DIAGNÓSTICO SOCIAL
-
31/10/2014 Pessoas identificadas com Demência Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 1
TÍTULO
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Pessoas identificadas com Demência nos Concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra
PROPRIEDADE
Projeto Cuidar Melhor
AUTOR
Equipa Técnica do Projeto Cuidar Melhor
DATA DE PUBLICAÇÃO
31 de Outubro de 2014
HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES
Versão Data Autor(es) Descrição
1.1 25/10/2013 Catarina Alvarez, Isabel Sousa e Vanda Pinto Documento de trabalho para discussão interna
1.2 17/02/2014 Isabel Sousa Documento de trabalho para revisão pelo Instituto de Ciências da Saúde
1.3 30/04/2014 Isabel Sousa e Catarina Alvarez Documento de trabalho para aprovação pelo Instituto de Ciências da Saúde e pela Associação Alzheimer Portugal
1.4 12/05/2014 Isabel Sousa e Catarina Alvarez Versão aprovada pelo Instituto de Ciências da Saúde e pela Associação Alzheimer Portugal
1.5 31/07/2014 Isabel Sousa e Catarina Alvarez Versão revista pelos restantes parceiros
1.6 31/10/2014 Isabel Sousa e Catarina Alvarez Versão final
O projeto Cuidar Melhor é uma iniciativa de: Parceiro: Municípios aderentes:
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 2
ÍNDICE
A | INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4
1 | O QUE É A DEMÊNCIA? ................................................................................................... 4
2 | A DEMÊNCIA NO MUNDO .............................................................................................. 4
3 | O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO E A DEMÊNCIA EM PORTUGAL ........................ 6
4 | A DEMÊNCIA EM CONTEXTO INSTITUCIONAL ........................................................... 6
5 | O PROJETO CUIDAR MELHOR ....................................................................................... 8
6 | OBJETIVO DO DIAGNÓSTICO SOCIAL ....................................................................... 9
7 | DADOS ESTATÍSTICOS – CASCAIS, OEIRAS E SINTRA .............................................. 9
B | METODOLOGIA .......................................................................................... 11
1 | ELABORAÇÃO DO INSTRUMENTO DE RECOLHA DE DADOS .............................. 11
2 | RECOLHA DE DADOS .................................................................................................... 11
3 | TRATAMENTO DE DADOS ............................................................................................ 12
4 | LIMITAÇÕES .................................................................................................................... 13
C | RESULTADOS .............................................................................................. 14
1 | INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 14
1.1. Equipamentos Sociais .............................................................................................................................. 14
1.2. Utentes ........................................................................................................................................................ 15
2 | CASCAIS .......................................................................................................................... 17
2.1. Caracterização dos Equipamentos Sociais......................................................................................... 17
2.2. Caracterização Sociodemográfica dos Utentes ............................................................................... 21
2.3. Análise Crítica ........................................................................................................................................... 35
3 | OEIRAS ............................................................................................................................. 39
3.1. Caracterização dos Equipamentos Sociais......................................................................................... 39
3.2. Caracterização Sociodemográfica dos Utentes ............................................................................... 43
3.3. Análise Crítica ........................................................................................................................................... 57
4 | SINTRA .............................................................................................................................. 62
4.1. Caracterização dos Equipamentos Sociais......................................................................................... 62
4.2. Caracterização Sociodemográfica dos Utentes ............................................................................... 66
4.3. Análise Crítica ........................................................................................................................................... 80
5 | ANÁLISE COMPARATIVA E CONSOLIDADA ............................................................. 84
E | CONCLUSÃO ............................................................................................... 94
F | REFERÊNCIAS .............................................................................................. 98
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 3
G | AGRADECIMENTOS .................................................................................. 101
1 | CASCAIS ........................................................................................................................ 101
2 | OEIRAS ........................................................................................................................... 102
3 | SINTRA ............................................................................................................................ 103
H | ÍNDICE DE TABELAS .................................................................................. 105
I | ÍNDICE DE GRÁFICOS ............................................................................... 106
J | ÍNDICE DE FIGURAS .................................................................................. 108
L | ANEXOS .................................................................................................... 109
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 4
Diagnóstico Social PESSOAS COM DEMÊNCIA IDENTIFICADAS NOS CONCELHOS DE CASCAIS, OEIRAS E SINTRA
A | INTRODUÇÃO
1 | O QUE É A DEMÊNCIA?
Segundo a Organização Mundial da Saúde, “a demência é uma síndrome resultante de uma doença do
cérebro – geralmente de natureza crónica ou progressiva – em que existe deterioração de diversas funções
cognitivas”, incluindo a memória, o pensamento, a orientação, a compreensão, o cálculo, a capacidade de
aprendizagem, a linguagem e a capacidade de decisão. O nível de consciência não é afetado. Os défices
nas funções cognitivas são geralmente acompanhados, e ocasionalmente precedidos, pela deterioração do
controlo emocional, do comportamento social e da motivação. O diagnóstico é realizado quando esses
défices são suficientes para prejudicar as atividades da vida diária [1].
A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de Demência e contribui possivelmente para 50 a 75% dos
casos. Outras formas comuns incluem a Demência Vascular, a Demência Frontotemporal e a Demência de
Corpos de Lewy [2].
Apesar de poder surgir noutras faixas etárias, a demência é sobretudo uma patologia do envelhecimento.
Deste modo, a idade é um dos principais fatores de risco [3].
2 | A DEMÊNCIA NO MUNDO
Em 2010, o número de pessoas com demência no mundo foi estimado em 35,6 milhões, prevendo-se que o
número de casos praticamente duplique a cada 20 anos: 65,7 milhões em 2030 e 115,4 milhões em 2050
(ver Figura 1) [2, 4].
Doença Alzheimer (50-75%)
Demência Vascular (20-30%)
Demência Frontotemporal (5-10%)
Demência de Corpos de Lewy (<5%)
Gráfico 1 – Tipos de Demência mais comuns
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 5
FIGURA 1 – Crescimento do número de pessoas com demência (em milhões) em países de elevado rendimento e de baixo e
médio rendimento [2]
Nos países com elevado rendimento, a Doença de Alzheimer e outras demências representam a quarta causa
de morte [5] e a segunda doença crónica que mais contribui para anos vividos com incapacidade em pessoas
com 60 ou mais anos [2].
Na Europa Ocidental, estima-se que a população com demência se situe nos 7 milhões de pessoas, sendo que
a estimativa de prevalência em indivíduos com 60 e mais anos é de 7,29%. Esta prevalência aumenta
exponencialmente com a idade (ver Tabela 1) [2], duplicando a cada 6,3 anos [4].
Grupo etário (anos) 60-64 65-69 70-74 75-79 80-84 85-89 90+
Homens 1.4 2.3 3.7 6.3 10.6 17.4 33.4
Mulheres 1.9 3.0 5.0 8.6 14.8 24.7 48.3
Total 1.6 2.6 4.3 7.4 12.9 21.7 43.1
Os custos relacionados com a demência aumentaram consideravelmente em todo o mundo na última década,
estimando-se em 604 biliões de dólares os custos totais em 2010, 70% dos quais na Europa Ocidental e na
América do Norte. Se os cuidados na demência fossem um país, seria a 21ª maior economia do mundo,
situada no ranking entre a Polónia e a Arábia Saudita [6-7].
Estes dados evidenciam a enorme sobrecarga social e económica que os cuidados na demência impõem à
sociedade, tanto através de custos diretos (cuidados médicos e sociais) como de custos indiretos (cuidados não
pagos prestados por familiares e amigos). Dos 35,6 milhões de pessoas em todo o mundo (0,5% da
população mundial), uma grande parcela necessita de algum tipo de cuidado que vai desde apoio e
supervisão nas Atividades Instrumentais de Vida Diária (como cozinhar ou fazer compras) até ao cuidado e
assistência total 24 horas por dia [6].
Na Europa Ocidental, os custos diretos dos cuidados com a demência ascendem aos 123 biliões de dólares e
os custos indiretos aos 87 biliões de dólares [7].
Tabela 1 – Prevalência da demência na Europa Ocidental (%) [2]
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 6
3 | O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO E A DEMÊNCIA EM PORTUGAL
Em 2011, os indivíduos com 65 ou mais anos representavam 19% da população total (em 1970 rondava os
10%). A esperança média de vida aumentou de 67,1 anos em 1970 para 79,8 anos em 2011 e o índice de
envelhecimento (número de indivíduos com 65 ou mais anos por 100 indivíduos entre os 0 e os 14 anos)
aumentou consideravelmente de 34 em 1970 para 127,8 em 2011 [8]. Estima-se que em 2060 este índice
alcance os 271 [9]. Sendo a idade o principal fator de risco para a demência, os números apresentados
colocam desafios importantes aos sistemas nacionais de saúde e de segurança social, bem como às estruturas
de prestação de cuidados informais e de longa duração.
Não existem, em Portugal, estudos epidemiológicos de âmbito geográfico nacional que identifiquem o
número de pessoas com demência. Em 1994, a estimativa, baseada em estudos de prevalência da demência
na Europa, era de 92.470 pessoas com demência, sendo que, destas, 48.706 teriam Doença de Alzheimer
[10]. Em 2009, segundo dados do Projeto European Collaboration on Dementia (Eurocode) conduzido pela
Alzheimer Europe e financiado pela Comissão Europeia, o número de cidadãos europeus que sofriam de uma
das várias formas de demência situava-se nos 7,3 milhões, estimando-se que em Portugal este número fosse
de 153.000, 90.000 com Doença de Alzheimer [11]. Prevê-se que em 2050 estes números dupliquem [7].
Estima-se, ainda, que se tenham gasto no nosso país, em 2009, cerca de mil e trezentos milhões de dólares
em custos diretos com a demência (cuidados médicos e sociais) e 356,3 milhões no que respeita aos custos
relacionados com cuidados informais (cuidados não pagos prestados por familiares e amigos) [12].
Apesar da inexistência de estudos epidemiológicos, existe, contudo, um estudo de base populacional
destinado a estimar a prevalência e a incidência de demência e de defeito cognitivo sem demência, embora
limitado a dois concelhos do norte de Portugal. Os resultados revelaram maior prevalência de compromisso
cognitivo na população rural e uma prevalência de demência de 2,7% que aumenta exponencialmente com
a idade e nos casos de doença cerebrovascular ou outra doença neurológica. Os resultados apresentam
ainda uma prevalência de defeito cognitivo sem demência de 12,3% [13].
As estatísticas nacionais dispõem somente de dados relativos à mortalidade e apenas por Doença de
Alzheimer, deixando de fora os outros tipos de demência: a taxa de mortalidade padronizada (65 e mais
anos) por 100.000 habitantes era, em 2010, de 70,7 (H=66,6; M=73,0) [14] e o número de óbitos
aumentou 24% de 1999 para 2000, sendo que, neste ano, mais de 69% destes óbitos ocorreram em
indivíduos incluídos no grupo etário dos 70 aos 84 anos [15].
Existem ainda dados de um estudo exploratório do Instituto da Segurança Social sobre a situação social dos
doentes de Alzheimer que contribuem para traçar um perfil destes doentes em Portugal (N=544): dois terços
dos doentes são mulheres (67%), têm idade superior a 71 anos (73%), são casados (64%) ou viúvos (27%),
pouco escolarizados (42,5% tinha uma escolaridade básica e 24% não tinham qualquer escolaridade ou
apenas sabiam assinar/ler/escrever) e vivem com a família direta (69% com cônjuges ou filhos) [16].
4 | A DEMÊNCIA EM CONTEXTO INSTITUCIONAL
De acordo com o relatório anual da Alzheimer’s Disease International de 2013 [17], a prevalência de
dependência aumenta consideravelmente com a idade e estima-se que se situe entre os 12% e os 17% para
as pessoas com 60 e mais anos. A demência e a deterioração cognitiva são os fatores que, no âmbito das
doenças crónicas, mais contribuem para a incapacidade e a dependência e, nos países com elevado
rendimento, para a transição para estruturas residenciais [17-18].
O mesmo relatório refere que as pessoas com demência têm necessidades especiais de cuidado que
começam cedo no curso da doença. Quando comparadas com outros utentes, estas pessoas têm necessidade
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 7
de mais cuidados pessoais, mais horas de cuidado e mais supervisão, necessidades estas que estão
associadas a um maior esforço do cuidador e a maiores custos. Estima-se que entre 30 a 50% das pessoas
com demência, nos países com elevados rendimentos, residam em estruturas residenciais [17, 19-21] e que
entre metade e dois terços das pessoas a viverem em estruturas residenciais para idosos tenham demência
[22].
Em Portugal não se encontraram dados publicados que deem conta da percentagem de pessoas com
demência a viver em estruturas residenciais, apenas o estudo do Instituto da Segurança Social que refere que
11% dos doentes de Alzheimer vive em instituições [16]. Também não se encontraram dados de prevalência
de demência nas estruturas residenciais.
Os dados disponíveis, das estatísticas nacionais, permitem apenas caracterizar a população idosa a residir
em Famílias Institucionais1 de apoio social. Segundo dados dos Censos de 2011 sobre esta tipologia familiar,
a população com 60 e mais anos constituía 2,8% da população total nacional no mesmo escalão etário (ver
Tabela 2) [23].
PORTUGAL
População total com 60 e mais anos 2.644.805
População com 60 e mais anos em Famílias Institucionais 73.432
% da população total com 60 e mais anos 2,8
Em 2011, 71% desta população eram mulheres e 70% tinha 80 ou mais anos [23], não existindo dados mais
recentes para outras variáveis sociodemográficas. Assim, em 2001, a maior parte da população a residir em
instituições de apoio social era viúva (53,1%), a população solteira representava 30% do total de idosos
nestas instituições e a casada, cerca de 13%. O ensino básico representava a escolaridade de cerca de 30%
dos indivíduos, sendo que 67,1% desta população não tinha qualquer grau de ensino (incluindo os que
sabiam ler e escrever) [24].
Segundo o relatório de 2012 da Carta Social [25], o número de respostas sociais destinadas a pessoas
idosas teve, desde o ano 2000, um crescimento de 42%, sendo o Serviço de Apoio Domiciliário a resposta
com maior crescimento neste período (62%), seguindo-se as Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas
1 “Entende-se por Família Institucional o conjunto de indivíduos residentes num alojamento coletivo que, independentemente da relação de parentesco entre si, observam uma disciplina comum, são beneficiários dos objetivos de uma instituição e são governados por uma entidade interior ou exterior ao grupo” [24].
29%
71%
Homens
Mulheres
7%
23%
51%
19%60-69
70-79
80-89
90 e mais anos
Tabela 2 – População a residir em Famílias Institucionais de apoio social [23]
Gráfico 2 – População a residir em Famílias Institucionais de apoio social por género e grupo etário [23]
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 8
(44%) e os Centros de Dia (31%). Este crescimento traduz-se ainda no aumento do número de lugares
disponíveis, com uma taxa de 47% de novos lugares. A ampliação das respostas está diretamente
relacionada com uma maior procura de entidades prestadoras de cuidados formais, ainda que o incremento
da oferta continue a não responder à procura atual (e potencial) [25-26]. O aumento da procura deve-se
não só ao peso crescente da população idosa, à sua maior dependência física e/ou psicológica e
necessidade de cuidados específicos, mas também a um aumento crescente da atividade profissional entre as
mulheres, que eram tradicionalmente prestadoras de cuidados informais aos mais idosos [24]. No entanto,
apesar da alteração das dinâmicas familiares, da menor participação das famílias na prestação de
cuidados aos mais idosos e da maior procura de respostas na comunidade, os familiares continuam a ser os
principais prestadores de cuidados [26].
5 | O PROJETO CUIDAR MELHOR
Os impactos sociais e económicos da demência são cada vez mais relevantes. As diferentes exigências ao
longo do percurso da doença requerem apoio e formação aos cuidadores através de uma intervenção
pluridisciplinar e de proximidade, de modo a melhorar, desdramatizar e valorizar o ato de cuidar2. Além
disso a importância de consolidar parcerias entre os diversos sectores de atividade em prol do
desenvolvimento de respostas inclusivas, justificaram a implementação de um projeto com o âmbito e fins do
Cuidar Melhor.
Este projeto pretende contribuir para a inclusão e promoção dos direitos das pessoas com demência, bem
como para o apoio e valorização dos familiares e profissionais que lhes prestam cuidados, através de uma
intervenção pluridisciplinar, assente nos valores da parceria, do respeito pela dignidade humana e da
personalização da intervenção.
Resulta da conjugação de vontades de um leque de parceiros de referência – Fundação Calouste
Gulbenkian, Fundação Montepio, Associação Alzheimer Portugal e Instituto de Ciências da Saúde da
Universidade Católica Portuguesa – aos quais se associaram a empresa Sonae Sierra e os Municípios de
Cascais, Oeiras e Sintra.
O Cuidar Melhor visa a concretização de 5 objetivos:
Elaborar um diagnóstico atualizado do número de pessoas identificadas com demência em cada um dos
concelhos;
Sensibilizar a população dos concelhos abrangidos para as questões relacionadas com a demência;
Criar gabinetes técnicos pluridisciplinares e de âmbito concelhio, de apoio a cuidadores e familiares de
pessoas com demência;
Formar novos quadros na área específica da demência;
Adaptar e desenvolver o conceito Memory Café em Portugal e criar Cafés MEMÓRIA.
2 Schulz e Martire (2004) definem o ato de cuidar (caregiving) como “aquele que envolve a prestação de cuidados extraordinários, que excedem os limites do que é normativo ou habitual nas relações familiares. Cuidar envolve normalmente um dispêndio significativo de tempo, energia e dinheiro ao longo de, potencialmente, longos períodos de tempo. Envolve ainda tarefas que podem ser desagradáveis e desconfortáveis e que são psicologicamente stressantes e fisicamente desgastantes.” [27]
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 9
6 | OBJETIVO DO DIAGNÓSTICO SOCIAL
O objetivo geral do presente Diagnóstico consiste em identificar e caracterizar em termos sociodemográficos
as pessoas com demência, utentes dos equipamentos sociais – Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas3
(ERPI), Centros de Dia4 (CD) e Serviços de Apoio Domiciliário5 (SAD) – dos concelhos de Cascais, Oeiras e
Sintra. O Diagnóstico contempla ainda uma breve caracterização dos referidos equipamentos.
7 | DADOS ESTATÍSTICOS – CASCAIS, OEIRAS E SINTRA
Neste capítulo, apresentam-se vários dados estatísticos sobre a população dos concelhos abrangidos pelo
presente diagnóstico, designadamente a população total e com 60 e mais anos, o número de pessoas
identificadas com demência nos cuidados de saúde primários, as estimativas de prevalência de demência, as
pessoas com 60 e mais anos a viverem em famílias institucionais de apoio social e o número de respostas
sociais, capacidade total e total de utentes.
CASCAIS OEIRAS SINTRA
População total 206.479 172.120 377.835
Nº de pessoas com 60 e mais anos 49.705 45.248 71.846
% da população total 24,1 26,3 19,0
Índice de Envelhecimento 112,4 124,1 77,5
CASCAIS OEIRAS SINTRA
Registos por ICPC6 dos ACES7 956 1322 1087
3 Estrutura Residencial para Pessoas Idosas é a denominação atual das respostas residenciais para pessoas idosas e substitui as designações Lar de Idosos e Residência para Idosos, nos termos da Portaria nº 67/2012, de 21 de Março. “Considera-se Estrutura Residencial para Pessoas Idosas o estabelecimento para alojamento coletivo, de utilização temporária ou permanente, em que sejam desenvolvidas atividades de apoio social e prestados cuidados de enfermagem” [25]. 4 Centro de Dia é uma “resposta social, desenvolvida em equipamento, que consiste na prestação de um conjunto de serviços que contribuem para a manutenção das pessoas idosas no seu meio sociofamiliar” [25]. 5 Serviço de Apoio Domiciliário é uma “resposta social, desenvolvida a partir de um equipamento, que consiste na prestação de cuidados individualizados e personalizados no domicílio a indivíduos e famílias quando, por motivo de doença, deficiência ou outro impedimento, não possam assegurar temporária ou permanentemente, a satisfação das necessidades básicas e/ou as atividades da vida diária” [25]. 6 Classificação Internacional de Cuidados de Saúde Primários 7 Estes dados foram fornecidos pelos Conselhos Clínicos dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) dos três concelhos.
Tabela 3 – População total e com 60 e mais anos por concelho [28-29]
Tabela 4 – Número de pessoas com demência identificadas por concelho nos cuidados de saúde primários
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 10
CASCAIS OEIRAS SINTRA
Nº de pessoas com 60 e mais anos 49.705 45.248 71.846
Prevalência estimada de demência (7,29%) [2] 3.623 3.299 5.238
Registos por ICPC dos ACES 956 1.322 1.087
% em relação à prevalência estimada 26,4 40,1 20,8
CASCAIS OEIRAS SINTRA
Nº de pessoas com 60 e mais anos 49.705 45.248 71.846
População com 60 e mais anos em famílias institucionais 1.675 879 1.241
% da população total do concelho com 60 e mais anos 3,4 1,9 1,7
CASCAIS OEIRAS SINTRA
Nº
Cap. Total
Cap. Atual
Nº Cap. Total
Cap. Atual
Nº Cap. Total
Cap. Atual
Total Utentes
ERPI 23 984 715 30 911 741 33 1204 1148 2604
CD 15 1011 949 16 695 565 20 759 559 2073
SAD 20 1165 895 25 1355 821 30 1196 949 2665
Total 58 3160 2559 71 2961 2127 83 3159 2656 7342
De acordo com informações prestadas pela Divisão de Desenvolvimento de Recursos Sociais da Câmara
Municipal de Cascais, em 2012, 42% (N=161) dos utentes de Centros de Dia aderentes à Plataforma de
Qualificação de Centros de Dia deste concelho (9 de um total de 10), apresentavam défice cognitivo
(medido pelo Mini Mental State Examination [30, 31]). Segundo a mesma fonte, em 2008, 32% dos utentes
de SAD (N=213) também apresentavam défice cognitivo.
8 Fonte: www.cartasocial.pt, dados de 2013.
Tabela 5 – Estimativa de prevalência de demência por concelho
Tabela 6 – Pessoas com 60 e mais anos a viver em famílias institucionais de apoio social por concelho [23]
Tabela 7 – Número de respostas sociais, capacidade total e atual de utentes por concelho8
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 11
B | METODOLOGIA
A metodologia adotada foi delineada pelos parceiros que compõem a Comissão de Acompanhamento do
projeto e pressupôs uma primeira fase para elaboração de um instrumento de recolha de dados, uma
segunda fase destinada às visitas às instituições para recolha da informação, uma terceira fase para
tratamento dos dados recolhidos e uma última para elaboração do presente relatório.
1 | ELABORAÇÃO DO INSTRUMENTO DE RECOLHA DE DADOS
A versão inicial do Guião da Visita à Instituição (ver Anexo 1) elaborado sofreu uma pequena revisão antes
da sua aplicação. Este guião previa a recolha dos dados relativos aos equipamentos e aos utentes durante a
visita, tendo-se optado posteriormente por separar estes dois tipos de informação. Assim, a informação
relativa aos utentes, que requeria alguma sistematização e que poderia não estar disponível na altura da
visita, passou a ter um formulário próprio enviado previamente aos equipamentos para preenchimento. Desta
forma, criaram-se dois formulários: Guião de Visita à Instituição (versão final – ver Anexo 2) e Formulário de
Caracterização dos Utentes (ver Anexo 3).
2 | RECOLHA DE DADOS
A recolha de dados foi efetuada junto dos equipamentos sociais de cada concelho, nomeadamente em ERPI,
CD e SAD. Não foi incluída neste estudo a resposta social de Centro de Convívio9, por não estar vocacionada
para receber pessoas com demência. Os critérios de seleção dos equipamentos a contactar para visita e
recolha de dados foram os seguintes:
a) Constarem da Carta Social10 ou fazerem parte da Rede Social de cada concelho;
b) Admitirem pessoas com demência.
Os dados de caracterização dos utentes das respostas sociais de ERPI e CD foram recolhidos, numa primeira
fase, nos meses de Fevereiro a Maio de 2013, bem como os dados de SAD dos equipamentos que tinham
também uma das outras duas respostas sociais. Os dados dos equipamentos que apenas prestam serviços de
SAD foram recolhidos, numa segunda fase, durante os meses de Julho e Agosto de 2013.
Os equipamentos foram contactados telefonicamente, na primeira fase, pelos técnicos de cada município que
colaboram em parceria com o Cuidar Melhor para apresentação do projeto e agendamento das visitas e, na
segunda fase, pela própria equipa do projeto.
No seguimento do contacto telefónico para agendamento da visita, foi enviado a cada equipamento, via e-
mail, o referido formulário de caracterização dos utentes (ver Anexo 3) para preenchimento prévio e para
ser entregue no dia da visita ao equipamento. Neste formulário solicitavam-se dados de caracterização
sociodemográfica de todos os utentes da resposta social, dos utentes com diagnóstico médico de demência e
dos utentes que, não tendo diagnóstico, a equipa técnica suspeitasse que pudessem ter demência. Na
questão relativa ao grau de dependência foram usados os critérios constantes na Carta Social (autónomo,
parcialmente dependente, dependente e grande dependente) [30] e apresentada uma legenda explicativa
de cada grau.
9 Centro de Convívio é uma “resposta social, desenvolvida em equipamento, de apoio a atividades socio-recreativas e culturais, organizadas e dinamizadas com participação ativa das pessoas idosas de uma comunidade” [25]. 10 Pesquisa por concelho em www.cartasocial.pt.
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 12
A visita aos equipamentos foi feita por um dos membros da equipa do projeto Cuidar Melhor e consistiu
numa reunião com a pessoa responsável para apresentação do projeto e recolha de dados sobre o
equipamento e os serviços que presta (ver Anexo 2 – Guião de visita à Instituição).
Estes dados destinavam-se, por um lado, a caracterizar os equipamentos no presente diagnóstico e, por
outro, a auxiliar a equipa técnica do projeto nos serviços a prestar nos Gabinetes Cuidar Melhor
(encaminhamento para as respostas sociais existentes na comunidade).
Os formulários de caracterização dos utentes foram recolhidos na visita ao equipamento ou foram enviados
posteriormente por e-mail pela pessoa responsável pela visita.
Foi solicitado aos equipamentos com mais do que uma resposta social que entregassem os dados de
caracterização dos utentes separadamente para cada uma delas.
Dos equipamentos selecionados e contactados, nem todos agendaram a visita da equipa do projeto e,
daqueles que foram visitados, nem todos forneceram dados de caracterização dos utentes (ver Tabelas 8 e 9).
3 | TRATAMENTO DE DADOS
Os dados de caracterização dos equipamentos e dos utentes foram tratados na folha de cálculo Microsoft
Excel.
De todos os dados recolhidos acerca dos equipamentos sociais foram escolhidos para análise os mais
relevantes para efeitos de diagnóstico social, uma vez que parte da informação servia também para auxiliar
a equipa técnica do projeto nos serviços a prestar nos Gabinetes Cuidar Melhor (encaminhamento para
respostas sociais existentes na comunidade).
Os dados de caracterização dos utentes foram posteriormente revistos para identificação de potenciais erros
e solicitação da sua correção aos equipamentos sociais em questão.
Os dados de caracterização dos utentes foram tratados separadamente por resposta social (ERPI, CD e
SAD). Contudo, alguns equipamentos dos concelhos de Oeiras e Sintra enviaram dados consolidados de duas
ou mais respostas sociais. Nestes casos, em que não foi possível a inclusão dos dados na análise por resposta
social, os dados consolidados foram incluídos apenas na análise da amostra total.
Foram excluídos da análise os dados de caracterização dos utentes relativos à freguesia de residência (as
respostas não eram uniformes) e às fontes de rendimento (as entidades lucrativas não dispõem, no geral,
desta informação).
Foi criada a categoria Não sabe / Não responde (NS/NR) para os casos em que os equipamentos não
responderam a um determinado item do formulário ou nos casos em que as respostas não correspondiam ao
número de utentes indicado. Os dados relativos ao estado civil e escolaridade têm um número elevado de
NS/NR por serem elementos que alguns equipamentos não dispõem ou não facultaram acerca dos seus
utentes. Em algumas situações o número de NS/NR é superior ao da amostra analisada.
No que respeita à escolaridade, optou-se por juntar os dados relativos ao primeiro ciclo de estudos. Assim, a
categoria 1º Ciclo contempla os dados recolhidos como 1º Ciclo incompleto e 1º Ciclo completo (de 1 a 4
anos).
Também nos dados relativos ao tempo de institucionalização se optou por consolidar os dois primeiros
intervalos (1 a 6 meses e 7 a 12 meses) num único intervalo (menos de 1 ano).
Os dados de SAD em Oeiras são apresentados em tabela, mas não são analisados por não terem
expressão.
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 13
4 | LIMITAÇÕES
Verificaram-se algumas limitações relacionadas com a metodologia definida para a realização do presente
diagnóstico:
A redação de algumas das questões colocadas no formulário elaborado para a recolha de dados, não
permitiu a melhor análise das respostas e a sua inclusão no presente relatório.
Numa primeira fase de análise de dados, muitos formulários continham informação inconsistente, tendo
sido necessário solicitar juntos dos técnicos que os preencheram a respetiva revisão e correção, situação
que não ficou completamente resolvida e atrasou a conclusão do Diagnóstico.
