Estatuto da Criana e do Adolescente ECA
Proteo Integral Infncia e Adolescncia
Um breve histrico
Da Roda dos Expostos ao Estatuto
Roda dos Expostos
Origem europia Finalidade preservar o anonimato dos bebs enjeitados Brasil sculo XVIII responsabilidade das Santas Casas de Misericrdia, que detinham o monoplio da assistncia infncia abandonada com auxlio das Cmaras Municipais *** Tenso entre CM e SCM pela manuteno financeira do sistema
1828 Lei dos Municpios
Retira das Cmaras a responsabilidade sob a roda deixando a tarefa apenas as Santas Casas de Misericrdia
1927 CDIGO DE MENORESInstitudo pelo Decreto 17.943-A (12/10/1927)Consolidao da diretriz assistencial e proteo aos menores em uma viso de infncia incapaz e perversaControle da infncia abandonadaViso repressora e garantia da ordem e moralReabilitao do delinqenteSituao irregular crianas que no eram de boa famlia, abandonados, que viviam na rua, os filhos ilegtimos, eram postos para fora, abandonados, deixados nas chamadas rodas dos expostos
1979 Reforma do CdigoLei Federal n 6697/79 Viso teraputica do tratamento ao infratorInibio dosdesvios, vcios da famlia e sociedadeLei divide as crianas entre os integrados e os marginais e marginalizadosValorizao da interveno judiciria (juiz poder absoluto sobre a criana)Poder Executivo controla e centraliza a assistnciaInternamento para corrigir situao irregular
Ausncia dos direitos de defesa ao menorViso caritativa e ausncia de poltica de atendimentoCriao da FEBEM (Fundao Estadual do Bem-Estar do Menor)- Recepo, triagem e internamento dos menores em situao irregularCdigo de Menores
Estatuto da Criana e do Adolescente
Regulamentao do art. 227 da CONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Lei Federal 8069, de 13/07/1990
Art. 227. dever da famlia, da sociedade e do Estado assegurar criana e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito vida, sade, alimentao, educao, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria, alm de coloc-los a salvo de toda forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso.
O Estatuto da Criana e do Adolescente promulgado em 1990, no contexto de uma nova proposta mundial que visava enquadrar crianas e adolescentes como sujeitos de direitoSituao peculiar de desenvolvimento;Para o ECA, a criana cidado. At ento, no Brasil, era incapaz; No a criana que est em situao; irregular, mas o Estado, a Sociedade e a Famlia, quando no garantem seus direitos;ECA identifica os responsveis pela garantia dos direitos da populao infanto-juvenil;
Ruptura com a viso autoritria, repressiva, clientelista e a fragmentao das polticas voltadas infncia;Cria instncias de fiscalizao na comunidade, podendo estas utilizarem os mecanismos de defesa e proteo dos interesses difusos e coletivos para casos de omisso e transgresses por parte das autoridades pblicas
ECA
ECAControle Social institui instncias colegiadas de participao (Conselhos de Direitos paritrios, Estado e Sociedade Civil) nos municpios, estados e Unio e o CONSELHO TUTELAR no nvel municipal
ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTEArt. 3 A criana e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes pessoa humana, sem prejuzo da proteo integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento fsico, mental, moral, espiritual e social, em condies de liberdade e de dignidade.
Art. 4 dever da famlia, da comunidade, da sociedade em geral e do poder pblico assegurar, com absoluta prioridade, a efetivao dos direitos referentes vida, sade, alimentao, educao, ao esporte, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria.
