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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
CAD TÊXTIL: A INSERÇÃO NA PRÁTICA DAS AULAS DE
MODELAGEM DO VESTUÁRIO
Daniele Cristina Coelho de Queiroz
ORIENTADOR: Prof. Maria Esther de Araújo
Rio de Janeiro 2016
DOCUMENTO P
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2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Docência do ensino superior. Por: Daniele Cristina coelho de Queiroz
CAD TÊXTIL: A INSERÇÃO NA PRÁTICA DAS AULAS DE
MODELAGEM DO VESTUÁRIO
Rio de Janeiro 2016
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos familiares, docente e amigos que
contribuíram para meu crescimento como pessoa.
Sou resultado da confiança e da força de cada um
de vocês.
4
DEDICATÓRIA
À minha família, por sua capacidade de acreditar
em mim, mãe seu cuidado e dedicação foram
essenciais em alguns momentos e a esperança
para continuar.
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RESUMO
Este trabalho tem por objeto analisar do uso das tecnologias e a
metodologia utilizada na sala de aula, através do uso de softwares de CADS
para a criação de modelagem do vestuário. E em particular correlacionar à
didática e prática profissional que envolve os saberes relacionados à aula de
modelagem do vestuário. A pesquisa procurou enfatizar a importância da
tecnologia para os avanços nos processos de modelação de peças do
vestuário, tendo em vista os pontos negativos, positivos e as dificuldades
encontradas no manuseio dos softwares. Foram colocadas em questão as
metodologias e também possíveis soluções, abordou o fato da utilização de
software de criação para fazer modelagem do vestuário sendo aplicadas
algumas restrições de uso, devido à automatização.
Palavras chaves: cads têxteis, didática, modelagem, vestuário.
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METODOLOGIA
O processo acelerado do consumo e a informação globalizada contribuem para
o avanço dos processos tecnológicos das empresas de confecções e indústrias
têxteis, acompanhando esses processos as instituições de ensino fornecem
cursos de especializações e qualificações para estudantes da área do curso
superior de moda, porém essa inovação ainda gera muitas dúvidas e restrições
ao uso destas tecnologias que são os CADS têxteis ou de confecções.
Este estudo visa relatar as situações em relação à utilização de cads têxteis
nas aulas de modelagem do vestuário, os métodos utilizados foram à pesquisa
através de experiência própria de utilização dos softwares e didática de
vivência como docente de modelagem do vestuário em CAD e modelista.
Foram pesquisados autores que avaliaram a didática e aprendizado ao longo
do tempo, criando um comparativo dos métodos manuais e a utilização de CAD
para modelagem, bem como uma avaliação dos softwares e suas distinções
comuns, além de mostrar que é possível o uso de software de criação para
elaboração de moldes, a fim de revelar as possíveis dificuldades e soluções
para melhorar o desempenho dos alunos e auto avaliar as práticas do
professores.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
Modelagem industrial do vestuário e suas metodologias. 10
CAPÍTULO II
Tecnologias aplicadas na aula de modelagem do vestuário: CAD têxtil e
software de criação. 17
CAPÍTULO III
Didática e prática profissional do aluno 29
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA 39
ÍNDICE 41
ÍNDICE DE FIGURAS 42
ANEXOS 43
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INTRODUÇÃO
A expressão CAD do inglês - Computer Aided Design, cuja tradução
significa Projeto Assistido por Computador e CAM - Computer Aided
Manufaturing cuja tradução significa Manufatura Assistida por Computador é o
nome genérico de sistemas computacionais (software). Os CADS tornaram-se
ferramentas que aceleram e contribuem para o aprendizado do estudante
agregando conhecimento ao processo produtivo e uma evolução no meio
profissional.
O desenvolvimento desse trabalho surgiu a partir da ideia inicial da
criação de um novo curso de extensão pela faculdade Senai Cetiqt, onde foi
apresentado um trabalho de conclusão de curso, que relatava o uso do
software (CorelDRAW) de desenho vetorial para elaboração de modelagem do
vestuário.
Diante, desta oportunidade foi elaborado um projeto de criação de
curso e a metodologia do mesmo, sendo assim, houve a necessidade de
buscar inspiração para desenvolvimento nos outros CADS existentes no
mercado consumidor têxtil. A metodologia foi ajustada de acordo com a
necessidade do projeto e dos alunos, pois a ideia do curso surgiu a partir da
experiência profissional na prática e teve que ser elaborada para transmitir aos
alunos um prévio conhecimento do que já estava sendo utilizado pelas
empresas. Os CADS tornaram-se ferramentas que aceleram e contribuem para
o aprendizado do estudante, agregando conhecimento ao processo produtivo e
uma evolução no meio profissional.
O processo acelerado do consumo e a informação globalizada
contribuem para o avanço dos processos tecnológicos das empresas de
confecções e indústrias têxteis, acompanhando esses processos as instituições
de ensino oferecem cursos de especializações e qualificações para estudantes
da área do curso superior de moda, porém essa inovação ainda gera muitas
dúvidas e restrições ao uso destas tecnologias, que são os CADS têxteis ou de
confecções. Por esse motivo, este trabalho irá relatar as metodologias e as
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práticas didáticas utilizadas para o uso dos CADS: Audaces, Lectra (Modaris),
Moda 1 e software de criação CorelDRAW.
E de forma prioritária, mostrar os processos inseridos ao software de
criação CorelDRAW, para efetuar de forma mais barata e com a mesma
eficiência a elaboração de moldes e como esse processo auxilia a vida do
estudante, sua importância na área profissional, surgindo como uma nova
solução para agilizar os estudos e o trabalho profissional.
O objeto do estudo é tratar do uso das tecnologias e a metodologia
utilizada na sala de aula, através do uso de softwares de CADS para a criação
de modelagem do vestuário. A especificação do objeto de estudo será na
implementação do uso do CorelDRAW na aula de modelagem, por ser um
software de baixo custo e que já é usado para criar desenho técnico e que
pode ser aproveitado também para criar moldes, além de ilustrações e de
estamparia.
As faculdades de moda usam o CorelDRAW apenas para atividades
especificas como: criação de estampas, ilustrações e desenhos técnicos e não
exploram outras funções do programa, como o uso de recursos para
elaboração de moldes, assim é necessário demonstrar que é possível trabalhar
com o software, agregando mais uma funcionalidade ao seu uso e adequando
a metodologia na aula de CADS.
A didática apresentada na aula de CAD têxtil precisa ter uma base
sólida de conhecimento teórico-prático, para que o aluno consiga ter
instrumentos significativos para aplicação no mercado de trabalho, aumentando
o seu desempenho profissional, ele precisa de segurança e informações mais
precisas em relação ao objeto de estudo (CAD). Sendo assim, ficará
estabelecida ao processo de ensino a adequação das metodologias utilizadas
em aula, desta maneira, aluno conseguirá prover de condições para assimilar o
conhecimento e habilidade para o uso do CAD.
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CAPÍTULO I MODELAGEM INDUSTRIAL DO VESTUÁRIO E SUAS
METODOLOGIAS
A modelagem do vestuário é uma planificação da roupa que se
materializa por meios de moldes baseados em croquis, ilustrações e desenhos
é uma etapa que constitui a elaboração de um produto têxtil, pode ser
comparada a engenharia de um produto do vestuário, pois sua execução se dá
a partir do envolvimento de um tecido sobre o corpo.
A criação da modelagem se dá a partir da execução de cálculos e
conhecimento do corpo humano é necessários aspectos ergonômicos para que
a aplicação das técnicas como: volume, forma e textura deem o caimento
perfeito ao tecido sobre o corpo, garantindo um equilíbrio sobre os materiais e
tecido utilizados nas roupas.