Nem todos os equipamentos dispunham de toda a informação solicitada relativa aos seus utentes, o que
originou um grande número de Não sabe/Não responde, sobretudo nas variáveis Estado Civil e
Escolaridade.
Os dados de caracterização não foram recolhidos por utente, mas por critério (nº utentes/critério), não
possibilitando a análise dos dados através do cruzamento de variáveis.
Apesar de se ter usado um critério objetivo para identificação dos utentes com demência (existência de
um diagnóstico médico), não significa necessariamente que esse diagnóstico tenha sido realizado por um
médico especialista.
O critério para a inclusão dos utentes na categoria “suspeita de demência” é subjetivo, não pressupondo
uma avaliação formal.
A resposta social de SAD foi incluída no Diagnóstico quando as visitas às restantes respostas sociais já se
encontravam concluídas, pelo que a percentagem de dados para esta resposta é menor que para as
restantes.
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 14
C | RESULTADOS
1 | INTRODUÇÃO
Os resultados da vertente social do diagnóstico são apresentados por concelho e visam caracterizar, por um
lado, os equipamentos sociais visitados e, por outro, os utentes desses equipamentos que forneceram dados
(ver Tabela 8).
No que respeita aos equipamentos sociais visitados são apresentados dados sobre os seguintes pontos:
Natureza jurídica;
Respostas sociais;
Responsável pela visita;
Certificação da qualidade;
Recursos humanos;
Principais dificuldades do cuidado a utentes com demência e suspeita de demência;
Processo jurídico de admissão de utentes com demência e suspeita de demência.
Relativamente à caracterização dos utentes, são apresentados dados para o universo total de utentes, para
os utentes com diagnóstico médico de demência e para os utentes com suspeita de demência relativamente a:
Género;
Idade;
Estado civil;
Escolaridade;
Tempo de institucionalização / utilização do serviço;
Grau de dependência.
Finalmente, são apresentados os principais resultados consolidados e comparativos dos três concelhos.
1.1. Equipamentos Sociais
CASCAIS OEIRAS SINTRA TOTAL
Nº
% Adesão
Nº %
Adesão Nº
% Adesão
Nº %
Adesão
Contactados 52 - 52 - 56 - 160 -
Visitados 32 61,5% 29 55,8% 48 85,7% 109 68,1%
Dados de Caracterização dos Utentes recolhidos
25 78,1% 21 72,4% 38 79,2% 84 77,1%
Dos 160 equipamentos sociais contactados, 68,1% (N=109) aceitaram colaborar na realização do
diagnóstico e foram visitados pela equipa técnica do projeto. Os restantes 31,9% são equipamentos que
recusaram participar no estudo ou que não aceitam utentes com demência. Dos equipamentos sociais visitados
Tabela 8 – Equipamentos sociais – Amostra
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 15
77,1% (N=84) forneceram dados de caracterização dos respetivos utentes. Os outros 22,9% não facultaram
os dados no período definido para o efeito.
CASCAIS OEIRAS SINTRA TOTAL
Nº %
Adesão Nº %
Adesão Nº %
Adesão Nº %
Adesão
ERPI Nº Total visitados 13 - 13 - 29 - 55 -
Dados Caracterização Utentes recolhidos
10 76,9% 9 69,2% 23 79,3% 42 76,4%
CD Nº Total visitados 11 - 11 - 17 - 39 -
Dados Caracterização Utentes recolhidos
10 90,9% 9 81,8% 14 82,4% 33 84,6%
SAD Nº Total visitados 10 - 13 - 19 - 42 -
Dados Caracterização Utentes recolhidos
6 60,0% 8 61,5% 15 78,9% 29 69,0%
Das 55 ERPI visitadas, 76,4% forneceram dados de caracterização dos respetivos utentes. Dos 39 CD
visitados, 84,6% forneceram dados e dos 42 SAD visitados, 69% forneceram dados.
1.2. Utentes
CASCAIS OEIRAS SINTRA
Nº Cap. Total
Cap. Atual
Nº Cap. Total
Cap. Atual
Nº Cap. Total
Cap. Atual
Total Utentes
ERPI 13 453 418 13 374 343 29 955 914 1675
CD 11 587 562 11 565 444 17 638 498 1504
SAD 10 450 223 13 321 290 19 724 684 1197
Total 34 1490 1203 37 1260 1077 65 2317 2096 4376
A capacidade atual das respostas sociais dos equipamentos visitados (N=4376) é ligeiramente superior ao
total da amostra com caracterização sociodemográfica (N=4002) por nem todos os equipamentos terem
fornecido os dados de caracterização dos utentes.
Tabela 9 – Dados de Caracterização dos utentes por resposta social em cada concelho
Tabela 10 – Capacidade total e atual das respostas sociais dos equipamentos visitados
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 16
Capacidade atual
de todos os equipamentos
Capacidade atual dos equipamentos
visitados
Total de utentes com dados recolhidos
% Utentes com dados recolhidos em relação à capacidade
atual de todos os equipamentos
CASCAIS 2559 1203 973 38,0%
OEIRAS 2127 1077 1005 47,2%
SINTRA 2656 2096 2024 76,2%
Total 7342 4376 4002 54,5%
No total foram recolhidos dados relativos a 54,5% dos utentes dos equipamentos sociais dos concelhos de
Cascais, Oeiras e Sintra, registados na Carta Social em janeiro de 2013.
Tabela 11 – Relação entre o número de utentes com dados de caracterização e a capacidade atual de todos os equipamentos existentes no concelho e registados na Carta Social em 2013
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 17
2 | CASCAIS
2.1. Caracterização dos Equipamentos Sociais
NATUREZA JURÍDICA
Foram visitados 32 equipamentos sociais no Concelho de Cascais. Destes, 38% (N=12) são entidades
lucrativas e os restantes são entidades não lucrativas, das quais 34% (N=11) são Associações de
Solidariedade Social.
RESPOSTAS SOCIAIS
Os 32 equipamentos sociais visitados têm, no total, 34 respostas sociais: 13 ERPI, 11 CD e 10 SAD. Das 13
ERPI visitadas, 7 pertencem a entidades lucrativas.
11 As nomenclaturas apresentadas são as usadas na Carta Social. 12 Há equipamentos com mais de uma resposta social, motivo pelo qual o número total de respostas excede o número total de equipamentos visitados.
34%
3%13%
3%
9%
38%
Associação de Solidariedade Social
Fundação de Solidariedade Social
Centro Social e Paroquial
Cruz Vermelha Portuguesa
Misericórdia
Entidade Lucrativa
38%
32%
30%ERPI
CD
SAD
Gráfico 3 – Cascais: Natureza jurídica11 dos equipamentos sociais visitados
Gráfico 4 – Cascais: Respostas sociais12 dos equipamentos visitados
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 18
RESPOSTAS SOCIAIS – MENSALIDADES
Tabela 12 – Cascais: Valores de mensalidade13 por resposta social
ERPI CD
Geral Lucrativas Não lucrativas Geral (não lucr.)
Mensalidade Mínima 0,00 €14 1.000,00 € 0,00 € 0,00 €
Mensalidade Máxima 3.000,00 € 3.000,00 € 2.300,00 €15 330,00 €
RESPONSÁVEL PELA VISITA
A equipa do projeto foi recebida pelo Diretor Técnico em 53% dos equipamentos sociais visitados.
CERTIFICAÇÃO – SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
Com processo iniciado 18
Com processo concluído 3
Sem processo iniciado 14
Dos 32 equipamentos visitados, 18 iniciaram o processo de certificação da qualidade e, destes, apenas 3
concluíram o processo.
13 As mensalidades referem-se aos valores pagos pelos utentes, não estando contemplados os montantes recebidos pelos equipamentos sociais não lucrativos no âmbito de acordos de cooperação com o Instituto da Segurança Social (ISS). Não foi possível incluir os valores das mensalidades de SAD por não se ter encontrado um critério homogéneo que permitisse a análise integrada dos dados recolhidos (serviços prestados distintos, valor hora vs. valor mensal, etc.). Não existem, nesta amostra, entidades lucrativas com resposta social de Centro de Dia. 14 Existem utentes, integrados em entidades não lucrativas com resposta social de ERPI ou CD com acordos de cooperação com o ISS, sem rendimentos e sem familiares, que não pagam qualquer valor a título de mensalidade. 15 O valor máximo praticado pelas entidades não lucrativas é próximo do valor das entidades lucrativas quando aquelas entidades não têm acordo de cooperação com o ISS para todas as vagas. 16 Em alguns equipamentos a equipa do projeto foi recebida por mais do que uma pessoa.
53
3
25
22
16Diretor Técnico
Proprietário
Direção / Gerência
Coordenador de Valência
Outros Técnicos
Gráfico 5 – Cascais: Responsável pela visita (%)16
Tabela 13 – Cascais: Certificação dos equipamentos sociais
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 19
RECURSOS HUMANOS – CORPO TÉCNICO
Dos equipamentos visitados, 72% têm Assistente Social, 63% têm Fisioterapeuta e 50% têm Psicólogo.
PRINCIPAIS DIFICULDADES NO CUIDADO A PESSOAS COM DEMÊNCIA / SUSPEITA
As dificuldades no cuidado a pessoas com demência mais frequentemente referidas foram: Agressividade e
Agitação. 95% dos equipamentos referem dificuldades no cuidado a pessoas com demência.
17 Os números apresentados não representam o número total de técnicos das diferentes áreas, mas antes a existência de pelo menos um técnico daquela categoria profissional. Estes profissionais enquadram-se em diferentes regimes laborais (contrato de trabalho ou prestação de serviços).
7263
28
5044 44
34
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Assistente Social
Fisioterapeuta Terapeuta Ocupacional
Psicólogo Enfermeiro Médico Animador Sociocultural
17%3%
26%
21%
23%
3%2% 5% Distúrbios do sono
Distúrbios alimentares
Agressividade
Deambulação
Agitação
Apatia
Outros
Sem dificuldades
Gráfico 6 – Cascais: Constituição do Corpo Técnico (%)17
Gráfico 7 – Cascais: Principais dificuldades dos equipamentos sociais no cuidado a pessoas com demência
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 20
PROCESSO JURÍDICO DE ADMISSÃO DE UTENTES COM DEMÊNCIA / SUSPEITA
QUEM ASSINA O CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS?
Em 34% dos equipamentos sociais visitados, quem assina o contrato de prestação de serviços é um familiar
ou o próprio utente, em 22% dos casos é apenas o familiar e também em 22% dos casos é o familiar e o
utente.
22
3
2234
3 63 3
Familiar
Representante Legal
Familiar + Utente
Familiar ou Utente
Familiar ou Outro
Utente ou Representante Legal
Gestor de Negócios
Não tem contrato
Gráfico 8 – Cascais: Processo jurídico de admissão de utentes com demência ou suspeita de demência (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 21
2.2. Caracterização Sociodemográfica dos Utentes
AMOSTRA – DADOS GERAIS
Total de Utentes
(TU) Utentes com demência Utentes com suspeita
Demência / Suspeita Consolidado
Nº Nº % TU Nº % TU Nº % TU
ERPI 312 96 30,8 29 9,3 125 40,1
CD 522 110 21,1 31 5,9 141 27,0
SAD 139 33 23,7 8 5,8 41 29,5
Total 973 239 24,6 68 7,0 307 31,6
O número total da amostra para o Concelho de Cascais é de 973 utentes. Destes, 312 residem em ERPI, 522
estão integrados em CD e 139 recebem apoio de SAD.
Considerando a amostra total de utentes, 24,6% têm diagnóstico médico de demência (N=239) e 7% têm
suspeita de demência (N=68).
Os utentes com demência constituem 30,8% (N=96) do total de utentes a residir em ERPI (N=312), 21,1%
(N=110) dos utentes integrados em CD (N=522) e 23,7% (N=33) dos utentes a receber apoio de SAD
(N=139).
Quanto aos utentes com suspeita de demência, estes constituem 9,3% (N=29) da população em ERPI
(N=312), 5,9% (N=31) em CD (N=522) e 5,8% (N=8) em SAD (N=139).
Considerados em conjunto, os utentes com demência e suspeita de demência constituem 40,1% dos utentes em
ERPI, 27% dos utentes em CD e 29,5% dos utentes de SAD.
68%
25%
7%
Utentes sem demência
Utentes com demência
Utentes com suspeita
Tabela 14 – Cascais: Total de Utentes por resposta social
Gráfico 9 – Cascais: Amostra Total
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 22
Considerando o total consolidado de utentes com demência e suspeita de demência (N=307), verifica-se que
46% se encontram em CD (N=141), 41% em ERPI (N=125) e 13% em SAD (N=41).
59,9
73,0 70,5
30,8
21,1 23,7
9,35,9 5,8
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
ERPI CD SAD
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
41%
46%
13%
ERPI
CD
SAD
Gráfico 10 – Cascais: Total de Utentes por resposta social (%)
Gráfico 11 – Cascais: Total de Utentes com demência / suspeita de demência por resposta social (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 23
GÉNERO
Relativamente ao Género, as mulheres constituem 71% (N=691) da amostra total (N=973), 77% (N=184)
dos utentes com demência (N=239) e 77,9% (N=53) dos utentes com suspeita de demência (N=68).
As mulheres constituem ainda 75,3% (N=235) dos utentes residentes em ERPI (N=312), 70,5% (N=368) dos
utentes integrados em CD (N=522) e 63,3% (N=88) dos utentes a receber apoio de SAD (N=139).
O género feminino constitui a maioria dos utentes com demência em qualquer uma das respostas sociais:
83,3% (N=80) em ERPI (N=96), 76,4% (N=84) em CD (N=110) e 60,6% (N=20) em SAD (N=33). O mesmo
acontece com os utentes com suspeita de demência: as mulheres constituem 72,4% (N=21) da população em
em ERPI (N=29), 80,6% (N=25) em CD (N=31) e 87,5% (N=7) em SAD (N=8).
71%
29%
Feminino Masculino
66%
26%
8%
Feminino
75%
20%
5%
Masculino
Utentes semdemência
Utentes comdemência
Utentes comsuspeita
Tabela 15 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo o Género
Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita
Nº % Nº % % TU Nº % % TU
ER
PI
Feminino 235 75,3 80 83,3 34,0 21 72,4 8,9
Masculino 77 24,7 16 16,7 20,8 8 27,6 10,4
Total 312 100,0 96 100,0 30,8 29 100,0 9,3
CD
Feminino 368 70,5 84 76,4 22,8 25 80,6 6,8
Masculino 154 29,5 26 23,6 16,9 6 19,4 3,9
Total 522 100,0 110 100,0 21,1 31 100,0 5,9
SA
D Feminino 88 63,3 20 60,6 22,7 7 87,5 8,0
Masculino 51 36,7 13 39,4 25,5 1 12,5 2,0
Total 139 100,0 33 100,0 23,7 8 100,0 5,8
TO
TA
L Feminino 691 71,0 184 77,0 26,6 53 77,9 7,7
Masculino 282 29,0 55 23,0 19,5 15 22,1 5,3
Total 973 100,0 239 100,0 24,6 68 100,0 7,0
Gráfico 12 – Cascais: Total de Utentes por Género (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 24
Considerando o total consolidado de utentes com demência e suspeita de demência verifica-se que 77% são
mulheres (N=237) e 23% são homens (N=70).
77%
23%
Feminino
Masculino
Gráfico 13 – Cascais: Total de Utentes com Demência / Suspeita de Demência por Género (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 25
IDADE
Considerando o total de utentes das respostas sociais, o intervalo de idades com maior prevalência é o dos
81 aos 90 anos, constituindo 44,4% (N=427) da população total (N=962), 54,4% (N=123) dos utentes com
diagnóstico médico de demência (N=226) e 54,4% (N=37) dos utentes com suspeita de demência (N=68).
Nas respostas sociais ERPI (N=312) e SAD (N=138), o intervalo de idades com maior prevalência é o dos 81
aos 90 anos, constituindo, respetivamente, 55,4% (N=173) e 52,9% (N=73) da amostra total. Na resposta
Tabela 16 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo a Idade
Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita
Nº % Nº % % TU Nº % % TU
ER
PI
< = 60 13 4,2 2 2,4 15,4 0 - 0,0
61 – 70 16 5,1 4 4,8 25,0 0 - 0,0
71 – 80 55 17,6 17 20,5 30,9 8 27,6 14,5
81 – 90 173 55,4 41 49,4 23,7 15 51,7 8,7
>= 91 55 17,6 19 22,9 34,5 6 20,7 10,9
Total 312 100,0 83 100,0 26,6 29 100,0 9,3
NS/NR 0 - 13 - - 0 - -
CD
< = 60 20 3,9 1 0,9 5,0 1 3,2 5,0
61 – 70 92 18,0 5 4,5 5,4 1 3,2 1,1
71 – 80 190 37,1 30 27,3 15,8 10 32,3 5,3
81 – 90 181 35,4 65 59,1 35,9 16 51,6 8,8
>= 91 29 5,7 9 8,2 31,0 3 9,7 10,3
Total 512 100,0 110 100,0 21,5 31 100,0 6,1
NS/NR 10 - 0 - - 0 - -
SA
D
< = 60 4 2,9 0 - 0,0 1 12,5 25,0
61 – 70 11 8,0 4 12,1 36,4 0 - 0,0
71 – 80 35 25,4 6 18,2 17,1 1 12,5 2,9
81 – 90 73 52,9 17 51,5 23,3 6 75,0 8,2
>= 91 15 10,9 6 18,2 40,0 0 - 0,0
Total 138 100,0 33 100,0 23,9 8 100,0 5,8
NS/NR 1 - 0 - - 0 - -
TO
TA
L
< = 60 37 3,8 3 1,3 8,1 2 2,9 5,4
61 – 70 119 12,4 13 5,8 10,9 1 1,5 0,8
71 – 80 280 29,1 53 23,5 18,9 19 27,9 6,8
81 – 90 427 44,4 123 54,4 28,8 37 54,4 8,7
>= 91 99 10,3 34 15,0 34,3 9 13,2 9,1
Total 962 100,0 226 100,0 23,5 68 100,0 7,1
NS/NR 11 - 13 - - 0 - -
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 26
social de CD, a prevalência é idêntica nos intervalos dos 71 aos 80 anos e dos 81 aos 90 anos, constituindo,
respetivamente 37,1% (N=190) e 35,4% (N=181) da amostra total (N=512).
No que respeita aos utentes com demência, o intervalo de idades mais prevalente é o dos 81 aos 90 anos:
49,4% (N=41) em ERPI (N=83), 59,1% (N=65) em CD (N=110) e 51,5% (N=17) em SAD (N=33). O mesmo
acontece nos utentes com suspeita de demência: 51,7% (N=15) em ERPI (N=29), 51,6% (N=16) em CD
(N=31) e 75% (N=6) em SAD (N=8) têm entre 81 e 90 anos.
32
105
208
267
56
313
53
123
34
2 1
19
37
9
0
50
100
150
200
250
300
< = 60 61 – 70 71 – 80 81 – 90 >= 91
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
86,5 88,2
74,3
62,5
56,6
8,110,9
18,9
28,834,3
5,40,8
6,8 8,7 9,1
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
< = 60 61 – 70 71 – 80 81 – 90 >= 91
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
Gráfico 14 – Cascais: Total de Utentes por Idade (N)
Gráfico 15 – Cascais: Total de Utentes por Idade (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 27
ESTADO CIVIL
No que respeita ao estado civil, 54,9% (N=525) da população total (N=956) é viúva, tal como 64,6%
(N=144) das pessoas com demência (N=223) e 53,7% (N=36) das pessoas com suspeita de demência
(N=67).
Os viúvos são a população mais prevalente em todas as respostas sociais, constituindo 59,8% (N=186) da
população em ERPI (N=311), 54,6% (N=285) em CD (N=522) e 43,9% (N=54) em SAD (N=123). Na
Tabela 17 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo o Estado Civil
Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita
Nº % Nº % % TU Nº % % TU
ER
PI
Solteiro 54 17,4 11 11,6 20,4 4 14,3 7,4
Casado 42 13,5 19 20,0 45,2 4 14,3 9,5
Viúvo 186 59,8 60 63,2 32,3 18 64,3 9,7
Div. / Separado 29 9,3 5 5,3 17,2 2 7,1 6,9
União de facto 0 - 0 - - 0 - -
Total 311 100 95 100 30,5 28 100 9,0
NS/NR 1 - 1 - - 1 - -
CD
Solteiro 49 9,4 2 1,8 4,1 5 16,1 10,2
Casado 146 28,0 23 20,9 15,8 11 35,5 7,5
Viúvo 285 54,6 77 70,0 27,0 15 48,4 5,3
Div. / Separado 40 7,7 7 6,4 17,5 0 - -
União de facto 2 0,4 1 0,9 50,0 0 - -
Total 522 100 110 100 21,1 31 100 5,9
NS/NR 0 - 0 - - 0 - -
SA
D
Solteiro 9 7,3 1 5,6 11,1 2 25,0 22,2
Casado 51 41,5 10 55,6 19,6 3 37,5 5,9
Viúvo 54 43,9 7 38,9 13,0 3 37,5 5,6
Div. / Separado 9 7,3 0 - - 0 - -
União de facto 0 - 0 - - 0 - -
Total 123 100 18 100 14,6 8 100 6,5
NS/NR 16 - 15 - - 0 - -
TO
TA
L
Solteiro 112 11,7 14 6,3 12,5 11 16,4 9,8
Casado 239 25,0 52 23,3 21,8 18 26,9 7,5
Viúvo 525 54,9 144 64,6 27,4 36 53,7 6,9
Div. / Separado 78 8,2 12 5,4 15,4 2 3,0 2,6
União de facto 2 0,2 1 0,4 50,00 0 - -
Total 956 100 223 100 23,3 67 100 7,0
NS/NR 17 - 16 - - 1 - -
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 28
resposta social de SAD, comparativamente com as restantes respostas, a percentagem de utentes casados é
maior, constituindo 41,5% (N=51) da população total (N=123).
No que respeita aos utentes com demência, os viúvos são também a população mais prevalente em ERPI
(N=95) e CD (N=110), constituindo, respetivamente, 63,2% (N=60) e 70% (N=77) da população total
nestas respostas. Na resposta social de SAD (N=18), a percentagem de pessoas com demência casadas
supera a de viúvas, constituindo, respetivamente, 55,6% (N=10) e 38,9% (N=7) da população.
Relativamente aos utentes com suspeita de demência, mantém-se a tendência anterior: em ERPI (N=28) e CD
(N=31) os viúvos constituem 64,3% (N=18) e 48,4% (N=15) dos utentes, respetivamente. Em SAD, verifica-se
a mesma percentagem de utentes casados e viúvos: 37,5% (N=3).
87
169
345
64
114
52
144
121
11 1836
2 00
50
100
150
200
250
300
350
400
Solteiro Casado Viúvo Div. Sep. U. facto
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
77,7
70,765,7
82,1
50,0
12,5
21,827,4
15,4
50,0
9,8 7,5 6,92,6
0,00,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
Solteiro Casado Viúvo Div. Sep. U. facto
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
Gráfico 16 – Cascais: Total de Utentes por Estado Civil (N)
Gráfico 17 – Cascais: Total de Utentes por Estado Civil (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 29
ESCOLARIDADE
Relativamente à escolaridade, 66,3% (N=574) da população total (N=866) tem o 1º Ciclo, tal como 63,8%
(N=127) das pessoas com demência (N=199) e 85,7% (N=54) das pessoas com suspeita de demência
(N=63).
Em todas as respostas sociais, a escolaridade com maior prevalência é o 1º Ciclo, constituindo 54,4%
(N=143) dos utentes em ERPI (N=263), 75,5% (N=379) dos utentes em CD (N=502) e 51,5% (N=52) dos
utentes de SAD (N=101).
No que respeita aos utentes com demência, a escolaridade mais prevalente é também o 1º Ciclo com 62,5%
(N=50) dos utentes de ERPI (N=80), 69,3% (N=70) dos utentes de CD (N=101) e 38,9% (N=7) dos utentes
de SAD (N=18). Nesta resposta social verifica-se uma prevalência de utentes com Ensino superior idêntica:
38,9% (N=7).
Tabela 18 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo a Escolaridade
Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita
Nº % Nº % % TU Nº % % TU
ER
PI
Analfabeto 26 9,9 5 6,3 19,2 4 16,0 15,4
1º Ciclo 143 54,4 50 62,5 35,0 19 76,0 13,3
E. Secundário 57 21,7 10 12,5 17,5 1 4,0 1,8
E. Superior 37 14,1 15 18,8 40,5 1 4,0 2,7
Total 263 100 80 100 30,4 25 100 9,5
NS/NR 49 - 16 - - 4 - -
CD
Analfabeto 66 13,1 18 17,8 27,3 1 3,2 1,5
1º Ciclo 379 75,5 70 69,3 18,5 30 96,8 7,9
E. Secundário 47 9,4 8 7,9 17,0 0 - -
E. Superior 10 2,0 5 5,0 50,0 0 - -
Total 502 100 101 100 20,1 31 100 6,2
NS/NR 20 - 9 - - 0 - -
SA
D
Analfabeto 10 9,9 2 11,1 20,0 0 - -
1º Ciclo 52 51,5 7 38,9 13,5 5 71,4 9,6
E. Secundário 17 16,8 2 11,1 11,8 2 28,6 11,8
E. Superior 22 21,8 7 38,9 31,8 0 - -
Total 101 100 18 100 17,8 7 100 6,9
NS/NR 38 - 15 - - 1 - -
TO
TA
L
Analfabeto 102 11,8 25 12,6 24,5 5 7,9 4,9
1º Ciclo 574 66,3 127 63,8 22,1 54 85,7 9,4
E. Secundário 121 14,0 20 10,1 16,5 3 4,8 2,5
E. Superior 69 8,0 27 13,6 39,1 1 1,6 1,4
Total 866 100 199 100 23,0 63 100 7,3
NS/NR 107 - 40 - - 5 - -
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 30
Nos utentes com suspeita de demência, a escolaridade mais prevalente também é o 1º Ciclo: 76% (N=19)
em ERPI (N=25), 96,8% (N=30) em CD (N=31) e 71,4% (N=5) em SAD (N=7).
Salienta-se ainda a percentagem de utentes analfabetos: 11,8% (N=102) da população total, 12,6%
(N=25) dos utentes com demência e 7,9% (N=5) dos utentes com suspeita de demência.
72
393
98
4125
127
20 275
54
3 10
50
100
150
200
250
300
350
400
Analfabeto 1ºCiclo E. Secundário E. Superior
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
70,6 68,5
81,0
59,4
24,522,1
16,5
39,1
4,99,4
2,5 1,4
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
Analfabeto 1ºCiclo E. Secundário E. Superior
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
Gráfico 18 – Cascais: Total de Utentes por Escolaridade (N)
Gráfico 19 – Cascais: Total de Utentes por Escolaridade (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 31
TEMPO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO / UTILIZAÇÃO DO SERVIÇO
Relativamente ao tempo de institucionalização / utilização do serviço, 33,5% (N=325) da população total
(N=970) recebe apoio de uma das respostas sociais há mais de 5 anos; 35,1% (N=84) da população com
demência (N=239) entre 2 e 5 anos, o mesmo se verificando na população com suspeita de demência
(N=68): 30,9% (N=21).
O tempo de institucionalização / utilização do serviço na população total é maior em CD (N=520), com 45%
(N=234) da população integrada há mais de 5 anos, do que em ERPI (N=311), com 36% (N=112) dos
utentes integrados entre 2 e 5 anos. Na resposta social de SAD (N=139) a percentagem mais elevada situa-
se no primeiro intervalo, com 41,7% (N=58) da população total a receber apoio há menos de 1 ano.
Tabela 19 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo o Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço
Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita
Nº % Nº % % TU Nº % % TU
ER
PI
< 1 ano 65 20,9 15 15,6 23,1 7 24,1 10,8
1 – 2 anos 60 19,3 31 32,3 51,7 7 24,1 11,7
2 – 5 anos 112 36,0 33 34,4 29,5 12 41,4 10,7
+ 5 anos 74 23,8 17 17,7 23,0 3 10,3 4,1
Total 311 100 96 100 30,9 29 100 9,3
NS/NR 1 - 0 - - 0 - -
CD
< 1 ano 85 16,3 26 23,6 30,6 6 19,4 7,1
1 – 2 anos 86 16,5 19 17,3 22,1 7 22,6 8,1
2 – 5 anos 115 22,1 47 42,7 40,9 9 29,0 7,8
+ 5 anos 234 45,0 18 16,4 7,7 9 29,0 3,8
Total 520 100 110 100 21,2 31 100 6,0
NS/NR 2 - 0 - - 0 - -
SA
D
< 1 ano 58 41,7 20 60,6 34,5 4 50,0 6,9
1 – 2 anos 30 21,6 4 12,1 13,3 4 50,0 13,3
2 – 5 anos 34 24,5 4 12,1 11,8 0 - -
+ 5 anos 17 12,2 5 15,2 29,4 0 - -
Total 139 100 33 100 23,7 8 100 5,8
NS/NR 0 - 0 - - 0 - -
TO
TA
L
< 1 ano 208 21,4 61 25,5 29,3 17 25,0 8,2
1 – 2 anos 176 18,1 54 22,6 30,7 18 26,5 10,2
2 – 5 anos 261 26,9 84 35,1 32,2 21 30,9 8,0
+ 5 anos 325 33,5 40 16,7 12,3 12 17,6 3,7
Total 970 100 239 100 24,6 68 100 7,0
NS/NR 3 - 0 - - 0 - -
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 32
No que respeita aos utentes com demência, o intervalo de com maior prevalência em ERPI (N=96) é o de 2 a
5 anos, com 34,4% (N=33), logo seguido do intervalo de 1 a 2 anos, com 32,3% (N=31). Em CD (N=110)
42,7% (N=47) dos utentes com demência estão no intervalo entre 2 a 5 anos e em SAD (N=33) 60,6%
(N=20) recebem apoio há menos de um ano.
