de Sergipe, Com base nos dados do INORA referentes a 1967, verifica-se que os 279 latifúndios por dimensões existentes no Brasilcobriam 22.887.960 hectares. Assim, tomando dados do IBRA relativos a 1967. obaerva-se que além dos 279 latifúndios por dimensões antes assinalados - que ocupam6,4% do total da área dos estabelecimentos.rurais - existem a débito da agriculturabrasileira mais 793.381 latifúndios por exploração, abarcando 76,5% do total da superrícíe dos nossos estabelecimentos rurais."
E acrescenta:"A simples soma aritmética dessas duascifras mostra que o latifúndio no Brasil. em suas duas expressões legais, compromete 82,9% do total da superfíciedos imóveis rurais do País."
Em contrapartida, milhões de famílias,sobretudo nos Estados do Sul, pressionadas em minifúndios, sem assistência. técnica e sem terra suficiente para trabalhar,ocupam apenas 12,5% do total da superfície dos nossos estabelecimentos rurais.
E aqui estão outros que robustecem acomprovação da péssima, odiosa e bolorenta distribuição da terra no Brasil e elasímensas áreas de solo brasileiro em poderde grupos econômicos internacionais.QUADRO DEMONSTRATIVO DAS TERRAS
DA UNI.ã.O, ESTADO POR ESTADOhectares
1.0002.3455.431
814,007740.59031.3924.625
987
Alagoas ........•...•..........•Ba9-.ia •...••••...•..•..•..•..•••GOlas ....•..•..•...•..•.•••.•••Maranhão ...••..•...•.....•..••Mato Grosso .•. '••...••.•......•.Minas Gerais •.•••••••.•••••••••Pará ........•.........•.......•Paraíba •• , s: ••". .
47. Tetsuo Oashi ..48. Antônio B. F. Rosa Sobrinho
49. Francisco Machado Albuquer-que .......................•.
50. Henrique Sulbormann ....•.51. Espólio Jacob Essaba e outros52. Joáo Saraiva Leão' .53. otto Guilherme Bathsan ..•54. Dantoja Irmãos & Cia .....•55, Geraldo de Souza Carvalho .56. Aurélio Francisco Lunardi ..57. Joaquim Martinho Guimarães58. Remo Mussi S. A .59. Domingos Tenuta Neto .60. The United American Oorp.61. Dary Silveira .62. Alfredo Toneto .63. José Maria Moura .64. Bráulio Gouveia de Castro ..65. Macárío Maria de Freitas ..•66. José Sonetti Filho .67. Oreso áe Brito Zonetti .68. Tecelagem Paraíba ....••...69. Oscar H. FelIo .70. José Macárío Perez Prla e ou-
tros .71. White Martins Ferreira Bue-
no .72. Rodolfo Silva Costa ......•.•73. OOTERP S. A. . .74. Rubens Zonetti .75. Acrópole Engenharia e Cons-
truções .76. Angelo Pavan .77. Oia. Comercial Terra do Sul
do Brasil, .78. Melo & Filhos .79. Ivo de Souza .
998.000808.000693.000683,000531.000518.000497.000427.000421.000
288.000288.000288.000278.000
,263.000261.000245.000242.000242,000240.000240.000240.000
"Latifúndios por dimensão em 1965:
1. Oalama S.A 1.084.0002. The Lancashire Gen. Invest.
Co. Ltd .3. Agropecuário Buiá Míssu .4. Raul Ferreira de Brito ....••5. St,mley Amos Sellig ..•••...6. Fazenda Bodoqueria .7. Félix José Rodrigues .8. oía, Agrícola Nortc M. Grosso9. Daniel Segundo A. Jesus, .
10. Jory Indústria e Comércio .11. Fazendas Reunidas Raimun-
do de Castro .12. J. P. Rocha .13. Jorge -Geraldí e outro .14. Siderúrgica Belga-Mineira ..15. Frigorífico Anglo .16. Indústria I. B. Sabra S. A .17. Guaporé Agro-Industrial .. ,18. Alencar de Lima .19. C.e:r:tral Açucareíra Santo An-
tônío .20. Paulo César Soares oampos .21. Olímpio Albino Suriano ....•22. Manoel da Silva Galvão .....23. Isaías Lopes de Araújo ••••24. Imobiliária Nicobran .25. Antônio Isaías Miranda .26. Felipe Brasileiro Teixeira .••27. Messias Oustódio Oamargo .,28. Oíá. Terra da Mata Geral .. ,29. Newton Pereira dos Santos •3D. Santos & Oia ..31. Oia. de Viação São Paulo-Mo
Grosso ..32. James Bryan Choate .....••33. Nelson Rezende Junqueira ..34. Miranda - Estância Agrope-
cuária S. A. ........•.•••.••35. Píerre Isidoro Loeb ........•36. Etalivio Pereira Martins .37. Plínio Lemos ;.38. Peter Cornelius Van Sche
pemberg ...................• 205.00039. Flodoaldo Pontes Filho..... 202.00040. Colonização Norte Mato Gros-
so Ltda. 200.00041. Germaine Lucie Burchard-
Sanguzko ...-.... . .... . ...... 197.00042. Luiz Esteves Pinheiro de La-
cerda . . . . . • . . • • 193 .00043. J. Milton A. Rios .....•...... 190.00044. Cia. Oolonizadora Pastoril
Agro-Reformista ...........•45. Kunihiro Miyamoto .46: Tirso Ferraz de Oamargo • ','.
consistia num instrumento válido dareforma agrária. Simplesmente não :foiaplicada até' agora."
Tão acertado andou o técnico e escritorao fazer essas afirmações que, há poucosdias, depondo na Comíssão de Agriculturae Politica Rural da Câmara, técnicos doINORA informaram que, em lugar da divisão, está-se verificando o reagrupamentode áreas de terra, o oposto do que objetiva a verdadeira reforma agrária. E não sepense que seja por falta de justificadasmotivos que o INCRA continua alheio à reforma agrária. Além de milhões de patrícios que não dispõem de um palmo de terra, ao lado de milhares de família que nãoprosperam e não produzem o SUficiente porestarem pressionadas em minifúndios, o latifúndio brasileiro, terrítoríalmente falando,poderia ser a segunda nação da América La-tína e açambarcar as melhores terras agrí-colas do País. '
Meu. eminente amigo, ex-Deputado Cunha,Bueno, antes de deixar esta Casa enviou ao,INORA um, requerimento de informaçõessolicitando a relação dos maiores latifúndios do Braaíl ,
O INORA prestou as seguintes informaçôe.s:
jurídicas SOCIaIS, econômicas e financeiras'que regem a estrutura agrária do Pais, visando à valorização do trabalhador do eam
-po e o incremento da produção mediante a'distribuição, utilização, exploração sociaise racionais da propriedade agrícola, a melhor organização e extensão do crédito agrícola e o melhoramento das condições de vida das populações rurais".
, Sr. Presidente e srs, Deputados, ReformaAgrária, tal como tenho preconizado e ve- .nho preconizando há mais de dez anos, nãose situa apenas, única e exclusivamente najusta dístríbuiçâo da propriedade. l!: muitomais do que ÍSl3o. Sempre tenho preconiza.do, inclusive, que um dos pontos fundamentais da verdadeira Reforma' Agrária deveter seu inicio, inclusive, com a reforma bancária. Não se concebe, num Pais como onosso, que um cidadão que tenha dinheiro'vá depositar suas economias num estabele.eímento bancário a juros de 5% ou 7%,e quando necessite desse dinheiro tenha quecomparecer a. esse mesmo estabelecimentode crédito, de "chapéu na mão" e pagar poresse dinheiro, que vai aplicar em beneficioda produção, em benefício do desenvolvi.mento do comércio e da indústria, inclusive,..1\0%, se incluirmos as taxas.
, Não agiu, assim, até agora, o nosso Instituto Brasileiro de Reforma Agrária: pre;feriu distribuir avisos de impostos, na esperança de, assim, obrigar o latifúndio a;f;accionar-se. Quais seriam, porém, os rebzardos que se beneficiariam com latifúndios divididos. por esse processo original?
