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PlasticoSul 117

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Edição 117 da Revista Plástico Sul

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Conceitual - Publicações Segmentadas

www.plasticosul.com.br

Rua Cel. Fernando Machado, 21

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Porto Alegre - RS

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Direção:

Sílvia Viale Silva

Edição:

Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844

Redação:

Erik Farina

Gilmar Bitencourt

Júlio Sortica

Departamento Financeiro:

Rosana Mandrácio

Departamento Comercial:

Débora Moreira e Magda Fernandes

Design Gráfico & Criação Publicitária:

José Francisco Alves (51 9941.5777)

Plástico Sul é uma publicação da editora Conceitual -

Publicações Segmentadas, destinada às indústrias

produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração

petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil,

formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área,

entidades representativas, eventos, seminários, congressos,

fóruns, exposições e imprensa em geral.

Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem

necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul.

É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que

citada a fonte.

Tiragem: 8.000 exemplares.

Filiada à

ANATEC - Associação Nacional

das Editoras de Publicações Técnicas,

Dirigidas e Especializadas

ANATECPUBLICAÇÕES SEGMENTADAS

Expediente

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Da Redação

Por Melina Gonçalves. >>>> Pág. 05

Plast Vip

Roberto Messenberg e o futuro econômico. >>>> Pág. 06

Especial

Perspectivas da 3ª geração para 2011 . >>>> Pág. 10

As metas da nova diretoria da Adirplast. >>>> Pág. 16

DestaqueO desempenho das commodities. >>>> Pág. 18

EntrevistaPET: Auri Marçon abre as portas do mercado. >>>> Pág. 26

ArtigoMarco Quirino e Roger Marchioni, da Braskem . >>>> Pág. 28

BPA na mídiaBiosfenol volta a ser palco de polêmica. >>>> Pág. 30

Painel da IndústriaAntilhas estabelece unidades na China. >>>> Pág. 34

PetroquímicaBraskem faz definições na planta do México. >>>> Pág. 35

Tendências e MercadoA vez do plástico no agronegócio . >>>> Pág. 38

Foco no VerdeGreenBusiness chega ao mercado. >>>> Pág. 44

Bloco de NotasNovidades variadas sobre o setor. >>>> Pág. 46

Anunciantes + AgendaFique por dentro. >>>> Pág. 50

Capa: divulgação

"Precisamos acordar todas asmanhãs com o olhar brilhante,

mesmo que haja chuva."(Moacyr Scliar)

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Nesta edição da revista Plástico Sul muitos sãoos assuntos extremamente pertinentes ao setorplástico nacional. A começar por uma análisefeita pelos empresários de terceira geração

petroquímica sobre os rumos que o país deve tomar em2011 e seus reflexos para a indústria brasileira. E a con-clusão é um pouco preocupante. As tendências são dealta na taxa de juros, real valorizado, preço do petróleoaumentando, balança comercial deficitária e infelizmenteuma grande distância da tão esperada reforma tributária.

Mas acreditem, há boas notícias. Os transforma-dores plásticos estão bem representados por um grupode dirigentes que não medem esforços para reverter osprejuízos do setor. São empresários competentes quededicam parte de seu tempo para o bem coletivo. Eeles estão aqui, nas páginas da Plástico Sul expondotodas as fragilidades da indústria de transformação deplásticos, propondo novos caminhos e dando voz aosanseios do setor. E não se intimidam: reivindicam aten-ção das petroquímicas para o mercado interno, reve-lam o que esperam do governo federal e fazem suasapostas quanto ao futuro econômico.

Mas tomo a liberdade de abordar outro assunto quenão está nas páginas da revista. Trata-se da aprovação doCADE para a incorporação da Quattor pela Braskem. Comoo acontecimento ocorreu nas vésperas de nosso fecha-mento editorial optamos por apresentar na próxima edi-

Aprovado

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MELINA GONÇALVES / [email protected]

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Da Redação

“A manobra da Braskem concluium importante processo de

reconfiguração do setorpetroquímico, seguindo

tendências internacionais...”

ção uma matéria elaborada sobre o assunto, trazendo aoleitor todos os bastidores da informação, já que umanotícia como esta merece muito mais do que uma páginade nosso conteúdo editorial.

A manobra da Braskem conclui um importante pro-cesso de reconfiguração do setor petroquímico, seguin-do tendências internacionais, para ganhar escala ecompetitividade mundial. Tal fato conta muitos pontos a

favor do nosso país. A Braskem assume agora um compro-misso efetivo com a competitividade de toda a cadeia deplásticos, já que passa a ser a maior produtora de resinastermoplásticas das Américas. Quanto maior o salto, maioré o risco e maior ainda a responsabilidade. Tudo depen-derá da forma como a Braskem conduzirá os rumos a par-tir de agora. A segunda geração é de classe mundial e aterceira também quer ter competitividade para o mesmo.Resta o entendimento e o bom senso de ambas as partes.

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ano mal começou e as especula-ções sobre o futuro econômico dopaís já circulam nas principais ro-das de conversas de empresários,

dirigentes e executivos. Com o objetivo deelucidar algumas questões pontuais que afe-tam o setor plástico brasileiro, a Revista Plás-tico Sul apresenta uma entrevista com o Co-ordenador do Grupo de Análise e Projeções(GAP) do Instituto de Pesquisa EconômicaAplicada (IPEA), Roberto Pires Messenberg.O economista, que já exerceu o cargo de Se-cretário Adjunto de Política Econômica doMinistério da Fazenda entre os anos de 2003e 2005, faz uma avaliação da economia bra-sileira em diversos aspectos. Entre suas opi-niões, Messenberg diz não acreditar na via-bilidade da reforma tributária, afirma que em2011 o ritmo de crescimento do consumodeve se desacelerar e pede atenção para umasituação conhecida por “vôo de galinha”,onde o baixo crescimento é perpetuado emnome da estabilidade monetária.

Revista Plástico Sul - O Brasil superou al-gumas incertezas nos últimos anos e, ape-sar de existirem algumas lacunas no sis-tema sócio-econômico, é possível acredi-

tar que o Ciclo de Desenvolvimento conti-nuará positivo nos próximos dez anos?Roberto Pires Messenberg - Sim, dife-rentemente dos anos oitenta e noventa, ociclo de desenvolvimento inaugurado noBrasil a partir da primeira década do sécu-lo XXI deve permanecer com tendênciapositiva ao longo dos próximos anos, oque não significa a eliminação de seusmomentos de aceleração e desaceleraçãoda atividade econômica. Para que a ten-dência do desenvolvimento seja aceleradacom menor volatilidade da atividade eco-nômica, torna-se imperativo a ampliaçãoda taxa de investimentos na economia.

Plástico Sul - Os últimos indicadores sina-lizam que o Brasil segue um ritmo de cres-cimento que causa inveja ao Primeiro Mun-do. Mas porque o setor industrial teme achamada “desindustrialização”?Messenberg - A indústria constitui a basede sustentação do desenvolvimento, a par-tir da realização dos investimentos respon-sáveis pela ampliação da capacidade pro-dutiva na economia, com o aumento do es-toque de capital per capita, e a incorpora-ção e difusão do progresso tecnológico as-

sociadas aos ganhos de produtividade to-tal dos fatores. Não obstante, como o se-tor industrial é relativamente mais intensi-vo na utilização do fator capital que osdemais setores da economia, consumindo eproduzindo mais bens transacionáveis como exterior, o estímulo para seus investimen-tos é afetado, de forma positiva, pelo nívelda taxa real de câmbio (e, de forma negati-va, pelo nível da taxa de juro real).

Plástico Sul - Para que o Brasil mantenhaum ritmo de crescimento quais são os prin-cipais desafios do Governo Dilma: Taxa dejuros? Taxa cambial? Controle da inflação?Nível de emprego? E quais as tendênciasnestes quesitos?Messenberg - A manutenção de um ritmoelevado de crescimento econômico no Bra-sil esbarra na limitação imposta pela vigên-cia de uma reduzida taxa de investimentos.O ponto a ressaltar aqui é que dessa reduzi-da taxa de investimentos resulta uma atrofiada capacidade produtiva que, por sua vez,problematiza o sucesso na obtenção dosganhos sistemáticos de produtividade e docontrole da inflação. Assim, uma mudançade preços relativos destinada a estimular o

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Doutor em economia, Roberto Pires Messenberg fala sobre perspectivas econômicaspara 2011. O economista não enxerga a viabilidade da Reforma Tributária, acreditana desaceleração do consumo e pede atenção ao chamado “voo da galinha”, onde obaixo crescimento é perpetuado em nome da estabilidade financeira.

Roberto Pires MessenbergPLAST VIP

Os rumos econômicos do paísOs rumos econômicos do país

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investimento industrial pelos movimentosda taxa de câmbio acaba por produzir ele-vação permanente do nível absoluto de pre-ços, equivocadamente interpretada comodescontrole inflacionário. A preocupaçãocom a inflação passa então a dominar asexpectativas de mercado, influenciando adecisão do Banco Central de combatê-laatravés da elevação da taxa de juros. Com aelevação dos juros, contudo, a decisão deinvestir é desestimulada, e voltamos aoponto de partida, configurando-se na eco-nomia uma situação conhecida por “vôo degalinha”, onde o baixo crescimento é per-petuado e julgado a norma, em nome daestabilidade monetária.Por outro lado, se a taxa de câmbio formantida valorizada, a entrada de recursosexternos tenderá, por um lado, a ampliar ossaldos negativos em conta corrente do Ba-lanço de Pagamentos e, por outro, a esti-mular a produção doméstica dos bens nãotransacionáveis com o exterior, ou seja, pri-mordialmente, a produção proveniente dossetores não industriais. Então, os setoresde serviços passam a ganhar peso relativono fluxo agregado da oferta doméstica, en-quanto a demanda de consumo, alimentadana expansão geral do crédito, passa a cres-cer mais rapidamente que a demanda agre-gada. Nesse caso, também, em nome da es-tabilidade monetária, a economia estarátrilhando uma trajetória clara de crescentedesequilíbrio externo.

Plástico Sul - A valorização cambial tira a

competitividade? Porque e o que fazer?Messenberg - A rentabilidade do setor in-dustrial depende de uma taxa de juro realmais baixa e de uma taxa real de câmbiomais favorável aos bens transacionáveis como exterior; não obstante, uma política mo-netária voltada para a busca de tais objeti-vos entra em contradição com o regime demetas para a inflação. A alternativa não in-flacionária de política econômica a uma ten-tativa, seja de cristalização da economiana situação de baixo crescimento, permeadapelos ciclos de voos de galinha, seja de ma-nutenção do crescimento alimentado noconsumo e no desequilíbrio externo cres-cente, é a pró-atividade da política fiscalcom subordinação da política monetária.Nesse sentido, pró-atividade significa ma-nejo dos instrumentos fiscais para a remo-ção dos custos empresariais envolvidos noajustamento da produção doméstica aosnovos condicionamentos externos e à rup-tura com a estratégia econômica organiza-da em torno da valorização do câmbio parao alcance das metas de inflação.Desde logo, nos marcos das atuais restriçõesao crescimento, a política fiscal só pode seravaliada a partir dos estímulos conferidos àexpansão dos fluxos de produção dos benstransacionáveis com o exterior. Isto signifi-ca o compromisso radical da política econô-mica com a ampliação e a capitalização dalucratividade da indústria de transformação.

Plástico Sul - O Brasil importou muitoem 2010 em vários setores, respon-dendo por 21% do consumo do país.Qual sua avaliação sobre o atual graude abertura brasileira?Messenberg - A elevação do grau de aber-tura da economia é importante apenas namedida em que facilita a realização de umajustamento necessário diante de um cho-que externo não antecipado. Assim, para duaseconomias parecidas e que contem com omesmo saldo comercial, a situação de fragi-lidade será menor para aquela que detiver ograu de abertura mais elevado. Em tal caso,o esforço será menor em termos de desvalo-rização do câmbio e de queda do nível deatividade econômica para produzir o ajusta-

mento externo necessário, diante de um cho-que, em termos da ampliação dos saldos co-merciais. Contudo, diante de uma situaçãode desequilíbrio externo crescente, em queo aumento do grau de abertura reflete, es-sencialmente, a elevação mais rápida do co-eficiente de importação em relação ao coe-ficiente de exportação, a fragilidade da eco-nomia estará necessariamente aumentandoe não diminuindo. Este é o risco que a eco-nomia brasileira poderá enfrentar no futuro,caso a taxa de investimentos não seja signi-ficativamente ampliada.

Plástico Sul - Até que ponto as refor-mas tributária, política e previdenciáriapoderão ajudar a economia a continuarcrescendo com mais garantias de jus-tiça social?Messenberg - A questão previdenciária é,no meu modo de ver, essencialmente fiscal.Há um regime de repartição simples que nãopode funcionar de forma auto-financiada.A saída é a institucionalização do subsídiofiscal à previdência. Do mesmo modo, nãoacredito na viabilidade da reforma tributá-ria. Resta considerar, então, as possibilida-des do emprego da política fiscal conven-cional para o relaxamento da peculiar res-trição interna que hoje onera as possibili-dades de crescimento sustentável da indús-tria e de ampliação dos saldos comerciaisna economia brasileira. Dada a reduzidacapacidade de resposta de tais fluxos aossinais nem sempre confortáveis emitidospela demanda externa e pela a taxa de câm-bio; não se pode conceber o relaxamentoda restrição através da mera tenacidade noalcance de ajustes fiscais crescentes. Toma-da nesses termos, tal postura serviria exclu-sivamente às condições imediatas de sus-tentação da afluência de capital externo naeconomia, com convergência das expecta-tivas de mercado no curto prazo, ao custo,

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/PS Messenberg é

coordenadordo Grupo deAnálise e Projeçõesdo IPEA

“A rentabilidade do setorindustrial depende

de uma taxa de juroreal mais baixa e

de uma taxa real decâmbio mais favorável

aos bens transacionáveiscom o exterior...”

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Roberto Pires Messenberg

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PLAST VIP

entretanto, da permanência dos elevadospatamares da taxa real de juro e da instabi-lidade latente da taxa real de câmbio.

Plástico Sul - A entrada massiva de pro-dutos importados a baixo custo limitoua competitividade de alguns setores daindústria nacional, como o plástico. Poroutro lado os empresários também de-monstram dificuldades em exportar. O re-sultado é uma balança comercial defici-tária em setores como por exemplo, ode embalagens flexíveis. Como resolveressa equação?Messenberg - Os custos empresariais en-volvidos na opção desenvolvimentista de-correm do fato de que, através de uma es-tratégia econômica acomodatícia – base-ada na dominância monetária (ou finan-ceira) com subordinação fiscal e câmbiovalorizado –, estimulou-se a entrada líqui-da dos fluxos externos de capital na eco-nomia brasileira, vinculando-se, ao mes-mo tempo, os incentivos domésticos deprodução à expansão da oferta de benscom menor grau de “tradeability”. Em quepese, assim, o rompimento de alguns pon-tos de estrangulamento importantes dosistema econômico, associou-se às cres-centes influência e mobilidade dos fluxosfinanceiros externos, uma perda contínuade flexibilidade de sua base produtiva. Noatual momento, esta última ainda encon-tra-se ressentida pela: 1) ampliação acen-tuada da presença de bens complementa-res à produção doméstica na pauta de im-

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portações; o que limita o alcance no tem-po de um padrão mais equilibrado de co-mércio exterior (objetivo último da co-lapsada estratégia anterior, de substitui-ção de importações); 2) especificidade domovimento de diversificação da pauta deexportações; movimento este realizado apartir do aumento das participações deprodutos básicos, e de produtos manufa-turados com maior inclinação ao empregointensivo de insumos importados (físicose financeiros) e ao atendimento de deman-das cativas (doméstica ou regional).

