2
Flávio Dino de Castro e Costa
Governador do Maranhão
Felipe Costa Camarão
Secretário de Estado da Educação
Danilo Moreira da Silva
Subsecretário de Estado da Educação
Nádya Christina Guimarães Dutra
Secretária Adjunta de Gestão da Rede de Ensino
e da Aprendizagem
Eliziane Carneiro dos Santos Oliveira
Superintendente de Gestão do Ensino e
Desenvolvimento da Aprendizagem
Márcia Thaís Soares Serra Pereira
Superintendente de Informação e Avaliação de
Desempenho Educacional
João Paulo Mendes Lima
Superintendente de Planejamento da Rede de
Ensino e Regime de Colaboração
Ismael Almeida Cardoso
Superintendente de Participação Social
Equipe de Elaboração:
Ádria Karoline Souza de Aquino Utta
Clenite Moraes Salazar
Dario Manoel Barroso Soares
Gildete Elias Dutra
Jeane Antônia da Silva Chaves
Equipe de Colaboração:
Ana Neri Santos
Ana Tereza Bogéa Bitencourt Pereira
Elisabeth Gomes
Fernanda Soares S. Ferraz
Jocenilson Mendes Costa
Maria do Perpétuo Socorro Fortes Braga e Silva
Marinildes Martins
Neila Fereira Bezerra
Pedro de Alcântara Lima Filho
Raimunda de Moraes Mota
Revisão:
Verenne Marjorie Lima Braga
Nádya Chrsitina Guimarães Dutra
Eliziane Carneiro dos Santos Oliveira
Patrícia Maria de Mesquita Souza
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO……………………………………………………………………….….….………..……. 3
1. CALENDÁRIO ESCOLAR.................................................... ......................................................... 4
2. JORNADA ESCOLAR....................................................................................................................... 5
2.1Jornada Escolar em Tempo Parcial.......................................................................................................... 5
2.2 Jornada Escolar em Tempo Integral....................................................................................................... 6
2.3 Jornada Escolar Integrada à Educação Profissional........................................................................... 6
2.4 Carga Horária Docente.............................................................................. ........................... 7
3. ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA ..................................................................................................................... 8
3.1. Colegiado Escolar..................................................................................................................................... 8
3.2. Conselho de Classe................................................................................................................................... 9
3.3. Grêmio Estudantil........................................................................................................................................ 10
3.4. Conselho Escolar de Políticas sobre Drogas........................................................................... 11
4. DIRETRIZES E OPERACIONALIZAÇÃO CURRICULAR.................................................................................. 12
5. FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO.............................................................................................. 13
6. CICLO PDCA................................................................................................................................................... 15
7. PLANEJAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA NA ESCOLA............................................................................. 18
7.1. Plano de Metas da Escola........................................................................................................................ 18
7.2. Plano da Gestão......................................................................................................................... 18
7.3. Plano da Supervisão/Apoio Pedagógico............................................................................................. 19
7.4. Plano Docente............................................................................................................................................ 21
7.4.1 Plano Anual de Ensino............................................................................................................................. 21
7.4.2 Plano de Atividade Docente.......................................................................................... 21
8. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM........................................................................................ 22
8.1. Recuperação da Aprendizagem...................................................................................... 23
8.2. Progressão Parcial ou Aprovação com Pendência........................................................ 24
9. ORIENTAÇÕES PARA A JORNADA PEDAGÓGICA 2020......................................................... 24
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................ 27
ANEXO I – CALENDÁRIO REFERÊNCIA.............................................................................................. 29
ANEXO II – CRONOGRAMA DE PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO APÓS JORNADA
PEDAGÓGICA.....................................................................................................................................
37
ANEXO III- MODELO PLANO ANUAL DE ENSINO.............................................................................. 41
ANEXO IV – MODELO PLANO DE ATIVIDADE DOCENTE.................................................................. 43
ANEXO V – BANCA DE PENDÊNCIA................................................................................................... 45
3
APRESENTAÇÃO
O desenvolvimento de um processo educativo de qualidade passa pela
elaboração de uma política de educação construída de maneira coletiva a fim de
apontar, estrategicamente, ações que têm como finalidade garantir o direito de
todos à educação e a uma escola pública de qualidade.
A educação destina-se a múltiplos sujeitos e tem como objetivo a troca de
saberes, a socialização e o confronto de conhecimento de todos os sujeitos em
diferentes condições físicas, sensoriais, intelectuais e emocionais; de classes sociais,
crenças, etnias, gêneros, origens e contextos socioculturais; das cidades, do campo
e das aldeias. Isso se configura numa educação para todos. Assim, faremos da escola
uma instituição acolhedora, inclusiva e capaz de romper com a homogeneidade
que provoca, quase sempre, uma espécie de crise de identidade institucional
(Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, 2013, p. 25).
Neste sentido, a Secretaria de Estado da Educação - Seduc apresenta o
Caderno de Orientações Pedagógicas para o ano letivo de 2020, oferecendo os
parâmetros instrumentais e organizacionais próprios ao funcionamento de uma
Escola Democrática focada na aprendizagem dos estudantes.
Esse material é basilar para o exercício das rotinas pedagógicas pautadas
no diálogo amplo com a comunidade escolar com vista à plena execução do seu
fazer pedagógico, bem como a identificação e solução das demandas e
necessidades que surgem no cotidiano escolar.
Assim, desejamos que este instrumento potencialize a gama de saberes
que têm os gestores, os docentes, os supervisores e todos os profissionais da
educação que fazem parte da Rede Estadual de Educação do Maranhão um meio
de transformação social e da concretização do direito de todos os cidadãos e
cidadãs maranhenses a uma educação pública gratuita, laica e de qualidade.
4
1. CALENDÁRIO ESCOLAR
Anualmente o calendário escolar de referência (Anexo I) é elaborado pela
Seduc, devendo ser seguido pelas escolas da rede em cumprimento de no mínimo 200
dias letivos,1 estabelecido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, nº 9.394/1996.
Toda e qualquer alteração no calendário letivo das escolas, quando necessária, deverá
ser previamente submetida à Unidade Regional de Educação (URE), em caráter
obrigatório, de informação e de deliberação.
Cada unidade escolar deverá assegurar a realização de atividades
pedagógicas como: reunião de pais e mestres, reunião do colegiado escolar, reunião
do conselho de classe, planejamento coletivo por área de conhecimento e a
formação continuada em serviço, na forma estabelecida no Regimento Escolar dos
Estabelecimentos de Ensino da Rede Pública Estadual do Maranhão (Resolução nº
118/2016 - CEE). Salienta-se, ainda, que dentro da carga horária mínima determinada
pela legislação exclui-se o tempo destinado aos estudos de recuperação final.
Diante do exposto, caberá à equipe gestora organizar as ações da
unidade de ensino de modo a assegurar o fiel cumprimento dos dias e horas/aulas
de efetivo trabalho educacional aos educandos, observando os dias de
afastamento de profissionais da educação previamente concedidos pela
administração, atentando sempre para que as aulas aconteçam dentro do previsto
na legislação vigente.
É importante destacar que nas escolas quilombolas e escolas do campo,
deve-se considerar a flexibilidade em calendários diferenciados, organizados de
acordo com as características socioculturais das suas comunidades.
Nas escolas indígenas a organização das ações escolares contempla as
atividades socioculturais, independentemente do ano civil, considerando as datas
culturais específicas e as atividades socioeconômicas de cada povo inseridas no
calendário das escolas indígenas, sendo um elemento fundamental no processo
educativo em relação ao seu caráter cultural.
1 Por dia letivo compreende-se aquele em que são realizadas atividades pedagógicas com estudantes. Deste modo, ainda que a escola desenvolva atividades em dois turnos com o mesmo grupo de estudantes, não poderão ser contabilizados dois dias letivos, mas apenas um.
5
Após as adequações necessárias, as escolas da rede estadual de ensino
deverão encaminhar à Unidade Regional de Educação (URE) o calendário letivo
2020, com assinatura do gestor geral e do coordenador pedagógico, seguindo o
modelo do Calendário Referência (Anexo I).
2.JORNADA ESCOLAR
2.1 Jornada Escolar em Tempo Parcial
Ensino fundamental (diurno): o funcionamento da jornada para os estudantes será
de 5 horários diários (50min.), sendo 25 aulas semanais, com intervalo por turno de
15 minutos, com 5 dias trabalhados por semana.
Ensino médio regular (diurno): o funcionamento da jornada para os estudantes será
de 6 horários diários (50min.), sendo 30 aulas semanais, com intervalo por turno de
15 minutos, com 5 dias trabalhados por semana.
Para os estudantes da Educação Especial toda matrícula efetivada no
ensino comum garante matrícula no contraturno na sala de recurso multifuncional
para Atendimento Educacional Especializado.
