2º SEMESTRE/2011
Um novo futuro depende deles
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Rua 18, 326 Salas 3/4 - Setor OesteTel.: (62) 3093-4353
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Duração: 2 a 8 semanas
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Duração: 1 a 2 semestres letivos
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Expediente
A Província Marista Brasil Centro-Sul atua nas áreas de educação, solidariedade, saúde, editorial e comunicação. A
PMBCS está presente nos Estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal.
Sua forma de atuação busca, por meio de processos educacionais, uma efetiva contribuição social e cultural,
posicionando-se na defesa e promoção dos direitos das infâncias e juventudes.
Desenvolver equilibradamente, afetividade e inteligência, dimensão comunitária e social, valores humanos e cristãos é
a proposta da instituição.
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PRESIDENTE DAS MANTENEDORAS: Ir. Dario Bortolini
SUPERIOR PROVINCIAL: Ir. Davide Pedri
SUPERINTENDENTE ABEC/UCE: Paulo Serino de Souza
REDE DE COLÉGIOS: Ir. Paulinho Vogel, André Garcia, Isabel Cristina
Michelan Azevedo, Vani Sant'ana
COMUNICAÇÃO E MARKETING (ABEC/UCE): Patrícia Fatuch,
Pollyana D. Nabarro, Alexandre L. Cardoso, Silvia S. Tateiva, Kelen Y.
Azuma, Patrícia L. Egashira, Fábio Egg Mais, Tiago Ienkot
COMUNICAÇÃO E MARKETING (COLÉGIOS): Bruna Finkensieper
Gonçalves, Bruno Bonamigo, Caroline Damin Mertens ,Cláudia
Cristina Batistela Francisco, Cristiane Rufino Santos, Daliane
Anziliero Teston, Eros Augusto Asturiano Martins, Eziquiel
Machado Ramos, Fábio Silvestrini Aparício, Katia Macedo Dias
Kely Cristine de Souza, Luana Mendonça Dias dos Santos, Mayara
Amaral Haudicho, Raquel Aline Bortoloso, Renato Mobaid Pereira
Campos, Samira Damásio Dutra
CAPA:
Mirela Schreck Welter, Gabriel Weiand,
Lucas Petry Heck, Marina Gabriela Maia,
alunos do Colégio Marista Pio XII, Novo
Hamburgo - RS
FOTO:
D'Contreras - ILEXPHOTO
BRASÍLIA • Colégio Marista de Brasília - Educação Infantil e Ensino Fundamental - SGAS 609 CONJ A - Bairro Asa Sul - Brasília - DF - 70200-690 - (61) 3442-9400
Colégio Marista de Brasília - Ensino Médio - SGAS 615 CONJ C - Bairro Asa Sul - Brasília - DF - 70200-750 - (61) 3445-6900
CASCAVEL • Colégio Marista de Cascavel - Rua Paraná, 2680 - Centro - Cascavel - PR - 85812-011 - (45) 3036-6000
CHAPECÓ • Colégio Marista São Francisco - Rua Marechal F. Peixoto, 550L - Chape-có - SC - 89801-500 - (49) 3322-3332
CRICIÚMA • Colégio Marista de Criciúma - Rua Antonio de Lucca, 334 - Criciúma - SC - 88811-503 - (48) 3437-9122
CURITIBA • Colégio Marista Paranaense - Rua Bispo Dom José, 2674 Seminário - Curitiba - PR - 80440-080 - (41) 3016-2552
Colégio Marista Santa Maria - Rua Prof. Joaquim de M. Barreto, 98 - Curitiba - PR - 82200-210 (41) 3074-2500
GOIÂNIA • Colégio Marista de Goiânia - Avenida Oitenta e Cinco, n. 1440
St. Marista - Goiânia - GO - 74.160-010 - (62) 4009-5875
JARAGUÁ DO SUL • Colégio Marista São Luís - Rua Mal. Deodoro da Fonseca, 520 Centro - Jaraguá do Sul - SC - 89251-700 - (47) 3371-0313
JOAÇABA • Colégio Marista Frei Rogério - Rua Frei Rogério, 596 - Joaçaba - SC - 89600-000 - (49) 3522-1144
LONDRINA • Colégio Marista de Londrina - Rua Maringá, 78 - Jardim dos Bancários - Londrina - PR - 86060-000 (43) 3374-3600
MARINGÁ • Colégio Marista de Maringá - Rua São Marcelino Champagnat, 130 - Centro - Maringá - PR - 87010-430 - (44) 3220-4224
PONTA GROSSA • Colégio Marista Pio XII - Rua Rodrigues Alves, 701 - Jardim Carva-lho - Ponta Grossa - PR 84015-440 - (42) 3224-0374
RIBEIRÃO PRETO • Colégio Marista de Ribeirão Preto - Rua Bernardino de Campos, 550 - Higienopólis - Ribeirão Preto - SP - 14015-130 - Fone:(16) 3977-1400
SÃO PAULO • Colégio Marista Arquidiocesano - Rua Domingos de Moraes, 2565 - Vila Mariana - São Paulo - SP - 04035-000 - (11) 5081-8444
Colégio Marista Nossa Senhora da Glória - Rua Justo Azambuja, 267 - Cambuci - São Paulo - SP - 01518-000 - (11) 3207-5866
Em Família | 8ª Edição | 2º Semestre 2011
A Revista Em Família é uma publicação da Editora Ruah para a Rede Marista de Colégios, com distribuição dirigida aos pais e colaboradores.
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EDITOR: Luís Fernando Carneiro | DIAGRAMAÇÃO: Goretti Carlos | PUBLICIDADE: Ariane Rodrigues | R. Casemiro José Marques de Abreu, 706
– Ahú – Curitiba/PR – CEP: 82200-130 – Fone: (41) 3018-8805 | www.editoraruah.com.br | Quer anunciar? Entre em contato conosco pelo
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Todos os direitos reservados. Todas as opiniões são de responsabilidade dos respectivos autores.
4
P esquisas recentes indicam que
nosso planeta já não consegue
mais recompor os recursos naturais
consumidos pelos seres humanos.
Se continuarmos com o ritmo voraz
de consumo atual, em poucos anos
exterminaremos todas as possibilida-
des de vida no planeta.
Somos a geração de seres huma-
nos que mais consome futilidades,
ou seja, consumimos sem precisar
e, não raras vezes, por puro prazer,
hábito, vontade ou desejo. A cultura
do descartável nos leva ao consumo
inconsequente. Angustiados, busca-
mos preencher um vazio com coisas
que, na verdade, aplacam a angústia
frequentemente, não nos damos
conta, como um abraço aconchegan-
te, uma palavra de conforto, um gesto
surpreendente ou um olhar carinho-
so e terno. Este vazio se faz presente
quando não acolhemos ou não somos
acolhidos pelas pessoas que nós ama-
mos, e quando não educamos nossos
filhos para a alteridade, para a empa-
tia e para o desejo de ver o outro feliz
antes de nós mesmos. Na escravi-
dão do tempo, certos gestos custam
demais. Bauman (2001), descrevendo
nossa época, diz: “O que conta é o
tempo, mais do que o espaço que lhes
toca ocupar; espaço que, afinal, pre-
enchem apenas ‘por um momento’”.
A salvação da vida em nosso pla-
neta está nas mãos do pai, da mãe, do
professor, do educador, enfim, dos
responsáveis pelas futuras gerações.
Preencher os corações das crianças,
adolescentes e jovens, com gestos
de amor, fazendo-os perceber que,
mais importante que a própria felici-
dade, é enxergar nos olhos do outro
que sua felicidade depende de gestos
concretos de acolhida, de proteção,
de amparo e de tempo “perdido” /
investido. Assim se constróem iden-
tidades seguras e sólidas que encon-
tram a própria felicidade não nas futi-
lidades de cada esquina, mas dentro si
mesmos, a partir dos gestos de amor
vivenciados no seio da família.
momentaneamente e não nos levam
à satisfação plena.
Nosso planeta não está sendo
exterminado pelo fato de existirem
muitos seres humanos ou por estes
necessitarem cada vez mais de arte-
fatos para se manterem. A responsa-
bilidade não se deve às necessidades
básicas da modernidade, que nos
faz utilizar cada vez mais os recur-
sos naturais. A responsabilidade pelo
extermínio da vida no planeta está
no vazio existente na alma dos seres
humanos que aqui vivem.
O reflexo da sede e do vazio na
alma dos seres humanos está na
ausência dos pequenos gestos que,
Vazio que extermina, Amor que sustentaPor Ir. Paulinho Vogel
Ir. Paulinho Vogel é Diretor Executivo da Rede Marista de Colégios
Primeira impressão 5
Entrevista
Quando o lixo vira arte e vida
6
O artista plástico Vik Muniz fala sobre como o lixo pode se transformar em obra de arte apreciada no exterior e mudar a vida de toda uma comunidadePor Vivian Albuquerque
V icente José Muniz, o Vik Muniz, nasceu em São Paulo em uma família da
classe média. Seus pais, um garçom e uma telefonista, com certeza nunca
imaginaram que um dia seu filho – numa mudança para Nova York – poderia
se tornar um ícone da arte pela fotografia, com trabalhos expostos nos mais
importantes museus do mundo.
Na década de 80, Vik decidiu estudar inglês em Chicago. Foi para ficar apenas
seis meses, mas, numa visita a Nova York, se apaixonou e por lá acabou ficando
e levando com ele o nome do Brasil, com uma arte nada convencional. Usando
materiais como chocolate, açúcar, sucata e lixo, ele retrata pessoas e reproduz
conhecidas obras de arte, provando que tudo, até mesmo o que ninguém mais
quer, pode virar obra de arte “de valor”.
Este ano, o documentário que mostra o trabalho do artista plástico brasileiro
com catadores de material reciclável em um dos maiores aterros sanitários do
mundo concorreu ao Oscar. Apesar de toda a torcida brasileira, a estatueta não
veio. Mas Vik, mais uma vez, conseguiu sensibilizar o mundo por meio da sua
arte, trazendo à tona discussões sobre sustentabilidade e olhar solidário.
Quando começou este seu trabalho
tão diferenciado?
Quando resolvi deixar o Brasil e
viver em Nova York. Minha ideia
era abrir a mente para o mundo
artístico, mas o que acabou acon-
tecendo foi bem mais que isso.
Comecei a produzir séries fotográ-
ficas que conquistaram o público
por trabalhar com materiais nada
ortodoxos: macarrão, algodão, pó,
terra. Compúnhamos as imagens
e eu fotografava. Uma foto, assim
como uma pintura, não só mostra
um tema, mas o material com que
foi representado. Quanto mais dis-
tante o material do tema proposto,
mais inspirador será o engajamento
entre o espectador e a imagem.
Em várias de suas fotos você reproduz
obras de arte já conhecidas. Poderia
explicar o porquê desta escolha?
Procuro trabalhar com o que o
próprio espectador traz para esse
seu encontro com a imagem. Por
isso tem de ser algo que ele reco-
nheça. Os temas acabam sendo
algo já digerido e subestimado por
ele. Não raro, desenho o que que-
ro reproduzir, vou a um museu ou
faço de cabeça. Trabalho com séries
para não precisar dizer tudo de uma
só vez. Trabalho com materiais
diversos ao mesmo tempo e nunca
encerro uma série definitivamente;
elas vão se extinguindo natural-
mente.
O filme "Lixo Extraordinário" tornou
seu trabalho ainda mais conhecido
por nós, brasileiros. Ali, poderíamos
dizer que além da matéria-prima
– lixo – você ainda teve as pessoas
como grande componente de inspi-
ração?
Eu queria mudar a vida de um grupo
de pessoas usando o material com
que lidam no dia a dia. Assim sur-
giu a ideia de transformar lixo em
arte e reverter a venda das fotos em
recursos para aquela comunidade.
O aterro do Jardim Gramacho aten-
de a pelo menos 2,5 mil famílias.
