O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
1
Secretaria de Estado de Educação
Superintendência da Educação
Universidade Estadual de Maringá – UEM
Programa de desenvolvimento educacional – PDE
Núcleo Regional de Campo Mourão
INTERPRETANDO OS RÓTULOS DOS ALIMENTOS: BENEFÍCIOS E MALEFÍCIOS DOS ADITIVOS ALIMENTARES
CAMPO MOURÃO
2010
2
TÂNIA BEGA
INTERPRETANDO OS RÓTULOS DOS ALIMENTOS: BENEFÍCIOS E MALEFÍCIOS DOS ADITIVOS ALIMENTARES
Produção Didático-Pedagógica (unidade didática)
apresentada ao Programa de Desenvolvimento
Educacional – PDE do Governo do Estado do Paraná da
disciplina de Ciências, sob a orientação da Professora
Dra. Evanilde Buzzo Romano da Universidade Estadual
de Maringá, a ser desenvolvido no Centro de Educação
Básica de Jovens e Adultos de Campo Mourão - Ensino
Fundamental e Médio do Município de Campo Mourão.
CAMPO MOURÃO
2010
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SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 4
2. ANALISANDO OS RÓTULOS ............................................................................................ 5
2.1. Informações que devem estar contidas nos rótulos ......................................................... 5
2.2 Instruções sobre o preparo do alimento ............................................................................ 6
2.3 Aditivos utilizados nos alimentos ..................................................................................... 7
2.3.1 Acidulantes (H) .......................................................................................................... 7
2.3.2 Antioxidantes (A) ....................................................................................................... 7
2.3.3 Antiumectantes (AU) ................................................................................................. 8
2.3.4 Umectantes (U) .......................................................................................................... 9
2.3.5 Aromatizantes (F) ..................................................................................................... 10
2.3.6 Conservantes (P) ...................................................................................................... 10
2.3.7 Corantes ( C ) ........................................................................................................... 11
2.3.8 Espessantes (EP) ...................................................................................................... 12
2.3.9 Estabilizantes(ET) .................................................................................................... 13
3. ATIVIDADES ...................................................................................................................... 15
4. REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 22
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1. APRESENTAÇÃO
Os alimentos industrializados estão cada vez mais presentes na nossa vida. Os meios
de comunicação, precisamente a televisão, têm contribuído muito para que isso aconteça.
Nesses alimentos, estão dezenas de outros que são adicionados para conservação ou para
realçar sabores ou ainda para dar um aspecto mais bonito. No entanto, podem nos assustar
quando estudamos um pouco a respeito deles. A presença desses ingredientes é motivo de
muitas controvérsias e dúvidas, que colocam o consumidor, pesquisas científicas e estratégias
de marketing num intricado dilema onde a sua saúde é que está em jogo. Porém, não podemos
excluir completamente os aditivos da nossa alimentação, pois alguns deles são necessários,
como é o caso do iodo.
Hoje, o alimento pode ser produzido em larga escala e transportado a longas
distâncias, assegurando que o produto chegue ao consumidor com um aspecto atrativo graças
aos aditivos alimentares. Devemos lembrar que a maioria da população vive em centros
urbanos, distantes dos centros de produção agrícola, e, por meio desses elementos adicionados
aos alimentos, pode-se disponibilizar ao consumidor diversidade na alimentação diária ao
longo do ano sem depender das safras agrícolas.
Por outro lado, o nosso alimento deixou de ser natural e passou a ter alguns aditivos
alimentares para facilitar a nossa vida e torná-los mais acessíveis. O número de aditivos,
atualmente empregados é enorme, mas todos eles sofrem uma regulamentação federal no seu
uso: alguns são permitidos somente em certas quantidades, enquanto que outros já foram
banidos de nosso cardápio. E é dos laboratórios de química que saem, anualmente, mais e
melhores aditivos. Apesar de todo esse trabalho realizado pelos químicos, certos aditivos
alimentares podem causar alergias e até problemas mais sérios como o câncer.