Pargrafo nico. A garantia de prioridade compreende:a) primazia de receber proteo e socorro em quaisquer circunstncias;b) precedncia de atendimento nos servios pblicos ou de relevncia pblica;c) preferncia na formulao e na execuo das polticas sociais pblicas;d) destinao privilegiada de recursos pblicos nas reas relacionadas com a proteo infncia e juventude
ECA
CONSELHO TUTELARArt. 136. So atribuies do Conselho Tutelar:I - atender as crianas e adolescentes nas hipteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII;II - atender e aconselhar os pais ou responsvel, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII;III - promover a execuo de suas decises, podendo para tanto:.IV - encaminhar ao Ministrio Pblico notcia de fato que constitua infrao administrativa ou penal contra os direitos da criana ou adolescente;V - encaminhar autoridade judiciria os casos de sua competncia;VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciria, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;VII - expedir notificaes;VIII - requisitar certides de nascimento e de bito de criana ou adolescente quando necessrio;IX - assessorar o Poder Executivo local na elaborao da proposta oramentria para planos e programas de atendimento dos direitos da criana e do adolescente;X - representar, em nome da pessoa e da famlia, contra a violao dos direitos previstos no art. 220, 3, inciso II, da Constituio Federal;XI - representar ao Ministrio Pblico, para efeito das aes de perda ou suspenso do ptrio poder.
CONSELHO TUTELARRelatrio de AtendimentosDireito Fundamental N atendimentosPerodo: janeiro a maro/2008Vida e Sade 267Liberdade, Respeito e Dignidade 916 Convivncia Fam. e Comunitria 1252 Educao/Cultura/Esporte/Lazer 2500 Profissionalizao e Proteo no Trabalho 107TOTAL 5042
"Ns vos pedimos com insistncia nunca diga isto natural!!Diante dos acontecimentos de cada dia,Numa poca em que reina a confuso,Em que corre o sangue, em que a arbitrariedade tem fora de lei,Em que a humanidade se desumaniza....No diga nunca: Isso natural!A fim de que nada possa ser imutvel."Bertold Brecht
No diga nunca isso naturalPerceba o horrvel atrs do que se tornouhabitual e se aprendeu a suportarConhea a LeiAponte o AbusoE onde o abuso for encontradoEncontre o remdio
Autor desconhecido
Pginas para consultas e pesquisaswww.presidencia.gov.br/sedhwww.mp.pr.gov.br/cpca/crianca.htmlwww.abrinq.org.br/www.ciranda.org.br/www.pedropaulo.com.br
O Estatuto da Criana e do Adolescente ANTESSituao Irregular (Cdigo de Menores)
Manda quem pode, obedece quem tem juzo (prudente arbtrio do juiz art 5 do Cdigo de Menores)
Burocracia prevalecia sobre a cidadania (rtulos)DEPOISEst em situao irregular quem no garante os direitos das crianas e adolescentes (ECA)
Princpio da Legalidade (Ningum obrigado a fazer ou deixar de fazer coisa alguma seno em virtude da Lei art 5 da CF)
3. Cidadania prevalece sobre a burocracia (encaminhamentos)
ANTESAusncia de proteo jurdicaDepsito, orfanato (Direito Tutelar do menor o Estado era o Tutor da criana)Rtulos Escola profissional para menores infratores
DEPOISProteo jurdica- socialAbrigo = passagem (Estado o Tutor do direitos da criana e do adolescente convivncia familiar)3. Direito dignidade: no rotulao, no discriminao no excluso
ANTESPrincpio da presuno de culpa
Confuso nas funes (usurpao de funo)
Somente quando formos um pas justo, que vamos poder garantir direitos para crianas e adolescentesDEPOISPrincpio da presuno de inocncia (NOTIFICAO)
Princpio mtuo teoria dos sistemas harmonia das partes (cada um cumprindo sua funo mediante requisio diante do princpio da legalidade)
3.Somente garantindo, caso a caso, os direitos das crianas e dos adolescentes que poderemos construir um pas justo, aqui e agora.
VIII - requisitar certides de nascimento e de bito de criana ou adolescente quando necessrio;IX - assessorar o Poder Executivo local na elaborao da proposta oramentria para planos e programas de atendimento dos direitos da criana e do adolescente;X - representar, em nome da pessoa e da famlia, contra a violao dos direitos previstos no art. 220, 3, inciso II, da Constituio Federal;XI - representar ao Ministrio Pblico, para efeito das aes de perda ou suspenso do ptrio poder.Art. 137. As decises do Conselho Tutelar somente podero ser revistas pela autoridade judiciria a pedido de quem tenha legtimo interesse.