Nº 96 - julho / 2017
Igreja Lusitana Católica Apostólica Evangélica Comunhão Anglicana
2
02 - Presbítero Carlos
09 - Bispo Fernando
16 - Presbítero Carlos
23 - Presbítero Carlos
30 - Bispo Jorge
PRESIDÊNCIA
DOS CULTOS
Senhor Criador de todas as coisas: vimos à Tua presença para suplicar ajuda para os que sofrem de doenças do corpo ou da mente. Sabemos que as enfermidades favorecem momen-tos de reflexão e de uma maior apro-ximação de Ti, pelos caminhos da dor e do silêncio. Mas apelamos para a tua misericórdia e pedimos que estendas a Tua mão sobre os que se encontram doentes, e que faças a sua fé e confiança brotarem fortes nos seus corações. Amém.
OREMOS PELOS
DOENTES
Dia 4 – Maria Manuela Moreira
Dia 7 – Flor Silva
Dia 8 – Carolina Sousa
Dia 8 – Matilde Fernandes
Dia 12 – Cátia Fernandes
Dia 25 – Irene Mota
Dia 26 – Bruno Alexandre
3
13
º D
OM
ING
O C
OM
UM
- 2
DE J
ULH
O
Jesus, motivo de divisão! É este o
título que encontramos nas nossas
bíblias, para o conjunto de versí-
culos da primeira parte do Evan-
gelho de S. Mateus escolhido para
o 13.º Domingo Comum.
Jesus está a finalizar as suas ins-
truções aos doze apóstolos, a
quem vai enviar em missão. Estas
palavras violentas, “não pensem que vim trazer a paz à terra, não vim
trazer a paz, mas a guerra”, contrastam com as instruções que lemos,
essencialmente, no Evangelho segundo S. João, e com a saudação que
Jesus fazia quando, após a Ressurreição, se encontrava com os seus
discípulos: a paz seja convosco.
Continuando a leitura do Evangelho deste domingo, Jesus disse: vim,
de facto trazer a divisão entre o filho e o seu pai, a filha e a sua mãe, a
nora e a sua sogra. E concluindo: aquele que amar o pai ou a mãe mais
do que a mim, não é digno de mim; e o que amar o filho ou a filha mais
do a mim, não é digno de mim.
Estas palavras explicam o título: Jesus, motivo de divisão. A estrutura
familiar da sociedade judaica, ao tempo de Jesus, era muito forte e
gerava, por vezes, uma relação familiar tão intensa que as pessoas qua-
se se idolatravam entre si. A família, sempre, em primeiro lugar e isto
relegava para um segundo plano a adoração a Deus.
Por isso aquele que quer amar a Jesus como ele nos amou, pode muitas
vezes ver-se envolvido em conflitos com os seus familiares, ao colocar
o seu amor a Jesus acima da relação familiar. Entrar em conflito não é
testemunho cristão, mas apenas um risco, que nos pode levar ao peca-
do.
Jesus, no texto que lemos, alertava os seus discípulos para o risco de
4
entrarem em conflito. A mensagem que Jesus nos dá, ao longo do seu minis-
tério, é o da reconciliação e do amor de Deus.
Antes de enviar os seus discípulos em missão, Jesus proferiu o Sermão do
Monte. Neste sermão encontramos o mandamento de Jesus: tenham amor aos
vossos inimigos e peçam a Deus por aqueles que vos perseguem.
Jesus, só aparentemente é motivo de divisão. A sua missão é levar-nos a pôr
em prática, uns com os outros, o amor com que Jesus nos amou, amor que
levou Jesus a dar a sua vida para remissão dos nossos pecados.
Carlos Duarte, Presbítero
Este texto do apóstolo João
relata a famosa descrença de
Tomé; o testemunho daqueles
com quem tinha partilhado a
enorme aventura de seguir
Jesus não lhe foi suficiente
para crer na Ressurreição do
Senhor. Quem o poderá acusar
de não crer em algo tão
extraordinário sem o ter visto com os seus próprios olhos?
