Hábitos e determinantes do consumo de pescado em profissionais ligados à
saúde
………………………………………………………………………………………………..
Habits and determinants of seafood consumption on health related
professionals
Heloísa Maria da Silva Maia
Orientado por: Dr.ª Susana Montenegro
Trabalho de Investigação
1.º Ciclo em Ciências da Nutrição
Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto
Porto, 2012
i
Resumo
Introdução: O pescado fornece proteínas de alto valor biológico, vitaminas,
minerais e ácidos gordos polinsaturados. Sabe-se que tem efeito protetor em
várias patologias e benefícios no desenvolvimento cerebral e visual da criança.
Objetivo: Determinar fatores que influenciam o consumo de pescado em
profissionais ligados à saúde e frequência de consumo. Metodologia: Foi
utilizado um questionário de avaliação dos determinantes de consumo de
pescado, conhecimentos e frequência de consumo. Na análise estatística utilizou-
se o SPSS. Resultados: Os 93 profissionais eram na maioria do sexo feminino e
tinham, em média, 44,9 ±8,4 anos. A maioria era enfermeiro ou médico. A maioria
era casado/união de facto, tinham filhos, preparava as refeições sozinho e fazia a
aquisição de pescado em super/hipermercado. Os fatores que condicionam a
escolha/consumo de pescado mais referidos foram preço, preferência pessoal,
origem e facilidade de aquisição. Nos conhecimentos 36,7% respondem
acertadamente a todas as questões. A mediana de consumo de pescado foi 5
vezes por semana, peixe 4 vezes por semana e peixe gordo 2 vezes por semana.
Verificou-se maior consumo de pescado nos enfermeiros (p <0,05). Outras
variáveis mostram tendências, sem significado estatístico, para um maior
consumo de pescado, como o sexo feminino, idade inferior, estarem
casados/união de facto e quem escolhe a alimentação com o objetivo de se
manter saudável. Conclusões: Vários estudos mostram os benefícios de
consumo de peixe. Foi assim importante perceber quais são os determinantes
que influenciam o consumo, mas também avaliar conhecimentos e conhecer os
hábitos de quem recomenda, de forma a melhorar o incentivo ao consumo de
pescado na população.
ii
Palavras-Chave: Pescado, profissionais de saúde, consumo semanal
Abstract
Background: Seafood provides protein of high biological value, vitamins, minerals
and polyunsaturated fatty acids. Known to have protective effects in several
pathologies and benefits in the brain and visual development of the child.
Objective: To determinate factors that influence the consumption of seafood on
health related professionals and frequency of consumption. Methodology: A
questionnaire was used for evaluating the determinants of seafood consumption,
knowledge and frequency of consumption. Statistical analysis used the SPSS.
Results: The 93 professionals were mostly female and had, on average, 44.9 ±
8.4 years. Most were nurses or doctors. The majority were married / life partners,
had children, prepared meals alone and made the purchase of seafood in super /
hypermarket. The factors that influence the choice/consumption of seafood most
commonly reported were cost, personal preference, origin and ease of acquisition.
In knowledge 36.7% respond correctly to all questions. The average consumption
of seafood was 5 times per week, 4 times a week fish and oily fish two times per
week. It was observed a higher consumption of seafood in nurses (p <0,05). Other
variables show trends, without statistical significance, for higher seafood
consumption, such as being female, less age, being married / life partners and
who choose food in order to stay healthy. Conclusions: Several studies show the
benefits of fish consumption. It was important to understand what are the
determinants that influence consumption, but also to assess knowledge and know
the habits of those who recommended, in order to improve the incentive to
seafood consumption in the population.