A modelagem está para o design de moda, assim como a engenharia está para a arquitetura. (TREPTOW, 2003, p.154.)
Dentro do processo de confecção têxtil a modelagem é uma parte
crucial para transformação do produto e influencia a motivação do consumidor
em adquirir uma peça do vestuário. O profissional que elabora os moldes
chama-se modelista grande parte formada “por si mesma” e possuem
conhecimento baseados experiências vividas no cotidiano de erros e acertos
da profissão originados dentro do setor têxtil.
A modelagem é acontece através de duas vertentes ou métodos:
bidimensionais ou tridimensional que podemos transformar uma forma
bidimensional em tridimensional que podem ser divididas por técnicas
aplicadas como: modelagem plana manual, modelagem plana digital e
modelagem tridimensional.
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1.1. Técnica de modelagem
A modelagem plana manual é uma técnica elaborada sobre o papel
que transforma um desenho plano em bidimensional considerando as alturas,
larguras e profundidades em uma peça tridimensional. São traçados pontos,
linhas e curvas que dão origem ao molde base.
A modelagem plana pode ser realizada manualmente e por meio de sistemas computadorizados (CAD) usa os princípios da geometria para traçar os diagramas bidimensionais nos planos, denominados moldes que resultam em formas que se adaptam ao corpo do usuário, uma vez colocadas sobre tecido, cortados e unidos por costuras resultarão nas vestimentas (SOUZA, 2006).
O molde é desenhado sobre o papel com auxilio de lápis, réguas e
outros materiais de apoio constituem-se por diagramas formados por ângulos
de 90º para garantir um equilíbrio das linhas e curvas proporcionando um
caimento da peça confeccionada obedecendo a tabelas de medidas1.
A modelagem tridimensional consiste na técnica de trabalhar o
tecido sobre o manequim dessa forma o molde já sai pronto, fazendo o
caminho inverso da modelagem plana manual transformando a forma
bidimensional em tridimensional.
De acordo com (SABIÀ 2008) a moulage ou draping são técnicas
usadas basicamente na alta costura; no prêt-à-porter e nas confecções há
certa preocupação em relação ao tempo para elaboração da peça devido à
demora. Na verdade, se ganha tempo: a roupa já sai perfeita e certamente vai
ter mais sucesso na comercialização.
Este tipo de técnica e ideal para peças que surgem a partir das
inspirações inovadoras e exclusivas de estilistas, dando origem a possíveis
tendências de mercado.
1 Tabela de medidas é onde encontramos medidas referencias para criação e elaboração dos moldes bases.
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1.2. Modelagens bases
Segundo Sabrá (2007), o desenvolvimento de uma modelagem
envolve aspectos que precisam se constantemente avaliados em conformidade
com o corpo do usuário.
Para a construção concepção de um produto precisamos realizar
através das modificações das bases do corpo, nelas são acrescentados os
volumes e formas respeitando as “tendências de moda” e cabe ao modelista
explorar as ferramentas necessárias para adequação das bases.
Há no mercado diferentes métodos variados para produção de
modelagem, a tradicional modelagem plana até as técnicas mais elaboradas e
como a alfaiataria, draping ou moulage, modelagem por meio do computador
(CAD/CAM) e a modelagem tridimensional (3D) virtual, mesmo diante de tantos
métodos o para surgir um molde é necessário molde básico ou bases.
Figura 1 Arquivo pessoal (Molde base)
13
1.3. Alfaiataria
Trata-se de uma peça produzida por um alfaiate com modelagem e
corte específicos para o corpo do cliente peça única e exclusiva como técnica é
a mais antiga da qual provém as demais técnicas geométricas.
Segundo Köhler (2001) a alfaiataria é uma arte de medidas
proporcionais. Todo o encurtamento ou modificação específica de um traje é
compensado por um alongamento ou outro tipo qualquer de ênfase.
Atualmente podemos encontrar algumas peças de alfaiataria em
lojas comuns, porém com numeração padronizada. No mercado consumidor a
diversos tipos de peças que foram adaptadas da alfaiataria como: casacos,
blazer e ternos.
Figura 2 Alexandre Won (alfaiate)
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1.4. Draping (inglês) ou Moulage (francês)
Técnica de modelagem tridimensional feita por meio de manipulação
de tecido sobre um manequim, empregada para a criação de modelos sob a
forma tridimensional.
Desta maneira, conseguimos verificar o caimento da peça de forma
mais prática e rápida, dá ao modelista uma maior liberdade de escolha.
Basicamente esta técnica ajuda a elaboração de modelos inéditos e exclusivos
através das inspirações dos estilistas, o profissional consegue a forma da peça
do molde sem cálculos ou métodos, assentando o tecido sobre o manequim.
Após a manipulação do tecido, este é colocado sobre a mesa onde é
feita a correção das marcações, curvas e linhas com ajuda das réguas próprias
para modelagem, incluindo o acréscimo das folgas, o mesmo é riscado sobre o
papel podendo ser digitalizado para (CAD) ou o modelista poderá concluir o
trabalho de forma manual, dando continuidade ao trabalho de modelagem.
Figura 3 The Cutting Class
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1.5. Sistemas CAD/CAM (Audaces, Lectra (Modaris) e Moda 1)
São softwares criados para empresas têxteis especificamente
voltados para modelagem, eles se diferenciam pelas quantidades de
ferramentas e estrutura, porém todos aptos para acelerar o processo de
desenvolvimento, gradação2, encaixe e corte.
A principal característica destes sistemas é a precisão, os moldes
aprovados ficam arquivados garantindo a reprodução de novos modelos a
partir dos moldes-bases aprovados. A automatização do processo de
gradação, encaixe e risco são fatores que minimizam o tempo de execução e
aceleram o processo de produção.
Nos sistemas CAD/CAM, onde CAD (criação assistida por
computador) e CAM (fabricação assistida por computador), os moldes são lidos
como vetores e controlam suas formas por meios de coordenadas cartesianas
x e y e z que correspondem às medidas através de centímetros, milímetros
dentre outras.
O CAD/CAM é composto por vários equipamentos periféricos: mesa
digitalizadora, quadro digital, estação de trabalho com computador, plotter
especifico para impressão dos moldes.
Figura 4 Sistema CAD/CAM
2 Gradação é o processo de ampliação e redução de tamanhos dos moldes.
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O sistema CAD/CAM Audaces, Lectra (Modaris®) e Moda 1
possuem uma característica comum que é a forma de trabalhar com o sistema,
geralmente digitaliza-se um molde feito de maneira manual ou podemos criar o
molde diretamente no sistema, neste caso requer uma maior habilidade com as
ferramentas e o conhecimento da interface dos softwares.
Conforme Sabrá (2014), na década de 1990, os sistemas de CAD
chegaram ao Brasil, eram aplicados a um grupo específicos de empresas, que
produziam acima de um determinado valor de produção, pelo custo implicado
sobre o produto para aquisição do equipamento.
Atualmente podemos também utilizar software de criação de
desenhos (CorelDRAW) para elaborarmos moldes diretamente no programa,
porém para isso devemos incentivar e treinar pessoas para realizar este
trabalho. De fato é necessário que o profissional que irá atuar na área precisa
possuir um amplo conhecimento dos softwares para que o trabalho seja
realizado de maneira a evitar grandes problemas dentro do processo produtivo.
Com a aceleração do processo produtivo utilizando as tecnologias
disponíveis no mercado, fez com que a utilização dos CADS tornasse um
elemento motriz para as mudanças e exigências do setor têxtil gerando uma
maior agilidade e de modo geral rapidez nos processos que torna indispensável
à utilização dessas novas tecnologias.