,aomente temos certeza de que não serãoos homens sem terra desta geração. Se umdia o latifúndio se dividisse por temor fiscal, o que duvidamos, dada a debilidade dasatuais alíquotas, os beneficiários seriam
'por certo, outros latifundiários, com capaci~dade financeira para pagar impostos.
Aliás, é o que se e-stá' verificando, agora.no Estado de S~ Paulo. Há bem pouco, porduas vezes seguídss, o Deputado HerbertLevy, da ARENA paulista, denunciou e-stefato na Comissão de Agricultura e PoliticaRural da Câmara, afirmando que, em SãoPaulo, em lugar de fazermos a reforma.agrárta, estamos formando verdadeiros ba.ronatos, Aqueles que não dispõem de recursos vão entregando suas parcelas de terras e aqueles que dispõem de dinheiro vãoformando verdadeiros baronatos, latifún
.díos intermináveis, em prejuízo dos ínteresses de uma comunidade inteira e do pró-prio País. '
Continuo, Sr. Presidente, a citar o Dr,Saint Pastous:
"Esta mudança estrutural se apresentatão longínqua que, provavelmente jánão existiriam aqueles que atualmentealmejam a terra própria. Este o erro deestratégia que tem cometido o InstitutoBrasileiro de Reforma Agrária em suaorientação fiscalista: esquecer-se que alei da própria reforma agrária foL umaimposição da louvável teimosia cearensedo Presidente Castello Branco ao Congresso Nacional, às forças conservadoras que o apoiaram na Revolução deMa~ço de 1964. Esqueceu o IBRA que, aofaze-lo, procurou aquele Presidente tomar a bandeira da reforma nas mãosde Regis Julião. Como nordestino, comoparticipante de um seminário sobre reforma agrária, Castello tinha uma clara visão do processo reformista e desuas implicações políticas. E o seu Ministro do Planejamento, economista sagaz, sabia também o papel capaz de representar o nosso doesenvolvimento econômico e social, cujo coordenação estava, então, sob sua responsabilidade. Alei, resultante da obstinação cearense,
.7982 Sábado 5 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1974
881.053
261.133
31
800.000311.010180.000
16.53825
1.5964.239
79.913
l!: simplesmente espantoso, Sr..Presíderrtê,srs, Deputados. E nós do Rio Grande doSul, de Santa Catarina e do Paraná esta:;..mos aí com imensas regiões mtcropulverízadas, com um elemento humano da me.Ihor qualidade sem condições de trabalhm"por falta de terra.
Faço este registro no dia de hoje, Sr. P»dsídente, não com o objetivo de criticar oGoverno, mas de alertá-lo para que saiamosda rotina que aí está. Qualquer governoque tiver a coragem de botar o dedo naferida e executar a reforma agrária no Brâ1si! há de passar para a História como; omelhor. Considero a reforma agrária de capitaUmportância e não acredito que qualquer Governo do Brasil seja capaz de l\.(),Iucíonar os problemas fundamentais do nós;'00 Pais sem a realizar, em benefício dos mí-,Ihões de brasileiros que vivem esquecidosnoInteríor da nossa Pátria, colonos que viade regra são lembrados apenas às vésperasdas campanhas eleitorais.
Era o que tinha a dizer. (Palmas.),
Falei, há pouco, com Inúmeros elementosdo Municipio de 'I'enerite Portela, que voí-
- taram daquela zona tremendamente decep-,eíonades, E contaram inclusive que a reforma ali realizada é muito inferior à colonização feita há mais de cem anos, quando meus antepassados vieram da Itália.Pelo menos havia a noção de que cadapropriedade deveria ter a base de um nó,Em Altamira, o que se pretende é uma colonização com base na perfuração de poçosartesianos para os colonos.
l!: algo impressionante, Sr. Presidente, Srá.Deputados. O resultado aí está, e ainda pior;estão vendidas terras ao longo da Transamazôníca a grandes empresas, a capítalístas, e a reforma agrária ficou no papel. Seido caso de um colega meu, grande aml~
aqui desta Casa. Ele, a esposa e um genro,em conjunto, compraram 200 mil hectar$de terra ao longo da Transamazônica.
SUIAmerican Belge S. A. ....... 177.060S. A. Barranco Branco ,........ 549.159
Aquidauana:Tre Brazíüan Meat Co. ......... 5.000J>'Ôrto Murtinho:Fomento Argentino Sul America-
no ....................•• ,,'.,.. 726.977Mir2
Fazellda Francesa .......•....•. 242 .456The Miranda Estância Co. ....•. 219.506
Campo Grande:Brasil Land Cattle Packing Co. 200.000
TOTAL 5.463.673Gilberto- Freire, no seu livro "Sobrados e
Mocambos", informa:':Pelo último recenseamento, quase trinta mílhões de brasileiros continuam semterra, em contraste com os poucos milque são donos de usinas, fazendas, seringais, cafezais, canaviais, alguns donos inteiros de sobrados e cortiços e dealdeias imensas de mocambos."
Quando lemos esses dados, Sr. Presidente,Srs. Deputados, ficamos pensando no porquê de o Governo não tomar medidas seguras para a realização da reforma agrária.O MDB deu todos os instrumentos ~ a Estatuto da Terra, a reforma da Constituição- e o Governo é forte, mantido por militares. Nunca houve talvez no Brasil um Presidente .que tivesse a força do atual. Masnão sabemos até que ponto vai a influência da oligarquia da terra, através de todos os meios, para que o Governo não sedisponha a realizar a reforma no País.Quando se falou na Transamazônica, fui umgrande sonhador, pois acreditei que, efetivamente, ao longo daquela estrada se fizesse uma reforma agrária condizente com asnecessidades do povo brasileiro. A chamadaAltamira foi elogiada desta tribuna e emjornais, e até poetas cantaram a reformaagrária que se faria naquela região...
Total ú •• • 1. 698.878
Enquanto isso, a área das propriedadesrurais particulares soma o total de .265 .450.800 hectares. (Estes dados foram;fornecidos à SUPRA pelo IBGE e se rererem ao ano de 1960).
Dou a seguir dados que bem esclarecemo problema da propriedade da terra no Brasil.
Apenas 2,2% do número de propríedades '(73.737 propriedades) ocupam 58% da áreatotal; enquanto os restantes 42% são ocupados por 3.268.360 propriedades.
Conclui-se, daí, que um número reduzidíssimo de latifundiários ocupa mais dametade (58% exatamente) da área total daspropriedades privadas de nosso Pais.
A má distribuição de terras é responsável pelo baíxíssímo Indíce de seu aproveitamento para a lavoura.
Em sete municípios do Estado de MatoGrosso, oito empresas estrangeiras monopolizam cerca de 5.463.673 hectares de terras, e que são os seguintes:Cáceres:Brazil Land Cattle Packíng Co.
