Profa Silvia Mitiko Nishida
Depto de Fisiologia
FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO
FISIOLOGIA
DA
AUDIÇAO
Porém não me foi possível dizer às pessoas: “Falem mais alto,
gritem, porque sou surdo”...Ai de mim! Como poderia eu declarar a
fraqueza de um sentido em mim que deveria ser mais agudo que
nos outros – um sentido que anteriormente eu possuía na maior
perfeição, uma perfeição como poucos em minha profissão
possuem, ou já possuíram”. Ludwig van Beethoven
Assista “Minha Amada Imortal”
Diogo, a picanha é por
sua conta! Não se
esqueça, hein!
Deixa
comigo!
Diogo recebeu uma
mensagem falada da Gabi:
Ondas
mecânicas Cóclea Núcleos
cocleares ... Córtex
auditivo
(O Diogo é destro)
relacionada com a
compreensão da fala
relacionada com
expressão da fala
Veja como é importante a integridade auditiva para que a articulação da palavra
seja correta
Divisão anatômica do ouvido
Nervo V Nervo VII
Nervo VIII
Altura e Intensidade do Som
90 dB risco de lesões.
Voz humana
Soprano:2.090 Hz
Baixo: 65 Hz
Ultrassons Infrassons Limite da audição humana
Submodalidades auditivas
• Determinação de intensidade (amplitude)
• Discriminação tonal (freqüência)
• Identificação de timbre (harmônicos)
• Localização espacial (barbeiro virtual)
- Vertical: diferenças de reflexão auricular
- Horizontal: diferenças interneurais de fase
• Percepção musical
• Percepção da fala
Função da Orelha Externa
Pavilhão auricular
Protege a membrana timpânica
Capta sons (antena) e transmite para o meato acústico externo
Conduto auditivo externo (2,5 cm)
Ressonância (freqüência da fala humana) e amplificação
Garante a temperatura e umidade adequadas
Pelos e cera protegem contra corpos estranhos
Tímpano
Membrana de ressonância
Tensão mecânica regulável (mm. Estapédio; nn.VII)
Reflexo de atenuação (sons graves)
Área é maior do que membrana da janela oval
(amplificação do som)
Surdez de condução
- acúmulo de cerume, perfuração timpânica
Função da Orelha Média
Cadeia de ossículos (martelo, bigorna e estribo)
- Sistema de alavancas interfixas (amplificação do
som): superação de impedância acústica
- Adaptação da audição no ambiente terrestre
Por que a condução aérea é melhor do que óssea?
Menores ossos do corpo
Problema
A saída dos vertebrados da água para o
ambiente terrestre criou um problema: como
superar a impedância AR/LIQUIDO
equalizando os sinais entre os dois meios?
Ar
Liquido
> 90% de reflexão
Cóclea
(Endolinfa)
Ouvido externo
VIA AEREA
VIA ÓSSEA
Tímpano S1
(55mm2) Janela oval S2
(3,2mm2)
F1
F2
SISTEMA DE
ALAVANCA OSSICULAR
Vibração Mecânica
AR
LIQUIDO
Ganho: 1,3 x
AT= 55mm2 aj = 3,2mm2
P = F/A
F/At > F/aj
Ganho: 17 x
RELAÇÃO DE SUPERFICIE
Ganho total 17 x 1,3 =22,1
http://www.cochlea.org/ http://www.physpharm.fmd.uwo.ca/undergrad/sensesweb/L9Auditory/L9Auditory.swf
Regula a tensão
do tímpano
V par
Regula a tensão
do estribo
VII par
REFLEXO DE
ATENUAÇÃO
KABRUM!!
Função da Orelha Interna
Cóclea:
Transmissão das ondas mecânicas através das rampas vestibular e timpânica
Possui uma membrana ressonante (membrana basilar)
Transdução sonora (microfone)
Análise tonotópica
Otite interna
A região ressonante depende da freqüência
BASE: fina e mais rígida
APICE: grossa e mais flexível
Membrana basilar
Órgãos de Corti
Unidade de transdução
sonora
E. vestibular e E. timpânica
Perilinfa rica em Na e pobre em K
E. Media
Endolinfa rica e K
As três escalas vibram com a passagem da onda
mecânica mas, é na escala media que está Órgão de
Corti, assentada sobre a membrana basilar.
K
K
K
Na
Na
Baixa
frequencia
Base Ápice
Células ciliadas
Membrana Basilar
Estribo
Alta
frequencia
20.000Hz 20Hz
A onda mecânica “viaja” sobre a membrana basilar,
causando deflexões ao longo de sua extensão,
conforme a freqüência do som.
A amplitude da deflexão é proporcional a intensidade
sonora.
A cóclea decodifica a freqüência do som
http://www.hhmi.org/biointeractive/media/cochlea-lg.mov
Transdução Sensorial
Órgão de Corti em repouso Chegada de uma onda mecânica
A membrana basilar vibra mais facilmente do que a tectorial.
Resultado: inclinação dos cílios
Inclinação dos cílios
Aumento na abertura de muitos canais de K+
PR despolarizante
Abertura de canais de Ca++ na base (2o mensageiro)
Liberação de NT excitatório
Estimulação da fibra aferente (VIII)
PA
Cílios em repouso
Em: -50mV
Entrada passiva de K
K
http://www.cochlea.org/
A membrana basilar tem organização tonotópica
(Projeção homo e contralateral)
Receptores
Ciliados
Neurônios
Aferentes
VIII
Núcleos
Cocleares
Oliva
Superior
TALAMO
Coliculo
Inferior
CÓRTEX AUDITIVO
Projeção bilateral
C. Auditivo
esquerdo
Cóclea N. Geniculado
Medial do tálamo
Colículo
Inferior
N. Olivares
Superiores N. cocleares
Fibras
Auditivas
C. Auditivo
direito
A via auditiva central tem projeção
bilateral em toda a sua extensão.
Núcleos olivares: localização
das fontes sonoras
Colículo Inferior: organização
dos reflexos de orientação da
cabeça em resposta ao som.
Córtex auditivo: inicio do
processo de percepção sonora
Toda a via auditiva tem uma
representação tonotópica
(bilateral) da membrana basilar, até a
área de projeção no córtex auditivo
primário (lobo temporal).
O córtex auditivo possui um mapa de
representação colunar das
freqüências sonoras.
Córtex auditivo primário (A1)
Ativado por todos os sons
Córtex auditivo secundário (A2)
Ativado apenas por sons da
linguagem falada, os fonemas
Área de Werneck
Área de associação sensorial:
compreensão das palavras não só
ouvidas mas lidas.
CORTEX
AUDITIVO
PRINCIPAIS CAUSAS DA PERDA DE FUNÇÃO
AUDITIVA
SONS INTENSOS (acima de 120dB)
Rompimento do tímpano, lesões ossiculares e da
membrana basilar
INFECÇÕES
Otite media e interna
INTOXICAÇOES MEDICAMENTOSAS
Antibióticos (envenenam os cílios)
IDADE
Desgaste natural do sistema de transmissão óssea, morte
de células sensoriais
Descrição do som dB W/m2
Limiar de dor 130 101
Show de rock 120 100
Britadeira de rua 100 10-1
Rua com muto transito 80 10-2
Estações e aeroportos 60 10-4
Grande loja 50 10-6
Auditório cheio 40 10-18
Igreja vazia 20 10-10
Limiar de audibilidade 0 10 -12