O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
PDE - PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL
CLEYBER FELIPPE PARÚSSOLO
UNIDADE DIDÁTICA
CAMPO MOURÃO – PR 2010
A Teoria Histórico-Cultural e a Organização do Ensino de Biologia
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Professora PDE: Cleyber Felippe Parússolo Área PDE: Biologia NRE: Campo Mourão Professora Orientadora IES: Drª Maria Julia Corazza IES Vinculada: UEM Escola de Implementação: Colégio Estadual de Campo Mourão E.F.M.P.N Município: Campo Mourão Público Objeto da intervenção: 2ª série do Ensino Médio Título da Unidade Didática: Reprodução Vegetal
"Se depender de mim, nunca ficarei plenamente maduro nem nas idéias nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental". Gilberto Freyre.
Introdução O objetivo desse material é promover situações que permitam elaborar
construções conceituais a partir do conteúdo Reprodução Vegetal propiciando aos
alunos do segundo ano do Ensino Médio, articular conteúdo e pensamento, para
que dessa forma o conhecimento se transforme em instrumento do pensamento,
ampliando sua capacidade de perceber criticamente a realidade que, na maioria
das vezes, necessita de mudanças.
Voltada para a Zona de Desenvolvimento Proximal dos alunos, a intenção
desta proposta pedagógica é relacionar parâmetros com os seus
desdobramentos, sendo eles:
Conteúdo da Biologia (priorizado por meio do planejamento do professor em
duas questões centrais: o que ensinar e por que ensinar?)
A escolha do conteúdo Reprodução Vegetal e a organização dos objetivos.
Os conhecimentos científicos trabalhados em sala de aula.
Amplificadores culturais (elementos que atuam como mediadores auxiliares
entre o objeto do conhecimento e o estudante). Os conhecimentos e a construção
de significados no espaço social da sala de aula deverão estar relacionados com
um “sistema de suporte social” utilizado pelo professor de Biologia, por meio das
ferramentas psicológicas, apresentadas, por exemplo, como a linguagem, os
mapas conceituais, os diagramas, os vídeos, os sinais, as fotografias, etc. Essas
ferramentas são elementos dispositivos que os sujeitos utilizam para influenciar
suas mentes e seus comportamentos, bem como as mentes e comportamentos
de outros sujeitos como meios de possibilitarem a interação entre o sujeito e o
objeto.
Interações discursivas
As abordagens comunicativas não dialogadas, em que a professora fala a
maior parte do tempo e os estudantes escutam, predominando, nesta interação o
ponto de vista da ciência.
As abordagens comunicativas dialogadas acontecem as interações
comunicativas via questionamentos, conversas ou discussões entre professora e
estudante(s) ou os estudante(s) entre si, não necessariamente deixando-se de
lado o ponto de vista da ciência.
Segundo Palangana, 1995, nas interações discursivas o funcionamento
interpsicológico subjetivo pode ser conhecido pelas interpretações das interações
discursivas que ocorrem em sala de aula. Na assimetria dos diálogos que
acontecem entre a professora e sua classe, por exemplo, podemos identificar um
importante aspecto da aprendizagem dos conceitos: no cruzamento entre o
conhecimento do professor e o conhecimento dos estudantes. Podemos
identificar um processo que ganha corpo (ou não) na Zona de Desenvolvimento
Proximal, tanto em termos de história evolutiva dos estudantes como em termos
de apoio dado pelo professor.
O objetivo deste processo é o de conduzir os estudantes às novas e
diferentes formas de observar, conceituar e recontextualizar o objeto. Por outro
lado, um processo de ensino não implica somente interações discursivas
professor ↔ estudante, mas entre pares, supondo-se um efeito importante sobre
o desenvolvimento cognitivo durante as atividades em sala de aula.
Intenciona-se.
Tais parâmetros procura fazer perceber e compreender, nessa dinâmica
interativa das aulas, os processos de significação dos conteúdos, organizados e
mediados pelo professor de acordo com seus interesses e necessidades,
participando ativamente das interações discursivas que se estabeleceram no
decorrer das aulas e dos amplificadores culturais.
O pensamento histórico-cultural de Lev Semyonovich Vygotsky é o
principal aporte teórico para o desenvolvimento das reflexões desse trabalho,
evidenciando algumas premissas julgadas essenciais à compreensão das
complexidades associadas à aprendizagem conceitual em sala de aula, como o
reconhecimento de que os sujeitos modificam de forma ativa as forças que os
transformam.
A abordagem metodológica se baseia em como os alunos desenvolverão
as atividades ligadas ao conteúdo sob a mediação do professor, considerando os
mecanismos psicológicos associados à construção conceitual, evidenciados nas
interrelações dos parâmetros e movimentos de construção conceitual,
supervisionados pelo docente.
O trabalho com o conteúdo Reprodução Vegetal, para se tornar ferramenta
do pensamento do aluno, implica na negociação de significados no contexto
social da sala de aula. Deve ainda ser mediada pela comunicação oral e escrita
entre os sujeitos, partindo da experiência imediata do aluno para os processos
que possibilitam a compreensão, o estabelecimento de conexões e a
generalização dos sistemas conceituais, que fazem parte do tema. Exige
também trabalhar com outras dimensões da formação humana, como a
emocional, a social, e não apenas a cognitiva, a racional, que está mais ligada à
formação de conceitos.
Para que o ensino sobre Reprodução Vegetal se torne enquanto conceito
uma ferramenta para a análise das plantas e seu papel no mundo, o professor
não deve apresentar para os alunos um conjunto de conceitos com sua definição
pronta. Observa-se, muitas vezes, que com essa orientação o aluno “aprende”
(reproduzindo verbalmente) todas as definições que compõem o conteúdo sobre
os vegetais, acompanhadas de inúmeras informações diferentes, as quais, na
maioria das vezes equivocadas, não serão utilizadas para analisar fatos e
fenômenos.
Sobre essa prática no ensino, Vygotsky (2001, p. 247): comenta:
A experiência pedagógica nos ensina que o ensino direto de conceitos sempre se mostra impossível e pedagogicamente estéril. O professor que envereda por esse caminho costuma não conseguir senão uma assimilação vazia de palavras, um verbalismo puro e simples que estimula e imita a existência dos respectivos conceitos na criança, mas, na prática, esconde o vazio. Em tais casos, a criança não assimila o conceito, mas a palavra capta mais de memória que de pensamento e sente-se impotente diante de qualquer tentativa de emprego consciente do conhecimento assimilado. No fundo, esse método de ensino de conceitos é a falha principal do rejeitado método puramente escolástico de ensino, que substitui a apreensão do conhecimento vivo pela apreensão de esquemas verbais mortos e vazios.
As orientações metodológicas mediadas devem incluir e valorizar as
transformações das atividades num processo de ensino analisado, na apropriação
dos conhecimentos sobre Reprodução Vegetal e os estudantes, nas atividades
individuais ou em equipes, deverão ser levados a pensar, analisar, planejar,
organizar, sintetizar, enfim, cumprir um papel mais ativo na apropriação do
conhecimento. Com o apoio do professor ao dirigir a atenção para um
conhecimento socialmente organizado, é possível ser mostrado o importante
papel do ensino e sua relação entre desenvolvimento e aprendizagem.
No decorrer das aulas, se espera que os alunos consigam estabelecer, de
maneira satisfatória, uma unidade entre a linguagem, pensamento e ação,
possibilitando desta forma a utilização dos conceitos como instrumentos de
operações qualitativamente científicos. O uso de uma linguagem mais adequada
a cada atividade ou situação, incluindo as elaborações escritas e interpretativas,
entre outras ações, facilita a aprendizagem significativa do aluno.
Conforme Vygotsky (1993, p. 50):
A formação de conceitos é o resultado de uma atividade complexa em que todas as funções intelectuais básicas tomam parte. No entanto, o processo não pode ser reduzido à associação, à atenção, à formação de imagens, à inferência ou às tendências determinantes. Todas são indispensáveis, porém insuficientes sem o uso do signo, ou palavra, como o meio pelo qual conduzimos as nossas operações mentais, controlamos o seu curso e as canalizamos em direção à solução do problema que enfrentamos.
Para compreender o processo de formação conceitual na escola é preciso
considerar as especificidades e as relações existentes entre conceitos cotidianos
e conceitos científicos.
Conforme o pensamento de Vygotsky, os dois processos (o
desenvolvimento dos conceitos espontâneos e dos conceitos científicos) se
relacionam e se influenciam fazendo parte de um único processo. O
desenvolvimento da formação de conceitos, que é afetado por diferentes
condições externas e internas é essencialmente um processo unitário, e não um
conflito entre formas de intelecção antagônicas e mutuamente exclusivas. O
aprendizado é uma das principais fontes de conceitos da criança e do
adolescente em idade escolar, e é também uma poderosa força que direciona o
seu desenvolvimento, determinando o destino de todo o seu desenvolvimento
mental.
No nível de abstração e de generalização, o processo de formação de
conceitos cotidianos é “ascendente”, surgindo impregnado de experiência, mas de
uma forma ainda não-consciente e “ascendendo” para um conceito
conscientemente definido; os conceitos científicos surgem de modo contrário, seu
movimento é “descendente”, começando com uma definição verbal com
aplicações não espontâneas e posteriormente pode adquirir um nível de
concretude impregnado na experiência.
Acredita-se, que os conceitos científicos adquirem uma influência
significativa na construção da subjetividade quando deixam de ser objetos
distantes e estranhos e se transformam em instrumentos do pensamento sobre o
mundo objetivo.