'i'rês Lagoas:Brazil Land Cattle Paeklng Co•.'.The Brazílían Meat Co. . ... , .• ,The Agua Limpa Syndicate .•••~Corumbá:
Brazíl Land Cattle Packing CO.. 1.000.000Fazenda Francesa •••••••••• .!.-••• ~ 172.352
Paraná .•.....•............••..Pernambuco (incompletos) ...••••Piam ...........•.........•.•.••Eio de Janeiro '.'Rio Grande do Sul , .. " .Rio Grande do Norte .Santa Catarina " ..São Paulo .Sergipe .•...•..•.....•..••••..••----
Outubro de 19'74 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 '7983
MESA LIDERANÇASPresidente:
Flávio Marcilio1.°-Vice-Presidente:
Aderbal Jurema2.°_ Vice- Presidente:
Fernando Gama1.o-Secretario:
Dayl de Almeida2.o-Secretário:
Petrônio Figueiredo3.0 -Secretário :
Jose Carlos Fonseca4."-Secretàrio:
Dib CheremSuplentes de Secretário:
1.G-Suplente:Vinicius Cansanção
2.o-Suplen te :Teotônio Neto
3.0 -Suplente :João Castelo
4.o-Suplente:
Jarmund Nasser
ARENA - MAIORIA
Líder:
Célio Borja
Vice-Líderes:
Garcia Neto
Paulino C1cero
Prisco Viana
Sinval Guazzelli
Wilmar Dallanhol
MDB - MINORIA
Líder:Laerte Vieira
Vice-Líderes:Jairo BrumJoão MenezesHamilton XavierPadre NobreJoel Ferreira
Francisco AmaralJosé CamargoArgílano DarioOlívír Gabardo
~ey FerreiraLéo Simões
MDB
Aldo PagundesDias MenezesFernando Cunha
3) COMISSAO DE COMUNICAÇÕES
Presidente: Monteiro de Barros - ARENAVice-Presidente: Norberto Schmidt - ARENA
Vice-Presidente: Eloy Lenzi - MDB
ARENA
SaIles FilhoVingt RosadoVagoVagoVago
TITULARES
Amaral de SouzaBrasilio CaiadoCorreia LimaEtelvino Lins'Luiz BragaMaia NetoMário Mondinoossían Araripe
José MandelliOlivir GabardoVago
REUNIõES'
Quartas e Quintas-feiras: às 10:00 horuLocal: EdificioAnexo II - Sala 11 - Ramal:
621 - 24-3719 (direto)Secretária: Eui Machado Coelho
2) COMISSAO DE CIENCIA E TECNOLOqlA
Presidente: Aureliano Chaves - ARENAVice-Presidente: Célio Marques Fernandes
ARENA
Vice-Presidente: JandUhy Carneiro - MDB
TITULARES
ARENA
COMISSOES PERMANENTES
1) COMISSÃO DE AGRICULTURA E POLITICARURAL
- Presidente: Renato Azeredo - MDB
DEPARTAMENTO DE COMISSOES
Turma "A"
Paulo Rocha
Local: Anexo li - 661
Coorden:«}âo de Comissões Permanentes
Geny Xavier Marques
Local: Anexo li - Telefones: 24-5179 e24-4805 - Ram!l-is: 601 e 619
Vice-Presidente: Fràncisco Libardoni - MDB
Turma ''B''
Vice-Presidente: Paulo Alberto - ARENA
TITULARES
ARENA
Léo SimõesPeixoto Filho
Rozendo de SouzaSilvio LopesSinval GuaZllelliSiqueira CamposUbaldo BaremVago
MDB
ARENA
MDB
VagoVago
SUPLENTES
Aldo FagundesAlencar FurtadoDias MenezesJoel Ferreira
REUNIõES
QUartas e Quintas-feiras: àa 10:00 horall
Local: Anexo Ir - Sala 6 - Ramais 6õ4 e 6QSecretário: Abelardo Frota e Cy.sne
Abel AvilaArnaldo BusatoBento GonçalvesDaso CoimbraJoão G).IidoJosé da Silva BarrosMano~l TaveiraOsvaldo zanenoPedro Collin
Jair MartinsJosé CamargoJúlio Viveiros
José Tasso de AndradeLomanto JúniorMário MondinoMauricio ToledoMilton Ca.sselRoberto GalvaniSussumu Hirata
Gabriel HennesGarcia NettoGonzega VasconcelosLuiz GarciaNina RibeiroParsífal Barroso
MDB -
Alencar FurtadoVago
SUPLENTES,
ARENA
Alberto LavínasAldo Fagundes
Adhemar de Bar-ros Filho
Brasilio CaiadoBraoz NogueiraCorreia Lima .nelson ScaranoPlávio GiovineGrimaldi Ribeiro
MDB
Anapolillo de Faria Dias MenezesAntônio Bresolin João ArrudaBezerra de Norões
REUNIõES
Quartas e Quint~-feiras: às 10:00 horasLocal: Anexo li - Sala - Ramal: '166
Direto: 24-'1493Secretária: Maria Cé••a Martil1ll de Sou
za Borges
Antônio PlorêncioAry ValadãoBatista MirandaCarvalho Sobrinhopernando Fagun-
des NetoEdison Bonna
Turma ''B''
Cardoso de AlmeidaDíogo NomuraFlávio G10vineHerbert LevyJuvêncio DiasLopes da Costaorensv RodriguesVasco Amaro
MDB
Pacheco ChavesVinicius Cansanção
SUPLENTES'
ARENAJosé Tasso de AndradeLuiz BragaManoel' RodrigueaMarcílio LImaMilton BrandãoRuy BacelarSinval Boaventura
Alberto HoffmannBatista MirandaBías FortesCarvalho SobrinhaEraldo LemosHannequim DantasHugo AguiarJoão GuidoJoaquim CoutinhoJorge Vargas
Antônio BresolínJuarez Bernardes
Antônio UenoDelson ScaranoEdvaldo FlOresGeraldo BulhõesLomanto JúniorNunes FreireSebastião AndradeVago
Turma "AP
~ Sábado 5. DIÁRIO'DOCO)I.TI':''P'F,SSO NACIONAL (Seçã? n .Oufvbro de 197~
4) COMISSAO DE CONSlrrUIÇÁO E JUSTIÇA 5) COMISSÃO DE ECONOMIA, INDúSTRIA ECOMl:RClO
6) COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA
Presidente: José Bonifácio - ARENA.
Turma "An
Presidente: Hany Sauer - MDB
Turma "A~
Presidente: Ger~ld,
Vlce-Preardente: Gastão
Vice-Presidente: Brtgído
Vice-Presidente: Túlio Vargas - ARENA Vice-Presidente: Henrique Eduoo:dc Alves . 'MDB 1'ITUL
AEETurmlll "U"
TI~ULARES
Vice-Presidente: Marcelo Medeiros - MDB
Ary de Lima
Bezerra de Mello
Daso Coimbra
EdYl Ferraz
Eurípides Cardo-
SO de Menezes
Flexa Ribell'oTurma '~
TITU~ARES
ARENA
Vice-Presidente: Márcio Pan - ARENA
Turma "A.NTurma "8"
ARENA.
Turma "A,"
Altair Chagas
Arlindo Kunzle:r
Djalmllo Bessa
Djalma Marinho
Ferreira. do Amaral
:r:talo Fittip~di
José Alves
José Sally
Luiz Braz
Vago
Vago
Alteu Gasparini
Antonio Mariz
l1:lcio Álvares
Ernesto Valente
Jairo Màgalhães
João Línhares
Lauro Leitão
Ruydalmeida Barbosa
Ubaldo Barern
MDB
Amaral Neto
Arthur Fonseca
Braga Ramos
Braz Nogueira
Faria Lima
José Haddad
Siqueira Campos
~ussumu Hirata
VagoVago
Vago
Alberto Hotfmann
Amaral Furlan
Chavés Amao:ante
Jonas Carlos
Luiz Losso
Ortíz Monteiro
Stélio Maroja
Vago
Vago
Vago
MDB
MI
Francisco Amaral
JG de Araoújo Jorge
Joáo Borges
SUPUARE
Albino Zeni
Antônio Mariz
Artnur Fonseca
Brasília Caiado
Ildélio Martins
.rarro Magalhães
LUI7 Braz
ARENA
SUPLENTESSUPLENTES
ARENA
AlyCll
Presidente: Arthur Santos - ARENA
REUN
MI
Turma "A"
Quartas e Quintas-tei:
Local: Anexo II - S2
Secretária: Mocta Olé
7) COMISSAO DE FINANÇAS
Aleir Pimenta
Bezerra de Norões
Fábio Fonseca
Vice-Presidente: Athiê Cotil'y - MDB
TITULARESARENA
Vice-Presidente: Ddélio MartillB - ARENA '
José Pinheiro Mac.hado
Jose da Silva Barros
Josias Gomes
Magalhães Mello
Marco Maciel
Mário Mondino
Navarro Vieira
Osmar Leitão
Paulmo oíceeo
Rogério Rêgo
Wilmar Dallanhol
ário Theodoro
João Arruda
Santilli Sobrmho
Tancredo Neves
Altair Chagas
Antônio Ueno
Batista Miranda
Bento Gonçalves
Carrd(),\;() de Almeida
Djalma Bessa
Edvaldo Flôres
Ferreira do Amaral
Hermes Macedo
Januário Feitosa
João Línhares
Amaury Müller
MarconCles Gadelha
Rubem Medina
Alceu ColIares
Luiz Losso
MlfllOel TaveirlV
NogueIra de Rezende
Norberto Schmidt
Osmar Leitão
Osnelli Martinelli
Parente Frota
Pires Saboia
Raimundo Parente
Sinval GuazzeUI
Francisco Pinto
Hamilton Xavier
Severo Eulália
Adhemar Ghisi
Amaral de Souza
Américode Souza
Arthur Fonseca
Cantidio Sampaio
Ciá\tdio Leite
Edyl Ferraz
Gonzaga VasconcelOl3
Henrique Turner
Homero Santoo
Jarmund Nasser
José Carlos Leprevost
José Bonifácio Neto
Lisâneas Maciel
Miro Teixeira
Sylvio Abreu
REUNIõES
Terças, Quartas e Quintas-feiras: às 10:00 M.