Mas Jesus ressuscitado fez-lhe a vontade e Tomé pôde testemunhar com seus
olhos e seu tato a Ressurreição de nosso redentor. E o modo como ele o teste-
munhou é deveras importante: colocou os seus dedos dentro das chagas do
corpo de Jesus ressuscitado, o que definitivamente afasta (ou deveria afastar)
os cristãos de discursos e cultos que tratam do Ressurreição do Senhor como
algo metafórico; como algo etéreo, puramente espiritual, sendo uma espécie
DIA DE S. TOMÉ, APÓSTOLO 3 DE JULHO
5
de fantasma o que os discípulos teriam visto. Assim, a descrença de Tomé
levou a que tivéssemos a oportunidade de perceber que fora Jesus incarnado
que ressuscitara e não apenas a Sua alma. Por isso defendo que o dia da
Ascensão do Senhor deveria ser devidamente assinalado, sublinhado em
todas as igrejas cristãs, o que sabemos não acontecer; isso ajudaria a não se
interpretar erradamente o significado da Páscoa cristã.
Após este encontro, Tomé é a primeira pessoa a explicitar o estatuto divino
de Jesus. Algo que nos devia fazer pensar: aquele que foi descrente torna-se
no primeiro a explicitar o estatuto divino de Jesus…o poder de Deus em nos
transformar é fantástico, se O deixarmos atuar!
Por fim, o texto termina com algo que nos devia deixar orgulhosos e gratos
pela nossa fé: Jesus abençoa-nos, todos aqueles que acreditam sem terem tes-
temunhado diretamente a Ressurreição.
Clara Oliveira
Irmãos, este 14° Domingo Comum traz-nos um maravilhoso ensinamento de
Jesus como falar com Deus Pai: A oração de Nosso Senhor ao Pai, nos ensi-
na, e revela-nos, como chamar Deus de Pai. Diante da oração do divino sal-
vador, devemos parar para contemplar, com profundo respeito e temor, o diá-
logo intimo em ato, entre o Filho e o Pai celeste na oração. Só os pequeninos
de coração humilde, e abertos ao Espírito Santo, podem compreender, a von-
tade do alto, diante do mundo, que não quer, que Jesus seja o Senhor.
Podemos perceber a sutileza do Espírito Santo, que levou Jesus ao louvor a
Deus. Para entender este diálogo e entrar nele, nós pobres pecadores, precisa-
mos da força do Espírito Santo. É o espírito Santo de Deus, que se o permitir-
14º DOMINGO COMUM 9 DE JULHO
6
mos em nós, pode orar em nós
e falar por nós, e o mesmo que
impeliu Jesus a falar com Deus
Pai, na presença dos homens
quando esteve connosco.
Este Espírito é o mesmo que
esteve com Ele, em todo seu
ministério; curando e libertan-
do as pessoas e revelando as
coisas do alto. São Lucas no texto do seu evangelho, inicia a sua narração
falando da alegria de Jesus, a louvar o Pai do céu: Naquela mesma hora,
Jesus exultou de alegria no Espirito Santo e disse: "Pai Senhor do céu e da
terra, eu te dou graças, porque escondestes estas coisas aos sábios e inteligen-
tes e as revelastes aos pequeninos." (Lc 10, 21).
A Palavra de Deus não pode ficar só na mente, ela tem que descer para o
coração pessoa, coração alma, como um selo que deixa a marca do amor de
Deus em nós. Por isso a nossa necessidade de pedir sempre: “vem sobre nós
Espírito de amor..! Vem ó água viva...! Vem [...].
É o Espírito Santo que conhece aquele segredo que nos pobres criaturas não
podemos conhecer e entender. O evangelho de hoje também nos revela a pre-
sença da Santíssima Trindade. "Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
Prestemos bem atenção, no monólogo diálogo de Jesus cheio do Espírito,
com o Pai.
Jesus sabia que o dia que dissesse, abertamente sua filiação divina, seria per-
seguido e morto como sacrílego e assim aconteceu de facto, no seu processo
no Sinédrio, por ser o Cristo. (Mt 27, 22). Durante toda a sua vida pública,
permaneceu desta forma: Filho do Pai, unido a Ele na mesma natureza, isto é,
pelo mesmo Espírito, Deus Ele mesmo de Deus.
