COMPETÊNCIA
Competência absoluta e relativa. Efeitos
Material. Art. 114 da CF
Em razão da pessoa
Funcional
Territorial
LIEBMAN: “ a competência é a quantidade de
jurisdição cujo exercício é atribuído a cada órgão,
ou seja, “medida da jurisdição”
COMPETÊNCIA - CONCEITO
CARNELUTTI:
“chama-se competência a extensão do poder que pertence
(compete) a cada órgão judicial ou a cada componente do
órgão, em comparação com os demais (...) competência é o
poder pertencente ao órgão judicial ou ao oficial considerado no
singular. Explica-se assim a diferença entre competência e
jurisdição: esta é o poder pertencente não a cada órgão judicial,
mas a todos os órgãos em conjunto
[
JURISDIÇÃO
Poder/dever de resolver de
resolver conflitos
intersubjetivos de
interesses, dentro de
limites estabelecidos na
lei.
São esses limites que
definem a competência
Art. 111 da CF:
I – Tribunal Superior do
Trabalho
II – Tribunal Regional do
Trabalho
III – Juízes do trabalho
ÓRGÃOS DA JUSTIÇA DO
TRABALHO
TST
Lei 7.701/88
SDC (art. 2º)
SDI (art. 3º)
Turmas (art. 5º)
Pleno (art. 4º)
Há um caminho a
seguir ...
Que se define pelos
elementos da
DEMANDA e do
PROCESSO
DEFINIÇÃO DA
COMPETÊNCIA
ELEMENTOS DA
DEMANDA =
Partes
Pedido
Causa de pedir
ELEMENTOS DO PROCESSO =
Tutela ordinária
Tutela diferenciada =
Mandado de segurança/Juizados
especiais
Definição do juiz para o
caso em concreto
IDENTIFICAÇÃO
DA COMPETÊNCIA
<1> Justiça brasileira?;
<2> Qual Justiça?;
<3> Qual Órgão: TST,
TRT ou Vara?; <4>
No TST ou TRT: qual
Órgão? (Regimento
Interno); <5> Vara:
qual?
É a lei que define a
distribuição segundo o
que julga melhor modo
para exercício da
função jurisdicional
No art. 651, §2º da CLT =
empregado
Art. 21 do CPC = se não se
tratar de relação de emprego
Art. 651, §2º CLT
“A competência das Juntas de Conciliação
e Julgamento, estabelecida neste
artigo, estende-se aos dissídios
ocorridos em agência ou filial no
estrangeiro, desde que o empregado
seja brasileiro e não haja convenção
internacional dispondo em contrário.
JUSTIÇA BRASILEIRA?
Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira
processar e julgar as ações em que:
I - o réu, qualquer que seja a sua
nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a
obrigação;
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato
praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no
inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a
pessoa jurídica estrangeira que nele tiver
agência, filial ou sucursal.
CRITÉRIOS
• MATERIAL
• TERRITORIAL
• FUNCIONAL=
HIERÁRQUICA
• X EM RAZÃO DA
PESSOA
• X EM RAZÃO DO
VALOR DA CAUSA
Qual o CRITÉRIO de
DISTRIBUIÇÃO da
COMPETÊNCIA INTERNA?
Na Justiça do Trabalho não
se define a competência
em razão do valor da
causa ou da pessoa
Valor da causa aqui serve
para rito procedimental
e não para definir
competência.
Ex.:sumaríssimo = 40 SM
MATERIAL :
Considera a natureza da
relação jurídica litígios;
TERRITORIAL;
Considera a circunscrição
territorial estabelecida
para atuação de cada
órgão
Tipos de competência na JT
FUNCIONAL:
Considera as funções que o
órgão do Poder Judiciário
é chamado a exercer no
processo
PESSOA :
Considera quem pode
litigar na Justiça do
Trabalho
Valor da causa:
Se aplica?
Rito e não competência
FONTE
(1)Constituição Federal (114 CF);
(2) Leis federais não consolidadas ;
(3) Regimentos Internos dos Tribunais (art. 96, I CF);
(4)Tratados e convenções internacionais ratificados pelo Brasil (artigo 651, §2º da CLT e 5º, §2º da Constituição Federal)
Qual o CRITÉRIO e LEI que
definem a competência?
Exemplos:
Competência material = Art. 114
da CF
(próximo slide)
Competência funcional = CLT, Art.
