Governo do Estado de São PauloGeraldo Alckmin
Secretaria dos Direitos da Pessoa com DeficiênciaLinamara Rizzo Battistella
Coordenadora Marina Medalha
ColaboradoresAdriana Romeiro de Almeida Prado, Carolina Guimarães Rezende,
Celso Gomes Polaino e Kleyton Rogério Machado Araújo
CEPAM
São Paulo, 2013
© 2013 CEPAM
Fundação Prefeito Faria Lima - CepamCentro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal
Presidência | Lobbe Neto
Equipe de Apoio Técnico | Alceu Olmar Maynard Ferraz Araújo, Alfredo Sant’Anna Júnior, Carolina Guimarães Rezende,
Celso Gomes Polaino, Fábio Salomão, Ivonete dos Santos, Josefina De Léo Ballanotti, Júlio César Carreiro,
Kleyton Rogério Machado Araújo, Norma Macruz Peixoto, Reinaldo Casaroli Júnior, Rudnei Gori,
Sandra Tayoko Yamasaki, Silvano Carlos Jorge Davison e Vanessa Costa de Souza
Projeto Gráfico e Capa | Michelle Nascimento
Diagramação | Michelle Nascimento, Carlos Papai e Janaina Alves Cruz da Silva
Editoração de Texto e Revisão | Eva Célia Barbosa e Vanessa Umbelina
CTP, impressão e acabamento | Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
Tiragem | 2 mil
www.cepam.sp.gov.br
Direitos e garantias das pessoas com deficiência: a atuação do município / Marina Medalha (coordenadora) com a colaboração de Adriana Romeiro de Almeida Prado... [et al.] São Paulo: CEPAM, 2013. 160p.
ISBN 978-85-66781-00-7
1. Direitos das pessoas com deficiência. 2. Legislação municipal. 3. Municípiospaulistas. I. Medalha, Marina. II.Título.
CDU: 316.42-056.26 (094)
Fundação Prefeito Faria Lima - Cepam
apresentação
Como signatário da Convenção sobre os direitos das Pessoas Com defi-
CiênCia e de seu ProtoColo faCultativo, inCorPorados ao nosso ordena-
mento jurídiCo em 2009, o brasil, Como estado Parte, deve emPenhar esfor-
ços Para que sejam atendidos todos os direitos e todas as liberdades das
Pessoas Com defiCiênCia Previstos em seus eixos e artigos, Criando me-
lhores Condições de aCessibilidade aos meios físiCo, soCial e eConômiCo.
em um Cenário relativamente novo de PolítiCas PúbliCas voltadas às Pesso-
as Com defiCiênCia, são fundamentais a PartiCiPação e a atuação dos estados
brasileiros e, PrinCiPalmente, de seus muniCíPios, adequando suas legisla-
ções, PolítiCas PúbliCas e estratégias às reais demandas desse segmento,
nas áreas da saúde, eduCação, transPorte, trabalho, lazer, esPorte, Cultu-
ra, habitação, ComuniCação e informação, Permitindo o Pleno usufruto da
Cidadania. o governador franCo montoro foi sábio em afirmar que o estado
é uma fiCção jurídiCa e que o Cidadão mora e atua no muniCíPio, ressaltando
a imPortânCia da atuação muniCiPalista Para a Promoção dos direitos funda-
mentais e Consequente melhora da qualidade de vida de toda a PoPulação.
nesse Contexto, esta PubliCação tem Como objetivo, Por meio de levanta-
mento das legislações dos muniCíPios Paulistas, relaCionadas aos direi-
tos e às garantias internaCionalmente reConheCidos, ofereCer um guia
Para a atuação dos gestores PúbliCos loCais, que Possa estimular a Cons-
trução, o desenvolvimento e, sobretudo, a aPliCação de PolítiCas Públi-
Cas e regulatórias adequadas, Com metas Claras e efiCientes, Para imPaC-
tar Positivamente a vida das Pessoas Com defiCiênCia e de seus familiares.
temos a oPortunidade, Pela CooPeração e troCa de informações, de ga-
rantir, no estado de são Paulo, os direitos dos CerCa de 9 milhões de Cida-
dãos que Possuem algum tiPo de defiCiênCia e, PrinCiPalmente, de entender
e viabilizar o enorme PotenCial do que Pode ser realizado em Cada muniCí-
Pio, adotando um olhar ComPrometido, moderno e Permanente de inClusão.
só assim estaremos, efetivamente, no Caminho de uma soCiedade mais igualitá-
ria, que Promove a equiParação de oPortunidades a todos os seus Cidadãos,
inCorPora a diversidade, resPeita as liberdades e fomenta seu PróPrio desen-
volvimento sustentável. vamos juntos Construir um muniCíPio verdadeiramen-
te inClusivo, Pois, onde se defendem os direitos e garantias das Pessoas Com
defiCiênCia, defendem-se e garantem-se os direitos de todos os Cidadãos.
Linamara Rizzo Battistella
secretária de estado dos direitos da Pessoa com deficiência
governo do estado de são Paulo
sUMÁrIo
APRESENTAçãO INTRODUçãO 9
CONVENçãO SOBRE OS DIREITOS
DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E
SEU PROTOCOLO FACULTATIVO 13 1COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL
PARA A PROTEçãO E INCLUSãO DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 212
LEVANTAMENTO DE LEGISLAçãO MUNICIPAL SOBRE O TEMA 27
Análise do Levantamento dos Municípios com Legislação 28
Municípios com Legislação, por Faixa Populacional 29
Municípios com legislação 31
Municípios sem legislação 31
Municípios que Participaram do Levantamento, por Região Administrativa 32
Regiões com maior número de municípios com legislação 33
Regiões com percentual mais baixo de municípios com legislação 38
Habitantes, por Faixa Populacional, de Municípios com Legislação 42
Distribuição da População por Porte de Município 42
3
EIXOS DOS DIREITOS E GARANTIAS
INSERIDOS NA CONVENçãO
INTERNACIONAL: LEGISLAçãO
NACIONAL E ATUAçãO MUNICIPAL 55 5DISTRIBUIçãO DAS LEIS POR EIXO/ARTIGOS
DA CONVENçãO 45
Eixos/Artigos da convenção 46
Distribuição dos Eixos, por Região
Administrativa 48
Distribuição dos Eixos, por Faixa
Populacional 48
4
INSTRUMENTOS DE PROTEçãO DOS DIREITOS E GARANTIAS 117
Ação Civil Pública 118
Mandado de Segurança Coletivo 119
Mandado de Segurança Individual 120
Ação de Obrigação de Fazer 121
Mandado de Injunção 122
Comitê Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência 123
6
CONCLUSãO 127 REFERÊNCIAS 131 ANEXOS 133
IntroDUção
Esta PubliCação analisa, no Plano jurídiCo, as Possíveis ações dos muniCí-
Pios Paulistas, e Considera, Para tanto, a ComPetênCia ConstituCional desse
ente federativo loCal e a Convenção sobre os direitos das Pessoas Com defi-
CiênCia e seu ProtoColo faCultativo, ratifiCado Por meio do deCreto federal
6.949, de 25 de agosto de 2009.
no Primeiro item, são aPontados o esCoPo, a finalidade e o sentido emPre-
endidos Pela Convenção internaCional, que justifiCam o sistema normativo
de direitos relaCionados ao tema. também são aPontadas as definições dos
termos , além das obrigações a que se submetem todos os destinatários da
norma e que são neCessárias Para se alCançar os ProPósitos ali estabeleCi-
dos, esPeCialmente a ComuniCação, a língua, a não disCriminação Por motivo
de defiCiênCia, o desenho universal e a aCessibilidade.
no segundo item, estão Contidas as normas ConstituCionais que Conferem efe-
tividade e observânCia obrigatória, Por todos, dos direitos das Pessoas Com
defiCiênCia, sobretudo as ações a serem realizadas Pelos órgãos PúbliCos.
demonstra que, na rePartição ConstituCional de ComPetênCias, Cada ente fe-
derativo (união, estados, distrito federal e muniCíPios) Pode atuar legislando,
fomentando e/ou Criando Programas e instânCias que tenham Por mote a Plena
efiCáCia in concreto dos direitos e garantias das Pessoas Com defiCiênCia.
10 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
no terceiro item, apresentam-se o levantamento das leis enviadas pelos municípios e suas
várias análises, das quais a primeira indica quanto representa o número de municípios que
responderam, em relação ao total. também é avaliado quanto significa o número de mu-
nicípios que responderam ter legislação e os que não a possuem. distribuídos por região
administrativa, foi analisada como está a situação e, por fim, quantos são, em termos po-
pulacionais, os municípios que responderam ter legislação sobre os direitos das pessoas
com deficiência. o resultado é comparado com o total do estado, considerando, ainda,
quais eixos, por faixa populacional, foram significativamente atendidos.
no quarto item, estão enumerados os direitos e as garantias arrolados na convenção in-
ternacional, bem como são analisados os respectivos artigos, de conformidade com a
competência atribuída pela Constituição federal a cada um dos entes federados, focando
a competência do município nesse contexto, para possibilitar ao ente local uma atuação
não só concreta, mas também passível de surtir os efeitos jurídicos esperados, ou seja, de
como é possível, no plano legal, uma atuação responsável e sustentável.
no quinto item, inaugurando os eixos dos direitos e das garantias inseridos na convenção
internacional, o artigo 5º é absoluto e soberano. deixa assentado que toda e qualquer ação
é permeada pelo princípio da igualdade, na sua acepção mais profunda, que é a de reali-
zar a justiça e a paz social, e, por isso, é perfeitamente possível entender as disposições
ali anotadas, especialmente a contida no item 4 do referido artigo, que, expressamente,
estabelece: “não serão consideradas discriminatórias as medidas específicas que forem
necessárias para acelerar ou alcançar a efetiva igualdade das pessoas com deficiência”.
ainda nessa parte, estão demonstrados possíveis modos de atuação do ente federativo
local, para assegurar os direitos das pessoas com deficiência, indicando-se as correspon-
dentes leis municipais selecionadas, dentre diversas outras, coletadas nos municípios, que
confirmam referida atuação.
no sexto item, são analisados os instrumentos ou meios legais para impor o respeito e a
proteção dos direitos e garantias das pessoas com deficiência, bem como os legitimados
para defesa desses direitos, destacando a representação como atribuição institucional do
11IntroDUção
ministério Público, incluídas as associações criadas com essa finalidade, sem se descurar
da defesa individual do próprio interessado – a pessoa com deficiência.
na conclusão, apontam-se como deve ser feita a compatibilização entre a Convenção so-
bre os direitos das Pessoas com deficiência e o processo de inclusão social desse público,
bem como quais são os instrumentos que possibilitam garantir e efetivamente tornar eficaz
e sustentável uma ação concreta dos envolvidos nesse processo.
nos anexos a ao d, estão arrolados os grupos de direitos e a indicação de municípios que
responderam positivamente à sua existência, e as respectivas leis, considerando o porte
populacional de cada um desses municípios, com base nos dados do Censo de 2010, di-
vulgados pela fundação instituto brasileiro de geografia e estatística (ibge).
no anexo e, são apresentados os municípios que responderam não possuir legislação
específica sobre o tema da pessoa com deficiência e no anexo f os que não responderam
à pesquisa. nos anexos g ao v, constam mapas com as localidades, por região adminis-
trativa (ra), que participaram do levantamento.
ConVenção soBre os DIreItos Das pessoas CoM DeFICIênCIa e seU protoCoLo FaCULtatIVo
A Constituição federal, no artigo 1º, estabeleCe que a rePúbliCa federa-
tiva do brasil Constitui-se em estado demoCrátiCo de direitos e tem Como
fundamento básiCo, dentre outros, a “dignidade da Pessoa humana”.1
o resPeito a essa dignidade é PressuPosto Para atingir os objetivos Pro-
Clamados Pelo estado brasileiro, quais sejam: Construir uma soCiedade
livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento naCional; erradiCar
a Pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades soCiais e regio-
nais; “Promover o bem de todos, sem PreConCeitos de origem, raça, sexo,
Cor, idade e quaisquer outras formas de disCriminação” (art. 3º).
nas relações internaCionais, a rePúbliCa federativa do brasil rege-se,
dentre outros, Pelo PrinCíPio da PrevalênCia dos direitos humanos.
Como Corolário de referidos PrinCíPios fundamentais, estão assegura-
dos os direitos e as garantias fundamentais, destaCando-se os individu-
ais e Coletivos, sem Prejuízo de outros deCorrentes dos tratados inter-
naCionais dos quais a rePúbliCa federativa do brasil faça Parte.
tratados e Convenções internaCionais sobre direitos humanos Poderão
ComPor o sistema normativo naCional Como emenda ConstituCional (Cf,
art. 5º, § 3º).
1 art. 1º a república
federativa do brasil,
formada pela união
indissolúvel dos
estados e municípios
e do distrito federal,
constitui-se em
estado democrático
de direito e tem como
fundamentos: (...)
iii - a dignidade da
pessoa humana.
14 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
a Convenção sobre os direitos das Pessoas com deficiência ingressou no sistema nor-
mativo nacional exatamente assim, com status de emenda constitucional, especialmente
porque constitui ato legal, cujas bases fundamental e estrutural visam ao reconhecimento
das pessoas com deficiência como plenamente capazes de direitos e obrigações, asse-
gurando-lhes todos os direitos humanos e as liberdades fundamentais em igualdade de
condições com todas as demais.
os direitos arrolados na convenção internacional são essenciais e, dessa forma, ingres-
saram no ordenamento jurídico nacional por meio do decreto 6.949, de 25 de agosto de
2009, aprovado de acordo com as disposições insertas no § 3º do artigo 5º da Constitui-
ção federal2. Constituem a base constitucional e são imprescindíveis para assegurar, sem
qualquer impedimento, ao lado de outras normas também previstas na Constituição fede-
ral de 1988, a promoção integral da dignidade das pessoas com deficiência.
a república federativa do brasil está, portanto, obrigada a observar os princípios e de-
veres estipulados na convenção internacional, facilitando seu cumprimento pelos entes e
órgãos públicos.
Corolário dessa obrigação, e destinatários da norma, os entes federados (união, estados,
distrito federal e municípios), que formam o estado brasileiro, e que, igualmente, se sub-
-rogam no dever de observar integralmente as estipulações a que se obrigou o estado
federal, por meio do decreto 6.949/2009, que aprovou a convenção no plano nacional.
Para possibilitar às pessoas com deficiência o pleno gozo de todos os direitos e liberda-
des, em igualdade de condições, nos termos do artigo 5º da Constituição federal, que
proclama serem todos iguais, é de primordial importância promover políticas públicas des-
tinadas a cumprir o comando constitucional, criando condições de acessibilidade em favor
das pessoas com deficiência, especialmente aos meios físico, social, econômico e cultural,
à saúde, à educação e à informação e comunicação, além de protegê-las, e também efe-
tivando as medidas necessárias para promover a segurança dessas pessoas que possam
estar, ou que estão em situação de risco de qualquer natureza.
2 art. 5º todos são iguais
perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estran-
geiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade,
à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes: (...) § 3º
os tratados e convenções in-
ternacionais sobre direitos hu-
manos que forem aprovados,
em cada Casa do Congresso
nacional, em dois turnos, por
três quintos dos votos dos
respectivos membros, serão
equivalentes às emendas
constitucionais.
ConVenção soBre os DIreItos Das pessoas CoM DeFICIênCIa e seU protoCoLo FaCULtatIVo 15
a Convenção sobre os direitos das Pessoas com deficiência, no artigo 3º, arrola
os princípios gerais destinados à compreensão e que inspiram os meios necessá-
rios para permear os direitos dessas pessoas com deficiência, especialmente porque
devem garantir, tal como expresso na norma: a) o respeito pela dignidade inerente
à autonomia individual, inclusive a liberdade de fazer as próprias escolhas, e a in-
dependência das pessoas; b) a não discriminação; c) a plena e efetiva participação
e inclusão na sociedade; d) o respeito pela diferença e pela aceitação das pessoas
com deficiência como parte da diversidade humana e da humanidade; e) a igualdade
de oportunidades; f) a acessibilidade; g) a igualdade entre o homem e a mulher; h) o
respeito pelo desenvolvimento das capacidades de crianças com deficiência e pelo
direito de crianças com deficiência preservarem sua identidade.
os envolvidos nesse processo, sobretudo os órgãos públicos, devem observar os objetivos
propostos na norma convencional, organizando e estruturando seus serviços, com vistas
ao cumprimento das obrigações legais a que estão submetidos, editando normas voltadas
especificamente à inserção das pessoas com deficiência nas vidas social, econômica,
cultural e profissional.
nesse sentido, o artigo 1º da Convenção sobre os direitos das Pessoas com deficiência
prevê ser necessário que todos os envolvidos se esforcem para “promover, proteger e
assegurar o exercício pleno e equitativo de todos os direitos humanos e liberdades fun-
damentais por todas as pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua digni-
dade inerente”.
é importante apontar as definições que foram encampadas na convenção internacional,
principalmente a ditada no artigo 1º, que indica serem as pessoas com deficiência, “aque-
las que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou senso-
rial, as quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena
e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas”.
outras definições contidas na convenção internacional devem ser observadas, em par-
ticular as ditadas no artigo 2º, pois, além de determinar os meios para se alcançar os
16 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
propósitos da norma, servem para orientar a correta e efetiva concretização do proces-
so de inclusão das pessoas com deficiência, a fim de que concorram em igualdade de
condições com todas as pessoas, especialmente no que se refere a:
ComuniCAção, que é uM dos Pontos PRinCiPAis desse PRo-
Cesso, e AbRAnGe
As línGuAs, A visuAlizAção de textos, o bRAile, A CoMuniCAção tá-
til, os CARACteRes AMPliAdos, os disPositivos de MultiMídiA ACes-
sível, AssiM CoMo A linGuAGeM siMPles, esCRitA e oRAl, os siste-
MAs Auditivos e os Meios de voz diGitAlizAdA e os Modos, Meios e
foRMAtos AuMentAtivos e AlteRnAtivos de CoMuniCAção, inClusi-
ve A teCnoloGiA dA infoRMAção e CoMuniCAção ACessíveis;
LínguA, que AbRAnGe “As línGuAs fAlAdAs e de sinAis e ou-
tRAs foRMAs de CoMuniCAção não fAlAdA”;
DisCRiminAção poR motivo DE DEfiCiênCiA, que siGnifiCA
quAlqueR difeRenCiAção, exClusão ou RestRição bAseAdA eM de-
fiCiênCiA, CoM o PRoPósito ou efeito de iMPediR ou iMPossibilitAR
o ReConheCiMento, o desfRute ou o exeRCíCio, eM iGuAldAde de
oPoRtunidAdes CoM As deMAis PessoAs, de todos os diReitos hu-
MAnos e libeRdAdes fundAMentAis nos âMbitos PolítiCo, eConô-
MiCo, soCiAl, CultuRAl, Civil ou quAlqueR outRo. AbRAnGe todAs
As foRMAs de disCRiMinAção, inClusive A ReCusA de AdAPtAção
RAzoável;
ADAptAção RAzoávEL, definidA CoMo
As ModifiCAções e os Ajustes neCessáRios e AdequAdos que
não ACARReteM ônus desPRoPoRCionAl ou indevido, quAndo
ConVenção soBre os DIreItos Das pessoas CoM DeFICIênCIa e seU protoCoLo FaCULtatIVo 17
RequeRidos eM CAdA CAso, A fiM de AsseGuRAR que As Pesso-
As CoM defiCiênCiA PossAM GozAR ou exeRCeR, eM iGuAldAde de
oPoRtunidAdes CoM As deMAis PessoAs, todos os diReitos hu-
MAnos e libeRdAdes fundAMentAis;
DEsEnho univERsAL, que se CARACteRizA PelA
ConCePção de PRodutos, AMbientes, PRoGRAMAs e seRviços A
seReM usAdos, nA MAioR MedidA Possível, PoR todAs As PessoAs,
seM neCessidAde de AdAPtAção ou PRojeto esPeCífiCo. o desenho
univeRsAl não exCluiRá As AjudAs téCniCAs PARA GRuPos esPeCífi-
Cos de PessoAs CoM defiCiênCiA, quAndo neCessáRiAs.
a convenção internacional estabelece, além de outras, certas e determinadas obrigações
aos estados Partes, os quais se comprometem a atendê-las, principalmente com a adoção
de todas as medidas legislativas, administrativas e de qualquer outra natureza, necessárias
à efetivação dos direitos reconhecidos na convenção, inclusive para modificar ou revogar
leis, regulamentos, costumes e práticas vigentes, que constituírem discriminação contra
as pessoas com deficiência.
os signatários da norma devem, em todos os programas e políticas:
PRoteGeR, AsseGuRAR e PRoMoveR todos os diReitos huMA-
nos e libeRdAdes fundAMentAis PARA As PessoAs CoM defi-
CiênCiA, seM quAlqueR tiPo de disCRiMinAção PoR CAusA de
suA defiCiênCiA;
ReAlizAR ou PRoMoveR A PesquisA e o desenvolviMento de
PRodutos, seRviços, equiPAMentos e instAlAções CoM de-
senho univeRsAl, que exijAM o MáxiMo Possível de AdAP-
tAção e Cujo Custo sejA o MíniMo Possível, destinAdos A
18 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
AtendeR às neCessidAdes esPeCífiCAs de PessoAs CoM defi-
CiênCiA, A PRoMoveR suA disPonibilidAde e seu uso, e A PRo-
PoR o desenho univeRsAl quAndo dA elAboRAção de noR-
MAs e diRetRizes;
ReAlizAR ou PRoMoveR A PesquisA e o desenvolviMento,
beM CoMo A disPonibilidAde e o eMPReGo de novAs teCno-
loGiAs, inClusive As dA infoRMAção e CoMuniCAção, AjudAs
téCniCAs PARA loCoMoção, disPositivos e teCnoloGiAs As-
sistivAs, AdequAdos às PessoAs CoM defiCiênCiA, CoM PRio-
RidAde A teCnoloGiAs de Custo ACessível;
PRoMoveR A CAPACitAção RelACionAdA Aos diReitos ReCo-
nheCidos PelA Convenção inteRnACionAl dos PRofissionAis
e equiPes que tRAbAlhAM CoM PessoAs CoM defiCiênCiA, de
foRMA A MelhoRAR A AssistênCiA e os seRviços GARAntidos
PoR esses diReitos.
os estados Partes que aderiram aos termos da convenção internacional, caso do brasil,
estão comprometidos, também, a tomar medidas, tanto quanto a disponibilizar recursos e,
quando necessário, no âmbito da cooperação internacional, a fim de assegurar, progres-
sivamente, o pleno exercício dos direitos inerentes às pessoas com deficiência, sendo ex-
plícito, no texto da convenção, que, na tomada de decisões, realizarão consultas estreitas
e envolverão ativamente pessoas com deficiência, inclusive as crianças, por intermédio de
suas organizações representativas.
a Constituição federal do brasil já expressa diversos direitos das pessoas com deficiência
e responsabilidades dos entes federativos, expressos nos artigos 7º, xxvi; 23, ii; 24, xiv;
ConVenção soBre os DIreItos Das pessoas CoM DeFICIênCIa e seU protoCoLo FaCULtatIVo 19
37, viii; 203, iv; 208, iii; 227, §§ 1º e 2º; e, 224, que se harmonizam ao texto da convenção
e a fazem adquirir força constitucional.
nota-se, portanto, que já houve preocupação do legislador constituinte de 1988 com a
definição de alguns direitos das pessoas com deficiência e o estabelecimento de respon-
sabilidades dos entes da federação brasileira nesse mesmo campo.
é relevante dizer que, tanto para implementar as cláusulas da convenção quanto de tantos
outros direitos conferidos às pessoas com deficiência, inclusive os já estabelecidos na
Constituição federal, as pessoas jurídicas de direito público devem respeitar as competên-
cias conferidas a cada um dos entes da federação pelo próprio texto Constitucional.
necessário se faz observar a estrutura constitucional de repartição de competências para
concretizar as disposições previstas na convenção e em outros diversos artigos da Cons-
tituição federal. é isso que será tratado em seguida.
CoMpetênCIa ConstItUCIonaL para a proteção e InCLUsão Das pessoas CoM DeFICIênCIa
A Constituição federal de 1988 Consagra a forma de estado federal e, sob
esse manto, Partilha o território brasileiro em diversas unidades regionais
e muniCiPais, dotando-as de autonomias PolítiCa, finanCeira, administrativa e
legislativa, além de Prever, igualmente, a existênCia da união, Com autonomia
Para disCiPlinar os assuntos federais de seu interesse esPeCífiCo e das maté-
rias de Cunho naCional, obrigando todos os entes à sua observânCia.
a autonomia das Coletividades ComPonentes da federação é uma das CaraC-
terístiCas fundamentais da forma de estado saCramentado Pela rePúbliCa fe-
derativa do brasil, existindo vários Centros deCisórios, Cabendo a Cada um
tratar de assuntos a eles destinados ConstituCionalmente.
o texto ConstituCional reParte entre os entes federativos (união, estados,
distrito federal e muniCíPios) a ComPetênCia Comum Para Cuidar “da Prote-
ção e garantia” das Pessoas Com defiCiênCia (Cf, art. 23, ii). isso quer dizer que
todos esses entes têm o Poder – e o dever – de adotar as medidas administra-
tivas neCessárias Para que a Proteção das Pessoas Com defiCiênCia Possa se
efetivar. as medidas devem enContrar resPaldo na legislação que for editada
Pelo resPeCtivo ente federado, Com o Cuidado de um não invadir a esfera de
ComPetênCia legislativa do outro.
22 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
no caso específico da proteção e integração, que há de ser compreendida, atualmente, por
inclusão das pessoas com deficiência, cabe à união editar normas gerais, com fundamento
no artigo 24, xiv, da Constituição federal. aos estados e municípios, cabe suplementar,
com fundamento, respectivamente, nos artigos 24, § 2º, e 30, ii, do texto Constitucional,
a legislação federal e a estadual, no que couber. a proteção e a inclusão visam a atingir
diversos setores sociais e econômicos, como a saúde, educação, assistência social, aces-
sibilidade, habitação, o trabalho, entre outros.
também é possível, ao município, legislar com fundamento no artigo 30, i, da Constituição
federal, ou seja, quando, por força da competência comum que lhe reservou o texto Cons-
titucional, se tratar de assunto de interesse local.
ainda que haja tal previsão, definir o campo de atuação do ente federativo municipal em
relação à Convenção sobre os direitos das Pessoas com deficiência e seu Protocolo fa-
cultativo é o desafio proposto neste capítulo, uma vez que o brasil ostenta um complexo
sistema de competências administrativa e legislativa, somado a uma vasta produção legis-
lativa dedicada ao tema da pessoa com deficiência.
Cumpre ressalvar que tais apontamentos não pretendem esgotar ou limitar as possibilida-
des. o município é o ente federativo mais próximo do cidadão e essa posição privilegiada
oferece a oportunidade de ter adequadas às suas particularidades as políticas públicas e a
produção de leis. desse modo, todas as iniciativas tendentes à inclusão das pessoas com
deficiência na sociedade e na vida social, desde que observem as normas previstas na
Constituição federal e na convenção internacional, serão incentivadas.
há diversas ações voltadas para a inclusão social das pessoas com deficiência que podem
ser exercidas pelos municípios. o que importa, e está claro no texto Constitucional e na
convenção internacional, é a responsabilidade atribuída a todos os entes da federação
pela inclusão na sociedade das pessoas com deficiência. os municípios, nesse contexto,
têm fundamental responsabilidade nas ações realizadas pelos Poderes locais, com o intui-
to de incluir esse grupo de pessoas na comunidade.
desenvolver uma política de direitos para as pessoas com deficiência é a forma de possi-
bilitar sua inclusão na sociedade com participação ativa.
CoMpetênCIa ConstItUCIonaL para a proteção e InCLUsão Das pessoas CoM DeFICIênCIa 23
o município, ente federado que é, deve agir positivamente e dentro das competências que
lhe são outorgadas pela Constituição federal, no sentido de criar, estruturar e favorecer um
ambiente necessário e legal para, progressivamente, adotar e promover políticas públicas
inclusivas das pessoas com deficiência, por decorrência lógica das estipulações inseridas
na convenção internacional, assinada em nova York, em 30 de março de 2007, ratificada
por meio do decreto 6.949, de 25 de agosto de 2009, que entraram em vigor para o brasil,
no plano jurídico externo, em 31 de agosto de 2009.
não se pode perder de vista, como já apontado em publicação do Centro de estudos e
Pesquisas de administração municipal (Cepam)3, que
o MuniCíPio PARA todos é Aquele onde se PRAtiCAM Ações ConCRe-
tAs visAndo à PARtiCiPAção CoMunitáRiA de todos os seGMentos
dA PoPulAção loCAl; onde As PessoAs PodeM CiRCulAR livReMen-
te e eM Condições AdequAdAs às suAs liMitAções deCoRRentes
dA idAde, de Condições físiCA ou sensoRiAl; onde os idosos, jo-
vens e defiCientes são infoRMAdos AdequAdAMente sobRe todos
os seRviços PúbliCos ColoCAdos à suA disPosição; onde A leGis-
lAção MuniCiPAl (lei oRGâniCA do MuniCíPio, PlAno diRetoR, leis
oRçAMentáRiAs, leis de PARCelAMento e uso do solo, CódiGo de
obRAs e edifiCAções, CódiGo de PostuRAs, etC.) PossA seR utilizA-
dA CoMo instRuMento de inteGRAção soCiAl e não CoMo MeCAnis-
Mo de exClusão e oPRessão dessAs PessoAs.
importante salientar que o município, para fazer valer as disposições a que também está submeti-
do, por força da convenção internacional, submete-se, a priori, ao sistema de repartição de com-
petências, tal como estipulado na forma e nas condições insertas na Constituição federal.
assim, e considerando a repartição de competências constitucionais, vê-se a atuação da
união para legislar sobre o sistema nacional dos direitos das pessoas com deficiência.
também é de primordial importância anotar o decreto federal 3.298, de 20 de dezembro
de 1999, que regulamentou a lei federal 7.853, de 24 de outubro de 1989, e dispõe sobre
a “Política nacional para a integração da Pessoa Portadora de deficiência, consolida as
normas de proteção, e dá outras providências”.
