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Empregos & Estágios • 6 a 19 de maio de 2016

1010 especial

Por que optou por lecionar outros idiomas?Márcio Agra - Primeiramente, pela procu-ra. Começamos aqui na empresa somentecom matérias básicas, como Matemática,por exemplo, e, aos poucos, notamos comoo Inglês, principalmente, estava sendo pe-dido demasiadamente. Outro fato interes-sante, é que a maioria dos pedidos peloidioma não se direcionavam aos alunos,oriundos de colégios e cursos, mas sim depessoas que já estavam empregadas, e bus-cavam pelo aperfeiçoamento profissional.Desta forma, nós começamos a encarar oidioma como uma ferramente nossa.

Que oportunidade você viu no mercadopara acreditar no sucesso da PenseBem?Eu e o João Octávio, o outro coordenadorda empresa, quando éramos mais jovens,recorremos às aulas particulares, e o servi-ço, na época, era muito ruim. Porém, con-versando com nossos amigos, percebemosque há uma carência neste meio de aulasparticulares. E os alunos, na maioria dasvezes, que era o meu caso também, em umasala de aula com 40/50 pessoas, não tiramsuas dúvidas por uma série de dificuldades.Hoje, como professor, às vezes eu vejo quetenho um aluno com dificuldade, enquan-to a turma já avançou e ele não. Eu nãotenho como parar a aula para me direcionarsomente para este aluno. Acaba que o pro-fessor fica vendido, ele quer ajudar, mas,infelizmente, ele não pode, enquanto o pro-fessor particular pode dar esta atenção ex-clusiva para este determinado aluno. Nóstambém vemos uma carência muito grandepor este serviço, ainda mais hoje que os alu-nos estão muito antenados na tecnologia eos estudos estão ficando de lado.

Em termos de América Latina, o Brasil é osétimo em proficiência em Inglês. Comovocê avalia esta posição? E por quê?Até 2013, o Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE) fez um sensoindicando que o Brasil tem uma proficiên-cia baixa, até menor do que os dados atu-ais, mas isso continua preocupante. Anti-gamente, nós tínhamos aquele clichê quedizia que o Inglês era necessário para con-seguir um bom emprego. Hoje, o Inglêsnão é mais superficial, é obrigatório. Asempresas exigem o domínio do idioma paraselecionar candidatos, até quando eles nãovão usar a segunda língua, pois já servecomo uma espécie de filtro no processoseletivo. O Inglês é a língua mais utilizadano mundo e a que mais influencia. Aténossas palavras estão ficando americani-zadas, por exemplo, hot-dog, show, milk-shake.É tudo Inglês. Essa globalização que te-mos, com os mercados interligados, tornao Inglês uma necessidade absurda, mas oBrasil, infelizmente, tem essa proficiência

baixa, estando atrás até dos nossos paísesvizinhos, como Argentina, por exemplo.

Em termos de público-alvo, o que mudouno perfil dos clientes da empresa? Hoje,quem procura mais pelas aulas de idiomas?No início, como disse, buscavam pelo aper-feiçoamento profissional, por exemplo: oaluno vai fazer daqui a dois meses uma vi-agem para a Inglaterra. Neste perfil, ele bus-cava um aprimoramenteo do idioma, prin-cipalemente focado na conversação. Hoje,o perfil não mudou, mas há também mui-tos pedidos na questão do intercâmbio, ouseja, alunos novos, entre 20 e 30 anos, quepreferem aprender o idioma por meio deaulas particulares e não mais por cursos. Issose dá porque o aprendizado é muito maisrápido, se comparado ao grau de foco entreprofessor e aluno. Nós oferecemos todosos níveis, desde o aluno que não sabe nadado idioma até o que deseja aprimorar.

Qual o idioma mais procurado? E por quê?Sim, disparadamente é o Inglês. Porém, oEspanhol está vindo numa crescente legal.O Francês em terceiro e o Italiano, um pou-co menos, logo atrás. No entanto, o Inglêsnão se compara.

