1ESCOLA ESTADUAL FRANCISCO LECHINOSKI – ENS. FUND.
Rua Principal s/nº Campina - Fone (41) 3623-2150
Quitandinha - Paraná
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
QUITANDINHA – PR
2009.
2SUMÁRIO
1.0 APRESENTAÇÃO …...................................................................................................03
2.0 IDENTIFICAÇÃO..........................................................................................................04
2.1 Histórico da Instituição................................................................................04
2.2 Condições Físicas e Materiais....................................................................04
2.3 Estrutura Administrativa, Docente e de Serviços da Unidade Escolar
…....................................................................................................................….05
2.4 Número de Alunos por Turma …................................................................06
3.0 OBJETIVO GERAL......................................................................................................07
4.0 MARCO SITUACIONAL...............................................................................................07
4.1 Perfil da Comunidade Atendida.................................................................07
4.2 Contradições e Conflitos presentes na Prática Pedagógica …..............08
4.3 Formação Continuada de Docentes e Funcionários...............................10
5.0 MARCO CONCEITUAL …...........................................................................................10
5.1. Concepção de Sociedade/homem.............................................................10
5.2. Concepção de Educação............................................................................12
5.3. Concepção de Educação Inclusiva............................................................14
5.4. Concepção de Currículo.............................................................................14
5.5. Concepção de Avaliação …........................................................................15
5.6. Concepção de Escola ….............................................................................15
5.7. Concepção de Aprendizagem …................................................................16
5.8. Concepção de Aluno...................................................................................17
5.9. Concepção de Formação Continuada.......................................................19
5.10. Concepção de Gestão.................................................................................21
6.0 MARCO OPERACIONAL.............................................................................................21
7.0 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO............................................23
8.0 MATRIZ CURRICULAR...............................................................................................24
9.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................... 25
10.0 PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES …...............................................26
10.1 ARTE.............................................................................................................26
10.2 CIÊNCIAS......................................................................................................42
310.3 EDUCAÇÃO FÍSICA.....................................................................................51
10.4 ENSINO RELIGIOSO....................................................................................64
10.5 GEOGRAFIA.................................................................................................69
10.6 HISTÓRIA......................................................................................................76
10.7 LÍNGUA PORTUGUESA...............................................................................84
10.8 MATEMÁTICA.............................................................................................102
10.9 L E M - INGLÊS...........................................................................................109
4 1.0 APRESENTAÇÃO
De acordo com a atual LDBEN (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional),
em seu artigo 12. Inciso I, que prevê que os Estabelecimentos de Ensino, respeitadas as
normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e
executar sua proposta pedagógica, elaborou-se o Projeto Político Pedagógico, que é um
plano global da Escola, um processo de planejamento participativo envolvendo todo o
quadro profissional do Estabelecimento de Ensino e comunidade em geral.
O Projeto Político Pedagógico proposto tem a finalidade de reavaliar e reconstruir a
prática pedagógica, pela revisão da rotina instalada, pela reflexão sobre um cotidiano
extremamente desafiador e oportunizando o acesso ao conhecimento, formando alunos
autônomos, críticos, responsáveis, cientes dos valores a serem vividos, tornando-se
cidadãos atuantes em sua comunidade, tendo consciência crítica de seus direitos e
deveres, socialização, participação e comprometimento coletivo, garantindo um processo
metodológico e didático que atenda a real necessidade da comunidade escolar,
despertando e desenvolvendo a criatividade e o senso crítico.
O processo de elaboração da proposta iniciou em março de 2005, com a realização
de reuniões de estudos com os professores, posteriormente com a comunidade, onde se
fez debates a respeito de assuntos relevantes a construção do conhecimento produzido
em nossa Escola.
Envolvendo alunos, funcionários e toda a comunidade fizeram-se entrevistas
escritas em forma de questionários para que todos pudessem participar. Os professores,
em reunião específica, coletaram todos os dados e em Assembleia, novamente discutiram
os resultados e opiniões, com o objetivo de envolver a comunidade no processo de
construção do desenvolvimento desse projeto.
Com esta proposta o desejo é crescer, oferecendo um ensino de qualidade e
desenvolvendo a capacidade de inovar, “assentado na concepção de sociedade,
educação e escola que vise a emancipação” (Veiga) apontando um rumo, uma direção,
um sentido explícito para aquilo que foi estabelecido pelo coletivo da escola, que reflete
constantemente sobre a concepção da educação e sua relação com a sociedade e escola
e sobre o homem a ser formado, a cidadania e a consciência crítica.
2.0 IDENTIFICAÇÃO
5
2.1 Histórico da Instituição
A Escola Estadual Francisco Lechinoski – Ensino Fundamental localizada na rua
do Expedicionário 364, no Centro do município de Quitandinha - Paraná, entrou em
funcionamento no ano 1999 na localidade Campina. Esta Instituição foi criada sob essa
denominação em homenagem ao Prefeito da época.
A resolução nº. 928 de 26/02/99 habilitou o Estabelecimento a atuar no Segmento
Educacional de 1º grau de 5ª a 8ª séries, publicada no Diário Oficial do Estado do Paraná
em 26/02/99, o qual teve seu Reconhecimento do Estabelecimento através da resolução
nº. 882/2004, publicada no Diário Oficial do Estado do Paraná em 13/04/2004, e o
Reconhecimento do Curso através da resolução nº. 882/04, publicada no Diário Oficial do
Estado do Paraná em 13/04/2004.
O Estabelecimento atende a demanda escolar das localidades de Campina, Anta
Magra, Caí e Pavão.
A iniciativa de funcionamento deste Estabelecimento ainda na localidade Campina,
foi devida a demanda existente na localidade, bem como a disponibilidade de espaço
físico no período da manhã
Hoje a Escola ocupa outro prédio, que é propriedade estadual, situada no centro da
cidade, com cinco salas de aula cedidas para a Escola Municipal Leonor Moura de
Andrade, Educação Infantil e Ensino Fundamental de 1ª a 4ª séries.
A Escola conta hoje com quatro turmas no período da manhã, ou seja, 5ª, 6ª, 7ª e
8ª séries, num total de 107 alunos, e com duas turmas do Programa Viva a Escola no
período da tarde com 22 alunos matriculados em cada, prestando à estas serviços
públicos educacionais, atendendo alunos da zona rural das comunidades de Campina,
Cai, Anta Magra e Pavão.
2.2 Condições Físicas e Materiais
A Escola Estadual Francisco Lechinoski, conta com as seguintes dependências:
nove (09) salas de aulas, uma sala utilizada para secretaria de ambas as escolas, sala de
direção, uma sala de refeitório, uma sala com laboratório de química, uma sala de
professores, uma sala de arte, uma sala de orientação, dois almoxarifados sendo um com
materiais de Educação Física e um com materiais de limpeza e manutenção, uma sala
6com materiais didáticos pedagógicos, uma sala com laboratório de informática, 2
banheiros sendo 1 masculino e 1 feminino, um banheiro para funcionários, cozinha, pátio
livre, uma cancha esportiva coberta para atividades de Educação Física, 1 Biblioteca.
O estabelecimento conta recursos repassados pelo Governo do Estado, através do
Fundo Rotativo, Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE, o comércio local colabora
com prêmios para promoções quando solicitados, oferecem preços acessíveis, e a
comunidade também participa das solicitações feitas de acordo com as necessidades da
Escola.
A escola dispõe de equipamentos físicos e de recursos pedagógicos para criar um
ambiente propício à aprendizagem. Vê-se nesses recursos um importante meio através
do quais a aprendizagem pode ser melhorada. Dentre os equipamentos encontra-se
câmara digital, TVs pendrive, Antena Digital, caixa de som, Duplicador a Álcool, Telefone,
Sistema de Alarme, computadores com acesso à internet, impressora, rádio e dvd, além
dos equipamentos da cozinha como geladeira, batedeira, lavadora de pressão, freezer,
fogão, forno, armários, arquivos, carteiras, cadeiras, mesa para os professores, estante
de aço, máquina de escrever, cadeiras Plásticas, cadeiras giratórias, estante de madeira.
Para o melhor aproveito das aulas são providenciados aos professores materiais
de consumo como cartolinas e papéis diversos, materiais de pintura, além do material de
uso diário, livros didáticos, revistas e cartazes, DVDs educativos, jornais, livros de
literatura e para pesquisas, globo terrestre, mapas e outros.
Para garantir o acesso de todas as pessoas em idade escolar à educação a Escola
conta com o transporte escolar.
A administração Escolar, onde integra-se todo o conselho escolar, direção, equipe
pedagógica e administrativa, visa atuar democraticamente oportunizando e motivando a
participação de todos os profissionais agindo de maneira ética e responsável para que o
trabalho aconteça de maneira eficaz.
2.3 Estrutura Administrativa, Docente e de Serviços da Unidade Escolar.
Nome Função FormaçãoHora /
Aula
Roberto Lemos Debacco Professor Matemática 20 aulas
7
Simone Andréia M. Elicker Professora História 14 aulas
Elis Regina Biscaia de Lima Secretária Pedagogia 20 horas
Marcela Adriana Aliske Professora Acadêmica em Geografia 16 aulas
Andrea Cristina Ribas
Mendes Moura Professora Educação Física 15 aulas
Joseli Maria Mordaski de
FrançaProfessora Português 25 aulas
Sabrina de Cássia
Magalhães
Agente
Educacional 1
Acadêmica em
Pedagogia20 horas
Viviane Lipinski Pedagoga Pedagogia e Letras 20 horas
Sônia Maria Rauth Diretora História 20 horas
Juliane Maria Schulis Professora Artes 15 horas
Tatiane Barbosa Agente
Educacional 1
Acadêmica em
Pedagogia20 horas
Maurício Correa Professor Ciências Biológicas15
horas
Tatieli Ribas Santana Professor Letras 15
horas
Célia Terezinha MagalhãesAgente
Educacional 1Ensino Médio 40 horas
2.4 Número de Alunos por Turma
Turma/ série Nº de alunos5ª série 35 alunos6ª série 27 alunos7ª série 24 alunos8ª série 22 alunos
8
Viva a escola 22 alunos
Viva a escola 22 alunos
3.0 – OBJETIVO GERAL
A Escola Estadual Francisco Lechinoski – Ensino Fundamental objetiva sua ação
educativa, fundamentada nos princípios da universalização de igualdade de acesso,
permanência e sucesso dos educandos, visando proporcionar a formação necessária ao
desenvolvimento cognitivo e prepará-lo para o mundo do trabalho e para o exercício
consciente da cidadania e cumprimento de direitos e deveres..
4.0- MARCO SITUACIONAL
4.1 Perfil da comunidade atendida
As famílias dessas comunidades são trabalhadores rurais cujos recursos
financeiros provêm da agricultura familiar de subsistência, muitos trabalham de diaristas,
destacando-se o trabalho de autônomos sem renda fixa. A comunidade conta hoje com 78
famílias que recebem ajuda governamental como, Bolsa Escola, Bolsa Família ou Vale
Gás. Esta comunidade é considerada de área rural, no entanto apresentam
características de área urbana como as ocupações profissionais que são bastante
diversificadas, pois muitos trabalham em empresas, outros como diaristas e atividades
autônomas como cabeleireiro, costureira, doméstica, pedreiro, vendedor.
Grande parte das famílias utiliza o transporte coletivo e o meio de transporte que
mais possuem é a bicicleta e carro. As residências são em sua maioria de alvenaria e têm
o número de cômodos suficientes para abrigar todos os membros da família, cozinha com
água encanada e tratada, sala e um banheiro. Todas as famílias possuem uma variedade
de eletroeletrônicos, ficando restrito ainda a posse de computadores.
Para os momentos de lazer fazem pequenos passeios na própria comunidade, é
comum as crianças se reunirem nos vizinhos para brincadeiras, jogo de futebol em
“campinhos”, ou então passam a maior parte do tempo assistindo televisão. As crianças
têm uma vida simples e apresentam rendimento escolar razoável.
A comunidade conta com Igrejas Evangélicas, Igreja Católica, Grupo de Jovens,
9Clube de Mães, áreas verdes para lazer, posto de saúde com assistência médica
semanal, e também atividades sociais. Em geral a comunidade participa de festas nas
redondezas, promovidas pela escola ou pelas igrejas.
O grau de instrução dos pais, na grande maioria, é Ensino Fundamental
incompleto, sendo que alguns são analfabetos.
O hábito da leitura não é muito difundido entre as pessoas da comunidade, e
também não possuem uma clara definição de cidadania, desconhecendo sua importância
na estrutura social.
O acesso aos meios de comunicação se restringe ao rádio, televisão, poucos tem
acesso a jornais, livros e revistas e a grande maioria dispõe de um telefone celular,
aproximadamente 80% das famílias recebem Bolsa Família e participam do Programa
Leite das Crianças.
Como a maioria dos pais é trabalhadora de empresas e/ou diarista a presença
deles na escola se restringe a momentos de maior necessidade para resolver problemas
que por ventura ocorram no decorrer do ano letivo ou quando solicitados para comparecer
na escola, como em reuniões e nas festividades.
4.2 Contradições e conflitos presentes na prática pedagógica
No que se refere à prática pedagógica da Escola Estadual Francisco Lechinoski
pode-se dizer que muito tem sendo realizado, buscando maior qualidade de ensino para
os alunos desta comunidade. Os profissionais estão devidamente qualificados,
direcionam o trabalho para a aprendizagem do aluno, num ambiente adequado e
agradável. Buscam sempre conhecer a realidade escolar, compreender criticamente as
causas de problemas de aprendizagem e propor alternativas, no coletivo, buscando
novos resultados da organização do trabalho pedagógico. A Escola dispõe hoje de
computadores com acesso à internet, materiais e livros didáticos que proporcionam uma
ampla variedade para os encaminhamentos metodológicos.
Porém, alguns problemas ainda dificultam o andamento das aulas e demais
atividades como capacitação continuada e reuniões pedagógicas: os professores
contratados para suprir a demanda da Escola iniciam seu trabalho bem depois do
restante da equipe por causa da burocracia da contratação PSS, e ficam alheios aos
primeiros estudos e informações importantes do estabelecimento; a divisão de
10profissionais pelos estabelecimentos de ensino do município nos períodos de formação
continuada e reuniões pedagógicas, o que, por fim, acaba ficando neste estabelecimento
um número restrito de professores para a realização eficaz destes encontros.
A hora – atividade da equipe docente é concentrada por Disciplinas e Áreas Afins
com o objetivo de estimular a integração entre a formação dos profissionais, por meio da
troca de experiências/material didático, de discussões acerca de conceitos e
metodologias e da colaboração da equipe pedagógica da escola, com estudos de textos,
debates sobre o rendimento individual e coletivo dos alunos, reuniões com pais, tomadas
de decisões importantes sobre o andamento das aulas, encaminhamentos
metodológicos e desempenho escolar.
A Escola desenvolve o programa Viva a Escola, no período da tarde, com duas
turmas em núcleos de conhecimentos diferentes: expressivo-corporal e científico-cultural.
Para esses programas foram selecionados prioritariamente alunos com dificuldades de
aprendizagem, buscando novos meios para desenvolver melhor o cognitivo dele, com
atividades de danças e de teatro e literatura.
Em 2009, o índice de aprovação no total das turmas foi de 87%, de reprovação foi
de 9,6% e de abandono foi de 3,2%. Percebe-se também nos dias atuais, um alto índice
de alunos aprovados por conselho de classe. São alunos que não dão conta de todas as
disciplinas e ficam sem atingir a média em algumas delas e dessa forma os professores
acabam aprovando por conselho para não prejudicar o aluno que por ventura não tenha
atingido a média necessária para aprovação.
Para o apoio nas decisões mais delicadas que surgem na escola no decorrer do
período letivo e também na preparação de eventos com fins lucrativos ou não, os
membros da APMF, do grêmio estudandil nominado “Força Guímel” e ainda os membros
do Conselho Escolar são convidados para ajudar e sempre dispostos a trabalhar
voluntariamente nas promoções que a Escola realiza. Colaboram em reparos que a
Escola necessita, e a comunidade faz doações de verduras e outros gêneros alimentícios,
quando solicitados.
4.3 Formação continuada de docente e funcionários
A melhoria da Educação também inclui preparar os seus profissionais para a
11atuação competente do seu trabalho. A formação continuada dos professores que atuam
neste estabelecimento, é realizada através de diferentes atividades que visam o
aprimoramento profissional, conforme planejamento realizado pelo NRE e ainda, por
eventos realizados por outras instituições.
Estas atividades incluem professores, coordenadores pedagógicos, diretores e
pessoal de apoio e dentre elas estão: jornadas com tempo para estudo, leitura, vídeos e
discussão entre professores que são realizadas nas semanas pedagógicas; grupos de
estudos que são realizados de acordo com os interesses de cada grupo visando o
aprimoramento por área; cursos e seminários que são ofertados por outras instituições e
divulgados para os professores; formação com uma equipe de nutricionista e profissionais
que vem acompanhando o andamento da escola, visando proporcionar um ambiente de
trabalho acolhedor.
Na escola, essa formação acontece nas horas-atividades dos professores, por
meio de leitura e debates de textos indicados pela equipe pedagógica e diretiva, bem
como o estudo das diretrizes curriculares das disciplinas e do projeto político pedagógico
da escola em reuniões pedagógicas prevista no calendário escolar e em demais
momentos, conforme a necessidade da equipe.
5.0 - MARCO CONCEITUAL
5.1 Concepção de sociedade/ homem
A sociedade brasileira carrega uma marca autoritária: Já foi uma sociedade
escravocrata, além de ter uma larga tradição de revelações políticas paternalistas e
clientelistas, com longos períodos de governos antidemocráticos. Até hoje é uma
sociedade marcada por relações sociais hierarquizadas e por privilégios que reproduzem
um altíssimo nível de desigualdade, injustiças e exclusão social. Na medida em que boa
parte da população brasileira não tem acesso a condições de vida digna, encontra-se
excluída da plena participação nas decisões que determinam os rumos da vida social
(suas regras, seus benefícios e suas prioridades).
É também uma sociedade em que os homens privilegiam alguns princípios e ideias
que nos desafiam a constantemente a refletir e repensar o cotidiano e esse processo de
conscientização sempre se realiza em seres humanos concretos, inserido em estruturas
12sociais, políticas e econômicas.
Partindo do que nos traz Morin (2005: 40) ao se referir sobre complexidade do ser
humano: “ser, ao mesmo tempo, totalmente biológico e totalmente cultural”, entende-se o
homem como um corpo consciente, capaz de conhecer a realidade, interagindo com os
seus iguais. Neste contexto, inteligência significa muito mais que um ato solitário. Implica
cada um tornar-se melhor, contudo em nome de propósitos mais solidários e criativos,
portanto, em concordância ainda com Morin (2001: 16), alguns desafios são fundamentais
no que se refere à formação do sujeito, desenvolver uma aptidão para contextualizar e
integrar, para situar qualquer informação em seu contexto, para colocar e tratar os
problemas, ou seja, o grande desafio de formar sujeitos que possam enfrentar realidades
cada vez mais complexas
Contudo, a escola tem uma efetiva participação na medida em que inclui, em seus
conteúdos curriculares a dimensão ambiental, política e social, colabora também quando
se preocupa em desenvolver no aluno uma liderança mais criativa e solidária, inserindo
este aluno no mundo real e complexo, fazendo-o compreender que as mudanças
estruturais também necessitam da participação dele.
Visto que a escola é um espaço para a construção da Cidadania a ideia é formular
políticas de ensino focalizadas nessa faixa etária e constantemente buscar um ensino de
qualidade, que estimula e desafie o aluno, partindo de sua inteligência, que se confronte
com o que a humanidade produziu, que propicie o espírito crítico, e crie situações para
que os alunos aprendam igualmente, cada um de acordo com seu talento e com seu
potencial, aguçando no aluno a sede de sempre querer saber e aprender, pois a
apreensão do saber sistematizado representa a superação do senso comum, do saber
difuso que a criança trás no início de sua escolarização.
Possibilitando gradativa compreensão da realidade histórica, entendendo-se a
diversidade de relações que nela se estabelecem instrumentos totalizando o aluno para
participar ativamente, na sociedade em que está inserido consequentemente, no processo
de transformação social que se dá nas próprias relações sociais.
É necessário compreender que tais processos são resultados da prática social de
todos os homens. Se almejar que o aluno, ao final de sua escolarização elementar,
possua os instrumentos necessários (conhecimentos) para compreender, elaborar e
expressar uma visão de mundo mais articulada, menos mágica e folclórica do que aquela
13que detém no início deste processo, não será com o domínio de um conhecimento que dê
conta de explicar a parte, sem articulá-la com o todo que iremos dar qualidade ao ensino.
Nascemos numa certa circunstância geográfica, social e histórica e nela adquirimos
espontaneamente um modo de entender a realidade e de agir sobre ela. Com isso
construímos em nossa mente “uma visão de mundo”, fragmentária, e até contraditória.
