Engº Mario William Esper
Recuperação Energética de Resíduos Sólidos na
Indústria de Cimento
Avanços na Implementação na Política Nacional de Resíduos
Sólidos e Recuperação Energética
3 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e Recuperação Energética
O QUE É A ABCP?
n Entidade privada sem fins lucrativos, de
utilidade pública federal e estadual,
mantida pela indústria de cimento, que dá
suporte técnico à fabricação de cimento e
contribui para o desenvolvimento da
construção civil com produtos e sistemas
construtivos à base de cimento, com
ênfase na:
– Qualidade
– Meio ambiente
– Competitividade
– Cultura do uso
– Capacitação da mão de obra e
– Ação social
Sede da ABCP – São Paulo/SP
1936 - 2011
Laboratórios da ABCP – São Paulo/SP
Estradas Casas populares Pontes / Viadutos Saneamento Hospitais Presídios
4 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e Recuperação Energética
n 28 empresas
n 14 grupos industriais
n 79 fábricas
– Nº de empregos
• Aprox. 23.000
– Participação no PIB
• 0,35% (IBGE, Contas Nacionais 2008)
– Faturamento
• R$ 18 bilhões (faturamento bruto estimado)
– Produção Mundial 2010
• 3,3 bilhões de toneladas
– Produção Brasil 2010
• 59.117 milhões de toneladas
CENÁRIO
5 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e Recuperação Energética
Produzir clínquer de qualidade
Queimar e destruir resíduos
Operação
combinada
COPROCESSAMENTO
n Definição
– Tecnologia de destinação final de resíduos em fornos de cimento que
não gera novos resíduos e contribui para a preservação de recursos
naturais, por substituir matérias primas e combustíveis tradicionais no
processo de fabricação do cimento.
6 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e Recuperação Energética
PROCESSO PRODUTIVO DO CIMENTO
7 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e Recuperação Energética
GRANDE VARIEDADE DE RESÍDUOS
n Resíduos com bom valor calorífico
– Solventes
– Resíduos oleosos
– Óleos usados (de carro e fábricas)
– Graxas
– Lama de processos químicos
– Fundos de destilação
– Resíduos de empacatomento
– Resíduos de fábricas de borracha
– Pneus usados
– Resíduos de picagem de veículos
– Resíduos têxteis
– Resíduos plásticos
– Serragem
– Resíduos de fábricas de papel
– Lama de esgoto municipal
– Farinha e ossos de animais
– Grãos de validade vencida
Substitutos de
combustível
Resíduos com baixo valor calorífico
– Resíduos aquosos
– Água poluída com solventes
– Água de processos químicos
– Água de plantas de pintura
– Lama derivada de esgoto industrial
8 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e Recuperação Energética
GRANDE VARIEDADE DE RESÍDUOS
Matérias-primas alternativas
– Lama com alumina (alumínio)
– Lamas siderúrgicas (ferro)
– Areia de fundição (sílica)
– Terras de filtragem (sílica)
– Refratários usados (alumínio)
– Resíduos da fabricação de vidros (flúor)
– Gesso
– Cinzas
– Escórias bom valor calorífico
Substitutos de
matéria prima
9 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e Recuperação Energética
CRITÉRIO BÁSICO PARA A UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS
Atendimento à legislação ambiental existente
Procedimento de aceitação e controle de resíduos
Garantia da qualidade do clínquer coprocessado e do processo
produtivo
Controle e proteção da saúde do trabalhador
10 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
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REGULAMENTAÇÃO
Federal
– Resolução CONAMA 264/99
• Coprocessamento em Fornos de Clinquer
– Resolução CONAMA 316/02
• Sistemas de Tratamento Térmico dioxinas e furanos
– Resolução CONAMA 258/99
• Pneus
Estadual – CETESB SP)
– FEAM (MG)
– FEPAM (RS)
– IAP (PR)
11 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
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COBERTURA NACIONAL
Plantas
licenciadas
82%
37 plantas licenciadas
10 plantas não licenciadas
12 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e Recuperação Energética
Substituição de combustíveis
Substituições de matéria-prima
RECUPERAÇÃO
DISPOSIÇÃO
COPROCESSAMENTO
870.000 toneladas de resíduos
coprocessados em 2010
PERFIL DOS RESÍDUOS COPROCESSADOS (2010)
Fonte: ABCP
Resíduos como Substitutos de Matéria-Prima
Resíduos como Combustível Alternativo
Resíduos como Substitutos de Matéria-Prima
Resíduos como Combustível Alternativo
77%77%23%23%
56%56%
21%21%
Pneus Usados
Resíduos Diversos
Pneus Usados
Resíduos DiversosFonte: ABCP
PERFIL DOS RESÍDUOS COPROCESSADOS (2010)
Fonte: ABCP
Resíduos como Substitutos de Matéria-Prima
Resíduos como Combustível Alternativo
Resíduos como Substitutos de Matéria-Prima
Resíduos como Combustível Alternativo
77%77%23%23%
56%56%
21%21%
Pneus Usados
Resíduos Diversos
Pneus Usados
Resíduos Diversos
Perfil dos resíduos coprocessados (2010)
13 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e Recuperação Energética
CO2
SO2
NOx
Combus
tíveis
fósseis
Combustíveis
fósseis
CO2
SO2
NOx
Resí
duo
CO2
SO2
NOx
Incinerador + forno de cimento
Adição Substituição
REDUÇÃO DE GASES DO EFEITO ESTUFA
Coprocess. em
forno de cimento
Resí
duo
CO2
SO2
NOx
14 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e Recuperação Energética
COPROCESSAMENTO DE PNEUS
Pneus coprocessados em 2010:
– 36 milhões (183.519 toneladas)
36 milhões de pneus equivalem a 21.600 km
15 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e Recuperação Energética
CENÁRIO INTERNACIONAL
Coprocessamento de resíduo urbano com tecnologia dominada
Aplicada na Alemanha, Áustria, Romênia, Inglaterra, Japão, Coréia,
México, Índia, Tailândia, entre outros.