Em se tratando das escolas indígenas o tempo não é rígido nem imutável,
sendo utilizado de forma variada, dependendo da atividade mais adequada ao
cotidiano dos estudantes e da vida comunitária. Assim, há uma flexibilização do uso
desse tempo escolar, pois os espaços de aprendizagem nas escolas indígenas não
se limitam à sala de aula.
TURNO MATUTINO TURNO VESPERTINO
E
NSIN
O M
ÉD
IO
EN
S. FU
ND
AM
EN
TAL 1º HORÁRIO 7h10 - 8h 13h10min - 14h
2º HORÁRIO 8h - 8h50min 14h - 14h50min
3º HORÁRIO 8h50min - 9h40min 14h50min - 15h40min
INTERVALO
9h40min -
9h55min
09h40min – 09h55min 15h40min - 15h55min
4º HORÁRIO 9h55min - 10h45min 15h55min - 16h45min
5º HORÁRIO 10h45min - 11h35min 16h45min - 17h35min
6º HORÁRIO 11h35min - 12h25min 17h35min - 18h25min
6
Turno noturno: o funcionamento da jornada para os estudantes será de 5 horários
diários (45 min.), sendo 20 aulas semanais, intervalo por turno de 10 minutos, com 5
dias trabalhados por semana.
*Observação: Considerando a
especificidade do ensino noturno,
orientamos as unidades de ensino
que realizem acolhimento e lanche
com os estudantes antes do início das
atividades, ficando o horário inicial do
turno a partir das 18h55min.
2.2 Jornada Escolar em Tempo Integral
O funcionamento da jornada para os estudantes será de 9 horários diários
(50min.), 45 aulas semanais, intervalo por turno de 20 minutos, além de intervalo para
o almoço com duração de 1 hora e 20 minutos, com 5 dias trabalhados por semana.
2.3 Jornada Escolar Integrada à Educação Profissional
O funcionamento das escolas de ensino médio Integrado à Educação
Profissional, bem como das escolas que adotam a Pedagogia da Alternância
(Educação do Campo e Educação Escolar Quilombola), será de tempo integral. O
TURNO NOTURNO
18h45min - 18h55min (acolhimento e lanche)
1º HORÁRIO 18h55min - 19h40min
2º HORÁRIO 19h40min - 20h25min
3º HORÁRIO 20h25min - 21h10min
4º HORÁRIO 21h10min - 21h55min
5º HORÁRIO 21h55min - 22h40min
PERÍODO INTEGRAL
1º HORÁRIO 07h30min - 08h20min
2º HORÁRIO 08h20min - 09h10min
3º HORÁRIO 09h10min - 10h
INTERVALO 10h as 10h20min
4º HORÁRIO 10h20min - 11h10min
5º HORÁRIO 11h10min - 12h
ALMOÇO 12h - 13h20min
6º HORÁRIO 13h20min - 14h10min
7º HORÁRIO 14h10min - 15h
INTERVALO 15h - 15h20min
8º HORÁRIO 15h20min - 16h10min
9º HORÁRIO 16h10min - 17h
7
2.4 Carga Horária Docente
O horário escolar deve ser elaborado de forma a garantir aos docentes o
cumprimento integral da sua jornada de trabalho, que é composta por tempo destinado
às atividades de interação com estudantes e às atividades extraclasse,
independentemente do tipo de vínculo contratual (efetivo ou contrato).
De acordo com a Lei nº 11.738 de 2008, o Parecer nº 18/2012 do CNE e a
Portaria nº 2.277 de 12 de dezembro de 20192, a hora-atividade deve ser utilizada para
planejamento das aulas, registros do processo de ensino e demais atividades
pedagógicas. A orientação da rede estadual de educação é que o planejamento
seja coletivo, por área de conhecimento e no espaço escolar, e seja destinado
tempo para cumprimento das atividades extraclasse, como: registros no SIAEP,
2 Diário Oficial do Estado - MA nº 243, Caderno Executivo do dia 20 de dezembro de 2019.
PERÍODO INTEGRAL /ALTERNÂNCIA
1º HORÁRIO 07h30min - 08h20min 2º HORÁRIO 08h20min - 09h10min
3º HORÁRIO 09h10min - 10h
INTERVALO 10h - 10h20min
4º HORÁRIO 10h20min - 11h10min
5º HORÁRIO 11h10min - 12hmin
ALMOÇO 12h - 13h20min
6º HORÁRIO 13h20min - 14h10min
7º HORÁRIO 14h10min as 15h
INTERVALO 15h - 15h20min
8º HORÁRIO 15h20min - 16h10min
9º HORÁRIO 16h10min - 17h
10º HORÁRIO 17h - 17h50min
REGIME DE TRABALHO ESCOLAR 20H/40H
Carga Horária Docente
Horários com os estudantes Atividades Extraclasse
13h/27h 07h/13h
8
3. ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA
A Gestão Democrática se fundamenta na participação responsável de
toda a comunidade escolar nas decisões necessárias de forma a garantir um
compromisso coletivo com os resultados educacionais.
Isto requer o envolvimento da comunidade, aqui entendida não apenas
por pessoas que fazem parte da escola (pais, estudantes, professores, gestores,
supervisor, apoio pedagógico, auxiliar de serviços gerais), mas, também, daquelas
que estejam dispostas a participar, a exemplo das Associações de Moradores,
Igrejas, Entidades de Classe, dentre outras.
A Gestão Escolar Democrática se efetiva por meio de pilares que dão
sustentabilidade ao planejamento estratégico da escola, sendo eles a Gestão
Pedagógica, a Gestão Administrativa, a Gestão Financeira, a Gestão de Recursos
Humanos, a Gestão da Comunicação e a Gestão de Tempo e Qualidade do Ensino
que, se desenvolvidos de forma eficiente e eficaz, configuram-se em elementos
determinantes para que a escola alcance a qualidade do ensino e garanta a
aprendizagem.
Assim, compreende-se que a Gestão Pedagógica está no centro das
ações da escola e o êxito do percurso acadêmico discente passa também pelo
fortalecimento dos órgãos colegiados, que possibilitam o desenvolvimento da
corresponsabilidade na consecução dos objetivos e metas da escola. A seguir, uma
breve explanação sobre eles.
3.1 Colegiado Escolar
O Colegiado Escolar é um órgão constituído de representantes dos
diversos segmentos da comunidade escolar: professores, pais ou responsáveis,
servidores não docentes, estudantes com idade mínima de 14 anos e, comunidade
externa, com objetivo de fortalecer a Gestão Democrática na escola, cumprindo o
que determina a Constituição Federal de 1988, art. 206, VI, que estabelece a Gestão
Democrática do Ensino Público na forma da lei, bem como a Constituição Estadual
– 1989, no seu Art. 64, III e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº
9394/96, art.14, II.
As escolas deverão especificar o número de componentes do Colegiado,
em Regimento próprio, observando que a composição deve assegurar a paridade
de 50% entre pais/estudantes e 50 % professores/e demais servidores. Devem ser
9
observados, ainda, os níveis de ensino (Fundamental e Médio) existentes na escola,
por exemplo: havendo apenas um nível de ensino o Colegiado poderá ser formado
com 4 (quatro), 8 (oito), 12 (doze) ou 16 (dezesseis) componentes e, no caso dos
dois níveis de ensino, o Colegiado deverá ser formado com 8 (oito) ou 16 (dezesseis)
componentes.
A escolha dos membros do Colegiado Escolar deve acontecer a partir de
uma eleição direta, para um mandato de dois anos. Cada segmento elege seus
representantes, os membros eleitos podem ser reconduzidos ao mandato somente
uma vez, caso sejam reeleitos.
O presidente do Colegiado Escolar será escolhido dentre um de seus
membros eleitos. O gestor fica impedido de ser indicado à presidência, uma vez que
é membro nato e presidente da Caixa Escolar.
Os membros do Colegiado Escolar não recebem remuneração pela atividade
desenvolvida, sendo esta considerada de relevante interesse público, sem direito a
gratificação de qualquer natureza. Eles atuam de forma colaborativa com a gestão
administrativa, financeira, pedagógica e jurídica da escola, com as funções:
Deliberativa - elabora, aprova, analisa, examina e decide o gerenciamento
dos recursos;
Consultiva - assessora, planeja e opina sobre diversas questões dos segmentos
da escola;
Avaliativa - elabora diagnóstico, avalia e acompanha ações para garantir o
cumprimento das normas e da qualidade no cotidiano escolar;
Mobilizadora - apoia, promove e estimula a participação das comunidades
escolares nas mais diversas atividades.
3.2. Conselho de Classe
O Conselho de Classe é um órgão colegiado que tem por finalidade
contribuir para melhoria do processo de ensino e a aprendizagem dos estudantes
e, sua atuação é norteada pela gestão democrática e participativa.