É imprescindível que o professor saiba o que o aluno já conhece sobre o
conteúdo antes de apresentá-lo, partindo de um questionamento sobre o assunto
sem se preocupar com a formação de conceitos, mas com a busca do
encontro/confronto da experiência imediata e cotidiana do aluno, numa forma
mais abrangente. Nesse intuito, as definições e as informações são
secundarizadas no processo, dando-se prioridade para a comunicação e a
atribuição/negociação de significados. Exemplo, promover uma discussão sobre
os seres vivos, suas características, formas de organização, entre outros, tendo
como resultado uma produção social.
Com essa orientação, a sala de aula pode ser um lugar de encontro e
confronto entre as diferentes formas de concepção e práticas cotidianas e
científicas, mostrando quais conceitos são trazidos pelas diferentes culturas dos
alunos em relação ao lugar onde reside, a linguagem usada no meio de
permanência, aos conhecimentos já internalizados, etc.
Durante esse processo, o professor como mediador, deve propiciar a
expressão, a comunicação da diversidade de símbolos, significados, valores,
atitudes, sentimentos, expectativas, crenças e saberes presentes nos alunos, que
vivem em contexto específico, esforçando-se para entender como cada grupo ou
aluno em particular elabora essa diversidade. E, para promover o diálogo entre as
diversas formas dessa elaboração, buscar atuar nas ZDP, e o diálogo dessas
formas com a forma científica estruturada pela Biologia.
Para tanto, o professor pode recorrer, durante a discussão a termos
científicos e por meio deles explorar os conhecimentos dos alunos, criando
possibilidades de comparações e/ou assimilações com o conteúdo propriamente
intencionado. Partir de temas como a origem dos seres vivos, a interação entre os
seres vivos, a diversidade da vida, a genética e a manipulação genética, ou
especificadamente sobre a organização celular, capacidade de se reproduzir, a
hereditariedade, o material genético, a evolução, entre outros.
A formação de conceitos pelo ensino, não sendo uma tarefa simples tem
nas contribuições de Vygotsky, pistas valiosas para o cumprimento dessa tarefa
de modo mais eficaz, onde nesse processo, as palavras, a linguagem biológica
são signos que, em princípio, têm o papel de meio na formação de um conceito e,
posteriormente, tornam-se seu símbolo no pensamento do aluno.
Trabalhada as dimensões do conteúdo e feita a análise mais abrangente
das especificidades envolvidas dentro dos diferentes contextos, parte-se dos
conhecimentos espontâneos aos conhecimentos científicos; estabelecendo
conexões entre os dois, o que poderá ser feito frente a uma “Problematização”.
Nesse momento, a “zona de desenvolvimento mais imediato”, remete-nos à
idéia da díade estudante ↔ professor, em atividades onde se compartilham
responsabilidades e conhecimentos, com vistas à resolução de tarefas ou
problemas. Observa-se, neste processo, durante as atividades, que as relações
professor e aluno se caracterizam pelos aspectos de reciprocidade e assimetria,
pretendendo uma transferência gradual de responsabilidades da tarefa para os
alunos.
Vygotsky sempre creditou aos “instrumentos psicológicos” a transformação
evolutiva dos processos naturais para os processos mentais mais elaborados por
que passa o sujeito inserido nas práticas da cultura predominante.
O método de ensino da Pedagogia Histórico Crítica, preconizado por
Saviani (1986) e transformados em uma didática por Gasparin (2002), é
apresentado na forma de momentos articulados. O ponto de partida é a prática
social inicial. Primeiramente o docente em sala de aula deve identificar os
conceitos espontâneos dos alunos (a ZDP, segundo Vygotsky, 2001) por
intermédio da prática social.
O segundo momento é a problematização com o objetivo de questionar,
analisar e interrogar a prática social, abordando o conteúdo em suas diversas
dimensões.
Os principais problemas são as questões fundamentais que foram
apreendidas anteriormente pelo professor e alunos e que precisam ser resolvidas,
não pela escola ou na escola, mas no âmbito da sociedade como um todo.
A problematização é, então, o fio condutor de todas as atividades que os
alunos desenvolverão no processo de construção do conhecimento e também o
elemento-chave na transição entre prática e teoria, tornando-se fundamental para
o encaminhamento de todo o processo de trabalho docente-discente.
Ciclo de vida é toda a seqüência de fases no crescimento e desenvolvimento de qualquer organismo desde a formação do zigoto até a formação dos gametas. No caso da alternância de gerações ocorre uma fase haplóide (n), o gametófito que produz os gametas, e uma fase diplóide (2n), o esporófito, que produz esporos. Fonte: Raven et al. (2007)
Para entender este ciclo de vida, é necessário compreender também a
organização e classificação dos vegetais, organismos pertencentes ao Reino
Plantae.
Atividade
Por meio de livros didáticos da biblioteca escolar e sites
recomendados, pesquise as diferentes características dos ciclos de vida
existentes em relação à grande diversidade das plantas, construindo
sínteses interpretativas e esquemas ilustrativos dos mesmos. Faça isso
para cada um dos grandes grupos de plantas Briófitas, Pteridófitas,
Gimnospermas e Angiospermas.
PROBLEMA
Todas as plantas passam por um ciclo de vida de alternância de
gerações, cujas peculiaridades são características dos diferentes grupos
vegetais. Como explicar a ocorrência de diferentes características nos
ciclos de vida das diferentes espécies de plantas? Estas diferenças podem
ser consideradas vantajosas em relação à perpetuação, evolução e
diversidade de espécies vegetais na natureza?
Os sistemas de interpretação, ou esquemas, ajudam no reconhecimento
dos objetos, na compreensão de fatos e ações sobre a realidade. São estruturas
de conhecimento importantes, pois facilitam o processamento da informação que
pode ser bastante complexa. São sistemas que dão origem ao repertório
conceitual cuja gênese situa-se nas relações empíricas com o mundo.
A utilização de livros didáticos, também são fontes de informações que
servem como base para discussões em sala de aula, cabendo ao professor
desenvolver, pela mediação, a capacidade critica e avaliativa a partir da leitura
dos textos. Ensinar os alunos a identificar no texto idéias principais e reescrevê-
las com suas palavras, faz com que o aluno tenha compreensão do conteúdo e
desenvolva a parte escrita além da leitura, pois a questão da linguagem envolve a
capacidade dos alunos em pensar e formar conceitos.
Quando familiarizados com a leitura dos textos, com a lingüística e os
estilos de apresentação da Biologia, há o desenvolvimento de linguagens
simbólicas, importantíssimas para desenvolver a compreensão, construção e
interpretação de dados necessários à formação de conceitos científicos da
disciplina.
A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura critica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto. (Freire, 2003 p11).
Fontes sugeridas
Aspectos comparativos de ciclos de vida de algumas plantas/
simbiotica.org/ciclosdevida acesso em 15/06/09
Os briófitos (Divisão/Filo Bryophyta)/ webpages.fc.ul.pt/~maloucao/Briofitos.pdf
acesso em 17/06/09
Plantas vasculares com flor: Divisão: Anthophyta/
webpages.fc.ul.pt/~maloucao/Angiosperm.pdf acesso em 17/06/09
Embriófitas. Plantas vasculares/ Gimnospermas. Angiospermas. Ciclo de vida das
plantas com sementes/
felix.ib.usp.br/pessoal/marcos/.../germinacao%20parte%201.pdf acesso em 20/07/09
Como classificar os organismos vivos/ www.biota.org.br/publi/livros/classificacao
acesso em 22/07/09.
REPRODUÇÃO VEGETAL No momento da abordagem do conteúdo específico, é importante que o
professor indague os alunos a respeito das plantas e perceba os conceitos que
trazem do cotidiano, se possível anotando-os em um quadro ou caderno, para
que posteriormente compare-os aos conceitos científicos aprendidos.
A sistematização desses conceitos é fundamental para que a partir deles
sejam feitas às intervenções didáticas necessárias. Conhecendo os conceitos
espontâneos dos alunos, conhece-se também a ZDP atual do mesmo, criando
possibilidades de avanço frente aos novos conhecimentos apresentados e que
até o momento não faziam ou fazem sentido a ele.
Caso os alunos tenham um nível de elaboração de conceitos científicos a
respeito do tema, é necessário que o professor organize atividades apropriadas
ao conteúdo, partindo de outras e diferentes dimensões.
Na Teoria Histórico-Cultural, o conhecimento que deve ser objeto de ensino
na escola é o que o aluno não sabe, não domina; o ensino deve partir dos
conceitos já elaborados pela criança e prosseguir além do conhecido.
Existem dois tipos básicos de reprodução que podem ocorrer em plantas:
reprodução assexuada e sexuada.
Reprodução assexuada, agâmica ou vegetativa:
A reprodução assexuada consiste na propagação de partes vegetativas de
plantas que têm a capacidade de regeneração. Mesmo a técnica de
micropropagação asséptica, quer seja através de meristema ou célula, envolve a
formação inicial de uma gema ou estrutura semelhante, a qual evolui para
plântula depois do desenvolvimento de raízes.
Micropropagação constitui um clímax na técnica de reprodução vegetativa artificial. É utilizada na obtenção de material básico e na multiplicação de espécies de propagação vegetativa difícil, lenta, ou semelhante àquelas que não se propagam naturalmente, como o coco e o dendê. Fonte:www.cesnors.ufsm. acesso 23/07/2010
Através da micropropagação em meio asséptico, conseguem-se clones
"limpos", rejuvenescidos e revigorados de cultivares comercial de espécies
propagadas vegetativamente e sujeitas à senilidade, devido à infecção por
microorganismos sistêmicos. O material obtido por esse processo é submetido à
indexação a fim de se certificar de que o microorganismo infectante,
principalmente vírus e micoplasma, não passou através da pequena porção de
tecido utilizado, geralmente meristemática. O material básico obtido por esse
processo é indispensável à produção de muda, tubérculo, bulbo certificado
destinado ao agricultor, sendo utilizada comercialmente para a multiplicação
vegetativa de coco, cravo, bromélias ornamentais, dendê, orquídeas, tâmara, etc.
