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De olho em 2013

A deus ano velho. Encerramos mais um ano difícil para a cadeia produtiva do plástico, que exigiu grande perícia dos empresários do setor. O período foi caracterizado por vários acontecimentos econômicos internos e externos que afetaram diretamente as empresas no país. Em compensação, algumas medi-

das anunciadas pelo Governo geraram um clima de otimismo para 2013.De acordo com a Associação Brasileira da Indústria do plástico (Abiplast), 2012

teve um fraco desempenho da produção industrial brasileira, principalmente no pri-meiro semestre do ano, afetando os resultados do setor de transformados plásticos. O crescimento foi retomado no segundo semestre, porém não foi suficiente para superar os números registrados em 2011, ficando 2% abaixo do fechamento do período anterior.

Vários fatores contribuíram para este desempenho, entre eles, o aumento dos va-lores das resinas no país e o aumento da alíquota de importação das matérias-primas, como o polietileno. Além disso, a crise econômica internacional retraiu o consumo na Europa e tornou o Brasil um dos alvos dos grandes produtores internacionais. Dessa for-ma, a avalanche de produtos importados ampliou a concorrência com os transformados nacionais.

Com o objetivo de socorrer o setor industrial do país, o Governo Federal editou várias medidas visando o fortalecimento da indústria brasileira, para enfrentar a concor-rência dos produtos importados. O Plano Brasil Maior desonerou a folha de pagamentos de 15 setores, entre eles o plástico, entre outras medidas de incentivo a competitivida-de das empresas nacionais.

O Governo também concedeu a redução de IPI para o setor automotivo e para produtos da linha branca, que se estenderam até o final do ano. Ainda como estímulo à indústria automotiva foi criado o Inovar Auto, que prevê desconto no IPI para mon-tadoras que investirem em novas tecnologias e no aumento de peças nacionais nos veículos produzidos no país. A iniciativa começa a vigorar em 2013.

Estas medidas não resolvem de vez a falta competitividade da indústria nacional, ocasionada por problemas como a alta carga tributária, mas representam um estímulo para o setor. O certo é que este novo cenário deixou otimistas os representantes do se-tor, que acreditam na retomada do crescimento da produção nacional de transformados plásticos em 2013.

Outra tendência para o próximo ano é o aumento do consumo de plásticos de engenharia no mercado nacional. Estas resinas com grande aplicação na indústria auto-motiva do país avançam para outros setores. Uma das apostas é área de energia.

Todos estes assuntos podem ser conferidos nesta edição da revista Plástico Sul, além de outras matérias, como a entrevista com Eduardo Tergolina sobre os 30 anos do Polo Petroquímico do Rio Grande do Sul. O engenheiro químico falou sobre a evolução do polo nestas três décadas e afirmou que o futuro do complexo petroquímico gaúcho passa pelo fortalecimento da indústria da terceira geração no estado. Boa leitura e que o ano de 2013 seja de grandes notícias para a cadeia produtiva do plástico.

Conceitual - Publicações Segmentadaswww.plasticosul.com.brAv. Ijuí, 280CEP 90.460-200 - Bairro PetrópolisPorto Alegre - RSFone/Fax: 51 3062.4569Fone: 51 [email protected]ção:Sílvia Viale SilvaEdição:Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844Redação: Brigida Sofia e Gilmar BitencourtConsultor de Redação: Júlio SorticaDepartamento Financeiro:Rosana MandrácioDepartamento Comercial:Débora Moreira e Magda FernandesDesign Gráfico& Criação Publicitária:José Francisco Alves (51 9941.5777)Capa: foto divulgaçãoPlástico Sul é uma publicação da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral.Opiniões expressas em artigos assina-dos não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte.Tiragem: 8.000 exemplares.

Filiada à

ANATEC - Associação Nacionaldas Editoras de Publicações Técnicas,

Dirigidas e Especializadas

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Marco histórico

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Eduardo Tergolina

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"Dos três pólos de nafta do país, o primeiro foi a antiga PQU, depois a Copene e o terceiro foi o do Sul, em 1982. Automaticamente, por ter sido o último a tecnologia relativa à sustentabilidade, na parte de tratamento ambiental do polo, é superior aos demais."

O Polo Petroquímico de Triunfo completa 30 anos de ativi-dades e representa um mar-co histórico para a indústria

petroquímica gaúcha e brasileira. Foi o terceiro polo brasileiro e ainda hoje é considerado o mais moderno complexo de base nafta instalado no país. O empre-endimento se caracterizou por garantir transferência de tecnologia dos proces-sos, executar o detalhamento totalmente com a engenharia nacional e atingir um índice de nacionalização de 85% em ma-teriais e equipamentos.

Entre os principais aspectos do com-plexo petroquímico gaúcho, destaca-se a evolução da preocupação ambiental pa-ralelamente à implantação das centrais petroquímicas, o que fez com que os cui-dados com os sistemas de tratamento dos resíduos e com o meio ambiente em geral fossem crescendo junto com a implanta-ção das empresas.

Após três décadas de história, o polo hoje permanece importante para a economia gaúcha. Suas seis empresas instaladas – Innova, Oxiteno, Borealis, Braskem, White Martins e Lanxess – ge-ram mais de seis mil empregos, e arre-cadam R$ 1,4 bilhões em impostos por ano. É um dos maiores polos de produção de resinas termoplásticas do Brasil, aten-dendo a mercados como o automobilísti-co, de alimentos e eletrodoméstico.

Para falar sobre a importância e contar um pouco da história polo do Rio Grande do Sul, a revista Plástico Sul entrevistou de EduardoTergolina, en-genheiro químico gaúcho formado pela Universidade Federal do Rio de Janei-ro, em 1977. A carreira de Tergolina na área petroquímica tem um vínculo direto com o polo de Triunfo. O engenheiro que começou a sua atuação profissional na indústria de fertilizantes, no Complexo Industrial de Araucária, em 82 foi con-vidado para trabalhar na Copesul, acom-panhando o início das atividades, a evo-lução e a reestruturação do complexo no estado. Atualmente é o diretor industrial de polietilenos no Brasil, da Braskem.

Na entrevista, Tergolina observa que o polo representou um grande avanço tecnológico para o estado na área quími-ca e que foi fundamental para o desenvol-vimento da indústria da terceira geração no RS. Mas ele frisa que o setor de trans-formação de plásticos gaúcho não soube aproveitar o fato de ter um fornecedor de matéria-prima próximo, perdendo espaço para outros estados.

De acordo com o entrevistado, gran-de parte das resinas termoplásticas pro-duzidas no polo gaúcho é destinada para abastecer outras unidades da federação que concorrem com o RS. Neste senti-do Tergolina é taxativo ao afirmar que o futuro do polo de Triunfo passa pelo fortalecimento da indústria da terceira geração no estado, ampliando a venda de transformados plásticos, ao invés de resinas, e consequentemente a geração de renda e de empregos.

Revista Plástico Sul - O que represen-tou para o RS a criação do Polo Petro-químico de Triunfo?Edurado Tergolina - Com o polo, o Rio Grande do Sul entrou em uma cadeia de produção industrial de alto conteúdo tec-nológico. O estado tinha alguns setores

de destaque, como a produção primária, a parte de informática, a cadeia do aço, o segmento do couro, a indústria metal-mecânica, que sempre foi muito forte em Caxias do Sul. Mas na parte de química a criação do polo foi uma ação pioneira no sentido de formar uma cadeia produtiva com elevado conteúdo tecnológico. Tam-bém teve o grande impacto na parte de arrecadação do estado. Além disso, permi-tiu a evolução de uma série de outras ati-vidades industriais, que só seria possível a partir de uma central de matérias-primas.

Plástico Sul - Como funcionava o setor petroquímico no estado antes do Polo?Tergolina - A petroquímica no Rio Gran-de do Sul era infinitamente menor e a in-dústria de transformação de resinas tinha que comprar matéria-prima dos dois cra-ckers existentes, da Petroquímica União (PQU), de São Paulo, ou da Companhia Petroquímica do Nordeste (Copene), do polo de Camaçari (BA), que partiu um pouco antes do polo do Sul. Também im-portava alguma coisa de plantas de fora do Brasil, como de Bahia Blanca, na Ar-gentina e dos Estados Unidos.

Plástico Sul - No caso da indústria da ter-

Eduardo Tergolina destaca a importância do polo de Triunfo para a indústria do plástico do estado e do Brasil e afirma que o futuro do complexo depende da integração da cadeia petroquímica e do fortalecimento do setor de transformação de plásticos do RS.

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ceira geração, o que representou a insta-lação do polo petroquímico no estado?Tergolina - Foi fundamental para o de-senvolvimento desta indústria no estado. O fato de ter uma central perto de casa, com distâncias que em média não ultra-passam os 300 km, permitiu uma alavan-cagem e uma facilidade enorme para a indústria de transformação de plásticos. Mas observamos que esta indústria ainda pode crescer muito mais. Ainda hoje, a maior parte da produção do Polo Petro-químico de Triunfo não fica retida no Rio Grande do Sul, continua indo para outros estados que se desenvolveram mais por uma série de outras razões, como incen-tivos, visões estratégicas, entre outras iniciativas. Sem dúvida antes do polo a indústria de transformação de plástico era bastante inferior.

Plástico Sul - Quais os principais dife-renciais do polo gaúcho frente aos ou-tros polos petroquímicos do país?Tergolina - Do três pólos de nafta do país, o primeiro foi a antiga PQU, depois a Copene e o terceiro foi o do Sul, em 1982. Automaticamente, por ter sido o

último a tecnologia na parte de sustenta-bilidade, na parte de tratamento ambien-tal do polo é superior aos demais. Além disso, apresenta um rendimento melhor na produção de produtos de monômeros e co-produtos. Também conta com me-lhor eficiência energética, que na época já era um fator importante para compe-titividade. Então é o polo de nafta mais moderno do Brasil. A parte de tratamento de efluentes recebeu as mais modernas tecnologias na época da sua criação. Atu-almente outro diferencial é a planta da Braskem de eteno a partir do etanol, de fonte renovável, permitindo a produção anual de 200 mil toneladas de polietile-no verde. O polo também tem esta visão sustentável, para abastecer os segmentos que têm como diferencial o apelo para a sustentabilidade. Além disso, foi instala-do em um ponto geográfico estratégico, equidistante entre o centro de maior con-sumo que é São Paulo e de Buenos Aires, que já foi um grande consumidor da pro-dução do polo de Triunfo e que está se fortalecendo novamente.

Plástico Sul - Como o Sr. vê o fato do

Rio Grande do Sul não ter aproveitado as vantagens e os benefícios de ter a Refinaria Alberto Pasqualini e o polo de Triunfo para se tornar o segundo polo plástico do Brasil, perdendo esse posto para Santa Catarina?Tergolina - Santa Catarina tinha facilida-des até pouco tempo das resinas incen-tivadas via porto de Itajaí, que acabou desenvolvendo a sua indústria de transfor-mação, mais do que o Rio Grande do Sul, com isso ampliou o seu parque de trans-formação e acaba consumindo as resinas produzidas no polo do Sul. No Rio Grande do Sul não houve ainda esta estratégia de médio e longo prazo de se criar um cen-tro de excelência em terceira geração e os produtos a juzantes, até chegar ao consu-midor final. O Estado ainda não teve esta visão clara do potencial da cadeia até a ponta. Não adianta parar na segunda ge-ração petroquímica. A maior geração de empregos e de renda ocorre através da ins-talação de empresas da terceira geração, criando incentivos para esta indústria. Isso geraria mais empregos e renda do que a venda de resinas. Não tenho índices atu-alizados, mas acredito que em média 15% das resinas produzidas no polo de Triunfo ficam no RS, o resto vai para outros esta-dos. Santa Catarina antes ficava com 25% das resinas gaúchas, São Paulo com apro-ximadamente 35%.

Plástico Sul - Quem poderia ter agido de forma diferente para o setor plásti-co gaúcho aproveitar melhor o polo de Triunfo: o Governo do Estado ou o setor industrial? Ou ambos?Tergolina - Certamente ambos. Já hou-ve algumas tentativas. É preciso focar em algumas iniciativas, como a criação de uma zona incentivada para ampliar a comercialização dos transformados plás-ticos produzidos no estado. O polo do Sul é o mais moderno do país. Tem como matéria-prima a nafta, que não é a mais competitiva para a produção de polietile-no, mais é a mais competente para a pro-dução de outros produtos, além de eteno

"Foi fundamental para o desenvolvimento desta indústria no estado. O fato de ter uma central perto de casa, com distâncias que em média não ultrapassam os 300 km, permitiu uma alavancagem e uma facilidade enorme para a indústria de transformação de plásticos."

