19301939
Equipe
Ana Paula
Carlos Henrique
Thiago Martins
1930 - A Revolução
de 30 leva Getúlio
Vargas ao poder.
Inicia-se a chamada
Segunda República.
1930 - Fundação da
Cinédia, no Rio de
Janeiro, primeira
grande companhia
de produção
cinematográfica.
1931 - Inauguração
do Cristo Redentor,
no Rio de Janeiro.
1932 - Revolução
Constitucionalista em
São Paulo e Novo
Código Eleitoral que
Concede direito de
voto para as
mulheres
1934 - Criação da
Universidade de São
Paulo.
1936 - Inauguração
da Rádio Nacional.
1937 - Implantação
do Estado Novo e
Inauguração da
Rádio Tupi.
1939 - Eclosão da
Segunda Guerra
Mundial.
No inicio dos anos 30 o modernismo entra em sua segunda fase, e a questão da
identidade brasileira vem de fato para o primero plano. Na pintura, Di Cavalcanti e
Cândido Portinari lançam as bases de um nacionalismo pictural que se alimenta de
Picasso, do realismo socialista e dos muralistas mexicanos. Na literatura, o romance
regionalista ganha voz com São Bernardo e Vidas secas de Graciliano Ramos, e Cacáu
e Capitães da areia, de Jorge Amado. No campo da sociologia, são lançados Casa-
grande e senzala, Evolução política do Brasil e Raízes do Brasil, respectivamente de
Gilberto Freyre, Caio Prado Júnior e Sérgio Buarque de Holanda.
No campo da identidade corporativa, o desenho dos sinais se depura, e o projeto da
Fotoptica, de Bernard Rudofsky, antecipa os caminhos que trilharão os projetos de
identidade visual produzidos a partir da década de 50. A influência do art déco
continua atravessando diversos campos, incluindo sinais, selos postais, livros,
revistas, e até a Revolução Constitucionalista de 1932; se o movimento paulista teve
uma identidadevisual, ela foi art déco.
A difusão do art déco foi acompanhada pelo depuramento dos sinais. Atlas,
Fotoptica, Ultragaz e Varig são exemplos de projetos bem elaborados que
carregam marcas fortes da sintaxe déco. Ultragaz é de Geraldo Orthof, e Fotoptica
de Bernard Rudofsky. Esses dois profissionais representam o início de uma nova
maneira de conceber a identidade de uma empresa. Fotoptica é o caso a ser
destacado; pela primeira vez, um sinal explora um raciocínio visual genuinamente
abstrato, em uma estratégia que poderia ser chamada de figuração de uma ideia.
Essa é uma das sementes a partir da qual brotariam os futuros projetos de
identidade visual corporativa da segunda metade do século.
1935 – Antarctica
(bebidas) autor Não
identificado.
1931- Varig
(transporte aéreo) autor não
identificado
1935 – Atlas (elevadores) autor não
identificado.
1938 – Ultragaz [gas de cozinha]
GERALDO ORTHOF
1939 - Fotoptica
[material fotográfico
e ótico] - BERNARD
RUDOFSKY
Manuel Móra foi um ilustrador maiúsculo. Fez centenas de capas para a revista
Cinearte, sempre com sedutores retratos de estrelas de Hollywood , além de várias
capas dos primeiros anos da revista Cruzeiro, este é um projeto peculiar com o
intuito de atrair turistas estrangeiros ao Rio de Janeiro, o governo produziu uma
série de oito cartazes destinados à distribuição internacional. Móra aproveitou sua
experiência como retratista de atrizes de cinema para desenvolver uma série .Ele
propõe a si mesmo um quebra-cabeça: cada cartaz é voltado a uma nacionalidade.
Bandeiras do Brasil e do país destinatário cumprem a dupla função de cenário e
figurino; e a modelo é uma jovem "típica" desse país destinatário.
Zauber Garten ( Jardim Mágico )
- Manuel Móra .
Cartões Postais do Departamento de Turismo da Municipalidade do Rio de Janeiro de 1934
Wonder of Wonders (Maravilha
das Maravilhas) - Manuel Móra .
Ciudad de ensueño (Cidade dos
sonhos).
O cartaz da campanha do paulista Júlio Prestes à presidência da República reúne um
conjunto de ícones de progresso e modernidade.Júlio Prestes vence a eleição, mas
quem toma posse é Getúlio Vargas, graças à Revolução de 1930. É o fim da chamada
Primeira República.
A Revolução de 1932 gera uma extensa e diversificada gama de impressos. Em grande
medida, as referências visuals são fornecidas pela gráfica internacional ligada as
guerras, tão profusa e tão peculiar. No caso paulista, em que pese essa multiplicidade de
referências, sobres sai a presença recorrente do art déco e das listras em preto e branco
da bandeira do estado. A combinação das Listras com o art déco ganhou contornos de
uma identidade visual do movimento paulista.
1932 - Campanha pró Monumento e
Mausoléu aos Heróesde 32 - NELSON
NOBREGA
1932 -Você tem um dever
a cumprir – Autor não identificado
A Livraria do Globo cumpriu papel de protagonista na indústria editorial gaúcha. A
partir da década de 30, amplia seu catálogo de publicações, abrindo espaço tanto para
títulos de maior apelo comercial como para cuidadosas edições de clássicos da
literatura universal. Desde meados da década de 1920 até os anos 1960, o responsável
pela chamada "Secção de Desenho" da editora foi Ernst Zeuner, profissional de origem
e formação alemãs, que teve entre seus colaboradores Edgar Koetz, João Fahrion e
Nelson Boeira Faedrich. Os livros infantis eram um segmento importante do catálogo.