A interdependência crescente entre os povos, pela abertura de fronteiras, pela
facilidade de viagens, pela comunicação planetária, pela transformação da Terra na
“aldeia global”, não esta levando os governos, as sociedades e os indivíduos a um estágio
mais elevado de convivência e repartição fraterna das riquezas materiais e espirituais da
humanidade. Continuamos numa sociedade divididas, numa aldeia global em permanente
tensão, medo e imposições autoritárias.
É nesta “aldeia global tensa e excludente” que a Escola se situa: na tensão entre o
universo e o local, entre a tradição e a modernidade, entre as perspectivas de longo prazo
e as necessidades imediatas, entre a economia globalizada e a valorização da micro
produção, entre o social e o individual, entre a competição e a igualdade de
oportunidades, entre o acesso aberto a todas as fontes da informação e do conhecimento
e a absoluta falta de condições primárias de estudo numa periferia pobre.
A educação escolar, a cidadania, os valores e práticas sociais, permitem
desenvolver as condições necessárias para a participação social e efetiva, de uma
sociedade livre, justa e solidária, garantindo o desenvolvimento da comunidade,
promovendo o bem de todos, sem preconceitos e quaisquer formas de discriminação, a
cidadania, a compreensão do cidadão crítico e portador de direitos e deveres,
participando na gestão pública.
Entende-se o homem como um agente transformador, capaz de transformar a
sociedade em que vive sendo consciente e capaz de entender os conflitos entre o
individual e o coletivo sem ignorar seu senso critico.
5.2 Concepção de educação
Educação é uma palavra chave que está pautada em todas as discussões e
assegurada por lei, têm por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, e seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Segundo Saviani (2003), a educação é um fenômeno humano e é através dela que
14o homem se humaniza e humaniza os outros homens. É também através dela que os
conhecimentos produzidos são transmitidos de geração em geração. Ainda para a
pedagogia histórico-crítica, educação é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em
cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo
conjunto dos homens.
Estes princípios mobilizam a comunidade escolar no processo de definição de
propostas e prioridades a serem eleitas para o seu desenvolvimento, refletindo sobre os
objetivos a serem alcançados, em torno do trabalho desenvolvido, valorizando o
profissional da educação como sujeito mediador das transformações da realidade,
desenvolvendo métodos e atividades que ofereçam experiências de aprendizagem ricas
em situações nas quais os alunos possam opinar assumir responsabilidades, resolvendo
problemas e conflitos, e refletindo sobre as consequências de seus atos.
A Escola deve ser o lugar onde cada educando encontre a possibilidade de
realização de seus projetos. Por isso, a qualidade do ensino é condição necessária à
formação moral de seus alunos, bem como o convívio deve ser organizado de forma que
os conceitos de justiça, respeito e solidariedade, sejam compreendidos pelos alunos, e
que estes percebam a existência de diferentes opiniões, desejos e ideias, posicionando-
se de maneira flexível, compreendendo a cidadania como processo social e político,
crítico e responsável, construtivo nas diferentes situações sociais.
Percebendo-se como integrante, dependente e agente transformador da
comunidade, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo
ativamente para a melhoria social e do meio ambiente, cuidando do próprio corpo,
conhecendo seus limites, valorizando a adotando hábitos saudáveis como aspectos
básicos de qualidade de vida, sabendo usar as diferentes informações e recursos
tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos, o educando estará preparado para
integrar a sociedade como um cidadão consciente e participativo.
Visando uma educação responsável pela participação ativa na sociedade,
encaminhando-se para uma possível mudança como pessoa, uma educação que não
oprima, não sufoque, não seja repetitiva e seja feita com solidariedade tornando se assim
uma educação global de qualidade.
5.3 Concepção de educação inclusiva
A Inclusão implica em primeiro lugar aceitar todas as crianças como pessoas, como
15seres humanos únicos e diferentes.
É a política educacional que determina que as escolas ofereçam condições de
aprendizado que não discriminem diferenças, com base no princípio que educação é um
direto de todos.
A educação é um direito humano e todos os indivíduos devem ter garantido o
acesso, o ingresso e a permanência com sucesso em todo o fluxo de escolarização
estabelecido pelo sistema nacional de educação.
Assim, a política de inclusão não se restringe aos alunos cujos problemas de
aprendizagem são devidos a déficits físicos ou intelectuais, mas abrange todas as
diferenças sendo estendida aos alunos não alfabetizados, àqueles com problemas
disciplinares, aos superdotados, aos hiperativos e outros.
A compreensão do conceito de inteligências múltiplas permite um maior respeito às
diferenças. A adequação da Proposta Pedagógica, com flexibilização do Currículo, dos
métodos didáticos do sistema de avaliação permite o exercício da inclusão.
5.4 Concepção de currículo
Segundo Eyng, quando se trata do termo currículo, não se trata simplesmente do
conjunto de disciplinas ou do detalhamento de seus conteúdos, nem apenas de grade
curricular. “O currículo não é só isso; é tudo isso em interação com os sujeitos sociais e
históricos que nele projetam seus anseios e interesses e lhe dão vida e significado”. (Ana
Maria Eyng, p.18)
A cultura se apresenta de formas diferentes nas comunidades. A herança cultural
transmitida por elas constrói e fortalece a sociedade humana. Esta mesma herança está
em constante transformação, normas de comportamento ou valores que existiam no
passado, transformaram-se ou são abolidas para a própria transformação da sociedade.
O currículo é a representação desta cultura no cotidiano escolar, o modo pelo qual
se selecionam, classificam, distribuem e avaliam conhecimentos no espaço das
instituições escolares, sendo possível representar e reproduzir a cultura do cotidiano
escolar refletindo ações, conhecimentos e procedimentos, valores e formas de avaliações,
visando assim uma melhor qualidade do processo de ensino e aprendizagem por meio do
desenvolvimento da pesquisa e do trabalho científico, ou seja, “valorizar a importância do
trabalho escolar como elemento necessário ao desenvolvimento cultural, que ocorre para
16o desenvolvimento humano em geral”. (SAVIANI, 1991, p.105)
5.5 Concepção de avaliação
Enquanto processo cíclico, a avaliação deve permear o desenvolvimento do
planejamento do projeto, da sua construção, destacando os momentos de ouvir as
diversas vozes: aluno, professor, comunidade, pais e outros sujeitos envolvidos.
A avaliação deve ser entendida como um processo de ensino pelo qual o professor
estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho com as
finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de ensino aprendizagem dos alunos,
bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valores.
De acordo com Libâneo, 2004 “a avaliação acadêmica ou científica visa à produção
de informações sobre os resultados da aprendizagem escolar em função do
acompanhamento e revisão das políticas educacionais, do sistema escolar e das escolas,
tendo em vista formular indicadores de qualidade dos resultados de ensino”.
A avaliação da aprendizagem orienta a situação didática que envolve o educando e
professor, com a pretensão de servir de base para a reflexão e tomada de consciência
sobre a pratica educativa. A avaliação é também utilizada para uma análise da situação
escolar atual, em função das condições estruturais e educacionais da Escola, bem como
as ações dos professores, participação e envolvimento amplo da sociedade e da
comunidade escolar no ensino que está sendo oferecido.
Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido de avaliação: acompanhar o
desempenho do futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para
superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas.
5.6 Concepção de escola
A escola é, essencialmente, espaço e lugar de ensino aprendizagem. É a
instituição que em seu exercício direto com pessoas em pleno desenvolvimento cognitivo
deve usar meios para ser emancipadora, transformadora e autônoma. O papel da escola
é o de transformar em conhecimento as informações que permeiam o mundo tecnológico
de hoje, pois com esse conhecimento propriamente adquirido o cidadão será capaz de
argumentar e lutar pelos seus direitos que ele saberá bem quais são. Sendo assim a
escola deve ser entendida como um espaço democrático privilegiado da ação educativa,
17que deve propiciar a todos o acesso ao ensino de qualidade e de favorecer a
permanência do aluno.
A escola atual deve estar voltada para atender a diversidade na educação, visto
que sua clientela é oriunda de uma sociedade heterogênea. Ela deve também atender
não somente à aquisição dos saberes científicos, mas concorrer para “o aprimoramento
do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da
autonomia intelectual e do pensamento crítico”. (LDB, Art. III).
5.7 Concepção de Aprendizagem
As exigências de transformação tanto no plano pedagógico quanto no
gerenciamento escolar são consequências inevitáveis em um mundo no qual a rapidez
com que se processam as informações em diversas áreas do saber e o acesso a elas
pelos educandos apontam para a necessidade de novas metodologias coerentes com
esta realidade. O professor é aquele que proporciona meios para que o conhecimento
seja construído em parceria com os seus alunos e as novas tecnologias disponíveis para
a educação escolar. O ensino deve ser estruturado dentro de uma participação dos
diversos agentes que compõem a esfera escolar, vinculando às necessidades de
aprendizagem com base no currículo, nos conhecimentos prévios do aluno e no grupo
social no qual ele está inserido.
O grande desafio da escola é estabelecer uma proposta de
ensino que reconheça e valorize práticas culturais de tais sujeitos
sem perder de vista o conhecimento historicamente produzido, que
constitui o patrimônio de todos. (SEED/PR, 2005).
Segundo Saviani, aprender e ensinar são processos inseparáveis (1995, p. 17).
Este processo se efetiva quando o indivíduo se apropria dos elementos culturais
necessários a sua formação e a sua humanização.
Entende-se então que a conquista do conhecimento se dá na interação do que é
mediado pelo professor e pelo que é apreendido e buscado pelo aluno. Neste processo o
aluno não é um ser passivo mas, responsável por sua aprendizagem. Esta nova relação
de participação e de responsabilidade em parceria exige maior atenção por parte do
profissional docente no que diz respeito às metodologias aplicadas e orientação do aluno
tanto para que este amplie os conhecimentos obtidos pela mediação do professor quanto
18para superação das dificuldades encontradas.
Mulheres e homens, somos os únicos seres que, social e historicamente, nos tornamos capazes de aprender. Por isso, somos os únicos em quem aprender é uma aventura criadora, algo, por isso mesmo, muito mais rico do que repetir a lição dada. Aprender para nós é construir, reconstruir, constatar para mudar, o que não se faz sem a abertura ao risco e à aventura do espírito (FREIRE, 1998, p. 77)
Para tanto, sabe-se da importância de os profissionais da educação buscarem
constantemente maior qualificação profissional. As mais variadas tecnologias estão
presentes na vida pessoal, profissional e escolar das pessoas, dessa forma não é
possível uma aula ser atrativa se é trabalhada ainda com métodos antigos de transmissão
do conteúdo. Por isso, a formação do profissional deve ser contínua, visando adequar
seus conteúdos aos mais variados meios de transmissão de conteúdos, buscando
qualidade de ensino-aprendizagem.
5.8 Concepção de aluno
O sujeito do conhecimento é um todo indissociável. Ele compreende o fator afetivo,
cognitivo e biológico. O querer aprender, o interesse, perpassa tais fatores e busca o
objeto de conhecimento através da ação (ação sobre o objeto e sobre as coordenações
de ações). Aliás, a motivação, o desejo de aprender é que produz a energia para o
desenvolvimento desta ação.
Aprendizagem não significa aprender porque alguém ensina, mas sim um processo
de construção, reconstrução e de tomada de consciência do próprio desenvolvimento por
parte do sujeito. Para Piaget (1983) o processo de conhecimento se constitui na ação. O
autor se refere a uma ação significativa, uma ação que responda às necessidades do
sujeito, sendo ela espontânea.
Assim, não é qualquer ação que leva a avanços no conhecimento, mas sim a ação
significativa, que tem sentido para o sujeito, que o faz pensar sobre o que fez e sobre o
próprio pensamento. Na obra Aprendizagem e Conhecimento (1974), são classificados e
discutidos os diferentes modos de aquisição do conhecimento. O autor chega aos
conceitos de aprendizagem no sentido restrito, aprendizagem no sentido amplo. A partir
de sua perspectiva pode-se entender que o conceito de aprendizagem, para Piaget, é
19muito mais abrangente do que utilizado pelo senso comum. Seu sentido não se restringe
à experiência mediata, mas a une com o processo de equilíbrio. Tais condições remetem
ao desenvolvimento próprio da estrutura cognitiva do sujeito (biológico e intelectual).
Neste sentido, visamos à concepção de aluno para a ESCOLA ESTADUAL
FRANCISCO LECHINOSKI, onde a formação do mesmo se baseia não apenas no mero
sentido de aprendizado, mas na sua amplitude, no sentido maior da colocação. O aluno
que frequenta a referida escola é um aluno que contem uma bagagem de conhecimento
empírico, advindo de seu meio sócio cultural que é o campo.
O sujeito só sente necessidade de compreender o que é interessante para ele. O
que não compreende, não faz sentido algum, não significa nada, não pertence ao seu dia
a dia, e a sua rotina. Isto é, faltam estruturas cognitivas que permitam que o sujeito
estabeleça alguma conexão com o novo. Por isso, é que o processo educacional deve
trabalhar na medida das estruturas já construídas pelo sujeito. O objeto nesta relação tem
por função desequilibrar as estruturas, trazendo uma curiosidade. Sem este objeto que
traz a curiosidade, não haverá transformação possível.
Nesta perspectiva, o aluno do campo espera que a escola seja um local que
possibilite a ampliação dos conhecimentos, onde o professor deve definir estes
conhecimentos empíricos, como ponto de partida, mas nunca como ponto de chegada. A
bagagem de conhecimento adquirido por este aluno deve sempre nortear o ensino
aprendizagem dentro da sala de aula, na escola e mesmo nas relações aluno-aluno,
aluno-professor. O nosso aluno espera que a partir da orientação do professor, da junção
dos conhecimentos empíricos com os conhecimentos científicos, ele seja capaz de criar
alternativas de sobrevivência econômica num mundo de relações capitalistas, focando o
desenvolvimento humano.
A relação professor-aluno “deverá ser democrática, solidária, horizontal, em constante
interação, possibilitando a humanização e conscientização, ajudando-o a se comprometer
no processo de transformação social”.
Gasparin (2002) em sua análise e afirmação do modelo de aprendizagem descrito
por Vigotski e Saviani afirma que:
“A vida nos ensina, por isso aprendemos. A aprendizagem não necessita da escola. A função da escola é fazer-nos desaprender tudo o que aprendemos antes. E no processo de desaprendizagem, reaprendemos tudo novamente sob um novo olhar. Todas as teorias pedagógicas, de certa forma, seguem esse caminho, por isso, o processo didático – aprender, desaprender, reaprender –
20pode ser conduzido também pela pedagogia histórico-crítica, cuja base é o materialismo histórico-dialético. Essa teoria pedagógica trata da apreensão do conhecimento científico-cultural, na escola, através das três fases do método dialético de elaboração do conhecimento que se expressam no processo: prática-teoria-prática. (GASPARIN, 2002)”
Assim, “o ensino deve fomentar, para tanto, a capacitação dos alunos para uma
agir solidário, nos princípios da coordenação e autodeterminação”. Desta forma,
educando e educador, bem como a comunidade em geral podem exercer sua cidadania,
percebendo-se como sujeitos socio-históricos na construção de uma nova sociedade.
5.9 Concepção de Formação Continuada.
Quando se refere à formação continuada, são enfatizados os seguintes aspectos
do profissional: a formação, a profissão, a avaliação e as competências que cabem ao
profissional.
O educador que está sempre em busca de uma formação contínua, bem como a
evolução de suas competências tende a ampliar o seu campo de trabalho.
A Formação Continuada:
“...tem entre outros objetivos, propor novas metodologias e colocar os profissionais a par das discussões teóricas atuais, com a intenção de contribuir para as mudanças que se fazem necessárias para a melhoria da ação pedagógica na escola e consequentemente da educação. É certo que conhecer novas teorias, faz parte do processo de construção profissional, mas não bastam, se estas não possibilitam ao professor relacioná-las com seu conhecimento prático construído no seu dia-a-dia (Nóvoa, 1995; Perrenoud, 2000).
Assim, vemos a formação continuada como uma forma de definir o processo de
formação docente além de sua certificação oficial. E que neste momento, expressa a
intensidade necessária do julgamento de aperfeiçoamento desse profissional. Essa
concepção não abrange apenas o professor, mas também inclui os outros profissionais da
educação, como os diretores, os orientadores educacionais, os supervisores pedagógicos
e os administradores escolares. Apesar de nos atermos aos espaços propiciados
formalmente pelas administrações escolares, sabemos que os professores para
construírem seu ofício, pesquisam auxílios teóricos também em outros espaços.
Hoje, a acepção do desempenho profissional em qualquer área, é uma
21necessidade imposta pelas mudanças de padrões, no avanço tecnológico, nas novas
descobertas científicas e na evolução dos meios de comunicação.
“Não faz mais sentido o profissional pensar que, ao terminar sua formação escolar, estará acabado, formado e pronto para atuar na sua profissão. As exigências, na área educacional, apesar da finalidade diferenciada, são afirmadas pelas entidades e profissionais que buscam a qualidade social entre ao quais nomeamos” (SILVA,2008) .
Sabemos, que a formação não pode ser considerada como o único fator
determinante de uma atuação “boa” ou “ruim” do profissional da educação. Nóvoa (2002,
p. 23) diz que: “O aprender contínuo é essencial se concentra em dois pilares: a própria
pessoa, como agente, e a escola, como lugar de crescimento profissional permanente.”
Para esse estudioso português, a formação continuada se dá de maneira coletiva e
depende da experiência e da reflexão como instrumentos contínuos de análise.
Dentro da concepção da pedagogia histórico critica a formação continuada deve ser
constante.
5.10 Concepção de Gestão
A Equipe gestora de uma escola tem em suas mão a função de gerir o processo
educacional, promovendo o desenvolvimento de futuros cidadãos. A gestão, quando
democrática está centrada em ações que visem alcançar metas na escola, que
oportunizem a eficiência do processo de ensino-aprendizagem concorrendo para a
emancipação humana e social.
Quando as pessoas, participativas de uma gestão democrática, interagem com a
escola, passam a conhecer melhor o papel dela, bem como seus objetivos e
necessidades. Assim, a proximidade entre elas permite uma atuação que, por sua vez,
gera um melhor resultado no processo ensino-aprendizagem.
Para Paulo Freire (2006), não é possível adotar diretrizes pedagógicas de modo
consequente sem que elas orientem a prática, até em seus aspectos mais corriqueiros.
“As qualidades e virtudes são construídas por nós no esforço que nos impomos para
diminuir a distância entre o que dizemos e fazemos”
O gestor democrático da escola deve permitir e propiciar meios para que a
participação de todos se efetive, desenvolvendo conceitos de gestão e apresentando
22situações em que as pessoas possam refletir, buscando melhores alternativas para as
questões da realidade escolar. Neste sentido, as instâncias colegiadas (Grêmio
Estudantil, Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF, Conselho Escolar)
passam a assumir papel relevante na gestão e organização da escola.
Uma liderança democrática articula pessoas, ações, meios, recursos, concepções,
ideias, para que, de forma coletiva, a escola cumpra sua função social, em torno de uma
educação de qualidade, e seja capaz de interagir com todos os segmentos da
comunidade escolar. Com vistas nestes pressupostos, o objetivo é construir uma
educação perceptiva, para que se possa obter o máximo de contribuição e participação
dos membros da comunidade.
6.0 MARCO OPERACIONAL
A escola é vida. É nela que se aprende também a viver, a ser cidadão.
E para que se possa formar cidadãos realmente conscientes parte-se de objetivos
concretos e possíveis, buscando desenvolver a criatividade, a consciência crítica de
direitos e deveres, socialização, participação e comprometimento coletivo, garantindo um
processo metodológico e didático que atenda a real necessidade da comunidade escolar.
Com vistas nestes objetivos que o Projeto Político-Pedagógico desta Escola foi
desenvolvido: contribuir para a formação de seres críticos, participativos, criativos,
independentes e democráticos, favorecendo a reflexão, a criatividade e a troca ampla e
aberta de experiências, através das várias linguagens do ser humano, desenvolvendo um
processo em que os alunos percebam as mudanças em si mesmos e no meio em que
vivem.
As metas aqui propostas se efetivarão em parceria com toda a comunidade escolar
e com o real comprometimento dos profissionais que a elaboraram.
A valorização do trabalho docente, através da realização de grupos de estudo, e
integração entre os professores é também uma estratégia para proporcionar um ambiente
agradável, promover um clima de confiança entre os membros da escola, que consiste na
convocação íntima a respeito da credibilidade, respeito e ética dos companheiros de
trabalho; oferecer-lhes, dentro das possibilidades da escola; melhores condições de
trabalho, tanto materialmente quanto emocionalmente; eliminar divisões e integrar
23esforços: estar atento a situações de tensão e conflitos, a dificuldade de relacionamento
interpessoal e a discordância de ideias, é fundamental para que tais situações não se
transformem em fatores de imobilização ou desvirtuamento de energia. Dessa forma o
trabalho dos profissionais de educação só ganham significado.