PLAST VIP Eduardo Tergolina

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Atuais instalações do complexo petroquímico do RS

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Especificação do Eteno do Polo de Triunfo, em dezembro de 1982

e propeno. Então acredito que teria que sentar à mesa o Governo do Estado, com as suas respectivas secretarias do setor, a Fiergs, os três sindicatos de transforma-ção e a Braskem, para traçar um plane-jamento de longo prazo, visando ampliar a vendas dos transformados do estado. O objetivo é de não estancar na produção da 2ª geração e sair do estado em forma de resina, mas sim de produtos acabados. Acho que ainda dá tempo, estamos co-memorando os 30 anos do pólo, nos pró-ximos 30 deveríamos ter uma agenda da indústria privada e conjunto com o Go-verno estudual.

Plástico Sul - Como o Sr. analisa a re-estruturação do setor petroquímico nacional, tornando a Braskem a única produtora nacional de commodities?Tergolina - Foi um movimento inevitável, pois é um mercado globalizado. Indústria petroquímica mundial se consolidou, hoje tem seis ou sete empresas grandes. Mesmo assim estamos com grandes dificuldades de sobreviver, de competir com os grandes players mundiais. Então foi um movimento inevitável de consolidação no Brasil, unin-do o útil ao agradável, ou seja, as outras empresas estavam querendo se desfazer do ativos, era um momento de mercado que ainda permitia uma boa rentabilidade na venda, e a Braskem, com sua visão de longo prazo, viu que poderia ser um con-solidador das indústrias petroquímicas. E hoje é uma empresa forte que compete no

mercado mundial de igual para igual. Enfim foi uma necessidade imperativa frente ao mercado globalizado, pois na forma que era antes, com as empresas pulverizadas, não havia condições de competir no mercado.

Plástico Sul - Qual o futuro do Pólo de Triunfo frente a acirrada concorrência nacional?Tergolina - O futuro passa boa parte pelo que eu te falei, de uma visão estratégica do Rio Grande do Sul de evoluir na ca-deia, de transformar o RS forte em ter-ceira geração, seguir na cadeia petroquí-mica, não só nas resinas, mas em todos os demais produtos do cracker do polo do Sul. O cracker de nafta tem uma produção variada, produz eteno, com polietileno na ponta, além de uma variedade de cadeias de outros produtos como poliestirenos, solventes, elastômeros, tintas, entre ou-tros. Como exemplo, usando o modelo do polo da Bahia, que se diversificou mais e ampliou a sua cadeia petroquímica, com incentivos do estado, é necessário que todas as parte envolvidas, governo e iniciativa privada, projetem daqui para frente o aumento do parque de transfor-mação, tornando o RS forte em terceira geração. Um cracker de nafta tem uma produção muito mais ampla, do que um cracker do Oriente Médio, por exemplo, que basicamente produzem polietilenos.

Plástico Sul - O polo gaúcho, assim como as centrais petroquímicas mais

antigas, utilizam como matéria-prima fundamental a nafta, enquanto que as mais atuais aproveitam o gás natural, como ocorre nos Estados Unidos. Isso pode representar uma vantagem na produção de produtos especiais, como na cadeia de elastômeros?Tergolina - Sem dúvida. Como já te falei, uma cadeia a partir da nafta oferece uma produção mais variada. Tu podes entrar em cadeias além da de resinas plásticas. A grande vantagem é esta. A produção de polietileno de um cracker de nafta é mais cara do que um de gás, mas den-tro dos polietilenos tem praticamente três famílias, baixa densidade, linear e de alta densidade e em algumas famílias tu podes começar a desenvolver produtos especiais, resinas mais complexas de se-rem produzidas, para poder remunerar um cracker que tem produtos mais variados. A Braskem, por exemplo, tem uma impor-tante produção de especialidades, resi-nas com maior valor agregado, no polo de Triunfo. Isso falando em polietilenos, pois falando em polipropileno, um cra-cker de gás produz pouco propeno e não produz outros derivativos. Um cracker a partir de de shell gas ou de gás Xisto, não pode produzir esta diversidade de produ-tos que o de nafta de permite.

Plástico Sul - Falando da importân-cia do Polo para o setor plástico, o Sr. acredita que o curso superior de Tec-nologia do Plástico da ULBRA no esta-do teria sido implantado se o Polo não existisse?Tergolina - Acho que seria bem mais di-fícil do curso e ser criado. Pois tem uma ligação direta. A indústria que consome plástico no Rio Grande do Sul, são na sua maioria empresas de médio e pequenos porte, que atendem a indústria moveleira de Bento Gonçalves, de metalmecânicas de Caxias do Sul e depois alguma coisa de transformação de embalagens para agri-cultura. E estas indústrias estão usando este técnicos e engenheiros de plásticos. O polo alavancou isso tudo.

PLAST VIP Eduardo Tergolina

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Plásticos de engenharia

podem mais

Eles são a nata do setor plástico. Mais elaborados, oferecem vantagens como maior resistência ao calor e ao impacto, têm maior durabilidade e permitem melhor acabamento aos produtos. Com tudo isso, claro que cobram um preço maior em relação às commodities. Os plásticos de engenharia já têm espaço importante na economia brasileira, com destaque no setor automotivo. Há, no entanto, muita área para crescer em 2013, inclusive no setor de energia, a preocupação do momento na agenda econômica.

Por Brigida Sofia

Plásticos de Engenharia

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O ano de 2012 poderia ter rendido mais em se tratando de plásti-cos de engenharia. Essa é a opi-nião majoritária dos executivos

do setor em entrevista à Plástico Sul. Mas o ano poderia ser melhor em tudo quando se analisa a economia brasileira no perío-do, as expectativas no início e a realidade no fechamento. De qualquer modo, uma notícia importante para a área de plásti-cos de engenharia, cujos resultados devem começar a aparecer em 2013, não pode ser desconsiderada: o Inovar Auto, novo regi-me automotivo brasileiro que prevê veícu-los mais econômicos, leves e sustentáveis e tem como forte aliado na busca destes quesitos os termoplásticos.

O setor automotivo é um dos princi-pais mercados dos plásticos de engenharia. Além do incentivo governamental, está diretamente ligado à ascensão econômica da Classe C, um movimento que não deve retroagir. Além dos automóveis, essa popu-lação passa a ter acesso a bens que eram impensáveis e gosta de escolher bem. Al-guns estudiosos deste grupo descartam a ideia de que o preço é que define a compra: como não possuem renda para ficar repon-do produtos que se mostram ruins, buscam peças de qualidade, que durem.

Em relação aos empresários, um ponto a se vencer é o cultural. De olho no pre-ço, muitos transformadores não pensam na questão custo benefício e não avançam em direção aos plásticos de engenharia.

Apesar de uma visão não tão positi-va em relação a 2012, cujos números ainda estão em fase de fechamento, os plásticos de engenharia cresceram em 2010 e 2011. Para Gelson Oliveira, da JR Oliveira, de Caxias do Sul (RS), em todas as áreas os plásticos de engenharia vem ocupando um espaço que antes era do vidro, do aço e do alumínio, e “muito ainda vai avançar, pois a cada dia se busca desenvolver peças com custo e peso menores para ter eficiência energética”, fala.

Existem aplicações de sucesso nos setores automotivo, médico hospita-lar, infra-estrutura, transporte e bens de

consumo. “É um caminho que a cada dia evolui e não tem mais retorno. A JR atua hoje com peças plásticas de engenharia principalmente na área da automação. Mas produz moldes também na área hospitalar, automotiva e eletrônica, entre outras de menor importância”, comenta.

Ele diz que os produtos fabricados no Brasil são de alta tecnologia, pois existem moldes e materiais de engenharia de bom desenvolvimento técnico. “Os melhores mercados estão na linha automotiva e São Paulo é o carrossel pulsante onde os desen-volvimentos ocorrem com maior rapidez”, afirma. Neste sentido, pensa que os plásti-cos de engenharia têm um desenvolvimen-to maior que as commodities, pois na linha automobilística a ordem é reduzir peso e, consequentemente, consumo de energia. “Neste momento, as pesquisas de materiais híbridos são altamente buscadas”, ressalta.

Sabic vê boasoportunidades

A Sabic está presente nos setores automotivo, médico-hospitalar, infraes-trutura, transporte e bens de consumo. Na indústria automotiva, atualmente valida novas tecnologias, como um volante que utiliza ETP, aplicações estruturais e substi-tuição de metal, como por exemplo, pára--lamas. Na área de saúde, as resinas estão presentes em bandejas de esterilização, cadeiras e luzes. A resina LEXANTM foi sele-cionada para um oxigenador de membrana, devido ao fato de sua resistência ao impac-

to ajudar a reduzir as quebras e sua proces-sabilidade, os tempos de ciclo.

Em infraestrutura, seus clientes bus-cam soluções para arquibancada, telhados e fachadas e passarelas cobertas, entre outras aplicações. Recentemente, a Sabic anunciou a disponibilidade do painel LE-XANTM BIPV para aplicações de revestimen-to, coberturas e vidros. Esta tecnologia é de fácil instalação e traz liberdade de design, além de isolamento térmico, combinando resistência, leveza e transparência.

“Além disso, algumas empresas de distribuição de água estão agora permi-tindo licitações que incluam o uso de plástico, por isso vemos muitas oportuni-dades para substituir caixas de metal com plásticos de alto desempenho. Os poten-ciais benefícios são que os contadores serão mais leves, têm uma resistência UV forte e, por não serem de metal, não vão corroer”, diz Ricardo Knecht, gerente geral da SABIC’s Innovative Plastics Busi-ness, América do Sul.

Na área de iluminação, a Sabic ofe-rece a fabricantes de LED um extenso por-tfólio de resinas especiais e compostos aliado ao conhecimento tecnológico e cul-tura colaborativa. Em comparação com os materiais convencionais de silicone, vidro ou metal, materiais termoplásticos de en-genharia introduzem liberdade de design através menor peso, melhores proprieda-des mecânicas, o aprimoramento estético e menos operações secundárias. São bene-fícios a transparência, resistência à cha-

Ricardo Knecht, da Sabic, destaca

que a empresa atua em vários

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ma, ao calor, raios UV e intempéries e ao impacto, condutividade térmica e elétrica e “moldabilidade excelente e alta refletivi-dade”, destaca Knecht.

Já no segmento de transportes, tem uma importante atuação junto a cami-nhões pesados, com destaque para apli-cações na Volvo Trucks. As resinas da Sabic também compõem vários bens de consumo, em partes internas ou externas. “Um mercado emergente importante é o de petróleo e gás. Essa indústria exige um material de performance crescente, qualidade e relacionamentos leais e de longo prazo com fornecedores”, comenta Knecht. Alguns dos principais requisitos são a capacidade de resistir a ambientes agressivos, exposição a produtos quími-cos, corrosão, alta tensão e uma vasta gama de temperaturas.

Boas perspectivasRicardo Knecht destaca a produção

industrial negativa no Brasil em 2012 e o crescimento significativo da importação de peças acabadas como fatos que impac-taram a demanda de ETP no período. Mas diz que com os investimentos que estão sendo feitos para melhorar a infraestru-tura, impulsionada pelo crescimento da renda e pelos próximos eventos esportivos internacionais, também há muitas tendên-cias que estão ajudando a expandir o uso dos ETPs. No setor automotivo, a redução de peso. Além de componentes do corpo, os clientes buscam aplicações sob o capô

e substituição do vidro. No setor da saúde, a crescente de-

manda dos consumidores por maiores cui-dados traz a necessidade de dispositivos de alta qualidade. Há um foco maior na miniaturização, portabilidade e maior apelo estético; parede fina, soluções le-ves e materiais que proporcionam rigi-dez e resistência ao impacto sem peso, bem como resistência à chama. “Como este mercado cresce na região, espera-mos também ter regulamentações mais rigorosas e uma demanda crescente por produtos de alta qualidade", diz Knecht.

No geral, ele espera que a produção industrial cresça, o que irá beneficiar todos os que trabalham com ETP. “Especialmente aqueles que fizeram um bom trabalho ao servir os seus clientes em 2012”, comenta o gerente. “Matérias-primas ainda são um grande ponto de interrogação: por causa da dinâmica global, os custos das matérias--primas continuam a subir”, afirma. Sobre a região Sul, especificamente, Knecht diz que “o Sul tem transformadores de alta qualida-de e uma força de trabalho forte. Estes são ativos para a indústria de plásticos brasilei-ra em geral”.