Para a indústria do vestuário é necessário que as inovações
transformem um fator positivo e algo que gere lucro e competitividade dentro
do setor, é necessário porém que os alunos tornem-se profissionais visionários
e competentes na utilização das novas tecnologias que são encontradas no
mercado, para isso os docentes terão que dispor de informações, experiências
e habilidades para saber gerar este aprendizado aos alunos, um dos pontos
chaves será o domínio através da vivência diária.
17
CAPÍTULO II
TECNOLOGIAS APLICADAS NA AULA DE MODELAGEM DO VESTUÁRIO: CAD Têxtil e software
de criação.
A aula de modelagem do vestuário inicia-se a partir da concepção da
ideia de uma peça do vestuário, essa modelagem será elaborada através de
diversas técnicas de metodologias diferentes. Inicialmente temos o croqui ou
desenho no qual será interpretado como forma de molde, com a base de um
modelo definido surge às interpretações para a peça que será produzida no
papel.
Ao elaborar uma nova modelagem é necessário alterar a base e
criar interpretações na peça, para alcançar os objetivos de elaboração do
molde é preciso uma didática adequada que ajude o aluno a obter o
aprendizado. A intenção deste capítulo é mostrar a importância das
tecnologias aplicadas nas aulas de modelagem do vestuário e a interação com
novas formas de trabalho com os softwares de criação, dando uma visão dos
tipos de programas que são utilizados pelo setor têxtil e as experiências dos
especialistas, aprendizes e profissionais em relação à didática e métodos.
E em anexo demonstrar os gráficos que enfatizam a importância das
tecnologias para o setor têxtil, a relevância que fast-fashion traz para que o uso
dos cads seja empregado no setor de modelagem. O quanto à dinâmica de
trabalho por parte do profissional que utiliza as tecnologias a favor do trabalho,
tende a melhorar a qualidade no setor promovendo uma rapidez nas formas de
elaboração dos moldes, condicionando as técnicas de modelagem convergindo
em meios de integração das habilidades técnicas e manuais.
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2.1. Tecnologias aplicadas na aula de modelagem do vestuário:
A aula de CAD tornou-se uma disciplina obrigatória nos meios
acadêmicos, o que justifica a sua importância e relevância na formação da
nova visão de mercado dos profissionais de moda. Independentemente do
software de CAD ou de criação escolhido a metodologia é a mesma e o que
difere são complexidades de ferramentas, a disposição e as possibilidades das
mesmas e no geral a interface dos programas.
Segundo Armstrong (2010), leva-se um tempo maior para
elaboração de um molde durante processo manual do que o digital vale lembrar
que toda essa tecnologia não dispensa a habilidade e conhecimento do
modelista e para tanto é muito importante que o aluno priorize e valorize os
seus conhecimentos e pratica da modelagem manual.
Segundo Masetto,
...as tecnologias nos ajudam a realizar o que já fazemos ou desejamos. Se somos pessoas abertas, elas nos ajudam a ampliar nossa comunicação; se somos fechados, ajudam a nos controlar mais. Se temos propostas inovadoras, facilitam a mudança (MASETTO 2000).
Não há duvidas que as tecnologias aplicadas nas aulas de
modelagem auxiliam e agilizam o trabalho, porém devemos ministrar com
equilíbrio os saberes, criando uma junção entre os métodos computadorizado e
manual, o aluno precisa ter conhecimento dos softwares e também dos
métodos (modelagem manual) os quais inspiraram a criação dos CADS, para
isso deverá haver uma integração entre aquilo que ele aplica no computador e
o que é feito de forma manual.
Ao adaptar as tecnologias com metodologias manuais avançaremos
até os programas previstos pelos alunos, criando conexões do cotidiano do
mercado têxtil, transformando a sala de aula em uma comunidade de pesquisa.
Aceitar os imprevistos e gerenciar a cada situação, prever o inesperado ajuda
ao aluno a solucionar problemas futuros.
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Para Moran (1998), o ensino com novas mídias deveriam questionar
as relações convencionais entre alunos e professores e o perfil desse novo
professor deve ser definido como: ser aberto, humano e ser capaz de
estabelecer formas democráticas de pesquisa. Sua prática deve ser abordada
de como um facilitador pedagógico deve possuir uma base teórica e pratica
consistente.
Cada docente deve encontrar uma maneira de integrar a tecnologia
dos CADS é importante diversificar as aulas e expor novas situações para que
o aluno consiga resolver e dar soluções as questões que ele pode se deparar
ao utilizar o CAD e o software de criação3 para trabalhar. É necessário também
tornar o acesso do aluno mais fácil e viável aos programas, pois o aluno
precisa treinar e o grande problema e que há um custo muito alto para
aquisição de um CAD e alguns software disponibilizam apenas um demo para
treinamento gerando algumas dificuldades e restrições ao seu uso.
Dentre os softwares citados no trabalho o que melhor se destaca
para que haja uma maior acessibilidade é o programa CorelDRAW, pois possui
um valor propicio para sua aquisição, atualmente existem algumas instituições
que são conveniadas aos grupos que trabalham com transferências de
tecnologias e conseguem baratear esse produto para seus alunos, um exemplo
e a empresa Grupo ENG (formado pelas empresas ENG COM COMP LTDA e
ENG DTP & Multimídia Lltda) podendo chegar ao valor para compra de
R$220,00 do software(CorelDRAW) valor referente ao ano 2016.
São fortes os indícios de transição futura da modelagem manual
para digital, pois essas novas tecnologias são ferramentas extremamente úteis
para auxiliar no desenvolvimento de um produto, os softwares têxteis e de
criação promovem um dinâmica na elaboração e na produção do setor têxtil. O
aluno precisa entender dos benefícios que está tecnologia promoverá na sua
vida profissional.
3 Softwares de criação são aqueles que facilitam o trabalho diário de um profissional através do uso de
tecnologia sendo ele de diversos setores.
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Ao analisar a interface dos softwares Audaces, Lectra, Moda 1 e
CorelDRAW podemos verificar a complexidade de cada um e suas
especificações mas é necessário que o aluno consiga tirar proveito e identificar
soluções viáveis destes sistemas para que haja uma maior interação e
identificação de seu uso descobrindo o gosto pelo uso de suas funcionalidades
e objetivos finais.
Vasconcellos (2005), diz que para o sujeito se debruce, coloque sua
atenção sobre o objeto, ainda que mínimo num primeiro momento. Aqui se
encontra a primeira grande preocupação que o educador deve ter na
construção do conhecimento: a proposta de trabalho deverá ser significativa
para educando, sendo está uma condição para a mobilização para
conhecimento.
A ideia é fazer com que o aluno visualize o conteúdo apresentado a
partir dos conhecimentos já adquiridos no estudo da modelagem manual e ele
precisa dedicar-se aos estudos para que haja um maior entendimento,
deixando ser algo superficial. O aluno precisa ter noção de que a modelagem e
fundamentada na matemática (ciências exatas) e que os softwares são
ferramentas que também trabalham através destes cálculos, então é
necessário o entendimento de geometria e cálculos, pois este será um fator
determinante para a formação de um modelista cadista4.
Os docentes de modelagem do vestuário em sistemas
informatizados se deparam com alguns desafios diante de suas aulas devido à
falta de conhecimento de uma visão espacial por parte dos alunos e necessário
que ele consiga visualizar a modelagem planificada em um corpo
tridimensional, para resolver isso o docente precisa criar aulas expositivas com
apoio de manequins que representam o corpo humano, levar para aula peças
prontas na tentativa de fazer o discente entender e relacionar o conteúdo com
aquilo já conhece.