Pela propagação assexuada mantêm-se clones através de divisão mitótica
da célula, na qual há replicação completa do sistema de cromossomos e
citoplasma associado da célula-mãe para as duas células-filhas.
Conseqüentemente, plantas propagadas vegetativamente reproduzem, através de
replicação do DNA, toda a informação genética da planta-matriz. É por isso que
as características próprias de quaisquer plantas são perpetuadas.
A reprodução assexuada é de fundamental importância para espécies
frutíferas, porque a constituição genética da maioria das cultivares é altamente
heterozigótica, e as características próprias são imediatamente perdidas se forem
propagadas por sementes (Hartmann & Kester, 1975).
A maioria das cultivares de frutíferas consiste em grupos de plantas
propagadas vegetativamente a partir de uma única planta, comumente
desenvolvida de uma semente, ou de uma parte da planta que tenha sofrido
mutação. Tal grupo de plantas, consideradas coletivamente, recebe o nome de
clone (Stout, 1940). Um clone pode ser definido como "material geneticamente
uniforme derivado de um único indivíduo e propagado exclusivamente por meios
vegetativos, tais como estacas, divisões, enxertos, etc." Um clone mantido em um
meio apropriado, onde haja controle de viroses ou outros patógenos, e as
mutações sejam eliminadas, poderá ser perpetuado indefinidamente.
Os processos convencionais de multiplicação vegetativa, sobretudo por
estaquia, alcançaram apreciável progresso a partir de 1930, quando se descobriu
a ação das auxinas na ativação das células cambiais e na formação de raízes
adventícias e, a partir de 1940, com o desenvolvimento de técnicas para
enraizamento de estacas com folhas sob nebulosidade artificial.
Sistema de Reprodução Vegetativa
Pelo menos vinte espécies de culturas de valor comercial reproduzem-se
vegetativamente através de estruturas especializadas, que têm a função primária
de garantir a sobrevivência da espécie, enquanto que outras, através da
apomixia, formam embriões assexuados.
A propagação vegetativa artificial consiste em estimular a multiplicação
celular e a diferenciação dos tecidos por meios controláveis, tais como
temperatura, umidade do ar e do substrato, substâncias de crescimento e
nutrientes, resultando no desenvolvimento de uma nova planta altamente
especializada, geralmente de arquitetura reduzida e precoce na produção
comercial.
As principais técnicas de reprodução vegetativa artificial são: estaquia,
enxertia, alporquia e micropropagação em meio asséptico.
A propagação por meio de estacas é utilizada principalmente para plantas
do grupo das dicotiledôneas e tem amplo emprego na agricultura. A introdução do
propagador com nebulosidade adicionou considerável progresso na multiplicação
por estaca, pois possibilita o uso de estaca semi-herbácea, com folhas, o que
aumenta a percentagem de enraizamento e resulta em plantas de melhor
estrutura. É usada para o cacau, azaléia, coníferas, guaraná, oliveira, etc.
Em dezembro de 1977, decretou-se no Brasil a lei que estabeleceu a inspeção e a fiscalização da produção e do comércio de sementes e mudas, a qual foi regulamentada em junho de 1978. Essa lei e sua regulamentação permitem instalar, em nível estadual, o sistema de certificação de sementes e mudas. Entretanto, esse sistema só poderá ser instalado em locais onde houver disponibilidade de material básico, caracterizado por adequada avaliação e condição fitossanitária. Fonte: www.cesnors.ufsm. acesso 23/07/2010
A enxertia permite a obtenção de aparato vegetal de máxima eficiência,
apesar de complicada, pois consiste de uma parte superior, a copa, que é a
cultivar de alto rendimento e qualidades definidas, e uma inferior, o porta-enxerto,
que, além da afinidade com a copa, deve apresentar resistência a doenças,
pragas e condições adversas do solo e do clima. A condição complexa da muda
enxertada evidencia a necessidade do uso de matrizes sadias, pois a presença de
doenças sistêmicas causa danos irreparáveis, sobretudo quando o porta-enxerto
for suscetível.
A alporquia, que consiste em se induzir a formação de raízes adventícias
em ramos de copa ou basais e que são, então, separados da planta-mãe, é
utilizada para a multiplicação de espécies de difícil enxertia e de propagação por
estaca. A alporquia tem amplo emprego na multiplicação de porta-enxertos de
maçã e framboesa.
Somente a partir de 1966 é que se passou a aplicar as técnicas de cultura
de tecidos "in vitro", desenvolvidas, desde 1932, para a micropropagação,
embora, há pouco mais de meio século, Knudson tenha logrado a germinação de
sementes de orquídeas em meio artificial de cultura.
Atividade
Incentive seus alunos a expressarem suas experiências e
conhecimentos sobre os tipos de reprodução assexuada em vegetal,
auxiliando-os por meio de pesquisa, demonstrações de fotos, vídeos,
recortes, etc. na formação de conceitos científicos.
Por meio desta atividade os alunos devem perceber que conhecem e
convivem com muitas destas plantas no seu cotidiano. Levados ao interesse pelo
conteúdo de modo mais eficaz, favorecendo a construção da sua subjetividade,
constituirão um determinado tempo histórico e a emergência do novo, o que
poderá ser feito dialeticamente por inferências, exemplos, discussões, enfim,
possibilidades de participação. Com certeza, muitos alunos possuem um
conhecimento prévio a respeito desses tipos de reprodução, porém não com uma
abordagem científica, permitindo-lhes agora, a formação de novos conceitos, os
quais, de forma elaborada.
Reprodução sexuada, gâmica ou gamética:
Ocorrem por meio da união de duas unidades reprodutivas unicelulares, os
gametas. Nesse caso, há interação entre o material genético de dois indivíduos
que, ao contrário da reprodução vegetativa, resulta em descendentes que diferem
geneticamente um dos outros e de ambos os parentais.
A reprodução gamética em vegetais é considerada oogâmica, ou seja, os
gametas diferem na forma, sendo um muito pequeno (flagelado ou não) em
relação ao outro, que é sempre imóvel. O gameta feminino, maior e imóvel, é
denominado oosfera, enquanto o masculino, menor, é denominado anterozóide
(flagelado), ou núcleo espermático (sem flagelo).
Os gametas originam-se a partir de células primordiais em estruturas
denominadas gametângios, sendo os mais especializados os arquegônios (que
originam oosferas) e anterídios ou grãos de pólen (que originam anterozóides
ou núcleos espermáticos, respectivamente).
O processo de fusão dos gametas é chamado de fecundação e seu
produto é o zigoto. Este sofre sucessivas divisões mitóticas que resultam em um
embrião e posteriormente, em um organismo adulto.
A reprodução sexuada nas plantas implica na ocorrência de dois eventos
críticos: fecundação e meiose.
É a meiose que assegura um número de cromossomos constante de
geração em geração e também a origem de recombinações dentro dos próprios
cromossomos.
Os primeiros organismos eucariotos foram haplóides e assexuados, mas
com o surgimento da reprodução sexuada houve a evolução da diploidia -
quando duas células haplóides combinam-se formando o zigoto diplóide.
Este zigoto pode se dividir por meiose zigótica, restabelecendo a condição
haplóide, no qual o zigoto é a única célula diplóide.
Ao longo da evolução alguns desses zigotos dividiram por mitose em vez
de meiose e, consequentemente, produziram um organismo com células
diplóides, com meiose posteriormente. Essa meiose resultou em gametas
masculinos e femininos, razão de se chamar meiose gamética. Se esses
gametas forem colocados juntos, fundem-se e recompõem o número diplóide,
sendo os gametas as únicas células haplóides.
A meiose em plantas é do tipo espórica, isto é, produz esporos e não
gametas. Os esporos são células haplóides, com tegumento resistente que ao
encontrar uma superfície favorável vão sofrer mitoses e produzir um organismo
multicelular haplóide, que aparece em alternância com formas diplóides. Esses
organismos apresentam um tipo de ciclo de vida, chamado alternância de
gerações ou ciclo haplodiplobionte. Neste ciclo a geração haplóide produtora de
gametas é chamada de gametófito e a geração diplóide produtora de esporos é
chamada de esporófito.
Cada organismo tem um número característico de cromossomos para a
sua espécie, nos gametas é haplóide (único conjunto de cromossomos=n); nas
células somáticas é diplóide (conjunto duplo de cromossomos=2n) e nas células
com muitos conjuntos são poliplóides, dependendo em que momento do ciclo de
vida de um organismo ocorre a meiose:
meiose pós-zigótica - quando este fenômeno ocorre no zigoto, sendo este a
única entidade diplóide do ciclo;
meiose pré-espórica - a meiose ocorre na formação dos esporos. O zigoto, por
mitoses sucessivas, origina uma entidade diplóide, onde se diferenciam células
especiais que, por meiose, originam esporos;
meiose pré-gamética - ocorre durante a formação dos gametas, sendo estes as
únicas células haplóides do ciclo.
ciclo haplonte - neste tipo de ciclo de vida a fase haplóide predomina, sendo a
fase diplóide constituída apenas pelo zigoto. Deste modo, considera-se que não
existe verdadeira alternância de gerações. A meiose ocorre imediatamente a
seguir à fecundação (meiose pós-zigótica). Este tipo de ciclo de vida é
característico das algas;
ciclo diplonte - neste tipo de ciclo a fase diplóide predomina, sendo a fase
haplóide formada apenas pelos gametas. Também neste caso, não existe
verdadeira alternância de gerações. A meiose ocorre imediatamente antes da
fecundação (meiose pré-gamética). Este tipo de ciclo é característico de animais e
de algumas algas;
ciclo haplodiplonte - neste tipo de ciclo existe nítida alternância de fases
nucleares e de gerações pois a meiose e a fecundação estão separadas no
tempo. A meiose designa-se pré-espórica. Este tipo de ciclo de vida, o mais
complexo, é característico das plantas superiores.