Pensando no aprendizado e bem estar dos alunos, a intenção é planejar atividades
criativas em que eles desenvolvam as noções básicas de cada disciplina e também
relacionadas às áreas específicas, despertando o interesse e o prazer da leitura e
pesquisa, proporcionando momentos de alegrias e descobertas no ato de ler, através do
uso da biblioteca com a utilização do laboratório de ciências e laboratório de informática.
A avaliação do aprendizado se dará no decorrer do processo, com no mínimo três
avaliações designadas pelos professores, seguidas de uma recuperação de estudos e
reavaliação, com fins de garantir ao aluno o sucesso na escola.
Os pais serão convidados constantemente para acompanhar o desempenho
escolar de seu filho e também para conhecer o andamento da escola nos âmbitos
administrativos e pedagógicos, bem como para participar de reuniões e dar sugestões
para a gestão. Pensando ainda nos pais e na educação de seus filhos, sabendo que uma
dúvida aflige a todos os pais no que se diz respeito ao educar, serão ministradas
palestras para os pais, focalizando as leis de direitos e deveres dos menores, bem como
o Estatuto da Criança e do Adolescente, para ajudá-los e orientá-los na tarefa de educar.
As Instâncias Colegiadas (Grêmio, Conselho Escolar e APMF) terão possibilidades
reais para sua atuação e participação efetiva na tomada de decisões. A participação
dessas instâncias, inclusive o Grêmio Estudantil, é um passo importante para a
aprendizagem da democracia, sendo assim será estimulada condições para que ele atue,
contribuindo assim para o fortalecimento da identidade do aluno.
7.0 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO – PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico é a construção coletiva da identidade da escola
pública, popular, democrática e de qualidade para todos. O projeto define uma concepção
de homem, sociedade, conhecimento, educação, cultura, cidadania, ensino,
aprendizagem e avaliação articulada à dimensão político-pedagógico de produzir uma
concepção de educação e sociedade democrática.
É um documento presente no cotidiano da escola, que estabelece diretrizes a
24serem seguidas por todos os membros envolvidos no processo de ensino-aprendizagem,
assim sendo, devendo acompanhar e avaliar o cumprimento ou não de ações presentes,
para que este não se torne dissociado da ação, deixando de produzir várias
transformações necessárias a uma prática educacional, que desenvolva no educando a
criatividade e a cidadania esperadas pela sociedade atual.
“É preciso entender o projeto político - pedagógico como um situar-se num
horizonte de possibilidades na caminhada, no cotidiano, imprimindo uma direção que se
deriva de respostas a um feixe de indagações tais como: que educação se quer e que tipo
de cidadão se deseja, para que projeto de sociedade? A direção se fará ao se entender e
propor uma organização que se funda no entendimento compartilhado dos professores,
dos alunos e demais interessados em educação” (ROMÃO & GADOTTI, 1994, P. 42,
apud, PADILHA, 2002, p. 44).
Nesta instituição, Conselho Escolar, APMF, Grêmio Estudantil, bem como a
comunidade escolar e sociedade local podem e devem estar presentes na execução,
acompanhamento e avaliação do Projeto político - pedagógico, para que eventuais falhas
sejam verificadas e novas estratégias sejam elaboradas e desenvolvidas durante o
processo, buscando eficácia em sua implantação com resultados positivos.
8.0 MATRIZ CURRICULAR
Estabelecimento: Escola Estadual Francisco Lechinoski
Ensino Fundamental – 5ª a 8ª séries
Entidade Mantedora: Governo do Estado do Paraná
Município: Quitandinha
Estado: Paraná
Núcleo Regional de Educação – Área Metropolitana Sul
Turno: Diurno
Módulo: 40
Carga Horária: 3960 H/A
Hora Relógio: 3.300
25MATRIZ CURRICULAR
DISCIPLINA 5ª 6ª 7ª 8ªArtes 2 2 2 2Ciências 3 3 3 3Educação Física 3 3 3 3Ensino Religioso *1 *1 - -Geografia 3 3 4 3História 3 3 3 4Língua Portuguesa 4 4 4 4Matemática 4 4 4 4Sub – total 22 22 23 23L.E.M. Inglês 2 2 2 2Sub – total 2 2 2 2Total Geral 24 24 25 25
9.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro. Editora Paz e Terra.
Pilares da Educação: Fazer, Conhecer, Conviver, Ser.
SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia: Polêmicas do Nosso Tempo. 3ª
edição. São Paulo.
DALMAS, Ângelo. Planejamento Participativo na Escola. Editoras Vozes. ...,
LDB: Lei de Diretrizes e Bases
VEIGA, Ilma. Passos Alencar. Escola: espaço do Projeto Político-Pedagógico.
Papirus Editora, 1999.
EYNG, Ana Maria. Currículo Escolar – Curitiba: IBPEX, 2007.
LIBANEO, José Carlos
LIMA, Marcia Regina Canhoto de. Paulo Freire e a Administração escolar: a
busca de um sentido. Brasília: Liber Livro Editora,2007
26
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ARTE
PROFª JULIANE MARIA SCHULIS
271. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE ARTE
A disciplina de Arte tem um papel fundamental no espaço escolar, atribuir
valor a disciplina no que se refere a construção de significados e produção do
conhecimento e entendimento. Fazendo da disciplina de Arte um fator contribuidor e
possibilitador da ampliação do conhecimento dos educandos e sua construção histórica
individual como ser participante de um povo, criando nele a ideia de pertencimento e
reconhecimento com seus semelhantes.
Desta forma o ensino de Arte mostra-se um valioso instrumento para que o
educando se localize dentro do mundo, expressando seus pensamentos e sentimentos
através de suas produções artísticas e conhecendo aspectos de outras culturas que não a
que estão inseridos, através do estudo e apreciações de obras de arte.
Segundo as Dce`s ainda são necessárias reflexões e ações que permitam a
compreensão da arte como campo do conhecimento, de modo que não seja reduzida a
um meio de comunicação para destacar dons inatos ou a prática de entretenimento e
terapia. Assim, o ensino de arte deixará de ser coadjuvante no sistema educacional para
se ocupar também do desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída
historicamente e em constante transformação.
O conhecimento em arte acontece por meio de inter-relação de saberes,
entende-se que ao se apropriar de elementos que compõem o conhecimento estético,
seja pela experimentação, seja pela análise estética das diferentes manifestações
artísticas, o aluno se torna capaz de refletir a respeito dessa produção e dos
conhecimentos que envolvem esse fazer. Essa inter-relação de saberes refere-se nas
diferentes linguagens (música – dança – artes visuais e teatro), processo que se dará
sabendo-se, porém, que cada uma das linguagens possuem elementos estéticos
específicos. Tal abordagem favorecerá a superação de práticas que tratavam destes
conceitos de forma fragmentada, passando a agregar novos significados aos mesmos.
Cabe ao professor escolher os modos e os recursos didáticos adequados para
apresentar as informações, observando sempre a necessidade de introduzir formas
artísticas, por que ensinar arte com arte é o caminho mais eficaz. O aluno, em situação de
aprendizagem precisa ser convidado a se exercitar nas práticas de aprender a ver,
observar, ouvir, atuar, tocar e refletir sobre elas.
28É papel da escola incluir as informações sobre a Arte produzida nos âmbitos
regional, nacional e internacional, compreendendo criticamente também aquelas
introduzidas pelas mídias para democratizar o conhecimento e ampliar as possibilidades
de participação social do aluno.
O aluno pode observar que os trabalhos artísticos envolvem a aquisição de
códigos e habilidades que passa a querer dominar para incorporar em seus trabalhos.
Muitos trabalhos de arte expressam questões humanas fundamentais: falam de
problemas sociais e políticos, de relações humanas, de sonhos,medos, perguntas e
inquietações de artistas,documentam fatos históricos,manifestações culturais particulares
e assim por diante.
A aprendizagem em Arte acompanha o processo de desenvolvimento geral da
criança e do jovem que observa que sua participação nas atividades do cotidiano social
está envolta na regularidade, acordos e leis que reconhece na dinâmica social da
comunidade à qual pertence, pelo fato de se perceber como parte constitutiva dessa.
A partir desses apontamentos a disciplina de Arte apresenta-se como
componente curricular responsável para oportunizar ao aluno o acesso sistematizado aos
conhecimentos em Arte, por meio das diferentes linguagens artísticas.
2. OBJETIVO GERAL
Utilizar o ensino da arte, para desenvolver nos alunos seus conhecimentos nas
diferentes linguagens artísticas, produzir individual e coletivamente, apreciar e valorizar a
arte em suas diversas épocas, povos e culturas, produzidas ao longo da história e na
contemporaneidade.
3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
A disciplina de Arte do Ensino Fundamental contempla as linguagens das Artes
visuais, Dança, Música e Teatro, cujos conteúdos estruturantes estão articulados entre si,
compreendem aspectos significativos do objetivo de estudo e possibilitam a organização
dos conteúdos específicos.
Os conteúdos estruturantes da disciplina de Artes para o Ensino
29Fundamental são:
• Elementos formais
• Composição
• Movimentos e Períodos
As quatro séries do Ensino Fundamental contemplarão os seguintes conteúdos
estruturantes;elementos formais, composição, movimentos e períodos artísticas em
(Música, Teatro, Dança e Artes visuais).
4. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª SÉRIE
ARTES VISUAIS
• Arte com papel; recorte de papel, estudo das cores, forma,
figurativa/abstrata, trançado com papéis rendados, origami- bidimensional e
tridimensional, artistas: Henri Matisse e Lygia Clarck.
• Arte do desenho (linha e classificação, ponto (pontilhismo), textura tátil e
gráfica, volume, cor e luz. Retrato e auto-retrato, reconhecendo artistas.
• Arte e geometria (O triângulo como expressão, identificação de formas
geométricas nas obras e épocas de diversos artistas, simetria e assimetria, malhas
geométricas, tangram.).
• Etnografismo (Pré História-arte rupestre, cores na arte primitiva, arte
indígena, Grafismo indígena, Grafismo nas ruas).
• Arte Greco-Romana (escultura,mosaico e pintura)
MÚSICA
• História da música ( Ocidental)
• Música popular( Folclore)
• Altura,duração e timbre
• Elementos constitutivos da música ( Ritmo, melodia e improvisação).
DANÇA
• História da dança ( Pré- História)
• Danças populares ( Folclórica)
30• Dança clássica.
• Técnica e improvisação
• Ritmo
• Movimento corporal
• Coreografia
TEATRO
• História do teatro ( Greco - Romana)
• Personagem: expressão: corporal, facial, vocal e gestual.
• Técnicas; jogos teatrais,improvisação, teatro direto e indireto,máscaras.
• Gênero; tragédia,comédia e circo
• Enredo,roteiro,espaço cênico e adereços.
6ª SÉRIE
ARTES VISUAIS
• Estilo de moradias (Pré – história a atual, sua região, maquetes, relação com
obras de outros artistas).
• Tridimensional,figura-fundo e abstrata.
• Ponto, linha,forma,textura,superfície.
• Renascimento: Perspectiva e proporção.
• Barroco: Cor, volume e luz.
• Patrimônios culturais – cidades históricas (São Luiz do Maranhão, Olinda,
Pelourinho e Lapa).
• Arte Brasileira e Paranaense.
• Arte Popular.
TEATRO
• História do teatro ( Teatro Popular)
• Técnicas: Jogos teatrais e dramático, mímica, improvisação.
• Representação; leitura dramática e cenografia
• Personagem: expressões corporais,vocais, gestuais e faciais.
MÚSICA
• História da música
31• Música popular e étnica ( ocidental e oriental)
• Ritmo, melodia e escalas
• Gêneros: Folclórico,indígena e popular.
• Técnicas: Vocal,instrumental e improvisação.
DANÇA
• História da dança
• Dança popular
• Brasileira/ Paranaense
• Coreografia
• Performance
• Movimento Corporal
• Niveis (alto médio e baixo), formação direção.
• Gêneros: Folclórico,étnico e popular
7ª SÉRIE
ARTES VISUAIS
• Máscaras (confecção, origem, ritual indígena, ilha de páscoa, esculturas-
bidimensional e tridimensional)
• Cor (Natureza da cor, círculo das cores, composições cromáticas, cor e
sensação, escala cromática – Arte Contemporânea )
• Linha,forma,textura,superfície,volume e luz.
• Semelhanças, contrastes,ritmo visual (técnicas;desenho,e fotografia)
• Arte no século xx.
TEATRO
• Personagem: Expressão corporal, vocal, gestual e facial.
• Criação e construção de personagens
• Texto dramático
• Roteiro e Maquiagem
• Industria cultural e expressionismo
• Técnicas; jogos teatrais, sombra e adaptação cênica.
DANÇA
32• Improvisação
• Coreografia
• Movimento corporal
• Registro coreográfico ( Hip Hop)
• Performance
• Dança em outros meios e manifestações artísticos -dança moderna.
MÚSICA
• Composição e improvisação
• Ritmo, melodia e harmonia
• Paródia
• Relação entre criação e função
• Técnicas;vocal,instrumental e mista
• Músicas em outros meios e manifestações artísticas ( rock, eletrônica-
Indústria cultural).
8ª SÉRIE
ARTES VISUAIS
• Linha,forma,textura,superfície,volume,cor e luz
• Bidimensional, tridimensional,figura-fundo,ritmo visual
• Técnicas; Pintura,grafitte,performance
• Gêneros; Paisagem urbana e cenas do cotidiano
• Realismo, Hip Hop, Muralismo e arte Latino Americana
TEATRO
• Teatro do oprimido
• Personagem: Expressão corporal, vocal, gestual e facial.
• Técnicas;Jogos teatrais,Monólogo e ensaio
• Roteiro
• Enredo
• Figurino
• Criação e construção de personagens.
DANÇA
• Improvisação
33• Coreografia e deslocamento
• Movimento corporal, tempo e espaço.
• Performance
• Dança em outros meios e manifestações artísticos (Dança Contemporânea
e Dança Moderna)
MÚSICA
• Música engajada
• Música popular brasileira
• Ritmo, melodia e harmonia.
• Duração, altura e intensidade.
• Técnicas; vocal, instrumental e mista
Os conteúdos sobre cultura Africano e Afro - Brasileira, História do Paraná,
Meio Ambiente, serão trabalhados no decorrer do ano letivo, em todas as séries do ensino
fundamental.
CULTURA AFRICANA E AFRO BRASILEIRA (Lei no 11645/08)
• A presença de elementos e rituais das culturas de matriz Africana nas
manifestações populares brasileiras: congada, samba de roda, maracatu e coco.
• A cultura Africana e Afro-Brasileira e as artes plásticas: máscaras,
esculturas, tecelagem e pintura corporal.
• Artistas plásticos como mestre Didi (Bahia-Brasil) e a presença e influência
da arte Africana nas obras de artistas contemporâneas.
HISTÓRIA DO PARANÁ ( Lei 13.381/01)
• Folclore Paranaense (usos e costumes, lendas e mitos, fandango, boi- de-
mamão).
• A arte do Paraná.
• Artistas Paranaense.
MEIO AMBIENTE (LEI 9.795/99)
• Conscientização e preservação do meio-ambiente.
• Artista: frans Krajceberg
• Aquecimento global
5. METODOLOGIA
34
A complexidade do atual contexto, profundamente marcado pelo processo de
mundialização da cultura e da globalização, exige que a disciplina de Arte propicie ao
aluno oportunidades de leituras das diferentes culturas, superando preconceitos e
valorizando a riqueza da diversidade. Com isso surge a necessidade de o professor estar
fundamentado teoricamente para mediar o processo de construção desse conhecimento.
Mais que isso, é imprescindível relembrar diariamente que as aulas de Arte – na interação
entre professor, alunos e conhecimento - precisam explicitar o compromisso de favorecer
a democratização da produção cultural. Para muitos, a escola constitui-se no único
espaço educativo, em que há a oportunidade de conhecer e compreender os diferentes
processos que culminam nas manifestações estéticas. Portanto, é na democratização da
produção cultural e dos saberes que as constituem que precisam estar pautadas as
diferentes situações de aprendizagem.
Neste sentido, o valor educativo de Arte no Ensino Fundamental se destaca, na
medida em que se reconhece este componente curricular como imprescindível na
formação do indivíduo e para o exercício da vida cidadã. Os saberes que decorrem deste
objeto permitem que Arte seja entendida como um conjunto de linguagens (música, teatro,
dança e artes visuais), cada uma com seus elementos e códigos.
Toda linguagem artística possui um sistema organizado de signos que
possibilita a comunicação e interação. Estes sistemas são estruturados segundo que cada
cultura constrói, a partir de sistema de signos particulares. Portanto, para que haja
comunicação, a primeira condição é o domínio de determinados códigos. Assim, ensinar
artes não é simplesmente apresentar certos elementos da linguagem visual, musical ou
cênica, relacionar características artísticas com seus respectivos autores ou conhecer
uma história da arte dita universal. É preciso mais. Para que a informação se transforme
em conhecimento, é necessário interpretar e questionar diferentes representações
culturais, analisando os processos de criação e execução dessas produções, pois uma
aprendizagem se nutre da investigação, do diálogo, e do olhar do outro. Nesse propósito,
Japiassu (2001:24) confirma a necessidade de apropriação pelo aluno das linguagens
artísticas – instrumento poderoso de comunicação, leitura e compreensão da realidade
humana. O objetivo das artes nessa concepção não é a formação de artista, mas o
domínio a fluência e a compreensão estética dessas complexas formas humanas de
35expressão que movimentam processos afetivos, cognitivos e psicomotores.
Na articulação entre indivíduo e sociedade, o desenvolvimento da noção de
cidadania passa necessariamente, por uma identidade que reconhece e se reconhece
através do diálogo com a produção cultural regional, nacional e mundial. Para que esse
conhecimento seja de fato significativo, é preciso que o fazer pedagógico do professor de
Artes, por meio dos conteúdos possibilite aos alunos estabelecer as inter-relações entre
os conhecimentos adquiridos e a diversidade cultural, de forma que esses saberes se
tornem carregados de sentido. Lembrando que é a partir da reflexão sobre a diversidade
cultural e à manifestações culturais que dela decorrem que o ensino de Artes e da
educação em geral poderá produzir sentidos e significados transformadores.
A disciplina de Arte compreendida como produção, expressa as relações desta
com a cultura por meio das manifestações materiais e imateriais. Esta manifestação
cultural, produto de diferentes grupos sociais, detentora de códigos e sentidos específicos
e múltiplos compartilhadas por indivíduos de determinados grupos. Neste enfoque, o
papel da Arte na educação é propiciar uma aproximação de uma reflexão sobre a
diversidade de manifestações culturais, ou seja, desvelar o que foi produzido pelo homem
para dar significado às suas ações e ao mundo que o rodeia e o envolve. Para tanto, a
capacidade de lidar com códigos de diferentes culturas possibilitarão a articulação dos
valores dita universais com as especificidades culturais.
Em relação ao segundo segmento do Ensino Fundamental (5ª a 8ª série), o
ensino da Arte toma dimensão de aprofundamento na exploração das linguagens
artísticas, no reconhecimento dos conceitos e elementos comuns presentes nas diversas
manifestações culturais. Nesse sentido, deve ser considerados para cada linguagem
artística um conjunto de elementos que, ao serem apropriados pelos alunos, possibilitam
a compreensão e o estabelecimento de inter-relações com os signos presentes nas
diferentes produções artísticas.
Essa articulação poderá se efetivar na medida em que o planejamento do
professor, seguindo sua implementação em sala de aula, eleja a partir da linguagem de
sua formação, os principais elementos a serem tratados nas aulas de Arte. No entanto é
imprescindível que se estabeleçam relações com os elementos específicos da demais
linguagens. Ao propor o estudo de uma manifestação artística de dança folclórica, por
exemplo, o professor ampliará as possibilidades de análise desta, a partir do pressuposto
36que esta se constitui numa produção cultural, isto é produto de uma cultura, de um
determinado contexto histórico. Expressa, portanto, elementos que identificam
determinada sociedade quanto a apropriação de movimentos do fazer cotidiano e de sua
estilização, como elemento de socialização e de preservação de um referencial de
identidade. Pode-se analisar ainda a música, instrumentos utilizados, ritmo, a composição
da vestimenta e alegorias, dentre outros.
A partir da linguagem musical, de uma partitura, o professor poderá iniciar com
o aluno a compreensão de todo processo que antecede a composição de uma música. O
que é uma partitura? Que elementos a compõem? Quando e como os seus signos foram
sistematizados, convencionados mundialmente? É possível identificar os instrumentos
propostos para a sua execução? O ritmo pode ser identificado a partir da partitura?
Como? Depois dessas indagações, ouvir música com os alunos, terá, com certeza, um
outro sentido. Ela será compreendida como produção cultural e como linguagem. Existe
ainda, a possibilidade de criar com os alunos convenções diversas e produzir, com esses
novos signos, novas partituras, refletindo durante todo o processo a respeito das
possibilidades de variação, da experimentação de sons e instrumentos; pesquisar de que
formas outras culturas se comunicam por meio da música. Também é possível realizar as
explorações sonoras com objetos presentes na sala de aula, em casa e na rua. Vários
trabalhos de arte contemporânea exploram elementos do cotidiano: roupas, imagens e
sons.