4 Modelista cadista é o profissional que cria a modelagem diretamente no sistema de CAD/CAM sem a
necessidade de digitalização de modelagem através dos sistemas.
21
É necessário que discente ponha em prática aquilo que ele elaborou
em sala de aula para que seja compreendido o conteúdo abordado pelo
docente e que o conhecimento adquirido fique como algo tangível. Os recursos
de aprendizado devem ir além de apostilas criadas pelos professores é preciso
tornar mais didático o conhecimento por parte dos alunos através de
disponibilização de vídeos e livros ou até manuais específicos dos programas
utilizados.
2.2. Gestão do conhecimento:
Diversas empresas investem grandes quantias em tecnologia da
informação com o foco em tecnologia e pouco na qualidade da informação nas
pessoas e seus conhecimentos, mas o conhecimento e fundamental para o
sucesso e a sobrevivência de uma empresa e para isso e preciso considerar
algumas estratégias como essenciais: inovar nas áreas produtivas.
O gerenciamento de conhecimento vislumbra a melhoria de um
determinado processo, atividade ou organização. Para (Chou, 2002), o objetivo
geral da gestão de conhecimento é a concepção estratégica organizacional,
sua estrutura, processos. No contexto de uma empresa o gerenciamento do
conhecimento é promover o acesso, transferência e o uso efetivo do
conhecimento em prol de benefícios para o negócio.
Quando as empresa têxteis adquirem o sistema CAD e os
equipamentos que ajudam na informatização do setor de modelagem acreditam
no retorno imediato de investimento, como a qualidade e agilidade dos
processos, porém estes sistemas necessitam de pessoas qualificadas para sua
utilização geralmente a capacitação não é devidamente planejada. Por tanto é
preciso melhorar a qualificação dos alunos, utilizando assim a gestão do
conhecimento que irá permitir o direcionamento para o compartilhamento do
conhecimento individual, valorizando as competências do individuo.
É preciso compreender a dinâmica do mercado na prática, as
universidade e empresas de tecnologias têxteis devem criar parcerias para que
haja à formação do capital humano.
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Davenport (2001), diz que a educação cria o capital humano da
mesma maneira que o fertilizante faz crescer as plantas. Mas educação
significa mais capital para investir e retonos potencialmente maiores que o
investimento. Desta forma, enfatiza que quanto mais investimos no
conhecimento o retono será imediato, diminuindo as perdas de investimentos.
O professor precisa deixar de ser apenas um instrutor do software,
ele necessariamente deve possuir conhecimento das etapas da modelagem
para atender as demandas dos alunos, já que muitos deles serão inseridos no
mercado de trabalho e os padrões atuais desse mercado requerem uma maior
habilidade na questão de elaboração do molde diretamente na interface do
programa e não mais apenas o conhecimento básico das ferramentas
principais para realização de digitalização.
Pode-se afirma que a capacitação para a execução da modelagem computadorizada não absorve as competências técnicas, nem faz o melhor uso da tecnologia e da capacidade do software. Não faz, de maneira efetiva, a sua disseminação, o compartilhamento e a transferência dos conhecimentos tácito e explícito entre as partes envolvidas, e a criação de novos conhecimentos e limitada (Takeuchi,1997).
Através da junção de conhecimento tácito e explicito a
aprendizagem torna-se mais clara e fácil, dando ao aluno ferramentas que
facilitaram sua interação com os sistemas. Para isso, o profissional que
ministrar essas aulas precisa deter de conhecimento tecnológico e de
modelagem. O modelo de capacitação deve estar adequado à realidade das
empresas, com objetivo de gerenciar os conhecimentos existentes e
transforma-los em ações que produzam resultados melhores.
2.3. A importância do CAD têxtil e a revolução fast-fashion.
A organização dos processos produtivos dentro das empresas
auxilia na competitividade do setor a partir da década de 60 começaram a
surgir os escritórios de bureaux de estilo para orientar os processos criativos e
auxiliar as coleções das empresas, inserindo um pensamento sistêmico dentro
das confecções. Com a globalização surgiu uma demanda do conceito de
23
moda o fast-fashion, pequenas coleções lançadas pelas empresas para suprir
as necessidades do consumidor, diz Cietta (2010) que o consumidor está ávido
por novidades.
Desta forma, podemos ver que para acolher a velocidade das
coleções seria necessário preparar os setores de modelagem para a
aceleração dos processos e devido a esse cenário era preciso buscar soluções
para diminuir o tempo de preparação das peças e por esse motivo o CAD têxtil
tornou-se importante dentro do setor e fundamental para atender as
características do fast-fashion.
Gráfico do surgimento fast-fashion
Fonte: Audaces
Para Parente; Barki (2014), as indústrias de moda possuem grandes
competições entre si e com base nas suas estratégias individuais, e buscam a
construção de uma vantagem competitiva com objetivo de alcançar eficiência
interna de suas operações. O fast-fashion5 tem como principal características a
5 O fast-fashion é a tradução de estratégia que adapta o produto de acordo com a tendência exigida pelo
consumidor de maneira rápida.
Surgimento do fast-fashion:
Globalização da informação de moda
Aceleração da demanda
Busca por produtos individuais
Informatização
Desenvolvimento tecnológico
Aumento da quantidade de nichos de mercados
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flexibilidade e rapidez de resposta e é considerado um fenômeno mundial que
se adapta as necessidades de transformações de um mercado exigente.
É importante que a empresa invista em tecnologia para desenvolver
e controlar os indicadores de sucessos de sua linha de produtos, o setor que
mais necessita de tecnologia quando se fala de fast-fashion é o de modelagem,
graduação, encaixe, risco e corte, pois necessitam de entrega e
desenvolvimentos de produtos rápidos.
No Brasil temos a presença de grandes marca com boa aceitação
pelo consumidor. Ainda não é um sistema bem visto pelos criadores de moda
devido à confecção de roupas similares as que foram pensadas, criadas e
desenvolvidas por estilistas das grandes marcas. Com essa estratégia as
coleções entram nas lojas a cada semana ou com intervalos de dias, com
objetivo de aumento de lucratividade, diminuindo a queima de estoque.
Contudo podemos perceber que os Cads têxteis contribuem para
este processo de aceleração da produção e a implementação de novas
tecnologias gera consequências nas necessidades dos consumidores, a
redução de tempo de ciclo de vida dos produtos e o aumento da competição
global (Günday,Ulusoy, 2011).
2.4. CAD têxtil: Audaces, Lectra (Modaris®) e Moda 1.
A praticidade e agilidade são características comuns ao cads têxteis,
a sua importância dentro do processo de criação já é percebida pelo setor de
confecção devido ao fato de permitir a redução de tempo para elaboração do
molde.
Nas instituições de ensino existem matérias referentes aulas de
treinamento para os cads têxteis: Audaces, Lectra (Modaris) e Moda 1 sendo
que as aulas são voltadas para conhecimento do programa e interface e não há
um efetivo e profundo aperfeiçoamento nas principais funções que deverão ser
utilizadas no cotidiano do profissional de quem irá trabalhar com o programa e
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o método para trabalhar com o sistema é introduzindo uma modelagem através
da digitalização do molde ou criando modelagem dentro do próprio sistema
para que ela possa ser utilizada pelo setor de corte.
O software Audaces vestuário foi criado em 1996 atualmente é líder
no mercado e reconhecido internacionalmente para automação de uma
confecção. Ele se divide em 4 produtos que podem ser escolhidos de acordo
com o perfil do consumidor com diferentes tipos de acesso estação
monousuário ou estação em rede.