Rhodia destacanovas aplicações

Os plásticos de engenharia são em-pregados principalmente na produção de autopeças e partes automotivas, subs-tituindo com vantagens de desempenho técnico e de custos diversos metais. Esse

é um segmento em expansão, à medida em que há necessidade de novos materiais que contribuam para o desenvolvimento de veículos mais sustentáveis, que ajudem a reduzir emissões, mas que mantenham desempenho e design do agrado dos con-sumidores, afirma a Rhodia. A empresa tra-balha com estes produtos no Brasil há 60 anos. “A redução de peso, visando à in-corporação de novos componentes e aces-sórios é o motor deste desenvolvimento”, diz o diretor da Rhodia Plásticos de Enge-nharia Américas, Marcos Curti.

“Nosso principal mercado é o automo-tivo, que concentra a maior parte de nossas vendas de plásticos de engenharia de polia-mida, em torno de 70%”, explica o execu-tivo. Os outros mercados em que a empresa atua são o eletroeletrônicos e de bens in-dustriais de consumo. Há o surgimento de aplicações mais especificas nos segmentos de óleo e gás e mineração.

Em relação a 2012, Curti diz que o período foi estável em relação a 2011, com pequena queda em segmentos não ligados à indústria automotiva. Para 2013, acredita em um crescimento de 3 a 4%, mas a redução da produção indus-trial brasileira é um ponto de atenção. “Do ponto de vista do mercado de plás-ticos de engenharia, trabalhamos com perspectivas de crescimento um pouco acima do PIB previsto. Mas há absoluta necessidade de crescimento da atividade industrial”, reforça.

Segundo o diretor, o mercado brasi-leiro representa em torno de 6% do mer-cado mundial de plásticos de engenharia e a tendência é de avanço no segmento automotivo, com a introdução de novos plásticos de engenharia para aplicações de alto desempenho, em especial em au-topeças sob o capô e outras partes estru-turais dos veículos. São desenvolvimen-tos em que a Rhodia vem trabalhando forte em seus laboratórios e centros de pesquisas internacionais.

Os últimos lançamentos no Brasil foram as poliamidas de base vegetal (po-liamida 6.10, a partir de óleo de mamona)

Mercado automotivo é o principal destino das poliamidas da Rhodia

Plásticos de Engenharia

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e a poliamida reciclada. Os dois produtos, comercializados sob a marca principal Te-chnyl, já estão sendo utilizados pelos transformadores e produtores de autopeças.

Ele não demonstra grande preocupa-ção em relação às commodities, que estão ficando mais elaboradas e se mostram con-correntes em algumas aplicações que não exigem tanta resistência a calor e impacto. “Notamos que os produtores de commodi-ties na área de plásticos estão se movimen-tando. Há alguns desenvolvimentos, mas o principal fator continua sendo o de custos. Nas aplicações em que há exigências de desempenho técnico, os plásticos de en-genharia da Rhodia tendem a crescer nos próximos anos”, garante Curtis.

Basf vê potencialem telecomunicações

O principal mercado em que a BASF atua com plásticos de engenharia também é o automotivo. Além desse, há aplicações em cabo ótico e eletroeletrônico. O coorde-nador de negócios de plásticos de engenha-ria para a América do Sul, Luiz Roxo, avalia que em 2012 o mercado teve, de modo ge-ral, uma leve retraída, parte da causa está relacionada à crise mundial que afetou to-dos os segmentos – alguns com mais inten-sidade do que outros.

Apesar de não ter dados precisos que comparem o mercado de plásticos de en-genharia entre o Brasil e os outros países, ele diz que é possível afirmar que haverá um grande avanço em cabo ótico. “Nessa aplicação, os volumes de material polimé-rico empregados no Brasil totalizam apro-ximadamente o dobro em relação ao que é utilizado aos EUA para o caso do PBT. Além disso, é esperado um aumento no volume de material polimérico utilizado no Brasil devido à instalação de várias montadoras nos próximos anos”, afirma.

Para 2013, as perspectivas são posi-tivas para a demanda interna, mesmo com o desempenho retraído do país no ano de 2012. “O fortalecimento das camadas so-ciais do Brasil e a exigência do consumidor por produtos de melhor qualidade são fato-res que levam o Brasil a se tornar um país atrativo para alguns segmentos, como mon-tadoras de veículos e telecomunicações. É justamente nesse último setor que se dá o destaque para a fibra ótica”, explica. Assim, é esperado expansão dos negócios para

2013, principalmente nos segmentos onde já existe forte atuação dos plásticos de en-genharia. Na Região Sul, destaca a impor-tância para o setor de plásticos de enge-nharia a fábrica da BMW em Santa Catarina.

Bayer apresentamix diversificado

Os plásticos de engenharia da Bayer estão em vários setores com produtos di-ferenciados. Como o automotivo, alimen-tício, médico, eletroeletrônico, construção civil, equipamento de segurança e na área de mídias digitais. Neste sentido, Luis Car-los Sohler, Head da Unidade de Negócios Policarbonatos para a América Latina da Bayer diz que, em geral, a comercialização de policarbonato cresce ao longo dos anos uma vez que o material vem cada vez mais substituindo materiais tradicionais como aço e vidro. “O desempenho do mercado em 2012 foi bom, considerando-se o baixo crescimento do PIB brasileiro”, avalia.

Para Sohler, o processo natural de escolha do mercado prioriza as commo-dities devido a seus custos, entretanto, devido às excelentes características de resistência mecânica e térmica, o policar-bonato cada vez mais se apresenta como uma solução mais eficaz de acordo com certos pré-requisitos.

O executivo fala que devido as atu-ais condições macroeconômicas mundiais e com a iminência dos grandes eventos esportivos previstos para os próximos anos no Brasil, a Bayer Material Science tem uma visão otimista para 2013. “Ve-mos hoje uma condição econômica relati-

vamente estável nos três principais polos econômicos mundiais, o que reforça esta visão. Mais que isso, o ano de 2013 marca os 60 anos da invenção do policarbonato, uma invenção da Bayer que nos deixa mui-to orgulhosos”, afirma Sohler.

Innova aposta na ABSA Innova participa do mercado de

plásticos de engenharia com a revenda da resina ABS, desde 2008. Ela está pre-sente em calçados, chapas para o setor automotivo, construção civil, peças cro-madas, brinquedos. A Innova informa que manteve a participação de mercado em 2012, apesar da instabilidade de alguns setores específicos, como calçados e li-nha pesada. Mas prevê um aumento da demanda por ABS e demais plásticos de engenharia, devido a ascensão da classe média brasileira. Dessa forma, a compa-nhia acredita no crescimento da demanda nos setores automotivos, de eletroeletrô-nicos, da linha branca e da construção civil. “Também existe o apelo ecológico e a substituição de outras matérias primas, como aço e alumínio”, acrecenta.

A Innova, empresa controlada inte-gralmente pela Petrobras é líder do mer-cado brasileiro de estirênicos. Com três plantas industriais instaladas no Pólo Pe-troquímico de Triunfo (RS), é a primeira e única companhia brasileira a integrar, em uma mesma localização, a produção de etilbenzeno, monômero de estireno e de poliestireno. Tem capacidade para produzir anualmente 680 mil toneladas de produtos petroquímicos.

Nova Trigo destacaconstrução civil

Um campo com bom espaço para crescer é o da construção civil, um mer-cado que, apesar de algumas derrapadas, em relação à entrega e inadimplência, é amplo, pois sabe-se do grande déficit de moradia no Brasil. “Existe uma forte ten-dência de plásticos de engenharia e com-postos especiais no mercado de constru-ção civil em aplicações mais ecológicas

Luiz Roxo, da Basf, comenta que a crise internacional colaborou para a retração do mercado

Plásticos de Engenharia

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do que o uso de madeira por exemplo”, diz o gerente de vendas e marketing da Nova Trigo Plásticos de Engenharia, Car-los Benedetti Jr. A empresa trabalha há 10 anos especificamente com plásticos de engenharia e possui uma equipe es-pecializada e focada nestas resinas, onde destacam-se as Poliamidas 6 e 6.6, tanto naturais como compostos com fibra de vi-dro, micro esferas, cargas minerais e etc, além do ABS, PBT e Poliacetal.

O desempenho em 2012 superou as expectativas da companhia. “Crescemos muito, fortalecendo nossas parceiras. Cres-cemos quase três dígitos em relação a 2011. Esperamos em 2013 continuar crescendo na casa de dois dígitos, temos a plena certeza que o trabalho que fizemos em 2012 será consolidado em 2013”, diz Benedetti.

A região Sul, especificamente o Rio Grande do Sul, é estratégica para a Nova Trigo, tanto que a empresa mantém dois representantes aqui. Para Benedetti, o Brasil em relação ao mundo avança muito em plásticos de engenharia. “Ainda hoje importamos alguns grades bem específicos ainda não desenvolvidos no Brasil, mas trabalhamos fortemente com a nacionali-zação dos mesmos”, comenta o gerente. Ele fala que a concorrência com o PP é uma realidade, pelo fator preço, mas que é necessário sempre analisar o custo fi-nal do produto. “Algumas aditivações em commodities precisam ser mais carregadas com os preços chegando bem perto dos plásticos de engenharia”, ressalta.

DSM prevê segundosemestre melhor

O vice-presidente da DSM Engineering Plastics Latin America, Andrea Serturini, diz que o ano de 2012 foi abaixo das ex-pectativas, mas que a tendência é de cres-cimento devido à uma dinâmica econômi-ca mais ativa, especialmente no segundo semestre de 2013. “A DSM investe muito em novas tecnologias de aplicação que melhoram a produtividade, desempenho e qualidade dos plásticos de engenharia. Nós agregamos valor às aplicações com ma-teriais diferenciais tais como: Stanyl (PA 4.6), High Flow (materiais que facilitam o processo de injeção reduzindo ciclos de processo e resistente à altas temperaturas, Akulon (PA 6) Ultraflow (facilita o processo de injeção e redução das espessuras das pa-redes do produto injetado), Arnite (PET) XT (para peças injetadas com alto requisito de precisão dimensional)”, afirma o executivo.

Serturini destaca que a sustentabi-lidade é um dos pilares da DSM, por isso a empresa oferece materiais verdes que provém de fontes renováveis como por exemplo o EcoPaxx, que é uma poliamida 6 produzida com 70% de óleo de mamona, e o Arnitel Eco, que é um copoliéster elas-

A Basf também tem forte

presença no segmento de

eletroeletrônicos

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tomérico produzido com aproximadamente 40% de óleo de canola.

A DSM, empresa global focada em pesquisa e desenvolvimento nas áreas de saúde, nutrição e materiais participa do mercado de plástico de engenharias nos setores automotivo, eletroeletrônico, em-balagem, entre outros.

Distribuidores se dividem

Para Fernando Caribé, da Sasil, o ano de 2012 poderia ser melhor. Mas não há espaço para pessimismo. “Os plásticos de engenharia estão presentes em produtos de maior valor agregado com exigência do seu desempenho técnico. Esse mercado ainda é pequeno no Brasil e muitos produ-tos já vem manufaturados de fora. À medi-da que o mercado consumidor aumentar o seu poder de compra, teremos crescimen-tos significativos da participação dos plás-ticos de engenharia”, diz.

Apesar do preço ser um fator impor-tante na hora da decisão para o trans-formador brasileiro, Caribé destaca que os clientes que transformam plástico de engenharia atuam para o segmento indus-trial: montadoras de automóveis, eletro eletrônicos, eletrodomésticos, telefonia; segmentos que possuem uma especifica-ção definida, portanto, pagam e reconhe-cem o valor da resina.

Ele fala que a região Sul sempre buscou inovação e para isso o plástico de engenharia atende muito bem as exigên-cias, o setor calçadista utiliza muito e o destaque é para o segmento de utilidades domésticas de primeira linha, que exportam para todo o mundo, destaca o distribuidor.

Miguel Rösler, da APTA Resinas, de São Leopoldo (RS), diz que o setor auto-motivo, principal consumidor de plásticos de engenharia e beneficiado pelas ações de incentivo do governo, impulsionou o seg-mento no país em 2012. “Contemplamos um bom desempenho, de crescimento e consolidação de parcerias”, avalia. Mas ele concorda que o consumo ainda é incipiente com relação aos países mais desenvolvi-dos e destaca que há bastante espaço para

crescimento, já que o segmento automoti-vo no Brasil segue a tendência acelerada dos países desenvolvidos na migração do metal para o termoplástico. “O trabalho de desenvolvimento dentro das montadoras está sendo realizado continuamente, o que é fundamental para possibilitar o avanço desejado”, diz.

O distribuidor comenta que os plás-ticos de engenharia são bem aceitos no mercado, mas é a necessidade de homo-logação que impulsiona a sua utilização. Conforme Rösler, a questão do custo/be-nefício é benéfica para as empresas, pois é um mercado em que se agrega valor. “A Região Sul tem potencial para maior cres-cimento. Faz-se necessário uma proximi-dade maior do governo com o setor, no sentido de buscar e aplicar medidas para alavancar a região.”, afirma.