Em relação à linguagem teatral, a sua estética comporta, por exemplo, discutir
a partir de um monólogo, os conceitos sobre o único e o múltiplo, o singular e o plural.
Esta abordagem abre a possibilidade do aluno analisar em que medida as singularidades
estão presentes num trabalho em grupo; de que formas são agregadas; como se constitui
a produção cultural explícita no monólogo.
Ao tratar da cor, a partir de determinado produto artístico, o trabalho do
professor não estará limitada a identificação das cores quentes ou frias, ou do tipo de
pincelada pelos alunos. O tratamento destes conteúdos deverá propiciar reflexões a
respeito dos aspectos culturais que envolvem o artefato: sua época, valores e
significações relacionadas com a cor, tamanha e forma. Da mesma forma, os saberes
discentes sobre a cor devem se relacionar com o objeto de discussão para que o aluno
possa ampliar determinados conceitos, aplicando-os em outras situações da vida
37cotidiana.
Estes exemplos têm o propósito de afirmar que o ensino de Arte, a partir das
orientações explícitas nas diretrizes, exige uma prática investigativa de professores e
alunos diante do processo de produção artística nas diferentes linguagens, fazendo o uso
de imagens, retroprojetor, informática, rádio, televisão e DVD.
Por outro lado, o nível de aprofundamento dos conteúdos se dará a partir das
demandas que surgirem no processo de ensino aprendizagem.
A prática artística – o trabalho criador – é expressão privilegiada, é o exercício
da imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola apresenta para
desenvolver esta prática, ela é fundamental, pois a arte não pode ser apreendida somente
de forma abstrata. De fato, o processo de produção do aluno acontece quando ele
interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza seus sentidos.
Teorizar, sentir, perceber e trabalho artístico são importantes porque sendo
interdependentes, permitem que as aulas sejam planejadas com recursos e
características específicos.
O encaminhamento do trabalho pode ser escolhido pelo professor, entretanto,
interessa que o aluno realize trabalhos referentes à percepção e apropriação, à teorização
e ao trabalho artístico.
Cumpre lembrar ainda que as aulas de Artes não têm o propósito de formar
músicos, artistas plásticos, atores ou bailarinos, muitos menos destacar os alunos
talentosos em detrimento dos demais. O seu objetivo é favorecer a apropriação do
conhecimento estético pelos alunos, a partir dos quais tenham autonomia para ampliá-los
no contínuo e complexo processo de estar no mundo.
Confere ao professor a compreensão dos elementos estéticos das linguagens
artísticas-1. Artes Visuais – linhas, cores, formas, texturas, volume e luz; 2.. Música -
altura, timbre, intensidade,duração e densidade; 3 . Teatro – personagem, ação e espaço;
4. Dança – movimento corporal, tempo e espaço. Cujos elementos, tem o propósito o
professor no planejamento dos conteúdos. No entanto para corresponder ao proposto por
este documento, é necessário que o professor tenha como referência a concepção e os
pressupostos (Arte como produção cultural e Arte como linguagem).
Ao estabelecer as relações entre Arte, cultura e linguagem, na formulação de
pressupostos para a Disciplina, entende-se que o planejamento deve ser um instrumento
38continuamente repensado pelo professor e o trabalho interdisciplinar e multidisciplinar
com as diversas áreas do conhecimento, para que este possa se organizar, orientar e
promover a ação educativa, de acordo com a demanda existente.
6. AVALIAÇÃO
De acordo com Pillotto (2001, p.131), o papel da avaliação na disciplina de Arte
é complexo, difícil e amplo, é um momento especial que envolve diversos fatores e tem
muitos objetivos.
Segundo Fusari e Ferraz (1999, p.121) a avaliação das atividades artísticas
tem sido polemizada pelas complexidades que envolvem, principalmente quando se
refere ao estabelecimento de critérios, à expressão de julgamentos sobre a produção
estética e expressiva.
A ideia dos autores, manifesta uma preocupação que a tempos é questionada
por todos os professores desta disciplina, pois a avaliação de Artes tem sido na história
da educação brasileira uma constante preocupação que norteia a Metodologia de Ensino.
Refletir a avaliação em Arte significa repensar todo o processo e atitude praticados em
sala de aula.
Pillotto (2001, p.131) ressalta ainda que “a Arte na escola deixa de ser
concebida como uma atividade educativa e pode ser ensinada, pois gera conhecimento, é
cultura, possui filosofia, metodologia específica e conteúdo”. Assim, passa a ser uma
disciplina que possibilita a observação da arte por todos, mas para que isto aconteça o
professor deve estar preparado, deve saber onde deseja chegar, qual é o objeto de sua
avaliação, os parâmetros que está estabelecendo.
Para o autor, nesta perspectiva verifica a construção do conhecimento em Arte,
com suas diferentes e múltiplas dimensões, tornando-se mais significativa e desafiadora
quando se pensa sobre o processo de avaliação em arte, que não é um ato neutro, tem
suas implicações pedagógicas, sociais e políticas.
Os autores referidos mencionam a preocupação com uma possível
descaracterização do verdadeiro sentido da ação avaliativa. De acordo com estes
autores, inúmeros educadores sugerem uma discussão constante sobre a avaliação
39porém, precisamos compreender que nossas ações avaliativas devem estar em harmonia
com as novas concepções de aprendizagem.
Entendemos que no fazer artístico o homem se expressa, realiza e se
encontra, porque a Arte satisfaz a necessidade, abrindo caminhos para que esse homem
tenha acesso à produção, ao domínio dos instrumentos, à descoberta dos códigos, que
orientam processos para a avaliação, pois, segundo Pillotto (2001, p.131), “o homem é
ser criador e a arte sua criação”.
Percebemos a preocupação dos autores que acreditam no potencial de cada
aluno, de cada um dos professores, de cada um dos demais envolvidos no processo
educacional, tendo a clareza de que as mudanças escolares são também decorrentes do
compromisso e da intenção destes atores e não apenas do cumprimento da legislação ou
dos regimentos escolares, da função que cada um destes agentes exerce na instituição
escolar para que o conhecimento de Artes seja satisfatório e torne-se um aprendizado
para a vida.
Assim, a postura faz com que o professor comprometido com o ensino da Arte
perceba melhor o lugar, o momento, o que existe, o que se faz, como se faz, onde se
deseja chegar e os resultados destas ações, e reflita sobre algumas questões como o que
e porque avaliar em Arte; qual o entendimento sobre o real papel da avaliação como fonte
de informação, para saber como o professor está mediando o conhecimento ao aluno.
Segundo a proposta das Diretrizes Curriculares DCE, a avaliação é diagnóstica
e processual. É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e
avaliar os alunos. É processual por pertencer a todos os momentos da prática
pedagógica. Inclui a avaliação do professor, da classe, sobre o desenvolvimento das
aulas e a auto-avaliação do aluno.
Para Pillotto (2001, p.133), “a avaliação diagnóstica é um processo de
construção permanente, favorece uma perspectiva de investigação e questionamentos
sobre as ações realizadas. Avaliar o que fazemos e o que os alunos fazem nas aulas de
arte não implica somente somar e dividir notas”. É um amplo e complexo de identificação
de mudanças, de evolução, de conseguir perceber a sutileza dos conhecimentos que o
aluno passou a dominar e consegue manifestar. Para isso, o professor precisa estar
atento a essas atitudes e preparado para sua função com compromisso.
40De acordo com a LDB (nº 9394/96, art. 24, inciso V) a avaliação é contínua e
cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos e dos
resultados ao longo do período. Na Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de
Educação (capítulo I, art. 8º), a avaliação almeja “o desenvolvimento formativo e cultural
do aluno” e deve “levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno
e sua participação nas atividades realizadas”.
Para Fusari e Ferraz (1999, p.123) o ato avaliativo, com referência ao ensino e
aprendizagem de arte, não pode ser uma simples mensuração de produtos finalizados.
Isso porque nem sempre o resultado de um trabalho em arte reflete os procedimentos e
as motivações presentes em seu surgimento, pois de acordo com Feldman citado pelas
autoras, “o valor de uma experiência não se torna subitamente visível no final”. Este autor
define avaliação como um processo de verificação do que e como o aluno pratica
elaborações artísticas e estéticas sobre o mundo, ressaltando que ele está aprendendo
desde o início do trabalho pedagógico. O autor ressalta ainda que compete ao professor
reconhecer o caráter deste aprendizado e avaliá-lo.
De acordo com a DCE a avaliação inclui observação e registro do processo de
aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos em suas criações.
Portanto, conclui-se a importância de valorizar o processo do fazer artístico
mais do que o produto obtido e o acompanhamento da aprendizagem no percurso e no
final do período letivo, por meio de diversas atividades artísticas (pesquisas bibliográficas
e de campo, trabalhos artísticos individuais e em grupo, seminários, provas teóricas e
práticas, e registro em forma de relatórios, releitura e leitura de imagens, apresentações,
gráficos, portfolio, áudio visual e outros).Em caso de trabalhos com “peso”, notas alguns
critérios que podem ajudar o professor a organizar o sistema de avaliação como a
originalidade, a criatividade, a técnica e a própria pesquisa de materiais.
7. REFERÊNCIAS
Diretrizes curriculares Estaduais Arte e Artes. Seed, Imprensa Oficial do Paraná ,
Curitiba, 2008
BARBOSA, A.M.B. A Imagem no Ensino da Arte: anos 80 e novos tempos. São Paulo:
41Perspectiva, 1996.
OSTROWER, Fayga. Universo da arte . Rio de Janeiro: Campus, 1983.]
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau.
Curriculo Básico para escola pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1992.
VELLO, Valdemar. Pranchas de Linguagem Visual : 5ª a 8ª série do Ensino
Fundamental. Curitiba:Editora Scipione, 2001.
FUSARI, Maria F. de Rezende; FERRAZ, Maria Heloisa C. de T., Metodologia do
Ensino de Arte. São Paulo: Cortez, 1999.
Lei n.° 10.639, de 9 janeiro de 2003. Inserção dos conteúdos de Historia e Cultura
Afro –Brasileira nos Currículos Escolares.
PILLOTTO, Silvia Sell Duarte, SCHRAMM, Marilene de Lima Korting. Reflexões sobre o
Ensino das Artes. Joinville: Univille, 2001.
42
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
CIÊNCIAS
PROFº MAURICIO CORRÊA
431. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Ao se pensar em ciências como construção humana numa perspectiva
histórica, é fundamental considerar a evolução do pensamento do ser humano, pois é a
partir dele que a história da ciência se constrói.
O pressuposto básico para a compreensão do processo de construção do
conhecimento científico é entender a essencialidade ou o conteúdo da sociedade, que se
expressa sob formas diferentes em diversos modos de produção, buscando um
referencial de partida do processo de ensino aprendizagem nesta perspectiva não será a
escola, nem a sala de aula de aula, mas a realidade social.
A ciência, além de um acervo de conhecimentos continuamente confirmados,
retificados e, por vezes, completamente superados, também constitui um modo de
pensar, de chegar conclusões coerentes a partir de premissas, de questionar
preconceitos, de estimular o equilíbrio entre novas idéias e as já estabelecidas, com
leitura crítica das transformações direcionadas pelo homem sobre o meio ambiente
condição para uma análise articulada dos conteúdos, com compreensão da realidade
onde: homem relaciona-se com homem e natureza.
Como qualquer investigador, para fazer suas descobertas o aluno utiliza uma
base conceitual prévia. Dessa forma, na construção de seu conhecimento, ao ser
colocado diante de desafios e problemas, busca resolvê-los com seus próprios
conhecimentos e modelos, assim ele sempre poderá encontrar uma explicação para a
questão, mesmo que ela pareça incoerente para o professor.
2. OBJETIVO GERAL
A disciplina de Ciências visa ensinar os conteúdos da área de Ciências
Naturais no Ensino Fundamental com o objetivo de explicitar as necessidades que
levaram o homem a compreender e apropriar-se das leis que movimenta, produzem e
regem os fenômenos naturais.
O conhecimento da história da ciência propicia ao ensinar e aprender ciências,
uma visão dessa evolução ao apresentar seus limites e possibilidades temporais, e
principalmente ao relacionar essa história com as práticas sociais as quais está
44diretamente vinculada.
O saber sistematizado e elaborado cujo objetivo é a transformação da
sociedade e não uma abordagem de conteúdos desvinculados de questionamentos
sociais, econômicos, políticos e éticos.
Nesse sentido, a compreensão da relação existente entre a ciência e a
tecnologia e a sociedade é fundamental para essa tomada de consciência, permite ao
aluno posicionar-se e estabelecer relações entre o conhecimento historicamente
produzido e os novos conhecimentos, proporcionando um ambiente favorável a uma
abordagem articulada. O aluno como sujeito histórico e parte integrante de um meio
político, social, econômico, cultural, ambiental, ético, histórico e religioso, estabelecendo
relações direta ou indiretamente no contexto social.
3. CONTEÚDOS
5ª Série
Conteúdos Estruturantes: corpo humano e saúde
Conteúdos Básicos: ambiente matéria e energia-tecnologia.
Conteúdos Específicos:
7. Sistema sol
8. Estrelas
9. Planeta terra e origem
10. Planetas e satélites
11. Pesquisa das características biológicas dos diversos povos
12. Via Láctea constelação
13. O Big – Bang
14. Os envoltórios da terra Origem da vida
15. A biosfera
16. Ecossistema
17. Equilíbrio ecológico
18. Cadeia alimentar
19. Produtores e consumidores
20. Os relacionamentos entre os seres vivos
4521. Predatismo
22. Parasitismo
23. Mutualismo e proto-cooperação
24. Comensalismo e inquilismo
25. Sociedade e colônia
26. Solo, rocha
27. Tipos de solo e rocha
28. Utilização e preparação do solo
29. Solo e agricultura
30. Agentes de transformação, preservação do solo
31. Composição da água
32. Ciclo da água
33. Propriedades físicas e químicas da água
34. Doenças e preservação
35. Ar no ecossistema
36. Ciclo do ar
37. Meteorologia
38. Poluição do ar
39. Pesquisa das características biológicas dos diversos povos
6ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes: Corpo Humano e Saúde
Conteúdo Básico: ambiente- matéria e energia-tecnologia.
Conteúdos Específicos:
• Os seres vivos e o ecossistema
• Classificação e nomenclatura dos seres vivos
• Os vírus
• Os seres unicelulares
• Os fungos
• O reino animal
• Crescimento e desenvolvimento
• Constituição e movimento
46• Os poríferos
• Os cnidários
• Os platelmintos
• Filo platelmintos
• Os moluscos
• Os anelídeos
• Artrópodes I – os insetos
• Artrópodes II – aracnídeos, crustáceos, diplópodes e quilópodes.
• Os equinodermos
• Os peixes
• Os anfíbios
• Os répteis
• As aves
• Os mamíferos
• Os grandes grupos de plantas
• Preservação e extinção
• A importância para o meio ambiente
• As plantas em extinção
• Biodiversidade
• O grande grupo de plantas, talófitos, briófitas, pterdófitas e fanerógamas.
• Morfologia e funções
• Pesquisa das características biológicas dos diversos povos
7ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes: Corpo Humano e Saúde
Conteúdo Básico: ambiente- matéria e energia-tecnologia.
Conteúdos Específicos:
• Estrutura e funções do Organismo humano
• Os seres humanos e o meio ambiente
• Relações entre a espécie humana e os seres vivos
47• Corpo humano por dentro e fora
• As células e suas descobertas
• Os tecidos do corpo humano
• O aparelho locomotor
• O sistema sensorial e a saúde
• Os alimentos
• A digestão
• O sistema respiratório
• A circulação
• A reprodução humana
• Noções de genética
• Coordenações das funções
• Os tecidos do corpo humano
• Relações do ser humano com o ecossistema
• Sistema muscular
• Traumatismo do aparelho locomotor e reeducação postural
• Importância de exercícios físicos
• O sistema sensorial; visão, audição, fonação, olfato, gustação e tato.
• Nutrição do organismo humano
• Classificação, conservação dos alimentos.
• Sistema respiratório
• Conservação das espécies
• Reprodução humana
• Doenças sexualmente transmissíveis
• Noções de genética
• Coordenação das funções
• Pesquisa das características biológicas dos diversos povos.
8ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes: Corpo Humano e Saúde
48Conteúdo Básico: ambiente- matéria e energia-tecnologia.
Conteúdos Específicos:
• Estados físicos da matéria e mudanças de estados físicos
• História e representação do átomo
• A classificação dos elementos químicos
• As representações químicas das substancias
• As reações químicas
• Ácidos e bases
• Óxidos e sais
• As leis da química
• Princípio da dinâmica ou segundo Lei de Newton
• Princípio da ação e reação ou Terceira Lei de Newton
• A química e o meio ambiente
• Nomenclatura, classificação e propriedades dos ácidos, bases, sais e
óxidos.
• A introdução aos estudos dos movimentos
• Os movimentos variados
• As forças e as leis do movimento
• A lei da gravitação universal
• Força de atrito, trabalho, potencia e energia.
• Maquinas simples
• Calor e temperatura
• Calor: fontes, propagação e efeitos.
• As ondas e o som
• A luz e outras ondas eletromagnéticas
• Espelhos e lentes
• Magnetismo
• Energia e suas formas de apresentação
• Meios de propagação da luz
• Dilatação dos corpos
• Energia luminosa
• Fenômenos ópticos
49• Pesquisa das características biológicas dos diversos povos
4. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O Ensino de Ciências deverá ser um meio para que tanto aluno quanto
professor compreenda criticamente as inter-relações, fenômenos e objetos da ciência.
Os conteúdos selecionados e a forma de exposição deverão possibilitar ao
aluno uma leitura e compreensão da totalidade em um trabalho crítico que possa levá-lo a
levantar questionamentos e discussões sobre a prática global dentro da sociedade. O
aluno deverá analisar de modo crítico fatos e situações ambientais, reconhecendo as
necessidades para ser agente de transformação, para garantir um ambiente de uma boa
qualidade.
O Estudo de Ciências permitirá aos alunos estabelecer relações entre o
mundo natural e o mundo construído pelo homem, tecnologia e a sociedade, fornecendo
orientação na tomada de decisões com agente transformador.
Os procedimentos dentro das Ciências Naturais corresponderão a observação,
experimentação, comparação, elaboração de hipóteses, suposições, debates orais,
estabelecendo relações entre fatos ou fenômenos e ideias, leitura e escrita de textos
informativos, pesquisas bibliográficas, organizações de informações através de desenhos,
tabelas, gráficos, elaboração de perguntas.
Serão enfatizados os trabalhos de pesquisa ilustrações com vídeos, projetos
de acordo com áreas de interesse dos alunos, a maioria dos trabalhos será desenvolvida
em grupo proporcionando condições de melhorias nos relacionamentos interpessoais e
valorizando as diferenças no contexto social.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação em Ciências Naturais deve ser um instrumento através do qual
possam ser observadas a aquisição e a construção de novos conceitos, buscando avaliar
o aluno como um todo através de: resolução de questões, argüições orais, apresentação
de trabalhos, participação em debates, construção de painéis, teste escritos e orais,
relatório de passeios e vídeos, pesquisa de campo, enfim, diagnosticar todo e qualquer
50avanço do aluno .
Para tanto, aplicar o Plano Político Pedagógico deve atuar em duas grandes
frentes, ou seja: Avaliação escrita com recuperação paralela quando necessário e
avaliação diagnostica, na qual envolvera trabalho coletivo, exercícios, oralidade
matemática, trabalhos extra classe, assiduidade e participação. A avaliação escrita
compreende duas modalidades: a primeira, uma avaliação de múltipla escolha e a outra
discursiva. Estas avaliações terão valores diferenciados, totalizando sua somatória a dez
pontos.
Nesse sentido é imprescindível a coerência entre o planejamento das ações
pedagógicas do professor, o encaminhamento metodológico e o processo de avaliação
estabelecido, que estejam diretamente ligados ao propósito principal do processo de
ensino aprendizagem, a aquisição dos conteúdos para que esta proposta de avaliação
possa atender ao que se propõe, contará com meios, recursos e instrumentos avaliativos
diversificados
REFERÊNCIAS :
BORTOLOZZO, Silvia Projeto de Educação para o Século XXI Link da Ciência
Editora Moderna 2004.
COSTA, Maria de La Luz M. Vivendo Ciências Editora F.T.D. S. A 1999.
MAGALY, T. dos Santos Vivendo Ciências Editora F.T.D. S. A 1999.
PARÂMETROS, Curriculares Nacionais Ciências.
PARANÁ, SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO CURRÍCULO básico para a
escola pública do Estado do Paraná – 3 ed. Curitiba SEED, 1997.
