FACULDADE TECSOMA
Curso de Fisioterapia
EFEITOS DOS EXERCCIOS CINESIOTERAPUTICOS NO
FORTALECIMENTO MUSCULAR DE MEMBROS INFERIORES E NO
EQUILBRIO DE IDOSOS
Paracatu MG
2016
Tuane Cristina da Silva Santos
EFEITOS DOS EXERCCIOS CINESIOTERAPUTICOS NO
FORTALECIMENTO MUSCULAR DE MEMBROS INFERIORES E NO
EQUILBRIO DE IDOSOS
Trabalho de Concluso de Curso apresentado a disciplina de
Trabalho de Concluso de Curso II como requisito parcial para
obteno do ttulo de Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade
Tecsoma, Paracatu, MG.
Orientadora Temtica: Prof M Sc. Michelle Faria Lima
Orientadora Metodolgica: Prof M Sc. Ceclia Maria Dias
Nascimento
Paracatu MG
2016
Santos, Tuane Cristina da Silva Efeitos dos exerccios cinesioteraputicos no fortalecimento
muscular de membros inferiores e no equilbrio de idosos. / Tuane Cristina da Silva Santos. Paracatu, 2016.
72f. Orientadora: Prof. Msc.. Michelle Faria Lima Co-orientadora: Prof. Msc. Ceclia Maria Nascimento Dias Monografia (Graduao) Faculdade Tecsoma, Curso de
Graduao em Fisioterapia.
1. Cinesioterapia. 2. Idosos. 3. Fora muscular. I. Lima, Michelle Faria; Dias, Ceclia Maria Nascimento. II. Faculdade Tecsoma. III. Ttulo.
CDU: 615.8
TUANE CRISTINA DA SILVA SANTOS
Efeitos dos exerccios cinesioteraputicos no fortalecimento muscular de
membros inferiores e no equilbrio de idosos
Trabalho de Concluso de Curso apresentado a disciplina de
Trabalho de Concluso de Curso II como requisito parcial para
obteno do ttulo de Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade
Tecsoma, Paracatu, MG.
Orientadora Temtica: Prof M Sc. Michelle Faria Lima
Orientadora Metodolgica: Prof M Sc. Ceclia Maria Dias
Nascimento
Paracatu, 07 de junho de 2016.
_________________________________________________________
Prof M. Sc. Michelle Faria Lima Orientadora temtica
Faculdade Tecsoma
_________________________________________________________
Prof M. Sc. Ceclia Maria Dias Nascimento Orientadora metodolgica
Faculdade Tecsoma
minha me Francina pelo apoio, compreenso e amor incondicional.
AGRADECIMENTOS
Agradeo primeiramente a Deus, por me dar fora e nimo para seguir em
frente mesmo com obstculos no caminho.
minha me Francina e a minha me/madrinha Ftima por todo o apoio,
carinho, compreenso e ajuda, indispensveis nessa jornada. meu pai Antnio
Haroldo (in memoriam) pelo amor incondicional! Amo vocs!
meu av Raimundo, meus tios, tias, primos e primas pelo apoio e carinho de
sempre.
Aos pacientes, que foram essenciais para a realizao deste trabalho. Meu
muito obrigado.
Aos meus companheiros de jornada e amigos, especialmente Bianca, Caroline
e Jssica, por toda a ajuda, compreenso, companheirismo e risadas.
As minhas amigas Brenda e Fabola por sempre estarem comigo nos
momentos felizes e nos difceis, apoiando-me e estimulando-me a sempre seguir em
frente.
Aos professores por toda a ajuda e conhecimento compartilhado.
s funcionrias da biblioteca, especialmente Ceclia, pela ajuda na busca pelos
livros e artigos para o TCC.
Enfim, a todos que de forma direta ou indireta contriburam para a realizao
deste trabalho.
E mesmo quando a viso se turva, e o corao s chora, na alma h certeza de
vitria (Padre Fbio de Melo)
RESUMO
O Brasil um pas que convive com um aumento expressivo do nmero de idosos. O envelhecimento traz diversas alteraes que podem prejudicar a funcionalidade dos idosos, e quando associadas ao sedentarismo, podem piorar sua qualidade de vida. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos dos exerccios cinesioteraputicos na fora muscular de membros inferiores e no equilbrio de idosos. A pesquisa foi realizada com um grupo de nove idosos, com idades entre 61 e 81 anos, que realizaram exerccios cinesioteraputicos trs vezes na semana, durante nove semanas, de fevereiro a abril de 2016, na clnica escola de Fisioterapia da Faculdade Tecsoma, localizada no municpio de Paracatu/MG. Para avaliar o equilbrio foi utilizado a escala de equilbrio de Berg e para avaliar a fora muscular de membros inferiores foi utilizado o timed up and go test. Os resultados demonstraram que houve melhora no equilbrio visto que todos os participantes obtiveram ndices melhores na escala de equilbrio de Berg; manuteno e/ou melhora na fora muscular dos membros inferiores sendo que todos os participantes realizaram o timed up and go test em menos de vinte segundos. Concluindo-se que os exerccios cinesioteraputicos so eficazes na melhora do equilbrio e da fora muscular de membros inferiores em idosos.
Palavras chave: Cinesioterapia. Idosos. Fora muscular
ABSTRACT
Brazil is a country that cohabits with a meaningful increase in the number of the old age people. The ageing brings several alterations which may harm the old peoples functionality, and when it is associated with the sedentary lifestyle, it may worsen their quality of life. The aim of the present study is to evaluate the effects of the kinesiotherapics exercises in the muscular strength in the inferior limbs and in the balance. The survey was conducted with a group of nine seniors, aged between 61 and 81years old, who did kinesiotherapics exercises three times a week, for nine weeks, from February to April 2016, in the Clinical School of Physiotherapy of Tecsoma College, located in Paracatu/MG. In order to evaluate the balance was used the Berg balance scale and to evaluate the muscle strength of the lower limbs was used timed up and go test The results showed that there was an improvement in the balance since all participants had better rates in the Berg Balance Scale; maintenance and/or improvement in the muscular strength of the lower limbs and all the participants performed the test timed up and go in less than twenty seconds. This research concluded that kinesiotherapics exercises are effective in improving the balance and the muscular strength of the lower limbs in the old aged people.
Keywords: Kinesiotherap. Old age. Muscular Strength.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Mapa de localizao da cidade de Paracatu/MG .........................................................................................................
31
Figura 2: Patologias apresentadas pelos pacientes........................................ 34
Figura 3: Porcentagem de quedas apresentadas pelos idosos ..........................................................................................................
36
Figura 4: Pontuao total obtida na escala de equilbrio de Berg ..........................................................................................................
