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As aventuras olímpicas de Braguinhaistoedinheiro.com.br /noticias/negocios/20120803/aventuras-olimpicas-braguinha/108765.shtml

A televisão está ligada na suíte do nono andar do sofisticado Hotel Savoy, tradicional ponto deencontro da nobreza em Londres. As cortinas fechadas protegem o ambiente da luz de um raro diaensolarado na capital inglesa. ?Com o reflexo, não consigo enxergar a tevê?, explica o hóspede. Natela, uma transmissão da BBC com as eliminatórias da competição olímpica de levantamento de peso.Sentado em uma poltrona de frente para o aparelho, Antonio Carlos de Almeida Braga, o paulista maiscarioca do Brasil, exercita um dos maiores prazeres de sua vida. Para onde houver esporte, estarãovoltados os olhos desse empresário que deixou seu nome marcado na história das finanças do Brasil.

Sonho dourado: Braguinha esteve emtodas as Olimpíadas

desde 1972, em Munique. Agora, aos 86anos, quer estar

nos Jogos do Rio de Janeiro em 2016.

Horas mais tarde, naquela segunda-feira30 de julho, ele estava sob o sol nastribunas da arena do vôlei de praia,montada na Horses Guard Parade,torcendo pela dupla brasileira Juliana eLarissa. Encerrado o jogo, correu para aEarls Court, sede dos jogos de vôlei dequadra, onde as meninas da seleçãonacional perderam para as americanas.Braguinha, como é conhecido desde ostempos em que dava as cartas no setorde seguros no País, saiu de lá chateado.?Nunca vi errarem tanto saque?, disse.?Podíamos ter endurecido o jogo.? Essaserá a rotina de Braguinha até odomingo 12, quando a Olimpíada deLondres chega ao seu final. Esporte pelatevê de manhã; ao vivo, à tarde, em pelomenos duas competições. Ele não secansa. Tem sido assim há décadas.

O homem não perde uma Copa do Mundo desde 1950 e foi a todos os Jogos Olímpicos desde 1972,em Munique. Viaja o mundo seguindo os circuitos internacionais de tênis (tem seu próprio camaroteem Roland Garros, em Paris) e de Fórmula 1, duas de suas maiores paixões. Não seria exagero dizerque se trata do maior torcedor da história do esporte nacional. Só não se trata de uma inteira verdadeporque um simples torcedor não investe tanto dinheiro como ele na sua paixão. Braguinha sempre ofez ? e ainda faz. Com isso, tornou-se o maior mecenas do esporte brasileiro em todos os tempos. Emais: foi o grande responsável pela introdução do patrocínio corporativo às modalidades esportivas,

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usando não apenas seus recursos, mas a influência, a capacidade de articulação e o círculo deamizades que vai de Pelé e Bernardinho a Lázaro Brandão e Gustavo Kuerten.

Foi também amigo do tricampeão de F1, Ayrton Senna. Por isso, em Londres, como em qualquer lugardo mundo onde se encontre, é festejado por dirigentes e atletas. Circula com uma credencialfornecida pelo Comitê Olímpico Brasileiro, presidido por seu amigo Carlos Arthur Nuzman, com quemdivide o mérito de ter transformado o vôlei nacional em uma potência global. Mesmo com algumadificuldade para caminhar, em função de uma cirurgia no joelho feita no ano passado, ele mantém ofôlego. ?Até hoje nado todo dia?, diz. ?Em todo lugar que fico tem de haver uma piscina aquecida.?Um dos responsáveis pela consolidação do mercado nacional de seguros, ele começou comprandopequenas companhias e reuniu-as sob o nome de Atlântica Boavista, uma das maiores do setor, nosanos 1970.

No início da década seguinte, vendeu-a ao Bradesco, cujo conselho de administração passou apresidir, na condição de um dos maiores acionistas individuais. Deixou o banco da Cidade de Deus em1986 e criou o Icatu, grife dos investimentos sediada no Rio de Janeiro. Mas não esquentou a cadeiralá. Deixou o comando nas mãos da filha Kati de Almeida Braga e foi fazer o que mais gosta: viver juntoao esporte. Aos 86 anos, recém-completados, ele torcepara realizar um último sonho, conforme contounesta rara entrevista, concedida à DINHEIRO: estar na arquibancada na Olimpíada do Rio de Janeiro.

