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COPYRIGHT 2015 Por: Dr. César Abicalaffe Gestão da Performance em Saúde Inteligência Médica para apoiar a Auditoria

Gestão da Performance em Saúde - criandoelo.com.br · COPYRIGHT 2015 Na prática, o que observar na implantação de um Programa de Avaliação ou Pagamento por Performance REFERÊNCIAS:

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COPYRIGHT 2015

Por: Dr. César Abicalaffe

Gestão da Performance

em Saúde

Inteligência Médica para

apoiar a Auditoria

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De Auditoria Médica para Auditoria em Saúde Uma abordagem mais abrangente

FONTE: Nova Cadeia de Valores. Unimed Federação MG

REGULAÇÃO DE PROCESSOS

AGREGADORES DE VALOR AO

PACIENTE

ATUAÇÃO NOS PROCEDIMENTOS GERADORES DE

CUSTO

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VALOR na perspectiva do Paciente

V (VALOR)

B (BENEFÍCIO)

E (ESFORÇO)

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VALOR na perspectiva do Gestor

V (VALOR)

Q (QUALIDADE)

C (CUSTO)

Conceito de VALOR de Porter: “Atingir melhores resultados com menor custo possível”

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CUSTO

QUALIDADE

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QUALIDADE EM SAÚDE

Centralidade no Paciente

Eficiência

Eficácia

Segurança

Acesso

Equidade

FONTE: IOM, 2001

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“Evitando lesões aos pacientes a partir do cuidado destinados a cuidar deles”

(IOM,2001)

QUALIDADE EM SAÚDE

Centralidade no Paciente

Eficiência

Eficácia

Segurança

Acesso

Equidade 10 em cada 100

pacientes internados adquirem afecções evitáveis nos Hospitais

1000 mortes por dia

FONTES: OMS, 2011; JTJAMES, 2013; IOM, 2001

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“Evitando desperdícios” (IOM,2001)

QUALIDADE EM SAÚDE

Centralidade no Paciente

Eficiência

Eficácia

Segurança

Acesso

Equidade 20% a 40% dos gastos

que são transferidos para os cuidados à população acabam desperdiçados

FONTES: OMS, 2011; JTJAMES, 2013

FONTES: OMS, 2010

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QUALIDADE EM SAÚDE

Centralidade no Paciente

Eficiência

Eficácia

Segurança

Acesso

Equidade

FONTES: IMPACTO, 2008

“Prestando serviços com base no conhecimento científico para todos os que poderiam se beneficiar e abstendo-se de prestar serviços para aqueles que

não estão propensos ao benefício” (IOM,2001)

5 vezes mais

cateterismo em plano apartamento

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QUALIDADE EM SAÚDE

Centralidade no Paciente

Eficiência

Eficácia

Segurança

Acesso

Equidade

FONTES: OMS, 2011; JTJAMES, 2013

FONTES: OMS, 2010

“Prestação de serviços que respeite e seja responsivo às preferências individuais dos pacientes, necessidades e valores. Garantir que os valores do paciente orientem todas

as decisões clínicas” (IOM,2001)

8% a 21%

redução de custos

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BOA PERFORMANCE

QUALIDADE VALOR

PRESTADOR ASSISTÊNCIA PACIENTE GESTOR

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REMUNE-RAÇÃO

CUSTO

QUALIDADE

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“Mesmo entre os profissionais de saúde motivados a prover a melhor atenção à saúde possível, a estrutura de

remuneração pode não facilitar as ações necessárias para

melhorar a qualidade da atenção à saúde e pode, da mesma forma, frustrar ações deste tipo”

INSTITUTE OF MEDICINE – “Crossing the Quality Chasm”- 2001

REMUNERAÇÃO MÉDICA

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Salário

PROSPECTIVO RETROSPECTIVO

Capitação

Fee for Service

“Todo e qualquer movimento para remuneração prospectiva

aumenta os incentivos para subtratamento e seleção de risco. Todo movimento compensatório para remuneração retrospectiva, revive o tradicional incentivo por estilos de

práticas inconsequentes de custos” (ROBINSON, 1993)

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FONTE: Harvorson, KP, 2009

“... nos EUA os prestadores fazem mais dinheiro com

cuidado ruim”

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“Nossa nação (EUA) não pode controlar os gastos desenfreados

da saúde sem alterar fundamentalmente como os médicos são remunerados”.