Atividade
Faça um levantamento junto aos seus familiares, profissionais de
agronomia, biólogos e pessoas que trabalham com jardinagem, sobre as
formas de eles utilizarem (recursos, técnicas...) para o cultivo de espécies
vegetais com fins ornamentais, agrícolas ou de conservação ambiental.
Considerando o conteúdo trabalhado até o momento, classifique cada uma
das formas de cultivo utilizadas em reprodução sexuada e/ou assexuada.
Essa atividade deve contribuir para a transformação dos conceitos
espontâneos (conceito construído pelo sujeito de forma assistemática e não-
consciente) que compõem o conjunto de teorias individuais, tanto dos estudantes
como de pessoas da comunidade, fruto da sua história de vida cotidiana, obtida,
em grande parte, fora do contexto escolar.
Os alunos para compreenderem como acontece o cultivo em espécies
vegetais, deverão saber que Cultura de tecidos é o nome genérico que se dá
aos vários procedimentos de Cultivo de plantas a partir de células, tecidos e
órgãos vegetais em meio nutritivo e condições assépticas. Considerada uma
excelente ferramenta para clonar plantas em escala comercial, além de colaborar
na realização de estudos de transformação genética e conservação de
espécies vegetais, permite ainda aperfeiçoar a interação entre fatores abióticos
(nutricionais, luminosos, temperatura etc.) e bióticos (hormonais e genéticos),
resultando em plantas sadias, vigorosas e geneticamente superiores, que podem
ser multiplicadas massivamente. www.embrapa.br/.../curso-capacita-
estudantes-e-profissionais-em-tecnicas-de-cultura-de-tecidos-de-plantas/
Ao aprender os conceitos científicos os estudantes tendem promover o
desenvolvimento de uma série de funções psicológicas superiores como a
atenção voluntária, a abstração, dedução e síntese. Os conceitos espontâneos
permitem um confronto dos conceitos científicos com uma realidade concreta e
cria estruturas que possibilitam o desenvolvimento dos conceitos espontâneos
mais elaborados de atividade intelectual como a consciência, a sistematização e a
sua utilização deliberada. Na mente dos estudantes, os conceitos espontâneos
articulam-se dialeticamente e se transformam mutuamente (VYGOTSKY, 1993).
Para auxiliar nas pesquisas, visite os sites:
Os seres vivos, Reino das Plantas, Angiospermas/
www.portalbrasil.net/educacao_seresvivos_plantas_angiospermas.htm
Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas/
www.genetica.esalq.usp.br/pub/Seminario.pdf
Artigos acadêmicos sobre – Raven - vantagens adaptativas das plantas/ Google
acadêmico
A EVOLUÇÃO DAS PLANTAS Para melhor entender a reprodução das plantas é necessária saber um
pouco mais sobre sua evolução, relacionando o surgimento de algumas estruturas
ao sucesso reprodutivo (das plantas). Neste caso, consideramos que todas as
plantas possuem um ancestral aquático que evoluiu gradativamente para o
ambiente terrestre.
BRIÓFITAS
As briófitas, representadas pelas hepáticas, antóceros e musgos, são
importantes por fazerem à passagem evolutiva do ambiente aquático para o
ambiente terrestre. Seu ciclo de vida apresenta alternância de gerações sendo
que o gametófito é a fase dominante do ciclo e o esporófito é dependente do
gametófito.
Um exemplo de um musgo e de uma hepática. Fotos: Guilherme Oliveira e Rafael Zampar. As briófitas são importantes pelo pioneirismo numa sucessão ecológica,
podendo se desenvolver em rochas, onde os produtos da própria atividade
biológica modificam o substrato, permitindo que outras espécies também se
desenvolvam. Os musgos do gênero Sphagnum são plantas de grande influência
no ciclo biogeoquímico do carbono pela quantidade deste elemento que absorvem
e armazenam, além da sensibilidade à poluição atmosférica, sendo indicadores
de áreas poluídas, quando não muito presentes nestes locais. As briófitas
também são essenciais na agricultura, auxiliando na retenção da água pelo solo e
melhoramento da sua textura.
Acredita-se que as plantas terrestres tenham se desenvolvido a partir das
algas verdes aquáticas por apresentarem características bioquímicas e
metabólicas em comum com as plantas terrestres.
As briófitas atuais não apresentam tecidos condutores de água e alimentos
(tecidos vasculares), chamados xilema e floema, presentes nas plantas
vasculares. Embora algumas briófitas possuam tecidos condutores
especializados, as paredes das células condutoras de água das briófitas não são
lignificadas como as das plantas vasculares.
PTERIDÓFITAS
Ao longo da evolução, as pteridófitas representam o primeiro grupo que
efetivamente conquistou o ambiente terrestre. Apresentam vasos condutores
(xilema e floema), que auxiliam nas reposições de quantidades de água. Possuem
raízes, caules e folhas verdadeiros, além do ciclo de vida com alternância de
gerações (a fase esporofítica é predominante no ciclo de vida, dependendo do
gametófito; a fase gametofítica, também chamada de protalo, é de vida curta,
sendo monóica ou hermafrodita). São plantas utilizadas por razão ornamental, na
fabricação de xaxins e no âmbito ecológico é também a base da cadeia alimentar
de muitos seres vivos.
A lignina ou lenhina é um polímero tridimensional amorfo encontrado
nas plantas terrestres, associado à parede celular, cuja função é de
conferir rigidez, impermeabilidade e resistência a ataques
microbiológicos e mecânicos aos tecidos vegetais. Fonte: www.madeira.ufpr.br/disciplinasklock/.../LIGNINA.pptt. 2007.
Pelas características evolutivas das pteridófitas notamos a incrível
capacidade de adaptação da vida na terra.
Seus representantes mais relevantes encontram-se nos seguintes filos:
Lycophyta (Lycopodium e Selaginella), Psilotophyta (Psilotum), Sphenophyta
(Equisetum) e Pterophyta (samambaias).
GIMNOSPERMAS
As gimnospermas (do grego gymnos: nua; sperma: semente), incluem
árvores como o pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), ginkgo (Ginkgo
biloba), além de espécies arbustivas como a cicas (Cycas revoluta). Visite o
endereço: http://www.youtube.com/watch?v=GwMApqsQ6ag
Na linha evolutiva a mais incrível inovação das gimnospermas é a semente
(constituída em um envoltório, um embrião e alimento armazenado), que dá à
planta uma unidade de dispersão, que tem maior capacidade de perpetuação da
espécie.
Estas plantas possuem também independência no que se refere à água
como meio de transporte dos gametas masculinos em direção à oosfera. Nas
gimnospermas, o gametófito masculino constitui o grão de pólen, que é
transportado de modo passivo pelo vento até as vizinhanças de um gametófito
feminino protegido no interior de um óvulo – pelo processo chamado de
polinização.
Nas coníferas, gnetófitas e também em angiospermas, o tubo polínico
transporta o gameta masculino até a oosfera. Com esta inovação, as plantas com
sementes não são mais dependentes de água para assegurar a fecundação
(necessidade de todas as plantas sem sementes).
Em ginkgo e cicas sugere-se que originalmente, o tubo polínico haustorial
desenvolveu para absorção de nutrientes e produção de gametas masculinos por
parte do gametófito masculino durante o seu crescimento dentro do óvulo. A partir
de tal perspectiva, o transporte de gametas masculinos imóveis por um tubo
Adaptação: processo que possibilita o ajuste dos seres vivos a meio variável, assegurando a sobrevivência das espécies, permitindo a sua extensão geográfica e diversificação. Fonte: www.ufpa.br/npadc/gpeea/artigostext/ecoevadp acesso 09/03/09.
polínico em direção a uma oosfera, é uma alteração evolutiva, em função do
propósito da estrutura inicial.
A polinização nas gimnospermas é feita pelo vento. Por isso os grãos de
pólen possuem estrutura alada (com asas). A fecundação ocorre quando um
gameta masculino do microgametófito (grão de pólen germinado) une-se à
oosfera, geralmente localizada no interior de um arquegônio. Um segundo gameta
masculino é produzido aparentemente sem função e se desintegra.
Os pinheiros do gênero Pinus são as mais conhecidas gimnospermas. Os
microsporângios e megasporângios em Pinus e na maioria de outras coníferas, se
encontram em pinhas, ou estróbilos, separados na mesma árvore.
A Araucaria angustifolia (pinheiro-do-paraná) é a árvore símbolo do estado do Paraná. Foto: Rafael Zampar.
Os estróbilos microsporangiados (produtores de pólen) em ramos inferiores
das árvores e os megasporangiados (produtores de óvulos), em ramos
superiores.
Em alguns pinheiros os estróbilos estão no mesmo ramo, com estróbilos
megasporangiados mais próximos do ápice. Quando o pólen não é levado para
cima pelo vento, estes estróbilos são atingidos por pólen de outras árvores,
aumentando a freqüência de fecundação cruzada.
