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Curso/Disciplina: Direito Administrativo
Aula: Forças Armadas Brasileiras no exercício do Poder de Polícia
Professor(a): Luiz Oliveira Castro Jungstedt
Monitor(a): Bruno Warwar Marcolino
Aula nº. 126
Forças Armadas Brasileiras no exercício do Poder de Polícia
CAPÍTULO II
DAS FORÇAS ARMADAS
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são
instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a
autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes
constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
§ 1º Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no preparo e
no emprego das Forças Armadas.
§ 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que
vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo Presidente da
República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos
os títulos e postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente, ressalvada a
hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", será transferido para a reserva, nos termos da lei; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014)
III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil
temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso
XVI, alínea "c", ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação,
ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e
transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a
reserva, nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014)
IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de
1998)
V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 18, de 1998)
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VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível,
por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo
de guerra; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois anos,
por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, incisos
XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. 37, inciso XVI, alínea
"c"; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014)
IX - (Revogado pela Emenda Constitucional nº 41, de 19.12.2003)
X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade e outras
condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as
prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades,
inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 18, de 1998)
Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.
§ 1º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz,
após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa
e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar.
(Regulamento)
§ 2º As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos,
porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir. (Regulamento)
QUADRO COMPARATIVO ENTRE POLÍCIA ADMINISTRATIVA E POLÍCIA JUDICIÁRIA NA ATUAÇÃO DAS
FORÇAS ARMADAS BRASILEIRAS NO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA
POLÍCIA ADMINISTRATIVA
GLO (GARANTIA DA LEI E DA ORDEM)
ATUAÇÃO MEDIANTE ATUAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
LC Nº 97/99 - arts. 15, 16-A e 17-A.
MANUAL GLO - SITE DO MINISTÉRIO DA DEFESA
(https://www.defesa.gov.br/arquivos/File/doutrinamilitar/listadepublicacoesEMD/md33_m_10_gl
o_1_ed2013.pdf)
POLÍCIA JUDICIÁRIA
APURAÇÃO DE INFRAÇÕES PENAIS MILITARES - CPPM
NÃO PRECISA DE AUTORIZAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
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CAPÍTULO V
DO EMPREGO
Art. 15. O emprego das Forças Armadas na defesa da Pátria e na garantia dos poderes
constitucionais, da lei e da ordem, e na participação em operações de paz, é de responsabilidade do Presidente
da República, que determinará ao Ministro de Estado da Defesa a ativação de órgãos operacionais, observada
a seguinte forma de subordinação:
I - ao Comandante Supremo, por intermédio do Ministro de Estado da Defesa, no caso de Comandos
conjuntos, compostos por meios adjudicados pelas Forças Armadas e, quando necessário, por outros órgãos;
(Redação dada pela Lei Complementar nº 136, de 2010).
II - diretamente ao Ministro de Estado da Defesa, para fim de adestramento, em operações
conjuntas, ou por ocasião da participação brasileira em operações de paz; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 136, de 2010).
III - diretamente ao respectivo Comandante da Força, respeitada a direção superior do
Ministro de Estado da Defesa, no caso de emprego isolado de meios de uma única Força.
§ 1o Compete ao Presidente da República a decisão do emprego das Forças Armadas, por
iniciativa própria ou em atendimento a pedido manifestado por quaisquer dos poderes constitucionais, por
intermédio dos Presidentes do Supremo Tribunal Federal, do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados.
§ 2o A atuação das Forças Armadas, na garantia da lei e da ordem, por iniciativa de quaisquer
dos poderes constitucionais, ocorrerá de acordo com as diretrizes baixadas em ato do Presidente da
República, após esgotados os instrumentos destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade
das pessoas e do patrimônio, relacionados no art. 144 da Constituição Federal.