877 (execução)
Art. 877 - É competente para a
execução das decisões o Juiz ou
Presidente do Tribunal que tiver
conciliado ou julgado originariamente
o dissídio.
I - as ações oriundas da relação detrabalho, abrangidos os entes de direitopúblico externo e da administração públicadireta e indireta da União, dos Estados, doDistrito Federal e dos Municípios;
II - as ações que envolvam exercício dodireito de greve; (Inciso acrescentado
III - as ações sobre representaçãosindical, entre sindicatos, entre sindicatose trabalhadores, e entre sindicatos eempregadores; (Inciso acrescentadopela Emenda Constitucional nº 45, de
08/12/2004)
IV - os mandados de segurança,
habeas corpus e habeas data,
quando o ato questionado envolver
matéria sujeita à sua jurisdição;
V - os conflitos de competência entre
órgãos com jurisdição trabalhista,
ressalvado o disposto no art. 102, I,
o;
VI - as ações de indenização por
dano moral ou patrimonial,
decorrentes da relação de trabalho;
Art. 114 Compete à Justiça do Trabalho,
processar e julgar
VII - as ações relativas às penalidades
administrativas impostas aos
empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho;
VIII - a execução, de ofício, das
contribuições sociais previstas no art.
195, I, a, e II, e seus acréscimos legais,
decorrentes das sentença que proferir;
IX - outras controvérsias decorrentes da
relação de trabalho, na forma da lei.
Art. 114 Compete à Justiça do Trabalho,
processar e julgar
EC 45/2005 = ampliação da competência JT
Antes da reforma: o artigo se referia a dissídios individuais e
coletivos entre trabalhadores e empregadores e, na forma
da lei, outras controvérsias decorrentes da relação de
trabalho, bem como os litígios que tenham origem no
cumprimento de suas próprias sentenças, inclusive coletiva.
Antes da EC 45/2004 julgava lides decorrentes da relação de
emprego (contrato individual) ou de relações coletivas, que
somente formam lides ante a existência de relação de emprego.
O inciso I do art. 114 no Projeto de Emenda continha a
exclusão de ocupantes de cargos criados por lei, de provimento
efetivo (estatutários). Foi excluído na promulgadação da
emenda. Mas o STF, na ADin 3.395, proposta pela AJUFE,
pacificou a exclusão dos estatutários.
Antes o art. 114 da CF dizia que competia à Justiça do Trabalho
conciliar e julgar.
Romita diz que agora a Justiça do Trabalho
somente deve exercer jurisdição,
não sendo sua função precípua CONCILIAR
Art. 114 da CF
Não prevalece a posição de
Romita porque
historicamente a JT se
estabeleceu realizando
conciliação.
Ver legislação ordinária: Artigos
643, 763 e 764 da CLT que
tratam de procedimentos e
torna obrigatória a tentativa de
conciliação
INCLUI
relação de emprego é espécie
de relação de trabalho;
contratos de atividade que
tenham por objeto a prestação
pessoal de serviços em favor de
outrem, mediante remuneração
ou a título gratuito, com ou sem
subordinação do trabalhador, de
forma eventual ou não eventual;
COMPETÊNCIA MATERIAL
Artigo 114. Compete à Justiça do
Trabalho processar e julgar: I –
as ações oriundas da relação de
trabalho, abrangidos os entes de
direito público externo e da
administração pública direta e
indireta da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios;
*
EXCLUI
relações de consumo:
prevalece a posição de
que estão excluídas.
RELAÇÃO DE TRABALHO
INCLUI
contrato de trabalho autônomo e avulso;
empreitada;
agenciamento e corretagem,
trabalho voluntário (Lei 9.608/98;
estágio;
trabalhador em trabalho temporário
RELAÇÃO DE
TRABALHO
EXCLUI
Artigos 2º e 3º da Lei 8.078/90 diz
que a relação de consumo pode
ter por objeto a utilização de
serviços prestados por pessoa
física.
E o artigo 3º, §2º diz que o
serviço é qualquer atividade
fornecida ao mercado de
consumo, mediante remuneração
(...) salvo as decorrentes das
relações de caráter trabalhista.
*
Por quê relações consumo estão excluídas?
A CF assegura proteção especial ao consumidor (artigo 170,
V/artigo 5º XXXII), com uma rede de benefícios a seu favor
que é incompatível com a posição do tomador de serviços na
Justiça do Trabalho, que protege o trabalhador (prestador da
atividade) porque o sistema foi construído com base em sua
hipossuficiência. Ocorreria a exclusão da rede de benefícios.