Promessa: o golfista Felipe Navarro é seu atual protegido. "Ele é um fenômeno da natureza".

Quando foi que o sr. decidiu investir seu dinheiro no patrocínio do esporte?

Tudo começou em 1980, quando fui à Olimpíada de Moscou. O Brasil foi quinto colocado no vôleimasculino. Na saída do jogo encontrei com o Nuzman (na época presidente da ConfederaçãoBrasileira de Voleibol) e perguntei: ?O que precisamos fazer para segurar os jogadores no Brasil?? Eleme disse que precisávamos criar um time forte. Como não havia dinheiro no vôlei nacional, todos iriamembora, jogar nos campeonatos da Europa, principalmente na Itália e nos Estados Unidos.

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O que o sr. fez então?

Na volta ao Brasil, comecei a patrocinar o time de vôlei do Fluminense. Na camisa do clube apareceupela primeira vez o nome da Atlântica, que era a minha seguradora na época. Depois é que virouAtlântica Boavista. O interessante é que na ocasião a iniciativa não foi bem-aceita pelas emissoras detevê. A Globo punha uma tarja preta em cima do nome do patrocinador. Eu encontrei com o RobertoMarinho, que era um grande amigo, e disse brincando: ?Você vai ver que ainda vou fazer um time como nome da empresa e você vai ter que mostrar.? Foi o que fiz, tempos depois, e aí começou a sairtudo direitinho. Nessa altura eu já tinha certeza de que daria certo, porque via como as empresas dosEstados Unidos aproveitavam o esporte para fazer publicidade.

Quando o sr. vendeu a Atlântica Boavista para o Bradesco, o banco manteve sua filosofia depatrocinar o esporte?

Eu vendi a empresa e passei a fazer parte do conselho de administração do Bradesco, que mantevetudo como estava antes. Mas havia um fato curioso. O Amador Aguiar (fundador e então presidente dobanco, já falecido) era o único que torcia pelo time da Atlântica Boavista. Os outros da diretoria queeram paulistas torciam pelos times de São Paulo, como a Pirelli.

Bernardinho: amigo desde a época daAtlântica Boavista.

"Ele ainda faz a maior onda comigo".

Todos os times paulistas, inclusive oda Pirelli, são posteriores ao daAtlântica...

Sim, são posteriores. Até porque fui euque consegui, na época, fazer com queo Conselho Nacional de Desportosmudasse a lei para permitir queempresas entrassem no esporte ecriassem seus times. Antes disso,apenas os clubes é que podiam fazer.

Os seus concorrentes também oseguiram e investiram em patrocínio?

Esse é outro fato curioso. A Sul América,que era meu maior concorrente, fazia umcampeonato de tênis na Bahia. Eusempre adorei tênis, tenho até mesmoum camarote em Roland Garros, paraonde vou todo ano. Quando viu que omeu investimento estava dando certo, o Leonildo Ribeiro, que era presidente da Sul América e meuamigo, me fez uma proposta: ?Sr. Braga, o sr. fica com todos os outros esportes, mas o tênis ficacomigo, certo?? Então fizemos uma divisão do esporte. Também a Previdência mais tarde usou oBernard (uma das estrelas da seleção brasileira de vôlei nos anos 1980) como garoto-propaganda

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numa campanha em que distribuía prêmios para os clientes. Ele tinha aquele saque ?jornada nasestrelas? que era algo excepcional.

Aquela geração do vôlei ajudou muito no marketing ao criar jogadas que ficarammundialmente famosas.

Eles deram muita visibilidade para o vôlei e para quem investia neles. Eram especiais não apenas naquadra. Veja o Bernardinho, que hoje é o técnico mais premiado do vôlei mundial. Ele era o levantadorda Atlântica e até hoje somos amicíssimos. Ainda ontem (domingo, 29 de julho) fui assistir ao jogo doBrasil contra a Tunísia e ele fez a maior onda comigo. É um rapaz espetacular.