Local: Anexo II - Sala 17 - Ramal: 626
Secretária: Silvia nacroec Martinl
REUNIõES
Quartas e Quintas-feiras: às 10:00 horas
Local: Anexo II - Sala 4 - ,Ramal: 611secretário: Allielo da Vila
Turma "8"
Carlos Alberto Oliveira
Dyrno Pires ,
Fernando MagalhãeoHermes Macedo
João Castelo
Leopoldo Perea
Ozanam Coelho
Vago
Vago
Vago
Turma "A"
Adhemar de Bar-
ros Filho
Homero Santos
Ivo Braga
Jorge Vargas
Tourinho Dantu
Wilmar Guimarães
Vago
Vago
Vago
Vaca
Ruy LinoVago
Vago
Jorge Ferrllôl
Léo Simões
MDB
César Nasclmentlo
Dias Menezes
Eloy Lenzi
Vago
José Cama<rgO
Ney Ferreira
mysses Guimarães
Vago
MDB
Alencar Furtado
Argilano DariO
;El.oy Lenzi
Francisco Studart
JG de Araújo Jorge
Outubro de 1974 DIARIO no CONGRESSO NACIONAL lSeção I) Sábado 5 7985
SUPLENTES
ARENA
Presidente: Nogueira de Rezende -
9J COMISSAO DE MINAS E ENERGIA
Sl.'PLENTES
ARENA
Ary de Lima Raimundo ParenteFrancrscc RollembergPrISCO Vilma
Presidente: Raimundo Diniz - ARENA
ltEUNIõES
Quartas-feiras: às 10:00 norasLOcal. Anexe li - Sala 14 - Ramal 612Secretário: José Lyra Barroso ae Ortegal
MDB
11) COMISSAO DE RELAÇÕES EXTERIORES
Freitas Diniz
MDB
Anrônio BreRolJn
10) COMISSAO DE REDAÇAO
Presidente: Cantidio Sampaio - ARENAVice-PresIdente: Dyrno Pires - AoH,ENA
TITULARES
ARENA
Henrique de La RocqueSYIVIO Boternc
JoeJ FerreiraJose Boriifácic NetoMarcelo Medelfos
Fernando Fagun-des Neto
Francisco GrilloGanrtei HermesIvc BragaJoão CasteloJosé HaddadLauro Leitâo
Norberto 3chmidtParente Frota
MDB
Freltas DmlzJerÓlllmo SantanaJoão Menezes
SUPLENTES
ARENA
REUNIõES
Quartoo e Quintas-feIras: as 10:00 norasLocal: Anexe II - Sala 1 - Ramal: 665Secretário: Wilson Ricardo Barbosa VIanna
Adhemar de Bar-ros Filho
Aecio CunhaAntônio PlóréncíoArlindo KunzlerArtnur SantosBento GoncarvesÉlclO AivaresEur'ipides Cardo-
so de Menezes
Joel Ferreira
J06é Freire
Vago
Vago
Januário Feitosa
Joá,{> Alves
Joaquim Macedo
Manoel Taveira
Mário Telles
Milton Brandão
Pedro Collin
Plínio Salgado
Roberto Gebara
Sebastião Andrade
Vago
MDB
MDB
ARENA
Adhemar Ghisi
Alair Ferreira
AltaIr Chagas
Antônio Mariz
Arlindo Kunzler
Athos de Andrade
Faria Lima
Ferreira do Amaral
"urtado Leite
Herbert Levy
Hugo Aguiar
cesar Nascimento
Oslris Pontes
Vago
Vago
TITULARES
Turma "A"
Leopoldo PeresMarco MacielMário MondinoMaurrcío ToiedeNorberto SchmidtOceano Carlela!Orensy RodriguesOzanam CoelhoParsifal BarrosoWilmar Guimmães
Turma '~B'"
Amértco de SouzaBtas FortesCláudio LeiteJose Pinneíro MachadoManoel TaveiraMurilo BadaróPedro CollinPereira LopesRogério Rê'l"oTeotônio Neto
l\IDB
Hamilton XavierJairo BrumJoel FerrerraOsirts Pontes
MDB
João MenezesPadre NobreThales RamalhoVago
Aldo FagundesAnapolino de FariaBrrgido TinocoDias MenezesFrancisco Pinto
Adalberto CamargoPearo FlIlriaUlvsses GuimarãesVago
Alberto CostaAlfeu GasparrniAlvaro GaudêncioAry ValadãoDaniel FaracoDiogo NomuraFaria LimaFernando MagalhãesFlexa RibeiroGeraldo GuedesJosé PenedoLeão Sampaio
Turma ''B''
Vice-Presidente: Francisco Studart - MDB
Vice-Presidente: Marcelo LInhares -- ARENA
TITUL.o\RES
ARENA
SUPLENTES
ARENA
Adhemar GhisiAroldo CarvalhoHenrique TurnerJoaquim ooutínnoJose Carlos Leprevost.Iosras GomesLins e SilvaLopo CoelhoPassos PortoPires Sabóia
Freitas DinizVago
Gilberto AlmeidaJose MachadoOdulfo DominguesPaulíno CiceroPrisco VianaVagoVago
Parente FrotaRoberto GebaraRozerido de SouzaSílvio LopesSiqueira CamposVasco NetoVingt RosadoWilmar Dal1anhol
MI>BLauro RodriguesSílvio AbreuVago
MDB
Jerônimo SantanaJorge FerrazVago
Antônio PontesJaoison BarretoJoão Arruda
Batista MirandaFrancelino PereiraGarcia NetoLopes da CostaMárcio PaesMário StammNosser AlmeidaOceano CarleialOswaldo Zanello
Aécio CunhaEdilson Melo TávoraFranC1SCO GrilIoJose SampaioMarco MacielVagoVagoVago
Turma "An
Turma "A"
SUPLENTES
ARENA
TITULARES
ARENA
Vice-Presidente: Jose Tasso de Andrade -
ARENA
Vice-Presidente: Dirceu Cardoso - MDBTurma "'8"
Turma ''B''
Athos de Andrade
Eurico Ribeiro
Henrique Fanstone
Josias Leite
Ricardo Fiúza
Theódulo de Albuquer-
Que
Vago
Pacheco Chaves
Peixoto Filho
Vinicius Cansanção
Walter Silva
ARENA
Adalberto Camargo
Ario Theodorc
Florim Coutinho
Freitas Nobre
José Camargo
Vice-Presidente: Peixoto Filho - MBD
Vice-Presidente: Furtado Leite - ARENA
Turma .'8"
8) COMISSÃO DE FISCALlZACÃO FINANCEIRAE TOMADA DE CONTAS •
TUI'ma "A" - Quartas-feiras: às 10:00 horas
o;'Tl.irma "B" - Quintas-feiras, às 10:00 horas
Local: Anexo TI - Sala 16 - Ramai.ll: 642e 643
secretário: Paulo José Maestrali
Presidente: Daniel Faraco - ARENA
REUNiõES
Turma "A"
Heitor Cavalcanti
Joaquim Macedo
Manoel Novaes
Nosser Almeida
Oswaldo Zanello
Sinval Guazzelli
Wilson Falcão
Vago
Vago
Vago
V&go
MDB
Vago
Vago
V&go
REUNIõES
Quintas-feiras: às 10:00 horasLocal: Anexo '11 - Sala 1 - Ramal 659Secretária: Terezinha de Jesús Versiani Pí-
tangui
REI1NIÕES
Quartas-feiras: às 10:00 hora.'!Local: Anexo II - Sala 1 - R.amad 677secretária: Sylvia Cury Kramer BenJaIDiD elo
Canto
'1986 Sábado 5 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Outubro de 19'74
12) COMISSÃO DE SAüDE 14) ,COMISSÃO DE SERViÇO POBLlCO 16) COMISSÃO DE TRANSPORTES
13) COMISSÃO DE SEGURANÇA NACIONAL
Presidente: Parente Frota - ARENAVice-Presidente: ítalo Conti - ARENAViCe-Pl"esidente: Florim Coutinho '- MDB
Presidente: Pedro Lucena - MDBVice-Presidente: Fábio Fonseca - MDBVice-Presidente: Francisco Rollemberg ARENA
REUNIOES
Quartas-feiras: às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 10 - Ramal 682Secretária: Iná Fernandes Costa
MDBDias MenezesFranCISCO uíbardoníPeixoto Filho
MDBRuy Lino
MDBVagoVago
Vasco Netto - ARENAAbel Avila - ARENAJosé Mandelli - MDB
TITULARES
ARENARezende MonteiroRozendo de SouzaRuy BacelarSílyío LopesVagoVago
SUPLENTES
ARENAMario MondinoMoacir ohieeseMonteiro de BarrosParente FrotaPassos Portovasco AmaroVingt Rosado
SUPLENTES
ARENALeopoldo PeresVagoVagoVago
Al'l'on Ri06·Alair FerreiraAlberto CostaBento GonçalvesJoáo GuidoMario StammMário TeHes
PresidenteVice-PresidenteVIce-Presidente
Fernando LyraJairo BrumLéu Slmões
Adalberto CamargoAlberto LavínasAmaury Müller
Presidente: Siqueira Campos - ARENA,Vice-Presidente: Sebastião Andrade - AlJ,EN~
Vice-Presidente: Júlio Viveiros - MDB .