37
Figura 5: Tempo para realizao do timed up and go test ............................... 39
LISTA DE SIGLAS
AVE Acidente vascular enceflico
HDL Lipoprotena de alta densidade
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica
LDL Lipoprotena de baixa densidade
SNC Sistema Nervoso Central
SUMRIO
1 Introduo .......................................................................................................... 14
2 Objetivos ............................................................................................................ 16
2.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 16
2.2 Objetivos Especficos ....................................................................................... 16
3 Justificativa ......................................................................................................... 17
4 Referencial Terico ............................................................................................ 18
4.1 Envelhecimento ............................................................................................... 18
4.2 Alteraes decorrentes do envelhecimento ...................................................... 18
4.2.1 Sistema musculoesqueltico ......................................................................... 18
4.2.2 Sistema cardaco .......................................................................................... 19
4.2.3 Sistema respiratrio ...................................................................................... 19
4.2.4 Sistema nervoso ........................................................................................... 20
4.2.5 Equilbrio ....................................................................................................... 20
4.3 Patologias presentes na terceira idade ............................................................ 21
4.3.1 Hipertenso arterial sistmica ...................................................................... 21
4.3.2 Diabetes mellitus .......................................................................................... 22
4.3.3 Doena de chagas ....................................................................................... 23
4.3.4 Acidente vascular enceflico ....................................................................... 24
4.3.5 Hipercolesterolemia .................................................................................... 25
4.4 Sedentarismo ................................................................................................... 26
4.5 Exerccio fsico ................................................................................................. 27
4.6 Fisioterapia ...................................................................................................... 28
4.6.1 Alongamentos ............................................................................................... 28
4.6.2 Exerccios cinesioteraputicos ...................................................................... 28
4.6.2.1 Exerccios para ganho de fora muscular ................................................... 29
4.6.2.2 Exerccios para equilbrio ........................................................................... 29
5 Metodologia ........................................................................................................ 31
5.1 Grupo de estudo ............................................................................................... 31
5.2 Materiais e mtodos ......................................................................................... 31
6 Resultados e discusso ....................................................................................... 34
7 Concluso ........................................................................................................... 41
8 Referncias Bibliogrficas ................................................................................... 42
Anexos ................................................................................................................... 49
Apndices ............................................................................................................... 51
14
1. INTRODUO
Pases em crescimento como o Brasil convivem com um aumento cada vez
maior da populao idosa. A Organizao Mundial de Sade (2006) citada por Ferreira
e Yoshitome (2010, p. 992):
Prev que em 2025, existiro 1,2 bilhes de pessoas com mais de 60 anos, sendo que as pessoas com 80 anos ou mais constituem o segmento populacional que mais cresce. No Brasil, a previso de que, em 2020, existiro 30,8 milhes de idosos, ou seja, 14,2% de todos os brasileiros. O Brasil j considerado o sexto pas do mundo em taxa de envelhecimento populacional.
Segundo o IBGE (2008a), em 2050, cerca de 29,75% da populao brasileira
ser composta por pessoas com 60 anos ou mais. Esse aumento da populao idosa
leva a maiores gastos relacionados sade visto que h um aumento na procura dos
servios de sade (VERAS, 2009).
Ainda segundo o IBGE (2008b), a expectativa de vida da populao brasileira
pode chegar em 2050 a mdia de 81,29 anos. Uma mdia maior que a mundial que
ser de 75,4 anos (FERNANDES et al., 2012). Avanos da medicina, realizao de
tratamentos fisioteraputicos, melhora na qualidade nutricional, controle de doenas
crnicas e aumento de adeptos realizao de exerccios fsicos so variveis que
tem garantido uma maior qualidade de vida e consequentemente uma maior
expectativa de vida (MACEDO; GAZZOLA; NAJAS, 2008).
Existe um grande cuidado com essa faixa etria da sociedade visto que
pessoas da terceira idade tem um nmero grande de doenas crnicas (VERAS,
2009). Ainda segundo Veras (2009, p.553), na populao, em cada trs indivduos,
um portador de doena crnica e, entre idosos, oito em cada dez possuem pelo
menos uma doena crnica.
Alm das doenas crnicas, os idosos ainda convivem com alteraes
decorrentes do prprio envelhecimento como diminuio da fora muscular, perda de
massa muscular, fragilidade ssea, diminuio do equilbrio, dificuldades na marcha,
problemas respiratrios e cardiovasculares, doenas neurolgicas graves,
incapacidades, depresso, perda da autoestima e isolamento (FECHINE;
TROMPIERI, 2012).
15
Visando minimizar as alteraes decorrentes do envelhecimento e prevenir
consequncias de doenas, programas de preveno esto sendo implantados alm
dos programas de reabilitao. A prtica de exerccios est sendo muito utilizada
nesse contexto (ACIOLE; BATISTA, 2013).
Conforme descrito por Tamayo e colaboradores(2001) citado por Balbinot
(2012, p.58), os exerccios fsicos bem dosados e cuidadosamente escolhidos, de
acordo com as especificidades e condies individuais, so a melhor ferramenta
contra o envelhecimento precoce.
A fisioterapia um recurso que pode atuar por meio de exerccios
cinesioteraputicos, melhorando as sequelas que podem ser decorrentes do prprio
envelhecimento ou tambm como consequncia de patologias ou do uso de alguns
medicamentos (MACEDO; GAZZOLA; NAJAS, 2008).
De acordo com Macedo, Gazzola e Najas (2008, p.182):
O tratamento fisioteraputico tem apresentado resultados significativos nessa populao, levando ao aumento da amplitude de movimento (ADM), melhor desempenho na realizao das AVD, melhora na velocidade da marcha, melhora do equilbrio, reduo do nmero de quedas e bem estar geral.
O presente estudo tem como objetivo demonstrar os efeitos dos exerccios
cinesioteraputicos em idosos para melhora no fortalecimento muscular de membros
inferiores e equilbrio, evidenciando que a cinesioterapia pode ser uma tcnica eficaz
para melhoria da qualidade de vida dos mesmos. Por meio de exerccios utilizando
materiais simples se pode conseguir grandes resultados.
16
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Avaliar os efeitos dos exerccios cinesioteraputicos no fortalecimento
muscular de membros inferiores e no equilbrio de idosos.
2.2 Objetivos Especficos
Avaliar o equilbrio dos idosos pela escala de Berg;
Analisar a fora muscular dos membros inferiores pelo timed up and go
test;
Realizar um programa de exerccios cinesioteraputicos para ganho de
fora de membros inferiores e equilbrio;
Relatar os efeitos alcanados com a realizao do programa de
exerccios cinesioteraputicos.
17
3. JUSTIFICATIVA
O aumento da expectativa de vida um fator perceptvel nos ltimos anos. Com
o aumento da expectativa de vida, aumenta a incidncia de patologias entre os idosos,
que podem levar a uma m qualidade de vida, uma diminuio no seu bem estar, alm
de levar a ndices cada vez maiores de depresso na terceira idade.
Alm das patologias comuns na terceira idade, algumas alteraes que
decorrem do prprio envelhecimento, podem, tambm, levar a uma m qualidade de
vida e aos maiores gastos relacionados a sade.
Se faz, ento, necessria a implantao de medidas que busquem melhorar a
qualidade de vida dessa populao, assim como dar-lhes auxlio para diminuir as
causas de problemas decorrentes do prprio envelhecimento.
Nesse aspecto, a fisioterapia pode auxili-los por meio de exerccios
cinesioteraputicos que aumentem a fora muscular dos membros inferiores e
melhorem o equilbrio, contribuindo assim para melhoria da sua independncia, da
sua autoestima, da sua funcionalidade e ainda prevenindo complicaes como
quedas, imobilidade, depresso, isolamento e morte. um tratamento de fcil
aplicao, por ser realizado com materiais simples e em grupo, o que estimula a
convivncia e a interao com outros idosos.
18
4. REFERENCIAL TERICO
4.1 Envelhecimento
O envelhecimento um processo natural e irremedivel que acomete toda a
populao e se torna mais visvel com o avano da idade, quando comea o declnio
de algumas capacidades como a funcionalidade. Os processos decorrentes do
envelhecimento variam de pessoa para pessoa, levando em conta fatores intrnsecos
e extrnsecos, como estilo de vida e presena de patologias (FILHO et al., 2010,
ARAUJO; FL; MUCHALE, 2010, ZAMBALDI et al., 2007).
Todo indivduo j inicia o processo de envelhecimento no nascimento, mas no
final da terceira dcada de vida que comeam as perdas funcionais mais visveis,
sendo que na quarta dcada de vida perde-se cerca de um por cento da funo dos
diversos sistemas orgnicos ao ano (CIOSAK et al., 2011).
Diversas teorias tentam explicar os processos decorrentes do envelhecimento,
mas a maioria delas contestada e tem pontos ainda no totalmente esclarecidos.
Acredita-se que esta dificuldade esteja principalmente no fato de ainda haver
diferentes opinies sobre quando se d, realmente, o inicio do envelhecimento
(FILHO; NETTO, 2006).
