Ferramentas
digitais para
tradução
Luciana Viter (FAETEC/UFRJ)
Kátia Tavares (UFRJ)
A tradução como era antes...
O tradutor trabalhava contando
principalmente com seus próprios
conhecimentos. Para ampliar sua base de
pesquisa consultava dicionários e obras de
referência “em papel”, recorrendo a
especialistas, quando necessário, via telefone
ou pessoalmente. Os trabalhos eram
recebidos também em “papel” e a tradução
era transcrita e impressa via máquinas de
escrever.
A tradução como é agora...
As entradas em cena da internet e dos demais
aparatos tecnológicos ampliaram as
possibilidades de interação e reduziram o
isolamento do tradutor que pode se valer dos
variados recursos eletrônicos on-line para
pesquisa: dicionários, glossários, corpus, sites
específicos para o contexto pesquisado além
do imenso oceano de informações da internet
que também funciona como corpus não formal
para validação das pesquisas
Recursos para tradutores
OUTROS RECURSOS ÚTEIS
Editores e conversores de arquivos (em especialpara arquivos em PDF): Abbyy*, Wondershare*,Foxit*, Online OCR, Zanzar.
Ferramentas de reconhecimento de voz paratranscrição de textos: Dragon.
Discos virtuais para armazenar e compartilhararquivos: Dropbox, Google Drive, One Drive.
* Ferramentas pagas.
Comunidades de tradutores
Translators Café
Tradutores/Intérpretes
TRADUÇÃO AUDIOVISUAL (TAV)
Inclui todos os modos de tradução que
lidam com sons e imagens:
Legendagem;
Dublagem, narração, voice-over;
Interpretação simultânea/consecutiva de eventos
ao vivo;
Tradução e localização de software interativo e videogame;
Tradução audiovisual inclusiva;
Legenda fechada (closed caption) e teletexto;
Audiodescrição.
LEGENDAGEM
O texto é segmentado em trechos curtos que são geralmente uma versão condensada do original. Isso ocorre devido a limitações de tempo e de espaço e da velocidade de leitura dos espectadores.
“O texto deve ser o mais “enxuto” possível, e, ao mesmo tempo, passar o maior número de informações a fim de proporcionar bom entendimento da mensagem ao espectador.” (JOIA, 2004)
LEGENDAGEM INCLUSIVA
Deve incluir sons não verbais relevantes para
a compreensão, como uma campainha
tocando, pessoas rindo e assim por diante.
Para facilitar a identificação do interlocutor,
cores diferentes podem ser atribuídas a
participantes do vídeo, e as legendas
propriamente ditas podem ser posicionadas
mais próximas de quem está falando, ao
invés de aparecerem no centro da tela.
LIMITES PARA LEGENDAS
2 linhas.
36 caracteres por linha idealmente, contabilizados espaços e pontuações, sendo toleráveis até 40 caracteres.
Não se divide sílabas entre linhas.
Não havendo restrição de caracteres, é preferível dividir as linhas de acordo com seu sentido completo.
SINCRONIA
A legenda deve respeitar o tempo de entrada e
saída das falas, dentro do possível, mas também
procurar permitir um confortável tempo de
leitura.
Duração mínima de 1 segundo (1000
milissegundos). Aparecer antes da fala dos
personagens - 300ms. E sumir depois da fala
dos personagens no mínimo - 300ms
PADRÕES
ITÁLICO:
Dispositivos eletrônicos, vozes em off,
narração, pensamentos, músicas.
CAIXA ALTA:
Letreiros, cartazes, placas, faixas, avisos.
USAR ALGARISMOS ARÁBICOS.
SEGMENTAÇÃO (SPOTTING)
(SANTOS, 2012)
SÍNTESE
Substituir palavras mais longas por sinônimos compactos ("Digo", em vez de "Eu quero dizer"; "algo", em vez de "alguma coisa"; "cerca de", em vez de "aproximadamente“).
Omitir (dentro do possível):
– Interjeições e onomatopéias .
– Adjetivos, advérbios e pronomes:Orig.: "Do you think you can use your mind...".Trad.: "Você acha que pode usar a mente...".Orig.: "I’m gonna go kiss Ben goodnight".Trad.: "Vou dar um beijinho no Ben".
– Termos e expressões implícitas no contexto.
EDITORES DE LEGENDAS ON-LINE
EDITOR DE LEGENDAS DO YOUTUBE
(com reconhecimento de voz)
SOFTWARES EDITORES DE LEGENDA
Editor de legendas:
SUBTITLE WORKSHOP
Programa gratuito para edição
e tradução de legendas no
Windows.
Instalação de
CODECS:
K-LITE CODECS
PACKPacote de codecs. Caso
tenha dificuldade em visualizar
os vídeos ou legendas, será
necessário instalar esse pacote
de codecs.
Interface SUBTITLE WORKSHOP
CAT Tools
As CAT Tools (Computer-assisted translation tools
ou Computer-aided translation tools), ferramentas
de tradução auxiliada por computador, são
softwares que auxiliam o processo da tradução
feita por um humano. Elas não realizam
traduções automáticas, mas facilitam a
digitação, a consulta a glossários além de permitir
criar bancos de dados (memórias) de tradução,
entre outros recursos.
CAT Tools mais conhecidas
Google Translate Toolkit
CAT Tool:
OMEGA T
Programa gratuito de
tradução auxiliada por
computador.
Interface OMEGA T
OMEGA T – Início Para começar a usar o OmegaT, primeiro crie um projeto que irá
armazenar todos os seus arquivos, ou seja, o arquivo fonte, as memórias de tradução, os glossários e, eventualmente, o seu arquivo traduzido. No menu Projeto, selecione Novo... e digite um nome para o seu projeto. Lembre-se de onde você criou o projeto, porque você precisará voltar lá mais tarde.
Depois que o projeto for nomeado, o programa abrirá a caixa de diálogo Criar novo projeto. No topo desta caixa de diálogo, selecione a língua do seu arquivo fonte e a língua para a qual será traduzido, e clique em OK para continuar.
Se estiver interessado em outras configurações desta caixa de diálogo, você pode voltar a ela a qualquer momento, pressionando Ctrl+E.
Em seguida, surge a caixa de diálogo Arquivos do projeto. Clique em Importar arquivos fonte... para selecionar seus arquivos fonte. O OmegaT copiará o(s) arquivo(s) selecionado(s) para a subpasta /source/do seu novo projeto recém-criado. Depois que o arquivo fonte foi carregado no painel do Editor, você pode fechar a caixa de diálogo Arquivos do projeto.
REFERÊNCIAS
CARROLL, Mary; IVARSON, Jan. Code of Good Subtitling Practice . European Association for Studies in Screen Translation , Berlin, 1998
JOIA, Lucia Kerr. A tradução audiovisual e a voz do tradutor. Tradução em Revista Estudos da tradução: questões linguísticas e literárias. v. 1, n. 1, p. 75–100 , 2004.
SANTOS, Hitalo. Oficina de tradução: legendagem para cinema e TV. 2012. Disponível em: <http://pt.slideshare.net/hitalosantos/oficina-dublagem-e-legendagem-aula-3> . Acesso em: 24 ago. 2014.
VITER, Luciana Nunes. Gestão de qualidade em comunidades on-line de tradução. In-Traduções Revista do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da UFSC v. 6, n. 10, p. 24–52 , jun. 2014. Disponível em: <http://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/intraducoes/article/view/2740>. Acesso em: 3 jul. 2014.