Exs: direito de informação/responsabilidade objetiva
do prestador de serviços/inversão do ônus de prova.
RELAÇÃO DE
CONSUMO
RELAÇÃO DE TRABALHO x
RELAÇÃO DE CONSUMO
Relação de trabalho
(1) Tomador dos
serviços =
Empresa
(2) Prestador dos
serviços =Trabalhador
Tomador dos serviços =
consumidor
Aquele que detém a
proteção do CDC
Prestador de serviços =
EMPRESA = PESSOA
FÍSICA
RELAÇÃO DE TRABALHO x
RELAÇÃO DE CONSUMO
Posição invertida na proteção do partícipe da relação
jurídica: no consumo se protege o consumidor =
tomador serviços
Na relação de trabalho se protege o prestador de
serviços
CONSUMIDOR : SE
SERVE DO
TRABALHO ALHEIO
PARA ATENDER A
UMA NECESSIDADE
PESSOAL
EMPREGADOR/TOMADOR
DA RELAÇÃO DE
TRABALHO: SE SERVE DO
TRABALHO ALHEIO PARA
ATENDER
DESENVOLVIMENTO
ATIVIDADE ECONÔMICA
*
Quem é consumidor?
Consumidor, como tomador de serviços, é aquele que se
serve do trabalho alheio para atender a uma necessidade
pessoal; tomador, na relação de trabalho é aquele que se
serve do trabalhador alheio para atender, normalmente, o
desenvolvimento de suas atividades econômicas (salvo a
hipótese do trabalho doméstico).
Ex: os profissionais liberais prestam serviços em seus
próprios consultórios, com concurso de auxiliares,
cobrando honorários que remuneram também estes e os
custos da atividade. Atualmente, se diz que são
fornecedores, porque participam de uma relação de
consumo.
.
(a) Cobrança de
honorários
advocatícios;
(b) Cobrança
honorários periciais
por assistente
técnico de perícia
contábil
Relação de consumo = Súmula
STJ e jurisprudência
Súmula 363 STJ
Compete à Justiça
estadual processar e
julgar a ação de cobrança
ajuízada por profissional
liberal contra cliente (DJ
03/11/2008)
RECURSO DE EMBARGOS REGIDO PELA LEI Nº 11.496/2007. AÇÃO DE
COBRANÇA DE HONORÁRIOS PERICIAIS. SERVIÇOS PRESTADOS EM
AÇÃO TRABALHISTA. INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. Esta
Subseção Especializada já se manifestou no sentido de que a Justiça do
Trabalho não é competente para apreciar ação de cobrança de honorários de
profissional liberal em face de seu cliente, na medida em que a relação é de
índole estritamente civil, não havendo como reconhecer que a ação se origina da
-relação de trabalho- a que alude o artigo 114, I, da CF. Trata-se, na verdade, de
típica relação de consumo. Há precedentes. Ademais, o Superior Tribunal de
Justiça firmou o entendimento, por meio da Súmula nº 363, de que compete à
Justiça Estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional
liberal contra cliente. Considerando que o caso dos autos contempla ação de
cobrança de honorários profissionais em face de contrato celebrado entre
profissional liberal e seu cliente para realização de perícia contábil em ação
trabalhista, conclui-se pela incompetência da Justiça do Trabalho para apreciar o
feito. Recurso de embargos conhecido e provido.
Processo: E-ED-RR - 446600-12.2007.5.12.0001 Data de Julgamento:
15/08/2013, Relator Ministro: Augusto César Leite de Carvalho, Subseção I
Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 23/08/2013.
Representante comercial autônomo
e art. 39 da Lei 4.886/65
Art. 39. Para julgamento das
controvérsias que surgirem
entre representante e
representado é competente a
Justiça Comum e o foro do
domicílio do representante,
aplicando-se o procedimento
sumaríssimo previsto no art.
275 do Código de Processo
Civil, ressalvada a competência
do Juizado de Pequenas
Causas
Se houver lei dispondo que
a controvérsia oriunda de
determinada relação de
trabalho é da
competência da Justiça
Comum, com esta
permanecerá até que
sobrevenha lei nova
transferindo tal
competência para o
âmbito da Justiça do
Trabalho
Empresa do RS questiona decisão do TST que reconheceu a
competência da Justiça trabalhista para julgar ações que
envolvem a cobrança de comissões referentes à relação jurídica
entre representante comercial e a empresa por ele representada,
entendendo que há uma relação de trabalho
No STJ não há discussão em CONFLITO DE COMPETÊNCIA entre a
JC estadual e a Justiça do Trabalho.