Nos utentes com suspeita de demência, o intervalo de tempo de institucionalização / utilização do serviço
mais prevalente em ERPI (N=29) é também o de 2 a 5 anos com 41,4% (N=12). Em CD (N=31) 29% (N=9)
da população está integrada nesta resposta social há mais de 5 anos e a mesma percentagem entre 2 e 5
anos. Na resposta de SAD (N=8), o total da população com suspeita de demência recebe apoio há menos
de 2 anos: 50% (N=4) há menos de um ano e 50% (N=4) entre 1 e 2 anos.
130
104
156
273
61 54
84
40
17 18 2112
0
50
100
150
200
250
300
< 1 ano 1 – 2 anos 2 – 5 anos + 5 anos
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
62,559,1 59,8
84,0
29,3 30,7 32,2
12,38,2 10,2 8,0
3,7
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
< 1 ano 1 – 2 anos 2 – 5 anos + 5 anos
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
Gráfico 20 – Cascais: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (N)
Gráfico 21 – Cascais: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 33
GRAU DE DEPENDÊNCIA
No que diz respeito ao grau de dependência, 34,1% (N=332) da população total (N=973) é autónoma,
39,2% (N=74) das pessoas com demência (N=189) são dependentes, tal como 41,5% (N=27) das pessoas
com suspeita de demência (N=65).
40,4% (N=126) dos utentes de ERPI (N=312) são dependentes, 52,7% (N=275) dos utentes de CD (N=522)
são autónomos e 38,8% (N=54) dos utentes de SAD (N=139) são parcialmente dependentes.
Relativamente aos utentes com demência, verifica-se que na resposta social ERPI (N=78) existem 39,7%
(N=31) de dependentes e a mesma percentagem de grandes dependentes. Em CD (N=79), 48,1% (N=38)
são parcialmente dependentes e 43% (N=34) são dependentes. Em SAD (N=32), 40,6% (N=13) da
população com demência é grande dependente.
Tabela 20 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo o Grau de Dependência
Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita
Nº % Nº % % TU Nº % % TU
ER
PI
Autónomo 32 10,3 3 3,8 9,4 0 - 0,0
Parc. dependente 61 19,6 13 16,7 21,3 2 7,7 3,3
Dependente 126 40,4 31 39,7 24,6 13 50,0 10,3
Grd. dependente 93 29,8 31 39,7 33,3 11 42,3 11,8
Total 312 100 78 100 25,0 26 100 8,3
NS/NR 0 - 18 - - 3 - -
CD
Autónomo 275 52,7 5 6,3 1,8 8 25,8 2,9
Parc. dependente 112 21,5 38 48,1 33,9 13 41,9 11,6
Dependente 127 24,3 34 43,0 26,8 10 32,3 7,9
Grd. dependente 8 1,5 2 2,5 25,0 0 - -
Total 522 100 79 100 15,1 31 100 5,9
NS/NR 0 - 31 - - 0 - -
SA
D
Autónomo 25 18,0 3 9,4 12,0 1 12,5 4,0
Parc. dependente 54 38,8 7 21,9 13,0 3 37,5 5,6
Dependente 29 20,9 9 28,1 31,0 4 50,0 13,8
Grd. dependente 31 22,3 13 40,6 41,9 0 - -
Total 139 100 32 100 23,0 8 100 5,8
NS/NR 0 - 1 - - 0 - -
TO
TA
L
Autónomo 332 34,1 11 5,8 3,3 9 13,8 2,7
Parc. dependente 227 23,3 58 30,7 25,6 18 27,7 7,9
Dependente 282 29,0 74 39,2 26,2 27 41,5 9,6
Grd. dependente 132 13,6 46 24,3 34,8 11 16,9 8,3
Total 973 100 189 100 19,4 65 100 6,7
NS/NR 0 - 50 - - 3 - -
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 34
Os utentes com suspeita de demência em ERPI (N=26) são sobretudo dependentes – 50% (N=13) – e
grandes dependentes – 42,3% (N=11). Em CD (N=31) existem 41,9% (N=13) de pessoas com suspeita de
demência parcialmente dependentes e em SAD (N=8) 50% (N=4) são dependentes.
312
151
181
75
11
5874
46
918
2711
0
50
100
150
200
250
300
350
Autónomo Parc. Dependente Dependente Grande dependente
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
94,0
66,564,2
56,8
3,3
25,6 26,2
34,8
2,77,9 9,6 8,3
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
Autónomo Parc. Dependente Dependente Grande dependente
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
Gráfico 22 – Cascais: Total de Utentes por Grau de Dependência (N)
Gráfico 23 – Cascais: Total de Utentes por Grau de Dependência (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 35
2.3. Análise Crítica
CARACTERIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS SOCIAIS
Natureza Jurídica
Dos 32 equipamentos sociais visitados no Concelho de Cascais, 62% são entidades não lucrativas. Contudo,
constata-se um número significativo de entidades lucrativas (38%).
Este resultado vai ao encontro da realidade existente no distrito de Lisboa, que, segundo o Relatório de
2012 da Carta Social sobre a Rede de Serviços e Equipamentos, conta com 30% de equipamentos sociais de
entidades lucrativas e 70% de entidades não lucrativas. Ao nível das entidades lucrativas o crescimento
atingiu 72% no período de 2000 a 2012, enquanto as entidades não lucrativas tiveram um crescimento de
24%, valor que se apresenta com tendência de estabilização desde 2005 [25].
Respostas Sociais
As respostas socias dos equipamentos visitados no concelho de Cascais distribuem-se de forma quase
equitativa por ERPI, CD e SAD, com uma ligeira prevalência de ERPI (38%).
Em 2012, as respostas sociais para pessoas idosas constituíam 53,2% do total de serviços e equipamentos e
apresentaram um aumento de 42% entre 2000 e 2012. A resposta de SAD foi a que teve um maior
crescimento desde 2000, sendo também a resposta com maior capacidade em 2012 [25].
Mensalidades
Verifica-se uma elevada disparidade entre as mensalidades mínimas e máximas, particularmente na resposta
ERPI não lucrativa. Esta disparidade deve-se ao facto de alguns destes equipamentos terem vagas com
acordo de cooperação com o Instituto de Segurança Social, cujas mensalidades são calculadas com base em
critérios de comparticipação (proporcionais aos rendimentos dos utentes) e, paralelamente, vagas sem
acordo não sujeitas aos referidos critérios e que lhes permitem cobrar mensalidades mais elevadas.
Responsável pela visita
Em cerca de 80% dos equipamentos sociais a equipa do Projeto Cuidar Melhor foi recebida pelos
responsáveis técnicos e/ou por elementos da Direção/Proprietários, facto que demonstra o interesse destes
responsáveis por iniciativas que ajudem a melhorar o apoio à população com demência e seus cuidadores.
Certificação – Sistema de Gestão da Qualidade
Muitos dos equipamentos sociais que iniciaram o processo de certificação da qualidade, sobretudo as
entidades não lucrativas, seguem os critérios do Sistema de Qualificação das Respostas Sociais da Segurança
Social.
Alguns dos equipamentos que já iniciaram o processo referem que este se encontra parado ou a avançar
muito lentamente devido aos constrangimentos financeiros com que se deparam atualmente. Contudo, ainda é
considerável o número de equipamentos que não iniciou o processo de certificação da qualidade (44%).
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 36
Recursos Humanos
Mais de dois terços dos equipamentos visitados têm Assistente Social, sendo igualmente significativo o número
de Fisioterapeutas. A percentagem elevada de Médicos e Enfermeiros deve-se ao facto de estes dois tipos
de profissionais exercerem, por exigência legal, funções nas ERPI. De salientar que a composição do corpo
técnico depende do tipo de resposta social.
Apesar de os responsáveis dos equipamentos terem sido questionados acerca da participação do corpo
técnico e restantes funcionários em ações de formação sobre demências, não foi possível determinar com
precisão o número de pessoas que receberam formação nesta área. Além disso, não foram estabelecidos os
critérios de formação mínimos necessários para considerar as iniciativas formativas sobre demências,
tornando-se a pergunta demasiado abrangente para valorizar as respostas dadas.
Principais dificuldades no cuidado a pessoas com demência / suspeita de demência
A agressividade e a agitação foram as principais dificuldades apontadas no cuidado a pessoas com
demência no concelho de Cascais. Um relatório da Alzheimer’s Society refere a agressividade como uma das
maiores dificuldades sentidas pelos cuidadores, logo após as dificuldades de comunicação [22].
Tendo em conta o facto de apenas 5% dos equipamentos não terem referido dificuldades na prestação de
cuidados a pessoas com demência, devem ser reforçadas as ofertas formativas para técnicos e outros
funcionários dos equipamentos que contemplem estratégias para lidar com este tipo de dificuldades.
Processo jurídico de admissão de utentes com demência / suspeita de demência
O número de equipamentos que solicita a assinatura do representante legal é muito reduzido, atendendo à
percentagem de pessoas com diagnóstico de demência ou com suspeita. Destes dados, depreende-se a
necessidade de informação às famílias e aos responsáveis dos equipamentos sociais sobre os direitos das
pessoas com demência, os limites da intervenção da família e dos profissionais e as formas legais de
representação.
CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA DOS UTENTES
Amostra – Dados Gerais
Dos 973 utentes de Cascais, o maior número (N=522) está integrado em CD.
Mais de 30% do total de utentes dos equipamentos sociais visitados no concelho de Cascais têm demência ou
suspeita de demência. Esta percentagem sobe para 40% nos utentes de ERPI.
A distribuição dos utentes com demência/suspeita de demência pelas respostas sociais revela que a maior
percentagem destas pessoas está em CD (46%) e em ERPI (41%). Apenas 13% se encontra a receber apoio
no domicílio.
Género
No que respeita ao género, os utentes dos equipamentos sociais do concelho de Cascais seguem a mesma
tendência dos dados referentes à população nacional com mais de 60 anos a viver em famílias institucionais
[23]: 71% de mulheres para 29% de homens. Verifica-se ainda uma maior prevalência de casos de
demência ou suspeita de demência entre as mulheres: 34% em comparação com 25% nos homens.
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 37
Considerando o total consolidado de utentes com demência e suspeita de demência da amostra a
percentagem de mulheres sobe para 77%, o que significa que mais de três quartos das pessoas com
demência ou com suspeita são mulheres. Esta percentagem de mulheres é superior à apresentada no estudo
de 2005 do Instituto da Segurança Social sobre a situação social dos doentes de Alzheimer que refere que
67% destes doentes são mulheres [16].
Idade
O intervalo de idades com maior prevalência é o dos 81 aos 90 anos, sendo também o intervalo com maior
percentagem de pessoas com demência e suspeita de demência: mais de metade destas pessoas encontram-
se neste intervalo etário e a proporção sobe para dois terços se for considerado também o intervalo etário
com mais de 90 anos. Assim, mais de dois terços das pessoas com demência ou com suspeita de demência da
amostra tem mais de 80 anos.
Verifica-se ainda que quanto mais alto é o intervalo etário, mais elevada é a percentagem de pessoas com
demência e suspeita de demência e menor a percentagem de pessoas sem demência, facto que se encontra
em consonância com a tendência dos dados de prevalência mundiais apresentados anteriormente [2].
Estado Civil
Mais de metade dos utentes dos equipamentos sociais são viúvos, sendo este estado civil o mais prevalente
em ERPI e CD. A proporção de viúvos sobe para dois terços nos utentes com demência.
Em SAD existe uma maior percentagem de utentes casados comparativamente com as outras respostas
sociais, nomeadamente no que respeita aos utentes com demência, em que a percentagem de casados é
superior à de viúvos e constitui mais de metade da amostra. Este facto parece demonstrar que a viuvez pode
constituir um fator importante para a procura de respostas sociais que pressuponham acompanhamento e
cuidados mais permanentes e sublinha, ainda, o papel do cônjuge na prestação de cuidados.
Escolaridade
Cerca de dois terços dos utentes dos equipamentos sociais do concelho de Cascais têm o 1º Ciclo de
escolaridade (completo ou incompleto), verificando-se a mesma tendência nos utentes com demência e
suspeita de demência e sendo esta a escolaridade mais prevalente em todas as respostas sociais.
Comparativamente com o estudo do Instituto da Segurança Social, a percentagem de utentes com demência
analfabetos (12,6%) é semelhante (10,3%). No entanto, no que respeita à percentagem de utentes com
Ensino Superior, em Cascais esta constitui mais do dobro (13,6%) da mencionada no referido estudo (5,1%)
[16].
A maior percentagem de utentes com Ensino Superior encontra-se em SAD e a menor percentagem em CD,
verificando-se o inverso nos utentes analfabetos: a maior percentagem encontra-se em CD. O estatuto social
pode ser um fator justificativo destes resultados: as pessoas com maior nível de escolaridade tendem a
permanecer mais tempo em suas casas, recebendo apoio domiciliário. A resposta de CD parece ser uma
solução mais procurada pelas pessoas com menor escolaridade.
Neste concelho, a percentagem de pessoas com demência e suspeita de demência que têm Ensino Superior
constitui cerca de 40% do total das pessoas com este grau de escolaridade. Estes dados não significam
necessariamente uma maior prevalência de demência neste grau de escolaridade, mas antes que a demência
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 38
pode ser uma das principais razões para a procura de respostas socias na comunidade por parte da
população com nível de escolaridade mais elevado.
Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço
Relativamente ao tempo de institucionalização / utilização do serviço, cerca de 60% do total de utentes
recebe apoio de uma das respostas sociais há mais de 2 anos, um terço há mais de 5 anos. Esta tendência é
idêntica em CD, embora com percentagens um pouco mais altas: dois terços dos utentes estão integrados há
mais de 2 anos, sendo que 45% dos utentes estão integrados há mais de 5 anos. Em ERPI, cerca de 60% dos
utentes estão também integrados há mais de 2 anos, mas com uma maior percentagem (36%) no intervalo
dos 2 aos 5 anos. No Relatório de 2012 da Carta Social, a distribuição dos utentes por tempo de
permanência na resposta ERPI evidencia um elevado peso das estadas prolongadas. É de salientar que cerca
de 50% dos utentes mantém-se nesta resposta 3 ou mais anos, dos quais 30% permanecem por um período
superior a 5 anos [25]. Em SAD a tendência é inversa, quase dois terços da população recebe apoio há
menos de 2 anos.
Na população com demência o tempo de institucionalização / utilização do serviço é mais variável, situando-
se a maior percentagem de casos no intervalo de 2 a 5 anos (cerca de 35%), sendo esta a tendência em
ERPI e CD. Em SAD, cerca de 60% dos utentes com demência recebem apoio há menos de 1 ano.
Estes dados sugerem que a resposta de CD é uma solução de integração mais estável e que a resposta de
SAD parece constituir uma solução mais transitória ou pontual, que poderão coexistir, prévia à integração
permanente em ERPI.
Grau de Dependência
Cerca de um terço dos utentes dos equipamentos do concelho de Cascais são autónomos, contribuindo para
esta proporção a percentagem elevada de utentes autónomos na resposta de CD (cerca de 53%). Em SAD a
maior percentagem (cerca de 40%) é de pessoas parcialmente dependentes. Em ERPI cerca de 70% dos
utentes são dependentes ou grandes dependentes e cerca de 90% tem algum tipo de dependência. No
Relatório de 2012 da Carta Social, apenas 78% dos utentes da Rede de Serviços e Equipamentos tinham
algum grau de dependência e apenas 50% eram dependentes ou grandes dependentes [25].
A resposta social de SAD parece ser o recurso procurado para pessoas parcialmente dependentes, dado
que, pela sua natureza, é uma resposta que visa manter a pessoa no seu domicílio o maior tempo possível,
potenciando a sua autonomia relativa e retardando a integração em ERPI. Esta, ao invés, parece ser o tipo
de resposta procurado para pessoas com maior grau de dependência [32].
Relativamente aos utentes com demência, como seria de esperar, o grau de dependência é maior
comparativamente com o universo total de utentes. Dois terços são dependentes ou grandes dependentes,
tendência que se acentua em ERPI, onde a percentagem sobe para 80%. Em SAD a percentagem de
dependentes e grandes dependentes é de cerca de 70%. Em CD, cerca de 90% dos utentes com demência
são parcialmente dependentes ou dependentes.
Mais de 40% dos utentes com grande dependência tem demência ou suspeita de demência, bem como cerca
de um terço dos parcialmente dependentes e dos dependentes.
A grande maioria dos utentes com demência ou suspeita de demência tem algum grau de dependência e,
portanto, necessidades especiais de cuidados que justificam o apoio de uma resposta social.
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 39
3 | OEIRAS
3.1. Caracterização dos Equipamentos Sociais
NATUREZA JURÍDICA
Foram visitados 29 equipamentos sociais no Concelho de Oeiras. Destes, 55% (N=16) são entidades
lucrativas e os restantes são entidades não lucrativas: Associações, Centros Sociais e Paroquiais, Instituto de
Organização Religiosa e Misericórdia.
RESPOSTAS SOCIAIS
Os 29 equipamentos sociais visitados têm, no total, 42 respostas sociais: 13 ERPI, 11 CD e 19 SAD. Das 13
ERPI visitadas, 9 pertencem a entidades lucrativas.
18 As nomenclaturas apresentadas são as usadas na Carta Social. 19 Há equipamentos com mais que uma resposta social, motivo pelo qual o número total de respostas excede o número total de equipamentos visitados.
10%
28%
4%
3%
55%
Associação de Solidariedade Social
Centro Social e Paroquial
Instituto de Organização Religiosa
Misericórdia
Entidade Lucrativa
30%
26%
44%ERPI
CD
SAD
Gráfico 24 – Oeiras: Natureza jurídica18 dos equipamentos sociais visitados
Gráfico 25 – Oeiras: Respostas sociais19 dos equipamentos visitados
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 40
VALÊNCIAS – MENSALIDADES
ERPI CD
Geral Lucrativas Não lucrativas Geral (não lucr.)
Mensalidade Mínima 0,00 €21 1.100,00 € 0,00 € 0,00 €
Mensalidade Máxima 3.000,00 € 3.000,00 € 1.131,16 € 360,00 €
RESPONSÁVEL PELA VISITA
A equipa do projeto foi recebida pelo Diretor Técnico em 62% dos equipamentos sociais.
CERTIFICAÇÃO – SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
Com processo iniciado 13
Com processo concluído 6
Sem processo iniciado 16
Dos 29 equipamentos visitados, 13 iniciaram o processo de certificação da qualidade e, destes, 6 concluíram
o processo.
20 As mensalidades referem-se aos valores pagos pelos utentes, não estando contemplados os montantes recebidos pelos equipamentos sociais não lucrativos no âmbito de acordos de cooperação com o Instituto da Segurança Social (ISS). Não foi possível incluir os valores das mensalidades de SAD por não se ter encontrado um critério homogéneo que permitisse a análise integrada dos dados recolhidos (serviços prestados distintos, valor hora vs. valor mensal, etc.). Não existem, nesta amostra, entidades lucrativas com resposta social de Centro de Dia. 21 Existem utentes, integrados em entidades não lucrativas com resposta social de ERPI ou CD com acordos de cooperação com o ISS, sem rendimentos e sem familiares, que não pagam qualquer valor a título de mensalidade.
22 Em alguns equipamentos a equipa do projeto foi recebida por mais do que uma pessoa.
62
21
14
7
14
Diretor Técnico
Direção / Gerência
Coordenador de Valência
Responsável de Lar
Outros Técnicos
Tabela 21 – Oeiras: Valores de mensalidade20 por resposta social
Gráfico 26 – Oeiras: Responsável pela visita (%)22
Tabela 22 – Oeiras: Certificação dos equipamentos sociais
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 41
CORPO TÉCNICO
Dos 29 equipamentos, 72% têm Enfermeiro e 52% têm Assistente Social e Médico.
PRINCIPAIS DIFICULDADES NO CUIDADO A PESSOAS COM DEMÊNCIA / SUSPEITA
As dificuldades no cuidado a pessoas com demência mais frequentemente referidas foram: Agressividade e
Agitação. A categoria Outros, com 21%, compreende respostas como: delírios ou alucinações, variação de
humor, comunicação, gestão de conflitos entre familiares, relação entre utentes e aceitação do profissional no
domicílio. 75% dos equipamentos referem dificuldades no cuidado a pessoas com demência.
23 Os números apresentados não representam o número total de técnicos das diferentes áreas, mas antes a existência de pelo menos um técnico daquela categoria profissional. Estes profissionais enquadram-se em diferentes regimes laborais (contrato de trabalho ou prestação de serviços).
52 48
17
41
72
5245
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Assistente Social
Fisioterapeuta Terapeuta Ocupacional
Psicólogo Enfermeiro Médico Animador Sociocultural
27%
7%
18%
2%
21%
25%
Agressividade
Deambulação
Agitação
Apatia
Outros
Sem dificuldades
Gráfico 27 – Oeiras: Constituição do Corpo Técnico (%)23
Gráfico 28 – Oeiras: Principais dificuldades dos equipamentos sociais no cuidado a pessoas com demência
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 42
PROCESSO JURÍDICO DE ADMISSÃO DE UTENTES COM DEMÊNCIA / SUSPEITA
QUEM ASSINA O CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS?
Em 69% dos equipamentos sociais visitados, quem assina o contrato de prestação de serviços é um familiar.
69%
7%
4% 17%
3%
Familiar
Familiar ou Utente
Familiar ou Representante Legal
Familiar ou Outro
Não tem contrato
Gráfico 29 – Oeiras: Processo jurídico de admissão de utentes com demência ou suspeita de demência
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 43
3.2. Caracterização Sociodemográfica dos Utentes
AMOSTRA – DADOS GERAIS
Total de Utentes
(TU) Utentes com demência Utentes com suspeita
Demência / Suspeita Consolidado
Nº Nº % TU Nº % TU Nº % TU
ERPI 243 114 46,9 20 8,2 134 55,1
CD 220 31 14,1 31 14,1 62 28,2
SAD 117 5 4,3 3 2,6 8 6,8
Total 1005 210 20,9 120 11,9 330 32,8
O número total da amostra para o Concelho de Oeiras é de 1005 utentes. No entanto, os dados por
resposta social estão disponíveis apenas para 580 utentes. Os restantes 425 utentes da amostra fazem parte
de formulários com dados consolidados de equipamentos com várias respostas sociais.
Dos 580 utentes, 243 residem em ERPI, 220 estão integrados em CD e 117 recebem apoio de SAD.
Considerando a amostra total de utentes, 20,9% têm diagnóstico médico de demência (N=210) e 11,9% têm
suspeita de demência (N=120).
Os utentes com demência constituem 46,9% (N=114) do total de utentes a residir em ERPI (N=243), 14,1%
(N=31) dos utentes integrados em CD (N=220) e 4,3% (N=5) dos utentes a receber apoio de SAD (N=117).
Quanto aos utentes com suspeita de demência, estes constituem 8,2% (N=20) da população em ERPI
(N=243), 14,1% (N=31) em CD (N=220) e 2,6% (N=3) em SAD (N=117).
Considerados em conjunto, os utentes com demência e suspeita de demência constituem 55,1% dos utentes em
ERPI, 28,2% dos utentes em CD e 6,8% dos utentes de SAD.
67%
21%
12%
Utentes sem demência
Utentes com demência
Utentes com suspeita
Tabela 23 – Oeiras: Total de Utentes por resposta social
Gráfico 30 – Oeiras: Amostra Total (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 44
Considerando o total consolidado de utentes com demência e suspeita de demência (N=330), verifica-se que
66% se encontram em ERPI (N=134), 30% em CD (N=62) e 4% em SAD (N=8).
44,9
71,8
93,2
46,9
14,1
4,38,2
14,1
2,6
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
ERPI CD SAD
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
66%
30%
4%
ERPI
CD
SAD
Gráfico 31 – Oeiras: Total de Utentes por resposta social (%)
Gráfico 32 – Oeiras: Total de Utentes com demência / suspeita de demência por resposta social (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 45
GÉNERO
Relativamente ao Género, as mulheres constituem 70,6% (N=710) da população total (N=1005), 77,1%
(N=162) dos utentes com demência (N=210) e 69,2% (N=83) dos utentes com suspeita de demência
(N=120).
As mulheres constituem ainda 70% (N=170) dos utentes residentes em ERPI (N=243), 63,6% (N=140) dos
utentes integrados em CD (N=220) e 71,8% (N=84) dos utentes a receber apoio de SAD (N=117).
O género feminino constitui a maioria dos utentes com demência em qualquer uma das respostas sociais:
77,2% (N=88) em ERPI, 67,7% (N=21) em CD e 60,0% (N=3) em SAD. O mesmo acontece com os utentes
com suspeita de demência: as mulheres constituem 65% (N=13) em ERPI, 74,2% (N=23) em CD e 66,7%
(N=2) em SAD.
71%
29%
Feminino Masculino
65%
23%
12%
Feminino
71%
16%
13%
Masculino
Utentes semdemência
Utentes comdemência
Utentes comsuspeita
Tabela 24 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo o Género
Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita
Nº % Nº % % TU Nº % % TU
ER
PI
Feminino 170 70,0 88 77,2 51,8 13 65,0 7,6
Masculino 73 30,0 26 22,8 35,6 7 35,0 9,6
Total 243 100 114 100 46,9 20 100 8,2
CD
Feminino 140 63,6 21 67,7 15,0 23 74,2 16,4
Masculino 80 36,4 10 32,3 12,5 8 25,8 10,0
Total 220 100 31 100 14,1 31 100 14,1
SA
D Feminino 84 71,8 3 60,0 3,6 2 66,7 2,4
Masculino 33 28,2 2 40,0 6,1 1 33,3 3,0
Total 117 100 5 100 4,3 3 100 2,6
TO
TA
L Feminino 710 70,6 162 77,1 22,8 83 69,2 11,7
Masculino 295 29,4 48 22,9 16,3 37 30,8 12,5
Total 1005 100 210 100 20,9 120 100 11,9
Gráfico 33 – Oeiras: Total de Utentes por Género (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 46
Considerando o total consolidado de utentes com demência e suspeita de demência verifica-se que 74% são
mulheres (N=245) e 26% são homens (N=85).
Gráfico 34 – Oeiras: Total de Utentes com Demência / Suspeita de Demência por Género (%)
74%
26%
Feminino
Masculino
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 47
IDADE
Considerando o total de utentes das respostas sociais, o intervalo de idades com maior prevalência é o dos
81 aos 90 anos, constituindo 43,9% (N=418) da população total (N=953), 42,4% (N=89) dos utentes com
diagnóstico médico de demência (N=210) e 46,7% (N=56) dos utentes com suspeita de demência (N=120).
Em todas as respostas sociais, o intervalo de idades com maior prevalência é o dos 81 aos 90 anos,
constituindo 41,6% (N=94) da amostra total em ERPI (N=226), 43,2% (N=80) em CD (N=185) e 50,4%
(N=59) em SAD (N=117).
Tabela 25 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo a Idade
Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita
Nº % Nº % % TU Nº % % TU
ER
PI
< = 60 10 4,4 2 1,8 20,0 0 - 0,0
61 – 70 14 6,2 5 4,4 35,7 0 - 0,0
71 – 80 36 15,9 24 21,1 66,7 2 10,0 5,6
81 – 90 94 41,6 56 49,1 59,6 9 45,0 9,6
>= 91 72 31,9 27 23,7 37,5 9 45,0 12,5
Total 226 100 114 100 50,4 20 100 8,8
NS/NR 17 - 0 - - 0 - -
CD
< = 60 3 1,6 0 - - 0 - -
61 – 70 32 17,3 5 16,1 15,6 3 9,7 9,4
71 – 80 57 30,8 12 38,7 21,1 9 29,0 15,8
81 – 90 80 43,2 10 32,3 12,5 18 58,1 22,5
>= 91 13 7,0 4 12,9 30,8 1 3,2 7,7
Total 185 100 31 100 16,8 31 100 16,8
NS/NR 35 - 0 - - 0 - -
SA
D
< = 60 3 2,6 0 - - 0 - -
61 – 70 10 8,5 0 - - 0 - -
71 – 80 29 24,8 3 60,0 10,3 1 33,3 3,4
81 – 90 59 50,4 2 40,0 3,4 2 66,7 3,4
>= 91 16 13,7 0 - - 0 - -
Total 117 100 5 100 4,3 3 100 2,6
NS/NR 0 - 0 - - 0 - -
TO
TA
L
< = 60 34 3,6 3 1,4 8,8 0 - -
61 – 70 87 9,1 15 7,1 17,2 7 5,8 8,0
71 – 80 232 24,3 55 26,2 23,7 19 15,8 8,2
81 – 90 418 43,9 89 42,4 21,3 56 46,7 13,4
>= 91 182 19,1 48 22,9 26,4 38 31,7 20,9
Total 953 100 210 100 22,0 120 100 12,6
NS/NR 52 - 0 - - 0 - -
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 48
No que respeita aos utentes com demência, o intervalo de idades mais prevalente em ERPI (N=114) é o dos
81 aos 90 anos com 49,1% (N=56). Em CD (N=31) e SAD (N=5) o intervalo de idades mais prevalente é o
dos 71 aos 80 anos, com 38,7% (N=12) e 60% (N=3) respetivamente.