TITULARES
ARENA.Nunes Freire
- Raimundo ParenteVinicius Câmara
Jerônimo santanaJoel Ferreiro
Gabriel HermesJoaquim MacedoJuvêncio DiasNosser Almeida
MDBAntônio Pontes José FreireJG de Araújo Jorge Vago
REUNIõES
Quartas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala B-A - Ramais:
606 e 616Secretária: JffCY da Nova Amarante
REUNIõES
Quarta.s e Quintas-feiras: às '10:30 horasLocal: Anexo II - Sala fi - Ramai: 696Secretária: Maria da Conceição Azevedo
Gilda Amora de Assis RepublicanoLocal: Anexo li - Ramais:
Seção de Comissões de InquéritoChefe: Flávio Bastos RamosLocal: Anexo li - Ramais: 609, 610 e 6111
Seçáo de Comissóes EspeeíalsChefe: SteHa Prata da Sllva Lopes
,Local: Anexo II - Sala 8-B - Ramal: 604
COORDENAÇAO DE COMISSOESTEMPORÂRIAS
:Édison BonnaEdyl FerrazEraldo LemosJarmund NasserJoão Castelo
COMISSOES ESPECIAIS1) COMISSÃO DA AMAZüNIA
_Alípio CarvalhoEdi1son Melo TávoraEraldo LemosGaorcia NetoJosé MachadoJosé SampaioLeão SampaioMaia Neto
Paulo FerrazVagoVagoVagoVago
Lopo CoelhoManoel de AlmeidaOzanam CoelhoRoberto GalvaniVinicius Câmara
Wilmar DallanholWilson BragaVagoVagoVagoVago
Ddélio MartinsítalO ContiJoaquim MacedoJQI;é Pinheiro MachadoJosias GomesMauricio ToledoSussumu HirataTúlio Vargas
MDBLauro RodriguesMarcos Freire
MDBPeixoto FilhoVago '
MDBFernando CunhaWalter Silva
MDBLisâneas MacielPedro FariaPeixoto Filho
SUPLENTF<S
ARENA
Agostinho RodriguesEllas CarmosFrancelino PereiraGrimaldi RibeiroJoão VargasNecy NovaesMagalhães MelloMilton oasseíPa1ilo Abreu
Freitas NobreGetúlio Dias
Cid FurtadoDaso CoimbraEurico RibeiroGilberto AlmeidaJoão CasteloJonas Carlos
Francisco LibardoniJair MartinsLéo SimõesPedro Lucena
Alvaro GaudêncioCid FurtadoHenrique de La RocqueJoáo AlvesOsmar LeitãoRoberto GalvaniRoberto Gebara
Alcír PimentaArgílano DarióCarlos Cotta
Adhemar GhisiCélio Marques Fer-
nandesCláudio LeiteDaso CoimbraFernando Fagun·
des NetoGeraldo BulhõesHelberf dos Santos
Presidente: Raimundo Parente - ARENAVice-Presidente: José da Silva Bao:ros - ARENAVice-Presidente: Bezerra de Norões - MDB
TITULARES
ARENA
Presidente: Dias Menezes· - MDBVice-Presidente: Antônio Pontes - MDBVice-Presidente: Hugo Aguiar - ARENA
SUPLENTES
ARENA
Baldaccí Filho José PenedoCarlos Alberto Oliveira José Sally
REUNIõES
Quartas e Quintas-feiras: às 10:00 horMLocal: Anexo II - Sala 15 - Telefone:
24-8719Secretária: JiJlia Felício Tobiall
'15) COMISSÃO DE TRABALHO E LEGISLAÇÃOSOCIAL
REUNIõES
Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II :- Sala 12 _ Ramal 694Secretário: Oclair de Mattos Rezende
TITULARES
ARENA
Francisco AmaralFrancisco PintoGetúlio 'Dias
VagoVago
JoáoVargasMagalháCs MelloRoberto GalvanlSailes FilhoSiaueira. oampoaTeotônio NetoVmgt '&osajlQ
JG de Araújo JorgeJúlio Viveiros'Marcondes Gadelha.
MDB
Jait MartinsJosé CamargoLaerte Vieira
TITULARES
ARENA
Leão SampaioMareílio LimaNavarro VieiraSilvio BotelhoVagoVagoVago
MDB
TITU,LARES
ARENA
Mllton BrandãoOsnellí MartínellíSylvio VenturolliSinval BoaventuraVinicius CâmaraVago
MDB
VagoVagoVago
SUPLENTES
ARENA
Anapolino de FariaJaison Barreto
Albino ZeniAmérica BrasilArnaldo BusatoBaldacci FilhoCantídio SampaioEraldo LemosHelbert dos Santos
Athiê CouryFreitas DinizJllIDduhy Carneiro
Ney FerreiraRuy Lino
Alipio CarvalhoClóvis StenzelGeraldo GuedesHannequim DantasJanuário FejtosaJosé PenedoManoel Rodrigues
REUNIõESQuartas-ren"as, às 10:00 horasLocal: Anexo li - Sala 13 - Ramal 689Secretária: Haydé Fonseca Baneto -
SUPLENTES
ARENA
Airon Rios Juvêncio DiasBraga Rmuos Nunes FreireDaso Coimbra Oceano CarleialDlogo Nomura Parsifal BarrosoHenrique Fanstone Sylvio venturolliJoão Alves Theódulo de Albuquer-JQI;é Tasso de Andrade queJosias Leite Vlngt Rosado
MDB
Adhemar de Bar-ros Filho
Agostinho Rodrii-UesAroldo CarvalhoBento GonçalvesCélio Marques Fer·
nandesEraldo LemosFlávio Giovine.João Guido
Alenear FurtaooDias MenezesFrancisco Pinto
Outubro de 19'74 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 7987
2} COMISSÃO DA BACIA DO SÃO FRANCISCO
4} COMISSÃO DO DESENVOLVIMENTO DAREGIÃO SUL
3} COMISSÃO ESPECIAL DE DESENVOLVIMENTODA REGIÃO CENTRO-OESTE
REUNIõES
Quintas-feiras, às 10:00 norasLocal: Anexo n - Sala 3Telefone: 24-2493 - Ramal: 611Secretário: Carlos Brasil de Araújo
Lins e SilvaParsifal Barroso~dison BonnaPaulo AlbertoJosé da Sí1va BarrosVago
Pedro Faria
MDB
Alcir PimentaAlberto LavínasPadre Nobre
MDB
ARENA
SUPLENTES
TITULARES
ARENA
ARENA MDB
Henrique Eduardo Alves
REUNIOES
Quintas-feiras, às 09:00 horas
Local: Anexo II - Sala 8-A - Ramal: 604
Secretária: Maria Helena May Pereira daCunha .