Pessoas que passam o dia ali, entre
os caminhões e as pilhas de lixo,
para ganhar R$ 50,00. Eram pesso-
as que nem sequer tinham fotos
delas. E o momento mágico se deu
quando uma coisa se transformou
em outra; o lixo se transformou na
imagem delas.
Como foi o trabalho de criação des-
tas obras que acabaram ganhando o
mundo de forma tão especial?
Fiz os retratos das pessoas e depois
as convidei para trabalhar comigo
no estúdio, “pintando” suas pró-
prias fotos. Muitos nunca tinham
se visto em uma foto e, de repente,
estavam vendo seus retratos repro-
duzidos com materiais que eram,
ao mesmo tempo, o sustento do dia
a dia. Estar envolvido em projetos
sociais, para mim, é fundamental.
O lixo é uma boa matéria-prima para
a arte, afinal?
O lixo é dinheiro. A gente perde mui-
to dinheiro com ele. Quem mexe
com o lixo ou tem muito dinheiro
ou não tem nenhum. Muitas vezes,
quando convido as pessoas para
verem meu trabalho no galpão que
temos no Brasil, elas se assustam
porque entram e só veem monta-
nhas e montanhas de lixo e sucata.
Mas fotografamos com uma câmera
8X10, a uma distância de 20 metros.
Só quando se sobe na torre é que
se vê a obra no meio daquilo tudo.
Por isso é tão bacana. Conseguimos
criar o retrato de um catador que,
como o lixo que está ali, ninguém
conhece.
Você tem essa preocupação cons-
tante de aproximar a arte do maior
número de pessoas. A resposta pare-
ce óbvia, mas mesmo assim pergun-
tamos: por que?
Uma grande obra de arte deve
transcender barreiras espaciais,
temporais e linguísticas. Deve uti-
lizar a universalidade dos sentidos
e buscar, incentivar, a cumplicida-
de entre as pessoas. Não há como
manter o provincianismo intelectu-
al, no qual a arte internacional fala
um dialeto próprio e tão distante do
público, sob o risco da condenação
do popular e do culto a um produ-
to que seja fruto do isolamento. O
artista não pode dizer que faz arte
só para si. A arte deve se inspirar
em experiências pessoais, mas ter
a capacidade de transmitir essas
mesmas experiências em um âmbi-
to universal. O filme “Lixo Extraordi-
nário” foi resultado de três anos de
trabalho e tem um apelo muito for-
te com o público por causa do emo-
cional. Você vê lágrimas nos olhos
de quem assiste. E isso a arte não
pode deixar de fazer: emocionar.
Entrevista
LIXO EXTRAORDINÁRIOUm pouco sobre o documentário
premiado internacionalmente
O documentário “Lixo Extraordiná-
rio” acompanha o trabalho de Vik
Muniz em um dos maiores ater-
ros sanitários do mundo: o Jardim
Gramacho, na periferia de Duque
de Caxias, Rio de Janeiro. Lá, ele
fotografa um grupo de catadores
de materiais recicláveis, com o
objetivo inicial de retratá-los.
Segundo o dicionário, “lixo” signi-
fica qualquer material considerado
inútil, supérfluo, e/ou sem valor,
gerado pela atividade humana.
Antes de chegar ao Jardim Gra-
macho, Vik Muniz e os diretores
do documentário não esperavam
encontrar nada muito diferente
disso, mas se surpreenderam ao
conhecer pessoas cativantes e
cheias de dignidade, como o Tião,
jovem presidente da Associação de
Catadores do Aterro Metropolitano
de Jardim Gramacho, ou o Zumbi,
catador que, resgatando os livros
do lixão, acabou montando uma
biblioteca.
"O momento quando uma coisa se transforma
em outra é o momento mais bonito. A
combinação de sons se transforma em música. E isso se aplica a tudo.”
Vik Muniz
8
Capa
Sustentabilidade é uma questão de sobrevivência. Que tal fazer a sua parte?
10
Sustentabilidade é uma questão de sobrevivência. Que tal fazer a sua parte?
Lucas Petry Heck, Marina Gabriela Maia, Mirela Schreck
Welter, Gabriel Weiand, alunos do Colégio Marista Pio XII,
Novo Hamburgo - RS
Capa
N as compras do supermercado,
ela não utiliza mais sacolas, mas
as caixas de plástico, que sempre leva
no porta-malas. Em casa, cascas, res-
tos de produtos orgânicos e até as
folhas do quintal vão direto para o
minhocário. E os cuidados não param
por aí. “Opto por produtos sem emba-
lagens ou de refil. Quando isso não é
possível, escolho as de menor impac-
to. Um exemplo? Gosto de sabão
líquido concentrado, mas ainda opto
pela caixa de papelão, porque a emba-
lagem se degrada com mais rapidez.
Jamais levo uma bandeja de isopor
para casa, opto pelo presunto cortado
na hora e embalado apenas no plásti-
co. Além de ter mais sabor, não fico
pensando nos 450 anos – no mínimo,
que o isopor levaria para se degradar
no meio ambiente”, conta Joana Bica-
lho, de Brasília, mãe dos alunos Mar-
cela, 16, e João Pedro, 14, do colégio
Marista João Paulo II, da Rede Marista
do RIo Grande do Sul.
É pouco? Pois saiba que eles ain-
da levam as embalagens que não há
como evitar para o supermercado,
que as entrega para uma cooperativa
de reciclagem; mantém um relógio na
parede do banheiro, para administrar
o tempo e a consciência sobre o con-
sumo; e fazem compras semanais, no
lugar das mensais, para evitar o con-
sumo desnecessário. “Percebi que,
quando comprava mensalmente,
consumia muito mais e ainda perdia
muitos produtos por data de venci-
mento”, explica.
Mas estas dicas, segundo Joana,
são muito individuais. “Muitas vezes,
algo que é facilmente adaptável no
meu dia a dia, não se enquadra na
vida de uma outra pessoa”, confirma.
“O caminho é passar a observar o nos-
so excedente. Tudo o que sobra não
nos pertence e, por isto, pode passar a
não mais ser desperdiçado. Todos nós
podemos reduzir nosso consumo em
40%, sem prejuízo à nossa qualidade
de vida. O famoso menos que vale
mais”, garante.
A preocupação com a sustentabili-
dade é tanta que até o trabalho de Joa-
na tem profunda ligação com o tema.
Ela é uma das idealizadoras e consul-
toras da Empresa Responsável (www.
empresaresponsavel.com), consulto-
ria que ensina empresas a trabalha-
rem com o chamado Marketing Verde.
“Sempre trabalhei com publicidade e
propaganda e, mesmo antes de diálo-
gos sobre os impactos do consumis-
SUSTEN… O QUÊ?Veja como surgiu e se popularizou o termo sustentabilidade
Na década de 70, o chamado Clube de Roma, formado por personalida-
des interessadas em discutir temas cruciais para a sobrevivência huma-
na, encomendou ao MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts – um
estudo que culminou no relatório “Os Limites do Crescimento”. O texto
tratava de problemas como energia e escassez de recursos naturais, entre
tantos outros itens importantes para nossa vida. E o que ficou comprovado
foi que nosso modo de consumo e descartabilidade era ambientalmente
inviável. Na época houve um lobby contrário à ampliação da consciência,
mas o assunto, a tal da “sustentabilidade”, aos poucos foi ganhando peso
político, econômico e social. Hoje, o tema é central em muitos encontros
globais. Exemplo disso é a Conferência Rio + 20, programada para 2012, no
Rio de Janeiro. Ela discutirá a Economia Verde, assunto que compartilha
as atenções com a Logística Reversa, que trata do uso do lixo para novas
produções, por meio da reciclagem.
12
de um ambiente para economizar
energia, devemos abrir uma grande
janela para iluminação natural.
Outro exemplo: quando optamos
pela fruta à caixa de suco, abrimos
mão daquela praticidade que
nos foi vendida, mas ganhamos
em saúde e, consequentemente,
qualidade de vida. Na verdade,
devemos vender sustentabilidade
como o conceito de saber viver,
optar pelo bom, pelo respeito a
si mesmo, numa escolha certa e
inteligente. Com certeza, estamos
num movimento importante. As
escolas e seus projetos contribuem
para isso. As empresas, forçadas
pela necessidade de se mostrarem
responsáveis socialmente, têm
mandado seus executivos para
cursos de pós-graduação em
gestão socioambiental, ampliando
o diálogo de necessidades e
possibilidades. Fala-se muito mais
em slow-life, qualidade de vida,
tempo para a família e para a saúde.
Tudo isto está virando moda e
dados mostram que as pessoas
que optam por este tipo de vida
dependem menos dos médicos
e se aproximam mais da família.
Convivem mais, gastam menos e
gastam certo, e por isto ampliam o
ser ao ter.”
mo na finitude dos recursos naturais,
já me sentia incomodada com o estí-
mulo crescente ao consumo e des-
cartabilidade. Canalizei, à época, meu
trabalho para a ‘venda de serviços’,
exatamente pela preocupação que
tinha com este tipo de propaganda.
Em 2003, decidi fazer meu mestrado
em Planejamento e Gestão Ambiental,
e estudar profundamente os ganhos
empresariais em investir no Marketing
Verde. Percebi, então, uma enorme
brecha na propaganda e no marke-
ting: convencermos os consumidores
de que os ‘produtos do bem’ fazem o
bem para todos, em cadeia.”
SUSTENTABILIDADE E ECONOMIAPara a mãe e consultora, a
sustentabilidade – termo da moda
e até já meio banalizado – tem
sido erroneamente vista como
algo inatingível, que exige fortes
mudanças, levando-nos ao menor
conforto e a altos gastos. “Mas não é
nada disto”, afirma. “Sustentabilidade
ambiental e social não devem
impactar negativamente na susten-
tabilidade econômica. Por exemplo:
ao invés de abrirmos mão da claridade
PRECISO MESMO DISSO?COMO PENSAR VERDE NO DIA A DIA
“O caminho é simples e prazeroso”, garante Joana. “É preciso ‘passar a olhar, vendo’. Ou seja, perceber nossos
hábitos de maneira sistêmica. Sair da máquina do consumis-mo, e começar a observá-la, optando em benefício próprio, e da coletividade. Não se permitir ser manipulado pela mídia, bem como aproveitar o leque de ofertas para escolher algo de fato bom para nossas vidas. Não permitir que a correria do dia a dia nos leve a viver de forma automática, sem perceber nossas relações e nos-
sas escolhas. Daí, começar a perceber e se questionar: preciso de fato disto? Hoje, 60% do volume de um carrinho cheio do su-
permercado vira lixo em apenas 15 dias. O mundo produz de lixo, por dia, o equivalente a 15 montanhas do tamanho
do morro Pão-de-Açúcar. Estamos trocando nossas paisagens verdes por montanhas de lixo.”
Capa
P ensando em contribuir não
somente com a comunidade aca-
dêmica, mas com a sociedade em
geral, a Pontifícia Universidade Cató-
lica do Paraná (PUCPR) vem traba-
lhando num projeto participativo de
transformação socioambiental, com a
criação de um Núcleo de Sustentabili-
dade. “O que queremos é concentrar
esforços no estudo de modalidades
de integração entre os conhecimen-
tos técnico-científicos e os conheci-
mentos sociais, políticos, ambientais
e gerenciais para proporcionar a todos
um ambiente mais equilibrado”, expli-
ca o professor da área de Engenharia
Ambiental e um dos idealizadores do
Núcleo, Altair Rosa.
Segundo o professor, a sustenta-
bilidade hoje está inserida em várias
disciplinas dos diferentes cursos da
universidade. Uma preocupação prin-
cipalmente quando o que se vê é o
uso saturado do tema, ou a própria
má utilização. “A sustentabilidade é
vista como moda ou marketing, mas
Educação que transformaComo as escolas e universidades podem fazer a diferença
o sentido real, o significado, ainda
é pouco conhecido pela população.