Keywords: seafood, health professionals, weekly intake
iii
Lista de abreviaturas
ACES BM2 - Agrupamento de Centros de Saúde Baixo Mondego 2
INE - Instituto Nacional de Estatística
OMS - Organização Mundial de Saúde
SPSS – Statistical Package for the Social Sciences
VET - valor energético total
iv
Índice
Resumo ............................................................................................................... i
Abstract .............................................................................................................. ii
Lista de abreviaturas .......................................................................................... iii
Introdução........................................................................................................... 1
Objetivos............................................................................................................. 2
Metodologia ........................................................................................................ 2
Resultados .......................................................................................................... 5
Discussão ........................................................................................................... 7
Conclusão........................................................................................................... 9
Agradecimentos .................................................................................................. 9
Referências Bibliográficas ................................................................................ 10
Índice de Anexos .............................................................................................. 14
1
Introdução
O pescado é fonte de proteínas de alto valor biológico e rico em vitaminas do
complexo B e minerais como o iodo, fósforo, sódio, potássio, ferro e cálcio. É rico
em ácidos gordos polinsaturados e contém baixa proporção de ácidos gordos
saturados(1).
Os ácidos gordos polinsaturados, especialmente o ácido docosahexaenóico
(DHA), conferem benefícios no desenvolvimento do sistema cerebral e visual em
crianças e reduz o risco de certas formas de doença cardíaca em adultos(2). Há
evidências de que o consumo de ácidos gordos n-3 do peixe reduz as taxas de
mortalidade cardíaca, por morte súbita e possivelmente enfarte, diminui a
incidência de diferentes cancros (mama, colo-retal, próstata), de asma, da doença
inflamatória do intestino, de artrite reumatoide e de osteoporose(3-5). Os ácidos
gordos n-3 são também de extrema importância durante a gravidez para o
desenvolvimento neurológico do feto(6). Em adultos, o défice de ácidos gordos n-3
foi identificado como fator que contribui para desordens de humor (depressão e
desordens bipolares)(7, 8).
Estudos indicam que populações com um maior consumo de peixe têm menor
incidência de doenças ateroscleróticas e trombóticas e condições inflamatórias(9).
Uma dieta saudável deverá ser composta por, pelo menos, consumo de peixe
duas vezes por semana uma das quais deverá ser peixe gordo(10). Estimativas de
risco mostram que comer peixe pelo menos uma vez por semana diminui em 15%
o risco de doença coronária(11). Outra meta análise mostrou que comer peixe 2 a 4
vezes por semana reduz o risco de enfarte em 18% comparado com um consumo
de menos de uma vez por mês(12). Um aumento modesto do consumo de peixe
2
para 1 a 2 vezes por semana poderá reduzir a mortalidade por doença coronária
em 36% e mortalidade por todas as causas em 17%(13).
Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a contribuição das
proteínas (animais e vegetais) para o valor energético total (VET) do dia alimentar
em Portugal é de 13%, ou seja, encontra-se dentro do intervalo de valores
recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é 10 a 15% do
VET. Relativamente à origem destas proteínas, apenas 12% são provenientes do
pescado, contribuindo as carnes e miudezas com 32%(14).
Pelo valor nutricional do pescado e pelos benefícios já expostos, é importante
incentivar o seu consumo.
Objetivos
Este estudo visa determinar os fatores que influenciam o consumo de pescado
em profissionais ligados à saúde, e a frequência de consumo.
Metodologia
1. Participantes e seleção da amostra
Neste estudo participaram 93 profissionais ligados à saúde a exercerem funções
no Agrupamento de Centros de Saúde Baixo Mondego 2 (ACES BM2).
A recolha de dados foi realizada entre 16 de maio e 8 de junho de 2012 após a
respetiva aprovação pelo Diretor Executivo do ACES BM2 (ANEXO A).
Antes de iniciar o estudo foram explicados os objetivos do mesmo e garantido o
anonimato a todos os participantes.
3
Foram excluídos os que manifestaram ter alterado recentemente os seus hábitos
alimentares (há menos de um ano) e com questionários mal preenchidos. Dos
266 questionários enviados foram incluídos 93 na amostra final.
A amostra estudada foi de conveniência, constituída pelos profissionais que
constavam na lista de contatos do ACES BM2.