4.2 Alteraes decorrentes do envelhecimento
4.2.1 Sistema musculoesqueltico
Uma das principais alteraes decorrentes do envelhecimento neste sistema
a sarcopenia que se caracteriza pelo processo de atrofia muscular. Com o passar dos
anos, o msculo perde massa muscular devido a reduo da rea transversa,
aumento de tecido adiposo e conjuntivo e h uma reduo na sntese de protenas
(GUCCIONE, 2002, MACEDO; GAZZOLA; NAJAS, 2008).
As fibras musculares diminuem de tamanho e nmero, algumas atrofiam e
podem chegar a desnervao. Ocorre perda de fibras principalmente do tipo II b (fibras
de contrao rpida) que so substitudas por tecido fibroso e adiposo, levando a
presena de mais fibras no-musculares. As fibras tipo I b (de contrao lenta) no se
alteram com o envelhecimento (GUCCIONE, 2002, FILHO; NETTO, 2006).
19
Com a reduo da massa muscular h um decrscimo da fora muscular. Essa
diminuio mais acentuada nos membros inferiores do que nos membros
superiores, visto que msculos responsveis por aguentar grandes cargas so mais
afetados (GUCCIONE, 2002, FILHO; NETTO, 2006).
De acordo com Davini e Nunes (2003), as principais causas da diminuio da
fora muscular so a inervao deficiente da musculatura, a diminuio da quantidade
de tecido contrtil e atrofia muscular.
4.2.2 Sistema cardaco
O envelhecimento leva a substituio de algumas clulas do corao por tecido
fibroso, a um aumento das cmaras cardacas e do prprio corao. O ventrculo
esquerdo se torna mais espesso e o n sinoatrial passa a ser constitudo por fibras
colgenas e tecido adiposo (FILHO; NETTO, 2006).
Segundo Guccione (2002, p.35), h uma degenerao progressiva das
estruturas cardacas com o envelhecimento, inclusive perda da elasticidade,
alteraes fibrticas nas valvas do corao e infiltrao amiloide.
H um aumento de lipofuscina (substncia lipdica) nas clulas cardacas
levando a uma alterao da capacidade fisiolgica do rgo. As artrias se tornam
mais rgidas, aumentando a resistncia para a passagem do sangue e diminuindo a
capacidade de dilatao arterial. As paredes das veias tambm se tornam mais rgidas
(GUCCIONE, 2002).
Surgem com o envelhecimento arteriosclerose, aumento da presso arterial
sistlica e diastlica, aumento da frequncia cardaca em repouso e diminuio da
frequncia cardaca mxima (GUCCIONE, 2002).
4.2.3 Sistema respiratrio
O envelhecimento leva a alteraes em quase todos os componentes do
sistema respiratrio. Ocorre uma diminuio na expanso da caixa torcica, devido
uma rigidez muscular e uma perda da elasticidade. Diminuindo a capacidade de
expanso, a entrada e sada do ar se torna mais difcil, reduzindo assim o volume de
reserva inspiratrio e aumentando o volume residual (FILHO; NETTO, 2006).
Os pulmes podem apresentar uma diminuio da superfcie dos alvolos,
dilatao dos bronquolos e do saco alveolar, diminuio da complacncia pelo
20
aumento de colgeno, e diminuio da presso intrapleural negativa (FILHO; NETTO,
2006).
De acordo com Filho e Netto (2006, p.56), em consequncia da reduo da
superfcie alveolar, da ventilao alveolar, da perfuso capilar, da difuso alvolo-
capilar verifica-se reduo da presso parcial de oxignio no sangue arterial. Ainda
segundos estes autores, a concentrao de gs carbnico no se modifica.
Observa-se nos idosos uma diminuio do reflexo de tosse, uma menor ao
dos agentes de defesa do pulmo e uma diminuio dos movimentos ciliares e da
produo do muco (FILHO; NETTO, 2006).
4.2.4 Sistema Nervoso
Alteraes como diminuio do nmero de sinapses, de neurnios, de axnios,
de peso cerebral, de massa cerebral, reduo da resposta a estmulos, diminuio de
intensidade de reflexos, diminuio dos neurotransmissores, so fatores percebidos
com o envelhecimento (FECHINE; TROMPIERI, 2012).
Ocorre um grande acometimento do sistema nervoso central, e surgem
doenas incapacitantes como Alzheimer e Parkinson. Um fator preocupante em
relao ao envelhecimento do sistema nervoso que ele no se regenera (FECHINE;
TROMPIERI, 2012).
4.2.5 Equilbrio
De acordo com Tassa e Stefanello (2012, p.22), equilbrio pode ser definido
como a habilidade de manter o centro de massa do corpo na base de sustentao,
deslocando o peso do corpo, em diferentes direes a partir de seu centro. O
equilbrio um fator complexo visto que depende da interao da fora muscular, das
respostas neuromusculares, da viso, do sistema vestibular e dos comandos vindos
do SNC (SILVA et al, 2008).
Equilbrio pode ser classificado de dois modos, esttico e dinmico. O equilbrio
esttico caracterizado por manter uma postura com o mnimo de movimentao, e
o dinmico trata-se de manter a postura durante um certo movimento corporal
(TASSA; STEFANELLO, 2012).
O envelhecimento responsvel por alteraes nos principais sistemas
responsveis pela manuteno do equilbrio, como visual, vestibular, neuromuscular
21
e proprioceptivo (BECHARA; SANTOS, 2008). Ocorre com o envelhecimento uma
diminuio da capacidade desses sistemas em conseguir recolher as informaes
necessrias para a manuteno do equilbrio, como por exemplo, distrbios sensoriais
e sarcopenia (SOARES; SACCHELLI, 2008).
De acordo com Gonalves, Ricci e Coimbra (2009, p.317), o processo de
envelhecimento afeta os componentes do controle postural, sendo difcil diferenciar
os efeitos da idade daqueles causados pelas doenas e estilo de vida.
A perda da capacidade funcional um fator presente no envelhecimento. A
reduo da fora muscular, da flexibilidade, da agilidade e dos reflexos so fatores
que predispem o indivduo a uma diminuio do equilbrio corporal seja ele dinmico
ou esttico (TASSA; STEFANELLO, 2012).
Arajo, Fl e Muchale (2010, p.278), acrescentam que os sistemas
responsveis pelo equilbrio so alterados com o envelhecimento, vulnerabilizando os
idosos a dficits funcionais.
4.3 Patologias presentes na terceira idade
4.3.1 Hipertenso arterial sistmica
a patologia crnica mais comumente encontrada entre os idosos. As
alteraes que o envelhecimento produz no sistema cardiovascular, levam o idoso a
uma maior predisposio a esta doena. A hipertenso arterial torna-se um fator de
risco para outras patologias como insuficincia cardaca, doena arterial coronariana
e disfuno diastlica (MIRANDA et al., 2002).
Trata-se de uma doena com origem multifatorial, que necessita de um correto
diagnstico e tratamento, principalmente em pacientes com idade superior a 60 anos,
pelo seu risco em provocar alteraes cardacas e cerebrais (CONTIERO et al., 2009).
Para diagnosticar um paciente com hipertenso arterial necessrio um
controle da presso arterial, que deve ser aferida vrias vezes ao dia, por diferentes
profissionais e em diferentes locais. Para um paciente ser considerado hipertenso
deve apresentar a presso arterial sistlica de 140-159mmHg e diastlica 90-99
mmHg. Valores acima so considerados estgios mais avanados de hipertenso
arterial (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2007).
22
Uma alternativa para auxiliar no diagnstico de pacientes com hipertenso o
MAPA (medida ambulatorial da presso arterial). Trata- se de um mtodo que permite
que a presso arterial seja aferida indiretamente durante o sono e durante as
atividades de vida diria do paciente por 24 horas (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA, 2007).