A discussão que se trata lá refere-se à possibilidade de alteração do
foro da demanda, por eleição em contrato de adesão. O que se discute
é se o art. 39 ao estabelecer que o foro é do local em que reside o
representante comercial, traz competência de natureza absoluta ou
relativa.
Atualmente, prevalece posição de que a competência é relativa e pode
ser alterada através de contrato de adesão.
REPRESENTANTE COMERCIAL AUTÔNOMO
RE 606003 RG / RS - RIO GRANDE DO SULREPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Relator(a): Min. MARCO AURÉLIOJulgamento: 24/05/2012
Publicação
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-118 DIVULG 15-06-2012 PUBLIC 18-06-2012 RDECTRAB v. 19, n. 216, 2012, p. 22-24 Parte(s)
RECTE.(S) : FERTICRUZ COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES LTDA ADV.(A/S) : ELTON ALTAIR COSTA RECDO.(A/S) : LAURI ANTONIO DO NASCIMENTO ADV.(A/S) :
SEVERINO ALBERTO PROTTI E OUTRO(A/S)Ementa
COMPETÊNCIA – JUSTIÇA DO TRABALHO VERSUS JUSTIÇA COMUM –CONTROVÉRSIA RESULTANTE DE REPRESENTAÇÃO COMERCIAL – RECURSO
EXTRAORDINÁRIO – REPERCUSSÃO GERAL CONFIGURADA. Possui repercussão geral a controvérsia acerca do alcance do artigo 114 da Constituição Federal nos casos de definição da competência para o julgamento de processos envolvendo
relação jurídica de representante e representada comerciais.
Decisão
Decisão: O Tribunal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada, vencidos os Ministros Cezar Peluso e Celso de Mello. Não
se manifestaram os Ministros Ayres Britto, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Ministro MARCO AURÉLIO Relator
Andamento em 22/09/2016 : conclusos relator desde 10/09/2014.
A relação estatutária não é
relação de trabalho:
É aquela existente entre a
administração pública a
seus servidores
(estatutários e
temporários).
SERVIDOR PÚBLICO
Art. 37. A administração pública direta e
indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios obedecerá aos princípios
de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e,
também, ao seguinte:
I - os cargos, empregos e funções
públicas são acessíveis aos brasileiros
que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como aos
estrangeiros, na forma da lei :
(...)
IX - a lei estabelecerá os casos de
contratação por tempo determinado para
atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público;
STF já se posicionou pela
incompetência da JT,
inclusive no pedido de
vínculo de contratados a
prazo certo!
INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. ENTE PÚBLICO.
ADMISSÃO MEDIANTE VÍNCULO JURÍDICO-ADMINISTRATIVO. 1. Nos
termos da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, por ocasião do
julgamento do AgR-MC-Rcl-4069/PI (DEJT de 6/6/2011), interpretando o alcance
do entendimento consagrado quando do julgamento da ADI n.º 3.395/DF-MC,
compete à Justiça Comum dirimir controvérsia acerca da existência, validade e
eficácia da relação jurídico-administrativa alegada pelo ente público em
contestação, independentemente de comprovação do referido regime nos autos
ou mesmo das circunstâncias fáticas reveladas pelo Tribunal Regional, a
qualificar a hipótese. 2. No caso concreto, o egrégio Tribunal Regional consignou
expressamente que o município reclamado arguiu a incompetência da Justiça do
Trabalho para examinar o presente feito, sob o argumento de que a admissão da
reclamante se dera mediante vínculo de natureza jurídico-administrativa. Tem-se,
num tal contexto, que, nos termos do entendimento consagrado pelo Supremo
Tribunal Federal, compete à Justiça Comum pronunciar-se sobre a existência,
validade e eficácia do referido regime jurídico-administrativo. 3. Recurso de
revista conhecido e provido, com ressalva do entendimento pessoal do Relator.
Processo: RR - 2127-76.2011.5.22.0004 Data de Julgamento: 21/08/2013,
Relator Ministro: Lelio Bentes Corrêa, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT
23/08/2013.