Esta unidade didática foi elaborada com a finalidade de trazer esclarecimentos a
respeito de aditivos alimentares que estão presentes na nossa alimentação. E, como os rótulos
estão presentes nos alimentos industrializados, faremos esse estudo através deles, analisando
os rótulos dos alimentos que comumente são utilizados para o nosso consumo.
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2. ANALISANDO OS RÓTULOS
A indústria de alimentos defende a adição dos aditivos principalmente porque aumenta
a durabilidade dos produtos nas prateleiras dos supermercados, respaldados pela legislação
brasileira que permite a adição de um grupo de aditivos alimentares. Precisamos ter
conhecimento para que possamos nos defender de alguns desses produtos que podem nos ser
nocivos. Ingerir alimentos com aditivos é muitas vezes necessário, mas precisamos ter
controle quando for comprá-los e consumi-los, uma vez que o efeito pode ser cumulativo e
prejudicial à saúde. E, é a partir dos rótulos que temos algumas informações necessárias dos
alimentos.
2.1. Informações que devem estar contidas nos rótulos
Denominação de venda do alimento: é o nome que indica a origem e as características
do alimento. Ex: óleo de soja.
Lista de ingredientes - Esse item informa quais ingredientes compõem o produto. Ele
pode auxiliar na escolha de um alimento, já que a listagem dos ingredientes deve estar em
ordem decrescente, ou seja, o primeiro ingrediente que aparece na lista é o que existe em
maior quantidade no produto, e o último, é o que está em menor quantidade. Ex: Produto
A – suco concentrado, açúcar, água, conservante, acidulante. Produto B - água, açúcar,
suco concentrado, conservante, acidulante. Melhor consumir o produto A que contém
maior concentração de suco que o produto B no qual há mais água.
Origem – Esse item permite ao consumidor saber onde o produto foi fabricado e quem é
seu fabricante. Permitindo assim, que o consumidor entre em contato com o fabricante
para esclarecer as dúvidas a respeito do produto.
Prazo de validade – Esse item revela o período durante o qual o alimento pode ser
consumido.
Conteúdo líquido – Indica a quantidade total de produto contido na embalagem. O valor
deve ser expresso em unidade de massa (quilo) ou volume (litro).
Lote – É uma informação expressa em números, que faz parte do controle na produção de
alimentos. Por serem agrupados em lotes, caso haja algum problema, o produto poderá
ser identificado, recolhido e analisado pelo lote ao qual pertence.
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Informação nutricional obrigatória – Informações sobre os nutrientes presentes no
alimento. Geralmente aparece em forma de tabela.
2.2 Instruções sobre o preparo do alimento
Contém glúten – desde 1992, todos os produtores de alimentos industrializados contendo
glúten passaram a ter que incluir obrigatoriamente a advertência no rótulo de embalagens.
(ANVISA, 2005)
Diet – Segundo a ANVISA (2008, p.19), órgão responsável pela regulação da rotulagem
de alimentos, “alimentos Diet são aqueles especialmente formulados para grupos da
população que apresentam condições fisiológicas específicas”. Como por exemplo, uma
pessoa com problema de taxas altas de triglicérides deve consumir alimentos com pouca
quantidade de carboidratos. São feitas alterações no conteúdo dos nutrientes, adequando-
os a dietas de indivíduos que pertençam a esses grupos da população. Apresentam na sua
composição, quantidades bem reduzidas ou são totalmente isentos de certos nutrientes.
Light – Segundo a ANVISA (2008, p.19), “são alimentos que apresentam a quantidade
de algum nutriente ou valor energético reduzido que do comparado ao alimento
convencional.” A redução é de no mínimo, 25% do valor calórico em comparação ao
produto tradicional. Por exemplo, iogurte com diminuição de 30% de gordura é
considerado light.
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2.3 Aditivos utilizados nos alimentos
2.3.1 Acidulantes (H)
São substâncias capazes de comunicar ou intensificar o gosto acídulo dos alimentos.