Alternativa sustentável para destinação de resíduos urbanos
Perspectiva de fonte energética futura
16 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e Recuperação Energética
DESAFIOS E OPORTUNIDADES
Coprocessamento na Alemanha
Resíduo Alemanha 2009:
65% de substituição
17 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e Recuperação Energética
AUMENTO DA SUBSTITUIÇÃO ENERGÉTICA
Dados 2007
Fonte: Relatório de sustentabilidade – Indústria de cimento canadense 2010
19 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e Recuperação Energética
ATERROS SANITÁRIOS
1 em cada 3 aterros sanitários do interior de São Paulo está esgotado
Fonte: Estado de S. Paulo – 15.03.09
De 42 depósitos de lixo de cidades com mais de 100 mil habitantes, 14 terão de ser fechados
20 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e Recuperação Energética
DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: BRASIL
Classificação percentual das diversas modalidades de destinaçãofinal de RSU
Fonte: Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2007 - ABELPRE
(*) Um dado que merece registro, relativamente aos municípios que destinam os RSU coletados para Aterro Sanitário, é que
7,1% destes possuem adicionalmente um Aterro de Inertes.
21 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e Recuperação Energética
COPROCESSAMENTO RSU: CANTAGALO/RJ
Projeto pioneiro com a prefeitura com início em agosto de 2007
Suporte da UFRJ e autorizado pela INEA
Resíduo da compostagem do resíduo urbano
Coprocessamento: 63 t/mês (janeiro 2010)
Fábrica: Lafarge Brasil/Cantagalo-RJ
22 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e Recuperação Energética
PROJETO PILOTO: CANTAGALO/RJ
Polo Cimenteiro de Cantagalo/RJ (Cantagalo – Cordeiro – Macuco)
– Holcim
– Lafarge
– Votorantim
Cantagalo
Estado do Rio de Janeiro
20.000 Habitantes
Região Serrana
Estado do Rio de
Janeiro
23 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e Recuperação Energética
Características:
PCS : 2.832 kcal/kg 4.043 kcal/kg (após secagem) PetCoke : 8.500 kcal/kg
Cinzas = 12,55% Cloro = 0,23% H2O = 50,92%
RESÍDUO URBANO CLASSIFICADO
24 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e Recuperação Energética
RESULTADOS DO COPROCESSAMENTO DE RSU
Modelo positivo de parceria entre entidade pública e iniciativa
privada
Substituição de combustíveis fósseis e não renováveis por energia
alternativa.
Diminuição do Impacto Ambiental gerado pelo aterro de resíduo
urbano
25 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e Recuperação Energética
COPROCESSAMENTO
26 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e Recuperação Energética
OPORTUNIDADES
Coprocessamento de resíduos em fornos de clinquer
– Redução do impacto ambiental das áreas de disposição de resíduos
– Redução do passivo ambiental dos aterros
– Aproveitamento de grandes volumes de resíduos através de uma política
de valorização pelo estímulo à reciclagem e ao coprocessamento
– Aproveitamento do resíduo urbano como insumo energético
27 Avanços na implantação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e Recuperação Energética
O FUTURO
Utilização de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) como fonte de energia
Uso intensivo de resíduos não perigosos como substitutos de
matéria-prima e combustível
Redução dos impactos ambientais do setor
Utilização dos fornos de cimento como uma importante ferramenta
de gestão ambiental