Mateus escreveu este evangelho, para as comunidades judaicas que aceitaram
o cristianismo, narrando-lhes como os fariseus, os saduceus e os escribas se
7
opunham aos ensinamentos de Jesus, devido suas mentalidades e intelectuali-
dades.
O Apóstolo evangelista, ao narrar este acontecimento aos fiéis, usa a palavra:
"Naquele tempo;" esta falando de teologia, não de tempo cronológico. Com
esta palavra ele quer unir o que segue, com o antecedente; dias antes Jesus
tinha sido contestado pelos judeus. (Mt 23, 1-39).
Hoje também acontece isso connosco, homens, sábios, cientistas, homens de
cultura, que ficam longe da fé, muitas vezes hostis a ela. É difícil vermos nas
missas, homens famosos e poderosos a não ser em tempos políticos, aconteci-
mentos importantes e mediáticos como casamentos, funerais... Neste mundo
relativizado por falsas doutrinas, a todos os momentos o mundo anti-cristo,
oferece-nos muito mais prazeres e ocupações que nos afastam de Jesus… há
que saber escolher os mais convenientes aos seus fiéis.
Jesus é o Senhor! Amén!
Rafael Coelho, adaptado de http://joseinacioh.blogspot.com.es
Cada povo e cada cultura têm a sua maneira própria de transmitir a sua sabe-
doria antiga e também as novas reflexões, e até a nova ética. Por exemplo já
na Grécia antiga havia quem ensinasse por meios de fábulas – histórias que
tinham animais como modelo. Curiosamente, para ensinos simples, todos os
povos têm provérbios. Para os povos semitas e no caso que nos interessa, os
judeus, muitos ensinos eram transmitidos principalmente por parábolas. Isto
já é evidente no Antigo Testamento, sendo a mais conhecida a parábola de
João (Juízes 3:8-15). Mas o Novo Testamento mostra que Jesus também as
usa, para ensinar o povo, mas de uma forma muito inovadora, criativa e
variada. De modo simples e não apenas destinada a certas elites, como faziam
alguns fariseus, e ainda hoje alguns cabalistas.
O nosso Mestre alargou o género de assuntos abordados e aprofundou muito
15º DOMINGO COMUM - 16 DE JULHO
8
os temas principais. Usou coisas
do dia-a-dia, bem conhecidas
pelas gentes daquela época e
daquela região. Muito diferente
das abstrações teóricas dos filóso-
fos. Mas a assuntos simples é dado
um segundo sentido paralelo, espi-
ritual, social e moral. Uma abertu-
ra a novos horizontes. Sendo
Israel um país muito dependente
da agricultura e dos rebanhos, e um pouco da pesca e do trabalho artesanal, as
parábolas de Jesus abordam tudo isso. E mais que tudo isso, a situação da
alma humana diante de Deus.
No caso da parábola do semeador o tema é tão importante que há uma segun-
da parte, em que é dada a explicação do sentido. Alguns pormenores – o pri-
meiro especto é referir a necessidade do trabalho humano, neste caso diferen-
te das sementeiras da natureza (feitas pelo vento ou pelos animais). O segun-
do aspeto é a semente, que é toda de boa qualidade. Mas, e este é o terceiro
ponto – mesmo a boa semente depende da qualidade dos terrenos… Dos
quais tudo fica pendente, para o resultado final, confirmado ou boicotado.
Fica aqui revelado que os aspetos negativos e desfavoráveis das circunstân-
cias da vida e as atitudes humanas podem atingir desmazelo, falta de persis-
tência, ineficácia… Todos sabemos disto nos casos do dia-a-dia, mas noas
casos ligados à espiritualidade e missão, as consequências são mais dramáti-
cas, ou sem solução. Daqui deriva a importância desta parábola. O semeador
é Jesus, a semente é o Evangelho. Os diversos tipos de terreno são as reações
humanas. Hoje os semeadores somos nós. Se a semente nem chegar a ser lan-
çada, tornamo-nos culpados. Temos a boa semente. Se houver falhas, que
sejam exteriores a nós. Mas oremos para que haja bons terrenos à espera do
pequeno e bom grão que dará.