COMPETÊNCIA MATERIAL
Art. 114 (...)
II – as ações que envolvam
o exercício do direito de
greve;
Artigo 9º da CF e Lei 7.783/89.
No dissídio individual que
envolva direito de greve: Vara
do Trabalho;
no dissídio de greve,
competência originária dos
TRTs.
LIDES CONEXAS À
RELAÇÃO DE TRABALHO
– INCISOS II a VIII da C
LIDES QUE NÃO
DECORREM
DIRETAMENTE DE
RELAÇÃO DE TRABALHO
OU DE EMPREGO
Súmula 189 do TST
Greve. Competência daJustiça do Trabalho.Abusividade (Res. 11/1983,DJ 09.11.1983. Nova redação- Res. 121/2003, DJ19.11.2003) A Justiça doTrabalho é competente paradeclarar a abusividade, ounão, da greve.
Competência : greve
STF/Súmula Vinculante
23
A Justiça do Trabalho é
competente para processar
e julgar ação possessória
ajuizada em decorrência do
exercício do direito de greve
pelos trabalhadores da
iniciativa privada
Súmula 189 do TST - Resolução n. 121/2003
Houve revisão dessa Súmula. No regime de 1964 foi editada
a primeira lei de greve (L. 4.330/64), que estabelecia em seu
artigo 22 a ilegalidade da greve por vários atos. O art. 29
caracterizava-a como crime contra a organização do.
trabalho. E, na época, a Súmula 189 definiu a competência
da JT para declarar a ilegalidade da greve.
A CF/88 reconheceu a greve como um direito fundamental
de se organizar coletivamente para buscar melhores
condições de trabalho (art. 9º CF). A greve passou a status
de direito social (Lei 7.783/89). Seu exercício é limitado,
como de qualquer direito. Houve alteração da redação da
Súmula que não fala mais em ilegalidade, mas em
abusividade.
abusividade da greve;
medidas voltadas a evitar danos físicos e
patrimoniais a empregados e empregadores;
habeas corpus, quando empregado ou
empregador esteja ameaçado de sofrer violência
ou ameaça em sua liberdade de locomoção em
razão do exercício do direito de greve;
possessórias
TIPOS DE AÇÕES
COMPETÊNCIA FUNCIONAL
Por se tratar de um Dissídio Coletivo, é do Tribunal Regional do Trabalho a
competência para declarar a abusividade da greve
(art. 677 da CLT e Precedente Normativo 29)
Competência : greve
Se a greve for extensão
geográfica que atinja mais
de um Tribunal Regional, a
competência é do Tribunal
Superior do Trabalho, nos
termos do art. 2º, I, a, da Lei
7.701/88.
Se a greve for na
circunscrição dos TRT 02 e
15, a competência é de SP
(art. 12 da Lei 7.520/86,
alterado Lei 9.254/96)
COMPETÊNCIA MATERIAL
Art. 114 (...)
III – as ações sobre
representação sindical,
entre sindicatos, entre
sindicatos e
trabalhadores e entre
sindicatos e
empregadores
Exs. <> disputa representação; <>
lides derivadas das obrigações
que os sindicatos assumem em
virtude de funções institucionais
(CCTs podem impor obrigações
também aos sindicatos: quando se
omite no uso de poder disciplinar
em relação a filiados que
descumprem a CCT; <> lides
entre o sindicato (enquanto
associação) e seus membros –
disputas intersindicais: anulação
de eleição ou assembléia sindial
<> cobrança de contribuição
sindical e assistencial
COMPETÊNCIA MATERIAL
Art. 114 (...)
IV – os mandados de
segurança, habeas
corpus e habeas data,
quando o ato
questionado envolver
matéria sujeita à sua
jurisdição;
Mandado de segurança:
incisos II, III e IV da CF
define limites: MS
relacionado a (1) direito de
greve; (2)representação
sindical e (3) fiscalização
das relações do trabalho;(4)
atos judiciais irrecorríveis
Competência das Varas em
relação a autoridades
administrativas. A do TRT é
em relação a autoridade
judicial.
COMPETÊNCIA MATERIAL
Art. 114 (...)