O sistema Lectra (Modaris) foi criado para elaboração dos moldes
que pode ser feito através da digitalização ou traçando o molde diretamente no
programa, possuem um sistema que trabalha em conjunto chamado Dinamo
que faz o encaixe das peças levando em consideração o nome do encaixe,
largura e tipo de enfesto, grade entre outros. Atualmente a empresa Lectra esta
com foco voltado para sistemas 3D que permite a criação de protótipos virtuais.
Já o sistema Moda 1 é software que está presente no mercado
desde 1992, disponibilizado pela empresa Segen fabricante do sistema a
empresa nasceu após pesquisas no campo de desenvolvimento de tecnologia
no campo da computação gráfica. Possui parcerias com empresas de TI,
auxiliando na criação de subsistemas para elaboração de encaixe passando a
distribuir o sistema Delta-R um programa de encaixe automático.
O sistema completo de modelagem, graduação e encaixe para
geração de risco permitem diferentes benefícios, porém seus custos são
relativamente altos. As peculiaridades mais comuns encontradas nos softwares
disponíveis no mercado são:
• Transporte de moldes via mesa digitalizadora, quadro ou através de
câmeras fotográficas a partir de fotos digitais.
• Criação de moldes utilizando ferramentas encontradas na interface do
programa.
• Graduação a partir da criação da peça massa teste ou piloto.
26
• Cálculos de enfestos a partir das ordens de serviços e simula o
aproveitamento do encaixe e consumo por peça do enfesto.
• Encaixe manual ou automático.
• Relatórios de arquivos de plotagem e uso de ploter para impressão dos
riscos.
• Exportação e importação de arquivos em diferentes formatos como .dxf,
plt permitindo interatividade entre outros sistemas.
Apesar de todas essas características citadas acima, as empresas
que atuam no setor optam por sistema que se enquadrem dentro do valor de
investimento que a empresa pode fazer e atualmente estão valorizando a mão
de obra que faça os moldes diretamente dentro da interface dos softwares,
desta maneira conseguem diminuir os custos com funcionário do setor e o
modelista passa a criar os moldes e automatiza-los sem que haja a
necessidade do operador de CAD, terá que ser um profissional completo que
entenda do software e de modelagem.
2.5. Software de criação: CorelDRAW
O CorelDRAW é um software para criação de ilustração, desenho
vetorial possuem baixo custo em relação ao CADS têxteis encontrados no
mercado e serve como uma opção para as pequenas empresas, alunos e
profissionais frelancer que desejam trabalhar com a modelagem de modo
digital. Possui a possibilidade e gravação de arquivos e utilização de gabaritos
dos moldes bem como é feito na modelagem manual no papel.
Os desenhos vetoriais são a forma mais popular de ilustração para moda em desenhos técnicos e especificações. A linguagem vetorial produz formas geométricas que podem ser ampliadas e reduzidas sem a perda de foco ou alteração do formato (Treptow 2005).
A interface do CorelDRAW é intuitiva levando o usuário a descobrir
diferentes possibilidades de uso para diferentes metodologias através do uso
27
de suas ferramentas. No meio acadêmico é um programa que é utilizado para
elaboração de fichas técnicas e desenhos de moda tornando acessível ao seu
usuário por ter baixo custo financeiro.
Em um trabalho de conclusão apresentado no Senai Cetiqt já foi
comprovado que é possível criar modelagem do vestuário através do software
CorelDRAW, além de elaborar as gradações dentro das possibilidades e
limitações dos programas, já que o programa que foi feito especificamente para
elaboração desenhos, atualmente no mercado há um aplicativo que quando
instalado em sua interface faz a automatização dos moldes chamados Meg
Tecnomoda feito em parceria com Senai Londrina e CNPQ.
Através do curso de modelagem do vestuário no CorelDRAW pela
instituição Senai Cetitq foi possível comprovar a facilidade e praticidade dos
alunos com referência na aprendizagem da metodologia que será explicada no
próximo capitulo. Todos os participantes aprovaram o curso e conseguiram
obter êxito ao elaborarem a modelagem diretamente na interface do software e
a gradação apenas com auxilio das ferramentas encontradas no CorelDRAW.
28
CAPÍTULO III DIDÁTICA E A PRÁTICA PROFISSIONAL DO ALUNO
Neste capitulo iremos fazer uma reflexão sobre a questão didática, a
pratica profissional do aluno e procedimentos didático-pedagógico, onde
verificaremos o aprendizado de forma a contextualizar os saberes aprendidos,
relacionando a prática e teoria, criando ações que conduzam ao
aperfeiçoamento em relação aos cads e a modelagem manual.
Segundo Castells (apud Hargreaves, 2001) a tarefa das escolas e
dos processos educativos é desenvolver em quem está aprendendo a
capacidade de aprender, visto isso podemos verificar que o docente possui a
responsabilidade em transmitir o conhecimento que forma que o discente
aprenda a aprender e preciso desenvolver uma inteligência geral para discernir
o contexto.
Moris (2000) diz que o desenvolvimento de aptidões gerais da mente
permite melhor desenvolvimento das competências particulares ou
especializadas. Quanto mais poderosa é a inteligência geral, maior é a sua
faculdade tratar problemas especiais. A tecnologia, os modos de pensar,
impacto dos meios de comunicação e as práticas sociais veem afetando o
processo de ensino e aprendizagem da juventude acarretando dificuldades nos
modos de pensar e os modos de aprender.
É preciso que o professor contribua com a mediação no ensino e
aprendizagem, preparando os alunos para pensar e entender o conhecimento
adquirido em aula, aprimorando o desenvolvimento e elaborando uma
metodologia para que faça o aluno raciocinar. A mediação torna-se um
procedimento no qual torna o aluno e o docente passam a relacionar-se de
forma amistosa possibilitando meios de aprendizagem.
29
3.1. Processos de aprendizagem.
As amplas transformações ocorridas nas sociedades e os números
de informações estão se refletindo no processo de aprendizagem, exigindo que
as instituições estimulem e valorizem as novas descobertas. A introdução da
informatização promove em avanço significativo que contribuem para agilidade
dos processos de ensino, a informática veio para melhorar o desenvolvimento
da humanidade podemos fazer diversas trocas de experiências possibilitadas
por esse avanço.
“Nós temos a audácia de prometer uma grande didática (...), um tratado completo para ensinar tudo a todos”. E para ensinar de tal modo que os resultados “sejam infalíveis”, e nós demonstraremos que tudo isto é, a principio retirado da natureza imutável das coisas (...) e que nós estabelecemos, assim, um sistema universal válido para a instituição de escolas universais”. (J.A Comenius.1952).
Para Comenius (1621) a educação não é única formação da criança
na escola ou na família: é um processo que acompanha a vida da pessoa e
suas múltiplas adaptações sociais. Ele é considerado um apóstolo da
colaboração internacional no campo da educação, suas experiências
pedagógicas foram um ponto de partida para uma reflexão de uma concepção
de mundo em que a educação procede da ação formadora da natureza.
Jean Piaget é considerado por muitos como “pedagogo”, após ter
vindo ao Brasil, Rio de janeiro para representar as Organizações das Nações
Unidas, ciência e cultura (UNESCO) num seminário de alfabetização de adultos
embora não tenha se dedicado à pedagogia. Mas é evidente o seu
compromisso com a educação, bem como as pesquisas sobre o
desenvolvimento intelectual das crianças, dessa forma as teorias
construtivistas e interacionista do desenvolvimento infantil conquistou os
piagetianos. De acordo com (Piaget, 1987) a concepção da inteligência “(...)
como desenvolvimento de uma atividade assimiladora cujas leis funcionais são
dadas a partir da vida orgânica e cujas sucessivas estruturas que lhe servem
de órgãos são elaboradas por interação dela própria com o meio exterior”.