§ 3o Consideram-se esgotados os instrumentos relacionados no art. 144 da Constituição
Federal quando, em determinado momento, forem eles formalmente reconhecidos pelo respectivo Chefe
do Poder Executivo Federal ou Estadual como indisponíveis, inexistentes ou insuficientes ao desempenho
regular de sua missão constitucional. (Incluído pela Lei Complementar nº 117, de 2004)
§ 4o Na hipótese de emprego nas condições previstas no § 3o deste artigo, após mensagem
do Presidente da República, serão ativados os órgãos operacionais das Forças Armadas, que desenvolverão,
de forma episódica, em área previamente estabelecida e por tempo limitado, as ações de caráter preventivo
e repressivo necessárias para assegurar o resultado das operações na garantia da lei e da ordem. (Incluído
pela Lei Complementar nº 117, de 2004)
§ 5o Determinado o emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem, caberá à
autoridade competente, mediante ato formal, transferir o controle operacional dos órgãos de segurança
pública necessários ao desenvolvimento das ações para a autoridade encarregada das operações, a qual
deverá constituir um centro de coordenação de operações, composto por representantes dos órgãos públicos
sob seu controle operacional ou com interesses afins.(Incluído pela Lei Complementar nº 117, de 2004)
§ 6o Considera-se controle operacional, para fins de aplicação desta Lei Complementar, o
poder conferido à autoridade encarregada das operações, para atribuir e coordenar missões ou tarefas
específicas a serem desempenhadas por efetivos dos órgãos de segurança pública, obedecidas as suas
competências constitucionais ou legais. (Incluído pela Lei Complementar nº 117, de 2004)
§ 7o A atuação do militar nos casos previstos nos arts. 13, 14, 15, 16-A, nos incisos IV e V do art. 17,
no inciso III do art. 17-A, nos incisos VI e VII do art. 18, nas atividades de defesa civil a que se refere o art. 16
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desta Lei Complementar e no inciso XIV do art. 23 da Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 (Código Eleitoral), é
considerada atividade militar para os fins do art. 124 da Constituição Federal. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 136, de 2010).
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES
Art. 16. Cabe às Forças Armadas, como atribuição subsidiária geral, cooperar com o
desenvolvimento nacional e a defesa civil, na forma determinada pelo Presidente da República.
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, integra as referidas ações de caráter geral a
participação em campanhas institucionais de utilidade pública ou de interesse social. (Incluído pela Lei
Complementar nº 117, de 2004)
Art. 16-A. Cabe às Forças Armadas, além de outras ações pertinentes, também como atribuições
subsidiárias, preservadas as competências exclusivas das polícias judiciárias, atuar, por meio de ações
preventivas e repressivas, na faixa de fronteira terrestre, no mar e nas águas interiores, independentemente
da posse, da propriedade, da finalidade ou de qualquer gravame que sobre ela recaia, contra delitos
transfronteiriços e ambientais, isoladamente ou em coordenação com outros órgãos do Poder Executivo,
executando, dentre outras, as ações de: (Incluído pela Lei Complementar nº 136, de 2010).
I - patrulhamento; (Incluído pela Lei Complementar nº 136, de 2010).
II - revista de pessoas, de veículos terrestres, de embarcações e de aeronaves; e (Incluído pela
Lei Complementar nº 136, de 2010).
III - prisões em flagrante delito. (Incluído pela Lei Complementar nº 136, de 2010).
Parágrafo único. As Forças Armadas, ao zelar pela segurança pessoal das autoridades
nacionais e estrangeiras em missões oficiais, isoladamente ou em coordenação com outros órgãos do Poder
Executivo, poderão exercer as ações previstas nos incisos II e III deste artigo. (Incluído pela Lei Complementar
nº 136, de 2010).
Art. 17. Cabe à Marinha, como atribuições subsidiárias particulares:
I - orientar e controlar a Marinha Mercante e suas atividades correlatas, no que interessa à
defesa nacional;
II - prover a segurança da navegação aquaviária;
III - contribuir para a formulação e condução de políticas nacionais que digam respeito ao mar;
IV - implementar e fiscalizar o cumprimento de leis e regulamentos, no mar e nas águas interiores,
em coordenação com outros órgãos do Poder Executivo, federal ou estadual, quando se fizer necessária, em
razão de competências específicas.
V – cooperar com os órgãos federais, quando se fizer necessário, na repressão aos delitos de
repercussão nacional ou internacional, quanto ao uso do mar, águas interiores e de áreas portuárias, na forma
de apoio logístico, de inteligência, de comunicações e de instrução. (Incluído pela Lei Complementar nº 117,
de 2004)
Parágrafo único. Pela especificidade dessas atribuições, é da competência do Comandante da
Marinha o trato dos assuntos dispostos neste artigo, ficando designado como "Autoridade Marítima", para
esse fim.