Abel Avíla
Stélio Maroja
Argilano DarioAthiê Coury
Fernando F'agun-des Neto
Ruy BacelarMário TellssMárcio Paes
Bezerra de Norões
8} COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ELAB.RAR PROJETO DO CóDIGO DE ESPORTES
Presidente: Dll6O· Coimbra - ARENA
Vice-Presidente: Furtado Leite - ARENA
Relator: João Menezes - MDB
Presidente: Osnellí Mll'1"tine1l1 - ARENA
Vice-Presidente:Brlgido Tinoco - MDB
Relator: Slnval Guazzclli - ARENA
Relator-substituto: Fábio Feitoss. - MDB
REUNiõES
7) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ELABORAR AS MEDIDAS LEGISLATIVAS NECESSARIA.5 AINTEGRAÇAO SÓClO·ECONôMICA ECULTURAL DOS POVOS DA COMUNIDADE AUNGUA PORTUGUESA, BEM ASSIM TORNARREALIDADE A COMUNIDADE LUSO.BRASILEIRA
TITULARES
Quartas-feiras, às 15:00 horas
Local: Anexo II - Sala. a-B - Ramais: ooae 604
secretário: Dar~e Oliveira àe AltJuquerq~
SUPLENTES
ARENA
Plínio Salgs.doSinval BoaventuraFlexa RibeiroOSWaldo ZanelloManoel TaveiraCardoso de AlmeidaJoão·AlvesEuripides Cardo-
S<! de MenezesVs.go
MDB
Pacheco Chaves
MDB
Thales RamaolhoWaldemiro Teixeira
Lu12 GarciaManoel de AbneidaOceano Carleial
MDB
Marcos FreireSevero Eulália
MDB
osíns PontesVinicius Cansanção
SUPLENTES
ARENA
José PenedoJosé S!lilnpaioJosias GomesPinheiro MachadoPrisco Vianna
SUPLENTES
ARENA
Sinval GuazzelliVasco AmaroWibnar DallanholVagoVago
MDB
JG de Aralljo JorgeJosé Mandelli
ARENA
Mário Telles
Fábio FonsecaFernando Lyra
Edvaldo FlôresFrancisco RollembergFurtado LeiteGrJma1di Ribeiro
ARENA
Célio Marques Fernandes .
Ferreira do Amaral
SUPLENTES
Alvaro LinsHenrique Eduar
do Alves
REUNiõES
Quintas-feiras, às 10:00 horas
Local: Anexo II - Sala 8-A - Ramal: 608
Secretária: Maria Tereza de Barros Pereira
TITULARES
ARENA
REUNIõES
Quintas-feiras: às 10:00 horas
Local: Anexo II - Sala 8-A - Ramal 695
Secretária: Vânia Garcia Dórea
Eraldo LemosErnesto ValenteFrancelino PereiraJosé Alves
Presidente: Ruy Bacelar - ARENA
ViCe-Pl1lsldente; Januário Feitosa - ARENA
Vlce-Presídente:
REUNIQES
Quintas-feiras, às 10:00 noras
Local: Anexo II - Sala 8-B - Ramais: 607e 608
Secretário: Abeguar Machado Massera
5) COMISSÃO DO POLlGONO DAS SECAS
6) COMISSAO ESPECIAL DESTINADA AESTUDAR GLOBALMENTE O PROBLEMADA POLUIÇAO AMBIENTAL
Presidente: Faria LIma - ARENA
Vice-Presidente: Aureliano Chaves - ARENA
Relator: Monteiro de Barros - ARENA
TITULARES
Alencar FurmdoCesar NlllScimento
Abel' AvilaArthur SantosFlávio Giovlne:ttalo Conti
Lauro LeitãoPedro ColllnSylvío VenturoIll
Manoel Novaes·Ricardo FiuzaVasco Neto
MDB
Walter SilvaVago
MDBJaison Barreto
MDB
Thales Rams.1ho
MDB
Silvio de Abreu
Presidente: ARENAVice-Presidente: Wilmar Guimarães - ARENAVice-Presidente: Juarez Bernerdes - MDB
TITULARES,
ARENA
Jarmund NasserMarcilio LimaRezende MonteiroUbaldo Barem
Alberto HoffmannAntônio UenoAxoldo CarvailhoJoão Vargas
Elay LenzíGetúlio Dias
Axy ValadãoEdyl FerrazGarcia NetoG/:Istáo Müller
MDB
Carlos Cotta José Bonifácio NetoDirceu Cardoso Vago
REUNIõES
Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 8-B - Ramal: 685Secretário: Romualdo Fernandes Arnaldo
Francisco PintoJanduày Cll'1"neiro
SUPLENTES
ARENA
Marco MlllCielOdUlfo DominguesPassos PortoPaufíno Cicero
. SUPLENTES
ARENA
América Brasil VagoHenrique FaIIlstone VagoL~esdaCo~a V~o
Siqueira Campos VagoVs.go
Bento GonçalvesJoSé SampaioJosias LeiteLomanto Júnior
Djalma BessaEraldo LemosFernando MagalhãesGonzaga VasconcelosHomero Santos
Presidente: Rogério Rego - ARENAVice~Presidente: Geraldo Bulhões - ARENAVice-Presidente: Vinicius Cansanção -·MDB
TITULARES
AR:lilNA
Presidente: Adhemar Ghisi - ARENAVice-Presidente: Mário Mondlno - ARENAVice-Presidente: Antônio Annlbelll - MDB
TITULARES
ARENA
AJ'g:llano Dario.Fernal1dü Cunha
c Henrique Edus.rdo Alves
Ney Ferreira
'7988 Sábado 5 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro ,de 1974
Garcia Neto
SUPLENTES
ARENA
9) COMISSAO ESPECIAL PARA REVISÃO E
ATUALlZAÇAO DA LEGISLAÇAO SOBRE
DIREITOS AUTORAIS
Presidente: Norberto Schmidt - ARENA
Vice-Presidente; Florim Coutinho - MDB
Relator: Altair Chagas - ARENA.