IV – os mandados de
segurança, habeas
corpus e habeas data,
quando o ato
questionado envolver
matéria sujeita à sua
jurisdição;
Habeas corpus: <>
depositário infiel (?)
falso testemunho: não é
dissídio oriundo da relação
de trabalho – competência
JF (Súmula 165 do STJ);
desobediência: mesma
situação – desobediência
em relação ao agente (juiz)
COMPETÊNCIA MATERIAL
CF
Art. 5º (...)LXXII - conceder-se-á
"habeas-data":
a) para assegurar o conhecimento de
informações relativas à pessoa do
impetrante, constantes de registros ou
bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando
não se prefira fazê-lo por processo
sigiloso, judicial ou administrativo;
Habeas data:
CNDT = Art. 642-A CLT
MAS
O TRT de SP admitiu
mandado de segurança para
discutir decisão que
indeferiu a expedição da
certidão
(Processo 0002246702012502000, SDI, Relator
Manoel Ariano)
ou
II – o inadimplemento de obrigações
decorrentes de execução de acordos
firmados perante o Ministério Público
do Trabalho ou Comissão de
Conciliação Prévia.
§ 2º Verificada a existência de débitos
garantidos por penhora suficiente ou
com exigibilidade suspensa, será
expedida Certidão Positiva de
Débitos Trabalhistas em nome do
interessado com os mesmos efeitos
da CNDT.
§ 3º A CNDT certificará a empresa em
relação a todos os seus
estabelecimentos, agências e filiais.
§ 4º O prazo de validade da CNDT é
de 180 (cento e oitenta) dias, contado
da data de sua emissão.
Habeas data:
Art. 642-A. É instituída a Certidão
Negativa de Débitos Trabalhistas
(CNDT), expedida gratuita e
eletronicamente, para comprovar a
inexistência de débitos
inadimplidos perante a Justiça do
Trabalho.
§ 1º O interessado não obterá a
certidão quando em seu nome
constar:
I – o inadimplemento de obrigações
estabelecidas em sentença
condenatória transitada em julgado
proferida pela Justiça do Trabalho
ou em acordos judiciais
trabalhistas, inclusive no
concernente aos recolhimentos
previdenciários, a honorários, a
custas, a emolumentos ou a
recolhimentos determinados em lei;
COMPETÊNCIA MATERIAL
Art. 114, (...)
V - os conflitos de
competência entre órgãos
com jurisdição
trabalhista, ressalvado o
disposto no art. 102, I, o;
Previsão legal =
Artigos 803 e 804 da CLT:
conflito positivo;
conflito negativo;
controvérsia reunião ou
separação de processos
(artigo 115, III do CPC)
COMPETÊNCIA MATERIAL
Art. 114 (...)
VI – as ações de
indenização por dano
moral ou patrimonial,
decorrentes da relação de
trabalho;
Súmula 392 do TST
Dano moral e material. Relação de
trabalho. Competência da Justiça do
Trabalho. (Conversão da Orientação
Jurisprudencial nº 327 da SDI-1 - Res.
129/2005, DJ 20.04.2005) (Redação
alterada pela Resolução nº 193/2013,
DeJT 13.12.2013) (Redação alterada
pela Resolução nº 200/2015, DeJT
29/10/2015)
Nos termos do art. 114, inc. VI, da
Constituição da República, a Justiça do
Trabalho é competente para processar e
julgar ações de indenização por dano
moral e material, decorrentes da relação
de trabalho, inclusive as oriundas de
acidente de trabalho e doenças a ele
equiparadas, ainda que propostas pelos
dependentes ou sucessores do
trabalhador falecido.
Já era competência
antes da EC 45/2004?
SIM!
Conflito de Competência
STF 6.959-6, Relator
Ministro Sepúlveda
Pertence, j. 23.5.1990,
DJU: 22.2.91
Dano moral
E havia a OJ 327 do TST=
na antiga redação do art.
114
327 - Dano moral. Competência da
Justiça do Trabalho. (DJ
09.12.2003. Cancelada em
decorrência de sua conversão na
Súmula nº 392 - Res. 129/2005,
DJ 20.04.2005)
Nos termos do art. 114 da
CF/1988, a Justiça do Trabalho é
competente para dirimir
controvérsias referentes à
indenização por dano moral,
quando decorrente da relação de
trabalho.
Havia uma Súmula no STJ (366) que dizia que a
ação de pedido de parente quanto a dano moral por
morte envolvia relação de parentesco e, então a
Justiça do Trabalho seria incompetente. FOI
CANCELADA
Súmula cancelada
“Compete à Justiça estadual processar e julgar
ação indenizatória proposta por viúva e filhos de
empregado falecido em acidente de trabalho.”