Para a Polyfast Polímeros, que atua na comercialização do polímeros de enge-nharia desde 2002, a região Sul continua estagnada em relação a utilização dos plásticos de engenharia, devido à falta de investimento, custo da mão de obra, entre outros fatores. Segundo o representante da empresa, Wagner Coentro, a participa-ção deste tipo de produto no Brasil ainda é bem inferior aos países desenvolvidos, existe espaço para crescimento. “O desem-penho em 2012 ficou ligeiramente inferior, ao redor de 2,0% em relação a 2011. No período de 2011/2010 o crescimento foi ao redor de 6,0%”, comenta.

Ele acredita que os plásticos de enge-

nharia de uma maneira geral não são bem vistos pela maioria dos transformadores, por não considerarem o aspecto de custo/beneficio em uma negociação. “A preocu-pação principal é com o preço. Não é leva-do em consideração o custo do processo, a qualidade”, explica Coentro.

Para a Ravago do Brasil, os plásticos de engenharia vêm crescendo desde o iní-cio de sua atuação na região, em 2007, em dois dígitos todos os anos. E que em 2012 a situação não será diferente. “O mercado brasileiro, também acompanha a tendência mundial, mostrando crescimen-to no ETP, não somente pelo crescimento do nosso mercado, principalmente o au-tomobilístico, mas também pela natural necessidade de produtos mais duráveis, de maior performance, menor peso, e com menor consumo de energia”, diz o repre-sentante da empresa, Pedro Machion.

Ele comenta que o ETP vem substi-tuindo materiais tradicionais, principal-mente o metal. Acrescenta que esta ten-dência deve continuar ainda por muitos anos, devido às suas características, além do desenvolvimento constante de novos grades, mais específicos para cada aplica-ção. Sem contar a flexibilidade do produ-to e na facilidade de adaptação às novas exigências do mercado.

“Ainda temos muito espaço para o crescimento, não necessariamente pelo acompanhamento do crescimento dos mercados, mas pela sua utilização em no-vas peças e aplicações”, destaca Machion.

Sustentabilidade é um dos

pilares da DSM, comenta Andrea

Serturini

Plásticos de Engenharia

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Nesse ponto, as blendas e alloys que fa-zem parte dos ETP’s, terão uma atenção especial dado à flexibilidade de atender a características de desempenho bem espe-cificas para cada aplicação.

Como o Brasil conta com grandes em-presas globais, é natural que o mercado receba aplicações que estão sendo desen-volvidas fora do país em lugares de maior desenvolvimento tecnológico. “A indústria

automobilística é uma delas, e a principal consumidora dos ETP’s, que pela sua glo-balização vai continuar esse processo. Nos países desenvolvidos, claro que esse cres-cimento será reduzido e até negativo em função da crise econômica, mas o futuro sempre tenderá a materiais mais leves e de maior desempenho”, afirma Machion.

Para Machion os transformadores brasileiros ainda buscam mais o produto pelo custo e não pelo custo/beneficio. Ele acredita que a única forma de evitar isso é através da introdução de normas e especi-ficações rígidas de desempenho, o que já é bem difundido nas indústrias automo-bilística e eletroeletrônica. “Entretanto já estamos sentindo essa modificação de com-portamento e hoje com certeza já estamos num estágio bem mais avançado em termos

Wagner Coentro, da Polyfast, observa que os transformadores ainda priorizam o preço das resinas

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dessa percepção do que éramos há 10/15 anos e deveremos continuar nessa direção até por que há uma crescente pressão do mercado consumidor”, afirma.

Neste ponto, o executivo vê um dife-rencial na Região Sul. “É bem mais focada nessa questão de desempenho de materiais, pelo grau de maior exigência de seus con-sumidores, tendo assim uma contribuição muito forte para atingirmos patamares de primeiro mundo”, diz.

Novas exigênciasdo consumidor

A ascensão da Classe Média brasi-leira e seu grande consumo já é assunto batido. O setor de plásticos, natural-mente, ganha muito com isso, seja em produto ou mesmo em embalagens. No que diz respeito a plásticos de enge-nharia, há boas perspectivas, especial-mente em função dos automóveis e da linha branca, ligados diretamente aos desejos e necessidades desses novos clientes. Além disso, há a perspectiva de maior exigência do consumidor em relação à qualidade dos produtos de modo geral. Veja a opinião dos executi-vos sobre isso:

Para Marcos Curti, da Rhodia, os plásticos de engenharia acompanham o crescimento do consumo, particularmen-te no segmento automotivo. Os veículos tendem a ficar mais sofisticados, o que trará novas aplicações a este segmento.

Ricardo Knecht, da SABIC fala da classe média em ascensão e estima que este público deve chegar a 143 milhões de pessoas, ou 73% da população do Brasil até 2014. Segundo ele, a classe média ascendente cria novas deman-das de bens de consumo e eletrônicos, saúde e outros serviços, como bancos, habitação de qualidade superior e au-tomóveis. “Quase todos (estes ítens) requerem algum elemento de uma solu-ção de engenharia termoplástica”, des-taca. Acrescenta ainda que muitos usam commodities e ETP. “A classe média em ascensão também tem impulsionado a expansão contínua do mercado automo-tivo. Vemos uma série longa, previsão de produzir 3,6 milhões de unidades em 2014 no Brasil, acima dos 3,1 milhões de unidades em 2011”, comenta. Kne-cht salienta que a América do Sul é o

quarto maior mercado de vendas de au-tomóveis e o sexto maior produtor e há um investimento previsto de mais de $ 26 bilhões entre 2010 e 2015.

Luiz Roxo, da Basf, confirma o au-mento do consumo dos plásticos de enge-nharia. Como exemplo cita a utilização na indústria automotiva, na qual a demanda por material polimérico de alto desempe-nho vem crescendo. “Além disso, há mais espaço no mercado para os plásticos de engenharia devido à própria exigência da população por produtos de melhor quali-dade e acabamento superficial, durabili-dade e vantagens práticas e sustentáveis, o plástico consome menos energia para processamento quando comparado ao me-tal e a facilidade de obtenção de formas e designs é maior ”, salienta.

Carlos Benedetti Jr, da Nova Trigo, observa que cresce o consumo dos plás-ticos a medida que os mercados crescem como um todo, “acredito que não na mes-ma proporção, mas existe um crescimento natural à medida em que se vende mais eletroeletrônicos, veículos, alimentos e também em plásticos de engenharia.”

Andrea Serturini, da DSM, fala que a ascensão da classe média fez com que estas pessoas possam ter acesso a bens de consumo que antes não ti-nham. “Principalmente nos segmentos eletroeletrônico, aparelhos para a sua casa e automotivo (carro, moto). Nos-sos materiais se encaixam nessa cadeia produtiva”, comenta.

Miguel Rösler, da APTA, explica que existe um mercado muito acirrado e mui-to disputado. “À medida em que temos a ascensão de uma classe, que passa a ter poder aquisitivo de compra de produtos que privilegiam a utilização de materiais de engenharia, isto contribui diretamen-te para o consumo de produtos de maior valor agregado”.

Wagner Coentro, da Polyfast, comen-ta que os plásticos de engenharia também foram beneficiados com a ascensão da classe média brasileira e aumento de po-der aquisitivo, visto o aumento crescente da produção de veículos, pelo menos até 2011, e da indústria de produtos da linha branca, grande usuária desses plásticos. “Com a nova política industrial automo-bilística, onde a produção local tende a ser beneficiada (segmento de autopeças), esperamos um crescimento ao redor de 5 a 8,0% ao ano”, prevê.

Pedro Machion, da Ravago, diz que a ascensão da classe média, sem dúvida, trará benefícios a todos os materiais, mas em especial aqueles que oferecerem melhor custo/benefício, na medida que essa ascensão exigirá produtos de me-lhor desempenho com menor custo, onde os ETP’s se encaixam melhor em relação às commodities.

Fernando Caribé, da Sasil, fala que à medida em que o consumidor aumenta o seu poder de consumo, uma parte dessa classe vai consumir produtos de melhor design e desempenho.

Luis Carlos Sohler, da Bayer, salien-ta que o consumo per capita de policar-bonato ainda é pequeno no Brasil, na comparação com regiões desenvolvidas. “A Bayer acredita que os policarbonatos podem crescer duas vezes o crescimento do PIB por anos seguidos, como já de-monstrado historicamente”, salienta.

Copa e Olimpíadasnão estimulam o setor

Todos os setores econômicos avaliam as mudanças que a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos trazem ao Brasil. Em rela-

Pedro Machion, da Ravago, prevê o crescimento dos ETP’s

Plásticos de Engenharia

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ção a plásticos de engenharia, no entanto, não há grande empolgação. “Para o setor de plásticos, em especial plásticos de en-genharia, houve uma pequena percepção de vantagens em relação à realização des-ses mega eventos no Brasil”, observa Luiz Roxo, da BASF. Andrea Serturini, da DSM, diz que a empresa teve algumas pesquisas com relação à matéria-prima para a produ-ção de bancos para estádios. “De uma for-ma geral, a demanda de todos os setores onde encaixa os plásticos de engenharia serão beneficiados com estes eventos de grande porte”, comenta.

“Ainda não temos nada relevante a informar nesse sentido. A construção civil é também um importante consumidor de plásticos de engenharia, principalmen-te em peças elétricas e componentes de amarração”, avalia Marcos Curti, diretor da Rhodia. Gelson Oliveira, da JR Olivei-ra, diz que por enquanto não houve alte-ração nas vendas de peças plásticas para os eventos que o Brasil vai sediar, “não temos alteração nenhuma até o momen-

to”. Esta também é a opinião de Fernando Caribe, da Sasil. “Por enquanto, nenhum efeito”, comenta.

Wagner Coentro, da Polyfast, acre-dita que a Copa e Olimpíadas trarão al-gum crescimento para determinados tipos de plásticos de engenharia, como o PC, mas com impacto bem inferior às resinas commodities. Esta é a mesma opinião de Miguel Rösler, da Apta Resinas: “O merca-do de commodities é o mais privilegiado e irá se beneficiar com os investimentos para a Copa e Olímpiadas em larga escala. Os plásticos de engenharia também terão o seu lugar, mas em uma escala menor. Há espaço e sem dúvida será benéfico para o setor”, salienta.

Para Pedro Machion, da Ravago, os eventos trarão a necessidade de adap-tação dos nossos espaços aos níveis in-ternacionais, atraindo especificações e necessidades de produtos de maior de-sempenho. “O grande exemplo disso é a necessidade das cadeiras dos novos es-tádios terem maior resistência mecânica,

resistência a raios UV e anti –chama, exi-gência essa até então não contemplada. Com isso a introdução de resinas com essas características fará o mercado de-senvolver novas produtos e blendas para atender a essas exigências”, afirma.

Luis Carlos Sohler, da Bayer, tam-bém tem uma visão mais positiva, des-tacando que os mega eventos que serão realizados a curto prazo no país trazem uma grande oportunidade de expansão das aplicações, em especial nas áreas de transporte/mobilidade e infraestrutu-ra. “Os grandes eventos previstos para o Brasil vêm proporcionando um cresci-mento de mercado e vendas, que deve continuar nos próximos anos, principal-mente nos setores de eletroeletrônicos, construção civil (com a construção de estádios), toda a parte de dispositivos elétricos para obras como o Programa Minha Casa, Minha Vida, além de obras de mobilidade urbana e também no se-tor automotivo, que já vem registrando recordes de vendas”, afirma.PS

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Menos custos com mais qualidade

Cadeia produtiva do plástico está investindo em soluções e equipamentos para diminuir os gastos com a produção sem alterar a qualidade do produto final.

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Resinas Maxio da Braskem prometem

melhor desempenho para vários setores,

como o de brinquedos

Reduzir custos é uma ideia perma-nente na cabeça de qualquer em-presário. Os mais experientes, no entanto, sabem que de nada adian-

ta fazê-lo se junto com o preço decair a qualidade dos produtos. Nesse caminho, só existe um final: cliente insatisfeito. Por isso, no setor plástico, os fornecedores de matéria-prima criam produtos que permitam aos transformadores usar menos material, acelerar e até eliminar etapas dos proces-sos, enquanto estes investem em projetos e técnicas que pesem menos no bolso, como redução do consumo de energia e substitui-ção de materiais, mas apresentem resulta-dos iguais ou mesmo melhores.