No Conselho de Classe o gestor escolar reúne com os professores,
supervisores/apoio pedagógico e representantes estudantis (quando possível), e
conjuntamente tratam sobre:
10
Desempenho dos estudantes e as dificuldades que surgem no processo de
ensino e suas relações com o planejamento, metodologias e recursos materiais
disponíveis, dentre outros;
Situações ocorridas no ambiente escolar que interferem no ensino e na
aprendizagem;
Importância do trabalho coletivo e da gestão democrática na escola, com
envolvimento da comunidade;
Importância de cultivar o bom relacionamento entre professor/a e estudante,
a fim de que trabalhem num clima de amizade e respeito mútuo;
Acolhimento, análise e encaminhamentos das reivindicações do estudante;
Desempenho de cada professor e da gestão escolar, evidenciando as ações
exitosas e aquelas que necessitam de intervenção para melhoria do
desempenho da escola.
O Conselho de Classe deve reunir-se, em caráter obrigatório, quatro vezes
por ano, após cada período letivo conforme proposto no Calendário de Referência
e, extraordinariamente, sempre que necessário. Esta instância terá poder de decisão
sobre a situação escolar de cada estudante que não tenha atingido nota mínima
seis para promoção, em consonância com as orientações contidas na Sistemática
de Avaliação da Aprendizagem da Rede Pública Estadual de Educação.
É imprescindível que todos os membros do Conselho de Classe
mantenham uma postura ética a respeito dos assuntos nele abordados e que seja
feito o registro dos pontos de discussão e encaminhamentos da reunião, em ata,
aprovada e assinada por todos os componentes do Conselho de Classe.
3.3 Grêmio Estudantil
O Grêmio Estudantil tem um papel fundamental na representatividade
do estudante e na busca constante em tornar as escolas espaços mais participativo,
bem como na inserção social do adolescente/jovem por meio do envolvimento nos
diversos espaços (Conselhos de Políticas Públicas, Conselhos Escolares, Colegiado,
etc.) de debate por educação de qualidade e pelos direitos da juventude.
Assim, o Grêmio, órgão máximo de representação estudantil na escola,
constitui um espaço significativo de aprendizado sobre o exercício da democracia
e formação para cidadania.
Neste contexto a gestão escolar democrática é essencial para formação e
fortalecimento dos grêmios estudantis, pois, estes cumprem importante papel no
11
diálogo entre os gestores e os estudantes, visando a otimização da relação ensino e
aprendizagem, melhoria da estrutura física da escola e a boa convivência no
espaço escolar. Manter as URE e a SEDUC atualizadas sobre os contatos e o
funcionamento do grêmio deve ser uma tarefa permanente.
3.4 Conselho Escolar de Políticas sobre Drogas
O Conselho Escolar de Políticas sobre Drogas é uma linha de atuação que
se direciona a discutir e promover ações/atividades de caráter formativo e
informativo, junto aos profissionais de educação, pais e estudantes visando a
promoção e prevenção da saúde mental na escola, assim como a redução
estigma/preconceito associado aos eixos de drogas, ansiedade, depressão e
bullying.
A política sobre DROGAS é uma das temáticas fundamentais para ser
discutida no espaço escolar, onde jovens e adolescentes são sujeitos ativos e
devem ser envolvidos nesta discussão de forma participativa, como também na
identificação e na busca por soluções tanto individuais quanto coletivas.
Assim, respaldado no que preconiza a Lei Estadual nº 10.302, de 1º de
setembro de 20153, que estabelece diretrizes para criação do Conselho e, visando
ampliar a abordagem preventiva e de orientação com relação ao uso de drogas,
o Conselho Escolar de Política sobre Drogas, além de buscar promover a
participação e o debate ampliado no espaço educativo, trabalha de modo
articulado com a comunidade escolar, parceiros governamentais e com a
sociedade civil.
4. DIRETRIZES E OPERACIONALIZAÇÃO CURRICULAR
As Diretrizes Curriculares da Rede Estadual de Ensino do Maranhão se
fundamentam no direito à aprendizagem, conforme asseguram as legislações
nacionais e estaduais vigentes, e primam pela garantia do acesso, da permanência
3 Redação alterada pela Lei nº 10.655, de 14 de agosto de 2017 - Estabelece diretrizes para a
criação do Conselho Escolar de Políticas sobre Drogas em todos os estabelecimentos de
ensino do Estado do Maranhão e do selo "Escola Consciente" e dá outras providências.
12
e do sucesso escolar dos estudantes. Para isso, o processo de escolarização deve
estar comprometido com o desenvolvimento social, político, econômico e cultural da
população maranhense.
Neste contexto, destaca-se que em 2018 foi elaborado o Documento
Curricular do Território Maranhense (DCTMA), para a implementação da Base
Nacional Comum Curricular da Educação Infantil e do Ensino Fundamental. Tal
documento encontra-se disponível no site da Secretaria de Estado da Educação
(www.educacao.ma.gov.br). Assim, as escolas do território maranhense que ofertam
educação infantil e ensino fundamental, a partir de janeiro de 2019, passaram a ter
novas orientações curriculares, conforme Resolução do Conselho Estadual de
Educação do Maranhão (CCE), nº 285/2018.
No ano de 2018 foi publicada a atualização das Diretrizes Curriculares para
o Ensino Médio (Resolução nº 03 – CNE, de 21 de novembro de 2018) em seguida, foi
aprovada a Base Nacional Comum Curricular para a etapa de conclusão da
Educação Básica (Resolução nº 04 – CNE de 17 de dezembro de 2018). Tais normas
formaram, com a Lei nº 13.415/2017, que alterou o modo de oferta do Ensino Médio,
o escopo legal para a retomada da discussão sobre a formação da juventude no
âmbito da Educação Básica nacional.
No Maranhão, em 2020, ampliaremos o debate sobre as mudanças no
Ensino Médio, bem como sobre as possibilidades de implementação da Lei nº
13.415/2017 e elaboração do documento curricular para a etapa junto às
comunidades escolares, em especial, junto aos docentes.
Por oportuno, destaca-se o compromisso em manter a unidade
pedagógica em sua organização curricular, o que não restringe a capacidade
criativa para o desenvolvimento de outros conhecimentos que promovam a
implementação gradativa de uma proposta curricular flexível, orientada pelos
princípios da formação integral, que dê condições para o prosseguimento dos
estudos e preparação para o trabalho, além de promover o exercício da cidadania.
Sendo assim, a Seduc segue com a utilização os Cadernos de
Orientações Curriculares para o Ensino Médio, elaborados em 2017, e figurando
como um importante instrumento didático-pedagógico que visa subsidiar os
profissionais da educação em relação ao constante planejar e replanejar as
metodologias para o ensino. Esses instrumentos são um desdobramento das
Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE) e, estão organizados por componentes
curriculares.
13
Na estrutura dos Cadernos de Orientações Curriculares são
apresentados os princípios norteadores do programa de fortalecimento do
ensino médio, a organização da ação pedagógica, uma reflexão sobre
avaliação e, também, os recursos didáticos, de forma diversificada, para
auxiliar os professores na organização do trabalho pedagógico.
Na parte específica de cada componente curricular estão
apresentadas as competências das áreas de conhecimento, os objetivos gerais
do componente curricular e as matrizes com os objetivos de aprendizagem e os
conteúdos básicos que devem ser trabalhados em cada período e ano letivo.
Os Cadernos de Orientações Curriculares encontram-se disponíveis
no site da Secretaria de Estado da Educação (www.educacao.ma.gov.br) e
foram encaminhadas versões impressas às unidades escolares.
5. FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO
Com o empenho de todos os profissionais da educação, o Maranhão
vem conseguindo reverter os baixos indicadores do Ensino Médio. O estado saiu
de 2,8 para 3,4, no Ideb no período de 2013 a 2017, representando uma
elevação significativa no cenário nacional. A rede estadual obteve um
crescimento de 9,7% em relação a 2015, atingindo a nota de 3,4, a maior já
registrada, avançando da 19ª para a 13ª posição entre as unidades federadas
e ocupando o 3º lugar da Região Nordeste.
Com o Programa Mais Ideb, instituído pela Lei Estadual nº 10.995/19,
busca-se dar continuidade às ações para o fortalecimento do Ensino Médio:
Art. 2º - A Política Educacional “Escola Digna” será desenvolvida de
forma integrada pelo Governo do Estado, por intermédio da
Secretaria de Estado da Educação, em regime de colaboração com
os municípios, abrangendo as seguintes ações:
[...]