2. Material
- Questionário de avaliação dos determinantes de consumo de pescado,
conhecimentos e frequência alimentar (pescado) (ANEXO B)
- SPSS® (Statistical Package for the Social Sciences) versão 19.0. para a
Microsoft Windows®
3. Métodos
3.1 Questionário de avaliação
Este questionário, de administração direta, foi enviado por correio eletrónico e
teve como objetivo avaliar os hábitos e determinantes do consumo de pescado.
A inexistência de um questionário validado, que se adequasse aos objetivos deste
trabalho, levou à criação de um novo com base em outros estudos. O questionário
era constituído por 4 partes, com um total de 21 questões, 15 fechadas e 6
abertas (ANEXO B).
3.1.1 Características sociodemográficas da amostra
A primeira parte do questionário continha questões sociodemográficas como o
sexo, idade, habilitações académicas, categoria profissional, estado civil, número
de filhos, tamanho do agregado familiar, naturalidade, local de residência e
categoria do local de residência(15-19).
3.1.2 Fatores que poderão condicionar o consumo de pescado
4
Na segunda parte, para aferir o que poderia condicionar o consumo de pescado,
era perguntado onde é feita a aquisição dos géneros alimentícios, onde é feita a
aquisição de pescado e de entre uma lista de possíveis fatores que influenciam o
consumo, era pedido que fossem indicados os três mais determinantes. Foi ainda
pedido aos participantes que indicassem a sua ideologia quando toca à escolha
dos alimentos(16-20).
3.1.3 Avaliação de conhecimentos sobre pescado
Na terceira parte do questionário eram colocadas quatro questões acerca do
peixe(18), com o objetivo de fazer uma escala de conhecimentos. Para tal, na
codificação, cada questão errada contou como zero pontos e cada certa como um
ponto.
3.1.4 Avaliação da frequência de consumo de pescado
Na quarta parte do questionário era avaliada a frequência de consumo de
pescado através da utilização do questionário de frequência alimentar do Serviço
de Higiene e Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade do
Porto(21).
3.2 Análise estatística
Para a construção da base de dados e consequente análise estatística foi
utilizado o programa SPSS® (Statistical Package for the Social Sciences) versão
19.0. para a Microsoft Windows®. Foi realizada estatística descritiva global:
números, percentagens, frequências e medidas de tendência central. Foi aplicado
o teste de Kolmogorov-Smirnov para avaliar a normalidade das distribuições. O
coeficiente de correlação de Spearman para medir a intensidade da relação entre
variáveis ordinais. O teste de Mann-Whitney e o teste de Kruskal-Wallis para
5
comparar ordens médias de amostras independentes. Para todas as análises
considerou-se um nível de significância p <0,05.
Resultados
i. Caracterização da população em estudo
Dos 93 profissionais da amostra, 8 eram do sexo masculino e 85 do sexo
feminino. As idades estavam compreendidas entre os 28 e os 63 anos, sendo a
média de 44,9 ±8,4 anos. Em termos de habilitações académicas 6,5% tinham o
9º ano de escolaridade, 17,2% o 12º ano, 5,4% bacharelato, 64,5% licenciatura e
6,5% mestrado. No que toca à categoria profissional 44,4% eram enfermeiros
25,6% médicos, 25,6% assistentes técnicos e 4,4% técnicos superiores. Dos
participantes 76,9% eram casados ou viviam em união de facto e 23,1% não
tinham companheiro (aqui incluídos solteiros, viúvos e divorciados). 84,6% dos
inquiridos tinham filhos. O agregado familiar tinha uma média de 3,1 ±1,1
pessoas, com uma mediana de 3 pessoas. 48,4% dos inquiridos reside em cidade
28% em aldeia, 23,7% em vila.