51
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
EDUCAÇÃO FÍSICA
PROFª ANDREA CRISTINA RIBAS MENDES MOURA
521. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Vive-se hoje em uma época de constantes transformações e a disciplina de
Educação Física busca superar formas anteriores de concepções.
Hoje a Educação Física contempla a autonomia para o desenvolvimento de uma
prática social voltada para a interação na comunidade, a valorização do homem, sejam na
manutenção ou na construção de espaços de participação em atividades culturais, jogos,
esportes, lutas, ginásticas e danças.
Possibilitando conhecer as expressões corporais, entender e conviver dentro das
regras estabelecidas na sociedade democraticamente, procurando fazer com que o jovem
de hoje seja atuante, crítico, conhecedor de seus direitos, já que, exposto a toda espécie
de informações veiculadas por meio de comunicação, saiba discernir o certo do errado,
sabendo melhorar suas relações cotidianas.
O principal papel da educação física é fazer com que o aluno torne-se apto a
perceber-se, organizar-se e assumir-se construindo sua história, ocupando e explorando
espaços nos diferentes meios culturais em evolução no contexto atual pois a educação
física hoje se estende a humanização,e nosso aluno precisa pensar e relacionar os
conteúdos com sua vivência do dia a dia levando-o a possíveis reflexões.
2. OBJETIVO GERAL
Dentro desta perspectiva a disciplina de Educação Física busca uma proposta que
contemple a totalidade das manifestações corporais humanas e a sua potencialidade
formativa, na formação de um individuo critico, participativo, reflexivo, criativo, capaz,
atuante, e que o mesmo possa contribuir para uma sociedade mais justa e participativa.
Proporcionando ao educando a formação necessária ao desenvolvimento de suas
potencialidades como elemento de auto-realização, qualificação para o trabalho e preparo
para o exercício da cidadania. Desenvolver no aluno capacidades de observação,
reflexão, criação, discriminação, decisão e ação procurando despertar em nossos alunos
sentimentos que os levem em ritmo próprio a melhorar suas relações sociais, na
comunidade em que está inserido, participando de atividades de natureza relacional,
reconhecendo e respeitando suas características físicas e de desempenho motor, bem
53como a de seus colegas, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais ou
sociais. Apropriar-se de processos de aperfeiçoamento das capacidades físicas, das
habilidades motoras próprias das situações relacionais, aplicando-os com discernimento
em situações – problemas que surjam no cotidiano, pois a Educação Física consciente é
aquela que contribui para a formação do indivíduo na sociedade.
3. CONTEÚDOS
Conteúdos estruturantes para o Ensino Fundamental
• Esporte;
• Dança;
• Ginástica;
• Jogos e brincadeiras;
• Lutas
Conteúdos da 5ª série
Estruturante: esporte
Elemento articulador:Cultura corporal e desportivização
Conteúdo básico:Coletivo e individual
Conteúdos específicos
* handebol
* futsal / futebol
* atletismo
* basquetebol
* peteca
* vôlei
Estruturante: ginástica
Elemento articulador:Cultura corporal e saúde
Conteúdo básico:Ginástica circense e rítmica
Conteúdos específicos
* ginástica artística
* caminhadas
54* ginástica natural
* ginástica rítmica
Estruturante: Dança
Elemento articulador:Cultura corporal e corpo
Conteúdo básico:Danças folclóricas e danças circulares
Conteúdos específicos
* mímica e dramatização
* danças folclóricas do paraná
* expressão corporal
* danças circulares
Estruturante: Jogos e brincadeiras
Elemento articulador:Cultura corporal e ludicidade
Conteúdo básico:Jogos e brincadeiras populares
Conteúdos específicos
* jogos de tabuleiro: xadrez humano
* jogos de estafetas
* pular corda
* brinquedos cantados
Conteúdos da 6º série
Estruturante: esporte
Elemento articulador:Cultura corporal e desportivização
Conteúdo básico: Coletivo e individual
Conteúdos específicos
* esportes de verão e esportes de inverno
* futsal / futebol
* atletismo
* basquetebol
* handebol
* boliche
* vôlei
Estruturante: ginástica
55Elemento articulador:Cultura corporal e saúde
Conteúdo básico:Ginástica circense e artística
Conteúdos específicos
* ginástica de relaxamento
* caminhadas
* ginástica imitativa (movimento animal e humano)
* ginástica artística- rolamento, parada de mão, de cabeça etc.
Estruturante: Dança
Elemento articulador:Cultura corporal e corpo
Conteúdo básico:Dança criativa e afro brasileira
Conteúdos específicos
* mímica e dramatização
* danças criativa
*danças afro- brasileiras
* danças circulares
Estruturante: Jogos e brincadeiras
Elemento articulador:Cultura corporal e lazer
Conteúdo básico:Jogos de tabuleiro e cooperativos
Conteúdos específicos
* jogos de tabuleiro: xadrez humano
*jogo da velha
*bolinha de gude
* bet's
Conteúdos da 7ºserie
Estruturante: esporte
Elemento articulador:Cultura corporal e desportivização
Conteúdo básico:Coletivo e individual e radicais
Conteúdos específicos
* handebol
* futsal / futebol
* vôlei
56* basquetebol
* punhobol
* tênis de campo
* esportes radicais
Estruturante: ginástica
Elemento articulador:Cultura corporal e diversidade
Conteúdo básico:Ginástica circense e rítmica
Conteúdos específicos
* ginástica de relaxamento
* caminhada orientada
* ginástica geral
* ginástica de academia
Estruturante: Dança
Elemento articulador:Cultura corporal e corpo
Conteúdo básico:Danças de rua
Conteúdos específicos
* danças folclóricas
* danças de rua- break, hip hop, funk, rap, pop
*danças afro- brasileiras
* dança criativa
Estruturante: Jogos e brincadeiras
Elemento articulador:Cultura corporal e ludicidade
Conteúdo básico:Jogos dramáticos e cooperativos
Conteúdos específicos
* jogos cooperativos
* jogos de tabuleiro
* construção de brinquedos com materiais alternativos
* jogos intelectivos
Conteúdos de 8ª serie
Estruturante: esporte
Elemento articulador:Cultura corporal e desportivização
57Conteúdo básico:Coletivo e individual
Conteúdos específicos
* esportes olímpicos
* futsal / futebol
* atletismo
* basquetebol
* handebol
*tênis de campo/ frescobol
* vôlei
Estruturante: ginástica
Elemento articulador:Cultura corporal e saúde
Conteúdo básico:Ginástica de academia
Conteúdos específicos
* ginástica de relaxamento
* níveis de caminhada
* ginástica ioga/ pilates
* ginástica de academia
Estruturante: Dança
Elemento articulador:Cultura corporal e corpo
Conteúdo básico:Danças folclóricas e danças circulares
Conteúdos específicos
* dança de salão
* biodança
* danças afro- brasileiras
* dança de rua/ hip hop/ funk
Estruturante: Jogos e brincadeiras
Elemento articulador:Cultura corporal e ludicidade
Conteúdo básico:Jogos dramáticos e cooperativos
Conteúdos específicos
* gincana
* jogos de tabuleiro
* brincadeiras de rua / populares
58* jogos educativos
4. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGIC0
Ao propor o encaminhamento metodológico pretende-se demonstrar como o
alargamento da compreensão das práticas corporais na escola pode representar uma
reorientação nas formas de conceber o papel da Educação Física na formação do aluno.
Isso significa identificar as múltiplas possibilidades de intervenção sobre a
corporalidade que surgem no cotidiano de cada cultura escolar na sua especificidade.
Proporcionar uma reflexão propondo ao aluno um desafio a construção de
conhecimentos que ele possa vivenciar e interpretar diferentes situações do dia a dia.
Para que os objetivos propostos para a disciplina de Educação Física sejam
alcançados, o encaminhamento metodológico se dará de maneira que os conteúdos
sejam trabalhados tanto em sala de aula, como em ambiente externo, através de diversas
aplicações e materiais como: leituras de artigos, textos, vídeos, som, coreografias,
atividades motoras, debates, reflexões , oportunizando o aluno a uma visão critica do
mundo onde esta inserido,valorizando experiências corporais e suas possibilidades,
destacando-se a importância do contato corporal e o respeito mútuo e a troca de
experiências corporais. As aulas darão aos alunos oportunidade de falarem, construírem e
interpretarem suas atividades, percebendo dificuldades encontradas e superações,
exercendo assim a capacidade de pensar e ampliar conceitos e opiniões sobre a própria
realidade.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando
o conjunto das ações pedagógicas. Deve ser contínua e identificar o progresso do aluno
durante o ano letivo sustentada nas diversas práticas corporais da ginástica, do esporte,
dos jogos e da dança. Realizada na forma de um conjunto de observações que permitam
atestar e controlar a evolução individual e do grupo através de vários métodos: avaliação
escrita,trabalhos de pesquisa, debates, seminários, comprometimento e envolvimento,
prática do movimento, dinâmica de grupo, tendo no mínimo 3 avaliações de acordo com
59os conteúdos e objetivos propostos durante o bimestre. A recuperação de conteúdos será
revistada no decorrer do bimestre para redirecionar a ação pedagógica e identificar
avanços e dificuldades encontradas,
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DCE- Diretrizes Curriculares da Rede Pública de E educação Básica do Estado
do Paraná-SEED 2009.
Luckesi, C. C. Avaliação da Aprendizagem Escolar, 2 ed. São Paulo: Cortez,1999.
Teixeira, Hudson Ventura, Educação Física e Desporto, São Paulo-ed. Saraiva
2001.
Coletiva de autores metodologia do ensino da educação física, SP:Cortez
MATOS, Mauro e NEIRA, Marcos .Educação Física na adolescência-construindo o
conhecimento na escola.
BARRETO, Débora. Dança...: ensino,sentidos e possibilidades na escola. campinas:
Autores associados, 2004.
RANGEL, Nilda. Dança, Educação, Educação Física, 2002
ANEXO: 1
PROJETO EDUCAÇÃO FÍSICA
SEMANA CULTURAL ESPORTIVA E ECOLÓGICO
OBJETIVO GERAL:
Incentivar o desporto, buscando incutir o espírito de competição saudável, a
socialização e a cooperação, oportunizando o aluno a manifestações e desenvolvimento
do espírito criativo, artístico e esportivo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Visar o desenvolvimento do aluno, através de sua evolução e desafios a serem
vencidos dentro das modalidades esportivas;
Promover a socialização entre alunos e a comunidade;
Despertar o interesse por diversas modalidades;
Resgatar valores morais e éticos, solidariedade, espírito de equipe, respeito,
60espírito criativo auto disciplina e integração.
CATEGORIAS
ENSINO FUNDAMENTAL
5ª E 6ª Séries – Masculino e feminino
7ª e 8ª séries – Masculino e feminino
MODALIDADES
5ª e 6ª séries – Futsal masculino e feminino
Dominó masculino e feminino
Caçador misto.
Gincana ecológica (lema: ''NÃO MATAR, NÃO ARRANCAR E DEVOLVER
PRO LUGAR”)
Gincana cultural
7ª e 8ª séries – Futsal masculino e feminino
Voleibol misto
Dominó masculino e feminino
Gincana ecológica ( lema: ''NÃO MATAR, NÃO ARRANCAR E
DEVOLVER PRO LUGAR”)
Gincana cultural
INSCRIÇOES: Todos os alunos podem participar da semana esportiva, desde que
preencha corretamente a ficha de inscrição; se houver mais de uma equipe da mesma
modalidade, deverá ser realizadas eliminatórias durante as aulas de educação física. As
equipes participantes deverão realizar uma apresentação cultural ( Dança, poesia, jogral,
teatro ou outra manifestação cultural, e ainda apresentar uma bandeira com slogan e um
grito de guerra representando suas equipes.
PERÍODO DE INSCRIÇÃO: Setembro e outubro
UNIFORMES: São de responsabilidade dos alunos / atletas.
FORMA DE DISPUTA: Serão sorteados e separados por chaves, de acordo com o
número de participantes.
PREMIAÇÃO: Serão premiados os 1ª lugares de cada categoria, com medalhas ou
brindes
ANEXO: 2
61
TEMA: “FAMÍLIA E CIDADANIA; PARA UMA FORMAÇÃO CONSCIENTE”.
JUSTIFICATIVA:
O presente projeto foi pensado e elaborado com base no PPP, nas DCE's e por
meio de observações na realidade da comunidade escolar, buscando atender as
necessidades dos educandos quanto ao respeito, as diferenças pela necessidade de
trabalho em equipe, incentivando o saber ouvir e expressar-se, o falar em público e o
pensamento crítico e autônomo, valorizando assim uma prática pedagógica que estimule
a iniciativa do aluno através de pesquisa e de atividades dirigidas ou livres.
O projeto será desenvolvido na escola englobando toda a comunidade externa, as
famílias, e parcerias estabelecidas com outras instituições.
Espera-se que através desse festival garantir uma educação de qualidade,
aprimorando a auto estima levando os alunos a apresentarem mudanças significativas no
comportamento e proporcionando ao aluno possibilidades para que torne-se um sujeito
critico e consciente.
OBJETIVO GERAL:
Desenvolver e estimular a produção teatral e musical, aumentando a
concentração, expressão oral, escrita e assiduidade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• estimular a auto estima e a qualidade de vida do aluno;
• diminuir a evasão escolar fazendo o aluno se sentir importante na escola;
• desenvolver a auto confiança;
• desenvolver a criatividade;
• conhecer as diferentes manifestações artísticas através do teatro e da música;
• estabelecer laços afetivos entre colegas, desenvolvendo espírito de equipe e
companheirismo.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O projeto será desenvolvido através de várias atividades que englobarão as
habilidades de ouvir, cantar, tocar instrumentos, representar, ler e interpretar. Essas
habilidades serão desencadeadas por meio da música, dança, lendas, fábulas, poesias,
contos, crônicas e textos teatrais, tendo como base a solidariedade, os valores, as
62famílias, história cultural e afro brasileiro, meio ambiente, de acordo com o tema “FAMÍLIA
E CIDADANIA; A FORMAÇÃO CONSCIENTE”.
PÚBLICO ALVO:
Todas as Escolas Estaduais, Municipais, APAE, PETI, Escolas Particulares.
ESCOLA ESTADUAL FRANCISCO LECHINOSKI
Regulamento
1º As modalidades ofertadas serão o seguinte: música, teatro, poesia e dança.
2º Poderão inscrever-se, alunos que estiverem devidamente matriculados nos
estabelecimentos de ensino( estaduais, municipais e particulares);
3º O festival acontecerá dia 23-09-09, as modalidades de musica e dança acontecerá no
período da manhã, a partir das 8:30 as 11:30 horas, no período da tarde, a partir das
13:00 as 17:00 horas com a modalidade de teatro e poesia;
4º As modalidades serão divididas em três categorias;
a) educação infantil e fundamental das séries iniciais;
b) ensino fundamental das séries finais;
c) ensino médio.
5º O candidato poderá participar das 4 modalidades, porém não poderá participar 2 vezes
da mesma modalidade;
6º Os participantes terão 7 minutos para organizarem e apresentarem na modalidade de
dança, 10 minutos na musica;
7º A premiação será uma lembrança para todos os participantes e um troféu para as
escolas com melhor desempenho;
8º Na entrega da ficha de inscrição,”cada aluno participante” deverá doar 1kg de alimento
não perecível, que a escola encaminhará para as famílias carentes da nossa comunidade;
9º As inscrições deverão ser encaminhadas para a escola Francisco Lechinoski até o dia
31-08-09.
MODALIDADE DANÇA
1-A música (cd) é de responsabilidade do próprio grupo e o mesmo deve ser entregue no
ato da dança com identificação do grupo e número da música.
2-Os trajes para as danças não deve ser indecorosos.
633-O estilo da música para a dança é livre, sendo dentro do tema proposto.
4-Na modalidade educação infantil e séries iniciais( 1ª a 4ª) poderão inscrever-se duplas e
grupos sem limites de participantes.
5-Nas demais modalidades o número máximo é de 10 participantes.
MODALIDADE MÚSICA
1-A modalidade música será dividida em 2 categorias:
a) individual e dupla;
b) banda;
2- Os instrumentos musicais ou playback são de responsabilidade dos participantes,
sendo que serão disponibilizados no festival, caixa de som e microfone.
3-O estilo de música é livre, sendo dentro do tema proposto.
4-O tempo para arrumação e apresentação será no total 10minutos.
MODALIDADE TEATRO / POESIA
1-O limite é de máximo 15 participantes;
2-O tempo de apresentação das peças não deverá ser superior a 30minutos;
3-As poesias serão individuais ou em grupo;
4- As peças e poesias devem constar de assuntos que não firam a integridade moral dos
expectadores, dentro do tema proposto e o senário deve ser de responsabilidade de cada
grupo.
64
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ENSINO RELIGIOSO
PROFª MARCELA ALISKE
651. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Durante o período imperial o Ensino Religioso estava pautado no Catolicismo. Com
a República e a separação do Estado e da Igreja o ensino passou a ser laico, mas a
influência da religião católica nas aulas ainda persistiu por um longo período.
Entretanto a vinculação do currículo de Ensino Religioso ao cristianismo e as
prática catequéticas já não estão atreladas ao sentido desta disciplina. Os debates diante
da permanência da disciplina nos currículos escolares têm sido intensos e a busca de
explicações que justificam estas novas configurações não se restringem apenas ao Brasil.
Com a compreensão da diversidade cultural mundial surgiu a necessidade da
criação de novos paradigmas, pois, as sociedades não se contentam com verdades
absolutas.
A modernidade atribui ao homem a responsabilidade sobre os destinos da
humanidade.
Atualmente a globalização dos meios de comunicação atinge todos os domínios da
humanidade e repercute também nas manifestações religiosas, nas crenças e na forma
de interpretar o Sagrado.
As tecnologias de comunicação aliadas aos estudos relativos a aprendizagem tem
ampliado as possibilidades de compreensão dos processos de apropriação de novos
saberes ao longo da vida.
Diante de uma análise deste contexto, faz-se necessário superar modelos lineares
e fragmentados de compreensão da realidade e a busca de outros referenciais que
permitam uma análise mais complexa da sociedade. É essa realidade que se coloca
como desafio para a escola e para o Ensino Religioso.
A proposta das Diretrizes Curriculares desta disciplina visa a construção e
produção do conhecimento que se caracteriza pela promoção do debate, da hipótese
divergente, da dúvida, do confronto de idéias, de informações discordantes e, ainda da
exposição de conteúdos formalizados.
Expressam ainda a necessária reflexão em torno dos modelos de ensino e do
processo de escolarização, diante das demandas sociais contemporâneas que exigem
compreensão ampla da diversidade cultural, posta também no âmbito religioso entre os
países e de forma restrita, no interior de diferentes comunidades.
66Desta forma reafirma-se o compromisso da escola com o conhecimento, sem
excluir do horizonte os valores éticos que fazem parte do processo educacional.
Assim o currículo desta disciplina propõe-se a subsidiar os alunos, por meio dos
conteúdos, à compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do
sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos significados. A disciplina de
Ensino Religioso subsidiará os educandos na compreensão de conceitos básicos no
campo religioso e na forma como a sociedade sofre interferências nas tradições religiosas
ou mesmo da afirmação ou negação do sagrado.
Por fim, destaca-se que os conhecimentos relativos ao sagrado e às suas
manifestações são significativos para todos os alunos no processo de escolarização, por
propiciarem subsídios para a compreensão de uma das interfaces da cultura e da
constituição da vida em sociedade.
3. CONTEÚDOS
5ª Série
Conteúdos Estruturantes
− Paisagem Religiosas
− Universo Simbólico Religiosos
− Texto Sagrado
Conteúdos Específicos
- O Ensino religioso na Escola Pública (Orientações, objetivos)
− Lugares Sagrados ( Templos, lugares de peregrinações, cidades sagradas, lugares da
natureza)
− Textos sagrados Orais e Escritos(Literatura oral e escrita, cantos narrativas, poemas,
orações, etc)
− Organizações Religiosas ( fundadores e líderes religiosos, estruturas hierárquicas)
− Religiões afro-brasileiras.
676ª Série
Universo simbólico religioso ( Ritos, mitos. Arquitetura,objetos,etc)
− Festas Religiosas ( ritos de passagem,mortuários, propiciatórios, peregrinações,
festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas
− Vida e Morte (o sentido da vida nas tradições e manifestações religiosas, a re-
encarnação/ressurreição, as forma como cada cultura religiosa encara a questão da
morte.
− Religiões afro-brasileiras.
4. METODOLOGIA
Trabalhar com a disciplina de Ensino Religioso e seus conteúdos exige do
professor um profundo respeito à diversidade religiosa.
Busca-se através desta disciplina a compreensão do sagrado nas religiões
trabalhadas em sala-de-aula, principalmente naquelas menos conhecidas e nas
desconhecidas dos alunos.
Faz parte da metodologia também evitar os preconceitos religiosos não reforçando
apenas as grandes religiões ou trabalhando apenas com as religiões mais praticadas ou
conhecidas.