IX – fomento à melhoria dos indicadores educacionais do Estado do
Maranhão, por meio do desenvolvimento do Programa “Mais Ideb”, a
ser regulamentado por Decreto do Poder Executivo;
Durante o ano de 2019 foram realizadas diversas ações dentro do
mencionado programa, objetivando assegurar a melhoria da qualidade
educacional dos estudantes. Dentre elas:
14
Acompanhamento pedagógico in loco: Visitas mensais realizadas pelos
Articuladores Estaduais às regionais e às escolas;
Implantação do SEAMA (Sistema Estadual de Avaliação do Maranhão) e
divulgação dos resultados junto às regionais: Participação de 67 mil estudantes
do ensino médio; Sensibilização da equipe gestora sobre a relevância da ação
e utilização formativa dos resultados;
Realização dos Simulados Mais Ideb e Partiu Enem em todas as escolas de
Ensino Médio; Avaliação da aprendizagem dos estudantes do ensino médio,
possibilitando a identificação e reforço de conteúdos basilares; familiarização
com modelos de avaliação nacional;
Terceirão Não Tira Férias: Aulas ofertadas durante o mês de julho envolvendo
todos os componentes curriculares como apoio à preparação para o Enem,
incluindo atividades artísticas e esportivas;
Aulão Mais Ideb: Aulas ofertadas aos sábados, com foco em Língua
Portuguesa e Matemática para a recuperação das aprendizagens não
consolidadas e em preparação para o Enem e o Saeb;
Sequência Didática: aulas com foco nos conteúdos nos quais os estudantes
apresentaram maiores dificuldades nas avaliações diagnósticas.
Visando a manutenção das ações, a busca pela qualidade do ensino
e da aprendizagem e o alcance das projeções propostas pelo Inep, a Seduc
para alcançar a nota estipulada do IDEB de 4,2 para o Ensino Médio em 2021,
projetou as seguintes metas:
Elevar a taxa média de rendimento (aprovação) para 95,0%;
Elevar a nota média de proficiência para 266 em Matemática e 267 em
Língua Portuguesa, visando o alcance de uma nota técnica padronizada
de 4,42.
15
Desta forma, será disponibilizada a Cartilha de Metas 2020, a fim de
que cada unidade de ensino possa planejar as ações a serem implementadas,
as quais deverão estar contempladas no Plano de Ação da escola, a ser
elaborado por ocasião da Jornada Pedagógica, seguindo as orientações
disponibilizadas no Guia de Orientação da Jornada Pedagógica 2020.
Para o alcance de resultados mais significativos, é necessário definir
objetivos, traçar metas, planejar o que deverá ser executado, bem como
estabelecer os métodos de gerenciamento. Nesse sentido, seguimos ratificando
a escolha pelo método de trabalho em gestão chamado Ciclo PDCA, que vem
sendo disseminado desde 2017, em nossas escolas e setores administrativos.
6. CICLO PDCA
A gestão da educação consiste em um conjunto de ações interligadas e
interdependentes que convergem para os mesmos objetivos, em que os profissionais
partilham das responsabilidades pelo alcance dos resultados educacionais. Para
produzir esses resultados, o método de gestão indicará o caminho a ser seguido e
permitirá o alinhamento das iniciativas com foco na melhoria da qualidade da
educação.
A metodologia em questão é dedicada aos líderes do processo
educativo escolar e trata das maneiras de ressignificar possíveis erros e obter
êxito com vistas à realização de todos os sujeitos envolvidos. Pois:
Falhamos porque não colocamos as metas certas (ou não definimos
nossos problemas de forma correta);
Falhamos porque não elaboramos Planos de Ação, seja porque
desconhecemos os métodos de análise, seja porque não temos acesso
às informações necessárias;
Falhamos porque não executamos completamente, e a tempo, o Plano
de Ação;
Falhamos porque podem ocorrer circunstâncias que fogem ao nosso
controle.
Diante disso, para se alcançar um resultado melhor é necessário saber
o que deve ser feito para chegar a um novo patamar e, para isso, ter um
16
método de gerenciamento é uma grande oportunidade de acerto na
organização e acompanhamento sistemático do trabalho.
O ciclo PDCA (PLAN – DO – CHECK – ACT) realiza esse caminho em
quatro fases. O quadro a seguir explana cada uma delas com suas respectivas
etapas:
P
1
Conhecendo o Problema
Entender qual o tamanho do problema definido
(diferença entre o resultado atual e a meta) e fazer
a apresentação do trabalho aos representantes da
comunidade escolar.
2
Quebrando o Problema
Quebrar o problema da escola em problemas
menores com o intuito de entender melhor os
componentes do problema e priorizá-los para
orientar a atividade de Brainstorming (tempestade
cerebral ou tempestade de ideias).
3
Identificando as Causas
do Problema
Levantar as causas que impedem a melhoria dos
resultados da escola e, a partir delas, identificar a
causa raiz com a finalidade de propor ações para
superá-la.
4
Elaborando o Plano de
Ação
Construir o Plano de Ação da escola, para atacar
as causas raízes identificadas na etapa anterior.
D 5 Implementando o Plano
de Ação
Implantar o plano, executar o processo e coletar
dados para mapeamento e análise dos dados
A P
C D
Plan(Planejar)
Do(Executar)
Check(Verificar)
Act(Agir)
17
gerados. Identificar e desenvolver as
competências necessárias.
C 6
Acompanhando o Plano
e Resultados
Estudar os resultados reais e comparar com as
metas, no intuito de se averiguar as diferenças.
Focar no desvio da execução do plano.
A
7
Corrigindo os Rumos
Reverter os resultados a partir da inclusão de ações
corretivas ao Plano de Ação.
8
Registrando e
Disseminando as Boas
Práticas
Registrar boas práticas é importante para
perpetuá-las no tempo e garantir a
sustentabilidade dos resultados.
Destacamos que a participação da comunidade escolar é
indispensável para o planejamento na escola porque traduz o compromisso de
todos com o projeto educativo e ao mesmo tempo reforça a
corresponsabilidade na busca pela melhoria da qualidade da educação
ofertada.
As diretrizes da Secretaria de Estado da Educação orientam que o
planejamento seja feito a partir das metas estabelecidas para toda a rede e
para cada unidade de ensino, em particular. Nesse sentido, para realizá-lo são
utilizados conhecimento técnico e método de gestão que norteiam sua
elaboração e execução com a utilização de instrumentos específicos, como
Plano de Metas da Escola, Plano da Gestão, Plano da Supervisão/Apoio
Pedagógico, Plano Docente (Plano Anual de Ensino e Plano de Atividade
Docente), que auxiliam a equipe escolar na execução e monitoramento das ações
em cada etapa de trabalho.
7. PLANEJAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA NA ESCOLA
Para 2020, o cenário é de novas oportunidades para a Rede Estadual
de Educação do Maranhão que visam o fortalecimento do trabalho
18
pedagógico desenvolvido em rede. Trabalho este que parte do planejamento
orientado por um método de gestão da escola que permite o alinhamento de
iniciativas para o alcance de melhores resultados por todos os participantes da
comunidade escolar.
7.1. Plano de Metas da escola
O gestor é o principal responsável pela construção do Plano de Metas da
escola, mas não deve ser o único, e deve mobilizar a comunidade escolar para que,
coletivamente, tracem as metas considerando as prioridades definidas, de acordo
com a realidade da escola. O conhecimento da sua realidade permite que a equipe
escolar trace metas reais e atingíveis com objetivos bem definidos e prazo de
execução.
É importante destacar que as ações do Plano de Metas da escola precisam
de monitoramento em todas as suas etapas de execução, permitindo ajustes
quando necessário, em um processo contínuo de melhoria. O ciclo PDCA, já tratado
anteriormente, auxilia a gestão escolar nas diversas frentes de trabalho, incluindo o
monitoramento das ações do Plano de Metas.
7.2. Plano da Gestão
Para coordenar as diferentes áreas de trabalho da escola e integrar os
resultados gerados por todos, a gestão escolar precisa seguir um planejamento
cuidadosamente elaborado considerando os aspectos mais importantes das rotinas
pedagógicas e os recursos materiais e humanos disponíveis a fim de garantir o
sucesso da ação educativa. Assim, a liderança do gestor escolar inspira toda a
equipe para a adoção de atitudes como iniciativa, determinação,
comprometimento, respeito, abertura para o novo entre outras, em um esforço
conjunto para pensar as estratégias e ações do dia a dia para que os resultados
sejam alcançados, focando a continuidade e melhoria constante.
O Plano de Gestão norteia o trabalho pedagógico e favorece um
monitoramento mais eficiente das rotinas a partir de ações desenvolvidas em áreas
estratégicas da gestão escolar, tais como: Gestão Pedagógica, Gestão
Administrativa, Gestão Financeira, Gestão de Pessoas, Gestão da Comunicação e
Gestão do Cotidiano Escolar.