A Braskem, por exemplo, lançou no segundo semestre de 2012 um selo para as resinas que maximizam a competitividade de seus clientes e contribuem ao desen-volvimento sustentável, outra exigência dos mercados. “A família Braskem Maxio® identifica as resinas, dentro do seu portfó-lio, que oferecem melhor desempenho em suas aplicações por meio da possibilidade de redução de custos de produção, por con-sequência da maior eficiência, e que pro-porcionam ganhos ambientais reduzindo o impacto no processo de transformação”, explica o coordenador de Marketing PP da Braskem, Marcus Trisotto.

Ele comenta que isso é possível graças à evolução contínua das resinas, preservan-do ou melhorando propriedades mecânicas, químicas e óticas de produtos acabados. Inicialmente, 11 resinas de polipropileno e EVA farão parte desta família, algumas já são comercializadas, com as seguintes melhorias: redução do consumo de ener-gia, processamento a temperaturas mais baixas, aumento de produtividade na trans-formação, redução no ciclo produtivo e até eliminação de etapas produtivas. Além da redução de peso e no uso de matéria-prima com a manutenção das propriedades esta-belecidas para o produto final.

“Estamos comercializando com clien-tes de Injeção (utilidades domésticas, po-

tes e tampas, brinquedos, eletrodomésti-cos, etc.) e de Calçados por todo o Brasil. Já vendemos mais de 40.000 toneladas de resinas que possuem o selo Maxio® no país desde as melhorias feitas em nosso portfó-lio”, revela Trisotto. O executivo ressalta que o retorno tem sido muito bom. Ele fala que a Braskem tem auxiliado diversos clien-tes a alcançarem ganhos através da Enge-nharia de Aplicação. “Conforme demons-tramos estes ganhos, eles imediatamente alteram suas condições de processo para condições de maior competitividade, atra-vés de menor gasto de energia pela redução de temperatura, aumento da produtividade ou ambos”, garante.

Trisotto reafirma que o foco do Selo

"Consumir menos energia é um grande benefício ambiental, doméstico e empresarial. Projetos e técnicas que atendam a esta demanda são sempre muito bem-vindos."

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Tigre vai investir na redução do

consumo de energia, destaca

Rogério Kohntopp

Maxio® é competitividade alinhada à sus-tentabilidade. Com a redução de tempera-tura e maior produtividade, o cliente reduz custos industriais (maior competitivida-de), utiliza menos recursos naturais vin-culados ao processo (menos energia para aquecimento de máquinas, trocadores de calor, etc.) e até elimina etapas de produ-ção agressivas ao meio ambiente (como a eliminação da emissão de ozônio na cura de solados). “Sobre qualidade de produto, não há perda, até o contrário, em vários casos é superior à versão anterior, seja em propriedades mecânicas, aspecto visual (peças transparentes) ou maior qualidade na colagem de solados no produto final, por exemplo”, explica. Acrescenta ainda que estão previstos mais dois lançamentos para o início de 2013, nos segmentos de ráfia e descartáveis.

Investindo para consumir me-nos energia - Consumir menos energia é um grande benefício ambiental, doméstico e empresarial. Projetos e técnicas que aten-

dam a esta demanda são sempre muito bem--vindos. Pois a Tigre, multinacional brasilei-ra líder na fabricação de tubos, conexões e acessórios no país, investirá R$ 5,9 milhões em 2013 para implementar um projeto que visa a redução do consumo de energia elé-trica na unidade fabril em Joinville (SC) e melhor performance na produção.

A economia prevista é de 5 mil MWh por ano, 10,54% do consumo anual. Quatro equipamentos de grande porte serão subs-tituídos e outros 80 sofrerão alterações tecnológicas. Todos fazem parte do par-que fabril de tubos e conexões da Tigre e serão encaminhados para reciclagem pela própria empresa. As mudanças não vão in-terferir no volume de entrega do processo de produção, algo importante a destacar. “Transformamos cerca de 50 mil toneladas/ano nessa unidade e, com essa renovação,

vamos conseguir diminuir nossos custos e aumentar a competitividade”, afirma o di-retor corporativo de tecnologia e qualidade da Tigre, Rogério Kohntopp.

O projeto, financiado pela Centrais Elétricas de Santa Catarina (CELESC), foi escolhido em primeiro lugar no estado, por meio da ação Indústria + Eficiente, que in-centiva a indústria para investir em progra-mas de eficiência energética.

Kohntopp diz que está muito satis-feito pelo fato do projeto ter sido sele-cionado com uma nota alta seguindo os critérios da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e porque dará continuida-de e fortalecerá os programas de redução de consumo de energia da Tigre, iniciados em 2011. Uma das metas é diminuir a de-manda em cerca de 600 kW no horário de pico do uso da energia.

Já em 2011, a Tigre estabeleceu um plano de renovação tecnológica com o ob-jetivo de reduzir o consumo de energia em suas plantas no Brasil. Um dos projetos foi desenvolvido em parceria com a WEG, fabri-cante de equipamentos eletroeletrônicos, para substituir 318 motores convencionais pelos de alto rendimento (W22 Premium). A empresa conseguiu reduzir uma média de 5,8% do consumo de energia em cada má-quina alterada. Esse trabalho foi finalizado em 2012 e a economia esperada é de apro-ximadamente R$ 450 mil por ano.

Em 2010, a Tigre finalizou outro pro-jeto que envolvia a alteração do sistema de resfriamento do processo produtivo de inje-

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Caixa da bobina com diâmetro de dois pés

da BritePointe, feita com resina Cycoloy

C6600, da Sabic

ção, onde também se aproveitou a oportu-nidade para a instalação de torres de resfria-mento secas no lugar de antigos chillers, o que diminuiu também o consumo de água. A economia anual dimensionada é de 1,5 milhão de quilowatts e 38.880 m³ de água.

Iluminação por LED - Ainda fa-lando sobre iluminação, o plástico se mos-tra um bom aliado às lâmpadas LED. Em 2012, a Unidade de negócios Innovative Plastics da Sabic anunciou uma parceria com a BritePointe, da Califórnia (Eua), fa-bricante pioneiro de diodo emissor de luz (LED) de estado sólido para lâmpadas e lu-minárias. A BritePointe selecionou a resina Cycoloy C6600 - uma blenda polimérica de policarbonato/acrilonitrila-butadieno-es-tireno (PC/ABS) - na cor cinza para a fa-bricação da caixa da bobina com diâmetro de dois pés (60 cm), fornecendo melhores condições para o resfriamento do sistema de iluminação HyBeem e a resina Lexan* FXD de policarbonato transparente para a tampa superior do equipamento.

A flexibilidade de design da resi-na Cycoloy possibilitou que a BritePointe criasse uma solução sofisticada, com a tec-nologia de gerenciamento térmico (patente pendente) integrada ao sistema de ilumi-nação. A moldagem já na cor permitiu a

empresa evitar impactos ambientais e de custos provenientes de processos de pintu-ra. A seleção de resina Lexan FXD para esta aplicação também mostra a viabilidade do PC para o uso em novas aplicações de LED tais como lentes, tampas e refletores.

A BritePointe selecionou essas tec-nologias de resinas por serem consideradas avançadas em relação ao alumínio tradi-cional por conta de seu baixo peso, exce-lente desempenho e excepcional liberdade de projeto - características essenciais para a integração de um sistema de gerencia-mento térmico em processo de aprovação de patente. Graças aos materiais da Sa-bic, uma lâmpada de LED cilíndrica com iluminação direta (modelo HyBeem da

BritePointe) consegue reduzir o consumo de energia em até 65 por cento quando comparada as luminárias de descarga de alta intensidade (High Intensity Discharge - HID) e lâmpadas fluorescentes, durando até cinco vezes mais e reduzindo poten-cialmente os custos de manutenção.

A iluminação por LED Hybeem da Bri-tePointe proporciona níveis de iluminação equivalentes aos sistemas de fonte de luz por HID de haletos metálicos convencio-nais ou por vapor de sódio de alta pressão (high-pressure sodium - HPS) em um fator de forma similar porém com substancial economia de energia e tempo de vida útil em serviço de até 50.000 horas. Outras pos-síveis vantagens sobre os HIDs incluem o aprimoramento da segurança e da capaci-dade de "ligação instantânea" que suporta o uso de temporizadores e sensores geran-do economia de energia adicional. Os LEDs também evitam os problemas de ciclagem das lâmpadas de HPS.

Peças mais leves e resistentes - As resinas Lexan* e Cycoloy*, da Sabic, foram usadas no projeto de aprimoramento da tampa de motor do pulverizador agrícola Apache da Equipment Technologies (ET) em 2012. O produto foi desenvolvido para aju-dar a superar os problemas de desempenho associados ao uso da fibra de vidro e metal: rachaduras ou desbotamento decorrente da exposição a altas temperaturas e ao ultra-violeta (UV). A colaboração entre a Equi-pment Technologies, Allen Extruders, LLC, AMD Plastics e Sabic resultou na criação da

Tendências & MercadosOtimização

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chapa MV Alextra® da Allen Extruders - um material fabricado com a resina Lexan SLX coextrudada com a resina Cycoloy da Sabic e termoformado pela AMD.

A nova chapa foi capaz de reduzir o peso em até 140 libras (63.5 kg) em re-lação às versões anteriores da tampa de motor reforçada com fibra de vidro. A Equi-pment Technologies informou que a chapa Alextra-MV ajudou a resolver os problemas de rachaduras e arranhões que os clientes tinham com a tampa de motor reforça-da com fibra de vidro, levando a um nível maior de satisfação. Além dos elogios, foi sentido aumento nas vendas.

As resinas Lexan e Cycoloy também permitiram que a AMD criasse uma peça nova e elegante, integrando o para-cho-ques e a tampa de motor, proporcionando maior resistência ao impacto, a abrasão e a produtos químicos quando comparadas aos materiais tradicionais, o que ajudou a reduzir as reclamações de garantia. Ao mesmo tempo, a chapa Alextra-MV re-presenta uma alternativa superior aos materiais tradicionais, tais como o plás-tico reforçado com fibra e o composto de moldagem sólida, e evita a necessidade de pintura secundária e de acabamento ne-cessários quando se usa o metal.

A peça de cor customizada - medindo 93,25 pol x 49,52 pol x 56,13 pol (236,85 cm x 125,78 cm x 142,57 cm) - é usada em todos os três modelos de pulverizador Apache e é um exemplo das significativas vantagens de custo da termoformação em relação à moldagem por injeção em peças grandes, informa a Sabic.

Em suma, as duas resinas da SABIC utilizadas na chapa Alextra-MV desempe-nham papéis importantes no desempenho geral da tampa de motor do Apache. Além da camada pré-colorida, a resina de policar-bonato (PC) Lexan SLX proporciona exce-lente resistência às intempéries, inclusive UV e resistência ao calor, ao impacto e aju-dar a promover um acabamento de superfí-cie de alta qualidade. A resina Cycoloy, uma mistura de PC e acrilonitrila-butadieno-es-tireno (ABS), proporciona alta resistência ao impacto e alta capacidade de deflexão térmica, o que é particularmente importan-te para os fabricantes que procuram aten-der o nível intermediário e final das normas de emissão de calor da U.S. Environmental Protection Agency (EPA ).

Maior eficiência - Além dos ma-teriais e técnicas, a atualização em relação a máquinas é um investimento importan-te para quem quer gastar menos. Newton Zanetti, da Pavan Zanetti, de São Paulo, diz que os equipamentos de sopro vêm so-frendo diversas modificações ao longo do tempo na tentativa de redução de custos e melhoria de qualidade.

Ele fala que devido aos esforços dos fabricantes de máquinas sopradoras, foi possível alcançar controles de espessura de parison mais eficientes no intuito de baixar o peso de frasco ao limite aceitável em termos de qualidade e resistência físi-ca . “Quando esgotamos esse caminho, a solução foi aumentar a produtividade dos equipamentos com soluções de máquinas mais rápidas, mais eficientes e também com maior capacidade de cavidades de moldes”, afirma o diretor.

Esse caminho tem levado a constru-ções de máquinas cada vez maiores e efi-cientes. Como a preocupação atual é com o consumo de energia, reforça Zanetti, bus-cam-se sistemas que possibilitem economi-zar energia elétrica, principalmente na mo-vimentação dos carros porta moldes, cada vez maiores e com necessidade de maiores quantidades de energia para movimentá-los e pará-los de forma eficiente.

“Já existem no exterior e em breve estarão disponíveis no mercado interno, por fabricantes nacionais (incluindo a PZ), máquinas com acionamentos totalmente elétricos com uso de servo motores ou má-quinas híbridas com acionamento eletro/mecânico e hidráulico. Esse é o atual ce-nário do setor que deve se encaminhar para essa tecnologia, ainda um pouco cara, mas que acreditamos seja inevitável”, avalia. E comenta, que somando os esforços para redução de peso, aumento de capacidade produtiva e eficiência energética, “temos aí um resumo de tudo que está sendo de-senvolvido para a redução de custos sem alteração de qualidade”, avalia.