Conclusão do estudo contratado pela Sociedade Americana de Medicina Interna (Report of the National Commission on Physician Payment Reform, Mar 2013)

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Como melhorar a Performance e

repensar o modelo de remuneração médica

ao mesmo tempo?

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Desmistificando o Pagamento por

Performance

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FONTES: OMS, 2011; JTJAMES, 2013

“Uma diversidade de mecanismos desenhados

para incrementar o

desempenho do sistema de saúde através de

pagamentos baseados em

incentivos”.

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“Uso de incentivos para a melhoria da qualidade da

assistência em suas principais dimensões: eficiência (processos e

custo), efetividade (resultado) e centralidade no paciente (experiência com o

cuidado recebido)”

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FONTES: OMS, 2011; JTJAMES, 2013

Alguns nomes utilizados, mas que na essência utilizam racionais de

Pagamentos por Performance

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O P4P no Mundo

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U$ 1.00 a cada

U$ 5.00 é pago por

contratos entre os planos associados com os

prestadores onde estes devem melhorar a qualidade prestada e reduzir os custos

FONTE: Blue Cross Blue Shields Association, 2014

25 milhões de vidas com

125 mil médicos

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FONTES: OMS, 2011; JTJAMES, 2013

40% dos

pagamentos efetuados pelos planos de saúde

comerciais nos EUA possuem componente

de performance

FONTE: Catalyst for Payment Reform, 2014

Em 2013 eram 11%

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1/3 do orçamento do

NHS, Reino Unido, são para incentivos

baseados na qualidade da atenção médica

FONTE: QOF, 2015

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No SUS

PROHOSP HOSPSUS SESSP (Lei Complementar nº

1.193 de 02/01/2013. PPM – Prêmio de Produtividade Médica)

Contratualização com OSS

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Nos Hospitais

Avaliação de desempenho do corpo

clínico como ações para acreditação e

governança clínica Uso de incentivos

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Nas OPS

Fator da Qualidade (RN 364 de 11/12/2014)

Medicinas de Grupo UNIMEDS

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DRG

P4P

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Os Perigos Latentes do P4P Não é uma panaceia

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FONTES: OMS, 2011; JTJAMES, 2013

“A assistência médica é responsável por menos de

10% da mortalidade antes

dos 70 anos nos EUA”

(CDCP, EUA)

O uso de indicadores de

desfecho

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FONTE: Sackett and Rosenber, 1995; Maynard, 1997).

“Movimento de MBE foca em

encorajar os médicos a entregar intervenções que são

demonstravelmente efetivas na

melhoria da saúde dos pacientes ao

invés de intervenções custo-efetivas”

Miopia dos estudos médicos

“As medidas de efetividade são essenciais, mas se elas não são compensadas com dados de custos, elas são como carroças sem cavalos”

FONTE: Maynard, 2011

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FONTES: OMS, 2011; JTJAMES, 2013

As consultas bonificadas de

algumas UNIMEDs “É vedado às operadoras de planos privados de

assistência à saúde adotar e/ou utilizar

mecanismos de regulação baseados

meramente em parâmetros estatísticos de

produtividade os quais impliquem inibição à solicitação de exames diagnósticos complementares

pelos prestadores de serviços de saúde...”

FONTE: SUMULA 12 de 12/04/2011

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FONTE: Abicalaffe, 2011

Modelos “caseiros”

construídos sem base científica, sem

padronização, sem comparabilidade e controle externo.

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O problema não está no

racional do P4P mas

sim nas métricas definidas e no modelo

desenhado.

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Os incentivos funcionam?