Existem, hoje, altos ndices de hipertenso arterial no controlada, devido a
no adeso do paciente ao tratamento (BARBOSA et al., 2012). Segundo Barbosa e
colaboradores (2012, p. 341), a adeso ao tratamento, definida como a correta
execuo da prescrio do mdico, incluindo alteraes em medicamentos e/ou no
estilo de vida, um fator significativo no sucesso do tratamento.
O tratamento e controle da hipertenso se faz por meios farmacolgicos e no
farmacolgicos. Dentre os farmacolgicos esto os medicamentos anti- hipertensivos,
que so prescritos aps a realizao de alguns exames, e que devem levar em
considerao outras patologias apresentadas pelos idosos, medicaes que o idoso
j faz uso, e quantas vezes ao dia o idoso precisara ingerir o medicamento. Muitas
vezes um s medicamento no capaz de controlar a presso arterial, sendo
necessrio o uso concomitante de mais de um medicamento (MIRANDA et al., 2002).
Dentre as alternativas no farmacolgicas para o controle da hipertenso
arterial temos a prtica de exerccios fsicos, alimentao correta, abandono de vcios
como o tabagismo e reduo do consumo de bebidas alcolicas (ZAITUNE et al.,
2006). O exerccio deve ser prescrito de forma individual, levando em considerao
as limitaes apresentadas pelo paciente, e deve ser iniciado aos poucos. Para se
controlar a hipertenso arterial, so mais indicados os exerccios aerbicos e
resistidos leves (BUENO et al., 2008, GRAVINA; GRESPAN; BORGES, 2007).
4.3.2 Diabetes mellitus
Diabetes mellitus se caracteriza por um aumento anormal da concentrao de
glicose no sangue, e vem sendo considerado um problema de sade pblica devido
ao aumento de sua incidncia em todas as faixas de idade da populao. Com o
aumento da expectativa de vida, a sua prevalncia vem se tornando maior entre os
idosos (TAVARES et al., 2007).
Segundo Pereira, Rodrigues e Machado (2008, p. 366), Entre os idosos, no
Brasil, a prevalncia de diabetes elevada, acometendo 17,3% das pessoas com 60
23
a 69 anos. Fatores como sedentarismo, m alimentao e ritmo acelerado do
processo de envelhecimento, levam aos altos ndices de diabetes mellitus na
populao, e consequentemente aos altos ndices de mortalidade por essa doena
(FRANCISCO et al.,2010).
O diabetes, se no tratado corretamente, pode apresentar consequncias
como cegueira, amputaes, problemas cardiovasculares e nefropatias. Devido a
esses fatores, se faz necessrio a implantao de programas diagnostico, preveno
e controle do diabetes em todas as faixas etrias da populao (FRANCISCO et al.,
2010, TRENTINI et al., 2005).
De acordo com Tavares e colaboradores (2007, p. 1342):
A interveno na ateno sade do idoso portador de diabetes deve
objetivar manter os nveis glicmicos normais, visando evitar as leses micro
e macro vasculares, bem como controlar os fatores de risco cardiovasculares,
rastrear e tratar as sndromes geritricas comuns. Ademais, deve procurar
mant-los na sua capacidade mxima, de forma a resguardar sua
independncia fsica e mental, nos mbitos da comunidade e de suas
famlias.
O tratamento de um paciente diabtico envolve interveno medicamentosa e
no medicamentosa, incluindo dentre as no medicamentosas mudanas nos hbitos
de vida e prtica de atividades fsicas. O tratamento medicamentoso tem por objetivo
manter os nveis de glicemia mais prximos do normal (SILVA et al., 2006).
4.3.3 Doena de chagas
A doena de chagas resulta da infeco pelo protozorio Trypanossoma cruzi,
na maioria das vezes transmitida ao ser humano pelas fezes do protozorio, podendo
tambm ocorrer por transfuso de sangue e alimentos contaminados (MATSUDA et
al.,2014).
Os portadores da doena de chagas tm cerca de 40% de chances de
desenvolver problemas cardacos como insuficincia cardaca congestiva, arritmias
ventriculares, tromboembolismo sistmico ou pulmonar, bradiarritmias e morte sbita
(BRAGA et al., 2006). De acordo com Matsuda e colaboradores (2014, p. 347):
O pior prognstico dos pacientes com insuficincia cardaca por doena de Chagas devido aos seguintes fatores: maior destruio miocrdica em comparao com as outras etiologias; maior frequncia de disfuno ventricular direita; maior intensidade e gravidade de arritmias ventriculares;
24
distrbios no sistema nervoso autnomo e na perfuso miocrdica; privao
social; maior ativao do sistema renina e das citocinas.
uma doena que apresenta, na sua fase clnica, de maneira aguda e crnica.
A fase aguda aquela em que o parasita detectvel no exame de sangue, se
estendendo de dois a quatro meses aps infeco. Em adultos pode ser
assintomtica, e quando apresenta sintomas geralmente so cefaleia, febre, mal
estar, hepatoesplenomegalia, entre outros (MATSUDA et al., 2014).
A forma crnica pode ser indeterminada ou crnica propriamente dita. Na fase
indeterminada o paciente assintomtico e geralmente s descobre ser portador da
doena quando procura o mdico por outro problema. J a forma crnica propriamente
dita, aquela em que os pacientes so infectados mas no desenvolvem a doena,
alguns desenvolvem apenas comprometimento cardaco e no apresentam grandes
sintomas (MATSUDA et al., 2014).
O tratamento envolve as caractersticas de cada paciente em relao as
caractersticas laboratoriais e clinicas. O tratamento medicamentoso oferecido a
todos os pacientes, exceto em casos de gestao, insuficincia heptica e renal, e
quando no possuem doena cardaca avanada. Outros medicamentos so
oferecidos aos pacientes para o controle das alteraes cardacas (MATSUDA et al.,
2014).
4.3.4 Acidente vascular enceflico
Trata-se de um dficit neurolgico, que ocorre de forma sbita, originrio de
uma leso vascular, devido a alteraes nos vasos sanguneos, nos elementos
sanguneos e nas variveis hemodinmicas. Pode ser isqumico, quando as
alteraes acima provocam uma obstruo no vaso, levando a uma isquemia e a no
perfuso sangunea; ou hemorrgico, quando ocorre a ruptura de um vaso e uma
hemorragia intracraniana (CRUZ; DIOGO, 2009).
Segundo Teixeira (2008, p. 2172) A incidncia do acidente vascular enceflico
(AVE) duplica a cada dcada de vida a partir dos 55 anos, sendo a hemiparesia um
dficit importante decorrente da leso.
As sequelas deixadas pelo AVE podem comprometer a qualidade de vida das
pessoas, provocando alteraes esfincterianas, na marcha, no controle dos
movimentos, na linguagem, na alimentao, na atividade sexual, na funo cognitiva,
25
nos cuidados pessoais, nas atividades profissionais e na conduo de veculos.
Devido a estas alteraes os pacientes tendem a se isolar, ficando depressivos
(CRUZ; DIOGO, 2009).
A reabilitao um processo nico e pessoal, e seu sucesso depende do
empenho do paciente, da equipe multidisciplinar e da famlia do paciente
(CARVALHIDO; PONTES, 2009). Ainda de acordo com Carvalhido e Pontes (2009, p.
143) a reabilitao consiste num processo nico, continuo, progressivo, global e
precoce, no apenas mdico, social ou profissional, mas sempre complexo,
interdisciplinar e efectuado na perspectiva do indivduo.
4.3.5 Hipercolesterolemia
A hipercolesterolemia ou colesterol alto, um distrbio metablico das
lipoprotenas plasmticas, que tendem a se tornar elevadas com o avano da idade.
As taxas de LDL e colesterol total so os lipdeos plasmticos que mais tendem a se
tornar elevados (MAIA; NICOLATO; LOPES, 2011).
De acordo com Maia, Nicolato e Lopes (2011, p. 254), ocorre uma diminuio
da absoro de colesterol, diminuio do fracionamento catablico de LDL circulante,
reduo da atividade da lipase heptica e aumento de LDL.
uma patologia mais predominante em mulheres do que em homens, que
surge mais frequentemente de 65 a 74 anos, tendendo a diminuir aps os 75 anos
(MAIA; NICOLATO; LOPES, 2011).