Nos utentes com suspeita de demência em ERPI (N=20) os intervalos de idades dos 81 aos 90 anos e igual ou
superior a 91 anos têm ambos 45% (N=9) de prevalência, ou seja, 90% desta população tem mais de 81
anos. Em CD (N=31) e SAD (N=3), o intervalo de idades dos 81 aos 90 anos, constitui 58,1% (N=18) e
66,7% (N=2) respetivamente.
31
65
158
273
96
315
55
89
48
07
19
56
38
0
50
100
150
200
250
300
< = 60 61 – 70 71 – 80 81 – 90 >= 91
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
91,2
74,7
68,165,3
52,7
8,8
17,2
23,721,3
26,4
0,0
8,0 8,213,4
20,9
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
< = 60 61 – 70 71 – 80 81 – 90 >= 91
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
Gráfico 35 – Oeiras: Total de Utentes por Idade (N)
Gráfico 36 – Oeiras: Total de Utentes por Idade (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 49
ESTADO CIVIL
No que respeita ao estado civil, 56,8% (N=487) da população total (N=858) é viúva, tal como 63,2%
(N=115) das pessoas com demência (N=182) e 65% (N=78) das pessoas com suspeita de demência
(N=120).
Os viúvos são a população mais prevalente em todas as respostas sociais, constituindo 61,1% (N=116) da
população total em ERPI (N=190), 56,5% (N=104) em CD (N=184) e 64,4% (N=38) em SAD (N=59).
Tabela 26 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo o Estado Civil
Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita
Nº % Nº % % TU Nº % % TU
ER
PI
Solteiro 23 12,1 6 5,3 26,1 2 10,0 8,7
Casado 42 22,1 23 20,2 54,8 2 10,0 4,8
Viúvo 116 61,1 78 68,4 67,2 15 75,0 12,9
Div. / Separado 9 4,7 7 6,1 77,8 1 5,0 11,1
União de facto 0 - 0 - - 0 - -
Total 190 100 114 100 60,0 20 100 10,5
NS/NR 53 27,9 0 - - 0 - -
CD
Solteiro 25 13,6 5 16,1 20,0 1 3,2 4,0
Casado 37 20,1 13 41,9 35,1 3 9,7 8,1
Viúvo 104 56,5 13 41,9 12,5 24 77,4 23,1
Div. / Separado 16 8,7 0 - - 3 9,7 18,8
União de facto 2 1,1 0 - - 0 - -
Total 184 100 31 100 16,8 31 100 16,8
NS/NR 36 19,6 0 - - 0 - -
SA
D
Solteiro 4 6,8 0 - - 0 - -
Casado 15 25,4 4 80,0 26,7 1 33,3 6,7
Viúvo 38 64,4 1 20,0 2,6 2 66,7 5,3
Div. / Separado 2 3,4 0 - - 0 - -
União de facto 0 - 0 - - 0 - -
Total 59 100 5 100 8,5 3 100 5,1
NS/NR 58 98,3 0 - - 0 - -
TO
TA
L
Solteiro 101 11,8 13 7,1 12,9 4 3,3 4,0
Casado 201 23,4 46 25,3 22,9 25 20,8 12,4
Viúvo 487 56,8 115 63,2 23,6 78 65,0 16,0
Div. / Separado 67 7,8 8 4,4 11,9 13 10,8 19,4
União de facto 2 0,2 0 - - 0 - -
Total 858 100 182 100 21,2 120 100 14,0
NS/NR 147 - 28 - - 0 - -
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 50
No que respeita aos utentes com demência, os viúvos são também a população mais prevalente em ERPI,
constituindo 68,4% (N=78) da população total (N=114). Em CD (N=31) verifica-se a mesma percentagem
de casados e viúvos: 41,9% (N=13). Na resposta social de SAD (N=5), a percentagem de pessoas com
demência casadas supera a de viúvas, constituindo 80% (N=4) da população.
Relativamente aos utentes com suspeita de demência, os viúvos são a população mais prevalente em todas as
respostas sociais: 75% (N=15) em ERPI (N=20), 77,4% (N=24) em CD (N=31) e 66,7% (N=2) em SAD
(N=3).
84
130
294
46
213
46
115
804
25
78
130
0
50
100
150
200
250
300
Solteiro Casado Viúvo Div. Sep. U. facto
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
83,2
64,760,4
68,7
100,0
12,9
22,9 23,6
11,9
0,04,0
12,416,0
19,4
0,00,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
Solteiro Casado Viúvo Div. Sep. U. facto
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
Gráfico 37 – Oeiras: Total de Utentes por Estado Civil (N)
Gráfico 38 – Oeiras: Total de Utentes por Estado Civil (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 51
ESCOLARIDADE
Relativamente à escolaridade, 66,7% (N=408) da população total (N=612) tem o 1º Ciclo, tal como 60,4%
(N=61) das pessoas com demência (N=101) e 61,3% (N=65) das pessoas com suspeita de demência
(N=106).
O 1º Ciclo constitui a escolaridade de 70,4% (N=57) da população em ERPI (N=81), 75,7% (N=112) da
população em CD (N=148) e 41,2% (N=7) da população em SAD (N=17).
No que respeita aos utentes com demência, a escolaridade mais prevalente é também o 1º Ciclo nas
respostas sociais de ERPI (N=25) e CD (N=25) em 64% (N=16) dos casos. Na resposta de SAD verifica-se
uma maior prevalência de utentes com Ensino secundário: 66,7% (N=2).
Nos utentes com suspeita de demência, o 1º Ciclo é a escolaridade mais prevalente em todas as respostas
sociais: 64,3% (N=9) em ERPI (N=14), 58,1 (N=18) em CD (N=31) e 100% em SAD (N=2).
Tabela 27 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo a Escolaridade
Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita
Nº % Nº % % TU Nº % % TU
ER
PI
Analfabeto 9 11,1 4 16,0 44,4 2 14,3 22,2
1º Ciclo 57 70,4 16 64,0 28,1 9 64,3 15,8
E. Secundário 4 4,9 3 12,0 75,0 2 14,3 50,0
E. Superior 11 13,6 2 8,0 18,2 1 7,1 9,1
Total 81 100 25 100 30,9 14 100 17,3
NS/NR 162 - 89 - - 6 - -
CD
Analfabeto 21 14,2 2 8,0 9,5 11 35,5 52,4
1º Ciclo 112 75,7 16 64,0 14,3 18 58,1 16,1
E. Secundário 12 8,1 6 24,0 50,0 2 6,5 16,7
E. Superior 3 2,0 1 4,0 33,3 0 - -
Total 148 100 25 100 16,9 31 100 20,9
NS/NR 72 - 6 - - 0 - -
SA
D
Analfabeto 0 - 0 - - 0 - -
1º Ciclo 7 41,2 1 33,3 14,3 2 100,0 28,6
E. Secundário 4 23,5 2 66,7 50,0 0 - -
E. Superior 6 35,3 0 - - 0 - -
Total 17 100 3 100 17,6 2 100 11,8
NS/NR 100 - 2 - - 1 - -
TO
TA
L
Analfabeto 79 12,9 12 11,9 15,2 14 13,2 17,7
1º Ciclo 408 66,7 61 60,4 15,0 65 61,3 15,9
E. Secundário 70 11,4 20 19,8 28,6 17 16,0 24,3
E. Superior 55 9,0 8 7,9 14,5 10 9,4 18,2
Total 612 100 101 100 16,5 106 100 17,3
NS/NR 393 - 109 - - 14 - -
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 52
Salienta-se ainda a percentagem de utentes analfabetos: 12,9% (N=79) da população total, 11,9% (N=12)
dos utentes com demência e 13,2% (N=14) dos utentes com suspeita de demência.
53
282
33 37
12
61
20814
65
1710
0
50
100
150
200
250
300
Analf 1ºCiclo E. Sec E. Sup
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
67,1 69,1
47,1
67,3
15,2 15,0
28,6
14,517,7 15,9
24,3
18,2
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
Analf 1ºCiclo E. Sec E. Sup
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
Gráfico 39 – Oeiras: Total de Utentes por Escolaridade (N)
Gráfico 40 – Oeiras: Total de Utentes por Escolaridade (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 53
TEMPO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO / UTILIZAÇÃO DO SERVIÇO
Relativamente ao tempo de institucionalização / utilização do serviço, 27,4% (N=199) da população total
(N=727) recebe apoio de uma das respostas sociais entre 2 e 5 anos; 31,8% (N=62) da população com
demência (N=195) também entre 2 e 5 anos, o mesmo se verificando na população com suspeita de
demência (N=71): 33,8% (N=24).
O tempo de institucionalização / utilização do serviço na população total é maior em CD (N=150), com 48%
(N=72) da população integrada há mais de 5 anos, do que em ERPI (N=243), com 34,6% (N=84) dos
utentes integrados entre 2 e 5 anos. Na resposta social de SAD verifica-se uma maior distribuição da
população pelos intervalos de tempo, sendo que a percentagem mais elevada se situa no intervalo até 1
ano, com 29,3% (N=24) da população total (N=82).
Tabela 28 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo o Tempo de Institucionalização/ Utilização do Serviço
Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita
Nº % Nº % % TU Nº % % TU
ER
PI
< 1 ano 62 25,5 32 28,1 51,6 2 10,0 3,2
1 – 2 anos 52 21,4 22 19,3 42,3 7 35,0 13,5
2 – 5 anos 84 34,6 41 36,0 48,8 5 25,0 6,0
+ 5 anos 45 18,5 19 16,7 42,2 6 30,0 13,3
Total 243 100 114 100 46,9 20 100 8,2
NS/NR 0 - 0 - - 0 - -
CD
< 1 ano 20 13,3 7 28,0 35,0 3 9,7 15,0
1 – 2 anos 33 22,0 7 28,0 21,2 3 9,7 9,1
2 – 5 anos 25 16,7 6 24,0 24,0 13 41,9 52,0
+ 5 anos 72 48,0 5 20,0 6,9 12 38,7 16,7
Total 150 100 25 100 16,7 31 100 20,7
NS/NR 70 - 6 - - 0 - -
SA
D
< 1 ano 24 29,3 2 40,0 8,3 1 33,3 4,2
1 – 2 anos 21 25,6 2 40,0 9,5 1 33,3 4,8
2 – 5 anos 17 20,7 1 20,0 5,9 1 33,3 5,9
+ 5 anos 20 24,4 0 - - 0 - -
Total 82 100 5 100 6,1 3 100 3,7
NS/NR 35 - 0 - - 0 - -
TO
TA
L
< 1 ano 191 26,3 60 30,8 31,4 11 15,5 5,8
1 – 2 anos 161 22,1 42 21,5 26,1 14 19,7 8,7
2 – 5 anos 199 27,4 62 31,8 31,2 24 33,8 12,1
+ 5 anos 176 24,2 31 15,9 17,6 22 31,0 12,5
Total 727 100 195 100 26,8 71 100 9,8
NS/NR 278 - 15 - - 49 - -
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 54
No que respeita aos utentes com demência, o intervalo de com maior prevalência em ERPI (N=114) é o de 2
a 5 anos, com 36% (N=41). Na resposta de CD (N=25) verifica-se uma distribuição da população pelos
vários intervalos, sendo as percentagens mais elevadas as dos intervalos até 1 ano e de 1 a 2 anos com
28% (N=7). Na resposta social de SAD (N=5), 40% (N=2) dos utentes recebe apoio há menos de 1 ano e a
mesma percentagem recebe apoio entre 1 e 2 anos.
Nos utentes com suspeita de demência, o intervalo de tempo de institucionalização / utilização do serviço
mais prevalente em ERPI (N=20) é o de 1 a 2 anos com 35% (N=7). Em CD (N=31), 41,9% (N=13) da
população está integrada nesta resposta social entre 2 e 5 anos. Na resposta de SAD (N=3) a população
está distribuída de igual forma pelos três primeiros intervalos.
120
105113
123
60
42
62
31
11 14
24 22
0
20
40
60
80
100
120
140
< 1 ano 1 – 2 anos 2 – 5 anos + 5 anos
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
62,865,2
56,8
69,9
31,426,1
31,2
17,6
5,88,7
12,1 12,5
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
< 1 ano 1 – 2 anos 2 – 5 anos + 5 anos
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
Gráfico 41 – Oeiras: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (N)
Gráfico 42 – Oeiras: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 55
GRAU DE DEPENDÊNCIA
No que respeita ao grau de dependência, 34,8% (N=195) da população total (N=848) é autónoma, 50,9%
(N=83) das pessoas com demência (N=163) são dependentes, tal como 45% (N=49) das pessoas com
suspeita de demência (N=109).
43,8% (N=98) dos utentes de ERPI (N=224) são parcialmente dependentes, 53,5% (N=99) dos utentes de
CD (N=185) e 47,9% (N=56) dos utentes de SAD (N=117) são autónomos.
Relativamente aos utentes com demência, verifica-se que na resposta social ERPI (N=84) existem 65,5%
(N=55) de dependentes. Em CD (N=31) existem 45,2% (N=14) de pessoas parcialmente dependentes e a
mesma percentagem de dependentes. Em SAD (N=5) existem 40% (N=2) de utentes parcialmente
dependentes e a mesma percentagem de grandes dependentes.
Tabela 29 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo o Grau de Dependência
Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita
Nº % Nº % % TU Nº % % TU
ER
PI
Autónomo 21 9,4 1 1,2 4,8 1 5,0 4,8
Parc. dependente 98 43,8 10 11,9 10,2 7 35,0 7,1
Dependente 64 28,6 55 65,5 85,9 8 40,0 12,5
Grd. dependente 41 18,3 18 21,4 43,9 4 20,0 9,8
Total 224 100 84 100 37,5 20 100 8,9
NS/NR 19 - 30 - - 0 - -
CD
Autónomo 99 53,5 3 9,7 3,0 13 41,9 13,1
Parc. dependente 53 28,6 14 45,2 26,4 8 25,8 15,1
Dependente 32 17,3 14 45,2 43,8 9 29,0 28,1
Grd. dependente 1 0,5 0 - - 1 3,2 100,0
Total 185 100 31 100 16,8 31 100 16,8
NS/NR 35 - 0 - - 0 - -
SA
D
Autónomo 56 47,9 0 - - 0 - -
Parc. dependente 30 25,6 2 40,0 6,7 2 66,7 6,7
Dependente 20 17,1 1 20,0 5,0 1 33,3 5,0
Grd. dependente 11 9,4 2 40,0 18,2 0 - -
Total 117 100 5 100 4,3 3 100 2,6
NS/NR 0 - 0 - - 0 - -
TO
TA
L
Autónomo 295 34,8 11 6,7 3,7 15 13,8 5,1
Parc. dependente 242 28,5 38 23,3 15,7 29 26,6 12,0
Dependente 221 26,1 83 50,9 37,6 49 45,0 22,2
Grd. dependente 90 10,6 31 19,0 34,4 16 14,7 17,8
Total 848 100 163 100 19,2 109 100 12,9
NS/NR 157 - 47 - - 11 - -
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 56
40% (N=8) dos utentes com suspeita de demência em ERPI (N=20) são dependentes, 41,9% (N=13) em CD
(N=31) são autónomos e 66,7% (N=2) em SAD (N=3) são parcialmente dependentes.
269
175
89
43
11
38
83
3115
29
49
16
0
50
100
150
200
250
300
Autónomo Parc. Dep. Dependente Grande dep.
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
91,2
72,3
40,3
47,8
3,7
15,7
37,634,4
5,1
12,0
22,217,8
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
Autónomo Parc. Dep. Dependente Grande dep.
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
Gráfico 43 – Oeiras: Total de Utentes por Grau de Dependência (N)
Gráfico 44 – Oeiras: Total de Utentes por Grau de Dependência (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 57
3.3. Análise Crítica
CARACTERIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS SOCIAIS
Natureza Jurídica
Dos 29 equipamentos sociais visitados no Concelho de Oeiras, 55% são entidades lucrativas. Contribui para
o elevado número de entidades lucrativas o facto de terem sido visitados em maior número equipamentos
com resposta de ERPI e SAD deste tipo de entidades.
Este resultado não se encontra em consonância com a realidade existente no distrito de Lisboa, que, segundo
o Relatório de 2012 da Carta Social sobre a Rede de Serviços e Equipamentos, conta com 30% de
equipamentos sociais de entidades lucrativas e 70% de entidades não lucrativas. Ao nível das entidades
lucrativas o crescimento atingiu 72% no período de 2000 a 2012, enquanto as entidades não lucrativas
tiveram um crescimento de 24%, valor que se apresenta com tendência de estabilização desde 2005 [25].
Respostas Sociais
Dos equipamentos sociais visitados no concelho de Oeiras a resposta social mais prevalente é a de SAD,
constituindo 44% das respostas, depois ERPI com 30% e finalmente CD com 26%.
Em 2012, as respostas sociais para pessoas idosas constituíam 53,2% do total de serviços e equipamentos e
apresentaram um aumento de 42% entre 2000 e 2012. A resposta de SAD foi a teve um maior crescimento
desde 2000, sendo também a resposta com maior capacidade em 2012 [25].
Mensalidades
Verifica-se uma elevada disparidade entre as mensalidades mínimas e máximas, particularmente na resposta
ERPI não lucrativa. Esta disparidade deve-se ao facto de alguns destes equipamentos terem vagas com
acordo de cooperação com o Instituto de Segurança Social, cujas mensalidades são calculadas com base em
critérios de comparticipação (proporcionais aos rendimentos dos utentes) e, paralelamente, vagas sem
acordo não sujeitas aos referidos critérios e que lhes permitem cobrar mensalidades mais elevadas.
Responsável pela visita
Em cerca de 80% dos equipamentos sociais a equipa do Projeto Cuidar Melhor foi recebida pelos
responsáveis técnicos e/ou por elementos da Direção/Gerência, demonstrando o interesse dos responsáveis
destes equipamentos por iniciativas que ajudem a melhorar o apoio à população com demência.
Certificação – Sistema de Gestão da Qualidade
Muitos dos equipamentos sociais que iniciaram o processo de certificação da qualidade, sobretudo as
entidades não lucrativas, seguem os critérios do Sistema de Qualificação das Respostas Sociais da Segurança
Social.
Alguns dos equipamentos que já iniciaram o processo referem que este se encontra parado devido aos
constrangimentos financeiros com que os equipamentos se deparam atualmente. Contudo, ainda é
considerável o número de equipamentos que não iniciou o processo de certificação da qualidade,
constituindo mais de metade dos equipamentos visitados (55%).
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 58
Recursos Humanos
Mais de 70% dos equipamentos visitados têm Enfermeiro e mais de metade têm Médico. A percentagem
elevada de Médicos e Enfermeiros deve-se ao facto de estes exercerem funções nas ERPI, por exigência
legal, e em respostas de SAD de entidades lucrativas. De salientar que a composição do corpo técnico
depende do tipo de resposta social.
Apesar de os responsáveis dos equipamentos terem sido questionados acerca da participação do corpo
técnico e restantes funcionários em ações de formação sobre demências, não foi possível determinar com
precisão o número de pessoas que receberam formação nesta área. Além disso, não foram estabelecidos os
critérios de formação mínimos necessários para considerar as iniciativas formativas sobre demências,
tornando-se a pergunta demasiado abrangente para valorizar as respostas dadas.
Principais dificuldades no cuidado a pessoas com demência / suspeita de demência
A agressividade e a agitação foram as principais dificuldades apontadas no cuidado a pessoas com
demência no concelho de Oeiras. Um relatório da Alzheimer’s Society refere a agressividade como uma das
maiores dificuldades sentidas, logo após as dificuldades de comunicação [22].
Neste sentido, as ofertas formativas para técnicos e outros funcionários dos equipamentos sociais deverá
contemplar estratégias para lidar com este tipo de dificuldades.
De salientar ainda a percentagem de 25% de respostas de equipamentos que consideram não ter
dificuldades no cuidado a pessoas com demência e que manifesta a necessidade de informação e formação
sobre a patologia e sobre cuidados especializados.
Processo jurídico de admissão de utentes com demência / suspeita de demência
O número de equipamentos que solicita a assinatura do representante legal é muito reduzido, atendendo à
percentagem de pessoas com diagnóstico de demência e com suspeita de demência. Além disso, neste
concelho é muito reduzido o número de equipamentos em que não é solicitado ao próprio utente a assinatura
do contrato. Destes dados, depreende-se a necessidade de informação às famílias e aos responsáveis dos
equipamentos sociais sobre os direitos das pessoas com demência, os limites da intervenção da família e dos
profissionais e as formas legais de representação.
CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA DOS UTENTES
Amostra – Dados Gerais
Dos 580 utentes de Oeiras, com dados disponíveis por resposta social, o maior número (N=243) está
integrado em ERPI.
Mais de 30% do total de utentes dos equipamentos sociais visitados no concelho de Oeiras tem demência ou
suspeita de demência. Esta percentagem sobe para cerca de 55% nos utentes de ERPI.
A distribuição dos utentes com demência/suspeita de demência pelas respostas sociais revela que a maior
percentagem destas pessoas está em ERPI (66%). Em CD encontram-se 30% destes utentes e apenas 4% a
receber apoio no domicílio.
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 59
Género
No que respeita ao género, os utentes dos equipamentos sociais do concelho de Oeiras seguem a mesma
tendência dos dados referentes à população nacional com mais de 60 anos a viver em famílias institucionais
[23]: 71% de mulheres para 29% de homens. Verifica-se ainda uma maior prevalência de demência ou
suspeita de demência entre as mulheres: 35% em comparação com 29% nos homens.
Considerando o total consolidado de utentes com demência e suspeita de demência a percentagem de
mulheres sobe para 74%, o que significa que cerca de três quartos das pessoas com demência ou com
suspeita são mulheres. Esta percentagem de mulheres é superior à apresentada no estudo de 2005 do
Instituto da Segurança Social sobre a situação social dos doentes de Alzheimer que refere que 67% destes
doentes são mulheres [16].
Idade
O intervalo de idades com maior prevalência é o dos 81 aos 90 anos, sendo também o intervalo com maior
percentagem de pessoas com demência e suspeita de demência: mais de 40% destas pessoas encontram-se
neste intervalo etário e a proporção sobe para dois terços se for considerado também o intervalo etário com
mais de 90 anos, que constitui cerca de 25% dos utentes. Assim, mais de dois terços das pessoas com
demência ou com suspeita de demência tem mais de 80 anos.
Verifica-se ainda que quanto mais alto é o intervalo etário, mais elevada é a percentagem de pessoas com
demência e suspeita de demência e menor a percentagem de pessoas sem demência, facto que se encontra
em consonância com a tendência dos dados de prevalência mundiais apresentados anteriormente [2].
Estado Civil
Mais de metade dos utentes dos equipamentos sociais são viúvos, sendo este estado civil o mais prevalente
em qualquer das respostas sociais. A proporção de viúvos sobe para cerca de dois terços nos utentes com
demência e suspeita de demência, sobretudo na resposta social de ERPI.
Em SAD, nos utentes com demência, a percentagem de casados é superior à de viúvos e constitui 80% da
amostra, enquanto em CD a percentagem de casados e de viúvos é idêntica (cerca de 42%). Este facto
parece demonstrar que a viuvez pode constituir um fator importante para a procura de respostas sociais que
pressuponham acompanhamento e cuidados mais permanentes e sublinha, ainda, o papel do cônjuge na
prestação de cuidados.
Escolaridade
Cerca de dois terços dos utentes dos equipamentos sociais do concelho de Oeiras têm o 1º Ciclo de
escolaridade (completo ou incompleto), verificando-se a mesma tendência nos utentes com demência e
suspeita de demência e sendo esta a escolaridade mais prevalente em todas as respostas sociais.
Comparativamente com o estudo do Instituto da Segurança Social, a percentagem de utentes com demência
analfabetos (12,6%) é semelhante (11,9%). No entanto, no que respeita à percentagem de utentes com
Ensino Superior, em Oeiras esta constitui mais do dobro (14,5%) da mencionada no referido estudo (5,1%)
[16].
A maior percentagem de utentes com Ensino Superior encontra-se em SAD e a menor percentagem em CD,
verificando-se o inverso nos utentes analfabetos: a maior percentagem encontra-se em CD. O estatuto social
pode ser um fator que justifique estes resultados: as pessoas com maior nível de escolaridade tendem a
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 60
permanecer mais tempo em suas casas, recebendo apoio domiciliário. A resposta de CD parece ser uma
solução mais procurada pelas pessoas com menor escolaridade.
Neste concelho, a percentagem de pessoas com demência e suspeita de demência que têm Ensino Secundário
constitui mais de 50% do total das pessoas com este grau de escolaridade. Estes números não significam uma
maior prevalência de demência neste grau de escolaridade, mas antes que a demência pode ser uma das
principais razões para a procura de respostas sociais na comunidade por parte da população com nível de
escolaridade mais elevado.
Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço
Relativamente ao tempo de institucionalização / utilização do serviço, a população encontra-se distribuída
de forma muito semelhante pelos vários intervalos. Esta tendência é idêntica em SAD. Em CD, 48% dos
utentes estão integrados há mais de cinco anos, dois terços há mais de dois anos. Em ERPI, verifica-se uma
percentagem mais elevada de utentes no intervalo dos 2 aos 5 anos (34,6%).
Na população com demência o tempo de institucionalização / utilização do serviço é igualmente variável,
situando-se as maiores percentagens de casos nos intervalos de 2 a 5 anos (cerca de 32%) e menos de 1 ano
(cerca de 31%), sendo esta também a tendência em ERPI, embora com percentagens mais elevadas. No
Relatório de 2012 da Carta Social, a distribuição dos utentes por tempo de permanência na resposta ERPI
evidencia um elevado peso das estadas prolongadas. É de salientar que cerca de 50% dos utentes mantém-
se nesta resposta 3 ou mais anos, dos quais 30% permanecem por um período superior a 5 anos [25]. Em CD,
a população com demência encontra-se distribuída de forma muito semelhante pelos vários intervalos etários.
Em SAD, não é possível retirar conclusões dada a dimensão reduzida da amostra.
Grau de Dependência
Cerca de um terço dos utentes dos equipamentos do concelho de Oeiras são autónomos, contribuindo para
esta proporção a percentagem elevada de utentes autónomos na resposta de CD (cerca de 53%) e de SAD
(cerca de 48%). Em ERPI cerca de 47% dos utentes são dependentes ou grandes dependentes, embora a
maior percentagem de utentes sejam parcialmente dependentes (cerca de 44%). Isto significa que cerca de
90% dos utentes de ERPI têm algum tipo de dependência. Em SAD a maior percentagem (cerca de 48%) é
de pessoas autónomas. Comparativamente, no Relatório de 2012 da Carta Social, apenas 78% dos utentes
da Rede de Serviços e Equipamentos tinham algum grau de dependência e apenas 50% eram dependentes
ou grandes dependentes [25].
A resposta social de SAD parece ser o recurso procurado para pessoas parcialmente dependentes, dado
que, pela sua natureza, é uma resposta que visa manter a pessoa no seu domicílio o maior tempo possível,
potenciando a sua autonomia relativa e retardando a integração em ERPI. Esta, ao invés, parece ser o tipo
de resposta procurada para pessoas com maior grau de dependência [32].
Relativamente aos utentes com demência, mais de dois terços são dependentes ou grandes dependentes,
tendência que se acentua em ERPI, em que a percentagem sobe para 87%. Em CD, cerca de 90% dos
utentes com demência são parcialmente dependentes ou dependentes. Em SAD, não é possível retirar
conclusões dada a dimensão reduzida da amostra.
Mais de 50% dos utentes com grande dependência tem demência ou suspeita de demência, bem como cerca
de 60% dos dependentes.
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 61
A grande maioria dos utentes com demência ou suspeita de demência tem algum grau de dependência e,
portanto, necessidades especiais de cuidados que justificam o apoio de uma resposta social.
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 62
4 | SINTRA
4.1. Caracterização dos Equipamentos Sociais
NATUREZA JURÍDICA
Foram visitados 48 equipamentos sociais no Concelho de Sintra. Destes, 31% (N=15) são entidades lucrativas
e os restantes são entidades não lucrativas, das quais 50% (N=11) são Associações de Solidariedade Social.
RESPOSTAS SOCIAIS
Os 48 equipamentos sociais visitados têm, no total, 75 respostas sociais: 29 ERPI, 21 CD e 25 SAD. Das 29
ERPI visitadas, 15 pertencem a entidades lucrativas.
24 As nomenclaturas apresentadas são as usadas na Carta Social.
25 Há equipamentos com mais que uma resposta social, motivo pelo qual o número total de respostas excede o número total de equipamentos visitados.
50%
6%
2%
9%2%
31%
Associação de Solidariedade Social
Fundação de Solidariedade Social
Cooperativa de Solidariedade Social
Centro Social e Paroquial
Misericórdia
Entidade Lucrativa
39%
28%
33% ERPI
CD
SAD
Gráfico 45 – Sintra: Natureza jurídica24 dos equipamentos sociais visitados
Gráfico 46 – Sintra: Respostas sociais25 dos equipamentos visitados
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 63
RESPOSTAS SOCIAIS – MENSALIDADES
ERPI CD
Geral Lucrativas Não lucrativas Geral (não lucr.)