Atividade
Analise as fases do ciclo de vida do pinheiro apresentado na figura
abaixo, relatando por escrito, cada uma delas. Neste ciclo, ocorre o
fenômeno chamado “poliembrionia”. Pesquise sobre o mesmo e explique-o.
Continuando a sua análise, destaque os termos desconhecidos,
conceituando-os segundo o seu entendimento.
A atividade sendo individual deve ter como objetivo perceber do aluno o
nível de desenvolvimento intelectual e os traços peculiares de seu pensamento, já
que envolve um esforço mental. Com isto, o professor saberá como ocorre o
contato dos alunos com os signos e símbolos relacionados ao seu meio, inclusive,
com o próprio conteúdo, favorecendo o processo de internalização dos
conhecimentos.
O professor poderá então utilizar em suas práticas pedagógicas, uma
linguagem próxima a do contexto sociocultural dos alunos e atingir de maneira
mais significativa os seus objetivos, que é a apropriação dos conceitos científicos.
As angiospermas (do grego angeion: vaso, bolsa; sperma: semente) é o
grupo de maior diversidade morfológica entre as plantas, com grande distribuição
geográfica e de ambientes. Faz parte deste grupo a maioria das árvores,
arbustos, gramados, jardins, grãos, frutos e verduras conhecidos.
As principais características das angiospermas são a flor e o fruto, que
constituem as partes reprodutivas da planta, essenciais para a progênie e
evolução das espécies.
http://www.biologia.edu.ar/botanica/animaciones/ciclos/pino/pinobrasil/bra-ciclo%20pino.htm
São duas as suas classes principais de angiospermas: Monocotiledôneas
ou Liliopsida (gramíneas, orquídeas, lírios e palmeiras) e Dicotiledôneas ou
Magnoliopsida (a maioria das plantas conhecidas).
A flor é um ramo com crescimento determinado, portador de folhas
modificadas com função reprodutiva ou de atração de polinizadores. O carpelo é a
estrutura que se desenvolve no fruto após a fecundação, é ele que envolve os
óvulos que se desenvolvem em sementes.
As flores podem se agrupar de várias formas, em agregados chamados
inflorescências.
A haste de uma flor isolada é denominada pedúnculo, enquanto de uma flor
em uma inflorescência é chamada pedicelo.
A parte da haste da flor onde estão os elementos florais se chama
receptáculo. Presas ao receptáculo estão as partes florais estéreis e férteis
(reprodutivas).
Visite os sites abaixo. Encontrará o conceito e a classificação do
conteúdo inflorescência racemosa e cimosa, por categoria.
www.anatomiavegetal.ib.ufu.br/.../morfvegetalorgaINFLORESCENCIA. http://www.youtube.com/watch?v=TIKuN4xR984
OS PROCESSOS DA POLINIZAÇÃO E FECUNDAÇÃO
A polinização é o processo de transporte dos grãos de pólen da parte
masculina das flores (anteras) até a parte feminina das flores (estigma). Nas
Nas angiospermas os gametófitos são reduzidos. O microgametófito maduro consiste em três células e o megagametófito (saco embrionário) mantém-se a vida inteira dentro dos tecidos do esporófito, na verdade, dentro do óvulo. Não há formação de anterídios e arquegônios. A Polinização é indireta e o pólen é depositado no estigma. Este germina e dá origem ao tubo polínico, levando células espermáticas (sem movimento) até o gametófito feminino. Após a fecundação, o óvulo se transforma em semente, envolvida pelo ovário, ao mesmo tempo em que o ovário se transforma em fruto. A fecundação ocorre em três fases: polinização (transporte do grão de pólen da antera ao estigma da flor), formação do tubo polínico (ou germinação do grão de pólen), fecundação propriamente dita (fusão dos gametas masculino (núcleo espermático) e feminino (oosfera), processo também denominado de singamia). – fonte www.anatomiavegetal.ib.ufu.br/.../morfvegetalorgaFECUNDACAO.
OS PROCESSOS DA POLINIZAÇÃO E FECUNDAÇÃO
A polinização é o processo de transporte dos grãos de pólen da parte
masculina das flores (anteras) até a parte feminina das flores (estigma). Nas
angiospermas a polinização pode ocorrer de várias formas diferentes e constitui
em um universo de relações entre as plantas e seus agentes polinizadores.
Polinização direta ou autopolinização
Ocorre quando uma flor recebe o seu próprio pólen ou o pólen de outras
flores da mesma planta. Preferencialmente, ocorre em flores cleistogâmicas
(fechadas), como por exemplo, ervilha e soja. A autopolinização leva à
autofecundação e ao aparecimento de descendência homozigota. Os indivíduos
mais adaptados para sobreviver são, no entanto, os heterozigotos, obtidos por
fecundação cruzada. Por isto as plantas apresentam mecanismos que impedem a
autofecundação e facilitam a fecundação cruzada. São os mecanismos:
§ Dicogamia: amadurecimento dos órgãos reprodutores em épocas diferentes.
Pode ser de dois tipos:
§ protandria - quando amadurecem em primeiro lugar os órgãos masculinos e
posteriormente os órgãos femininos e protoginia - quando amadurecem
primeiramente os órgãos femininos e posteriormente os órgãos masculinos;
§ Dioicia: aparecimento de indivíduos com sexos separados: uma planta
masculina e outra feminina;
§ Hercogamia: ocorre uma barreira física, que separa o androceu do gineceu;
§ Heterostilia: ocorre nas flores de estames com filetes curtos e estiletes
longos;
§ Auto-esterilidade: a flor é estéril ao pólen que ela mesma produziu.
Polinização indireta ou cruzada
O grão de pólen é transportado da antera de uma flor até o estigma de
outra flor, podendo esta flor estar na mesma planta ou em outra planta. Neste
último caso é que ocorre a verdadeira polinização cruzada. A polinização cruzada
leva à fecundação cruzada e, conseqüentemente, à produção de descendência
heterozigota (híbrida).
Formação do tubo polínico
Ao cair no estigma, o grão de pólen ganha água e germina dando origem
ao tubo polínico. O grão de pólen apresenta, em seu interior, a célula geradora
e a célula do tubo (ou célula vegetativa). Em algumas angiospermas, ocorre a
divisão da célula geradora ainda dentro do microsporângio (saco polínico),
condição considerada mais evoluída. Em outras, o grão de pólen retoma o seu
desenvolvimento apenas no estigma, apresentando um alongamento da célula do
tubo, formando o tubo polínico que cresce através do estilete, em direção ao
ovário quimiotropicamente. No ovário, atinge o óvulo e penetra-o, algo comum de
ocorrer pela micrópila – porogamia. Também pode atingir por outro local que não
a micrópila – aporogamia.
Fecundação ou Singamia
No óvulo, o tubo polínico atravessa o aparelho filiforme (projeções da
parede da sinérgide no lado micropilar) de uma das sinérgides, que têm por
função receber o tubo polínico. A membrana plasmática da sinérgide que recebeu
o tubo degenera e um dos gametas entra em contato com a membrana
plasmática da oosfera e o outro com a da célula mediana. Após a fusão das
membranas plasmáticas, os núcleos gaméticos são levados pela corrente
citoplasmática em direção ao núcleo da oosfera ou da célula mediana. A fusão de
um dos pró-núcleos do gameta masculino com o pró-núcleo da oosfera resulta no
zigoto (2n), que, por divisões mitóticas, originará o embrião. O outro gameta
masculino funde-se aos núcleos polares formando o núcleo endospermático
primário, que é triplóide (3n) e, por divisões sucessivas dará origem ao
endosperma secundário. Após a fecundação, as antípodas degeneram. Portanto,
existem dois gametas masculinos: um se funde com o gameta feminino (oosfera)
dando origem ao embrião (diplóide), que representa o início de uma nova geração
esporofítica e o outro se funde com a célula média (binucleada, núcleos polares),
dando origem ao endosperma (3n) ou xenófito, geração exclusiva das
Angiospermas que irá nutrir o embrião até a germinação da semente.. Por este
motivo, esta planta apresenta a chamada dupla fecundação. Após a fecundação,
o óvulo transforma-se em semente.
Atividade
Os agentes polinizadores das angiospermas são diversos. Pesquise e
discorra sobre os mais importantes.
Procure por meio de pessoas da sua convivência, em alguma
Cooperativa da sua região, trabalhadores da lavoura, profissionais do meio
agrícola, geólogos, entre outros, conhecerem os benefícios e prejuízos tidos
nos ecossistemas a partir de práticas na agricultura moderna. Estas
técnicas simplificam os habitats naturais, afetando a polinização e em
consequência, a economia e os aspectos biológicos do meio.
Em virtude da diminuição de agentes polinizadores exóticos, por ação
antrópica, os ecossistemas afetados provocam mudanças no ambiente.
Quais são estas mudanças e prejuízos?
Se a polinização é tão importante para a produção de plantas
cultivadas porque, no Brasil, a atenção dos agricultores e de profissionais
relacionados a essa atividade não está voltada para ela?
O desenvolvimento cultural da criança aparece primeiro no nível social e
depois no nível individual Entre as pessoas (interpsicológica) e depois no interior
da criança (intrapsicológica), idêntico ao desenvolvimento cultural do aluno, onde
sua aprendizagem ocorre mediante o processo de relação com o professor ou
com outros alunos mais adiantados em relação ao conhecimento.
Isto significa que os processos psíquicos, ”a aprendizagem entre eles”,
ocorre por assimilações de ações exteriores, interiorizações desenvolvidas
através da linguagem interna que permite formar abstrações.