Os permitidos e seus respectivos códigos são os seguintes:
Acidulante Código de rotulagem
Ácido adípico H.I
Ácido cítrico H.II
Ácido fosfórico H.III
Ácido fumárico H.IV
Ácido glicônico H.V
Ácido glicólico H.VI
Ácido lático H.VII
Ácido málico H.VIII
Ácido tartárico H.IX
Glucona delta lactona H.X
Quando utilizados dentro dos limites máximos permitidos, que variam entre 0,02 e
1,0%, não parecem determinar efeitos lesivos de importância. No entanto, segundo
recomendações, os ácidos málico e lático devem ser evitados nos alimentos destinados aos
lactentes. Ácido acético em geral pode causar ao organismo: cirrose hepática, descalcificação
dos dentes e dos ossos. (BONTEMPO, 1985).
2.3.2 Antioxidantes (A)
Para evitar a ação do tempo nos alimentos, as indústrias se valem de agentes que
preservam a integridade do produto, aumentando a sua data de validade.
Essas substâncias são utilizadas para evitar o aparecimento de alterações oxidativas
nos alimentos e por isso, adicionadas com maior freqüência em óleos, gorduras, margarinas,
farinhas, leite de coco e similares, maioneses, produtos de cacau, etc. (TOLEDO, 2008).
Os permitidos e seus respectivos códigos são os seguintes:
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Antioxidante Código de rotulagem
Ácido ascórbico A.I
Ácido cítrico A.II
Ácido fosfórico A.III
Ácido nordihidroguaiarético A.IV
Butil hidroxianisol (BHA) A.V
Butil hidroxitolueno (BHT) A.VI
Citrato de monoisopropila A.VII
Lecitinas (fosfolipídios, fosfatídeos e fosfoluteínas) A.VIII
Galato de propila, de duodecila ou de octila A.IX
Resina de guaiaco A.X
Tocoferóis A.XI
EDTA – Cálcio dissódico (etileno-diaminotetracetato cálcico e
dissódico) A.XII
Citrato de monoglicerídeo A.XIII
Ácido isoascórbico ou eritórbico e seu sal de sódio A.XIV
TBHQ (terc-butil-hidroquinona) A.XIX
Cloreto de estanoso A.XX
EDTA – Ácido dissódico (etileno-diaminotetracetato diácido
dissódico) A.XXI
Quando utilizadas dentro dos limites permitidos, essas substâncias são consideradas,
na sua maioria, como inócuas. BHA e BHT são derivados fenólicos, grupo químico de
potencialidade tóxica significativa. Pesquisas em animais de laboratório demonstraram uma
correlação negativa expressiva entre o estado protéico do organismo e efeitos tóxicos do
BHT. Em outras palavras, a má nutrição protéica favoreceria o efeito lesivo da substância.
Produzem hiperatividade infantil, crises de asma e outras reações alérgicas, reações similares
às da aspirina e são especialmente prejudiciais para os bebês. (TOLEDO, 2008).
2.3.3 Antiumectantes (AU)
Substâncias capazes de reduzir as capacidades hidroscópicas dos alimentos, isto é,
impedem que as partículas se agrupem quando em contato com a água. Evitam a absorção de
umidade.
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Antiumectante Código de rotulagem
Carbonato de cálcio AU.I
Carbonato de magnésio AU.II
Fosfato tricálcico AU.III
Citrato de ferro amoniacal AU.IV
Silicato de cálcio AU.V
Ferrocianeto de sódio AU.VI
Alumínio silicato de sódio AU.VII
Dióxido de silício AU.VIII
Lactose é o açúcar extraído do leite, é adicionada aos adoçantes artificiais em pó, mas
é calórica. Praticamente 50% da população européia adulta é alérgica à lactose e praticamente
100% da população asiática também o é. O carbonato de magnésio é usado no sal refinado. É
extraído do próprio sal. Não há restrições ao consumo humano (TARASAUTSHI [S/D] et
al.).