O diagnstico depende de exames de sangue, que avalie os nveis plasmticos
de colesterol. Segundo Maia, Nicolato e Lopes (2011, p. 254) considera-se
hipercolesterolemia quando o colesterol total e o LDL-colesterol so respectivamente
> 240 mg/Dl e >160 mg/Dl.
A hipercolesterolemia um fator de risco para o desenvolvimento de
aterosclerose, uma patologia crnica que responsvel por causar incapacidades e
poder levar morte de pacientes idosos. Portanto imprescindvel um correto
diagnstico e tratamento da hipercolestrolemia (MENDONA et al, 2004).
O tratamento da hipercolesterolemia em idosos compreende mtodos
farmacolgicos e no farmacolgicos. Os mtodos no farmacolgicos, em idosos,
so a primeira opo de tratamento, sendo a pratica de exerccios fsicos uma
26
alternativa eficiente. Outras medidas como diminuio do consumo de bebidas
alcolicas, suspenso do tabagismo e um melhor aporte nutricional tambm so
necessrias (MAIA; NICOLATO; LOPES, 2011).
4.4 Sedentarismo
Com o avanar da idade, a capacidade funcional diminui e as pessoas vo se
tornando cada dia mais sedentrias, o que influencia na qualidade de vida dos idosos
(NETO; CASTRO, 2012). O sedentarismo caracteriza-se pela diminuio ou a falta de
prtica de algum tipo de exerccio fsico que leve a uma queima de calorias
considervel (RIBEIRO et al., 2013).
Apesar das perdas enfrentadas na velhice, os declnios biolgicos normais do processo de envelhecimento no so os principais responsveis pelas doenas e dependncia fsica na velhice, mas sim, o desuso do corpo que acentua essas perdas. Sendo assim, o sedentarismo pode acelerar o processo normal de envelhecimento, tornando o organismo mais propenso a contrair doenas e a encontrar dificuldades na realizao das atividades bsicas e instrumentais da vida diria (TEIXEIRA et al., 2007, p. 107).
Estudos apontam que a maioria da populao sedentria, sendo que as
maiores taxas de sedentarismo esto entre os idosos. Acredita-se que o sedentarismo
seja um dos fatores que influenciem o aumento da taxa de doenas cardiovasculares
e de doenas crnicas na terceira idade (ZAGO, 2010).
Um idoso sedentrio tende a apresentar de forma mais acentuada os declnios
que decorrem do envelhecimento. So geralmente mais fracos, tem uma perda de
massa muscular mais acentuada, o equilbrio torna-se ainda mais prejudicado, a
mobilidade menor, tende a ser um idoso que se cansa facilmente, e que muitas
vezes necessita de ajuda para realizar suas atividades do dia-a-dia de forma mais
eficiente (ZAGO, 2010).
Juntamente com os problemas que decorrem do envelhecimento e do
sedentarismo, aparecem em grande parte dos idosos as doenas crnicas e
cardiovasculares. A juno desses fatores tende a diminuir ainda mais a qualidade de
vida do idoso (ALVES et al, 2004, APARCIO; PINHEIRA, 2014).
A juno do sedentarismo e da presena de doenas crnicas predispe o
idoso as quedas, que trazem consequncias fsicas e mentais aos idosos, alm de
diminuir a qualidade de vida e a independncia dos mesmos (SIQUEIRA et al., 2007,
GUIMARES et al, 2005). A incidncia de quedas em idosos atualmente, tem
27
aumentado, tornando-se um problema de sade pblica no Brasil (PADOIN et al,
2010).
Quedas em idosos so decorrentes de vrios fatores, dentre eles fatores
intrnsecos (relacionados a alteraes sofridas pelo prprio idoso, como por exemplo
no sistema musculoesqueltico) e extrnsecos (relacionados ao ambiente que o idoso
convive). Desta forma, se faz necessrio um acompanhamento do idoso, alm da
adaptao do ambiente em que ele vive, visando a preveno das quedas (STREIT
et al., 2011).
4.5 Exerccio fsico
O exerccio fsico um fator visto como benfico para a qualidade de vida de
qualquer pessoa. A pessoa que pratica exerccio fsico tem uma melhor
funcionalidade, e menos limitaes fsicas. Desse modo, o exerccio fsico
considerado um fator importante na vida dos idosos, que juntamente com outras
medidas de melhora da sade diminuem os efeitos trazidos pelo envelhecimento
(FRANCHI; JUNIOR, 2005, FERNANDES et al, 2012).
Muitos so os benefcios proporcionados pela atividade fsica na terceira idade,
como melhora da funcionalidade, da fora muscular, aumenta a densidade ssea,
aumenta a fora nos membros inferiores reduzindo leses, melhora a captao do
colesterol (LDL e HDL), diminui a ansiedade, melhora a capacidade respiratria, se
tornam mais resistentes a atividades simples do dia a dia, melhora a capacidade
cardaca, diminui as dores, ajuda no controle das doenas crnicas, entre outras
(MATSUDO, 2009).
perceptvel o aumento do nmero de idosos adeptos a prtica de exerccios
fsicos, seja em grupos de idosos ou no. Os idosos perceberam os inmeros
benefcios que os exerccios podem trazer para sua qualidade de vida, e esto
buscando maneiras mais saudveis de viver (MELO; MELO, 2014, BITTAR; LIMA,
2011).
Muitos autores citavam que o melhor tipo de exerccio para o idoso era o
exerccio aerbio, pela sua capacidade de promover benefcios em relao as
doenas crnicas. Hoje j se v necessidade dos exerccios de fora e flexibilidade
na promoo de maiores benefcios na sade da terceira idade (FRANCHI; JUNIOR,
2005).
28
4.6 Fisioterapia
4.6.1 Alongamentos
Alongamento se caracteriza por um exerccio fisioteraputico que visa
aumentar a amplitude de movimento e alongar os msculos que esto encurtados
devido a alguma patologia ou por desuso (KISNER; COLBY, 2005).
O auto alongamento, tambm conhecido como alongamento ativo, aquele em
que o prprio paciente realiza os alongamentos depois de uma instruo cuidadosa
do fisioterapeuta. importante que o fisioterapeuta esteja sempre observando a
realizao do alongamento para corrigir postura incorretas e compensaes. Este tipo
de alongamento permite que o paciente aumente ou mantenha a amplitude de
movimento (KISNER; COLBY, 2005).
4.6.2 Exerccios cinesioteraputicos
Exerccios cinesioteraputicos so tipos de exerccio que utilizam materiais
simples para promover um esforo fsico na busca da preveno ou do tratamento de
patologias ou incapacidades (DELISA; GANS, 2002). Possuem inmeros benefcios,
assim como os exerccios fsicos, como melhora da fora muscular, do equilbrio, da
funcionalidade, diminuio de quedas, alm de atuar preventivamente em alguns tipos
de patologias, diminuir sintomas decorrentes de doenas crnicas e ainda auxiliar na
reabilitao (FILHO; NETTO, 2006).
A prescrio de exerccios cinesioteraputicos para os idosos deve levar em
considerao toda a histria clnica do paciente, alm de ser realizada uma avaliao
minuciosa de cada paciente. Devem sempre estar acompanhados por um profissional
competente e relatar qualquer incmodo que passe a apresentar aps o incio da
realizao dos exerccios (FILHO; NETTO, 2006).
Um programa de exerccios voltado para a terceira idade deve ser
implementado de uma maneira que desperte o interesse dos idosos na sua realizao.
Eles devem se sentir bem e prazerosos na realizao da atividade (FILHO; NETTO,
2006). Nesse aspecto, esto sendo realizados exerccios em grupos, para alm dos
inmeros benefcios conseguir-se tambm uma melhor socializao entre os idosos,
diminuindo assim casos de depresso, aumentando a autoestima e estimulando a
convivncia (VENTURA; RODRIGUES, 2014).