ii. Avaliação dos fatores que poderão condicionar o consumo de
pescado
Na preparação das refeições verificou-se que ao almoço 45,2% dos inquiridos
preparam a sua refeição e em 24,7% dos casos são ambos os cônjuges que
preparam. Ao jantar estes valores são semelhantes com 58,2% a preparar o
próprio jantar e com 30,8% a preparar em conjunto. Desta população 75,3%
fazem a aquisição de pescado em super/hipermercados, 5,4% em
minimercados/mercearias, 24,7% no mercado, 20,4% compram a vendedores
6
ambulantes e 4,3% diretamente na lota. Para os locais de aquisição de géneros
alimentícios foram obtidos valores semelhantes. Foi também visto, dentro de cada
profissão, qual o local onde adquirem o pescado, verificando-se percentagens
semelhantes às da amostra total (ANEXO C). Como fatores que condicionam a
escolha/consumo de pescado foi pedido para indicarem dentro de uma lista as 3
razões que mais influência têm, em que se obteve uma percentagem de 63,4 para
o preço, 43% por preferência pessoal, 36,6% pela origem do pescado, 35,5% pela
facilidade para adquirir pescado perto da residência, 23,7% pela dificuldade de
preparação, 21,5% por dificuldade em avaliar a frescura do pescado, 19,4% por
influências familiares e 1,1% por problemas de saúde. Não foram encontradas
diferenças com significado estatístico quando comparados estes fatores
condicionantes por classes de profissão (ANEXO D). Nesta amostra, quando se
trata da alimentação 88,2% faz as suas escolhas com o objetivo de se manter
saudável e 11,8% sentir prazer.
iii. Avaliação dos conhecimentos sobre pescado
Quando aplicadas as questões de conhecimentos acerca do pescado 36,7% dos
inquiridos acertou à totalidade de questões, 40% responderam acertadamente a
três das questões, 21,1% a duas questões e 2,2% a apenas uma questão.
iv. Avaliação da frequência de consumo de pescado
Esta população consome pescado em média 5,9 ±4,7 vezes por semana com
uma mediana de 5 vezes por semana, sendo o consumo de peixe em média 5,2
±4,5 por semana com uma mediana de 4 vezes por semana. Se analisarmos
apenas o consumo de peixe gordo obtemos uma frequência média de 2,7 ±3,7
com uma mediana de 2 vezes semanais.
7
Ao realizar testes estatísticos entre as várias variáveis e a frequência de
consumo, apenas se obteve relação com significado estatístico para a profissão (p
<0,05), em que os enfermeiros são quem consome mais, seguindo-se os médicos
e depois os assistentes técnicos. Não foi encontrado significado estatístico entre o
consumo de peixe e pescado para as variáveis sexo (ANEXO E), faixa etária
(ANEXO F), estado civil (ANEXO G) e ideologia quando toca à escolha de
alimentos (ANEXO H).
A totalidade de médicos e de enfermeiros recomendam o consumo de pescado
aos seus utentes.
Discussão
Qualidade, sabor, facilidade de preparação, disponibilidade, valor nutricional e
preço foram identificados como fatores importantes que condicionam a aquisição
de peixe na Malásia. Segundo o mesmo autor, quando o tamanho do agregado
familiar aumenta, a aquisição de peixe aumenta também, casados têm maior
probabilidade de comprar pescado do que solteiros e as características que mais
aumentam o consumo são o seu nível nutricional e o sabor (22).
Segundo Sayin et al (2010)(16) o tamanho do agregado familiar e a idade
representativa do mesmo ser jovem, tem um efeito negativo no consumo de
peixe. Segundo o mesmo autor, o facto de ser casado e a existência de crianças,
aumentam a probabilidade de consumo.
8
Na Turquia, a maior razão para o não consumo é o odor e o sabor. A frequência
de consumo aumenta proporcionalmente à idade dos consumidores e, aumenta
também, com o nível de educação(23).