19
Abaixo apresentamos exemplos de atividades que fazem parte da rotina
dos gestores escolares e que devem orientar a construção de uma agenda de
trabalho que auxilie no acompanhamento e monitoramento mais eficientes das
ações do Plano de Gestão. Entendemos, no entanto, que essa rotina é dinâmica e
flexível de acordo com a realidade de cada unidade de ensino:
Liderança ativa dos Processos Pedagógicos na Escola;
Fortalecimento da constituição de uma escola acolhedora;
Monitoramento dos indicadores escolares: frequência do professor e do
estudante, rendimento e fluxo escolar;
Acompanhamento da atualização e inserção de dados no Siaep;
Elaboração/Atualização/Implementação do Projeto Político Pedagógico;
Orientação sobre o processo de avaliações (internas e externas);
Orientação pedagógica aos professores;
Reuniões de Conselhos de Classe, Colegiado Escolar; Docentes e
Responsáveis;
Fortalecimento da relação escola-comunidade;
Monitoramento da utilização dos recursos materiais e financeiros da escola;
Realização da prestação de contas dos recursos recebidos no período
determinado pela legislação vigente (PNAE, PDDE, FEE e PNATE);
7.3 Plano da Supervisão/Apoio Pedagógico
A equipe de supervisão ou apoio pedagógico tem papel estratégico na
escola, sendo a principal responsável pela dimensão pedagógica da gestão.
Compete a essa equipe dinamizar e gerenciar conjuntamente com os gestores, o
processo educativo, sendo sua responsabilidade, também, o acompanhamento dos
processos de ensino e de avaliação das atividades pedagógicas.
Segundo LIBÂNEO (2008), a equipe de supervisão ou apoio pedagógico
responde pela viabilização, integração e articulação do trabalho didático-
pedagógico em ligação direta com os professores, em função da qualidade do
ensino e promoção da aprendizagem.
À Supervisão e ao apoio pedagógico cabe, dentre outras ações:
20
Assessorar ao gestor nos assuntos relacionados à assistência e orientação,
individual e coletiva, aos estudantes e docentes;
Atender aos pais/ comunidade escolar individualmente e/ou em grupo,
Planejar estratégias, junto com os docentes, para assegurar a permanência
dos estudantes no sistema, buscando a cooperação de todos da escola;
Criar condições de participação efetiva dos docentes, garantindo integração
na produção dos trabalhos;
Motivar os professores no combate à evasão e à repetência escolar;
Acompanhar e avaliar os resultados obtidos e propor intervenções para a
melhoria das práticas escolares;
Assessorar os docentes na escolha dos materiais necessários ao processo de
ensino, incentivando o uso de práticas de ensino inovadoras;
Orientar, acompanhar, monitorar e avaliar os processos de ensino e
aprendizagem, tendo especial atenção aos resultados do desempenho dos
estudantes, propondo intervenções quando necessárias.
A Supervisão e/ou Apoio Pedagógico, ao planejar os encontros com
professores/as, deve ter clareza dos objetivos desse momento, sendo fundamental
que tenha um caráter formativo, visto que a temática prioritária é a gestão de sala
de aula. Assim, precisa providenciar todos os materiais e instrumentos que subsidiarão
as discussões, para assegurar a qualidade da gestão desse espaço pedagógico.
Destacamos que não deve faltar em uma reunião de trabalho com os
docentes:
Clareza e objetividade;
Garantia do “tempo de escuta” - momento de ouvir os/as docentes sobre suas
limitações/dificuldades ou sugestões, assegurando atenção e respeito às ideias
dos/as participantes;
Valorização das necessidades de aprendizagem dos/as estudantes;
Orientações ou possíveis estratégias para superar o detectado no
acompanhamento das práticas escolares;
Definição de prioridades para o trabalho pedagógico;
Encaminhamentos, inclusive com propostas de estudos sobre conteúdos e
didáticas.
7.4. Plano Docente
21
Como já conhecemos, o planejamento é a etapa de organização da
ação docente na qual o professor prevê as ações e interações do cotidiano para o
desenvolvimento da sua prática pedagógica na escola e em sala de aula. Este
planejamento integra professores, coordenadores e estudantes na elaboração da
proposta de ensino, que será projetada e constantemente avaliada visando a
qualidade da aprendizagem dos estudantes.
A ação docente se concretiza por meio do planejamento em duas etapas
interdependentes, o Plano Anual de Ensino e o Plano de Atividade Docente ou Plano
de Aula.
7.4.1 Plano Anual de Ensino
O Plano Anual de Ensino deve ser construído no início de cada ano letivo.
Nele deve constar aquilo que é necessário para tornar ação o conjunto dos
conteúdos, recursos, metodologias e procedimentos previstos para cada etapa de
ensino ao longo do ano com base nas metas discutidas pela comunidade escolar e
nas aprendizagens previstas para melhoria dos indicadores.
É a materialização das reflexões sobre os desafios e as perspectivas de
cada área do conhecimento e também de organização do fazer pedagógico
direcionando a ação docente, envolvendo as diferentes formas de avaliação ao
longo de cada bimestre.
Os Cadernos de Orientações Curriculares disponibilizados pela Secretaria
de Estado da Educação subsidiam a elaboração do Plano Anual de Ensino (ANEXO
II), que deve ser construído coletivamente e compartilhado com o Supervisor ou
Apoio pedagógico e validado pela gestão da escola.
7.4.2 Plano de Atividade docente
Instrumento que organiza o trabalho didático que será desenvolvido com
os estudantes, devendo ser realizado semanal ou quinzenalmente, de acordo com a
organização de trabalho definida pela escola.
Nesta etapa do planejamento, o professor decide o que e como ensinar,
com base nos objetivos e aprendizagens esperadas para os estudantes a cada
período, que se efetivará por meio de estratégias de ensino, mediações de
aprendizagens e avaliações.
22
Para nortear o planejamento docente, nos Cadernos de Orientações
Curriculares da rede e no site da Seduc são apresentadas sequências didáticas com
sugestões de conteúdos/habilidades, instrumentos avaliativos e recursos didáticos
como filmes, músicas, sites, apps, livros, e-books entre outros que podem auxiliar na
elaboração dos planos de aula do professor (ANEXO IV).
Outro aspecto relevante do planejamento do professor é o olhar para
estudantes com deficiência, considerando a adoção de estratégias de mediação
específicas que contemplem as necessidades de aprendizagem dos estudantes
durante o processo de ensino.
8. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Considerando a relevância da avaliação da aprendizagem na escola, o
reforço sobre algumas orientações básicas são imprescindíveis para que a coletânea
de registros atinentes aos processos de avaliação implementados na rede estadual
seja significativa às escolas, gestores, professores, técnicos e estudantes que
compõem a rede, estabelecendo assim a unidade necessária ao processo
educativo também no âmbito avaliação da aprendizagem.
A avaliação é um processo indispensável para possibilitar a formação
integral, pois antecede, acompanha e sucede o trabalho pedagógico nas escolas.
Neste sentido, a Seduc orienta a releitura e o estudo da Sistemática de Avaliação da
Aprendizagem da Rede Estadual de Ensino do Maranhão para a plena aplicação
das diretrizes contidas no documento, bem como as modificações da prática
avaliativa que já foram implementadas a partir do ano de 2018. Estas mudanças
instituídas na avaliação são oriundas do Regimento Interno dos Estabelecimentos de
Ensino da Rede Estadual, aprovado pelo Conselho Estadual de Educação em 2016,
por meio do Parecer nº 137/2017 e Resolução nº 118/2016, ratificada pela Portaria nº
2343/2017, entre as quais destacamos:
A média 6,0 para aproveitamento satisfatório, que deve corresponder a 60% de
domínio das aprendizagens esperadas pelo estudante;
A Recuperação Paralela com registros frequentes e qualitativos;
A adoção da progressão parcial por pendência, para estudantes que não
alcançarem rendimento satisfatório em até quatro componentes curriculares;
A certificação do ensino médio atrelada ao cumprimento das pendências.
23
8.1. Recuperação da Aprendizagem
A legislação educacional brasileira prevê a obrigatoriedade da oferta de
estudos de recuperação e, preferencialmente, paralelos ao período letivo, tendo
como objetivo corrigir os desvios e superar os insucessos no processo de
aprendizagem, sendo de responsabilidade da escola e de seus professores.
Neste ano, a Secretaria de Educação propõe que os Estudos de
Recuperação devem ser desenvolvidos em momentos distintos. Além dos Estudos de
Recuperação Paralela e Estudos de Recuperação Final já previstos na legislação,
apresenta também um momento para Estudos de Recuperação Parcial que deve
acontecer no fechamento do primeiro semestre, etapa já prevista no Calendário
Referência 2020 da Seduc.
A recuperação paralela ocorre no processo, de forma permanente e não
apenas em um momento pontual em sala de aula, devendo acontecer sempre que
o estudante apresentar dificuldades de aprendizagem. É uma etapa obrigatória na
rede estadual de ensino, além de ser um direito garantido ao estudante e deverá ser
uma prática contínua do professor quando observado o baixo rendimento do aluno,
ou seja, o professor não precisará esperar até o final de cada período para recuperar
as aprendizagens não consolidadas.
Já a recuperação parcial deverá ocorrer no início do segundo semestre
conforme Calendário de Referência 2020 e segue as características da recuperação
paralela, com foco na recuperação da aprendizagem do primeiro e segundo
períodos letivos.