29
4.6.2.1 Exerccios para ganho de fora muscular
Quando se busca o ganho de fora em idosos, o principal tipo de exerccio que
apresenta inmeros benefcios e que tem resultados comprovados o exerccio
contra resistncia progressivo. Neste tipo de exerccio, medida que o idoso vai
apresentando ganhos, a resistncia vai sendo aumentada, mas sempre em uma
quantidade que no gere leses ou provoque dores intensas, respeitando sempre os
limites do paciente. O exerccio resistido progressivo utiliza as contraes isotnicas
na realizao dos exerccios. Entre seus benefcios esto a melhora da fora
muscular, o ganho e a manuteno da massa muscular, proteo contra outras leses
como quedas, melhora da captao de insulina, melhora do equilbrio, da marcha e
da independncia (GUCCIONE, 2002, PRENTICE; VOIGHT, 2003).
Contraes isotnicas podem ser concntricas, quando h uma diminuio do
comprimento muscular, ou excntricas, quando h um aumento do comprimento
muscular. Na realizao de exerccios resistidos progressivos para ganho de fora
devem ser utilizados as duas formas de contrao, mas a contrao excntrica deve
ser maior do que a concntrica, visto que o msculo fadiga mais rapidamente com a
contrao concntrica (PRENTICE; VOIGHT, 2003).
Equipamentos como pesos livres podem ser utilizados nos treinos de ganho de
fora, e tem como vantagens poderem ser utilizados para realizar exerccios em vrias
direes, alm de ser fcil aumentar ou diminuir o peso. Faixas elsticas, como
theraband, tambm so utilizadas, podendo-se realizar exerccios em planos mais
funcionais (PRENTICE; VOIGHT, 2003).
Com o ganho de fora em membros inferiores o idoso se torna mais confiante,
independente para realizar suas atividades de vida diria. Para o ganho de fora
muscular em membros inferiores, materiais como caneleiras, pesos livres, aparelhos,
faixas elsticas, podem ser utilizados. Os exerccios devem ser prescritos em sries
de doze repeties, sendo realizadas com aumento progressivo da resistncia
(FILHO; NETTO, 2006).
4.6.2.2 Exerccios para equilbrio
Outro tipo de exerccio que tambm traz inmeros benefcios para os idosos
so os exerccios que melhoram o equilbrio (SOARES; SACHELLI, 2008). Filho e
30
Netto (2006), ressaltam que em todo tipo de programa de exerccios para a terceira
idade, exerccios de equilbrio devem ser includos, diminuindo assim os altos ndices
de quedas encontrados nessa faixa da populao.
Os exerccios para equilbrio visam uma reeducao do SNC atravs da
neuroplasticidade, fazendo com que o corpo se acostume novamente com as
mudanas que podem ser geradas pelo movimento de parte ou de todo o corpo,
melhorando com isso o controle postural e o equilbrio (SOARES; SACCHELLI, 2008).
Os exerccios devem ser seguros e estimular o paciente a conseguir execut-
los, devem ser realizados em todos os planos possveis, desenvolver estratgias
multissensoriais, iniciar os exerccios em superfcies mais estveis, onde o paciente
possa obter apoio bilateral em caso de desequilbrio e depois ir progredindo para
superfcies instveis, com menos apoio e mais dinmicas. Um programa de ganho de
equilbrio deve ser criativo visando estimular das melhores maneiras o paciente,
visando sua recuperao (PRENTICE; VOIGHT, 2003).
Devem ser includos em um programa de melhora ou ganho de equilbrio,
exerccios que mudem a base de apoio do paciente, que necessitem de vrios
movimentos coordenados e rpidos, que vo sendo progressivamente dificultados,
para assim estimular o centro de gravidade e trabalhar os msculos necessrios na
manuteno da postura (TASSA; STEFANELLO, 2012).
Uma outra opo para treino de equilbrio so os circuitos multissensoriais de
equilbrio, que alm de atuar no equilbrio esttico e dinmico, com tarefas mais fceis
e mais difceis de serem executadas, ainda ajudam no fortalecimento muscular. Os
circuitos so fceis de serem montados por utilizarem materiais de fcil acesso e
podem ser utilizados em grupos (COSTA et al., 2009).
Os exerccios multissensoriais so desenvolvidos em forma de um circuito composto por treze estaes que consistem em movimentos de cabea, pescoo e olhos; exerccios de controle postural em vrias posies (sentado, em apoio bipodal e unipodal, andando de frente, de costas, lateralmente, em flexo plantar e calcanhar); exerccios com olhos vendados e uso de superfcie instvel (COSTA et al., 2009, p.1).
31
5. METODOLOGIA
5.1 Grupo de estudo
Foi realizado um estudo com um grupo de pessoas com idade igual ou superior
a 60 anos, de ambos os sexos, residentes na cidade de Paracatu MG, que aceitaram
realizar vinte e trs sesses de exerccios cinesioteraputicos. Foram critrios de
excluso da pesquisa pessoas que contabilizassem mais de quatro faltas, pacientes
com diagnstico de trombose venosa, ou que no conseguiram realizar os exerccios
e que no conseguiram entender os comandos.
Segundo dados do IBGE (2015), a populao estimada de Paracatu MG em
2015 de 91.027 pessoas. uma cidade situada no noroeste de Minas Gerais, tendo
como limites municipais Una, Vazante, Guarda Mor, Joo Pinheiro, Lagoa Grande e
Cristalina (IBGE, 2015). A figura 1 ilustra sua localizao.
Figura 1: Mapa de localizao da cidade de Paracatu- MG
FONTE: IBGE, 2016
5.2 Materiais e mtodos
Trata-se de um estudo quantitativo-descritivo, que analisou os efeitos dos
exerccios cinesioteraputicos na fora muscular de membros inferiores e no equilbrio
em idosos.
Um estudo quantitativo-descritivo consiste em investigaes de pesquisa emprica cuja finalidade o delineamento ou anlise das caractersticas de
32
fatos ou fenmenos, a avaliao de programas, ou o isolamento de variveis principais ou chaves (MARCONI; LAKATOS, 2011, p. 70).
O estudo foi realizado no primeiro semestre de 2016, trs vezes por semana,
na Clnica Escola de Fisioterapia da Faculdade Tecsoma situada na cidade de
Paracatu MG.
Os pacientes foram informados sobre o estudo e depois de esclarecida
qualquer dvida assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido (anexo A),
elaborado conforme as exigncias do captulo IV do Conselho Nacional de Sade,
resoluo 196/96 (BRASIL, 2012). Depois foi realizada uma avaliao individual de
cada indivduo componente da pesquisa, atravs de uma ficha de avaliao (apndice
A). Ao final, foi realizado a reavaliao dos indivduos (apndice B).
Para avaliar o equilbrio foi utilizado a escala de equilbrio funcional de Berg. A
escala de Berg consiste em quatorze perguntas, com score de 0 a 4 cada uma,
avaliando equilbrio esttico e dinmico (PERES; SILVEIRA, 2010). Segundo Peres e
Silveira (2010) Os escores absolutos so obtidos por meio de 14 testes avaliando a
habilidade do indivduo de se sentar, ficar de p, alcanar, girar em volta de si mesmo,
olhar por cima de seus ombros e ficar sobre apoio. Foi utilizado neste teste materiais
como uma cadeira, um banco, um degrau, uma caneta esferogrfica da marca BIC e
um cronmetro.
O Time up and go test um teste utilizado para avaliar indiretamente a fora
muscular de membros inferiores (TEIXEIRA et al., 2007). um teste que avalia
tambm a mobilidade dos idosos (MACIEL; GUERRA, 2005). Consiste em o paciente
levantar de uma cadeira, andar por trs metros sobre uma linha reta, virar-se e andar
at a cadeira e sentar-se. Quanto maior for o tempo que o idoso leva para realizao
do teste, menor ser o seu grau de fora em membros inferiores (SILVA et al., 2008,
BETRAN et al, 2013). Para realizao deste teste foi utilizada uma cadeira com 30 cm
de altura sem encosto de braos, fita crepe, fita mtrica, cronmetro e caneta
esferogrfica da marca BIC.