Falta compromisso da sociedade em
querer se informar, ou então por real-
mente em prática ações que possam
concretizar o emprego da teoria. Sus-
tentabilidade trata do desenvolvimen-
to que satisfaz as necessidades do
presente, sem comprometer a capa-
cidade de as futuras gerações satisfa-
zerem suas próprias necessidades. O
desenvolvimento não pode ocorrer
‘a qualquer preço’”, alerta. “Sustenta-
bilidade implica numa equação entre
demanda, necessidade e desenvolvi-
mento. Nosso planeta está apresen-
tando evidentes sinais de desequilí-
brio ambiental. O novo paradigma do
desenvolvimento sustentável sugere,
de um lado, uma reorientação deste
modelo no sentido de um uso mais
racional e responsável dos recursos
naturais e, de outro, uma ampliação
da participação da sociedade nos pro-
cessos de tomada de decisão.”
É dentro deste contexto, que o
14
professor da PUCPR traz novamente à
tona a Agenda 21, muito em voga nos
jornais tempos atrás, mas hoje mais
discreta.
“A Agenda 21 é um programa de
ação para o meio ambiente e o desen-
volvimento. É composto de 40 capítu-
los que constituem a mais abrangente
tentativa já realizada de promover, em
escala planetária, um novo padrão de
desenvolvimento, conciliando méto-
dos de proteção ambiental, justiça
social e eficiência econômica. Ela tra-
duz em ações o conceito de desenvol-
vimento sustentável. A implantação
dela não é um único acontecimento,
documento ou atividade, mas sim um
processo contínuo no qual a comuni-
dade aprende sobre suas deficiências
e identifica inovações, forças e recur-
sos próprios ao fazer as escolhas que
a levarão a se tornar uma comunidade
sustentável”, conclui.
CONSCIÊNCIA PLANETÁRIA“A educação para a sustentabilida-
de é algo sempre presente na propos-
ta de Educação Infantil dos colégios
maristas”, diz Ana Lúcia Souto, asses-
sora educacional da Rede de Colégios
Maristas da Província Marista do Brasil
Centro-Sul. “Nosso currículo é divi-
dido em dimensões e uma delas é a
Consciência Planetária, que diz res-
peito a todas as formas de vida. Sou
assessora na área de Ciências da Natu-
reza. Não é um conhecimento cientí-
fico, como um fato apenas, mas algo
que tem de estar inserido na nossa
realidade diária para a sustentabilida-
de do planeta.”
Para exemplificar parte do traba-
lho feito nas escolas, Ana Lúcia fala
sobre o Congresso Virtual Interdisci-
plinar Marista, realizado no ano passa-
do, quando foi comemorado o Ano da
Biodiversidade. “Discutimos com os
alunos assuntos como as mudanças
climáticas, a escassez dos recursos
naturais, usando como base o relató-
rio da ONU, com números dos últimos
50 anos. Os alunos escolheram um
tema e, sobre ele, escreveram artigos
científicos, propondo várias ações.”
Entre os artigos, vários deles publi-
cados no endereço www.marista.org.
br/congressobio, está um que fala
sobre o uso exagerado das sacolas
plásticas, com o sugestivo nome:
"Que Saco!". Para ilustrá-lo, os alunos
fizeram fotos de árvores, nas quais as
folhas foram substituídas por sacolas
plásticas. “A proposta de Champagnat
era transformar a sociedade, tornan-
do-a mais justa para todos: pessoas,
animais, meio ambiente”, conclui Ana
Lúcia. “E isso depende de todos nós.”
Capa
QUAL A PROCEDÊNCIA DO QUE VOCÊ COMPRA?De nada adianta trocar sacolas plásticas por uma “ecobag” se ela for feita
no Vietnã. Todos os materiais têm prós e contras; o vidro, por exemplo, é 100%
reciclável, mas é pesado e a logística de reutilização exige alto consumo de água e
energia. O plástico é retirado de matérias-primas não renováveis, mas seu processo
de produção não gera resíduos. Para escolher entre produtos, é preciso adotar
um conjunto de critérios que inclua durabilidade e adequação ao uso. Design
sustentável é aquele que usa menos matéria-prima, processos industriais e energia.
TUDO BEM DEIXAR O CARRO EM CASA ÀS VEZES?Manter o carro em ordem para evitar emissões desnecessárias de dióxido de
carbono é lei. Deixá-lo em casa nos trajetos servidos por transporte coletivo, ainda
que apenas fora dos horários de pico, é melhor ainda, pois o ônibus e o metrô já
circulam regularmente.
XÔ, DESCARTÁVEIS!Coador de pano, sacola de pano. Introduzi-los em sua rotina não requer nenhu-
ma grande mudança. Melhor, você produz menor quantidade de lixo. E no trabalho,
desconsidere os copos descartáveis. Vá de caneca. É muito mais charmoso e bem
menos nocivo para o meio ambiente. No Colégio Marista de Brasília todos os alunos
adotaram essa ideia com muito sucesso.
É POSSÍVEL REDUZIR O CONSUMORegrinhas fáceis para reduzir o consumo de luz e água em casa: mantenha
as instalações elétricas em dia; escolha eletrodomésticos certificados; use ferro a
vapor e acumule roupas para passar de uma vez só; instale a geladeira longe de
fontes de calor, como o fogão, que a fazem trabalhar mais; pinte as paredes de
cores claras, que refletem luz; mantenha luminárias e lustres limpos para evitar a
perda de luminosidade; use lâmpadas fluorescentes ou de vapor de sódio; desligue
o monitor do computador quando parar de trabalhar; ensaboe toda a louça antes
de ligar a torneira elétrica.
Na práticaComo fazer a sua parte no dia a dia por um planeta melhor
16
FRUTA DA ESTAÇÃO: A ESCOLHA MAIS SÁBIATransportar alimentos por longas distâncias gera mais poluição do que trazê-
los de perto; manter comidas em freezer ou estufa consome mais energia do que
conservar alimentos frescos por poucos dias. Logo, dar preferência aos frutos da
época e alimentos produzidos no cinturão de sua cidade são maneiras simples de
contribuir para a redução da poluição atmosférica. De quebra, você ajuda a garantir
a sobrevivência de pequenos produtores e comerciantes, que perderam espaço nas
últimas décadas para as grandes redes do varejo.
EXPERIMENTE CONSERTAR, TROCAR OU DOARPense bem: é mesmo necessário trocar o celular porque um modelo novo che-
gou ao mercado? É importante ser eficiente no uso das coisas, consertando-as
quando preciso. Antes de se desfazer de algo, considere alternativas como feiras e
sites de troca. Ou destine a quem precisa: de livros e móveis a eletrônicos, sempre
há uma instituição disposta a receber doações.
DÊ UMA CHANCE PARA OS ALIMENTOS ORGÂNICOSSim, eles são, por enquanto, mais caros e, em alguns casos, mais difíceis de achar
do que o fruto da agricultura e da indústria regulares. Mas vale a pena desembolsar
mais e sair em busca de feiras e mercados que comercializem produtos naturais. O
cultivo de alimentos sem agrotóxicos ou pesticidas envolve um manejo mais racio-
nal dos ciclos da terra e de resíduos; alimentos não processados – açúcar mascavo,
sal marinho, arroz e farinhas integrais – poupam a energia do processo industrial.
SERÁ QUE EU PRECISO MESMO DISSO?Você precisa mesmo de mais uma saia preta? E de uma calça jeans? Cultivar uma
atitude racional diante do ato da compra é a primeira lição. É isso o que ensina o Ins-
tituto Akatu, ONG voltada à difusão da ideia de consumo consciente. Uma simples
lista feita em casa previne compras desnecessárias no supermercado. E um exame
honesto do armário mostra se você precisa mesmo de mais um sapato.
Fonte: Revista Vida Simples e Instituto Akatu / Ilustrações: João Gabriel Vanz
Na prática
Olhar
Em caso de despressurizaçãoCuide do seu espírito, do seu humor. Arrume seu cotidiano. Estando quite consigo mesmo, vá em frente e mostre aos outros como se fazPor Martha Medeiros | Ilustração Mariana Poczapski
E u estava dentro de um avião, pres-
tes a decolar, e pela milionésima vez
na vida escutava a orientação da comis-
sária: "Em caso de despressurização da
cabine, máscaras cairão automatica-
mente à sua frente. Coloque primeiro
a sua e só então auxilie quem estiver
ao seu lado". E a imagem no monitor
mostrava justamente isso, uma mãe
colocando a máscara no filho pequeno,
estando ela já com a dela.
É uma imagem um pouco aflitiva,
porque a tendência de todas as mães
é primeiro salvar o filho e depois pen-
sar em si mesma. Um instinto natural
da fêmea que há em nós. Mas a orien-
tação dentro dos aviões tem lógica:
como poderíamos ajudar quem quer
que seja estando desmaiadas, sufoca-
das, despressurizadas?
Isso vem ao encontro de algo que
sempre defendi, por mais que pare-
ça egoísmo: se quer colaborar com o
mundo, comece por você.
Tem gente à beça fazendo discur-
so pela ordem e reclamando em nome
dos outros, mas mantém a própria
vida desarrumada. Trabalham naqui-
lo que não gostam, não se esforçam
para manter uma relação de amor pra-
zerosa, não cuidam da própria saúde,
não se interessam por cultura e infor-
mação e estão mais propensos a ros-
nar do que a aprender. Com a cabeça
assim minada, vão passar que tipo de
tranquilidade adiante? Que espécie
de exemplo? E vão reinvindicar o quê?
Quer uma cidade mais limpa,
comece pelo seu quarto, seu banheiro
e seu jardim. Quer mais justiça social,
respeite os direitos da empregada
que trabalha na sua casa. Um trânsi-
to menos violento, é simples: avalie
como você mesmo dirige. E uma vida
melhor para todos? Pô, ajudaria bas-
tante colocar um sorriso nesse rosto,
encontrar soluções viáveis para seus
problemas, dar uma melhorada em
você mesmo.
Parece simplório, mas é apenas
simples. Não sei se este é o tal "segre-
do" que andou circulando pelos cine-
mas e sendo publicado em livro, mas
o fato é que dar um jeito em si mesmo
já é uma boa contribuição para salvar
o mundo, esta missão tão heróica e
tão utópica.
Claro que não é preciso estar com
a vida ganha para ser solidário. A expe-
riência mostra que as pessoas que
mais se sensibilizam com os dilemas
alheios são aquelas que ainda têm
muito a resolver na sua vida pessoal.
Mas elas não praguejam, não gastam
seu latim à toa: agem. A generosidade
é seu oxigênio.
Tudo o que nos acontece é res-
ponsabilidade nossa, tanto a parte
boa como a parte ruim da nossa his-
tória, salvo fatalidades do destino e
abandonos sociais. E, mesmo entre os
menos afortunados, há os que viram
o jogo, ao contrário daqueles que ape-
nas viram uns chatos. Portanto, fazer
nossa parte é o mínimo que se espera.
Antes de falar mal da Caras, pen-
se se você mesmo não anda fazendo
muita fofoca. Coloque sua camiseta
pró-ecologia, mas antes lembre-se de
não jogar lixo na rua e nem de usar o
carro desnecessariamente. Reduza
o desperdício na sua casa. Uma coisa
está relacionada com a outra: você
e o universo. Quer mesmo salvá-lo?
Analise seu próprio comportamento.
Não se sinta culpado por pensar em si
próprio. Cuide do seu espírito, do seu
humor. Arrume seu cotidiano. Agora
sim, estando quite consigo mesmo,
vá em frente e mostre aos outros
como se faz.
Car
los
Con
trer
as
Martha Medeiros é escritora e colunista dos jornais Zero Hora e O Globo.
18
ARQUIDIOCESANO
Nesta edição reforçamos o compromisso com uma edu-
cação planetária, focada nas necessidades globais, mas
principalmente voltada para uma atuação local de nos-
sos alunos e suas famílias. Da mesma forma, a Em Família
é uma revista que circula em todos os colégios da Rede
Marista, mas tem como grande diferencial a apresenta-
ção deste caderno exclusivo. Nas próximas páginas você
encontra as histórias, personagens, projetos e ideias do
Colégio Marista Arquidiocesano. Divirta-se e participe
com seu filho desta grande aventura do conhecimento.