O seu modelo de patrocínio era o americano?

Era uma forma abrasileirada do modelo americano. Mas eu fiz coisas até antes disso que eramcompletamente malucas.

Joaquim Cruz: o medalhista olímpicorecusou presente em dinheiro.

"Dr. Braga, estou bem de vida".

Por exemplo...

Eu gostava muito do Emerson Fittipaldi(piloto brasileiro bicampeão mundial deFórmula 1, nos anos 1970). Um diaresolvi que podia ajudá-lo. Fui para SãoPaulo para uma reunião no Bradesco,em São Paulo, na segunda-feira, masainda no domingo decidi procurar porele. Não o conhecia, mas descobri ondeera a casa dele e toquei a campainha.Ele me atendeu e eu disse: ?Eu vim aquipara te ajudar.? Nunca antes nenhumacompanhia de seguros havia patrocinadoqualquer coisa com corrida, que é umesporte associado a risco. Então, noinício, eu ajudava com dinheiro, mas sempoder aproveitar, porque preferia nãoexpor minha marca em corridas.

O sr. não pediu nada em troca?

Não pedi, mas fiquei procurando uma forma de obter retorno. Um dia, descobri que poderia usar a boaimagem do Fittipaldi em um filmezinho de dois ou três minutos em que ele dizia: ?Quando eu ando nacidade, dirijo dessa maneira. Na estrada, dirijo dessa maneira. Na corrida é dessa maneira. Uma coisaé correr na pista. Na cidade é preciso dirigir com mais cuidado.? Acabou sendo um negócio muito

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interessante e inovador. Hoje em dia, a Allianz, que é a maior seguradora da Europa e da qual fui oúnico brasileiro a ser diretor, é uma das principais patrocinadoras da Fórmula 1. Só se vê Allianz nascorridas.

Do ponto de vista do negócio, e não do seu amor pelo esporte, os investimentos valeram àpena?

Foram a melhor coisa para tornar as marcas conhecidas. Eu, modéstia à parte, fiz algumas coisas naminha vida de empresário. Comprei 30 companhias de seguro, ajudei a limpar o mercado brasileiro.Naquele tempo havia cento e tantas seguradoras. O Delfim Netto, que era o ministro da Fazenda, mechamou e disse: ?Braga, eu quero fazer nossa economia ser como a japonesa, com grupos fortes emsetores estratégicos. Então preciso diminuir o número de companhias.? E disse que cada um quecomprasse três companhias pequenas e juntasse numa só ganharia uma carta-patente para operar nomercado. Eu, de 30, fiz dez. Teve até uma briga grande porque, nessa mesma altura, eu fiz asociedade com o Bradesco, para vender seguros pela rede do banco. Isso era proibido, mas tambémconsegui que a lei fosse mudada. Quando fomos ao Delfim falar sobre esse assunto ele fechou aporta com a chave. E, como era brincalhão, falou: ?Eu vou dizer uma coisa para vocês, mas paraevitar que saiam correndo e não me escutem até o final, achei melhor trancar a porta.? Então ele nosdisse que iria permitir que seguradoras e bancos trabalhassem juntos.

Gustavo Kuerten: ao lado do tricampeão de Roland Garros, onde tem um camarote cativo.

Desde quando o sr. frequenta os grandes eventos esportivos?

Vou a todas as Olimpíadas, desde Munique, em 1972. Nas de inverno, só faltei duas. Nas Copas doMundo, fui a todas, desde 1950, sem exceção. Fiquei amicíssimo do João Havelange (ex-presidenteda Confederação Brasileira de Futebol e da Fifa), que era um dos meus vice-presidentes naseguradora. O escritório da Fifa no Brasil, durante um tempo, funcionou num andar meu, num prédiona rua Pio X, no Rio de Janeiro. Eu dava de graça para a Fifa. O João agora teve seus problemas,mas sempre foi um sujeito excepcional. Ele está sendo muito criticado, mas é preciso lembrar que foiele que elevou o futebol à posição que ocupa hoje no mundo. Ele construiu a Fifa. No tempo dosingleses, aquilo era muito limitado. E a Fifa pagava tudo para os ingleses. O Stanley Rous, que veio

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antes dele, tinha casa, empregados, tudo pago pela Fifa.

