35
Psicologia da Gravidez e da Maternidade Isabel Leal William James Center for Research, I &D

Da gravidez à parentalidade - criandoelo.com.br · O Reavaliar a geração dos próprios pais. O Reavaliar a relação conjugal O Aceitar o bebé como ser diferente ... O - humor

Embed Size (px)

Citation preview

Psicologia da Gravidez

e da Maternidade

Isabel Leal William James Center for Research, I &D

Da importância social da parentalidade à

relevância individual

O Muito menos mães de muito menos filhos.

O Primeiro filho aos 30 anos.

O Compatibilização de papéis.

O Super-responsabilização materna.

O Duplo padrão sexual

O Feminino e Materno /Masculino e Paterno

Projecto de Parentalidade

Porque é que se tem filhos?

O Afirmação pessoal; O Acaso; O Dádiva amorosa; O Significação de uma relação; O Projecto de vida conjunto; O Desejo de continuidade; O Desejo de reparação; O Auto-valorização pelo cuidar; O Alguém para amar; O Medo da solidão.

Porque é que não se tem filhos?

O Falta de parceiro;

O Medo da responsabilidade;

O Medo da gravidez;

O Ter de abdicar da carreira;

O Incompatibilidade com outros interesses, relações ou estilos de vida;

O Projecto adiado até ser obsoleto;

O Falta de convicção sobre capacidades parentais;

O Questões ideológicas.

A Gravidez como fase da

Parentalidade

O O significado da gravidez.

O A medicalização do dar à luz.

O - A Psicologização da relação mãe-bébe.

Tarefas Psicológicas da gravidez

O Aceitar a gravidez.

O Aceitar a realidade do feto.

O Reavaliar a geração dos próprios pais.

O Reavaliar a relação conjugal

O Aceitar o bebé como ser diferente

O Integrar a identidade parental

A incorporação do 1º trimestre

O Aceitação, ou não, da gravidez (aborto

espontâneo, ivg).

O Ambivalência (alterações do humor, hipersonia, hiperemese, sentimentos correlativos).

O Imagem corporal e sexualidade

O Identificações regressivas

A diferenciação do 2º trimestre

O Bebé imaginário.

O Ligação e comunicação pré-natal.

O Dependência, introversão e passividade.

O Imagem corporal, sexualidade e relação conjugal.

A separação do 3º trimestre

O A saúde e bem estar do bebé.

O o medo do parto.

O Cansaço e aumento de ansiedade

O parto e o puerpério

O Parto sem dor e dores de parto.

O Alterações hormonais e emocionais.

O A perda de protagonismo.

O O bebé esse desconhecido.

O A amamentação.

O Suporte social e parentalidade partilhada.

Bebés

A Monotropia dos bebés

O Os bebés não precisam de uma única ou predominante figura de vinculação;

O A relação mãe-bebé como metáfora da incondicionalidade;

O A fisiologia como sinónimo de afectos (a questão do instinto materno).

papel de pai

O Partilhar cuidados e responsabilidades;

O Pais activos e emocionalmente investidos;

O Estatutos indiferenciados

O como equivalente materno;

O como afirmação da masculinidade

O como assunção que os filhos não são das mulheres.

A psicopatologia à espreita

“Blues”

Sindrome afectivo ligeiro, de duração entre horas e dias O Frequência de 40 a 85%. O Surgimento ao 3º/ 4º dia e até à 2 semana. O Presença de pelo menos 4 dos seguintes

sintomas: Humor depressivo; Crises repetidas de choro; Irritabilidade; Ansiedade; Confusão; Labilidade de humor, Perturbações do sono; Perturbações do apetite; Exaltação; Dores de cabeça; Esquecimento; Sentimentos negativos em relação ao bebé.

Depressão pós-parto

O Incidência de 10 a 15% com inicio insidioso no 2º ou 3º mês. Critérios diagnósticos próprios ( Pitt, 1968):

O - humor depressivo ( sem ideação suicida).

O -irritabilidade, ansiedade, exaustão.

O - Sentimentos de incompetência.

O - Culpabilidade.

O - Etiologia psico-social.

Psicose puerperal

O Sintomas psicóticos nas primeiras 2/3 semanas ( confusão. Delírio, alucinação, insónia).

O -Bom prognóstico. Remissão de sintomas após tratamento. ( provável acontecer noutros partos ou receber tratamento psiquiátrico noutras situações).

O - Incidência 1-2 por 1.000 nascimentos.

E nos homens?

Dos pais expectantes aos homens grávidos (síndrome de couvade).

Situações de risco

Situações de risco:

O idade das Gestantes (adolescentes e primíparas idosas)

O Patologia física ou mental (doença crónica, seropositividade, depressão, toxicodependência, debilidade, psicoses).

O Patologia gravídica (infertilidade, aborto recorrente, prematuridade, patologia genética, patologia associada a qualquer dos trimestres).

Situações de risco:

O Gravidez TRMA (infertilidades, FIV, esperma de dador.

O Acontecimentos de vida traumáticos (gravidez resultante de violação ou incesto, história continuada de maus-tratos ou violência doméstica. Abandono ou perda recente).

O Características de personalidade (depressividade, ansiedade traço, baixa auto-estima, traços caracteriais acentuados.

O Pobreza

A Parentalidade

Tarefas desenvolvimentais da transição para a parentalidade O Reavaliar e reestruturar a relação com os Pais

O Reavaliar e reestruturar a relação com o cônjuge/companheiro

O Construir a relação com a criança enquanto pessoa separada

O Reavaliar e reestruturar a sua própria identidade (papéis, valores, objectivos pessoais e prioridades)

Conceito de parentalidade

O Conjunto de actividades intencionais no sentido de assegurar a sobrevivência e o desenvolvimento da criança (Hoghughi, 2004), num ambiente seguro (Reader, Duncan, & Lucey, 2005), de modo a socializar a criança e atingir o objectivo de torná-la progressivamente mais autónoma (Maccoby, 2000).

O Uma das tarefas mais complexas, difíceis e com maiores desafios e responsabilidades para o ser humano (Holden, 2010; Kane, 2005).

Conflitualidades e ambivalências

parentais O Emprego e carreira;

O Relações conjugais e ou amorosas;

O Impacto e esforço económico;

O Expectativas parentais;

O Número de filhos

O “geração sandwiche”

Preocupações e (in)satisfações

parentais O Preocupações em função das

próprias percepções e não da idade, fase de desenvolvimento, circunstância e condição das crianças (jovens).

O (In) satisfação igualmente em função de expectativas próprias

Consequências da Parentalidade

O Perda da importância da Maternidade como constructo central da dinâmica familiar.

O Reorganização dos equilíbrios na relação homem-mulher.

O Reorganização dos estereótipos e dos papéis de género.

Das famílias às novas relações

O A adopção;

O As monoparentalidades;

O Parentalidades mistas (famílias reconstruídas);

O Parentalidades homossexuais;

O Parentalidades medicamente assistidas

O Parentalidades plurais (sem cumplicidade no projecto educativo)

Consequências da pluralidade

O A queda do mito da parentalidade como instintiva;

O A não consciência da relevância de terceiros (educadores, empregadas, avós) no apoio às práticas parentais;

O O desconhecimento das diversas práticas educativas exercidas sobre as crianças.

O A imensa confusão e insegurança nos desempenhos parentais.