Feita para você
20 Com a palavra Ascânio João (Chico) Sedrez - Diretor Educacional
Semeadores de conhecimentoT er vivido 2011, com todos os
desafios que esta oportunida-
de acabou também implicando, foi
para nós um grande privilégio. Tive-
mos parceiros maravilhosos, os que
toparam deixar-se educar, os que se
fizeram semeadores de esperança,
de conhecimento, de sabedoria e de
afetos, nas nossas casas e neste nosso
espaço-tempo de educação que cari-
nhosamente chamamos de Arqui.
Todos os educadores no Marista
Arquidiocesano – docentes e adminis-
trativos – fomos mais uma vez convo-
cados a estudar, a aprofundar nosso
jeito de organizar o ensino visando
à aprendizagem, a rever processos
administrativos e que determinam
melhores práticas internas e de aten-
dimento às famílias e, em particular,
aos estudantes.
As opiniões dos pais e alunos
foram ouvidas na pesquisa realiza-
da em junho e julho, e também nos
momentos de encontros, reuniões e
eventos, que se prestam a uma aten-
ta escuta do que vai no coração das
famílias atendidas pelo Colégio. Agra-
decemos a sempre bem-vinda análise
crítica e as sugestões. O compromisso
de qualidade é, neste processo, reite-
rado.
Este semestre começou com o
Fórum de Universidades e Profissões,
passou pelo emocionante momento
do Festival Champagnat, a Olimar em
Curitiba, a Oliarqui, projetos curricula-
res e complementares que ampliaram
o horizonte de cultura e dos valores
de todos os que se envolveram nessas
aprendizagens. A riqueza das compe-
tições esportivas, as apresentações
culturais e artísticas desse final de
ano, somadas às demais conquistas
acadêmicas, espirituais e relacionais
de todas os que formamos esta gran-
de comunidade Marista dão motivos
mais do que importantes para agrade-
cermos à Boa Mãe, que nos inspirou, a
São Marcelino, que acolheu a graça da
fundação do Instituto Marista e a Deus,
sentido maior de nossas vidas.
Muito obrigado a todos e a todas.
Muita bênção. Muita paz!
Área babySimulador wi
Cascata de água na recepçãoElevador Discovery
Discoteca para baladasem geral
Cama elásticaBarco viking
Super parede de alpinismoGames (jogos em rede)
Trem balaSuper brinquedão
com área babyLanchonete infantilPalco com camarimCasinha do macacoDardo eletrônico
CarrosselAir boy
Máquina de dançaÁrea zoopa
Painel temático com sons de bichosSuper tomboStreet BallAutorama
Mini-quadra de futebolMáquina de basquete
e muito mais...
Labamba com área de baladaGames de última geração com
1.000 jogosSimulador de última geração com
12 jogos Jardim de inverno na sala dos pais
Área babyAir Boy
Cama elásticaRoda palhaço
Camarim de fantasiasElevador Discovery
CarrosselSuper brinquedão com área babyParede de alpinismo eletrônica
Lanchonete infantilDardo eletrônico
Lan houseSuper tomboStreet Ball
Máquina de basqueteNova fachada
Novas instalaçõesSimulador WII Play
Rua Manoel da Nóbrega, 498Jardins Tel.: 3051-7828
Av. Moema, 414Moema Tel.: 5051-1818
Labamba com área de baladaSimulador Wi
Games de última geração com 1.000 jogos
Roda gigante de nuvensSuper brinquedão com área baby
Máquina de dançaMono rail (área externa e interna)
Área babyÁrea Teens
Lanchonete infantilCasinha do macaco
Parede de alpinismoCarrossel
Dardo eletrônicoGames (jogos em rede)
Super tomboEspelho mágico
Street BallSnow boardAutorama
Quadra de futebol (em breve)Máquina de basquete
Nova fachadae muito mais...
Área babyJardim de inverno
La bamba com área de baladaAir boy
Games de última geração com 1.000 jogos
Área externa e interna totalmente reformulada
Boliche eletrônicoCama elástica
Super brinquedão com área babyLanchonete infantil
Área BabyMáquina de dançaVitrine animada
CarrosselSuper tomboStreet Ball
Simulador WII PlayMáquina de basquete
Rua Bahia, 764 HigienópolisTel.: 3661-7640
Rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues, 174Itaim Bibi Tel.: 3845-3006
Alimentação e procedimentos com
supervisão de nutricionista
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Alimentação e procedimentos com
supervisão de nutricionista
Educa� Educação Infantil
J á há algum tempo nossas crianças
são convidadas a repensar suas pos-
turas em relação ao meio ambiente,
cabendo aos professores mediar essas
situações de maneira que transbordem
os espaços pedagógicos e influenciem
a família e sociedade.
No âmbito da consciência ambien-
tal, é importante que algumas ideias
apareçam e se organizem de maneira
sistemática, podendo ser denomina-
das como “Educação Verde”. Com isso
conseguimos modificar algumas con-
dutas e posturas dos alunos da Educa-
ção Infantil do Arquidiocesano.
Dentre as várias situações pensadas
pelos professores para serem pontua-
das com os alunos, temos como exem-
plo a economia de água, o respeito
com os animais do Colégio e o cuidado
com as plantas.
Diariamente os professores se
deparavam com uma grande quanti-
dade de material que era dispensado
nos latões. O que mais impressionava
era o número de copos descartáveis.
Os alunos pequenos, de fato, bebem
muita água; porém, uma quantidade
pequena de cada vez. Ao contar, com
os alunos, quantos copinhos eram
utilizados diariamente, chegou-se à
média de três copos por aluno, num
total de mais de 1500 copos por dia!
A partir disto, iniciou-se um trabalho
de pesquisa com as crianças sobre as
ações necessárias para os cuidados
com o nosso planeta. Nesse processo
de conscientização ambiental, foi pro-
posta a troca dos copos descartáveis
por garrafas squeeze.
Nas ações cotidianas das crianças,
foram inseridas posturas novas como o
não desperdício de papel. Em todas as
classes há caixas com papeis de sobras
de atividades que antes seriam jogadas
no lixo. As crianças as utilizam para seus
momentos de desenho. Outro fator
relevante são os latões de lixo reciclá-
vel colocados nos espaços. As crianças
se organizam com facilidade quando
orientadas e, com isso, depositam nes-
ses tambores somente os materiais
que não serão mais utilizados. Eles ain-
da têm a oportunidade de presenciar
a coleta de material reciclável por um
dos funcionários do Colégio, que é feita
na própria sala de aula, assim sabendo
que será reutilizado.
Será que não é de fato, nas peque-
nas atitudes que conseguimos modifi-
car os grandes problemas?
"O futuro não é algo que simplesmente acontece por
si mesmo. Estamos crian-do o amanhã neste mesmo
momento. Hoje em dia muitas pessoas sentem-se como meros espectadores
dos fatos globais. Mas de-vemos aprender que todos
nós somos atores e que estamos modelando nosso
futuro agora mesmo" – Jostein Gaarder
Educação VerdeComo despertar nos alunos uma consciência sustentável?Por Professora Virginia Maria da Silveira Tatarunas
22
A suavez
Dicas de como promover a Educação Verde em casa:
Separe um latão de lixo para acoplar embalagens recicláveis. Estipule dois dias da semana para que, juntos, levem o lixo e embalagens ao local de reciclagem.Ande com uma sacola plástica dentro do seu carro e incentive seu filho(a) a colocar todo e qualquer resíduo dentro dela. Se for preciso, determine tempo para o banho.Faça as atitudes terem sentido. Para os pequenos a explicação faz mais sentido do que a imposição. A competição tem um grande peso no comportamento infantil. Proponha brincadeiras incentivando o comportamento sustentável.
12
3
45
6
Ser melhor
Conscientização e EcologiaCampanha da Fraternidade comprometeu alunos com um planeta mais sustentávelPor Rejanete Grosz
A cada ano, por meio da Campanha
da Fraternidade (CF), a Conferên-
cia Nacional dos Bispos do Brasil pro-
põe um itinerário evangelizador forte-
mente voltado para a conversão pes-
soal e comunitária. Em 2011 focou-se
no problema do meio ambiente, a
gravidade do aquecimento global e
das mudanças climáticas e suas cau-
sas e consequências, alertando-nos
para ações conscientes. Tudo o que
fazemos pode prejudicar ou ajudar a
salvar nosso planeta e nos dá a opor-
tunidade de, como uma família, sen-
tarmos juntos e elaborarmos ações
para salvar a nossa casa comum.
Na escola, o tema originou muitas
discussões e ações. Os alunos, profes-
sores e funcionários foram motivados
a participar de um momento de estu-
do e discussão sobre o assunto. A sen-
sibilização da comunidade educativa
foi pautada por um momento forte
de reflexões, com a presença de um
grupo de artistas que efetuou várias
ações de conscientização: estátuas
vivas em forma de árvores, espalhadas
pelo Colégio, traziam cartazes alusivos
ao cuidado com a natureza. Uma fada
e personagens caracterizados como
personagens do filme Avatar, fazendo
alusão à ideia do cuidado com a vida e
as nossas relações com o meio ambien-
te, entraram nas salas de aula, levando
o cartaz da campanha. Essas e outras
ações despertaram nos alunos a preo-
cupação sobre a importância do cuida-
do com a mãe Terra.
Temas como aquecimento global,
sustentabilidade, preservação da vida
no planeta e tecnologias verdes fize-
ram-se presentes nas discussões em
sala. Realizaram-se leituras, produção
de textos, montagem de murais com
artigos e notícias, visitas a instituições
de reciclagem de lixo e estudo de meio
direcionados à preservação do meio
ambiente, entre outras atividades.
Este projeto da CF resultou em
maior envolvimento com as causas
ambientais. Observa-se que os alunos
passaram a se comprometer sobretu-
do com os elementos que compõem
seu dia a dia, como, por exemplo, o
uso da água, a destinação do lixo, o
consumo de energia e a contenção dos
agentes poluentes. Esses fatores são
resultado do empenho da comunida-
de educativa em prol do projeto da CF.
24
Destaque
Estudantes do Grêmio Estudantil falam sobre sustentabilidadePor Renato Mobaid
Chega de criticar. Vamos agir?
"Do jeito que se fala dos proble-
mas ambientais, parece que
o mundo vai acabar. Queremos apre-
sentar soluções, não só problemas”.
A frase poderia muito bem pertencer
a um ativista ou palestrante. Mas é a
síntese do pensamento de estudantes
do Grêmio Estudantil Arquidiocesano
(GEA) sobre a atual discussão sobre
sustentabilidade e meio ambiente.
O GEA, que há anos representa
as opiniões e anseios dos alunos do
Arqui, está agora empenhado em tra-
zer aos estudantes métodos eficazes
de conscientização ambiental, levan-
do a atitudes sérias e engajadas de
combate ao desperdício e respeito à
natureza.
Segundo o Grêmio, muitas pesso-
as ainda não se deram conta da impor-
tância do cuidado ambiental por não
“
perceberem o reflexo de tais atitudes.
“As pessoas sabem a parte teórica,
sabem que precisam que fechar a tor-
neira e jogar o lixo no lixo. No entanto,
todas pensam que sua atitude isolada
é desprovida de força. Esquecem de
pensar que seus atos, alinhados aos
de muitos outros, têm o poder de
causar sérios impactos no ambiente”.
O problema é ainda maior ao se levar
em conta a questão social: “muitas
vezes, uma pessoa não vê as conse-
quências de suas ações simplesmente
porque se refletem em outras classes.
Para mudar, o indivíduo tem que per-
ceber suas ações ecoando por todas
as camadas da sociedade”.