3 SALLES, Luiz Roberto.
In: FUNDAÇÃO PREFEITO
FARIA LIMA – CEPAM, com
apoio do Sebrae. município
acessível ao cidadão. São
Paulo, 2001. p. 57.
24 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
a lei federal 7.853/1989, que
disPõe sobRe o APoio às PessoAs PoRtAdoRAs de defiCiênCiA, suA
inteGRAção soCiAl, sobRe A CooRdenAdoRiA nACionAl PARA inte-
GRAção dA PessoA PoRtAdoRA de defiCiênCiA (CoRde4), institui A
tutelA juRisdiCionAl de inteResses Coletivos ou difusos dessAs
PessoAs, disCiPlinA A AtuAção do MinistéRio PúbliCo, define CRi-
Mes, e dá outRAs PRovidênCiAs.
Como ponto central, tal como a convenção internacional, essa lei impõe ao Poder Público o
dever de assegurar às pessoas com deficiência “o pleno exercício de seus direitos básicos,
inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao
amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis,
propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico”, devendo, para tanto, “dispensar, no
âmbito de sua competência e finalidade, aos assuntos objetos desta lei, tratamento prioritário
e adequado, tendente a viabilizar, sem prejuízo de outras” medidas nela relacionadas (art. 2º e
respectivo parágrafo único) e que combinam com os direitos das pessoas com deficiência.
o decreto federal 3.298/1999 regulamenta a lei federal 7.853, de 24 de outubro de 1989, e
cria a Política nacional para integração da Pessoa com deficiência. Compreende o conjun-
to de orientações normativas que objetivam assegurar o pleno exercício dos seus direitos
individuais e sociais, estipulando ser obrigação dos órgãos e entidades do Poder Público
assegurar à pessoa com deficiência
o Pleno exeRCíCio de seus diReitos básiCos, inClusive dos diReitos
à eduCAção, à sAúde, Ao tRAbAlho, Ao desPoRto, Ao tuRisMo, Ao lA-
zeR, à PRevidênCiA soCiAl, à AssistênCiA soCiAl, Ao tRAnsPoRte, à
edifiCAção PúbliCA, à hAbitAção, à CultuRA, Ao AMPARo à infânCiA e à
MAteRnidAde, e de outRos que, deCoRRentes dA Constituição e dAs
leis, PRoPiCieM seu beM-estAR PessoAl, soCiAl e eConôMiCo (ARt. 2º).
a lei federal 10.098, de 19 de dezembro de 2000, “estabelece normas gerais e critérios
básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com
mobilidade reduzida, e dá outras providências”, regulamentada pelo decreto 5.296, de 2
de dezembro de 2004, que também regulamentou a lei federal 10.048, de 8 de novembro
4 o decreto 7.256, de 4 de
agosto de 2010, artigo 2º
do anexo i, define que a
Corde passa a ser secretaria
nacional de Promoção dos
direitos da Pessoa com
deficiência, da secretaria
de direitos humanos da
Presidência da república.
CoMpetênCIa ConstItUCIonaL para a proteção e InCLUsão Das pessoas CoM DeFICIênCIa 25
de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica.
a lei federal 12.587, de 3 de janeiro de 2012, que “institui as diretrizes da Política nacional
de mobilidade urbana”, dentre outras, faz referência expressa aos direitos das pessoas
com deficiência de “usufruir dos direitos dos usuários do sistema nacional de mobilidade
urbana”, como um dos objetivos propostos na norma.
a Constituição do estado de são Paulo também reserva capítulo específico sobre o dever
de o Poder Público garantir os direitos das pessoas com deficiência, dispondo, no artigo
277, o que se segue:
ARt. 277 CAbe Ao PodeR PúbliCo, beM CoMo à fAMíliA, AsseGuRAR à
CRiAnçA, Ao AdolesCente, Ao idoso e Aos PoRtAdoRes de defiCiên-
CiAs, CoM AbsolutA PRioRidAde, o diReito à vidA, à sAúde, à AliMen-
tAção, à eduCAção, Ao lAzeR, à PRofissionAlizAção, à CultuRA, à
diGnidAde, Ao ResPeito, à libeRdAde e à ConvivênCiA fAMiliAR e Co-
MunitáRiA, AléM de ColoCá-los A sAlvo de todA foRMA de neGliGên-
CiA, disCRiMinAção, exPloRAção, violênCiA, CRueldAde e AGRessão.
a lei 12.907, de 15 de abril de 2008, consolida a legislação relativa ao tema no estado
de são Paulo, não só regulando os direitos como, também, estabelecendo condições de
acesso e proteção integral à pessoa com deficiência.
Com essas considerações, é possível afirmar que não só a convenção internacional atua
como norma fundamental garantidora dos direitos das pessoas com deficiência, mas, tam-
bém, toda a legislação nacional e a estadual já existentes procuram garantir os direitos
fundamentais expressos nas normas em favor das pessoas com deficiência, e que devem
ser observadas e aplicadas.
não se pode deixar de reafirmar, diante da repartição de competências expressa na Constitui-
ção federal, o poder atribuído aos municípios de editarem seus próprios atos normativos, que,
também, se submetem às regras constitucionais, à convenção internacional, além de obser-
varem as leis federais e estaduais existentes, sem prejuízo de atuarem em campo de interesse
próprio, para que, assim, seus atos possam surtir os efeitos legais que deles se esperam.
no próximo item, serão apontados os direitos preconizados na convenção internacional,
agrupados conforme suas afinidades, e algumas possíveis ações dos municípios, respei-
tando-se, nesse processo de agir, a competência que lhe reservou o texto Constitucional.
LeVantaMento De LeGIsLação MUnICIpaL soBre o teMa
por soliCitação da seCretaria de estado dos direitos da Pessoa Com defiCiênCia
de são Paulo, no Período de outubro a dezembro de 2011, os 645 muniCíPios do es-
tado foram Contatados Para que enviassem ao CePam toda a legislação que trata
dos direitos das Pessoas Com defiCiênCia no território de Cada um. os Prefeitos
reCeberam ofíCio eletrôniCo, que foi seguido de reforço telefôniCo. resPonde-
ram 391 muniCíPios, indiCando se têm, ou não, legislação sobre os direitos das
Pessoas Com defiCiênCia. o material reCebido (anexos a ao d) Passou Por análises
quantitativas e maPeamento dos resultados, realizados nas seguintes etaPas:
identifiCAção e MAPeAMento dos MuniCíPios que ResPondeRAM;
identifiCAção dos MuniCíPios que disPõeM e que não PossueM leGislA-
ção sobRe o teMA;
elAboRAção de GRáfiCos e tAbelAs PARA Análise dos MuniCíPios do es-
tAdo de são PAulo, PoR fAixA PoPulACionAl e ReGião AdMinistRAtivA;
quAntifiCAção dos hAbitAntes do estAdo benefiCiAdos CoM leGislAção
nos MuniCíPios PARtiCiPAntes do levAntAMento;
distRibuição dAs leGislAções MuniCiPAis, PoR eixos/ARtiGos dA Conven-
ção inteRnACionAl;
Análise do MAteRiAl doCuMentAl, PoR etAPAs.
28 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
AnáLisE Do LEvAntAmEnto Dos muniCípios Com LEgisLAção
os 391 municípios que responderam ao levantamento representam 61% do total, enquanto
que os que deixaram de responder somam 254 municípios (39%). o percentual indica bom
nível de devolutiva (tabela 1).
a análise apresentada a seguir foi elaborada a partir das respostas dadas por 391 municí-
pios, dos quais 148, que representam 23% dos municípios paulistas, informaram possuir
legislação e a encaminharam. os outros 243, ou seja, 38%, responderam não possuir le-
gislação sobre o tema (tabela 1), lista que consta no anexo C.
tabela 1 – Levantamento dos municípios com legislação
municípios Quantidade %
com legislação 148 23%
sem legislação 243 38%
responderam 391 61%
não responderam 254 39%
total 645 100%
fontes: anexos a ao d
Para indicar a localização dos municípios que participaram do levantamento, foi elaborado
o mapa apresentado no anexo g, que traz as 148 localidades com legislação, as 243 sem
legislação, e as 254 que não responderam.
LeVantaMento De LeGIsLação MUnICIpaL soBre o teMa 29
muniCípios Com LEgisLAção, poR fAixA popuLACionAL
os municípios que responderam ao levantamento foram agrupados por faixas populacio-
nais5, da seguinte forma:
Até 25 Mil hAbitAntes;
de 25.001 A 100 Mil hAbitAntes;
de 100.001 A 300 Mil hAbitAntes;
ACiMA de 300 Mil hAbitAntes.
na tabela 2, verifica-se que a participação no levantamento, por faixa populacional, dos
municípios com população até 25 mil habitantes, teve a maior cobertura, com 70,1% do
total dos que responderam, seguidos da faixa de 25 a 100 mil, com 19,2%. a de 100 mil a
300 mil habitantes corresponde a 7,2% e, por fim, os municípios com mais de 300 mil, a
3,6%. a amostra obtida é muito significativa, permitindo que as análises realizadas possam
ser projetadas para o estado todo, com pequena margem de erro. a distribuição dos muni-
cípios que responderam é muito próxima, em termos percentuais, do total dos municípios
do estado.
tabela 2 – Municípios participantes do levantamento, por faixa populacional
faixa populacional (número de habitantes)
Quantidade de municípios do Estado de são paulo
%Quantidade de municípios participantes
%
até 25 mil 431 66,8% 274 70,1%
25 a 100 mil 139 21,6% 75 19,2%
100 mil a 300 mil 54 8,4% 28 7,2%
acima de 300 mil 21 3,3% 14 3,6%
total 645 100% 391 100%
fontes: anexos a ao d
5 distribuição usualmente
adotada pelo Cepam em
projetos desta natureza. os
dados populacionais são do
Censo ibge de 2010.
30 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
nos gráficos 1 e 2, é possível observar, em cada faixa populacional, quantos são os
municípios com e sem legislação, e os que não responderam. Por meio desses dados,
foi feita a análise dos municípios com legislação (tabela 3), e dos municípios sem le-
gislação (tabela 4).
gráfico 1 – Municípios por faixa populacional
Acima de 300 mil(21 municípios)
100 mil a 300 mil(54 municípios)
25 mil a 100 mil(139 municípios)
Até 25 mil habitantes(431 municípios)
12 2 7
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
21 7 26
57 18 64
58 216 157
0% 20% 40% 60% 80% 100%
gráfico 2 – Municípios por faixa populacional (em %)
Acima de 300 mil(21 municípios)
100 mil a 300 mil(54 municípios)
25 mil a 100 mil(139 municípios)
Até 25 mil habitantes(431 municípios)
57% 10% 33%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
39% 13% 48%
40% 13% 47%
13% 50% 37%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
LeVantaMento De LeGIsLação MUnICIpaL soBre o teMa 31
municípios com legislação
na tabela 3, verifica-se que o número de localidades, por faixa populacional, que concen-
tra mais municípios com legislação tem mais de 300 mil habitantes, pois, dos 21 municí-
pios que estão nessa faixa, 12 (57%) informaram que possuem legislação. em segundo
lugar, estão os municípios das faixas de 25 mil a 100 mil e de 100 mil a 300 mil habitantes,
representando, respectivamente, 40% dos relacionados nesta faixa, ou seja, 57 municí-
pios, de um total de 139 e 21 (39% do total) e, por fim, os municípios menores compõem
13% (58 municípios, de um total de 431, nessa faixa).
tabela 3 – Municípios com legislação
municípios com Legislação (por faixa populacional) Quantidade faixa (%)
até 25 mil 58 13%
25.001 até 100 mil 57 40%
100.001 até 300 mil 21 39%
acima de 300.001 12 57%
total 148 22%
fontes: anexos a ao d
municípios sem legislação
na tabela 4, observa-se que a maior concentração dos municípios sem legislação está na
faixa de população até 25 mil habitantes. são 216 (50%), do total da faixa, que soma 431
localidades. em seguida, estão as de 25 mil a 100 mil e de 100 mil a 300 mil, ambas com
percentual de 13% do total de cada faixa. na de 25 mil a 100 mil, estão 18 municípios, num
total de 139; de 100 mil a 300 mil apresenta sete municípios, do total de 54; por fim, acima
de 300 mil habitantes, há dois municípios, que representam 10%, do total de 21.
32 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
tabela 4 – Municípios sem legislação
municípios sem Legislação faixa (%)
até 25 mil 216 50%
25.001 até 100 mil 18 13%
100.001 até 300 mil 7 13%
acima de 300.001 2 10%
total 243 38%
fonte: anexo a ao d
os menores municípios, ou seja, aqueles com população até 25 mil habitantes, são os mais
desprovidos de legislação para garantia dos direitos das pessoas com deficiência.
muniCípios QuE pARtiCipARAm Do LEvAntAmEnto, poR
REgião ADministRAtivA
a análise por ra, quanto ao número de municípios que informaram possuir legislação pró-
pria sobre os direitos das pessoas com deficiência, está apresentada neste documento em
ordem decrescente de valor.
entre as que possuem os maiores percentuais (de 44% a 35%) aparecem as regiões de
sorocaba (44%), Campinas (38%) e Central (35%). outro grupo é composto por cinco ras,
com percentual que varia de 28% a 22%. são elas: Presidente Prudente (28%), barretos
(26%), região metropolitana (25%), franca e baixada santista (22%). no grupo formado
pelas ras de marília e ribeirão Preto, ambas registram um percentual de 16%. e, por fim,
as cinco regiões com percentual mais baixo, que varia de 9% a 2%, são: são josé do rio
Preto (9%), bauru e são josé dos Campos (8%), registro (7%) e araçatuba (2%).
a distribuição das respostas por região não invalida, estatisticamente, a projeção para
todo o estado (porque esta foi feita com base no porte populacional e, nas várias regiões,
LeVantaMento De LeGIsLação MUnICIpaL soBre o teMa 33
não há homogeneidade de distribuição desses portes populacionais), mas pode ser indi-
cativa de priorizações em eventuais ações futuras.
Regiões com o maior número de municípios com legislação
nos gráficos 3 a 10, que apresentam cada ra em ordem decrescente, separadamente, é
possível observar que a de sorocaba possui o maior número de municípios com legislação
(44%). Percentual composto por 35 municípios, num total de 79.
gráfico 3 – Municípios da Região Administrativa de Sorocaba (79 municípios)
Região Administrativa de Sorocaba
(2.805 mil habitantes)
83%
17%
0%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
44%
55%
1%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
35
143
fonte: anexos a ao d
a segunda é a região de Campinas (gráfico 4), que, do total de 90 municípios, 37 (41%)
apresentam legislação sobre os direitos das pessoas com deficiência. destaca-se, tam-
bém, que 47% (42 municípios) não responderam ao levantamento.
34 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
gráfico 4 – Municípios da Região Administrativa de Campinas (90 municípios)
58%
3%
39%
Região Administrativa de Campinas
(6.251 mil habitantes)
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
41%
12%
47%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
42
37
11
fontes: anexo a ao d
a terceira com maior número de legislação é a região Central, com 35%, representado por
nove municípios, num total de 26 (gráfico 5).
gráfico 5 – Municípios da Região Administrativa Central (26 municípios)
51%
2%
47%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
Região Administrativa Central
(952 mil habitantes)
35%
15%
50%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
13
4 9
fontes: anexos a ao d
LeVantaMento De LeGIsLação MUnICIpaL soBre o teMa 35
destaca-se que as regiões de Presidente Prudente e barretos apresentam, respectiva-
mente, 37 (70%) e 8 (42%) municípios que não possuem legislação sobre o tema (gráficos
6 e 7). em seguida, dentre os que possuem, a região de Presidente Prudente registra 15
municípios (28%).
gráfico 6 – Municípios da Região de Presidente Prudente (53 municípios)
55%
44%
1%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
Região Administrativa de Presidente Prudente
(833 mil habitantes)
28%
70%
2%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
15
137
fontes: anexos a ao d
a quinta região, no total de municípios que possuem legislação, é a de barretos, represen-
tado por cinco (26%) municípios, dentre 19.
36 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
gráfico 7 – Municípios da Região Administrativa de Barretos (19 municípios)
31%
35%
34%
Com legislação
sem legislação
não responderam
Região Administrativa de Barretos
(736 mil habitantes)
26%
42%
32%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
5
6
8
fontes: anexos a ao d
Para finalizar, a sexta região que possui mais municípios com legislação é a metropolitana
de são Paulo, com dez municípios (25%), de um total de 39 (gráfico 8).
gráfico 8 – Municípios na Região Metropolitana de São Paulo (39 municípios)
73%
11%
15%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
Região Metropolitana de São Paulo
(19.673 mil habitantes)
25%
26%
49%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam10
10
19
fontes: anexos a ao d
LeVantaMento De LeGIsLação MUnICIpaL soBre o teMa 37
Com 22% do total de municípios das respectivas regiões, aparece a de franca, com cinco,
e a da baixada santista, com dois. destaca-se que, da região da baixada santista, sete
municípios (78%) não responderam ao levantamento (gráficos 9 e 10).
gráfico 9 – Municípios da Região Administrativa de Franca (23 municípios)
66%
13%
21%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
Região Administrativa de Franca
(706 mil habitantes)
22%
35%
43%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
10
8
5
fontes: anexos a ao d
gráfico 10 – Municípios da Região Administrativa da Baixada Santista (9 municípios)
29%
71%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
Região Administrativa da Baixada Santista
(1.663 mil habitantes)
22%
78%
Com legislação
Não responderam
7
2
fontes: anexo a ao d
38 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Regiões com percentual mais baixo de municípios com legislação
representam 16%, as regiões de marília, com oito municípios, que indicaram possuir legisla-
ção, e de ribeirão Preto, em que quatro municípios possuem legislação (gráficos 11 e 12).
gráfico 11 – Municípios da Região Administrativa de Marília (51 municípios)
35%
45%
20%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
Região Administrativa de Marília
(941 mil habitantes)
16%
53%
31%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
8
16
27
fontes: anexos a ao d
gráfico 12 – Municípios da Região Administrativa de Ribeirão Preto (25 municípios)
Região Administrativa de Ribeirão Preto
(25 municípios)
59%
3%
37%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
Região Administrativa de Ribeirão Preto
(1.248 mil habitantes)
20%
20%
60%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
15
5 5
fontes: anexos a ao d
LeVantaMento De LeGIsLação MUnICIpaL soBre o teMa 39
apresentando menos de 10% dos municípios com legislação, aparecem as regiões de
são josé do rio Preto (9%), seguida por duas regiões com 8% – bauru e são josé dos
Campos. registro está logo abaixo, com 7%, e, por fim, a região de araçatuba (2%), re-
presentada por apenas um município, de um total de 43 (gráficos 13 a 17).
desse grupo, destaca-se que, na região de são josé do rio Preto, 69% dos municípios
não possuem legislação. outras que se destacaram por significativo percentual de não re-
torno ao levantamento, foram as de registro e araçatuba, ambas com 87%, equivalentes,
respectivamente, a 12 e 37 municípios.
gráfico 13 – Municípios na Região Administrativa de São José do Rio Preto (96 municípios)
20%
30%
50%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
Região Administrativa de São José do Rio Preto
(1.404 mil habitantes)
9%
69%
22%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
6621
9
fontes: anexos a ao d
40 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
gráfico 14 – Municípios da Região Administrativa de Bauru (39 municípios)
37%
8%
55%
Com legislação
Sem legislação
Não respondeu
Total
(1.054 mil habitantes)
8%
28%
64%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
25
113
fontes: anexos a ao d
gráfico 15 – Municípios da Região Administrativa de São José dos Campos (39 municípios)
Região Administrativa de São José dos Campos
(39 municípios)
33%
4%
63%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
Região Administrativa de São José dos Campos
(2.263 mil habitantes)
8%
18%
74%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
29
7 3
fontes: anexos a ao d
LeVantaMento De LeGIsLação MUnICIpaL soBre o teMa 41
gráfico 16 – Municípios da Região Administrativa de Registro (14 municípios)
7%
47%
46%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
Região Administrativa de Registro
(269 mil habitantes)
7%
7%
86%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
12
11
fontes: anexos a ao d
gráfico 17 – Municípios da Região Administrativa de Araçatuba (43 municípios)
8%
4%
88%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
Região Administrativa de Araçatuba
(43 municípios)
Região Administrativa de Araçatuba
(736 mil municípios)
2%
12%
86%
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
37
5 1
fontes: anexos a ao d
42 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
hABitAntEs, poR fAixA popuLACionAL, DE muniCípios Com LEgisLAção
foram levantadas as populações dos municípios que responderam possuir legislação so-
bre os direitos das pessoas com deficiência e comparadas com a população geral do
estado de são Paulo.
a população dos municípios com legislação equivale a 25 milhões de pessoas, o que
representa 61% do total de 41,2 milhões de habitantes do estado. os municípios sem le-
gislação somam 4,5 milhões de habitantes, o equivalente a 11% da população total e, por
fim, os que não responderam ao levantamento possuem 11,7 milhões de habitantes, o que
representa 28% do total.
os municípios que desenvolvem políticas para as pessoas com deficiência englobam 61%
dos habitantes do estado e os que responderam não possuir legislação sobre o tema de-
têm 11% dos habitantes.
tabela 5 – População dos municípios6 do levantamento da legislação
municípios do Estado população (em milhões) percentual
com legislação 25 61%
sem legislação 4,5 11%
não responderam 11,7 28%
total 41,2 100%
fontes: anexos a ao d
DistRiBuição DA popuLAção poR poRtE DE muniCípio
dos municípios que têm legislação sobre o tema, 0,7 milhão de habitantes estão na faixa
de até 25 mil habitantes; os de população até 2,8 milhões, na faixa de 25 mil a 100 mil ha-
bitantes; 3,5 milhões, na faixa de 100 mil a 300 mil habitantes; e 17,9 milhões, na faixa de
mais de 300 mil habitantes. a concentração dá-se com os 12 municípios na faixa acima de
300 mil habitantes, dos quais um é a cidade de são Paulo (gráfico 18).
6 dados populacionais do
Censo ibge de 2010.
LeVantaMento De LeGIsLação MUnICIpaL soBre o teMa 43
gráfico 18 – Classificação dos municípios que responderam ao levantamento, por faixa populacional
0
5
10
15
20
25
Com legislação
Sem legislação
Não responderam
Até 25 mil 25 mil a 100 mil 100 mil a 300 mil Acima de 300 mil Total
Faixas populacionais dos municípios (habitantes por faixa)
0,71,6 1,5
2,8
0,7
3,1 3,5
1,1
4,2
1,1
2,9
4,5
11,7
25
17,9M
ilhõe
s de
hab
itant
es
fontes: anexos a ao d
DIstrIBUIção Das LeIs por eIXo/artIGos Da ConVenção
As informações dos muniCíPios que resPonderam ao levantamento foram
ConsubstanCiadas em tabelas, Contidas nos anexos a ao d, estruturadas ini-
Cialmente em 12 temas, agruPados em função de CaraCterístiCas similares,
aPresentadas neste item, Para CumPrimento na legislação muniCiPal, e alguns
artigos da Convenção internaCional, Passando Pelos oito eixos (quadro 1).
Quadro 1 – Eixos/artigos e temas
Eixos Artigos da convenção temas
1 5o Igualdade e não discriminação Cidadania
2
6o Mulheres com deficiênciaGrupos especiais, Mulheres Conscientização
7o Crianças com deficiência
8o Conscientização
3
9o Acessibilidade Acessibilidade, Urbanismo
19Vida independente e inclusão na comunidade
Acessibilidade do transporte
20 Mobilidade pessoal Acessibilidade/Comunicação
21Liberdade de expressão e de opinião e acesso à informação
Habitação
4 24 Educação Educação
5 25Saúde
SaúdeHabilitação e reabilitação
6 27 Trabalho e emprego Trabalho/Emprego
7 28Padrão de vida e proteção social adequados
Assistência social
8 30Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte
Cultura, Lazer/Esporte
fontes: anexos a e b
46 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Eixos/ARtigos DA ConvEnção
nos municípios com legislação, por eixo (gráficos 19 e 20), observa-se que a legislação
que trata do conteúdo do eixo 3 – arts. 9o, 19, 20 e 21 –, consta em 107 municípios e
aborda acessibilidade; vida independente e inclusão na comunidade; mobilidade pessoal,
e liberdade de expressão e de opinião; e acesso à informação. destaca-se que aparecem
ainda as leis de acessibilidade aos transportes e ao meio urbano, aspectos importantes,
porque, com o acesso garantido, é possível viabilizar os demais eixos da política.
em 88 municípios aparece o eixo 1, que trata do art. 5o – da igualdade e não discriminação.
entende-se que o atendimento a esse eixo revela a consciência da importância de garantir
a cidadania das pessoas com deficiência, um dos pilares de uma política.
em terceiro e quarto lugares, aparecem as leis do eixo 6, a respeito do art. 27 – trabalho
e emprego –, cujos temas foram tratados em 46 municípios; e o eixo 2, que trata dos arts.
6o, 7o e 8o – mulheres com deficiência, crianças com deficiência e conscientização –, em
43 municípios.
os quatros eixos menos tratados nas leis são os 7, 4, 8 e 5. o eixo 7, sobre o art. 28 – pa-
drão de vida e proteção social adequados –, aparece em 35 municípios; seguido do eixo 4,
que trata do art. 24 – educação –, considerado em 33 municípios; e, por fim, o eixo 8 – art.
30, participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte –, em 31 municípios, e o
eixo 5 – composto pelos arts. 25, saúde, e 26, habilitação e reabilitação – foi citado por 22
localidades.
DIstrIBUIção Das LeIs por eIXo/artIGos Da ConVenção 47
gráfico 19 – Total de municípios com legislação, por eixo
0
20
40
60
80
100
120
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
88
43
107
33
22
46
3531
Total de Municípios
fontes: anexos a ao d
gráfico 20 – Percentual de municípios com legislação, por eixo
0 %
10 %
20 %
30 %
40 %
50 %
60 %
70 %
80 %
90 %
100 %
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
22,5 %
11 %
27,4 %
8,4 %5,6 %
11,8 %9 % 7,9 %
Total de Municípios
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
Cidadania/ Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/ Transporte
Educação SaúdeTrabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
0 %
10 %
20 %
30 %
40 %
50 %
60 %
70 %
80 %
90 %
100 %
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
22,5 %
11 %
27,4 %
8,4 %5,6 %
11,8 %9 % 7,9 %
Total de Municípios
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
Cidadania/ Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/ Transporte
Educação SaúdeTrabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
fontes: anexo a ao d
48 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
DistRiBuição Dos Eixos, poR REgião ADministRAtivA
Para a leitura da distribuição dos eixos/artigos da Convenção sobre os direitos das Pesso-
as com deficiência, foram levantados os temas tratados nos municípios e preparados 15
mapas (anexos e a s), que o detalham por ra.