Plástico Sul - O aumento do consumo dapopulação sentido em 2010 deverá se re-petir em 2011? Como será o aquecimentodo mercado interno no ano que começa?Messenberg - Não, em 2011 o ritmo decrescimento do consumo deve se desa-celerar em relação ao registrado em 2010,em função da necessidade de uma acomo-dação do grau de endividamento das fa-mílias e das medidas de elevação do com-pulsório dos bancos implementadas recen-temente pelo Banco Central.

Plástico Sul - O que impede o crescimentodo Brasil?Messenberg - A persistente dominância dapolítica monetária engendrou uma defor-mação estrutural na economia brasileira: umespaçamento em sua base produtiva que,no curto prazo, tornou as variações positi-vas dos saldos comerciais menos sensíveisàs desvalorizações reais do câmbio; mais de-

Bens complementaresà produção internatêm presença marcanteno fluxo de importaçõesno cenário atual do Brasil

pendentes da redução nos níveis de ativi-dade interna e do sopro extraordinário dos“bons ventos” (nacionais e estrangeiros)para as exportações dos produtos básicos;e, finalmente, menos capazes da difusão deefeitos dinâmicos sobre o conjunto da eco-nomia. No plano das decisões microeco-nômicas, os custos associados à recentemudança estratégica são sentidos pelasempresas, a partir do reconhecimento danecessidade de deslocamentos em suas cos-tumeiras rotas de compras e de vendas ex-ternas. Além das aludidas despesas com im-portações mais intensas de insumos físi-cos, propriamente ditos, os custos empre-sariais de ajustamento compreendem: 1)custos de aquisição de informações sobre ofuncionamento dos novos mercados e ins-tituições de toda espécie; custos de re-formatação de velhos ou do desenvolvimentode novos produtos; custos de promoção,teste, distribuição e financiamento das ven-das externas; além dos custos naturais decobertura dos riscos de preço e câmbiosubjacentes a qualquer movimento de in-serção no (segundo os novos parâmetrosdo) comércio internacional; 2) Adicional-mente, no caso específico das empresas comreduzidos graus de tradeability, o custo am-pliado da cobertura do risco da troca deatividades, envolvendo um setor diferenci-ado da economia e em momento de rupturageneralizada das expectativas.Em essência, o arranjo dos instrumentos dapolítica fiscal deveria focalizar os obstácu-los postos pela necessidade de re-alocaçãodos fluxos internos de produção. Assim, ca-beria à política econômico-fiscal a tarefa deincentivar a remodelagem da base produtivana economia brasileira, em direção à supera-ção definitiva dos problemas trazidos de formarecorrente pela inconsistência dos movimen-tos de valorização cambial. Desta perspecti-va, o avanço dos investimentos públicosconstitui o ponto central da política eco-nômica. Através dele, obter-se-ia o alarga-mento do horizonte de cálculo empresarial ea continuidade da trajetória de queda dastaxas domésticas de juro, cujo piso passariaa refletir os níveis das taxas praticadas nomercado internacional.PS

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ESPECIAL Perspectivas

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O que será do amanhã?

Por Melina Gonçalves

osé é um pequeno transformador deutilidades de plástico que mora nointerior do Paraná. Com muito tra-balho e dedicação, sua empresa pros-

perou em anos de trabalho árduo. Mas nosúltimos tempos, seu José tem enfrentadogrande dificuldade em suas vendas. Com oaumento de custos fundamentais comoenergia e mão-de-obra, além do aumentoda matéria-prima, o dono da fábrica per-de terreno para os fabricantes de plásti-cos importados, que entram no Brasil comcustos mais acessíveis e são ajudados pelocambio valorizado. O pequeno transforma-dor de plásticos do interior do Paraná nãosabe, afinal, o que fazer para voltar aosvelhos tempos e ter uma boa margem delucro em sua empresa.

Seu José é apenas um exemplo dosmilhares de fabricantes de plásticos queamargam momentos difíceis. Independen-te do porte, a situação é de risco para acompetitividade do setor e coloca os prin-cipais dirigentes em alerta na busca de so-luções imediatas para salvar a robustez dasempresas de transformação.

Ao que tudo indica a resolução da pro-blemática não se dará tão fácil assim. Nessaequação, são diversos os motivos que im-pedem o crescimento e assinalam aos maispessimistas um risco de desindustrialização.A começar pelos aspectos macro econômi-cos do país. O primeiro agravante é que,com o aumento de consumo da população,há aumento de juros para estancar a infla-

ção. Além disso, há a valorização do real,que reduz a competitividade dos produtosnacionais facilitando a importação edesestimulando a exportação. Associada aoaumento de juros e a questão cambial, estáa elevada carga tributária, uma das princi-pais barreiras para o crescimento. “Nossosetor precisa com urgência diminuir a car-ga tributária que carregamos em nossos pro-dutos, que nos impedem de exportar e abreas portas para importação de acabados”, sa-lienta a Presidente do Sindicato das Indús-trias de Material Plástico do Paraná(Simpep), Denise Dybas Dias.

Na outra ponta desse cabo de guerraestá a pressão sobre os preços do petró-leo, e por consequência seus derivados, in-cluindo a nafta e outros produtos petro-químicos. O resultado é um aumento nocusto das resinas petroquímicas que otransformador tem dificuldade de repassarao seu cliente final. O presidente do Sin-dicato das Indústrias de Material Plásticodo Estado de Santa Catatina (Simpesc),revela que a tendência de alta voltou comtudo no final de 2010 e início de 2011.“Obviamente é um movimento global. Ospreços estão subindo em todas as partesdo mundo e aqui não é diferente. O quenos assusta é a velocidade com que issoestá ocorrendo”, alerta.

Mas o que esperar de 2011, tendo emvista um novo governo na liderança do país?As perspectivas para o ano são preocupantes,já que o cenário deve permanecer o mesmo.O presidente da Associação Brasileira da In-dústria do Plástico (Abiplast), José RicardoRoriz Coelho, afirma que nada indica umamudança no câmbio, o real deve permane-cer valorizado e as taxas de juros continua-rão subindo. O dirigente ressalta os custosdas matérias-primas. “Os nossos preços deresinas são maiores do que a concorrênciainternacional, tirando nossa competitividadee fazendo com que a entrada de produtosimportados seja maior do que as nossas ex-portações” avalia Roriz.

Neste aspecto a tendência também éde continuidade do quadro. O sócio-dire-tor da Maxiquim Consultoria de Mercado,Otávio Carvalho, revela que, com esse cená-

rio de preços de produtos petroquímicosem elevação, dólar relativamente estável edemanda aquecida é bastante provável quea fatia das importações no mercado brasi-leiro siga crescendo pelos próximos mesese anos. E quem sairá ganhando com essemovimento é o produto chinês, que adqui-re cada vez mais espaço no mercado mun-dial, por ter um custo de capital baixo, va-lor de mão-de-obra reduzido, acesso a ma-térias-primas baratas e fábricas com grandeescala de produção. “É um absurdo o Brasilnão poder responder a isso já que, no casodos plásticos, o chinês não é auto-sufici-ente em petróleo e sim um grande compra-dor. Já o Brasil, além de ser auto-suficien-te, será um dos maiores exportadores depetróleo do mundo. Então não teria moti-vos para o país não ter um plano para ga-nhar competitividade nos próximos anos eisso deveria a começar por um acesso a pre-ços de matérias-primas a custos mais razo-áveis”, desabafa o presidente da Abiplast.

A alternativa para fugir dos altos pre-ços está na importação das resinas, cujodéficit comercial aumentou 119,2% em2010. O problema desta manobra é que 95%dos transformadores de plásticos são em-presas de pequeno porte com dificuldadespara importar. “O monopólio acaba impon-do condições de preços e o transformadortem um poder de barganha muito baixo paraconseguir negociar esse valor. O Brasil estáaumentando as importações de resinas por-que o país tem um dos preços mais altos domundo”, salienta Roriz.

Mas nem tudo está perdido. Como so-lução temporária para tentar aumentar acompetitividade está o investimento emmáquinas e equipamentos novos para bus-car produtos mais inovadores e para bai-xar custos. Outro aspecto em que o Brasilpode se diferenciar do resto do mundo é ofato de o país ter condições de desenvol-ver a mais competitiva indústria de bio-plásticos do mundo. “É preciso aproveitaro potencial do etanol e de outras fontesrenováveis para gerar oportunidades para atransformação”, opina Otávio Carvalho, daMaxiquim. É preciso agora saber usas essavantagem a nosso favor.

O ano de 2010 apresentoudiversas dificuldades parao setor, como o aumentode preços de resinas,energia e mão-de-obra,além de entraves cambiaise tributários. Chegado2011, saiba quais são asperspectivas sob a óticados transformadoresplásticos brasileiros.

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ESPECIAL Perspectivas

Os próximos desafiosO Vice–Presidente do Sindicato da In-

dústria de Material Plástico do Nordeste Ga-úcho (Simplás), Victor Oscar Borkoski, ob-serva com atenção a questão da reor-ganização do setor petroquímico e seus re-flexos na indústria de transformação. “Ve-mos com preocupação o encaminhamento domonopólio já que a importação é tarifada.Mesmo assim, as resinas importadas estãomais acessíveis, enquanto as economias do mercado comum e U.S.A.não apresentam crescimento sustentável. Esta situação deve conti-nuar durante o ano de 2011”, antecipa Borkoski.

Quanto às importações de transformados, o dirigente acreditaque os produtos vindos de fora continuarão crescendo a taxas pró-ximas de 20% enquanto as exportações, que são essenciais para asAméricas com destaque para Argentina, não deverão crescer mais que7% a 8%. Para escapar dos efeitos colaterais, o dirigente aposta noinvestimento em design de produtos novos e aumento de produtivi-dade com automação de processos.

Já os Sindicatos do Estado esperam um diálogo aberto com onovo Governo estadual para encontrar soluções, através de Políticasde Investimentos no setor que levem as indústrias da região a com-petir em igualdade de condições com os outros Estados da Federa-ção. “A luta por melhores condições para o desenvolvimento do se-tor deve ser contínua, nas áreas da educação, energia competitiva,programa de desenvolvimento estadual do setor e através de umapolítica em conjunto com o Governo”, enfatiza.

A região de abrangência do Simplás transforma por ano 450.000toneladas de produtos plásticos em suas mais de 450 empresas. Amédia de crescimento para 2011 está na casa de 8%.

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Alternativas para crescerSegundo o presidente do Sindicato

das Indústrias de Material Plástico no RioGrande do Sul (Sinplast), Alfredo FelipeSchmitt, 2011 é um ano de trabalho fortena busca pelo aumento da competitividadeinterna e na tentativa de um equilíbrio tri-butário adequado para o setor. O dirigentetambém destaca a busca por uma melhorana questão da gestão, mão-de-obra e umacordo quanto aos preços internos de matérias-primas para com-petir tanto a nível interno quanto com produtos que começam avir de fora também. “Os preços das resinas seguiram o ritmo mun-dial, subiu no exterior, subiu aqui também. Faz parte de umaestratégia do Sindicato, da Abiplast e das associações, todosjuntos e reunidos, buscar um entendimento melhor com a própriaPetrobras para olharmos a transformação de plásticos do Brasilcomo um mercado de 350 mil empregos”, diz.

O dirigente busca alternativas para minimizar o desequilíbrioda balança comercial de transformados. Ele conta que o Sinplastencaminhou proposta de criação de uma lei que obrigaria às em-presas estrangeiras com interesse em vender para o Brasil a pos-suir um representante legal dentro do país para assumir todas asresponsabilidades, inclusive sobre a destinação da embalagempós-consumo. Fato semelhante ocorrerá nos Estados Unidos onde,a partir de 2012, uma empresa para exportar para o país america-no deverá ter uma filial ou representante legal no local. Na Euro-pa já está em vigor este sistema que tem o nome de REACH, masaté o presente momento não envolve embalagens.

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ESPECIAL Perspectivas

Santa Catarinaenfatiza PNRS

Um grande desafio para todas as cadei-as produtivas, e do plástico em especial, nospróximos anos, será a nova Política Nacionalde Resíduos Sólidos (PNRS) aprovada recen-temente pelo Congresso Nacional. O presi-dente do Simpesc, Alfredo Schmidt, acreditaque a Política trará para todos os setoresenormes consequências, pois terão, junta-mente com a sociedade (cidadãos e municípios), que implantar ecolocar em funcionamento estruturas de coleta e reciclagem no Bra-sil todo. “Comparado a outras cadeias produtivas, a do plástico apre-senta uma complexidade ímpar, dada à variedade de resinas existen-tes e à diversidade de aplicações permeadas por todos os setores daeconomia”, lembra.

As recomendações e orientações oriundas da PNRS vieram doanseio da sociedade, que não aceita mais o uso indiscriminado dosrecursos naturais e o pouco caso dado ao meio ambiente. Segundoo dirigente, o setor plástico está fazendo sua parte, procurandoalternativas e soluções para o correto descarte e reaproveitamentodestes materiais, mas sem comprometimento da sociedade, separan-do e levando os produtos recicláveis até os pontos de coleta, nãoserá possível salvar o planeta.

O Brasil viveu em 2010 um ano de forte recuperaçãoeconômica, em que a produção industrial voltou aos patamarespré-crise com efeito positivo sobre segmento do plástico. ParaAlbano Schmidt, certamente o otimismo em relação ao futuro doBrasil também fez com que muitos investimentos tenham sidoplanejados e realizados. Entretanto, como os demais dirigentesdo setor, Schmidt alerta para o lado ruim do ano, como a invasãode produtos importados. “Como estamos na vitrine, o mundo in-teiro tem interesse de vender no Brasil, o que aumenta a compe-tição com a indústria aqui localizada”, enfatiza.

Para tentar sanar os problemas na região, o dirigente acreditana união, garra, empreendedorismo e boa relação com os fornecedo-res para manter o nível de crescimento sustentado acima da médianacional. “Estamos já trabalhando em diversas áreas, com foco nacompetitividade, na inovação, na sustentabilidade e no conheci-mento para termos uma liderança regional e uma projeção nacionalno segmento de plásticos”.

Schmidt acredita que o crescimento do setor no estado em2010 tenha sido da ordem de 12% em termos de volume e de cercade 15% no faturamento. Já para 2011 ele aposta em um crescimentomais moderado, de cerca de 5% em volume.

Paraná destaca guerra fiscalA falta de mão-de-obra qualificada

está na pauta de preocupações do Sindi-cato da Indústria de Material Plástico doParaná. Segundo a presidente da entida-de, Denise Dybas Dias, trabalhadores mi-graram para outros setores mais aquecidos,com políticas sólidas e sérias de preços eincentivos diversos que conseguem ofere-cer salários maiores que o setor plástico.