Deduz-se que para Vygotsky, a finalidade da aprendizagem é a
assimilação consciente do mundo físico mediante a interiorização gradual de atos
externos e suas transformações em ações mentais, ou seja, a aprendizagem se
produz pelo constante diálogo entre o exterior e interior do indivíduo, uma vez que
para formar ações mentais tem que partir das trocas com o mundo externo, cuja
interiorização surge da capacidade que as atividades abstratas venham permitir
elevar a cabo ações externas.
Pensa-se assim, que o processo da aprendizagem se desenvolve do
concreto (segundo as variáveis externas) à abstrata (as ações mentais), com
diferentes formas de manifestações, tanto intelectual, verbal e em diversos graus
de generalizações e assimilações.
Na abordagem de Vygotsky, a explicação das mudanças de ordem
qualitativa ocorre ao longo da gênese de certas funções, assim como, no estudo
da linguagem da formação de conceitos; não se tem estágios de desenvolvimento
sobre o surgimento e desenvolvimento das funções psíquicas através de
acumulação de processos elementares, não se questiona o fato de que todos os
indivíduos tenham uma capacidade de aprendizagem que, inicialmente, está
condicionada pelo nível de desenvolvimento alcançado.
Levando em consideração que os conceitos cotidianos são aprendidos
assistematicamente, eles dispensam a necessidade da escola para a sua
formulação, enquanto que os conceitos científicos, constituído por um sistema
hierárquico de inter-relação, são os conceitos aprendidos na escola.
Sistematicamente, dizemos, que ainda que a criança não consiga formular
conceitos (pseudos conceitos), o pensamento ocorre por cadeia e de natureza
factual e concreta, orientada pela semelhança concreta visual, formando apenas
um complexo associativo restrito a um determinado tipo de conexão perceptual.
Após, forma conceitos por atividade complexa e abstrata, fazendo uso do
signo, ou palavra, como meio de condução das operações mentais.
A atividade acima demonstra a necessidade de intervenção constante do
professor (mediação), considerando que mesmo no Ensino Médio, para o aluno, a
POLINIZAÇÃO é apenas o transporte dos grãos de pólen (gametas masculinos)
de uma flor para o estigma (parte feminina) de outra flor, resultando em frutos de
melhor qualidade e com maior número de sementes, sem outras implicações.
Percebe-se serem conhecimentos espontâneos da sua vivência, pois o aluno
ainda não consegue, na maioria das vezes, deduzir a importância que a
polinização causa como impacto na biodiversidade de áreas naturais,
principalmente das que fazem parte da sua região.
De acordo com a abordagem da Teoria Histórico-Cultural o conhecimento
dos alunos deve ir além das suas capacidades imediatas, por meio do
desenvolvimento e da complexidade da construção de conceitos científicos,
implicando a ZDP e as funções mentais superiores. Portanto, ao apresentar o
conteúdo, o professor por diferentes instrumentos e estratégias deve apresentar a
diversidade de espécies vegetais, iniciando pelas nossas matas (castanha do
Brasil, guaraná, açaí, cupuaçu, sapucaia, mogno entre centenas de outras). Estas
dependem da polinização para produzir os seus frutos, bem como dos insetos e
animais (agentes polinizadores) que prestam serviço ambiental na produtividade
dos cultivos agroflorestais e estufas manejadas. São as vantagens econômicas
que podem ser melhoradas por meio da discussão de metodologias que visem à
avaliação e o monitoramento do declínio dos polinizadores, num país tão grande e
diverso como o nosso.
Como se vê, no processo de formação conceitual, a palavra é parte
fundamental e o seu significado sofre uma evolução não se encerrando com o ato
de sua simples aprendizagem: é apenas um começo. Podemos atribuir a uma
palavra (polinização) um significado rudimentar ou alcançar significados mais
elaborados de categorização e generalização - caso dos conceitos científicos, um
processo que possui um caráter produtivo e não reprodutivo.
Um conceito não se origina do estabelecimento de relações mecânicas
entre a palavra e o objeto: a memorização da palavra e sua relação com o objeto
não conduzem a uma formação conceitual, é o desenvolvimento dos processos
que dão origem a essa formação. Através da base psicológica está a
possibilidade da formação conceitual, cujo amadurecimento ocorre somente na
adolescência.
A formação conceitual sempre é o resultado de uma intensa e complexa
operação com a palavra ou o signo, com a participação de todas as funções
intelectuais básicas, o que geralmente, acontece na escola.
Complementando os seus conhecimentos utilize os endereços abaixo
para pesquisar e responder as questões solicitadas. (acesso de janeiro a
julho de 2009).
www.anatomiavegetal.ib.ufu.br/.../morfvegetalorgaFECUNDACAO.pdf
www.aultimaarcadenoe.com/biologia7g.htm
www.politika1.blogspot.com/2007/12/o-fim-est-prximo.html
www.webbee.org.br/bpi/pdfs/cop_6_port.pdf
http://br/estagio_docencia/EduardoGasparino.pdf
http://www.webbee.org.br/pesquisa/palinologia.pdf
Após as leituras e os conhecimentos adquiridos sobre as plantas,
(reprodução, polinização, entre outras informações), vamos ao laboratório
para analisar grãos de pólen, retirado de flores coletadas sob a orientação
do professor.
ENCAMINHAMENTO DA PROPOSTA: Retire os grãos de pólen com a
ajuda de um pincel, isoladamente, flor a flor, colocando-os sobre uma Placa
de Petri, com água. Com um conta-gotas, retire as amostras e coloque-as
sobre uma lâmina. Cubra com lamínula e observe no microscópio as
diferentes formas dos grãos. Após, observe-os secos e compare-os.
De acordo com as observações, desenhe o que vê e anote o que
achar interessante, socializando com os demais alunos, para saber se há
semelhança entre a compreensão da maioria.
A escola deve deslocar o aluno das situações cotidianas e das informações
perceptuais imediatas do senso comum, para um pensamento distinto do
pensamento cotidiano, o que pode ser feito por meio de práticas em laboratório,
proporcionando referências às características da ciência.
Segundo OLIVEIRA (2005),
As disciplinas científicas trabalham com a construção de categorias formalizadas de organização de seus objetos e com processos deliberados de generalização, buscando leis e princípios universais, estruturados em sistemas teóricos com clara articulação interna. A predição e o controle são objetivos explícitos do empreendimento científico, o que envolve tanto a criação de instrumentos e artefatos e tecnologia, como a produção de conhecimento sem aplicabilidade imediata, visando descrever e explicar os fenômenos que constituem objetos de conhecimento para os seres humanos (p. 72).
Para facilitar o entendimento de sua experiência e enriquecê-la com
novos dados, consulte os sites recomendados a seguir. Eles contribuem para que
você obtenha informações interessantes a respeito do assunto.
Agora, vamos ao Laboratório.
As unidades de medida mais utilizadas para células são: µm (micrômetro) = 0,001 mm (1 milésimo de milímetro); nm (nanômetro) = 0,000 001 mm (1 milionésimo de milímetro); Å (Ångström) = 0,000 000 1 mm (1 décimo milionésimo de milímetro).
Agora, vamos ao Laboratório.
www.universitario.com.br/celo/topicos/subtopicos/botanica/anatomia_vegetal/flor/fl
or.html acesso em 23/03/08
www.colegiosantarosadelima.com.br/index.php?option=com_docman&task=doc_d
ownload&gid=60 acesso em 23/03/08
www.exames.org/.../biogeo_resumo_biologia_ano1_fernando_nunes.doc acesso
em 03/08/09
OS AGENTES POLINIZADORES (VISITANTES FLORAIS)
As abelhas representam o grupo de animais extremamente importante pelo
enorme número de espécies de plantas polinizadas, constando, que a família
mais moderna, existe pelo menos 80 milhões de anos. Vivem do néctar, tanto
machos como fêmeas, coletando pólen e néctar por pêlos e outras estruturas
(partes bucais) adaptadas especialmente para a coleta e transporte dos mesmos.
Exemplo: As abelhas mamangavas (gênero Bombus) são abelhas sociais,
vivendo em colônias.
Visite os sites
http://www.youtube.com/watch?v=Jf7WL0Mgil0
www.webbee.org.br/didatico/sociais.swf
As Apis mellifera (abelhas de mel ou Europa) são
dotadas de um sistema de comunicação complexo e preciso
entre os animais. Em 1788, Ernst Spitzner já havia relatado
a existência de movimentos especiais (danças) de algumas
abelhas no favo, porém desconhecia o significado, o qual se
deu a partir de 1920, em Luz am See, na Áustria, quando
Karl von Frisch demonstrou experimentalmente, que as abelhas campeiras, após
localizarem uma fonte de alimento, retornam à colméia e informam às
companheiras, com grande precisão, onde se encontra a fonte de alimento (von
Frisch, 1953).
São três os tipos de danças: “dança em círculo”, “dança em foice” e “dança
do requebrado” (von Frisch & Lindauer, 1956). Quando a fonte de alimento se
encontra a pequenas distâncias da colméia é a dança em círculo, em grandes
distâncias é a dança do requebrado, e a distâncias intermediárias é a dança em
foice.
A abelha utiliza o sol como sua bússola, sendo extremamente importante
sua localização para que seja informado o local da fonte de alimento (árvore com
flores).