DistRiBuição Dos Eixos, poR fAixA popuLACionAL
as tabelas 6 a 8 e os gráficos 21 a 28 demonstram a quantidade de municípios que res-
ponderam possuir ou não legislação sobre cada eixo/artigos da Convenção sobre os di-
reitos das Pessoas com deficiência, e quanto, em números percentuais, cada eixo/direitos
representa em relação à quantidade de leis existentes por município, considerando, em
cada um, o porte populacional no estado de são Paulo.
das amostras coletadas, foi possível constatar que, nos municípios cujo porte populacio-
nal está na faixa de até 25 mil habitantes, é muito baixo o índice de leis existentes em todos
os eixos/direitos (gráficos 21 e 22).
tabela 6 – Perfil da amostra por porte populacional
Porte/ Habitantes
Amostra Pesquisada
Não responderam
Total EstadoSem
legislaçãoCom
legislaçãoTotal % Estado
1. Até 25 mil 216 58 274 63,6% 157 431
2. De 25.001 a 100 mil
18 57 75 54,0% 64 139
3. De 100.001 a 300 mil
7 21 28 51,9% 26 54
4. Acima de 300 mil
2 12 14 66,7% 7 21
Totais 243 148 391 60,6% 254 645
fontes: anexos a ao d
DIstrIBUIção Das LeIs por eIXo/artIGos Da ConVenção 49
tabela 7 – Quantidade de municípios com legislação, por porte populacional e eixos
Distribuição por Eixos e Porte - Dados Brutos
Porte/Habitantes Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
1. Até 25 mil 25 9 33 4 2 7 10 2
2. De 25.001 a 100.000
35 19 45 12 9 21 15 10
3. De 100.001 a 300 mil
17 8 18 8 7 10 5 11
4. Acima de 300 mil
11 7 11 9 4 8 5 8
Total 88 43 107 33 22 46 35 31
fontes: anexos a ao d
tabela 8 – Percentual de municípios com legislação, por porte populacional e eixos
Distribuição por Eixos e Porte - Dados Percentuais
Porte/Habitantes Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
1. Até 25 mil 9,1% 3,3% 12,0% 1,5% 0,7% 2,6% 3,6% 0,7%
2. De 25.001 a
100 mil46,7% 25,3% 60,0% 16,0% 12,0% 28,0% 20,0% 13,3%
3. De 100.001 a
300 mil60,7% 28,6% 64,3% 28,6% 25,0% 35,7% 17,9% 39,3%
4. Acima de
300 mil91,7% 58,3% 91,7% 75,0% 33,3% 66,7% 41,7% 66,7%
Total 22,5% 11,0% 27,4% 8,4% 5,6% 11,8% 9,0% 7,9%
fontes anexos a ao d
50 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
municípios com Legislação – porte populacional 1 (até 25 mil habitantes)
gráfico 21 – Total de municípios com legislação até 25 mil habitantes
0
5
10
15
20
25
30
35
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
25
9
33
4
2
7
10
2
Municípios até 25 mil habitantes
fontes: anexos a e b
gráfico 22 – Percentual de municípios com legislação (até 25 mil habitantes)
0 %
10 %
20 %
30 %
40 %
50 %
60 %
70 %
80 %
90 %
100 %
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
Municípios até 25 mil habitantes
9,1 %
3,3 %
12 %
1,5 % 0,7 % 2,6 % 3,6 %0,7 %
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
Cidadania/ Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/ Transporte
Educação SaúdeTrabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
0 %
10 %
20 %
30 %
40 %
50 %
60 %
70 %
80 %
90 %
100 %
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
Municípios até 25 mil habitantes
9,1 %
3,3 %
12 %
1,5 % 0,7 % 2,6 % 3,6 %0,7 %
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
Cidadania/ Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/ Transporte
Educação SaúdeTrabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
fontes: anexos ao d
DIstrIBUIção Das LeIs por eIXo/artIGos Da ConVenção 51
municípios com Legislação – porte populacional 2 (de 25.001 a 100 mil habitantes)
gráfico 23 – Total de municípios com legislação (de 25.001 a 100 mil habitantes)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
35
19
45
12
9
21
15
10
Municípios de 25.001 a 100 mil habitantes
fontes: anexos a ao d
gráfico 24 – Percentual de municípios com legislação (de 25.001 a 100 mil habitantes)
0 %
10 %
20 %
30 %
40 %
50 %
60 %
70 %
80 %
90 %
100 %
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
46,7 %
25,3 %
60 %
16 %12 %
28 %
20 %
13,3 %
Municípios de 25.001 a 100 mil habitantes
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
Cidadania/ Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/ Transporte
Educação SaúdeTrabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
0 %
10 %
20 %
30 %
40 %
50 %
60 %
70 %
80 %
90 %
100 %
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
Municípios até 25 mil habitantes
9,1 %
3,3 %
12 %
1,5 % 0,7 % 2,6 % 3,6 %0,7 %
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
Cidadania/ Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/ Transporte
Educação SaúdeTrabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
fontes: anexos a ao d
52 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
municípios com Legislação – porte populacional 3 (de 100 mil a 300 mil habitantes)
gráfico 25 – Total de municípios com legislação (de 100.001 a 300 mil habitantes)
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
17
8
18
87
10
5
11
Municípios de 100.001 a 300 mil habitantes
fontes: anexos a ao d
gráfico 26 – Percentual de municípios com legislação 100.001 a 300 mil habitantes
0 %
10 %
20 %
30 %
40 %
50 %
60 %
70 %
80 %
90 %
100 %
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
60,7 %
28,6 %
64,3 %
28,6 %25 %
35,7 %
17,9 %
39,3 %
Municípios de 100.001 a 300 mil habitantes
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
Cidadania/ Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/ Transporte
Educação SaúdeTrabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
0 %
10 %
20 %
30 %
40 %
50 %
60 %
70 %
80 %
90 %
100 %
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
60,7 %
28,6 %
64,3 %
28,6 %25 %
35,7 %
17,9 %
39,3 %
Municípios de 100.001 a 300 mil habitantes
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
Cidadania/ Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/ Transporte
Educação SaúdeTrabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
fontes: anexos a ao d
DIstrIBUIção Das LeIs por eIXo/artIGos Da ConVenção 53
municípios com Legislação – porte populacional 4 (acima de 300 mil habitantes)
gráfico 27 – Total de municípios com legislação (acima de 300 mil habitantes)
0
2
4
6
8
10
12
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
11
7
11
9
4
8
5
8
Municípios com mais de 300 mil habitantes
fontes: anexos a ao d
gráfico 28 – Percentual de municípios com legislação (acima de 300 mil habitantes)
0 %
10 %
20 %
30 %
40 %
50 %
60 %
70 %
80 %
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
78,6 %
50 %
78,6 %
64,3 %
28,6 %
57,1 %
35,7 %
57,1 %
Municípios com mais de 300 mil habitantes
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
Cidadania/ Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/ Transporte
Educação SaúdeTrabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
0 %
10 %
20 %
30 %
40 %
50 %
60 %
70 %
80 %
90 %
100 %
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
60,7 %
28,6 %
64,3 %
28,6 %25 %
35,7 %
17,9 %
39,3 %
Municípios de 100.001 a 300 mil habitantes
Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4 Eixo 5 Eixo 6 Eixo 7 Eixo 8
Cidadania/ Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/ Transporte
Educação SaúdeTrabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
fontes: anexos a ao d
eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL: LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
o artigo 4º, item C, da Convenção internaCional, determina que se deve “le-
var em Conta, em todos os Programas e PolítiCas, a Proteção dos direitos hu-
manos das Pessoas Com defiCiênCia”. as Considerações sobre os artigos que
tratam dos direitos e garantias Passíveis de ser objeto de atos normativos
dos muniCíPios foram agruPados em oito eixos.
eixo 1: diReitos CitAdos no ARtiGo 5º, que tRAtA dA iGuAldAde e não dis-
CRiMinAção dAs PessoAs CoM defiCiênCiA;
eixo 2: diReitos ARRolAdos nos ARtiGos 6º e 7º, que se RelACionAM CoM
os teMAs dAs MulheRes e CRiAnçAs CoM defiCiênCiA; e no ARtiGo 8o,
que tRAtA dA ConsCientizAção;
eixo 3: diReitos enuMeRAdos nos ARtiGos 9º e 19 A 21, sobRe, ResPeCti-
vAMente, ACessibilidAde; vidA indePendente e inClusão nA CoMunidAde;
MobilidAde PessoAl; e libeRdAde de exPRessão e de oPinião e ACesso
à infoRMAção;
eixos 4-8: diReitos ARRolAdos, ResPeCtivAMente, nos ARtiGos 24 A
28 e 30, e que PRoMoveM o ACesso à eduCAção; sAúde, hAbilitAção e
56 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
ReAbilitAção; tRAbAlho e eMPReGo; PAdRão de vidA e PRoteção
soCiAl AdequAdos; e PARtiCiPAção nA vidA CultuRAl e eM ReCRe-
Ação, lAzeR e esPoRte.
é importante frisar que os direitos destacados da convenção internacional, como apre-
sentado no quadro 2, têm por meta promover a dignidade da pessoa humana inerente ao
grupo de indivíduos com deficiência, motivo pelo qual a intervenção do município, para
garantir esses direitos, como segue analisado, será tomada em razão das disposições
constitucionais que a regulam, e indicado, como exemplo, o respectivo modo de agir,
em consonância com o tipo de competência reservada pela Constituição federal e, tão
somente, nas matérias em que é possível a esse ente federativo efetivar as medidas con-
cretas e necessárias nesse assunto.
Quadro 2 – Eixos e artigos da convenção
Eixos Artigos
1 5o Igualdade e não discriminação
2
6o Mulheres com deficiência
7o Crianças com deficiência
8o Conscientização
3
9o Acessibilidade
19 Vida independente e inclusão na comunidade
20 Mobilidade pessoal
21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso à informação
4 24 Educação
525 Saúde
26 Habilitação e reabilitação
6 27 Trabalho e emprego
7 28 Padrão de vida e proteção social adequados
8 30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte
fonte: Convenção internacional sobre os direitos das Pessoas com deficiência
57eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
Para obter a atuação municipal em cada eixo, foram escolhidos 16 municípios a serem
observados, conforme os passos descritos a seguir.
inicialmente, definiu-se uma amostra (10%) composta de 14 municípios, do total de 148
que responderam ao levantamento confirmando possuírem legislação. garantiu-se a dis-
tribuição deste nos diferentes portes populacionais. assim, foram separados em quatro
faixas populacionais (até 25 mil habitantes, de 25 mil a 100 mil, de 100 mil a 300 mil e
acima de 300 mil habitantes). Para garantir que cada faixa tivesse o mesmo número de
municípios, a amostra passou, então, para 16 municípios (11%), com quatro deles em faixa
populacional diferente.
Por faixa populacional, com base no Censo de 2010, divulgado pelo ibge, foram escolhi-
dos os seguintes municípios:
• até 25 mil habitantes – estiva gerbi, nazaré Paulista, ribeirão bonito, santo antônio
de Posse;
• de 25.001 a 100 mil habitantes – itapeva, jales, Paulínia, ubatuba;
• de 100.001 a 300 mil habitantes – araraquara, botucatu, marília, santana de Parnaíba;
• acima de 300 mil habitantes – franca, Piracicaba, ribeirão Preto, santos.
nos próximos itens, são apontados os direitos preconizados na convenção internacional,
agrupados conforme suas afinidades, e algumas possíveis ações dos municípios, respeitan-
do-se, nesse processo de agir, a competência que lhes reservou o texto Constitucional.
58 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Eixo 1 – iguALDADE E não DisCRiminAção
ARtiGo 5o iGuAldAde e não disCRiMinAção
1. os estAdos PARtes ReConheCeM que todAs As PessoAs são
iGuAis PeRAnte e sob A lei e que fAzeM jus, seM quAlqueR disCRiMi-
nAção, A iGuAl PRoteção e iGuAl benefíCio dA lei.
2. os estAdos PARtes PRoibiRão quAlqueR disCRiMinAção bAseA-
dA nA defiCiênCiA e GARAntiRão às PessoAs CoM defiCiênCiA iGuAl
e efetivA PRoteção leGAl ContRA A disCRiMinAção PoR quAlqueR
Motivo.
3. A fiM de PRoMoveR A iGuAldAde e eliMinAR A disCRiMinAção, os
estAdos PARtes AdotARão todAs As MedidAs APRoPRiAdAs PARA GA-
RAntiR que A AdAPtAção RAzoável sejA ofeReCidA.
4. nos teRMos dA PResente Convenção, As MedidAs esPeCífiCAs
que foReM neCessáRiAs PARA ACeleRAR ou AlCAnçAR A efetivA
iGuAldAde dAs PessoAs CoM defiCiênCiA não seRão ConsideRAdAs
disCRiMinAtóRiAs.
inaugurando o capítulo dos direitos e garantias das pessoas com deficiência, a convenção
internacional, no artigo 5o, indica a igualdade e a não discriminação, no sentido de que todas
as pessoas são iguais perante a lei e que fazem jus, sem qualquer discriminação, à igual
proteção e benefício da lei, sendo proibida qualquer discriminação baseada na deficiência.
Como corolário dessa igualdade, e forma de promover a igualdade e a não discriminação, a
norma convencional impõe aos estados partes a adoção de todas as medidas apropriadas
para garantir que a adaptação razoável seja oferecida, deixando assentado que todas as
medidas específicas, que forem necessárias para acelerar ou alcançar a efetiva igualdade
dessas pessoas, não serão consideradas discriminatórias.
59eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
a igualdade entre todos, como já anotado em item anterior, é garantia também consagrada
na Constituição federal (artigo 5º, caput), igualmente indicada na convenção internacional,
como um princípio a ser observado nas relações que envolvam os direitos das pessoas
com deficiência.
ressalta-se, contudo, que o princípio da igualdade é dirigido a todas as pessoas, indistin-
tamente, tal como anotado no artigo 5º da Constituição federal.
a par disso, a doutrina, ao analisar o alcance da igualdade, assenta que o termo “igualda-
de”, decorrente da sua origem clássico-grega7, abrange, inclusive, a palavra “justo”.
assim, é possível observar a existência de uma igualdade fundamental, “que nos insere
na espécie humana, e há uma desigualdade, também fundamental, que nos põe como
indivíduo e como pessoa,” como bem apontado por Calmon de Passos na obra de sousa
júnior (2011, p. 72).
as pessoas, não obstante iguais, em razão de sua natureza humana, ostentam, individual-
mente, suas próprias peculiaridades, isto é, seus distintivos modos de agir, pensar e se ex-
pressar. daí que o princípio da igualdade, para Calmon de Passos (apud sousa júnior,
2011, p. 72) consiste:
nA PRoCuRA e definição dos fAtoRes exteRnos MediAnte os quAis
se Pode teR uMA “MoedA” PolítiCA que PeRMitA iGuAlAR hoMens es-
senCiAlMente difeRentes, sob inúMeRos AsPeCtos, tAnto biolóGi-
CA quAnto PsiColoGiCAMente, tAnto eM teRMos MAteRiAis quAnto
eM diMensão CultuRAl. A disCRiMinAção é A utilizAção de “MoedA
fAlsA” PARA esse inteRCâMbio juRídiCo-PolítiCo, que está vetAdo
Pelo PRinCíPio de não disCRiMinAção.
a não discriminação, portanto, está associada ao princípio da igualdade, em sua vertente
igualdade em direitos, ou igualdade perante a lei, que, de certa forma, indica vedações
a quaisquer práticas discriminatórias injustificadas. Por causa disso, o referido princípio
7 a palavra grega
isos significa
“igual”, “mesmo”,
“correspondente”,
“justo”. (sousa
júnior, 2011, p. 72).
60 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
ultrapassa a ideia de igualdade perante a lei, pois traz a ideia de usufruto dos direitos fun-
damentais por todos os indivíduos.
dessa forma, como anotado na obra citada, “o princípio da não discriminação seria uma
das vertentes do princípio da igualdade sob a forma de igualdade material (igualdade na
lei), muito embora haja também a igualdade formal (igualdade perante a lei)”. Conceituando
as distintas formas de igualdade, remetemo-nos à explanação de roger raupp rios (apud
sousa júnior, p. 73):
A iGuAldAde PeRAnte A lei (iGuAldAde foRMAl) diz ResPeito à iGuAl
APliCAção do diReito viGente seM distinção CoM bAse no destinA-
táRio dA noRMA juRídiCA, sujeito Aos efeitos juRídiCos deCoRRen-
tes dA noRMAtividAde existente; A iGuAldAde nA lei (iGuAldAde MA-
teRiAl), PoR suA vez, exiGe A iGuAldAde de tRAtAMento dos CAsos
iGuAis Pelo diReito viGente, beM CoMo A difeRenCiAção no ReGiMe
noRMAtivo eM fACe de hiPóteses distintAs.
Cumpre observar, ainda, conforme josé afonso silva (apud sousa júnior, 2011, p. 74),
no que toca à igualdade formal, que a esta
CoRResPondeRiA o Advento de obRiGAções nA APliCAbilidAde dAs
noRMAs juRídiCAs GeRAis Aos CAsos ConCRetos, isto é, seRiA uMA
exiGênCiA feitA A todos Aqueles que APliCAM As noRMAs juRídiCAs
GeRAis Aos CAsos ConCRetos. deve seR RessAltAdo tAMbéM que
iGuAldAde MAteRiAl exiGe que, nAs noRMAs juRídiCAs, não hAjA
distinções que não sejAM AutoRizAdAs PelA PRóPRiA Constitui-
ção (...). seRiA uMA exiGênCiA diRiGidA tAnto àqueles que CRiAM As
noRMAs juRídiCAs GeRAis CoMo àqueles que As APliCAM Aos CA-
sos ConCRetos.
61eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
dessa forma, a igualdade material tem em mira a aplicação da norma a todos os indivíduos,
com a preocupação de estabelecer um tratamento equânime e uniformizado para todos os
cidadãos, na busca pela fruição dos seus direitos, a fim de que suas individualidades pos-
sam ser respeitadas. a igualdade formal, por sua vez, preocupa-se com a aplicação pura
da letra da lei, sem considerar as diferenças e os atributos inerentes a cada ser humano.
lutiana lorentz (apud sousa júnior, 2011, p. 74), faz referência à igualdade
CoMo noRMA ConstituCionAl, tendo eM vistA que elA deve seR
lidA CoMo A obRiGAtoRiedAde de tRAtAMento isonôMiCo A todos
os CidAdãos, Ao MesMo teMPo eM que PossibilitA tRAtAMentos di-
feRenCiAdos A PessoAs ou GRuPos que, PoR suA quAlidAde dife-
RenCiAl ou equilíbRio fátiCo eM RelAção Ao Resto dA soCiedAde,
neCessitAM de uM tRAtAMento difeRenCiAdo, justAMente PoRque
iGuAldAde PRessuPõe o ResPeito e A PReseRvAção dAs difeRençAs
individuAis e GRuPAis ou dA diveRsidAde que é ineRente à nAtuRezA
huMAnA.
assim, é perfeitamente possível entender as disposições inseridas no artigo 5º da conven-
ção internacional, sobretudo o contido no seu item 4, que, expressamente, estabelece que
“não serão consideradas discriminatórias as medidas específicas que forem necessárias
para acelerar ou alcançar a efetiva igualdade das pessoas com deficiência”, já que o termo
igualdade, seguindo o vocabulário clássico grego, como apontado por arion romita (apud
sousa júnior, 2011) abrange, e também vem a significar, aquilo que é “justo”.
Por isso, todos os direitos das pessoas com deficiência incluídos na convenção interna-
cional estão relacionados uns com os outros, em decorrência do princípio básico que rege
toda a estrutura normativa desses direitos, na busca pela total e incondicional igualdade
de oportunidades e garantia da não discriminação, como meio e forma de bem realizar a
paz, que é fruto da justiça, seja em que situação estejam os respectivos grupos de pessoas
com deficiência.
62 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio
respeitando-se as diretrizes constitucionais, convencionais e legais vigentes, no intuito
de garantir a igualdade e a não discriminação, o município poderá tomar iniciativas para:
• Promover a divulgação do direito ao atendimento prioritário às pessoas com deficiên-
cia, nos órgãos da administração Pública municipal, nas empresas prestadoras de ser-
viço público, nos serviços de saúde e nos serviços privados, a exemplo das instituições
financeiras;
• garantir a instalação de assentos de uso preferencial sinalizados;
• investir na capacitação do servidor para atender às pessoas com deficiência e mobili-
dade reduzida;
• Cobrar, da iniciativa privada, a obrigatoriedade da capacitação do pessoal para atender
as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida;
• Capacitar pessoal para a comunicação em língua brasileira de sinais (libras).
AtuAção LEgisLAtivA muniCipAL
da legislação municipal coletada, foi possível observar a existência de atos normativos
sobre os assuntos tratados nesse eixo, considerando, em termos populacionais, os mu-
nicípios que responderam ter legislações sobre os direitos das pessoas com deficiência,
comparado ao total do estado, como seguem.
63eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
itapeva
Lei 1.289/1998 – define o conceito de pessoa portadora de deficiência para fins da con-
cessão de benefício, prioridade e equiparação de oportunidades sociais no âmbito do
município de iitapeva (sP), conforme especifica.
Ribeirão preto
Lei 9.106/2001 – legislação complementar e/ou regulamentadora: 076/2001, dispõe sobre
a ação do município no combate às práticas discriminatórias de qualquer natureza, em seu
território.
Lei 9.559/2002 – Proíbe qualquer forma de discriminação no acesso aos elevadores de to-
dos os edifícios públicos municipais, ou particulares, comerciais, industriais e residenciais,
multifamiliares, existentes no município de ribeirão Preto.
ubatuba
Lei 2.776/2006 – garante o ingresso e permanência de cães-guia de pessoas portadoras
de deficiência visual, em locais de acesso público.
64 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Eixo 2 – muLhEREs Com DEfiCiênCiA; CRiAnçAs Com DEfiCiênCiA;
ConsCiEntizAção
ARtiGo 6º MulheRes CoM defiCiênCiA
1. os estAdos PARtes ReConheCeM que As MulheRes e MeninAs
CoM defiCiênCiA estão sujeitAs A MúltiPlAs foRMAs de disCRiMinA-
ção e, PoRtAnto, toMARão MedidAs PARA AsseGuRAR às MulheRes
e MeninAs CoM defiCiênCiA o Pleno e iGuAl exeRCíCio de todos os
diReitos huMAnos e libeRdAdes fundAMentAis.
2. os estAdos PARtes toMARão todAs As MedidAs APRoPRiAdAs
PARA AsseGuRAR o Pleno desenvolviMento, o AvAnço e o eMPo-
deRAMento dAs MulheRes, A fiM de GARAntiR-lhes o exeRCíCio e o
Gozo dos diReitos huMAnos e libeRdAdes fundAMentAis estAbele-
Cidos nA PResente Convenção.
ARtiGo 7º CRiAnçAs CoM defiCiênCiA
1. os estAdos PARtes toMARão todAs As MedidAs neCessáRiAs PARA
AsseGuRAR às CRiAnçAs CoM defiCiênCiA o Pleno exeRCíCio de to-
dos os diReitos huMAnos e libeRdAdes fundAMentAis, eM iGuAldA-
de de oPoRtunidAdes CoM As deMAis CRiAnçAs.
2. eM todAs As Ações RelAtivAs às CRiAnçAs CoM defiCiênCiA, o su-
PeRioR inteResse dA CRiAnçA ReCebeRá ConsideRAção PRiMoRdiAl.
3. os estAdos PARtes AsseGuRARão que As CRiAnçAs CoM defiCiên-
CiA tenhAM o diReito de exPRessAR livReMente suA oPinião sobRe
todos os Assuntos que lhes disseReM ResPeito, tenhAM A suA
oPinião devidAMente vAloRizAdA de ACoRdo CoM suA idAde e MAtu-
RidAde, eM iGuAldAde de oPoRtunidAdes CoM As deMAis CRiAnçAs,
65eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
e ReCebAM AtendiMento AdequAdo à suA defiCiênCiA e idAde, PARA
que PossAM exeRCeR tAl diReito.
ARtiGo 8º ConsCientizAção
1. os estAdos PARtes se CoMPRoMeteM A AdotAR MedidAs iMediA-
tAs, efetivAs e APRoPRiAdAs PARA:
A) ConsCientizAR todA A soCiedAde, inClusive As fAMíliAs, sobRe
As Condições dAs PessoAs CoM defiCiênCiA e foMentAR o ResPeito
Pelos diReitos e PelA diGnidAde dAs PessoAs CoM defiCiênCiA;
B) CoMbAteR esteReótiPos, PReConCeitos e PRátiCAs noCivAs eM
RelAção A PessoAs CoM defiCiênCiA, inClusive Aqueles RelACionA-
dos A sexo e idAde, eM todAs As áReAs dA vidA;
C) PRoMoveR A ConsCientizAção sobRe As CAPACidAdes e ContRi-
buições dAs PessoAs CoM defiCiênCiA.
2. As MedidAs PARA esse fiM inClueM:
A) lAnçAR e dAR ContinuidAde A efetivAs CAMPAnhAs de ConsCien-
tizAção PúbliCAs, destinAdAs A:
i. fAvoReCeR Atitude ReCePtivA eM RelAção Aos diReitos dAs Pes-
soAs CoM defiCiênCiA;
ii. PRoMoveR PeRCePção PositivA e MAioR ConsCiênCiA soCiAl eM
RelAção às PessoAs CoM defiCiênCiA;
66 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
iii. PRoMoveR o ReConheCiMento dAs hAbilidAdes, dos MéRitos e
dAs CAPACidAdes dAs PessoAs CoM defiCiênCiA e de suA ContRibui-
ção Ao loCAl de tRAbAlho e Ao MeRCAdo lAboRAl;
B) foMentAR eM todos os níveis do sisteMA eduCACionAl, inCluin-
do neles todAs As CRiAnçAs desde tenRA idAde, uMA Atitude de
ResPeito PARA CoM os diReitos dAs PessoAs CoM defiCiênCiA;
C) inCentivAR todos os óRGãos dA MídiA A RetRAtAR As PessoAs
CoM defiCiênCiA de MAneiRA CoMPAtível CoM o PRoPósito dA PRe-
sente Convenção;
D) PRoMoveR PRoGRAMAs de foRMAção sobRe sensibilizAção A
ResPeito dAs PessoAs CoM defiCiênCiA e sobRe os diReitos dAs
PessoAs CoM defiCiênCiA.
Para que a inclusão social das pessoas com deficiência seja plena, é fundamental que haja
conscientização e respeito por parte da população, que deve estar preparada para lidar
com as vicissitudes daquele grupo.
dentre o grupo de deficiências, há que se ter um olhar mais atento a outras pessoas, como
aquelas sujeitas a outras formas de discriminação, cujas condições de vulnerabilidade são
bem mais acentuadas, como mulheres e crianças, e que, por isso, merecem especial aten-
ção quando forem propostas medidas de conscientização.
vale ressaltar que o brasil promulgou, por meio do decreto 3.956, de 8 de outubro de 2001,
a Convenção interamericana para a eliminação de todas as formas de discriminação Con-
tra as Pessoas Portadoras de deficiência.
67eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
dentre outros compromissos, o brasil assumiu para si a responsabilidade internacional
de garantir o cumprimento de medidas, seja das autoridades governamentais e/ou enti-
dades privadas,
PARA eliMinAR PRoGRessivAMente A disCRiMinAção e PRoMoveR A
inteGRAção nA PRestAção ou foRneCiMento de bens, seRviços,
instAlAções, PRoGRAMAs e AtividAdes, tAis CoMo o eMPReGo, o
tRAnsPoRte, As CoMuniCAções, A hAbitAção, o lAzeR, A eduCAção,
o esPoRte, o ACesso à justiçA e Aos seRviços PoliCiAis e As Ativi-
dAdes PolítiCAs e de AdMinistRAção (ARt. 3º, i, a).
no que concerne à mulher com deficiência, deverão ser observadas as convenções inter-
nacionais firmadas pelo País relativas ao assunto, quais sejam: Convenção sobre a elimi-
nação de todas as formas de violência contra a mulher (decreto 4.377/2002) e Conven-
ção de belém do Pará (decreto 107/1995). no tocante à criança, o município, ao legislar,
deve observar, no plano internacional, a Convenção sobre os direitos da Criança (decreto
28/1990), e, no plano nacional, o estatuto da Criança e do adolescente (lei 8.069/1990).
o passo inicial destinado a servir como locus para o exercício da cidadania desse público-
alvo é a criação de um Conselho municipal da Pessoa com deficiência, que poderá propor
políticas voltadas a esse grupo de pessoas.
o artigo 4º do decreto 5.296/2004 confere legitimidade aos conselhos das pessoas com
deficiência para acompanhar e sugerir medidas para o cumprimento dos requisitos ne-
cessários ao atendimento dos direitos desse público, principalmente para que sejam
observadas as normas gerais e os critérios básicos para a promoção da acessibilidade.
68 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio
o município encontra vasto campo de atuação para:
• Criar conselho para defesa dos direitos da pessoa com deficiência;
• Instituir datas comemorativas de conscientização;
• Divulgar as leis e normas de acessibilidade;
• Garantir o cumprimento da Lei federal 11.126/2005, regulamentada pelo Decreto
5.904/2006, que dispõe sobre o direito da pessoa com deficiência visual, que tenha um
cão-guia, poder ingressar e permanecer com o animal em ambientes de uso coletivo;
• Capacitar os funcionários públicos para o atendimento especializado;
• Oferecer cursos para a população em geral interessada em aprender Libras, promovendo
a sua difusão;
• Desenvolver atividades para eliminar as barreiras atitudinais com a comunidade e os
órgãos públicos;
• fiscalizar entidades privadas e de particulares quanto ao cumprimento de normas de
atendimento prioritário; e
• garantir o atendimento às normas de acessibilidade, podendo, inclusive, impor sanções
ao descumprimento (observando, nesse particular, o disposto no decreto 5.296/2004).
AtuAção LEgisLAtivA muniCipAL
da legislação municipal coletada, foi possível observar atos normativos sobre os as-
suntos tratados nesse eixo, considerando, em termos populacionais, os municípios que
69eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
responderam ter legislações sobre os direitos das pessoas com deficiência, comparado
ao total do estado, como seguem.
Estiva gerbi
Lei 098/1994 – dispõe sobre o atendimento preferencial de gestantes, mães com crianças
de colo, idosos e deficientes em estabelecimentos comerciais, de serviços similares, e dá
outras providências.
itapeva
Lei 1.263/1998 – institui a semana de Prevenção às deficiências (21 a 28 de agosto).
piracicaba
Lei 6.097/2007 – reconhece, no âmbito do município de Piracicaba, a língua brasileira de
sinais (libra), como língua de instrução e meio de comunicação objetiva de uso corrente
da comunidade das pessoas com deficiência auditiva, e dá outras providências.
Lei 6.184/2008 – dispõe sobre a instalação de brinquedos adaptados às necessidades de
crianças com deficiência, nos parques e áreas de lazer no município de Piracicaba.
Ribeirão Bonito
Lei 2.055/2009 – dispõe sobre a entrega gratuita domiciliar de medicamentos de uso con-
tínuo às pessoas com deficiência motora, multideficiência profunda com dificuldade de
locomoção e idosos.
Ribeirão preto
Lei 10.052/2004 – Cria o programa de alimentação diferenciada para crianças portadoras
de deficiência mental na rede municipal de ensino.
70 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Lei 12.024/2009 – dispõe sobre a semana de conscientização da inclusão e acessibilidade
de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, e dá outras providências.
santana de parnaíba
Lei 2.248/2000 – dispõe sobre o atendimento preferencial de gestantes, mães com crian-
ças de colo, idosos e deficientes em estabelecimentos comerciais, de serviços e similares,
e dá outras providências.
santo Antônio de posse
Lei 2674/2010 – regulamenta a lei Complementar 002, de 25 de fevereiro de 2010, que
dispõe sobre a redução da jornada de trabalho, sem prejuízo de vencimentos, de servido-
ras que sejam mães de deficientes, e dá outras providências.
71eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
Eixo 3 – ACEssiBiLiDADE; viDA inDEpEnDEntE E inCLusão nA ComuniDADE;
moBiLiDADE pEssoAL; LiBERDADE DE ExpREssão E DE opinião; E ACEsso À
infoRmAção
ARtiGo 9º ACessibilidAde
1. A fiM de PossibilitAR às PessoAs CoM defiCiênCiA viveR de foRMA
indePendente e PARtiCiPAR PlenAMente de todos os AsPeCtos dA
vidA, os estAdos PARtes toMARão As MedidAs APRoPRiAdAs PARA
AsseGuRAR às PessoAs CoM defiCiênCiA o ACesso, eM iGuAldAde de
oPoRtunidAdes CoM As deMAis PessoAs, Ao Meio físiCo, Ao tRAns-
PoRte, à infoRMAção e CoMuniCAção, inClusive Aos sisteMAs e
teCnoloGiAs dA infoRMAção e CoMuniCAção, beM CoMo A outRos
seRviços e instAlAções AbeRtos Ao PúbliCo ou de uso PúbliCo,
tAnto nA zonA uRbAnA CoMo nA RuRAl. essAs MedidAs, que inClui-
Rão A identifiCAção e A eliMinAção de obstáCulos e bARReiRAs à
ACessibilidAde, seRão APliCAdAs, entRe outRos, A:
A) edifíCios, RodoviAs, Meios de tRAnsPoRte e outRAs instAlAções
inteRnAs e exteRnAs, inClusive esColAs, ResidênCiAs, instAlAções
MédiCAs e loCAl de tRAbAlho;
B) infoRMAções, CoMuniCAções e outRos seRviços, inClusive seR-
viços eletRôniCos e seRviços de eMeRGênCiA.