2.3.4 Umectantes (U)
Substâncias capazes de evitar a perda de umidade dos alimentos. Os permitidos e seus
respectivos códigos são os seguintes:
Umectante Código de rotulagem
Glicerol U.I
Sorbitol U.II
Dioctil sulfossuccinato de sódio U.III
Propileno glicol U.IV
Lactato de sódio U.V
Não foram relatados, até o momento, efeitos adversos consequentes do uso desses
aditivos dentro dos limites recomendados.
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2.3.5 Aromatizantes (F)
Substâncias que conferem ou intensificam o aroma dos alimentos. Usualmente
agrupados com os saborizantes (“flavorizantes”), que são agentes capazes de conferir ou
intensificar o sabor. Compreendem os seguintes grupos, com seus respectivos códigos de
rotulagem:
Aromatizante Código de rotulagem
Essências naturais F.I
Essências artificiais F.II
Extrato vegetal aromático F.III
Aromatizantes quimicamente definidos F.IV
Aroma reconstituído Por extenso
Aroma natural de fumaça Por extenso
Aroma idêntico a... Por extenso
Glutamato monossódico Por extenso
Podem causar alergias no organismo humano (TOLEDO, 2008).
2.3.6 Conservantes (P)
Substâncias que impedem ou retardam a alteração de alimentos provocada por micro-
organismos e enzimas. Os permitidos, com seus respectivos códigos de rotulagem, são os
seguintes:
Conservador Código de rotulagem
Ácido benzóico (e seus sais de sódio, potássio e cálcio) P.I
Ácido bórico e tetraborato de sódio P.II
Para-hidroxibenzoato de metila, propila e etila (e seus sais sódicos) P.III
Ácido sórbico (e seus sais de sódio, potássio e cálcio) P.IV
Dióxido de enxofre e derivados P.V
Nitrato de potássio e sódio P.VII
Nitrito de potássio e sódio P.VIII
Propionato de cálcio, sódio e potássio P.IX
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Ácido dehidroacético (dehidroacetato de sódio) P.XI
Natamicina P.XII
Nisina P.XIII
A possível ação lesiva de alimentos ricos em nitratos sobre o organismo infantil
decorre de suas características digestivas, principalmente redução da acidez gástrica e maior
presença de flora bacteriana intestinal, facilitadora da redução do nitrato em nitrito. Sabe-se
também que os nitratos têm a capacidade de reagir com alquilaminas de alimentos para
formar dimetilnitrosamina (é considerado cancerígeno e altamente tóxico). Pesquisas em
animais de laboratório também demonstraram que os nitritos consumidos sistematicamente
baixam de modo significativo os depósitos orgânicos de vitamina A. Ácido benzóico pode
causar crises alérgicas particularmente em crianças sensíveis à aspirina. (SCHVARTSMAN,
1982).
2.3.7 Corantes ( C )
São aditivos que conferem ou intensificam a cor dos alimentos. As classes utilizadas e
seus respectivos códigos de rotulagens são as seguintes:
Corante Código de rotulagem
Corante orgânico natural C.I
Corante orgânico sintético artificial C.II
Corante orgânico sintético idêntico ao natural C.III
Corante inorgânico (pigmento) C.IV
Corante caramelo C.V
Os corantes naturais permitidos ou mais usados são os seguintes: Açafrão –
Antocianina – Beterraba – Cacau – Carotenóides – Cantaxantina – Carvão – Clorofila –
Cochonilha – Cúrcuma – Índigo – Páprica – Pau-brasil – Pau-campeche – Riboflavina –
Urucum – Urzela – Xantofila.
Corantes artificiais são os aditivos mais estudados e pesquisados, pois vários têm
demonstrado ação cancerígena e um número significativo é considerado como responsável
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por reações de hipersensibilidade. Pode ter um efeito colateral nas atividades e atenção em
crianças. Os permitidos são os seguintes: Amaranto ou Bordeaux S – Amarelo Crepúsculo –
Azul de alizarina ou de indantreno – Escarlate GN – Laranja GGN – Tartrazina – Vermelho
sólido E – Amarelo ácido ou sólido – Azul brilhante – Eritrozina – Indigotina – Ponceau 4R –
Vermelho 40. (SCHVARTSMAN, 1982).