De acordo com Myrland et al (2000)(20) com o aumento da faixa etária, há um
aumento significativo no consumo de pescado, pelo menos entre os 31 e os 44
anos. As habilitações académicas, o tamanho do agregado familiar parecem ter
um efeito positivo no consumo de pescado. A presença de crianças poderá ter um
efeito negativo.
Neste estudo, apesar de não se ter verificado diferenças com significado
estatístico, observou-se tanto no peixe como no pescado, um menor consumo no
sexo masculino (ANEXO E), no que toca às idades observou-se um maior
consumo na faixa etária dos 36 aos 45 anos e dos 46 aos 55 anos (ANEXO F) e
os casados ou que vivem em união de facto também têm um maior consumo
(ANEXO G). Há também um maior consumo, naqueles que escolhem a sua
alimentação com o objetivo de se manterem saudáveis (ANEXO H).
Sendo esta uma população ligada à saúde, pela sua localização geográfica e
tradições de consumo, esperava-se um consumo elevado de pescado, o que
acabou por se confirmar. Com um consumo médio de 5,9 ±4,7 vezes por semana
de pescado, esta população vai de encontro ao que se recomenda como benéfico
para a saúde(10).
Ao efetuar o estudo nestes parâmetros acabei por condicionar o tamanho e o tipo
da amostra a que me propus, o que levou a resultados pouco expressivos em
relação aos condicionantes nesta área e população. Adicionalmente também
resultou numa dificuldade em encontrar estudos semelhantes para comparação e
conclusões mais objetivas.
9
Conclusão
Vários estudos mostram os benefícios de consumo de peixe. Mais estudos
deverão ser feitos neste tipo de amostra e na população em geral, no entanto foi
importante perceber alguns dos determinantes que influenciam o consumo, mas
também avaliar conhecimentos e conhecer os hábitos de quem recomenda, de
forma a melhorar o incentivo ao consumo de pescado na população.
Agradecimentos
À Dr.ª Susana pela disponibilidade e revisão científica do trabalho.
Ao Dr. Rui Poínhos, pelo apoio na análise estatística.
A todos os envolvidos na realização deste estudo, sem os quais tal não teria sido
possível.
Aos meus pais que tanto me apoiam.
Às minhas amigas, por toda a paciência e por estarem sempre presentes.
10
Referências Bibliográficas
1. Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge CdSAeN, editor. Tabela da Composição de Alimentos. 1.ª ed. Lisboa: Editorial do Ministério da Educação; 2007. 2. Mahaffey KR, Sunderland EM, Chan HM, Choi AL, Grandjean P, Marien K, et al. Balancing the benefits of n-3 polyunsaturated fatty acids and the risks of methylmercury exposure from fish consumption. Nutr Rev. 2011; 69(9):493-508. 3. Candela CG, López LMB, Kohen VL. Importance of a balanced omega 6/omega 3 ratio for the maintenance of health. Nutritional recommendations. Nutrición Hospitalaria. 2011; 26(2):323-29. 4. Simopoulos AP. The Importance of the Omega-6/Omega-3 Fatty Acid Ratio in Cardiovascular Disease and Other Chronic Diseases. Experimental Biology and Medicine. 2008; 233:674-88. 5. Chenchen Wang, William S Harris, Mei Chung, Alice H Lichtenstein, Ethan M Balk, Bruce Kupelnick, et al. n−3 Fatty acids from fish or fish-oil supplements, but not α-linolenic acid, benefit cardiovascular disease outcomes in primary- and secondary-prevention studies: a systematic review. The American Journal of Clinical Nutrition. 2006; 84 (1):5-17. 