Ajudando na reflexão e mobili-
zação estudantil, os integrantes do
GEA estão em constante discussão
e desenvolvimento de ações que
venham a despertar a consciência
ambiental pelo Colégio. A participa-
ção ativa em grandes projetos como
a Feira de Ciências e o Congresso de
Biodiversidade é garantida, mas os
integrantes também pensam em
ações no cotidiano dos alunos, envol-
vendo aspectos de suas práticas diá-
rias, da reciclagem ao cuidado com a
destinação do lixo produzido no pró-
prio Arqui. A Feira Verde é o projeto de
destaque: com inspiração em diversas
publicações científicas, artigos e lite-
ratura sobre sustentabilidade, oferece
aos alunos palestras e orientação no
assunto.
Apresentar soluções, e não ape-
nas problemas, é a proposta do GEA.
Vamos aprender com eles?
25
Caleidoscópi�
Educação e arte sempre caminharam
lado a lado. Aqui, alunas mostram todo o
seu talento durante a Dançarqui, festival
que ocorre nos palcos do Colégio.
Durante o Festival Japonês Tanabata
Matsuri, a Praça Champagnat do Colégio foi
decorada com adornos típicos e bilhetes
contendo os bons desejos de cada aluno.
Os estudantes se reuniram no Pátio Central
do Colégio para presenciar a chegada
da imagem peregrina de Nossa Senhora
da Nova Terra, recebida com festa!Você sabe por que a estrutura do Arqui
é amarelada? Em sua construção, as
fachadas foram revestidas de cimento
alemão, que são naturalmente dessa cor.
26
Alunos da terceira série do ensino médio
mostram bom-humor com suas fantasias
durante uma das muitas comemorações
desta etapa final da vida escolar.
O espírito Marista de nossos alunos se
mostrou nas 37 toneladas de alimentos
arrecadados e distribuídos para entidades
carentes no Dia da Solidariedade!
O pátio das tartarugas coloca nossos
pequenos alunos em contato com a
natureza, ensinando-os desde cedo a amar,
respeitar e cuidar da biodiversidade.O Simpósio de Mariologia ocorreu durante
as férias de julho e contou com muitos
debates e troca de ideias sobre aspectos
da vida e legado de nossa Boa Mãe.
Diz aí
Um mundo sustentável depende de nós
Acredito no poder que a minha
geração tem para mudar a situação do
planeta. Porém, está claro que atual-
mente as condições do meio ambien-
te não são as melhores. Vivemos em
um mundo que está muito ligado ao
consumismo e produz cada vez mais
lixo, gás carbônico e outras substân-
cias nocivas a todas as esferas da vida.
Mas uma coisa mudou: estamos nos
conscientizando dessa situação e,
com as novas tecnologias, podemos
adotar atitudes ecológicas, como tro-
car sacolas plásticas por sacolas reu-
tilizáveis e praticar a reciclagem, por
exemplo. A minha geração está come-
çando a reverter essa situação negati-
va do ambiente. Mesmo que o resul-
tado seja lento, temos que acreditar e
continuar agindo. Se nós, jovens, não
formos otimistas, o que será das gera-
ções futuras?
Fernanda Vital de Oliveira
Eu sou muito otimista com relação
ao futuro! Todas as manhãs acordo
com o pensamento de que meu dia
será muito produtivo e harmonioso!
Busco sempre me concentrar nos
meus deveres, procuro ser útil e res-
ponder prontamente “sim” àqueles
que me pedem auxílio; tento sem-
pre descontrair e alegrar as pessoas
ao meu redor. Com relação ao meio
ambiente, acredito que a minha gera-
ção é muito mais consciente quando
comparada com as anteriores. Desde
pequenos, muitos de nós já ouvía-
mos nossos pais dando-nos conse-
lhos como: “não fique muito tempo
no banho!”, “não desperdice água!”,
“recicle!” e “não jogue lixo nas ruas!”.
Esses hábitos, cultivados no dia-a-dia,
geram uma atitude saudável de reve-
rência ao meio ambiente, que cer-
tamente será herdada pelas futuras
gerações.
Gabriel Petrolio dos Santos
Com o rápido e fácil acesso à infor-
mação as pessoas estão mais instruí-
das, ou seja, têm mais ciência sobre o
que acontece ao seu redor, no mun-
do e em relação ao meio ambiente.
Porém, isso não significa que este-
jam mudando as coisas erradas que
veem acontecer. Há aqueles que ten-
tam fazer, pelo menos, a sua parte.
No entanto, a maioria, infelizmente,
não a faz. Dizem que os jovens são o
futuro, mas verificamos que eles não
estão preparados para mudá-lo. Ain-
da assistimos, diariamente, a muitos
jogando lixo no chão, consumindo
coisas que não precisam, querendo
“se dar bem” a todo custo. Temo que
quando todos se conscientizarem já
seja tarde demais. Ou melhor, acredi-
to que já é tarde demais, pois o mun-
do como conhecemos hoje não mais
existirá.
Ana Luísa Azeredo Haidamus da Veiga Calado
28
festa de confraternizaçãofesta de confraternização
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Educa� Ensino Fundamental
Mundo sustentávelAs atitudes, educação e conscientização por uma sociedade melhor Por Rosângela Hanssen Nunes de Siqueira e Leila de Castro Amaral
30
As pessoas veem cada vez mais
que o mundo precisa de cui-
dados com a natureza em todos os
seus aspectos. É preciso desenvolver
uma mentalidade de sustentabili-
dade e respeito, conscientizando e
promovendo ações ecologicamente
corretas. A educação ambiental abre
espaço para nossos alunos estudarem
práticas sociais, comprometendo-os
com meio ambiente e mostrando a
importância de cada um na constru-
ção de uma sociedade mais justa e
sustentável.
Com essa preocupação em mente,
foi desenvolvido um interessante tra-
balho com os alunos, que estudaram
a respeito do assunto e foram orien-
tados na prevenção de problemas e
os cuidados com o planeta. Em um
primeiro momento, foi estudada a
importância da mata ciliar nas mar-
gens do rio e a vegetação dos morros
para proteger o solo das chuvas inten-
sas nas cidades. Com decorrência da
falta da mata, surge o problema das
enchentes, agravado pela condição
do lixo jogado nas ruas, córregos e
rios. Além disso, existe a imperme-
abilização das cidades, que impede
que a água da chuva se infiltre no
solo, acarretando em consequências
desastrosas. Os alunos, para enten-
derem melhor esses fatores, realizam
no laboratório experiências para visu-
alizarem o problema da impermeabi-
lização, estudando diversos tipos de
solo para poderem ver qual é o mais
permeável. No laboratório também
experimentam jogar água em duas
maquetes diferentes, simulando a
terra protegida e a terra desprotegi-
da, observando como a vegetação é
importante para sua proteção. Após
as observações, discute-se com as
crianças a importância da preserva-
ção da vegetação na absorção da água
da cidade e o que cada um pode fazer
para contribuir e evitar o problema
das enchentes, trabalhando-se tam-
bém a questão da participação indivi-
dual em sua solução.
LIXOOutra questão estudada é o lixo
e a poluição do solo, água e ar. Neste
outro momento, as crianças realizam
um trabalho aprofundado, iniciado
na observação do lixo produzido no
Colégio e compreensão de sua des-
tinação (aterros, lixões, incineração,
compostagem e reciclagem), anali-
sando as vantagens e desvantagens
de cada técnica. Em seguida, estudam
como são feitos os diferentes mate-
riais que descartam, como plástico,
vidro, papel e metal e por que sua reci-
clagem é importante. Os alunos logo
concluem que quando reciclamos
deixamos de tirar a matéria prima da
natureza, produzindo menos lixo. O
papel do catador de materiais reciclá-
veis também é destacado, e os alunos
têm então a oportunidade de perce-
ber a importância deste profissional
para o meio ambiente.
CONSUMOHá também a reflexão sobre a
relação do consumo com o proble-
ma do lixo: quanto mais se consome,
mais lixo se produz. Ocorre, então, a
conscientização dos alunos quanto a
pensar mais antes de consumir e fazer
escolhas menos prejudiciais ao meio
ambiente, como sacolas, garrafas e
copos reutilizáveis.
Com a realização destes trabalhos,
é possível notar rapidamente mudan-
ças de atitudes em nossos alunos. É o
início de um trabalho a longo prazo,
resultante na conscientização de que
pequenos gestos podem ser muito
importantes, contribuindo com um
planeta melhor.
Educa� Ensino Médio
Profissões sustentáveisAs mudanças das pessoas e da humanidade são o impulso gerador das novas carreirasPor Cristiane Paccola De Marco
O mundo se reinventa a todo o
momento, buscando novas for-
mas de se manter atuante e operante.
Nomear de forma categórica quais as
profissões do futuro seria limitador:
elas podem ser modernas hoje e ama-
nhã já terem sido modificadas.
A mudança dos hábitos das pes-
soas, alimentada pelas descobertas da
humanidade, é o impulso gerador das
novas carreiras. A profissão Designer de
Games, por exemplo, é resultado disso.
A revolução tecnológica e o acesso a
computadores cada vez mais podero-
sos e complexos possibilitaram o enri-
quecimento da qualidade dos games,
fazendo surgir a profissão. Anterior-
mente, os engenheiros de computa-
ção davam conta de criar o sistema e
cuidar da estética e enredo dos games.
Porém, com a amplitude tecnológica
ofertada, tais tarefas passaram ser exe-
cutadas por um novo profissional.
Seguindo o mesmo raciocínio sur-
giu também outra profissão, Midialo-
gia. Objetivando integrar a mídia como
veículo de comunicação e conteúdo,
passou a ser demandada pela neces-
sidade de integração entre diversos
meios: vídeo, fotografia, áudio, etc.,
aspecto importantíssimo da Comuni-
cação Social.
Mudanças de hábito também leva-
ram ao surgimento da Engenharia
Ambiental. Antes, seus profissionais
possuíam um mercado de trabalho
restrito a empresas públicas de sane-
amento básico; porém, hoje são alta-
mente demandados por empresas
privadas, como as de papel e celulose.
A necessidade de geração de energias
renováveis e também do melhor uso
de energias limpas faz desta uma pro-
fissão do futuro pela mudança de hábi-
tos da humanidade.
Há também profissões antigas alta-
mente renovadas pelas necessidades
atuais. Por exemplo, os arquitetos e
engenheiros civis que desenvolvem
hoje projetos pensando no aproveita-
mento da luz externa e projetando edi-
fícios com ventilação natural.
Hoje no Arqui temos jovens do
Ensino Médio decidindo candidatar-se
a essas profissões novas. Esses alunos
visam em primeiro lugar à realização de
seus projetos de vida e estão conscien-
temente conectados com as modernas
tendências do mercado de trabalho.
Cristiane Paccola De Marco é psicóloga e orientadora profissional
32
Gente noss�
Mobilização e partilhaEx-aluno tem experiência com ajuda humanitáriaPor Renato Mobaid
O s frutos da educação Marista, vol-
tada para o desenvolvimento de
cidadãos solidários e preocupados
com os problemas do planeta, sempre
foram motivo de orgulho para o Arqui-
diocesano. O ex-aluno Thiago Pereira,
formado pelo Colégio ao final de 2000
e dono de uma carreira já impressio-
nando pelo caráter humanitário, não é
exceção.
Thiago se formou em Relações
Públicas em 2004, tendo, inclusive, tra-
balhado no Arqui por um bom tempo,
auxiliando na gravação do programa
Intimação, que na época era exibido na
TV aberta. Trabalhou até 2008 em uma
empresa, quando decidiu que era hora
de viajar para agregar novas experiên-
cias à vida. A idéia inicial era um mochi-
lão pela Europa. Mas uma pausa para
reflexão sobre os rumos certos a se
tomar logo mudaram seus planos ori-
ginais: Thiago procurou por uma ONG,
chamada Humana People To People, e
se preparou para trabalhar com ajuda
humanitária ao redor do planeta, no
programa de formação de instrutores
de desenvolvimento humano.