2.3.8 Espessantes (EP)
São substâncias capazes de aumentar os alimentos, a viscosidade de soluções,
emulsões e suspensões. Os permitidos e seus respectivos códigos de rotulagem são os
seguintes:
Espessante Código de rotulagem
Agar-agar EP.I
Alginatos EP.II
Carboximetilcelulose sódica EP.III
Goma adragante EP.IV
Goma arábica EP.V
Goma caraia EP.VI
Goma guar EP.VII
Goma jataí EP.VIII
Mono e diglicerídeos EP.IX
Musgo irlandês (carragena) EP.X
Celulose microcristalina EP.XI
Goma xantana EP.XIII
A carragena até pouco tempo era considerada inócua, mas observações em animais de
laboratório mostraram que a ingestão continuada poderia causar alterações microscópicas na
mucosa intestinal lembrando colite ulcerativa e que a injeção subcutânea poderia determinar
sarcomose (SCHVARTSMAN, 1982).
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2.3.9 Estabilizantes(ET)
Substâncias que favorecem e mantêm as características físicas das emulsões e
suspensões. Seu número é muito grande e os permitidos, com seus códigos de rotulagem, são
os seguintes:
Estabilizante Código de rotulagem
Lecitinas (fosfolipídios, fosfatídeos e fosfoluteínas) ET.I
Goma arábica ET.II
Mono e diglicerídeos ET.III
Polifosfatos ET.IV
Caseina de sódio ET.V
Citrato de sódio ET.VI
Lactato de sódio ET.VII
Estearoil 2-lactil lactato de cálcio ou estearoil 2-lactil lactato
de sódio ET.VIII
Ésteres de ácidos graxos comestíveis de propileno ET.IX
Musgo irlandês (carragena) ET.X
Monopalmitato de sorbitana ET.XI
Monoestearato de sorbitana ET.XII
Triestearato de sorbitana ET.XIII
Polisorbato 60 ET.XIV
Polisorbato 65 ET.XV
Polisorbato 80 ET.XVI
Polisorbato 20 ET.XVII
Polisorbato 40 ET.XVIII
Goma éster ET.XIX
Celulose microcristalina ET.XX
Goma guar ET.XXI
Acetato isobutirato de sacarose (SAIB) ET.XXII
Estearato de polioxietileno glicol ET.XXIII
Fumarato de estearila e sódio ET.XXIV
Diacetil tartarato de mono e diglicerídeos ET.XXV
Alginato de propileno glicol ET.XXVI
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Goma xantana ET.XXVII
Fosfato dissódico ou potássico ET.XXVIII
Tartarato de sódio ET.XXIX
Amido tratado com ácido ET.XXX
Fosfato de diamido ET.XXXI
Fosfato de diamido acetilado ET.XXXII
Acetato de amido ET.XXXIII
Hidróxido de cálcio ET.XXXIV
Adipato de diamido acetilado ET.XXXV
Ácido algínico (e seus sais de amônio, cálcio, sódio e
potássio) ET.XXXVI
Ácido meta-tartárico ET.XXXVII
Agar-agar ET.XXXVIII
Amido oxidado ET.XXXIX
Fosfato monoamido ET.XL
Fosfato de diamido fosfatado ET.XLI
Carboximetilcelulose (e seu sal sódico) ET.XLII
Citrato de trietila ET.XLIII
Cloreto de cálcio ET.XLIV
Ésteres de ácido acético de mono e diglicerídeos ET.XLVI
Éteres de ácido cítrico de mono e diglicerídeos ET.XLVII
Glutaconato de cálcio ET.XLVIII
Goma adragante ET.L
Goma caraia ET.LI
Goma jataí ET.LII
Sulfato de cálcio ET.LIII
Relatos recentes apontaram a possibilidade de lesões renais (nefrocalcinose) em ratos
alimentados com amidos modificados durante dois anos (SCHVARTSMAN, 1982).