Jorge Barros, Pastor
9
A partir do texto de Lucas 8:2, é muito interessante, e significativo que tudo
o que pensamos saber sobre Maria Madalena se reduz ao facto de que, Jesus a
purificou de várias enfermidades e a exorcizou da universalidade dos demó-
nios, simbolizada no número sete. Mais nada! O que a tradição tem feito é
“embrulhá-la” sempre que aparece a expressão “e as outras mulheres”, fazen-
do com que se parta sempre do princípio que ela era uma delas. Mas a verda-
de é que nessas diversas circunstâncias, o seu nome nunca é mencionado.
Espanta-me que a tradição da Igreja até lhe atribui o mais descabido dos títu-
los, dizendo que era ela a mulher a quem o Senhor livrou de ser apedrejada
por estar acusada publicamente de adultério no capítulo 8 de João. Mas o seu
nome não é mencionado no texto. Interessante é verificar que quando o
Senhor fala abertamente de adultério fá-lo no diálogo que estabelece com o
jovem rico, o que quer saber o método mais “fácil e barato” para entrar no
Reino de Deus. Maria Madalena é a mulher do Fim da vida de Jesus. Presen-
cia o fim no sepultamento, e o recomeço na Ressurreição. Testemunha da
Morte – Testemunha da Ressurreição. É esta a mulher que pela madrugada
vai visitar o sepulcro do Senhor. Os três pri-
meiros Evangelhos traçam as diferenças da
atitude das mulheres perante a experiencia do
sepultamento do Senhor. Em Mateus 27:61, o
Senhor é sepultado e a pedra rolada, José de
Arimateia regressa a casa e Maria Madalena
parada diante do sepulcro fechado, simples-
mente olhando, encontra-se com a sua própria
solidão; em Marcos 15:47, fica a olhar para o
“lugar” onde era o sepulcro, contemplando
talvez o lugar que tinha tido na vida do
Senhor; em Lucas, seguiu José de Arimateia,
viu o túmulo e como é de que forma o corpo
foi sepultado, ficando a saber que uma pedra
DIA DE SANTA MARIA MADALENA - 22 DE JULHO
10
tapou a entrada. Voltando para casa, preparou os rituais fúnebres que não
tinham sido feitos. Unindo tudo: ficou parada; viu o lugar; e tendo preparado
os unguentos, a tensão vai crescendo até João. Aqui ela vai sozinha, num ato
de coragem, e apenas acompanhada pelos seus pensamentos e talvez por uma
reflexão sobre a sua impotência diante da pedra que tapava a eternidade. A
verdade é que quando ali chega àquele cemitério de ultima hora, a eternidade
já estava destapada e acima de tudo era já uma eternidade viva e livre de
sepulcros e túmulos e pedras. Talvez lhe tenha acontecido a ela o que nos
acontece quando entramos em desespero, quando achamos que nos tapam e
escondem o Senhor, o ocultam, não porque Ele queria mas porque quem nos
rodeia e o mundo, o tentam roubar. E a resposta é a mesma o milagre cons-
tante, quando pensamos que tudo o que nos acontece é intransponível, e não
há forma de remover os obstáculos, eis que é Ele mesmo que vem ao nosso
encontro e nos chama pelo nome…
José Manuel Cerqueira, Pastor
O Evangelho deste domingo garante-nos, antes de mais, que o “Reino” é uma
realidade irreversível, que está em processo de crescimento no mundo. É ver-
dade que é difícil perceber essa semente a crescer ou esse fermento a levedar
a massa, quando vemos multiplicarem-se as violências, as injustiças, as pre-
potências, as escravidões… É difícil acreditar que o “Reino” está em proces-
so de construção, quando o materialismo, a futilidade, o comodismo, a procu-
ra da facilidade, o efémero sobressaem, de forma tão marcada, na vida de
grande parte dos homens e das mulheres do nosso tempo… A Palavra de
Deus convida-nos, contudo, a não perder a confiança e a esperança. Apesar
das aparências, o dinamismo do “Reino” está presente, minando positivamen-
te a história e a vida dos homens.