Publicada em 27/11/2008. Em 16/09/2009 foi
cancelada
Dano moral postulado por herdeiros do
falecido em acidente do trabalho
Competência da Justiça
Comum Estadual
anterior =
REGRA DE
TRANSIÇÃO
=permaneceu lá se já
tivesse sentença
Por quê?
Sistema recursal diverso
Dano moral
Súmula Vinculante 22 do
STF22 – A Justiça do Trabalho é
competente para processar e
julgar as ações de indenização
por danos morais e
patrimoniais decorrentes de
acidente de trabalho propostas
por empregado contra
empregador, inclusive aquelas
que ainda não possuíam
sentença de mérito em primeiro
grau quando da promulgação
da Emenda Constitucional nº
45/04. (Divulgada em 10/12/2009
e publicada no DJe do STF de
11/12/2009)
A competência é para :
Dano pré-contratual
Dano concomitante ao
contrato
Dano pós-contratual
Dano moral
Desde que a causa
de pedir seja a
relação de
trabalho :
STJ anteriormente tinha
se posicionado no CC
51.712-SP, Rel.
Ministro Barros
Monteiro, j.
10.08.2005.
E a Súmula 366 do STJ?
Dano moral: morte
do trabalhador
NOTÍCIA
Corte Especial determina
cancelamento de súmula sobre
indenização por acidente de trabalho
(21/09/2009) – SÚMULA 366
O julgamento de ação de indenização
por acidente de trabalho movida pelos
herdeiros do trabalhador é de
competência da Justiça do Trabalho. O
novo entendimento foi firmado pela
Corte Especial do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), que decidiu revogar a
Súmula 366, a qual estabelecia ser a
Justiça estadual a competente para o
julgamento dessas ações. A mudança
se deu em razão de jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal (STF)
firmada após a Emenda Constitucional
45/2004.
COMPETÊNCIA MATERIAL
Art. 114 (...) VII – as ações
relativas às penalidades
administrativas impostas
aos empregadores pelos
órgãos de fiscalização
das relações de trabalho;
As penalidades podem ser
aplicadas em razão do
descumprimento de lei, acordos e
convenções coletivas de trabalho
e acordos e tratados
internacionais dos quais o Brasil
seja signatário, porque não é
somente o Estado que dita leis
para regulamentar a relação de
trabalho (artigo 444 da CLT, 7º,
inciso XXVI da CF e art. 11 da Lei
n. 10.593/02.)
Ação declaratória de inexistência de débito fiscal ou anulatória de
auto de infração;
Ação anulatória de débito fiscal, referente a penalidade já inscrita
em dívida ativa;
Mandado de segurança, no caso de violação de direito líquido e certo praticado pelos órgãos de
fiscalização;
Habeas corpus, na eventualidade de ofensa à liberdade de
locomoção do empregador ou seus representantes legais;
Penalidades
administrativas a
empregadores
Ação de repetição de indébito do
empregador contra a União (prazo
decadencial de 5 anos);
Consignação em pagamento:
recusa de pagamento ou
subordinação deste ao pagamento
de outra penalidade ou satisfação
de exigência administrativa sem
fundamento legal;
Execução da certidão de dívida
ativa: cobrança das penalidades
(rito CLT: artigo 643; execução fiscal
é subsidiário)
COMPETÊNCIA MATERIAL
(Art. 114 ...)VIII – a execução
de ofício, das
contribuições sociais,
previstas no art. 195, I, a e
II, e seus acréscimos
legais, decorrentes das
sentenças que proferir
Execução de contribuições
sociais:
(1)Conteúdo = Art. 195, I e II
– apenas o que decorre
do título condenatório
judicial
(2) Percentual = ??
(3) No acordo (3.1) = Sem
VE= 20%+11%
(4)parcelas indenizatórias
(?) Aviso prévio (?) Vale
transporte (?)
COMPETÊNCIA MATERIAL
(2) Art. 57, §6º Lei 8.213/91
Parcela destinada a financiar
APOSENTADORIAs
ESPECIAIS
Também depende de grau de
risco, e é um acréscimo
de 6%, 9% ou 12% ao
percentual anterior (SAT)
PERCENTUAL =
Regra:empresas contribuem
com 20%.