1932 - A mulher que virou
Homem - EQUIPE DA LIVRARIA
DO GLOBO
1931 - Filha unica - EQUIPE DA
LIVRARIA DO GLOBO
1938 - Rosa Maria no castelo
encantado -NELSON BOEIRA
FAEDRICH
1939 - Viagem à aurora do mundo - ERNST ZEUNER
O Cruzeiro segue nesta década de 1930 sua trajetória marcada pela contínua renovação de
linguagem. As capas ora exibem imagens de progresso, ora exibem ilustrações refinadas.
O Cruzeiro sempre buscou cercar-se de profissionais de primeira linha em todas as áreas.
Estas quatro capas são exemplos do trabalho de três ilustradores dentre os mais destacados da
época: J. Carlos, Manuel Móra e Umberto delta Latta. O tema comum às quarto é o carnaval.
1931 - o cruzeiro (ano 3, n.15) -
Umberto Della Latia
1931 - o cruzeiro (ano 4, n.13) -
Umberto Della Latia
1932 - o cruzeiro (ano 4. n.14) -Manuel
Móra.
1934 - o cruzeiro (ano 6, n.12) -
J. Carlos
A Revista do Globo foi mais uma iniciativa da Livraria do Globo para
consolidar sua imagem de editora atualizada em relação à cultura de
seu tempo. À frente dela estava Érico Veríssimo, que cumpria o papel
de editor, redator e por vezes até de ilustrador. Os prin cipais capistas
foram Edgar Koetz, João Fahrion e Nelson Boeira Faedrich.
1937 - Revista do globo (ano 9,
n. 203) – Nelson Boeira
Faedrich.
1937 - Revista do globo (ano 8,
n. 180) – Nelson Boeira
Faedrich.
1930 - Revista do globo (ano 2,
n. 3) – João Fahrion.
.
A cultura indígena foi uma das fontes prediletas dos modernistas em suas
indagações sobre a identidade nacional. Em Cobra Norato, o herói veste a pele da
serpente que dá título à obra e sai em busca de sua amada. A capa da primeira
edição traz uma intrigante figura criada por Flávio de Carvalho, meio mulher, meio
bicho; o desenho, de linhas sinuosas e bem definidas, tem um caráter quase
pictográfico. Já o luxuoso álbum com xilogravuras de Oswaldo Goeldi inscreve-se
na categoria dos livros de artista. Com impressão artesanal e tiragem de apenas 150
exemplares, as imagens ora se misturam aos textos, ora ocupam páginas inteiras,
reforçando a atmosfera onírica dos poemas. Essa publicação pode ser considerada
um ensaio da série dos Cem Bibliófilos, que seria iniciada na década seguinte
1931 - Cobra Norato
FLÁVIO DE CARVALHO
Anos 30 - Cobra Norato - album com
xilogravuras - Oswaldo Goeldi
Santa Rosa inicia nesta década sua eclética trajetória: foi artista, ilustrador, cenógrafo,
designer. Cacáu, Urucungo e Doidinho estão entre as primeiras capas de livro que
produziu. Santa Rosa adota um diagrama parecido em todas elas, no qual chama atenção a
recorrência das ilustrações requadradas. Ainda assim, as capas são mais soltas e as imagens
têm mais peso do que as que faria a partir de 1935 para a José Olympio, quando assume a
tarefa de dar uma identidade visual própria às obras de literatura brasileira da editora
1933 – Cacáu - SANTA ROSA 1933 – Urucungo - SANTA
ROSA
1934 – Doidinho - SANTA
ROSA
1937 - O paiz do carnival -
SANTA ROSA
1936 - A luz no subsolo -
SANTA ROSA
1937 - A Bagaceira -
SANTA ROSA
O pernambucano Manoel Bandeira costumava assinar M. Bandeira, para não ser
confundido com o poeta ilustre, seu conterrâneo e amigo. Em Annuario de Pernambuco
para 1934 ele se mostra um profissional de fôlego: além da capa, faz as ilustrações do
miolo e até a publicidade.
1934 – Annuario de Pernambuco para 1934 -
Manoel Bandeira.
1932 - Poemas escolhidos - Manoel Bandeira
.
A revista pernambucana P'ra Você é o espanto da década. As capas de M.Bandeira
adotam uma visualidade análoga à do livro Poemas escolhidos, de Jorge de Lima.
1932 - Poemas escolhidos - Manoel
Bandeira .
1933 - P 'ra Você (n.29) - Manoel
Bandeira.
O Malho é uma revista de variedades , mais voltada ao público feminino. Suas
capas não têm compromisso com os acontecimentos da semana. Elas trazem
ilustrações leves e de grafismos variados, cujo objetivo é atrair e entreter.
Mesmo sem ser especialmente requintada, muito menos intelectualizada, é
curioso notar que as capas respiram um ar de modernidade e sofisticação
visual.
1935 - O Malho (n.101) -
Paulo Amaral
1936 - O Malho (n.160) - Helmut
FIM