Passou os seis primeiros meses na
ilha de San Vincent, no Caribe, frequen-
tando o curso de preparação de volun-
tários e trabalhando com comunidades
carentes da região, ensinando-os práti-
cas de saneamento básico e nutrição,
ajudando no combate à pobreza. Ao
final do período, rumou a Moçambi-
que, e lá passou a agregar estudantes
não só do próprio país, mas também
de Malawi, África do Sul e Angola, enga-
jado no ensino de técnicas de desen-
volvimento comunitário, como agri-
cultura, construção e piscicultura. A
convivência com as famílias permitia a
mobilização para a transformação indi-
vidual, em um cenário mais mobilizan-
te e pessoal.
Hoje Thiago trabalha no setor de
investimentos sociais de uma grande
empresa, e lembra muito bem de seus
anos como aluno do Arqui. Praticou
muita natação, vôlei e handebol, e seus
melhores amigos até hoje são do tem-
po que passou no Colégio. Raízes são
uma característica marcante da comu-
nidade Marista; é possível identificá-las
nas atitudes e caráter de nossos alunos,
mesmo a um continente de distância!
34
Defesa
Educadores concordam que o ato de
brincar é uma das principais formas
de expressão e atividade essencial das
crianças. Assim, garantir espaço e
tempo para que elas brinquem com os
amigos, familiares ou sozinhas, é con-
dição básica e fundamental para o seu
desenvolvimento.
Dentro da visão Marista de edu-
car e formar cidadãos, as brincadeiras
estimulam a criatividade nas crianças
e contribuem para o desenvolvimen-
to integral. O tempo legítimo do brin-
car está diretamente ligado à Infância,
momento da vida no qual a fantasia, o
faz de conta e o “era uma vez” ganham
força. A Declaração Universal dos Direi-
tos da Criança (aprovada na Assembleia
Geral das Nações Unidas, em 1959), no
artigo 7º, junto ao direito à Educação,
enfatiza o direito ao brincar: Toda crian-
ça terá direito a brincar e a se divertir,
cabendo à sociedade e às autoridades
públicas garantir a ela o exercício ple-
no desse direito. Educadores, famílias e
autoridades públicas devem se atentar
e reconhecer nessa evidência social a
responsabilidade de garantir espaços e
condições para que as crianças exerçam
as linguagens da criatividade e da alegria
vivenciadas pela prática do brincar.
O brincar faz parte da essência da
infância e o ato de brincar se faz presen-
te desde o seu nascimento. Esse direi-
to, uma das marcas inconfundíveis da
criança cidadã, é sempre garantido nos
espaços Maristas. Em nossa proposta
socioeducativa, diariamente, os educa-
dores organizam brinquedos e mate-
riais não estruturados, como tecidos,
potes, garrafas e caixas vazias, para as
crianças inventarem suas brincadeiras.
A Rede Marista de Solidariedade,
mantém 27 Unidades Sociais em ativi-
dade nos estados do Paraná, Santa Cata-
rina, São Paulo, Mato Grosso do Sul e no
Distrito Federal.
E é para fortalecer o direito ao brin-
car, que a Rede Marista de Solidariedade
promove a Campanha pelo Direito ao
Brincar, que tem por objetivo fomen-
tar uma série de atividades envolven-
do crianças, educadores e familiares
na garantia desse direito. Desenvolvida
com o apoio do Fundo das Nações Uni-
das para a Infância (Unicef), a campanha
Campanha do Marista tem o apoio do Unicef e prevê dez iniciativas para contribuir com o direito ao brincar
36
prevê a divulgação de dez iniciativas que devem
ser consideradas por todos que se almejam con-
tribuir para a efetivação deste direito.
Crianças que brincam e vivem plenamente
sua infância certamente terão uma vida mais
saudável e feliz.
Brincar é a essência de ser criança. Incentive a criança a brincar, em diferentes espaços, em todos os momentos. Brinque junto! Você vai aprender muito com ela. Brincar em um espaço adequado e seguro é um direito. As crianças têm direito a ter uma escola, um bairro e uma cidade apropriados para brincar, como está garantido no artigo 31 da Convenção dos Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas. Brincar permite que a criança expresse as fantasias, desejos, imaginação e criatividade. Incentive a brincadeira espontânea, com materiais diversificados e alternativos, pois eles permitem a invenção de novas formas de brincar. Brinquedos comprados prontos podem limitar as possibilidades da criação e incentivar ao consumismo infantil. Brincar oportuniza à criança vivenciar a ludicidade, descobrir a si mesma, desenvolver suas potencialidades e habilidades, aprender a relacionar-se e construir identidade. Participe do brincar. Aproxime-se da cultura lúdica da criança. Interaja com ela na brincadeira. Isso a fará sentir-se segura, respeitada e amada. Brincar é muito importante para as crianças com deficiência.Incentive a criação de espaços acessíveis e materiais adequados para a interação, criação e expressão das crianças com deficiência com outras crianças. A riqueza dessa experiência contribui para o desenvolvimento de atitudes de valorização, acolhida e respeito às diferenças. Brincar não é perder tempo! Respeite quando uma criança estiver brincando. Ela precisa de concentração e dedicação para construir a experiência do brincar. Se precisar interromper essa atividade, justifique sua atitude e combine o momento para a dar continuidade à brincadeira. Brincar é uma forma de aprender princípios da solidariedade e de colaboração. Promova a convivência da criança com outras crianças e adultos, em atividades lúdicas que favoreçam o contato com a diversidade e a partilha. É uma forma de aprender com as diferenças e exercitar a solidariedade desde cedo.
Brincar possibilita a transmissão de tradições e da cultura para as novas gerações. Proporcione para as crianças os encontros geracionais para vivências brincantes entre adultos e crianças: é uma possibilidade de integrar-se ao meio físico e cultural. Incentive brincadeiras entre meninos e meninas: essa atitude ensina a respeitar as diferenças. Brincar ensina a cuidar do meio ambiente, a descobrir como as coisas são feitas e a valorizar o que é simples. Incentive a criação e o conserto de brinquedos. Materiais alternativos podem ser utilizados para fabricar brinquedos. A criança não precisa necessariamente de brinquedos sofisticados, mas de brinquedos desafiadores e interativos. Brincar de corpo inteiro é substituir a televisão, o computador e o videogame. Equilibre o tempo da criança, cuide para que o tempo da infância não seja tomado pelo consumismo e pela dedicação excessiva aos produtos eletrônicos. Incentive o brincar e a interação entre amigos.
10 iniciativas para o Brincar
1
2
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4
5
6
7
8
9
10
• Centros Sociais Maristas Itaquera, Irmão Justino e
Robru, em São Paulo;
• Centro Social Marista Lar Feliz, em Santos;
• Centro Social Marista Santa Mônica, em Ponta
Grossa;
• Centro Educacional Marista Curitiba;
• Centro Social Marista Champagnat, em Cascavel;
• Centro Social Marista Irmão Rivat, em
Samambaia/Distrito Federal;
• Pró-Ação (Programa de Ação Comunitária e
Ambiental) Irmã Eunice Benato, também em
Curitiba;
• 1200 crianças atendidas nas unidades sociais.
Unidades Sociais que trabalham com Educação Infantil:
Como fazer
Dinheiro não dá em árvoreComo educar nossos filhos para um consumo consciente?Por Vivian de Albuquerque
38
Éde Angola, na África, que Cássia
D’Aquino nos atende. O que ela
faz por lá? Colabora na criação de um
programa financeiro, coordenado
pelo Banco Central Africano, como
consultora do Governo Americano.
Autora de artigos e livros sobre o
tema, educadora, e uma das primei-
ras pessoas a usar o termo Educação
Financeira em Português, ela fala com
propriedade sobre o assunto.
“Trabalho há 17 anos com esco-
las”, comenta. “E a preocupação com
o consumismo faz muito sentido. É
parte da educação financeira não ape-
nas gastar menos do que se ganha,
mas aprender a fazer escolhas, pon-
derar. A escola tem papel importante
nisso tudo, não como fonte de infor-
mações financeiras, mas como prepa-
radora das crianças para o desenvolvi-
mento do espírito crítico com relação
ao consumo, para que na vida adulta
possam lidar melhor com isso.”
A FORÇA DO EXEMPLOCássia explica que o passatempo
dos filhos é observar pai e mãe. Obser-
var inclusive como eles compram e
pagam as coisas gostosas, coloridas
e divertidas que ganham. Por isso
não é de se surpreender quando eles
pedem uma coisa e dizem aos pais
frases como: “pai, paga com o che-
que”, “pai, você não tem dinheiro ago-
ra? Então paga com o cartão.” Mas afi-
nal, quando devemos falar com eles
sobre esse assunto tão importante?
“Quem decide o momento é a
criança”, garante Cássia. “Mas é bom
saber que é um momento que vai
levar pelo menos vinte anos. Com
dois anos, dois anos e oito meses, as
crianças já falam sobre isso natural-
mente. Já demonstram que entende-
ram o que é o dinheiro e para o que
ele serve: comprar as coisas colori-
das, gostosas e divertidas, das quais
elas tanto gostam. Por isso é preci-
so pensar numa forma didática de
falar com elas. Ter clareza de que os
pequenos são absurdamente ‘con-
cretos’. Um caminho interessante é
mostrar cédulas e moedas, fazendo
com que eles usem lupas para achar
os elementos de segurança. Falar
que dinheiro é algo que não se deve
molhar, rasgar ou estragar. Tudo isso
é uma maneira de construir o edifício
de 20 anos, mas na realidade delas.”
NA ESCOLAA escola ajuda; em casa também
se ensina, mas e quando há discor-
dâncias entre pais e mães na relação
com o dinheiro? Um permite e outro
não. Um compra sempre presentes e
outro “regula”... É preciso saber que as
crianças são muito hábeis para desco-
brir como explorar um ou outro para
conseguir o que querem. E grande
parte das famílias vive o problema.
Para Cássia, escola e pais têm de
estar muito atentos sobre o que que-
rem com a educação financeira de
suas crianças. Simular um supermer-
cado em sala de aula não é educação
financeira. “A escola pode ajudar mui-
to se trabalhar com elas, por exemplo,
a crítica da publicidade. Se despertar
o espírito crítico dos alunos, pen-
sando em formas criativas de resol-
ver problemas e também desejos.
Eu quero muita coisa: um triplex em
Paris, por exemplo. As crianças tam-
bém querem. O fato de verem coisas
CÁSSIA D´AQUINO: “É
PARTE DA EDUCAÇÃO
FINANCEIRA APRENDER
A FAZER ESCOLHAS,
PONDERAR”.
Como fazer
na televisão e pedirem não faz delas
consumistas. É preciso saber inter-
pretar isso da forma correta”, destaca.
COMO LIDARSegundo Cássia, uma criança com
menos de nove anos que consome
demais, provavelmente enfrenta difi-
culdades emocionais. Quer chamar a
atenção e faz isso através do consu-
mo exagerado. Após os nove, começa
a entrar nos chamados grupos sociais
e, uma vez neles, quer os chamados
“pontos de contato” – uma mochila de
marca, um tênis, um celular.
“Atendo pais que me dizem que
a filha de quatro anos só usa roupas
de determinada marca e que quando
não usa fica muito irritada. O que cos-
tumo fazer é perguntar como ela vai
ao shopping para comprá-las? De car-
ro? Dirigindo? Antes dos nove anos,
a criança normalmente mimetiza o
comportamento dos próprios pais.
Por isso outra frase comum é aquela
‘essa menina é consumista como a
mãe’. Quando a criança pede, os pais
atendem e confirmam o destino que
eles mesmos previram. A única for-
ma de prepará-las para o consumo
consciente é com o desenvolvimento
do espírito crítico e, principalmente,
observando o nosso próprio com-
portamento de consumo, enquanto
pais”, conclui.
Mais informações no site
www.educacaofinanceira.com.br.
Ensine seu filho a distinguir as coisas que compramos porque “queremos” daquelas que “precisamos”.
Desde cedo, faça seu filho entender a importância de não desperdiçar e cuidar do dinheiro.
