DIREITO
CONSTITUCIONAL
Profª. Liz Rodrigues
Controle de Constitucionalidade
Controle Repressivo do Poder Judiciário: o controle difuso ou
aberto.
Controle Repressivo do Poder Judiciário: o controle difuso
- O Poder Judiciário é o principal responsável pelo controle repressivo,
podendo fazê-lo tanto de forma concentrada quanto difusa.
- Controle jurisdicional de constitucionalidade só pode ser exercido
após a conclusão do processo legislativo, após o ato ter sido
promulgado e publicado (Novelino).
Controle Repressivo do Poder Judiciário: o controle difuso
- O controle difuso (ou aberto) é sempre feito de modo incidental, por
qualquer juiz ou tribunal dentro do âmbito de suas competências.
- Novelino lembra que, por ser uma questão que é analisada na
fundamentação da decisão, a inconstitucionalidade pode ser
reconhecida até sem a provocação das partes.
Controle Repressivo do Poder Judiciário: o controle difuso
- Note que a inconstitucionalidade não é a principal questão do
processo, mas é um pressuposto arguido por uma das partes para o
julgamento do conflito.
- Pode ser feita por via de exceção ou de defesa e é um resultado
indireto da discussão da lide.
Controle Repressivo do Poder Judiciário: o controle difuso
- Objeto: qualquer espécie normativa, de qualquer esfera, em relação a
qualquer parâmetro de controle (além da CF, admite-se o controle
difuso em relação às Constituições Estaduais e Leis Orgânicas dos
Municípios e do DF).
- Competência: qualquer órgão do Poder Judiciário.
Controle Repressivo do Poder Judiciário: o controle difuso
- Note que, apesar de o juiz de primeiro grau poder declarar a
inconstitucionalidade de modo incidental, se houver recurso e a
questão vier a ser discutida em um tribunal, há que se atender à
exigência de “reserva de plenário”, prevista no art. 97 da CF/88.
Controle Repressivo do Poder Judiciário: o controle difuso
- Art. 97, CF/88: “somente pelo voto da maioria absoluta dos seus
membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os
tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
Poder Público” (full bench).
Controle Repressivo do Poder Judiciário: o controle difuso
- Reserva de plenário: só é exigida na primeira controvérsia; se o Pleno
ou o STF já tiverem uma decisão sobre a matéria, os órgãos
fracionários não precisam aplicar esta regra.
- STF: a Segunda Turma entendeu que esta cláusula não se aplica aos
órgãos fracionários do STF em caso de julgamento de Recurso
Extraordinário (RE n. 361.829).
Controle Repressivo do Poder Judiciário: o controle difuso
- Novelino explica que, no controle difuso (incidental), o
pronunciamento do plenário ou do órgão especial deve se restringir à
análise da inconstitucionalidade da lei em tese (antecedente), sendo o
julgamento do caso concreto feito pelo órgão fracionário
(consequente), o qual estará vinculado àquele pronunciamento.
Controle Repressivo do Poder Judiciário: o controle difuso
- Trata-se, no caso, de uma divisão horizontal de competência funcional
entre o plenário (ou órgão especial), a quem cabe decidir a questão
da inconstitucionalidade em decisão irrecorrível, e o órgão fracionário,
responsável pelo julgamento da causa.
Controle Repressivo do Poder Judiciário: o controle difuso
- Súmula Vinculante n. 10: “Viola a cláusula de reserva de plenário (CF,
artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não
declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
do Poder Público, afasta sua incidência no todo ou em parte”.