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3. ATIVIDADES
ATIVIDADE 1
Consiste na entrega de um questionário de sondagem a respeito do tema “aditivos
alimentares”, que é um tema com opiniões diferenciadas, interpretações contraditórias e
muitas vezes incompletas nos meios de comunicação e divulgação. A abordagem será feita
com perguntas a respeito de hábitos alimentares e observação dos rótulos durante a compra
dos alimentos.
O questionário será aplicado individualmente aos alunos do CEEBJACAM. As
respostas do questionário serão escritas pelo próprio aluno no ato da entrevista. As
informações contidas na entrevista servirão para diagnosticar o índice de conhecimento do
aluno a respeito do tema e promover debates sobre o assunto em questão.
Questionário de sondagem
1) Em sua casa, quem costuma ir ao supermercado fazer as compras de alimentos?
2) Quando você vai ao mercado, qual é o critério para a escolha dos alimentos? (preço,
necessidade, gosto) Especifique.
3) Você compra mais alimentos naturais ou industrializados? Por quê?
4) Qual é o critério para a compra dos alimentos industrializados? (marca, embalagem)
Especifique.
5) Você costuma ler os rótulos dos alimentos antes de comprar? Por quê?
6) Costuma olhar os prazos de validade? Comente a sua resposta.
7) Costuma observar quais os ingredientes que compõem os produtos que você está
comprando?Explique.
8) Quais os alimentos industrializados que fazem parte da sua alimentação com
frequência?
9) Você já teve curiosidade em conhecer as informações que os rótulos trazem?Explique.
10) Qual o tipo de alimentos de preferência dos jovens da sua família? Você já observou
esses rótulos?
ATIVIDADE 1
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ATIVIDADE 2
Os alunos participarão de uma palestra sobre o tema “aditivos alimentares”
promovido pela professora na sala de informática com a ajuda da TV pendrive e a internet.
ATIVIDADE 3
ANÁLISE DOS RÓTULOS DOS ALIMENTOS
Material necessário: 5 rótulos de alimentos de uso frequente do aluno.
Procedimento
1- O aluno fará consulta aos rótulos dos alimentos trazidos de sua casa e marcará na tabela
os aditivos encontrados.
Aditivos
Rótulo1
Rótulo2
Rótulo3
Rótulo4
Rótulo 5
2- Após completar, deverá colar cada rótulo no caderno abaixo de cada um deles, fazer uma
observação detalhada a respeito dos rótulos, escrevendo todas as informações que cada
rótulo deve apresentar.
3- Relacionar os aditivos existentes nesse rótulo especificando em cada aditivo a função
dele no alimento e o mal que causa no organismo. Para realizar essa atividade, o aluno
fará uso das tabelas que fazem parte do material didático e também do laboratório de
informática da escola, onde fará a complementação da pesquisa.
ATIVIDADE 2
ATIVIDADE 3
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4- Comparar seus rótulos e escrever qual deles tem maior quantidade de aditivos
alimentares. Responder em seguida se esse produto é fundamental para o seu consumo.
5- O aluno vai analisar e responder de que forma pode se defender contra o excesso de
aditivos alimentares utilizados pelas indústrias que fabricam alimentos?
6- Após análise de seus rótulos, os alunos irão analisar se existe algum alimento que pode
substituir aquele que tem maior quantidade de aditivos.
7- No laboratório de informática, irá pesquisar a respeito de cada doença relacionada nos
malefícios causados pelo alimento do rótulo em questão.
ATIVIDADE 4
Leitura e interpretação do texto “Estudo analisa efeitos adversos de aditivos
alimentares à saúde infantil” de Sérgio Arouca, apresentado pelo professor da disciplina aos
alunos sobre um estudo que analisa efeitos colaterais de aditivos alimentares nas crianças.
Em seguida, os alunos responderão algumas questões em sala de aula a respeito do texto.