Outro desabafo vindo do Paraná é quanto à guerra fiscalentre estados. “Esta guerra fiscal esta fazendo com que as indús-trias instaladas em paraísos fiscais dentro do Brasil, principal-mente Manaus, trabalhem com margem negativa e tenham umgrande lucro somente nos impostos que deixam de recolher”, ex-plica Denise. Estas empresas, observa a presidente, pelos benefí-cios fiscais criam um referencial de preços abaixo do custo dagrande maioria das indústrias de transformação do País. Ela ga-rante que este tipo de concorrência precisa terminar rapidamen-te, antes que seja tarde demais. “Em torno de 90% do nosso setoré composto por pequenas e médias empresas que não possuemcondições de instalar plantas em diversos paraísos fiscais. Estasempresas pagadoras de inúmeros impostos que servem dentre tantasoutras para financiar grandes empresas que lucram e crescem coma imoralidade legalizada”, denuncia.

Denise faz coro aos demais empresários do setor quanto aconfiguração da indústria petroquímica. Para ela, é necessária acompetitividade no total da cadeia produtiva, com os mesmosbenefícios e condições para concorrer internacionalmente. A ba-lança comercial do setor no ano de 2010 apresentou um aumentodas importações de produtos transformados (plásticos) em tornode 30%, enquanto que as exportações aumentaram 10%. “Somen-te por estes dados podemos confirmar os disparates que o nossosetor vem apresentando”.

O Paraná conta com 940 empresas que geram 24.500 em-pregos diretos. O crescimento do setor em 2010 foi 8,5% novolume e de 6,6% no faturamento. Denise considera que oestado apresentou boa demanda, embora com pouca rentabili-dade. “Para o cenário econômico do momento, os númerospoderiam ser melhores, ficamos um pouco a menos que a médianacional, a guerra fiscal esta segurando muito o crescimentode nosso estado”, observa.

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“Existe uma expectativa grande de um go-verno mais técnico e objetivo para atender asdemandas não só da Indústria, mas como um todo,governo com menos marketing e sentimentalis-mo que proporcione resultados para nosso País.As primeiras ações da nova Presidente já sinali-

zam preocupação com importados de baixa qualidade oriundosda Ásia e já sinalizou medidas para restringir a entrada no País.Esperamos que sejam tomadas medidas para que a indústria detransformação possa iniciar um processo de exportação não serestringindo ao mercado interno”.

Denise Dybas Dias – Presidente do Simpep

“Esperamos um governo mais pragmático,mais executivo, melhor planejador e gestor. É operfil da presidente Dilma. O presidente Lula dei-xou um legado positivo nas questões sociais, mastambém uma conta a pagar. Vemos com preocu-pação o aumento dos gastos do governo, não

apenas em seu crescimento, mas também no que diz respeito àsua qualidade. Deveríamos ter gasto muito mais em investimen-to em infraestrutura e muito menos em custeio. O resultado éque a presidente já entra com a necessidade de subir juros efazer cortes no orçamento”.

Albano Schmidt – Presidente do Simpesc

“Esperamos que dê início a Reforma Tributá-ria que os últimos governos têm adiado, pois estacarga tributária em cascata afeta negativamenteas empresas, independente de seu porte. Além dis-so, é preciso haver revisão de política de juros,conservação de investimentos na infra-estrutura e

política adequada ao setor”.Victor Oscar Borkoski – Vice-Presidente do Simplás

O que os dirigentes esperam do Governo Dilma Roussef

“Desejamos que a presidente consiga imprimiruma velocidade de trabalho que permite ao setor sedesenvolver. Que se crie uma política pública quevise dar condições efetivas de competitividade àsindústrias de transformação de plásticos. Nós temosque nos preparar para exportar excedentes de trans-

formados e não de resinas”.Alfredo Schmitt – Presidente do Sinplast

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ESPECIAL Perspectivas

Os próximos passos da Adirplast

ano de 2011 começou com novaDiretoria Executiva na AssociaçãoBrasileira dos Distribuidores de Re-sinas Termoplásticas (Adirplast). No

comando da entidade está agora o Presidenteda Activas, Laercio Gonçalves. Com metasambiciosas, o dirigente aponta os próximospassos deste setor que movimenta anualmen-te de 496.175 mil toneladas de resinas efaturamento acima de R$2,5 Bilhões.

Gonçalves assume a entidade em umaépoca de grandes acontecimentos, como au-mento considerável nos preços das matérias-primas em nível mundial, entrada massiva deimportadores de ocasião e revendedores in-formais, além da aprovação recente do CADEpara a aquisição da Quattor pela Braskem. Es-ses fatores implicam diretamente nos negóci-os da distribuição, e mesmo assim o dirigen-te projeta um crescimento na ordem de 10%para o ano de 2011. Gonçalves acredita que a

MDIC anuncia meta de US$ 228bilhões para exportações em 2011

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ex-terior (MDIC) anunciou a meta das exportações para 2011 de US$228 bilhões, valor 13% acima do alcançado em 2010 (US$ 201,916bilhões), recorde histórico do país. Este crescimento também ésuperior aos 9,2% estimados para o crescimento das vendas nomercado externo feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).A corrente de comércio no ano (soma das exportações e importa-ções) foi de US$ 383,554 bilhões.

“Isto será possível em razão do crescimento econômico dos

países em desenvolvimento”, avaliou o secretário de ComércioExterior do MDIC, Welber Barral. E completou: “levamos tambémem consideração a manutenção dos preços das commodities e domesmo nível cambial.”

Especificamente a indústria do plástico transformado inicia2011 com a perspectiva de aumentar em 10% os volumes expor-tados, com relação às 310 mil toneladas comercializadas em 2010,segundo dados da Associação Brasileira da Indústria do Plástico(Abiplast). Com esse crescimento, o setor espera chegar a dezem-bro de 2011 com 340 mil toneladas exportadas, o equivalente aUS$ 1,75 bilhões.

política do segmento já está praticamentedefinida, mas que no segundo semestre doano novas fusões e aquisições entre os distri-buidores podem ocorrer. “Acredito que 2011ainda será um ano de acertos”, salienta.

Para fortalecer os diferenciais da dis-tribuição e unir as empresas que permanece-rem nessa estrada, Gonçalves fez um planeja-mento estratégico para a gestão 2011/2012.Nos tópicos estão questões fundamentaispara o futuro do setor como o desenvolvi-mento de código de auto-regulamentaçãocom a criação de um conselho de ética e decanais de comunicação como rede sociais,revistas, maior relacionamento com a impren-sa e participação nas feiras do setor. A co-meçar pela principal mostra nacional da in-dústria do plástico, a Brasilplast, que acon-tece em maio deste ano. No evento, a enti-dade terá um estande mais aberto e convi-dativo, mostrando a importância do relacio-namento entre transformador e distribuidorcom as respectivas vantagens competitivas.Além destas estratégias, a Adirplast buscarátambém vínculos com entidades paracapacitação profissional como Senai, e nospolos educacionais como São Carlos eJoinville. Gonçalves explica que através depalestras, viabilizará a valoração saudávelsobre a importância da distribuição nas prin-cipais universidades do país. Os associadostambém receberão todo o suporte de infor-

mações disponível. “Faremos eventos sobrelogísticas, atendimento comercial, aspectostributários, gestão financeira e pessoas, comparticipações de convidados da petroquimicae de clientes”, destaca.

Novos associadosAtravés de fusões e aquisições houve

uma considerável diminuição no número dedistribuidores de resinas nos últimos anos,processo natural quando o objetivo é ga-nhar escala e acompanhar as tendênciasmundiais. Mesmo assim, um dos principaisplanos na pauta da nova diretoria é aumen-tar o número de associados para fortalecer,ampliar a instituição e consolidar os núme-ros do setor, aliás unica fonte oficial. O diri-gente explica que o movimento se dará atra-vés da abertura da entidade para novas em-presas, como por exemplo, as que represen-tam multinacionais. Para entrar na Adirplast,porém, devem-se atender as exigências doestatuto. “A ideia é ampliar a abrangênciados associados, mas precisa ser representan-te de uma empresa de resinas termoplásticas”.Na mesma batalha em busca do amadureci-mento do setor está o fortalecimento da re-lação entre distribuidor e petroquímica e aampliação da Adirplast para América do Sul.“A Adirplast tem que ser reconhecida comoum canal de distribuição legal pela petro-química e que o transformador veja os be-nefícios de nossas empresas que, além deentregar resinas, proporciona financia-mento, leva tecnologia, pequenos e mé-dios volumes, acesso a matérias-primascom valor agregado, e acima de tudo, di-ferencias aos seus negócios. Nesta ges-tão a Adirplast deverá dobrar de tamanhoe representatividade”, finaliza.

Desde 03 de janeiro, entidade é presidida por LaercioGonçalves, que traça metas para a distribuição nacional.

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/PS Gonçalves:

“Adirplast deverádobrar detamanho erepresentatividade”

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DESTAQUE Commodities

Mercadoem altaPor Gilmar Bitencourt

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nálise feita pelas principaispetroquímicas revela que o mer-cado de commodities em 2010foi muito positivo. Em relação

aos investimentos, desenvolvimentos elançamentos de novos produtos pelos fa-bricantes de resinas, realmente foi umano cheio de novidades. Porém a cons-tatação pode parecer um pouco confusapara quem olhar a balança comercial dosegmento, que continua negativa e re-gistra um incremento nas importaçõessuperior as vendas externas.

Segundo o Ministério do Desenvol-vimento, Indústria e Comércio Exterior(MDIC) a entrada de resinas no Brasil au-mentou 25,8% no ano passado, repre-sentando 1,9 milhão de toneladas, con-tra 1,5 milhão em 2009. Enquanto que areceita brasileira com as exportações cres-ceu 12%, atingindo a cifra de US$ 1,87bilhão, no mesmo período, as importa-ções tiveram alta de 41,6%, na mesmabase comparativa, chegando a US$ 3,26bilhões. E mesmo assim, o ano foi bom?

Foi bom sim, as empresas registra-ram o crescimento no volume de vendas eno faturamento. A explicação é simples.O aquecimento da economia nacional in-centivou o aumento do consumo internode resinas. Isso somado a questão do câm-bio que tem favorecido às importações,tornou o país alvo das vendas externas.Por sua vez, a indústria nacional, atentaao aumento do consumo brasileiro e àconcorrência internacional, priorizou omercado interno e reduziu as exportações.Fato que causou um déficit comercial noacumulado do ano de US$ 1,39 bilhão,alta de 119,2% sobre 2009 (US$ 635,1milhões). Os principais fornecedores deresinas termoplásticas para o mercadobrasileiro foram a América do Norte, aÁsia (com exceção do Oriente Médio) e aUnião Européia. Já o principais desti-nos da produção nacional foram oMercosul e demais países latino-ameri-canos, com exceção do México.

Diante deste contexto fica claroque a petroquímica nacional tem que bo-tar as barbas de molho. É preciso ampli-ar a produção brasileira sob o risco daconcorrência internacional ocupar cadavez mais o nosso mercado. Segundo opresidente-executivo da Abiquim,Eduardo José Bernini, o Pacto Nacionalda Indústria Química, estudo entregueao governo pela Abiquim, estima um po-tencial de investimentos no setor deUS$ 167 bilhões até 2020. O dirigentedeixa claro que é necessário estimular arealização de investimentos, para aten-der demanda interna e a recuperação dodéficit comercial.

A Braskem, única produto-ra nacional dos commodities Polieti-leno (PE) e Polipropileno (PP), está ci-ente do desafio que deve enfrentar. Aempresa ainda não divulgou oficialmen-te o fechamento do ano, mas comemoraos bons resultados do terceiro trimestre,considerado o melhor em consumo de re-sinas termoplásticas do mercado brasi-leiro. No período as vendas domésticasda Braskem cresceram 17% em compara-ção com o trimestre anterior, refletindoas altas taxas de operação das unidadesindustriais da Companhia. O aumento dosvolumes e da produção, especialmente naQuattor, compensou a queda dos preçosdas resinas no mercado internacional ebrasileiro, permitindo à petroquímica au-mentar em 12% sua receita líquida noperíodo, para R$ 7,3 bilhões.

O EBITDA consolidado da Braskemno terceiro trimestre de 2010 foi de R$1.03 bilhão, em linha com o registradono trimestre anterior. O acumulado dosnove meses do ano, o EBITDA ficou emR$ 3,0 bilhões, com alta de 24% em re-lação ao mesmo período de 2009. Os in-vestimentos da Braskem totalizaram cer-ca de R$ 1,0 bilhão ao longo de 2010,dos quais R$ 311 milhões foram destina-dos à conclusão da planta de eteno ver-de, inaugurada no final de setembro. Cabedestacar ainda os investimentos feitosna Quattor, no valor de R$ 191 milhões,contribuíram para a melhoria da eficiên-cia operacional de seus ativos.

No Rio Grande do Sul, os re-sultados da Braskem na produção de

Indústria da segundageração fecha o ano comcrescimento nas vendasapesar do aumento dasimportações de resinas.

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DESTAQUE Commodities

polietileno (PE) devem superar as expec-tativas. A empresa processou 1,13 mi-lhão de toneladas, 8% acima do regis-trado no período anterior. O resultadodeve-se em boa parte à conclusão doinvestimento de R$ 65 milhões iniciadono final de 2009 na aquisição de umanova extrusora e na ampliação da capa-cidade produtiva do conjunto de plan-tas dessa resina em Triunfo para 1,3 mi-lhão de toneladas.

Até abril deste ano, serão investi-dos mais R$ 25 milhões no desgarga-lamento das plantas de alta pressão depolietileno de baixa densidade (PEBD),concluindo as benfeitorias para tornara unidade totalmente preparada para re-ceber a carga de 200 mil toneladas deeteno verde ao ano. Conforme SérgioScander, diretor industrial de PE no RS,o resultado também foi alcançado gra-ças à boa oferta de matéria-prima, aomix de produção ajustado, ao processode melhoria contínua, à demandaaquecida e às boas práticas em Saúde,Segurança e Meio Ambiente, que têmgarantido a não-ocorrência de aciden-tes pessoais (SAF e CAF) nas unidades.

Ainda em 2010, a empresa inicioua produção de PE verde, na planta ins-talada no Polo Petroquímico de Triunfo(RS), com capacidade para produzir 200mil toneladas de eteno e polietileno apartir da cana-de-açúcar. A Braskem foia primeira empresa no mundo a certifi-

car PE (de alta densidade, de baixa den-sidade, linear e ultra-alto peso mole-cular) e PP produzidos com matéria-pri-ma 100% renovável, a base de etanol.A empresa já concluiu a etapa conceitualdo projeto de construção da planta depropeno verde. Em 2011 serão concluí-dos os estudos de engenharia básica.Após a aprovação final, a empresa co-meçará a implementação do projeto, quetem a operação programada para o se-gundo semestre de 2013. A expectativade investimento é de aproximadamenteUS$100 milhões e a capacidade mínimade produção de 30 mil toneladas porano, de propeno verde para produçãode polipropileno.

O local onde será construída aplanta ainda não foi divulgado pelapetroquímica. Outra ação da empresa acurto prazo, será o investimento de US$470 milhões em uma planta de PVC, com200 mil toneladas ao ano de capacida-de, em Alagoas, que deverá entrar emoperação em 2012.

Segundo a empresa, assim comoocorre com o PE verde, o PP verde utili-zará uma tecnologia já provada e com-provada industrialmente e terá como fon-te de matéria-prima o etanol de cana deaçúcar. Também vai apresentar as mes-mas propriedades técnicas, de proces-sabilidade e desempenho apresentadospelo polipropileno produzido a partir derotas tradicionais.