Na verdade, falar do “Reino” não significa falarmos de um “condomínio
fechado”, ao qual só tem acesso um grupo privilegiado constituído pelos
16º DOMINGO COMUM - 23 DE JULHO
11
“bons”, pelos “puros”, pelos per-
feitos”, e de onde está ausente o
mal, o egoísmo e o pecado…
Falar do “Reino” é falar de uma
realidade em processo de cons-
trução, onde cada homem e cada
mulher têm o direito de crescer
ao seu ritmo, de fazer as suas
escolhas, de acolher ou não o
dom de Deus, até à opção final e definitiva. É falarmos de uma realidade
onde o amor de Deus, vivo e atuante, vai introduzindo no coração do homem
um dinamismo de conversão, de transformação, de renascimento, de vida
nova.
Neste Evangelho temos também uma lição muito sugestiva sobre a atitude de
Deus face ao mal e aos que fazem o mal. Na parábola do trigo e do joio, Jesus
garante-nos que os esquemas de Deus não preveem a destruição do pecador, a
segregação dos maus, a exclusão dos culpados. O Deus em Jesus Cristo é um
Deus de amor e de misericórdia, sem pressa para castigar, que dá ao homem
“todo o tempo do mundo” para crescer, para descobrir o dom de Deus e para
fazer as suas escolhas. Não percamos nunca de vista a “paciência” de Deus
para com os pecadores, talvez evitemos ter de carregar sentimentos de culpa
que oprimem e amarguram a nossa breve caminhada nesta terra.
Jorge Filipe Fernandes
Nascido em Betsaida, este apóstolo do Senhor era filho de Zebedeu e de
Salomé e irmão do apóstolo João, o Evangelista.
Pescador juntamente com seu irmão João, foi chamado por Jesus a ser discí-
DIA DE S. TIAGO, APÓSTOLO - 25 DE JULHO
12
pulo d’Ele. Aceitou o chamado do Mestre e,
deixando tudo, seguiu os passos do Senhor.
Dentre os doze apóstolos, São Tiago foi um
grande amigo de Nosso Senhor fazendo parte
daquele grupo mais íntimo de Jesus (formado
por Pedro, Tiago e João) testemunhando,
assim, milagres e acontecimentos como a cura
da sogra de Pedro, a Transfiguração de Jesus,
entre outros.
Procurou viver com fidelidade o seu discipu-
lado. No entanto, foi somente após a vinda do
Espírito Santo em Pentecostes que São Tiago correspondeu concretamente
aos desígnios de Deus. No livro dos Atos dos Apóstolos, vemos o belo teste-
munho de São Tiago, o primeiro dentre os doze apóstolos a derramar o pró-
prio sangue pela causa do Evangelho: “Por aquele tempo, o rei Herodes
tomou medidas visando maltratar alguns membros da Igreja. Mandou matar à
espada Tiago, irmão de João” (At 12,1-2).
Segundo uma tradição, antes de ser martirizado, São Tiago abraçou um carce-
reiro desejando-lhe “a Paz de Cristo”. Este gesto converteu o carcereiro que,
assumindo a fé em Jesus, foi martirizado juntamente com o apóstolo.
Existe ainda outra tradição sobre os lugares em que São Tiago passou, levan-
do a Boa Nova do Reino. Dentre estes lugares, a Espanha onde, a partir do
Século IX, teve início a devoção a São Tiago de Compostela.
Pedro Fernandes, adaptado de cancaonova.com
A "Boa Nova" é ontem, hoje, e sempre, a mesma mensagem de salvação, que
proclama o Reino dos céus. " A comunidade cristã encontra a sua inspiração
na palavra testemunhada e anunciada por Jesus, em nome do Pai, confiada
17º DOMINGO COMUM - 30 DE JULHO
13
aos apóstolos."