Duas outras contribuições
que se computam =
(1)SAT (Seguro por acidente
do trabalho) ou GILRAT
(Grau de Incidência de
incapacidade laborativa
decorrente dos riscos
ambientais do trabalho) =
1%, 2% ou 3% sobre a
remuneração, dependente
do grau de risco
(3) Contribuições de
terceiros = que não tem
finalidade de custear a
seguridade social =
SESC, SENAC, SESI,
SENAT, SEBRAE, etc
Contribuição social
Súmula 454 do TST
Competência da Justiça do Trabalho. Execução de ofício.
Contribuição social referente ao seguro de acidente de trabalho
(SAT). Arts. 114, VIII, e 195, I, “A”, da Constituição da República.
(conversão da Orientação Jurisprudencial nº 414 da SBDI-1 -
Res. 194/2014, DJ 21.05.2014)
•Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de
Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina ao financiamento de
benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no
trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº 8.212/1991).
POSIÇÃO ATUAL DO TST
Não se inclui na competência
trabalhista
(1)Contribuição para
aposentadorias especiais –ver art. 120 da Lei 8.213/91 – regressão no
caso de responsabilidade civil da empresa e
afastamento previdenciário
(2)Contribuição de terceiros
Há controvérsias!!
Decreto 6727/2009 revogou
alínea f do inciso V do §9º
do art. 214 do D. Secretaria
da Receita 3.048/99 – a
partir daí passou a incidir.
Aviso prévio =
OJ 82 da SDI-1 manda
projetar o período do
aviso prévio indenizado
para fins de baixa!
Então é considerado como
tempo de serviço? Sim!
Só para fins trabalhistas.
Porque não conta para
fins de aposentadoria.
E para fins de contribuição
social é parcela de
natureza indenizatória,
embora o Decreto arrole
como base de INSS
Por ser parcela sem
correspondente
prestação de serviços, o
aviso prévio possui nítida
natureza indenizatória(RR 107.100-40.2008.5.150018)
Complementação:
qdo o empregador paga um
valor para chegar até o teto
no INSS. Ex.: se o teto é
R$. 3.500,00, vai pagar até
chegar nisto.
Contribuição previdenciária
em complementação de
aposentadoria =
O art. 29 da Lei 8.212/91, no
§9º diz que não integra o
salário de contribuição a
previdência privada,
desde que oferecidos
para todos os
empregados!
E o art. 458 da CLT diz que
não possui natureza
salarial os valores
pagos a título de
previdência privada!
Suplementação:
até o salário contratual
MAS, preste atenção = há
confusão e isto não é uma
definição pacificada nas
normas de empresa e
mesmo nos tribunais
Complementação:
qdo o empregador paga um
valor para chegar até o teto
no INSS. Ex.: se o teto é
R$. 3.500,00, vai pagar até
chegar nisto.
Contribuição previdenciária
em complementação de
aposentadoria =
STF decidiu que quando a
complementação é
contratada com empresa
de previdência privada, a
Justiça do Trabalho não
tem competência para
decidir pedidos de
diferenças após a ruptura
contratual.
Estabeleceu uma regra de
transição: para casos que
tenham sentença após a
decisão do RE, com
repercussão geral
Suplementação:
até o salário contratual
MAS, preste atenção = há
confusão e isto não é uma
definição pacificada nas
normas de empresa e
mesmo nos tribunais
Complementação:
qdo o empregador paga um
valor para chegar até o teto
no INSS. Ex.: se o teto é
R$. 3.500,00, vai pagar até
chegar nisto.
COMPLEMENTAÇÃO
Suplementação:
até o salário contratual
MAS, preste atenção = há
confusão e isto não é uma
definição pacificada nas
normas de empresa e
mesmo nos tribunais
COMPETÊNCIA MATERIAL
(Art. 114 ...)VIII – a execução
de ofício, das
contribuições sociais,
previstas no art. 195, I, a e
II, e seus acréscimos
legais, decorrentes das
sentenças que proferir
Execução de contribuições
sociais:
(5) Fato gerador =
acordos/vínculo de
emprego/pretérito (?);
(6) Correção = SELIC/ Juros
COMPETÊNCIA MATERIAL
(Art. 114 ...) IX – outras
controvérsias
decorrentes da relação de
trabalho, na forma da lei
Não repete o inciso I do art.
114 da CF?
Aqui, são dois requisitos:
(a)Existência de uma lide
decorrente da relação de
trabalho:
(b) existência de lei
prevendo expressamente
que a competência para
apreciar esta lide é da
Justiça do Trabalho!