Depois foram realizadas s sesses, que tiveram tempo de durao de
cinquenta minutos e foram realizadas em grupo. Ao final das sesses, no ltimo dia
de encontro, os pacientes foram reavaliados. As sesses foram compostas por
33
alongamentos, exerccios cinesioteraputicos para ganho de fora de membros
inferiores e treino de equilbrio, e relaxamento (Apndice C).
34
6 RESULTADOS E DISCUSSO
A pesquisa ocorreu entre fevereiro e abril de dois mil e dezesseis, trs vezes
na semana, durante nove semanas, totalizando 23 sesses, sendo destas, duas
destinadas a avaliao e uma a reavaliao.
A amostra foi composta por nove pacientes de ambos os sexos, sendo um do
sexo masculino e oito do sexo feminino, residentes na cidade de Paracatu/ MG, com
idades entre 61 e 81 anos, com mdia de idade de 68 anos.
O protocolo de exerccios cinesioteraputicos foi composto por exerccios para
fortalecimento muscular de membros inferiores e equilbrio, e cinco minutos de
relaxamento ao final de cada sesso, tendo cada sesso, cinquenta minutos de
durao.
Percebeu-se durante a pesquisa que a maioria dos pacientes possui patologias
crnicas (Figura 02). Gravina e colaboradores (2007), ressaltam que a aposentadoria
leva o idoso a um crescente sedentarismo e aos maus hbitos alimentares o que
acarreta o surgimento de problemas como obesidade, esteatose heptica, diabetes
mellitus, colesterol elevado e hipertenso arterial.
Figura 2: Patologias apresentadas pelos pacientes
FONTE: o autor
11,10%
22,20%
66,60%
11,10%
22,20%
Hipercolesterolemia Diabetes mellitus Hipertenso arterialDoena de Chagas Nenhuma
35
O envelhecimento traz consigo o aumento das doenas crnicas, devido as
alteraes ocorridas no corpo decorrentes do prprio envelhecimento somadas aos
maus hbitos de vida dos idosos (VERAS, 2009).
Bueno e colaboradores (2008) realizaram um estudo com um grupo de 82
idosos, onde 46,3% dos idosos possuam hipertenso arterial, representando a
doena crnica mais comum, tendo a idade avanada como um fator de risco. Outras
patologias crnicas foram encontradas como hipercolesterolemia, mas em incidncia
menor, como encontrado no presente estudo.
No estudo realizado por Betran e outros (2013), a incidncia de doenas
crnicas em um grupo de idosos foi, tambm, alta. Dentre as patologias mais
encontradas destacam-se a hipertenso arterial, o colesterol aumentado e a diabetes,
o que condiz com os resultados do presente estudo, visto que foram estas mesmas
patologias as mais encontradas entre os participantes deste estudo.
Siqueira e outros (2007), apontam que o crescente aumento no nmero de
idosos e de ocorrncia de doenas crnico-degenerativas nessa faixa da populao,
requerem um maior treinamento e adequao dos servios de sade para uma
ateno rpida e correta a nova demanda.
O diagnstico precoce e a preveno so imprescindveis para proporcionar
uma melhor qualidade de vida e uma independncia fsica e mental aos idosos.
Quando diagnosticadas essas doenas, os idosos precisam fazer um controle do
estilo de vida para evitar situaes mais graves (TRENTINI et al., 2005).
A prtica de exerccios, como exerccios cinesioteraputicos, tem sido
apontado como fator no farmacolgico para o controle de doenas crnicas. Tem
entre seus principais efeitos a reduo do nvel de triglicrides, da presso arterial, do
peso corporal, alm de melhorar a captao de glicose, aumentar os nveis de HDL
no sangue, aumentar a flexibilidade e a fora muscular (GRAVINA; GRESPAN;
BORGES, 2007).
No presente estudo no foram vistos benefcios dos exerccios
cinesioteraputicos no controle das doenas crnicas, j que no foram utilizados
mtodos para se verificar ou no esta eficcia.
Dentre os pacientes deste estudo, quatro relataram ter sofrido alguma queda
no ltimo ano, sendo que destes quatro apenas dois referiram ter tido alguma
36
repercusso funcional. Aps o incio da realizao dos exerccios, nenhum idoso
relatou ter sofrido alguma queda (Figura 3).
Figura 3: Porcentagem de quedas apresentadas pelo idosos
FONTE: o autor
Uma das principais consequncias do sedentarismo aliado a doenas crnico-
degenerativas so as quedas. Elas acontecem principalmente em idosos sedentrios,
com comprometimentos funcionais, ou que apresentem alguma doena que provoque
uma alterao do equilbrio e da mobilidade (GUIMARES et al., 2004).
Um estudo realizado por Guimares e colaboradores (2004), comparou o risco
de quedas de um grupo de idosos que realizavam atividades fsicas trs vezes na
semana e idosos sedentrios. Eles concluram que a pratica de atividades fsicas
reduz consideravelmente o risco de quedas em idosos, visto que idosos sedentrios
possuem cerca de 80% de risco mdio de sofrerem alguma queda, enquanto que
idosos ativos possuem cerca de 5% de risco mdio de cair.
O estudo realizado por Streit e colaboradores (2011), avaliou o ndice de
quedas em idosos, antes e aps a realizao de um protocolo de exerccios que
envolviam exerccios para fortalecimento muscular de membros inferiores e equilbrio,
realizado trs vezes na semana. Chegaram concluso que houve uma reduo no
nmero de quedas aps a realizao dos exerccios, corroborando com os achados
do presente estudo.
66% 100%
44%0
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Antes Depois
Nu
me
ro d
e Id
oso
s
No caram
Caram
37
Constata-se na figura 4 que houve uma melhora significativa no equilbrio dos
idosos participantes deste estudo, comparando-se os valores obtidos antes e depois
da realizao do protocolo de exerccios cinesioteraputicos.
Figura 4: Pontuao total obtida na escala de equilbrio funcional de Berg
FONTE: o autor
O envelhecimento traz uma srie de alteraes ao organismo do idoso. Uma
dessas alteraes ocorre no sistema nervoso central, sistema vestibular,
proprioceptivo e tambm no visual. Essa srie de alteraes leva o idoso ao equilbrio
diminudo, dificultando a realizao de algumas tarefas e podendo levar a dificuldades
na marcha, instabilidade postural e at a quedas (SOARES; SACCHELLI, 2008).
O equilbrio dos participantes deste estudo foi avaliado a partir da escala de
equilbrio funcional de Berg. A escala de equilbrio funcional de Berg um instrumento
capaz de avaliar o equilbrio esttico e dinmico de idosos. Trata-se de uma maneira
simples de se avaliar o equilbrio, sendo composta por quatorze perguntas que
possuem um score de 0 a 4 pontos, com uma pontuao mxima de 56 pontos
(SOARES; SACCHELLI, 2008).
Soares e Sacchelli (2008), realizaram um estudo com um grupo de idosos
aplicando um protocolo de exerccios cinesioteraputicos por trs meses, totalizando
24 sesses e concluram que houve uma melhora no equilbrio dos mesmos, levando
0 0
2
0
7
9
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Antes Depois
Quantidade d
e idosos
Pontuao
Menor que 30 De 31 a 46 de 47 a 56
38
a um aumento na independncia e reduzindo o risco de quedas, estando de acordo
com os resultados do presente trabalho.
No estudo de Bechara e Santos (2008), foi avaliado a eficcia de um programa
de exerccios fisioteraputicos para melhora do equilbrio em dez idosos. Eles foram
submetidos a exerccios durante seis semanas. Aps a realizao do programa de
exerccios foi comprovada a eficcia dos mesmos na melhora do equilbrio de idosos.