11) COMISSÃO ESPECIAL PARA ESTUDAR EEQUACIONAR O PROBLEMA DO MENOR
ABANDONADO NO PAIS
Presidente: José Sally - ARENAViee-Presidente: JG de Araújo Jorge - MDBRelator: Manoel de Almeida - ARENA
TITULARES
ARENA
Alceu CollaresFrancisco AmaralJairo BrumLaerte Vieira
MDB
Lisãneas MacielMarcos FreireRenatc AzeredoWalter Silva
TITULARES
Quintas-feiras. às 09:00 horas
Local: Anexo n - Sala a-A - Ramal: 603
Secretário: Antônio Fernando Borges Manzan
12) COMISSAO ESPECIAL DE SEGURANÇA DEVEICULOS AUTOMOTORES E TRAFEGO
REUNIõES
Quartas-feú'as. às 15:00 norasLocal: Anexo n - Sala a-B 'Secretária: Gelcy Clemente Baptista
TITULARES
ARENA
Francisco Studard
REUNIõES
Terças-feiras, às 10:00 norasLocal: Anexo rI - Sala B-A - Ramal: 603Secretário: Mário Camilo de Oliveira
MDB
14) COMISSAO ESPECIAL DESTINADA AESTUDAR E ELABORAR PROJETO SOBRETRAFICO E USO DE TóXICOS
Presidente: Tourinho Dantas - ARENAVice-Presidente: Jaison Barreto - MDBRelator-Geral: Manoel Taveíra - ARENASub-Relato1": Fábio Fonseca - MDB
Parente FrotaNina RibeiroHelbert dos Santos
SUPLENTES
.4RENA
Necy NovaesPlínio salgada
MDB
SUPLENTES
ARENA
Airon RiosAlberto CostaMário Mondino
Peixoto Filho
Raymundo Diniz
JÚli" Vivei1'os
Presidente: Joaquim Macedo- ARENAVice-Presidente: Adalberto Camargo - MDBRelator: Mário Stamm - ARENA
TITULARES
ARENA
MDB
Dias Menezes
Prisco Vianna
Wilmar GUimarães
zacnanas Seleme
MDB
ARENA
ARENA
REUNIõES
SUPLENTES
Freitai Nobre
Vagil
Walter Silva
Flexa Ribeiro
:MalU'wio Toledo
Osmar Leitão
Alberto LavinasMDB
A1feu-Gasparini
Abel AvilaCélio Marques Fer
nandesJoão Guido
Leão Sampaio
COMISSOES PARLAMENTARESDE INQUÉRITO
REUNIõES
Terças-feiras, às 10;00 horasLocal: Anexo n - Sala a-ASecretário: Antônio Estanislau Gomes
MDB
Pedro Lucena
SUPLENTES
ARENA
Moacyr ChiesseRozendo de SoUzaRuy BacelarUbaldo Barem
MDB
Eloy Lensí Léo Simõeslosé Mandelli
ARENA
Presidente: Luiz Braz - ARENA
Vice-Presidente: Dirceu Cardoso - MDBRe1ator;
TITULARES
10) COMISSÃO ESPECIAL PARA FIXAR DIRETRI·
ZES E NORMAS DE LEI PARA O TURISMOBRASILEIRO
Alvaro Gaudêncio
ArDIdo Carvalho
Célio Marques Fer-
nandes
Delson Scarano
Faria Lima
João Alves
Lauro Leitão
Leopoldo Peres
Navarro Vieira
Oswaldo ZanelIo
Túlio Varga&'
MDB
REUNIõES
Quintas-feiras, às 10:30 horasLocal: Anexo n - Sala 8-ASecretário: 'Luiz Antonio de Sã Cordeiro da
Silva
13) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ELABO,RAR PROJETOS DE LEIS COMPLEMENTARESA CONSTITUIÇAO
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQU~RlTO
PARA INVESTIGAR AS CAUSAS DO TRAFICOE USO DE SUBSTANCIAS ALUCINóGENAS
(RESOLUÇãO N.o 4'1/'78)
Presidente; Wilson Braga - ARENAVice-Presidente: Marcondes Gadelha - MD~
Relator: Francelino Pereira - ARENA
TITULARES
MDBAleir Pimenta
Josias Leite
SUPLENTES
ARENA
MDB
José Bonifácio NetoPeixoto Filho
MDB
OUvir Gabardo
REUNIõES
Local: Anexo rI - Sala 3 - Ramal: 611Secretário: Jairo Leal Vianna '
ARENA
Cantídio Sampaio
ARENA
Alberto HoffmannChaves AmaranteDjalma BessaJosé HaddadRoberto GalvaniSilvio BotelhoSinval Boaventura
SUPLENTES
TITULARES
ARENA,
Jairó MagalhãesJoão LinharesJosé Carlos Leprevo.stMagalhães MeloMarco MacielPinheiro MachadoRailnundo DiniZTúlio VargasVagoVago
Presidente: José Sampaio - ARENAVice-Presidente: José Bonifácio Neto - MDBRelatol': ndélio Martins - ARENA
Adhemar GhisiArlindo Kunzlel'Célio Marques Fer-
nandesCláudio LeiteDjalma BessaElU'ico RibeiroFrancelino PereiraHíldebrando Guima-
rãesIvo Braga.
José Camargo
Pedro Faria
REUNliõES
Terças-feiras, às 10:00 horas
x.ocal: Anexo n - Sam 8-B - Ramal: 00i
Secrett\.rii.: :Marii. Izll.bel de AzevedO
Getúlio Dias
José Bonifácio Neto
Ôutubro de 1974 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
REVISTA DE INFORMAÇÃOLEGISLATIVA
Editada pelo Senado Federal
DIRETORIA DE INFORMAÇÃO LEGISLATIVA
Direção
LEYLACASTELLO BRANCO RANGEL
Sábado 5 7989
~ N"O:MEROS PUBLICADOS. Cr$
INDICE DO SUMARiO DA REVISTA DE INFORMAÇÃO LEGlS.LATNA DE 1 a 10 (enviarernos gratuitamente a qu~m nos &aliei·tar):
- abril a junho n918 (1968) :•• t : ·~ ••• ,... 5,00- julho-e setembro n~ 19 (1968)... I • ". "" " 5,00
. - outubro a dezembro n9 20(1968)....................... 5,00,
. 'INDICE DO SUMARIO DA REVISTA DE INFORMAÇÃO LEGis.LATIVA ,DE 1 a 20 (enviaremos gratuitamente il quem nos solicitar):
-' jánelroa marçon921 {l969) ,. 11"••• 11."..... ••• 5,00- abril a junho nl? 22 (1969) ..•••• " t , ••• lo 5,00- julho a setembro n~ 23' (1969), • • • .. .. .. •• ..... 5,00- outubro a dezembro n'i'24 (1969) ••••• :" "••• 11.... 15,00- janeiro a março nv25 (1970) •. li ••• ' I t •• li t t •• : ••', 10,00- julhoasetembron~27(1970) .•••••• 6 ", ••·, ••••••• ". 10,00- outubro a dezembro nY- 28 (1970)f' t •••••••••••••••• 1 1" t 10100
- janeiro a marçonv29 (1971) I ti.... 10,00- abril a junho nl!30 (1971) li' li' I'" li1!tI.......... 10,00
tNDICE DO SUMAmO DA REVISTA DE INFORMAÇÃO LEGIS.LATIVA DE 1 a 30 (enviaremos gratuitamente a quem nos solici·tar);' .....
- julho a setembro n. 31(1970.......................... 10,00,...:. outubro a deeembronv32(1971)....................... IO,()()- janeiroa marçon'l33(1972) li I • • • • •• •••••• 10.00
SUMÁRIO
COLABORAÇÃO
As Diversas Espécies de LeiSenador Franco Montoro
Organização Jurídica do NotarJado'na República Federal da AIe~:n;tanha (Um Estudo da SoluS'ão de Problemaa Insolúveia no BrasIl)
ProC. A. B. Cotrim NetoO Congelamento do Poder Mundial
Em baíxador J. A. de Araújo CastroO Planejamento e o. Organismos Regionais como Prepara9iLo a um
Federalismo dali Regiões (a experiência brasileira)Prof. Paulo Bonavídes . .
Aspectos Polêmicos do Estatuto Jurídico da Mulher Ca...da -'!.fi ná. mero4.121, de 27-08-62
! Prof,Carlos DayrellSituação Jurídica da NOVACAP
Dr, Dado Cardoso, Oa Direítos Autoraill no Direito Comparado
Prof, Roberto RosasPerguntai e Helerval a Respeito do Plano de Integração S9cial. PJ:OC. Wilhelmus Godefrídus.Hermans •Euclides da Cunha e a Rodovia Tranumazônica
Dr, G. IrenêoJoffily •O Senadoe a Nova Conltitui",ão. ,Dr, Paulo Nunes Augusto de FigueiredoO AlllellSoraniento Legislativo• DreAtyr de AzevedoLucci
Decretos-leisDr, Caio Torres
Iniciativa e Tramitação lle ProJetotJesse de Azevedo Barquero
O. Direitos da Companheira.Ana Yalderea A, N. de Alencar
PoluiçãoJoão Boseo'Altoé
SUMÁRIO
COL~BORAÇÃO
Política do Desenvolvlmehto Urbano, Senador Carvalho Pinto
O P~oblema das Fonte. do Direito; Fontel Formai. e Materil\l., Penopectivas Filosófica, Sociológica e Jurídica
Senador Franco MontoroA Televisão Educativa no Braail
Prof, Gilson AmadoRUY, a Defesa dos Bispos e a Queatão do Foro doa Crimes Militarei:
Duas Retificações NecessáriasProf. Rubem Nogueira
A Proteção Jurisdicional doa Direitos Humanoa no Direito POliU•vo Brasileiro ..