2. os estAdos PARtes tAMbéM toMARão MedidAs APRoPRiAdAs
PARA:
A) desenvolveR, PRoMulGAR e MonitoRAR A iMPleMentAção de noR-
MAs e diRetRizes MíniMAs PARA A ACessibilidAde dAs instAlAções e
dos seRviços AbeRtos Ao PúbliCo ou de uso PúbliCo;
72 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
B) AsseGuRAR que As entidAdes PRivAdAs que ofeReCeM instAlA-
ções e seRviços AbeRtos Ao PúbliCo ou de uso PúbliCo leveM
eM ConsideRAção todos os AsPeCtos RelAtivos à ACessibilidAde
PARA PessoAs CoM defiCiênCiA;
C) PRoPoRCionAR, A todos os AtoRes envolvidos, foRMAção eM
RelAção às questões de ACessibilidAde CoM As quAis As PessoAs
CoM defiCiênCiA se ConfRontAM;
D) dotAR os edifíCios e outRAs instAlAções AbeRtAs Ao PúbliCo ou
de uso PúbliCo de sinAlizAção eM bRAile e eM foRMAtos de fáCil
leituRA e CoMPReensão;
E) ofeReCeR foRMAs de AssistênCiA huMAnA ou AniMAl e seRviços
de MediAdoRes, inCluindo GuiAs, ledoRes e intéRPRetes PRofissio-
nAis dA línGuA de sinAis, PARA fACilitAR o ACesso Aos edifíCios e
outRAs instAlAções AbeRtAs Ao PúbliCo ou de uso PúbliCo;
f) PRoMoveR outRAs foRMAs APRoPRiAdAs de AssistênCiA e APoio
A PessoAs CoM defiCiênCiA, A fiM de AsseGuRAR A essAs PessoAs o
ACesso A infoRMAções;
g) PRoMoveR o ACesso de PessoAs CoM defiCiênCiA A novos sis-
teMAs e teCnoloGiAs dA infoRMAção e CoMuniCAção, inClusive à
inteRnet;
h) PRoMoveR, desde A fAse iniCiAl, A ConCePção, o desenvolviMen-
to, A PRodução e A disseMinAção de sisteMAs e teCnoloGiAs de
infoRMAção e CoMuniCAção, A fiM de que esses sisteMAs e teCno-
loGiAs se toRneM ACessíveis A Custo MíniMo.
73eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
ARtiGo 19 vidA indePendente e inClusão nA CoMunidAde
os estAdos PARtes destA Convenção ReConheCeM o iGuAl diRei-
to de todAs As PessoAs CoM defiCiênCiA de viveR nA CoMunidAde,
CoM A MesMA libeRdAde de esColhA que As deMAis PessoAs, e to-
MARão MedidAs efetivAs e APRoPRiAdAs PARA fACilitAR às PessoAs
CoM defiCiênCiA o Pleno Gozo desse diReito e suA PlenA inClusão
e PARtiCiPAção nA CoMunidAde, inClusive AsseGuRAndo que:
A) As PessoAs CoM defiCiênCiA PossAM esColheR seu loCAl de Re-
sidênCiA e onde e CoM queM MoRAR, eM iGuAldAde de oPoRtunidA-
des CoM As deMAis PessoAs, e que não sejAM obRiGAdAs A viveR eM
deteRMinAdo tiPo de MoRAdiA;
B) As PessoAs CoM defiCiênCiA tenhAM ACesso A uMA vARiedAde de
seRviços de APoio eM doMiCílio ou eM instituições ResidenCiAis
ou A outRos seRviços CoMunitáRios de APoio, inClusive os seRvi-
ços de Atendentes PessoAis que foReM neCessáRios CoMo APoio
PARA que As PessoAs CoM defiCiênCiA vivAM e sejAM inCluídAs nA
CoMunidAde e PARA evitAR que fiqueM isolAdAs ou seGReGAdAs dA
CoMunidAde;
C) os seRviços e instAlAções dA CoMunidAde PARA A PoPulAção eM
GeRAl estejAM disPoníveis às PessoAs CoM defiCiênCiA, eM iGuAl-
dAde de oPoRtunidAdes, e AtendAM às suAs neCessidAdes.
ARtiGo 20 MobilidAde PessoAl
os estAdos PARtes toMARão MedidAs efetivAs PARA AsseGuRAR às
PessoAs CoM defiCiênCiA suA MobilidAde PessoAl CoM A MáxiMA
indePendênCiA Possível:
74 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
A) fACilitAndo A MobilidAde PessoAl dAs PessoAs CoM defiCiên-
CiA, nA foRMA e no MoMento eM que elAs quiseReM, e A Custo
ACessível;
B) fACilitAndo às PessoAs CoM defiCiênCiA o ACesso A teCnolo-
GiAs AssistivAs, disPositivos e AjudAs téCniCAs de quAlidAde, e
foRMAs de AssistênCiA huMAnA ou AniMAl e de MediAdoRes, inClu-
sive toRnAndo-os disPoníveis A Custo ACessível;
C) PRoPiCiAndo às PessoAs CoM defiCiênCiA e Ao PessoAl esPeCiA-
lizAdo uMA CAPACitAção eM téCniCAs de MobilidAde;
D) inCentivAndo entidAdes que PRoduzeM AjudAs téCniCAs de
MobilidAde, disPositivos e teCnoloGiAs AssistivAs A levAReM eM
ContA todos os AsPeCtos RelAtivos à MobilidAde de PessoAs CoM
defiCiênCiA.
ARtiGo 21 libeRdAde de exPRessão e de oPinião e ACesso à
infoRMAção
os estAdos PARtes toMARão todAs As MedidAs APRoPRiAdAs PARA
AsseGuRAR que As PessoAs CoM defiCiênCiA PossAM exeRCeR seu
diReito à libeRdAde de exPRessão e oPinião, inClusive à libeRdA-
de de busCAR, ReCebeR e CoMPARtilhAR infoRMAções e ideiAs, eM
iGuAldAde de oPoRtunidAdes CoM As deMAis PessoAs e PoR in-
teRMédio de todAs As foRMAs de CoMuniCAção de suA esColhA,
ConfoRMe o disPosto no ARtiGo 2 dA PResente Convenção, en-
tRe As quAis:
A) foRneCeR, PRontAMente e seM Custo AdiCionAl, às PessoAs
CoM defiCiênCiA, todAs As infoRMAções destinAdAs Ao PúbliCo eM
75eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
GeRAl, eM foRMAtos ACessíveis e teCnoloGiAs APRoPRiAdAs Aos
difeRentes tiPos de defiCiênCiA;
B) ACeitAR e fACilitAR, eM tRâMites ofiCiAis, o uso de línGuAs de
sinAis, bRAile, CoMuniCAção AuMentAtivA e AlteRnAtivA, e de todos
os deMAis Meios, Modos e foRMAtos ACessíveis de CoMuniCAção, à
esColhA dAs PessoAs CoM defiCiênCiA;
C) uRGiR As entidAdes PRivAdAs que ofeReCeM seRviços Ao Públi-
Co eM GeRAl, inClusive PoR Meio dA inteRnet, A foRneCeR infoRMA-
ções e seRviços eM foRMAtos ACessíveis, que PossAM seR usAdos
PoR PessoAs CoM defiCiênCiA;
D) inCentivAR A MídiA, inClusive os PRovedoRes de infoRMAção
PelA inteRnet, A toRnAR seus seRviços ACessíveis A PessoAs CoM
defiCiênCiA;
E) ReConheCeR e PRoMoveR o uso de línGuAs de sinAis.
o direito à acessibilidade, intimamente relacionado com o direito de mobilidade pessoal,
consiste na garantia de vida independente às pessoas com deficiência. nesse sentido,
o espectro abarcado pelos direitos enunciados é amplo, na medida em que envolve o
acesso irrestrito ao meio físico (urbanístico e arquitetônico), à informação, à comunicação,
aos serviços públicos e privados e ao transporte. assim, os direitos à acessibilidade e à
mobilidade pessoal convergem para a garantia da igualdade entre todos e estabelecem o
correspondente dever de atuação do Poder Público para facilitar esse acesso.
quanto ao tema, existem a lei federal 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá priori-
dade de atendimento às pessoas com deficiência, regulamentada pelo decreto 5.296, de 2
de dezembro de 2004; a lei 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas
gerais e critérios básicos para a promoção de acessibilidade das pessoas com deficiência,
também regulamentada pelo decreto 5.296/2004; a lei 7.853/1989, que dispõe sobre a
76 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
inclusão social de pessoas com deficiência, regulamentada pelo decreto 3.298, de 20 de
dezembro de 1999; e a lei 12.587, de 3 de janeiro de 2012, que institui as diretrizes da
Política nacional de mobilidade urbana. no âmbito estadual, a lei 12.907, de 15 de abril de
2008, consolida a legislação relativa à pessoa com deficiência no estado de são Paulo.
pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio
Cabe ao município, portanto, promover a eliminação de barreiras, observando o desenho
universal, que consiste na concepção de espaços, artefatos e produtos capazes de aten-
der todas as pessoas com diferentes características sensoriais. entre as ações que os
municípios podem empreender, constam as seguintes:
• adequar a legislação às exigências de acessibilidade nos espaços urbanos e rurais, nas
edificações, nos transportes e na comunicação;
• garantir a construção de calçadas acessíveis;
• instalar sinalizações visual e tátil em todos os ambientes, com piso tátil direcional e de
alerta, sinalização de áreas de circulação e portas em braile, com caracteres em alto-
relevo e pictogramas;
• adaptar os edifícios públicos e coletivos a todas as deficiências, incluídas a reforma e
ampliação de espaços;
• viabilizar a construção de sanitários acessíveis nos equipamentos urbanos;
• garantir um sistema de transporte acessível;
• instalar telefones públicos para uso de pessoas em cadeira de rodas;
• garantir a instalação de telefones para pessoas com deficiência auditiva;
(continua)
77eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio
• instalar semáforos sonoros;
• instalar nos semáforos um tempo para travessia de pedestres (semáforos com foco para
pedestres ou vermelho total);
• Promover cursos sobre acessibilidade a técnicos, engenheiros e arquitetos;
• instituir uma Comissão Permanente de acessibilidade, responsável pela avaliação de projetos;
• treinar fiscais para avaliar a aplicação da acessibilidade nas edificações e nos espaços urbanos;
• exigir a adequação de teatros, cinemas, ginásios esportivos, casas de espetáculos, sa-
las e conferência e similares, reservando porcentagem da lotação total para pessoa em
cadeira de rodas, pessoa com deficiência visual, facilitando o acesso aos bastidores (co-
xias e camarins), instalando sistema de sonorização assistida e local para um intérprete
de libras para pessoas com deficiência auditiva;
• exigir cardápios em braile nos restaurantes e similares;
• garantir acessibilidade a elevadores com painéis em braile;
• adequar escolas, centros universitários e de ensino às exigências de acessibilidade na
edificação e no ensino;
• destinar vagas prioritárias às pessoas com deficiência e idosos em estacionamentos ex-
ternos ou internos, nas vias públicas ou nas edificações de uso público ou coletivo;
• garantir acessibilidade nos portais e sites da administração Pública municipal para pes-
soas com deficiência visual;
• garantir uma reserva de habitações acessíveis;
(continua)
78 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio
• Promover a formação e qualificação de recursos humanos que atendam às demandas e
às necessidades reais das pessoas com deficiência;
• incentivar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico em todas as áreas de conheci-
mento relacionadas às pessoas com deficiência, no intuito de aprimorar sua qualidade
de vida;
• investir em recursos e tecnologias que permitam, cada vez mais, o acesso da pessoa
com deficiência à informação.
AtuAção LEgisLAtivA muniCipAL
da legislação municipal coletada, foi possível observar a existência de atos normativos
sobre os assuntos tratados nesse eixo nos municípios que responderam ter legislações
sobre os direitos das pessoas com deficiência, classificados em termos populacionais,
comparados ao total do estado, como seguem.
Araraquara
Lei 4.978/1998 – Permite o embarque e desembarque, pela mesma porta dos ônibus de
transporte coletivo urbano, dos usuários portadores de deficiência física e mental.
Lei 5.537/2000 – estabelece normas para o desembarque de passageiros portadores de
deficiência física que utilizam transporte coletivo urbano.
Lei 6.816/2008 – dispõe sobre a reserva de locais específicos para pessoas com necessi-
dades especiais, seja deficiência física ou mobilidade reduzida, em estádios de futebol, gi-
násio de esportes, casas de shows, teatros, cinemas e similares e dá outras providências.
79eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
Botucatu
Lei 4.188/2001 – institui selo de acessibilidade a prédios e empresas que adequarem
acesso das pessoas com deficiência em todas as suas áreas.
Estiva gerbi
Lei 020/1993 – dispõe sobre a construção, em prédios públicos, de entradas próprias e/ou
adaptadas aos deficientes físicos.
Lei 258/1998 – dispõe sobre adaptação de ônibus urbano para o transporte de deficientes
físicos na forma específica.
franca
Lei 5.537/2001 – dispõe sobre o fornecimento de cadeiras de rodas pelos shoppings.
Lei 6.601/2006 – os apartamentos localizados nos andares térreos dos edifícios residen-
ciais multifamiliares, construídos pelo Poder Público municipal ou com a participação des-
te, em programas governamentais de habitação popular, serão destinados, preferencial-
mente, aos portadores de deficiência física regularmente inscritos nos referidos programas
habitacionais.
Lei 6.845/2007 – ficam autorizadas a entrada e a permanência de cães-guia acompanha-
dos de pessoas portadoras de deficiência visual ou treinadores oficiais, nas repartições
públicas ou privadas, no transporte coletivo urbano, em todo e qualquer local aberto ao
público, gratuitamente ou mediante pagamento de ingresso, nos estabelecimentos comer-
ciais, industriais, de serviços e de promoção, proteção e recuperação da saúde.
80 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
itapeva
Lei 2.642/2007 – acrescenta inciso ao parágrafo 7º do artigo 1º da lei 2568/2007 (vagas
para veículos de pessoas deficientes).
Lei 2.829/2008 – estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da aces-
sibilidade das pessoas portadoras de necessidades especiais ou com mobilidade reduzida
e dá outras providências.
Lei 2.966/2009 – Cria, no município de itapeva, Projeto de inclusão em festividades para
portadores de necessidades especiais.
Lei 2.996/2009 – Cria transporte especial para Pessoas Portadoras de necessidades es-
peciais (PPnes) que dependem de tratamento contínuo nas unidades de saúde e creden-
ciadas pelo Poder Público.
Lei 990/1997 – dispõe sobre o rebaixamento de guias e melhorias de locomoção para
pessoas portadoras de deficiência.
Jales
Lei 3.675/2009 – guarda-volumes em bancos, adaptados à altura das pessoas com defici-
ência que utilizam cadeiras de rodas.
piracicaba
Lei 5.339/2003 – dispõe sobre a obrigatoriedade de sinalização em braile nos elevadores
de edifícios no município de Piracicaba e dá outras providências.
Lei 6.998/2011 – dispõe sobre a obrigatoriedade do oferecimento de cardápios em braile
em todos os estabelecimentos que comercializam refeições e lanches, como motéis, ho-
téis, restaurantes, lanchonetes e praças de alimentação, com o intuito de facilitar a consul-
ta de pessoas portadoras de deficiência visual.
81eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
Ribeirão Bonito
Lei 1.668/1998 – dispõe sobre programa de amparo aos deficientes físicos.
Ribeirão preto
Lei 10.510/2005 – destina os apartamentos localizados nos andares térreos dos edifícios
construídos nos programas de habitação popular da Companhia de habitação (Cohab)
para idosos e portadores de deficiência física, e dá outras providências.
Lei 7.328/1996 – dispensa a parada dos ônibus urbanos nos pontos normais de parada
de embarque e desembarque de passageiros, para desembarque de portadores de defici-
ência física.
Lei 11.107/2007 – autoriza o executivo a criar o disque-informações para deficientes vi-
suais, conforme especifica.
Lei 11.443/2007 – dispõe sobre a obrigatoriedade de se manter em todos os setores da
administração Pública municipal, suas autarquias, bem como o Poder legislativo muni-
cipal, profissionais aptos a interpretarem a língua brasileira de sinais (libras), conforme
especifica.
Lei 12.310/2010 – dispõe sobre a instalação de banheiros químicos adaptados às neces-
sidades de pessoas com deficiência nos eventos realizados no município.
Lei 8.782/2000 – dispõe sobre a instalação de sinal sonoro nos semáforos, para atender
aos portadores de deficiência visual.
santo Antônio de posse
Lei 1.985/2003 – dispõe sobre rebaixamento de calçadas, para facilitar a locomoção de
deficientes físicos e dá outras providências.
82 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Lei 2.189/2006 – dispõe sobre colocação de caixas eletrônicos adaptados para deficientes
físicos em todos os bancos do município, e dá outras providências.
Lei 2.190/2006 – dispõe sobre a construção de rampas de acesso para deficientes físicos
em todos os edifícios públicos do município, e dá outras providências.
Lei 2578/2011 – estabelece, no âmbito do município de santo antônio de Posse, priorida-
de na aquisição de moradias populares, por parte de pessoas com deficiência, e dá outras
providências.
santos
Lei 2.008/2002 – dispõe sobre a instalação de sinalização em braile nos painéis dos eleva-
dores dos edifícios localizados mo município e dá outras providências.
Lei 1.774/1999 – dispõe sobre a obrigatoriedade de utilização de cardápios impressos em
braile nos estabelecimentos que especifica, e dá outras providências. (decreto 3.446, de 3
de novembro de 1999, regulamenta a lei 1.774, de 28 de junho de 1999).
Lei 2.268/2004 – autoriza o executivo a reconhecer oficialmente, no município de santos,
a língua brasileira de sinais (libras) como língua de instrução e meio de comunicação
objetiva e de uso corrente da comunidade surda, e dá outras providências.
Lei 2.370/2006 – autoriza a confecção em braile e a gravação em Cd-rom da lei orgânica
do município de santos.
Lei 2.377/2006 – dispõe sobre a acessibilidade de deficientes visuais à página oficial do
município de santos.
Lei Complementar 623/2008 – dispõe sobre a reserva de vagas específicas em conjuntos
habitacionais populares e adota providências correlatas.
83eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
Lei Complementar 530/2005 – dispõe sobre a atividade de locação de computadores, ou
máquinas para acesso à internet, a programas e a jogos eletrônicos em rede e dá outras
providências.
Lei Complementar 618/2008 – dispõe sobre a colocação de piso tátil de alerta nas entra-
das das garagens subterrâneas no município de santos.
Lei Complementar 674/2010 – dispõe sobre a acessibilidade de pessoas com deficiência
e com dificuldades de locomoção às praias do município.
ubatuba
Lei 1.127/1991 – dispõe sobre a implantação de rampas nos passeios públicos para aces-
so ao deficiente físico e dá outras providências.
Lei 1.232/1993 – dispõe sobre a adequação das edificações e equipamentos de uso públi-
co, a fim de possibilitar o acesso e uso de deficientes físicos.
Lei 1.305/1993 – autoriza o executivo a reservar 10% das vagas dos estacionamentos
públicos para veículos de deficientes físicos.
Lei 1.621/1997 – altera a redação do artigo 1º da lei municipal 1.127/1991, incluindo con-
dições de acesso às praias ao deficiente físico, em cadeira de rodas.
Lei 2.156/2002 – obriga a concessionária de transporte coletivo de ubatuba a dar atendi-
mento às portadoras de deficiência física em todos os bairros em que opera.
Lei 2.588/2004 – dispõe sobre a introdução de sinalização especial e material para a
orientação de portadores de deficiência visual, nas calçadas e ruas e em estabelecimentos
comerciais e prestadores de serviço.
84 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Lei 2.595/2004 – garante aos portadores de deficiência auditiva o direito de acompanhar,
através de auxílio da língua brasileira de sinais (libras), as sessões da Câmara e cerimô-
nias públicas realizadas no município.
Lei 974/1989 – dispõe sobre reserva de assentos nos veículos de transporte coletivo de
passageiros, para uso de mulheres gestantes, idosos e deficientes físicos.
85eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
Eixo 4 – EDuCAção
ARtiGo 24 eduCAção
1. os estAdos PARtes ReConheCeM o diReito dAs PessoAs CoM
defiCiênCiA à eduCAção. PARA efetivAR esse diReito seM disCRiMi-
nAção e CoM bAse nA iGuAldAde de oPoRtunidAdes, os estAdos
PARtes AsseGuRARão sisteMA eduCACionAl inClusivo eM todos os
níveis, beM CoMo o APRendizAdo Ao lonGo de todA A vidA, CoM os
seGuintes objetivos:
A) o Pleno desenvolviMento do PotenCiAl huMAno e do senso de
diGnidAde e AutoestiMA, AléM do foRtAleCiMento do ResPeito Pe-
los diReitos huMAnos, PelAs libeRdAdes fundAMentAis e PelA di-
veRsidAde huMAnA;
B) o MáxiMo desenvolviMento Possível dA PeRsonAlidAde e dos
tAlentos e dA CRiAtividAde dAs PessoAs CoM defiCiênCiA, AssiM
CoMo de suAs hAbilidAdes físiCAs e inteleCtuAis;
C) A PARtiCiPAção efetivA dAs PessoAs CoM defiCiênCiA eM uMA so-
CiedAde livRe.
2. PARA A ReAlizAção desse diReito, os estAdos PARtes AsseGuRA-
Rão que:
A) As PessoAs CoM defiCiênCiA não sejAM exCluídAs do sisteMA
eduCACionAl GeRAl sob AleGAção de defiCiênCiA e que As CRiAn-
çAs CoM defiCiênCiA não sejAM exCluídAs do ensino PRiMáRio GRA-
tuito e CoMPulsóRio ou do ensino seCundáRio, sob AleGAção de
defiCiênCiA;
86 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
B) As PessoAs CoM defiCiênCiA PossAM teR ACesso Ao ensino PRi-
MáRio inClusivo, de quAlidAde e GRAtuito, e Ao ensino seCundá-
Rio, eM iGuAldAde de Condições CoM As deMAis PessoAs nA CoMu-
nidAde eM que viveM;
C) AdAPtAções RAzoáveis de ACoRdo CoM As neCessidAdes indivi-
duAis sejAM PRovidenCiAdAs;
D) As PessoAs CoM defiCiênCiA ReCebAM o APoio neCessáRio, no
âMbito do sisteMA eduCACionAl GeRAl, CoM vistAs A fACilitAR suA
efetivA eduCAção;
E) MedidAs de APoio individuAlizAdAs e efetivAs sejAM AdotAdAs eM
AMbientes que MAxiMizeM o desenvolviMento ACAdêMiCo e soCiAl,
de ACoRdo CoM A MetA de inClusão PlenA.
3. os estAdos PARtes AsseGuRARão às PessoAs CoM defiCiênCiA
A PossibilidAde de AdquiRiR As CoMPetênCiAs PRátiCAs e soCiAis
neCessáRiAs de Modo A fACilitAR às PessoAs CoM defiCiênCiA suA
PlenA e iGuAl PARtiCiPAção no sisteMA de ensino e nA vidA eM Co-
MunidAde. PARA tAnto, os estAdos PARtes toMARão MedidAs APRo-
PRiAdAs, inCluindo:
A) fACilitAção do APRendizAdo do bRAile, esCRitA AlteRnAtivA, Mo-
dos, Meios e foRMAtos de CoMuniCAção AuMentAtivA e AlteRnAti-
vA, e hAbilidAdes de oRientAção e MobilidAde, AléM de fACilitAção
do APoio e AConselhAMento de PARes;
B) fACilitAção do APRendizAdo dA línGuA de sinAis e PRoMoção dA
identidAde linGuístiCA dA CoMunidAde suRdA;
87eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
C) GARAntiA de que A eduCAção de PessoAs, eM PARtiCulAR CRiAn-
çAs CeGAs, suRdoCeGAs e suRdAs, sejA MinistRAdA nAs línGuAs e
nos Modos e Meios de CoMuniCAção MAis AdequAdos Ao indivíduo
e eM AMbientes que fAvoReçAM Ao MáxiMo seu desenvolviMento
ACAdêMiCo e soCiAl.
4. A fiM de ContRibuiR PARA o exeRCíCio desse diReito, os estAdos
PARtes toMARão MedidAs APRoPRiAdAs PARA eMPReGAR PRofesso-
Res, inClusive PRofessoRes CoM defiCiênCiA, hAbilitAdos PARA o
ensino dA línGuA de sinAis e/ou do bRAile, e PARA CAPACitAR PRo-
fissionAis e equiPes AtuAntes eM todos os níveis de ensino. essA
CAPACitAção inCoRPoRARá A ConsCientizAção dA defiCiênCiA e A
utilizAção de Modos, Meios e foRMAtos APRoPRiAdos de CoMuni-
CAção AuMentAtivA e AlteRnAtivA, e téCniCAs e MAteRiAis PedAGó-
GiCos, CoMo APoios PARA PessoAs CoM defiCiênCiA.
5. os estAdos PARtes AsseGuRARão que As PessoAs CoM defiCiên-
CiA PossAM teR ACesso Ao ensino suPeRioR eM GeRAl, tReinAMento
PRofissionAl de ACoRdo CoM suA voCAção, eduCAção PARA Adul-
tos e foRMAção ContinuAdA, seM disCRiMinAção e eM iGuAldAde de
Condições. PARA tAnto, os estAdos PARtes AsseGuRARão A PRovi-
são de AdAPtAções RAzoáveis PARA PessoAs CoM defiCiênCiA.
em plena consonância com as disposições da convenção internacional, a Constituição
do brasil já previa a educação como direito social (art. 6º). a todos, sem discriminação,
é garantido o acesso ao conhecimento, para que atinjam “o pleno desenvolvimento da
pessoa”, “seu preparo para o exercício da cidadania” e sua “qualificação para o trabalho”
(Cf, art. 205).
88 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
a Constituição federal, no artigo 22, confere competência privativa à união para legislar
sobre “diretrizes e bases da educação” (inc. xxiv), que a realizou por meio da lei federal
9.394, de 20 de dezembro de 1996. ainda atribui competência comum à união, aos esta-
dos e municípios, para estabelecerem medidas administrativas sobre o acesso à cultura,
educação e ciência, cabendo à união editar normas gerais (art. 24, § 1º), e aos estados
a edição de normas suplementares (art. 24, § 2º), assim como aos municípios, no que
couber (art. 30, ii).
destaca-se a lei federal 10.845, de 5 de março de 2004, que institui o programa de com-
plementação ao atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência.
Cumpre ressaltar que as instituições de ensino devem obedecer às condições gerais de
acessibilidade, como rampas e/ou elevadores, sanitários, sinalização, adequações no ensi-
no para atendimento a todas as deficiências, conforme disposto na lei federal 10.098/2000
e no decreto federal 5.296/2004.
pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio
ao ente municipal, competem variadas iniciativas, em prol da educação inclusiva, entre as
quais podem ser citadas:
• estabelecer parcerias com instituições para organização de cursos de libras, destinados
não só aos alunos, mas a familiares e professores;
• Capacitar para o uso do braile;
• viabilizar a tecnologia para garantir o aprendizado de pessoas com deficiência auditiva;
• garantir livros escolares em formato acessível;
(continua)
89eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio
• disponibilizar veículos acessíveis para o transporte de alunos;
• garantir educação física inclusiva, com material esportivo adequado e professor capacitado;
• manter e fiscalizar escolas públicas e privadas acessíveis em suas instalações;
• Capacitar, continuamente, professores da rede de ensino; promover atendimento espe-
cializado educacional.
AtuAção LEgisLAtivA muniCipAL
da legislação municipal coletada, foi possível observar a existência de atos normativos
sobre os assuntos tratados nesse eixo, considerando, em termos populacionais, os mu-
nicípios que responderam ter legislação sobre os direitos das pessoas com deficiência,
comparado ao total do estado, como seguem.
Estiva gerbi
Lei 520/2006 – dispõe sobre a prioridade para matrículas nas escolas municipais para
deficientes físicos.
franca
Lei 6.355/2005 – ficam reservados 10% das vagas oferecidas para estagiários no execu-
tivo municipal para serem preenchidas, preferencialmente, por estudantes portadores de
deficiência.
90 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Jales
Lei 2.802/2003 – garante vaga em escola para crianças com deficiência próxima à residência.
paulínia
Lei 2.231/1999 – Concede 100% de bolsa de estudo para pessoa com deficiência que
esteja cursando ensino superior.
Lei 2.242/1999 – Concede bolsas-treinamento aos deficientes físicos que estejam cursan-
do cursos técnicos, profissionalizantes, especializados ou especiais.
Ribeirão preto
Lei 11.364/2007 – Cria sala especial para crianças portadoras de deficiência de audição
e logopedia nas escolas da rede pública municipal e dá outras providências, conforme
especifica.
Lei 6.877/1994 – institui o programa de atendimento aos portadores de necessidades es-
peciais no âmbito das escolas e creches municipais e dá outras providências.
santos
portaria 04/2006 - seduc – dispõe sobre o funcionamento das salas de atendimento
às necessidades educacionais especiais (sanee) dos alunos das unidades municipais de
educação.
ubatuba
Lei 2.747/2005 – dispõe sobre o atendimento aos portadores de deficiência visual grave
dos ensinos fundamental e médio nas escolas de ubatuba.
91eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
Eixo 5 – sAÚDE: hABiLitAção E REABiLitAção
ARtiGo 25 sAúde
os estAdos PARtes ReConheCeM que As PessoAs CoM defiCiênCiA
têM o diReito de GozAR do estAdo de sAúde MAis elevAdo Possí-
vel, seM disCRiMinAção bAseAdA nA defiCiênCiA. os estAdos PAR-
tes toMARão todAs As MedidAs APRoPRiAdAs PARA AsseGuRAR às
PessoAs CoM defiCiênCiA o ACesso A seRviços de sAúde, inCluindo
os seRviços de ReAbilitAção, que levARão eM ContA As esPeCifiCi-
dAdes de GêneRo. eM esPeCiAl, os estAdos PARtes:
A) ofeReCeRão às PessoAs CoM defiCiênCiA PRoGRAMAs e Atenção
à sAúde GRAtuitos ou A Custos ACessíveis dA MesMA vARiedAde,
quAlidAde e PAdRão que são ofeReCidos às deMAis PessoAs, in-
Clusive nA áReA de sAúde sexuAl e RePRodutivA e de PRoGRAMAs
de sAúde PúbliCA destinAdos à PoPulAção eM GeRAl;
B) PRoPiCiARão seRviços de sAúde que As PessoAs CoM defiCiênCiA
neCessitAM esPeCifiCAMente PoR CAusA de suA defiCiênCiA, inClu-
sive diAGnóstiCo e inteRvenção PReCoCes, beM CoMo seRviços
PRojetAdos PARA ReduziR Ao MáxiMo e PReveniR defiCiênCiAs Adi-
CionAis, inClusive entRe CRiAnçAs e idosos;
C) PRoPiCiARão esses seRviços de sAúde às PessoAs CoM defiCiên-
CiA, o MAis PRóxiMo Possível de suAs CoMunidAdes, inClusive nA
zonA RuRAl; d) exiGiRão dos PRofissionAis de sAúde que disPenseM
às PessoAs CoM defiCiênCiA A MesMA quAlidAde de seRviços disPen-
sAdA às deMAis PessoAs e, PRinCiPAlMente, que obtenhAM o Con-
sentiMento livRe e esClAReCido dAs PessoAs CoM defiCiênCiA Con-
CeRnentes. PARA esse fiM, os estAdos PARtes ReAlizARão AtividAdes
de foRMAção e definiRão ReGRAs étiCAs PARA os setoRes de sAúde
PúbliCo e PRivAdo, de Modo A ConsCientizAR os PRofissionAis de
92 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
sAúde ACeRCA dos diReitos huMAnos, dA diGnidAde, AutonoMiA e
dAs neCessidAdes dAs PessoAs CoM defiCiênCiA; e) PRoibiRão A dis-
CRiMinAção ContRA PessoAs CoM defiCiênCiA nA PRovisão de seGu-
Ro de sAúde e seGuRo de vidA, CAso tAis seGuRos sejAM PeRMiti-
dos PelA leGislAção nACionAl, os quAis deveRão seR PRovidos de
MAneiRA RAzoável e justA; f) PReveniRão que se neGue, de MAneiRA
disCRiMinAtóRiA, os seRviços de sAúde ou de Atenção à sAúde ou
A AdMinistRAção de AliMentos sólidos ou líquidos PoR Motivo de
defiCiênCiA.
ARtiGo 26 hAbilitAção e ReAbilitAção
1. os estAdos PARtes toMARão MedidAs efetivAs e APRoPRiAdAs,
inClusive MediAnte APoio dos PARes, PARA PossibilitAR que As Pes-
soAs CoM defiCiênCiA ConquisteM e ConseRveM o MáxiMo de Au-
tonoMiA e PlenA CAPACidAde físiCA, MentAl, soCiAl e PRofissionAl,
beM CoMo PlenA inClusão e PARtiCiPAção eM todos os AsPeCtos
dA vidA. PARA tAnto, os estAdos PARtes oRGAnizARão, foRtAleCe-
Rão e AMPliARão seRviços e PRoGRAMAs CoMPletos de hAbilitA-
ção e ReAbilitAção, PARtiCulARMente nAs áReAs de sAúde, eMPRe-
Go, eduCAção e seRviços soCiAis, de Modo que esses seRviços e
PRoGRAMAs:
A) CoMeCeM no estáGio MAis PReCoCe Possível e sejAM bAseAdos
eM AvAliAção MultidisCiPlinAR dAs neCessidAdes e Pontos foRtes
de CAdA PessoA;
B) APoieM A PARtiCiPAção e A inClusão nA CoMunidAde e eM todos
os AsPeCtos dA vidA soCiAl, sejAM ofeReCidos voluntARiAMente
e estejAM disPoníveis às PessoAs CoM defiCiênCiA o MAis PRóxiMo
Possível de suAs CoMunidAdes, inClusive nA zonA RuRAl.
93eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
2. os estAdos PARtes PRoMoveRão o desenvolviMento dA CAPA-
CitAção iniCiAl e ContinuAdA de PRofissionAis e de equiPes que
AtuAM nos seRviços de hAbilitAção e ReAbilitAção.
3. os estAdos PARtes PRoMoveRão A disPonibilidAde, o ConheCi-
Mento e o uso de disPositivos e teCnoloGiAs AssistivAs, PRojetA-
dos PARA PessoAs CoM defiCiênCiA e RelACionAdos CoM A hAbilitA-
ção e A ReAbilitAção.
todos, sem distinção, têm direito à saúde, e ao estado cumpre o dever de efetivá-lo, é o
que preceitua a Constituição federal (art. 196). as disposições da convenção reiteram essa
orientação e oferecem encaminhamentos para que as pessoas com deficiência tenham
acesso ao exercício pleno desse direito, observadas e respeitadas as suas particularida-
des. Por saúde, compreende-se que o estado, de modo amplo, elaborará políticas a fim de
prevenir e tratar males que possam atingir o corpo e a mente humanos.
a importância desse direito fica demonstrada vez que a sua realização é vital para garantir
qualidade de vida, diretamente relacionada à dignidade humana e ao direito à igualdade,
fundamentos que devem perpassar todas as ações voltadas às pessoas com deficiência.
as ações e serviços públicos de saúde integram-se nacionalmente em um sistema úni-
co, “regionalizado e hierarquizado, organizado de maneira descentralizada, com direção
única em cada uma das esferas de governo (art. 198, caput, e inciso i, da Cf)”.8 eviden-
cia-se, assim, que o município e as demais entidades federativas federais e estaduais
possuem atribuições administrativas e legais para a realização desse direito (Cf, arts. 23,
ii, 24, xii e 30, ii).
deverá observar, para tanto, a lei federal 8.080, de 19 de setembro de 1990, que trata
do sistema único de saúde (sus), bem como a lei 7.853, de 24 de outubro de 1989,
que dispõe sobre o apoio às pessoas com deficiência (dentre outras ações atinentes a
8 tavares, andré ramos.
Curso de direito
constitucional. 9.ed. são
Paulo: saraiva. p. 855.
94 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
essa população), posteriormente regulamentada pelo decreto 3.298, de 20 de dezembro
de 1999. no plano estadual, por seu turno, a lei 12.907/2008 também deverá estar em
referência quando o ente municipal for adotar medidas afetas à promoção da saúde desse
segmento populacional.
o texto da convenção, quando dispõe sobre habilitação e reabilitação, não busca garantir
tão somente os meios adequados para a melhoria ou adequação física das pessoas com
deficiência. busca, além disso, a promoção de medidas que garantam a inclusão desse
segmento populacional em todas as esferas da vida social, a fim de que suas condições de
vida não sejam inferiores às dos demais cidadãos e que se mantenha ou se alcance a igual-
dade, fundamento que, como já dito, perpassa todas as ações do estado nessa área.
enfim, deve-se ter em conta a observância de várias diretrizes que orientarão as ações
destinadas às pessoas com deficiência. dentre as principais, destacam-se:
a) a promoção da qualidade de vida;
b) assistência integral à saúde; e
c) prevenção de deficiências.
pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio
desse modo, o município, no âmbito de sua competência constitucional, poderá:
• inserir pessoas com deficiência no Conselho municipal de saúde;
• oferecer capacitação de médicos e profissionais de saúde para atendimento especial a
pessoas com deficiência;
• Promover ações de prevenção de acidentes;
(continua)
95eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio
• Promover o treinamento e a capacitação de recursos humanos necessários à operacionali-
zação das ações e atividades específicas, na área de saúde, da pessoa com deficiência;
• Promover o acesso a medicamentos, órteses e próteses, necessários à recuperação e
reabilitação da pessoa com deficiência; promover a adoção de práticas, estilos e hábitos
de vida saudáveis por parte da população com deficiência, visando prevenir agravos de
deficiências já instaladas;
• organizar e manter sistemas de informação e análise relacionados à situação de saúde e
das ações dirigidas à pessoa com deficiência;
• Promover o atendimento domiciliar;
• fazer um acompanhamento neonatal diferenciado voltado às gestantes que terão crian-
ças com alguma deficiência;
• realizar a articulação com outros setores existentes no âmbito municipal, visando à pro-
moção da qualidade de vida da pessoa com deficiência;
• viabilizar o desenvolvimento de ações de reabilitação, utilizando os recursos comunitá-
rios, conforme o modelo preconizado pelas estratégias de saúde da família e de agentes
comunitários de saúde.9
AtuAção LEgisLAtivA muniCipAL
da legislação municipal coletada, foi possível observar a existência de atos normativos
sobre os assuntos tratados nesse eixo, considerando, em termos populacionais, os mu-
nicípios que responderam ter legislação sobre os direitos das pessoas com deficiência,
comparado ao total do estado, como seguem.
9 algumas das medidas
exemplificadas têm como
fonte: brasil. ministério
da saúde. secretaria
de atenção à saúde.
departamento de ações
Programáticas estratégicas.
manual de legislação em
saúde da pessoa com
deficiência/ministério
da saúde, secretaria
de atenção à saúde,
departamento de ações
Programáticas estratégicas.
2. ed. rev. atual. brasília:
ministério da saúde, 2006.
96 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
itapeva
Lei 2.877/2009 – dispõe sobre a assistência especial a ser fornecida às parturientes cujos
filhos recém- nascidos sejam portadores de deficiência.
marília
Lei 6.001/2004 – autoriza a prefeitura a conceder aparelhos auditivos para os casos que
especifica, e dá outras providências.
Lei 6.055/2004 – assegura direito à prioridade de atendimento em hospitais e postos de
saúde (exceto emergências), sediados no município de marília, às pessoas idosas, gestan-
tes, crianças e aos portadores de deficiência física, sensorial ou mental.
Ribeirão Bonito
Lei 2.055/2009 – dispõe sobre a entrega gratuita domiciliar de medicamentos de uso con-
tínuo às pessoas com deficiência motora, multideficiência profunda com dificuldade de
locomoção e idosos.
Ribeirão preto
Lei 10.724 /2006 – institui a semana de prevenção às deficiências.
Lei 10.173/2004 – dispõe sobre a autorização para a administração municipal implementar
providências visando às pessoas com deficiência, nas unidades básicas de saúde, confor-
me especifica.
Lei 6.124/1991 – institui a “semana de prevenção às deficiências” e dá outras providências.
Lei 11.604/2008 – autoriza o município a instituir o programa municipal de reabilitação da
pessoa com deficiências física e auditiva.
97eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
Lei 7.418/1996 – institui no calendário oficial do município de ribeirão Preto a “semana de
prevenção de deficiências visuais na população infantil” e dá outras providências.
santana de parnaíba
Lei 2.105/1998 – institui, no município, semana de Prevenção às deficiências.
santo Antônio de posse
Lei 2.191/2006 – determina a disponibilização, nos locais de velório e sepultamentos pú-
blicos do município de santo antônio de Posse, de cadeiras de rodas para utilização de
deficientes físicos, idosos e outras pessoas com dificuldade de locomoção, e dá outras
providências.
santos
Lei Complementar 668/2009 – altera dispositivos da lei Complementar 592, de 28 de
dezembro de 2006, e dá outras providências (instituto de Previdência social dos servido-
res Públicos municipais de santos – iprev). inscrição antecipada no caso de doença ou
deficiência física ou mental incapacitante, de natureza irreversível.
Decreto 4.280/2004 – regulamenta a lei 2.065, de 26 de novembro de 2002, que dispõe
sobre atendimento preferencial a idosos, gestantes e portadores de deficiência para mar-
cação de consultas e exames complementares na rede municipal de saúde.
Lei 2.301/2005 – dispõe sobre o Conselho municipal de assistência social (Cmas). habili-
tação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e promoção de sua integração
à vida comunitária.
Lei 2.662/2009 – Classifica a visão monocular como deficiência visual e dá outras provi-
dências.
98 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Eixo 6 – tRABALho E EmpREgo
ARtiGo 27 tRAbAlho e eMPReGo
1. os estAdos PARtes ReConheCeM o diReito dAs PessoAs CoM de-
fiCiênCiA Ao tRAbAlho, eM iGuAldAde de oPoRtunidAdes CoM As de-
MAis PessoAs. esse diReito AbRAnGe o diReito à oPoRtunidAde de
se MAnteR CoM uM tRAbAlho de suA livRe esColhA ou ACeitAção
no MeRCAdo lAboRAl, eM AMbiente de tRAbAlho que sejA AbeRto,
inClusivo e ACessível A PessoAs CoM defiCiênCiA. os estAdos PAR-
tes sAlvAGuARdARão e PRoMoveRão A ReAlizAção do diReito Ao
tRAbAlho, inClusive dAqueles que tiveReM AdquiRido uMA defiCi-
ênCiA no eMPReGo, AdotAndo MedidAs APRoPRiAdAs, inCluídAs nA
leGislAção, CoM o fiM de, entRe outRos:
A) PRoibiR A disCRiMinAção bAseAdA nA defiCiênCiA CoM ResPeito
A todAs As questões RelACionAdAs CoM As foRMAs de eMPReGo,
inClusive Condições de ReCRutAMento, ContRAtAção e AdMissão,
PeRMAnênCiA no eMPReGo, AsCensão PRofissionAl e Condições
seGuRAs e sAlubRes de tRAbAlho;
B) PRoteGeR os diReitos dAs PessoAs CoM defiCiênCiA, eM Condi-
ções de iGuAldAde CoM As deMAis PessoAs, às Condições justAs e
fAvoRáveis de tRAbAlho, inCluindo iGuAis oPoRtunidAdes e iGuAl
ReMuneRAção PoR tRAbAlho de iGuAl vAloR, Condições seGuRAs
e sAlubRes de tRAbAlho, AléM de RePARAção de injustiçAs e PRo-
teção ContRA o Assédio no tRAbAlho;
C) AsseGuRAR que As PessoAs CoM defiCiênCiA PossAM exeRCeR
seus diReitos tRAbAlhistAs e sindiCAis, eM Condições de iGuAldA-
de CoM As deMAis PessoAs;
99eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
D) PossibilitAR às PessoAs CoM defiCiênCiA o ACesso efetivo A PRo-
GRAMAs de oRientAção téCniCA e PRofissionAl e A seRviços de Colo-
CAção no tRAbAlho e de tReinAMento PRofissionAl e ContinuAdo;
E) PRoMoveR oPoRtunidAdes de eMPReGo e AsCensão PRofissio-
nAl PARA PessoAs CoM defiCiênCiA no MeRCAdo de tRAbAlho, beM
CoMo AssistênCiA nA PRoCuRA, obtenção e MAnutenção do eM-
PReGo e no RetoRno Ao eMPReGo;
f) PRoMoveR oPoRtunidAdes de tRAbAlho AutônoMo, eMPReende-
doRisMo, desenvolviMento de CooPeRAtivAs e estAbeleCiMento
de neGóCio PRóPRio;
g) eMPReGAR PessoAs CoM defiCiênCiA no setoR PúbliCo;
h) PRoMoveR o eMPReGo de PessoAs CoM defiCiênCiA no setoR
PRivAdo, MediAnte PolítiCAs e MedidAs APRoPRiAdAs, que PodeRão
inCluiR PRoGRAMAs de Ação AfiRMAtivA, inCentivos e outRAs Medi-
dAs;
i) AsseGuRAR que AdAPtAções RAzoáveis sejAM feitAs PARA Pesso-
As CoM defiCiênCiA no loCAl de tRAbAlho;
J) PRoMoveR A Aquisição de exPeRiênCiA de tRAbAlho PoR PessoAs
CoM defiCiênCiA no MeRCAdo AbeRto de tRAbAlho;
k) PRoMoveR ReAbilitAção PRofissionAl, MAnutenção do eMPReGo e
PRoGRAMAs de RetoRno Ao tRAbAlho PARA PessoAs CoM defiCiênCiA.
2. os estAdos PARtes AsseGuRARão que As PessoAs CoM defiCiên-
CiA não seRão MAntidAs eM esCRAvidão ou seRvidão e que seRão
PRoteGidAs, eM iGuAldAde de Condições CoM As deMAis PessoAs,
ContRA o tRAbAlho foRçAdo ou CoMPulsóRio.
100 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
o direito ao trabalho e ao pleno emprego está previsto no artigo 6º da Constituição federal,
que abriga o rol dos direitos sociais. trata-se de uma verdadeira faceta do princípio da dig-
nidade da pessoa humana, na medida em que, por meio do exercício efetivo do direito ao
trabalho a todos, é dado o implemento de sua condição de vida e melhoria de sua condição
social, bem como o acesso ao mínimo existencial.
no que concerne às pessoas com deficiência e ao direito ao trabalho, a Constituição fe-
deral estabelece, em seu artigo 37, inciso viii, que a administração Pública deverá reservar
percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas com deficiência. além disso,
a lei federal 7.853/1989, que dispõe sobre o apoio e integração social das pessoas com
deficiência, prevê, no artigo 2º, inciso iii, d, que o Poder Público deverá adotar legislação
específica que discipline a reserva de mercado de trabalho, em favor das pessoas com de-
ficiência, nas entidades da administração Pública e também do setor privado. vale lembrar
que a lei estadual 12.907/2009 consolidou a legislação do estado de são Paulo sobre as
pessoas com deficiência.
pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio
o município poderá atuar para:
• garantir o acesso das pessoas com deficiência em cursos regulares dirigidos à capacita-
ção e formação profissional, observando as peculiaridades a elas inerentes;
• fomentar e incentivar o surgimento e manutenção de empregos, inclusive de tempo par-
cial, voltados às pessoas com deficiência, podendo conceder, por exemplo, benefícios
fiscais a empresas da iniciativa privada que mantenham em seus quadros de funcioná-
rios empregados com deficiência;
• Proceder ao cadastramento das pessoas com deficiência para inserção no mercado de tra-
balho, pelos Postos de atendimento ao trabalhador do Programa de apoio à Pessoa com
deficiência da secretaria do emprego e relações do trabalho do estado de são Paulo;
(continua)
101eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio
• firmar parcerias com empresas locais para capacitação e criação de espaço no mercado
de trabalho, bem como com o serviço nacional do Comércio (senac) e o serviço nacio-
nal da indústria (senai), local ou regional;
• reservar percentual de vagas nos quadros da administração Pública municipal, para que
sejam preenchidos por pessoas com deficiência;
• garantir acessibilidade no ambiente de trabalho;
• Promover a adequação dos edifícios onde funcionem os serviços públicos;
• exigir a adequação nos setores da iniciativa privada, mobilizando a fiscalização e, se
necessário, aplicando medidas sancionadoras para o atendimento de tais exigências.
AtuAção LEgisLAtivA muniCipAL
da legislação municipal coletada, foi possível observar a existência de atos normativos
sobre os assuntos tratados nesse eixo, considerando, em termos populacionais, os mu-
nicípios que responderam ter legislações sobre os direitos das pessoas com deficiência,
comparado ao total do estado, como seguem.
Araraquara
Lei 5.654/2001 – dispõe sobre o ingresso de pessoas portadoras de deficiência física ou
sensorial no serviço público municipal e dá outras providências – reserva de 10% de vagas
para pessoas com deficiência.
Lei 6.255/2005 – autoriza concessão de direito real de uso de área do município pela
Petrobras, destinada à exploração de interesse social, com a instalação de um posto de
combustível a ser operado por pessoa com deficiência.
102 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Estiva gerbi
Lei 443/2003 – regulamenta o parágrafo 2º, do artigo 104, da lei orgânica do município,
dispondo sobre a reserva de vagas às pessoas portadoras de deficiência.
itapeva
Lei 360/1989 – obriga o executivo municipal a reservar em concurso público 10% das
vagas oferecidas aos portadores de deficiência física, auditiva ou visual.
Jales
Lei 3.085/2006 – institui o selo empresa incentivadora do Primeiro emprego.
paulínia
Lei 2.222/1998 – Prevê a obrigatoriedade de provas em braile nos concursos públicos para
deficientes visuais.
piracicaba
Lei 5.714/2006 – autoriza a Prefeitura do município de Piracicaba a reduzir a jornada de tra-
balho dos servidores públicos municipais possuidores de filhos com deficiência mental, físi-
ca ou sensorial, revoga a lei 3.571/1993 e o decreto 6.169/1993 e dá outras providências.
Ribeirão preto
Lei 7.117/1995 – dispõe sobre o exercício da atividade de ambulante por deficientes físi-
cos e sexagenários no município e dá outras providências.
Lei 7.188/1995 – institui o programa de garantia de renda familiar mínima para famílias com
filhos em situação de risco.
103eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
Lei 7.574/1996 – estabelece prioridade para que as pessoas portadoras de deficiência físi-
ca, limitação sensorial, e idosas, exerçam as atividades de comércio eventual ou ambulante
no município.
santos
Decreto 4.896/2007 – aprova o regulamento dos procedimentos de avaliação de desem-
penho do servidor público municipal em estágio probatório e dá outras providências.
Lei 2.299/2005 – autoriza a redução da jornada de trabalho, sem prejuízo de vencimentos,
das servidoras mães de portadores de deficiência física ou mental.
Lei 2.412/2006 – dispõe sobre o acesso de pessoas portadoras de deficiência a cargos e
empregos públicos da administração Pública municipal e dá outras providências.
ubatuba
Lei 2.147/2001– autoriza a prefeitura a dar uma segunda opção de local de comércio para
os vendedores ambulantes portadores de deficiência física.
Lei 2.797/2006 – altera o artigo 2o, da lei 2.232 de 9 de setembro de 2002, aumentando
o número de autorizações aos portadores de necessidades especiais, para obter licença
para venda de sorvetes nas praias que especifica.
Lei 997/1989 – dispõe sobre reserva de vagas em concurso público para as pessoas por-
tadoras de deficiência física, auditiva ou visual.
104 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Eixo 7 – pADRão DE viDA E pRotEção soCiAL ADEQuADos
ARtiGo 28 PAdRão de vidA e PRoteção soCiAl AdequAdos
1. os estAdos PARtes ReConheCeM o diReito dAs PessoAs CoM de-
fiCiênCiA A uM PAdRão AdequAdo de vidA PARA si e PARA suAs fAMí-
liAs, inClusive AliMentAção, vestuáRio e MoRAdiA AdequAdos, beM
CoMo à MelhoRiA ContínuA de suAs Condições de vidA, e toMARão
As PRovidênCiAs neCessáRiAs PARA sAlvAGuARdAR e PRoMoveR A
ReAlizAção desse diReito seM disCRiMinAção bAseAdA nA defiCi-
ênCiA.
2. os estAdos PARtes ReConheCeM o diReito dAs PessoAs CoM
defiCiênCiA à PRoteção soCiAl e Ao exeRCíCio desse diReito seM
disCRiMinAção bAseAdA nA defiCiênCiA, e toMARão As MedidAs
APRoPRiAdAs PARA sAlvAGuARdAR e PRoMoveR A ReAlizAção desse
diReito, tAis CoMo:
A) AsseGuRAR iGuAl ACesso de PessoAs CoM defiCiênCiA A seRvi-
ços de sAneAMento básiCo e AsseGuRAR o ACesso Aos seRviços,
disPositivos e outRos AtendiMentos APRoPRiAdos PARA As neCes-
sidAdes RelACionAdAs CoM A defiCiênCiA;
B) AsseGuRAR o ACesso de PessoAs CoM defiCiênCiA, PARtiCulAR-
Mente MulheRes, CRiAnçAs e idosos CoM defiCiênCiA, A PRoGRA-
MAs de PRoteção soCiAl e de Redução dA PobRezA;
C) AsseGuRAR o ACesso de PessoAs CoM defiCiênCiA e suAs fAMí-
liAs eM situAção de PobRezA à AssistênCiA do estAdo eM RelAção
A seus GAstos oCAsionAdos PelA defiCiênCiA, inClusive tReinA-
Mento AdequAdo, AConselhAMento, AjudA finAnCeiRA e CuidAdos
de RePouso;
105eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
D) AsseGuRAR o ACesso de PessoAs CoM defiCiênCiA A PRoGRAMAs
hAbitACionAis PúbliCos;
E) AsseGuRAR iGuAl ACesso de PessoAs CoM defiCiênCiA A PRoGRA-
MAs e benefíCios de APosentAdoRiA.
no tocante à assistência social, observa-se que a pessoa com deficiência pode estar sub-
metida a um processo de dupla exclusão social, em razão das condições sociais precárias
compartilhadas com a população em geral e, ainda, em razão da sua condição física ou
mental, que, por si só, pode levá-la à margem social. Com base nisso, as políticas assis-
tenciais deverão considerar essa realidade para melhor alcançar os objetivos da justiça
social.
a lei federal 8.742, de 7 de dezembro de 1993, diploma que contém normas gerais sobre a
organização da assistência social no País, tem como princípios, expressos em seu artigo 40:
A) suPReMACiA do AtendiMento às neCessidAdes soCiAis sobRe As
exiGênCiAs de RentAbilidAde eConôMiCA;
B) univeRsAlizAção dos diReitos soCiAis, A fiM de toRnAR o desti-
nAtáRio dA Ação AssistenCiAl AlCAnçável PelAs deMAis PolítiCAs
PúbliCAs;
C) ResPeito à diGnidAde do CidAdão, à suA AutonoMiA e Ao seu di-
Reito A benefíCios e seRviços de quAlidAde, beM CoMo à Convivên-
CiA fAMiliAR e CoMunitáRiA, vedAndo-se quAlqueR CoMPRovAção
vexAtóRiA de neCessidAde;
D) iGuAldAde de diReitos no ACesso Ao AtendiMento, seM disCRi-
MinAção de quAlqueR nAtuRezA, GARAntindo-se equivAlênCiA às
PoPulAções uRbAnAs e RuRAis; e;
106 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
E) divulGAção AMPlA dos benefíCios, seRviços, PRoGRAMAs e PRo-
jetos AssistenCiAis, beM CoMo dos ReCuRsos ofeReCidos Pelo
PodeR PúbliCo e dos CRitéRios PARA suA ConCessão.
CoM bAse nesses objetivos, deve o MuniCíPio leGislAR sobRe esse
Assunto, obseRvAndo A leGislAção fedeRAl CitAdA e seus PRin-
CíPios, que oRGAnizAM A AssistênCiA soCiAl no PAís. e o fARá CoM
bAse eM suA CoMPetênCiA CoMuM (Cf, ARt. 23, ii) e suPleMentAR (Cf,
ARt. 30, ii).
pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio
o município poderá:
• monitorar as pessoas com deficiência;
• identificar necessidades assistenciais específicas;
• identificar situações de vulnerabilidade;
• Prestar atendimento às famílias das pessoas com deficiência;
• firmar parcerias com entidades voltadas ao atendimento desse grupo de pessoas;
• garantir acompanhamento psicossocial, terapêutico ocupacional e pedagógico à pessoa
com deficiência e sua família;
• Promover eventos culturais com o propósito de estimular a inclusão social;
• reservar vagas de imóveis de habitação popular, sempre atento à inclusão comunitária,
a fim de não propiciar nenhuma espécie de segregacionismo.
107eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
AtuAção LEgisLAtivA muniCipAL
da legislação municipal coletada, observou-se a existência de atos normativos sobre os
assuntos tratados nesse eixo, considerando, em termos populacionais, os municípios que
responderam ter legislações sobre os direitos das pessoas com deficiência, comparado ao
total do estado, como seguem.
Botucatu
Lei 45.216/2004 – dispõe sobre o Programa habitacional para Pessoas Portadoras de
deficiência ou com necessidades especiais, no município de botucatu, e dá outras provi-
dências.
franca
Lei 5.328/2000 – Concede isenção de pagamento na área azul aos portadores de deficiências.
Lei 6.845/2007 – ficam autorizadas a entrada e a permanência de cães-guia acompanha-
dos de pessoas portadoras de deficiência visual ou treinadores oficiais, nas repartições
públicas ou privadas, no transporte coletivo urbano, em todo e qualquer local aberto ao
público, gratuitamente ou mediante pagamento de ingresso, nos estabelecimentos comer-
ciais, industriais, de serviços e de promoção, proteção e recuperação da saúde.
Jales
Lei 3641/2009 – reserva de apartamentos nos primeiros andares de conjuntos habitacionais.
paulínia
Lei 2.838/2006 – dispõe sobre paradas dos ônibus coletivos urbanos para atendimento de
portadores de deficiência física.
108 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Lei 3.125/2010 – dispõe sobre a obrigatoriedade dos estabelecimentos que comercializam
roupas, vestuários ou similares, a disponibilizar provador adaptado para atendimento prio-
ritário às pessoas com deficiência física e mobilidade reduzida, e dá outras providências.
Lei 658/1979 – dispõe sobre a criação do Centro especial de treinamento municipal e dá
outras providências.
piracicaba
Lei 3.613/1993 – regulamenta o artigo 6º, inciso v, da lei orgânica do município de Pi-
racicaba, sobre o acesso ao transporte coletivo com passagem gratuita, para pessoas
portadoras de deficiência.
santos
Lei 2.536/2008 – dispõe sobre a reserva de cotas às pessoas portadoras de deficiência
permanente nas feiras de arte e artesanato no município de santos.