30
Os processos de aprendizagem se subdividem em vários
segmentos: concepção construtivista da aprendizagem, que reúne uma serie
de princípios que permitem compreender o processo de ensino/aprendizagem.
• O aprendizado de conteúdos segundo a tipologia e
diferenciação de conteúdos, permite identificar com mais
precisão as intenções educativas.
• Aprendizado de conteúdos factuais ligados a fatos, objetos e
símbolos.
• Aprendizagem de conceitos e conteúdos são princípios
abstratos relacionados a conceitos de conjuntos de fatos e
símbolos se referem às mudanças que produzem um fato.
De modo geral, uma parte dos docentes ligados à tecnologia ligados
ao ensino é inexperiente, e tem pouco conhecimento de didática e das teorias
pedagógicas e acabem trazendo para aulas, o improviso e as práticas de
ensino mecanicistas e repetitivas sem qualquer objetivo de desenvolvimento
cognitivo de seus alunos, “engessando” o mesmo. Valente (2003) diz que “isto
tem contribuído para tornar esta modalidade de utilização do computador
extremamente ameaçadora, facilitando sua utilização como chamarisco
mercadológico”.
Borges (1999) afirma que a informática educativa se caracteriza pelo
uso da informática como a ferramenta de suporte ao professor, como um
instrumento a mais em sua sala de aula, no qual o professor possa utilizar
esses recursos colocados a sua disposição.
“Neste nível, o computador é explorado pelo professor especialista em sua potencialidade e capacidade, tornando possível simular, praticar ou vivenciar situações, podendo até sugerir conjecturas abstratas, fundamentais a compreensão de um conhecimento ou modelo de conhecimento que se está construindo (Borges, 1999).”
31
3.2. A didática como prática de ensino.
A didática é a parte da pedagogia que se ocupa dos métodos e
técnicas de ensino, dedicados a colocar em prática as diretrizes da teoria
pedagógicas. Pode-se dizer que a didática é uma ciência cujo objetivo
fundamental é ocupar-se das estratégias de ensino, das questões praticas
relativas às metodologias de ensino, na maneira em que organizamos o ensino
traçando os objetivos, planejando e criando métodos.
Segundo Libaneo (1994) “arte de ensinar é vista como uma
transmissão de matéria aos alunos, realização de exercícios repetitivos,
memorização e fórmulas”. Este tipo de pensamento faz com que o aluno
adquira conhecimento de forma mecânica. O ensino une-se a dois aspectos a
assimilação de conteúdo e desenvolvimento capacidades cognitivas para isso é
necessário organização e planejamento das tarefas didáticas por parte dos
docentes estimulando o desenvolvimento das atividades.
Planejar o ensino é uma decisão que surge do professor, no
cotidiano do seu trabalho pedagógico através de interações entre alunos e
professores, essa interação promove a aprendizagem organizada e pode surgir
também um tipo de aprendizagem que aparece de forma espontânea trata-se
da aprendizagem casual. A motivação dos alunos em aprender atende a uma
necessidade orgânica ou sócia, são exigências que atendem as famílias ou aos
indivíduos do convivo social, resultando em uma reflexão pela prático-sensorial.
A didática complementa todas as outras disciplinas tornando se a
essência para o desenvolvimento do docente e possui grande importância na
sua formação e ao vincularmos com a prática de ensino ele permite um maior
direcionamento do conhecimento, auxiliando o domínio dos conteúdos
científicos e práticos.
O docente universitário do domínio dos conteúdos como um arma
para alcançar êxito na formação dos seus alunos, quando tratamos
especificamente das aulas de cads, podemos verificar que falta ao professor
32
essa didática, ele apenas cumpre o papel para o qual foi designado ministrando
suas aulas da forma mais mecânica possível, promovendo no aluno a falta de
interesse em explorar todas as possibilidades que a tecnologia dos cads
têxteis podem oferecer, impossibilitando o desenvolvimento do aprendizado. A
capacitação é algo crucial para o docente e dever ir além dos conhecimentos
da interface dos softwares e ferramentas, é necessário que haja uma
vinculação da pratica profissional de modelagem do vestuário e a didática
educacional.
A didática visa por objetivo à preparação do professor para que ele
aperfeiçoe os modos de ensinar, e a prática pedagógica traz o conteúdo de
forma real e concreto.
“O professor deve compreender a realidade sobre a qual vai atuar e não aplicar sobre ela um padrão previamente elaborado, mas se preocupar em criar e produzir mudanças, fazendo aparecer uma nova realidade material e humana qualitativamente diferente. Essa prática permite que o professor e o aluno atuem de acordo com um objetivo comum (Urban, Maia e Sheibel 2009).”
Estes apontamentos demonstra que é muito importante fazer que o
aluno compreenda os temas abordados pelo professor, tornando algo
significativo em relação ao aprendizado. Deve haver uma relação entre o
ensino e a prática para que o aprendizado seja de forma única sem
desconsiderar os saberes já inerentes aos alunos.
Todavia, as tecnologias ajudam a implementar novos saberes,
porém esbarra na falta de procedimentos facilitadores na interação entre os
conhecimentos. Para Takeuchi (1997) pode-se garantir que as competências
técnicas para a capacitação da modelagem computadorizada não absorve os
saberes e nem faz um bom uso da tecnologia, pois se limita apenas ao que o
manual das ferramentas explica para usuário. A dificuldade esbarra no
despreparo por parte dos técnicos de tecnologia ao transmitirem para os
docentes sem que ocorra um prévio planejamento contemplando ações
integradas de gestão do conhecimento.
33
3.3. Capacitação de docentes e alunos.
Voisinet (1997) define o sistema CAD/CAM [..] “como sistema
computacional para auxilio na criação, modificação, analise e/ ou otimização de
um projeto.” O alto custo para a compra de equipamentos é um dos fatores que
torna a capacitação dos profissionais e alunos como algo necessário e
fundamental entre outros fatores como custos com manutenção e atualizações.
É notável que a capacitação vá tornar a linguagem informatizada bem mais
compreensível ao usuário o especialista do software precisa dominar as áreas
de conhecimento do software e vice e versa.
O maior desafio será a capacitação e a identificação de informações
pertinentes que desafie os alunos a praticar o uso do programa levando a um
interesse maior em utilizar o CAD de forma profissional, pois quando o
programa é apresentado os discentes na sua grande maioria tendem a criar
receio quanto ao seu uso, deixando de aprender passos fundamentais que
auxiliaram no aproveitamento e enriquecimento do conhecimento.
A preocupação de transmitir informações e experiências por parte
dos docentes faz com que os alunos busquem o desenvolvimento da
aprendizagem e aperfeiçoa a capacidade de pensar, esses alunos buscam
habilidades e competências no curso superior para agregar valor em sua
carreira profissional. No ensino superior o processo de aprendizagem da
ênfase ao aprendiz que se torna sujeito do processo, sendo geradas ações
para que aluno aprenda de forma globalizada, incentivando sua participação
motivando interesse pela aula e o assunto abordado.