Como você avalia esta busca por um se-gundo idioma em termos de sucesso pro-fissional?A Língua Inglesa já virou uma obrigação parao profissional. Logo, as pessoas já estão nabusca por um segundo idioma, sem contarcom a língua nativa. Neste sentido, o Espa-nhol está sendo bastante procurado, princi-palmente pelas companhias multinacionais,que estão presentes no Brasil. Há diversosdados que indicam que o salário aumentade acordo com as capacitações. Então, quan-do um profissional vai para o exterior e preci-sa de um curso de aperfeiçoamento, ao ter-minar o módulo e voltar da viagem, o salárioé elevado. O Espanhol, frente a uma segun-da opção, é o mais pedido hoje em dia.

Quais segmentos de empresas podemosdizer que mais exigem o domínio de umsegundo idioma?Pelo que acompanho, os setores que maisnecessitam de profissionais com um segun-do idioma são os de Tecnologia, Serviços,Turismo e Engenharia. Com relação àsOlimpíadas, onde R$240 bilhões estão sen-do investidos no Brasil, há uma demandapor empregos temporários, com oportuni-dades de efetivação após os jogos. Claroque muitos não serão efetivados, mas osmais bem preparados continuarão.

Em termos de metodologia de ensino,qual a diferença entre as aulas particula-res e as grandes turmas - muito frequen-

tes nos cursos tradicionais?Geralmente o aluno ou os pais nos ligam eperguntam quais livros nós utilizamos. Nósnão usamos livros. Nós preparamos o ma-terial adequado ao aluno. Pode ser que nocurso um livro atenda a cinco alunos, mashá sempre aquele que não entende aquelaideia. Uma metodologia pode servir paraX alunos e para outros não. Aqui na Pen-seBem o professor faz um material novo acada aula, de acordo com o foco deste alu-no: viajar, aperfeiçoamento profissional,conversação, gramática. Acredito que esseseja o maior diferencial, além da aula par-ticular, que dá muito mais ganho em ter-mos de aprendizado.

Quais dicas você dá para um bom desen-volvimento ao longo das aulas?Primeiro: não há milagre. Não se aprende oidioma de uma hora para a outra. Segundo:não tenha vergonha de praticar. Muitos alu-nos sabem o idioma, mas na hora de falareles travam, com medo de que outras pesso-as venham sacanear. Com isso, as pessoasdeixam de pegar a fluência porque elas nãopraticam. É preciso se dedicar, não adiantaum professor particular ou o melhor curso.Se não há estudo e dedicação, não se atingeo resultado. Outra dica legal, que me ajudoumuito na época em que estudei Inglês, é verfilmes e séries com a legenda em Inglês.

Há algum direcionamento específico paradeterminada língua no caso de dúvida naescolha do aluno, ou seja, há um perfil deleque ajude na escolha?Nós oferecemos um serviço de orienta-ção, mas é muito difícil ter algum alunoque não saiba o que quer fazer, em ter-mos de idioma. Mas há essa indecisão,principalmente quando o aluno é maisnovo. Ele sabe que precisa fazer, que osamigos estão fazendo, e ele tem essa dú-vida. Eu, como coordenador, aconselhosempre o Inglês, porque é a língua univer-sal. É interessante que falamos do setorde tecnologia, e os países que mais sedestacam nesta área são os Estados Uni-dos e o Japão. E, até o Japão, em umanegociação, fala Inglês. Agora, em ques-tões mais particulares, ou seja, o alunotem uma família na Itália e a família vaipara lá, é preciso aprender. Agora, se apessoa já tem o Inglês e está nesta dúvi-da, eu indico o Espanhol, pois é o segun-do idioma mais falado, mais requisitado.Obviamente isso depende de tudo. Umexemplo: se o aluno é um historiador, éindicado que aprenda Francês, pois osmaiores historiadores são franceses, asmaiores obras estão em Francês. Isso vaide acordo com a necessidade. Mas, emrazões de boas oportunidades com ospaíses latinos, é indicado o Espanhol.