Socializando os conhecimentos sobre a diversidade religiosa, a disciplina
proporciona aos educando uma consciência democrática sobre o pensamento e a pratica
religiosa.
São recursos utilizados nas aulas desta disciplina, textos sagrados das religiões
literárias e não literárias, livros sagrados, cenas de filmes, pesquisas em livros e
dicionários, entrevistas e reportagens, produção de cartazes, debates,etc.
Estes recursos levarão o aluno a refletir sobre os conteúdos reconhecendo o
universo do sagrado e a diversidade cultural.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação é um momento privilegiado do processo de ensino aprendizagem. Ela
deve estar presente em todas as etapas do aprendizado, de forma que os alunos e
68professores percebam em que grau está envolvido no processo e como acompanham a
sua dinâmica. Dessa forma, assim como é um momento de fundamental importância para
que o aluno compreenda como está se desenvolvendo seu processo de aprendizagem,
também o é para que o professor possa compreender como está desenvolvendo seu
processo de ensino.
A avaliação ocorre estruturada como parte integrante do processo pedagógico,
fazendo parte dos critérios de avaliação os conceitos e grupos religiosos estudados em
sala de aula e pesquisados na biblioteca e até mesmo em casa, a forma como são
apresentados os resultados das pesquisas e das produções de trabalho individuais e em
grupo, nas assimilações individuais que o aluno teve considerando o seu conhecimento
prévio e os conhecimentos produzidos durante o processo, a participação que o aluno
teve durante os trabalhos coletivos, bem como as atividades e exercícios que teve que
desempenhar sobre os conteúdos desenvolvidos em sala de aula.
Assim, a avaliação não se torna um instrumento de quantificação aplicado ao fim
dos processos, mas sim, constitui um recurso para acompanhar o desenvolvimento do
processo ensino aprendizagem.
A atribuição de nota nesta disciplina não se fará em histórico escolar, mas a
mesma se faz necessária no processo de ensino aprendizagem.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PARANÁ, Secretaria Estadual de Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino
Religioso para a Educação Básica. Curitiba, 2006.
MARCHON, Benoit. As Grandes Religiões do mundo. São Paulo: Paulinas, 1995.
FIGUEIREDO, Anésia de Paulo. Ensino Religioso: Perspecitivas Pedagógicas.
Petrópolis RJ: Vozes, 1994.
ELIADE, Mircea. O Sagrado e o Profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
TRANSCENDENTE. Jornal Pedagógico para o Ensino Religioso
69
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
GEOGRAFIA
PROFª MARCELA ALISKE
701. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Contextualizando o arcabouço histórico da Geografia, verificamos que na
Antiguidade Clássica as relações sociedade-natureza eram conhecimentos
fundamentais para suas organizações políticas e econômicas; concomitantemente
desenvolveram-se outros conhecimentos, como os relativos à eleboração de mapas,
entre outros.
Como enfatizado nesta diretriz, a compreensão do objeto da Geografia espaço
geográfico é a finalidade do ensino dessa disciplina, que é entendido como
interdependente do sujeito que o constrói. Assim, o sujeito torna-se presente no
discurso geográfico(Silva, 1995).
Os conceitos de paisagem, região e território, foram inicialmente tratados pela
chamada Geografia Tradicional, no final do século XIX e início do XX. Naquele
período, de diferentes maneiras, tais conceitos eram associados ao papel e/ou aos
interesses do Estado. Atualmente, o conceito de território, foi ampliado às relações de
poder presentes nas diversas escalas geográficas, para além da tutela exclusiva do
Estado-Nação.
O conceito de lugar, em meados do século XX, trouxe a dimensão afetiva e
subjetiva para os estudos a respeito do espaço. Sob a nova ordem mundial o conceito
de lugar discutiu em sua relação com o processo de globalização da economia,
enfatizando as potencialidades políticas dos lugares em suas relações com outros
espaços, próximos e/ou distantes.
Os conceitos de sociedade e natureza perpassaram, de formas diversas,
quadros teóricos da Geografia.
A geografia nestas diretrizes tem como fundamento encaminhar os alunos ao
conhecimemento cognitivo dos conceitos chaves que a geografia apresenta, para
terem uma visão e conhecimento teórico e prático, específicamente do seu espaço
local e, concomitantemente nacional e, por fim global.
2. OBJETIVO GERAL
O aluno compreender e estar atrelado ao contexto contraditório do espaço
geográfico, obtendo o arcabouço da crítica, sendo assim, um cidadão ativo na
sociedade.
71
3. CONTEÚDOS
. Conteúdos Estruturantes
Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
Dimensão política do Espaço Geográfico
Dimensão Cultural Demográfica do Espaço Geográfico
Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico
5ª Série
• O espaço geográfico
• O planeta terra
• A superfície da terra
• Orientação no espaço geográfico
• Como representar o espaço
• Cartografia
• Rochas e placas tectônicas
• Relevo terrestre
• Atmosfera, a camada gasosa da superfície terrestre
• Hidrosfera, oceanos e mares
• Atmosfera, massas de ar e climas
• Hidrosfera, águas continentais
• Hidrosfera, oceanos e mares
• Biosfera, a esfera da vida do planeta terra
• Biosfera: Grandes ecossistemas da superfície terrestre
• Um planeta vivo
6ª Série
• A construção do espaço
• Sociedade moderna e estado
• Sociedade moderna e economia
• Atividade industrial
• Espaço urbano
72• Espaço rural
• Comunicação, comércio e transportes
• População
• O Brasil e suas regiões
• Região Nordeste
• Região Centro-sul
• A Amazônia
7ª Série
• Continentes e paisagens naturais
• Diferenças econômicas e sociais
• O mundo atual:unidade e diversidade
• A América Latina em conjunto
• México
• América Central
• América Andina e Guianas
• América Platina
• A África em conjunto
• Brasil
• África:conjuntos regionais
• Oriente Médio
• Sul da Ásia ou “subcontinente indiano”
• Sudeste e Leste da Ásia
• O Dragão e os Tigres Asiáticos
8ª Série
• Um mundo de extremos
• Principais blocos econômicos regionais
• Países desenvolvidos e subdesenvolvidos
• Ocidental:aspectos gerais
• EuropaEuropa ocidental:aspectos regionais
• Europa oriental:O Leste europeu atual
73• Comunidades de Estados independentes, aspectos gerais
• Comunidades de Estados independentes, aspectos regionais
• Estados Unidos e Canadá:a América Anglo-Saxônica
• Japão: a superpotência econômica do Oriente
• Austrália e Nova Zelândia: a Oceania industrializada
4. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A metodologia de ensino proposta nestas diretrizes deve permitir que os alunos
se apropriem dos conceitos fundamentais da Geografia e compreendam o processo
de produção e transformação do espaço geográfico. A contextualização do conteúdo
de forma clara, apresentado pelo professor aos seus alunos é um arcabouço do
processo ensino-aprendizagem atrelado ao conhecimento cognitivo do aluno; as aulas
dialogadas tem como objetivo uma provocação para despertar a crítica do aluno.
É essencial que o aluno desenvolva as habilidades de observar, de perguntar,
ler (gráficos, mapas, etc...), ouvir, propor, refazer, indispensáveis para que esteja em
contínua reconstrução do seu conhecimento, permitindo ao aluno conhecer o mundo
e incluir-se nele, desde o espaço em que vive até o planeta como um todo.
Nessas diretrizes é ressaltado à questão da inclusão, como o professor
trabalhar com seus alunos a abordagem da cultura afro-brasileira e indígena, a
educação ambiental e, ser abordado quando possível as realidades local e
paranaense, esta interdisciplinariedade da Geografia agrega valores no aluno.
Segue-se a metodologia para o ensino de geografia:
Aula expositiva;
Trabalho em equipe;
Aula de campo;
Pesquisa na internet;
Exposição de mapas;
Pesquisa na biblioteca, jornais, revistas e outros materiais.
5. AVALIAÇÃO
Nessa concepção de avaliação, considera-se que os alunos têm diferentes
ritmos de aprendizagem, identificam-se dificuldades e isso possibilita a intervenção
74pedagógica a todo o tempo. Assim, recomenda-se que a avaliação em Geografia seja
mais do que a definição de uma nota ou conceito, para que o aluno esteja
posicionado em uma metodologia, se apropriando da contextualização da Geografia,
comcomitantemente obtendo a crítica que é o fundamento desta disciplina.
O processo de avaliação deverá verificar a aprendizagem a partir daquilo que é
básico fundamental, para que ela se processe. Ao longo das séries o professor
avaliara de forma a diagonosticar se o aluno elaborou seu saber, e se desenvolveu ou
adquiriu suas habilidades dentro dos conteúdos propostos e estudados.
Serão necessários critérios para a organização da avaliação:
• Interpretação e produção de textos de Geografia;
• Interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;
• Pesquisas bibliográficas;
• Relatórios de aulas de campo;
• Apresentação e discussão de temas em seminários;
• Construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre outros.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAVALCANTI, L.S. Geografia, escola e construção de conhecimentos. Campinas,
SP: Papirus, 1.998. – (Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico).
CASTROGIOVANNI, A.C. (org). Geografia em Sala de Aula – práticas e reflexões.
Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2.003.
Projeto Araribá: geografia 5ª, 6ª, 7ª, 8ª séries. 1ª ed. São Paulo. Modena, 2006.
PIRES, VALQUIRIA. Construindo consciência: Geografia, 5ª, 6ª, 7ª, 8ªséries/1ª ed.
São Paulo: Spicione, 2006. RUA, J. & outros. Para ensinar geografia. Rio de
Janeiro: Access, 2.005.
AMARAL, Marina. Entrevista Explosiva: Mestre Milton Santos Mota In: Caros
Amigos. São Paulo. Casa Amarela. Ago 1998, Ano II, nº17, p.22
75
BUSQUETS, Maria Dolors. Temas Transversais em Educação: Bases para uma
formação integral. 2ª edição. São Paulo, Ática, 1998, p12.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa.
Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1997. p. 27.
VICENTINI, José Willian. Geografia Crítica. O Espaço Social e o Espaço Brasileiro.
São Paulo. Ática, 2004.
Paraná, Secretaria de Estado da Educação, Currículo básico para a escola pública
do Estado do Paraná 3ª ed. Curitiba SEED, 1997.
76
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
HISTÓRIA
PROFª SIMONE ANDREA M. ELICKER
77
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A história enquanto disciplina escolar para o Ensino Fundamental, possibilita
ampliar estudos sobre as problemáticas contemporâneas, situando-as nas diversas
temporalidades, servindo como um elemento importante para a reflexão sobre
possibilidades de mudanças e necessidades das continuidades.
A história permite sedimentar e aprofundar os temas estudados, redimensionando
aspectos da vida em sociedade sobre o papel do indivíduo nas transformações do
processo histórico, completando a compreensão das relações entre liberdade e
necessidade.
Permitirá também através da pesquisa situar as articulações entre o macro e o
micro – história, buscando nas singularidades dos acontecimentos as generalizações
necessárias para compreensão do processo histórico. Através de investigações,
considera a importância da utilização de outras fontes documentais, além da escrita,
aperfeiçoando métodos de interpretação que abrangem os vários registros produzidos.
A nova história deve contribuir para as indagações relativas ao funcionamento da
sociedades de maneira a integrar as multiplicidades, destacando estudos da mentalidade
como componentes fundamentais da realidade da prática social.
O ensino de história, vem através dessa perspectiva, além de ampliar os conceitos
já existentes no conhecimento dos alunos, contribuir substantivamente para a construção
dos laços de identidade e consolidar a formação da cidadania.
Pode também desempenhar um papel importante na identidade ao incorporar a
reflexão sobre a atuação do indivíduo nas relações pessoais com o grupo de convívio,
suas afetividades, sua participação no coletivo e suas atitudes de compromissos com
classe, grupos sociais, valores e gerações do passado e do futuro.
Na formação de “cidadãos”, no que diz respeito ‘a formação histórica do estudante,
a questão de cidadania envolve escolhas pedagógicas específicas para que lê possa
conhecer e distinguir diferentes concepções históricas acerca dela, delineadas em
diferentes épocas.
Dessa maneira, trabalhar com temas variados em diferentes épocas, de forma
comparada e correlacionada e a partir de diferentes fontes de linguagens, constitui uma
escolha pedagógica que pode contribuir de forma significativa para que os educandos
78desenvolvam competências e habilidades que lhe permitam compreender as várias
durações temporais nas quais os diferentes sujeitos sociais desenvolveram ou
desenvolvem suas ações, condições básicas para que sejam identificadas as
semelhanças, diferenças, mudanças e permanências existentes.
A história também contribui para as novas gerações, considerando-se que a
sociedade atual vive um presente contínuo e deve ressaltar a importância das relações
que o presente mantém com o passado.
Por meio de atividades específicas com as diferentes temporalidades, pode
favorecer a reavaliação dos valores do mundo de hoje, a distinção de diferentes ritmos de
transformações históricas, o redimensionamento do presente em processo contínuo e a
construção de identidades futuras.
2. OBJETIVO GERAL
Desenvolver a consciência Histórico Crítica nos alunos
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
− Desenvolver noções temporais;
− Diferenciar documentos;
− Relacionar as experiências dos sujeitos, numa perspectiva de diversidade;
3. CONTEÚDOS
Conteúdos estruturantes:
Relações de trabalho;
Relações de poder;
Relações culturais
5ª Série
• Produção do conhecimento histórico;
79• Surgimento, desenvolvimento da humanidade e migrações
• Evolução Humana
• Povos indígenas no Brasil e no Paraná
• Formação da sociedade brasileira e Americana
• Os reinos e sociedades africanas e o contato com a Europa
• Primeiras civilizações na América
• Como viviam os primeiros homens, trabalho e cooperação
• História e cultura Africana
• Diáspora Africana
6ª Série
• Feudalismo
• As Relações de trabalho na Idade Média
• Espanha, Portugal e as grandes navegações
• Reforma e Contra-reforma
• Os primeiros habitantes do Brasil
• Contato – Portugueses e indígenas
• Expedições portuguesas e colonização do Brasil
• Efeitos e conseqüências da conquista portuguesa na cultura brasileira
• A Escravidão e miscigenação
• Cultura Africana
• Os movimentos de contestação da ordem colonial
• Processo de Independência das Américas e das Treze Colônias Inglesas
• Colonização do território paranaense
• A Chegada da Família Real no Brasil
• O Processo de independência do Brasil
7ª Série
•
• Emancipação Política do Paraná
• A Guerra do Paraguai
• O processo de abolição da Escravidão no Brasil
80• Os primeiros anos da república
• Independência do Brasil
• Revolução Industrial
• Construção da nação brasileira
• Colonização da Ásia e da África
• Revolução Mexicana
• Revolução Russa
• Proclamação da República no Brasil
• MST – Reforma Agrária – Conflitos atuais
• Primeira Guerra Mundial
8ª Série
• Re-estruturação do capitalismo
• Imperialismo
• EUA Guerra da Secessão
• Afirmação da Nação Brasileira
• República no Brasil
• Primeira Guerra Mundial
• Revolução Russa
• Período entre Guerras
• Segunda Guerra Mundial
• Ruptura das Oligarquias
• Ditadura e democracia
• O Mundo bipolarizado
• Guerra Fria
• Política desenvolvimentista e ditadura no Brasil
• Redemocratização do Brasil
• Crise no Mundo Contemporâneo
• Relações África/ Brasil
• Cultura Afro
4. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
81
Pretende-se com o ensino de História, contribuir para a construção da consciência
histórica, para isso se torna imprescindível a retomada constante do processo da
construção do conhecimento histórico, ou seja, como é produzido a partir do trabalho de
um pesquisador que tem como objeto de estudos os processos históricos relativos as
ações e as relações humanas praticadas no tempo bem como os sentidos que os sujeitos
deram as mesmas de forma que possa problematizar o passado, e buscar por meio de
documentos e das perguntas que faz aos mesmos, respostas as suas indagações.
Tendo como desafio contemplar as diferentes formas de relações de trabalho, de
poder e culturais, é essencial levar o aluno a compreender as diferentes interpretações
dos acontecimentos históricos.
Os procedimentos dentro da disciplina de história corresponderão a leitura e escrita
de textos informativos, análise de documentos e mapas históricos pesquisas
bibliográficas, elaboração de perguntas.
Serão enfatizados aulas expositivas, leitura e análise de textos, atividades em
classe(elaboração de questões, produção de textos), tarefas de casa, utilização de
cartazes, ilustrações com vídeo, debates.
A maioria dos trabalhos serão desenvolvidos em grupos, buscando a melhoria nos
relacionamentos interpessoais e a valorização das diferenças no contexto social.
Através destes procedimentos, buscar-se-á desenvolver nos alunos a consciência
histórica e conceitos históricos, como as diversas formas de interpretar um acontecimento
histórico, a importância do trabalho do historiador e que o conhecimento histórico pode
ser complementado através de novas pesquisas.
Em contra partida o professor irá subsidiar para que tais conceitos sejam
desenvolvidos nos educandos, buscando relacionar as experiências históricas deles com
o conhecimento científico histórico, produzindo desta forma um aprendizado significante.
5. AVALIAÇÃO
A proposta de avaliação no ensino de História tem por objetivo favorecer a busca
da coerência entre a concepção de História apresentada e as práticas avaliativas que
integram o processo de ensino e aprendizagem. Nesta perspectiva, a avaliação deve
82estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos de modo que permeie o
conjunto das ações pedagógicas, e não com um elemento externo a este processo.
A avaliação será de forma formativa e qualitativa, sendo os conceitos qualitativos
transferido em valores, ela será um mecanismo pelo qual poderá se diagnosticar como
está ocorrendo o processo de ensino aprendizagem, se os objetivos propostos estão
sendo alcançados e se a prática pedagógica está sendo adequada.
Com a realização de atividades avaliativas ( pesquisas, seminários, testes), serão
analisadas se compreendem a história como prática social, da qual participa como agente
histórico e se conseguem analisar as diferentes conjunturas históricas a partir das
relações de trabalho, de poder e culturais.
Analisando documentos e mapas históricos, busca-se a compreensão do
conhecimento histórico com base no método de problematização das fontes documentais
a partir das quais o pesquisador produz a narrativa histórica.
Através de produção de textos espera-se que os alunos expliquem a respeito da
diversidade étnico-racial, religiosa, social e econômica, partindo do conhecimento dos
processos históricos e a compreensão de que o conhecimento histórico pode validar,
refutar ou complementar a compreensão historiográfica já existente. Será realizada a
recuperação paralela.
6. REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Currículo básico para a escola pública
do Estado do Paraná 3ª ed. Curitiba SEED, 1997.
PARANÁ, Secretaria Estadual de Educação. Diretrizes Curriculares de História para
a Educação Básica. Curitiba, 2006.
PANAZZO, Silvia & VAZ, Maria Luiza. Navegando pela História. São Paulo, Quinteto
Editorial, 2002.
COTRIM, Gilberto. Saber e Fazer História São Paulo, Editora Saraiva, 2002.
83
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
LÍNGUA PORTUGUESA
PROFª JOSELI MARIA MORDASKI DE FRANÇA
841. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Os estudos linguísticos, centrados no texto e na interação social das práticas
discursivas, e as novas concepções sobre a aquisição da língua moderna chegaram ao
Brasil em meados da década de setenta e contribuíram para fazer frente à pedagogia
tecnicista.
O ensino tradicional da língua cedeu espaço a novos paradigmas, envolvendo
questões de uso contextuais valorizando o texto como unidade fundamental de análise.
No Brasil, essas idéias tomaram consistência mesmo, a partir dos anos 80, com um
espaço de interação entre sujeitos que se constituem através dessa interação. A língua,
só se constituiu pelo uso, movido pelos sujeitos que interagem. Estudos linguísticos
mobilizaram os professores para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua
moderna e para reflexão sobre o trabalho nas salas de aula. Pela primeira vez, há uma
mudança no objeto de ensino da disciplina de Língua Portuguesa, gerando a discussão
sobre ensinar ou não a gramática na escola. Como consequência dessa discussão,
surgem propostas de trabalho com a gramática normativa, que se fundamentaram em
contribuições de algumas ciências lingüísticas.
Considerando- se que é na interação verbal que os gêneros do discurso são
constituídos e que é nas diferentes esferas sociais que ocorre a limitação, torna-se
impossível ao ensino de língua não reconhecer a natureza social da linguagem. É dessa
constatação que o enfoque linguístico-enunciativo aparece como alternativa para o ensino
de língua.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, publicados em 1988, assumem a
concepção de linguagem como interação que se realiza nos gêneros.
Ao inserirmos a diversidade de gêneros nas práticas didáticas, colocamos o aluno
em contato com gêneros textuais que são produzidos fora da escola, em diferentes áreas
de conhecimento, para que ele reconheça as particularidades do maior número possível
deles, e possa preparar-se para usá-los de modo competente quando estiver em espaços
sociais não escolares.