Ensine a criança a controlar o consumo por impulso, mostrando como elaborar uma lista de compras e obedecê-la no supermercado.
Explique aos filhos qual é o seu trabalho. Isso ajudará a criança a estabelecer relação entre ganho de dinheiro e os limites de seu uso.
Mostre as diferenças entre coisas “caras” e “baratas” em diferentes ambientes (padaria, farmácia, papelaria, etc.).
Assuma as próprias deficiências com relação ao dinheiro. Use o bom senso e não dê lições de moral.
Estimule a criança a participar do orçamento doméstico, incentivando-a a dar sugestões sobre modos de reduzir despesas.
Dê mesada à criança. Isso irá ajudá-la a tomar decisões e fazer escolhas, mesmo que em pequena escala.
Não sinta-se desanimado se a criança gastar todo o dinheiro da mesada. Cometer erros é normal e vai ensiná-la a evitar erros maiores no futuro.
Reforce a ideia de que a responsabilidade social e a ética devem estar sempre presentes no ganho e no uso do dinheiro.
Extraído do livro Educação Financeira - 20 dicas
para ajudar você a educar o seu filho, da educado-
ra Cássia D’Aquino.
123
4
5
67
8
9
10
10 Dicas para crescer na economia
40
Um interessante movimento inci-
diu sobre a Europa, no mês de
agosto. Aproximadamente 2 milhões
de pessoas do mundo inteiro deixa-
ram o conforto de seus lares e os seus
afazeres pessoais e profissionais,
para migrarem até a Espanha, perma-
necendo por lá durante 2 semanas. A
cidade espanhola de Madri foi palco
da tão aguardada Jornada Mundial da
Juventude (JMJ), evento organizado
pela Igreja Católica, a cada dois ou
três anos, e que é considerada uma
grande festa da fé, composta por
diferentes culturas, porém todas em
consonância com Aquele que é cami-
nho, verdade e vida: Jesus Cristo.
Para se falar em JMJ, é preciso
retornar à história de alguém que
esteve muito à frente de seu tem-
po: o Papa João Paulo II. Já na década
de 80, e percebendo a importância
da relação entre juventude e Igre-
ja, ousou elaborar um encontro que
reunisse os jovens de todo o mundo,
com a intenção de professarem a fé
católica. Diversos países já tiveram a
oportunidade de acolhê-la. Embora
sua programação varie conforme as
especificidades locais e as demandas
de cada época, um fator é comum a
elas: a presença do Papa, líder da Igre-
ja Católica e sinal de união entre seus
fiéis.
Motivados pela maravilhosa expe-
riência vivenciada por seus 40 peregri-
nos na Jornada de 2008, na Austrália,
os Maristas do Brasil organizaram-se
para estarem presentes ainda em
maior número na edição de Madri.
Ao todo, 81 pessoas compuseram a
delegação Marista do Brasil, sendo 68
membros da Província Marista do Bra-
sil Centro-Sul, 6 da Província Marista
do Brasil Centro-Norte, 6 da Província
Marista do Rio Grande do Sul e 1 repre-
sentante da União Marista do Brasil
(UMBRASIL).
Para que ela fosse aproveitada da
melhor maneira possível, um grande
processo preparatório foi realizado,
com atividades locais, regionais, pro-
vinciais e nacionais.
VIGÍLIAA vigília merece um destaque à
parte: do inicial calor escaldante da
tarde até a tempestade inesperada
surgida no meio da noite, ela foi uma
prova de resistência para toda e qual-
quer pessoa. No momento em que o
Papa iria discursar à juventude, uma
torrencial chuva fez com que todos
fossem pegos de surpresa. Ao invés
de se retirar para um local seco, o
Pontífice resolveu permanecer no pal-
co, alegando depois que “se os jovens
poderiam ficar ali, ele também pode-
ria”. Durante a missa de envio, Bento
XVI convocou a todos a colocarem
Cristo no centro da vida, dizendo que
o seguimento a Cristo só é possível
com a inserção nas comunidades, a
participação na Eucaristia, o sacra-
mento do perdão e o cultivo da oração
da Palavra de Deus.
Brasil!Coroando o encerramento da Jor-
nada Mundial, o Papa anunciou que a
próxima edição acontecerá na cidade
do Rio de Janeiro, em 2013. Uma gran-
de festa tomou conta dos corações
brasileiros, que, enquanto agitavam
fervorosamente suas bandeiras, já
conseguiam imaginar aquela grande
massa juvenil celebrando em terras
brasileiras.
Ao retornarem ao Brasil, além
das roupas sujas e dos souvenires
espanhóis, sentimentos de alegria,
responsabilidade em levar a missão
adiante e certa nostalgia quase cau-
saram excesso de peso na bagagem
dos peregrinos. Quase! Felizmente,
o avião conseguiu comportar os 81
corações Maristas repletos de sonhos,
carregados de esperança, edificados
em Cristo e mais firmes do que nunca
na fé.
Setor Provincial de Pastoral
Firmes na féA saga da Jornada Mundial da Juventude
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TURMA DO INFINITO, Editora Cosac NaifyO livro conta a história de
quatro crianças que se
conhecem na escola e
percebem que juntas podem
fazer a diferença no mundo
ao seu redor.
D epois de tornar conhecido inter-
nacionalmente seu trabalho so-
cial com crianças na Fundação Gol de
Letra, o ex-jogador Raí se aventura
pelo mundo da literatura. O livro
“Turma do Infinito” marca sua estreia
como autor de literatura infanto-
juvenil.
Nesta entrevista exclusiva para a
Revista Em Família, o craque con-
ta um pouco sobre o livro e como o
Marista fez a diferença na sua vida.
Como surgiu a ideia de escrever o
livro?
A inspiração nasceu após ler uma
redação escrita por minha neta, Nai-
ra, de 12 anos. O livro trata de espi-
ritualidade, de solidariedade. É uma
coisa antiga que eu tenho comigo.
A criança nasce pensando que é o
centro das atenções e depois ela des-
cobre que não é bem assim. Precisa
aprender a compartilhar e a ter inte-
resses comuns. O ser humano tem
tendência a ser individualista. Então,
esse livro tem a proposta de pensar
em um mundo melhor juntos.
De onde vieram esses valores trata-
dos no livro?
Valores fortes, tanto em casa como
na escola, marcaram minha infância
saudável de interior. Posso dizer que
o colégio Marista é o segundo fator
Turma do InfinitoEx-aluno Marista, Raí lança livro sobre valores Por Sandra Santos
mais importante da minha formação.
Estudei lá desde a Educação Infantil
até o Ensino Médio. Só saí quando fui
para a Faculdade. O Marista sempre
incentivou questões lúdicas, música,
arte e esportes. Isso também ajudou
muito na minha carreira. Eu passava
quase todo o dia no colégio; partici-
pava da banda, do time de basquete
e de futebol. Posso dizer que o meu
primeiro time de futebol foi o do
Marista.
Um dos momentos mais marcantes
no Colégio?
Eu devia ter entre 9 e 10 anos, foi
quando perguntei a um irmão o que
era pecado. Ele me respondeu: “peca-
do é aquilo que você sabe que está
errado mas você insiste em fazer”. Foi
uma resposta diferente daquela que
eu esperava. Não foi uma resposta
religiosa, foi para a vida. Só depois de
algum tempo é que fui entender real-
mente o que ele quis dizer. Isso me
marcou muito.
Relembrando seu tempo de criança,
que mensagem você deixa aos alu-
nos maristas?
Que sejam curiosos em relação às
questões da vida, dos valores. Que
encarem sempre o aprendizado den-
tro de casa, na escola, como cresci-
mento pessoal.
42
Turma do InfinitoADOLESCENTES: QUEM AMA, EDUCA!Içami TibaEditora IntegrareNão está nada fácil para os pais e educadores lidarem com
os adolescentes de hoje, muito mais informatizados, globa-
lizados e independentes que os do passado, mesmo recen-
te. Adolescentes precoces (tweens) e tardios (caronas) são
produtos dessa galopante evolução tecnológica e social. A
educação dos filhos é um projeto de vida com a finalidade de
prepará-los para a ética e a felicidade, a autonomia compor-
tamental e a independência financeira.
QUEM INDICA: Mário José Pykocz, Diretor Educacional do
Colégio Marista Paranaense
QUAL É A TUA OBRA? Mário Sergio Cortella
Editora VozesDepois do sucesso de "Não Nascemos Prontos" e "Não
espere pelo epitáfio", Mário Sergio Cortella publica um texto
envolvente sobre as inquietações do mundo corporativo.
Neste livro o autor desmistifica conceitos e pré-conceitos, e
define o líder espiritualizado, como aquele que reconhece
a própria obra e é capaz de edificá-la, buscando incessante-
mente o significado das coisas.
QUEM INDICA: Tânia Serafim Búrigo ,
Diretora Educacional do Colégio Marista de Cascavel
Prateleira
A CARTA DA TERRA A Carta da Terra é um documento que traz um conjunto de princípios e valores que nor-
tearão a construção de uma sociedade global mais justa, sustentável e pacífica. Trans-
formado em vídeo, ganha acesso ao público maior em várias versões.
QUEM INDICA: Ana Lúcia Souto, Assessora Educacional da DERC – Diretoria Executiva da
Rede de Colégios da PMBCS
Solidariedade
“Minha trajetória no Centro Social
Marista Ecológica foi muito boa. No
primeiro dia de aula a primeira impres-
são que tive foi: Que escola bonita!
Mas, a partir daí, eu percebi que não
era só uma escola bonita, e sim uma
escola que se preocupava ao máximo
com seus alunos. Como era essa pre-
ocupação? Quando a gente precisava
de ajuda em algumas matérias, sem-
pre tinha alguém pra nos auxiliar, tirar
nossas dúvidas, e a equipe pedagó-
gica é maravilhosa! (...). Mas a gente
não aprendeu só história, geografia
etc. Aprendemos também a filosofia
marista, os valores, competências,
que, com certeza nos preparou para
enfrentar a sociedade. Com nossas
habilidades adquiridas, com nossos
valores, vamos exercer na sociedade
uma solidariedade, uma amizade, que
com certeza vamos levar para o resto
da vida.”
Você faz parte desta históriaConheça o trabalho da Rede Marista de Solidariedade na promoção e defesa dos direitos de crianças e jovens
MS
PR
SP
GO
DF
SC
44
Estados de atuação da Rede Marista de Solidariedade
PR: 7 Centros Educacionais e Sociais, 4 ProAção e 1 Centro de Defesa;
DF: 1 Centro Social;
MS: 1 Centro Social;
SC: 7 Centros Sociais.
SP: 7 Centros Sociais;
Quem conta essa experiência é
Matheus Henrique Alves, ex-aluno
do Centro Social Marista Ecológica,
em Almirante Tamandaré, região
metropolitana de Curitiba, Paraná.
Hoje, Matheus já terminou o Ensi-
no Fundamental, mas continua
ligado ao Marista. Por meio de um
projeto em parceria com a organi-
zação internacional King Baudouin
Foundation, ele recebe uma bolsa
de estudos para dar continuidade à
sua trajetória de estudante.
Histórias parecidas acontecem
em diversos espaços onde atua
a Rede Marista de Solidariedade,
seja nas capitais como Curitiba, São
Paulo, Florianópolis, Brasília, ou em
cidades das regiões metropolitanas
e do interior dos estados de São
Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato
Grosso do Sul e no Distrito Federal.
O comprometimento do Maris-
ta com as crianças e jovens está
expresso no depoimento de
Matheus. A proposta social e edu-
cativa prioriza a qualidade do
aprendizado e as relações huma-
nas. Para que isso aconteça no dia a
dia, a Rede Marista de Solidariedade
investe na formação dos profissio-
nais e na produção e socialização
do conhecimento, com vistas a
favorecer processos de participa-
ção infantil e juvenil, o envolvimen-
to da família e a cidadania, para a
geração de oportunidades e vivên-
cia da solidariedade.