Como o sr. analisa esses problemas de corrupção no esporte? Não deveria haver mecanismosmais claros de governança em grandes entidades, como a Fifa e o Comitê OlímpicoInternacional?

Eu nunca me dediquei a pensar muito sobre isso, mas não há dúvidas de que alguma coisa estáerrada.

O sr. acompanha de perto a organização da Rio-2016? Com a experiência de quem foi a tantasOlimpíadas, já foi consultado pelos organizadores?

Eles me fizeram uma série de homenagens, mas não me envolvi com nada. Quando surgiu pelaprimeira vez a ideia de lançar a candidatura brasileira para sediar a Olimpíada, nem me lembro háquanto tempo, me chamaram para ser o presidente do comitê organizador. Disse que não queria ser opresidente, mas concordava em ajudar. Puseram o Rafael de Almeida Magalhães (ex-ministro daPrevidência, falecido em 2011), que trabalhou comigo. Fiquei algum tempo no grupo, mas saí porquepercebi que muita gente estava ali só para tirar vantagem. Logo depois encontrei um amigo meu,riquíssimo, que estava também no comitê e comentei: ?Só nós dois é que estamos nisso comoamadores, por gostar do esporte, por querer ajudar.? Ele me disse: ?Braga, você está enganado. Euestou aqui porque quero fazer o trem-bala, estou aqui para ganhar dinheiro?.

Quem era ele?

Prefiro não revelar, ainda é meu amigo e gosto muito dele.

Trio de ouro: Braguinha (à esq.) com Amador Aguiar e Lázaro Brandão,

na época da fusão com o Bradesco.

De todas as Olimpíadas a que o sr. assistiu, qual o momento que julga mais emocionante?

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Tive vários momentos incríveis, como o primeiro ouro do vôlei, em Barcelona, em 1992. Me lembrotambém daquele rapaz que ganhou do Coe (Sebastian Coe, ex-recordista mundial dos 1.500 metrosrasos e atual presidente do Comitê Organizador das Olimpíadas de Londres), em Los Angeles, em1984.

O Joaquim Cruz...

Exatamente. Muitas vezes, quando acabavam as provas e um brasileiro ganhava medalha, eu iaencontrá-lo e levava US$ 5 mil, US$ 10 mil e dava para ele. Não era por nada não, apenas porque medavam tanta alegria. Então com esse rapaz foi a mesma coisa. Depois da corrida, que foiemocionante, com recorde olímpico, fui até ele e ofereci esse prêmio. Ele me disse: ?Dr. Braga, muitoobrigado, mas não precisa me dar nada. Eu já estou bem de vida.? Falou tudo de uma maneira muitoagradável.

Foi o único que não aceitou sua oferta?

Os outros todos aceitaram. Teve um grande atleta brasileiro, sem citar nomes, que ganhou um bronzeem Moscou, mas que muitos diziam que poderia ter sido ouro se não tivesse sido prejudicado pelaarbitragem. Eu estava no voo de volta para o Brasil, na primeira classe, e o vi lá no avião. Então ochamei e disse que queria conversar. Falei: ?Eu vou te dar um automóvel.? Ele agradeceu muito evoltou lá para trás. Depois de algum tempo veio até mim o técnico dele e disse: ?Dr. Braga, automóvelele já tem, ele quer é uma casa.? Fiquei chateado com aquilo e respondi: ?Então ele não vai ganharnem automóvel nem a casa.?

Ayrton Senna: era frequentador assíduo da casa de Braguinha, em Portugal.

Ou seja, antes mesmo de começar a patrocinar equipes, o sr. já atuava informalmente no apoioao esporte.