Mensalidade Mínima 0,00 €27 850,00 € 0,00 € 0,00 €
Mensalidade Máxima 2.400,00 € 2.400,00 € 1.250,00 € 471,56 €
RESPONSÁVEL PELA VISITA
A equipa do projeto foi recebida pelo Diretor Técnico em 64% dos equipamentos sociais visitados.
CERTIFICAÇÃO – SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
Com processo iniciado 23
Com processo concluído 0
Sem processo iniciado 25
Dos 48 equipamentos visitados, 23 iniciaram o processo de certificação da qualidade e nenhum concluiu o
processo.
26 As mensalidades referem-se aos valores pagos pelos utentes, não estando contemplados os montantes recebidos pelos equipamentos sociais não lucrativos no âmbito de acordos de cooperação com o Instituto da Segurança Social (ISS). Não foi possível incluir os valores das mensalidades de SAD por não se ter encontrado um critério homogéneo que permitisse a análise integrada dos dados recolhidos (serviços prestados distintos, valor hora vs. valor mensal, etc.). Não existem, nesta amostra, entidades lucrativas com resposta social de Centro de Dia.
27 Existem utentes, integrados em entidades não lucrativas com resposta social de ERPI ou CD com acordos de cooperação com o ISS, sem rendimentos e sem familiares, que não pagam qualquer valor a título de mensalidade.
28 Em alguns equipamentos a equipa do projeto foi recebida por mais do que uma pessoa.
64%
5%
7%
13%
4%7% Diretor Técnico
Proprietário
Direção / Gerência
Coordenador de Valência
Responsável de Lar
Outros Técnicos
Tabela 30 – Sintra: Valores de mensalidade26 por resposta social
Gráfico 47 – Sintra: Responsável pela visita28
Tabela 31 – Sintra: Certificação dos equipamentos sociais
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 64
CORPO TÉCNICO
Dos 48 equipamentos 79% têm Assistente Social, 65% têm Enfermeiro, 60% têm Médico e 58% têm
Animador Sociocultural.
PRINCIPAIS DIFICULDADES NO CUIDADO A PESSOAS COM DEMÊNCIA / SUSPEITA
As dificuldades no cuidado a pessoas com demência mais frequentemente referidas foram: Agressividade e
Distúrbios do sono. A categoria Outros, com 14,7%, compreende respostas como medicação adequada,
confusão, não reconhecerem os prestadores de cuidados, dificuldades de relacionamento dos funcionários
com os familiares, desorientação, alucinações, confabulações, esquecimentos, comunicação e perigo de
queda. 95% dos equipamentos referem dificuldades no cuidado a pessoas com demência.
29 Os números apresentados não representam o número total de técnicos das diferentes áreas, mas antes a existência de pelo menos um técnico daquela categoria profissional. Estes profissionais enquadram-se em diferentes regimes laborais (contrato de trabalho ou prestação de serviços).
79
46
13
33
6560 58
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Assistente Social
Fisioterapeuta Terapeuta Ocupacional
Psicólogo Enfermeiro Médico Animador Sociocultural
20%
4%
27%16%
7%
7%
14%
5% Distúrbios do sono
Distúrbios alimentares
Agressividade
Deambulação
Agitação
Apatia
Outros
Sem dificuldades
Gráfico 48 – Sintra: Constituição do Corpo Técnico (%)29
Gráfico 49 – Sintra: Principais dificuldades dos equipamentos sociais no cuidado a pessoas com demência
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 65
PROCESSO JURÍDICO DE ADMISSÃO DE UTENTES COM DEMÊNCIA / SUSPEITA
QUEM ASSINA O CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS?
Em 56% dos equipamentos sociais visitados, quem assina o contrato de prestação de serviços é um familiar.
56
22
23
15Familiar
Utente
Representante Legal
Familiar + Utente
Familiar ou Utente
Gráfico 50 – Sintra: Processo jurídico de admissão de utentes com demência ou suspeita de demência (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 66
4.2. Caracterização Sociodemográfica dos Utentes
AMOSTRA – DADOS GERAIS
Total de Utentes
(TU) Utentes com demência Utentes com suspeita
Demência / Suspeita Consolidado
Nº Nº % TU Nº % TU Nº % TU
ERPI 826 278 33,7 152 18,4 430 52,1
CD 365 75 20,5 62 17,0 137 37,5
SAD 598 111 18,6 86 14,4 197 32,9
Total 2024 489 24,2 317 15,7 806 39,8
O número total da amostra para o Concelho de Sintra é de 2024 utentes. No entanto, os dados por resposta
social estão disponíveis apenas para 1789 utentes. Os restantes 235 utentes da amostra fazem parte de
formulários com dados consolidados de equipamentos com várias respostas sociais.
Considerando a amostra total de utentes (N=2024), 24,2% têm diagnóstico médico de demência (N=489) e
15,7% têm suspeita de demência (N=317).
Os utentes com demência constituem 33,7% (N=278) do total de utentes a residir em ERPI (N=826), 20,5%
(N=75) dos utentes integrados em CD (N=365) e 18,6% (N=33) dos utentes a receber apoio de SAD
(N=598).
Quanto aos utentes com suspeita de demência, estes constituem 18,4% (N=152) da população em ERPI
(N=826), 17% (N=62) em CD (N=365) e 14,4% (N=86) em SAD (N=598).
Considerados em conjunto, os utentes com demência e suspeita de demência constituem 52,1% dos utentes em
ERPI, 37,5% dos utentes em CD e 32,9% dos utentes de SAD.
60%24%
16%
Utentes sem demência
Utentes com demência
Utentes com suspeita
Tabela 32 – Sintra: Total de Utentes por resposta social
Gráfico 51 – Sintra: Amostra Geral (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 67
Considerando o total consolidado de utentes com demência e suspeita de demência (N=806), verifica-se que
56% se encontram em ERPI (N=430), 18% em CD (N=137) e 26% em SAD (N=197).
47,9
62,567,1
33,7
20,5 18,618,4 17,0 14,4
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
ERPI CD SAD
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
56%18%
26%ERPI
CD
SAD
Gráfico 52 – Sintra: Total de Utentes por resposta social (%)
Gráfico 53 – Sintra: Total de Utentes com demência / suspeita de demência por resposta social (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 68
GÉNERO
Relativamente ao Género, as mulheres constituem 67% (N=1356) da população total (N=2024), 74,4%
(N=364) dos utentes com demência (N=489) e 79,2% (N=251) dos utentes com suspeita de demência
(N=317).
As mulheres constituem ainda 70,9% (N=586) dos utentes residentes em ERPI (N=826), 73,4% (N=268) dos
utentes integrados em CD (N=365) e 61% (N=365) dos utentes a receber apoio de SAD (N=598).
O género feminino constitui a maioria dos utentes com demência em qualquer uma das respostas sociais: 77%
(N=214) em ERPI (N=278), 77,3% (N=58) em CD (N=75) e 69,4% (N=77) em SAD (N=111). O mesmo
acontece com os utentes com suspeita de demência: as mulheres constituem 85,5% (N=130) em ERPI (N=152),
80,6% (N=50) em CD (N=62) e 67,4% (N=58) em SAD (N=86).
67%
33%
Feminino Masculino
55%27%
18%
Feminino
71%
19%
10%
Masculino
Utentes semdemência
Utentes comdemência
Utentes comsuspeita
Tabela 33 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo o Género
Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita
Nº % Nº % % TU Nº % % TU
ER
PI
Feminino 586 70,9 214 77,0 36,5 130 85,5 22,2
Masculino 240 29,1 64 23,0 26,7 22 14,5 9,2
Total 826 100 278 100 33,7 152 100 18,4
CD
Feminino 268 73,4 58 77,3 21,6 50 80,6 18,7
Masculino 97 26,6 17 22,7 17,5 12 19,4 12,4
Total 365 100 75 100 20,5 62 100 17,0
SA
D Feminino 365 61,0 77 69,4 21,1 58 67,4 15,9
Masculino 233 39,0 34 30,6 14,6 28 32,6 12,0
Total 598 100 111 100 18,6 86 100 14,4
TO
TA
L Feminino 1356 67,0 364 74,4 26,8 251 79,2 18,5
Masculino 668 33,0 125 25,6 18,7 66 20,8 9,9
Total 2024 100 489 100 24,2 317 100 15,7
Gráfico 54 – Sintra: Total de Utentes por Género (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 69
Considerando o total consolidado de utentes com demência e suspeita de demência verifica-se que 76% são
mulheres (N=615) e 24% são homens (N=191).
76%
24%
Feminino
Masculino
Gráfico 55 – Sintra: Total de Utentes com Demência / Suspeita de Demência por Género (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 70
IDADE
Considerando o total de utentes das respostas sociais, o intervalo de idades com maior prevalência é o dos
81 aos 90 anos, constituindo 44,3% (N=884) da população total (N=1996), 50,1% (N=232) dos utentes
com diagnóstico médico de demência (N=463) e 43,6% (N=137) dos utentes com suspeita de demência
(N=314).
Tabela 34 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo a Idade
Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita
Nº % Nº % % TU Nº % % TU
ER
PI
< = 60 32 3,9 5 1,9 15,6 0 - -
61 – 70 61 7,4 14 5,4 23,0 15 9,9 24,6
71 – 80 193 23,4 61 23,7 31,6 33 21,9 17,1
81 – 90 423 51,3 158 61,5 37,4 85 56,3 20,1
>= 91 115 14,0 19 7,4 16,5 18 11,9 15,7
Total 824 100 257 100 31,2 151 100 18,3
NS/NR 2 - 21 - - 1 - -
CD
< = 60 18 4,9 6 8,0 33,3 1 1,6 5,6
61 – 70 41 11,3 12 16,0 29,3 3 4,8 7,3
71 – 80 125 34,3 20 26,7 16,0 22 35,5 17,6
81 – 90 152 41,8 33 44,0 21,7 27 43,5 17,8
>= 91 28 7,7 4 5,3 14,3 9 14,5 32,1
Total 364 100 75 100 20,6 62 100 17,0
NS/NR 1 - 0 - - 0 - -
SA
D
< = 60 48 8,4 6 5,4 12,5 0 - -
61 – 70 75 13,1 14 12,6 18,7 11 12,8 14,7
71 – 80 165 28,8 44 39,6 26,7 46 53,5 27,9
81 – 90 211 36,8 34 30,6 16,1 23 26,7 10,9
>= 91 74 12,9 13 11,7 17,6 6 7,0 8,1
Total 573 100 111 100 19,4 86 100 15,0
NS/NR 25 - 0 - - 0 - -
TO
TA
L
< = 60 107 5,4 17 3,7 15,9 2 0,6 1,9
61 – 70 207 10,4 42 9,1 20,3 35 11,1 16,9
71 – 80 569 28,5 136 29,4 23,9 106 33,8 18,6
81 – 90 884 44,3 232 50,1 26,2 137 43,6 15,5
>= 91 229 11,5 36 7,8 15,7 34 10,8 14,8
Total 1996 100 463 100 23,2 314 100 15,7
NS/NR 28 - 26 - - 3 - -
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 71
Em todas as respostas sociais, o intervalo de idades com maior prevalência é o dos 81 aos 90 anos,
constituindo 51,3% (N=423) da população de ERPI (N=824), 41,8% (N=152) da população de CD
(N=364) e 36,8% (N=211) da população de SAD (N=573).
No que respeita aos utentes com demência, o intervalo de idades mais prevalente em ERPI e CD é o dos 81
aos 90 anos: 61,5% (N=158) em ERPI (N=257) e 44% (N=33) em CD (N=75). Em SAD (N=111) o intervalo
de idades com maior percentagem é o dos 71 aos 80 anos: 39,6% (N=44).
O mesmo acontece nos utentes com suspeita de demência: o intervalo de idades mais prevalente é o dos 81
aos 90 anos com 56,3% (N=85) em ERPI (N=151) e 43,5% (N=27) em CD (N=62). Em SAD (N=86) o
intervalo com maior prevalência é o dos 71 aos 80 anos com 53,5% (N=46).
88
130
327
515
159
1742
136
232
362
35
106137
34
0
100
200
300
400
500
600
< = 60 61 – 70 71 – 80 81 – 90 >= 91
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
82,2
62,857,5 58,3
69,4
15,920,3
23,926,2
15,7
1,9
16,9 18,615,5 14,8
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
< = 60 61 – 70 71 – 80 81 – 90 >= 91
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
Gráfico 56 – Sintra: Total de Utentes por Idade (N)
Gráfico 57 – Sintra: Total de Utentes por Idade (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 72
ESTADO CIVIL
No que respeita ao estado civil, 57,7% (N=1021) da população total (N=1769) é viúva, tal como 64%
(N=300) das pessoas com demência (N=469) e 70,9% (N=205) das pessoas com suspeita de demência
(N=289).
Os viúvos são a população mais prevalente em todas as respostas sociais, constituindo 62,1% (N=489) da
população em ERPI (N=787), 64,1% (N=218) em CD (N=340) e 46,2% (N=201) em SAD (N=435). Na
Tabela 35 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo o Estado Civil
Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita
Nº % Nº % % TU Nº % % TU
ER
PI
Solteiro 124 15,8 25 9,0 20,2 26 17,1 21,0
Casado 117 14,9 43 15,5 36,8 11 7,2 9,4
Viúvo 489 62,1 188 67,6 38,4 110 72,4 22,5
Div. / Separado 55 7,0 22 7,9 40,0 5 3,3 9,1
União de facto 2 0,3 0 - - 0 - -
Total 787 100 278 100 35,3 152 100 19,3
NS/NR 39 - 0 - - 0 - -
CD
Solteiro 31 9,1 2 2,7 6,5 9 14,5 29,0
Casado 64 18,8 16 21,3 25,0 10 16,1 15,6
Viúvo 218 64,1 56 74,7 25,7 42 67,7 19,3
Div. / Separado 23 6,8 1 1,3 4,3 1 1,6 4,3
União de facto 4 1,2 0 - - 0 - -
Total 340 100 75 100 22,1 62 100 18,2
NS/NR 25 - 0 - - 0 - -
SA
D
Solteiro 44 10,1 6 6,6 13,6 5 8,6 11,4
Casado 165 37,9 37 40,7 22,4 14 24,1 8,5
Viúvo 201 46,2 41 45,1 20,4 38 65,5 18,9
Div. / Separado 21 4,8 5 5,5 23,8 1 1,7 4,8
União de facto 4 0,9 2 2,2 50,0 0 - -
Total 435 100 91 100 20,9 58 100 13,3
NS/NR 163 - 20 - - 28 - -
TO
TA
L
Solteiro 224 12,7 35 7,5 15,6 41 14,2 18,3
Casado 404 22,8 102 21,7 25,2 35 12,1 8,7
Viúvo 1021 57,7 300 64,0 29,4 205 70,9 20,1
Div. / Separado 108 6,1 30 6,4 27,8 8 2,8 7,4
União de facto 12 0,7 2 0,4 16,7 0 - -
Total 1769 100 469 100 26,5 289 100 16,3
NS/NR 255 - 20 - - 28 - -
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 73
resposta social de SAD, comparativamente com as restantes respostas, a percentagem de utentes casados é
maior, constituindo 37,9% (N=165) da população total.
No que respeita aos utentes com demência, os viúvos são também a população mais prevalente em todas as
respostas sociais, constituindo 67,6% (N=188) da população de ERPI (N=278), 74,7% (N=56) da população
de CD (N=75) e 45,1% (N=41) da população de SAD (N=91). Também nesta resposta a percentagem de
casados é mais elevada que nas restantes, aproximando-se da de viúvos: 40,7% (N=37).
Relativamente aos utentes com suspeita de demência, mantém-se a tendência anterior: os viúvos constituem
72,4% (N=110) da população de ERPI (N=152), 67,7% (N=42) da população de CD (N=62) e 65,5%
(N=38) da população de SAD (N=58).
148
267
516
70
1035
102
300
302
41 35
205
8 00
100
200
300
400
500
600
Solteiro Casado Viúvo Div. Sep. U. facto
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
66,1 66,1
50,5
64,8
83,3
15,6
25,229,4 27,8
16,718,3
8,7
20,1
7,4
0,00,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
Solteiro Casado Viúvo Div. Sep. U. facto
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
Gráfico 58 – Sintra: Total de Utentes por Estado Civil (N)
Gráfico 59 – Sintra: Total de Utentes por Estado Civil (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 74
ESCOLARIDADE
Relativamente à escolaridade, 62,9% (N=899) da população total (N=1430) tem o 1º Ciclo, assim como
59,8% (N=241) das pessoas com demência (N=403) e 63% (N=145) das pessoas com suspeita de
demência (N=230).
Em todas as respostas sociais, a escolaridade com maior prevalência é o 1º Ciclo, constituindo 60% (N=413)
da população em ERPI (N=688), 64,2% (N=213) da população em CD (N=332) e 66,1% (N=213) da
população em SAD (N=332).
No que respeita aos utentes com demência, 50,4% (N=118) dos utentes de ERPI (N=234) têm o 1º Ciclo,
assim como 75,3% (N=55) dos utentes de CD (N=73) e 83,8% (N=67) dos utentes de SAD (N=80).
Nos utentes com suspeita de demência, a escolaridade mais prevalente é o 1º Ciclo, com 57,7% (N=71) de
utentes em ERPI (N=123), 77,6% (N=38) em CD (N=49) e 64,3% (N=27) em SAD (N=42).
Tabela 36 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo a Escolaridade
Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita
Nº % Nº % % TU Nº % % TU
ER
PI
Analfabeto 161 23,4 63 26,9 39,1 25 20,3 15,5
1º Ciclo 413 60,0 118 50,4 28,6 71 57,7 17,2
E. Secundário 79 11,5 32 13,7 40,5 25 20,3 31,6
E. Superior 35 5,1 21 9,0 60,0 2 1,6 5,7
Total 688 100 234 100 34,0 123 100 17,9
NS/NR 138 - 44 - - 29 - -
CD
Analfabeto 97 29,2 14 19,2 14,4 10 20,4 10,3
1º Ciclo 213 64,2 55 75,3 25,8 38 77,6 17,8
E. Secundário 17 5,1 1 1,4 5,9 1 2,0 5,9
E. Superior 5 1,5 3 4,1 60,0 0 - -
Total 332 100 73 100 22,0 49 100 14,8
NS/NR 33 - 2 - - 13 - -
SA
D
Analfabeto 75 23,3 10 12,5 13,3 11 26,2 14,7
1º Ciclo 213 66,1 67 83,8 31,5 27 64,3 12,7
E. Secundário 26 8,1 2 2,5 7,7 3 7,1 11,5
E. Superior 8 2,5 1 1,3 12,5 1 2,4 12,5
Total 322 100 80 100 24,8 42 100 13,0
NS/NR 276 - 31 - - 44 - -
TO
TA
L
Analfabeto 361 25,2 100 24,8 27,7 53 23,0 14,7
1º Ciclo 899 62,9 241 59,8 26,8 145 63,0 16,1
E. Secundário 122 8,5 36 8,9 29,5 29 12,6 23,8
E. Superior 48 3,4 26 6,5 54,2 3 1,3 6,3
Total 1430 100 403 100 28,2 230 100 16,1
NS/NR 594 - 86 - - 87 - -
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 75
Salienta-se ainda a percentagem de utentes analfabetos: 25,2% (N=361) da população total, 24,8%
(N=100) dos utentes com demência e 23% (N=53) dos utentes com suspeita de demência.
208
513
57
19
100
241
36 2653
145
293
0
100
200
300
400
500
600
Analf 1ºCiclo E. Sec E. Sup
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
57,6 57,1
46,7
39,6
27,7 26,829,5
54,2
14,7 16,1
23,8
6,3
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
Analf 1ºCiclo E. Sec E. Sup
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
Gráfico 60 – Sintra: Total de Utentes por Escolaridade (N)
Gráfico 61 – Sintra: Total de Utentes por Escolaridade (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 76
TEMPO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO
Relativamente ao tempo de institucionalização / utilização do serviço, 31,6% (N=638) da população total
(N=2020) recebe apoio de uma das respostas sociais entre 2 e 5 anos. Este é também o intervalo mais
prevalente para a população com demência (N=452) e com suspeita de demência (N=311): 37,8%
(N=171) e 34,7% (N=108) respetivamente.
O intervalo de tempo de institucionalização / utilização do serviço mais prevalente é o mesmo em todas as
respostas sociais – 2 a 5 anos – e constitui 32,6% (N=269) em ERPI (N=824), 35,6% (N=130) em CD
(N=365) e 32,4% (N=193) em SAD (N=596).
Tabela 37 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo o Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço
Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita
Nº % Nº % % TU Nº % % TU
ER
PI
< 1 ano 188 22,8 45 18,6 23,9 34 23,3 18,1
1 – 2 anos 195 23,7 48 19,8 24,6 18 12,3 9,2
2 – 5 anos 269 32,6 96 39,7 35,7 62 42,5 23,0
+ 5 anos 172 20,9 53 21,9 30,8 32 21,9 18,6
Total 824 100 242 100 29,4 146 100 17,7
NS/NR 2 - 36 - - 6 - -
CD
< 1 ano 74 20,3 15 20,0 20,3 13 21,0 17,6
1 – 2 anos 66 18,1 17 22,7 25,8 16 25,8 24,2
2 – 5 anos 130 35,6 32 42,7 24,6 18 29,0 13,8
+ 5 anos 95 26,0 11 14,7 11,6 15 24,2 15,8
Total 365 100 75 100 20,5 62 100 17,0
NS/NR 0 - 0 - - 0 - -
SA
D
< 1 ano 173 29,0 25 22,5 14,5 22 25,6 12,7
1 – 2 anos 117 19,6 27 24,3 23,1 33 38,4 28,2
2 – 5 anos 193 32,4 36 32,4 18,7 24 27,9 12,4
+ 5 anos 113 19,0 23 20,7 20,4 7 8,1 6,2
Total 596 100 111 100 18,6 86 100 14,4
NS/NR 2 - 0 - - 0 - -
TO
TA
L
< 1 ano 546 27,0 99 21,9 18,1 78 25,1 14,3
1 – 2 anos 420 20,8 93 20,6 22,1 70 22,5 16,7
2 – 5 anos 638 31,6 171 37,8 26,8 108 34,7 16,9
+ 5 anos 416 20,6 89 19,7 21,4 55 17,7 13,2
Total 2020 100 452 100 22,4 311 100 15,4
NS/NR 4 - 37 - - 6 - -
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 77
No que respeita aos utentes com demência, o intervalo de tempo com maior prevalência em todas as
respostas socias é também o de 2 a 5 anos, com 39,7% (N=96) em ERPI (N=242), 42,7% (N=32) em CD
(N=75) e 32,4% (N=36) em SAD (N=111).
Nos utentes com suspeita de demência, o intervalo de tempo de institucionalização / utilização do serviço
mais prevalente em ERPI (N=146) é também o de 2 a 5 anos, com 42,5% (N=62). Na resposta social de CD
(N=62) verifica-se uma maior distribuição da população pelos intervalos de tempo, sendo que a
percentagem mais elevada se situa também no intervalo entre 2 e 5 meses, com 29% (N=18) dos casos. Na
resposta de SAD (N=86), a prevalência é o intervalo de 1 a 2 anos com 38,4% (N=33) dos casos.
369
257
359
272
99 93
171
8978 70
108
55
0
50
100
150
200
250
300
350
400
< 1 ano 1 – 2 anos 2 – 5 anos + 5 anos
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
67,6
61,256,3
65,4
18,122,1
26,821,4
14,316,7 16,9
13,2
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
< 1 ano 1 – 2 anos 2 – 5 anos + 5 anos
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
Gráfico 62 – Sintra: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (N)
Gráfico 63 – Sintra: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 78
GRAU DE DEPENDÊNCIA
No que respeita ao grau de dependência, 35,2% (N=693) da população total (N=1968) é parcialmente
dependente, assim como 40,4% (N=192) das pessoas com demência (N=475) e 48,3% (N=153) das
pessoas com suspeita de demência (N=317).
A resposta social de ERPI (N=804) tem 37,3% (N=300) de utentes parcialmente dependentes e 32,2%
(N=259) de utentes dependentes. Em CD (N=365) 48,2% (N=176) dos utentes são autónomos e em SAD
(N=585) 34,7% (N=203) dos utentes são parcialmente dependentes.
Relativamente aos utentes com demência, verifica-se que na resposta social ERPI (N=267) existem 38,6%
(N=103) de utentes dependentes e aproximadamente a mesma percentagem de utentes parcialmente
dependentes: 37,8% (N=101). Em CD (N=75) e SAD (N=110) existem 56% (N=42) e 41,8% (N=46)
respetivamente de utentes parcialmente dependentes.
Tabela 38 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo o Grau de Dependência
Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita
Nº % Nº % % TU Nº % % TU
ER
PI
Autónomo 95 11,8 5 1,9 5,3 5 3,3 5,3
Parc. dependente 300 37,3 101 37,8 33,7 68 44,7 22,7
Dependente 259 32,2 103 38,6 39,8 47 30,9 18,1
Grd. dependente 150 18,7 58 21,7 38,7 32 21,1 21,3
Total 804 100 267 100 33,2 152 100 18,9
NS/NR 22 - 11 - - 0 - -
CD
Autónomo 176 48,2 13 17,3 7,4 14 22,6 8,0
Parc. dependente 141 38,6 42 56,0 29,8 29 46,8 20,6
Dependente 45 12,3 20 26,7 44,4 17 27,4 37,8
Grd. dependente 3 0,8 0 - - 2 3,2 66,7
Total 365 100 75 100 20,5 62 100 17,0
NS/NR 0 - 0 - - 0 - -
SA
D
Autónomo 150 25,6 5 4,5 3,3 10 11,6 6,7
Parc. dependente 203 34,7 46 41,8 22,7 47 54,7 23,2
Dependente 136 23,2 39 35,5 28,7 21 24,4 15,4
Grd. dependente 96 16,4 20 18,2 20,8 8 9,3 8,3
Total 585 100 110 100 18,8 86 100 14,7
NS/NR 13 - 1 - - 0 - -
TO
TA
L
Autónomo 523 26,6 23 4,8 4,4 36 11,4 6,9
Parc. dependente 693 35,2 192 40,4 27,7 153 48,3 22,1
Dependente 479 24,3 177 37,3 37,0 85 26,8 17,7
Grd. dependente 273 13,9 83 17,5 30,4 43 13,6 15,8
Total 1968 100 475 100 24,1 317 100 16,1
NS/NR 56 - 14 - - 0 - -
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 79
A resposta social de ERPI (N=152) tem 44,7% (N=68) de utentes com suspeita de demência parcialmente
dependentes e 30,9% (N=47) de utentes dependentes. Em CD (N=62) 46,8% (N=29) dos utentes com
suspeita de demência são parcialmente dependentes, assim como 54,7% (N=47) em SAD (N=86).
464
348
217
147
23
192 177
83
36
153
85
43
0
100
200
300
400
500
600
700
Autónomo Parc. Dep. Dependente Grande dep.
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
88,7
50,245,3
53,8
4,4
27,7
37,0
30,4
6,9
22,117,7 15,8
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
Autónomo Parc. Dep. Dependente Grande dep.
Utentes sem demência Utentes com demência Utentes com suspeita
Gráfico 64 – Sintra: Total de Utentes por Grau de Dependência (N)
Gráfico 65 – Sintra: Total de Utentes por Grau de Dependência (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 80
4.3. Análise Crítica
CARACTERIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS SOCIAIS
Natureza Jurídica
Dos 48 equipamentos sociais visitados no Concelho de Sintra, apenas 31% são entidades lucrativas.
Este resultado vai ao encontro da realidade existente no distrito de Lisboa, que, segundo o Relatório de
2012 da Carta Social sobre a Rede de Serviços e Equipamentos, conta com 30% de equipamentos sociais de
entidades lucrativas e 70% de entidades não lucrativas. Ao nível das entidades lucrativas o crescimento
atingiu 72% no período de 2000 a 2012, enquanto as entidades não lucrativas tiveram um crescimento de
24%, valor que se apresenta com tendência de estabilização desde 2005 [25].
Respostas Sociais
As respostas sociais dos equipamentos visitados no concelho de Sintra distribuem-se de forma quase
equitativa por ERPI, CD e SAD, com uma ligeira prevalência de ERPI (39%).
Em 2012, as respostas sociais para pessoas idosas constituíam 53,2% do total de serviços e equipamentos e
apresentaram um aumento de 42% entre 2000 e 2012. A resposta de SAD foi a teve um maior crescimento
desde 2000, sendo também a resposta com maior capacidade em 2012 [25].
Mensalidades
Verifica-se uma elevada disparidade entre as mensalidades mínimas e máximas, particularmente na resposta
ERPI não lucrativa. Esta disparidade deve-se ao facto de alguns destes equipamentos terem vagas com
acordo de cooperação com o Instituto de Segurança Social, cujas mensalidades são calculadas com base em
critérios de comparticipação (proporcionais aos rendimentos dos utentes) e, paralelamente, vagas sem
acordo não sujeitas aos referidos critérios e que lhes permitem cobrar mensalidades mais elevadas.
Responsável pela visita
Em cerca de 80% dos equipamentos sociais a equipa do Projeto Cuidar Melhor foi recebida pelos
responsáveis técnicos e/ou por elementos da Direção/Proprietários, facto que demonstra o interesse destes
responsáveis por iniciativas que ajudem a melhorar o apoio à população com demência e seus cuidadores.