Quanto ao registro das notas da recuperação paralela e parcial no
Sistema Integrado de Administração de Escolas (Siaep), orienta-se que estas sejam
lançadas no mesmo campo correspondente à avaliação anteriormente realizada,
atendendo ao disposto no Art. 19 da Portaria nº 2343/2017 que prescreve: “a
recuperação paralela ou final, tem caráter substitutivo da nota anterior sempre que
a nota de recuperação for maior que a primeira nota lançada”.
Por último, os Estudos de Recuperação Final, se constituem em um
momento de reavaliação das aprendizagens dos estudantes, a realização desta
avaliação independe da recuperação paralela e, deve ocorrer em período distinto,
fora da carga horária mínima anual e dos 200 dias letivos, conforme disposto no
calendário letivo.
Todos os estudantes do ensino médio podem ser submetidos aos estudos
de Recuperação Final em todas as disciplinas curriculares, esse momento terá caráter
24
presencial, compreendendo atividades orientadas pelo professor, para socialização,
discussão e reforço dos conteúdos essenciais trabalhados. Caberá à escola, a
responsabilidade de planejar o cronograma desse processo. É importante considerar
que a nota final do estudante, ao término do ano letivo, poderá ser alterada após o
ajuizamento do Conselho de Classe.
8.2 Progressão Parcial ou Aprovação com Pendência
O estudante da Rede Estadual do Maranhão que, após a participação nos
Estudos de Recuperação, paralela e final, não alcançar rendimento satisfatório, no
ano em curso, será aprovado para o ano/série subsequente, por pendência ou
progressão parcial, devendo submeter-se a estudos paralelos relacionados aos
componentes curriculares e conteúdos, cujo rendimento mostrou-se insuficiente no
curso do ano letivo anterior.
O cumprimento de pendências corresponde a um processo em três
etapas: atividades realizadas pelo estudante no seu plano de estudo, atividades
efetivadas nos momentos presenciais e prova final. Em cada etapa será gerada uma
nota e ao fim das três etapas é extraída uma média. A carga horária de pendência
será distribuída nessas três etapas, correspondendo ao percentual de 30% da carga
horária total do componente curricular.
Em se tratando da certificação do Ensino Médio (3ª série) atrelada ao
cumprimento das pendências, a escola instituirá uma Banca de Exames, que terá
como finalidade deliberar junto à equipe gestora de cada Centro de Ensino quanto
à avaliação do estudante em Pendência, devendo traçar um perfil claro, preciso e
em consonância com a legislação vigente.
As composições dos membros da Banca de Exames da Escola, bem como
os procedimentos pedagógicos para o cumprimento final de pendência, com vistas
à certificação, estão nas orientações contidas no Anexo IV.
9. ORIENTAÇÕES PARA JORNADA PEDAGÓGICA 2020
A Jornada Pedagógica é o momento ímpar de planejamento do ano
letivo, no qual os profissionais da educação partilham ideias, avaliam as práticas
desenvolvidas e analisam os indicadores educacionais com o propósito de
fortalecer a aprendizagem do estudante.
25
O período que antecede o início das aulas é a oportunidade dos gestores
e da equipe escolar pensarem, coletivamente, os 200 dias do ano letivo. Esse
momento deve ser previamente planejado e, seguir o cronograma predeterminado
no calendário escolar.
Para o ano letivo de 2020 orienta-se que a realização da Jornada
Pedagógica aconteça nos dias 30 e 31/01/2020. Já as ações de planejamento
docente por área de conhecimento ocorrerão durante as duas primeiras semanas
de aula com o acompanhamento da equipe gestora. Para tanto, foi elaborado um
roteiro para as reuniões de planejamento com orientações gerais, ações específicas
e com os desdobramentos do planejamento por áreas de conhecimento.
Para a boa organização e sucesso da Jornada Pedagógica é necessário
que a equipe gestora atente para alguns pontos importantes:
Reunião prévia (gestores, supervisores e apoio pedagógico) para
planejamento da Jornada Pedagógica, prevendo acolhida, as dinâmicas,
conteúdos, materiais necessários etc.;
Definição e organização dos espaços para os encontros com a equipe;
Organização de materiais e equipamentos necessários para a realização da
Jornada Pedagógica. (Data show, computador, caixa de som, microfones,
cabos, extensões etc.);
Elaboração da apresentação para abertura da Jornada com registro dos
momentos exitosos de 2019 em vídeos, slides, fotos, painéis;
Convocação de todos os servidores da escola (docentes e administrativos);
Construção dos horários de aula, considerando as áreas de conhecimentos, a
fim de garantir que os docentes se reúnam na sua unidade escolar para
planejamento pedagógico com o acompanhamento da equipe gestora;
Consolidação por meio de gráficos e tabelas dos dados de rendimento escolar
de 2019 e indicadores de qualidade, assim como, estudo prévio da Cartilha de
Metas 2020;
Elaboração prévia da agenda das reuniões de planejamento por área de
conhecimento, a serem realizadas nas primeiras semanas de aula, de acordo
com a organização de cada escola;
Para otimização desse trabalho, a SEDUC disponibiliza o Guia de Orientação da
Jornada Pedagógica 2020, elaborado em parceria com a Falconi Educação, no
26
qual há um detalhamento de cada etapa, com vistas estabelecer uma
metodologia em rede com a melhor utilização dos insumos dispostos para
reflexão, planejamento e produção do Plano de Ação da Escola.
A partir dessa organização inicial do ano letivo, que inclui a Jornada
Pedagógica e as reuniões de planejamento, são definidos prazos para as escolas
finalizarem os instrumentos, que servirão de apoio ao trabalho de acompanhamento
das ações da gestão escolar:
INSTRUMENTOS PRAZO RESPONSÁVEIS
Plano de Ação De 03 à 21/02 Gestão Escolar
Calendário Escolar De 03 à 17/02 Gestão Escolar
Calendário das Reuniões de
Planejamento/Alinhamento na
escola
De 03 à 21/02 Supervisor/Apoio
Pedagógico
Planejamento Docente – Plano
Anual de ensino De 03 à 28/02 Professores
27
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição Federal. Brasília, DF: Senado, 1988.
BRASIL, Conselho Nacional de Educação. Parecer nº 18, de 02 de outubro 2012.
Reexame do Parecer CNE/CEB/2012. Reexame do Parecer CNE/CEB nº 9/2012, que
trata da implantação da Lei nº 11.738/2008, que institui o piso salarial profissional
nacional para os profissionais do magistério público da Educação Básica. Brasília,
2012
BRASIL. Lei 11.738/2018, de 16 de julho de 2008. Institui o piso salarial profissional
nacional para os profissionais do magistério público da Educação Básica. Brasília,
2012.
BRASIL. Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008. Regulamenta a alínea “e” do inciso III
do caput do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir o
piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da
educação básica. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2008/lei/l11738.htm>. Acesso em: 19 dez. 2019.
BRASIL. Lei n° 13.415 de 02 de fevereiro de 2017. Altera as Leis n º 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e
11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº
5.452, de 1º de maio de 1943, e o Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967;
revoga a Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à
Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13415.htm>. Acesso
em 20 dez. 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Básica. Brasília, 2013.
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução nº 03, de 21 de novembro de 2018. Atualiza
as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Disponível em:
<http://novoensinomedio.mec.gov.br/resources/downloads/pdf/dcnem.pdf>.
Acesso em: 20 dez. 2019.
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5 ed.
Goiânia: MF livros, 2008.
MARANHÃO. Constituição Estadual do Maranhão, São Luís, 1989.
MARANHÃO. Conselho Estadual da Educação. Parecer nº 137/2016. Dispõe sobre o
Regimento Escolar, reformulado, para os Estabelecimentos de Ensino da Rede Pública
Estadual do Maranhão. São Luís, 2016.
MARANHÃO. Conselho Estadual da Educação. Resolução nº 118 de 01 de setembro
de 2016. Aprova o Regimento Escolar, reformulado, para os Estabelecimentos de
Ensino da Rede Pública Estadual do Maranhão. São Luís, 2016.
MARANHÃO. Conselho Estadual da Educação. Resolução nº 285, de 27 de dezembro
28
de 2018. Aprova o Documento Curricular do Território Maranhense como referência
na implantação da Base Nacional Comum Curricular da Educação Infantil e do
Ensino Fundamental no Sistema de Ensino do Estado do Maranhão. São Luís, 2018.
MARANHÃO. Conselho Estadual da Educação. Resolução nº 285, de 27 de dezembro
de 2018. Aprova o Documento Curricular do Território Maranhense como referência
na implantação da Base Nacional Comum Curricular da Educação Infantil e do
Ensino Fundamental no Sistema de Ensino do Estado do Maranhão. São Luís, 2018.
MARANHÃO. Documento Curricular do Território Maranhense para a Educação Infantil
e o Ensino fundamental. São Luís: FGV Editora, 2018.