Zambaldi e colaboradores (2007), realizaram um estudo com um grupo de seis
idosas durante oito semanas, aplicando um protocolo de exerccios visando a melhora
do equilbrio. Perceberam uma melhora significativa no equilbrio das idosas,
aumentando a pontuao total na escala de equilbrio de Berg, concluindo que o treino
de equilbrio simples capaz de melhorar o equilbrio em idosas da comunidade.
Um estudo realizado por Aparcio e Pinheira (2014), aplicou um programa de
exerccios com 30 indivduos idosos, durante oito semanas, visando avaliar a adeso
de idosos a programas de exerccios e a efetividade deste tipo de programa no ganho
de equilbrio em idosos. Verificaram que houve melhora significativa no equilbrio dos
idosos avaliados, mas ressaltaram em seu estudo que ainda h uma dificuldade de
adeso dos idosos a certos programas em grupo.
Na figura 05 possvel perceber que houve uma melhora tambm na fora
muscular dos membros inferiores, visto que houve uma diminuio no tempo de
realizao do timed up and go test, mostrando que os exerccios cinesioteraputicos
so eficazes no aumento e/ou na manuteno da fora muscular.
O timed up and go test avalia indiretamente a fora muscular dos membros
inferiores, alm de verificar tambm a mobilidade dos idosos. validado pelo tempo
que o idoso leva para levantar de uma cadeira, caminhar por trs metros, voltar e
sentar na cadeira (MACIEL; GUERRA, 2005).
Maciel e Guerra (2005), destacam que problemas relacionados a diminuio
da fora muscular em membros inferiores, diminuio do equilbrio e da viso so
fatores que afetam diretamente a mobilidade em idosos.
Betran e colaboradores (2013), fizeram um estudo aplicando o timed up and go
test em um grupo de 106 idosos, e verificaram que com o aumento da idade o tempo
para realizao do teste se torna maior, visto que com o aumento da idade a fora
muscular e a mobilidade dos idosos diminuem. No presente estudo, apenas um
39
participante com a idade mais avanada obteve diferena de tempo dos demais na
realizao do teste antes do protocolo de exerccios, sendo que aps a realizao dos
exerccios esta participante se igualou aos demais.
Figura 5: Tempo para realizao do timed up and go test
FONTE: O autor
Zambaldi e colaboradores (2007), avaliaram tambm o tempo gasto por um
grupo de idosos na realizao do timed up and go test antes e aps a realizao de
um protocolo de exerccios em grupo com seis idosas. Foi observado uma diminuio
no tempo de realizao, o que segundo eles representa uma melhora na fora
muscular e consequentemente no equilbrio das participantes do estudo.
No estudo de Padoin e colaboradores (2010), o timed up and go test foi aplicado
em 55 idosos que realizavam exerccios trs vezes na semana. Segundo os
resultados obtidos, os idosos que realizavam os exerccios, que envolviam exerccios
de fortalecimento muscular, apresentaram tempo de realizao do teste menor,
demonstrando que os exerccios trazem inmeros benefcios para a sade dos idosos.
Streit e colaboradores (2011) avaliou a fora muscular de membros inferiores
de um grupo de idosos que praticavam exerccios de fortalecimento muscular e
equilbrio trs vezes na semana, e concluram que a pratica de exerccios benfica
para os idosos, sendo capaz de melhorar a fora muscular e o equilbrio.
0 0
1
0
8
9
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Antes Depois
N
me
ro d
e id
oso
s
Tempo
30 segundos ou mais de 20 a 29 segundos menos de 20 segundos
40
A prtica de exerccios regulares diminui os efeitos provocados pelo
sedentarismo, aumentando a mobilidade fsica, a fora muscular, a estabilidade
postural e diminuindo os riscos de queda (GUIMARES et al., 2004). Exerccios
praticados em grupo estimulam o idoso a se socializar, trocar informaes e ampliar
seus vnculos sociais, alm de deixar a pratica de exerccios mais prazerosa (BITTAR;
LIMA, 2011).
41
7. CONCLUSO
Conclui-se que os exerccios cinesioteraputicos so capazes de trazer ganhos
a funcionalidade dos idosos, aumentando a fora muscular dos membros inferiores e
melhorando o equilbrio dos mesmos, alm de lhes trazer mais independncia e
qualidade de vida.
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49
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50
ANEXOS
ANEXO A Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Conselho Nacional de Sade, Resoluo 196/96).
Eu, _______________________________________, RG _________________,
abaixo qualificado (a), declaro para fins de participao em pesquisa, que fui
devidamente esclarecido sobre o projeto de pesquisa intitulado: Efeitos dos exerccios
cinesioteraputicos no fortalecimento muscular de membros inferiores e no equilbrio
de idosos, desenvolvido pela aluna Tuane Cristina da Silva Santos, do curso de
bacharelado em Fisioterapia da Faculdade Tecsoma em Paracatu/MG.
O treinamento de equilbrio e fora em idosos uma abordagem eficaz na melhora da
sua funcionalidade, da auto estima, da qualidade de vida, alm de atuar como fator
preventivo em alteraes decorrentes de patologias ou do prprio envelhecimento.
Sero realizadas vinte sesses de exerccios cinesioteraputicos duas vezes na
semana. Este estudo tem o intuito de analisar os efeitos dos exerccios
cinesioteraputicos na melhora do equilbrio e da fora de membros inferiores em
idosos.
O entrevistado tem a liberdade de recusar a sua participao em qualquer fase da
pesquisa, sem penalizao alguma e sem prejuzo ao seu tratamento e cuidado.
garantido o sigilo e a privacidade dos dados confidenciais envolvidos na pesquisa. Os
dados e informaes provenientes deste trabalho sero utilizados com fins de
publicao e produo de trabalho de concluso de curso para grau de bacharel.
Declaro, outrossim, que depois de esclarecida pela pesquisadora e ter entendido o
que me foi explicado, consinto voluntariamente em participar desta pesquisa.
Paracatu, _____ de ____________ de 2016.
51
Qualificao do declarante
Termo de esclarecimento livre e esclarecido
Objeto de pesquisa
Nome:__________________________________________________________
RG_______________________ Data de nascimento ___/___/___ sexo F( ) M( )
Endereo:_______________________________________________________
n______ Bairro:____________________ Cidade _______________________
CEP___________ Telefone ____________________________
Assinatura do declarante
Declarao do pesquisador
Declaro, para fins de realizao de pesquisa, ter elaborado este termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), cumprindo todas as exigncias contidas
no capitulo IV da resoluo 196/96 e que obtive de forma apropriada e voluntaria, o
consentimento livre e esclarecido do declarante acima qualificado para realizao
desta pesquisa.
Paracatu, ______ de ___________ de 2016.
Tuane Cristina da Silva Santos
Assinatura do pesquisador
52
APNDICES
APNDICE A FICHA DE AVALIAO
Data: ____________
Nome: ______________________________________________________________
Idade: _______ Sexo: ( ) M ( ) F Data de Nascimento:_____________________
Profisso: ______________________ Telefone: ____________________________
Endereo: ___________________________________________________________
Sinais vitais
Presso Arterial ________________
Frequncia Cardaca _______________
Frequncia Respiratria ________________
Medicamentos em uso
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Patologias
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Marcha
( ) Sozinho ( ) Ajuda ocasional ( ) Ajuda frequente ( ) Muleta ou bengala
( ) Andador ( ) Cadeira de rodas ( ) Imobilidade completa
Quedas
Histrico de quedas no ltimo ano ( ) Sim ( ) No
Nmero de quedas ______
Repercusso funcional ( ) Sim ( ) No
TESTES
Escala de Berg
1-Da posio sentado para a posio de p
(4) Capaz de levantar-se sem utilizar as mos e estabilizar-se independentemente
53
(3) Capaz de le