Segundo Masetto (2003) o professor deve ter um papel de
orientador das atividades permitindo que o aluno aprenda, o docente deve está
atento à necessidade e ser um incentivador do desenvolvimento de seus
alunos, umas das formas de solucionar este tipo de questão e a prática de
ensino sendo o docente um profissional habilitado da área unindo o conceito de
docência e habilidades. Nóvoa (2007) diz que ensinar é ir além do senso
comum, deixando de lados as estratégias diárias como a utilização de aulas
34
expositivas e automáticas, sendo assim o docente de ter a visão e se
empenhar em buscar novas táticas para o processo de aprendizagem por parte
do aluno. Veras (2011) afirma que ensinar no ensino superior atualmente
distinguir-se por seu aspecto de capacitação profissional o professor precisa ter
conhecimento sobre a parte técnica na qual o aluno irá atuar, trabalhando junto
com aluno ensinando algo que seja vivo e estimulante.
Diz Silva,
...para ser um “bom docente”, muito mais do que ser um conhecedor em alguma área ou ser um reconhecido profissionalmente, há a necessidade de reconhecer especificidades que levam estes profissionais à competência na área na qual atuam e não apenas pessoas dispostas a repassar sua experiência profissional fora do ambiente do ensino superior a alunos cuja vontade seja saber exatamente como estes profissionais trabalham para ter condições de aplicar novamente suas práticas no futuro exercício de suas funções após estarem formados (2013 p.12)
A prática de ensino quando transmitida por quem já trabalha
diariamente com os softwares é uma das soluções que ajuda a sanar os
desafios, é importante a valorização do conhecimento dos profissionais que
trabalham há mais tempo com os programas. As novas tecnologias CAD/CAM
são de estrema importância para setor têxtil, pois proporciona desenvolvimento
e agilidade para aceleração dos processos tornando a empresa mais
competitiva no mercado.
35
3.4. Modelagem do vestuário e integração com CADS têxteis.
Como visto anteriormente a modelagem do vestuário é uma das
etapas fundamentais para o processo de elaboração de uma peça do vestuário.
As funções práticas da modelagem é um fator que será necessário para a
integração das habilidades para utilização dos cads têxteis. Segundo
afirmações de Silva (2013) um “bom docente” precisa está sempre atualizado e
assim ele será capaz de orientar seu aluno tanto socialmente quanto
profissionalmente.
Para isso é necessário que especificamente o docente que ministra
aulas de cads têxteis tenha total domínio do software, buscando mecanismo
que facilitem aprendizagem do aluno, o docente precisa torna-se um
pesquisador que tenha muita curiosidade em desvendar soluções práticas que
facilite o uso do software no cotidiano.
As empresas do setor de criação de software precisam criar um elo
entre o profissional que domina os fundamentos manuais da modelagem do
vestuário e agregar a interface dos programas metodologias que aproximem o
usuário do cotidiano prático de vivência com o trabalho exercido pelo
profissional, as funções dos softwares e as metodologias devem motivar o
aluno ou profissional aprendiz do sistema, ele precisa compreender que a uma
integração e correlação das ferramentas manuais com as utilizadas nos
sistemas, às experiências vivenciadas na prática manual deve ficar
compartilhada com a computadorizada.
Deve haver uma integração de gestão do conhecimento dos
docentes, aprendizes do sistema e os técnicos especialistas do software,
conhecer o contexto dos processos e a sua relação como a tecnologia e a
importância da inovação para o setor de modelagem.
36
CONCLUSÃO
A tecnologia é algo fundamental nos dias atuais para facilitar a vida
das pessoas, nos aspectos até sociais de interação e não podemos escapar
dos recursos que ela oferece. Os docentes da área de moda que ministram
aulas de modelagem do vestuário precisam ficar atentos às mudanças que
ocorrem diariamente devido ao grande avanço tecnológicos que estão se
expandindo no setor, é certo que neste instante a uma grande possibilidade de
novos lançamentos de softwares capazes de agilizar o trabalho de forma
prática e rápida.
Mas também é fato de que para a execução de um projeto é
necessário que haja uma mão de obra qualificada e disposta a trabalha com o
novo, atendendo as exigências do mercado consumidor. O profissional e o
aluno do setor de moda devem ficar focados em áreas técnicas, possuir
habilidades e experiências no processo manual, porém é necessário lembrar
que “quanto mais tecnologia mais importante é o ser humano”, portanto a
qualificação deve está voltada para este individuo.
Diante deste fato, devemos priorizar a formação desses alunos
incluindo uma didática e metodologias que influencie no sucesso profissional,
permitindo a ele ter senso critico e autonomia nas suas ideias. Buscar soluções
que produzirá a realização de um trabalho em executado e para isso
precisamos de um docente que ensine o aluno a compreender o que foi
proposto para ele, que dinamize as informações e as relações com o grupo.
A pesquisa deste trabalho teve por finalidade esclarecer e mostrar
as questões ligadas às dificuldades de lidar como a tecnologia versus o
trabalho manual, e o quanto é necessário o seu usuário explorar as
possibilidades e limitações dos cads, antes de pré julgar suas dificuldades,
tornando o cads um problema para o setor têxtil. Pois quando o individuo rejeita
novas possibilidades, ele não se permite aumentar a sua visão particular dos
37
fatos e aquilo que surge como o novo, pode proporcionar melhorias nas suas
experiências profissionais.
Deve haver um planejamento para que ocorram melhorias no
aprendizado e mudanças na metodologia aplicada nas aulas, à gestão do
conhecimento irá impulsionar os saberes, quando docentes e alunos
conseguirem criar elementos que construtivistas e identificar as informações
relacionadas às categorias de conhecimento necessárias para a elaboração de
modelagem, eles estarão habilitados para criar os moldes em qualquer área de
trabalho, sendo o papel ou a tela do computador.
Visto como experiência pessoal na área percebo que para saber
operar um CAD de modelagem é importante saber construir um molde sobre o
papel utilizando qualquer metodologia especifica, como plana, moulage ou
alfaiataria, fato é que a atualização e o conhecimento de informática básica
torna o usuário um melhor aprendiz. O docente que se preocupa em ter uma
base pedagógica e uma didática afinada consegue fazer o aluno tenha
interesse e não simplesmente crie restrições quanto à manipulação dos
softwares.
Qualificação eficiente e capacitação são pontos importantes para
que as empresas e instituições consigam se beneficiar com os investimentos
feitos para criar competitividade no setor têxtil, precisamos de pessoas
interessadas em investigar, questionar e tirar proveito do que a informatização
pode oferecer, quando as instituições e as confecções conseguirem repassar
as experiências vão colaborar para uma melhor aplicabilidade da tecnologia.
O Brasil ocupa a 4ª posição entre os maiores produtores mundiais
em artigo têxtil e a 5º colocação entre os maiores produtores de manufatura
têxtil, segunda ABIT (Associação brasileira da indústria têxtil de confecção)
embora seja um grande consumidor e produtor de têxteis e de vestuário, sua
participação comercial no mundo ainda é pequena, ocupando 23ª colocação
em exportações.
38
Para melhorar esse quadro precisamos investir e incentivar a
competitividade no setor e valorizar as pessoas, para isso é necessário ter mão
de obra qualificada preparada para utilizar a tecnologia prevendo aceleração
dos processos.
