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Page 1: DOMINGO, 4 DE JULHO DE 2010 - Tudo o que você queria ... · Quem quer conhecer uma téc-nica, pergunta. “É uma troca que estimula- ... que eu sou?” É preciso reter e confessar

4 DIA A DIA DIÁRIO DE S. PAULODOMINGO, 4 DE JULHO DE 2010

PÁG. 4 l DIA A DIA l EDIÇÃO: 4/07/2010

DATA DE ENVIO: 3/07/2010 — 21: 14 h AZUL - MAGENTA - AMARELO - PRETO

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AS TRICOTEIRAS �����������������������������������%& � �'�������� (������ ������������������������

DANI COSTA����)�� ��*������ �)��)'��

aa Um inusitado encontro demulheres movimenta, mensal-mente, um café nos Jardins, naZona Oeste da capital, com di-reito a gritinhos de euforia, gar-galhadas, troca de confidências ede informações sobre a arte dotricô. E não, elas não são vovo-zinhas que resolveram levar aslãs na bolsa para se encontrar.São mulheres de negócios, mo-dernas, ousadas e tricoteiras. É o“The Crazy Knitting Ladies”, oucomo elas mesmas traduzem,“As Senhoras Loucas do Tricô”.

A ideia surgiu na internet,como cópia do que já aconteceem outros países, onde vários si-tes e blogs agrupam pessoasapaixonadas pelo tricô, criandouma rede enorme de interessa-dos em saber todas as novidadesque envolvam essa arte.

No Brasil, um grupo de mu-lheres de vários estados passou ase falar constantemente pelosblogs criados aqui, até que umapaulistana resolveu que era horado encontro cara a cara e agulhacom agulha. “Em 2002 umamoça participou de um encon-tro desses em Portugal, e resol-ver criar o ‘Tricoteiras de SãoPaulo’. Mas, depois de um tem-po ele acabou, e montamos en-tão o ‘The Crazy Knitting La-dies’”, relatou uma das organiza-doras, a jornalista Clara Quinte-la, de 33 anos, há seis uma tri-coteira dedicada.

O grupo começou em 2005,com as integrantes batendo pa-po através de blogs. Hoje é sitia-do virtualmente no site www.tri-coteiras.com, e uma vez pormês, no Vanilla Café da Alame-

da Itu, as tricoteiras se reúnemno segundo andar em uma ver-dadeira festa do tricô. Quem sa-be mais, ensina. Quem viajou econheceu uma lã nova, conta.Quem quer conhecer uma téc-nica, pergunta.

“É uma troca que estimula-mos o tempo todo, nos falamospela internet todos os dias, por-que é esse intercâmbio que nosatualiza”, revelou a carioca ana-lista de sistemas Valesca Fortu-nato, de 29 anos, que aprendeu atricotar há seis anos, e aprovei-tou a vinda a São Paulo para

participar do evento. Ela tam-bém mantém o “The CrazyKnitting Ladies” no Rio.

O encontro, no entanto, écurioso, mas não é único. Maisuma leva de mulheres se juntamcom seus novelos em vários ou-tros como o “Agulha Mágica”, o“Café Tricô”, o “SimplesmenteTricô”, o “Crocheterapia” e o“Tricoteiras Solidárias”, todos daterra da garoa, mas em contatocom o mundo. E por que elastricotam? “Por prazer, terapia,por ser uma arte”, disse ClaraQuintela.

������������� ��������������aa Jesus interroga seus Após-tolos: “Que dizem os homensque eu sou?”

A própria pergunta noscoloca, de início, num pontode vista humano, visando anatureza humana de Jesus. Aresposta de s. Pedro nos abreos horizontes para ir além ereconhecer a sua natureza di-vina: é Ele o Cristo, o Filho deDeus. Observa s. Beda que aresposta de s. Pedro “apresen-ta um providencial equilí-brio, referindo-se à dupla na-tureza do Mediador, Deus,Senhor nosso, e como ho-mem. Uma revelava, conti-nua ele, sua humildade, outraa sua grandeza”.

S. Hilário escreve a esterespeito: “O Filho de Deus,nascido de Deus, eternamen-te. Ele assumiu um corpo, sefez homem; e assim como aEternidade assumiu o corpode nossa natureza, devemoster consciência de que a na-tureza de nosso corpo podereceber, no Cristo, o poder daEternidade”.

Como é essencial à fé reco-nhecer a dupla natureza do Cris-to, o Senhor pergunta aos seusdiscípulos: “E vós quem dizeisque eu sou?” É preciso reter econfessar que o Cristo é o Filhode Deus e o Filho do homem.Confessar um sem o outro nãonos daria nenhuma esperançade salvação. O fato de se voltarpara os discípulos e dizer: “Evós?”, deixa pressentir que paraalém do que se via nele, havia al-go mais para compreender.

Ao falar, porém, de seus so-frimentos e de sua morte, Pedroreage imediatamente, advertin-do-o. Jesus o repreende, pois, es-creve Tertuliano: “Ninguém po-de evitar o sofrimento e igual-mente confessar Jesus como Se-nhor”. S. Agostinho recorda que“não se pode seguir jamais o Se-nhor sem levar a cruz”. Daí con-cluir o Evangelho: “Se alguémquiser vir após mim, negue-se asi mesmo, tome a sua cruz e si-ga-me” (v.34). Em Cristo, todosnós recebemos no batismo a un-ção para a missão da “Verdade,do Sacrifício e da Salvação”.

TURISMO CATÓLICO

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aa Sinônimo de fé e cartão-postal de Lages, a CatedralNossa Senhora dos Prazeres éum marco da cultura lageana.Suas obras começaram em1912 e a igreja foi inaugurada

dez anos depois. Seu interiorguarda muitas belezas, como vi-trais e sinos importados da Ale-manha, um sistema de som am-biente e um órgão monumentalde sete toneladas.

O local fica aberto de ter-ça a sexta, das 8h às 12h e das14h às 20h. Aos sábados e do-mingos, funciona das 8h às12h e das 17h às 20h. Fica naRua Frei Gabriel, 145.

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Agulhadas atépelo iphoneaa O tricô é antigo, mas já nãoé mais algo só transmitido demãe para filha, ou em bazares.Ele pode sim ser aprendido pelainternet e por aplicativos doIphone. A psicóloga Zaira Paro,de 47 anos, foi uma das primei-ras brasileiras a adquirir umprograma no seu iphone total-mente voltado para o tricô. E énele que ela se atualiza. “As tri-coteiras de hoje são hi-tech,aprendem inglês para partici-par dos sites de fora, e se ligamno mundo virtual para sabertudo sobre o tricô”, disse.

Novata na arte, a tambémpsicóloga Iara Boccato Alves, de25 anos, é a mais jovem na tur-ma do “The Crazy Knitting La-dies”. Ela começou a tricotar hádois anos, movida pela curiosi-dade e a vontade de ter uma ati-vidade que exige concentração,mas relaxa. “Tricô pode ser usa-do como terapia ocupacional. Asagulhas são poderosas”.

O poder das agulhas atua, in-clusive, na ordem emocional. Afuncionária pública SolangeCristiny Melo Torres, de 46 anos,e a estilista e modelista SandraJay, de 48 anos, se tornaramgrandes amigas através do grupode tricoteiras. “Aqui a gente tri-cota e vai falando da vida, dos fi-lhos, do trabalho. Isso cria vín-culos, faz muito bem para a al-ma”, explicou a Solange, queaprendeu a arte há dez anos.

Sandra reforça: “Essa é nossaatividade, nosso compromissocom o bem-estar”.