Ao lermos o evangelho
de Mateus, somos con-
vidados a olhar para
dentro de nos mesmos
e descobrir a presença
do Senhor Jesus, e o
seu Reinado. Onde a
vontade de Deus é cumprida, aí se manifesta o Reino de Deus. "Pela palavra
de Cristo a igreja existe, e age, guiada pelo Espírito Santo."
A liturgia deste Domingo traz-nos este maravilhoso tema: "O Reino de Deus
é um presente para nós, é um dom gratuito do Senhor." O tesouro escondido,
a pérola preciosa, e a rede lançada ao mar, dizem-nos que o próprio Deus
quer, e deseja, ser encontrado, por todos nós; homens e mulheres de boa von-
tade.
Falar do Reino invisível de Deus, é falar do propósito redentor de Deus para
toda a sua criação. "O Reino de Deus é um dom gratuito." O Reino de Deus
pode ser compreendido como Paz, justiça e a alegria do Espírito Santo.
O próprio Jesus Cristo está presente no meio de nós, quando acolhemos Sua
palavra. O Senhor disse: Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome
ali eu estou. Somos salvos pela Misericórdia infinita de Deus Pai. Esta mise-
ricórdia chama-se Nosso Senhor Jesus Cristo. O Reino do céu inicia-se aqui
neste mundo, onde o evangelho da "Boa Noticia" é anunciado, e a vontade de
Deus cumprida.
O Reino concluir-se-á para nós na vida eterna."Aí descansaremos e veremos,
veremos e amaremos, amaremos e louvaremos." "Eis a essência do fim, e que
fim mais nosso do que chegarmos ao Reino que não tem fim?" "O Reino dos
céus é, portanto, este tesouro único, incomparável, porque é só nele que o
homem encontra a salvação, realiza o seu destino de vida e de bem-
aventurança eterna. "E quando cada um de nós passar deste mundo, e tiver
14
acabado, ficará somente o Reino dos céus." O Senhor Jesus disse: "O céu e a
terra desaparecerão, mas as minhas palavras não desaparecerão”.
Aqueles que nesta vida só se preocupam em querer ter posses e não buscam
o Reino de Deus, parecem-se com aqueles comerciantes que precisam, a
qualquer preço, de conseguir a pérola e o tesouro para ostentarem os seus
egos. Jesus disse: "Buscai primeiro o Reino de Deus, e tudo o mais vos será
dado por acréscimo."
Jesus não está a dizer coisas estranhas para as pessoas da sua época. O povo
sabia muito bem o que o Senhor estava a querer dizer com a parábola ao falar
de tesouro, pérolas e comerciantes. Mas ao falar da rede lançada e os peixes
separados, Jesus diz que só os justos e escolhidos herdarão o Reino dos céus.
O desejo do Senhor Jesus é que todos os seguidores O conheçam e acolham o
Reino de Deus.
Nestes tempos, aqueles que fazem opção pelo Reino de Deus podem perce-
ber e ver em muitos outros um desinteresse pelas coisas do Reino dos céus.
São as pérolas, os tesouros do consumismo, que preocupam os homens nestes
tempos, com tanta urgência de conversão.
"O Reino dos céus, portanto, é realmente um tesouro, o único tesouro verda-
deiro." Quem encontra Jesus, encontrou o verdadeiro tesouro, o caminho do
Reino dos céus.
José Manuel Santos, adaptado
BAPTIZADO
No decorrer do Culto Eucarístico de 21 de Maio, presidido pelo nosso Páro-
co, procedeu-se à administração do Sacramento do Batismo ao jovem
Gabriel.
O QUE ACONTECEU…!
15
O Gabriel é filho de nossa irmã,
em Cristo, Maria João e irmão
da nossa jovem Flor.
Foi um momento espiritualmente
muito rico, testemunhado pelos
membros da nossa comunidade,
ao qual o RR se associa, desejan-
do ao Gabriel toda a felicidade
neste caminho que agora inicia-
ram, na certeza que tudo faremos
para as acompanhar nesse percurso, que também é nosso, juntamente com os
membros da Paróquia, conforme tiverem oportunidade de expressar durante a
liturgia do batismo.