Lei Complementar 530/2005 – dispõe sobre a atividade de locação de computadores, ou
máquinas para acesso à internet, a programas e a jogos eletrônicos em rede e dá outras
providências.
109eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
Eixo 8 – pARtiCipAção nA viDA CuLtuRAL E Em RECREAção, LAzER E EspoRtE
ARtiGo 30 PARtiCiPAção nA vidA CultuRAl e eM ReCReAção,
lAzeR e esPoRte
1. os estAdos PARtes ReConheCeM o diReito dAs PessoAs CoM de-
fiCiênCiA de PARtiCiPAR nA vidA CultuRAl, eM iGuAldAde de oPoR-
tunidAdes CoM As deMAis PessoAs, e toMARão todAs As MedidAs
APRoPRiAdAs PARA que As PessoAs CoM defiCiênCiA PossAM:
A) teR ACesso A bens CultuRAis eM foRMAtos ACessíveis;
B) teR ACesso A PRoGRAMAs de televisão, CineMA, teAtRo e outRAs
AtividAdes CultuRAis, eM foRMAtos ACessíveis; e
C) teR ACesso A loCAis que ofeReçAM seRviços ou eventos Cultu-
RAis, tAis CoMo teAtRos, Museus, CineMAs, biblioteCAs e seRviços
tuRístiCos, beM CoMo, tAnto quAnto Possível, teR ACesso A Mo-
nuMentos e loCAis de iMPoRtânCiA CultuRAl nACionAl.
2. os estAdos PARtes toMARão MedidAs APRoPRiAdAs PARA que As
PessoAs CoM defiCiênCiA tenhAM A oPoRtunidAde de desenvolveR
e utilizAR seu PotenCiAl CRiAtivo, ARtístiCo e inteleCtuAl, não so-
Mente eM benefíCio PRóPRio, MAs tAMbéM PARA o enRiqueCiMento
dA soCiedAde.
3. os estAdos PARtes deveRão toMAR todAs As PRovidênCiAs, eM
ConfoRMidAde CoM o diReito inteRnACionAl, PARA AsseGuRAR que
A leGislAção de PRoteção dos diReitos de PRoPRiedAde inteleC-
tuAl não ConstituA bARReiRA exCessivA ou disCRiMinAtóRiA Ao
ACesso de PessoAs CoM defiCiênCiA A bens CultuRAis.
110 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
4. As PessoAs CoM defiCiênCiA fARão jus, eM iGuAldAde de oPoR-
tunidAdes CoM As deMAis PessoAs, A que suA identidAde CultuRAl
e linGuístiCA esPeCífiCA sejA ReConheCidA e APoiAdA, inCluindo As
línGuAs de sinAis e A CultuRA suRdA.
5. PARA que As PessoAs CoM defiCiênCiA PARtiCiPeM, eM iGuAldAde
de oPoRtunidAdes CoM As deMAis PessoAs, de AtividAdes ReCReA-
tivAs, esPoRtivAs e de lAzeR, os estAdos PARtes toMARão MedidAs
APRoPRiAdAs PARA:
A) inCentivAR e PRoMoveR A MAioR PARtiCiPAção Possível dAs Pes-
soAs CoM defiCiênCiA nAs AtividAdes esPoRtivAs CoMuns eM todos
os níveis;
B) AsseGuRAR que As PessoAs CoM defiCiênCiA tenhAM A oPoRtu-
nidAde de oRGAnizAR, desenvolveR e PARtiCiPAR eM AtividAdes es-
PoRtivAs e ReCReAtivAs esPeCífiCAs às defiCiênCiAs e, PARA tAnto,
inCentivAR A PRovisão de instRução, tReinAMento e ReCuRsos Ade-
quAdos, eM iGuAldAde de oPoRtunidAdes CoM As deMAis PessoAs;
C) AsseGuRAR que As PessoAs CoM defiCiênCiA tenhAM ACesso A
loCAis de eventos esPoRtivos, ReCReAtivos e tuRístiCos;
D) AsseGuRAR que As CRiAnçAs CoM defiCiênCiA PossAM, eM iGuAl-
dAde de Condições CoM As deMAis CRiAnçAs, PARtiCiPAR de joGos
e AtividAdes ReCReAtivAs, esPoRtivAs e de lAzeR, inClusive no sis-
teMA esColAR;
111eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
E) AsseGuRAR que As PessoAs CoM defiCiênCiA tenhAM ACesso
Aos seRviços PRestAdos PoR PessoAs ou entidAdes envolvidAs
nA oRGAnizAção de AtividAdes ReCReAtivAs, tuRístiCAs, esPoRti-
vAs e de lAzeR.
o artigo 215 da Constituição federal estabelece, como dever do estado, a garantia a todos
do pleno exercício dos direitos culturais e do acesso às fontes da cultura nacional, bem
como o apoio e a valorização de todas as formas de manifestação cultural. Prevê como
dever do Poder Público o fomento de práticas desportivas formais e não formais, além do
incentivo ao lazer como forma de promoção social.
no que concerne a esse tema, existem as seguintes leis federais: 9.615, de 24 de março
de 1994, que institui normas gerais sobre o desporto; e 8.313, de 23 de dezembro de 2001,
que institui o Programa nacional de apoio à Cultura (Pronac). no âmbito estadual, a lei
12.907/1998 cuida do assunto ao consolidar a legislação paulista sobre os direitos das
pessoas com deficiência.
em relação ao desporto, ao lazer e à cultura, o município poderá legislar, no que couber,
respeitando a legislação federal e a estadual (Cf, art. 30, ii), bem como atuar por meio de
medidas que incentivem, valorizem e fomentem a prática de esportes e o acesso à cultura
e lazer por parte das pessoas com deficiência (Cf, art. 23, v).
é relevante dizer que a garantia dos direitos ao lazer, à cultura e ao esporte está intima-
mente relacionada com a consecução das adaptações necessárias à efetivação de ampla
acessibilidade aos espaços públicos e privados, à informação e à comunicação.
112 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio
são ações que o município poderá realizar:
• organizar campeonatos municipais de paradesportos;
• adequar, às condições de acessibilidade, as quadras, os ginásios poliesportivos, as pra-
ças e os parques públicos;
• reservar brinquedos e aparelhos adaptados em parques públicos para crianças e adultos
com deficiência;
• Criar serviço de entrega em domicílio de livros da seção circulante de biblioteca pública
municipal para os usuários com deficiência, a partir de prévio cadastramento;
• oferecer livros em braile na rede de bibliotecas públicas municipais;
• garantir a isenção de pagamento de ingresso por pessoas com deficiência de baixa ren-
da a eventos públicos culturais e esportivos;
• Promover concessão de benefícios e estímulo para que teatros, cinemas, museus, casas de
espetáculo isentem de pagamento, ou cobrem meia-entrada, de pessoas com deficiência;
• Capacitar e treinar servidores públicos, como os professores da rede municipal de ensi-
no, para o incentivo da prática de esportes para crianças com deficiência;
• estimular parcerias com instituições do sistema s (serviço social do Comércio - sesc,
senai, senac) regional para a oferta de atividades culturais e esportivas adaptadas para a
prática por pessoas com deficiência;
(continua)
113eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
pRopostAs DE AtuAção Do muniCípio
• adaptar os espaços às condições de acessibilidade;
• adaptar os formatos de comunicação já existentes para todas as deficiências;
• Criar espaços e formatos que estejam de acordo com o desenho universal.
AtuAção LEgisLAtivA muniCipAL
da legislação municipal coletada, foi possível observar a existência de atos normativos
sobre os assuntos tratados nesse eixo, considerando, em termos populacionais, os mu-
nicípios que responderam ter legislações sobre os direitos das pessoas com deficiência,
comparado ao total do estado, como seguem.
itapeva
Lei 2.966/2009 – Cria, no município de itapeva, Projeto de inclusão em festividades para
portadores de necessidades especiais.
marília
Lei 5.960/2004 – modifica a lei 4.390/1998, que institui a meia-entrada para o ingresso de
aposentados nos cinemas, teatros, espetáculos e eventos esportivos realizados, no âmbito do
município de marília, estendendo o benefício para os portadores de necessidades especiais.
Lei 5.698/2004 – dispõe sobre a criação e manutenção do programa de práticas esportivas
destinado aos deficientes visuais, auditivos e físicos.
114 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Lei 6.733/2008 – autoriza o Poder executivo a instalar brinquedos adaptados para crian-
ças portadoras de deficiência nos parques e áreas de lazer do município de marília onde
já existem tais equipamentos.
paulínia
Lei 3.204/2011 – institui o programa academia ao ar livre para todos, para prática de exer-
cícios físicos para todas as idades, notadamente para a melhor idade e deficiente físico,
nas praças e parques de Paulínia.
Ribeirão preto
Lei 10.449/2005 – dispõe sobre o campeonato municipal do atleta com necessidades es-
peciais no município de ribeirão Preto.
Lei 11.065/2006 – dispõe sobre a instalação de equipamentos especialmente desenvolvi-
dos para crianças portadoras de necessidades especiais, nas praças e parques municipais
de ribeirão Preto e dá outras providências.
Lei 11.787/2008 – autoriza a instituição do programa ler para Crer direcionado para pes-
soas com deficiência visual, no âmbito do município de ribeirão Preto, e dá outras provi-
dências.
Lei 9.712/2002 – legislação complementar e/ou regulamentadora: 221/2003 - dispõe so-
bre criação de programa de lazer e esporte para os portadores de deficiência física, sen-
sorial ou mental.
115eIXos Dos DIreItos e Das GarantIas InserIDos na ConVenção InternaCIonaL:
LeGIsLação naCIonaL e atUação MUnICIpaL
santos
Decreto 5.277/2009 – regulamenta a lei Complementar 615, de 18 de dezembro de
2007, que institui o Programa de incentivo fiscal de apoio ao esporte (Promifae) para a
realização de projetos esportivos. Cria o Certificado de incentivo específico, e dá outras
providências.
Lei 2.528/2008 – institui no calendário oficial do município de santos a semana esportiva
do Portador de deficiência.
ubatuba
Lei 1.126/1991 – assegura o livre ingresso de idosos e deficientes físicos nos eventos e
locais que menciona e dá outras providências.
InstrUMentos De proteção Dos DIreItos e GarantIas
os direitos e as garantias das Pessoas Com defiCiênCia, Previstos na
Convenção internaCional e, também, na Constituição federal, nas leis in-
fraConstituCionais e demais atos normativos referentes ao assunto, de-
vem ser Plenamente resPeitados Por todos os destinatários das normas.
no entanto, nem semPre os direitos e garantias das Pessoas Com defi-
CiênCia são efetiva e efiCazmente disPonibilizados ou resPeitados Pelas
demais Pessoas, quer físiCas ou jurídiCas, PúbliCas ou Privadas.
não seria lógiCo o direito Posto sem a existênCia de meios e instrumentos
legais aProPriados a imPor a observânCia de tais direitos e garantias Por
aqueles que não resPeitam os direitos de seus resPeCtivos titulares.
o ordenamento jurídiCo relaCiona uma série de meCanismos ColoCados
ao alCanCe dos Cidadãos, das Crianças, dos adolesCentes, dos idosos,
das Pessoas Com defiCiênCia, enfim, de todos os indivíduos, legitimando-
os Para que Possam ver seus direitos reComPostos e resPeitados.
essa legitimidade Pode ser exerCida Por meio de rePresentação, individual
e/ou Coletiva, ou mesmo individualmente, Pelo interessado, Pessoa Com
defiCiênCia, Com o objetivo de restabeleCer o direito violado, Podendo,
inClusive, ser ProPosta ao Poder judiCiário, instânCia que Pode obrigar o
infrator a CumPrir Com o que lhe imPôs o ordenamento jurídiCo.
118 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Ação CiviL pÚBLiCA
instrumento processual legal voltado à proteção de interesses coletivos ou difusos, in-
cluídos nesse contexto os direitos das pessoas com deficiência. Pode ser utilizado para
proteger os diversos direitos previstos na convenção internacional, na própria Constituição
federal e em legislação sobre o assunto.
o artigo 2º da lei federal 7.853/1989 determina que o Poder Público e seus órgãos asse-
gurem às pessoas com deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive à
educação, saúde, ao trabalho, lazer, à previdência social, ao amparo à infância e mater-
nidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar
pessoal, social e econômico.
os legitimados, para intentar as ações civis públicas destinadas à proteção de interesses
coletivos ou difusos das pessoas com deficiência, são o ministério Público, a união, os
estados, os municípios, o distrito federal; as associações constituídas há mais de um
ano, nos termos da lei civil, fundação ou sociedade de economia mista que inclua, en-
tre suas finalidades institucionais, a proteção das pessoas com deficiência (lei federal
7.853/1989, art. 3º).
importante ressaltar a obrigatoriedade de o ministério Público intervir em todas as ações
públicas, coletivas ou individuais, em que se discutam interesses relacionados à deficiên-
cia das pessoas (lei federal 7.853/1989).
é certo que o prefeito pode ser alvo de uma ação civil pública, quando, por hipótese, não
assegura, no campo do trabalho e emprego, a reserva de cargo ou emprego público à pes-
soa com deficiência ou, na área da acessibilidade, não executa as obras necessárias nas
vias públicas para garantir a plena mobilidade urbana, dentre outras possibilidades, em
decorrência da responsabilidade imposta ao Poder Público de respeito a todos os direitos
e garantias inerentes ao grupo de pessoas com deficiência.
119InstrUMentos De proteção Dos DIreItos e GarantIas
também pode ser intentada para exigir a adaptação dos veículos e a reserva de assento
para pessoas com dificuldade de locomoção, a ser proposta em face do município e das
empresas de transporte que circulam com seus veículos naquela localidade, atendendo à
disposição do artigo 4º, incisos vi, vii e viii, da lei 12.587/2012.
a lei 7.853/1989 possibilita que, antes da propositura da ação civil pública, seja possível
a coleta de provas, pelo ministério Público, por meio do denominado inquérito civil. é pos-
sível, ainda, propor a composição amigável, por meio de instrumento legal de ajustamento
de conduta.
importante ressaltar que o direito ameaçado ou violado, por ação ou omissão do respon-
sável, em observar e fazer valer os direitos das pessoas com deficiência, não será afetado,
porque o objeto da transação será apenas a maneira de implementar mais rapidamente o
interesse tutelado, em razão da natureza indisponível dos interesses difusos ou coletivos,
ou mesmo da tutela coletiva de direitos individuais homogêneos. a liberdade de estipu-
lação fica restrita ao modo, tempo, lugar e às condições de cumprimento das obrigações
do autor do dano, devendo, o ajustamento de conduta se submeter às exigências legais
(obrigações), e traduzir integral satisfação da ofensa.
o compromisso de ajustamento de conduta, conquanto ordinariamente surja no bojo de
um inquérito civil – procedimento, este, afeto ao ministério Público (art. 9º e parágrafos da
lei 7.437/1985) –, pode igualmente vir a ser celebrado perante qualquer dos órgãos públi-
cos colegitimados ativos para a ação civil pública, como resulta do texto de regência (§ 6º,
art. 5º, lei 7.347/1985).
mAnDADo DE sEguRAnçA CoLEtivo
ação constitucional, denominada mandado de segurança coletivo (Constituição federal,
artigo 5º, lxx), proposta contra a ilegalidade ou o abuso de poder perpetrado por qualquer
120 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
autoridade, sendo legitimados para a ação o ministério Público e as associações legalmen-
te constituídas para defesa dos interesses de seus próprios membros ou associados.
é exemplo de utilização da via coletiva, a defesa das pessoas com deficiência, que se inscre-
vem para concurso público, optando pelas vagas reservadas e, quando da convocação, em-
bora tenham obtido classificação para assumirem a vaga, não têm seu direito respeitado.
mAnDADo DE sEguRAnçA inDiviDuAL
a pessoa com deficiência, considerada individualmente, também pode impetrar mandado
de segurança, com fundamento no artigo 5º, inciso lxix, da Constituição federal, para
proteção de direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quan-
do houver ilegalidade ou abuso de poder perpetrado por qualquer autoridade.
Como exemplo, podem ser citados julgados do tribunal de justiça de são Paulo, especial-
mente o proferido no agravo de instrumento 990.10.192966-0, em que ficou assentado,
conforme artigo 208, inciso vii, da Constituição federal, o dever de o Poder Público mu-
nicipal fornecer transporte escolar adequado às condições da criança, principalmente de
baixa renda, buscando-a, diante da dificuldade de locomoção, na porta de casa.
ainda é exemplo, dentre outros, a decisão do tribunal de justiça de são Paulo (tjsP) em
que se determinou, ao Poder Público municipal, o fornecimento gratuito de transporte pú-
blico coletivo à pessoa com deficiência, adaptado segundo suas necessidades pessoais,
como corolário da dignidade da pessoa humana, valor erigido como um dos fundamentos
da república federativa do brasil, eis que a norma que objetiva prover acessibilidade à
pessoa com deficiência deve ser interpretada com a máxima amplitude possível, justamen-
te porque a única ressalva constitucional é aquela referente à adaptação razoável veiculada
pelo artigo 1º da convenção, e não é dado ao intérprete restringir o que o legislador não
121InstrUMentos De proteção Dos DIreItos e GarantIas
restringiu no tocante às garantias constitucionais. trata-se de direito a uma existência
digna e de um correspondente dever constitucional do estado. exegese do artigo 5º, ca-
put, e 3º da Constituição federal (tjsP, apelação Cível 0004396-74.2010.8.26.0097, em
mandado de segurança).
Ação DE oBRigAção DE fAzER
a pessoa com deficiência, para defender o direito a ela assegurado, pode utilizar ações
autônomas previstas no ordenamento jurídico brasileiro, em consonância com o direito
constitucional de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra a ilegali-
dade ou abuso de poder (Cf, art. 5º, xxxiv, “a”).
Para tanto, pode se socorrer da ação de obrigação de fazer em face do município, que é
ação que visa, por exemplo, à obtenção de prótese confeccionada com material importado,
adequada às necessidades da pessoa com deficiência e que não haja outra similar produzi-
da nacionalmente. várias são as decisões nesse sentido tais como as prolatadas pelo tjsP:
apelação 0063093-32.2009.8.26.0224; agravo de instrumento 0206493-63.2010.8.26.0000;
apelação 0012322-87.2009.8.26.0438; apelação com revisão 9101999-62.2008.8.26.0000.
outros exemplos podem ser apontados, sendo definitivamente reconhecida a admissibili-
dade da ação de obrigação de fazer, para a:
– obtenção de aparelho respiratório (bilevel Positive Pressure airway – bipap) e fisioterapia
domiciliar, quando se tratar de pessoas com distrofia muscular (tjsP, apelação 0002843-
26.2009.8.26.0291; apelação com revisão 9170513-04.2007.8.26.0000; apelação com revi-
são 0147688-88.2008.8.26.0000; apelação com revisão 9221512-24.2008.8.26.0000; ape-
lação com revisão 0129599-51.2007.8.26.0000; apelação 9000249-80.2010.8.26.0506);
122 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
– garantir a posse de candidata com deficiência (amputação do membro superior esquer-
do), aprovada em concurso público realizado pelo município e declarada inapta em exame
admissional (tjsP, apelação com revisão 0054879-26.2001.8.26.0000; apelação com re-
visão 9110920-73.2009.8.26.0000; apelação com revisão 9064851-27.2002.8.26.0000.
Contra: apelação 0028814-13.2009.8.26.0000; apelação com revisão 0095210-
84.2000.8.26.0000);
– obrigação de universidade ou faculdade disponibilizar os recursos tecnológicos neces-
sários para que um aluno com deficiência (por exemplo, deficiente visual) tenha acesso às
informações e realize provas (tjsP, agravo de instrumento 0027273-47.2006.8.26.0000);
– obrigação de garantir o transporte para menor com tetraplegia adaptado e gratuito bem
como à acompanhante para levá-lo de sua residência até a associação de assistência à
Criança deficiente (aaCd) (tjsP, apelação 0546488-10.2010.8.26.0000; agravo de ins-
trumento 990.10.192966-0; apelação 0004396-74.2010.8.26.0097; apelação 0026362-
22.2006.8.26.0554; agravo de instrumento 0377009-53.2009.8.26.0000).
mAnDADo DE inJunção
instrumento jurídico posto à disposição do cidadão, ou de pessoa jurídica, como meio de
assegurar, coletiva ou individualmente, o exercício de um direito declarado pela Consti-
tuição, mas que, todavia, não é efetivamente gozado, em decorrência da inexistência de
norma infraconstitucional regulamentadora.
significa dizer que a pessoa com deficiência poderá acionar o Poder judiciário, pela via
individual, contra a omissão do legislador ordinário ou contra a inércia do administrador.
123InstrUMentos De proteção Dos DIreItos e GarantIas
a Constituição federal de 1988 e a Convenção sobre os direitos das Pessoas com defici-
ência e seu Protocolo facultativo garantem o direito de as pessoas com deficiência terem
acesso a todo e qualquer edifício e logradouro de uso público; mas, para que isso possa
efetivamente ocorrer, dependerá da edição de lei municipal que assim determine. a au-
sência de normativo nesse sentido inviabiliza o exercício ao direito constitucional à aces-
sibilidade pelas pessoas com deficiência, a autorizar o interessado a propor mandado de
injunção, perante a autoridade judicial competente, para exigir que os Poderes municipais
legislem sobre esse direito.
também pode ser aventada a hipótese de ser proposto mandado de injunção (mi) por enti-
dades e associações que coordenam e defendem pessoas com deficiência, com o objetivo
de obrigar a efetivação de direitos consolidados na Constituição federal e na Convenção
sobre os direitos das Pessoas com deficiência e ainda não reguladas em lei infraconsti-
tucional a editarem os respectivos atos normativos reguladores. sobre a possibilidade de
representação dessas entidades e associações, já decidiu o supremo tribunal federal nos
autos do mi 2151 agr/df, julgado em 23/11/2011, ministro Celso de mello; mi 3322 agr/
df julgado em 20/10/2011, ministro Celso de mello; mi 712/Pa, julgado em 25/10/2007,
ministro eros grau; mi 689/Pb, julgado em 7/6/2006, ministro eros grau.
Comitê soBRE os DiREitos DAs pEssoAs Com DEfiCiênCiA
está previsto na Convenção sobre os direitos das Pessoas com deficiência e seu Protocolo
facultativo (decreto 6.949, de 25 de agosto de 2009) para desempenhar as funções ali defini-
das, especialmente para acompanhar a implementação dos direitos das pessoas com defici-
ência relacionados na convenção internacional inclusive mediante cooperação internacional.
além disso, a previsão do comitê, na convenção internacional, cria a possibilidade de
serem denunciadas as violações aos direitos e às garantias fundamentais da pessoa com
124 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
deficiência diretamente a esse órgão administrativo, que tem competência para receber
e considerar comunicações submetidas por pessoas ou grupo de pessoas, ou em nome
deles, sujeitos à sua jurisdição alegando serem vítimas de transgressão das disposições
da Convenção sobre os direitos das Pessoas com deficiência e seu Protocolo facultativo
pelo estado Parte (art. 1º do Protocolo facultativo).
o comitê funcionará também como órgão de consulta, com a finalidade de solucionar
dúvidas, e atuará de maneira gerenciadora, estabelecendo suas próprias normas de pro-
cedimento e determinando as diretrizes aplicáveis decorrentes do teor dos relatórios que
os estados Partes lhes submeter. Porém, o comitê não receberá comunicação referente a
qualquer estado Parte que não seja signatário do Protocolo facultativo à Convenção sobre
os direitos das Pessoas com deficiência.
nesse caso, considerará inadmissível a comunicação quando: i – for anônima; ii – constituir
abuso do direito de submeter tais comunicações ou for incompatível com as disposições
da convenção; iii – a mesma matéria já tenha sido examinada pelo comitê ou tenha sido
ou estiver examinada sob outro procedimento de investigação ou resolução internacional;
iv – não tenham sido esgotados todos os recursos internos disponíveis, salvo no caso em
que a tramitação desses recursos se prolongue injustificadamente, ou seja, improvável
que se obtenha com eles solução efetiva; v – estiver precariamente fundamentada ou não
for suficientemente substanciada; ou, vi – os fatos que motivaram a comunicação tenham
ocorrido antes da entrada em vigor do Protocolo para o estado Parte, salvo se os fatos
continuarem ocorrendo após aquela data.
Caso a comunicação esteja submetida ao comitê, em consonância com o procedimento
previsto na convenção internacional, esse órgão administrativo levará confidencialmente
ao conhecimento do estado Parte concernente a informação submetida e, em seguida,
dentro do período de seis meses, o estado concernente submeterá ao “comitê explicações
ou declarações por escrito, esclarecendo a matéria e a eventual solução adotada pelo
referido estado”.
125InstrUMentos De proteção Dos DIreItos e GarantIas
ademais, vale ressaltar que, a qualquer momento, depois de recebida uma comunicação e
antes de decidir sobre o mérito, o comitê poderá transmitir ao estado Parte concernente,
para sua urgente consideração, um pedido para que tome as medidas de natureza cautelar
que forem necessárias para evitar possíveis danos irreparáveis à vítima ou às vítimas da
violação alegada.
Por fim, realizará sessões fechadas para examinar comunicações submetidas, em con-
formidade com o Protocolo, e, depois de examinar uma comunicação, o comitê enviará
sugestões e recomendações, se houver, ao estado Parte concernente e ao requerente para
providências urgentes e necessárias no sentido de fazer cessar o cometimento da violação
grave ou sistemática de direitos estabelecidos na Convenção sobre os direitos das Pes-
soas com deficiência.
127InstrUMentos De proteção Dos DIreItos e GarantIas
ConCLUsão
De toda a exPosição, é inquestionável que, a Partir da Convenção sobre os direi-
tos das Pessoas Com defiCiênCia e seu ProtoColo faCultativo, integrada ao texto
ConstituCional, o Poder PúbliCo das esferas muniCiPal, estadual e federal deve
busCar envidar todos os esforços Para fazer valer os direitos e as garantias das
Pessoas Com defiCiênCia. Para tanto, é fundamental desenvolver PolítiCa de Pro-
teção a esse gruPo, que seja efiCaz, PrinCiPalmente no âmbito muniCiPal, Por ser
este o loCal onde as Pessoas residem.
o reConheCimento do muniCíPio Como ente da federação lhe assegura, de modo
exPresso, a CaPaCidade de auto-organização e autogoverno. essa autonomia es-
tendida ao muniCíPio Conferiu-lhe ComPetênCia Para legislar. o Critério básiCo de
sua área de ComPetênCia é o interesse loCal.
a Constituição federal Confere, exPressamente, igualdade entre todas as Pesso-
as e imPõe que se estenda ao hiPossufiCiente legislação esPeCífiCa Para que Possa
vivenCiar a isonomia, desenvolver suas PotenCialidades e ter uma vida digna.
a Convenção sobre os direitos das Pessoas Com defiCiênCia e seu ProtoColo fa-
Cultativo (2006), ratifiCada Pelo brasil, aPós aProvação Por meio do deCreto 6.949,
de 25 de agosto de 2009, estabeleCe, de modo fundamental, que todas as Pessoas
Com defiCiênCia tenham igualdade de oPortunidades, devendo esse direito estar
assoCiado ao da igualdade e não disCriminação, à aCessibilidade, à vida indePen-
dente e inClusão na Comunidade, à mobilidade Pessoal, à liberdade de exPressão e
de oPinião e aCesso à informação, eduCação, saúde, habilitação e reabilitação, ao
trabalho e emPrego, Padrão de vida e Proteção soCial adequados, à PartiCiPação
na vida Cultural e em reCreação, lazer e esPorte, à eliminação das barreiras ar-
quitetôniCas, dentre outros.
128 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
muitas dificuldades por que os municípios passam referem-se à carência de pessoal
especializado em bem atender às pessoas com deficiência, sem descartar a falta de
atenção aos seus direitos, uma vez que deveria ser oferecida à sociedade normatização
focada em agregar todos os indivíduos indistintamente, de modo a incentivar e desen-
volver políticas públicas que facilitem, efetivamente, o acesso desse público a todos os
aspectos da vida. Por conta disso, registra-se falta de sintonia entre o que estipula a de-
terminação legal e a atuação do Poder Público quanto à realização de políticas públicas
de inclusão social.
no levantamento realizado pelo Cepam, a pedido da secretaria de estado dos direitos
da Pessoa com deficiência de são Paulo, nos municípios paulistas, foi possível observar
quais localidades responderam positivamente, informando possuírem ou não leis que tra-
tam dos direitos das pessoas com deficiência.
os municípios paulistas que responderam possuir leis estão divididos por faixa populacio-
nal, elaborada com base no Censo de 2010, divulgado pelo ibge. Constatou-se que as
localidades com população de até 25 mil habitantes são as mais carentes de legislação.
Porém, foi possível aferir diversas ações afirmativas e expressivo número de municípios
com legislação que trata da acessibilidade, vida independente e inclusão na comunida-
de, mobilidade pessoal e liberdade de expressão, destacando-se especificamente leis de
acessibilidade aos transportes e ao meio urbano, aspectos importantes, porque, com a
acessibilidade garantida, é possível viabilizar os demais direitos.
também constatou-se que, dos respondentes, 38%, ou seja, 243 municípios paulistas afir-
maram não possuir qualquer legislação sobre o tema. Por outro lado, 39%, ou seja, 254
dos municípios contatados nada responderam.
no que tange à edição de leis e adoção de políticas públicas inclusivas, é necessário es-
timular a criação de instâncias governamentais municipais (secretarias, coordenadorias,
diretorias) especializadas em atender às demandas das pessoas com deficiência, de modo
a estabelecer uma ponte para o efetivo endereçamento das necessidades desse segmento
da população aos órgãos competentes.
129ConCLUsão
apesar das propostas lançadas ao longo deste trabalho, como as abordadas no item 4,
muitas pessoas continuam associando o termo “deficiência” à “fragilidade” humana, resul-
tando no aparecimento de estereótipos que têm impedido a maior parte das pessoas com
deficiência de usufruírem dos diretos constitucionais democráticos preestabelecidos.
