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IntroduçãoÉ de nosso interesse entender como é avida cotidiana dos familiares de
portadores de transtornos mentais,buscar quais os sentimentos que os pais
sentem ao se deparar com essa situação,e quais aspectos podem ajudar amelhorar o convívio com as diferenças.
É forte o preconceito que doentes mentais
carregam até mesmo dentro dos lares, eé isso que estaremos falando no decorrerdesse trabalho.
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O Doente e a família
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Os distúrbios neurológicos ainda suscitammal-estar nas pessoas não só pelo medo dodesconhecido, mas por tratar-se de algocarregado de crenças e preconceitos.
Esta é uma condição multicausal que semanifesta por uma heterogeneidade demanifestações de comportamento que, namaioria das vezes, deixa a famíliaperplexa, sem saber como agir. Não háreceitas mágicas e tem-se de considerar adiversidade de manifestações que sãopeculiares a cada um.
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A família constitui o primeiro
universo de relações sociais dacriança, podendo proporcionar-lheum ambiente de crescimento e
desenvolvimento, especialmente emse tratando das crianças comdeficiência mental, as quaisrequerem atenção e cuidadosespecíficos.
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A influência da família nodesenvolvimento de suas crianças sedá, primordialmente, através dasrelações estabelecidas por meio deuma via fundamental: a comunicação,tanto verbal como não verbal.
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É a família que alimenta as relaçõescom amor, acolhimento, cuidados;estabelece relação com a nossa
qualidade de vida. A qualidade devida implica em saúde, isso envolve atotalidade do indivíduo, não se trata
apenas de ausência de doença, é obem estar físico, mental e social.
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O paciente com doença mentalnecessita da presença da família notratamento para conseguir êxito, são
os vínculos de carinho, segurança eamor que pode transformarprocessos lentos de tratamento em
uma nova alternativa do modo de seviver.
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O impacto geradopela presença de um
membro familiarcom algum tipo de
transtorno égrande.
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“Esse momento é traumático, podendo causar umaforte desestruturação na estabilidade
familiar”. (CUIDADOR...,2009,p.284)“O momento inicial é sentido como o mais difícil
para a família, a qual tem que buscar a suareorganização interna”
(FAMÍLIA...,2004,p.197)“Depende de sua estrutura e funcionamento
enquanto grupo e, também, de seus membros,individualmente. A família passa, então, por umlongo processo de superação até chegar àaceitação da sua criança com deficiênciamental.” (GRUPO...,2000,p.25)
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“Em geral, as pressões vindas do meiosocial geram sentimentosdesagradáveis, levando os genitores a
limitarem as atividades culturais deseus filhos deficientes, bem como oscontatos com amigos, parentes e
vizinhos.” (DEFICIÊNCIA...,2001,p.139)
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O que é que os familiares costumamsentir?
Alguns dos sentimentos mais freqüentementerelatados são:
(ESQUIZOFRENIA...,2011).
Tristeza: "Sentimo-nos como setivéssemos perdido um filho."
Vergonha e culpa: "Somosculpados.", "Que vão pensar denós?"
Ressentimento: "Porqueaconteceu isto a nós?“ Negação da doença: "Isto nãopode acontecer na nossafamília."Negação da gravidade dadoença: "Isto vai passar. É sóum episódio."
Culparem-se uns aos outros:"Se tivesses isto, se nãotivesses aquilo..."
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Há alguns conselhos que podem ajudar a vivermelhor com a doença mental na família:
Não se deve sentir culpado. Aceitar a doença mental é tão difícil para quem asofre, como para a família. Não se deve sentir envergonhado pela doença
mental de um familiar. É comum encontrar
estigmas e preconceitos em qualquer lado, masisso é apenas um sinal de medo e ignorância. Apesar do doente poder ter comportamentos que
considera estranhos, deve compreender queestes resultam da doença, e desse modo não sesentir tão magoado.
Deve reconhecer a coragem do doente em lidarcom a sua doença.
(ESQUIZOFRENIA...,2011).
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VIDEO
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O Ambiente familiar pode causaralgum transtorno mental?
Há uma influência familiar noaparecimento das alterações decomportamento.
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A má estrutura das famílias,
contribuem para que hajamtranstornos da personalidade noindivíduo e são fatores geradores de
medos, inseguranças, traumas físicose psicológicos e de doenças, queafastam o sujeito da interação
adequada no convívio familiar.(INCISA,2008)
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ConclusãoConcluímos que quando um ser humano édiagnosticado com distúrbios neurológicos, aevolução do tratamento depende muita daaceitação e apoio da família e da inclusão social
do mesmo, o tratamento deve começar dentrode casa, com o envolvimento familiar, para quetodos desmistifiquem conceitos e consigamacolher o membro com a patologia, entendendo
este como sujeito de direitos e deveres,escritor de sua própria história...
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...concordamos também que a família propicia oespaço de cuidados que abrange sentimentos deafeto, aceitação e favorece para que o indivíduosinta-se amado, contribuindo para sua inserçãosocial e qualidade de vida, no sentido de
amenizar sofrimentos e prevenir doenças.
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Referências bibliográficas:CUIDADOR FAMILIAR DE PACIENTE COM AFECÇÃO NEUROLÓGICA. Saúde
Soc. São Paulo,v.18,n.2,2009.DEFICIÊNCIA MENTAL E FAMÍLIA: IMPLICAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO
DA CRIANÇA. Psicologia: teoria e pesquisa,v.17,n.2,2001.
FAMÍLIA E DOENÇA MENTAL: A DIFÍCIL CONVIVÊNCIA COM A DIFERENÇA. Rev.
Esc. Enferm. USP,v.38,2004.GRUPO FAMILIAR NA CONVIVÊNCIA COM O DOENTE MENTAL: Programa de
educação em saúde. Fam. Saúde Desenv.,Curitiba,v.2,n.1,jan./jun.2000.
ESQUIZOFRENIA: a família, a doença e o doente. In: JANSSEN PHARMACEUTICAL
COMPANIES. 2011. Disponível em: <http://www.janssen-
cilag.pt/bgdisplay.jhtml?itemname=schizophrenia_affect_life&product=none>. Acesso
em: 21 de março de 2012.
INCISA|IMAM. Salvador: INCISA,2008. Mensal.