Ao analisar o mercado dePolietileno (PE), a Dow comenta queo ano passado foi muito bom para o seg-mento de plásticos no país. Para respal-dar a sua análise, cita parte de um arti-go do presidente da Associação Brasilei-ra da Indústria do Plástico (Abiplast),José Ricardo Roriz Coelho, no qual eleafirma que a indústria brasileira de trans-formação do plástico está para estabele-cer um recorde em 2010, sendo que oconsumo interno de seus produtos devealcançar 5,7 milhões de toneladas. Ain-da segundo artigo, os segmentos quemais puxaram essa expansão que girouem torno de 10%, foram laminados (quecresceu 12%), embalagens (crescimentode 9%) e os demais itens cresceram 6%.“Ora, se uma das principais aplicaçõesdo polietileno é justamente no mercadode embalagens, podemos concluir que oano foi bastante positivo”, salienta odiretor de vendas de Plásticos Básicospara o Brasil, Nestor de Mattos.

Segundo Mattos o crescimento daempresa em 2010 acompanhou a evolu-ção do PIB do país. Neste período a Dowfez o lançamento de novas resinas prin-cipalmente para o mercados de filmes,que foram apresentados nas feiras Argen-plás, na Argentina, Plastimagem, no Mé-xico. Entre os destaques dos dois even-tos, o diretor cita o ELITE™ 5960G, resi-na de alto desempenho indicada para aprodução (extrusão balão) de filmes des-tinados para aplicações que requerempropriedades diferenciadas de barreira aumidade e gordura, tais como cereais,alimentos secos, farinhas e alimentospara animais (pet food). Outra novidadeé a família ATTANE™ de polietilenos line-ares base octeno de ultra baixa densida-de (PEBDL) produzidos pelo processo desolução. “Essas resinas apresentam exce-lente flexibilidade e propriedades mecâ-nicas como resistência à perfuração e aorasgo, sendo indicadas para a fabrica-ção de filmes utilizados para embalagenscongeladas (até -40C)”, acrescenta.

Ainda na esteira dos lançamentos oexecutivo acrescenta o DOWLEX™ TG

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T/PS Plástico Verde:

petroquímicas investemem tecnologias renováveis,como a Braskem com suaplanta de PE em Triunfo (RS)

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DESTAQUE Commodities

2085B, Polietileno Linear de Baixa Den-sidade copolímero base octeno, desen-volvido especificamente para otimizar aspropriedades óticas em filmes transpa-rentes, pigmentados e impressos, apre-sentando alta resistência a avermelha-mento/amarelamento.

Além dos investimentos na área dePesquisa & Desenvolvimento, a empresatambém focou na capacitação contínuade seus profissionais em todos os níveishierárquicos. “Isso se traduz na geraçãode soluções para as demandas do merca-do, antecipação de tendências ou mes-mo em um atendimento técnico e perso-nalizado que pode ser considerado umsignificativo diferencial da Dow no mer-cado”, acrescenta Mattos.

Com o objetivo de fortalecer o ne-gócio tanto na questão estratégica comode marketing, o diretor informa que fo-ram realizadas mudanças na equipe dePlásticos Básicos da Dow. Dolores Brizuelaassumiu a gerência de marketing parafood & specialty packaging e health &Hygiene (embalagens especiais para ali-mentos, higiene e saúde). Sergio Coleo-ni, gerente de marketing para pipes (tu-bos) passou a atuar como gerente demarketing para packaging & pipes indus-trial and consumer (embalagens indus-triais, de consumo e tubos). MarianaMancini assumiu como líder de suportetécnico e desenvolvimento América La-tina para rigid packaging & durables (em-balagens rígidas e duráveis). “Essas mu-danças já estão refletindo positivamen-te no modo como atendemos nossos cli-entes e avaliamos o mercado”, comenta.

Para este ano Mattos acredita queo crescimento da empresa deve continu-ar acompanhando o PIB. “Apesar da res-trição do crédito, o polietileno tem vas-ta aplicação, principalmente na indús-tria alimentícia, um setor insubstituível,ou seja, a compra de alimentos não podeser adiada, ao contrário do que aconte-ce com outros polímeros, aplicados embens de consumo”, comenta.

A oferta de soluções aos seus cli-entes é outra meta da empresa, que pre-tende ir além da vendas de commodities.Conforme Mattos, isso quer dizer que aempresa está focada em oferecer ao mer-cado soluções que sejam desenvolvidasem parceria com os clientes ou ainda

antecipando tendências por meio da“nossa área de Pesquisa & Desenvolvi-mento”. Acrescenta ainda, que “essa áreabusca a diferenciação que o mercadonecessita, avaliando qual é a melhorcombinação de soluções, dentro doportfólio de produtos da Dow, paraatender determinada demanda”.

A indústria do poliestireno(PS) também comemora o aumento nasvendas em 2010. A Innova, uma dasprincipais fabricantes da resina, produ-ziu 390 kton de PS e comercializou todaa sua produção, registrando um cresci-mento de 5,6%, em comparação com oano anterior. Segundo a empresa o seg-mento foi impulsionado pelo bom de-sempenho do mercado brasileiro, alavan-cado principalmente pelos setores delinha branca e de descartáveis.

Segundo o gerente comercial &marketing da petroquímica, Fábio Mei-reles, o cenário positivo da economia bra-sileira, que ampliou o consumo de resi-nas, foi um dos responsáveis pelo au-mento das importações de matérias-pri-mas. Comenta que em 2010, o volume depoliestireno importado subiu 27%, com-parando com os números apurados noperíodo anterior. Para este ano, ele acre-dita que este volume deva se manter es-tável. Segundo o executivo, as exporta-ções do produto sofreram a mesma influ-ência da economia nacional, registran-

do uma queda de 34%. Em uma análisemais macro ele comenta, “acreditamos quea equação demanda/consumo/produçãodeva aumentar no cenário mundial na me-dida em que os mercados americanos eeuropeus retomem seus consumo normalabalado pela crise de 2008”.

Sobre a mudança de perfil por par-te das empresas da terceira geração, queestá passando a produzir itens diferen-ciados, com maior valor agregado, o ge-rente acredita que este processo nãodeve afetar o mercado de commodities,“pois existe espaço para todos”. Falaque esta é uma tendência para todomercado (transformadores e produto-res). “Nossos recentes lançamentos fo-ram desenvolvidos também com o intuitode diferenciação frente às opções demercado procurando oferecer aos nos-sos clientes um produto com maior va-lor agregado”, complementa.

Meireles informa que em 2010 a em-presa lançou um novo poliestireno de altoimpacto (HIPS) de extrusão, o R970E. Oproduto está em processo de homologa-ção nos clientes. De acordo com aInnova, o R970E apresenta altíssima re-sistência ao impacto e elevada rigidez,esta performance mecânica permite gran-de potencial de redução de espessura,que deve ser avalizado conforme às exi-gências de cada aplicação. “O principaldestino são as aplicações para o segmen-to de lacticínios e descartáveis. Para asbobinas de lacticínios em especifico,este novo grade possui excelente equilí-brio entre impacto e rigidez podendo re-tirar a adição do GPPS na mistura de mas-sa”, acrescenta o gerente. Ainda dentrodos desenvolvimentos da petroquímica oexecutivo apresenta o R350L, poliestire-no de alto impacto transparente, “semcontratipos no país”, para o setor dedescartáveis com grande equilíbrio deimpacto e alta transparência.

A Innova é uma empresa controla-da pela Petrobras Argentina. Conta comunidades produtivas no Brasil e na Ar-gentina. Quanto a produção de PS quevem de fora do país, Meireles explica

Fábio Meirelesafirma que ocenário positivoampliou o consumode PS no paísD

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DESTAQUE Commodities

que o produto importado sofre o pro-cesso de nacionalização ao entrar nomercado brasileiro pagando os impos-tos pertinentes.

No segmento do policloretode vinila (PVC) , a Solvay Indupainforma que, de acordo com os dadosda Associação Brasileira da indústriaQuímica (Abiquim), o mercado aparen-te de 2010 cresceu 18,9%, ante ao anopassado. A indústria fechou o ano coma produção de 1.100 Kton. Para o pró-ximo período as previsões são otimis-tas, a empresa está estimando um cres-

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/PS Acima: Tarantino,

da Solvay: “meta até2012 é a conclusão daúltima fase do projeto deinvestimentos iniciado em 2008”

cimento para o mercado brasileiro naordem de 5 a 6%.

Sem dúvida o aquecimento da eco-nomia foi o principal responsável pelocrescimento do mercado do PVC. Mas parao gerente comercial da empresa, GibranJoão Tarantino, o aumento da partici-pação da resina em vários setores, tam-bém motivou este bom desempenho. “Aparticipação do PVC na indústria daconstrução não é novidade, pois os tu-bos e conexões já vêm sendo usados hámuito tempo. Atualmente, além dos tu-bos e conexões, o PVC é utilizado na fa-bricação de janelas, perfis, sidings, pi-sos, fios e cabos, cercas, portas sanfo-nadas, divisórias, forros, decks e cober-turas de piscinas, geomembranas, formasde concreto, setor automobilístico en-tre outros”, salienta.

O gerente comercial comenta que aSolvay Indupa teve um crescimento ali-nhado a evolução do mercado aparente,no ano que passou. E destaca que a metada empresa até 2012 é de concluir a úl-tima fase do projeto de investimentosiniciados em 2008 de US$ 500 milhões eque agregarão mais 55Kton de produçãode PVC Suspensão no Brasil e mais 40Kton de PVC Suspensão na Argentina,“totalizando a consolidação da capaci-dade instalada na ordem de 590Kton/anono Mercosul”, informa.

Segundo Tarantino, a crise ocor-rida em 2008 obrigou a empresa adiara segunda fase do projeto de investi-mento em expansão da Solvay Indupa,que prevê a construção da planta deetileno, “que estava em um patamarbastante avançado”. Ele conta que re-centemente, os estudos para imple-mentar o projeto foram retomados eencontram-se em fase final. Dentro des-ses estudos, está prevista a manuten-ção do escopo original do projeto, tan-

to em relação à capacidade previstacomo para o investimento, “mas apenasapós a conclusão dessa etapa, estare-mos aptos a fornecer detalhes sobre esseprojeto”, observa o gerente.

A tendência de ampliação da de-manda de PVC para os próximos anos édestaca por Tarantino. A previsão doexecutivo está amparada nos váriosacontecimentos que estão mobilizandoo país. “Temos recordes de fomentos decréditos para construção civil o quetorna o segmento sustentável para ospróximos anos. A Copa de 2014 e asOlimpíadas, são fatores importantíssi-mos que agregarão volumes de resinasna composição dos materiais destina-dos a construção civil”, observa.

O executivo ressalta o crescimentodo setor de infraestrutura. Ele frisa queas ações do PAC frente à carência de sa-neamento básico existente no país e ointeresse do governo federal de investirnesse setor, representará uma forte de-manda de PVC. “O saneamento básicotende a ser maior prioridade para os pró-ximos governos, uma vez que há umaforte conscientização da sociedade paraos problemas trazidos pelos esgotosnão-tratados”, acrescenta. A SolvayIndupa apóia o Instituto Trata Brasilque busca a mobilização da sociedade,para cobrar das as autoridades a solu-ção para deficiência histórica de infra-estrutura no país. “Quanto mais rápidoo problema do saneamento e do déficithabitacional forem resolvidos, mais rá-pido será o crescimento do consumo doPVC nacional”, afirma.

Outro ponto destacado por Taran-tino e o projeto social Minha Casa Mi-nha Vida, implantado no Governo ante-rior e “que deverá seguir, temos grandecarência nesse setor e são volumes gran-des os investimentos do setor para ob-tenção da casa própria”. O executivo tam-bém comenta que alguns segmentos im-portantes para o mercado de PVC, comocalçados, laminados, filmes para embala-gens, também são emergentes e terãocrescimento sustentável nos próximosanos, “face aos investimentos que o mer-cado de transformação vem realizandoconstantemente na atualização tecno-lógica e no desgargalamento das capa-cidades produtivas”, explica.

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Abaixo: crescimentoda indústria deconstrução civilimpulsiona o mercadobrasileiro de PVC

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ENTREVISTA PET

Sustentabilidade como

diferencial competitivoO forte apelo ambiental da indústria do PETfaz com que o produto ocupe cada vez maisespaço no mercado e coloca o Brasil como umdos principais recicladores do material no planeta.

uando se fala em PET a primeiraimagem que nos vem à cabeça é aembalagem de refrigerante. Essaassociação não é por acaso. Se-

gundo dados da Associação Brasileira da In-dústria do PET (Abipet), o poliéster é a re-sina mais utilizada para o envase da bebidae detém 80% deste mercado. De acordo como presidente da instituição, Auri Marçon,além dos tradicionais segmentos de bebi-das, vinagres e óleos de cozinha, outrossetores que já iniciaram sua trajetória decrescimento no uso do PET continuam de-monstrando interesse em adaptar suas em-balagens para este material. “É o caso dosachocolatados, sucos concentrados ou di-luídos e produtos de limpeza”, informaMarçon. O presidente da Abipet destaca ain-da que, historicamente, em razão de suascaracterísticas e diferenciais nas áreas deenvase e logística, o PET democratizou oconsumo para as classes de menor renda,ao proporcionar a comercialização de pro-dutos com preço reduzido.

O PET já ultrapassou a imagem de vi-lão. Estudos realizados nos Estados Uni-dos indicam o material como a embalagemmais amigável ao meio ambiente. O diri-gente salienta que o bom desempenho dareciclagem de PET no Brasil é fruto dos in-vestimentos realizados pela indústria, co-locando o país entre os principaisrecicladores mundiais da embalagem. Mas,segundo o presidente, o principal entraveda reciclagem está na coleta. “Agora estána hora de mostrar ao consumidor a im-portância do seu papel nesse processo.

Na entrevista a seguir Marçon faz umaanálise do mercado de PET no país, que em2010 deve ter um crescimento superior a 7%,apesar das dificuldades mercadológicas en-frentadas principalmente no Sul do país comconcorrência com os países do Mercosul.

Revista Plástico Sul - Como o senhor ana-lisa o mercado de PET em 2010?Auri Marçon - Nossas primeiras estimativaspara 2010 revelam que o desempenho da in-dústria do PET manteve o mesmo positivismodos últimos dez anos, com crescimento emtorno de 7,5%.

Plástico Sul - Quais foram os princi-pais pontos que impactaram o segmen-to no ano?Marçon - Várias questões impactaram o seg-mento do PET em 2010, especialmente aque-las de cunho concorrencial. Sobretudo naregião Sul, o principal entrave para o setortem sido provocado pela desatualização daRegra de Origem entre os países membros doMercosul, que tem possibilitado a importa-ção de resina PET em regime de drawback, esubsequente exportação para o Brasil de pré-formas fabricadas no Uruguai e no Paraguai.Em razão dos acordos existentes, essa com-pra é feita com isenção de tributos, dese-quilibrando o mercado interno. Isso tem con-tribuído para a perda da competitividade deempresas brasileiras e até levado algumascompanhias a se transferirem para outras re-giões ou mesmo outros países, fechandovagas de trabalho nos três Estados da re-gião. Isso sem contar o estrago que faz emtoda a cadeia química que abastece o mer-cado do PET.