é relevante advertir, no entanto, que a omissão dos entes federativos ao dever de atendi-
mento às normas constitucionais, convencionais e legais, relacionadas com os direitos e
garantias das pessoas com deficiência, facultará aos interessados buscar, por meio dos
competentes instrumentos de proteção, não só o reconhecimento, mas a plena satisfação
desses direitos que lhes foram omitidos. nesse caso, reconhecida a omissão do Poder Pú-
blico, poderá a autoridade judiciária impor ao Poder Público o cumprimento da prestação
ao dever omitido em certo e determinado espaço de tempo, pena de lhe serem aplicadas
as sanções civis, administrativas e penais cabíveis.
o Poder Público pode, com os elementos contidos neste trabalho, considerando os di-
reitos das pessoas com deficiência, efetivar ações concretas e eficientes em prol da mu-
dança, para pôr fim ao processo de exclusão social que insiste em continuar vitimando
a maioria desse público-alvo, que busca uma oportunidade no processo de inclusão que
é vivo e dinâmico.
assim fazendo, restará cumprido o fundamento básico do estado democrático de direi-
tos que é, dentre outros, o respeito à “dignidade da pessoa humana”, como pressuposto
para atingir os objetivos proclamados pelo estado brasileiro necessários para se cons-
truir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar
a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; “promover
o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação” (Cf, art. 3o), tal como abordado no início deste trabalho.
reFerênCIas
brasil. ministério da saúde. secretaria de atenção à saúde. departamento de ações Progra-
máticas estratégicas. manual de legislação em saúde da pessoa com deficiência/ministério
da saúde, secretaria de atenção à saúde, departamento de ações Programáticas estratégicas.
2. ed. rev. atual. brasília: ministério da saúde, 2006.
salles, luiz roberto. in: fundação Prefeito faria lima – CePam, com apoio do sebrae.
município acessível ao cidadão. são Paulo, 2001.
sousa júnior, ariolino neres de. o sistema de cotas de acesso ao mercado de trabalho
para pessoas com deficiência. brasília (df): Consulex, 2011.
tavares, andré ramos. Curso de direito constitucional. 9. ed. são Paulo: saraiva, 2010.
aneXos
Anexo A – Distribuição dos municípios com legislação por porte populacional – Faixa 1 (Até 25 mil habitantes)
Município/Direitos
Cidadania/Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/
TransporteEducação Saúde
Trabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
Águas da Prata Lei 1.777/2008
Águas de Lindoia LC 50/2003
Águas de São Pedro
Lei 1.442/2009
AlumínioLeis 904/2006 e 1.137/2009
Álvares Machado Lei 2.684/2010
Angatuba Decreto 34/2011 Lei 09/2000
Anhembi Lei 1.933/2011
BálsamoLeis 1.698/2004, 1.759/2005
Leis 1.511/1999, 1.983/2010
Bastos Decreto 726/2010
Capela do Alto Lei 1.558/2010
Cardoso Lei 2.909/2011
Colina Lei 1.840/1994 Lei 2.018/1997 Lei 1.626/1990
ConchasLeis 351/1998, 547/2002
Lei 352-B/1998
Cordeirópolis Lei 1.640/1990Leis 2.721/2011, 2.720/2011
Elisiário Lei 269/2003 Lei 355/2006
Emilianópolis Lei 386/2007
Estiva Gerbi Lei 98/1994Leis 529/2003, 660/2010
Leis 258/1998, 20/1993, 443/2003, 249/1998
Lei 520/2006 Lei 423/2003
Guapiara Lei 1.600/2008
(continua)
134 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Anexo A – Distribuição dos municípios com legislação por porte populacional – Faixa 1 (Até 25 mil habitantes)
Município/Direitos
Cidadania/Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/
TransporteEducação Saúde
Trabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
Guaraci Lei 1.833/2003 Lei 1.984/2007 Lei 1.728/2001
Ipaussu Lei 54/1990
Itaberá Lei 2.298/2009 Lei 2.337/2009
Junqueirópolis Lei 2.464/2008 X - Lei 2.645/2010
Juquiá Lei 351/2009
Maracaí Lei 1.117/1994 Lei 1.153/1994
Monte Alegre do Sul
Lei 1.524/2010
Morungaba Lei 1.159/2006
NarandibaLeis 1.313/2011, 1.321/2011
Nazaré PaulistaLeis 258/1993, 2.546/2011
Leis 2.326/2009, 2.155/2006, 1.791/2000, 1.705/1999
Nova Europa X L.1.527/2005
Panorama X - 18/2000
Parapuã Lei 2.605/2011
Patrocínio Paulista Lei 1.703/1997 Lei 1.593/1995
Paulo de FariaLeis 1.072/2004 e 1.289/2010
Pirapozinho Lei 3.708/2010
Piratininga Lei 971/1989 Lei 1.428/1996
Pontes Gestal Lei 1.127/2010 Lei 1.099/2009
Pradópolis Lei 1.246/2006
Quintana Lei Orgânica
Regente Feijó Lei 2.476/2009Leis 2.592/2010, 2.602/2010
Ribeirão Bonito Lei 1.729/2000 Lei 1.668/1998 Lei 2.055/2009
Ribeirão do Sul Lei 957/2000
(continua)
135aneXos
Anexo A – Distribuição dos municípios com legislação por porte populacional – Faixa 1 (Até 25 mil habitantes)
Município/Direitos
Cidadania/Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/
TransporteEducação Saúde
Trabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
Ribeirão Grande Lei 971/2009
Rincão Lei 1.272/1998
Riversul Lei 1.468/2010
Rosana Lei 1.192/2010 Lei 530/1999
Salmourão Lei OrgânicaLei Orgânica e Lei 666/1996
Saltinho X - 187/1998
Santa Cruz da Conceição
Lei 1.444/2006
Santa Gertrudes Lei 1.662/1998 Lei 1.747/1999
Santa Mercedes Lei 12/2000 Lei 17/2005
Santo Anastácio Lei 2.242/2011
Santo Antônio de Posse
Leis 2.189/2006, 2.190/2006, 2.191/2006, 1.985/2003, 2.578/2011
Lei 2.674/2010 Lei 21/2007
Sarapuí Lei 932/2001
Tambaú Lei Orgânica Lei 1.561/1998 Lei 1.647/2000
TaquaritubaLeis 18/2010, 153/2011
Lei 138/2011, 377/2003
Teodoro Sampaio Lei 1.388/2004 Lei 1.717/2010Leis 1.716/2010, 1.721/2010, 1.739/2011
Torrinha Lei 1.405/2011
Viradouro Lei 2.314/2005
25 9 33 4 2 7 10 2
136 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Anexo B – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 2 (de 25.001 a 100 mil habitantes)
Município/Direitos
Cidadania/Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/
TransporteEducação Saúde
Trabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
276 292 268 297 299 294 291 299
Aguaí Lei 1.821/2001
Américo Brasiliense Lei 39/2001
Amparo
Leis 1.719/1990, 2.556/2000, 3.266/2007, 3.300/2007
Lei 2.501/1999
Leis 2.42/1993, 2.352/1998, 3.668/2010; 3.250/2007, 3.252/2007
Lei 3.262/2007 Lei 2.557/2000 Lei 3.420/2009
Artur NogueiraLei Orgânica, Lei 2.498/1998
Lei 2.767/2005
Avaré Lei 2.589/2010
Barra Bonita
X - Decretos 3.954/2009, 3.964/2009; Lei 1.810/1996
Lei 2.491/2006
BatataisLeis 2.049/1994, 2.115/1995, 3.001/2009
Lei 1.908/1992Leis 2.468/1999, 2.893/2007, 2.235/1997
Lei 2.138/1996
Bebedouro Lei 3.127/2001
BoituvaLei 709/1991, 1.475/2002
Lei 1.805/2007 Lei 899/1994 Lei 665/1990Leis 480/1987, 521/1988
Campo Limpo Paulista
Lei 1.937/2008 Lei 1.389/1996
Campos do Jordão Lei 3.368/2010Leis 2.718/2003, 3.427/2011
Lei 3.289/2009
Capão Bonito Lei 3.079/2008
Casa Branca Lei 2.659/2004 Lei 2.210/1996 Lei 1.442/1989
Cerquilho Lei 2.019/2009
DracenaLeis 3.046/2002, 211/2003
Embu-GuaçuLeis 2.251/2001, 2.298/2010
Leis 1.672/2001, 1.804/2002
Lei 2.213/2009Leis 1.803/2002, 2.481/2011
Lei 2.250/2009 Lei 2.262/2009
(continua)
137aneXos
Anexo B – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 2 (de 25.001 a 100 mil habitantes)
Município/Direitos
Cidadania/Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/
TransporteEducação Saúde
Trabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
Fernandópolis Lei 3.487/2009
Leis 3.109/2006, 3.259/2007, 3.704/2010, 3.717/2010
Ibaté Lei 2.064/2003
Leis 2.170/2005, 2.144/2004, 2.465/2009, 1.613/1998, 1.698/1999
Lei 2.395/2008Leis 2.409/2008, 1.724/1999
Lei 1.999/2003
IbiúnaLeis 245/1993, 1.683/2011
Lei 201/1992 Lei 201/1992
Iperó Lei 23/1994
ItapevaLeis 2.083/2003, 2.381/2006, 2.468/2006
Lei 1.263/1998
Leis 916/1996, 2.382/2006, 2.996/2009, 990/1997, 2.094/2003, 2.829/2008
Lei 2.899/2009 Lei 360/1989Leis 2.732/2008, 2.877/1999
Lei 2.966/2009
Ituverava Lei 3.722/2006Leis 3.252/1999, 3.741/2006, 3.742/2006
Lei 3.092/1996 Lei 3.328/2001
Jaboticabal Lei 3.903/2009
JalesLeis 2.525/2000, 2.862/2004
Leis 3.222/2007, 2.661/2002, 3.618/2009, 3.641/2009; Decreto 4.863/2009
Lei 2.802/2003 Lei 3.136/2006 Lei 1.870/1990 Lei 1.335/1983
JuquitibaLeis 853/1998, 919/1999
Lei 954/1999
Leis 953/1999, 1.294/2004, 885/1998, 886/1998
Lei 1.373/2005
Laranjal Paulista Lei 2.933/2011
Leme Lei 2.940/2007 Lei 2.656/2002 Lei 2.889/2006Leis 2.177/1995, 2.619/2001
MairinqueLeis 1.693/1992, 2.068/1997, 2.896/2011
Leis 1.695/1992, 1.763/1992, 2.345/2001, 2.443/2002
Lei 1.762/1992
(continua)
138 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Município/Direitos
Cidadania/Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/
TransporteEducação Saúde
Trabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
Matão Lei 3.758/2006 Lei 3.404/2004
Mirassol Lei 2.647/2003
Leis 2.560/2002, 2.662/2003, 2.554/2002, 3.323/2010, 2.549/2002
Lei 2.161/1995
MococaLei 4.021/2010, 1.764/1998
Leis 2.941/1998, 3.670/2006, 3.648/2006, 3.149/2001, 2.866/1997, 2.572/1995, 3.112/2000, 2.675/1996
Lei 4.174/2011Leis 3.090/2000, 2.920/1998
Leis 3.398/2004, 2.572/1995, 2.510/1994
Leis 4.163/2011, 2.527/1995, 2.566/1995, 3.632/2006, 2.478/1994
Mogi-Mirim Lei 5.056/2011
Monte AltoLeis 2.372/2005, 2.005/2008
lei 2.039/1998Leis 1.944/1996, 2.764/2011
Nova OdessaLeis 2.006/2004, 1.458/1995
Leis 2.409/2010, 2.161/2006
Lei 1.681/1999
Olímpia Lei 2.192/1992 Lei 3.065/2003
Leis 2.283/1993, 3.160/2004, 2.364/1994, 2.886/2001, 3.095/2003, 3.263/2007
Lei 2.082/1990
Orlândia Lei Orgânica
Paulínia Lei 1.893/1994Leis 2.463/2001, 2.093/1997
Leis 2.106/1997, 1.701/1993
Leis 2.367/2000, 1.040/1987
PenápolisLeis 486/95, 366/1994
Leis 4.74/1995, 268/1993
Peruíbe Lei 2.081/2000 Lei 3.020/2009
Leis 937/2008, 1.644/1995, 3.427/2010, 2.807/2006 e 2.889/2007
Piedade Lei 2.905/1997
Anexo B – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 2 (de 25.001 a 100 mil habitantes)
(continua)
139aneXos
Município/Direitos
Cidadania/Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/
TransporteEducação Saúde
Trabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
Pilar do Sul LC 27/1991
Piracaia
Leis 1.652/1992, 2.145/2002, 2.569/2010, 2.183/2003
Leis 2.575/2010, 2.142/2002
Leis 50/2008, 2.261/2005
Piraju X Lei 1.913/1994
Leis 2.126/1997, 3.376/2010 , 3.481/2010, 2.126/1997
Lei 2.723/2003
Pirassununga
Leis 2.430/1993, 1.731/1986, 3.815/2009, 3.675/2008
Lei 3.301/2004 Lei 2.329/1992Leis 3.299/2004, 2.357/1992
Leis 3.591/2010, 2.524/1993
Lei 3.472/2006
Pontal Lei 851/1998
Porto Feliz Lei 4.345/2006 Lei 47/2003
Porto Ferreira Leis 2.271/2002, 2.083/1998, 1.990/1996
Leis 2.221/2001, 2.314/2003
Lei 1.989/1996
RanchariaLeis 366/1991, 682/1994
Leis 78/1997, 708/1995
Rio das Pedras Lei 2.354/2006Leis 2.410/07, 1.905/97
Lei 2.233/2003 Lei 2.266/2005Leis 2.149/2001, 2.416/2007
Salto de Pirapora Lei 1.376/2010
Santa Cruz das Palmeiras
LC 109
Santa Cruz do Rio Pardo
Lei 1.312/1991Leis 1.480/1994, 1.319/1991, 1.431/1993
Lei 2.004/2003
São ManuelLeis 32/2001, 727/2009, 810/2010
Leis 296/04, 369/05, 914/11, 380/05, 803/10
Lei 766/2010
Anexo B – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 2 (de 25.001 a 100 mil habitantes)
(continua)
140 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Município/Direitos
Cidadania/Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/
TransporteEducação Saúde
Trabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
São Roque
Leis 3.538/2010, 3.286/2009, 3.210/2008, 2.630/2001, 2.629/2001, 2.301/1996, 6.670/2009
Leis 3.703/2011, 3.412/2010, 2.145/1993
Leis 3.374/2009, 3.590/2011, 2.862/2004
TaquaratingaLeis 3131/2000, 3312/2003
Lei 2.419/1992Leis 3.198/2001, 3.056/1999
Lei 3.178/2001 Lei 3.035/1999
Tietê Lei 2.762/2004
Leis 2.508/1998, 2.520/1999, 2.723/2003, 746/2003
Leis 2.728/2003, 3.117/2009
Ubatuba
Leis 2.776/2006, 2.634/2004, 2.168/2002, 1.546/1996, 1.128/1991
Leis 2.156/2002, 1.305/1993, 1.127/1991, 974/1999, 3.229/2009, 2.588/2004, 1.723/1998, 1.621/1997, 1.232/1993, 2.595/2004
Lei 2.747/2005 Leis 2.331/2004
Leis 2.147/2001, 1.391/2004, 997/1989, 2.797/2006
Leis 1.209/1992, 1.068/1991, 2.561/2004, 1.353/1994
Lei 1.126/1991
Município/Direitos
Cidadania/Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/
TransporteEducação Saúde
Trabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
35 19 45 12 9 21 15 10
265 281 255 288 291 279 285 290
AmericanaLeis 3.836/2003, 4.768/2008
Leis 4.090/2004, 5.048/2010
Decretos 7.511/2008, 7.724/2008, 7.252/2007, 8.279/2010, 3.681/1994; Leis 5.209/2011, 4.484/2007
Lei 4.244/2005
Anexo B – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 2 (de 25.001 a 100 mil habitantes)
ANEXO C – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 3 (de 100.001 a 300 mil habitantes)
(continua)
141aneXos
Município/Direitos
Cidadania/Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/
TransporteEducação Saúde
Trabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
Araraquara Lei 5.943/2002 Lei 4.374/1994
Leis 4.233/1993, 4.978/1998, 5.537/2000, 5.008/1998, 5.377/2000, 5.935/2002, 7.181/2010
Leis 6.047/2003, 6.757/2008
Lei 5.654/2001 Lei 6.818/2008
Atibaia Lei 3.682/2008Leis 3.911/2010, 3.894/2010
Lei 3.929/2010
Botucatu Lei 4.433/2003
Leis 2.947/1989, 3.945/1999, 4.188/2001, 4.518/2004, 4.516/2004
Lei 2.946/1989 Lei 3.501/1996
Bragança Paulista Lei 3.325/2000 Lei 3.512/2002
CatanduvaLeis 3.503/1999, 4.410/2007, 549/2010
Lei 4.547/2008
Leis 3.254/1997, 4.131/2005, 4.885/2009, 4.954/2010
Lei 3.852/2003 Lei 4.584/2008 Lei 3.609/1999Leis 3.433/1998, 4.953/2010
CotiaLeis 113/2009, 1.151/2008, 1.495/2009
IndaiatubaLeis 3.327/1996, 3.493/1997
Leis 2.976/1993, 3.808/1999, 3.910/2000, 4.136/2002, 4.923/2006, 5.744/2010, 5.641/2009
Lei 3.578/1998
Itapetininga Lei 4.796/2003 Lei 4.069/1997
Itapevi Lei 1.577/2002
Itu Lei 3.371/1992
Leis 3.709/1995, 350/2002, 657/2005, 749/2006, 3.183/1990
Lei 1.141/2010
ANEXO C – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 3 (de 100.001 a 300 mil habitantes)
(continua)
142 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Município/Direitos
Cidadania/Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/
TransporteEducação Saúde
Trabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
Marília
Leis 4.191/1996, 4.231/1996, 4.245/1997, 5.464/2003
Leis 4.235/1996, 4.246/1997, 4.452/1998, 4.500/1998, 5.032/2001, 5.330/2002, 5.952/2004, 6.045/2004, 6.141/2004, 6.416/2006, 6.727/2008, 7.019/2009, 7.320/2011, 7.166/2010, 4.704/1999, 5.904/2004, 5.950/2004, 6.410/2006, 7.009/2009, 4.221/1996, 5.611/2004
Leis 5.381/2002, 5.834/2004, 5.873/2004
Leis 5.639/2004, 5.959/2004, 6.001/2004, 6.055/2004, 6.074/2004
Leis 5.458/2003, 5.924/2004
Leis 5.835/2004, 353/2003
Leis 4.210/1996, 4.354/1997, 4.390/1998, 5.968/2004, 6.733/2008
Presidente Prudente
Leis 5.767/2002, 5.805/2002
Leis 5.854/2002, 6.122/2003, 7.004/2009, 7.243/2010, 5.859/2002, 5.779/2002, 5.643/2001
Lei 5.633/2001 Lei 6.919/2009
Rio Claro Lei 1.982/1985
Leis 6.518/2001, 6.861/2003, 7.179/2004, 3.433/2004; 1.911/1984
Leis 2.416/1991, 3.459/2004
Leis 6.899/2003, 2.143/1987, 2.598/1993, 3.601/2005, 2.747/1995
Lei 1.969/1985
Salto Lei 2.733/2006 Lei 3.029/2010
Santa Bárbara d’Oeste
Leis 1.660/1986, 2.265/1997, 91/2010, 3.274/2011
Lei 3.213/2010Leis 2.510/2000, 2.347/1998, 2.953/2006
Leis 2.015/1992, 3.275/2011
Leis 2.285/1997, 2.929/2005, 2.138/1995
ANEXO C – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 3 (de 100.001 a 300 mil habitantes)
(continua)
143aneXos
Município/Direitos
Cidadania/Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/
TransporteEducação Saúde
Trabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
Santana de Parnaíba
Leis 2.003/1997, 2.394/2002
Lei 2.248/2000
Leis 1.466/1989, 2.103/1998, 2.323/2001, 1.862/1994, 1.976/1996, 2.380/2002, 2.627/2005, 2.973/2009, 3.028/2010
Lei 2.795/2007 Lei 2.105/1998
Leis 1.401/1988, 2.519/2004, 2.524/2004, 2.549/2004, 2.881/2008
Leis 1.975/1996, 2.472/2003, 2.493/2003, 2.958/2009
Lei 2.117/1998
Sumaré Lei 4.163/2006
Taboão da SerraLeis 1.952/2010, 1.595/2005, 1.045/1993
Leis 1.876/2009, 1.682/2006
Leis 1.950/2010, 1.782/2008, 1.506/2004, 1.452/2003, 1.271/1999, 1.244/1999, 2.076/2011, 1.844/2009, 1.666/2006, 925/1991, 1.588/2005
Leis 1.587/2005, 1.247/1999
Lei 1.392/2001Leis 1.386/2001, 1.066/1994
Leis 988/1992, 983/1992, 901/1991
Lei 1.690/2006
TatuíLeis 3.648/2005, 4.539/2011
Leis 3.058/1998, 3.079/1998, 4.553/2011, 3.647/2005, 3.750/2005, 3.757/2005, 4.584/2011, 3.108/1998, 3.112/1998, 4.026/1999
Lei 3.148/1999Leis 4.508/2011, 3.279/2000
Lei 4.533/2011 Lei 4.286/2009 Lei 3.857/2006
Votorantim Lei 1.650/2002
17 8 18 8 7 10 5 11
247 256 246 256 257 254 259 253
ANEXO C – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 3 (de 100.001 a 300 mil habitantes)
144 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Município/Direitos
Cidadania/Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/
TransporteEducação Saúde
Trabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
Bauru
Leis 4.503/1999, 5.114/2004, 4.332/1998, 5.193/2004
Leis 3.124/1989, 3.394/1991, 4.232/1997, 4.457/1990, 5.767/2009, 5.938/2010, 3.111/1989, 3.489/1992, 5.146/2004, 5.184/2004 e 6.004/2010
Lei 5.172/2004 Lei 5.215/2004
Campinas Lei 17.427/2011Leis 14.077/2011, 13.782/2010
Leis 17.298/2011, 13.997/2011
Carapicuíba X - 2.250/2001 X - 2.404/2003Lei 2.431/2003, 2.695/2006, 2.252/2001
Lei 2.603/2005 Lei 2.626/2005Leis 2.589/2005, 2.786/2008, 2.292/2001
Franca Lei 4.945/1997 Lei 5.871/2003
Leis 3.854/2004, 464/1944, 761/1954, 759/1964, 921/1975, 524/015, 833/025, 922/035, 943/2003, 967/2003, 5.236/1999, 5.930/2003, 6.081/2003, 6.601/2006, 4.213/1992, 4.283/1993, 4.931/1997, 5.320/2000, 5.537/2001, 6.621/2006, 6.651/2006, 6.845/2007, LC 106/2006
Lei 6.287/2004 Lei 5.582/2001
Lei 3.636/1989, 3.816/1990, 5.234/1999, 6.355/2005
Lei 5.328/2000
Guarulhos Lei 3.898/1991 Lei 4.664/1994
Anexo D – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 4 (acima de 300 mil habitantes)
(continua)
145aneXos
Município/Direitos
Cidadania/Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/
TransporteEducação Saúde
Trabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
Piracicaba Lei 4.833/2000Leis 7.195/2011, 6.006/1997, 5.711/2006
Leis 4.548/1998, 3.613/1993, 6.998/2011, 5.797/2006, 5.339/2003, 6.097/2007, 5.339/2003
Lei 5.839/2006Leis 6.591/2009, 5.714/2006
Lei 6.184/2011
Ribeirão PretoLeis 6.010/1991, 8.164/1998, 9.966/2003
Leis 1.2024/2009, 8.670/1999, 9.559/2002, 9.106/2001, 10.052/2004, 7.957/1997
Leis 6.878/1994, 7.328/1996, 8.398/2011, 8.315/2010, 8.227/2010, 8.219/2010, 8.077/2010, 361/2009, 7.651/2008, 7.572/2008, 7.293/2007, 7.174/2006, 297/2005, 5.260/1998, 4.862/1996, 5.093/1997, 10.895/2006, 10.607/2005, 11.543/2007, 12.310/2010, 6.647/1993, 7.052/1995, 8.560/1999, 7.070/1997, 9.625/2002, 9.605/2002, 9.384/2001, 12.171/2009, 11.443/2007, 11.107/2007, 8.782/2000, 8.185/1998, 1.0510/2005, 6.990/1994
Leis 1.0594/2005, 11.364/2007, 6.877/1994, 7.430/1996, 9.809/2003
Leis 1.0724/2006, 10.173/2004, 11.604/2008, 11.543/2008, 6.124/1991, 7.418/1996, 9.929/2003
Leis 7.574/1996, 7.117/1995
Leis 10.817/2006, 11.503/2007, 12.392/2010, 7.462/1996, 7.383/1996, 7.188/1995, 8.183/1998
Leis 1.1065/2006, 10.449/2005, 11.787/2008, 9.712/2002
Anexo D – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 4 (acima de 300 mil habitantes)
(continua)
146 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Município/Direitos
Cidadania/Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/
TransporteEducação Saúde
Trabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
Santos
Leis 799/1991, 1.897/2000, 2.320/2005; LC 188/1995
Lei 691/1990
Leis 1.268/1993, 1.624/1997, 1.741/1999, 800/1991, 1.525/1996, 1.719/1998, 1.807/1999, 1.830/1999, 1.774/1999, 2.008/2002; Decretos 6.032/1981, 6.065/1982; LC 84/1993, 339/1999, 434/2001, 618/2008, 674/2010, 530/2005, 2.377/2006, 2.656/2009;
Leis 1.379/1995, 1.952/2001
Leis 1.263/1993, 1.482/1996, 1.501/1996, 1.632/1997, 1.679/1998, 1.721/1998, 170/1998, 1.773/1999, 1.806/1999, 1.967/2001, 2.057/2002, 2.065/2002, 2.339/2005, 2.341/2005, 2.342/2005, 2.343/2005, 2.471/2007, 2.509/2007, 2.510/2007, 2.512/2007
Leis 1.870/2000, 2.299/2005, 2.412/2006
Leis 1.879/2000, 2.340/2005, 2.465/2007
Lei 1.677/1998, 1.981/2001, 2.528/2008, 2.536/2008
São Bernardo do Campo
Lei 14.349/2003Leis 169/2003, 17.421/2011
Leis 5.236/2003, 5.289/2004, 3.691/1991
Anexo D – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 4 (acima de 300 mil habitantes)
(continua)
147aneXos
Anexo D – Distribuição dos municípios por porte populacional: Faixa 4 (acima de 300 mil habitantes)
Município/Direitos
Cidadania/Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/
TransporteEducação Saúde
Trabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
São José dos Campos
Leis 7.468/2008, 6.669/2004, 4.833/1996
Leis 4.733/1995, 4.572/1994, 4.500/1993, 3.843/1990, 8.321/2010, 8.266/2010, 7.504/2008, 7.188/2006, 5.754/2000, 8.398/2011, 8.315/2010, 8.227/2010, 8.219/2010, 8.077/2010, 361/2009, 7.651/2008, 7.572/2008, 7.293/2007, 7.174/2006, 297/2005, 5.260/1998, 4.862/1996, 5.093/1997, 7.353/2007, 6.532/2004
Lei 3.116/1986 Lei 8.304/2010
Leis 8268/2010, 7050/2006, 6428/2003, 3659/1989
Leis 8.344/2011, 6.889/2005, 6.732/2004
(continua)
148 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Município/Direitos
Cidadania/Igualdade
ConscientizaçãoAcessibilidade/
TransporteEducação Saúde
Trabalho/ Emprego
Assistência Social
Cultura, Lazer e Esporte
São PauloLeis 1.995/1996, 12.365/1997, 14.073/2005
Leis 11.250/1992, 11.506/1994, 11.602/1994, 11.992/1996, 10.508/1988, 10.832/1990, 11.065/1991, 11.345/1993, 11.424/1993, 11.441/1993, 11.785/1995, 12.117/1996, 12.360/1997, 12.492/1997, 12.561/1998, 11.865/1995, 12.363/1997, 13.714/2004, 12.815/1999, 12.821/1999, 13.036/2000, 13.537/2003, 14.028/2005, 12.597/1998
Lei 1.1326/1992Leis 11.353/1993, 13.234/2001
Leis 11.101/1991, 11.987/1996, 12.037/1996, 12.368/1997
Sorocaba Lei 6.480/2001
Leis 5.167/1996, 6.433/2001, 3.150/1989, 3.565/1991, 4.108/1992, 5.565/1998, 5.564/1998, 8.051/2006, 8.865/2009, 9.008/2009, 9.313/2010, 9.369/2010, 6.955/2003
Lei 3.601/1991 Lei 4.283/1993 Lei 4.307/1993
11 7 11 9 4 8 5 8
244 248 244 246 251 247 250 247
88 43 107 33 22 46 35 31
Total 94 49 113 39 28 52 41 37
2 5 3 6 9 4 8 7
Anexo D – Distribuição dos municípios por faixa populacional: Faixa 4 (acima de 300 mil habitantes)
149aneXos
Anexo E – Municípios sem legislação própria sobre o tema
(continua)
nº Municípios nº Municípios nº Municípios nº Municípios
1 Adamantina 34 Cabrália Paulista 67 Garça 100 Lucélia
2 Adolfo 35 Caiabu 68 Getulina 101 Lucianópolis
3 Águas de Santa Bárbara 36 Caiuá 69 Guareí 102 Luiziânia
4 Alambari 37 Cajobi 70 Guatapará 103 Lupércio
5 Alfredo Marcondes 38 Campina do Monte Alegre 71 Herculândia 104 Lutécia
6 Altair 39 Castilho 72 Iacri 105 Macaubal
7 Alto Alegre 40 Catiguá 73 Iaras 106 Macedônia
8 Álvares Florence 41 Cedral 74 Ibirá 107 Magda
9 Américo de Campos 42 Cerqueira César 75 Ibirarema 108 Manduri
10 Analândia 43 Cesário Lange 76 Iepê 109 Marabá Paulista
11 Anhumas 44 Coronel Macedo 77 Igarapava 110 Mariápolis
12 Aparecida d’Oeste 45 Cosmorama 78 Ilhabela 111 Marinópolis
13 Apiaí 46 Cristais Paulista 79 Indiana 112 Martinópolis
14 Araçariguama 47 Cunha 80 Inúbia Paulista 113 Mauá
15 Araçoiaba da Serra 48 Dirce Reis 81 Ipiguá 114 Mendonça
16 Arandu 49 Divinolândia 82 Iporanga 115 Meridiano
17 Arapeí 50 Dolcinópolis 83 Irapuã 116 Mesópolis
18 Arealva 51 Dourado 84 Irapuru 117 Miguelópolis
19 Areiópolis 52 Dumont 85 Itaí 118 Mineiros do Tietê
20 Ariranha 53 Eldorado 86 Itaóca 119 Mira Estrela
21 Arujá 54 Elias Fausto 87 Itapecerica da Serra 120 Mirante do Paranapanema
22 Aspásia 55 Embaúba 88 Itapirapuã Paulista 121 Mirassolândia
23 Bady Bassitt 56 Engenheiro Coelho 89 Itaporanga 122 Monções
24 Bananal 57 Estrela do Norte 90 Itararé 123 Monte Aprazível
25 Barão de Antonina 58 Estrela d’Oeste 91 Itatinga 124 Monte Castelo
26 Barra do Chapéu 59 Euclides da Cunha Paulista 92 Itupeva 125 Nantes
27 Barueri 60 Fartura 93 Jaborandi 126 Natividade da Serra
28 Bento de Abreu 61 Fernando Prestes 94 Jeriquara 127 Neves Paulista
29 Bocaina 62 Flora Rica 95 Joanópolis 128 Nipoã
30 Bofete 63 Floreal 96 João Ramalho 129 Nova Aliança