De•. Hamilton de Moraes e BarrosSobre a Metodologia do Ensino Jurídico
Prof. Hugo Gueiros Bernardes . ,Prerrogativas dos Bens Dominais -'Inauteetibllidade de POllle Civil
Des. José Júlio Leal FagundesO Instituto de Aposentadoria na Atual ConlUtuição
Prof. Carlos Dayrell'O Apoio Técnico c Administratlvoao Partido Parlamentar
Prof, Sully Alvesde SouzaRedução de Custos Gráficos-editoriais
Prof•.Roberto Atila Amaral VieiraAdoção '
Ana ValderezAvres Neves de AlencarIncentivos Fiscais no Planejamento
Walter FariaContabilidade: Ensino e Profillaão
João BoscoAltoé
SUMARIO
HomenagemSenador Milton Campos
. COLABORAÇÃO
Fontes do Direito em Suu Modalidade. FundamentaisSenador Franco Montoro
As soeiedades por quotas de responsabilidade limitada, 'no DireitoPortuguês e no Direito Brasileiro
Prof. OttoGilAtribuições do Ministérío Público no Código de Processo Penal
. Dr. Márcio Antônio InacaratoDo pagamento por Consignação nas Obrigações em Dinheiro
Desembargador Domingos Sávio Brandão Lima 'O Adicional Insalubridade-Periculosidade e oDecreto-lei 389
Prof. Paulo Emílio Ribeiro de VilhenaDireito do Trabalho e o Direito Penitenciário
Ora. Carmem Pinheiro de CarvalhoMoral, Direito. Profisllão
Prot; Antônio Augusto de Mello Cançado
PESQUISA
OSenado do Império oa AboliçãoWalter Faria
DOCUMENTAÇÃO
Con.olidavão das Leia do TrabalhoCaíoTorrea
PUBLICAÇOES
Obras editadas ~IaDiretoria de Inrorma~iio LegilllativaPreço da assinatura anual, que corresponde a quatro numeros, Cr$
30,00 (trinta cruzeiros). Os pedidos de assinaturas e de números avulsos devem ser endereçados ao Centro Gráfico do Senado Federal Caixa Postal 1.503 - Brasília - DF, acompanhados de cheque bancá.rio, visado, nominal e pagável na praça de Brasília.
Remeteremos números avulsos pelo Serviço de Reembolso Postal,'~crescldo do valor das despesas de remessa, de acordo com a tarifa
postal.
'2990 Sábado 5 DlARIO DO OONGRESSO NAOIONAL (Stl1láo J) Outubro de í9'74
IIMANUAL DE ORGANIZAÇÃO PARTIDÁRIA MUNICiPAL"Volume com 64 páginas - Preço Cr$ 5,00
fNDICE,ANEXOS:
a) Modelo n~ 1 - Edilâl de Convocação da, Conven"ção MunicipalModelo n9 2 - Notificação de Convencional paracomparecer à Convenção 'Modelo n9 3 - Requerimento de Registro de Cha-pas ,Modelo n9 4 - Autorizaç~o Coletiva para InscriçãQde candidatoModelo 0 9 ~ ..... Ata da ConvençãoModelo n9 6 - Termos de Abertura e EncerramentoModelo 09 7 - Edital de Convocaçáp do DiretórioMunicipalModelo, n'?, 8 - Notificação aos membros do DiretórioModelo n9 9 - Requerimento ao Jui:z: Eleitoral indicando os Delegados
b) RESOLUÇÃO n9 9.058, de 3 de setembro d.e 1911, _do Tribunal Superior fleitoral
r - Da Filiação Partidária11 - Convocação da Convenção Municipal
111 - Registro das Chapas
IV - Impugnação do Registro
V - Instalação e FuncIonamento da Convenção
VI - Ata da ConvençãoVII - Dos Livros do Partido
VIII - Dos Diretórios Municipais
IX - Das Comissões Executivas
X - Dos Delegados dos Diretórios
xl - Do Registro dos Diretórios
XII - Dos Munlclplos sem Diretórios
XIII - Prazo de filiação para eoncorrer às eleiçõesmunicipais de 1972
XIV - Dlretórlos Distritais e órgãos de cooperação
LEGISLAÇÃO, ELEITORAL E PARTIDÁRIA! .
PUBLICAÇÃO DA DIRETORIA DE INFORMAÇÃO LEGISLATIVA DO SENADO FEDERAL
Volume com 326 páginas - Preço Cr$ 20,00.
(NDICE
., - LEI ORGÂNICA DOS PARTIDOS POLfTICOS
a) ler oI;! 5.682, de 21 de Julho de 1971 - "lei Orgânica dos Partidos Polltlcoa" (0.0.. de 21-7-71; retoD.O. de 23-7-71).
b) Lei n9 5.697, de 27 de agosto de 1971 - "Dá nova. redação aos artigos que menciona da Lei n9 5.• 682,
de 21' d~ julho de 1971
- Lel Orgânica dps Partidos Polfticos" (0.0. de19·9·71).
c) Quadro, Comparativo:'
- Lei n'? 5.682, de'21 de julho de 1971 .... "lei Or·gãnica dos Partidos Políticos" (O.O. d,e 21·1·11;'reto 0.0. .de '23-7-71)~ •
- Lei n9 5.697, de 27 de agosto de 1971 - "Dánova redação aos artigos que menciona da Lei09 5.682, de 21 de julho de 1971 - Lei Orgânicados Partidos Políticos" (0.0. de 19-9-71);
- Projeto de Lei n9 8/11 (CN); e
- lei n9 4.740, da 15 da Julho de 1965 - fileI Or..gãnlca dos Partidos Polütccs'' (0.0. de 19-7-65jreto D.O. de23-7-65). '.
d) Instruções para Organização, Funcionamento e EK·tlnção dos Partidos Políticos _. Resolução n9 9.058,de 3 de setembro de 1971, do Tribunal Superior Eleitoral (D.J. de 13-9-71).
11 - CóDIGO ELEITORAL
a) leI n9 4.737, de 15 de julhó da 1965 - "Inslllut oCódigo Eleitoral" (0.0. de 1liH-OO; reto D.O. de30-7-65).
b) alterações: •
- Lel nl;! 4.961, de 4 de maIo de 1966 - "Altera '.redação da Lei nl? 4.737, de 15 de julho de 1965(Código Eleitoral)" (O.O. de 6-5-00) (altersQOe. jAconsignadas)j . .
- Decreto-lei n9 441, de 29 de Janeiro de 1969 --."Altera e revoga dispositivos da Lei n9 4.961, de4 de maio de 1966" (0.0. de 30-1-69i reto 0.0.de 4-2-69) (alterações jâ oonsignadas);
- Decreto-lei .n9 1.064, de 24 de outubro de 1969- "Altera a redação do art. 3Q2 do Código Elei";toral, e dá outras providências" (0.0. de 27-10-69).
JII - SUBLEGENDAS
- lei n9 5.453, de 14 de julho de 1969 - "Instituio sistema de sublegenda, e dá outras provldên..elas" (0.0. de 18-6-68).
IV - INELEGIBILIDADES- lei Complementar n9 5, de 29 de abri! 'cfa 1970
- "Estabelece. de acordo com a Emenda ccns..titucional nl? 1, de 17 de .eutubro de 1969, art. 151e seu parágrafo ünlco, casos de inelegibilidades,e dá outras providências" (0.0. de 29-4-70).
Outubro de 1974 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçlo J) Sábado 5 '79~1
Emendas Constitucionais1, a 3
Atos Institucionais1 a 17
Atos Complementares1 a 96
Leis Complementares1 a 12
.Legislação Citada e Sinopse
Obra' Elaborada Pela' Divisão de Edições Técnicas
do Seriado Federal
(Antiga Diretoria de Informa,ão Legislativa)
Preço: Cr$ 15,00