Plástico Sul - Quais as principais tendên-cias e novidades do PET para este ano?Marçon - Além dos mercados onde o PETestá consolidado (refrigerantes, água e óle-os comestíveis, por exemplo), sempre existea possibilidade de crescimento em outrosmercados. Essas oportunidades são mais efe-tivas no momento de renovação do parqueindustrial, pois não podemos desprezar oinvestimento já realizado em máquinas e

equipamentos. Nessa competição com osoutros tipos de embalagem, um fator com-petitivo importante é o apelo ambiental doPET. Como a embalagem tem um índice dereciclagem alto, isso é um atrativo para asindústrias que desejam vincular a sua ima-gem à questão da sustentabilidade. É o queacontece, por exemplo, com a indústria decosméticos e detergentes.

Plástico Sul - A maior aplicação do PET ain-da é a indústria de bebidas?Marçon - O envase de refrigerante respondepor 63% de todo o PET produzido no Brasilpara embalagem – neste segmento, a parti-cipação do PET é esmagadora, com 80%. OPET também está presente em 100% do mer-cado das bebidas isotônicas e em 90% domercado de água mineral, se forem excluídosos garrafões.

Plástico Sul - Em quais outros setores oPET se destaca?Marçon - A resina PET se destaca ainda pelaparticipação em 95% dos vinagres e 80%dos óleos de cozinha envasados - que sãoaplicações tradicionais. Durante 2010, ob-servamos vários lançamentos em produtosdomissanitários. A tendência é termos a em-balagem de PET envasando parcela signifi-cativa dos produtos desse segmento.

Plástico Sul - Eventos como a Copa de 2014e Olimpíadas já estão trazendo reflexospara o setor?Marçon - É interessante observarmos que oPET está bastante presente nos campos defutebol. Reciclado e transformado em mantageotêxtil, faz parte do sistema de drenagemdos estádios. Como embalagem, é um pro-duto seguro para o consumo e pelo qual cer-

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Auri Marçon,da Abipet

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tamente haverá interesse para coleta e pos-terior reciclagem. Portanto, a importânciado PET para o espetáculo da Copa ou da Olim-píada pode ser também tão grande quanto oevento em si para o PET – vislumbrando umpossível aumento de consumo. Este aconte-ceria proximamente e durante os jogos. Asgarrafas de PET são especialmente indicadaspara eventos esportivos – bem como qual-quer outro em que a aglomeração de pessoasseja grande – devido à segurança que pro-porciona. Como exemplo prático, no carna-val de 2010, a organização dos desfiles cari-ocas permitiu apenas a entrada de garrafasde PET para matar a sede dos espectadores,já que, mesmo lançada por um folião maisafoito, uma garrafa dessas não causaria gran-de dano a ninguém. Tampouco podem serquebradas para que sejam usadas como arma,em situações mais críticas.

Plástico Sul - O Brasil tem uma forte atua-ção na reciclagem de PET pós-consumo.Em comparação com outros países quereciclam este material, como nós estamos?Marçon - O sucesso da Reciclagem de PETno Brasil acontece graças aos pesados in-vestimentos, realizados pela indústria, nodesenvolvimento de aplicações para o PETreciclado. Por isso chegamos ao índice dereciclagem atual (55,6%), que coloca o Bra-sil entre os maiores recicladores de PET domundo. Entretanto, em outros países, o quese faz é a coleta, sem reciclagem. No caso doJapão, por exemplo, o índice de coleta é de69%, mas quase 70% desse total é “exporta-do” para países em desenvolvimento, não éutilizado internamente. Precisamos estaratentos ao equilíbrio desse sistema que en-via resíduos de um país para o outro, se nãoestá gerando um problema onde é descarta-do. Com a vantagem de participar do ciclocompleto, que envolve a coleta, a reciclageme a destinação do PET, o Brasil está em posi-ção de destaque diante do cenário mundial,superando os índices da União Européia edos Estados Unidos, sendo líder em aplica-ções para o PET reciclado.

Plástico Sul - Qual o volume da reciclagemno país?Marçon - A Abipet realiza anualmente, des-de 2004, o Censo da Reciclagem do PET. Em2009, 262 mil toneladas do produto recebe-ram destinação ambientalmente adequada em2009 – 3,6% acima do ano anterior. Essevolume corresponde a 55,6% das 471 mil

toneladas de novas embalagens produzidasem 2009. Apesar dos números excelentes, aindústria recicladora opera com ociosidadedevido à falta de sistemas de coleta.

Plástico Sul - Qual o destino do PETreciclado?Marçon - De acordo com levantamento rea-lizado, o PET reciclado continua sendo usa-do principalmente pela indústria têxtil, com39% do volume total. Acompanhe o gráficoabaixo, que ilustra a distribuição do PETreiclado nos diversos segmentos em que éutilizado.

Plástico Sul - Quais as principais açõesdesenvolvidas no Brasil para incentivar areciclagem do PET?Marçon - A Abipet, que reúne toda a cadeiado PET e é a maior representante do setor daAmérica Latina, há 15 anos realiza um traba-lho em benefício da reciclagem do PET. Ogrande impulsionador do crescimento veri-ficado na reciclagem nos últimos anos é otrabalho que a indústria vem fazendo paraampliar a demanda pelo material. A demandaé o que sustenta a reciclagem e ela só existequando há inovação, no sentido do desen-volvimento de novas aplicações. O uso quí-mico do PET reciclado, por exemplo, muitoutilizado para a fabricação de tintas, foi umpioneirismo do Brasil. As empresas brasilei-ras que desenvolveram essa aplicação, pos-teriormente, foram adquiridas por gruposmultinacionais e a tecnologia foi “exporta-da” para os países-sede e outras unidadesdessas corporações. Há também o PrêmioEcoPET de Incentivo à Reciclagem, que anu-almente – há 11 anos – reúne as boas idéiase iniciativas para a reciclagem do PET. Gra-ças a esse esforço, o Brasil está entre os líde-res da atividade, à frente de países como osEstados Unidos e também da grande partedas nações da União Europeia.

Plástico Sul - Qual o principal entrave parao aumento da reciclagem do PET?Marçon - Atualmente, trabalhamos sobreo principal entrave para o aumento dareciclagem do PET no Brasil, que é a coletado material. Isso começa com o consumi-dor, que é o verdadeiro dono da embala-gem. Nesse aspecto, a educação ambientalé fundamental para incutir na cabeça docidadão o papel importante que ele temnesse processo. É isso que estamos bus-cando com o LevPET. PS

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pós o mercado mundial sofrer sé-rias conseqüências com a crise de2008, percebemos um aqueci-mento da economia em 2010 e

neste início de 2011. Especificamente nomercado de polietileno, as perspectivassão boas. A demanda começa a crescer ataxas superiores à entrada de novas ca-pacidades no mundo, aumentando assima taxa de operação da indústria petroquí-mica. Além disso, as soluções em polie-tileno já começam a ser visualizadas comoalternativas sustentáveis em função daredução de peso e reciclabilidade frentea outros materiais. Com isso, a gama deaplicações se estende a cada dia.

Mundialmente, temos visto a valoriza-ção do PEBD (polietileno de baixa densida-de) frente ao PEBDL (polietileno de baixadensidade linear) e ao PEAD (polietileno dealta densidade). Esse prêmio maior se justi-fica pelo maior equilíbrio entre demanda eoferta, já que não ocorreram novos investi-mentos em capacidade em PEBD nos últi-mos anos. Nos países emergentes, comoÍndia, China e Brasil, a procura por PEBDLsespeciais (base octenos e metalocenos) cres-cerá significativamente, uma vez que essesconsumidores começam cada vez mais a de-mandar embalagens mais especializadas.

No Brasil, bem como nos demais paí-ses do Mercosul, a procura por PE cresce em

bom ritmo. Através de uma análise mais de-talhada, podemos desenhar um cenário bemotimista para a resina.

O mercado é promissor em função dasubstituição de sucedâneos por PE que ge-ram economia e benefícios ao meio ambi-ente. Podemos citar a utilização da resinaem bombonas de grande volume, que subs-tituem similares de aço; em injeção decaixarias e paletes, no lugar de madeira epapelão. O polietileno tem se apresentadocomo uma ótima opção para reduzir, namaioria das vezes, o peso das embalagenstradicionais, além de ser um produto reci-clável. Ainda dentro do aspecto da sus-tentabilidade, podemos ressaltar o iní-cio da produção de polietileno verde (fei-to a partir da cana-de-açúcar), iniciati-va que foi muito bem vista pelo mercadoe que tem despertado o interesse de cadavez maior de empresas transformadorasde plástico e end users.

Paralelo a essas novas descobertas deaplicações, o mercado na área de filmesindustriais (como shrink e stretch), e odedicado ao agronegócio e bebidas, devecrescer acima da média dos PEs. Essas apli-cações representam cerca de 17% do mer-cado total de PE. Tanto a recuperação in-dustrial como a do agronegócio devemrespaldar o crescimento esperado. Taisaplicações demandam mais PEBDL e PEBD.

Enquanto isso, as sacolas de supermer-cado, que hoje representam cerca de 7%do mercado, devem manter seu volumede utilização e não capturar mais espaçono mercado de PE.

Outras aplicações que devem ter for-te alta em 2011 são a extrusão de tubosde PEAD com resistência à pressão e asgeomembranas, em função dos diversosprojetos de infra-estrutura por conta daproximidade das Olimpíadas e Copa doMundo no Brasil.

Frente a este cenário, o desafio temsido desenvolver novos negócios para a ca-deia, buscando ampliar cada vez mais o usodo plástico, através do polietileno, enfa-tizando as diversas vantagens de sustenta-bilidade e econômicas frente às soluçõeshoje existentes. Se anteriormente a eco-nomia era colocada como prioridade naescolha das soluções por parte dos con-sumidores, cada vez mais a funcionalida-de e sustentabilidade tomam espaço naavaliação de compra. Cabe a todos da ca-deia do plástico saber transmitir as clarasvantagens do polietileno como a alterna-tiva para esta crescente tendência.

*Diretor de negóciode Polietileno e

**Gerente de MarketingEstratégico da Braskem

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Artigo

Mercado de polietileno: crescimentoglobal alicerçado na sustentabilidade

Por Marco Antonio Quirino Junior* e Roger Marchioni**

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BPA na Mídia

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O biosfenol-A é largamente utilizadoem produtos para bebês e tem sido

acusado de causar males à saúde

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Não há estudos conclusivossobre danos ao organismocausados pelo BPA eAbiquim aconselha otransformador a continuara utilização nos limitesda legislação nacional.

Polêmica do biosfenol-A volta à tona

biosfenol-A, conhecido como BPAvoltou às manchetes novamente.No ano passado o programa Fan-tástico, da Rede Globo, levou ao

ar uma matéria alertando as mães sobre osricos da substância, encontrada em algumasmamadeiras de plástico, à saúde das crianças.Recentemente o jornal gaúcho Zero Hora pu-blicou uma matéria, onde especialistas apon-tam o químico como um desreguladorendócrino, reacendendo a polêmica.

O BPA é empregado principalmente no

policarbonato, na produção de mamadeiras,copos infantis e potes plásticos, garantindocaracterísticas como durabilidade, leveza etransparência. O químico também tem grandeaplicação nas resinas epóxis, no revestimen-to de alumínios, evitando a oxidação, corro-são e a contaminação de bebidas e alimentosenlatados. A matéria divulgada no jornal des-taca que ainda não é possível garantir a rela-ção do acúmulo do químico no corpo comdisfunções como a puberdade precoce emmeninas. Mas observa que devido ao fato dasubstância ter uma composição química se-melhante à do estrogênio, hormônio femini-no, é considerada pela Sociedade Brasileirade Endocrinologia e Metabologia de São Paulo(Sbem-SP) como um desregulador endócrino.Em países europeus como a França, o biosfenol-A foi banido de alguns produtos. No Canadá,a discussão cresceu depois de uma pesquisater relacionado o BPA a alterações no númerodo nascimento de meninos em uma pequena

comunidade. Por precaução, o país decidiuproibir o uso do químico em mamadeiras e emoutros objetos usados por crianças de até trêsanos. Ações como essas desencadearam rea-ções em gigantes da indústria. No final doano passado, a Nestlé Brasil divulgou que, noprazo de três anos, deve eliminar o uso doquímico em seus produtos.

Neste sentido a Sbem-SP está realizan-do uma Campanha Contra os DesreguladoresEndócrinos e um dos principais objetivos épesquisar as interferências da substância nasglândulas do corpo humano. E a partir demarço, a equipe da endocrinologista e pro-fessora da USP, Elaine Costa, integrante dacampanha, deve começar a desenvolver estu-dos epidemiológicos sobre o tema. A idéia etentar verificar se existe relação entre as mãesexpostas ao biosfenol-A e o peso de seus re-cém-nascidos. Por outro lado a AssociaçãoBrasileira da Indústria Química (Abiquim) ob-serva que existe uma série de estudos que es-

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BPA na Mídiatão sendo conduzidos por vários órgãos eagências reguladoras nacionais e internacio-nais, com objetivo de evidenciar o potencialimpacto do biosfenol-A a saúde e ao própriomeio ambiente, mas até o momento não exis-tem resultados conclusivos. Para o assessortécnico de assuntos industriais e regulatóriosda instituição, Gilson Spanemberg, não há ne-nhum estudo que garanta que o BPA cause osefeitos que têm sido apontados pela mídia.“O próprio FDA, departamento americano queestuda as substâncias químicas, ainda estátestando a influência do biosfenol-A”, obser-va. O assessor destaca que os estudos atéentão realizados não refletem as condiçõesusuais de exposição aos quais as pessoas têmcontato com este tipo de produto. “Grandeparte dos testes foram feitos utilizandoanimais como cobaias, aplicando o bios-fenol-A via subcutânea ou venosa. E aprincipal forma de que nós podemos tercontato com a substância é a oral”, sali-enta. No caso dos testes de exposição oral,Spabenemberg comenta que na maioriadas vezes foram utilizadas altas concen-trações do produto, que fogem ao uso

normal da substância pela indústria.Spanemberg explica que o fenômeno da

degradação do polímero, para liberação doBPA, ocorre por um mecanismo chamado demigração, em condições enérgicas de tempe-ratura. Como exemplo, ele cita que é necessá-rio aquecer uma mamadeira a temperaturassuperiores a 100º centígrados durante umdeterminado tempo, para que aconteça a li-beração da substância da estrutura dopolicarbonato e posterior incorporação noalimento que estiver no recipiente. “Só que,de acordo com teste realizados, esta migra-ção ocorre em concentrações extremamenteinferiores ao limite que está preconizado atu-almente pelos principais órgãos reguladores,de 0,6 mg/kg”, acrescenta.

De acordo com a Abiquim a capacidadebrasileira de produção do BPA é de 28 miltoneladas por ano, o que representa menosde 1% do total produzido no mundo. E se-gundo o assessor da entidade, atualmente sobo ponto de vista técnico e financeiro nãoexiste nenhum substituto para o BPA. Nospaíses onde ocorre a proibição do uso doquímico na fabricação de alguns produtos, o

policarbonato com biosfenol-A está sendosubstituído por outros materiais, como o vi-dro, ou por outras resinas plásticas, que nãotêm as mesmas características técnicas, nemde preço.

Desta forma, Spanemberg comenta quea população no afã de preservar a saúde podeficar exposta outros riscos. “O consumidor ficarefém de informações sem base científica con-clusiva e pode substituir os produtos com BPApor outros que às vezes não têm estudos deanálise de risco em relação à saúde das pesso-as”, salienta.

