Elementos básicos do projeto de interfacePra o entendimento sobre Arquitetura de Informação é fundamental conhecer os componentes básicos que
englobam a navegação web. Também é importante se darem conta que esses Elementos podem e devem
ser trabalhados de diferentes formas pra resolver os problemas do projeto. Vocês NÃO vão partir com uma
regra ou receita pronta, mas sim projetar conforme o objetivo de negócio do cliente.
1. ORGANIZAÇÃO:
Vamos começar com a ORGANIZAÇÃO: é o sistema que define regras pra classificar e ordenar as
informações do projeto. Ela possui duas subdivisões: uma mais global, que se refere a Estrutura de
Informação, e outra que se refere à parte de dentro desse conjunto, que são os Esquemas Organizacionais.
A gente pode defini-los como facilitadores de acesso ao conteúdo pra que consigamos navegar entre blocos
de dados. Na prática, a primeira coisa a fazer é pensar no todo, no conjunto, e depois pensar em Esquemas
pra que o usuário consiga filtrar esses registros em partes e, aí sim, encontrar um determinado conteúdo de
forma mais fácil. Esse é o objetivo, ok?
Uma Estrutura de Informação pode ser:
• Linear: quando as páginas são dispostas em sequência. Como exemplo: Etapas de um carrinho de
compras num e-commerce ou aquelas fases (Experiência, Formação...) dentro de um formulário pra
cadastro de currículo. Estes são bons exemplos de Estruturas Lineares;
• Teias: são nós (são seções) ligadas sem níveis ou sequência. Pra entender melhor, são aqueles links e
referências cruzadas, que não tem início ou fim. Tudo a ver com a navegação Associativa, é o mesmo
conceito;
• Hierárquicas: É uma estrutura em árvore, a mais utilizada pelos projetistas, justamente porque ela é
clara. Vocês vão ver na hora o relacionamento “pai-filho”, “primeiro e segundo nível” ou “principal e
local”. É bem fácil e é por isso que praticamente todos os sites têm, por menor que seja, alguma estrutura
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hierárquica. Se vocês estruturarem um site de forma lógica e propuserem uma estrutura hierárquica, a
chance de sucesso é grande;
• Facetas: Diferente de uma estrutura ou de uma visão hierárquica, onde se chega num conteúdo daquela
forma, as facetas dão uma alternativa, uma ideia mais global. Por exemplo, se eu vou descrever as
propriedades de um tênis, eu posso dizer o Tipo, o Preço, a Marca, como categorias pertencentes àquele
tênis. Mas, existem outros conceitos pra Facetas, que quase sempre a gente vai aplicar em sites maiores
e eles realmente confundem um pouco. Eu prefiro resolver os problemas usando outras soluções;
• Estruturas Emergentes: Essa é bem mais fácil, é uma estrutura que não é planejada e sim vai se criando,
se auto-organizando. Isso porque os usuários editam, adicionam e vão excluindo conteúdo e isso vai
alterando a interface, modificando aquela estrutura, como no antigo site da Wikipedia.
Dentro da ORGANIZAÇÃO, o próximo ponto são os Esquemas Organizacionais, que podem ser:
• Alfabéticos;
• Cronológicos;
• Geográficos;
• Por Assunto;
• Por Grupo de Audiência, ou;
• Por Tarefa.
Alguns exemplos:
No site Almanaque Culinário, eu tenho uma série de receitas e posso filtrar esses registros pela letra de
início. Se estamos procurando por “Bem Casado”, clico no B e encontro o meu conteúdo de uma forma bem
rápida (é um Esquema Organizacional Alfabético);
No site da Tecnisa, estou buscando um Imóvel, mas eu quero especificamente da cidade de São Paulo (é um
Esquema Geográfico).
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2. NAVEGAÇÃO
O nosso segundo Elemento é a NAVEGAÇÃO, e eu posso navegar Estruturalmente, Associativamente e
Utilitariamente.
• Navegação Estrutural: é a que linca uma seção à outra dentro da hierarquia do site. Em qualquer página, o
usuário tem que ser capaz de enxergar esse gráfico; Geralmente, existe a navegação Principal, que são os
links essenciais/ estruturais do projeto e a navegação Local, que é derivada da Principal. Quase sempre
vocês vão ver no formato de L-invertido (muito bom, pois permite scroll e você pode colocar vários links),
Horizontal (que é melhor usar em projetos menores, pra que você não fique limitado quanto ao espaço
lateral) ou Vertical Embutido (que é outra forma interessante, muito usada em sistemas operacionais,
então bem amigável pro usuário;
• Navegação Associativa, é aquela que: conecta páginas com tópicos e conteúdos similares; Geralmente
elas vão estar embutidas dentro dos textos ou, se quiser dar um destaque maior, botar como Links
Relacionados na lateral ou embaixo do conteúdo. Isso vai resolver e vai ficar bom;
• E, Navegação Utilitária: que são links, são funções pra ajudar as pessoas no uso do sistema ou até mesmo
fora da estrutura do site; são utilidades, são ferramentas pro usuário realizar coisas. São relevantes pro
projeto, mas menos importantes que a Navegação Estrutural e, por isso, ela fica num nível menor ou com
volume visual reduzido.
Fazendo um anexo, em sincronia com a estrutura do site, existem Mecanismos Complementares de
navegação. Eu diria que essa é a parte mais matemática da coisa, porque cada widget tem uma função
determinada, apropriada àquela parte do projeto. Aqui. é bem ‘decoreba’ mesmo. O importante é que
vocês apliquem uma Nuvem de Tags, um conjunto de Abas, ou um Menu Dropdown, onde isso funcionar
melhor.
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3. ROTULAÇÃO
E, por fim, temos a ROTULAÇÃO. O profissional de Arquitetura de Informação não é redator, não vai escrever
o texto, mas quando se trata da definição do nome, do rótulo do link e/ título (curto, objetivo, lógico pro
usuário) sem dúvida ele é o profissional ideal. Quando o internauta acessa um projeto:
É através dos rótulos (dessas nomenclaturas, dessas palavras-chave ou palavras-gatilho) que o cara vai
optar por um caminho ou outro; então, é sempre necessário fazer uma crítica aos nomes, pra evitar
problemas com vocabulário, com expressões que só dentro de uma empresa são conhecidas, termos
técnicos, entre outras coisas.
Alguns cuidados básicos:
• Títulos do navegador: tem que ser um nome claro, pro usuário ver na hora (esse espaço não é pra texto,
como faz o GloboEsporte.com);
• URL amigável: também clara e relacionada ao nome da seção, pois isso vai mostrar o caminho pro
usuário; também não deixa de ser um acesso direto quando ele sabe qual página vai acessar, sem falar
na questão de SEO, onde a URL amigável ajuda muito;
• Nomes de links: traduzir exatamente o que vai ser feito, exatamente o que vai ser visto. Nada de enigmas;
• Títulos das páginas: Segue a ideia dos itens anteriores e é muito importante que vocês reorientem o
usuário durante a navegação. Se eu cliquei no link “X”, é interessante que página me mostre que eu estou
no lugar certo.
Então, esses são alguns fatores úteis: as nomenclaturas que são dadas aos registros; a forma criada pro
usuário navegar e como o conteúdo pode ser organizado em uma tela.
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