PESQUISA
ESTUDO ANALISA EFEITOS ADVERSOS DE ADITIVOS
ALIMENTARES À SAÚDE INFANTIL
Analisar os riscos acarretados pelo consumo de aditivos alimentares foi o objetivo
do artigo 'Consumo de aditivos alimentares e efeitos à saúde: desafios para a saúde pública
brasileira', publicado na edição de agosto da revista Cadernos de Saúde Pública (CSP), da
ENSP. O artigo foi escrito pela doutoranda em Saúde Pública Maria Lúcia Polônio, que
investiga efeitos adversos à saúde de crianças devido ao uso de aditivos alimentares e
associa essa ingestão com o risco de neoplasias, transtornos de déficit de atenção com
hiperatividade e também hipersensibilidade alimentar. Segundo a autora, as crianças fazem
parte de um grupo mais vulnerável em razão do consumo potencial de alimentos com esses
aditivos, principalmente os que contêm corantes artificiais.
O artigo é uma revisão sistemática da literatura acadêmica e faz parte da pesquisa
ATIVIDADE 4
18
de doutorado de Maria Lúcia, intitulada 'Percepção de risco de pais ou responsáveis de pré-
escolares no Município de Mesquita, Rio de Janeiro, associada ao consumo de aditivos
alimentares', orientada por Frederico Peres, pesquisador do Centro de Estudos em Saúde do
Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP).
De acordo com o texto, a OMS define aditivos alimentares como "qualquer
substância que, enquanto tal, não se consome normalmente como alimento, nem tampouco
se utiliza como ingrediente básico em alimentos, tendo ou não valor nutritivo, e cuja adição
intencional ao alimento com fins tecnológicos em suas fases de fabricação, elaboração,
preparação, tratamento, envasamento, empacotamento, transporte ou armazenamento,
resulte ou possa preservar razoavelmente por si, ou seus subprodutos, em um componente
do alimento ou um elemento que afete suas características".
Para Maria Lúcia, a ingestão desses aditivos alimentares tem aumentado nas
últimas décadas e isso vem atraído a atenção de órgãos reguladores e da comunidade
científica como um todo, pois inúmeros estudos apontam reações adversas agudas e
crônicas a esses aditivos, entre elas reações tóxicas no metabolismo desencadeantes de
alergias, alterações no comportamento,e outras.
"A substituição de alimentos in natura por processados contribui de forma
contundente para o empobrecimento da dieta. Conseqüentemente, este fato contribui para o
aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis, responsáveis principalmente por
doenças do aparelho circulatório, diabetes e neoplasias. Além de a dieta ter sofrido
modificações ao longo do tempo, a tecnologia aplicada pela indústria de alimentos com o
intuito de aumentar o tempo de vida útil desses produtos tem gerado questionamentos
relacionados à segurança do uso de aditivos, principalmente no que diz respeito à corantes
artificiais", comentou ela.
ÍNDICE RELACIONADO À SAÚDE INFANTIL É GRANDE PREOCUPAÇÃO
A avaliação dos aditivos alimentares no âmbito mundial é baseada no controle da
Ingestão Diária Aceitável (IDA), índice desenvolvido pelo Comitê de Especialistas em
Aditivos Alimentares da Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com a
Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Maria Lúcia
ressalta que a IDA relacionada à saúde infantil é uma grande preocupação, pois esse grupo
está entre os maiores consumidores desses produtos e, além disso, estão entre os mais
19
suscetíveis a reações adversas.
A pesquisadora apontou que "existem vários produtos no mercado, como iogurtes,
gelatinas, refrigerantes, biscoitos, balas, dentre outros, que são consumidos tanto por
crianças como por adultos, e que não estão sujeitos à normatização, o que torna a criança
mais vulnerável. Deve-se levar em consideração a frequência com que os aditivos são
consumidos pelas crianças, a quantidade de substâncias por kg/peso, a falta de capacidade
cognitiva para controlar o consumo e a imaturidade fisiológica desse grupo, que prejudica o
metabolismo e a excreção dessas substâncias".