Diante de toda esta polêmica, a orien-tação da Abiquim para os transformadores deplástico é de que continuem usando a subs-tância no limite preconizado pela legislaçãonacional. Spanemberg diz que a instituiçãovai orientar sempre, “sob a luz dos estudos”,as empresas associadas. “Se por acaso tiver-mos estudos conclusivos, o que não existeneste momento, que garantam o impacto dobiosfenol-A a saúde das pessoas, naturalmen-te a Abiquim será a primeira a informar as in-dústrias e a sociedade sobre os efeitos nega-tivos da substância”, acrescenta.PS

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Painel da Indústria

Antilhas, fornecedora de emba-lagens para o varejo, tambémestá alinhada com as tendênci-as mundiais para que seus cli-

entes se diferenciem no mercado. Porisso, a empresa decidiu montar escritó-rios na Ásia e criou o serviço AntilhasÁsia , que está preparado para a pros-pecção e o desenvolvimento de novosprodutos e serviços, produção e tambémtoda operação logística necessária paraatender os clientes.

A empresa possui duas unidades na

China, uma na cidade de Hangzhou (pró-xima de Shanghai e Ningbo) e outra emHong Kong. O escritório de Hangzhouconta com pessoal especializado no de-senvolvimento de novos produtos e ser-viços. A equipe é fluente nos idiomasmandarim, inglês e português.

A região de Hangzhou é altamenteindustrializada e atende as demandas daAntilhas com diversos insumos, produ-tos e serviços e está localizada estrate-gicamente próxima a grandes portos, ae-roporto internacional e abriga os maio-

res operadores logísticos mundiais. Valeressaltar também que o continente é re-ferência em inovação e design.

A segunda unidade fica mais ao sul,na cidade de Hong Kong. Possui equipefluente em mandarim, inglês português ecantonês. Desta forma, a Antilhas ampliasua presença pelo mundo, pois está nasprincipais regiões da China com excelen-te infraestrutura logística para suportartodas as operações. Agora os clientes daAntilhas terão acesso mais rápido às no-vidades do mundo inteiro.

AEmpresa estabelece unidades na China para prospectar e desenvolver novos produtose manter uma infraestrutura logística para atender todas as operações.

Antilhas Ásia traz as principaisnovidades em embalagens para o Brasil

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Braskem-Idesa define a tecnologiaLupotech T para planta no México

PetroquímicaPetroquímica

Braskem-Idesa, joint venture entre a petroquímica brasi-leira Braskem e o grupo mexicano Idesa, dá mais um passoimportante para o desenvolvimento de seu projeto EtilenoXXI no México. A JV escolheu a tecnologia de processo

Lupotech T, da holandesa LyondellBasell, para a planta de 300 miltoneladas de PEBD (polietileno de baixa densidade), uma das trêsplantas de polietileno integradas ao projeto do México, com previ-são de entrada em funcionamento em 2015. A unidade industrialserá construída na região dos Complexos Petroquímicos deCoatzacoalcos/Nanchital, no estado de Veracruz.

A Braskem-Idesa considera que a escolha trará benefíciosimportantes ao projeto, uma vez que a tecnologia Lupotech Tpermite produzir uma extensa gama de polietilenos, com diver-sos índices de fluidez e com excelentes propriedades óticas emecânicas. “A tecnologia de processo Lupotech T nos permitirácompetir com muita propriedade no mercado norte-americano.Com essa tecnologia seremos líderes em custos de produção eteremos um portfólio de produtos mais amplo”, explica RobertoBischoff, CEO da Braskem-Idesa.

A tecnologia Lupotech T pertence à holandesa LyondellBaselle é o processo mais usado no mundo para unidades de alta pres-são, o que garantirá a melhor performance possível ao investimen-to. Será a primeira licença para planta tubular de PEBD no Méxicoe nas Américas em mais de 20 anos.

Com mais essa etapa do processo definida, Braskem-Idesacompleta a seleção das tecnologias de polietilenos para o projeto,que terá uma planta de 300 mil toneladas/ano de PEBD e duasplantas de PEAD (polietileno de alta densidade) com tecnologiaINEOS e capacidade conjunta de 750 mil toneladas/ano,totalmenteintegradas a uma unidade de produção de eteno a partir de gásetano, com capacidade para 1,05 milhão de toneladas/ano. Os tra-balhos de engenharia básica para a planta de PEBD começaram no início deste mês na Alemanha e na Itália e, quando ela entrar emoperação, será a maior do gênero em capacidade nas Américas.

Pioneira em logística interna sustentável, aBraskem iniciou, em janeiro, sua primeira operação de logísticainterna “Verde”. A empresa passou a contar com empilhadeiras elé-tricas híbridas com tecnologia 100% sustentável movidas à bate-ria elétrica. Segundo Mirian Calvano, gerente de supply chain daBraskem, os equipamentos substituem os atualmente utilizados

movidos a GLP. Estas máquinas são dotadas do primeiro sistema nomundo que reutiliza corrente regenerativa eliminando fugas. Asmáquinas foram adquiridas pela In-Haus, empresa responsável pelotransporte interno de resinas na Braskem no RS. Foram adquiridassete empilhadeiras elétricas com investimento de R$ 735 mil. Aempresa aproveitou o momento para renovar todos os equipamen-tos que fazem parte das operações a partir da aquisição de mais 60 máquinas, totalizando um investimento de R$ 4 milhões. Na análi-se de Fábio Rios, coordenador de Projetos da Braskem, a expecta-tiva com a troca das máquinas é uma redução sensível na emissãode CO2 dos processos de movimentação de produto.

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Braskem-Idesa define a tecnologiaLupotech T para planta no MéxicoProcesso será utilizado na unidade de PEBD do projeto Etileno XXI, na América do Norte.Processo será utilizado na unidade de PEBD do projeto Etileno XXI, na América do Norte.

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Tendências & MercadoAgronegócio

Plástico acompanhao crescimento38 > Plástico Sul > Jan./Fev. de 2011 >>

Exigente aumentode produtividade

e cobrança pelocrescimento sustentável

alavanca participaçãodo plástico no agronegócio

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s vendas externas do Brasil recebe-ram incremento e bateram recordeem 2010, totalizando US$ 76,4 bi-lhões. Segundo Ministério da Agri-

cultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa),o responsável pelos números foi o setor doagronegócio, que teve volume recorde deexportações, na comparação com o ano de2009, quando foram comercializados no mer-cado externo US$ 64,7 bilhões (o avanço,se comparados os números de 2010, foi de18%). E o resultado do ano passado superouo melhor desempenho, de 2008, quando oagronegócio brasileiro vendeu aos mercadosexternos US$ 71,8 bilhões.

Mesmo com o aumento das importa-ções que cresceram 35%, em comparaçãocom 2009, que saltaram de US$ 9,9 bilhõespara US$ 13,4 bilhões, no ano passado, obrilho do setor não foi ofuscado. Em res-posta, a balança comercial do agronegócioencerrou 2010 com um superavit de US$63 bilhões. Superou em US$ 8,1 bilhões osregistros do ano anterior.

O bom desempenho da agroindústria écomemorado pelos produtores de matéria-prima da cadeia do plástico, que acompa-nham o crescimento da aplicação deste ma-terial nas diversas áreas do agronegócio. ABraskem, por exemplo, observa a vocação dopaís para a agricultura. E a Dow fala que osplásticos estão abrindo caminho para umfuturo mais lucrativo e amigável ao meioambiente, do segmento. Ambas fazem coroao afirmar que o polietileno (PE), principalresina utilizada no setor, segue a mesma cur-va de crescimento e prevêem o aumento daparticipação do polímero nesta indústria.

As constantes exigências deste merca-do estão sendo um desafio para os fabrican-tes de master e aditivos, que cada vez maisinvestem em novos desenvolvimentos e a cadaano lançam novos produtos.

Nas entrevistas a seguir fica claro queo setor termoplástico está atento e prontopara atender as necessidades do setor do

agronegócio, que sem trocadilhos têm sidoa salvação da lavoura, auxiliando a equili-brar a balança comercial do país.

Para a Braskem o Brasil é certa-mente um país com vocação para a agricul-tura. O vice-presidente de polímeros da em-presa, Rui Chammas, informa que os níveisde produção devem seguir o ritmo de cresci-mento em 2011. Ele destaca ainda que oagronegócio passa por uma grande mudançacom a ampliação de algumas culturas, com oexigente aumento de produtividade e com acobrança pelo crescimento sustentável. “Es-tes fatores devem aumentar a demanda pornovas funcionalidades dos produtos desti-nados para este mercado”, comenta.

Chammas observa que este segmento éde grande representatividade para a Braskem.Além de implementos usados na agriculturao setor de embalagens é o que mais usa osprodutos da empresa. De acordo com o exe-cutivo a Braskem disponibiliza ao mercadoresinas, que são matérias-primas básicas paraa produção de um amplo portfólio de produ-tos que irão atender ao setor agrícola. “Nos-sos materiais podem ser vistos em todas asfases da produção agrícola, desde peçasque irão compor maquinários e implementosagrícolas até caixas plásticas que servirãopara o transporte do produto acabado, pas-sando pelo cultivo protegido e a micro ir-rigação”, acrescenta.

Dentre os produtos da Braskem que têmaplicação relacionada ao agronegócio, des-tacam-se os polietilenos (PE) com suas fa-mílias (PEBD – polietileno de baixa densida-de, PEBDL – polietileno de baixa densidadelinear, PEAD – polietileno de alta densida-de). Esses produtos têm aplicaçõesdiversificadas dentro do agronegócio, comosacaria industrial para adubos, lonas simples,filmes de estufas, telas de sombreamento,silobag (bolsas para armazenamento degrãos), mulching (aplicação de um finíssimofilme de PE para cobertura na superfície dosolo e que constitui uma barreira física àtransferência de energia e vapor de água entreo solo e a atmosfera), geomembranas paraproteção e impermeabilização de solos e es-truturas (onde seja necessário agregar resis-tência mecânica, química e aos raios sola-res), embalagens sopradas para envase dedefensivo agrícola e tubos e tripas para irri-gação de culturas.

Na área do polipropileno (PP), a prin-

cipal aplicação no agronegócio é no seg-mento de ráfia, que responde por mais de11% do mercado desta resina no Brasil. Se-gundo Chammas, na área de ráfia, a Braskemoferece um leque completo de produtoscomo o H 503 HS e o H 503 para sacaria, oH 611 para big-bags, telas de aviário e te-cidos de cobertura. Além de produtos paraimpermeabilização via recobrimento porextrusão dos tecidos e sacarias, como o CP144, RP 144, H 103 e H 107.

“A Braskem utiliza sua estrutura de ino-vação e tecnologia, que conta com cerca de170 pesquisadores e mais de US$ 160 MMinvestidos em ativos, para oferecer a seusclientes o que há de mais moderno em pro-dutos e serviços”, destaca o executivo. En-tre os lançamentos ele destaca o H 503 HS,polipropileno homopolímero destinado prin-cipalmente ao mercado de sacaria de ráfia(utilizada para envase de fertilizantes, açú-car, farinha de trigo, entre outros) “que pos-sibilitou ao transformador melhor proces-sabilidade com conseqüente aumento de pro-dutividade e redução das perdas de proces-so e ofereceu ao mercado uma sacaria aindamais resistente e segura”.

Rui Chammas informa que a Braskemtrabalha no apoio da ampliação do uso deprodutos e no desenvolvimento de novassoluções. “Como exemplo, podemos citar ocase do Silo Plástico Agrícola, que é ampla-mente utilizado na Argentina como soluçãobarata para o armazenamento de grãos e queno Brasil é praticamente desconhecido”,acrescenta. Pesando pouco mais de 100 kge com capacidade para armazenar mais de200 toneladas de soja, o silo pode ser umadas soluções para o já conhecido problemade infra-estrutura de armazenagem em fun-ção da crescente ampliação da produçãonacional de grãos. Conforme o vice-presi-dente, a empresa tem procurado desenvolverações em parceria com toda a cadeia de for-ma a introduzi-lo como alternativa de arma-zenagem. “O case do Silo é um típico exem-plo do quanto é possível avançar no uso doplástico”, salienta.

O executivo comenta que aliando téc-nicas de cultivo protegido com micro irriga-ção é possível duplicar a produtividade damaioria das culturas de frutas e vegetais. Paraque este potencial seja melhor aproveitado,é necessário criar políticas públicas e priva-das que tragam investimentos em pesquisa,divulgação e treinamento, além de crédito

Lançamentos ampliamo uso do plástico naagroindústria e possibilitamo desenvolvimento denovas tecnologias parao setor que registrousuperávit em 2010.

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para aquisição dos equipamentos necessári-os. “Hoje o plástico pode ser visto como umindicador do nível de tecnologia empregadono campo em cada país”, fala Chammas.

A importância do plástico e mais es-pecificamente do polietileno na agriculturatambém é apontada pela Dow. A empresadestaca que o PE possui uma participaçãoimportante no mercado agrícola e que vemcrescendo continuamente. Salienta que osdesenvolvimentos tecnológicos estão bene-ficiando os produtores, visando oferecermelhores condições de armazenamento dosprodutos, proteção das plantações contra asintempéries da natureza, melhoria de irriga-ção, entre outros benefícios que melhorem odia a dia do trabalhador rural e resultem numacolheita cada vez melhor. “Tendo em vistaesses benefícios, os produtores estão utili-zando cada vez mais materiais produzidosem polietileno”, comenta.

Nos segmentos de mercado agríco-la, os plásticos estão abrindo caminhopara um futuro mais lucrativo e amigávelao meio ambiente. Os avanços na tecno-logia de filmes de polietileno para usonesta área reduziram a necessidade defertilizantes químicos, pesticidas e herbi-cidas. “Os filmes agrícolas aprimoram aqualidade do grão e aumentam a colhei-ta. As vantagens dos filmes do polietilenosobre materiais concorrentes (como las-cas de madeira, palha, esterco, tecido,estopa e fibra de vidro) incluem baixocusto, maior lucratividade e estabilida-de ambiental”, salienta.

Para a engenheira de desenvolvimentode produto da Dow Brasil, Gianna Buaszczyk,a líder de suporte técnico e desenvolvimen-to América Latina para rigid packaging &durables, Mariana Mancini, o gerente demarketing para industrial & consumerpackaging e pipes, Sérgio Coleoni, e o en-genheiro de desenvolvimento de produto daDow Brasil, Carlos Jabur, autalmente o Brasilé um cenário ideal para a implementação dossilos bolsa, a exemplo do que se faz na Ar-gentina. Segundo eles o país vizinho absor-veu muito bem o produto, constituindo-secomo um mercado maduro. Os executivosobservam que os produtores argentinos es-tão cinco anos à frente dos demais países daAmérica Latina, que somente agora, vendo obom resultado desse produto naquele país,começam a implantar o sistema. “Além da ar-mazenagem no campo, por exemplo, os pro-dutores começam a armazenar seus estoquesem silos flexíveis localizados nos portos, en-quanto esperam pelo navio”, exemplificam.

Eles explicam que entre os fatores quevão propiciar a grande aplicação dos silosbolsa estão o crescimento da produção su-perior ao da estrutura logística (armazena-gem, transporte) e a possibilidade de o pro-dutor armazenar no próprio campo para ocaso de alguma eventualidade, como o fe-chamento de acesso físico, atrasos nos por-tos, etc. “Nossa expectativa é que a utiliza-ção de silo bolsa aumente significativamen-te nos próximos cinco anos”, preveem.