A PROMOÇÃO DOS DIREITOSA Rede Marista de Solidariedade
atua na promoção dos direitos das
crianças e jovens, oportunizando
acesso à educação de qualidade,
seja na educação infantil, no ensino
fundamental, na qualificação pro-
fissional, no apoio socioeducativo
(oficinas de arte educação desen-
volvidos no contraturno escolar),
ou por meio de projetos da Biblio-
teca Interativa e ações voltadas
para as famílias.
São 23 Centros Educacionais
e Sociais Maristas e 4 Programas
de Ação Comunitária e Ambiental
(ProAção), oportunizando o atendi-
Orientação Sociofamiliar e Socioeconomia
Solidária
Qualificação Profissional
Ensino Fundamental
Educação Infantil
Biblioteca Interativa
Apoio Socioeducativo
Vida Feliz
Atendimento indireto216 mil adolescentes,
jovens e famílias
Atendimento direto10,5 mil adolescentes,
jovens e famílias.
mento direto às crianças e jovens.
Em outras frentes de atuação
Marista, como na universidade e
nos colégios, a promoção se efetiva
por meio das bolsas de estudo.
A DEFESA DOS DIREITOSA Rede Marista de Solidarieda-
de atua na defesa dos direitos das
crianças e jovens, ou seja, busca
dar visibilidade às situações de
violação desses direitos. Exemplo
disso é o Centro Marista de Defesa
da Infância, que desenvolve pro-
jetos com foco no controle social,
produzindo informações sobre as
realidades das crianças e jovens do
Paraná, divulgando-as e realizando
capacitações dos agentes que tra-
balham com esse público.
Além disso, a rede desenvolve
projetos de advocacy. A partir de
suas práticas, avalia e sistematiza
seus conhecimentos, participa e
fortalece redes das áreas da edu-
cação, assistência social e direi-
tos, desenvolve campanhas e bus-
ca incidir nas políticas públicas.
Para isso, participa de conselhos
e fóruns municipais, estaduais e
nacionais, com o objetivo de con-
tribuir para mudanças que propi-
ciem a crianças e jovens o exercício
de seus direitos.
PRESENÇA SOLIDÁRIA MUNDIALA Rede Marista de Solidariedade
compartilha das diretrizes da Fun-
dação Marista para a Solidariedade
Internacional (FMSI), que possui o
status de organização consultiva
das Nações Unidas (ONU). Por meio
do FMSI, a Rede Marista de Solida-
riedade contribui com subsídios
aos temas pautados pela ONU.
REDE MARISTA DE COLÉGIOS E PAR-CEIROS
Em quase todas as cidades
onde há um Colégio Marista, existe
também um Centro Educacional e
Social. Parte da receita gerada pelos
colégios por meio das mensalida-
des é aplicada na Rede Marista de
Solidariedade. Além disso, a rede
de colégios e rede de solidarieda-
de realizam ações em parceria no
campo educacional e campanhas
que contribuem para a promoção
e defesa dos direitos de todas as
crianças e jovens.
Além dos recursos provenientes
das mensalidades para potenciali-
zar e inovar projetos, a rede conta
com parcerias com empresas, orga-
nizações da sociedade civil, Poder
Público e pessoas físicas.
VOCÊ TAMBÉM É RESPONSÁVEL POR ISSO
As transformações promovidas
por educadores, crianças e jovens
que integram a Rede Marista de
Solidariedade geram protagonis-
mo, oportunidade e solidariedade.
Você, pai e mãe de aluno ou alu-
na dos colégios Maristas, também
fomenta e favorece essas transfor-
mações.
Acesse www.solmarista.org.br
e conheça os projetos maristas de
solidariedade.
Solidariedade46
Essência
Ir. Franki destaca que, Irmãos, colaboradores e leigos, somos todos corresponsáveis pela obra iniciada por Champagnat
Herdeiros de um sonho
O País responde por 32% da pre-
sença Marista no mundo, atuando
nas áreas de educação, saúde, soli-
dariedade e comunicação. Leigos,
colaboradores e Irmãos, são mais
de 24 mil pessoas, que atuam como
herdeiros de um sonho, o sonho
de Champagnat, atendendo a mais
de 200 mil crianças, adolescentes e
jovens. “Viver isso é estar em total
conexão com o sonho”, explica Ir.
Franki Kleberson Kucher, Diretor do
Setor de Comunicação e Imagem
Institucional da Província Marista do
Brasil Centro-Sul, em um bate-papo
com a Revista Em Família. Confira a
seguir alguns trechos dessa conver-
sa.
CONECTADOS COM O SONHO É como se fosse a experiência
do primeiro amor de nossas vidas, o
tempo passa, mas você não a esque-
T ransformar a realidade a partir do que há de melhor nos corações e men-
tes das pessoas comprometidas com os valores humano-cristãos. Foi
com esta missão em vista que os Maristas deram início a uma história que
agora se aproxima dos 200 anos. Em 1817, Marcelino Champagnat fundava
o Instituto Marista. Um visionário para a época, ele já tinha a certeza de que
seria um árduo, mas gratificante trabalho. Os resultados de tanta dedicação
ao longo de toda a sua vida hoje estão distribuídos pelo mundo e, como não
poderia deixar de ser, em várias regiões do Brasil.
ce. Seria como um ponto de partida,
que te apaixona, move e dá sentido
a tudo o que você faz. Quando você
se perde ou, por vezes, perverte o
sonho, você precisa voltar e focar
novamente os seus esforços para a
perpetuidade. Champagnat sonhou
infâncias e juventudes cidadãs, pro-
-tagonistas e felizes; não podemos
traí-lo – temos de dar continuidade
a obra por ele iniciada.
PORTA-VOZES DA MENSAGEM MARISTA
Nossos esforços caminham no
sentido de encantar pessoas para
compartir dos mesmos propósi-
tos. Esse princípio da transparência
requer cuidados apurados para que
sejamos fidedignos à causa Maris-
-ta sonhada por São Marcelino. Por
meio da comunicação, traduzimos
e ressignificamos para nossos diver-
sos públicos de relacionamento o
que nos identifica enquanto conti-
nuadores desse legado. Em todas as
nossas frentes apostólicas, somos
portadores e porta-vozes da mensa-
gem Marista.
SOMOS CORRESPONSÁVEIS NA MISSÃO
No meu entendimento, o sonho
de Champagnat é um projeto de
Humanidade. São corações ao alto,
em total sintonia com a dádiva divi-
na; e corações nas mãos, em dispo-
sição de oferta do melhor que pode-
mos dar. Ser herdeiro é sentir-se
parte e corresponsável pela constru-
ção desta obra de Deus, cuja neces-
sidade ainda é premente em nossas
realidades. Temos muito o que fazer
para que o sonho continue lindo,
encantador e transformador. Cora-
ções nas mãos, então.
47
Inspiração
W illian Seide Arake,
o Seidi, como é
conhecido e gosta de ser
chamado pelos amigos e
professores do Colégio
Marista de Cascavel, é aluno
Marista desde 2006. Hoje,
com 10 anos, está no 5º ano
do ensino fundamental.
“Quando eu cheguei no
Marista ninguém me conhecia,
mas eu não fiquei com medo
não. Hoje todo mundo aqui no
colégio me conhece”, explica.
Com nove meses de idade,
Seidi teve o diagnóstico do
neurologista de paralisia cere-
bral. O médico relatou à família
que ele poderia apresentar
uma deficiência mental, não
falar e não andar. A partir desse
diagnóstico foi iniciado um
longo e contínuo tratamento
multidisciplinar que dura até
hoje.
Para alegria de todos, Seidi
se desenvolveu e continua
em pleno desenvolvimento,
superando a cada dia as dificul-
dades que aparecem. Embora
possua dificuldade para se
locomover, é uma criança
como qualquer outra, adora
brincar, correr e se divertir. “Eu
não consigo jogar futebol com
meus amigos, então às vezes
eles jogam basquete comigo,
porque eu aprendi esse jogo. Na
sala, durante as atividades, eu
sempre me atraso para copiar
e fazer as atividades, mas os
meus amigos e as minhas pro-
fessoras me ajudam e eu consi-
go terminar”, conta.
O Colégio Marista de Casca-
vel realiza um evento esportivo
todos os anos, a OLIMAR, onde
as crianças competem em dife-
rentes atividades, e Seidi é um
dos orgulhosos participantes:
“Eu me sinto muito feliz na
OLIMAR porque tem várias
competições e todos os pais
e as mães vêm torcer para os
filhos. Eu também gosto mui-
to de ganhar a medalha de
participação. Eu não sou mui-
to bom em alguns esportes,
mas eu gosto de participar
mesmo assim, porque todo
mundo torce por mim."
No último mês de julho,
Seidi foi ao estado de Minas
Gerais para realizar um novo
exame em virtude de sua
dificuldade visual e foi diag-
nosticado que ele possui a
SINDROME DE IRLEN, que é
caracterizada por sintomas de
pressão nos olhos, dores de
cabeça e distorção da imagem
durante a leitura. A família
dele já providenciou um ócu-
los que foi enviado aos Esta-
dos Unidos para receber um
tratamento especial nas len-
tes e permitir que ele possa
superar mais essa dificuldade.
Além disso, ele precisa ir pelo
menos uma vez ao ano até
Curitiba para fazer aplicação
de botox nas pernas para que
consiga movimentá-las.
A escola é muito impor-
tante para qualquer criança,
mas é ainda mais importante
para a criança com deficiên-
cia. É na escola que a criança
aprende a confiar em si mes-
ma, percebendo que é capaz
de realizar a maioria das ati-
vidades, mesmo levando um
pouco mais de tempo.
SUPERSEIDIPara ele, superação é
uma tarefa diária Por Kely Cristine de Souza
Kely Cristine de Souza é assistente de marketing do Marista de Cascavel
48
Diversão
Brincando juntos
Em tempos de tantas mudanças virtuais, fica
cada vez mais difícil acompanhar nossos filhos.
Muitas vezes lembramos que, na “nossa época”, as
famílias passavam mais tempo juntas porque ain-
da podiam participar dos jogos e brincadeiras das
crianças. Hoje, ao tentar levá-las a uma das nos-
sas brincadeiras, passamos por “antiquados”. Até
mesmo ouvimos que é “chato” ou que “não tem
graça”.
Eles gostam de transformar, mudar, criar e recriar
mundos fictícios, avatares, entre outros. Pensando
nisso e nas dificuldades com os jogos preferidos
dos nossos filhos, acabamos buscando na memória
experiências ou brincadeiras que conhecemos e que
possam despertar o interesse deles.
Neste novo espaço da Revista Em Família, apre-
sentaremos algumas atividades que podemos fazer
junto com nossos filhos. Serão experiências ou jogos
que fazíamos quando tínhamos a idade deles, pro-
porcionando um momento de integração familiar e
com muita diversão, é claro.
A receita é básica e todos os materiais podem ser
comprados em mercados ou farmácias.
Esperamos que tenham gostado da nossa dica.
Até a próxima!
Ensinamos uma experiência que você pode compartilhar em família. Garantia de diversão!
CRIANDO CRISTAISEstamos vivenciando nos colégios o Ano
Internacional da Química. Com isso, tiramos
do “baú” uma interessante experiência de
transformação. Afinal, vamos ver quem
consegue transformar pedras comuns em
cristais? Vamos à receita para que vocês
vivam juntos esta experiência:
10g de sulfato duplo de alumínio e
potássio (alume);
Um copo de vidro;
Um palito de sorvete (limpo);
Água morna;
Linha;
Pedrinhas pequenas e irregulares.
Método: lave as pedras cuidadosamente
em água corrente. Coloque no copo água
morna suficiente para cobrir as pedras
(mais ou menos 1/3 do copo). Junte o
alume e mexa com o palito até o produto
parar de se dissolver facilmente. Podem
sobrar alguns grãos no fundo. Coloque as
pedras no copo ou amarre como na figura.
Você pode acrescentar corante e criar
cristais coloridos.
50
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