Art. 17A. Cabe ao Exército, além de outras ações pertinentes, como atribuições subsidiárias
particulares: (Incluído pela Lei Complementar nº 117, de 2004)
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I – contribuir para a formulação e condução de políticas nacionais que digam respeito ao Poder
Militar Terrestre; (Incluído pela Lei Complementar nº 117, de 2004)
II – cooperar com órgãos públicos federais, estaduais e municipais e, excepcionalmente, com
empresas privadas, na execução de obras e serviços de engenharia, sendo os recursos advindos do órgão
solicitante; (Incluído pela Lei Complementar nº 117, de 2004)
III – cooperar com órgãos federais, quando se fizer necessário, na repressão aos delitos de
repercussão nacional e internacional, no território nacional, na forma de apoio logístico, de inteligência, de
comunicações e de instrução; (Incluído pela Lei Complementar nº 117, de 2004)
IV – (Revogado pela Lei Complementar nº 136, de 2010).
Art. 18. Cabe à Aeronáutica, como atribuições subsidiárias particulares:
I - orientar, coordenar e controlar as atividades de Aviação Civil;
II - prover a segurança da navegação aérea;
III - contribuir para a formulação e condução da Política Aeroespacial Nacional;
IV - estabelecer, equipar e operar, diretamente ou mediante concessão, a infra-estrutura
aeroespacial, aeronáutica e aeroportuária;
V - operar o Correio Aéreo Nacional.
VI – cooperar com os órgãos federais, quando se fizer necessário, na repressão aos delitos de
repercussão nacional e internacional, quanto ao uso do espaço aéreo e de áreas aeroportuárias, na forma de
apoio logístico, de inteligência, de comunicações e de instrução; (Incluído pela Lei Complementar nº 117, de
2004)
VII - preservadas as competências exclusivas das polícias judiciárias, atuar, de maneira contínua e
permanente, por meio das ações de controle do espaço aéreo brasileiro, contra todos os tipos de tráfego
aéreo ilícito, com ênfase nos envolvidos no tráfico de drogas, armas, munições e passageiros ilegais, agindo
em operação combinada com organismos de fiscalização competentes, aos quais caberá a tarefa de agir após
a aterragem das aeronaves envolvidas em tráfego aéreo ilícito, podendo, na ausência destes, revistar pessoas,
veículos terrestres, embarcações e aeronaves, bem como efetuar prisões em flagrante delito. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 136, de 2010).
Parágrafo único. Pela especificidade dessas atribuições, é da competência do Comandante da
Aeronáutica o trato dos assuntos dispostos neste artigo, ficando designado como ‘Autoridade Aeronáutica
Militar’, para esse fim. (Redação dada pela Lei Complementar nº 136, de 2010).
LEI Nº 13.491, DE 13 DE OUTUBRO DE 2017.
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Mensagem de
veto
Altera o Decreto-Lei no 1.001, de 21 de outubro de 1969 - Código Penal
Militar.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
Lei:
Art. 1o O art. 9o do Decreto-Lei no 1.001, de 21 de outubro de 1969 - Código Penal Militar, passa a vigorar
com as seguintes alterações:
“Art. 9o ..................................................................
......................................................................................
II – os crimes previstos neste Código e os previstos na legislação penal, quando praticados:
......................................................................................
§ 1º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares contra
civil, serão da competência do Tribunal do Júri.
§ 2º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares das
Forças Armadas contra civil, serão da competência da Justiça Militar da União, se praticados no contexto:
I – do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo Presidente da República ou pelo
Ministro de Estado da Defesa;
II – de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de missão militar, mesmo que não
beligerante; ou
III – de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e da ordem ou de atribuição
subsidiária, realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da Constituição Federal e na forma dos
seguintes diplomas legais:
a) Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro de Aeronáutica;
b) Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999;
c) Decreto-Lei no 1.002, de 21 de outubro de 1969 - Código de Processo Penal Militar; e
d) Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral. ” (NR)
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Art. 2o (VETADO).
Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 13 de outubro de 2017; 196o da Independência e 129o da República.
MICHEL TEMER
Raul Jungmann
Este texto não substitui o publicado no DOU de 16.10.2017
GREVE NAS FORÇAS POLICIAIS
STF - ARE 654432/GO - ÓRGÃOS ESSENCIAIS MANUTENÇÃO DA ORDEM E SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR E BOMBEIROS
ART. 142, IV, CRFB/1988
POLÍCIA CIVIL
SEM PREVISÃO LEGAL
ART. 37, VII, CRFB/1988
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; (Redação da EC
19/1998)
ART. 142, IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; (Incluído pela EC 18/1998)
Os servidores públicos são, seguramente, titulares do direito de greve. Essa é a regra. Ocorre, contudo,
que entre os serviços públicos há alguns que a coesão social impõe sejam prestados plenamente, em sua
totalidade. Atividades das quais dependam a manutenção da ordem pública e a segurança pública, a
administração da Justiça – onde as carreiras de Estado, cujos membros exercem atividades indelegáveis,
inclusive as de exação tributária – e a saúde pública não estão inseridos no elenco dos servidores alcançados
por esse direito. Serviços públicos desenvolvidos por grupos armados: as atividades desenvolvidas pela
polícia civil são análogas, para esse efeito, às dos militares, em relação aos quais a Constituição
expressamente proíbe a greve (art. 142, § 3º, IV).
[Rcl 6.568, rel. min. Eros Grau, j. 21-5-2009, P, DJE de 25-9-2009.]
= Rcl 11.246 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 27-2-2014, P, DJE de 2-4-2014
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FORÇA NACIONAL SEGURANÇA PÚBLICA
PROGRAMA DE COOPERAÇÃO FEDERATIVA
CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO - ART. 1º do DECRETO 5389/2004
ADESÃO VOLUNTÁRIA DOS ESTADOS DA FEDERAÇÃO SERVIDORES CIVIS E MILITARES
PRESERVAÇÃO DA ORDEM , INCOLUMIDADE DAS PESSOAS E DO PATRIMÔNIO
Vejamos o Decreto 5.389/2004
DECRETO Nº 5.289 DE 29 DE NOVEMBRO DE 2004.
Disciplina a organização e o funcionamento da administração pública federal, para
desenvolvimento do programa de cooperação federativa denominado Força Nacional de
Segurança Pública, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea "a",
da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 1o, 3o, parágrafo único, e 4o, caput e § 1o, da Lei no10.201,
de 14 de fevereiro de 2001, e
Considerando o disposto nos arts. 144 e 241 da Constituição e o princípio de solidariedade federativa
que orienta o desenvolvimento das atividades do sistema único de segurança pública;
DECRETA:
Art. 1o Este Decreto disciplina as regras gerais de organização e funcionamento da administração
pública federal, para desenvolvimento do programa de cooperação federativa denominado Força Nacional de
Segurança Pública, ao qual poderão voluntariamente aderir os Estados interessados, por meio de atos formais
específicos.
Art. 2o A Força Nacional de Segurança Pública atuará em atividades destinadas à preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, nas hipóteses previstas neste Decreto e no ato formal
de adesão dos Estados e do Distrito Federal. (Redação dada pelo Decreto nº 7.318, de 2010).
Art. 2o-A. A atuação dos servidores civis nas atividades desenvolvidas no âmbito da Força Nacional de
Segurança Pública, conforme previsto nos arts. 3º e 5º da Lei nº 11.473, de 10 de maio de 2007, compreende:
(Incluído pelo Decreto nº 7.318, de 2010).
I - auxílio às ações de polícia judiciária estadual na função de investigação de infração penal, para a
elucidação das causas, circunstâncias, motivos, autoria e materialidade; (Incluído pelo Decreto nº 7.318, de
2010).
II - auxílio às ações de inteligência relacionadas às atividades destinadas à preservação da ordem pública
e da incolumidade das pessoas e do patrimônio; (Incluído pelo Decreto nº 7.318, de 2010).
III - realização de atividades periciais e de identificação civil e criminal destinadas a colher e resguardar
indícios ou provas da ocorrência de fatos ou de infração penal; (Incluído pelo Decreto nº 7.318, de 2010).