Além disso, ao explorar a diversidade textual, o aluno se aproxima das situações
originais de produção dos textos não escolares, como situações de produção de textos
jornalísticos, científicos, literários, médicos, jurídicos, etc. Essa aproximação proporciona
85condições para que ele compreenda como nascem os diferentes gêneros textuais,
apropriando-se, a partir disso, de suas peculiaridades, o que facilita o domínio que deverá
ter sobre eles.
Trabalhar com gêneros textuais permite ainda a articulação das atividades entre as
áreas de conhecimento, contribuindo diretamente para o aprendizado significativo de
prática de leitura, produção e compreensão.
Conforme diz Rodrigues, essas novas concepções “apontam para um estudo mais
funcional centrado no estudo do texto, nos processos de leitura e escrita e em uma nova
metodologia do ensino da língua voltado para o trabalho de análise linguística
(Rodrigues,199, p.96)
Hoje no Brasil essa é a característica do ensino da disciplina de Língua
Portuguesa.
O ensino de Língua Portuguesa no ambiente escolar justifica-se no fato de que é
através da linguagem que o homem se reconhece como ser humano, pois ao comunicar-
se com os outros e trocar experiência certifica-se de seu conhecimento do mundo e dos
outros com quem interage. Isso permite a ele compreender melhor a realidade em que
está inserido e o seu papel como sujeito social. A necessidade de formação de um aluno
com adequadas habilidades para ler, escrever e se expressar oralmente é uma imposição
do século XXI. O sujeito capaz de ler e interpretar adequadamente um texto torna-se mais
apto ao exercício de sua cidadania, mais crítico e assim, mais preparado para intervir na
sociedade, além de ser capaz de estabelecer parâmetros de avaliação para a imensa
quantidade de informação que está ao seu alcance. È tarefa da escola possibilitar que
seus alunos participem de diferentes práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a
oralidade, com a finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação propiciando ao
aluno, a conscientização de que por meio da linguagem, atribuímos sentido ao mundo,
quer através dela influenciamos e somos influenciados, enfim, é preciso possibilitar uma
visão geral que dê condições ao educando de compreender a dimensão do processo
comunicativo como um mecanismo através do qual se estabelece relação de poder.
2. OBJETIVOS GERAIS
Os objetivos gerais e as práticas deles decorrentes supõem um processo
86longitudinal de ensino e aprendizagem que se efetiva nas diferentes práticas sociais
buscando:
empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada
contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e
propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas
sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do
contexto de produção;
analisar os textos produzidos, lidos e ou/ ouvidos, possibilitando que o aluno amplie
seus conhecimentos lingüístico- discursivos;
aprofundar por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da
escrita;
aprimorar os conhecimentos lingüísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expansão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao
aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-
se, também, da norma padrão.
3. CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais
de circulação em conformidade com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
5ª Série.
Gêneros discursivos: história em quadrinhos, piadas, adivinhas, lendas, fábulas, contos
de fadas, poemas, narrativas, dramatização, exposição oral, causos, carta, e-mail,
receitas, convite, autobiografia, cartaz, classificados, verbete, quadrinhas, cantigas de
rosa, bilhete, mapas, regras, etc.
87Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social.
Leitura
•Tema do texto;
• Interlocutor;
•Finalidade;
•Argumentos do texto;
•Discurso direto e indireto;
•Elementos composicionais do gênero;
•Léxico;
•Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Escrita
• Contexto de produção;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Argumentatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Divisão do texto em parágrafos;
• Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
Oralidade
9. Tema do texto;
10. Finalidade;
8811. Argumentos;
12. Papel do locutor e interlocutor
13. Elementos lingüísticos: entonação, pausas, gestos... ;
14. Adequação do discurso a gênero;
15. Turnos de fala;
16. Variações lingüísticas;
17. Marcas lingüísticas: coesão, coerência ,gírias, repetição, recursos
semânticos.
6ª Série
Gêneros discursivos: entrevista, (oral e escrita), crônica de ficção, música, notícia,
estatutos, narrativa mítica, tiras, propaganda, exposição oral, mapas, paródia, chat,
provérbios, torpedos, literatura de cordel, carta, diário, cartum, história em quadrinhos,
placas, etc
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social.
Leitura
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto
• Argumentos do texto;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Informações explícitas e implícitas;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Repetição proposital de palavras;
• Léxico;
• Ambigüidade;
• Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
89pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Escrita
• Contexto de produção;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
Oralidade
18. Tema do texto;
19. Finalidade;
20. Papel do locutor e interlocutor
21. Elementos lingüísticos: entonação, pausas, gestos... ;
22. Adequação do discurso a gênero;
23. Turnos de fala;
24. Variações lingüísticas;
25. Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
26. Semântica.
7ª Série
Gêneros discursivos: regimento, slogan, telejornal, telenovela, reportagem, (oral e
escrita), pesquisa, conto fantástico, narrativa de terror, charge, crônica, paródia, resumo,
anúncio publicitário, sinopse de filme, poema, biografia, narrativa de ficção científica,
90relato pessoal, outdoor, blog, haicai, júri simulado, discurso de defesa e acusação, mesa
redonda, dissertação escolar, regulamentos, caricatura, etc.
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social.
Leitura
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
•Argumentos do texto;
•Contexto de produção;
• Intertextualidade;
•Vozes sociais presentes no texto;
•Elementos composicionais do gênero;
•Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
•Ambigüidade;
•Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito),;
•Semântica
-operadores argumentativos;
-ambiguidade;
-sentido figurado;
-expressões que denotam ironia e humor no texto.
Escrita
• Conteúdo temático;;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Informatividade;
• Contexto e produção;
• Intertextualidade;
•Vozes sociais presentes no texto;
•Elementos composicionais do gênero;
91•Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito);
•Concordância verbal/nominal.
•Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
•Semântica;
-operadores argumentativos;
-ambiguidade;
-significado das palavras;
-sentido figurado;
-expressões que denotam ironia e humor no texto
Oralidade
27. Conteúdo temático;
28. Finalidade;
29. Argumentos;
30. Papel do locutor e interlocutor
31. Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas, gestos... ;
32. Adequação do discurso a gênero;
33. Turnos de fala;
34. Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
35. Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
36. Elementos semânticos;
37. Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
38. Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
8ª Série
Gêneros discursivos: artigo de opinião, debate, reportagem oral e escrita,
manifesto, seminário, relatório científico, resenha crítica, narrativa fantástica, romance,
92histórias de humor, contos, música, charges, editorial, curriculun vitae, entrevista,
assembléia, agenda cultural, reality show, conferência, palestra, fotoblog, depoimento,
imagens, instruções.
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social.
Leitura
• Conteúdo temático
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Argumentos do texto;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Discurso ideológico presente no texto;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
• Progressão referencial no texto;
• Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito),;
• Semântica
-operadores argumentativos;
-polissemia;
-sentido figurado;
-expressões que denotam ironia e humor no texto.
Escrita
• Conteúdo temático;;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Informatividade;
93• Contexto e produção;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
• Progressão referencial no texto;
• Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito);
• Sintaxe de concordância;
• Sintaxe de regência;
• Processo de formação das palavras;
• Vícios de linguagem;
• Semântica;
-operadores argumentativos;
-modalizadores
-polissemia
Oralidade
39. Conteúdo temático;
40. Finalidade;
41. Argumentos;
42. Papel do locutor e interlocutor;
43. Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas, gestos... ;
44. Adequação do discurso a gênero;
45. Turnos de fala;
46. Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
47. Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
48. Semântica;
49. Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
50. Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
94
4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino e a aprendizagem com a participação têm como suporte básico a
realidade escolar. Assim, devemos escolher métodos e atividades como situações-
problemas para serem resolvidos pelo aluno, levá-lo a pensar e processar informações,
utilizar materiais de uso social e não apenas escolares. Os alunos aprendem sobre algo
que tem função-social e se mantêm atualizados sobre o que acontece no mundo,
estabelecendo vínculo necessário entre o que é aprendido na escola e o conhecimento
extra-escolar.
A metodologia deve ser ativa e diversificada, compreendo o trabalho
individualmente e também em pequenos grupos. È importante ensinar a língua de forma
significativa em contato direto com ampla variedade de textos.
No processo de ensino-aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa serão
trabalhadas as práticas discursivas: oralidade, escrita, leitura e literatura e também a
prática da análise lingüística.
A prática da oralidade proporciona aos alunos oportunidades de refletir sobre a
linguagem oral em contextos variados, oferecendo diferentes situações de produção de
textos orais, seja o falar informalmente sobre um assunto, seja solicitando a se manifestar
de forma estruturada para justificar uma posição, expor uma informação, narrar ou
descrever algo. As atividades devem estar organizadas de modo que possam contemplar
os vários níveis de formalidade como: seminários, dramatizações, simulações de
programas, encenações da vida cotidiana, atividades em grupo que envolva o
planejamento e a realização de pesquisas, exposição oral sobre temas estudados,
narração de fatos e acontecimentos, seminários, dramatização de textos teatrais,
simulação de programas de rádio e de televisão, discursos, entre outros.
Na escrita há diversos gêneros escritos e digitais que podem ser trabalhados em
sala de aula como: convite, bilhete, carta, cartaz notícia, editorial, artigo de opinião, carta
do leitor, relatórios, resultado de pesquisa, resumos, resenhas, contos, poemas, receitas,
bulas, blog, e-mail, etc. É importante realizar a discussão do tema a ser produzido, do
gênero, finalidade e interlocutores, realizar várias leituras sobre o tema e o gênero
proposto, acompanhar a produção textual onde haja coerência, argumentação, coesão
95textual, criatividade na expressão e na elaboração de textos solicitados, trabalhar a
reescrita textual refletindo sobre os elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
A leitura é um elemento central em torno do qual devem ser pensadas e
organizadas as atividades de trabalho com a língua materna. É o meio de que os alunos
dispõem para adquirir informações e desenvolver reflexões críticas sobre a realidade e
informações submetidas à reflexão crítica são indispensáveis à produção de textos
escritos. A leitura feita adequadamente também permite depreender esquemas e formas
da língua escrita, que tem normas próprias. Portanto, o texto será o principal apoio em
todo o trabalho através do confronto entre diferentes esferas sociais: literária, cotidiana,
científica, escolar, publicitária, política, jurídica, produção e consumo e midiática. Tomar o
texto como objeto de estudo é uma necessidade metodológica para um ensino que
pretenda ser significativo e formador, evitando a mera exposição de conteúdos estanques,
saberes fragmentados e classificações desconectadas de um contexto em uso. As
atividades relacionadas á leitura como leitura livre, discussão de um livro, busca de leitura
na biblioteca, leitura de livros, jornais, revistas, obras literárias e gibis, proporcionarão ao
aluno oportunidades de explorar a compreensão, a interpretação e a expansão dos
sentidos atribuídos á leitura, discutir sobre as impressões sobre detalhes do texto, dúvidas
do vocabulário, e comentários sobre o autor e o tema do texto.
Quanto à literatura a escola tem o papel de, ao contemplar e contribuir para a
ampliação dessas competências de alunos, leitores em formação, progressivamente,
leva-los ao contato e trabalho com o domínio de alguns aspectos literários, presentes em
narrativas de várias obras e diferentes autores. Cabe ao professor interagir entre a obra e
o leitor, resgatar o leitor de sua “passividade”, valorizar obra, autor e o leitor, despertar o
gosto pela leitura e o hábito de ler, socializar-se em sala, privilegiar a leitura/fruição.
Apresentar aos alunos diversos clássicos da literatura universal fazendo, leitura e
releitura das histórias contemporâneas e das temáticas abordadas, debates sobre as
idéias e temas contidas nos textos, leitura em jogral de poemas trabalhados, leitura de
textos, leitura dramatizada, exposição oral, de painéis, estudo de trechos escolhidos pelos
alunos, recriação por meios (desenho, quadrinhos, murais, representação teatrais de
cenas) entre outros.
A análise lingüística deve ser ensinada visando levar o aluno a entender o
96funcionamento da língua e é uma prática complementar às práticas de leitura, oralidade e
escrita. As atividades buscam realizar um trabalho contextualizado e funcional com os
conhecimentos lingüísticos, articulando-se às leituras que o aluno realiza e às reflexões
que propiciam em termos de uso da linguagem. Não será considerada somente a
gramática normativa, mas também a descritiva, internalizada, e a reflexiva. O estudo dos
conhecimentos linguísticos será a partir de gêneros selecionados para leitura e escuta,
textos produzidos pelos alunos, dificuldades apresentadas pela turma, compreensão das
semelhanças e diferenças - dependendo do gênero do contexto de uso e da situação de
interação, e dos textos orais e escritos. Os alunos devem ser levados a conhecer e
respeitar as diferentes variedades da Língua Portuguesa, para que possam escolher o
nível adequado a cada situação comunicativa e não tenham qualquer tipo de preconceito.
Os recursos didáticos e tecnológicos a serem utilizados em Língua Portuguesa
serão: jornais, revistas, folder, livros didáticos e de literatura, textos impressos, vídeos,
laboratório de informática, jogos, equipamentos de som, DVD, TV, laboratório de
informática, bibliotecas, visita a teatro e museus, cinema, entre outros.
Os conteúdos sobre “História e cultura afro-brasileira e Africana, Lei 10.639/03”,
“História e Cultura Afro-Brasileira, Indígena Lei 11.645/08” “História do Paraná Lei
13.381”, “Meio Ambiente Lei 9.795/99” “Educação Sexual e Prevenção à AIDS e DST, Lei
11733/97” e “Educação no Campo”, serão trabalhados no decorrer do ano letivo de forma
contextualizada. Em Língua Portuguesa serão feitas atividades de pesquisa em jornais,
revistas e internet sobre cada assunto, debates, estudos de textos informativos, poéticos,
narrativos, obras literárias, mapas, gráficos e tabelas, Leitura e interpretação de letras de
músicas ligadas a cada tema.
5. AVALIAÇÃO
O processo de avaliação implica um longo caminho desde a definição do que ser
avaliado até as formas de abordagem. A essas questões também estão atreladas e
relacionadas a certas particularidades: quem são os alunos e quais são os limites e
possibilidades das avaliações propostas. Isso porque não se está avaliando um objeto
concreto, passível de ser observado, mas um processo humano contínuo.
É preciso entender que antes de avaliar deve-se ensinar. É fundamental também
97lembrar que se trata de um processo pelo qual se constrói o conhecimento e durante o
qual o aluno é levado a mostrar o que sabe “ler, compreender, interpretar, estabelecer
relações e expressar-se”.
A avaliação como instrumento vai além da simples e pontual referência das provas.
Ao contrário, deve ser permanente e contínua, cumulativa e processual e incluir o
conjunto de tarefas realizadas pelo aluno no ano escolar. É realizada em função dos
conteúdos, utilizando métodos e instrumentos diversificados.
O papel da avaliação é diagnosticar, reforçar e permitir que o aluno cresça, permitir
como ele está aproveitando tudo que aprendeu durante as aulas para compreender os
temas estudados e para resolver problemas proposto.
A avaliação é um instrumento diagnóstico e de acompanhamento da
aprendizagem por meio da produção, da leitura, da escrita e compreensão que o aluno
tem do mundo, buscando sempre desenvolver uma visão crítica.
Avaliar é dinamizar oportunidades de ação-reflexão, o que implica um
acompanhamento permanente do professor, oportunizando ao aluno reflexões acerca do
mundo, formando, segundo Hoffmann (1998), pessoas críticas, libertárias e participativas
na construção de verdades formuladas e reformuladas.
A avaliação somativa será realizada ao final de um programa, é usada para definir
uma nota. A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino - aprendizagem, o aluno que não domina um conteúdo tem direito a uma
recuperação paralela, onde o conteúdo é trabalhado novamente e é dada outra avaliação
para definir e recuperar.
Os critérios de avaliação de Língua Portuguesa devem estar voltados para as
práticas sociais da linguagem: oralidade, leitura, escrita e análise lingüística.
Na oralidade será avaliada, primeiramente, em função da adequação do
discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações observando se o aluno utiliza o
discurso com a situação de produção formal e informal; atém-se ao tema proposto, atende
às finalidades do texto solicitado (narrar, argumentar, relatar, descrever ou instruir),
apresenta argumentos que sustentam o ponto de vista, elabora textos coerentes de
diferentes gêneros textuais, emprega corretamente os recursos de coesão que garantem
a coerência do texto, emprega a linguagem adequada ao contexto, elabora texto com
informatividade e aceitabilidade
98A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que o aluno emprega no
decorrer da leitura: compreende o texto lido e o sentido construído, faz reflexão de sua
resposta ao texto, identifica a tese de um texto, identifica a finalidade de textos de
diferentes gêneros, estabelece relações dialógicas entre os textos, desvenda
posicionamentos ideológicos no meio social e cultural, identifica informações implícitas no
texto, reconhece efeitos de humor provocados pela ambiguidade em textos verbais e não-
verbais e amplia o horizonte de expectativas.
Em relação à escrita o que determina a adequação do texto escrito são as
circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. A partir daí que o texto escrito
será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais. No ato da reescrita o aluno passa
da condição de produtor à de leitor e analista de seu texto onde muitos aspectos textuais
podem vir à tona, sobretudo àqueles ligados à coesão e à coerência textuais. Observar se
o aluno expressa suas ideias com clareza, elabora textos atendendo às situações de
produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade)a continuidade temática, adequada a
linguagem de acordo com o contexto exigido: formal e informal,elabora argumentos
consistentes, produz textos respeitando a sequência lógica,adequada o texto ao tema
proposto,estabelece relações entre partes do texto, identificando repetições ou
substituições.
Na análise linguística - texto oral e escrito - os elementos linguísticos usados nos
diferentes gêneros precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada
que permitam compreender esses elementos no interior do texto observando se o aluno:
diferencia o contexto de uso da linguagem formal e informal, usa recursos textuais como
coesão e coerência, informatividade, e utilize recursos linguísticos como pontuação, uso e
função do artigo, pronome, amplia o vocabulário, identifica a concordância presente em
textos longos e de estruturas complexas, reconhece como estabelecer complementação
do verbo e de outras palavras, utiliza flexões verbais para indicar diferenças de tempo e
modo, estabelece relações semânticas entre as partes do texto.
Quanto aos instrumentos avaliativos, eles devem contemplar as diferentes
características dos estudantes. Qualquer que seja o instrumento adotado, deve-se deixar
claro se ele é relevante para compreender o processo de aprendizagem da turma e
mostrar caminhos para uma intervenção visando sua melhoria. Na disciplina de língua
portuguesa os instrumentos utilizados são: dramatização, debate, palestra, exposição de
99trabalhos, produção de diferentes tipos de textos, refacção de textos, pesquisa, avaliação
escrita envolvendo análise lingüística, trabalhos individuais e em grupos, entre outros.
6. REFERÊNCIAS
MARCHEZI, vera – Coleção tudo é linguagem (Língua Portuguesa) 5ª a 8ª Série
RODESPIEL, Maria- Alfabetização em segredos Ens. Fund.
CÓCCO, Maria Fagundes- Alp (Análise, linguagem e pensamento) Língua
Portuguesa.
Paraná Secretaria do Estado da Educação Currículo Básico para a Escola Pública
do Estado do Paraná, 3ª Ed- Curitiba, 1997,
BAGNO, Marcos A Língua de Eulália. São Paulo, contexto, 2004
LUKESI, Cipriano Carlos- Filosofia da Educação , São Paulo: Cortez 1992.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA- DCEs -2008
100
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
MATEMÁTICA
PROFº ROBERTO LEMOS DEBACCO
1011. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Considera-se a História da Matemática como um elemento orientador na
elaboração de atividades, na criação das situações - problema, na fonte de busca, na
compreensão e como elemento esclarecedor de conceitos matemáticos.
Possibilitam o levantamento e a discussão das razões para a aceitação de certos
fatos, raciocínios e procedimentos para parte do estudante.
Durante o processo de ensino e da aprendizagem é importante que o professor
possibilite ao aluno o entendimento de que as sociedades nem sempre utilizaram o
mesmo sistema de numeração, como também houve mudanças significativas nas
técnicas de cálculo e que estas foram elaboradas segundo as necessidades da
humanidade.
Para a construção desses conceitos é necessário que haja situações que
identifique o aluno em sua pratica diária, que ele se encontre diante de um problema.
Os conteúdos em alguns casos podem ser abordados por meio de problemas.
Esses problemas deveram levar o aluno a pensar em uma maneira de resolver a situação,
e não requerer uma resolução mecânica com uso de formulas ou processo operatório
aprendido durante a aula; pois quando um aluno interpreta um problema e o estrutura,
nem sempre precisara de formulas para resolvê-lo.
O saber matemático deve ser considerado um conjunto de idéias, no qual o aluno
precise recorrer a conhecimentos já aprendidos para resolver a situação problema em
relação ao tratamento de informações, trabalharem com idéias básicas, interpretar suas
informações e fazer comparações para construir atitudes criticas diante de situações
apresentadas no seu dia-a-dia.