6. Greenberg JA, Bell SJ, Ausdal WV. Omega-3 Fatty Acid Supplementation During Pregnancy. Obstetrics & Ginecology. 2008; 1(4):162-69. 7. Parker G, Gibson NA, Brotchie H, Heruc G, Rees A-M, Hadzi-Pavlovic D. Omega-3 Fatty Acids and Mood Disorders. The American Journal of Psychiatry. 2006; 163:969-78. 8. Hegarty BD, Parker GB. Marine omega-3 fatty acids and mood disorders – linking the sea and the soul. Acta Psychiatrica Scandinavica. 2011; 124:42-51. 9. Woods RK, Stoney RM, Ireland PD, Bailey MJ, Raven JM, MD FCT, et al. A valid food frequency questionnaire for measuring dietary fish intake. Asia Pacific Journal of Clinical Nutrition. 2002; 11(1):56-61. 10. Perk J, Backer GD, Gohlke H, Graham I, Reiner Ž, Verschuren M, et al. European Guidelines on cardiovascular disease prevention in clinical practice (version 2012). European Heart Journal. 2012; 33:1635-701. 11. He K, Song Y, Daviglus ML, Liu K, Horn LV, Dyer AR, et al. Accumulated Evidence on Fish Consumption and Coronary Heart Disease Mortality. Circulation. 2004; 109:2705-11 12. He K, Song Y, Daviglus ML, Liu K, Horn LV, Dyer AR, et al. Fish Consumption and Incidence of Stroke: A Meta-Analysis of Cohort Studies. Stroke. 2004; 35:1538-42. 13. Mozaffarian D, Rimm E. Fish intake, contaminants, and human health: evaluating the risks and the benefits. JAMA. 2006; 296(15):1885-99. 14. INE. Balança Alimentar Portuguesa 2003-2008. 2010. Disponível em: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=83386467&DESTAQUESmodo=2&xlang=pt. 15. Li H-s, Houston JE, Wang S-m, Lee H-j. Factors Affecting Consumer Preferences for Fish in Taiwan. 2000 16. Sayin C, Emre Y, Mencet MN, Karaman S, Tascioglu Y. Analysis of Factors Affecting Fish Purchasing Decisions of the Household: Antalya District Case. Journal of Animal and Veterinary Advances. 2010; 9(12):1689-95.
11
17. Altintzoglou T, Vanhonacker F, Verbeke W, Luten J. Association of health involvement and attitudes towards eating fish on farmed and wild fish consumption in Belgium, Norway and Spain. Aquaculture International. 2011; 19( 3):475-88. 18. Pérez-Cueto F, Pieniak Z, Verbeke W. Attitudinal determinants of fish consumption in Spain and Poland. Nutricion Hospitalaria. 2011; 26(6):1412-9. 19. Pieniak Z, Verbeke W, Scholderer J, Brunsø K, Olsen S. How do affective health-related and cognitive determinants influence fish consumption? : a consumer survey in five European countries. In: Mathijs E, Verbeke W, Frahan BHd, editores. 12th Congress of the European Association of Agricultural Economists (EAAE 2008) : People, food and environments : global trends and European strategies; Ghent, Belgium. European Association of Agricultural Economists (EAAE); 2008. 20. Myrland Ø, Trondsen T. Determinants of Seafood Consumption in Norway: Lifestyle, revealed preferences, and barriers to consumption. Food Quality and Preferences. 2000; 11(3):169-88. 21. Lopes C. Alimentação e enfarte agudo do miocárdio: estudo caso-controlo de base comunitária [Tese de doutoramento]. Porto: FCNAUP. 2000 22. Ahmed AF, Mohamed Z, Ismail MM. Determinants of Fresh Fish Purchasing Behavior Among Malaysian Consumers. Journal of Social Science 2011; 3(2):126-31. 23. Erdogan BE, Mol S, Cosansu S. Factors Influencing the Consumption of Seafood in Istanbul, Turkey. Turkish Journal of Fisheries and Aquatic Sciences. 2011; 11:631-39.