39
BIBLIOGRAFIA
SENAI. CETIQT. Modelagem e encaixe no sistema Audaces. Rio de Janeiro: SENAI. CETIQT. Modelagem e encaixe no sistema Lectra. Rio de Janeiro: 2009. SENAI. CETIQT. Modelagem e encaixe no sistema Moda 1. Rio de Janeiro: 2010. SOUZA, Sidney Cunha de. Introdução à tecnologia da modelagem industrial. Rio de Janeiro: SENAI/CETIQT, 1997 QUEIROZ.Daniele Cristina Coelho. Modelagem de vestuário no CorelDRAW:possibilidades e limitações pra pequena empresa. Rio de Janeiro.2014 Tcc graduação MERCADO(ORG.). Luís Paulo Leopoldo. Novas Tecnologias na educação: Reflexões sobre a prática. Editora UFAL.Brasil.2002 MORAN, José Manuel.Novas tecnologias e mediação pedagógicas.Campinas, SP: Papirus, 2000. VASCONCELLOS, Celso dos S. Construção do Conhecimento em Sala de Aula. Rio de Janeiro : Ed. Libertad, 2005. MASETTO, M. (org.). Docência na Universidade. Campinas, SP: Papirus, 1998. SOUZA, Robson pequeno de, MOITA, Filomena M.C da S.C, CARVALHO, Ana Beatriz Gomes. Tecnologias digitais na educação. Campina Grande – PB: 2011 XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Estratégia de modulação em massa na manufatura do vestuário de moda, Fortaleza-CE, 2015. SILVA, Camila Teixeira de, JESUS, Bruno Silva de, ULBANERE,Rubens CARNEIRO. Implementação do software CAD/CAM no setor de corte de uma confecção. Riberão Preto – SP, 2014. 2º COLOQUIO NACIONAL DE MODA. Modelagem informatizada, MOURÃO, Fabíola, 2006. MAIA, Christiane Martinatti; SCHEIBEL, Maria Fani; URBAN, Ana Claudia, Didática: organização do trabalho pedagógico. Curitiba-PR, 2009. REVISTA PRIMUS VITAM. Docência na contemporaneidade: Desafios para professores no ensino superior. 2013
40
Web sites: http://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-do-uso-das-metodologias-dialeticas-em-sala-de-aula/37483/ Acesso: 02/2016 http://pedagogiaaopedaletra.com/a-didatica-e-metodologia-do-ensino/ Acesso: 02/2016 http://www.abed.org.br/arquivos/Metodologias_Ativas_alem_da_sala_de_aula_Enilton_Rocha.pdf. Acesso: 04/2016 http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/18698/18698_2.PDF. Acesso: 04/2016 http://www.coloquiomoda.com.br/anais/anais/9-Coloquio-de-Moda_2013/COMUNICACAO-ORAL/EIXO-2-EDUCACAO_COMUNICACAO-ORAL/O-professor-de-design-de-moda-e-sua-atuacao-pedagogica-no-ensino-superior.pdf. Acesso;05/2016 http://www.feevale.br/Comum/midias/cd4c3a08-00cf-4b73-8979-b5334873a92e/A%20TECNOLOGIA%203D%20COMO%20RECURSO%20DID%C3%81TICO%20PARA%20A%20APRENDIZAGEM%20DA%20MODELAGEM%20PLANA%20DO%20VESTU%C3%81RIO.pdf. Acesso: 06/2016 http://www.sebraemercados.com.br/wp-content/uploads/2015/11/2014_05_16_RT_Mar_Moda_Soft.pdf. Acesso: 02/2013 http://www.ufrgs.br/niee/eventos/RIBIE/1998/pdf/com_pos_dem/210M.pdf. Acesso: 07/2016
41
ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
Modelagem industrial do vestuário e suas metodologias 10
1.1. Técnica de modelagem 11
1.2. Modelagem base 12
1.3. Alfaiataria 13
1.4. Draping (inglês) ou Moulage (francês) 14
1.5. Sistema CAD/CAM Audaces, Lectra(Modaris) e Moda 1 15
CAPÍTULO II
Tecnologias aplicadas na aula de modelagem do vestuário: CAD têxtil e software de criação. 17
2.1. Tecnologias aplicadas na aula de modelagem do vestuário 18
2.2. Gestão do conhecimento 21
2.3. A importância do CAD têxtil e a revolução fast-fashion 22
2.4. CAD têxtil: Audaces, Lectra (Modaris) e Moda 1 24
2.4. Software de criação: CorelDRAW 26
CAPÍTULO III
Didática e pratica profissional do aluno 28
3.1. Processos de aprendizagem 29
3.2. A didática como prática de ensino 31
3.3. Capacitação de docentes e alunos 33
3.4. Modelagem do vestuário e integração com Cads têxteis 35
CONCLUSÃO 36 BIBLIOGRAFIA 39 ÍNDICE 41 ÍNDICE DE FIGURAS 42 ANEXOS 43
42
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 Arquivo pessoal (Molde base) .............................................................12
Figura 2 Alexandre Won (alfaiate) .....................................................................13
Figura 3 The Cutting Class ...............................................................................14
Figura 4 Sistema CAD/CAM..............................................................................15
Figura 5 Tabela produção têxtil .........................................................................44
Figura 6 Tabela comparativa modelo fast-fashion ............................................45
Figura 7 Cartaz documentário ...........................................................................46
Figura 8 Peça piloto .........................................................................................47
Figura 9 Molde feito no Coreldraw ....................................................................47
43
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 – Planilha que mostra a produção mundial do setor têxtil.
Anexo 2 – Modelo padrão e modelo fast-fashion.
Anexo 3 - Documentário China em blue.
Anexo 4 – Molde feito no CorelDRAW – TCC Modelagem do
vestuário no CorelDRAW
44
ANEXO 1
Planilha que mostra a produção mundial do setor têxtil.
Atualmente, a Ásia é responsável por cerca de 73% do total
produzido no mundo com destaque para: China, Índia e Paquistão, Coreia do
sul, Taiwan, Indonésia, Malásia, Tailândia e Bangladesh.
China e Bangladesh são responsáveis por 36% das exportações
mundiais de produtos têxteis e do vestuário. Mas há outro número no qual
esses países também são campeões que é na exploração de mão de obra
escrava.
Figura 05 Tabela produção têxtil fonte ABIT
45
ANEXO 2
Modelo padrão e modelo fast-fashion.
Estratégia utilizada pelo mercado para obter uma rápida resposta
proporcionando ao empresário a chance de ter ofertar mais produtos. Criam-se
pequenas coleções com umas variedades de produtos. Para atender a
demanda é preciso entregar peças com qualidade em um menor tempo
possível.
Abaixo segue a planilha de tempo para atender a demanda produtiva
fazendo uma relação do modelo padrão com o modelo fast-fashion.
Figura 06 tabela comparativa modelo padrão e fast-fashion
Fonte: Empresa Audaces
46
ANEXO 3 Documentário China em blue.
A moda rápida cria o fast-fashion do glamour à escravidão o que
propicia o produto certo, no local certo e na quantidade certa, põem pessoas
em situações análogas a escravidão. Este documentário é um exemplo de uma
da problemática do fast-fashion.
A maioria dos jeans que elas fazem nas fábricas é comprada por
negociantes nos Estados Unidos e outros países. China Blue leva o
espectador para dentro das fábricas de jeans no sudoeste da China, onde
adolescentes lutam para sobreviver as cruéis condições de trabalho.
O filme, que foi feito sem a permissão das autoridades chinesas,
oferece um relatório alarmante sobre as pressões impostas pelas companhias
ocidentais e suas consequências humanas; como os verdadeiros lucros são
obtidos e mantidos nos países de primeiro mundo; O final inesperado mostra a
conexão entre as trabalhadoras exploradas e os consumidores americanos
ainda mais claros.
Figura 07 Cartaz documentário China em blue
Fonte: http://docverdade.blogspot.com.br/2010/05/china-blue-2005.html
47
ANEXO 4
Molde feito no CorelDRAW
Molde elaborado diretamente no software CorelDRAW apenas
utilizando as ferramentas da interface.
Figura 8 Peça piloto- TCC Senai Cetiqt – Daniele Queiroz- Arquivo pessoal
Figura 9 – Molde – TCC Senai Cetiqt- Daniele Queiroz- Arquivo pessoal