Modelos de Pagamento por Performance

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Os incentivos financeiros podem ser

eficazes para

modificar o

comportamento do profissional de saúde.

FONTE: Flodgren G, 2011

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Melhoria substancial dos profissionais que estavam no terço inferior da linha de base da performance

6 x + tercil superior

3 x + tercil médio FONTE: Green, 2015

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FONTE: HCI3, 2013

Compensar a

influência do médico pela melhoria dos

indicadores do sistema de saúde

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8 Leitos

48 Pacientes / Mês

R$ 15.120,00 / mês

8 Leitos R$ 15.120,00 / mês

Tempo Médio de Internação: 5 Dias

60 Pacientes / Mês

Tempo Médio de Internação: 4 Dias

FONTE: Dr. Breno Gonçalves, BH, Médico Hospitalista

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Na prática, o que observar na implantação de um Programa de

Avaliação ou Pagamento por Performance

REFERÊNCIAS: • LIVRO: Pagamento por Performance, O desafio de Avaliar o Desempenho em Saúde, Editora DOC. Abicalaffe, 2015 • PUBLICAÇÕES: JBES, MAR 2011; WONKA, 2012; Blog sobre P4P na Saúde Business, 47 posts publicados (ABICALAFFE, 2011-14) • APRESENTAÇÕES: 7th P4P SUMMIT Los Angeles, 2012; Mais de 50 apresentações em Congressos e Eventos de Saúde entre 2008 e

2014 • PÔSTERES: ISPOR INTL Congress Toronto , 2008; QUALIHOSP, 2013; ANAHP, 2013 • RELATÓRIO: ANS, Janeiro de 2012, comissionado OPAS. Foi uma das Evidências para o QUALISS

• APLICAÇÕES PRÁTICAS: +50 programas implantados e em implantação desde 2011. 13 Hospitais ANAHP; 2 UNIMED; 1 OSS; 2 Hospitais filantrópicos e 1 HC

GPS.2iM©

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PRIMEIRA ETAPA: definindo o foco

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FONTES: OMS, 2011; JTJAMES, 2013 FONTE: GPS.2iM, 2011

Ter clareza

do que ou

quem será

avaliado

Médico Equipes de Saúde

Hospitais Unidades de

Saúde

Pacientes

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O modelo deve ser

centrado no

paciente

FONTE: GPS.2iM, 2011

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FONTES: OMS, 2011; JTJAMES, 2013

FONTE: GPS.2iM, 2011

Simples de

entender por parte do avaliado

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FONTE: GPS.2iM, 2011

Ser

Estruturante

FONTE: GPS.2iM, 2011

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FONTES: OMS, 2011; JTJAMES, 2013

O modelo deve ser

Ético

FONTE: GPS.2iM, 2011

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Segunda etapa: organizando o modelo

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Definindo indicadores

Compondo indicadores

Benchmarks

Ajustando risco

Divulgando o desempenho

Avaliar a Performance é mais importante

que Pagar por Performance

FONTE: Modelo GPS.2iM© 2011

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FONTE: NCQA, 2011

Os indicadores selecionados devem ser

relevantes, terem

solidez científica e viabilidade

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Os indicadores devem ter

espaço para

melhoria FONTE: AMA, 2008

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FONTES: OMS, 2011; JTJAMES, 2013