Para Zanetti, é importante ressaltar que os esforços para redução de peso e eficiência energética vieram acompanha-dos da automatização da produção, com linhas integradas de produção, teste de vazamentos, etiquetagem ou impressão. “E por fim, ensacamento das embalagens produzidas automatizadas com redução da mão de obra”, finaliza o empresário.PS

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A diretoria do Sindicato das In-dústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás) e da Plastech Brasil 2013 - Fei-

ra de Tecnologias para Termoplásticos e

Prefeito de Caxias do Sul recebe o Simplás

Institucional

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Termofixos, Moldes e Equipamentos - foi recebida pelo prefeito de Caxias do Sul (RS), Alceu Barbosa Velho. O grupo do Simplás liderado pelo presidente Orlan-do Marin, contou com a participação do vice-presidente Jaime Lorandi e dos di-retores Arnaldino Broliato, Josemar Bo-eira e Ricardo Polo, além de Célia Marin, coordenadora da Plastech Brasil. Tam-bém acompanharam o encontro o chefe de gabinete Manoel Marrachinho e os secretários Carlos Búrigo (Gestão e Fi-nanças), Francisco Spiandorello (Desen-volvimento Econômico, Trabalho e Em-prego), Adivandro Rech (Meio Ambiente) e o presidente da Codeca, Valter Webber.

Na ocasião, Marin apresentou os números do sindicato, que tem 24 anos de história. “Caxias é o 2º polo plástico do Brasil, considerando a base territorial de atuação. Temos aqui 500 empresas no setor que geram 12 mil empregos”, informou. O presidente do Simplás tam-bém reforçou a continuidade das par-cerias com o Poder Público Municipal, como no projeto Recicla Plastech Brasil e na realização da quarta edição da Fei-ra Plastech Brasil, em agosto de 2013.

Além disso, o dirigente fez um resumo dos projetos que contam com a parceira do Simplás junto à Codeca e às Secre-tarias de Educação; Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Emprego e Meio Ambiente, e elencados novos projetos que devem ser desenvolvidos na área de reciclagem e consciência ambiental.

O prefeito agradeceu a visita da co-mitiva do sindicato e destacou que, “a porta está sempre aberta para as parce-rias com o Simplás”.

Plastech BrasilOs organizadores da feira estimam

que a mostra deste ano deve ter um crescimento de aproximadamente 40%, abrangendo os segmentos de interesse do setor, reunindo empresários, técni-cos, administradores, compradores, es-tudantes e entidades de classe ligadas ao plástico.

A primeira edição da Plastech, re-alizada em 2007, contou com 150 em-presas expositoras que apresentaram mais de 250 marcas, com visitação de 11.000 pessoas. Em 2009, a feira teve um crescimento significativo, conside-rando principalmente o momento econô-mico que antecedeu o evento. Participa-ram da segunda edição 220 expositores e 18.000 visitantes. Já a terceira edição da mostra, realizada em 2011, teve 250 expositores, e um público de mais de 22.000 visitantes.

Marin (à direita) apresenta osnúmeros e as açõesdo Simplás ao prefeitode Caxias do Sul

Institucional

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No embalo da economiaA cadeia produtiva do plástico sente as oscilações da economia interna e externa que impactaram a indústria nacional em 2012, mas está otimista para 2013.

DESTAQUE Perspectivas

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Roriz afirma que vários fatores

impactaram o setor em 2012, como a

crise na Europa

O ano de 2012 foi marcado por uma série acontecimentos no cenário econômico nacional e internacional que afetaram o

desempenho do setor de transformados plásticos. Estas são as palavras do presi-dente da Associação Brasileira da Indús-tria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho.

No cenário nacional, Roriz obser-va que 2012 foi marcado por um fra-co desempenho da produção industrial brasileira, principalmente no primeiro semestre do ano, afetando diretamente os resultados do setor de transformados plásticos, “já que esses produtos são uti-lizados predominantemente como insu-mo nos mais diversos setores”, comenta. Já a segunda metade do ano, segundo o dirigente, esboçou sinais de recupera-ção, porém no acumulado do período o desempenho da produção da indústria da transformação brasileira ficou 2% abaixo do volume registrado em 2011.

Outro fator destacado por Roriz, foi a mudança do câmbio, passando de R$ 1,6 para R$ 2,08, trazendo reflexos negativos e positivos para o setor. O presidente ex-plica que o valor das resinas é formado a partir do preço praticado no mercado internacional e, por conta disso, a alta no câmbio refletiu também no preço pratica-do na matéria-prima doméstica. Por outro lado, ele comenta que um nível de câm-bio mais adequado para competitividade industrial brasileira reflete positivamente com o ganho de dinamismo da produção doméstica e incremento da demanda por transformados plásticos.

De acordo com o dirigente o pre-ço de matérias-primas plásticas também foi afetado pelo aumento da alíquota de importação de 14% para 20% dos polie-tilenos (PE), que representam 43% do consumo de resinas plásticas no Brasil, utilizadas na fabricação de embalagens para alimentos, produtos agrícolas, pro-dutos para indústria eletroeletrônica, au-tomotiva, entre outros. “A inclusão desses produtos na lista de elevação temporária

da TEC (Tarifa Externa Comum) no segun-do semestre de 2012 foi mais um fator de apreciação do preço dessas resinas no mercado interno já que esse aumento im-pacta o preço de internação que compõe a precificação dessas matérias-primas no mercado doméstico”, acrescenta.

Na área internacional, o presidente da Abiplast comenta que a crise econô-mica europeia retraiu o consumo, prin-cipalmente dos países da Europa e nos EUA. Consequentemente os grandes pro-dutores globais, que tradicionalmente exportavam para estes países, direciona-ram os seus excedentes para os mercados consumidores emergentes como o Brasil. “Essa concorrência ocorre no mercado interno (através das importações brasi-leiras), bem como na concorrência em mercados onde o Brasil tem potencial exportador”, observa Roriz.

O consultor Otávio Carvalho, da Ma-xiquim, também destaca a recessão euro-peia entre os acontecimentos econômicos que afetaram o setor plástico. Ainda no cenário internacional, Carvalho acrescen-ta a desaceleração da economia chinesa e a lenta recuperação americana. Já no cenário nacional, o especialista aponta a invasão dos importados (apesar da alta do dólar), as dificuldades da indústria manu-fatureira, a desaceleração dos investimen-tos do setor privado, as dificuldades das estatais de por seus planos de investimen-to em andamento e a lentidão das refor-mas, principalmente a tributária.

Impacto - O setor petroquímico também sentiu os abalos da economia internacional. O responsável por estraté-gia, marketing e gestão de desempenho da Braskem, Rafael Christo, comenta que o setor plástico brasileiro em 2012 foi impactado diretamente pela crise mun-dial, que ocasionou um aumento dos ex-cedentes de produção nos países desen-volvidos e naqueles que têm foco no seu abastecimento, direcionando este fluxo a alguns países emergentes. Ele explica que o resultado desta nova ordem do merca-do foi o aumento das ofertas de produ-tos importados no Brasil, com economia relativamente melhor que nestes países, e redução dos spreads petroquímicos. “Ainda no âmbito da economia interna-cional, o movimento de desvalorização da moeda com intuito de elevar a produção e exportação em alguns grandes centros produtivos também gerou algum impacto na competitividade do setor plástico no Brasil, dificultando as exportações e por vezes a plena utilização da capacidade dos ativos petroquímicos e da transfor-mação”, complementa.

A indústria de plásticos nacional é responsável por aproximadamente 45% do faturamento da Braskem (base Bra-sil). As exportações, por outro lado, representam aproximadamente 25%, in-cluindo as vendas de resinas e petroquí-micos básicos. “Dentre os destinos des-tas exportações, os mais significativos para as resinas são os países da América >>>>

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Segundo Rafael Christo, a Braskem prevê crescimento da produção industrial em 2013

do Sul, sobretudo Argentina, e alguns países da Europa com destaque para Ale-manha e Espanha”, informa Christo.

Medidas econômicas – Para amenizar os efeitos negativos enfrenta-dos pela indústria nacional, com a ava-lanche de produtos importados no país, o governo federal criou o Plano Brasil Maior. A iniciativa é composta por vá-rias medidas que visam fortalecer a in-dústria brasileira diante da concorrência dos produtos importados. De acordo com o executivo, o objetivo é manter o cresci-mento sustentável da economia brasileira mesmo com o agravamento da crise inter-nacional e o encolhimento dos mercados.

Entre as medidas do plano, está a desoneração da folha de pagamentos de 15 setores da indústria que usam mão de obra intensiva, como têxtil, móveis, plásticos, material elétrico, auto-peças, ônibus, naval e aéreo. Os setores benefi-ciados passaram a contribuir com um per-centual de 1% a 2% da receita bruta em substituição à contribuição previdenciá-ria. A desoneração total anual estimada pelo governo é de R$ 7,2 bilhões.

O presidente da Abiplast destacou o esforço do governo de melhorar a com-petitividade da indústria brasileira, “por meio do Plano Brasil Maior, que dentre uma série de incentivos e de programas de financiamento também ampliou a de-soneração da folha de pagamentos, in-cluindo a partir de agosto de 2012 os produtos transformados plásticos”. Roriz acrescenta que aliado ao programa tam-bém houve redução da taxa de juros bá-sica da economia que saiu de 11,25% a.a em janeiro e encerrou o ano 7,25%, com perspectivas de que se mantenham nes-se patamar ao longo de 2013. “Ambas ações são importantes para o aumento da competitividade da indústria brasi-leira, porém os efeitos dessas medidas ainda não puderam ser plenamente com-putados”, comenta.

Redução de IPI – Entre as me-didas adotadas pelo governo federal, também está a redução de IPI para o setor automotivo e para linha branca. Conforme Roriz, estas ações foram im-portantes para manter o fôlego destes segmentos, “os quais mantiveram pedi-

dos e evitaram um desempenho ainda pior do setor de transformados plásticos em 2012”, salienta.

Ainda no setor automotivo, foi lan-çado o Inovar Auto. O programa prevê que todos os veículos comercializados no mercado interno passem a ter seu IPI aumentado em 30 pontos percentuais, se-jam veículos fabricados no Brasil ou veí-culos importados, percentuais esses que, entretanto, poderão ser reduzidos cum-prindo-se critérios estabelecidos. Para importações procedentes do Mercosul e México prevalecem os termos dos acordos de comércio com parâmetros de conteúdo regional, trade flex ou cotas, não incidin-do o adicional de 30 pp de IPI.

O programa estabelece diretrizes para as empresas e condições para redu-ção de até 30 pontos percentuais deste imposto àquelas que se habilitarem ao novo regime automotivo, proporcional ao crédito presumido de IPI gerado pelo volume de compras nacionais/regionais de insumos, materiais e ferramentais. O Inovar Auto também prevê a possibili-dade de obtenção de até 2% da receita líquida para as empresas que realizarem inversões adicionais em P&D, inovação e engenharia e capacitação de fornecedo-res. Poderão habilitar-se atuais fabrican-tes de automóveis, comerciais leves, ca-minhões e chassis com motor; empresas já instaladas e com projetos de novas fábricas para a produção de novos mo-delos; novas empresas com projetos de

instalação de fábricas no país; também empresas importadoras, estas com con-dições específicas.

A medida prevê uma melhoria de efi-ciência energética mínima obrigatória de 12% para os veículos leves até 2017, o que equivale a uma redução de 13,6% no consumo médio dos veículos no período. Esse é um objetivo relevante, segundo a Anfavea, que exigirá novos e intensos investimentos em pesquisa e desenvolvi-mento de novos materiais, novas tecno-logias e o lançamento de novos produtos, favorecendo a sustentabilidade. Esforços adicionais das empresas em favor da efi-ciência energética média de seus veículos – além dos 12% obrigatórios – poderão gerar reduções também adicionais de até 2 pontos percentuais de IPI.

O presidente da Abiplast também destaca a importância do programa para a evolução tecnológica dos veículos. Roriz fala que o Inovar Auto foi elabo-rado não para privilegiar apenas o uso de conteúdo local. Estabelece metas a serem cumpridas pelas montadoras com o investimento em pesquisa e desenvol-vimento, em engenharia, em tecnologia industrial básica e na capacitação de fornecedores. Além da melhoria do de-sempenho dos automóveis com redução de consumo e melhorias tecnológicas. “São essas preocupações manifesta-das nas metas do programa que deixam mais otimista a indústria fornecedora de componentes plásticos para indústria automotiva, para que realmente ocorra investimento e esse seja convertido em um salto tecnológico e consequente au-mento de competitividade”, acrescenta.