Certificação – Sistema de Gestão da Qualidade
Muitos dos equipamentos sociais que iniciaram o processo de certificação da qualidade, sobretudo as
entidades não lucrativas, seguem os critérios do Sistema de Qualificação das Respostas Sociais da Segurança
Social.
Alguns dos equipamentos que já iniciaram o processo referem que este se encontra parado ou a avançar
muito lentamente devido aos constrangimentos financeiros com que estes se deparam atualmente. Contudo,
ainda é considerável o número de equipamentos que não iniciou o processo de certificação da qualidade,
constituindo mais de metade dos equipamentos visitados (52%).
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 81
Recursos Humanos
Cerca de 80% dos equipamentos visitados têm Assistente Social. A composição do corpo técnico depende do
tipo de resposta social, pelo que a percentagem elevada de Médicos e Enfermeiros se deve ao facto de
estes dois tipos de profissionais exercerem, por exigência legal, funções nas ERPI. De assinalar também a
percentagem elevada de equipamentos com Animador Sociocultural (58%) e a percentagem reduzida de
equipamentos que integram Terapeuta Ocupacional e Psicólogo.
Apesar de os responsáveis dos equipamentos terem sido questionados acerca da participação do corpo
técnico e restantes funcionários em ações de formação sobre demências, não foi possível determinar com
precisão o número de pessoas que receberam formação nesta área. Além disso, não foram estabelecidos os
critérios de formação mínimos necessários para considerar as iniciativas formativas sobre demências,
tornando-se a pergunta demasiado abrangente para valorizar as respostas dadas.
Principais dificuldades no cuidado a pessoas com demência / suspeita de demência
A agressividade e os distúrbios do sono foram as principais dificuldades apontadas no cuidado a pessoas
com demência no concelho de Sintra. Um relatório da Alzheimer’s Society refere a agressividade como uma
das maiores dificuldades sentidas pelos cuidadores, logo após as dificuldades de comunicação [23].
Tendo em conta o facto de apenas 5% dos equipamentos não terem referido dificuldades na prestação de
cuidados a pessoas com demência, devem ser reforçadas as ofertas formativas para técnicos e outros
funcionários dos equipamentos que contemplem estratégias para lidar com este tipo de dificuldades.
Processo jurídico de admissão de utentes com demência / suspeita de demência
O número de equipamentos que solicita a assinatura do representante legal é muito reduzido, atendendo à
percentagem de pessoas com diagnóstico de demência ou com suspeita. Destes dados, depreende-se a
necessidade de informação às famílias e aos responsáveis dos equipamentos sociais sobre os direitos das
pessoas com demência, os limites da intervenção da família e dos profissionais e as formas legais de
representação.
CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA DOS UTENTES
Amostra – Dados Gerais
Dos 1789 utentes de Sintra, com dados disponíveis por resposta social, o maior número (N=826) está
integrado em ERPI.
Cerca de 40% do total de utentes dos equipamentos sociais visitados no concelho de Sintra têm demência ou
suspeita de demência. Esta percentagem sobe para mais de 50% nos utentes de ERPI.
A distribuição dos utentes com demência/suspeita de demência pelas respostas sociais revela que a maior
percentagem destas pessoas se encontra em ERPI (56%) ou a receber apoio no domicílio (26%). Apenas 18%
se encontra em CD.
Género
No que respeita ao género, dois terços dos utentes dos equipamentos sociais do concelho de Sintra são
mulheres. Esta proporção é ligeiramente inferior aos dados referentes à população nacional com mais de 60
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 82
anos a viver em famílias institucionais (71% de mulheres para 29% de homens) [23]. Verifica-se ainda uma
maior prevalência de demência ou suspeita de demência entre as mulheres: 45% em comparação com 28%
de homens.
Considerando o total consolidado de utentes com demência e suspeita de demência a percentagem de
mulheres sobe para 76%, o que significa que mais de três quartos das pessoas com demência ou com
suspeita são mulheres. Esta percentagem de mulheres é superior à apresentada no estudo de 2005 do
Instituto da Segurança Social sobre a situação social dos doentes de Alzheimer que refere que 67% destes
doentes são mulheres [16].
Idade
O intervalo de idades com maior prevalência é o dos 81 aos 90 anos, sendo também o intervalo com maior
percentagem de pessoas com demência e suspeita de demência. Se for considerado também o intervalo
etário com mais de 90 anos, cerca de metade destas pessoas tem mais de 80 anos.
Um dado relevante a assinalar é uma prevalência mais baixa de pessoas com demência no intervalo etário
com mais de 90 anos relativamente ao intervalo anterior dos 81 aos 90 anos. O esperado, tendo em conta a
tendência dos dados de prevalência mundiais apresentados anteriormente [2], era que quanto mais alto o
intervalo etário, mais elevada a percentagem de pessoas com demência e menor a percentagem de pessoas
sem demência. O que se verifica é uma diminuição da prevalência de demência neste intervalo etário e um
aumento da percentagem das pessoas sem demência. Este dado carece de uma interpretação, mas o
presente diagnóstico não dispõe de elementos que permitam essa análise.
Estado Civil
Mais de metade dos utentes dos equipamentos sociais são viúvos, sendo este estado civil o mais prevalente
em todas as respostas sociais. A proporção de viúvos sobe para cerca de dois terços nos utentes com
demência.
Em SAD existe uma maior percentagem de utentes casados comparativamente com as outras respostas
sociais, nomeadamente no que respeita aos utentes com demência, em que a percentagem de casados é
superior à de viúvos e constitui mais de metade da amostra. Este facto parece demonstrar que a viuvez pode
constituir um fator importante para a procura de respostas sociais que pressuponham acompanhamento e
cuidados mais permanentes e sublinha, ainda, o papel do cônjuge na prestação de cuidados.
Escolaridade
Cerca de 60% dos utentes dos equipamentos sociais do concelho de Sintra têm o 1º Ciclo de escolaridade
(completo ou incompleto), verificando-se a mesma tendência nos utentes com demência e suspeita de
demência e sendo esta a escolaridade mais prevalente em todas as respostas sociais. De assinalar os cerca
de 25% de utentes analfabetos, sendo idêntica a percentagem entre os utentes com demência.
Comparativamente com o estudo do Instituto da Segurança Social, a percentagem de utentes com demência
analfabetos (12,6%) é superior (24,8%). No entanto, no que respeita à percentagem de utentes com Ensino
Superior, em Sintra a percentagem é semelhante (6,5%) da mencionada no referido estudo (5,1%) [16].
Neste concelho, a percentagem de pessoas com demência e suspeita de demência que têm Ensino Secundário
ou Superior constitui mais de 50% do total das pessoas com estes graus de escolaridade. Estes dados não
significam necessariamente uma maior prevalência de demência nestes graus de escolaridade, mas antes que
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 83
a demência pode ser uma das principais razões para a procura de respostas socias na comunidade por
parte da população com elevado nível de escolaridade. Além disso, a percentagem de utentes com estes
níveis de escolaridade constitui pouco mais que 10% da população total.
Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço
Relativamente ao tempo de institucionalização / utilização do serviço, a população encontra-se distribuída
de forma muito semelhante pelos vários intervalos, mas com uma maior prevalência no intervalo de 2 a 5
anos. Esta tendência é idêntica em todas as respostas sociais. No Relatório de 2012 da Carta Social, a
distribuição dos utentes por tempo de permanência na resposta ERPI evidencia um elevado peso das estadas
prolongadas. É de salientar que cerca de 50% dos utentes mantém-se nesta resposta 3 ou mais anos, dos
quais 30% permanecem por um período superior a 5 anos [25].
Na população com demência o tempo de institucionalização / utilização do serviço é igualmente variável,
situando-se a maior percentagem de casos no intervalo de 2 a 5 anos (cerca de 38%), sendo esta também a
tendência em todas as respostas sociais.
Grau de Dependência
Mais de um terço dos utentes dos equipamentos do concelho de Sintra são parcialmente dependentes,
contribuindo para esta proporção a percentagem elevada de utentes autónomos na resposta de CD (cerca
de 48%). Em ERPI as maiores percentagens são de pessoas parcialmente dependentes e dependentes,
constituindo cerca de dois terços dos utentes, mas cerca de 90% dos utentes desta resposta social tem algum
tipo de dependência. Em SAD a maior percentagem de utentes (cerca de 35%) corresponde a pessoas
parcialmente dependentes. No Relatório de 2012 da Carta Social, apenas 78% dos utentes da Rede de
Serviços e Equipamentos tinham algum grau de dependência e apenas 50% eram dependentes ou grandes
dependentes [25].
A resposta social de SAD parece ser o recurso procurado para pessoas parcialmente dependentes, dado
que, pela sua natureza, é uma resposta que visa manter a pessoa no seu domicílio o maior tempo possível,
potenciando a sua autonomia relativa e retardando a integração em ERPI. Esta, ao invés, parece ser o tipo
de resposta procurado para pessoas com maior grau de dependência [32].
Relativamente aos utentes com demência e suspeita de demência, mais de três quartos são parcialmente
dependentes ou dependentes, sendo baixa a percentagem de grandes dependentes. Esta tendência verifica-
se em qualquer uma das respostas sociais.
Mais de 40% dos utentes com grande dependência tem demência ou suspeita de demência, bem como cerca
de 50% dos parcialmente dependentes e dos dependentes.
Mais de 90% dos utentes com demência ou suspeita de demência tem algum grau de dependência e,
portanto, necessidades especiais de cuidados que justificam o apoio de uma resposta social.
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 84
5 | ANÁLISE COMPARATIVA E CONSOLIDADA
AMOSTRA – DADOS GERAIS
CASCAIS OEIRAS SINTRA TOTAL
Nº de pessoas com 60 e mais anos [28] 49.705 45.248 71.846 166.799
Prevalência estimada de demência (7,29%) [2] 3.623 3.299 5.238 12.160
Registos por ICPC dos ACES 956 1.322 1.087 3.365
% em relação à prevalência estimada 26,4% 40,1% 20,8% 27,7%
Nº de pessoas com demência/suspeita identificadas no presente diagnóstico
307 330 806 1.443
% em relação à prevalência estimada 8,5% 10,0% 15,4% 12,0%
% em relação aos registos por ICPC dos ACES 32,1% 25,0% 74,1% 42,9%
No presente diagnóstico foram identificadas 1.443 pessoas com demência (e suspeita), o que corresponde a
12% da população estimada nos três concelhos e a 42,9% da população identificada pelos cuidados
primários de saúde.
30 Os dados relativos ao concelho de Sintra são mais robustos, comparativamente a Cascais e Oeiras, porque o número total de utentes é superior em cada uma das respostas sociais.
Tabela 39 – Estimativa de prevalência de demência e número de pessoas com demência/suspeita identificadas por concelho
Tabela 40 – Número total de utentes dos equipamentos sociais visitados por concelho
Todos os Utentes (TU) Utentes com demência Utentes com suspeita Consolidado
demência/suspeita
Nº % Nº % TU Nº % TU Nº % TU
CASCAIS 973 24,3 239 24,6 68 7,0 307 31,6
OEIRAS 1005 25,1 210 20,9 120 11,9 330 32,8
SINTRA30 2024 50,6 489 24,2 317 15,7 806 39,8
Total 4002 - 938 23,4 505 12,6 1443 36,1
Gráfico 66 – Total de utentes com demência/suspeita (%)
64%
23%
13% Utentes semdemência
Utentes comdemência
Utentes comsuspeita
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 85
Os utentes com demência (e suspeita) constituem 36,1% do total de utentes dos equipamentos visitados nos
três concelhos.
A percentagem de utentes com demência (e suspeita) é muito semelhante nos concelhos de Cascais e Oeiras,
constituindo respetivamente 32% e 33% do total de utentes de cada concelho. Em Sintra esta percentagem
sobe para 40%.
Todos os Utentes (TU)
Utentes com demência Utentes com suspeita Consolidado
demência/suspeita
Nº Nº % TU Nº % TU Nº % TU
ER
PI
CASCAIS 312 96 30,8 29 9,3 125 40,1
OEIRAS 243 114 46,9 20 8,2 134 55,1
SINTRA 826 278 33,7 152 18,4 430 52,1
Total 1381 488 35,3 201 14,6 689 49,9
CD
CASCAIS 522 110 21,1 31 5,9 141 27,0
OEIRAS 220 31 14,1 31 14,1 62 28,2
SINTRA 365 75 20,5 62 17,0 137 37,5
Total 1107 216 19,5 124 11,2 340 30,7
SA
D
CASCAIS 139 33 23,7 8 5,8 41 29,5
OEIRAS 117 5 4,3 3 2,6 8 6,8
SINTRA 598 111 18,6 86 14,4 197 32,9
Total 854 149 17,4 97 11,4 246 28,8
Em ERPI, os utentes com demência (e suspeita) constituem 49,9% do número total de utentes. Em CD constituem
30,7% e em SAD 28,8%.
31 Os dados de caracterização dos utentes foram tratados separadamente por resposta social (ERPI, CD e SAD). Contudo, alguns equipamentos enviaram dados consolidados de duas ou mais respostas sociais. Nestes casos, em que não foi possível a inclusão dos dados na análise por resposta social, os dados consolidados foram incluídos na análise da amostra total. Por este motivo o número total de utentes que é apresentado na Tabela 40 é superior à soma do total de utentes de cada resposta social da Tabela 41.
32%
Cascais
Com demência/suspeita
33%
Oeiras
Com demência/suspeita
40%
Sintra
Com demência/suspeita
Gráfico 67 – Utentes com demência/suspeita de demência por concelho (%)
Tabela 41 – Número total de utentes por resposta social31 e por concelho
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 86
O gráfico 68 permite compreender a distribuição dos utentes pelo total de respostas sociais de cada
concelho, segundo dados da Carta Social, e o gráfico 69 a distribuição dos utentes pelas respostas sociais
dos equipamentos visitados. Deste modo, verifica-se uma discrepância entre os utentes caracterizados no
presente relatório nos concelhos de Cascais e Oeiras na resposta social de SAD, em relação ao total de
32 Dados consultados no site www.cartasocial.pt
27,9
34,8
43,2
37,1
26,6
21,0
35,038,6
35,7
CASCAIS OEIRAS SINTRA
ERPI CD SAD
32,1
41,946,2
53,6
37,9
20,4
14,3
20,2
33,4
Cascais Oeiras Sintra
ERPI CD SAD
40,7
65,7
56,3
45,9
30,4
17,913,4
3,9
25,8
Cascais Oeiras Sintra
ERPI CD SAD
Gráfico 68 – Capacidade atual32 das respostas sociais dos equipamentos por concelho (%)
Gráfico 69 – Total de utentes por resposta social e por concelho (%)
Gráfico 70 – Total de utentes com demência/suspeita por resposta social e por concelho (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 87
vagas ocupadas nesta resposta. A distribuição de utentes do concelho de Sintra é semelhante em ambos os
gráficos.
De acordo com os dados recolhidos a maior percentagem de utentes dos equipamentos visitados em Cascais
encontra-se em CD, enquanto em Oeiras e Sintra encontra-se em ERPI. Sintra é o concelho com maior
percentagem de utentes em SAD e Cascais o concelho com maior percentagem de utentes em CD.
Em Cascais, cerca de 46% dos utentes com demência (e suspeita) encontram-se em CD, cerca de 41% em
ERPI e apenas 13% em SAD. Em Oeiras, cerca de 66% destes utentes encontram-se em ERPI, 30% em CD e
apenas 4% em SAD. Em Sintra, mais de 56% encontram-se em ERPI, cerca de 26% em SAD e apenas 18%
em CD (ver gráfico 70).
GÉNERO
71%
29%
Portugal
Feminino Masculino
58%
42%
Cascais
Feminino Masculino
58%
42%
Oeiras
Feminino Masculino
56%
44%
Sintra
Feminino Masculino
Gráfico 71 – Pessoas a viver em Famílias Institucionais com 60 ou mais anos por género, INE [23]
Gráfico 72 – População Total com 60 e mais anos por concelho e por género (%), INE [28]
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 88
Em Cascais e Oeiras a percentagem de utentes homens e mulheres é semelhante à do total nacional de
pessoas a viver em Famílias Institucionais com 60 ou mais anos (ver gráficos 71 e 73): 71% de mulheres para
29% de homens. Em Sintra, a percentagem de homens é ligeiramente superior: 33% para 67% de mulheres.
A diferença entre homens e mulheres, utentes dos equipamentos sociais, é mais elevada que a da população
total com 60 e mais anos a residir nestes concelhos (ver gráfico 72) em que as mulheres representam 58%
desta população em Cascais e Oeiras e 56% em Sintra.
No que respeita às pessoas com demência (e suspeita) a percentagem de mulheres é mais elevada: 77% em
Cascais, 74% em Oeiras e 76% em Sintra (ver gráfico 74).
As mulheres constituem 76% do total de pessoas com demência e suspeita de demência dos três conselhos.
71%
29%
Cascais
Feminino Masculino
71%
29%
Oeiras
Feminino Masculino
67%
33%
Sintra
Feminino Masculino
77%
23%
Cascais
Feminino Masculino
74%
26%
Oeiras
Feminino Masculino
76%
24%
Sintra
Feminino Masculino
76%
24%
Feminino Masculino
Gráfico 73 – Total de utentes por género e por Concelho
Gráfico 74 – Total de Utentes com demência e suspeita de demência por género e por concelho
Gráfico 75 – Total de Utentes com demência e suspeita de demência por género
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 89
IDADE
A distribuição por grupos etários dos utentes dos equipamentos sociais de Cascais, Oeiras e Sintra
assemelha-se à do total nacional de pessoas a viver em Famílias Institucionais com 60 ou mais anos (ver
gráficos 76 e 77). Oeiras é o concelho com maior percentagem de utentes com mais de 90 anos e com menor
percentagem de pessoas entre os 61 e os 70 anos.
7%
23%
51%
19%
Portugal
60-69
70-79
80-89
90 e mais anos
13%
30%46%
11%
Cascais
61 – 70
71 – 80
81 – 90
>= 91
9%
25%
46%
20%
Oeiras
61 – 70
71 – 80
81 – 90
>= 91
11%
30%
47%
12%
Sintra
61 – 70
71 – 80
81 – 90
>= 91
5%
27%
54%
14%
Cascais
61 – 70
71 – 80
81 – 90
>= 91
7%
23%
44%
26%
Oeiras
61 – 70
71 – 80
81 – 90
>= 91
10%
32%
49%
9%
Sintra
61 – 70
71 – 80
81 – 90
>= 91
Gráfico 76 – Pessoas a viver em Famílias Institucionais com 60 ou mais anos por grupo etário, INE [23]
Gráfico 77 – Total de utentes por grupo etário e por concelho
Gráfico 78 – Total de utentes com demência/suspeita por grupo etário e por concelho
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 90
Oeiras é também o concelho com maior percentagem de pessoas com demência (e suspeita) com idade
acima dos 90 anos. Sintra tem a maior percentagem de pessoas com demência com idade entre os 71 e os
80 anos (ver gráfico 78).
Em todos os concelhos, a maior percentagem de utentes com demência (e suspeita) encontra-se no grupo
etário dos 81 aos 90 anos.
O total de utentes com demência (e suspeita) dos três concelhos seguem a tendência dos dados de
prevalência mundiais apresentados anteriormente [2]: quanto mais elevado é o intervalo etário, mais
elevada é também a percentagem de pessoas com demência (e suspeita) e menor a percentagem de
pessoas sem demência.
2%
8%
28%
48%
14% < = 60
61 – 70
71 – 80
81 – 90
>= 91
84,8
72,664,1 61,0 61,0
15,2
27,435,9 39,0 39,0
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
< = 60 61 – 70 71 – 80 81 – 90 >= 91
Sem demência + NS/NR Com demência e suspeita
Linear (Sem demência + NS/NR) Linear (Com demência e suspeita)
Gráfico 79 – Total de utentes com demência/ suspeita por grupo etário
Gráfico 80 – Total de utentes com demência/suspeita por grupo etário (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 91
ESTADO CIVIL
Nas estatísticas nacionais [33], a distribuição da população total com 60 e mais anos de cada concelho no
que respeita ao estado civil mostra que cerca de dois terços das pessoas são casadas (ver gráfico 81). Nos
equipamentos sociais dos três concelhos a maioria dos utentes são viúvos: 54,9% em Cascais, 56,8% em
Oeiras e 57,7% em Sintra (ver gráfico 82).
6,3 6,1 5,8
61,6 62,4 63,8
22,8 22,3 23,2
9,4 9,2 7,2
Cascais Oeiras Sintra
Solteiro Casado Viúvo Divorciado
11,7 11,8 12,7
25,0 23,4 22,8
54,9 56,8 57,7
8,2 7,8 6,10,2 0,2 0,7
Cascais Oeiras Sintra
Solteiro Casado Viúvo Div. / Sep. U. facto
8,65,6
10,0
24,1 23,518,1
62,1 63,9 66,6
4,8 7,0 5,00,3 0,0 0,3
Cascais Oeiras Sintra
Solteiro Casado Viúvo Div. / Sep. U. facto
Gráfico 81 – População Total com 60 e mais anos por concelho e por estado civil (%), INE [33]
Gráfico 82 – Total de utentes por concelho e por estado civil (%)
Gráfico 83 – Total de utentes com demência/suspeita por concelho e por estado civil (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 92
No que respeita às pessoas com demência (e suspeita), as percentagens sobem para cerca de dois terços de
viúvos: 62,1% em Cascais, 63,9% em Oeiras e 66,6% em Sintra (ver gráfico 83). Considerados na
globalidade, os viúvos constituem 65% dos utentes com demência e suspeita (ver gráfico 84).
ESCOLARIDADE
8,7
20,6
65,0
5,40,2
Solteiro Casado Viúvo Div. / Sep. U. facto
8,4 6,8 10,0
44,4 39,0
56,4
30,5 35,2
26,7
16,6 19,0
6,8
Cascais Oeiras Sintra
Analfabeto 1º Ciclo E. Secundário E. Superior
11,8 12,9
25,2
66,3 66,7 62,9
14,0 11,4 8,5 8,0 9,0
3,4
Cascais Oeiras Sintra
Analfabeto 1º Ciclo E. Secundário E. Superior
Gráfico 84 – Total de utentes com demência e suspeita de demência por estado civil (%)
Gráfico 85 – População Total com 60 e mais anos por concelho e por escolaridade (%), INE [28]
Gráfico 86 – Total de utentes por concelho e por escolaridade (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 93
Nas estatísticas nacionais [28], a distribuição da população total de cada concelho pelos vários níveis de
escolaridade é diferente da encontrada nos utentes dos equipamentos sociais, verificando-se sobretudo uma
menor percentagem de pessoas com Ensino Secundário e Superior na amostra (ver gráficos 85 e 86).
Em todos os concelhos, cerca de dois terços dos utentes têm o 1º Ciclo de escolaridade. Sintra é o concelho
com maior percentagem de utentes analfabetos, Cascais tem a maior percentagem de utentes com Ensino
secundário e Oeiras a maior percentagem de utentes com Ensino superior.
Sintra é o concelho com maior percentagem de utentes com demência (e suspeita) analfabetos, Cascais tem a
maior percentagem de utentes com Ensino superior e Oeiras a maior percentagem de utentes com Ensino
secundário (ver gráfico 87).
O 1º Ciclo é o nível de escolaridade mais prevalente nos utentes com demência e suspeita de demência nos
três concelhos.
11,5 12,6
24,2
69,1
60,9 61,0
8,8
17,9 10,3 10,7 8,7
4,6
Cascais Oeiras Sintra
Analfabeto 1º Ciclo E. Secundário E. Superior
19,0
62,9
11,3 6,8
Analfabeto 1º Ciclo E. Secundário E. Superior
Gráfico 87 – Total de utentes com demência/suspeita por concelho e por escolaridade (%)
Gráfico 88 – Total de utentes com demência/suspeita por escolaridade (%)
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 94
E | CONCLUSÃO
Com a realização deste Diagnóstico Social visou-se identificar e caracterizar em termos sociodemográficos as
pessoas com demência dos concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra, utentes dos equipamentos sociais com
respostas de ERPI, CD e SAD. Pretendeu-se ainda fazer uma breve caracterização dos referidos
equipamentos.
Esta tarefa permitiu, por um lado, conhecer os equipamentos sociais que prestam serviços à população idosa
em cada um dos referidos municípios, numa dupla perspetiva: recolha de dados e intervenção (auxiliar a
equipa técnica do projeto nos serviços a prestar nos Gabinetes Cuidar Melhor, designadamente no
encaminhamento para as respostas sociais existentes na comunidade). Por outro lado, os resultados obtidos
contribuem para colmatar a escassez de dados nacionais nesta matéria, permitem identificar áreas de
intervenção prioritárias e propor respostas adequadas à realidade.
Em primeiro lugar, e no que respeita à identificação das pessoas com demência, de um total de 4.002
utentes dos equipamentos sociais dos concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra, foram identificadas 938 pessoas
com diagnóstico de demência e 505 pessoas com suspeita de demência (sem diagnóstico formal), que
constituem apenas 12% do universo estimado de 12.160 pessoas (tendo em conta as percentagens de
prevalência referidas na literatura) [2]. Mesmo ressalvando os utentes não incluídos na amostra deste estudo
porque apoiados por equipamentos não recenseados na Carta Social à data da recolha de dados
(nomeadamente por não terem alvará) ou por equipamentos não visitados, depreende-se que a maioria das
pessoas com demência a residir nos referidos municípios é assistida informalmente por cônjuges, familiares ou
outras pessoas próximas. As situações de pessoas que vivem sozinhas com 65 e mais anos, embora menos
frequentes, ainda assim constituem entre 7 e 11% da população residente nestes concelhos [34]. Destas,
algumas pessoas terão demência e poderão estar numa situação de maior vulnerabilidade, por não
receberem qualquer tipo de apoio.
Por outro lado o número de pessoas identificadas com diagnóstico de demência pelos Cuidados de Saúde
Primários constitui apenas 20 a 40% do universo estimado, sendo estes valores idênticos aos de outros países
com elevado rendimento [35].
Estes dados revelam a necessidade de sensibilizar a comunidade para este tema e em particular para a
importância da realização de um diagnóstico formal e precoce, que permita à pessoa com demência e aos
seus cuidadores planear o futuro (cuidados de saúde, património, projeto de vida), obter informação,
aconselhamento e suporte, aceder às terapêuticas existentes (farmacológicas e não farmacológicas) e
participar em estudos clínicos/investigação para benefício do próprio e/ou de gerações futuras [35].
As ações de sensibilização deverão concretizar-se junto de vários públicos, nomeadamente cuidadores e
familiares, dirigentes, técnicos e outros colaboradores de equipamentos sociais, magistrados e outros juristas,
e profissionais de saúde, em particular os médicos de Clínica Geral / Medicina Familiar, por terem um papel
fundamental na referenciação para as consultas de especialidade.
As pessoas identificadas com demência (23,4%) ou com suspeita (sem diagnóstico médico, 12,6%) constituem
36% de todos os utentes dos equipamentos sociais visitados. Nos resultados por resposta social verifica-se
que em SAD a percentagem é de 29%, em CD de 30% e nas ERPI sobe para 50%. Este último resultado
encontra-se em consonância com o relatório da Alzheimer’s Society [22], que refere que entre metade e dois
terços das pessoas a viverem em estruturas residenciais para idosos tem demência. Em Portugal, apesar de
não se conhecerem estudos efetuados a nível nacional, estima-se que existam, nos equipamentos das
Misericórdias, entre 25 a 30% de pessoas com demência [36].
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 95
Relativamente à caracterização sociodemográfica da amostra, salienta-se que as pessoas com demência (e
suspeita), utilizadores dos equipamentos sociais, são, na sua grande maioria, mulheres, cerca de dois terços
têm 80 ou mais anos, são viúvas e frequentaram o 1º Ciclo de Escolaridade.
Os resultados relativos à idade, de uma forma geral, acompanham a tendência dos dados de prevalência
mundiais apresentados anteriormente [2]: quanto mais elevada é a idade, maior a percentagem de pessoas
com demência (e suspeita) e menor a percentagem de pessoas sem demência. Esta realidade resulta do facto
de a idade constituir o principal fator de risco associado a este tipo de patologia, nomeadamente da
Doença de Alzheimer [3, 37].
O estado civil parece constituir uma variável relevante na procura de um equipamento social. Com efeito,
65% dos utentes com demência (e suspeita) são viúvos e apenas cerca de 20% são casados. Estes dados
contrastam com os apresentados no estudo da Segurança Social sobre a Situação Social dos Doentes de
Alzheimer [16] em que 64% das pessoas com demência são casadas e 27% viúvas, sendo que nesta amostra
apenas 11% vivem em instituições. Na população total com 60 e mais anos dos três concelhos, também se
verifica que as pessoas casadas constituem cerca de 62% dos residentes e as pessoas viúvas apenas cerca
de 22% [33].
Os dados sugerem ainda que o nível de escolaridade poderá também ser um fator que determina a
utilização dos equipamentos sociais, nomeadamente pelas pessoas com demência (e suspeita): por um lado, a
amostra contempla uma maior percentagem de pessoas analfabetas e com o 1º Ciclo de escolaridade e, por
outro, uma menor percentagem de indivíduos com Ensino Secundário ou Superior quando comparada com a
população total com 60 e mais anos residente nestes municípios [28].