Há algum caso de algum aluno que perdeuoportunidades de emprego devido ao nãoconhecimento de um segundo idioma?Esta é a frase que os alunos mais falam: aca-bei de perder um emprego porque eu nãotinha um determinado idioma. É o que eufalo, hoje em dia, ter um idioma não é serdiferente, é ser mais um. A empresa já exigecomo filtro. Falando de ano olímpico, a em-presa pode não ter nenhuma obrigatorieda-de do idioma, mas para atender aos estran-geiros o Inglês já é exigido por muitas. Hátambém casos de alunos que falam “Se eunão aprender o Inglês, eu acho que vão medemitir”. Então, recebemos estes casos mui-tas vezes por parte dos profissionais maisvelhos, porque há muitos jovens no merca-do, que já têm o idioma e que entendem detecnologia. Então, é preciso que estes profis-sionais busquem sempre a capacitação.

E há algum caso de sucesso na obtenção doaprendizado de uma nova língua?Sim, tivemos alunos que conseguiram des-taque com cargos de gestores e diretoresem grandes empresas, assim como já viven-ciamos conquistas de objetivos, como mo-rar no exterior, por exemplo. Inclusive, nóstemos um aluno que montou um blog queé super requisitado no mundo dos games,que é todo em Inglês, o que é bem legal.

Quais dicas você dá para quem já dominaum ou mais idiomas e também não conse-gue uma colocação?Primeira coisa: é preciso se capacitar sempre.Não existe mais aquele profissional com umaespecialização ou graduação e que não fazmais nada. É preciso ter em mente que atrásdele estão vindo milhares que querem suavaga, em um mercado cada vez mais restrito.Segundo: nunca minta no currículo. Isso pegamuito mal. É preciso colocar aquilo que setem e o que se é. Neste caso, abordando umpouco o idioma, nunca diga que é fluente ouavançado se não é o caso. Terceiro: tenhapaciência. Há muitos que aceitam um em-prego por causa do salário, e esquecem doobjetivo maior, que é sua formação e capaci-tação. Se tem conhecimento e êxito naquilo,não cabe pegar um emprego em outra áreaapenas por questões financeiras. Isto preju-dica muito a qualidade de vida, em uma si-tuação que dá para contornar.

Juliana Góes

N

Comunicar-separa crescer

Comunicar-separa crescer

Márcio Agra, coordenador eidealizador da PenseBem

SERVIÇOQuem está procurando um ensino dife-renciado e deseja conhecer um poucomais sobre as aulas particulares da Pen-seBem, pode acessar o site <www.pensebemaulas.com>. Já aqueles quebuscam uma plataforma de Inglês onli-ne, a Engoo disponibiliza seu site paramais informações: <www.engoo.com.br>

6 dicas para utilizar oidioma de forma efetiva

Pensando em quem busca umaboa oportunidade no mercado detrabalho, a plataforma de ensino deInglês online Engoo listou seis di-cas para utilizar o idioma de formaefetiva na procura por trabalho enegócios. Confira abaixo:

1. EMPREENDEU?BUSQUE MERCADOS EXTERNOSUma pesquisa recente do British Councilmostra que para 91% dos executivos de77 países, o Inglês é o idioma dos negó-cios. No entanto, não é preciso ser umprofissional de alto cargo para pensarem exportação. Empreendedores podemse utilizar da internet para buscar conta-tos com novos mercados. “Vivemos emuma economia globalizada. Quem em-preende pode optar por fornecer seusprodutos e serviços para outros países.O Inglês, como idioma global dos negó-cios, e a internet, como ferramenta debusca por contatos estratégicos, são es-senciais nessa estratégia”, afirma o res-ponsável pelas parcerias da Engoo Bra-sil, Alex Campos.