Na “dança do requebrado” a abelha, após chegar da fonte de alimento se
comunica com as companheiras no favo, oferecendo alimento trofalaxis:
mecanismo pelo qual formigas abelhas ou outros insetos sociais alimentam-se um
ou outro. Esta transferência é uma alimentação de boca em boca. Os aparelhos
bucais dos insetos fazem contato com o inimigo e há transferência entre os
nutrientes e substâncias de reconhecimento, como os feromônios, onde a seguir,
executam movimentos rítmicos do abdômen. A direção em que à dança é feita no
favo, em relação ao fio de prumo, fornece um ângulo que corresponde
exatamente ao ângulo formado entre a fonte de alimento (árvore com flor),
posição do sol e colméia. À medida que o sol se movimenta a abelha corrige o
ângulo correspondente. Se o ângulo era 45 graus a direita do fio de prumo, se
orientam com ângulo de 45 graus à direita do sol para localizar o alimento. A
distância é informada pelo som produzido pelas vibrações do abdômen. Ao se
aproximarem da flor, usam as células sensoriais (sensillas) localizadas nas suas
antenas para captar os sinais químicos ou cheiros.
A vida das abelhas é tão fascinante, que desde o início da civilização entre
os gregos e egípcios, há mais de 500 anos antes de Cristo, era considerado
como o “Símbolo do bem estar”.
No caso das abelhas pertencentes à ordem dos Hymenóptera, surgida a
mais de 50 milhões de anos nas civilizações gregas e egípcias, a comunicação é
complexa. De acordo com a evolução social do grupo, trocam ou transferem
Figura publicada por Gonçalves, 1972
mensagens ou informações através de código antecipado de sinais físicos,
químicos, biológicos ou por combinação de todos eles, “base da linguagem usada
na comunicação”, apresentada sob
forma de reações do organismo,
movimentos e produção de
substâncias “feromônios”, entre
outros.
À esquerda o mais antigo fóssil do ancestral das abelhas, o “Electrapis”
encontrado em âmbar (resina). À direita um fóssil de abelhas onde se vê
claramente as partes do corpo da abelha e em destaque a corbícula (cesta onde
se deposita o pólen) na pata (Fotos publicadas em Ruttner, 1992).
Visite o site:
www.apacame.org.br/mensagemdoce/71/artigo2.htm acesso 22/06/08
Para complementar seus conhecimentos sobre polinização, visite ainda:
http://www.youtube.com/watch?v=zFnWhAyJi40 (polinização de maracujá) acesso
julho de 2009
http://www.youtube.com/watch?v=UrX4SnjDMJ8 (polinização em orquídeas) acesso
agosto de 2009
http://www.youtube.com/watch?v=UyFJzfRSbVA (polinização por abelhas) acesso
agosto de 2009
Atividade:
CONSTRUÇÃO DE PAINEL (ação desenvolvida individualmente)
Muitas plantas que cultivamos, e, sobretudo as árvores frutíferas
como a macieira, a parreira, a ameixeira, etc, dependem dos insetos para a
sua polinização, principalmente das abelhas.
Partindo desta importância, mostre as diferenças existentes entre a
rainha, o zangão e a operária, sabendo, que seus órgãos sensoriais e
funções dentro da colméia, permitem a polinização.
Por meio de desenho da morfologia externa da abelha, anote cada
parte, principalmente aquelas que estão ligadas à polinização.
Exponha o desenho em painel e compartilhe o seu trabalho com os de
seus colegas, identificando entre eles, quais as espécies de abelhas foram
pesquisadas e, principalmente, as mais importantes nas diferentes regiões
do país.
Após, socializem os resultados e finalizem num só painel os dados
mais interessantes e significativos.
A apropriação da cultura só acontece pela participação, por meio de
gestos, palavras e ações com significação para o outro e que, posteriormente,
terão significação para a própria criança. Após, essa presença tornam-se
implícita, sob a forma de livros, filmes, músicas, desenhos, atividades
compartilhadas etc.
Pino (2005:53), afirma que “a humanização do indivíduo confunde-se com
o processo de apropriação dessa cultura”. A escola apresenta-se como local
privilegiado para que aconteça esta apropriação e, o professor, como singular
agente mediador deste processo.
É importante compreender isso como referencial teórico, envolvendo as
diferentes linguagens artísticas, produções escritas, entre outras atividades
criativas, que envolvam a arte, a estética e a fruição como lugares pelos qual o
docente precisa transitar, inclusive, na Biologia, também um campo da cultura.
Valorizar as atividades e manifestações trazidas pelos alunos para a sala
de aula é condição fundamental para que estes respeitem e abra-se para
apreender conteúdos diversos daqueles presentes em seu dia-a-dia.
A Teoria Histórico Cultural considera que a atividade prática se constitui na
unidade básica para se estudar os processos psicológicos e a aprendizagem é
uma aquisição de habilidades especializadas para o pensamento, que não deve
ser entendido apenas como sendo uma característica pessoal do estudante, mas
sim como uma característica do estudante interagindo com outros e com seu
professor, em atividades de instrução socialmente organizadas.
Para facilitar a sua pesquisa, além dos livros, utilize os sites abaixo.
sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMel/morfologia.htm
acesso 27/03/09
portalsaofrancisco.com.br/alfa/voce-quis-dizer/temas.php?chave=Anatomia acesso
27/03/09
www.faunabrasil.com.br/sistema/modules/myalbum/photo.php?lid=79&cid acesso
27/03/09
pt.wikipedia.org/wiki/Abelha acesso 28/03/09.
A Química dos perfumes e das cores na relação entre flores e
insetos.
Perfume: origem latina per “através” fumum “ fumaça”
Vamos imaginar a redondeza de uma colméia na primavera. Vários tipos
de flores produzindo néctar em diferentes concentrações. Quanto mais rico e
doce o fluxo, mais vibrante a dança das abelhas, pois, com o melhor néctar
transmitirão fragrâncias específicas e mais procuradas, revelando um novo
significado biológico da fragrância da flor e a sua rigorosa diversidade e
especificidade, em cada espécie. É uma nova linhagem vislumbrando um aroma
atrativo.
Assim, durante a evolução, as plantas pela atração dos animais
continuam o processo da reprodução (nos ritos da polinização) e com o auxílio
das cores das flores e frutos, auxiliam na dispersão das sementes, sob o
gerenciamento do código genético.
As cores resultam da absorção da radiação solar por substâncias
produzidas pelas plantas.
Flores polinizadas por besouros possuem cores pouco vistosa e tem
forte odor, exemplo: magnólias, lírios, papoulas, rosas selvagens, erva-doce,
etc.
As abelhas polinizam flores azuis ou amarelas, na maioria das vezes
para se alimentarem. Flores que co-evoluiram com as abelhas, possuem cores
vivas, com padrões distintos, reconhecidos facilmente, entre eles, os guia de
néctar (marcas indicando o nectário).
Flores mais evoluídas, como as orquídeas, formam armadilhas
complexas forçando as abelhas a fazerem visitas através de rota específica,
entrando e saindo da flor, onde os estigmas e anteras fazem contato com o corpo
da abelha, favorecendo a polinização.
Bizarra é a polinização das orquídeas do gênero Ophrys; a flor se
assemelha a fêmea de abelhas, vespas ou moscas. Na primavera, os machos
tentam copular com as flores e, durante a visita sexual, uma polínia (massa
cerosa constituída por grãos de pólen, mais substância viscosa e
transparente, presente nos estames e estigma de algumas flores) depositada
no corpo do inseto é capturada durante a visita em outra flor da mesma espécie,
realizando a polinização.
Mariposas e borboletas visitam flores que possuem o tubo da corola
grande, elas são vistas em tons avermelhado e alaranjado. Os nectários ficam na
base do tubo da corola, acessível somente às peças bucais sugadoras destes
animais.
As aves visitam frequentemente, flores vermelhas e sem odor,
produzindo grande quantidade de néctar, do qual se alimentam (em geral de
maracujazeiros, cactos, bananeiras e orquídeas), com grandes inflorescências,
característica associada ao estímulo visual e a capacidade de reter grande
quantidade de néctar.
Morcegos polinizam flores pouco vistosas e de forte odor, com grandes
quantidades de néctar.
Os morcegos voam de árvore para árvore se alimentando de pólen e
outras partes florais, em pelo menos 130 gêneros de angiospermas, entre elas,
bananeiras, mangueiras, kapok e sisal.
Plantas polinizadas pelo vento são pouco vistosas, sem odor e não
produzem néctar, caso das gramíneas, carvalhos, salgueiro, entre outras.
Flores polinizadas pela água vivem em ambientes marinhos ou de água-
doce, sendo o pólen transportado sob a água ou flutua de uma planta à outra na
superfície.
Algumas substâncias químicas (pigmentos), responsáveis pela cor
das flores.
Flavonas, responsável pela cor branca e creme - 95% das espécies de
flores.
Carotenóides, responsável pela cor amarela.
Pelargonidina e cianidina+carotenóide, responsável pela cor
escarlate, ex. Salvia - Tulipa.
Cianidina sobre carotenóide, responsável pela cor marrom, ex.
Orquídias.
Peonidina, responsável pela cor rosa, ex. Peônia, Rosa rugosa.
Delfinidina, responsável pela cor violeta, ex. Verbena.
Delfinidina em alta concentração, responsável pela cor preta
(púrpura), ex. Tulipa negra.
Clorofila, responsável pela cor verde, ex. Heleleborus.
(Fonte Harborne, J. B. http:// www.geoc/ acesso 12/08/09)
As cores são características importantes das angiospermas, inclusive,
servindo para o seu reconhecimento.
As cores evoluíram em diferentes tipos de flores em associação com os
sistemas de polinização, como sinais para tipos determinados de animais.
Todas as cores das flores possuem um pequeno número de pigmentos, os
mais importantes os flavonóides, ocorrendo em todas as angiospermas e
esporadicamente em outros grupos de plantas.
Atividade
Explique as questões abaixo:
Por que orquídeas clorofiladas mostram diferentes concentrações
desse importante pigmento, conferindo as flores variadas tonalidades de
verde?