A Anfavea acredita que o programa impactará positivamente nos produtos e na produção automotiva no País, in-clusive com o desenvolvimento de com-ponentes de alta tecnologia e de ele-trônica embarcada, buscando também maiores possibilidades para os veículos brasileiros no mercado internacional. A habilitação ao programa significará o compromisso das empresas e do setor

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Programa Inovar Auto visa o

desenvolvimento global do setor

automotivo no país

para o fortalecimento e desenvolvimen-to da cadeia – montadoras, autopeças e matérias-primas – através de mais in-vestimentos, desenvolvimento local e incorporação de tecnologias.

Inovar – Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Fer-ramentais (Abinfer), Christian Dihlmann, a associação, assim como outras entida-des do setor metalmecânico, participaram ativamente na elaboração do Inovar Auto, “a pedido do governo federal”, salienta. Ele conta que foi uma conquista para o setor ferramenteiro, obtendo a inserção do segmento nos itens a serem conside-rados na redução do IPI. “Estamos certos de que essas medidas, de forma geral, causarão impacto em toda a cadeia pro-dutiva de transformados plásticos e, por consequência, de ferramentais”, observa. Dihlmann acrescenta que as condições do programa serão uma grande alavanca para o desenvolvimento tecnológico, tan-to das empresas transformadoras quanto das ferramentarias. “O mercado já tem se movimentado e se percebe uma atenção especial dos potenciais clientes do setor automotivo na direção de buscar fornece-dores brasileiros de moldes. De maneira ainda tímida, já há negociações em anda-

mento”, fala o dirigente sobre os reflexos do programa em 2012.

Dihlmann acredita que o Inovar Auto trará benefícios para a indústria do plástico em geral, em especial para as matrizarias, pois menciona explicita-mente o setor ferramenteiro na lei. Mas acredita que o tempo de duração do pro-grama deveria ser maior, o novo regime automotivo é válido para o período de janeiro de 2013 a dezembro de 2017. “Penso que será necessário estendê-lo para um período mínimo de dez anos a fim de permitir o aprendizado, prepara-ção e implantação de melhorias no par-que fabril nacional e na capacitação de profissionais. Um período de cinco anos

é insuficiente para formação de uma ge-ração de novos empreendedores e para a melhoria da estrutura já disponível. Mas acredito que isso não seja impedimento para o crescimento do setor”, comenta. O presidente alerta, “o empresário não deve se conformar com a situação e sen-tar em berço esplêndido. Será necessário investir muito esforço e trabalho para, ao fim do programa, consolidar um setor forte, competitivo e sustentável”.

Medidas paliativas – Para os especialistas, as medidas adotadas pelo governo para incentivar a indústria na-cional em 2012 são paliativas, ou seja, ajudam mas não resolvem. O consultor >>>>

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Otávio Carvalho, da Maxiquim, diz que são algumas ações pontuais que resol-vem casos mais críticos, calcadas na premissa que o consumo na ponta vai sustentar o crescimento. “Mas não re-solvem as questões de fundo que citei anteriormente. São puxadinhos”, ironi-za. Segundo ele, para tornar as empresas nacionais mais competitivas é preciso repensar a questão tributária. “Seria um passo importantíssimo”, comenta. O consultor acrescenta ainda que o setor produtivo precisa de muito mais infra-estrutura logística, estradas adequadas, portos que funcionem mais rápido e fer-rovias. “Os empresários também tem seu tema de casa, mas é da porta para fora que estão escancaradas as ineficiências da indústria brasileira”, observa.

O presidente da Abiplast afirma que o aumento da eficiência da indústria bra-sileira de transformados plásticos passa prioritariamente por uma redução nos al-tos custos de se produzir no Brasil, come-çando pelo acesso à matéria-prima com

valores mais competitivos. “As resinas termoplásticas comercializadas no merca-do brasileiro tem um preço 35% mais alto do que o praticado no mercado interna-cional, o que já torna mais difícil a con-corrência do produto fabricado no Brasil frente ao concorrente externo”, Roriz.

O dirigente desabafa. Diz que o Brasil já passou ao status de um dos principais países produtores de petróleo e conta com uma indústria petroquímica consolidada e com atuação global. Sen-do assim, seria mais interessante para o país e para a própria cadeia petroquími-ca o estabelecimento de uma estratégia que contemplasse o fortalecimento e o aumento da competitividade de toda a cadeia, “ao invés de manter uma lógica simplista de maximizar o ganho sobre o preço da matéria prima vendida no mer-cado brasileiro e manter grandes volu-mes de exportações (a preços interna-cionais)”, destaca.

Segundo Roriz, a alta carga tributá-ria e a complexidade do sistema tributá-

rio são outros fatores que reduzem a com-petitividade da indústria. “No caso dos transformados plásticos, esses produtos não contam com uma situação isonômica em relação às demais matérias-primas, o que causa uma série de distorções e acú-mulos de créditos tributários ao longo da cadeia”, comenta o dirigente.

Ainda no tema tributário, o presi-dente conta que os impostos são reco-lhidos antes do recebimento das vendas realizadas pela indústria. “Esse descasa-mento entre pagamento e recolhimento impacta no fluxo de caixa das empresas, que precisam usar seus recursos para rea-lizar esse pagamento”, informa.

Entre os obstáculos a serem venci-dos, para tornar a indústria nacional mais eficiente, o dirigente aponta o alto valor da energia elétrica e os elevados custos com logística e infraestrutura. “Estamos otimistas que as ações atualmente adota-das pelo governo para reduzir os preços da energia elétrica, bem como a criação da Empresa de Planejamento e Logística e os

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Braskem vislumbra

aumento no consumo de

plásticos

planos de melhoria para implementação a partir de 2013 tenham impactos positivos na melhoria do ambiente competitivo da indústria brasileira”, destaca Roriz.

Perspectivas positivas – Ape-sar de 2012 ter sido um ano difícil, as previsões para o ano que se inicia são otimistas. Roriz prevê um crescimento na produção de transformados plásticos, mas na questão da concorrência internacional acredita na manutenção da situação de aumento da participação dos importados no consumo nacional de plásticos.

De acordo com o dirigente, a produ-ção física terá um avanço de 1% frente a 2012 e o percentual de aumento do con-sumo aparente, estimado em termos no-minais será de 7,8%, com avanço de 13% nas importações de transformados plásti-cos. “O setor de transformados plásticos vai gerar cerca de 10 mil novos postos de trabalho em 2013 encerrando o ano com 370 mil trabalhadores empregados nesta indústria. Os investimentos conti-nuarão no mesmo patamar do observado em 2012”, complementa.

Para a Braskem as perspectivas para a economia e cenário regional é de cres-cimento superior ao que foi observado em 2012, com expectativa de crescimento de

PIB brasileiro superior a 3,0%, com maior influência do crescimento da produção industrial. Este contexto levará a um au-mento do consumo de plásticos, associado não só ao crescimento da indústria, como dos serviços (efeito em embalagens) e no setor agrícola com crescente aplicação do plástico às suas operações. “A previsão de crescimento da demanda por plásticos deve ficar entre 3% e 4% para o ano de 2013”, estima Rafael Christo.

O executivo comenta que no contexto brasileiro, o ambiente de negócios tende a ser mais positivo para a indústria nacio-nal à medida que as ações governamentais realizadas surtam efeito, como a desone-ração da folha de pagamento, redução dos

custos da energia e a medida, através da PRS 13/12, de reduzir os benefícios em impostos de produtos importados gerados pela guerra dos portos, “todas em alinha-mento à intenção de mitigar alguns gaps em questões estruturais”, salienta. Ele acrescenta que adicionalmente em 2013 existe a expectativa da evolução do Pro-grama Brasil Maior, incentivando a produ-ção, a modernização e avanço na competi-tividade de nosso parque industrial.

Ainda de acordo com Christo, no contexto internacional, o cenário para o setor também deve ser mais positivo iniciando um movimento de retomada de níveis maiores de crescimento que virão no ciclo dos próximos anos. PS

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A Ford apresentou o protótipo de um capô de fibra de carbono como parte da pesquisa de novos materiais para reduzir o peso e o consumo de combustível dos automó-veis. Esse material leve e super-resistente geralmente é

associado a carros de corrida ou superesportivos.O capô de fibra de carbono pesa 50% menos que a peça

convencional feita de aço. Com o desenvolvimento de novos processos que tornam o seu processo de fabricação mais rá-pido, os engenheiros do Centro Europeu de Pesquisa da Ford deram um grande passo para a introdução desse material na linha de montagem.

"Não é segredo que a redução de peso dos veículos beneficia

a economia de combustível, mas até hoje não foi desenvolvido um processo suficientemente rápido e acessível para a produção de peças de fibra de carbono em larga escala", diz Inga Wehmeyer, engenheiro de pesquisa de processos e materiais da Ford Europa. "Em parceria com especialistas de materiais, a Ford está traba-lhando para desenvolver uma solução que permita a produção de componentes de fibra de carbono com menor custo."

ParceriasO Centro Europeu de Pesquisa da Ford é parceiro do pro-

jeto de pesquisa Hightech.NRW e firmou uma parceria com a Dow Automotive Systems para a pesquisa de novos materiais,

Fibra de Carbono em automóveis

Tecnologia

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processos de design e técnicas de manufatura.A parceria entre a Dow Automotive Systems e a Ford têm

como foco desenvolver uma fonte econômica de fibra de carbo-no para aplicação automotiva e métodos de produção em larga escala, pontos críticos para aumentar a automonia dos futuros veículos híbridos e elétricos da Ford.

A fibra de carbono oferece uma excelente relação de resis-tência e peso. Ela é cinco vezes mais forte que o aço e duas vezes mais duro, com um terço do peso. O uso desse tipo de materiais é chave para o plano da Ford de reduzir o peso de seus carros em 340 kg até o final da década.

"Há dois caminhos para reduzir o uso de energia nos ve-ículos: aumentando a eficiência na conversão do combustível em movimento ou reduzindo a quantidade de trabalho que o motor precisa realizar", diz Paul Mascarenas, chefe técnico e vice-presidente de Pesquisa e Inovação da Ford. "A Ford está atacando o problema da conversão por meio da redução do ta-manho dos motores, com o EcoBoost e eletrificação, enquanto a redução de peso e a aerodinâmica aprimorada são chaves para reduzir a carga de trabalho."

ProjetoA parceria da Ford com o projeto de pesquisa Hightech.NRW

envolve especialistas dos Institutos de Engenharia Automotiva na RWTH Aachen University, Henkel, Evonik, IKV (Instituto de Processamento de Plásticos), Composite Impulse e Toho Tenax.

Financiado pelo estado alemão da Renânia do Norte, o projeto começou em 2010 e está programado para continuar até setembro de 2013. E já fez progressos significativos em suas metas, que incluem o desenvolvimento de um método econômico de fabricação de compostos de fibra de carbono para aplicação em paineis, diminuição do tempo de produção de componentes e acabamento e redução do peso do compo-nente em pelo menos 50%.

O novo processo pesquisado utiliza resina pré-formada de material têxtil de fibra de carbono para uma produção rápida, estável e flexível, com resultados de alta qualidade. Os testes iniciais de um protótipo de capô do Ford Focus feito de plásticos reforçados com fibra de carbono mostrou capacidade de atender os elevados padrões de rigidez, resistência e proteção contra acidentes da marca. Ele também mostrou bons resultados na proteção de pedestres, usando uma construção inovadora com núcleo de espuma especial entre duas camadas de plásticos re-forçados com fibra de carbono. "Esses resultados indicam que é cada vez mais real a possibilidade de termos, no futuro, a pro-dução em larga escala de automóveis com peças feitas de fibra de carbono", diz Inga Wehmeyer.

Novo capô reduz o peso dos veículos e beneficia a redução de combustível

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Amenities emembalagensbiodegradáveis

Muito mais do que surpreender os clientes com seus produtos inovadores, a Realgem’s Amenities – empresa especializa-da na fabricação de cosméticos para hote-laria – também está cumprindo sua função social e colocando no mercado produtos compatíveis com o meio ambiente.

É importante ressaltar que a indústria é pioneira em desenvolver e utilizar emba-lagens biodegradáveis para algumas de suas linhas através de uma inédita parceria com a RES Brasil, empresa especializada em tec-nologias inovadoras que tornam o plástico um produto compatível com a preservação do meio ambiente. A Res licencia empre-sas fabricantes de embalagens para uso das tecnologias e distribuí as matérias primas.