“Jesus respondeu: «Fica sabendo que só quem nascer da água e do Espírito é
que pode entrar no reino de Deus.” (S. João 3,5)
PEREGRINO
No passado dia 27 de Maio, sábado, os
jovens da Escola Dominical da nossa
Paróquia, resolveram fazer uma surpresa e
marcaram presença no início de mais uma
sessão do Peregrino, do grupo que se reú-
ne aos sábados, onde preparam o habitual
“chá”, depois de já terem estado a animar,
com cânticos coreografados, a oração de tarde que habitualmente antecede a
abertura da Loja Social.
Foram momentos muito inspiradores, pois não só serviram para os nossos
jovens se inteirarem do que são as diferentes dinâmicas da paróquia, como
também proporcionou uma satisfação indiscritível aos utentes da Loja Social
16
e aos membros do grupo do Peregrino.
O RR dá graças a Deus pela iniciativa, dispo-
nibilidade e testemunho da nossa Escola
Dominical.
“Senhor, ensina-me o teu caminho, para que
eu o siga fielmente.”
(Salmo 86,11)
FALECIMENTO
Faleceu no passado dia 31 de Maio a nossa irmã, em Cristo,
Conceição Ferreira, mãe, sogra, avó e bisavó, respetivamente,
das nossas irmãs e irmãos, na Fé, Conceição Fernandes, Jorge
Henrique Fernandes, Jorge Filipe Fernandes e Maria Jorge Fer-
nandes.
O funeral realizou-se no dia 1 de Junho, na Paróquia de Rio Tinto.
À família enlutada, o RR apresenta sentidas condolências.
“O Senhor preparou, para os que O amam, coisas que nunca ninguém viu,
nem ouviu, nem passavam pelo pensamento de ninguém” (ICor 2,9)
VENHA O TEU REINO
No passado dia 3 de junho teve lugar na
Catedral de S. Paulo da Igreja Lusitana o
encontro "Quem é Ele?". Esta iniciativa
esteve inserida na campanha «Venha o Teu
Reino» que se realizou desde a Ascensão ao
Pentecostes. A iniciativa permitiu juntar o
povo da diocese na celebração da sua fé em Jesus Cristo e viver intensos
17
momentos de louvor e oração realizados em conjunto, no qual participaram
um grupo de membros da nossa paróquia.
Pela graça de Deus foi possível viver-se momentos de oração e louvor,
momentos de trabalho nos grupos e com (rica) partilha feita pelos animado-
res, momentos de alegre confraternização e um momento de apresentação do
belo musical “Quem é Ele?” na parte da tarde.
Damos graças a Deus pelo muito trabalhado realizado e pelo cuidado e esme-
ro colocados no acolhimento e nos diversos espaços da Catedral.
GINCANA BÍBLICA
A Escola Dominical da nossa
Paróquia realizou, no passado dia
15 de Junho, uma Gincana Bíbli-
ca no Parque de S. Roque, no
Porto, com o tema: “Caminhar
com Jesus”, inspirado na passa-
gem bíblica de S. João capítulo
14, versículo 6, que diz: “Eu sou
o caminho, a verdade e a vida”.
Foi um tempo muito bem passado e ricamente abençoado, que contou com a
presença de muitos jovens e membros da nossa paróquia.
O RR esteve lá, mas não quer monopolizar a informação sobre o evento.
Assim vamos transcrever o testemunho de alguns dos jovens que participa-
ram neste Gincana Bíblica, que esperemos se repita e até se alargue a outros
participantes e outras faixas etárias…
“A caça ao tesouro foi boa. Foi um dia com sol. As pistas estavam bem
escondidas. O meu grupo era “Os Caminhantes”. Cantamos muitas músicas.
No fim o meu grupo venceu. E depois todos brincaram, durante 2h. Os pré-
18
mios foram uma caneta e um saco de gomas. Gostei muito!” Alexandre Meneses Coelho
“Foi muito fixe andarmos à caça de pistas para encontrar o tesouro. Mas não
importa ganhar ou perder. O importante foi divertimo-nos, cantarmos muitas
músicas e brincarmos muito no parque. Lanchamos bolachas de chocolate,
bolo de chocolate e mesmo a perder, ganhamos no comportamento, no espíri-
to de equipa. Tivemos gomas na mesma. E como veem não importa perder.