Os resultados dos estudos que associaram o consumo de aditivos apontaram
carência de pesquisas sobre o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade. Em relação
à hipersensibilidade não específica, o número de estudos foi significativo e os resultados
mais consistentes quanto às manifestações clínicas de rinite, urticária e angioedema
provocadas pelos aditivos, em particular pelos corantes artificiais. "Esses resultados
indicam que estudos de consumo de aditivos alimentares deveriam servir de base para a
elaboração de estratégias de vigilância alimentar e nutricional, com a finalidade de reduzir o
consumo dessas substancias e promover hábitos alimentares mais saudáveis na população,
principalmente nesses grupos mais vulneráveis".
INFORME ENSP. Estudo analisa efeitos adversos de aditivos alimentares à saúde
infantil. ENSP, publicada em 04/08/2009. Disponível em:
<http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/materia/index.php?matid=17704>
Acesso em 09/05/2010.
Questões sobre o texto acima:
1) Como a OMS ( Organização Mundial de Saúde) define Aditivos Alimentares?
2) Por quê a autora do artigo afirma que as crianças fazem parte de um grupo mais
vulnerável ao consumo de aditivos?
3) Quais são os efeitos adversos à saúde das crianças, devido ao uso de aditivos
alimentares, enfatizado pela doutora Maria Lúcia Apolônio?
4) Quais são os alimentos relatados no texto que são consumidos por crianças e adultos
que não estão sujeitos às normas de utilização de aditivos alimentares?
5) Quais os efeitos adversos à saúde de crianças devido ao uso de aditivos alimentares?
6) Quais as manifestações clínicas provocadas no organismo pelos aditivos, em especial,
20
os corantes artificiais.
7) O aluno fará uma relação das palavras apresentadas no texto que desconhece e
pesquisará o significado.
ATIVIDADE 5
A partir de alguns questionamentos fornecidos pelo professor, o aluno deverá fazer
uma pesquisa na sala de informática sobre os alimentos diet e light.
Diferença entre alimentos diet e light.
Alimentos nos quais encontramos essas substâncias.
Quem deve utilizar alimentos diet.
Quem deve utilizar alimentos light.
Você ou alguém de sua família utiliza esse tipo de alimento? Por quê?
ATIVIDADE 6
O aluno fará uma pesquisa no laboratório de informática da escola a respeito de
corantes artificiais e corantes naturais adicionados aos alimentos. Esta pesquisa deverá
conter:
Diferenças entre corantes artificiais e corantes naturais;
O corante mais utilizado pelas indústrias de alimentos;
Quais alimentos de consumo do aluno utilizam corantes industrializados;
Possíveis efeitos colaterais no organismo humano a partir da utilização dos corantes
naturais e artificiais;
Preferência do educando entre alimentos sem corantes ou com corantes.
ATIVIDADE 5
ATIVIDADE 6
21
Pesquisar no Laboratório de Informática a respeito de curiosidades sobre aditivos
alimentares que os alunos acharem relevantes para colocar em um mural que será afixado
na escola.
ATIVIDADE 8
Baseado em todos os conhecimentos anteriores a respeito de informações contidas
nos rótulos dos alimentos, será proposto ao aluno uma atividade em que ele criará um rótulo
de alimento que ele pensa ser adequado para o seu consumo ou de sua família considerando
algum problema de saúde familiar.
ATIVIDADE 9
Como atividade final será proposto ao aluno um questionário para diagnosticar
mudanças nos hábitos alimentares.
1. Você adquiriu novos conhecimentos com esse trabalho de aditivos alimentares?
Quais?
2. Você acha importante a leitura dos rótulos dos alimentos? Por quê?
3. Por que é importante adquirir conhecimentos sobre os aditivos alimentares
adicionados aos rótulos?
4. De tudo o que você aprendeu o que chamou mais a sua atenção, por quê?
5. Houve alguma mudança de comportamento na escolha dos alimentos no
supermercado?
ATIVIDADE 7
ATIVIDADE 8
ATIVIDADE 9
22
4. REFERÊNCIAS
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Revista Eletrônica do Departamento de Química - UFSC. Disponível em
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