MARANHÃO. Lei 10.302, de 01 de setembro de 2015. Estabelece diretrizes para a
criação do Conselho Escolar de Políticas sobre Drogas em todos os estabelecimentos
de ensino do Estado do Maranhão e do selo "Escola Consciente" e dá outras
providências. São Luís, 2015.
MARANHÃO. Lei Ordinária nº 10.995 de 11 de Março de 2019. Institui a Política
Educacional “Escola Digna”, e dá outras providências. São Luís, 2019
MARANHÃO. Secretaria de Estado da Educação. Portaria nº 2.343/2017, de 11 de
dezembro de 2017. Estabelece a Sistemática de Avaliação da Rede Estadual de
Educação do Maranhão. São Luís, 2017.
29
ANEXO I – CALENDÁRIO REFERÊNCIA
30
31
32
33
34
35
36
37
PERÍODO OBJETIVOS CONTEÚDOS/ TEMAS ESTRATÉGIAS RESPONSÁVEL
1º
Momento
Retomar e finalizar a
elaboração do Plano de
Ação.
Plano de Ação
Identificação das causas raízes dos
problemas;
Elaboração das ações necessárias;
Definição dos responsáveis e prazos para
as ações;
Apresentação e discussão das estratégias
definidas em grupo;
Definição de data para apresentação aos
pais e a comunidade dos resultados de
aprendizagem dos estudantes e do Plano
de ação para 2020.
Equipe gestora e
Supervisão/Apoio
Pedagógico
Apresentar o calendário
letivo para 2020.
Calendário Escolar
Apresentação do Calendário Letivo 2020:
Início e término dos períodos;
Períodos de avaliações;
ANEXO II – CRONOGRAMA DE PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO - APÓS JORNADA PEDAGÓGICA-
PROPOSTA JORNADA PEDAGÓGICA 2020
38
PERÍODO OBJETIVOS CONTEÚDOS/ TEMAS ESTRATÉGIAS RESPONSÁVEL
Apresentar o calendário
letivo para 2020.
Calendário Escolar
Prazos Siaep;
Reuniões (Pais e ou responsáveis, Conselho
de Classe, Colegiado Escolar etc.);
Formação Continuada (a cada período);
Calendário de Planejamento por Área
(quinzenal);
Recuperação da aprendizagem;
Definição de projetos a serem
desenvolvidos durante o ano letivo;
Destaque das ações com a 3ª série do ensino
médio para o ENEM;
Outros.
2º
Momento
Compreender a sistemática
de avaliação da rede para
apoiar o processo de
aprendizagem dos
estudantes.
Concepção e Sistemática de
Avaliação da Aprendizagem
Discussão da Sistemática de Avaliação da
Aprendizagem e Estudos por Pendências
disponível em:
http://www.educacao.ma.gov.br/files/201
5/11/CADERNO-AVALI%C3%87%C3%83O-
FORMATADO-EM-17-JAN-2018.pdf
Equipe
Pedagógica
Gestão e
Supervisão
Avaliação da aprendizagem
dos estudantes com
deficiência
Orientação quanto ao processo de
avaliação dos estudantes com deficiência,
disponível em:
http://www.educacao.ma.gov.br/files/201
5/08/caderno-de-
avalia%C3%A7%C3%A3o-completo-para-
site. pdf
Discussão sobre o papel do Conselho de
Classe como ferramenta para construção
39
PERÍODO OBJETIVOS CONTEÚDOS/ TEMAS ESTRATÉGIAS RESPONSÁVEL
Conselho de Classe
de estratégias de ensino e aprendizagens
eficazes;
Estudos sobre a importância do
planejamento coletivo e da
interdisciplinaridade para o sucesso do
ensino e da aprendizagem na escola.
3º
Momento
Definir sistemática de
planejamento para
organização da ação
pedagógica na escola.
Planejamento pedagógico
como ferramenta para
melhorar a efetividade da
ação educativa.
Discussão sobre a importância do
planejamento por área de conhecimento
e as contribuições para a superação de
desafios de aprendizagem, para o
fomento a integração de conhecimentos e
para a formação continuada em serviço;
Socialização de agenda de reunião de
planejamento para as diferentes áreas.
Supervisor
escolar/
Coordenador
pedagógico
4º
Momento
Elaborar Plano Anual de
Ensino.
Cadernos de Orientações
Curriculares, disponível em:
http://www.educacao.ma.g
ov.br/mais-ideb/
Alinhamento dos conteúdos a serem
trabalhados em cada série por período;
Elaboração do Plano de Ensino Anual;
Análise do Plano de Ensino junto a equipe
pedagógica.
Supervisor
escolar/
Coordenador
pedagógico
40
PERÍODO OBJETIVOS CONTEÚDOS/ TEMAS ESTRATÉGIAS RESPONSÁVEL
5º
Momento
Realizar planejamento
coletivo por área de
conhecimento.
Currículo Escolar, Plano
Anual de Ensino, Plano de
Ação, metas e projetos da
escola para 2020.
Planejamento do nivelamento da
aprendizagem;
Planejamento de revisão dos conteúdos
basilares da série anterior a fim de subsidiar
os planejamentos docentes;
Planejamento docente por área de
conhecimento integrando conteúdos das
áreas afins.
Supervisor
escolar/
Coordenador
pedagógico
41
PLANO ANUAL DE ENSINO – 2020
ESCOLA: _________________________________________________________________________________________ INEP: _________________
ETAPA DE ENSINO: ______________________________ ANO/SÉRIE: ___________ COMPONENTE CURRICULAR: _______________________
PERÍODO APRENDIZAGENS BÁSICAS CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS AVALIAÇÃO
Local e data Assinatura do Professor
____________________________ _________________________________________
ANEXO III – MODELO PLANO ANUAL DE ENSINO
42
ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DO PLANO ANUAL DE ENSINO
Período – São quatro os períodos letivos adotados pela rede estadual e, na elaboração do plano anual, eles devem ser
especificados: 1º, 2º, 3º e 4º. O somatório dos períodos letivos totalizam o quantitativo mínimo determinado por lei de 200 dias
letivos.
Aprendizagens Básicas – Neste campo devem ser registradas as aprendizagens que deverão ser desenvolvidas, considerando
a prática social dos estudantes, razão por que é importante a realização de um diagnóstico inicial da aprendizagem dos
estudantes. Nos Cadernos de Orientações Curriculares de cada componente, constam as aprendizagens a serem efetivadas
ao longo do ensino médio, sendo essas um referencial para a definição no plano anual de ensino das aprendizagens por
período/série.
Conteúdos - Nos Cadernos de Orientações Curriculares apresenta-se a organização dos conteúdos por série. Cabe ressaltar
que o professor tem autonomia para acrescentar outros conteúdos que se fizerem necessários, sem que, contudo, deixe de
trabalhar os conteúdos definidos nas Diretrizes.
Procedimentos Metodológicos – Os procedimentos metodológicos devem prever a adequação das estratégias/atividades para
a operacionalização do aprendizado. Deve-se refletir sobre quais os procedimentos didáticos deverão ser utilizados para que
se efetive a aprendizagem dos estudantes como: debates, seminários, exercícios, situações-problema e outros.
Avaliação – A forma de avaliar deve estar em consonância com os procedimentos metodológicos, assim como, com as
aprendizagens estabelecidas pelo professor. A utilização de instrumentos variados oportunizará a ampliação da capacidade
de observação do docente, fornecendo feedback para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.
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PLANO DE ATIVIDADE DOCENTE – 2020
ESCOLA: _____________________________________________________________________________________________ INEP: ______________
ETAPA DE ENSINO: ________________________________ ANO/SÉRIE: _______ COMPONENTE CURRICULAR: _______________________
DATA APRENDIZAGENS
ESPERADAS
PROBLEMATIZAÇÃO
(PRÁTICA SOCIAL)
CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS
RECURSOS AVALIAÇÃO DA
APRENDIZAGEM
D
Local e data Assinatura do Professor
_______________________________________ ____________________________________________
ANEXO IV – MODELO PLANO DE ATIVIDADE DOCENTE
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ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE ATIVIDADE DOCENTE
Data - A previsão da data em que a aula será desenvolvida com os estudantes.
Aprendizagens Esperadas – Devem ser definidas a partir das indicadas no Plano de Ensino Anual, sendo também referência
para a fase de problematização.
Problematização – Deve fundamentar-se na prática social dos estudantes, pois para que as aprendizagens se consolidem é
importante relacioná-las com a vivência discente, logo é imprescindível um conhecimento dessa prática social por parte do
professor e da equipe pedagógica. A problematização é a etapa de sensibilização para a aprendizagem, objetivando instigar
a imaginação e possibilitar o surgimento de perguntas, opiniões e crenças que, ao serem confrontadas com o trabalho
curricular, efetivem-se em aprendizagens. (Vide Diretrizes Curriculares, p. 24)
Conteúdos – Dentre os elementos que constituem a instrumentalização, apresentam-se os conteúdos. Sem os conhecimentos
científicos das disciplinas, argumentos da problematização não saem do senso comum, logo é de vital importância a definição
dos conteúdos que fundamentam as aprendizagens. Os conteúdos curriculares estão apresentados claramente nos Cadernos
de Orientações Curriculares por componente curricular e devem subsidiar o trabalho de cada professor nas disciplinas.