Isso eu sempre fiz. Por exemplo, ajudei até mesmo o Pelé, logo que ele explodiu. Aliás, quando o Peléfez o milésimo gol, no Maracanã, ele havia passado o dia comigo. Fui ao Delfim com ele, porque eletinha ganho um automóvel no Exterior, mas naquele tempo não podia trazer para cá de jeito nenhum.Na hora, o Delfim despachou e permitiu que ele trouxesse, já que era um presente e que não sedestinava a ser vendido no Brasil.

Houve outros casos em que o sr. ficou arrependido por ter tentado ajudar um atleta?

Tive pouquíssimos arrependimentos. Um deles foi quando comecei a investir em tênis. Aquele meuacordo com a Sul América já não valia mais, porque eles estavam começando a entrar em outrosesportes. Por isso, chamei o Paulo da Silva Costa, um amigo que sabia muito de tênis, e o ThomasKoch (ex-tenista brasileiro de sucesso nos anos 1970) para me ajudar a organizar um torneio nosmoldes da Taça Davis, com jovens tenistas do Brasil e dos Estados Unidos. Na época, havia umgaroto do interior de São Paulo que jogava muito e que poderia ter sido um dos melhores do mundo. Eele ganhou de todos os americanos com facilidade. Passei a apoiar esse garoto e mais alguns juvenis,até que um dia um deles me procurou e disse que deixaria a minha equipe, porque tinha muita drogaentre eles. Então eu chamei o Paulo e disse que ia parar, porque não estava ali para patrocinar o víciodos jovens. O pai de um dos tenistas até me procurou para saber por que eu estava deixando de

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investir. Contei a verdade, inclusive que o filho dele também estava envolvido. No começo ele nãoaceitou, mas depois foi até ótimo. Ele mepediu desculpas e disse que o fato de euter contado o ajudou a consertar asituação. Acabei com a equipe, mastambém com o princípio de vício dorapaz.

Ainda hoje o sr. apoia alguns atletas,isoladamente?

Há uns quatro ou cinco que eu ajudo,mas informalmente. Agora eu soupessoa física, então o que mais faço éabrir portas para os atletas junto aempresários amigos. Não posso maisficar a vida toda ajudando, então eu douaquele empurrão e depois a pessoaadministra o resto junto ao patrocinador.Agora mesmo estou ajudando um pilotoa chegar na Fórmula 1. A própria Globoestá procurando um novo nome e temum rapaz excepcional, o Nicolas Costa,que eu já apresentei para eles.

Londres, 2012: Braguinha não perde a chance de assistir ao vivo aos jogos com os atletas queadmira.

O sr. mantém ligação com o vôlei?

Não, diretamente não. Há um caso, digamos, indireto. A Isabel (ex-jogadora da seleção brasileira devôlei nos anos 1980) me pediu ajuda para suas filhas, Maria Clara e Carolina, que são jogadoras de

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vôlei de praia. Respondi que podia dar um pouco, mas que uma coisa grande não poderia. Mas a leveiao Xandy Negrão, que é piloto e tinha uma indústria de medicamentos (a Medley, vendida em 2009para o grupo francês Sanofi-Aventis). Ele virou o patrocinador das duas garotas e depois do Pedro,outro filho de Isabel e também jogador de vôlei de praia. Quando o Xandy vendeu a empresa, opatrocínio foi cortado. Então eu falei com o Eike Batista, que nunca tinha se metido em esporte. Disse:?Essas garotas são lindas e podem dar muito certo?. Na hora ele fez um contrato com elas. E a Isabeltinha falado comigo, mas esquecido do Pedro. Quando ela foi falar com o Eike para agradecer,acabou conseguindo patrocínio para o Pedro também. Tem um caso agora interessante que é o FelipeNavarro, jogador de golfe. É um fenômeno da natureza, tem 21 anos. Esse eu estou ajudandototalmente. Também arranjei para ele fazer um contrato com o Eike, mas até agora sou só eu. Ele vaiser grande.

O que o sr. gostaria de ver no esporte que ainda não viu?

Um sonho é a Olimpíada, no Brasil. Se eu chegar até lá, vou realizá-lo.

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