A parceria funciona da seguinte for-ma: a Res fornece o aditivo para que a Realgem’s produza as embalagens e pos-teriormente preencha os frascos com cos-méticos para entregar aos clientes. “Esta tecnologia é muito importante, pois mui-

tas embalagens plásticas são descartadas de forma inadequada na natureza. Com o d2w, proporcionamos às embalagens um período de tempo menor de biodegrada-ção e ao meio ambiente menos impactos negativos”, comemora o diretor comercial da Realgem’s, Mauro Carvalho.

Para se ter uma ideia, uma emba-lagem de shampoo e condicionador, por exemplo, que forem produzidas com a tecnologia d2w, degradam e biodegradam entre 100 e 200 vezes mais rápido do que as embalagens plásticas convencionais. “Muita gente não sabe, mas nem sempre é a origem de um material –renovável ou fóssil – que determina sua capacidade de biodegradação. Materiais como o polieti-leno, polipropileno ou poliestireno com o d2w são biodegradáveis. A parceria com a Res nos trouxe bons negócios e, princi-palmente a tranquilidade de sabermos que estamos fazendo a nossa parte em relação à natureza”,acrescenta Mauro.

O diretor disse ainda que ter no mix de produtos da empresa produtos cer-tificados a partir de rigorosos testes de

biodegradabilidade, é motivo de muito orgulho.“Com certeza é uma grande con-quista. Essa certificação é um grande di-ferencial no mercado de amenities, não só para nossa empresa, mas também para os nossos clientes, que precisam passar isso aos seus hóspedes diariamente,seja no descarte correto de lixos utilizados no hotel e também nos produtos que os hós-pedes utilizam durante sua estadia”.

Além das embalagens, a Realgem’s também é a única empresa do setor no país que oferece ao mercado cosméti-cos com fórmulas biodegradáveis, como shampoos, condicionadores, sabonetes e loções hidratantes, divididas em diferen-tes linhas. Todos os cosméticos desenvol-vidos pela fábrica contam com rigoroso padrão de qualidade.

Além de hidratar, embelezar e trazer muitos benefícios aos consumidores, eles têm um sério compromisso firmado com a preservação ambiental. Os profissionais dos laboratórios da Realgem’s, altamente capa-citados, são treinados para desenvolver os melhores e mais modernos produtos do mer-

Foco no Verde

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cado para satisfazer os clientes e consumi-dores finais, consolidando cada dia mais o conceito “Realgem’s: uma empresa verde”. Uma das linhas biodegradáveis da empresa é a Terra Brasilis Riqueza Natural, que está entre as mais vendidas do portfólio.

Sala de aula comgarrafas PET

Com a construção de uma sala de 66 metros quadrados somente com garrafas plásticas, Gilvan Luís de França, professor do Centro de Ensino Fundamental 2, em Planaltina (DF), foi um dos selecionados na sexta edição do Prêmio Professores do Bra-sil. As garrafas cheias de areia substituíram os tijolos, assentadas com barro. “Tentei passar a eles a importância de não jogar as garrafas em rios e esgotos, mas reutilizá--las”, conta França./Agência IN

Tendências ambientais éo foco da FEIPLASTIC 2013

Até 2016, capacidade global da pro-dução de bioplásticos deve chegar a 6 mi-

lhões de toneladas, número cinco vezes maior do que a produção em 2011. No Brasil, surgem novos centros de qualifica-ção de mão de obra.

Pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, cada vez mais eficientes e am-bientalmente corretos, somente compro-vam que a indústria brasileira do plástico não pode parar rumo a uma maior competi-tividade e inovações atrativas ao mercado. Esta é também a tônica da 14ª edição da FEIPLASTIC - Feira Internacional do Plás-tico, a ser realizada no Pavilhão de Expo-sições do Anhembi de 20 a 24 de maio. O evento é organizado e promovido pela Reed Exhibitions Alcantara Machado em parceria com as entidades do setor.

Formadores de opinião acreditam que, em poucos anos, o consumo dos "plásticos verdes" deve representar parcela significativa das resinas plásticas consu-midas em todo o mundo. Estudo divulgado em novembro de 2012, parceria entre o instituto European Bioplastics e a Univer-sidade de Hannover, na Alemanha, revela

cenário favorável para mercado mundial de plásticos ecologicamente corretos, com grande virada daqui a cinco anos. A capa-cidade da produção global de bioplástico deve chegar a 6 milhões em 2016, volume quase cinco vezes maior que o de 2011, que fechou em 1,2 milhão de toneladas. O PET parcialmente vegetal deve ocupar 80% do mercado, o equivalente a 4,6 milhões de toneladas. A produção de polietileno proveniente de fontes renováveis deverá chegar a 250 mil toneladas, como o de-senvolvido a partir do etanol da cana-de--açúcar, e utilizado por empresas como a Braskem, presente na Feiplastic 2013. PS

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Nova marca internacionaldo Export Plastic

Com o objetivo de fortalecer as empresas brasileiras da indústria plástica e promover os diferenciais do Programa, o Export Plastic fez um grande reposicionamento de marca, a começar pelo nome. Agora o Programa se chama Think Plastic Brazil, o que ampliará internacio-nalmente a identidade exportadora do País como um dos importantes players do mundo e seus diferen-ciais competitivos na indústria de transformação plástica mundial.

Para conduzir os trabalhos, o INP escolheu a GadLippincott, uma consultoria internacional de marcas focada no desenvolvimento de es-tratégias de identidade. Na primei-ra etapa foi feita uma entrevista com os principais públicos que se relacionavam com a antiga marca Export Plastic, desde gestores e associados até compradores in-ternacionais e demais públicos de interesse. Foram identificadas suas percepções sobre o setor, o merca-do e o Programa e, posteriormente, criada uma cartela de valores da nova marca.

Por meio de uma metodolo-gia rígida, foi feita uma grande triagem e chegou-se à conclusão de que o nome precisava identi-ficar a cadeia produtiva e o país de forma mais óbvia. Era preciso definir um posicionamento único, alinhado às possibilidades com-petitivas da indústria plástica. Adotou-se, assim, uma rota de so-luções ao importador estrangeiro, que contempla o mix de produtos, a adaptabilidade, os serviços e a inovação dos associados.

Braskem lança resinapara setor calçadista

A Braskem acaba de lançar uma resina direcionada ao segmento calçadista. Segundo a empresa, a nova resina de EVA (copolímero de etileno e acetato de vinila) permite a confecção mais rápida e susten-tável dos sapatos, extinguindo o processo de cura na colagem de solas, o que elimina a emissão de ozônio e reduz em até 26% o custo desta etapa de produção. O lança-mento integra o portfólio do selo Braskem Maxio®, criado para identificar resinas que oferecem uma maior eficiência à cadeia do plástico e reduzem o impacto ambiental no processo de transformação.

A resina VA3010A, desenvolvida pela Braskem, permite que o processo de colagem ocorra sem a necessidade da etapa de cura U.V. (irradiação de luz ultraviole-ta). Esta inovação dispensa a utilização do equipamento de cura ultravioleta, que exige constante manutenção e controle de pro-cesso, e ainda é emissor de ozônio, um gás nocivo à saúde humana e ao meio ambiente. Além disso, com a nova resina, há redução no consumo de energia no processo produti-

vo, tornando a confecção dos calçados mais segura e o processo mais sustentável.

Segundo a empresa, a economia gerada com esta inovação na indústria calçadista pode proporcionar uma redução de custo de até 26% na etapa de colagem do processo produtivo do calçado, além de permitir designs mais diferenciados na confecção da entressola. O tamanho desta redução dependerá do tipo de calçado e da configuração de cada linha de produção. A nova resina possibilita ainda ganho na qualidade dos solados, o que resulta na redução da devolução de calçados por conta de defeitos, e por consequência custos ainda menores aos transformadores. Para alcançar este resultado, foi desenvol-vido junto com a empresa Killing, parceira da Braskem, um novo primer aplicado a frio que complementa a colagem da resina em diferentes substratos como borracha, PVC e couro sintético, substituindo a solução com o primer antigo. A solução baseia-se em um conceito em que os dois novos componentes são necessários para a aderência, tanto o EVA, quanto o primer, sendo esta tecnologia patenteada.

Lançamento da Innova visa segmentosde embalagens e descartáveis

A Innova lança o R 770E, novo grade de Poliestireno de Alto Impacto de alta performance para os segmentos de descartáveis e embalagens transparentes. O produto passa integrar o amplo portifólio da companhia.

O novo grade foi desenvolvido e patenteado pelo Centro de Tecnologia em Estirênicos da Innova, e está focado nas aplicações de blendas de HIPS e GPPS, típicas nos segmentos de embalagens. O R 770E compõe a família de HIPS com propriedades avançadas, que exibem uma relação entre rigidez (módulo elástico) e tenacidade superior aos HIPS convencionais disponíveis no mercado brasileiro.

“Além desta notável vantagem, que pode ser convertida em ganhos dire-tos para os clientes, o R 770E apresenta comparativamente níveis superiores de transparência e de processabilidade em relação às blendas de HIPS e GPPS”, destaca a empresa.

Este desenvolvimento tem como base o domínio da tecnologia de produto e de produção, com esforço planejado e continuado de P&D, com investimentos no Centro de Tecnologia em Estirênicos e formação de pessoal especializado. “Com este novo desenvolvimento, a Innova reafirma sua estratégia de criar diferenciais tecnológicos que gerem ganhos para as cadeias de negócios de seus parceiros, através de produtos que aliam competitividade e inovação”, acrescenta a compa-nhia.

A Innova, empresa controlada integralmente pela Petrobras, é líder do mer-cado brasileiro de estirênicos. Com três plantas industriais instaladas no Polo Pe-troquímico de Triunfo (RS), é a primeira e única companhia brasileira a integrar, em uma mesma localização, a produção de etilbenzeno, monômero de estireno e de poliestireno. Tem capacidade para produzir anualmente 680 mil toneladas de produtos petroquímicos.

Bloco de Notas

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Plast Mix

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Tigre abre cinco fábricas em 2013Com o objetivo de superar os atuais R$ 3,1 bilhões de fatura-

mento para R$ 5 bilhões, previsto para ser alcançado em dezembro de 2014, o Grupo Tigre adota uma estratégia arrojada. De acordo com a empresa, o crescimento se dará de modo orgânico e também por meio de aquisições. “Uma das aquisições deverá ser anunciada logo. É um negócio menor no qual já se faz auditoria interna dos dados econômico-financeiros e contábeis. Há três negócios de aqui-sições maiores em andamento. Olhamos todas as oportunidades. Há

conversas com empresas brasileiras e do exterior”, declarou Evaldo Dreher, presidente da Tigre.

Dreher também confirmou que, ainda neste ano, a multinacio-nal de Joinvile, do setor plástico, terá cinco novas fábricas, sendo três no Brasil. A Tigre /ADS, divisão de produtos para drenagem e tubos de grande diâmetro e mineração, terá planta em Maceió (AL). Já a Tigre, que fabrica tubos e conexões, construirá novas unidades em Camaçari (BA) e em Rio Claro (SP). Outras duas unidades serão erguidas no Peru. O investimento total será de R$ 100 milhões.

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Agende-se para 2013

ChinaplasAsia’s No. 1 plastics & rubber trade fair 20 a 23 de maio China import and export fair complex, Pazhou, Guangzhou, PR Chinawww.chinaplasonline.com

Feiplastic 2013Feira Internacional do plástico20 a 24 de maioAnhembi – SPwww.feiplastic.com.br

PlastechFeira de tecnologias para termoplásticos e termofixos,moldes e equipamentos27 a 30 de agosto Pavilhões da Festa da Uva – Caxias do Sul/RSwww.plastechbrasil.com.br

MercoparFeira de subcontrataçãoe inovação industrial1 a 4 de outubro Centro de feiras e eventosFesta da Uva – Caxias do Sul/RSwww.mercopar.com.br

Embala Nordeste27 a 30 de agostoCentro de convençõesde Pernambuco – Olinda/REwww.embalanordeste.com.br

K 2013 International trade fair No. 1 for plastic and rubber worldwide16 a 23 de outubro Düsseldorf/Alemanhawww.k-online.de

AgendaAnunciantesActivas

Apema

AX Plásticos

Brasfixo

CEB

Detectores Brasil

Digitrol

Feplastic

Gabiplast

Geremia

Grupo ARCR

Haitian

Incoe

Innova

Lubrizol

Matripeças

Mecanofar

Mega Steel

Metalúrgica Expoente

Multi União

Nazkom

NZ Philpolymer

Olifieri

Plastech

Radial

Rosciltec

Sabic

Solvay

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AÇÃO Düsseldorf, Alemanha

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