O silo bolsa tem sido utilizado princi-palmente para o armazenamento de grãos.

São grandes “sacos” com 60 metros de com-primento por 2,75 metros de diâmetro têmcapacidade para armazenar até 200 tonela-das de grão (soja, milho, trigo) sem a neces-sidade de grandes investimentos em infra-estrutura. De acordo com a empresa, a quali-dade do grão armazenado depende direta-mente da integridade do filme plástico e ascaracterísticas de resistência mecânica sãode extrema importância.Os silos são molda-dos pelo processo de coextrusão e utilizamas resinas Dowlex e Attane, que garantemresistência UV, flexibilidade e barreira à luz.

Outra tendência apontada pela empre-sa é a expansão do uso da resina de ultrabaixa densidade AttaneTM NG 4703G parafilmes de silagem e no uso do FINGERPRINTTMDFDC-7525 NT e FINGERPRINTTM DFDA-7512NT para os tubos de microirrigação.

Os filmes para silagem são utilizadospara cobrir os silos, que são estruturas emforma de pilha de material volumoso (milho,sorgo) onde a forragem verde é colhida, pi-cada, disposta no solo e compactada, e fi-nalmente coberta com o filme de polietileno.Quanto melhor for a proteção do silo, menorserá a perda de matéria orgânica da silagem,o que representa menor perda de dinheiropara o pecuarista. Frente a isso, as princi-pais características exigidas para um filmede silagem são as propriedades mecânicas,como resistência ao rasgo e resistência àperfuração. Neste caso a Dow indica a utili-zação dos polietilenos lineares na composi-ção, por tornarem o filme muito mais resis-tente nas características exigidas. Entre es-tas resinas destaca-se AttaneTM, de ultrabaixa densidade, indicadas para filmes dealta resistência e qualidade superior.

Como parte de seu comprometimentocom a sustentabilidade, a Dow introduziuno mercado brasileiro as resinas de polie-tileno FINGERPRINTTM, desenvolvidas parao setor de microirrigação. Elas chegam comouma solução efetiva para o aumento daperformance dos sistemas de microirrigação,reduzindo a quantidade de água perdida porvazamento e promovendo, assim, a econo-mia desse precioso recurso.

A empresa também produz aditivos paraaplicação em filmes utilizados em estufas e

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/PS Balança comercial

do agronegócioencerrou 2010com um superavitde US$ 63 bilhões

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túneis, que necessitam de estabilidade deprocesso durante a produção, pois são fa-bricados em grandes larguras, chegando até20 metros. Estes filmes devem ter como ca-racterísticas principais a resistência dos rai-os UV, a nebulização devido à condensaçãoda umidade interior, além de serem fortespara suportar o manuseio.

Segundo a empresa, geralmente a pro-teção contra raios UV e nebulização éconseguida por meio do uso de aditivos. Umfilme comum pode ser feito a partir de umamistura de LLDPE, LDPE e aditivos. “Um LDPEcom índice de fluidez baixo oferece melhorestabilidade, porém, menos transparência. Jáum LDPE com índice de fluidez alto oferecemais transparência, mas menor estabilidadede bolhas. A escolha entre o LLDPE e o LDPEtambém depende da capacidade do equipa-mento”, aconselha.

Já para o segmento de filmes paramulching, a Dow destaca que o desempe-nho mecânico das suas resinas faz com queelas sejam a escolha ideal para esta finali-dade. “O nosso DowlexTM NG 2045B – emestrutura 100% PEBDL - é indicado para essaaplicação”, comenta. E observa que essesfilmes atendem a inúmeros propósitos. Otransparente é utilizado para estimular tan-to o crescimento das plantas no início docultivo quanto a colheita prematura; o pre-to, para controlar o avanço de plantas da-ninhas; e o branco, para refletir a luz do solnas plantas. “Em todos os casos, consegue-se um uso mais eficaz da água disponível”,observa. A maioria dos filmes para mulchingtem espessura entre 10 e 50 mícrons, e lar-gura de até 3 metros.

A Dow também desenvolveu produtospara atender os segmentos de geomembranas,como as resinas PEMD NG 6995, PEMD 8818e PEMD NG 6895, que devido a sua médiadensidade, facilitam o processo deembobinamento durante a extrusão e a adap-tação às irregularidades do terreno durantea instalação das geomembranas. E para aten-der o segmento de caixas utilizadas na co-lheita, armazenamento e transportes de fru-tas e verduras a empresa oferece ospolietilenos de alta densidade, que “apre-sentam excelente rigidez e boas proprieda-des mecânicas para essa aplicação”, acres-centa. A indicação é o HDPE com aditivaçãoUV: Dowlex IP 10262, com índice de fluidezde 10 dg/ min, (a 190oC, 2.16 kg).

O portifólio da empresa também conta

com resinas para a área de rotomoldagem,com propriedades mecânicas que atendem asexigências de acabamento, resistência astress cracking e baixo empenamento. E arápida sinterização torna possível atingirreduções de no mínimo 10% nos tempos decozimento. De acordo com a Dow, as opçõescom aditivação oferecem resistência ao ca-lor e aos raios UV, o que resulta em uma grandejanela de processo, ótima durabilidade e ele-vada retenção de cor. A companhia tambémoferece uma opção sem aditivos, que possi-bilita ao convertedor utilizá-la pura ou como aditivo que lhe for mais conveniente.

A Clariant também destaca que aparticipação do plástico no agronegócio vemcrescendo muito nos últimos anos. O coor-denador técnico da Unidade de NegóciosAdditives para a América Latina, Paulo CésarGhidetti, afirma que este segmento é umimportante mercado de atuação para a áreade aditivos da empresa. Ele informa que em2010, atuação da Clariant neste segmentosuperou as expectativas e prevê para esteano um crescimento superior.

Ghidetti observa que constantemen-te são desenvolvidas novas tecnologiaspara atender as necessidades deste merca-do, que exige produtos cada vez mais es-pecíficos, como os estabilizantes à luz comalto desempenho e maior resistência aosataques pesticidas.

Para atender esta demanda a empresao apresenta ao mercado seus novos desen-volvimentos, como o Hostavin® N 30, esta-

bilizante à luz empregado em filmes agríco-las com alta resistência no contato compesticidas. E o mais recente lançamento daClariant é o Hostavin® Now Pills XP, “produ-to de altíssimo desempenho em filmes agrí-colas”, salienta Ghidetti. Ele informa que oaditivo pertence ao grupo das AminasEstericamente Bloqueadas (HALS), comtecnologia chamada NOR-HALS. “Este grupode estabilizante à luz demonstra extraordi-nário desempenho em contato com meioagressivo. Sua principal aplicação é nos fil-mes para estufas agrícolas”, informa.

Segundo o Coordenador deNegócios de Aditivos e Pigmentos paraPlásticos da Basf para a América do Sul,Pedro Caldari, em 2010 a empresa se con-solidou como líder na estabilização defilmes agrícolas. “Para 2011 esperamosque mais uma vez o agronegócio contri-bua positivamente para o balanço posi-tivo das exportações dos países sul-ame-ricanos, mantendo o crescimento susten-tável dos últimos anos”, observa.

Caldari informa que alguns aditivosespeciais para plásticos utilizados no agro-negócio permitem dar aos filmes caracte-rísticas foto seletora, foto conversora eefeitos térmicos. Dessa maneira, permitemgerenciar adequadamente fatores de pro-dução como a luz e a temperatura, cominfluência inclusive na umidade do ambi-ente. “Manejando adequadamente tais fa-tores temos como resultado produções maishomogêneas e produtos de maior qualida-de, ou seja, afetam diretamente os ganhosdo agricultor”, observa.

Neste sentido a empresa lançou no anopassado, na Feira K, realizada na Alemanha,o aditivo TINUVIN XT 200 FF. Caldari desta-ca que este produto complementou a linhade aditivos agrícolas para um mercado demédio desempenho e altamente competiti-vo. Ele informa que através do uso doTinuvin® XT 200 é possível produzir de ma-neira econômica os filmes de polietileno debaixa densidade (PEBD) que resistem aosníveis acentuados dos químicos agrícolas,“assegurando uma vida útil de dois ou maisanos sob luz solar intensa e em contato com

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S Caldari fala sobreos benefíciosdos aditivosespeciais nos filmespara o agronegócio

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as estruturas de madeira ou metal das estu-fas agrícolas”. O coordenador comenta quesem um estabilizante à luz, as estufas nãosobreviveriam nem mesmo durante um ci-clo de produção agrícola.

As características técnicas do novoaditivo foram confirmadas por um exten-so processo de testes conduzidos pelaCiba (empresa adquirida pela BASF em abrilde 2009) ao longo de vários anos. Ostestes envolveram ensaios laboratoriaise de campo no centro de desenvolvimen-tos da BASF em Bolonha, na Itália, dedi-cado ao desenvolvimento de aditivospara aplicação agrícola. “Após ensaioslaboratoriais e de campo em nosso cen-tro, o aditivo também foi colocado à pro-va em estufas comerciais, em ensaios decampo conduzidos na Itália, Espanha eArgentina. Agora, esse novo aditivo tema oportunidade de crescer acompanhan-do o mesmo dinamismo do mercado deplasticultura”, complementa Caldari.

O executivo também destaca em seuportfólio de produtos uma linha de plásti-cos biodegradáveis e compostáveis, comoo Ecoflex, oEcovio e o Ecobras. Estes ma-teriais têm um apelo interessante para al-gumas aplicações do agronegócio, comofilmes mulch, tubetes para reflorestamen-to, sacos para mudas e amarras. Conformeo coordenador a biodegradação ecompostabilidade garantem a não-conta-minação do solo mesmo que os materiaisfiquem no campo ao invés de serem retira-

dos. “Outro aspecto a ser considerado é acontaminação presente nos plásticos queforam utilizados na agricultura – para quea reciclagem seja possível é necessária la-vagem intensa e dispendiosa para retiradade terra e defensivos. A compostagem éentão uma opção de fim de vida útil maisprática e econômica”, acrescenta.

“O plástico é hoje um dos mate-riais que mais possibilita uma mudança doAgribusiness, pois consegue atender to-dos os pré-requisitos técnicos que o setornecessita e mostra-se extremamente capazde ser convertido em estruturas das maisdiversas”, afirma o diretor comercial daCromex, Cesar Ortega. Ele acrescenta ain-da, que aliado às características que osmasterbatches proporcionam, como barrei-ra anti-chamas, anti-raios UV, maior capa-cidade de conservação do produto emba-lado, além de uma infinidade de cores, osplásticos ganham valor agregado em di-versas aplicações, tanto no mercado in-terno como no externo.

Para Ortega, o plástico é uma das ma-térias-primas que mais facilitaram a mo-dernização do setor. Segundo ele, as apli-cações não estão somente nas estufas agrí-colas, que são mais conhecidas do grandepúblico, mas também em ráfias, que possi-bilitam todo processo de embalagem deprodutos tais como grãos, farináceos, açú-car, entre outras aplicações. “Isso sem fa-lar de toda cadeia de fertilizantes na qual

a ráfia sem dúvida mostra grande vanta-gem como aplicação”, complementa.

O diretor comenta que o agronegócioé um setor bastante desafiador em todasas fases de desenvolvimento e aplicação,pois tem várias necessidades especificase demanda desafios bem diversificados.“A área de atuação de nossa empresa éampla, o que nos possibilita estarmos pre-sentes em diversas oportunidades de ne-gócio”, comenta. Atualmente, aproxima-damente 10% da produção da Cromex édestinada para atender o segmento. “En-tretanto, estamos com os novos proje-tos e novas frentes de estudo de aplica-ções, acreditamos que este volume teráuma boa expansão durante o ano de2011, principalmente pelos novos desa-fios que o setor de agribusiness tende aoferecer”, acrescenta.

A empresa comemora a atuação noagronegócio em 2010, que segundo o di-retor foi um ano muito positivo, “obti-vemos um crescimento neste segmentona ordem de 18%, com a entrada de no-vos produtos e novos clientes”. Ele ob-serva que as perspectivas para 2011 sãoainda melhores, com lançamentos espe-rados para o segundo semestre, “o quenos faz estimar um crescimento aindamaior do que obtido em 2010”.

A Cromex atua no segmento deagronegócio fornecendo masterbatches(cores e aditivos) para lonas plásticas, es-tufas, moulching, filmes agrícolas, emba-lagens flexíveis, sopradas e geomembranas.De acordo com Ortega as novidades para2011 envolvem soluções de última gera-ção. Visam atender as exigências do mer-cado, de alta resistência à ação dos pesti-cidas nos filmes agrícolas e, conseqüente-mente, aumentam a resistência destas apli-cações frente a condições bastante agres-sivas; tecnologias que permitem a rastrea-bilidade do gado, contribuindo inclusivepara o melhor controle do rebanho; pro-dutos e soluções para aumentar as propri-edades de barreira de filmes plásticos con-tribuindo para maior tempo de vida deprodutos lácteos, por exemplo.

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/PS O plástico consegue

atender todosos pré-requisitostécnicos que osetor necessita

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Foco no Verde

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Política Nacional de Resíduos Só-lidos (PNRS) é um importante pas-so para o amadurecimento do bra-sileiro com relação a sua respon-

sabilidade ambiental. Desde as empresas atéo consumidor final, todos terão sua parce-la de responsabilidade pelos produtos apóso consumo. Mas além da parte sustentável,a manobra criará novas oportunidades e im-pulsionará a economia. O responsável pelogerenciamento da TerraCycle para o Brasil,Gui Brammer, é um bom exemplo. Ele acabade criar uma empresa de projetos e solu-ções de logística reversa para atender aindústria brasileira, que terá de gerenciarseus resíduos a partir de agora. A Green-Business pretende aproveitar o potencialdo mercado de gerenciamento de resíduosindustriais, gerado a partir PNRS.

A GreenBusiness vai facilitar o enca-minhamento dos resíduos industriais atéos processos de reciclagem, que hoje noBrasil apresentam ociosidade em sua capa-cidade produtiva pela falta de uma coletaseletiva mais eficiente. “Com isso vamosresolver dois problemas, já que hoje a grandemaioria das indústrias do país ainda nãosabe o que fazer para atender as exigênciasda nova legislação”, afirma Brammer.

Entre os programas e ações previstospara o início das atividades da Green-

Executivo da TerraCycle cria,no Brasil, a GreenBusiness

Business estão o fomento da coleta de re-síduos para a reciclagem mecânica, proje-tos que vão envolver capacitação para aprodução de móveis feitos com produtosde reciclagem (Carpintaria Verde), de com-pra e venda do lixo reciclável online, solu-ções de consumo colaborativo – uma novatendência mundial - entre outros.

Segundo Gui Brammer, em relação aoutros países, o Brasil está num estágiomuito incipiente quando a questão é ogerenciamento de seus resíduos. “Os pri-meiros passos para regulamentar as açõesquanto aos resíduos sólidos urbanos fo-ram dados pelo poder público e o nossodesafio é contribiur com soluções sus-

Gui Brammer apresentaao mercado empresade projetos e soluçõespara resíduos.

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tentáveis para que as empresas consigamatender as novas exigências”, completao executivo. A GreenBusiness atua como conceito do “Social Business”, no qualo lucro é reinvestido para a expansão dopróprio negócio.