Procedimentos Metodológicos – Nesse campo devem estar descritos os procedimentos que serão adotados nas aulas na
abordagem dos conteúdos. Deve-se definir as atividades que serão utilizadas, tais como: pesquisas, estudos, consultas, troca
de experiências e saberes que respondam aos novos conteúdos na estruturação de conceitos científicos.
Recursos – Para que as atividades previstas tenham êxito, é preciso definir os recursos necessários às aulas. Essa definição deve
ser plausível, devendo-se ter ciência do que está disponível para uso nas escolas, caso contrário todo procedimento
metodológico pode ficar inviabilizado. Um bom recurso didático, sendo bem utilizado, favorece a instrumentalização dos
estudantes, levando-os a uma aprendizagem significativa dos conteúdos.
Avaliação da aprendizagem - A catarse é a síntese mental processada nas diferentes etapas da aprendizagem. Pelo fato da
catarse ser subjetiva, só se pode identificar a efetivação das aprendizagens num processo de verificação de suas sínteses, o
que se denomina de avaliação. Avaliar é sempre demarcar referências, num processo mais amplo de formação humana. Nesse
sentido, avaliar assume um caráter informativo e formativo, que traduz seu aspecto qualitativo.
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ORIENTAÇÕES GERAIS PARA
BANCA DE EXAMES DOS CENTROS DE ENSINO DA REDE PÚBLICA ESTADUAL
1. DA FINALIDADE
Regulamentar o funcionamento da Banca de Exames da Escola na Rede Pública
Estadual de Educação do Estado do Maranhão.
2. DA REFERÊNCIA
Regimento Escolar dos Estabelecimentos de Ensino da Rede Pública Estadual do
Maranhão, Resolução nº 118/2006 - CEE; Sistemática de Avaliação da Aprendizagem da
Rede Estadual de Ensino do Maranhão, portaria nº 2.343, de 11 de dezembro de 2017, artigos
35 e 36.
3. DA CONSTITUIÇÃO DA BANCA DE EXAMES
a) A Banca de Exames da Escola tem como finalidade deliberar junto à equipe gestora
de cada Centro de Ensino, quanto à avaliação do estudante em pendência, devendo traçar
um perfil claro e preciso dele, em consonância com portaria que regulamenta a Sistemática
de Avaliação.
b) Os membros da Banca de Exames da Escola devem ser indicados pelo Conselho de
Classe para resolver assuntos de pendência, nos anos finais de cada etapa, bem como
resolver problemas de reposicionamento de estudantes nas séries.
c) A Banca de Exames da Escola será composta por professores dos componentes
curriculares pendentes, que decidirá por procedimentos pedagógicos para o cumprimento
final de pendência, com vistas à certificação. Não havendo professor do componente
curricular específico da pendência serão indicados professores da área de conhecimento e,
no caso do componente curricular de Matemática, serão indicados professores de área afim.
4. DA OPERACIONALIZAÇÃO
a) Ao final do ano conclusivo do ensino fundamental ou do ensino médio, o estudante
que tendo concluído todas as etapas do Plano de Trabalho de Pendência e não tenha
alcançado êxito deverá passar por Banca de Exames da Escola;
b) Depois de constituída a Banca de Exames da Escola, os professores dos componentes
curriculares pendentes e ou áreas de conhecimento afins indicadas, deverão reunir-se com
a equipe gestora de pendência da escola para receber os instrumentos de registro dos
momentos presenciais e das notas relacionadas ao desempenho do estudante no plano de
estudo e na prova final, além de esclarecimentos necessários contidos no campo das
observações desses instrumentos;
ANEXO V – BANCA DE PENDÊNCIA
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c) Para fins de melhor subsidiar o processo de análise, os estudantes deverão se
submeter a uma autoavaliação, por meio de um instrumento fornecido pela Banca de
Exames da Escola;
d) De posse desses instrumentos, a Banca fará a análise cuidadosa de todo processo de
pendência a que se submeteu o estudante para entender o porquê da não aprovação e,
caso julgue necessário, poderá fazer uma entrevista individual com o estudante;
e) Após a análise realizada pela Banca de Exames da Escola, como sugestão de
procedimentos pedagógicos para o cumprimento final de pendência, com vistas à
certificação, a Secretaria de Estado da Educação propõe sugestões de procedimentos, tais
como: Entrevista individual com o estudante – caso necessário; trabalho de pesquisa,
exposição oral e prova escrita;
f) Ficará a critério da Banca de Exames da Escola decidir por, o mínimo e o máximo de
procedimentos pedagógicos, bem como pela pontuação dada a/aos procedimento (s);
g) Concluídos os procedimentos pedagógicos, definidos pela Banca de Exames da
Escola, e de posse da nota, deverá ser registrada no SIAEP a nota 6,0 (seis) (como já é feito
no Conselho de Classe);
h) O estudante que obtiver o aproveitamento satisfatório no componente curricular
pendente será considerado aprovado;
i) O estudante que não alcançar a pontuação necessária para aprovação no
componente curricular pendente deverá ser submetido a novos procedimentos
pedagógicos junto à Banca de Exames da Escola;
j) Todo procedimento realizado pela Banca junto ao estudante em pendência deverá
ser devidamente registrado em ata.
5. DO DETALHAMENTO DOS PROCEDIMENTOS PEDAGÓGICOS
O estudante aprovado no 9º ano do ensino fundamental ou na 3ª série do ensino
médio que ao longo do curso não conseguiu sanar as pendências, terá a oportunidade de
se submeter aos procedimentos pedagógicos, intitulados: Entrevista individual (caso
necessário), trabalho de pesquisa, apresentação oral e prova escrita, conforme
detalhamento abaixo:
a) Entrevista individual com o (s) estudante(s)
b) Trabalho de pesquisa
No processo avaliativo relacionado ao trabalho de pesquisa, deverá ser levado em
consideração os seguintes critérios para a pontuação final:
Capa - Identificação escolar, componente curricular, título, autor, local e data;
Sumário - Títulos principais e indicação da página;
Estrutura do trabalho:
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- Objetivo – O que se quer alcançar com o assunto pesquisado.
- Introdução – As abordagens iniciais sobre o tema a ser trabalhado.
- Desenvolvimento – Cientificidade, abordagem argumentativa, organização lógica
das ideias, criatividade, clareza e linguagem gramatical: coesão, coerência, ortografia.
- Conclusão - Ideias centrais do tema de forma conclusiva.
Referências - utilizadas no trabalho da pesquisa.
O referido trabalho deverá obedecer ao quantitativo de 03 (três) laudas de produção
textual.
c) Apresentação oral
Os estudantes podem utilizar várias formas de comunicação (verbal e não verbal),
para transmitir o conteúdo. Porém, deve-se valorizar e, consequentemente, avaliar alguns
aspectos como:
Utilização de recursos didáticos: Criatividade no uso de suporte visual;
Domínio e segurança na exposição: Capacidade de síntese e domínio
de conteúdo;
Organização sequencial do conteúdo: Sequência lógica, clara e concisa;
Objetividade: Discurso apoiado em evidências e transmissão eficaz da mensagem;
Adequação e duração prescrita: Utilização do tempo de forma adequada.
d) Prova escrita
As avaliações disponibilizadas pela Seduc para aplicação ao término dos estudos de
pendência, que não foram utilizadas, recomendamos que sejam aproveitadas neste
procedimento pedagógico, ficando o número de questões a critério da Banca de Exames
da Escola;
O prazo para a aplicação da prova será de até 03 (três) dias após a deliberação da
Banca de Exames da Escola.
OBS: A Banca de Exames da Escola determinará o tema do trabalho de pesquisa e da
apresentação oral, alinhando-o aos critérios adotados e informará os conteúdos
essenciais contidos na prova, os quais serão divulgados ao(s) estudante(s) no prazo
mínimo de 03 (três) dias de antecedência da data de entrega do trabalho de pesquisa
e ou apresentação oral.
6. DAS CONVOCAÇÕES
O Conselho de Classe convocará para as sessões a Banca de Exames da Escola, por
meio de comunicação interna, com antecedência de até 05 (cinco) dias, devendo cada
membro receber o aviso da convocação por escrito e no prazo de até 03 (três) dias, com os
seguintes dados: (a) a pauta dos assuntos a serem tratados; e (b) o local, o dia e o horário da
sessão (no turno de trabalho do professor);
O comparecimento às sessões é obrigatório, considerando-se ato de serviço.
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