Importa divertimo-nos. Foi ótimo. Foi muito divertido. Eu adorei.”
Sofia Salgueiro
“Esta caça ao tesouro foi muito fixe. Eu fui da equipa dos “Discípulos”.
Quando chegamos, começamos a almoçar. Comemos pizza e bebemos. Tive-
mos muitas pistas engraçadas. No comportamento estivemos bem, mas perde-
mos. Mas não faz mal, porque também ganhei um saco de gomas. Foi muito
engraçado e divertido. Eu quero repetir!”
Beatriz Meneses Coelho
RECTIFICAÇÃO - 25.º ANIVERSÁRIO DMIL
Na anterior edição, ao darmos a notícia sobre o 25.º aniversário do DMIL,
referimos o nome de um conjunto de membros da nossa paróquia que tinham
estado presentes nas comemorações. Por lapso, não referimos a presença da
nossa irmã, em Cristo, Maria das Dores. Pelo facto pedimos desculpa, em
particular à D. Maria das Dores, garantindo que iremos ter mais cuidado com
o rigor da informação, em notícias futuras.
19
01 Pic-Nic – 12h - Atães
02 13.º Domingo Comum – 11h – Culto Dominical
03 Dia de S. Tomé, Apóstolo
05 Oração da Manhã – Torne – 9h
09 14.º Domingo Comum – 11h – Culto Dominical
Almoço Solidário – Salão da Paróquia do Bom Pastor - Candal – 13h
12 Oração da Manhã – Torne – 9h
14 Peregrino – Um Curso para a caminhada Cristã – 21h
15 Peregrino – Um Curso para a caminhada Cristã – 17h
16 15.º Domingo Comum – 11h – Culto Dominical
19 Oração da Manhã – Torne – 9h
22 Dia de Santa Maria Madalena
Abertura Loja Social c/ Oração breve da Tarde 15h
Peregrino – Um Curso para a caminhada Cristã – 18h
23 16.º Domingo Comum – 11h – Culto Dominical
Dia dos Avós
23 a 31 Campos de Férias para Crianças e Jovens – Foz de Arouce
25 Dia de S. Tiago, Apóstolo
26 Oração da Manhã – Torne – 9h
30 17.º Domingo Comum – 11h – Culto Dominical
JULHO - AGENDA PAROQUIAL E DIOCESANA
20
ACTIVIDADES REGULARES DA PARÓQUIA
Templo - Rua Visconde de Bóbeda
Área social - Rua Barão de S. Cosme, 223
Cultos Dominicais - 11 horas
Escola Dominical - 2 classes (crianças e jovens) - Domingos, 10 horas
Loja Social - 3º sábado de cada mês - 15h
Propriedade: Paróquia do Redentor ♦ Equipa Redatorial: Jorge Filipe Fernandes, José Manuel Santos,
Pedro Miguel Fernandes ♦ Redação: Rua Barão de S. Cosme, 223 4000-503 PORTO ♦ Periodicidade:
Mensal ♦ Contactos: www.paroquiaredentor.org; [email protected]; [email protected]
♦ O conteúdo dos diferentes artigos deste Boletim é da responsabilidade dos seus autores, e não
representa necessariamente a posição da Paróquia do Redentor ou da Igreja Lusitana.
ÚLT
IMA P
AG
INA -
A N
OS
SA C
AP
A
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso
coração e a vossa mente em Cristo Jesus .
1. Interesse pelo próximo
2. Ser agradecido
3. Alegria
4. Ser amável, simpático, agradável
5. Sem ansiedade, quieto, confiante
6. Orar e suplicar
7. Ser Agradecido
Quando temos uma atitude positiva perante a vida e seus desafios e
guardamos e praticamos os princípios estabelecidos na Palavra de
Deus, a paz de Deus inundará o nosso dia a dia, independente das cir-
cunstancias que estejamos vivendo, pois o Senhor é maior do que qual-
quer desafio que possamos enfrentar ao longo de nossa existência.