Em relação aos equipamentos sociais, constata-se que embora as estruturas e recursos possam estar em
conformidade com os requisitos legais, não estão ainda preparados, em muitos casos, para acolher e cuidar
de pessoas com demência, nomeadamente no que respeita a especificidades de natureza arquitetónica e à
qualificação e número dos recursos humanos existentes. A título de exemplo, referem-se as normas em vigor
no que respeita ao quadro de pessoal de CD (Guião Técnico da ex-DGAS, de 29-11-1996), que determina
a contratação de um ajudante por cada 30 utentes, sem ajustar os rácios em função dos graus de
dependência.
Mais de 90% dos utentes com demência (e suspeita), identificados no presente estudo, tem algum grau de
dependência, sendo que as pessoas com demência têm necessidades especiais e, quando comparadas com
outras pessoas dependentes, precisam de mais cuidados pessoais, horas de cuidado e supervisão [17]. Já em
2005, o mencionado estudo da Segurança Social [16] referia que era consensual para a globalidade das
famílias inquiridas que uma das medidas sociais a implementar seria a adequação dos equipamentos,
nomeadamente Lares e Centros de Dia, às especificidades da doença, chamando a atenção para a “total
desadequação das estruturas existentes”.
Assim, torna-se imperativa a revisão das normas de funcionamento dos equipamentos sociais por forma
adequá-los às exigências específicas dos utentes com demência, o que pode implicar um maior investimento
em recursos humanos e materiais para assegurar os cuidados adequados, nomeadamente por parte de ERPI
e CD.
Da breve caracterização dos equipamentos sociais de cada concelho ressaltam outras necessidades comuns
no que respeita à certificação da qualidade, à representação legal dos utentes e às dificuldades na
interação com pessoas com demência.
É considerável o número de equipamentos que não iniciou ainda o processo de certificação da qualidade. A
implementação de um sistema de gestão da qualidade permite melhorar o desempenho organizacional e a
satisfação dos clientes, colaboradores e parceiros e tem como principal objetivo a melhoria contínua da
qualidade dos serviços prestados e a sustentabilidade da própria organização. Contudo apurou-se que esta
implementação requer recursos humanos, logísticos e financeiros que muitos equipamentos não conseguem
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 96
disponibilizar para este efeito, designadamente na atual conjuntura económica. Considera-se, no entanto,
que a conclusão deste processo é imprescindível e poderia constituir um primeiro passo para uma posterior
certificação específica na prestação de cuidados a pessoas com demência.
Atendendo à percentagem de pessoas com diagnóstico ou suspeita de demência, verificou-se que também é
muito reduzido o número de equipamentos que solicita a intervenção do representante legal na celebração
do contrato de prestação de serviços, sendo geralmente um familiar a assumir essa tarefa sem estar
legalmente habilitado para tal. Parece subsistir a ideia equivocada de que o vínculo de parentesco é
suficiente para legitimar o familiar a decidir pela pessoa com demência à medida que esta vai perdendo a
sua capacidade de decisão [38]. Tendo em conta esta situação, sugere-se a sensibilização dos familiares e
dos responsáveis dos equipamentos sociais acerca dos direitos das pessoas com demência, da sua
representação e dos limites da intervenção da família e dos profissionais.
Entre 75 e 95% dos equipamentos sociais visitados identificaram dificuldades no cuidado a pessoas com
demência, apontando a agressividade como uma das principais. Os constrangimentos na gestão dos sintomas
cognitivos e comportamentais estão relacionados com conhecimentos insuficientes acerca da doença e com
ausência de competências específicas para lidar com esses sintomas que, geridos de forma inadequada, se
agravam mais ainda, perpetuando as dificuldades, favorecendo a utilização de métodos de contenção e
aumentando a sobrecarga física e emocional de quem presta os cuidados [39]. Assim sendo, de forma a
melhorar esta realidade, sugere-se que os dirigentes, técnicos e outros colaboradores dos equipamentos
sociais, participem em ações formativas ministradas por entidades certificadas e que abordem conteúdos tais
como os sintomas cognitivos e comportamentais da doença, as estratégias para lidar com esses sintomas e a
gestão emocional da sobrecarga associada à prestação de cuidados por profissionais. A formação deverá
contemplar ainda conteúdos que sublinhem a necessidade da inclusão das pessoas com demência em
programas de atividades ocupacionais e de estimulação cognitiva específicos que promovam a sua
autonomia e qualidade de vida.
A corroborar a importância da competência técnica dos recursos humanos, um estudo realizado pela
Alzheimer’s Society do Reino Unido em 2013 refere que os critérios considerados mais importantes pelos
cuidadores na escolha de um equipamento são os conhecimentos sobre demência (87%) e a amabilidade
(51%) dos funcionários [17].
Em suma, considerando os resultados obtidos e a apreciação qualitativa decorrente da observação da
realidade no terreno durante a realização deste diagnóstico, propõe-se um conjunto de medidas que
permitam garantir a prestação de cuidados específicos e de qualidade a pessoas com demência.
1. SENSIBILIZAÇÃO DA COMUNIDADE para a problemática das demências, em particular no que respeita
aos direitos das pessoas com demência e à importância do diagnóstico precoce, dirigida a diversos
públicos-alvo;
2. ADEQUAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS SOCIAIS através da revisão do normativo legal referente às
condições de funcionamento das respostas, nomeadamente no que concerne a especificidades de natureza
arquitetónica e recursos humanos (dimensão e qualificação da equipa), e da certificação da qualidade na
prestação de cuidados a pessoas com demência;
3. FORMAÇÃO CERTIFICADA SOBRE DEMÊNCIAS para dirigentes, técnicos e outros funcionários da área
social e da saúde que prestam cuidados a estas pessoas e que inclua, entre outros temas, estratégias
para lidar com os sintomas cognitivos e comportamentais da demência e a gestão da sobrecarga do
cuidador profissional.
A implementação destas medidas ganha particular relevância e urgência pelo facto de uma parte
significativa dos utentes dos equipamentos sociais serem pessoas com demência, podendo chegar a constituir
metade da população em ERPI. Além disso, assemelham-se a outras que constam de publicações prévias [16,
26, 40] sobre questões relacionadas com a demência em Portugal, o que revela, infelizmente, que os
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 97
progressos no âmbito da intervenção nesta área, ao longo dos últimos anos, têm sido poucos e de
implementação morosa. Urge melhorar e acelerar este processo.
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 98
F | REFERÊNCIAS
[1] World Health Organization (2012). Dementia: a public health priority. Geneva: World Health
Organization.
[2] Alzheimer’s Disease International (2009). World Alzheimer Report 2009. London: Alzheimer’s Disease
International.
[3] Nunes, B. (2005). A Demência em números. In A. Castro-Caldas e A. de Mendonça (Eds.), A Doença de
Alzheimer e outras demências em Portugal (pp. 11-26). Lisboa: Lidel.
[4] Prince, M., Bryce, R., Albanese, E., Wimo, A., Ribeiro, W. & Ferri, C. (2013). The global prevalence of
dementia: A systematic review and metaanalysis. Alzheimer’s & Dementia, 9, 63-75.
[5] World Health Organization (2013). The top 10 causes of death. Retirado de www.who.int em 9 de
Setembro de 2013.
[6] Wimo, A., Jönsson, L., Bond, J., Prince, M. & Winblad, B. on behalf of Alzheimer’s Disease International
(2013). The worldwide economic impact of dementia 2010. Alzheimer’s & Dementia, 9, 1-9.
[7] Alzheimer’s Disease International (2010). World Alzheimer Report 2010. The Global Economic Impact of
Dementia. London: Alzheimer’s Disease International.
[8] Instituto Nacional de Estatística (2012). Censos 2011. Resultados Definitivos - Portugal. Lisboa: INE.
[9] Instituto Nacional de Estatística (2009). Projecções de população residente em Portugal, 2008-2060.
Destaque – Informação à Comunicação Social, 19 de Março.
[10] Garcia, C., Costa, C. Guerreiro, M., Leitão, O., de Mendonça, A. & Umbelino, J. (1994). An estimate of
prevalence of dementia and Alzheimer’s disease in Portugal. Acta Médica Portuguesa, 7 (9), 487-491.
[11] Alzheimer Portugal (2009). Plano Nacional de Intervenção Alzheimer - Trabalho preparatório para a
Conferência “Doença de Alzheimer: que políticas?”. Lisboa: Alzheimer Portugal.
[12] Wimo, A., Winblad, B. & Jönsson, L. (2010). The world societal costs of dementia: Estimates for 2009.
Alzheimer & Dementia, 6, 98-103.
[13] Nunes, B., Silva, R. D., Cruz, V. T., Roriz, J. M., Pais, J. & Silva, M.C. (2010). Prevalence and pattern of
cognitive impairment in rural and urban populations from Northen Portugal. BMC Neurology, 10 (42).
[14] Instituto Nacional de Estatística (2012). Taxa de Mortalidade por Doença de Alzheimer por 100.000
habitantes (N.º) por Local de residência (NUTS - 2002), Sexo e Grupo etário. Retirado de www.ine.pt
em 17 de Outubro de 2013.
[15] Instituto Nacional de Estatística (2001). Óbitos pela Doença de Alzheimer, 2000. Destaque –
Informação à Comunicação Social, 20 de Setembro.
[16] Instituto da Segurança Social, I. P. (2005). Situação Social dos doentes de Alzheimer – Um estudo
exploratório. Lisboa: Fundação Montepio Geral.
[17] Alzheimer’s Disease International (2013). World Alzheimer Report 2013. Journey of Caring. An analysis
of long-term care for dementia. London: Alzheimer’s Disease International.
[18] Agüero-Torres, H., Von Strauss, E., Viitanen, M., Winblad, B. & Fratiglioni, L. (2000). Institutionalization
in the elderly: The role of chronic diseases and dementia. Cross-sectional and longitudinal data from a
population-based study. Journal of Clinical Epidemiology, 54(8), 795-801.
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 99
[19] Alzheimer’s Association (2013). Alzheimer’s Facts and Figures 2013. Chicago: Alzheimer’s Association.
[20] Bowman, C., Whistler, J. & Ellerby, M. (2004). A national census of care home residents. Age and
Ageing, 33, 561-566.
[21] Macdonald, A. & Cooper, B. (2007). Long-term care and dementia services: an impending crisis. Age
and Ageing, 36, 16-22.
[22] Alzheimer’s Society (2007). Home from home: A report highlighting opportunities for improving standards
of dementia care in care homes. London: Alzheimer’s Society.
[23] Instituto Nacional de Estatística (2013). Indivíduos (N.º) nas famílias institucionais por Local de residência
(à data dos Censos 2011), Sexo, Grupo etário e Tipo (alojamento colectivo) [Quadro Resumo]. Retirado
de www.ine.pt em 18 de Outubro de 2013.
[24] Gonçalves, C. (2004). As pessoas idosas nas famílias institucionais segundo os Censos. Revista de
Estudos Demográficos, 34, 41-60.
[25] Gabinete de Estratégia e Planeamento & Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social
(2013). Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos. Relatório 2012. Lisboa: GEP, MSESS.
[26] CEDRU – Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano & BCG – Boston Consulting Group
(2008). Estudo de Avaliação das Necessidades dos Seniores em Portugal – Relatório Final. Lisboa:
Fundação Aga Khan Portugal.
[27] Schulz, R. & Martire L. M. (2004). Family caregiving of persons with dementia: prevalence, health
effects, and support strategies. American Journal of Geriatric Psychiatry, 12(3), 240-249.
[28] Instituto Nacional de Estatística (2013). População residente, segundo o grupo etário, por nível de
escolaridade e sexo [Quadro Resumo]. Retirado de www.ine.pt em 18 de Outubro de 2013.
[29] Instituto Nacional de Estatística & Pordata (2012). Índice de envelhecimento segundo os Censos nos
Municípios. Retirado de www.pordata.pt em 18 de Outubro de 2013.
[30] Folstein, M. F., Folstein, S. E. & McHugh, P. R. (1975). Mini-Mental State: a practical method for grading
the cognitive state of patients for the clinician. Journal of Psychiatric Research, 12, 189-198.
[31] Guerreiro, M., Silva, A. P., Botelho, M. A., Leitão, A., Castro-Caldas, A. & Garcia, C. (1994).
Adaptação à população portuguesa da tradução do “Mini-Mental State Examination” (MMSE). Revista
Portuguesa de Neurologia, 1, 9.
[32] Gabinete de Estratégia e Planeamento & Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (2009).
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos. A dependência: o apoio informal, a rede de serviços e
equipamentos e os cuidados continuados integrados. Lisboa: GEP, MTSS.
[33] Instituto Nacional de Estatística (2012). População residente com 12 e mais anos de idade (N.º) por Local
de residência (à data dos Censos 2011), Sexo, Grupo etário e Estado civil. Retirado de www.ine.pt em
18 de Outubro de 2013.
[34] Instituto Nacional de Estatística (2013). Proporção de famílias clássicas unipessoais de pessoas com 65 ou
mais anos de idade (%) por Local de residência (à data dos Censos 2011). Retirado de www.ine.pt em
18 de Outubro de 2013.
[35] Alzheimer’s Disease International (2011). World Alzheimer Report 2011. The benefits of early diagnosis
and intervention. London: Alzheimer’s Disease International.
[36] Campos, A. (2013, Novembro 4). Mais de um quarto dos idosos nos lares das Misericórdias têm
demência. Jornal Público. Retirado de www.publico.pt em 6 de Dezembro de 2013.
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 100
[37] Alzheimer’s Association (2014). Alzheimer’s Association Report. 2014 Alzheimer’s disease facts and
figures. Alzheimer’s & Dementia, 10, e47-e92.
[38] Instituto para o Desenvolvimento Social – IDT (2002). Guia para a intervenção com maiores em situação
de incapacidade. Lisboa: IDT.
[39] Kuske, B., Luck, T., Hanns, S., Matschinger, H., Angermeyer, M. C., Behrens, J., Riedel-Heller, S. G.
(2009). Training in dementia care: a cluster-randomized controlled trial of a training program for
nursing home staff in Germany. International Psychogeriatrics, 21(2), 295-308.
[40] Associação Alzheimer Portugal (2011). Relatório Cidadania e Demência. Relatório não publicado.
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 101
G | AGRADECIMENTOS
Importa sublinhar que o trabalho de recolha e análise de dados do presente relatório só foi possível graças
à colaboração dos municípios e dos diversos equipamentos sociais de Cascais, Oeiras e Sintra que se
disponibilizaram para receber a equipa do projeto e para fornecer dados de caracterização dos seus
utentes. Esta disponibilidade revela o interesse que têm, cada vez mais, os responsáveis envolvidos na
prestação de cuidados a pessoas com demência por iniciativas que ajudem a melhorar o apoio a estas
pessoas, reconhecendo a necessidade de informação e de cuidados especializados nesta área.
1 | CASCAIS
Equipamentos que forneceram dados de caracterização sociodemográfica
ABLA – Associação de Beneficência Luso-Alemã
Actiábil – Serhogarsystem
Associação Alzheimer Portugal – Casa do Alecrim
Associação de Idosos e Deficientes do Penedo
Casa de Repouso de Alcabideche
Casa do Penedo
Casa dos Nossos Pais
Cascais Jardim
Centro Comunitário da Paróquia da Parede
Centro Comunitário de Tires
Centro de Dia da Torre
Centro de Dia de Alvide
Centro de Dia de Cascais
Centro Social e Paroquial de São Domingos de Rana
Centro Social e Paroquial de São Pedro e São João do Estoril
Centro Social Pôr-do-sol – Associação Aldeias SOS
Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação Costa do Estoril
Descanso em Casa – Comfort Keepers
Espaço Sénior – Centro Comunitário de Carcavelos
Lar da Bafureira
Lar de Bicesse – Associação Cristã de Reinserção e Apoio Social
Live Longer
Residência Geriátrica Santa Inês
Três Anjos – Lar de 3ª Idade Lda.
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 102
Outros equipamentos visitados
AISA – Associação de Apoio Social de Nossa Senhora da Assunção
Associação de Idosos de Santa Iria
Casa de Repouso São José
Cascare – Serviços Personalizados de Apoio Domiciliário, Lda. (Home Instead)
Centro Social e Paroquial de São Vicente de Alcabideche
Fundação O Século
Humanize – Serviços de Saúde, Lda.
Lar Professora Dra. Maria Ofélia Leite ribeiro
Residência Geriátrica Santa Rita
2 | OEIRAS
Equipamentos que forneceram dados de caracterização sociodemográfica
APOIO – Centro de Dia
Arca dos Afetos (Home Instead)
Associação Médica de Gerontologia Social
Better Life – Serviços de Apoio Domiciliário
Casa de Repouso “O Teu Ninho”
Casa de Repouso de Porto Salvo
Casa de Repouso de Paço d'Arcos
Casa do Parque – Residência para Idosos
Centro Comunitário e Paroquial Nossa Senhora das Dores
Centro de Dia de Algés – Obra Social Madre Maria Clara
Centro de Dia de São Vicente de Paulo
Centro Social e Paroquial de Nova Oeiras
Centro Social e Paroquial de Oeiras
Centro Social e Paroquial de São Miguel de Queijas
Centro Social e Paroquial de São Romão de Carnaxide
Centro Social Senhor Jesus dos Aflitos da Paroquia da Cruz Quebrada e Dafundo
Clinica de Repouso Dr. Lopes dos Santos
Corpuscare Global Health Center
Domicarecuida – Cuidados no Domicílio
Old Care – Serviços Gerontológicos
Séniores em Casa – Cuidados Domiciliários
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 103
Outros equipamentos visitados
Casa Solar de São Pedro
Centro Social e Paroquial de Barcarena
Centro Social e Paroquial de Porto Salvo – Centro de Dia da Laje
Clube de Repouso Casa dos Leões
Companhia Feliz – Apoio Domiciliário
Lar “A Fonte”
Serhogarsystem Oeiras
Unidade residencial – Associação de Assistência a Idosos e Deficientes de Oeiras
3 | SINTRA
Equipamentos que forneceram dados de caracterização sociodemográfica
Associação de Reformados da Freguesia da Terrugem
Associação de Reformados Pensionistas e Idosos "Os Ferrinhos"
Associação de Reformados Pensionistas e Idosos de Agualva-Cacém
Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos "Os Bispinhos"
Associação de Solidariedade e Apoio Social da TAP
Casa de Repouso "O Sobreiro"
Casa de Repouso dos Alfaiates de Portugal e Indústria de Vestuário
Casa de Repouso Miramar
Casa de Repouso Ocidente
Casa de Repouso São João
Casa de Repouso Vale de Lobos
Casa Romana
Centro Comunitário da Paróquia de Algueirão Mem-Martins
Centro Comunitário do Alto do Forte
Centro de Dia de Algueirão Mem-Martins
Centro Social Baptista
Centro Social da Sagrada Família
Centro Social de Convívio de Reformados, Pensionistas e Idosos de Morelena
Centro Social de Pêro Pinheiro
Centro Social de Reformados e Idosos de Albarraque
Centro Social Paroquial de Colares
Centro Social Paroquial de Rio de Mouro
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 104
Centro Social Paroquial de São João das Lampas
CERCITOP – Centro de Educação e Reabilitação de Deficientes de Todo o País
Complexo Social Marinel
Fenix One – Clube Residencial Sénior
Fundação Cardeal Cerejeira
Lar Ferry
Lar Santo Agostinho
Liga dos Amigos da 3ª Idade – “Os Avós"
O Castelo – Casa de Repouso e Recuperação
Origens – Lar para Idosos
Residência Geriátrica da Praia Grande
Retiro Dourado
Ser Alternativa – Associação de Apoio Social
SOLAMI – Associação de Solidariedade e Amizade de Casal de Cambra
URPITMA – União de Reformados, Pensionistas e Idosos de Tala, Meleças e Arredores
Vila Verde Residence
Outros equipamentos visitados
Associação Amigos de São Marcos
Associação de Reformados Pensionistas e Idosos de Mira Sintra
Associação de Reformados Pensionistas e Idosos de Queluz
Associação de Reformados Pensionistas e Idosos de Rio de Mouro
Casa das Robínias
Centro de Bem-Estar Social de Queluz
Centro Social do Exército de Salvação
Lar da Estrela
Quinta do Oitão – Fundação António Silva Leal
Santa Casa da Misericórdia de Sintra
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 105
H | ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 – Prevalência da demência na Europa Ocidental (%) ...................................................................................................... 5
Tabela 2 – População a residir em Famílias Institucionais de apoio social .................................................................................... 7
Tabela 3 – População total e com 60 e mais anos por concelho ..................................................................................................... 9
Tabela 4 – Número de pessoas com demência identificadas por concelho nos cuidados de saúde primários ....................... 9
Tabela 5 – Estimativa de prevalência de demência por concelho .................................................................................................. 10
Tabela 6 – Pessoas com 60 e mais anos a viver em famílias institucionais de apoio social por concelho ............................ 10
Tabela 7 – Número de respostas sociais, capacidade total e atual de utentes por concelho .................................................. 10
Tabela 8 – Equipamentos sociais – Amostra ......................................................................................................................................... 14
Tabela 9 – Dados de Caracterização dos utentes por resposta social em cada concelho ........................................................ 15
Tabela 10 – Capacidade total e atual das respostas sociais dos equipamentos visitados ....................................................... 15
Tabela 11 – Relação entre o número de utentes com dados de caracterização e a capacidade atual de todos os
equipamentos existentes no concelho e registados na Carta Social em 2013 ......................................................... 16
Tabela 12 – Cascais: Valores de mensalidade por resposta social ................................................................................................ 18
Tabela 13 – Cascais: Certificação dos equipamentos sociais ........................................................................................................... 18
Tabela 14 – Cascais: Total de Utentes por resposta social ............................................................................................................... 21
Tabela 15 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo o Género ........................................................................................... 23
Tabela 16 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo a Idade .............................................................................................. 25
Tabela 17 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo o Estado Civil .................................................................................... 27
Tabela 18 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo a Escolaridade ................................................................................. 29
Tabela 19 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo o Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço ........ 31
Tabela 20 – Cascais: Caracterização dos utentes segundo o Grau de Dependência ................................................................ 33
Tabela 21 – Oeiras: Valores de mensalidade por resposta social ................................................................................................. 40
Tabela 22 – Oeiras: Certificação dos equipamentos sociais ............................................................................................................ 40
Tabela 23 – Oeiras: Total de Utentes por resposta social ................................................................................................................ 43
Tabela 24 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo o Género ............................................................................................ 45
Tabela 25 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo a Idade ............................................................................................... 47
Tabela 26 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo o Estado Civil ..................................................................................... 49
Tabela 27 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo a Escolaridade .................................................................................. 51
Tabela 28 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo o Tempo de Institucionalização/ Utilização do Serviço ........... 53
Tabela 29 – Oeiras: Caracterização dos utentes segundo o Grau de Dependência ................................................................. 55
Tabela 30 – Sintra: Valores de mensalidade por resposta social ................................................................................................... 63
Tabela 31 – Sintra: Certificação dos equipamentos sociais .............................................................................................................. 63
Tabela 32 – Sintra: Total de Utentes por resposta social .................................................................................................................. 66
Tabela 33 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo o Género .............................................................................................. 68
Tabela 34 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo a Idade ................................................................................................. 70
Tabela 35 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo o Estado Civil ....................................................................................... 72
Tabela 36 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo a Escolaridade .................................................................................... 74
Tabela 37 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo o Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço ........... 76
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 106
Tabela 38 – Sintra: Caracterização dos utentes segundo o Grau de Dependência ................................................................... 78
Tabela 39 – Estimativa de prevalência de demência e número de pessoas com demência/suspeita identificadas por
concelho ..................................................................................................................................................................................... 84
Tabela 40 – Número total de utentes por concelho ............................................................................................................................ 84
Tabela 41 – Número total de utentes por resposta social e por concelho ..................................................................................... 85
I | ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Tipos de Demência mais comuns .......................................................................................................................................... 4
Gráfico 2 – População a residir em Famílias Institucionais de apoio social por género e grupo etário [23] ......................... 7
Gráfico 3 – Cascais: Natureza jurídica dos equipamentos sociais visitados ................................................................................. 17
Gráfico 4 – Cascais: Respostas sociais dos equipamentos visitados ................................................................................................ 17
Gráfico 5 – Cascais: Responsável pela visita (%) ................................................................................................................................ 18
Gráfico 6 – Cascais: Constituição do Corpo Técnico (%) ................................................................................................................... 19
Gráfico 7 – Cascais: Principais dificuldades dos equipamentos sociais no cuidado a pessoas com demência ..................... 19
Gráfico 8 – Cascais: Processo jurídico de admissão de utentes com demência ou suspeita de demência (%) ..................... 20
Gráfico 9 – Cascais: Amostra Total ......................................................................................................................................................... 21
Gráfico 10 – Cascais: Total de Utentes por resposta social (%) ...................................................................................................... 22
Gráfico 11 – Cascais: Total de Utentes com demência / suspeita de demência por resposta social (%) .............................. 22
Gráfico 12 – Cascais: Total de Utentes por Género (%) ................................................................................................................... 23
Gráfico 13 – Cascais: Total de Utentes com Demência / Suspeita de Demência por Género (%) ......................................... 24
Gráfico 14 – Cascais: Total de Utentes por Idade (N) ....................................................................................................................... 26
Gráfico 15 – Cascais: Total de Utentes por Idade (%) ...................................................................................................................... 26
Gráfico 16 – Cascais: Total de Utentes por Estado Civil (N) ............................................................................................................ 28
Gráfico 17 – Cascais: Total de Utentes por Estado Civil (%)............................................................................................................ 28
Gráfico 18 – Cascais: Total de Utentes por Escolaridade (N) .......................................................................................................... 30
Gráfico 19 – Cascais: Total de Utentes por Escolaridade (%) ......................................................................................................... 30
Gráfico 20 – Cascais: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (N) ................................. 32
Gráfico 21 – Cascais: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (%) ................................ 32
Gráfico 22 – Cascais: Total de Utentes por Grau de Dependência (N) ........................................................................................ 34
Gráfico 23 – Cascais: Total de Utentes por Grau de Dependência (%) ........................................................................................ 34
Gráfico 24 – Oeiras: Natureza jurídica dos equipamentos sociais visitados ................................................................................ 39
Gráfico 25 – Oeiras: Respostas sociais dos equipamentos visitados .............................................................................................. 39
Gráfico 26 – Oeiras: Responsável pela visita (%) .............................................................................................................................. 40
Gráfico 27 – Oeiras: Constituição do Corpo Técnico (%) .................................................................................................................. 41
Gráfico 28 – Oeiras: Principais dificuldades dos equipamentos sociais no cuidado a pessoas com demência .................... 41
Gráfico 29 – Oeiras: Processo jurídico de admissão de utentes com demência ou suspeita de demência ............................ 42
Gráfico 30 – Oeiras: Amostra Total (%) ................................................................................................................................................ 43
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 107
Gráfico 31 – Oeiras: Total de Utentes por resposta social (%) ....................................................................................................... 44
Gráfico 32 – Oeiras: Total de Utentes com demência / suspeita de demência por resposta social (%) ............................... 44
Gráfico 33 – Oeiras: Total de Utentes por Género (%) .................................................................................................................... 45
Gráfico 34 – Oeiras: Total de Utentes com Demência / Suspeita de Demência por Género (%) ........................................... 46
Gráfico 35 – Oeiras: Total de Utentes por Idade (N) ........................................................................................................................ 48
Gráfico 36 – Oeiras: Total de Utentes por Idade (%) ....................................................................................................................... 48
Gráfico 37 – Oeiras: Total de Utentes por Estado Civil (N) .............................................................................................................. 50
Gráfico 38 – Oeiras: Total de Utentes por Estado Civil (%) ............................................................................................................. 50
Gráfico 39 – Oeiras: Total de Utentes por Escolaridade (N) ........................................................................................................... 52
Gráfico 40 – Oeiras: Total de Utentes por Escolaridade (%) .......................................................................................................... 52
Gráfico 41 – Oeiras: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (N) .................................. 54
Gráfico 42 – Oeiras: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (%) ................................. 54
Gráfico 43 – Oeiras: Total de Utentes por Grau de Dependência (N) .......................................................................................... 56
Gráfico 44 – Oeiras: Total de Utentes por Grau de Dependência (%) ......................................................................................... 56
Gráfico 45 – Sintra: Natureza jurídica dos equipamentos sociais visitados .................................................................................. 62
Gráfico 46 – Sintra: Respostas sociais dos equipamentos visitados ................................................................................................ 62
Gráfico 47 – Sintra: Responsável pela visita ........................................................................................................................................ 63
Gráfico 48 – Sintra: Constituição do Corpo Técnico (%) .................................................................................................................... 64
Gráfico 49 – Sintra: Principais dificuldades dos equipamentos sociais no cuidado a pessoas com demência ..................... 64
Gráfico 50 – Sintra: Processo jurídico de admissão de utentes com demência ou suspeita de demência (%) ...................... 65
Gráfico 51 – Sintra: Amostra Geral (%) ................................................................................................................................................ 66
Gráfico 52 – Sintra: Total de Utentes por resposta social (%) ......................................................................................................... 67
Gráfico 53 – Sintra: Total de Utentes com demência / suspeita de demência por resposta social (%) ................................. 67
Gráfico 54 – Sintra: Total de Utentes por Género (%) ...................................................................................................................... 68
Gráfico 55 – Sintra: Total de Utentes com Demência / Suspeita de Demência por Género (%)............................................. 69
Gráfico 56 – Sintra: Total de Utentes por Idade (N) .......................................................................................................................... 71
Gráfico 57 – Sintra: Total de Utentes por Idade (%) ......................................................................................................................... 71
Gráfico 58 – Sintra: Total de Utentes por Estado Civil (N) ............................................................................................................... 73
Gráfico 59 – Sintra: Total de Utentes por Estado Civil (%) ............................................................................................................... 73
Gráfico 60 – Sintra: Total de Utentes por Escolaridade (N) ............................................................................................................. 75
Gráfico 61 – Sintra: Total de Utentes por Escolaridade (%) ............................................................................................................ 75
Gráfico 62 – Sintra: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (N) .................................... 77
Gráfico 63 – Sintra: Total de Utentes por Tempo de Institucionalização / Utilização do Serviço (%) ................................... 77
Gráfico 64 – Sintra: Total de Utentes por Grau de Dependência (N) ........................................................................................... 79
Gráfico 65 – Sintra: Total de Utentes por Grau de Dependência (%) ........................................................................................... 79
Gráfico 66 – Total de utentes com demência/suspeita (%) .............................................................................................................. 84
Gráfico 67 – Utentes com demência/suspeita de demência por concelho (%) ............................................................................ 85
Gráfico 68 – Capacidade atual das respostas sociais dos equipamentos por concelho (%) .................................................... 86
Gráfico 69 – Total de utentes por resposta social e por concelho (%)........................................................................................... 86
Gráfico 70 – Total de utentes com demência/suspeita por resposta social e por concelho (%) .............................................. 86
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 108
Gráfico 71 – Pessoas a viver em Famílias Institucionais com 60 ou mais anos por género, INE .............................................. 87
Gráfico 72 – População Total com 60 e mais anos por concelho e por género (%), INE ......................................................... 87
Gráfico 73 – Total de utentes por género e por Concelho ............................................................................................................... 88
Gráfico 74 – Total de Utentes com demência e suspeita de demência por género e por concelho ....................................... 88
Gráfico 75 – Total de Utentes com demência e suspeita de demência por género ................................................................... 88
Gráfico 76 – Pessoas a viver em Famílias Institucionais com 60 ou mais anos por grupo etário, INE .................................... 89
Gráfico 77 – Total de utentes por grupo etário e por concelho ...................................................................................................... 89
Gráfico 78 – Total de utentes com demência/suspeita por grupo etário e por concelho.......................................................... 89
Gráfico 79 – Total de utentes com demência/ suspeita por grupo etário .................................................................................... 90
Gráfico 80 – Total de utentes com demência/suspeita por grupo etário (%) .............................................................................. 90
Gráfico 81 – População Total com 60 e mais anos por concelho e por estado civil (%), INE ................................................. 91
Gráfico 82 – Total de utentes por concelho e por estado civil (%) ................................................................................................. 91
Gráfico 83 – Total de utentes com demência/suspeita por concelho e por estado civil (%)..................................................... 91
Gráfico 84 – Total de utentes com demência e suspeita de demência por estado civil (%) ..................................................... 92
Gráfico 85 – População Total com 60 e mais anos por concelho e por escolaridade (%), INE [28] ...................................... 92
Gráfico 86 – Total de utentes por concelho e por escolaridade (%) .............................................................................................. 92
Gráfico 87 – Total de utentes com demência/suspeita por concelho e por escolaridade (%) ................................................. 93
Gráfico 88 – Total de utentes com demência/suspeita por escolaridade (%) ............................................................................. 93
J | ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Crescimento do número de pessoas com demência (em milhões) em países de elevado rendimento e de baixo
e médio rendimento .................................................................................................................................................................. 5
DIAGNÓSTICO SOCIAL
Versão 1.6 Página | 109
L | ANEXOS
ANEXO 1
Guião da Visita à Instituição – primeira versão
ANEXO 2
Guião da Visita à Instituição – versão final
ANEXO 3
Formulário de Caracterização dos Utentes (Cascais)