2. OBJETIVO GERAL
É importante entender a História da Matemática no contexto da prática escolar
como componente necessário de um dos objetivos primordiais da Matemática. Sendo
assim se faz necessário que os estudantes compreendam a natureza da Matemática e a
sua relevância na vida da humanidade.
Um dos objetivos da disciplina de Matemática é transpor, para a prática docente, o
102objeto Matemático construído historicamente e possibilitar ao estudante ser um
conhecedor desse objeto.
Proporcionar ao aluno uma visão geral dos conhecimentos matemáticos como meio
para compreender e transformar o mundo a sua volta e perceber a importância de jogos
intelectual característicos da Matemática, como aspecto que estimula o interesse, a
curiosidade e o desenvolvimento da capacidade e dando uma maior agilidade na
resolução de problemas;
Selecionando, organizando e produzindo informações relevantes, para interpretá-
las e avalia-as criticamente;
Comunicar-se matematicamente, descrever, representar e apresentar resultados
com precisão e argumento sobre suas conjeturas, fazendo uso da linguagem oral
estabelecendo relações entre elas e diferentes representações matemática;
Fazer com que o aluno se sinta seguro da própria capacidade de construir
conhecimentos matemáticos, desenvolvendo sua autoconfiança e a perseverança na
busca de soluções.
3. CONTEÚDOS
5ª Série
Numeração e sistema de numeração
Os números naturais(N)
Divisibilidade: Divisores e múltiplos de números naturais
Os números racionais e sua forma fracionariam
Os números racionais e sua forma decimal
Os números e o sistema decimal de medidas
Cálculos numéricos
As seis operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação, divisão,
potenciação, e radiciação)
História da matemática
Resolução de problemas
Pesquisa de dados em relação á população negra.
1036ª Série
Medidas
51.Os números inteiros
52. Fórmulas matemáticas e o cálculo de medidas
53. Números racionais relativos
54. Transformação de unidades de medidas de massa, capacidade, comprimento e
tempo.
55. Estudando as equações
56. Estudando as inequações
57.Razão e proporção: Estudo e aplicações
58.Grandezas proporcionais: Regra de três
59.Resolução de problemas
60.História da matemática
61.Pesquisa de dados com relação á população negra
7ª Série
Geometria
2. Porcentagem e juro simples
3. Noções de geometria espacial
4. Potencias e raízes
5. Os números reais(R)
6. Introdução ao calculo algébrico
7. Estudando polinômios
8. Calculo algébrico: estudando frações algébricas
9. Estudando as frações do 1° grau com uma incógnita
10. Estudando sistema de equações do primeiro grau
11. Resolução de problemas
12. História da matemática
13. Cálculo numérico
14. Pesquisa de dados com relação á população negra
1048ª Série
Tratamento da Informação
4. Leitura e interpretação de dados por meio de tabelas, listas diagramas, quadros e
gráficos.
5. Estudando as potências e suas propriedades
6. Calculando com radicais
7. Estudando equações do 2° grau
8. A representação gráfica
9. A idéia de função
10. Função polinomial do 1° grau
11. Função polinomial do 2° grau ou função quadrática
12. Resolução de problemas
13. História da matemática
14. Cálculo numérico
15. Pesquisa de dados com relação á população negra
4. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A iniciação Matemática deve focalizar os inter-relacionamentos de sua prática
diária e concreta com um contexto Histórico e Social do educando.
Esse enfoque deu maior autonomia no processo de mudança da pratica
pedagógica, é necessário que assuma esse compromisso de construção desses
conceitos matemáticos iniciando por meios de situações reais que possibilitam o aluno
tomarem consciência de que já tem algum conhecimento sobre o assunto.
A situação problema é o ponto de partida da atividade matemática. Os conteúdos
devem ser abordados com a apresentação de problemas, e este não deve ser um ato de
resolução mecânica com a simples aplicação de fórmulas ou processo operatório
aprendido durante a aula.
O conhecimento matemático deve ser considerado como um conjunto de idéias no
qual o aluno percebe que para resolver a questão é necessário recorrer a informações já
adquiridas e que precisam ser interligados, pois a resolução não deve ser apresentada
como uma finalidade em si, mas com base nela, é possível desenvolver conceitos atitudes
105e procedimentos matemáticos.
Em relação ao tratamento de informações, trabalhar com exemplo concreto,
interpretar suas informações e fazer comparações para construir atitudes critica diante de
situações apresentadas no dia-a-dia.
5. AVALIAÇÃO
Avaliar segundo a concepção de Educação Matemática tem um papel de mediação
no processo de ensino e aprendizagem, ou seja, ensino aprendizagem e avaliação devem
ser vistos como integrantes de um mesmo sistema. Cabe ao professor considerar no
contexto das práticas de avaliação encaminhamentos diversos como a observação, a
intervenção, a revisão de noções e subjetividades, isto é, buscar diversos métodos
avaliativos.
Além disso, uma prática avaliativa em Educação Matemática, precisa de
encaminhamentos metodológicos que perpassem uma aula, que abram espaço á
interpretação e a discussão, dando significado ao conteúdo trabalhado e a compreensão
por parte do aluno.
E para que isso aconteça, é fundamental o diálogo entre professor e alunos, na
tomada de decisões, nas questões relativas dos conteúdos para se avaliar na função da
avaliação e nas constantes retomadas avaliativas se necessário.
Devemos considerar os caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas de
solucionar problemas que lhe são propostos, e, a partir do diagnostico de suas
dificuldades, procurarem ampliar sua visão o seu saber, sobre o conteúdo em estudo,
levando em consideração o processo como um todo.
Não devemos nos ater apenas em resultado, pois sabemos que não é o único
elemento a ser contemplado na avaliação. É necessário observar o processo de
construção do conhecimento. Os erros não devem apenas ser constatados, é necessário
que naja um tratamento adequado.
Diagnosticar os caminhos trilhados pelos alunos para explorarmos as
possibilidades advindas destas dificuldades, que resultem de uma visão parcial que o
aluno possui do conteúdo.
Para tanto, aplicar o Plano Político Pedagógico deve atuar em duas grandes
frentes, ou seja: Avaliação escrita com recuperação paralela quando necessário e
106avaliação diagnostica, na qual envolvera trabalho coletivo, exercícios, oralidade
matemática, trabalhos extra-classe, assiduidade e participação. A avaliação escrita
compreende duas modalidades: a primeira, uma avaliação de múltipla escolha e a outra
discursiva. Estas avaliações terão valores diferenciados, totalizando sua somatória a dez
pontos.
6. Referências:
Bibliografia básica:
GIOVANNI, José Ruy, 1937 – Matemática pensar e descobrir: o + novo / GIOVANNI, e
GIOVANNI JR. 5ª a 8ª serie. – São Paulo: FDT, 2002. – (Coleção matemática pensar e
descobrir )
Bibliografia de apoio:
MORI, Iracema, 1942. Matemática: Idéias e desafios, 5ª a 8ª serie / Iracema Mori, Dulce
Satico Onaga. – 11. Ed. - São Paulo: Saraiva 2002.
Paraná, Secretaria de Estado da Educação, Currículo Básico para a Escola Pública
do Estado do Paraná 3ª ed., Curitiba, SEED, 1997.
107
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
L E M INGLÊS
PROFº TATIELI RIBAS SANTANA
1081. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
As suposições e teses que regem o universo acerca da aprendizagem da Língua
Estrangeira diferem fundamentalmente, constituindo-se uma grade de hipótese e teorias
que clamam por aprofundamento e estudo objetivando conhecer o seu real processo de
aprendizado.
A língua é a expressão natural de uma cultura, compreendê – la significa também
compreender os valores daquela cultura e valorizar a sua própria língua e seus valores.
Por isso, privar o cidadão do aprendizado de outras línguas é negar – lhe mais poderoso
subsidio de acesso a outras culturas e restringi-lo à universidade limitada de seu próprio
mundo. Incentivá-lo acesso aprendizado é subsidiá-la na compreensão do homem,
enquanto ser histórico criado de si mesmo.
Com a globalização da economia e dos mercados, hoje já não se pode conceber
nenhuma profissão em que o conhecimento da LEM não seja necessário. Na sociedade
Brasileira atual o inglês tem estado presente como língua hegemônica (dominadora) nas
várias áreas de atividade humana, nos meios de comunicação, no comércio na ciência e
na tecnologia.
Supõe-se uma nova postura metodológica do professor numa abordagem mais
comunicativa, na tentativa de ensinar e se comunicar na Língua Estrangeira, deixou de
lado a relação entre comunicação e cultura, e a necessidade de entender a comunicação
entre falantes nativos e não – nativos como comunicação intercultural mais do que
comunicação na Língua alvo.
A expansão do inglês no mundo não é mera expansão da língua mas também uma
expansão de um conjunto de discursos que fazem circular ideias de desenvolvimento,
democracia, capitalismo, neoliberalismo, modernização.
O ensino da Língua Inglesa contribui para a formação e o desenvolvimento
psicologico, social, cultural e afetivo do aluno dando - lhe conhecimentos gerais que lhe
permitem estudos mais complexos posteriormente, o inglês é indispensável, pois fornece
instrumento de comunicação em quase todo o mundo, sendo um veículo de comunicação
internacional e de informação acerca do mundo, o inglês é a Língua que levará o aluno à
fonte das informações. Além das quatro habilidades linguísticas abordadas ler,
escrever,ouvir e falar, ainda há outras “mini” habilidades a serem trabalhadas como
109resumir, descrever, escrever um cartão postal, fazer cartazes compreender oralmente,
dramatizar, narrar uma história.
2. OBJETIVO GERAL
Ao conceber que a língua, objeto de estudo da LE, contempla as relações com a
cultura, a ideologia, o sujeito e a identidade, tem-se clareza de suas implicações no
processo de ensino e de aprendizagem da perspectiva, é fundamental que os professores
compreendam o que se pretende com o ensino da LE, ou seja, ensinar a aprender
percepções de mundo e maneiras de construir sentido·.
Integrar o educando no mundo atual, oferecendo lhes a oportunidade de praticar a
Língua Estrangeira Moderna, lendo, ouvindo, compreendendo e escrevendo conhecendo
assim a diversidade cultural que existe no mundo.
O avanço tecnológico da comunicação contempla o conhecimento, o domínio e a
influência da língua Estrangeira e Moderna como instrumento de comunicação universal
em todos os campos de atuação do homem, seja pessoal ou profissional.
O ensino de uma Língua Estrangeira aplicada em condições adequadas e com boa
habilidade por parte do professor através de exposições inovadoras, proporciona uma
experiência nova, ampliando progressivamente o horizonte do aluno, mediante sua
participação um novo contexto cultural, somando-se a sensação agradável de realização.
Para que a experiência de aprendizagem seja completa e proporcione ao aluno
conhecimentos para uso profissional.
Propõe - se que a aula de LEM constitua um espaço para que o aluno reconheça e
compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva
discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao
mundo em que vive. Espera – se que o aluno compreenda que os significados são sociais
e historicamente construídos e, portanto passíveis de transformação.
3. CONTEÚDOS
5º Série
Conteúdos estruturantes:
110Discurso com prática social
Conteúdos Básicos:
Leitura
*Tema do texto;
*Interlocutor;
*Finalidade;
*Aceitabilidade do texto:
*Informatividade;
*Elementos composicionais do gênero;
*Léxico;
*Repetição proposital de palavras;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência,função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Escrita
*Tema do texto;
*Interlocutor;
*Finalidade do texto;
*Informatividade;
*Elementos composicionais do gênero;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
*Acentuação gráfica;
*Ortografia;
*Concordância verbal/nominal.
Oralidade
*Tema do texto;
*Finalidade do texto;
*Papel do locutor e interlocutor;
*Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
*Adequação do discurso ao gênero;
111*Turnos de fala;
*Variações linguísticas
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
Alphabet
Greetings
First and last name, nickname
To be – present
Possessive adjectives
Personal pronouns (he, she, we, it)
Family
Adjectives
To be (forma afirmativa)
Numbers
How old are you?
Verbo to be (forma negativa and interrogativa)
Demonstrative pronoumes (this, that, these, those)
Article
Clothes
Prepositions on-in-under
Vocabulary (objects)
Colors
Questions words (what, where, how)
Indefinitive articles an/a
Nationalitiess
Profissões
Season
Months
Days of the week
Demonstrative pronouns (these, those)
Vocabulary (animals)
What time is it?
112Prepositions (on-at)
Música
Jogos
Dramatização
Produção de textos
Formas linguísticas
Traduções
Regras gramaticais
6ª série
Conteúdos Básicos:
Leitura
*Tema do texto;
*Interlocutor;
*Finalidade do texto;
*Informatividade;
*Situacionalidade;
*Informações explícitas;
*Discurso direto e indireto;
*Elementos composicionais do gênero;
*Repetição proposital de palavras;
*Léxico;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Escrita
*Tema do texto;
*Interlocutor;
*Finalidade do texto;
*Discurso direto e indireto;
*Elementos composicionais do gênero;
*Marcas linguísticas; coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
113pontuação,recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem;
*Acentuação gráfica;
*Ortografia;
*Concordância verbal/nominal.
Oralidade
*Tema do texto;
*Finalidade;
*Papel do locutor e interlocutor:
*Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
*Adequação do discurso ao gênero;
*Turnos de fala;
*Variações linguísticas;
*Marcas linguísticas, coesão,coerência, gírias,repetição, semântica.
62.There to be
63.Review vocabulary (clothes, objects)
64.How many
65.Fruits
66.Prepositions: in, under, on
67.How much
68.Review numbers
69.Places (dar informações de lugares)
70.Prepositions of places (behind, between, in front of)
71.Can/can’t
72.Verbs
73.Possessive case
74.Questions word (whose)
75.Simple present (regular verb)
76.Auxiliary verbo do
77.Verb like
78.Food and drink
11479.Música
80.Jogos
81.Dramatização
82.Produção de textos
83.Formas linguísticas
84.Traduções
85.Regras gramaticais
7ª Série
Descrever hábitos utilizando o simple present, o simple past, o present, contínuos,
expressar ações futuras empregando as formas going to e will.
15. Review
16. What time is it?
17. Ordinal numbers
18. Plural of nouns ending (s,ss,sh,ch,o,x,y)
19. Simple present tense: he /she (afirmativa, negativa, interrogativa)
20. Uso do “do e does”
21. Positions of adjectives: size, before colors
22. To have (simple present)
23. Present progressive tense (afirmativa, interrogativa e negativa)
24. Simple present contrasted with oresent proguissive
25. Frequency adverbs: always, usually, never, hever
26. Review: questions words (where, how, when and present progressive tense, simple
present tense
27. Simple past tense verbal to be (there to be)
28. Afirma tive negativa an interrogativa.
29. Questions (yesterday, last, week)
30. Review: How many and How much
31. Possessive adjectives: my, your, her, his, our, their
32. Why because
33. Verb can (affirmative, negative and interrogative
11534. Verb must
35. Conidial would
36. Fature tense (afirmativa, negativa, interrogativa)
37. Música
38. Jogos
39. Dramatização
40. Produção de textos
41. Formas linguísticas
42. Traduções
43. Regras gramaticais
8ª SÉRIE
Descrever hábitos utilizando o simple present, o simple past, o present, contínuos,
expressar ações futuras empregando as formas going to e will.
16. review
17. What time is it?
18. Ordinal numbers
19. Plural of nouns ending (s,ss,sh,ch,o,x,y)
20. Simple present tense: he./she (afirmativa, negativa, interrogativa)
21. Uso do “do e does”
22. Positions of adjectives: size, before colors
23. To have (simple present)
24. Present progressive tense (afirmativa, interrogativa e negativa)
25. Simple present contrasted with oresent proguessive
26. Frequency adverbs: always, usually, never, hever
27. Review: questions words (where, how, when and present progressive tense, simple
present tense
28. Simple past tense verbal to be (there to be)
29. Afirma tive negativa an interrogativa.
30. Questions (yesterday, last, week)
31. Review: How many and How much
11632. Possessive adjectives: my, your, her, his, our, their
33. Why because
34. Verb can (affirmative, negative and interrogative
35. Verb must
36. Conditional would
37. Fature tense (afirmativa, negativa, interrogativa)
4. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Propõe-se fazer da aula de LEM- Inglês um espaço para que o aluno reconheça e
compreenda a diversidade linguística e cultural oportunizando - o a engajar-se
discursivamente e a perceber possibilidades de construção e significados em relação ao
mundo que vive. Isso quer dizer que os significados são sociais e historicamente
construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.
O ensino e a aprendizagem têm como base a realidade da escola, conhecer os
alunos e verificar o que já sabem da língua são primeiras tarefas do professor.
Escolhendo assim estratégia de ensino mais adequada.
Os textos aplicados devem estar adequados ao vocabulário do aluno, devendo ter
um aprofundamento maior na leitura.
Assim devemos escolher atividades nas quais os alunos obtenham a
conscientização do papel da Língua Estrangeira Moderna na sociedade.
O aprendizado de uma Língua Estrangeira proporciona a consciência sobre o que
seja a língua e suas potencialidades na interação humana, dando oportunidades de
expandir suas capacidades.
Na 5ª e 6ª séries dar ênfase na oralidade e aquisição de vocabulário, executando
jogos e revisão dos conteúdos constantemente, visto que a LEM necessita da repetição
para assimilação, necessitando de um trabalho lúdico, trabalho com cópia para a melhoria
da ortografia.
Na 7ª e 8ª séries serão trabalhados textos diversos, onde os temas chave serão
aplicados antes do início da leitura e proposta pergunta para que os mesmos discutam.
Dar informações culturais e geográficas dos países que fazem uso da LEM.
Receber visitas de estrangeiros na escola, fazendo passeios em locais de enriquecimento
117cultural para o aluno. Organizando eventos que fazem parte da cultura da LEM.
Os recursos a serem utilizados serão TV, vídeos, DVDs, aparelho de som as
músicas serão adequadas aos conteúdos e selecionadas canções da atualidade. O DVD
será usado com recurso para aprendizagem de vocabulário e das habilidades de ouvir e
ler. Também serão selecionado filmes atuais de acordo com os conteúdos
AVALIAÇÃO
A avaliação ultrapassa os procedimentos adotados, pelas escolas de apenas
constatar o nível de conhecimento do aluno por meio de testes e provas. A avaliação da
aprendizagem de LEM está intrinsecamente atrelada á concepção de língua e aos
objetivos para o ensino da LEM.
Assim, o caráter educacional da avaliação constitui num instrumento facilitador na
busca de orientações e intervenções pedagógicas, não se atendo apenas ao conteúdo
desenvolvido, mas aqueles vivenciados ao longo do processo, de forma que os objetivos
sejam alcançados.
Nunca é demais mostrar aos alunos a importância de aprender outra Língua.
Lembrar a eles que quem conhece o idioma tem acesso a mais informação. Além disso,
suas chances de entrar numa boa universidade ou de conseguir um bom emprego são
bem maiores.
A avaliação se constitui num instrumento facilitador na busca de orientações e
intervenção pedagógica, não somente apenas o conteúdo desenvolvido, mas aqueles
vivenciados durante o processo, identificando as dificuldades e propondo um
encaminhamento para superar as dificuldades constatadas.
Para que o aluno seja capaz de usar a língua em situações de comunicação escrita
ou oral, reconhecendo o benefício que ela lhe oferece.
Leitura
É importante que o professor avalie se o aluno:
Identifica o tema;
Realiza leitura compreensiva do texto;
Localize informações explícitas no texto;
Amplie seu horizonte de expectativas;
Amplie seu léxico;
118Identifique a ideia principal do texto.
Perceba o ambiente no que circula o gênero;
Identifique a ideia principal do texto;
Identifique o tema;
Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.
Analise as intenções do autor;
Identifique o tema;
Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;
Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido
conotativo e denotativo;
Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto.
Escrita
Espera-se que o aluno:
Expresse as ideias com clareza;
Elabore/re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo:
as situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
à continuidade temática;
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;
Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo,
pronome, numeral, substantivo, etc.
Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de
expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto.
Oralidade
Espera – se que o aluno:
Utilize do discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
Apresente suas ideias com clareza, coerência, mesmo que na língua materna.;
Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos, etc;
Respeite os turnos de fala.
Compreenda os argumentos no discurso do outro;
Organize a sequência de sua fala;
Respeite os turnos de fala;
119Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações
e/ou nos gêneros orais trabalhados;
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua
materna.
Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc, mesmo que em língua
materna;
Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação
nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos;
Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,
entrevistas, reportagem, entre outros.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MORINO, Eliete Cinese, Livro Hello Editora Ática 2002.
NADDEO, Maria Lucia Mecante Livro English is Fun Editora Educação & Cia. 2004.
PRESCHER, Elisabeth Livro Fun Way Editora Moderna 2001.
Paraná Secretária de Estado da Educação Currículo básico para a escola pública do
Estado do Paraná, 3ª ed. – Curitiba, 1997.