Os indicadores devem gerar

luz e não

calor FONTE: IHI, 2007

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Formação de um ÍNDICE DE

PERFORMANCE: Indicador

composto focado na Qualidade

INDICADOR 1

INDICADOR 2

INDICADOR 3

INDICADOR 4

INDICADOR 1

INDICADOR 2

INDICADOR 3

INDICADOR 4

INDICADOR 1

INDICADOR 2

INDICADOR 3

INDICADOR 4

INDICADOR 1

INDICADOR 2

INDICADOR 3

INDICADOR 4

INDICADOR 5 INDICADOR 5 INDICADOR 5 INDICADOR 5

ESTRUTURA EFICIÊNCIA EFETIVIDADE EXPERIÊNCIA DO PACIENTE

SEGURANÇA

ACESSO

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INDICADOR 1

INDICADOR 2

INDICADOR 3

INDICADOR 4

EFICIÊNCIA Total da Dimensão = 40 pontos

12 pontos

8 pontos

9 pontos

11 pontos

ESTRUTURA

EFICIÊNCIA

EFETIVIDADE

SATISFAÇÃO

= 14 Pontos

= 40 Pontos

= 30 Pontos

= 16 Pontos

TOTAL 100 PONTOS

Exemplo de Ponderação

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FONTES: OMS, 2011; JTJAMES, 2013

Benchmarks - MBE - Referencial Interno - Referencial Externo - Metas

FONTE: GPS.2iM, 2013

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Terceira etapa: Monitorando o Desempenho

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FONTES: OMS, 2011; JTJAMES, 2013

Os profissionais que serão

avaliados devem ser

envolvidos

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A equipe de gestão deve estar

comprometida,

disponível e

alinhada

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Algumas funcionalidades do GPS.Gestor©

• Permite inúmeras análises, por indicador, por domínio, entre domínios e por Índice de Performance

• Pode fazer comparações entre os avaliados

• Classifica os avaliados de acordo com seu desempenho

• Pode aplicar formas de Pagamento por Performance

• “Alertas” dos casos fora da curva

• Pode ser liberado aos avaliados um período de consenso

• Interação com os avaliados registrando as ações gerenciais e seus resultados

• Avaliação Qualitativa ou Avaliação de Competência

• Avaliação do desempenho após um ciclo de Monitoramento

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FONTES: OMS, 2011; JTJAMES, 2013

Consenso e crítica dos indicadores

Acompanhamento das ações de gestão

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Quarta etapa: Avaliando o Desempenho

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Busca a melhoria constante, não apenas

em relação ao

benchmark, mas

em relação a si mesmo

FONTE: VARIAÇÃO DE DESEMPENHO E VARIAÇÃO DE MELHORIA. CMS, 2011

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FONTES: OMS, 2011; JTJAMES, 2013

Se for definido uso de incentivo, o programa deve ter

consistência,

transparência e

comunicação adequada para todos e o

incentivo deve ser

expressivo.

FONTE: JTHOMAS, 2013; AMA, 2008

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Ajustes em

processos mesmo em serviços

acreditados

FONTE: 2iM, 2013

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FONTES: OMS, 2011; JTJAMES, 2013

Atende as principais

Acreditadoras

Norma SQE.11 da JCI Monitoramento e avaliação contínuos de todos os médicos do corpo clínico Comparações internas e externas Análises: Comportamento, Crescimento Profissional e Resultados Clínicos Revisão Anual Documentação das ações em função das análises de desempenho

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Uso da ferramenta e modelo para

P4P FONTE: 2iM, 2012

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Se mostrou eficiente para controle da

Sinistralidade

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Melhoria expressiva de alguns Indicadores analisados

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Houve significativa

melhoria da Qualidade após

implantação e com tendência de melhoria

F(2, 22)=24,253, p=,00000

2010 2011 2012

anos de avaliação

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

índ

ice

de

pe

rfo

rma

nce

ho

spita

lar

FONTE: UNIMED X, 2015 e ANAHP, 2013

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A função da auditoria deve ser repensada: focar na regulação de processos que agreguem VALOR ao paciente QUALIDADE é eficiência (custo e processo),

segurança, eficácia, acesso oportuno, equidade e centralidade no paciente. Valor = Qualidade

O modelo de avaliação deve ser ético, centrado no paciente, com critérios claros e objetivos, e com indicadores relevantes, sólidos cientificamente e viáveis;

Se for usar incentivo ele deve ser expressivo e sempre adicional ao ganho que os médicos já recebem. O modelo deve ser consistente, transparente e com comunicação adequada;

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OBRIGADO ! [email protected] 41-99260806

“O mais efetivo modo de lidar com

a mudança é ajudar a criá-la”. L.W. LYNETT