IV - auxílio na ocorrência de catástrofes ou desastres coletivos, inclusive para reconhecimento de
vitimados; (Redação dada pelo Decreto nº 7.957, de 2013)
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V - apoio a ações que visem à proteção de indivíduos, grupos e órgãos da sociedade que promovam e
protejam os direitos humanos e as liberdades fundamentais; e (Incluído pelo Decreto nº 7.957, de 2013)
VI - apoio às atividades de conservação e policiamento ambiental. (Incluído pelo Decreto nº 7.957, de
2013)
§ 1o As atividades de cooperação federativa serão desenvolvidas sob a coordenação conjunta da União
e do ente convenente. (Incluído pelo Decreto nº 7.318, de 2010).
§ 2o A presidência do inquérito policial será exercida pela autoridade policial da circunscrição local, nos
termos do art. 4º do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal. (Incluído pelo
Decreto nº 7.318, de 2010).
Art. 2º-B Fica instituída a Companhia de Operações Ambientais da Força Nacional de Segurança Pública,
com os seguintes objetivos: (Incluído pelo Decreto nº 7.957, de 2013)
I - apoiar as ações de fiscalização ambiental desenvolvidas por órgãos federais, estaduais, distritais e
municipais na proteção do meio ambiente; (Incluído pelo Decreto nº 7.957, de 2013)
II - atuar na prevenção a crimes e infrações ambientais; (Incluído pelo Decreto nº 7.957, de 2013)
III - executar tarefas de defesa civil em defesa do meio ambiente; (Incluído pelo Decreto nº 7.957, de
2013)
IV - auxiliar as ações da polícia judiciária na investigação de crimes ambientais; e (Incluído pelo Decreto
nº 7.957, de 2013)
V - prestar auxílio à realização de levantamentos e laudos técnicos sobre impactos ambientais negativos.
(Incluído pelo Decreto nº 7.957, de 2013)
Art. 3o Nas atividades da Força Nacional de Segurança Pública, serão atendidos, dentre outros, os
seguintes princípios:
I - respeito aos direitos individuais e coletivos, inclusive à integridade moral das pessoas;
II - uso moderado e proporcional da força;
III - unidade de comando;
IV - eficácia;
V - pronto atendimento;
VI - emprego de técnicas proporcionais e adequadas de controle de distúrbios civis;
VII - qualificação especial para gestão de conflitos; e
VIII - solidariedade federativa.
Art. 4o A Força Nacional de Segurança Pública poderá ser empregada em qualquer parte do território
nacional, mediante solicitação expressa do respectivo Governador de Estado, do Distrito Federal ou de
Ministro de Estado. (Redação dada pelo Decreto nº 7.957, de 2013)
§ 1o Compete ao Ministro de Estado da Justiça determinar o emprego da Força Nacional de Segurança
Pública, que será episódico e planejado.
§ 2o O contingente mobilizável da Força Nacional de Segurança Pública será composto por servidores
que tenham recebido, do Ministério da Justiça, treinamento especial para atuação conjunta, integrantes das
polícias federais e dos órgãos de segurança pública dos Estados que tenham aderido ao programa de
cooperação federativa.
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§ 3o O ato do Ministro de Estado da Justiça que determinar o emprego da Força Nacional de Segurança
Pública conterá:
I - delimitação da área de atuação e limitação do prazo nos quais as atividades da Força Nacional de
Segurança Pública serão desempenhadas;
II - indicação das medidas de preservação da ordem pública a serem implementadas; e
III - as diretrizes que nortearão o desenvolvimento das operações de segurança pública.
§ 4o As atribuições dos integrantes dos órgãos de segurança pública envolvidos em atividades da Força
Nacional de Segurança Pública são aquelas previstas no art. 144 da Constituição e na legislação em vigor.
§ 5o O Ministério da Justiça deverá assegurar contingente permanente mínimo de quinhentos homens
da Força Nacional de Segurança Pública treinados para emprego imediato. (Incluído pelo Decreto nº 6.189, de
2007)
Art. 5o Os servidores de órgãos de segurança pública mobilizados para atuar de forma integrada, no
programa de cooperação federativa, ficarão sob coordenação do Ministério da Justiça enquanto durar sua
mobilização, mas não deixam de integrar o quadro funcional de seus respectivos órgãos.