Do ponto de vista químico, os flavonóides são fenóis, ácidos, reativos
e facilmente oxidáveis formando polímeros escuros. Ao cortamos partes de
uma planta, o escurecimento do tecido cortado é devido a essa oxidação. As
cores do vermelho a púrpura e ao azul, são na maioria devido à antocianina.
A coloração dos pigmentos é estável nas plantas por alguns dias e até por
um mês; entretanto, quando extraídas, as antocianinas são instáveis e de
imediato perdem a cor (pela hidratação) em uma solução aquosa neutra.
Que fatores predominam em certas flores para que elas sejam albas
(brancas)?
Explique o fenômeno chamado co-pigmentação, dando exemplos.
Nessa atividade, os alunos devem perceber as complexas relações
estabelecidas entre animais e vegetais e, para realizá-la, por mediação do
professor, precisam rever seus conhecimentos em Química. Esse momento
ressalta a importância do trabalho interdisciplinar, pois ele possibilitará o
aprofundamento e a compreensão da relação existente entre teoria e prática para
uma formação científica, crítica, criativa e responsável mediante o grande desafio,
tanto no plano ontológico quanto no plano epistemológico.
A interdisciplinaridade pressupõe a complementaridade dos processos, na
necessidade das relações, no diálogo, na problematização, na atitude reflexiva,
na visão articuladora que rompe com o pensamento disciplinar, parcelado,
hierárquico, fragmentado, dicotomizado - concepção cartesiana de mundo.
As aprendizagens necessárias aos estudantes e educadores são aquelas
que problematizam, desvendam enquanto verdade absoluta coloca a escola em
movimento, entendendo que é na sala de aula que as relações intervêm no
processo de construção e organização do conhecimento de forma múltipla, já que
ocorrem entre professores, alunos e objetos de estudo.
Nesse complexo, o enfoque interdisciplinar possibilita o aprofundamento da
compreensão da relação entre o sujeito e a sua realidade mais ampla, auxilia os
alunos na compreensão das complexas redes conceituais, possibilita maior
significado e sentido aos conteúdos da aprendizagem.
Como diz Olga Pombo (2004, p.10),
Trata-se de reconhecer que determinadas investigações reclamam a sua
própria abertura para conhecimentos que pertencem, tradicionalmente,
ao domínio de outras disciplinas e que só essa abertura permite aceder a
camadas mais profundas da realidade que se quer estudar. Estamos
perante transformações epistemológicas muito profundas. É como se o
próprio mundo resistisse ao seu retalhamento disciplinar. A ciência
começa a aparecer como um processo que exige também um olhar
transversal.
Para Paulo Freire (1987),
A interdisciplinaridade é o processo metodológico de construção do
conhecimento pelo sujeito com base em sua relação com o contexto,
com a realidade, com sua cultura. Busca-se a expressão dessa
interdisciplinaridade pela caracterização de dois movimentos dialéticos: a
problematização da situação, pela qual se desvela a realidade e a
sistematização dos conhecimentos de forma integrada.
Visite os sites
http://guiadetudo.wordpress.com/.../pigmentos-que-ha-nas-plantas
www.feiradeciencias.com.br/sala09/09_04.asp
www.cdcc.usp.br/ciencia/artigos/.../apredendo.html
Referências Bibliográficas
ALQUINI, Y., BONA, C., BOEGER, M.R.T., COSTA, C.G.; BARROS, C.F. Epiderme. In: ___Anatomia Vegetal. B. APPEZZATO-DA-GLÓRIA & S.M. CARMELLO-GUERREIRO, eds. UFV, Viçosa, p.87-107, 2003. CARVALHO, A. M. P. de et. al. Ciências no ensino fundamental: o conhecimento físico. São Paulo: Scipione, 1998. ______________________; GIL-PEREZ, D. Formação de professores de ciências: tendências e inovações. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2000. FREIRE, Paulo. A Importância de o Ato de Ler: em três artigos que se completam, 45ª Edição, Editora Cortez, São Paulo, 2003. _____________,NOGUEIRA, Adriano e MAZZA, Débora. Na escola que fazemos: uma reflexão interdisciplinar em educação popular. Petrópolis, Vozes, 1988. GONÇALVES, L. S. 1972. Comunicação em Apis. Cap. II de Manual de Apicultura. Org. por João M.F. Camargo. Editora Ceres. Piracicaba: 32-57. Ruttner, F. 1992. GOTELLI, N. J. Ecologia. 3.ed. Londrina: Editora Planta, 2007. LASZLO, Pierre. A palavra das coisas ou linguagem da química.Tradução: Raquel Gonçalves e Ana Simões. Lisboa: Editora Gradiva (Coleção Ciência Aberta, n.74),1995. MAZZONI-VIVEIROS, S. C.; COSTA, C.G. Periderme. In: ___B. APPEZZATO-DA-GLÓRIA & S. M. CARMELLO-GUERREIRO, eds. Anatomia Vegetal. UFV,
ODUM, P.E.; BARRET, G.W. Fundamentos de Ecologia. 5. ed. São Paulo: Thomson, 2007. OLIVEIRA, M. K. de. Três questões sobre desenvolvimento conceitual. In: OLIVEIRA, M. B. de; OLIVEIRA, M. K. Investigações cognitivas: conceitos, linguagem e cultura. Porto Alegre: Artmed, p. 55-64, 1999. PALANGANA, I. C. A função da linguagem na formação da consciência: reflexões. Cadernos Cedes, n.35, p. 15-28, 1995. PINO, A. As marcas do humano – as origens da constituição cultural da criança na perspectiva de Lev S. Vigotski. São Paulo: Cortez, 2005. POMBO, O. Interdisciplinaridade. Ambições e limites, Lisboa: Relógio d.Água, 2004. RAVEN, P.H., EVERT, R.F. & EICHHORN, S.E. Biologia Vegetal. 6. ed. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2001. RICKLEFS, R.E. Economia da Natureza. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. 36ª ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2003. _________________.Pedagogia Histórico - Crítica: primeiras aproximações. 8ª ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2003. VIGOTSKI, L. S. Psicologia Pedagógica. São Paulo: Martins Fontes, 2001. ________, L. S. Obras Escogidas II: problemas de psicología general. Madrid: Visor Distribuciones, 1993. Sites acessados CARVALHO, Glenda Aparecida de. Os perfumes e suas abordagens dentro da química orgânica. Belo Horizonte. 2002. Monografia. Disponível em http://www.cecimig.fae.ufmg.br/wp-content/uploads/2007/10/monografia-glenda.pdf. Acesso em 27 de fev. 2008. CAVALCANTI, Lana Souza de. Cotidiano, mediação pedagógica e formação de conceitos: uma contribuição de Vygotsky...Cad. Cedes, vol. 25, n. 66, p. 185-207, maio/ago, Campinas, 2005. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br. Acesso em: 29 de Junho de 2010.
CRAVEIRO, A. A.; Machado, M.L.L. De Insetos, Aromas e Plantas, Ciência Hoje, 4 (23); 54-63, 1986. Disponível em: http://www.cdcc.sc.usp.br. Acesso em: 14 de fev. de 2008.
DIAS, Silvia Maria Carvalho. Interações entre plantas, insetos e outros seres. Instituto Biológico de São Paulo. São Paulo. 2000. Disponível em: http://www.geocities.com/~esabio/interacao/principal.htm. Acesso em 27 de fev. 2008. FUJII, Rosangela Araujo Xavier. Características que diferenciam os seres vivos: o que sabem alunos de diferentes etapas de ensino – UEM. Disponível em: www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/3579_2029.pdf. Acesso em 14 de junho de 2010. FRISCH, Karl von. Decodificando a linguagem da abelha. Tradução: Carlos Oswiski, 02 de jan. de 2008. Disponível em: www.brasilapicola.com.br/node/206-13k Acesso em: 13 de mar. de 2008. GIACOMETT D.C. Reprodução Assexuada das Plantas1 Revista ... Disponível em: www.cesnors.ufsm.br/professores/...de.../artigopropAssexuada.pdf Acesso em 25 de julho de 2010. GONÇALVES, Lionel S. Como as abelhas se comunicam. Ribeirão Preto-SP. Disponível em: http://www.apacame.org.br/mensagemdoce/71/artigo2.htm. Acesso em 04 de mar. 2008. IANNUZZI, Roberto, CARDOSO Nelsa & SOUZA-LIMA, Wagner. Os fósseis da bacia de Sergipe-Alagoas – Os vegetais: as pteridófitas. Phoenix. 2002, nº 45. Disponível em http://www.phoenix.org.br/Phoenix45_Set02.html. Acesso em 05 de mar. 2008. MESQUITA, Rosa Maria. Comunicação não-verbal: relevância na atuação verbal. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, 11 (2): 155-63, jul./dez. 1997. Disponível em: www.usp.br/eef/rpef/v11n2p155.pdf. Acesso em: 20 de fev. de 2010. Reprodução Assexuada de Plantas. Disponível em: www.abrates.org.br/revista/artigos/1979/v1n1/artigo06.pdf Acesso em 27 de julho de 2010. SCHROEDER, Edson A Teoria Histórico-Cultural do Desenvolvimento como Referencial para Análise de um Processo de Ensino: A ... Disponível em: www.ppgect.ufsc.br/teses/15/Tese. Acesso em 22 de novembro de 2010 Thiesen, Juares da Silva. A Interdisciplinaridade como um Movimento de Articulação no Processo Ensino-Aprendizagem. Percursos, Florianópolis, v. 8, n. 1, p... Disponível em: revistas.udesc.br/index.php/percursos/article/view/1541/1294. Acesso em 20 de Julho de 2010.