ANEXO 1
GUIÃO DE VISITA À INSTITUIÇÃO
DATA:__/__/__ HORA:_______ CÓDIGO:______
1. Ficha de Identificação da Instituição
Nome:_________________________________________________________________
Natureza Jurídica:________________________________________________________
Localidade:__________________________________ Concelho:__________________
Contacto telefónico:______________________ e-mail:__________________________
2. Identificação do responsável pela visita
Nome:_________________________________________________________________
Cargo desempenhado:_____________________________________________________
Área de formação:________________________________________________________
3. Certificação
3.1 Já iniciaram o sistema de gestão de qualidade? Sim Não
3.1.1 Se sim, como se encontra o processo?
Nível C Nível B Nível A Concluído
3.2 A instituição tem protocolo com a Associação Alzheimer Portugal: Sim Não
3.2.1 Se não, gostaria de ter? Sim Não
3.3 A Instituição tem regulamento interno: Sim Não
4. Corpo Técnico
Assistente Social: Fisioterapeuta: Terapeuta Ocupacional:
Psicólogo: Enfermeiro: Médico: Animador Sócio-cultural:
Outro: Qual/Quais: __________________________________________________
5. Recursos Humanos
Formação do Corpo Técnico:
5.1. A equipa frequenta/frequentou formações de reciclagem e/ou outras desde que
integra esta Instituição? Sim Não
5.1.1. Se sim, indique abaixo quais:
ANEXO 1
Nome Data
5.2. Os elementos do corpo técnico frequentaram algum curso específico na área das
demências? Sim Não
5.2.1. Se sim, qual foi a entidade formadora na área das demências?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
5.3.Colaboradores da Instituição:
Número Total Diurno Nocturno
Formação dos Colaboradores:
5.4. Os colaboradores frequentam formações de reciclagem e/ou outras?
Sim Não
5.5. Os colaboradores têm alguma formação específica sobre as demências?
Sim Não
5.5.1. Se sim, qual foi a entidade formadora na área das demências?
________________________________________________________________
_______________________________________________________________
5.6. Voluntários na Instituição: Sim Não
5.6.1. Se sim, como é feita a selecção?
_______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
5.6.2. Qual a intervenção dos voluntários na instituição?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
5.6.3. Com que frequência desenvolvem o seu trabalho?
1 a 2 vezes por semana 3 a 4 vezes por semana 5 vezes por semana
ANEXO 1
6. Caracterização das Valências da Instituição
Denominação Horário Período de Funcionamento Área Geográfica Mensalidade
Valor Mín. / Valor Máx.
Lar
Centro de Dia
Centro de Noite
Apoio Domiciliário
Apoio Domiciliário Integrado
Centro de Convívio
Residência
CATEI
7. Horários de Visitas e Período de Funcionamento da Instituição
7.1. Dias úteis: ______________________________________
Fins-de-semana e feriados: ________________________________________________
Todas as horas, excepto períodos de refeição e higiene: Sem horário estabelecido:
Actividade Horário Fixo Horário Flexível Actividade Horário Fixo Horário Flexível
Acordar/Levantar Lanche
Higienes Jantar
Pequeno-almoço Higiene
Almoço Deitar
7.2. Os horários da Instituição são flexíveis, considerando os hábitos dos utentes? Sim Não
7.3. Os horários estabelecidos pela Instituição, foram elaborados sem considerar os hábitos dos utentes? Sim Não
ANEXO 1
8. Utentes
Valência Capacidade Máxima Número Actual
Lar
Centro de Dia
Centro de Noite
Apoio Domiciliário
Apoio Domiciliário Integrado
Centro de Convívio
Residência
CATEI
Caracterização sócio-demográfica dos utentes
8.1. Género
Feminino:
Masculino:
8.2. Idade
50-60 61-70
71-80 81-90 91- >
8.3. Concelho de Cascais
Alcabideche
Carcavelos
Cascais
Estoril
Parede
São
Domingos
de Rana
8.4. Concelho de Oeiras
Algés
Barcarena
Carnaxide
Caxias
Cruz Quebrada
Dafunto
Linha-a-Velha
Oeiras e
São Julião
da Barra
Paço d’Arcos
Porto Salvo
Queijas
8.5. Concelho de Sintra
Agualva
Algueirão-Mem Martins
Almargem do Bispo
Belas
Cacém
Casal de Cambra
Colares
Massamá
ANEXO 1
Mira-Sintra
Monte Abraão
Montelavar
Pêro Pinheiro
Queluz
Rio de Mouro
Santa Maria e
São Miguel
São João das Lampas
São Marcos
São Martinho
São Pedro
de Penaferrim
Terrugem
8.6. Estado Civil
Solteiro Casado Viúvo Divorciado/Separado
União de facto
8.7. Escolaridade
Analfabeto 1º ciclo incompleto 1º ciclo completo
Ensino secundário Ensino superior NS/NR
ANEXO 1
8.8. Tempo de institucionalização
1 mês – 6 meses 7 meses – 12 meses 1 ano – 2 anos
2 anos – 5 anos 5 anos – >
8.9. Fonte de Rendimento
Pensão/Reforma Pensão de invalidez Pensão de sobrevivência
Pensão social Subsídio de doença
Complemento solidário para idoso Complemento por dependência
Rendimentos de familiares Rendimentos próprios
Outro Sem rendimento
8.10. Grau de dependência
Sem dependência Pouca dependência
Dependência moderada Dependência severa
Utentes com demência
Sim Não Número Valência Motivo
9.1. Quantos utentes têm
diagnóstico de demência?
9.2. Os utentes diagnosticados
têm acompanhamento médico
por um neurologista/psiquiatra?
9.3. Os utentes diagnosticados
são acompanhados pelo médico
de família?
9.4. Os utentes diagnosticados
tomam alguma medicação
específica para a demência?
ANEXO 1
9.5. Quais são os requisitos na admissão das Pessoas com Demência?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________
Utentes com suspeita de demência
10. Quantos utentes suspeita que possam ter demência?
10.1. Quais as razões que aponta para essa suspeição?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
10.2. Porque não foi encaminhado para uma consulta de especialidade?
Falta de sensibilidade para a patologia Recusa do Utente
Recusa da Família Falta de recursos económicos do Utente
Tempo de espera da consulta Falta de conhecimento de médicos especialistas
Outro/os Qual/Quais _______________________________________________
10.3. Quando o/a Diretor(a) Técnico(a)/Responsável deteta situações de carência sócio-
económica encaminha-as para técnicos da área social? Sim Não
10.3.1. Se sim, para que organismos? _______________________________________
10.3.2. Se não, qual o motivo? _____________________________________________
10.4. As pessoas de quem têm suspeita de demência estão medicadas? Sim Não
10.4.1. Qual/Quais os motivos?
________________________________________________________________
10.5. Quais são as principais dificuldades na tarefa de cuidado de pessoas com dependência e
que implicam maior sobrecarga:
Distúrbios do sono Distúrbios alimentares Agressividade
Deambulação Agitação Apatia Outros
10.5.1. Qual/Quais? ______________________________________________________
10.6. Quais os procedimentos que adota no processo de admissão de um utente, quando surge a
dúvida se o mesmo tem demência?
a) Consulta a família e informa-se sobre a situação
b) A própria instituição responsabiliza-se pelo encaminhamento para a consulta de
especialidade
ANEXO 1
c) Aceitam sem nada fazer
d) Outro Qual/Quais? _____________________________________________
Processo jurídico de admissão de utentes com demência
11. Quais são os procedimentos no ponto de vista das questões legais. Aceitam Pessoas com
Demência sem o processo de interdição? Sim Não
11.1. Se sim, quem o representa?
___________________________________________________________________
12. A Direção/Diretora Técnica tem conhecimento das questões legais relacionadas com a
Pessoa com Demência? Sim Não
13. O que considera sobre a possibilidade das Pessoas com demência elaborarem um Testamento
Vital?
13.1. Seria útil
13.2. Impossível, não tem capacidade para o fazer
13.3. Respeitaria as vontades da Pessoa com Demência
13.4. Outro
Qual/Quais?
___________________________________________________
14. Caracterização sócio-demográfica dos utentes com demência
14.1. Género
Feminino:
Masculino:
14.2. Idade
50-60 61-70
71-80 81-90 91- >
ANEXO 1
14.3.Concelho de Cascais
Alcabideche
Carcavelos
Cascais
Estoril
Parede
São
Domingos
de Rana
14.4. Concelho de Oeiras
Algés
Barcarena
Carnaxide
Caxias
Cruz Quebrada
Dafunto
Linha-a-Velha
Oeiras e
São Julião
da Barra
Paço d’Arcos
Porto Salvo
Queijas
14.5. Concelho de Sintra
Agualva
Algueirão-Mem Martins
Almargem do Bispo
Belas
Cacém
Casal de Cambra
Colares
Massamá
Mira-Sintra
Monte Abraão
Montelavar
Pêro Pinheiro
Queluz
Rio de Mouro
Santa Maria e
São Miguel
São João das Lampas
São Marcos
São Martinho
São Pedro
de Penaferrim
Terrugem
14.6. Estado Civil
Solteiro Casado Viúvo Divorciado/Separado
União de facto
ANEXO 1
14.7. Escolaridade
Analfabeto 1º ciclo incompleto 1º ciclo completo
Ensino secundário Ensino superior NS/NR
14.8. Tempo de institucionalização
1 mês – 6 meses 7 meses – 12 meses 1 ano – 2 anos
2 anos – 5 anos 5 anos – >
14.9. Fonte de Rendimento
Pensão/Reforma Pensão de invalidez Pensão de sobrevivência
Pensão social Subsídio de doença
Complemento solidário para idoso Complemento por dependência
Rendimentos de familiares Rendimentos próprios
Outro Sem rendimento
14.10. Grau de dependência
Sem dependência Pouca dependência
Dependência moderada Dependência severa
Actividades Sócio-Culturais
15.1.Existe um plano mensal de actividades sócio-culturais? Sim Não
15.2. Os utentes com demência participam nas actividades realizadas?
Sim Não
15.2.1. Se não, qual o motivo pelo qual os utentes com demência não participam nas
actividades?
__________________________________________________________________
_________________________________________________________________
ANEXO 1
Espaço Físico da Instituição
16. Localização:
Urbano: Rural: Isolado: No centro da localidade:
17. Edifício:
Construção recente e específica: Sim Não
Construção antiga e específica: Sim Não Recuperado e adaptado: Sim Não
18. Estrutura do edifício:
Nº de pisos: Elevador: Sim Não Rampa de acesso: Sim Não
Piso antiderrapante: Sim Não Corrimões dos dois lados: Sim Não
Sistema de aquecimento: Sim Não Saídas de Emergência: Sim Não
Detetores de fumo: Sim Não Sistema de vigilância de saída de utentes: Sim Não
19. Cozinha:
Condições de higiene: Boas Más Razoáveis
Dimensões: Boas Más Razoáveis
20. Sala de Refeições:
Condições de higiene: Boas Más Razoáveis
Organização: Boas Más Razoáveis Dimensões: Boas Más Razoáveis
21. Sala de Estar:
Independente da sala de refeições: Sim Não Boas Más Razoáveis
Existe um cadeirão para cada utente: Sim Não Boas Más Razoáveis
Dimensões: Boas Más Razoáveis Higiene: Boa Má Razoável
Organização/Disposição: Boa Má Razoável
22. Gabinete médico: Sim Não
23. Número de WC:
Existe apoio nas sanitas e banheiras: Sim Não Bom Mau Razoável
Dimensões: Boas Más Razoáveis
Higiene: Boa Má Razoável
24. Quartos:
Quartos individuais: _____ Quartos duplos: _____ Quartos triplos: _____
Quartos de casal: _____
Camas por quarto: Boas Más Razoáveis
Distância 1 m entre camas: Sim Não
ANEXO 1
Biombos/cortinas entre camas: Sim Não
Luz natural: Sim Não
Mobiliário individual: Sim Não
Dimensões dos quartos: Boas Más Razoáveis Higiene: Boa Má Razoável
25. Ambiente da Instituição: Confuso Ruidoso Tranquilo
26. Personalização dos espaços:
Os utentes têm objectos pessoais nos seus quartos? Sim Não
É permitido aos utentes levar o seu mobiliário para a instituição? Sim Não
27. Espaço exterior:
Existe espaço exterior: Sim Não
Tem sombras: Sim Não
Oferece condições de segurança: Sim Não
RELATÓRIO FINAL
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
ANEXO 2
Guião de visita às instituições (versão 2) 1
GUIÃO DE VISITA À INSTITUIÇÃO
DATA:___/___/_______ HORA:_________ CÓDIGO:________
1. Ficha de Identificação da Instituição Nome: ________________________________________________________________________________________
Natureza Jurídica: ______________________________________________________________________________
Localidade: ___________________________________ Concelho: _____________________________________
Contacto telefónico: ____________________________ e-mail: _______________________________________
2. Identificação do responsável pela visita Nome: ________________________________________________________________________________________
Cargo desempenhado: ___________________________________________________________________________
Área de formação: _______________________________________________________________________________
3. Certificação 3.1. Já iniciaram o sistema de gestão de qualidade? Sim Não
3.1.1. Se sim, como se encontra o processo?
Nível A Nível B Nível C Concluído
3.2. A instituição tem protocolo com a Associação Alzheimer Portugal? Sim Não
3.2.1. Se não, gostaria de ter? Sim Não
3.3. A Instituição tem regulamento interno? Sim Não
4. Corpo técnico Assistente Social Fisioterapeuta Terapeuta Ocupacional Psicólogo
Enfermeiro Médico Animador Sócio-cultural Outro(s)
Qual/Quais ____________________________________________________________________________________
5. Recursos Humanos
Formação do Corpo Técnico:
5.1. A equipa frequenta/frequentou acções de formação desde que integra esta Instituição? Sim Não
5.2. Os elementos do corpo técnico frequentaram algum curso específico na área das demências? Sim Não
5.2.1. Se sim, qual foi a entidade formadora na área das demências?
_____________________________________________________________________________________________
ANEXO 2
Guião de visita às instituições (versão 2) 2
5.3. Colaboradores da Instituição:
Número total _______ Diurno _______ Nocturno _______ Formação dos Colaboradores
5.4. Os colaboradores frequentam formações de reciclagem e/ou outras? Sim Não
5.5. Os colaboradores têm alguma formação específica sobre as demências? Sim Não
5.5.1. Se sim, qual foi a entidade formadora na área das demências? ______________________________________
6. Caracterização das Valências da Instituição
Denominação Horário Período de
Funcionamento Área Geográfica Mensalidade
Valor Mín./Valor Máx.
Lar
Centro de Dia
Centro de Noite
Apoio Domiciliário
Centro de Convívio
Residência
CATEI
6.1. Os horários da Instituição são flexíveis (levantar, higiene, refeições), considerando os hábitos dos utentes?
Sim Não Não aplicável
6.2. Horários de Visitas Dias úteis: __________________ Fins-de-semana e feriados: _________________
Todas as horas, excepto períodos de refeição e higiene Sem horário estabelecido Não aplicável
7. Utentes com suspeita de demência
7.1. O utente com suspeita de demência é encaminhado para consulta de especialidade? Sim Não
7.1.1. Se não, qual o motivo?
Recusa do Utente Falta de recursos económicos do Utente
Recusa da Família Falta de conhecimento de médicos especialistas
Falta de recursos da instituição Outro(s)
Qual/Quais ____________________________________________________________________________________ 7.2. As pessoas de quem têm suspeita de demência tomam medicação específica para a demência?
Sim Não
7.3. Quais são as principais dificuldades na prestação de cuidados a pessoas com demência/suspeita de demência e que implicam maior sobrecarga:
Distúrbios do sono Distúrbios alimentares Agressividade
Deambulação Agitação Apatia
Outros Qual/Quais? __________________________________________________________________________
ANEXO 2
Guião de visita às instituições (versão 2) 3
7.4. Eventuais critérios de exclusão na admissão de pessoas com demência/suspeita de demência:
Grande dependência Alterações comportamentais Não ter processo de interdição
Outro(s) _______________________________________________________________________________________
8. Processo jurídico de admissão de utentes com demência/suspeita de demência 8.1. Quem é que assina o contrato?
O próprio Representante Legal Familiar Outro
Quem? _______________________________________________________________________________________
9. Actividades Sócio-Culturais
9.1. Existe um plano mensal de actividades sócio-culturais? Sim Não
9.2. Os utentes com demência participam nas actividades realizadas? Sim Não
9.2.1. Se não, qual o motivo pelo qual os utentes com demência não participam nas actividades?
_____________________________________________________________________________________________
Espaço Físico da Instituição 10. Localização Urbano Rural Isolado Centro da localidade 11. Edifício Construção recente e específica Sim Não
Construção antiga e específica Sim Não Recuperado e adaptado Sim Não 12. Estrutura do edifício Nº de pisos ______
Rampa de acesso Sim Não Piso antiderrapante Sim Não
Elevador Sim Não Sistema de aquecimento Sim Não
Corrimões dos dois lados Sim Não Detetores de fumo Sim Não
Saídas de Emergência Sim Não Sistema de vigilância de saída de utentes Sim Não 13. Cozinha
Condições de higiene Boas Más Razoáveis
Dimensões Boas Más Razoáveis 14. Sala de Refeições
Condições de higiene Boas Más Razoáveis
Dimensões Boas Más Razoáveis
15. Sala de Estar
Independente da sala de refeições Sim Não Condições: Boas Más Razoáveis
Cadeirão para cada utente Sim Não Condições: Boas Más Razoáveis
ANEXO 2
Guião de visita às instituições (versão 2) 4
Dimensões Boas Más Razoáveis
Higiene Boa Má Razoável
16. Gabinete médico Sim Não
17. Número de WC
Apoio nas sanitas e banheiras Sim Não Condições: Bom Mau Razoável
Dimensões Boas Más Razoáveis
Higiene Boa Má Razoável
18. Quartos Individuais _______ Duplos _______ Triplos _______ Casal _______
Distância 1 m entre camas Sim Não Biombos/cortinas entre camas Sim Não
Luz natural Sim Não Mobiliário individual Sim Não
Camas por quarto Boas Más Razoáveis
Higiene Boa Má Razoável 19. Ambiente da Instituição Confuso Ruidoso Tranquilo 20. Personalização dos espaços
Os utentes têm objectos pessoais nos seus quartos? Sim Não
É permitido aos utentes levar o seu mobiliário para a instituição? Sim Não 21. Espaço exterior Existe espaço exterior Sim Não
Tem sombras Sim Não Oferece condições de segurança Sim Não
Observações
ANEXO 3
Caracterização dos Utentes - Cascais (versão 2) 1
CARACTERIZAÇÃO DOS UTENTES
PREPARAÇÃO DA VISITA À INSTITUIÇÃO PELA EQUIPA DO PROJECTO CUIDAR MELHOR
Identificação da Instituição Nome: ________________________________________________________________________________________
Natureza Jurídica: ______________________________________________________________________________
Utentes
Valência Capacidade Máxima Número Actual
Lar
Centro de Dia
Centro de Noite
Apoio Domiciliário
Centro de Convívio
Residência
CATEI
Caracterização sócio-demográfica dos utentes (para cada ponto assinalar o nº total de utentes em cada situação) 1. Género: Feminino ________ Masculino ________ 2. Idade: 50-60 ________ 61-70 ________ 71-80 ________ 81-90 ________ >=91 ________ 3. Freguesia de Residência
Alcabideche ________ Carcavelos ________ Cascais ________
Estoril ________ Parede ________ S. Domingos de Rana ________
Outros concelhos ________ 4. Estado Civil
Solteiro ________ Casado ________ Viúvo ________
Divorciado/Separado ________ União de facto ________ 5. Escolaridade
Analfabeto ________ 1º Ciclo incompleto ________ 1º Ciclo completo ________
Ensino secundário ________ Ensino superior ________ NS/NR ________ 6. Tempo de Institucionalização
1 – 6 meses_______ 7 – 12 meses______ 1 – 2 anos________ 2 – 5 anos________ + 5 anos________ 7. Fontes de Rendimento
Pensão/Reforma ________ Pensão de invalidez ________ Pensão sobrevivência ________
Pensão social ________ Subsídio de doença ________ Compl. solidário p/ idoso ________
Compl. p/ dependência ________ Rendimentos familiares ________ Rendimentos próprios ________
Sem rendimento ________ Outro: ________________________________________________________
ANEXO 3
Caracterização dos Utentes - Cascais (versão 2) 2
8. Grau de Dependência Autónomo ________
Parcialmente dependente ________ Dependente ________ Grande dependente ________
AUTÓNOMO: Capaz de realizar sem apoios de terceiros os cuidados de necessidade básica
PARCIALMENTE DEPENDENTE: Necessita de apoio de terceiros para cuidados de higiene pessoal e/ou deslocação
DEPENDENTE: Não pode praticar, com autonomia, os actos indispensáveis à satisfação de necessidades básicas da vida quotidiana: alimentação, locomoção e/ou cuidados de higiene pessoal
GRANDE DEPENDENTE: Acumulam as situações de dependência que caracterizam os dependentes e encontram-se acamados ou apresentam quadros de demência grave
Utentes com demência
Sim Não Número Valência
Quantos utentes têm diagnóstico médico de demência? Quantos utentes têm suspeita de demência (deterioração cognitiva), mas sem diagnóstico médico? Os utentes diagnosticados têm acompanhamento médico por um neurologista/psiquiatra? Os utentes diagnosticados são acompanhados pelo médico de família? Os utentes diagnosticados tomam alguma medicação específica para a demência?
Caracterização sócio-demográfica dos utentes com diagnóstico médico de demência (para cada ponto assinalar o nº total de utentes com diagnóstico de demência em cada situação) 1. Género: Feminino ________ Masculino ________ 2. Idade: 50-60 ________ 61-70 ________ 71-80 ________ 81-90 ________ >=91 ________ 3. Freguesia de Residência
Alcabideche ________ Carcavelos ________ Cascais ________
Estoril ________ Parede ________ S. Domingos de Rana ________
Outros concelhos ________ 4. Estado Civil
Solteiro ________ Casado ________ Viúvo ________
Divorciado/Separado ________ União de facto ________ 5. Escolaridade
Analfabeto ________ 1º Ciclo incompleto ________ 1º Ciclo completo ________
Ensino secundário ________ Ensino superior ________ NS/NR ________ 6. Tempo de Institucionalização
1 – 6 meses_______ 7 – 12 meses______ 1 – 2 anos________ 2 – 5 anos________ + 5 anos________ 7. Fontes de Rendimento
Pensão/Reforma ________ Pensão de invalidez ________ Pensão sobrevivência ________
Pensão social ________ Subsídio de doença ________ Compl. solidário p/ idoso ________
Compl. p/ dependência ________ Rendimentos familiares ________ Rendimentos próprios ________
Sem rendimento ________ Outro: ________________________________________________________
ANEXO 3
Caracterização dos Utentes - Cascais (versão 2) 3
8. Grau de Dependência Autónomo ________
Parcialmente dependente ________ Dependente ________ Grande dependente ________
AUTÓNOMO: Capaz de realizar sem apoios de terceiros os cuidados de necessidade básica
PARCIALMENTE DEPENDENTE: Necessita de apoio de terceiros para cuidados de higiene pessoal e/ou deslocação
DEPENDENTE: Não pode praticar, com autonomia, os actos indispensáveis à satisfação de necessidades básicas da vida quotidiana: alimentação, locomoção e/ou cuidados de higiene pessoal
GRANDE DEPENDENTE: Acumulam as situações de dependência que caracterizam os dependentes e encontram-se acamados ou apresentam quadros de demência grave
Caracterização sócio-demográfica dos utentes com suspeita de demência (sem diagnóstico médico) (para cada ponto assinalar o nº total de utentes com suspeita de demência em cada situação) 1. Género: Feminino ________ Masculino ________ 2. Idade: 50-60 ________ 61-70 ________ 71-80 ________ 81-90 ________ >=91 ________ 3. Freguesia de Residência
Alcabideche ________ Carcavelos ________ Cascais ________
Estoril ________ Parede ________ S. Domingos de Rana ________
Outros concelhos ________ 4. Estado Civil
Solteiro ________ Casado ________ Viúvo ________
Divorciado/Separado ________ União de facto ________ 5. Escolaridade
Analfabeto ________ 1º Ciclo incompleto ________ 1º Ciclo completo ________
Ensino secundário ________ Ensino superior ________ NS/NR ________ 6. Tempo de Institucionalização
1 – 6 meses_______ 7 – 12 meses______ 1 – 2 anos________ 2 – 5 anos________ + 5 anos________ 7. Fontes de Rendimento
Pensão/Reforma ________ Pensão de invalidez ________ Pensão sobrevivência ________
Pensão social ________ Subsídio de doença ________ Compl. solidário p/ idoso ________
Compl. p/ dependência ________ Rendimentos familiares ________ Rendimentos próprios ________
Sem rendimento ________ Outro: ________________________________________________________ 8. Grau de Dependência Autónomo ________
Parcialmente dependente ________ Dependente ________ Grande dependente ________
AUTÓNOMO: Capaz de realizar sem apoios de terceiros os cuidados de necessidade básica
PARCIALMENTE DEPENDENTE: Necessita de apoio de terceiros para cuidados de higiene pessoal e/ou deslocação
DEPENDENTE: Não pode praticar, com autonomia, os actos indispensáveis à satisfação de necessidades básicas da vida quotidiana: alimentação, locomoção e/ou cuidados de higiene pessoal
GRANDE DEPENDENTE: Acumulam as situações de dependência que caracterizam os dependentes e encontram-se acamados ou apresentam quadros de demência grave
Projeto Cuidar Melhor
Coordenação: Catarina Alvarez Equipa Técnica: Isabel Sousa (91 439 04 24)
Vanda Pinto (96 588 19 53)