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A queima de biomassa para aquecimento

residencial foi identificada como uma das

principais fontes de poluição atmosférica na

Europa, principalmente no inverno [1]. Estima-se

que em Portugal sejam anualmente queimadas 2

Mton de biomassa lenhosa [2]. Atendendo às

repercussões e à necessidade de cumprimento

das normativas legais, é necessário proceder à

quantificação e caraterização das emissões

provenientes deste setor, de forma a obter perfis

de emissões representativos da realidade

nacional. A quantificação e caraterização destas

emissões para diferentes tipos de biomassa,

equipamentos e condições operatórias é

essencial, pois permite identificar e recomendar

um conjunto de procedimentos ambientalmente

mais vantajosos.

A queima de biomassa para aquecimento

residencial foi identificada como uma das

principais fontes de poluição atmosférica na

Europa, principalmente no inverno [1]. Estima-se

que em Portugal sejam anualmente queimadas 2

Mton de biomassa lenhosa [2]. Atendendo às

repercussões e à necessidade de cumprimento

das normativas legais, é necessário proceder à

quantificação e caraterização das emissões

provenientes deste setor, de forma a obter perfis

de emissões representativos da realidade

nacional. A quantificação e caraterização destas

emissões para diferentes tipos de biomassa,

equipamentos e condições operatórias é

essencial, pois permite identificar e recomendar

um conjunto de procedimentos ambientalmente

mais vantajosos.

Objetivos

Os ensaios experimentais, efetuados com um

recuperador de calor e dois tipos distintos de

biomassa lenhosa (Faia e Pinheiro), tiveram

como objetivo avaliar a influência das

seguintes variáveis operatórias:

Os ensaios experimentais, efetuados com um

recuperador de calor e dois tipos distintos de

biomassa lenhosa (Faia e Pinheiro), tiveram

como objetivo avaliar a influência das

seguintes variáveis operatórias:

InfraestruturaIntrodução

Fig. 1 Representação esquemática da instalação experimental.

Influência das condições operatórias na emissão de partículas da

combustão doméstica

E. Vicente(a), T. Nunes, C. Alves, L. Tarelho, M. Duarte, A. Calvo, S. Rocha, E. Teixeira

(a) Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, Departamento de Ambiente e Ordenamento, Universidade de Aveiro, Aveiro.

*e-mail: [email protected]

T ermocouple T6

Sample Gas (SG) / Pressure

Warm water (out)

Cold water (in)

Temperature

S

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L

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Pressure

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Condensed

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MT ermocouple T5

T ermocouple T4

Termocouple T3

Termocouple T2

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Dilu tion air

D ilut ion a ir

V

A – Equipamento de combustão (recuperador de calor)B – Grade do recuperadorC – Célula de carga(sensor de peso)D – Medidor de fluxo de ar E – Isolamento térmico da conduta de exaustãoF – Conduta de exaustão (chaminé)G – Sonda de amostragem de gases e sistema de arrefecimento H,I,J,K,L,M,N,O,P,Q,R,S – Sistema de amostragem e análise de gases e sistema de controlo e aquisição de dados T – Túnel de diluiçãoU– Contador ótico de partículas (PCASP-X)V– Sistema venturiW– Tubo PitotX,Y – Sistema de amostragem de PM10 TECORA Z – Ventilador

Na exaustão (G e H, Fig.1)

• Hidrocarbonetos voláteistotais (HCT)• CO2 , CO, O2

Amostragemgases de exaustãoCarga de

Biomassa

Co

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Pinheiro

Ensaios Experimentais

Fig. 2 Detalhes da instalação experimental.

A

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► Os fatores de emissão de material particulado resultantes da queima de pinheiro tendem a ser superiores aos obtidos para a queima de

faia em condições operatórias semelhantes.

► Verificou-se que as condições de operação têm grande influência nas emissões resultantes da combustão de ambos os tipos de biomassa,

no entanto, a “hardwood” demonstrou ser menos influenciada pelas variações.

► A técnica de ignição é um fator preponderante nas emissões de material particulado. A técnica de ignição pelo topo pode contribuir para a

redução de mais de 50% de material particulado.

► O material carbonoso representou entre 40 a 80% da composição do material particulado amostrado.

► Os fatores de emissão de material particulado resultantes da queima de pinheiro tendem a ser superiores aos obtidos para a queima de

faia em condições operatórias semelhantes.

► Verificou-se que as condições de operação têm grande influência nas emissões resultantes da combustão de ambos os tipos de biomassa,

no entanto, a “hardwood” demonstrou ser menos influenciada pelas variações.

► A técnica de ignição é um fator preponderante nas emissões de material particulado. A técnica de ignição pelo topo pode contribuir para a

redução de mais de 50% de material particulado.

► O material carbonoso representou entre 40 a 80% da composição do material particulado amostrado.

Referências: [1] GELENCSÉR, A. et al. (2007) Source apportionment of PM2.5 organic aerosol over Europe: Primary/secondary,

natural/anthropogenic, and fossil/biogenic origin. Journal of Geophysical Research. 112:D23 , D23S04. doi: 10.1029/2006JD008094.

[2] GONÇALVES, C. et al. (2010). Characterisation of PM10 emissions from woodstove combustion of common woods grown in Portugal.

Atmospheric Environment, 44(35), 4474–4480.

Referências: [1] GELENCSÉR, A. et al. (2007) Source apportionment of PM2.5 organic aerosol over Europe: Primary/secondary,

natural/anthropogenic, and fossil/biogenic origin. Journal of Geophysical Research. 112:D23 , D23S04. doi: 10.1029/2006JD008094.

[2] GONÇALVES, C. et al. (2010). Characterisation of PM10 emissions from woodstove combustion of common woods grown in Portugal.

Atmospheric Environment, 44(35), 4474–4480.

seguintes variáveis operatórias:

► Técnica de ignição;

► Carga utilizada;

► Clivagem da biomassa

seguintes variáveis operatórias:

► Técnica de ignição;

► Carga utilizada;

► Clivagem da biomassa

Conclusões

Resultados

Fig. 5 Fatores de emissão de PM10 (g/kg de biomassa, bs) resultantes da

queima de Pinheiro em função da condição operatória.

Fig. 6 Fatores de emissão de PM10 (g/kg de biomassa, bs) resultantes da

queima de Faia em função da condição operatória.

Amostrageme análise de partículas

Sob condições isocinéticasno túnel de diluição

• PM10 (X e Y Fig.1)

- Determinação de OC e EC

Fig. 7 Fração mássica (%) de matéria carbonosa (carbono orgânico +

carbono elementar) nas amostras de PM10 resultantes da queima de

Pinheiro em função da condição operatória. .

Fig. 8 Fração mássica (%) de matéria carbonosa (carbono orgânico +

carbono elelemntar) nas amostras de PM10 resultantes da queima de

Faia em função da condição operatória.

Técnica de Ignição

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Pinheiro

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Fig. 3 Fatores de emissão de CO2 (g/kg de biomassa, bs) da combustão de Faia e Pinheiro em função da

condição operatória.

Fig. 4 Fatores de emissão de CO e HCT (como CH4) (g/kg de biomassa, bs) da combustão de Faia e Pinheiro

em função da condição operatória.

Agradecimentos: Este trabalho foi financiado pela EC através do projeto “Testing and development

of air quality mitigation measures in Southern Europe” (AIRUSE), LIFE 11/ENV/ES/000584.

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Carga Reduzida (1Kg)

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Ignição "pelo topo" (2kg)

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Arranque a quente Arranque a frio

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Carga Reduzida (1Kg)

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HCT Pinheiro

HCT Faia

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