As empresas que atuam no segmen-to de logística reversa - ou seja, no trans-porte de bens, embalagens e de outrosmateriais dos consumidores às empresasou do pós-consumo às empresas - movi-mentaram no ano passado cerca de US$20 bilhões. A atividade já atinge a cercade 10% de tudo que é vendido no País,e a projeção para este ano é que ela cres-ça de 10 a 12%.

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Empresa pretende aproveitar o potencialdo mercado de gerenciamento deresíduos industriais, gerado a partir PNRS

Empresa pretende aproveitar o potencialdo mercado de gerenciamento deresíduos industriais, gerado a partir PNRS

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Bloco de Notas

Seibt lança moinho MGHS 700 GFCriado para atender ao exigente mercado de linhas de reciclagem de pós-consumo, a Seibt, de Nova Petrópolis (RS) desenvolveu o moinho MGHS 700GF. Oequipamento foi projetado especificadamente para moagem de garrafas e filmese tem como foco a facilidade na manutenção e, como consequência, um ágilacesso às facas e peneira. O moinho MGHS 700 GF oferece acesso às partesinternas da caixa de moagem sem a utilização de chaves ou outros tipos deferramentas. Isso porque o modelo vem equipado com fechos rápidos e articula-ções por comandos pneumáticos, que garantem rapidez e segurança no acesso. Aremoção da peneira é realizada através de suporte articulado com auxílio demola a gás, proporcionando uma articulação precisa, segura e de fácil acesso.Com diâmetro de giro do rotor de 450 mm e área de abertura da peneira superiorà linha MGHS 800 A, o moinho MGHS 700 GF alcança uma produtividade acimada média de equipamentos similares. A articulação do bocal de alimentação éfeita através de sistema pneumático, que garante ao operador um alto nível desegurança e nenhum esforço para realizar a operação. A caixa de moagem e orotor foram projetados de forma a receber facas com gabarito para regulagemfora do equipamento, reduzindo significativamente o tempo de parada para asubstituição das facas.A forma construtiva deste rotor para moagem de filmes é pioneira no Brasil e secaracteriza por fornecer maior volume livre na caixa de moagem. Isso graças àinexistência de eixo central, o que proporciona menor geração de calor e maioreficiência. Além dessa característica, esse rotor possui discos laterais, mancaisseparados da caixa de moagem e rolamentos autocompensadores.

BASF apresenta novoplástico para aplicaçãomédico-hospitalarA BASF está inserindo três novosprodutos de duas classes de materialpara seu portifólio de plásticos paratecnologia médica sob o sufixo “PRO”.Na linha de produtos POM (polioxi-metileno e poliacetal) existem doisnovos grades : Ultraform® N2320 003PRO and Ultraform® H4320 PRO. Alémdestes, o reforço do portifóliotambém tem o Ultradur® B4520 PRO,o primeiro PBT da BASF(polibutileno tereftalato), que agorafoi melhorado para as aplicações em tecnologia hospitalar. Estes trêsnovos grades “PRO” estão disponí-veis em quantidades comerciaisdesde o início de fevereiro.

Cosan e Shellanunciam a RaízenA Raízen, nome da nova organiza-ção formada pela Royal Dutch Shelle a Cosan S.A., será uma das cincomaiores do país em faturamento,com valor de mercado estimado emUS$ 12 bilhões e cerca de 40 milfuncionários, posicionando-secomo uma das mais competitivas naárea de energia sustentável domundo.A Raízen será responsável por umaprodução de mais de 2.2 bilhões delitros de etanol por ano paraatendimento ao mercado interno eexterno. Além do etanol, as atuais23 usinas produzem 4 milhões detoneladas de açúcar e tem 900 MWde capacidade instalada de produ-ção de energia elétrica a partir dobagaço da cana. Ao mesmo tempoque é uma organização nova, aRaízen acumula a experiência dosacionistas. É uma organizaçãonacional, que se beneficia de ter noportfólio produtos e soluções com aqualidade de ambas as empresasacionistas e o uso da marca Shell,que é sinônimo de inovação etecnologia, em sua rede de postos deserviço e no segmento de aviação.

EBITDA da Romi atingeR$ 101 milhões em 2010A Indústrias Romi S.A. encerrou o quartotrimestre de 2010 com receita operacionallíquida consolidada de R$ 191,2 milhões,valor 10,2% superior ao mesmo período de2009 e de 12,8% em relação ao 3T10.Graças à diluição de custos fixos devido aum volume maior de receita e a melhora naprodutividade da Companhia, a margembruta passou de 31% no 4T09 para 34,4%no 4T10. Já a margem EBITDA acumulouum crescimento de 8,9 pontosporcentuais, atingindo 15% em 2010,reforçando a capacidade de manutenção egeração de caixa da empresa. Outro fatorde grande destaque foi a sólida entrada depedidos ao longo de 2010, que cresceu16,6% em comparação com 2009, echegou a R$ 691,2 milhões, evidenciandoa recuperação crescente da atividadeeconômica dos setores industriais.

Tecnos Plásticos éa nova agente daMaguire no BrasilA Maguire Products, Inc., uma líderinternacional no fornecimento deequipamentos plásticos auxiliares,nomeou a Tecnos Plásticos como suaagente no Brasil. A Tecnos Plásticos éuma divisão do Grupo Tecnos, umaempresa diversificada de fabricação evendas. A unidade da Tecnos Plásticosmantém uma equipe de 15 especialistas

em vendas e 11 especialistas emserviços técnicos na sede da empresa emSão Paulo e em escritórios em outrasregiões importantes do Brasil. A instala-ção principal em São Paulo abrange8.000 m2. Além da Maguire, a TecnosPlásticos representa fornecedoresinternacionalmente reconhecidos demáquinas de modelagem por injeção eequipamentos auxiliares.

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Premiata de casa novaDando continuidade à filosofia demelhoria contínua, a MáquinasPremiata, empresa fabricante deequipamentos para o setor plástico,transfere sua estrutura fabril para omunicípio de São Vendelino, ondeestá localizada sua nova sede.Agora, mais ampla, com estruturaadequada para aprimorar ainda maiso padrão de qualidade, lançar novosprodutos e consequentementemelhor atender a seus clientes.Anote o novo endereço: Rua daCooperativa, 532, CEP: 95795-000 -São Vendelino – RS. O telefonefixo também mudou para:(51) 3639.1112

Plástico inteligenteUma nova geração de plásticos promete reduzir de forma significativa as intoxicaçõesalimentares. O anúncio mais alardeado foi feito em janeiro pela Universidade Strathclyde,na Escócia: os cientistas desenvolveram uma embalagem que muda de cor caso o alimentotenha sido refrigerado de forma incorreta, se a embalagem foi danificada ou à medida queo alimento ultrapassa a validade. Desenvolvida pela equipe de Andrew Mills, pesquisadordo Departamento de Química Pura e Aplicada da Strathclyde, o produto contou cominvestimento de US$ 523 mil e pode resolver outro problema grave até nos países maisdesenvolvidos: o desperdício de alimentos, uma vez que a mudança de cor do plásticopassa a ser o melhor termômetro de frescor. Com um histórico no Brasil mais recente - aspesquisas no Centro de Tecnologia de Embalagens (Cetea) datam de três anos para cá -, asembalagens ativas trabalham basicamente com inibição de agentes microbianos.

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Bloco de NotasMesse Brasil desenvolveduas novas parceriasA estratégia de ampliar apresença internacional emfeiras brasileiras fez aorganizadora de eventosMesse Brasil estabelecerparceria comercial com aempresa Fuar Sepeti, daTurquia, e a Demat daAlemanha. Especializadaem comercialização de feiras no mercado turco, a Fuar Sepetirepresentará a Messe Brasil nesse mercado, com o objetivo deatrair a indústria local para feiras no Brasil. Segundo RichardSpirandelli, gerente de marketing da Messe Brasil, a parceria éresultado de contatos iniciados em feiras internacionais e daconvergência de interesses pelo intercâmbio dos mercados. “Aexpectativa inicial é atrair dez empresas da Turquia para aIntermach 2011 e ampliar esse número a cada ano, nas diferentesfeiras da Messe Brasil”, comenta. Com a Demat, uma das maisrepresentativas empresas privadas de organização de feiras daAlemanha, anuncia a criação de uma joint venture para realizaçãoda EuroMold Brasil – Feira de Fabricantes de Moldes, Ferramentase Design, programada para estrear no Brasil em 2012. O eventosegue os padrões da EuroMold, a maior feira mundial para osegmento, que acontece anualmente em Frankfurt, em dezembro.

MVC apresenta inéditatecnologia RTM-S parafabricação de compósitosA MVC, empresa nacional de desenvolvimento de produtose soluções em plásticos de engenharia e pertencente àArtecola e à Marcopolo, participou do 7º SimpósioInternacional RTM & Infusão 2011, nos dias 9 e 10 defevereiro, em Saint-Avold, na França. Pela primeira vez nahistória do evento, um fabricante brasileiro foi convida-do para apresentar uma tecnologia inédita para o merca-do mundial. Gilmar Lima, diretor-geral da MVC, palestrousobre o novo processo para a fabricação de peças emcompósitos, o RTM-S (Resin Transfer Molding – Surface).Segundo o executivo, o novo processo, patenteado pelaempresa, reúne as propriedades dos termoplásticos, comoacabamento superficial de alta qualidade, e as dostermofixos, como maior resistência mecânica, durabilida-de e menor custo de fabricação. “Com a utilização do RTM-S é possível reduzir o custo de produção da peça entre 15%e 20%”. O RTM-S consiste na moldagem do componentetermofixo pelo processo RTM Light, tecnologia tambémdesenvolvida pela MVC, sobre uma peça ou películatermoplástica, previamente moldada pelo sistema VacuumForming. O resultado é um produto que alia maior resistên-cia mecânica e superior acabamento superficial.

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Plast Mix

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Tigre planeja novas aquisiçõesno exterior em 2011A Tigre, empresa fabricante de tubos e conexões em PVC, planejainvestir R$ 250 milhões em diferentes projetos, entre os quaisnovas aquisições no exterior. O presidente da empresa, EvaldoDreher, afirmou que esses recursos serão utilizados para aquisi-ções, fusões e a implantação de novas fábricas tanto no Brasilquanto no exterior. A Tigre que tem 20 unidades na Argentina,Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Peru,Paraguai e Uruguai, investiu no ano passado R$ 200 milhões emprojetos como a aquisição da equatoriana Isariego e a ampliaçãode sua capacidade produtiva em 25%. O executivo esclareceu, noentanto, que a esperada data de entrada no mercado mexicano,um dos maiores da América Latina e do qual a Tigre está ausente,ainda não está confirmada. “Teríamos que entrar (no México)com uma aquisição, o que ainda não foi possível”, revelou, paraquem um investimento em uma fábrica própria no país é poucoviável por se tratar de um mercado muito competitivo. Dreherrelatou que 2010, quando a empresa teve um crescimento de17% nas vendas e um faturamento de R$ 2,7 bilhões, foi “omelhor” dos 70 anos de história da empresa. O executivoacrescentou que a base montada no ano passado torna possívelatingir a meta da empresa de dobrar as vendas em 2014.

Acinplas se associa ao ExportPlastic para ampliar exportaçãoA Acinplas, responsável pela administração de um pool de empresasda indústria plástica, se associou ao Programa Export Plastic háquatro meses, na busca de informações que contribuam com oaumento de suas exportações. Segundo Bárbara Scherer, dodepartamento de Exportação da empresa, a parcela da produçãoexportada ainda é pequena, mas há interesse em expandir. “Hojecomercializamos nossas bobinas plásticas para hortifruti emPortugal, Porto Rico, Estados Unidos, Dinamarca e Paraguai e nossointeresse, além de ampliar a atuação nesses mercados é de alcançar-mos novas praças”, diz. A Acinplas acredita que a demanda mundialpor produtos com viés sustentável será uma tendência, principal-mente na Europa. “O lançamento da bobina Unisold I’m Green,fabricada com matéria prima de fonte renovável (cana de açúcar),proveniente de parceria com a Braskem, deverá ter um destaque nosmercados externos”, comenta Bárbara. A empresa tem planos deaumentar as exportações de bobinas Unisold e lançar no mercadoexterno os silos e lonas Pacifil, que ainda não são exportados. Paraatingir esses objetivos, a Acinplas tem alguns passos a cumprir. Umdeles é investir em melhorias da comunicação com os compradoresexternos. “Já demos o primeiro passo, e estamos construindo umsite com a versão em inglês”, diz a executiva.

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Anunciantes

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Nacionais

Brasilplast 2011 – 13ª FeiraInternacional da Indústria do PlásticoDe 09 a 13 de maioPavilhão de Exposições AnhembiSão Paulo (SP)www.brasilplast.com.br

Feimafe 2011 - Feira Internacional deMáquinas-Ferramenta e SistemasIntegrados de ManufaturaDe 23 a 28 de maioPavilhão de Exposições AnhembiSão Paulo (SP)www.feimafe.com.br

Fispal Tecnologia 2011De 07 a 10 de junhoPavilhão de Exposições AnhembiSão Paulo (SP)www.fispal.com

Plastech Brasil 2011 –Feira de Tecnologiaspara Termoplásticos eTermofixos, Moldes e EquipamentosDe 16 a 19 de agostoParque Mário Bernardino Ramos(Parque de Eventos Festa da Uva)Caxias do Sul (RS)www.plastechbrasil.com.br

Feipack - 4ª FeiraSul-Brasileira da EmbalagemDe 17 a 20 de agosto

Expotrade, Pinhais/Curitiba (PR)www.feipack.com.br

Embala Nordeste 2011 -Feira Internacional deEmbalagens e ProcessosDe 23 a 26 de agostoCentro de Convenções dePernambuco – Recife/Olinda (PE)www.greenfield-brm.com

Mercopar – Feira deSubcontratação e Inovação IndustrialDe 18 a 21 de outubroCentro de Feiras e Eventos Festa da UvaCaxias do Sul (RS)www.mercopar.com.br

Internacionais

Plásticos - Exposição Internacional daIndústriado Plástico de Buenos Aires27 a 30 de junhoBuenos Aires – Argentina

Interpack - Evento Internacional deEmbalagem e Processamento12 a 18 de maioDüsseldorf – Alemanhawww.interpack2011.com.br

Chinaplas – Feira ComercialAsiática de Plásticos e BorrachasDe 17 a 20 de maioGuangzhou – Chinawww.chinaplasonline.com

Agenda

Guangzhou, China, sede da Chinaplas

Activas # Pág. 51

Apema # Pág. 31

ARCR # Pág. 45

Artek # Pág. 32

AX Plásticos # Pág. 48

Brasilplast # Pág. 41

Cabot # Pág. 15

Chiang # Pág. 25

Deb’Maq # Pág. 23

Detectores Brasil # Pág. 48

Gabiplast # Pág. 47

Inbra # Pág. 19

Incoe # Pág. 27

Itatex # Pág. 32

M&G # Pág. 52

Maxter # Pág. 34

Mecalor # Pág. 09

Mecanofar # Pág. 49

Mega Steel # Págs. 02 e 03

Multi-União # Pág. 34

Nazkon # Pág. 35

Nova # Pág. 33

Olifieri # Pág. 49

Pevelit # Pág. 48

Plastech # Págs. 36 e 37

Plastimaster # Pág. 29

R. Pieroni # Pág. 12

Radial # Pág. 47

Replas # Pág. 21

Resinet # Pág. 17

Rosciltec # Pág. 49

Sasil # Pág. 13

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