FIGURA 2: Hospital Sarah Kubitschek do Rio de Janeiro
Felipe Bühler Bertuzzi(1); Kátia Savaris Dametto(2); Marisabel Scortegagna(3) [email protected] (1); [email protected] (2); [email protected] (3)
IMED – Escola de Arquitetura e Urbanismo
O arquiteto Lelé, formou-se pela Universidade do Brasil (atual UFRJ) em
1957. Seu primeiro hospital, finalizado em 1980, foi o hospital Sarah de
Brasília-DF (fig. 1), enquanto o último a ser construído foi o Sarah do Rio
de Janeiro em 2009 (fig. 2).
O conceito surgiu da ideia contemporânea, cujo os requisitos baseavam-se
na flexibilidade, racionalização e expansão da edificação – conceito
utilizado em todas as suas obras. (Ribeiro, 2007)
O presente estudo de caso contribuiu para o esclarecimento de questões
fundamentais de conforto térmico agregando maior conhecimento para o
trabalho com o clima e os condicionantes locais em um projeto. A arquitetura
sustentável se dá quando são unidos esses aspectos culminando na produção
de edifícios de baixo consumo energético.
Os Hospitais Sarah estudados são um exemplo de adoção de técnicas
bioclimáticas. É possível identificar práticas arquitetônicas de proteção da
radiação solar, o aproveitamento das brisas, a inércia térmica e umidificação
(fig. 5), e o uso de luz natural para o de conforto. (fig. 6) (Montero, 2006)
RIBEIRO, G. P. Conforto Ambiental, Sustentabilidade, Tecnologia e Meio
Ambiente, 2007.
Estudo de caso realizado na disciplina de Conforto Térmico do Curso de
Arquitetura e Urbanismo com o objetivo de inserir o aluno na percepção da
interação entre o clima e a arquitetura.
O estudo teve por objetivo analisar as estratégias que o arquiteto João
Filgueiras Lima (Lelé) utilizou para a execução de dois hospitais da Rede
Sarah (Hospital Sarah do Rio de Janeiro e Hospital Sarah de Brasília-DF),
fazendo referência ao uso das tecnologias para a melhoria do conforto.
FIGURA 4: Presença de janelas ao longo do hospital
FIGURA 1: Hospital Sarah Kubitschek de Brasília – DP
FIGURA 3: Corte explicativo da renovação do ar
Os procedimentos realizados pelo arquiteto em seus hospitais estão
expostos a seguir:
• Obtenção de conforto através de sistemas passivos de condicionamento,
como brises, tendo ambientes mais agradáveis e humanizados;
• Facilidade de expansão da edificação sem intervir no funcionamento de
outras áreas, com a presença de jardins e pátios internos prevendo
essas modificações;
• Renovação do ar por meio de galerias que captam os ventos; (fig. 3)
• Uso de ar condicionados apenas para alas cirúrgicas, enquanto no
restante da edificação a circulação do ar é feita por meio das janelas,
economizando energia e reduzindo os impactos ambientais. (fig. 4)
FIGURA 5: Aproveitamento das brisas
FIGURA 6: Aproveitamento da luz natural
MONTERO, J. I. P. Ventilação e Iluminação naturais na obra de João
Figueiras Lima. São Carlos: 2006.
FONTE: LELÉ, 1994 FONTE: NELSON KON, 2012
FONTE: REDE SARAH, 2010 FONTE: NELSON KON, 2012
FONTE: REDE SARAH, 2010 FONTE: REDE SARAH, 2010