31 Bom Sucesso de Itararé 64 Flórida Paulista 97 Júlio Mesquita 130 Nova Campina
32 Boraceia 65 Francisco Morato 98 Jumirim 131 Nova Canaã Paulista
33 Buri 66 Gabriel Monteiro 99 Lavrinhas 132 Nova Guataporanga
150 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
nº Municípios nº Municípios nº Municípios nº Municípios
133 Novais 161 Piquerobi 189 Rubineia 217 Taciba
134 Novo Horizonte 162 Pirajuí 190 Sagres 218 Taguaí
135 Nuporanga 163 Pirangi 191 Sales 219 Taiaçu
136 Ocauçu 164 Pirapora do Bom Jesus 192 Sales Oliveira 220 Taiúva
137 Óleo 165 Planalto 193 Salto Grande 221 Tanabi
138 Onda Verde 166 Platina 194 Sandovalina 222 Tapiraí
139 Oriente 167 Poá 195 Santa Albertina 223 Tapiratiba
140 Orindiúva 168 Pompeia 196 Santa Clara d’Oeste 224 Taquaral
141 Osasco 169 Pongaí 197 Santa Ernestina 225 Tarabai
142 Oscar Bressane 170 Pontalinda 198 Santa Fé do Sul 226 Tarumã
143 Osvaldo Cruz 171 Populina 199 Santa Rita d’Oeste 227 Tejupá
144 Ourinhos 172 Porangaba 200 Santa Salete 228 Timburi
145 Ouro Verde 173 Pracinha 201 Santana da Ponte Pensa 229 Torre de Pedra
146 Ouroeste 174 Pratânia 202 Santo Expedito 230 Trabiju
147 Pacaembu 175 Presidente Bernardes 203 São Francisco 231 Três Fronteiras
148 Palmares Paulista 176 Presidente Epitácio 204 São João das Duas Pontes 232 Tuiuti
149 Palmeira d’Oeste 177 Presidente Venceslau 205 São João do Pau d’Alho 233 Tupã
150 Palmital 178 Quadra 206 São José da Bela Vista 234 Tupi Paulista
151 Paraguaçu Paulista 179 Quatá 207 São José do Rio Pardo 235 Turmalina
152 Paranapanema 180 Queiroz 208 São Miguel Arcanjo 236 Ubarana
153 Paranapuã 181 Queluz 209 São Pedro do Turvo 237 Ubirajara
154 Pardinho 182 Restinga 210 São Sebastião da Grama 238 Uchoa
155 Parisi 183 Ribeira 211 São Simão 239 União Paulista
156 Paulistânia 184 Ribeirão Branco 212 Sarutaiá 240 Vargem
157 Pedranópolis 185 Ribeirão dos Índios 213 Sebastianópolis do Sul 241 Vera Cruz
158 Pedrinhas Paulista 186 Ribeirão Pires 214 Serra Azul 242 Vista Alegre do Alto
159 Pereiras 187 Rinópolis 215 Suzano 243 Vitória Brasil
160 Pindorama 188 Riolândia 216 Tabapuã
Anexo E – Municípios sem legislação própria sobre o tema
151aneXos
Nº Municípios
1 Agudos
2 Altinópolis
3 Álvaro de Carvalho
4 Alvinlândia
5 Andradina
6 Aparecida
7 Araçatuba
8 Aramina
9 Araras
10 Arco-Íris
11 Areias
12 Assis
13 Auriflama
14 Avaí
15 Avanhandava
16 Balbinos
17 Barbosa
18 Bariri
19 Barra do Turvo
20 Barretos
21 Barrinha
22 Bernardino de Campos
23 Bertioga
24 Bilac
25 Birigui
26 Biritiba Mirim
27 Boa Esperança do Sul
28 Bom Jesus dos Perdões
29 Borá
30 Borborema
31 Borebi
32 Braúna
33 Brejo Alegre
34 Brodowski
35 Brotas
36 Buritama
37 Buritizal
38 Cabreúva
39 Caçapava
Anexo F – Municípios que não responderam
(continua)
Nº Municípios
40 Cachoeira Paulista
41 Caconde
42 Cafelândia
43 Caieiras
44 Cajamar
45 Cajati
46 Cajuru
47 Campos Novos Paulista
48 Cananeia
49 Canas
50 Cândido Mota
51 Cândido Rodrigues
52 Canitar
53 Capivari
54 Caraguatatuba
55 Cássia dos Coqueiros
56 Charqueada
57 Chavantes
58 Clementina
59 Colômbia
60 Conchal
61 Coroados
62 Corumbataí
63 Cosmópolis
64 Cravinhos
65 Cruzália
66 Cruzeiro
67 Cubatão
68 Descalvado
69 Diadema
70 Dobrada
71 Dois Córregos
72 Duartina
73 Echaporã
74 Embu
75 Espírito Santo do Pinhal
76 Espírito Santo do Turvo
77 Fernão
78 Ferraz de Vasconcelos
Nº Municípios
79 Florínea
80 Franco da Rocha
81 Gália
82 Gastão Vidigal
83 Gavião Peixoto
84 General Salgado
85 Glicério
86 Guaiçara
87 Guaimbê
88 Guaíra
89 Guapiaçu
90 Guará
91 Guaraçaí
92 Guarani d'Oeste
93 Guarantã
94 Guararapes
95 Guararema
96 Guaratinguetá
97 Guariba
98 Guarujá
99 Guzolândia
100 Holambra
101 Hortolândia
102 Iacanga
103 Ibitinga
104 Icém
105 Igaraçu do Tietê
106 Igaratá
107 Iguape
108 Ilha Comprida
109 Ilha Solteira
110 Indiaporã
111 Ipeúna
112 Ipuã
113 Iracemápolis
114 Itajobi
115 Itaju
116 Itanhaém
117 Itapira
Nº Municípios
118 Itápolis
119 Itapuí
120 Itapura
121 Itaquaquecetuba
122 Itariri
123 Itatiba
124 Itirapina
125 Itirapuã
126 Itobi
127 Jacareí
128 Jaci
129 Jacupiranga
130 Jaguariúna
131 Jambeiro
132 Jandira
133 Jardinópolis
134 Jarinu
135 Jaú
136 José Bonifácio
137 Jundiaí
138 Lagoinha
139 Lavínia
140 Lençóis Paulista
141 Limeira
142 Lindoia
143 Lins
144 Lorena
145 Lourdes
146 Louveira
147 Luiz Antônio
148 Macatuba
149 Mairiporã
150 Marapoama
151 Miracatu
152 Mirandópolis
153 Mogi das Cruzes
154 Mogi-Guaçu
155 Mombuca
156 Mongaguá
152 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Nº Municípios
157 Monte Azul Paulista
158 Monte Mor
159 Monteiro Lobato
160 Morro Agudo
161 Motuca
162 Murutinga do Sul
163 Nhandeara
164 Nova Castilho
165 Nova Granada
166 Nova Independência
167 Nova Luzitânia
168 Palestina
169 Paraibuna
170 Paraíso
171 Pariquera-Açu
172 Pauliceia
173 Pederneiras
174 Pedra Bela
175 Pedregulho
176 Pedreira
177 Pedro de Toledo
178 Pereira Barreto
179 Piacatu
180 Pindamonhangaba
181 Pinhalzinho
182 Piquete
183 Pitangueiras
184 Poloni
185 Potim
186 Potirendaba
187 Praia Grande
188 Presidente Alves
189 Promissão
Nº Municípios
190 Rafard
191 Redenção da Serra
192 Reginópolis
193 Registro
194 Ribeirão Corrente
195 Rifaina
196 Rio Grande da Serra
197 Roseira
198 Rubiácea
199 Sabino
200 Salesópolis
201 Santa Adélia
202 Santa Branca
203 Santa Cruz da Esperança
204 Santa Isabel
205 Santa Lúcia
206 Santa Maria da Serra
207 Santa Rita do Passa Quatro
208 Santa Rosa de Viterbo
209 Santo André
210 Santo Antônio da Alegria
211 Santo Antônio do Aracanguá
212 Santo Antônio do Jardim
213 Santo Antônio do Pinhal
214 Santópolis do Aguapeí
215 São Bento do Sapucaí
216 São Caetano do Sul
217 São Carlos
218 São João da Boa Vista
219 São João de Iracema
220 São Joaquim da Barra
221 São José do Barreiro
222 São José do Rio Preto
Nº Municípios
223 São Lourenço da Serra
224 São Luís do Paraitinga
225 São Pedro
226 São Sebastião
227 São Vicente
228 Serra Negra
229 Serrana
230 Sertãozinho
231 Sete Barras
232 Severínia
233 Silveiras
234 Socorro
235 Sud Mennucci
236 Suzanápolis
237 Tabatinga
238 Taquarivaí
239 Taubaté
240 Terra Roxa
241 Tremembé
242 Turiúba
243 Urânia
244 Uru
245 Urupês
246 Valentim Gentil
247 Valinhos
248 Valparaíso
249 Vargem Grande do Sul
250 Vargem Grande Paulista
251 Várzea Paulista
252 Vinhedo
253 Votuporanga
254 Zacarias
Anexo F – Municípios que não responderam
153aneXos
Anexo G – Municípios do estado que participaram do levantamento
Anexo H – Municípios da RA de Araçatuba que participaram do levantamento
REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULO
PRUDENTE
REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO
PRESIDENTE
ARAÇATUBA
MARÍLIA
BAURU
SÃO JOSE DO RIO PRETO
BARRETOS FRANCA
RIBEIRÃO PRETO
CAMPINAS
SÃO JOSE DOS CAMPOS
SANTOS
REGISTRO
SOROCABA
CENTRAL
23 0 23 46 Km
Escala 1 : 2300000
Municípios
Com Legislação (148)
Sem Legislação (243)
Não Responderam (254)
Limite de Município
Divisão Regional Administrativa - RA
N
Sud MennucciItapuraGuzolândia
Suzanápolis
Pereira Barreto
Ilha Solteira
Andradina
Castilho
Mirandópolis
Valparaíso Guararapes
Lavínia
Murutingado Sul
NovaIndependência
Guaraçaí
Santo Antônio do Aracanguá
General Salgado
Auriflama
Araçatuba
Clementina
Santópolisdo Aguapeí
Luiziânia
Piacatu
BraúnaGabriel Monteiro
Alto Alegre
PenápolisGlicérioCoroados Avanhandava
BarbosaBirigui
Bilac
Bento de AbreuRubiácea
Turiúba
Nova Luzitânia
Lourdes
Gastão Vidigal
Buritama
São Joãode Iracema
BrejoAlegre
13 0 26 39 Km
Escala 1 : 1300000
NovaCastilho
13
N
ARTIGO
5 Igualdade e não discriminação
6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização
9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação
24 Educação
25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação
27 Trabalho e Emprego
28 Padrão de vida e proteção social adequados
30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte
Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA
REGIÃO ADMINISTRATIVA DE ARAÇATUBA
154 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
Colômbia
AltairGuaraci
Olímpia
Severínia
Cajobi
Embaúba
Pirangi
Monte AzulPaulista
Vista Alegredo Alto
Guaíra
Barretos
Terra RoxaColina
Jaborandi
Bebedouro
Viradouro
Taiaçu Taiúva
0 9 18 27 Km
Escala 1 : 9000009
N
REGIÃO ADMINISTRATIVA DE BARRETOS
ARTIGO
5 Igualdade e não discriminação
6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização
9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação
24 Educação
25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação
27 Trabalho e Emprego
28 Padrão de vida e proteção social adequados
30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte
Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA
Anexo I – Municípios da RA de Barretos que participaram do levantamento
Anexo J – Municípios da RA de Bauru que participaram do levantamento
Guaiçara
Guaimbê
LinsPromissão
Getulina
Lucianópolis
Duartina
Presidente Alves
Ubirajara
Pongaí
Pirajuí
Sabino
Guarantã
CafelândiaUru
Paulistânia
Bauru
PiratiningaCabráliaPaulista
Agudos
Arealva
Avaí
Iacanga
Reginópolis
Balbinos
Macatuba
Bariri
Boracéia
PederneirasItapuí
Lençóis PaulistaBorebi
Itaju
JaúDois
Córregos
Igaraçu do Tietê
Barra Bonita
Bocaina
Mineirosdo Tietê
N
13 0 13 26 39 Km
Escala 1 : 1300000
REGIÃO ADMINISTRATIVA DE BAURU
ARTIGO
5 Igualdade e não discriminação
6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização
9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação
24 Educação
25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação
27 Trabalho e Emprego
28 Padrão de vida e proteção social adequados
30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte
Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA
155aneXos
Santa Cruz das Palmeiras
Mococa
São João da Boa VistaAguaí
Pirassununga
Vargem Grande do Sul Águas da Prata
São Sebastião da GramaItobi
Casa Branca
Tambaú
Divinolândia
São José do Rio Pardo
Caconde
Tapiratiba
Estiva Gerbi
Conchal
Espírito Santo do Pinhal
Moji-Guaçu
Araras
ItapiraMoji-Mirim
Rio Claro
Brotas Itirapina
Santa Cruz da Conceição
Analândia
CorumbataíLeme
Santo Antônio do Jardim
Santa Gertrudes
LimeiraIracemápolis
Americana
Sumaré
Nova OdessaSanta Bárbara
D'Oeste
Cordeirópolis
Elias Fausto
Monte MorCapivari
Rafard
Mombuca
Rio das Pedras
Saltinho
Águas de São Pedro
Piracicaba
São Pedro
Torrinha
AmparoPedreira
Monte Alegre do Sul
PinhalzinhoPaulínia
Jaguariúna
CosmópolisHolambra
Santo Antônio de PosseArtur Nogueira
Engenheiro Coelho
Socorro
Águas de Lindóia
Serra Negra
Lindóia
Pedra Bela
CampinasHortolândiaTuiuti
Bragança PaulistaValinhosItatiba
Morungaba
Joanópolis
Vargem
Piracaia
Bom Jesus dos Perdões
Nazaré PaulistaAtibaia
Campo Limpo Paulista
Jarinu
Jundiaí
Vinhedo
LouveiraItupeva
Cabreúva
Indaiatuba
13 0 13 26 39 Km
Escala 1 : 1300000
N
REGIÃO ADMINISTRATIVA DE CAMPINAS
ARTIGO
5 Igualdade e não discriminação
6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização
9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação
24 Educação
25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação
27 Trabalho e Emprego
28 Padrão de vida e proteção social adequados
30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte
Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA
Anexo K – Municípios da RA de Campinas que participaram do levantamento
Anexo L – Municípios da RA Central que participaram do levantamento
REGIÃO ADMINISTRATIVA CENTRAL
Santa ErnestinaTaquaritinga
MotucaDobrada
Cândido Rodrigues
Rincão
Santa Lúcia
Américo Brasiliense
AraraquaraPorto Ferreira
Santa Rita do Passa Quatro
São Carlos
Descalvado
Ibaté
Trabiju
Dourado
Ribeirão Bonito
Boa Esperança do Sul
Nova Europa
Gavião Peixoto
Tabatinga
Matão
Ibitinga
Borborema
Itápolis
Fernando Prestes
11 0 11 22 33 Km
Escala 1 : 1100000
N
ARTIGO
5 Igualdade e não discriminação
6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização
9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação
24 Educação
25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação
27 Trabalho e Emprego
28 Padrão de vida e proteção social adequados
30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte
Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA
156 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
REGIÃO ADMINISTRATIVA DE FRANCA
Ipuã
Miguelópolis
São Joaquim da Barra
OrlândiaMorro Agudo
Aramina
Guará
Nuporanga
Sales OliveiraBatatais
Igarapava
Buritizal
RibeirãoCorrente
São José da Bela Vista
Jeriquara
Rifaina
Pedregulho
Franca
Cristais Paulista
RestingaItirapuã
Patrocínio Paulista
Ituverava
9 0 9 18 27 Km
Escala 1 : 900000
N
ARTIGO
5 Igualdade e não discriminação
6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização
9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação
24 Educação
25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação
27 Trabalho e Emprego
28 Padrão de vida e proteção social adequados
30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte
Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA
Anexo M – Municípios da RA de Franca que participaram do levantamento
Anexo N – Municípios da RA de Marília que participaram do levantamento
Tupã
Iacri
Bastos
Rinópolis
Parapuã
Quatá
JoãoRamalho
Maracaí
Pedrinhas Paulista
Cruzália
Florínia
Tarumã
Paraguaçu Paulista
Palmital
Platina
Cândido Mota
Queiroz
Pompéia
Herculândia
Arco-Íris
Echaporã
Assis
Lutécia
Quintana
OscarBressane
Oriente
Ourinhos
Ribeirãodo Sul
Campos NovosPaulista
Salto GrandeIbirarema
AlvinlândiaOcauçu
Lupércio
MaríliaVeraCruz
Júlio Mesquita
São Pedro do Turvo
Chavantes
Canitar
Álvaro de Carvalho
Gália
Garça
Fernão
Ipauçu
Espírito Santodo Turvo
Óleo
Timburi
Bernardinode Campos
Santa Cruz do Rio Pardo
Borá
N
13 0 13 26 39 Km
Escala 1 : 1300000
REGIÃO ADMINISTRATIVA DE MARÍLIA
ARTIGO
5 Igualdade e não discriminação
6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização
9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação
24 Educação
25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação
27 Trabalho e Emprego
28 Padrão de vida e proteção social adequados
30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte
Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA
157aneXos
Anexo O – Municípios da RM de São Paulo que participaram do levantamento
Anexo P – Municípios da RA de Presidente Prudente que participaram do levantamento
Marabá Paulista
PresidenteEpitácio
Teodoro Sampaio
Euclides daCunha PaulistaRosana Sandovalina
Mirante do Paranapanema
SantoAnastácio
Presidente Venceslau
Piquerobi
Dracena
Caiuá
Ribeirãodos Índios
Paulicéia
Ouro Verde
Panorama Tupi Paulista
São João doPau D'Alho
NovaGuataporanga
SantaMercedes
MonteCastelo
Narandiba
PresidenteBernardes
AnhumasTarabai
Estrela do NorteTaciba
ÁlvaresMachado
Pirapozinho
Presidente Prudente
EmilianópolisSanto
Expedito
CaiabuAlfredo
Marcondes
Junqueirópolis
Flora Rica
Irapuru
Pacaembu
FlóridaPaulista
Adamantina
MariápolisPracinha
RegenteFeijó
Martinópolis
Iepê
Indiana
Nantes
Rancharia
OsvaldoCruz
SalmourãoLucélia
Inúbia Paulista
Sagres
N
14 0 14 28 42 Km
Escala 1 : 1400000
REGIÃO ADMINISTRATIVA DE PRESIDENTE PRUDENTE
ARTIGO
5 Igualdade e não discriminação
6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização
9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação
24 Educação
25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação
27 Trabalho e Emprego
28 Padrão de vida e proteção social adequados
30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte
Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA
REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO
Biritiba-Mirim
Moji das Cruzes Salesópolis
Francisco Morato
Franco da Rocha MairiporãCajamar
CarapicuíbaVargem Grande
Embu
ItapeviJandira
EmbuguaçuSão Lourenço
da Serra
São Bernardo do Campo
Santo André
Rio Grande da SerraDiadema
Ribeirão Pires
Mauá
GuarulhosItaquaquecetuba
Pirapora do Bom Jesus
Santana de Parnaíba
Ferraz de Vasconcelos
Poá
Susano
Arujá
Taboão da SerraCotia
Itapecerica da Serra
São Paulo
OsascoBarueri
Caieiras
Juquitiba
Guararema
Santa Isabel
Paulista
8 0 8 16 24 Km
Escala 1 : 800000
N
ARTIGO
5 Igualdade e não discriminação
6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização
9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação
24 Educação
25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação
27 Trabalho e Emprego
28 Padrão de vida e proteção social adequados
30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte
Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA
158 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
9 0 9 18 27 Km
Escala 1 : 900000
NCananéia
Cajati
Barra do Turvo
Eldorado
Pariquera-Açu
Juquiá
Registro
Sete Barras
Jacupiranga
Ilha Comprida
Itariri
Pedro de Toledo
Miracatu
Iguape
REGIÃO ADMINISTRATIVA DE REGISTRO
ARTIGO
5 Igualdade e não discriminação
6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização
9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação
24 Educação
25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação
27 Trabalho e Emprego
28 Padrão de vida e proteção social adequados
30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte
Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA
Anexo Q – Municípios da RA de Registro que participaram do levantamento
Anexo R – Municípios da RA de Ribeirão Preto que participaram do levantamento
REGIÃO ADMINISTRATIVA DE RIBEIRÃO PRETO
Monte Alto Jaboticabal
Taquaral
Pitangueiras
Dumont
Sertãozinho
Pontal
Guariba
Pradópolis
Guatapará
Barrinha Serrana
CravinhosSerra Azul
Luís Antônio
São Simão
Jardinópolis
Brodósqui
Ribeirão Preto
Santa Rosa de Viterbo
Santo Antônioda Alegria
Altinópolis
Cássia dosCoqueirosSanta Cruz
da EsperançaCajuru
9 0 9 18 37 Km
Escala 1 : 900000
N
ARTIGO
5 Igualdade e não discriminação
6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização
9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação
24 Educação
25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação
27 Trabalho e Emprego
28 Padrão de vida e proteção social adequados
30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte
Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA
159aneXos
Anexo S – Municípios da RA de Santos que participaram do levantamento
Anexo T – Municípios da RA de São José do Rio Preto que participaram do levantamento
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REGIÃO ADMINISTRATIVA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Marinópolis
Nova CanaãPaulista
AparecidaD'Oeste
Santa Fédo Sul
Rubinéia
Santa ClaraD'Oeste
TrêsFronteiras
Aspásia
DirceReis
São Francisco
Palmeira D'Oeste
Santana da
Santa RitaD'Oeste
SantaSalete
Paranapuã
SantaAlbertina
Dolcinópolis
Populina
Urânia
Mesópolis
Turmalina
VitóriaBrasil
Floreal
Magda
São João dasDuas Pontes
FernandópolisEstrelaD'Oeste
Pontalinda
Jales
MiraEstrela
GuaraniD'Oeste Macedônia
IndiaporãOuroeste
ÁlvaresFlorence
ValentimGentil
Votuporanga
Nhandeara
Pedranópolis
ParisiMeridiano
Monções
Zacarias
Ubarana
UniãoPaulista
Macaubal
Nipoã
Planalto
José Bonifácio
Jaci
MonteAprazível
CosmoramaTanabi
Sebastianópolisdo Sul
Poloni
Américo deCampos
PontesGestal
RiolândiaCardoso
Mendonça
Potirendaba
SalesAdolfo
Irapuã
NevesPaulista
Mirassol
Bady Bassitt
Bálsamo
Mirassolândia
Palestina
Ipiguá
Paulo de Faria
Orindiúva
Onda Verde
São Josédo Rio Preto
Nova Granada
CedralUchoa
Guapiaçu
Icém
Marapoama
Catanduva
Catiguá
Elisiário
Itajobi
Urupês
Ibirá
Tabapuã
Novo Horizonte
Paraíso
AriranhaPindorama
Santa Adélia
PalmaresPaulista
Novais
Ponte Pensa
Nova Aliança
N
14 0 14 28 42 Km
Escala 1 : 1400000
ARTIGO
5 Igualdade e não discriminação
6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização
9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação
24 Educação
25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação
27 Trabalho e Emprego
28 Padrão de vida e proteção social adequados
30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte
Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA
Santos
Itanhaém
Peruíbe
Mongaguá
Praia Grande
Cubatão
São Vicente
Bertioga
Guaruja
8 0 8 16 24 Km
Escala 1 : 800000
N
REGIÃO ADMINISTRATIVA DE SANTOS
ARTIGO
5 Igualdade e não discriminação
6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização
9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação
24 Educação
25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação
27 Trabalho e Emprego
28 Padrão de vida e proteção social adequados
30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte
Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA
160 DIreItos e GarantIas Das pessoas CoM DeFICIênCIa - a atUação Do MUnICípIo
MonteiroLobato
São José dos Campos
Caçapava
JambeiroJacareí
Igaratá
Santa Branca
Santo Antôniodo Pinhal
São Bentodo Sapucaí
Paraibuna
São Sebastião
Caraguatatuba
Ilhabela
Natividade da Serra
Taubaté
Tremembé
Redenção da Serra
PindamonhangabaPotim
Guaratinguetá
PiqueteCampos do Jordão
Ubatuba
São Luís do Paraitinga
Aparecida
CunhaLagoinha
Roseira
Silveiras
CachoeiraPaulista
Lavrinhas
QueluzCruzeiro
Lorena
CanasBananal
AreiasArapeí
São José do Barreiro
N
12 0 12 24 36 Km
Escala 1 : 1200000
REGIÃO ADMINISTRATIVA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
ARTIGO
5 Igualdade e não discriminação
6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização
9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação
24 Educação
25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação
27 Trabalho e Emprego
28 Padrão de vida e proteção social adequados
30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte
Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA
Anexo U – Municípios da RA de São José dos Campos que participaram do levantamento
Anexo V – Municípios da RA de Sorocaba que participaram do levantamento
Barão deAntonina
Itaporanga
Riversul
Piraju
Sarutaiá
FarturaTejupá
TaquaritubaTaguaí
CoronelMacedo
Itaberá
Águas de Santa Bárbara
CerqueiraCésarManduri
ItapirapuãPaulista
Ribeira
Chapéu
Bom Sucessode Itararé
Nova Campina
Itararé
Itaí
Arandu
Paranapanema
Avaré
Iaras Pratânia
Apiaí
Itaóca
Ribeirão Branco
Taquarivaí
Buri
Itapeva
Guapiara
Iporanga
São Manuel
Botucatu
Areiópolis
Itatinga Pardinho
Angatuba
Campina do Monte Alegre
Torrede Pedra
Porangaba
Bofete
RibeirãoGrande
Capão Bonito
São Miguel Arcanjo
Tatuí
Itapetininga
Alambari
Anhembi
ConchasLaranjalPaulista
Cesário Lange
Pereiras
Quadra
Sarapuí
Araçoiaba da Serra
IperóCapelado Alto
Cerquilho
BoituvaPorto Feliz
Tietê
Jumirim
Tapiraí
PiedadePilar do Sul
Sorocaba
Votorantim
Salto dePirapora
Alumínio
Mairinque
Salto
Ibiúna
AraçariguamaSão Roque
Barra do
Guareí
Itu
N
16 0 16 32 48 Km
Escala 1 : 1600000
REGIÃO ADMINISTRATIVA DE SOROCABA
ARTIGO
5 Igualdade e não discriminação
6 Mulheres com Deficiência 7 Crianças com Deficiência 8 Conscientização
9 Acessibilidade 19 Vida independente e inclusão na comunidade 20 Mobilidade pessoal 21 Liberdade de expressão e de opinião e acesso a informação
24 Educação
25 Saúde 26 Habilitação e reabilitação
27 Trabalho e Emprego
28 Padrão de vida e proteção social adequados
30 Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte
Municípios com Legislação Municípios sem Legislação Municípios não Responderam Limite de Município Divisão Regional Administrativa - RA
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164 DIREITOS E GARANTIAS DAS PESSOAS COM DEFICIêNCIA - A ATUAÇÃO DO MUNICíPIO
A ATUAÇÃO DO MUNICíPIO
Esta publicação analisa os direitos e as garantias contemplados na Convenção sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, ratificado por meio do Decreto
federal 6.949, de 25 de agosto de 2009, e a competência constitucional como fundamento
legal de atuação dos municípios. Também são apontados os escopos, a finalidade e o sentido
empreendidos pela convenção internacional, além das obrigações a que se submetem todos os
destinatários da norma e que são necessárias para se alcançar os propósitos ali estabelecidos,
especialmente a comunicação, a língua, a não discriminação por motivo de deficiência, o
desenho universal e a acessibilidade, bem como os instrumentos legais de proteção existentes
no ordenamento jurídico para assegurar observância e respeito à dignidade inerente a esse
grupo de pessoas.