2. FAÇA NETWORKING

COM AS PESSOAS CERTASTer um perfil em Inglês nas redes sociaisprofissionais, como o LinkedIn, ajuda nabusca por emprego ou oportunidades detrabalho. Outras mídias sociais, como oGoogle+ e o Facebook, contam com gru-pos de discussão e páginas em Inglêsem que é possível fazer networking edespertar o interesse por profissionaisqualificados e que se comunicam bem.

3. USE O INGLÊS PARABUSCAR EMPREGO FORA DO PAÍSPara aqueles dispostos a deixar o país,a boa comunicação em Inglês permiteencontrar e aplicar para ofertas de em-prego no exterior. As mídias sociais tam-bém estão repletas de ofertas de traba-lho pelo mundo. A dica é buscar termosem Inglês referentes ao setor de atua-ção, como por exemplo “Engineer” e “Sa-les” quando as áreas forem Engenhariae Vendas, por exemplo.

4. COMO GANHARFLUÊNCIA EM INGLÊSA oferta de cursos de Inglês está cadavez mais acessível e se capacitar noformato a distância (EaD) é uma alterna-tiva que oferece mais flexibilidade de ho-rário e professores qualificados em di-versos pontos do mundo.

5. PROCURE OBTERCERTIFICADO INTERNACIONALÉ importante também dizer que, para asempresas no exterior, os certificados deescolas brasileiras têm menor relevân-cia. Opte pelos certificados internacio-nais, como TOEFL ou IELTS.

6. VÁ PREPARADOPARA A ENTREVISTASe preparar e estar seguro antes de qual-quer entrevista de emprego é fundamen-tal. Mas em uma entrevista onde o Inglêsserá testado, a preparação deve ser mai-or. “É importante praticar com alguém,preferencialmente um tutor profissional,antes de participar de uma entrevista”,explica Alex Campos.

Mercado vê segundo idioma comoobrigação e exige mais conhecimentos

o meio da crise atual, destacam-se no mercado de trabalho, cada vez mais restrito, os profissionais mais capacitados. No entanto, em relação aos últimos anos,nunca se buscou tanto profissionais com conhecimentos diversificados. Inclusive, já é normal vermos empresas que costumam selecionar para cargosoperacionais exigirem noções como nível básico de informática e o conhecimento inicial de um segundo idioma. E é pensando neste segundo item, que oEMPREGOS & ESTÁGIOS decidiu abordar a necessidade de uma segunda língua, principalmente o Inglês, na vida profissional.

Em um ano olímpico, em que novas oportunidades surgem para a população carioca, falar mais de um idioma é uma das melhores formas de conseguir destaqueno mercado de trabalho. O Brasil é o 41° país no ranking de conhecimento na Língua Inglesa. No que concerne à América Latina, o país é o sétimo em proficiênciaem Inglês, índices ainda muito baixos para o país, que segue atrasado no mercado de trabalho, em relação ao conhecimento da população sobre outro idioma.

Para atender a esta demanda de profissionais que vêm buscando esta formação, surgem companhias como a PenseBem - empresa carioca de aulas particulares - que investe noaprendizado de Inglês e Espanhol, entre outros idiomas. De acordo com os coordenadores e idealizadores da instituição, João Octávio e Márcio Agra, esse é o momento ideal paraaprimorar o contato com a Língua Inglesa e, ainda, ampliar o conhecimento para idiomas como o Espanhol, também muito requisitado por empresas de diferentes segmentos.

Para conhecer um pouco mais sobre a metodologia do ensino particular e compreender a importância deste segundo idioma no mercado atual, o EMPREGOS &ESTÁGIOS conversou com o professor e coordenador, Márcio Agra. Para ele, o Inglês já deixou de ser um requisito e se tornou uma obrigação profissional. “Antigamente nóstínhamos aquele clichê que dizia que o Inglês era necessário para conseguir um bom emprego. Hoje, o Inglês não é mais superficial, é obrigatório. As empresas exigem o domíniodo idioma para selecionar candidatos, até quando eles não vão usar a segunda língua”, explica. Confira abaixo a entrevista na íntegra.

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