§ 1o a § 4o (Revogado pelo Decreto nº 6.189, de 2007)
Parágrafo único. Os servidores civis e militares dos Estados e do Distrito Federal que participarem de
atividades desenvolvidas em decorrência de convênio de cooperação de que trata este Decreto farão jus ao
recebimento de diária, a ser paga na forma prevista pelo art. 6º da Lei nº11.473, de 10 de maio de 2007.
(Incluído pelo Decreto nº 6.189, de 2007)
Art. 6o O Ministério da Justiça, consultados os Estados que aderirem ao programa de cooperação
federativa, elaborará proposta para a provisão de assistência médica e seguro de vida e de acidentes dos
servidores mobilizados, vitimados quando em atuação efetiva em operações da Força Nacional de Segurança
Pública.
Art. 7o Caso algum servidor militar mobilizado venha a responder a inquérito policial ou a processo
judicial por sua atuação efetiva em operações da Força Nacional de Segurança Pública, poderá ser ele
representado judicialmente pela Advocacia-Geral da União, nos termos do art. 22, parágrafo único, da Lei no
9.028, de 12 de abril de 1995.
Art. 8o Os servidores dos Estados mobilizados para atuar em operação da Força Nacional de Segurança
Pública serão designados pelo Ministério da Justiça.
Art. 9o A União poderá fornecer recursos humanos e materiais complementares ou suplementares
quando forem inexistentes, indisponíveis, inadequados ou insuficientes os recursos dos órgãos estaduais, para
o desempenho das atividades da Força Nacional de Segurança Pública.
§ 1o As Forças Armadas, por autorização específica do Presidente da República, e outros órgãos federais
desvinculados do Ministério da Justiça poderão oferecer instalações, recursos de inteligência, transporte,
logística e treinamento de modo a contribuir com as atividades da Força Nacional de Segurança Pública.
§ 2o Em caso de emprego das Forças Armadas para a garantia da lei e da ordem, na forma da legislação
específica, o Presidente da República poderá determinar ao Ministério da Justiça que coloque à disposição do
Ministério da Defesa os recursos materiais da Força Nacional de Segurança Pública.
§ 3o Os Estados também poderão participar de operações conjuntas da Força Nacional de Segurança
Pública, fornecendo recursos materiais e logísticos.
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Art. 10. Caberá ao Ministério da Justiça:
I - coordenar o planejamento, o preparo e a mobilização da Força Nacional de Segurança Pública,
compreendendo:
a) mobilização, coordenação e definição da estrutura de comando dos integrantes da Força Nacional de
Segurança Pública;
b) administração e disposição dos recursos materiais e financeiros necessários ao emprego da Força
Nacional de Segurança Pública;
c) realização de consultas a outros órgãos da administração pública federal sobre quaisquer aspectos
pertinentes às atividades da Força Nacional de Segurança Pública;
d) solicitação de apoio da administração dos Estados e do Distrito Federal às atividades da Força
Nacional de Segurança Pública, respeitando-se a organização federativa; e
e) inteligência e gestão das informações produzidas pelos órgãos de segurança pública;
II - providenciar a aquisição de bens e equipamentos necessários às atividades da Força Nacional de
Segurança Pública e gerir programas de apoio material e reaparelhamento dirigidos aos órgãos de segurança
pública dos Estados e do Distrito Federal, com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública, após o aprovo
do seu Conselho Gestor, na forma do parágrafo único do art. 3o e § 1o do art. 4o da Lei no 10.201, de 14 de
fevereiro de 2001;
III - estabelecer os critérios de seleção e treinamento dos servidores integrantes da Força Nacional de
Segurança Pública;
IV - selecionar e treinar os servidores policiais que os Governadores dos Estados participantes do
programa de cooperação federativa colocarem à disposição da Força Nacional de Segurança Pública;
V - realizar o planejamento orçamentário e a gestão financeira relativos à execução das atividades da
Força Nacional de Segurança Pública, de acordo com as autorizações do Conselho Gestor do Fundo Nacional
de Segurança Pública, na forma do parágrafo único do art. 3o e § 1o do art. 4o da Lei no 10.201, de 2001;
VI - estabelecer a interlocução com os Estados e o Distrito Federal, bem assim com órgãos de segurança
pública e do Governo Federal, para a disponibilização de recursos humanos, materiais e financeiros necessários
ao funcionamento da Força Nacional de Segurança Pública; e
VII - definir, de acordo com a legislação específica em vigor, os sinais exteriores de identificação e o
uniforme dos servidores policiais mobilizados para atuar nas operações da Força Nacional de Segurança
Pública.
