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Intervenção em comportamentos

aditivos nomeadamente sobre o

abuso do álcool no local de trabalho

Carlos Silva Santos Coordenador do Programa Nacional de Saúde Ocupacional DSAO/DGS

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• Instrumento de atualização de conhecimento

• Traduz um largo consenso dos interessados

(institucionais e representantes do mundo do

trabalho)

• Estabelece os princípios de orientação essenciais

Segurança e Saúde do Trabalho e a prevenção do consumo de substâncias psicoativas: Linhas

orientadoras para a intervenção em meio laboral

Álcool e meio laboral

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• Cabe à DGS na sua função normativa:

Proteger e promover a saúde dos trabalhadores

Recomendar boas práticas no local de trabalho

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Álcool e meio laboral

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• Quais os instrumentos?

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Objetivo Específico 4: Promoção da saúde & Práticas de trabalho e Estilos de vida saudáveis AÇAO 4.4. Elaborar orientação de “boas práticas” quanto à gestão do risco de consumo de substâncias psicoativas (incluindo o álcool) no local de trabalho

Informação Técnica n.º 05/2013, de 13.05.2013, da DGS

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Intervenção dos Serviços de Saúde do Trabalho no âmbito da prevenção do consumo de substâncias psicoativas em meio laboral

Álcool e trabalho

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• O consumo problemático de álcool tem

consequências no local de trabalho:

• Interfere na capacidade cognitiva, física e

psicológica do trabalhador;

• Pode levar à disfunção ou concorrer para a

perturbação do sistema homem/máquina ou

homem/condições materiais do trabalho, incluindo

a organização e segurança.

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Álcool e trabalho

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• Qual a razão para o Serviço de Saúde do

Trabalho/Saúde Ocupacional intervir numa

empresa?

1. O problema do consumo abusivo existe.

SIM. Disse o patrão, o encarregado ou o

capataz…

(…)

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Álcool e trabalho

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• Qual a razão para o Serviço de Saúde e Segurança

do Trabalho/Saúde Ocupacional intervir numa

empresa?

(…)

2. O SST conhece a realidade e sabe:

Número e tipo de casos

Situações de particular insegurança

Situações críticas identificadas pelos produtores

Conflitos e alterações de comportamento

Absentismo não esperado

Acidentes imputáveis

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Álcool e trabalho

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• Quando existe um problema na empresa

(individual ou de grupo) de consumo de risco ou

abusivo, há que intervir:

1. Caraterizar a situação

2. Definir objetivos

3. Estabelecer projetos ou subprojetos de intervenção preventiva

(primária e secundária), conjuntamente com as partes internas

interessadas.

4. Tratar os casos e se necessário fazer o reencaminhamento

secundário.

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Nota: Só em situações comprovadas e consideradas preocupantes ou graves se justifica a elaboração participada de Regulamento.

Álcool e trabalho

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• Que faz o médico do trabalho (e a equipa) perante

uma situação diagnosticada de consumo de risco

ou abusivo de álcool?

1. Consumo de risco: probabilidade de ocorrência de alterações

biológicas, físicas, cognitivas e psicológicas do trabalhador.

Consumo nocivo: quando já existem alterações

manifestadas.

Dependência.

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Álcool e trabalho

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• Que faz o médico do trabalho (e a equipa) perante

uma situação diagnosticada de consumo de risco

ou abusivo de álcool?

2. Situação aguda:

exame direto com eventual avaliação de alcoolémia no

ar expirado,

avaliação da interferência na capacidade de trabalho e

na segurança,

Apto ou inapto temporariamente.

Trata-se de um exame ocasional de iniciativa do Serviço de SST,

dos próprios ou de outros.

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Álcool e trabalho

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• Que faz o médico do trabalho (e a equipa) perante

uma situação diagnosticada de consumo de risco ou

abusivo de álcool?

3. Situação aguda repetida ou Situação crónica diagnosticada:

Plano individual de acompanhamento de adesão voluntário (se

existirem meios na empresa – técnicos e de recursos)

Referenciação

Acompanhamento do tratamento com ou sem ausência

temporária ao trabalho.

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Recomendações de Boa Prática

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1. O controlo de alcoolemia em meio laboral é, por regra, feito através

de teste de ar expirado em analisador quantitativo, da

responsabilidade dos Serviços de Saúde do Trabalho da empresa.

2. Trata-se de um exame de saúde a ser realizado sob o controlo

médico, a ser executado nas instalações dos Serviços de Saúde

do Trabalho existentes na empresa.

3. Nas situações de Serviços externos, o exame poderá ser feito nas

instalações da empresa prestadora.

4. Somente o pessoal habilitado, médico e enfermeiro do trabalho,

poderá executar os exames de alcoolemia. A análise dos

resultados e a relação com o trabalhador devem ser sujeitas à

regra dos 4 C´s: confidencialidade, cooperação, compromisso

mútuo e capacitação.

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Recomendações de Boa Prática (cont.)

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5. O médico do trabalho comunica com a administração nos termos

da ficha de aptidão (apto, apto condicionalmente, inapto

temporariamente e inapto definitivamente).

6. Os regulamentos internos sobre a prevenção e controlo do

alcoolismo devem respeitar a orientação da DGS, bem como as

linhas orientadoras para intervenção em meio laboral: IDT, ACT,

2011.

7. Os regulamentos já existentes devem ser modificados e adaptados

à informação técnica da DGS e posteriormente comunicados à

DGS.

8. É obrigatório a consulta e o controlo prévio da Comissão Nacional

de Proteção de Dados sobre a recolha e tratamento de dados

pessoais neste âmbito.

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