14
Índice de Anexos
ANEXO A – Aprovação do Diretor Executivo do ACES BM2 para aplicação do
inquérito……………………………………………………………………....................15
ANEXO B – Inquérito “Hábitos e determinantes do consumo de pescado”….......17
ANEXO C – Tabela1: Local de aquisição do pescado por profissão……………...23
ANEXO D – Figura 2: Percentagem de profissionais que apontam cada
condicionante como mais influente na escolha de pescado…………………..……25
ANEXO E - Tabela 2: Consumo médio de peixe e pescado por sexo……..……..27
ANEXO F - Tabela 3 : Consumo de peixe e pescado por classes de idade…..…29
ANEXO G - Tabela 4: Consumo de peixe e pescado por estado civil………...…..31
ANEXO H - Tabela 5: Consumo de peixe e de pescado quando as escolhas
alimentares se baseiam em sentir prazer ou em manter-se saudável………..…..33
24
Tabela: 1 Local de aquisição do pescado por profissão
Profissão
Onde fazem a aquisição de pescado
super/
hipermercado
minimercado/
mercearia mercado
vendedor
ambulante
diretamente
na lota
Médico 73,9% 8,7% 26,1% 26,1% 4,3%
Enfermeiro 77,5% 2,5% 22,5% 17,5% 5,0%
Técnico
superior 75,0% 0,0% 25,0% 25,0% 0,0%
Assistente
técnico 69,6% 8,7% 30,0% 21,7% 4,3%
25
ANEXO D
Figura 1: Percentagem de profissionais que apontam cada condicionante como
mais influente na escolha de pescado
26
Figura 1: Percentagem de profissionais que apontam cada condicionante como
mais influente na escolha de pescado
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
120,0%
Preço preferência pessoal
origem do pescado
facilidade para
adquirir pescado perto da
residência
dificuldade de
preparação
dificuldade em avaliar a frescura
do pescado
influências familiares
Médico
Enfermeiro
Técnico superior
Assistente técnico
28
Tabela 2: Consumo médio de peixe e pescado por sexo
Peixe Pescado
Masculino
Média± d.p. 4,6±3,4 5,3±3,5
Mediana 3,00 4,3
Feminino
Média± d.p. 5,3±4,6 5,9±4,8
Mediana 4,0 5,0
p NS (p = 0,794)* NS (p = 0,832)*
*Teste não paramétrico de Mann-Whitney para amostras independentes
30
Tabela 3 : Consumo de peixe e pescado por classes de idade
Peixe Pescado
25-35 anos
Média±d.p. 4,9±5,7 5,5±5,5
Mediana 3,0 4,0
36-45 anos
Média±d.p. 6,0±5,4 6,6±5,6
Mediana 4,3 4,8
46-55 anos
Média±d.p. 5,4 ± 3,0 6,1±3,2
Mediana 5,5 6,5
56-65 anos
Média±d.p. 3,3±3,6 4,4±4,0
Mediana 2,0 3,0
p NS (p=0,347)* NS (p=0,385)*
* Coeficiente de correlação de Spearman para medir a intensidade da relação entre variáveis ordinais
32
Tabela 4: Consumo de peixe e pescado por estado civil
Peixe Pescado
Casado/
união de
facto
Média±d.p. 5,5±4,8 6,1±5,0
Mediana 4,5 5,0
Não tem
companheiro
Média±d.p. 4,5±3,6 5,3±3,4
Mediana 3,0 4,0
p NS (p=0,340)* NS (p=0,699)*
*Teste não paramétrico de Mann-Whitney para amostras independentes
33
ANEXO H
Tabela 5: Consumo de peixe e de pescado quando as escolhas alimentares se baseiam em sentir prazer ou em manter-se saudável
34
Tabela 5: Consumo de peixe e de pescado quando as escolhas alimentares se
baseiam em sentir prazer ou em manter-se saudável
Peixe Pescado
Sentir prazer
Média±d.p. 3,7±2,40 4,3±2,7
Mediana 3,00 3,0
Manter-se
saudável
Média±d.p. 5,4±4,7 6,1±4,9
Mediana 4,3 5,0
p NS (p=0,250)* NS (p=0,178)
*Teste não paramétrico de Mann-Whitney para amostras independentes