Art. 11. A estrutura hierárquica existente nos órgãos de segurança pública da União, dos Estados e do
Distrito Federal e o princípio da unidade de comando serão observados nas operações da Força Nacional de
Segurança Pública.
Art. 12. As aquisições de equipamentos, armamentos, munições, veículos, aeronaves e embarcações
para uso em treinamento e operações coordenadas da Força Nacional de Segurança Pública serão feitas
mediante critérios técnicos de qualidade, quantidade, modernidade, eficiência e resistência, apropriados ao
uso em ações de segurança destinadas à preservação da ordem pública, com respeito à integridade física das
pessoas.
Parágrafo único. Caberá ao Ministério da Justiça estabelecer os parâmetros administrativos e
especificações técnicas para o atendimento do contido neste artigo.
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Art. 13. Fica o Ministério da Justiça autorizado a celebrar com os Estados interessados convênio de
cooperação federativa, nos termos e para os fins específicos deste Decreto.
Art. 14. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 29 de novembro de 2004; 183o da Independência e 116o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Márcio Thomaz Bastos
Este texto não substitui o publicado no DOU de 30.11.2004.
FORMAS DE ATUAÇÃO DO PODER DE POLÍCIA
Homenagens ao saudoso Professor Diogo de Figueiredo que sempre elencou as quatro atuações, sendo
estas positivadas no art. 269.
ART. 269, § 1º do Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9503 / 1997):
(...)
§ 1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas administrativas e coercitivas adotadas pelas
autoridades de trânsito e seus agentes terão por objetivo prioritário a proteção à vida e à incolumidade física
da pessoa.
Consentimento e fiscalização podem ser objeto de delegação. Criação e sanção (coerção), não são
delegáveis.
Sobre o consentimento, o alvará é o grande exemplo. Temos dois tipos:
ALVARÁ DE LICENÇA - ATO VINCULADO, DECLARATÓRIO E PERMANENTE;
Exemplo: Alvará de construção presente no plano diretor.
Por ser vinculado não pode ser revogado.
ALVARÁ DE AUTORIZAÇÃO - ATO DISCRICIONÁRIO, CONSTITUTIVO E PRECÁRIO.
DISCRICIONÁRIO: Quem solicita não tem direito. Ato passa por crivo subjetivo do gestor.
Exemplo: Criação de uma arena na praia de ipanema. É inviável a realização por conta de outras
festividades.
Revogável a qualquer momento.
SANÇÃO DE POLÍCIA
Três principais características da sanção de polícia:
1. DISCRICIONARIEDADE 2. EXECUTORIEDADE - JUÍZO DE VALOR DO SERVIDOR PÚBLICO DIANTE DA INFRAÇÃO 3. COERCITIVIDADE COM PROPORCIONALIDADE
EXECUTORIEDADE
PODER DEVER DA ADMINISTRAÇÃO - EXECUÇÃO DE VONTADE
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Levar às últimas consequências os seus atos, independentemente de manifestação de um outro Poder
da República
Em especial do Poder Judiciário
PODER DE IMPÉRIO - Muito comum nos atos de poder de polícia, de limitações administrativas…
DELEGAÇÃO DO PODER DE POLÍCIA
ORDEM SANÇÃO - NÃO CABE DELEGAÇÃO - PODER DE IMPÉRIO
CONSENTIMENTO - FISCALIZAÇÃO - ADMITE DELEGAÇÃO - ATOS DE EXECUÇÃO - ANTERIORES E
POSTERIORES
exemplo: ato de execução anterior: instalação de pardais próximos à faróis.
Obs: Celso Bandeira de Mello , um dos precursores da delegação do poder de polícia.